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FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CIÊNCIAS CONTÁBEIS A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NA GESTÃO DA EMPRESA: um estudo de caso na empresa Genésio A. Mendes & Cia Ltda MÁRCIO JOSÉ MONTEIRO CAPIVARI DE BAIXO 2014

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FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CIÊNCIAS CONTÁBEIS

A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NA GESTÃO DA

EMPRESA: um estudo de caso na empresa Genésio A. Mendes & Cia Ltda

MÁRCIO JOSÉ MONTEIRO

CAPIVARI DE BAIXO 2014

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FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CIÊNCIAS CONTÁBEIS

MÁRCIO JOSÉ MONTEIRO

A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NA GESTÃO DA

EMPRESA: um estudo de caso na empresa Genésio A. Mendes & Cia Ltda

Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Capivari para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis. Orientador: Prof. Fernando Pacheco

CAPIVARI DE BAIXO 2014

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Márcio José Monteiro

A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NA GESTÃO DA

EMPRESA: um estudo de caso na empresa Genésio A. Mendes & Cia Ltda

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de Bacharel em Ciências Contábeis e aprovado em sua forma final pela Banca Examinadora.

Capivari de Baixo, 25 de junho de 2014.

________________________ Prof.ª Msc. Maria Aparecida Cardozo

Coordenadora do Curso Banca Examinadora:

________________________ Prof., Fernando Pacheco

Orientador Faculdade Capivari

______________________ Prof., Maurício Dobiez

Membro da banca Faculdade Capivari

________________________ Prof., Thiago Francisco

Membro da banca Faculdade Capivari

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DEDICATÓRIA Dedico este trabalho primeiramente aos meus pais, Cristovão e Maria que com muito esforço me deram a oportunidade de estudar e buscar conhecimentos, deixando-me a maior herança que poderiam que é a educação e fazendo com que me tornasse uma pessoa íntegra e de caráter. Dedico também a minha namorada Kássia da Silva, que sempre foi compreensiva, principalmente nesses momentos finais de curso e também a todos os meus familiares, amigos e colegas que sempre confiaram e torceram por mim.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me dar saúde e a oportunidade de mais essa conquista grandiosa na minha vida. Aos meus pais Cristovão e Maria e toda minha família que direta ou indiretamente contribuíram para a conclusão dessa etapa.

Agradeço ao meu orientador Fernando Pacheco, que me norteou com muita sabedoria nessa fase final e tão difícil dessa conquista. A minha namorada Kássia, que foi um presente abençoado de Deus para mim, e que soube administrar e suportar bem, de forma muito compreensiva minha ausência em momentos que precisei me dedicar à realização desse trabalho, a todos os professores que foram partes fundamentais para que hoje eu pudesse estar aqui, a empresa Genésio A. Mendes, por me permitir que fizesse o estágio e realizasse este estudo de caso.

Aos meus colegas de curso, pelos momentos de descontração necessários algumas vezes em sala e momentos de amizade de companheirismo.

Enfim, a todos que de uma forma ou de outra, participaram direta ou indiretamente dessa caminhada árdua, porém, vitoriosa.

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RESUMO

O presente trabalho que traz como tema “a importância da análise

econômico-financeira das demonstrações contábeis na gestão da empresa: um estudo de caso na empresa Genésio A. Mendes & Cia Ltda.” atuante no ramo de distribuição de medicamentos e perfumarias,

tem por objetivo demonstrar a importância da análise econômico-financeira das demonstrações contábeis na gestão da empresa Genésio A. Mendes e Cia. Ltda., mostrando aos sócios e administradores a situação da empresa nos anos de 2011, 2012 e 2013. A metodologia utilizada caracteriza o trabalho como estudo de caso em relação aos objetivos, pesquisa bibliográfica e documental quanto aos procedimentos e pesquisa quantitativa e qualitativa quanto à abordagem do problema. Como instrumentos de pesquisa foram coletados dados dos Balanços Patrimoniais e das Demonstrações dos Resultados dos Exercícios de 2011, 2012 e 2013 para fazer os cálculos dos indicadores financeiros. Após os cálculos foram feitas as análises dos indicadores financeiros a que se propôs o trabalho. Com a análise chegou-se à conclusão que a empresa goza de plena saúde financeira, tendo total capacidade de gerar recursos suficientes para pagar suas dívidas, inclusive tendo recursos próprios suficientes para quitar dívidas de recursos de terceiros, sempre obtendo lucro líquido nos três períodos analisados. Desta forma, a empresa encontra-se em ótima situação econômico-financeira e possui condições de manter-se no mercado, crescendo a cada período, investindo em sua primeira filial na cidade de Santa Cruz do Sul - RS e sempre buscando se modernizar. Palavras-chave: Análise econômico-financeira. Demonstrações Contábeis. Análise Financeira.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01: Organograma da empresa GAM .................................... 27

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01: Principais fornecedores .............................................. 32

Quadro 02: Contas do Ativo dos anos 2011, 2012 e 2013 da GAM ... 57

Quadro 03: Contas do Passivo dos anos 2011, 2012 e 2013 da GAM. 58

Quadro 04: DRE dos anos 2011, 2012 e 2013 da GAM ................... 59

Quadro 05: Análises do Ativo dos anos 2011, 2012 e 2013 da GAM . 60

Quadro 06: Análises do Passivo dos anos 2011, 2012 e 2013 da GAM

................................................................................................ 62

Quadro 07: Índices de Liquidez Corrente ...................................... 63

Quadro 08: Índices de Liquidez Seca ........................................... 63

Quadro 09: Índices de Liquidez Geral ........................................... 64

Quadro 10: Índices de Liquidez Imediata....................................... 64

Quadro 11: Participação de Capital de Terceiros Sobre os Recursos

Totais ....................................................................................... 65

Quadro 12: Garantia de Capital Próprio ao Capital de Terceiros ....... 65

Quadro 13: Composição de Endividamento .................................... 66

Quadro 14: Taxa de Retorno dos Investimentos ............................. 66

Quadro 15: Taxa de Retorno do Patrimônio Líquido ....................... 67

Quadro 16: Compras dos anos de 2011, 2012 e 2013 ...................... 67

Quadro 17: Prazo Médio de Recebimento de Vendas ...................... 67

Quadro 18: Prazo Médio de Pagamento de Compras....................... 68

Quadro 19: Prazo Médio de Renovação de Estoque ........................ 68

Quadro 20: Folga Financeiro........................................................ 69

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AC: Ativo Circulante CE: Composição de Endividamento CPV: Custo do Produto Vendido CR. – Creme. EF: Estoque Final EI: Estoque Inicial ELP: Exigível a Longo Prazo DRE – Demonstração do Resultado do Exercício. E-GAM – Sistema eletrônico para os clientes passar os pedidos FR – Fralda. GAM – Genésio A. Mendes. GAMarte – Genésio A. Mendes Arte. GAM AD – Genésio A. Mendes Administrativo. GAM CD – Genésio A. Mendes Centro de Distribuição. GCPCT: Garantia de Capital Próprio ao Capital de Terceiros ICMS: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços LC: Liquidez Corrente LI: Liquidez Imediata LG: Liquidez Geral LL: Lucro Líquido LS: Liquidez Seca NFe – Nota Fiscal Eletrônica. IPI: Imposto sobre Produtos Industrializados LTDA: Limitada PC: Passivo Circulante PCTRT: Participação de Capital de Terceiros sobre os Recursos Totais PL: Patrimônio Líquido PMPC: Prazo Médio de Pagamento de Compras PMRE: Prazo Médio de Renovação de Estoques PMRV: Prazo Médio de Recebimento de Vendas PÑC: Passivo Não Circulante RLP: Realizável a Longo Prazo SAC – Serviço de Atendimento ao Consumidor SH – Shampoo. SWINGAM – Grupo de Pagode Genésio A. Mendes. TI – Tecnologia. TRI: Taxa de Retorno de Investimentos TRPL: Taxa de Retorno do Patrimônio Líquido

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................... 19

1.1 OBJETIVOS ......................................................................................................20

1.1.1 Objetivo Geral.............................................................................................. 20 1.1.2 Objetivos Específicos .................................................................................. 20 1.2 JUSTIFICATIVA ..............................................................................................21

1.3 PERGUNTA DE PESQUISA ..........................................................................21

1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS....................................................22

2. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA.................................... 23

2.1 DESCRIÇÃO LEGAL......................................................................................23

2.2 ORGANIZAÇÕES DA EMPRESA ................................................................23

2.3 HISTÓRICO ......................................................................................................25

2.4 ORGANOGRAMA DA EMPRESA ...............................................................27

2.5 OBJETIVOS E AMBIENTES INTERNO E EXTERNO .............................28

2.5.1 Produtos ........................................................................................................ 28 2.5.2 Terceirização ................................................................................................ 28 2.5.3 Concorrência ................................................................................................ 28 2.5.4 Fornecedores ................................................................................................ 31 2.5.5 Estratégias de Marketing........................................................................... 32 2.5.6 Preço .............................................................................................................. 33 2.5.7 Promoções..................................................................................................... 34 2.5.8 Estrutura Contábil e Forma de Tributação ........................................... 34 2.5.9 Planejamento Estratégico .......................................................................... 34 2.5.10 Missão, Visão e Valores da Empresa GAM. ........................................ 35 2.6 POSSIBILIDADES DE EXPANSÃO DA EMPRESA .................................36

3 REFERÊNCIAL TEÓRICO ................................................... 37

3.1 CONCEITOS E OBJETIVOS DA CONTABILIDADE ...............................37

3.2 HISTÓRICOS SOBRE ANÁLISES DAS DEMONSTRAÇÕES

CONTÁBEIS ...........................................................................................................38

3.3 ANÁLISES ECONÔMICO-FINANCEIRAS. ...............................................39

3.4 FINALIDADES DA ANÁLISE FINANCEIRA ............................................41

3.5 PRINCIPAIS INTERESSADOS NA ANÁLISE FINANCEIRA ................42

3.6 COMO REALIZAR UMA BOA ANÁLISE FINANCEIRA .......................44

3.7 DUAS DAS PRINCIPAIS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.................45

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3.7.1 O Balanço Patrimonial (BP) ..................................................................... 46 3.7.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) ................................. 47 3.8 CICLOS FINANCEIROS E OPERACIONAIS............................................. 48

3.9 UTILIZAÇÃO DOS ÍNDICES FINANCEIROS........................................... 50

3.10 ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL .................................................. 51

3.10.1 Análise Horizontal .................................................................................... 51 3.10.2 Análise Vertical ......................................................................................... 51 3.10.3 Objetivos da Análise Vertical e Horizontal.......................................... 51 3.11 INDICES DE LIQUIDEZ E SOLVÊNCIA ................................................. 52

3.11.1 Liquidez Corrente..................................................................................... 52 3.11.2 Liquidez Seca............................................................................................. 53 3.11.3 Liquidez Imediata ..................................................................................... 53 3.11.4 Liquidez Geral........................................................................................... 53 3.12 ANÁLISE ENDIVIDAMENTO ................................................................... 53

3.13 INDICES DE RENTABILIDADE................................................................ 55

3.14 ÍNDICE DE ATIVIDADE ............................................................................. 56

4 ESTUDO DE CASO ................................................................ 58

4.1 BALANÇO PATRIMONIAL DA EMPRESA GAM. .................................. 58

4.2 DRE DA EMPRESA GAM ............................................................................. 60

4.3 ANÁLISES HORIZONTAL E VERTICAL DA EMPRESA GAM ........... 61

4.4 CÁLCULOS E ANÁLISES DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ DA EMPRESA

GAM DOS ANOS DE 2011, 2012 E 2013 ........................................................... 64

4.7 CÁLCULOS E ANÁLISES DOS ÍNDICES DE ATIVIDADE DA

EMPRESA GAM DOS ANOS DE 2011, 2012 E 2013. ..................................... 68

5 ANÁLISES E SUGESTÕES FUNDAMENTADAS ................... 71

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................... 72

REFERÊNCIAS ........................................................................ 74

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho consiste em conhecer os pontos principais que fazem com que seja importante a análise das demonstrações contábeis para a tomada de decisões nas empresas.

A análise das demonstrações financeiras apresenta-se como uma importante ferramenta de apoio para a tomada de decisão, pois a razão de sua existência é transformar uma diversidade de dados financeiros em informações de natureza gerencial.

Segundo Assaf Neto (2008, p. 55) “a análise financeira visa

relatar, com base nas informações contábeis fornecidas pelas empresas, à posição econômico-financeira atual, as causas que determinaram a evolução apresentada e as tendências futuras”. Sua principal finalidade é

fornecer informações precisas para os credores e investidores tomarem decisões.

Percebe-se que a administração financeira tornou-se essencialmente importante para gestão das organizações, seja ela de pequeno, médio ou de grande porte. Conforme Silva (2001, p. 68), “Um

dos principais objetivos da análise financeira é o fornecimento de subsídio para a tomada racional de decisão de concessão de crédito e de investimento, a partir de informações de boa qualidade”.

Há determinados relatórios contábeis que suportam a análise financeira das empresas e também contribuem na tomada de decisão dos proprietários e gestores. São as demonstrações contábeis que proporcionam a fundamentação para que esta análise seja alcançada, e serão acometidas aqui as principais demonstrações que fornecem esta fundamentação.

Este trabalho tem como objetivo demonstrar a importância da análise econômico-financeira das demonstrações contábeis na gestão da empresa Genésio A. Mendes e Cia. Ltda. Uma empresa do ramo de Medicamentos e Perfumaria aqui da Região, e mostrar as possíveis oscilações nos últimos três exercícios contábeis, todos baseados nos Balanços Patrimoniais e DREs.

A pedido da empresa, os valores das demonstrações contábeis usadas como base para os cálculos e análises propostas nesse trabalho, foram modificados, multiplicando-os por um índice qualquer, o que não interfere em nada os resultados ao qual se chegaria com valores reais.

Com o desenvolvimento da presente pesquisa, espera-se adquirir mais conhecimento sobre a situação econômica e financeira da empresa através dos números, e também deixar claro o leque de informações que tais números podem nos proporcionar sobre a saúde da empresa,

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bastando apenas saber interpretá-los, além de servirem de medida para a construção de um quadro de avaliação da empresa e posteriores decisões sobre o futuro da mesma, baseado em dados concretos e confiáveis.

E também que se possa ter embasamento e bagagem suficiente para responder qual a importância da análise econômico-financeira das demonstrações contábeis na gestão da empresa Genésio A. Mendes e Cia. Ltda?

1.1 OBJETIVOS

Nesta seção, apresentam-se o objetivo geral e os objetivos específicos que norteiam a pesquisa.

1.1.1 Objetivo Geral

Demonstrar a importância da análise econômico-financeira das

demonstrações contábeis na gestão da empresa Genésio A. Mendes e Cia. Ltda.

1.1.2 Objetivos Específicos

Para atender ao objetivo geral, são objetivos específicos dessa

pesquisa:

a) Caracterizar a empresa objeto de estudo.

b) Fundamentar teoricamente os conceitos pertinentes ao tema abordado.

c) Coletar e analisar as demonstrações contábeis da empresa Genésio A. Mendes e Cia. Ltda. dos anos de 2011, 2012 e 2013 e suas respectivas análises vertical e horizontal, índices de liquidez, endividamento, rentabilidade e atividade.

d) Demonstrar a importância da análise financeira e trazer recomendações úteis referentes e pertinentes a este estudo de caso apresentado.

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1.2 JUSTIFICATIVA

Devido às necessidades vistas nas empresas com relação à falta de importância das análises das demonstrações contábeis como suporte nas tomadas de decisão e em virtude das necessidades dessas empresas em obter informações rápidas, precisas e confiáveis para a tomada de decisão, foi escolhido este tema.

A contabilidade procura captar, organizar e compilar dados de modo a permitir uma avaliação da situação econômico-financeira da entidade, num sentido estático, sendo hoje que, um dos maiores desafios da contabilidade moderna é o de poder mostrar o rumo que empresa deve tomar para atingir seus objetivos. E dentro dessa visão moderna da contabilidade que se acredita ser um desafio mostrar algumas técnicas de gestão financeira.

Tendo em vista que no mundo dos negócios muitas das decisões que são tomadas podem determinar o sucesso ou o fracasso de uma empresa e para que tais decisões sejam tomadas de forma mais acertada é imprescindível que os tomadores de decisão tenham à disposição as informações necessárias, dando mais racionalidade e firmeza ao processo.

A contabilidade é um instrumento que fornece dados que se transformados em informações e em seguida bem analisados servem de grande importância e apoio nas tomadas de decisão sobre o futuro e rumo a ser seguido pela empresa.

O objetivo que norteou a escolha deste estudo foi ampliar conhecimentos, com relação às diversas formas de análise financeira, para levar à decisão necessária de uma maneira bastante eficaz e de uma forma que servisse de base e apoio para as diversas tomadas de decisão com o mínimo de risco e o máximo de eficiência.

Tema esse de bastante importância dentro de qualquer empresa que queira prosperar seja ela: pequena, média ou de grande porte. Também podemos levar para nossa vida acadêmica, profissional e social, pois de certa forma tudo que fazemos após uma boa análise e baseados em dados e informações saem com mais eficiência e certeza de que os resultados esperados poderão vir com mais facilidade. 1.3 PERGUNTA DE PESQUISA

Como se apresentam os indicadores econômico-financeiros e quais importâncias na análise das demonstrações contábeis na gestão da empresa Genésio A. Mendes e Cia. Ltda?

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1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa a ser realizada tem caráter exploratório uma vez que, conforme MEDEIROS (1996, p.33) "visa fornecer informações sobre o objeto de pesquisa, elaborando respostas aos questionamentos", e também se utilizou o estudo de caso, um método de investigação qualitativa, com enfoque indutivo para a análise dos dados, e descritivo para a apresentação dos resultados.

Será feito pesquisa de campo com efeito de uma investigação empírica, realizada no local em que há os elementos necessários, nesse caso na empresa que disponibiliza os serviços estudados.

Na pesquisa em desenvolvimento, serão utilizados materiais bibliográficos já publicados, ou seja, será uma pesquisa exploratória bibliográfica, que segundo LAKATOS e MARCONI (1991, p.45), "Trata-se de levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita" e também dados secundários, obtidos através das demonstrações contábeis cedidas pela empresa que se fará o estudo de caso neste trabalho.

O estudo que segue estará embasado no conhecimento científico, que tem por objetivo principal, a explicação da realidade através da observação dos fatos e formulação de teorias fundamentadas através de pesquisa cientifica. E será apresentado em forma de monografia, que de acordo com SALOMON (1999, p.253), "se caracteriza pela especificação, ou seja, a redução da abordagem a um só assunto, a um só problema".

“Tratando-se de uma monografia, LAKATOS e MARCONI (1990, p.205) definem monografia como“ um estudo sabre um tema

especifico ou particular, com suficiente valor representativo e que obedece a rigorosa metodologia. “Portanto, investiga determinado assunto não só em profundidade, mas também em todos os seus ângulos e aspectos, dependendo dos fins a que se refere”.

Desta forma, o trabalho será realizado com suporte teórico em pesquisa bibliográfica relativa ao assunto em questão. Sendo observados diversos autores, de forma a esclarecer o tema proposto e sua importância como ferramenta de apoio à tornada de decisão.

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2. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

Apresenta-se a seguir a caracterização da empresa. Nesse capítulo relatam-se os dados que possibilitam conhecer melhor a mesma. Para a obtenção das informações relatadas a seguir, foi realizada pesquisa com os gestores da empresa, em conjunto coleta de dados tanto na contabilidade da empresa, quanto em relatório gerenciais.

2.1 DESCRIÇÃO LEGAL

A empresa tem por razão social Genésio A. Mendes e Cia. Ltda., com nome fantasia GAM Medicamentos, de CNPJ: 82.873.068/0001-40 e IE: 250.064.111. Situada na Rua São Luiz, 127 – Bairro Aeroporto, CEP: 88.705-190, Tubarão – SC, sendo uma Sociedade por cotas de responsabilidade Ltda. 2.2 ORGANIZAÇÕES DA EMPRESA

A GAM – Genésio A. Mendes & Cia Ltda. localizada em Tubarão SC, é uma empresa comercial atacadista com atuação no canal farmacêutico e alimentar (supermercados), distribuindo produtos na área da saúde, higiene e beleza, com 11.500 itens de laboratórios farmacêuticos e indústrias de higiene e beleza. Apresenta uma estrutura física formada de dois centros: GAM AD (centro administrativo) e GAM CD (centro de distribuição), de onde partem os seis mil pedidos formulados diariamente. Abrange toda região Sul, atendendo em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná.

Desde 1º de abril de 1968, a GAM dedica-se a concretizar sua ideia de funcionalidade e eficiência, contando com a confiança de seus clientes. Todas as suas ações são voltadas à agilidade de seus serviços, disponibilidade de estoque e rapidez na entrega, fatores essenciais na filosofia desta empresa.

A GAM atua com maior ênfase no setor de comércio farmacêutico. Possuindo também uma fatia de mercado considerável no setor alimentar (mercados e congêneres) e após o ano de 2001 vem atuando fortemente no setor hospitalar. A partir de 2005, a GAM, começou a mudar o seu enfoque de setor farmacêutico para atuar com maior força nestes mercados (hospitalar e alimentar) não muito explorados ainda em nossa região.

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A GAM conta com uma estrutura física muito bem distribuída e ampla para possibilitar o transito de seus funcionários, e realização de atividades de maneira organizada e espaçosa. A GAM - AD possui salas separadas de acordo com cada departamento e necessidade de proximidade entre eles para facilitar o acesso e troca de informação. Encontram-se dois toaletes, um feminino e um masculino, para uso comum. Estacionamento amplo e um grande espaço de cozinha para realização de confraternizações e aniversários. Ao lado fica o auditório, uma sala grande onde ocorrem as reuniões, tem capacidade para 48 pessoas, ambiente climatizado, poltronas confortáveis para recepção das pessoas.

A GAM – CD (centro de distribuição) possui uma área de 7.000 metros quadrados, onde acontecem a separação, armazenagem, conferência e expedição dos itens de medicamentos, perfumaria e congêneres. Com o crescimento a empresa está investindo fortemente em tecnologia de ponta, para melhor atender os clientes e facilitar o trabalho de seus colaboradores.

A GAM utiliza a intranet como meio para comunicação interna e transmissão de dados, conta também o apoio de programas de faturamento via web todos desenvolvidos pelo departamento de TI da empresa. A utilização de tablets também agiliza, o trabalho de vendedores externos do canal alimentar, para envio e consulta dos produtos.

A estrutura organizacional da GAM é voltada para o trabalho em equipe, transparência e a valorização do capital humano como valores fundamentais para o sucesso e satisfação pessoal.

A GAM é administrada principalmente por seu proprietário e presidente da organização Genésio A. Mendes, o presidente apesar de não possuir segundo grau, desenvolveu suas habilidades administrativas através da vivência e experiências pessoais aprimorando cada vez mais sua aptidão para os negócios.

Com o compromisso de servir bem os clientes e colaboradores a GAM desenvolve treinamentos diversos, aprimorando o conhecimento daqueles que gostam do que fazem e que sentem prazer em servir. Através de palestras, cursos técnicos e com uma política clara de administração, facilitará o almejo de atingir metas e objetivos.

A GAM atua como distribuidora de medicamentos e perfumarias para farmácias, hospitais, clínicas, mercados, bazares entre outros, atuando nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, levando saúde e prestação de serviços às pessoas que necessitam de ajuda rápida e segura.

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A empresa GAM possui uma equipe de 354 funcionários internos e 167 funcionários externos, isto é, empresas jurídicas prestadoras de serviço.

2.3 HISTÓRICO

Tudo teve início há 46 anos quando Genésio A. Mendes, Diretor Proprietário, tinha aproximadamente de 12 para 13 anos. Genésio trabalhava levando remédio ao hospital pegava sua bicicleta e saía levando remédios à Estrada de Ferro e aplicava injeção nos clientes. Na época o Sr. Genésio trabalhava como balconista na Farmácia Medeiros, na cidade de Tubarão, Santa Catarina. Em 1968, Genésio Antônio Mendes foi contemplado com um automóvel num consórcio. O dinheiro que recebeu com a venda do carro serviu de capital inicial para que ele comprasse seu primeiro lote de medicamentos. Ainda em 1968 continuava com expediente na Farmácia que trabalhava e ocupava o restante do tempo, à hora do almoço e depois do trabalho, entregando medicamentos que carregava na garupa da bicicleta.

Em 1º de Abril de 1968, Genésio Antônio Mendes alugou de seu patrão, Aggeu da Silva Medeiros, uma pequena sala comercial, na Rua São Manoel - na galeria Pio XII, no centro de Tubarão. Assim nascia a Genésio A. Mendes – GAM, atendendo apenas a cidade de Tubarão. Nesse período Genésio A. Mendes não tinha nenhum funcionário.

Trabalhando sozinho eu vendia, cobrava, organizava – fazia tudo, acrescenta o Sr. Genésio. O empreendimento cresceu e em pouco tempo já contava com um vendedor que saía de Kombi para fazer pronta entrega. (GAM 1968).

Em 1º de janeiro de 1975, foi inaugurada uma nova sede, desta vez própria, situada à Av. Marcolino Martins Cabral, em Tubarão. A GAM já tinha cerca de 20 funcionários e 06 representantes comerciais, atendendo o Estado de Santa Catarina.

Em 1º de janeiro de 1991, foi inaugurada uma nova sede, situada à Av. Patrício Lima, 310 com razão Social denominada Genésio A. Mendes & Cia Ltda. Nestes dez anos mais recentes, duas grandes mudanças se destacaram na empresa: a mudança para a atual sede, no centro de Tubarão - SC e a criação de um novo Centro de Distribuição: O GAM CD.

Uma das ações mais recentes e marcantes também é a descentralização da gestão da GAM, através da criação de diretorias (administrativa, logística, tecnológica, comercial, jurídica e financeira).

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A iniciativa partiu do próprio presidente, focado no crescimento contínuo da empresa.

No ano de 2010 à GAM diminuiu de seis diretores para três, que permanece até hoje, porém os diretores desligados deste cargo ficaram como gerentes, conforme organograma da empresa. A GAM desenvolve hoje, projetos e ações de caráter social, em comunidades carentes da região, contribuindo com o resgate da cidadania destas comunidades.

Também promove o incentivo cultural de seus colaboradores, com a criação do grupo de teatro GAMARTE, grupo de Canto/Coral, GAM em Canto e grupo de pagode SWINGAM.

Atualmente a empresa possui cerca de 10.000 clientes nos três estados da região sul do Brasil: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, dos quais aproximadamente 6.000 são atendidos por dia. Para atender a todos com agilidade e segurança, a empresa trabalha 362 dias por ano, mantendo um estoque com mais de 11.500 itens, entre medicamentos e produtos de higiene e conveniências, fornecidos por todos os laboratórios nacionais e multinacionais, totalizando cerca de 250 fornecedores cadastrados.

Buscando melhorar cada vez mais a disponibilidade de estoque, a agilidade do atendimento e a rapidez na entrega dos produtos, a GAM ampliou ainda mais a sua estrutura física, adquirindo em abril de 2001 uma nova área em Tubarão e implantando desde novembro de 2002, neste local, um amplo e moderno Centro de Distribuição, chamado de GAM-CD, separando-se fisicamente da área administrativa que permaneceu a Av. Patrício Lima.

O novo GAM-CD melhorou ainda mais a qualidade dos serviços prestados pela empresa, através de uma logística interna pronta para atender um crescimento de até 100%, possibilitando maior velocidade na separação dos pedidos e agilidade na carga e descarga dos produtos, o aumento da área para recepção e expedição de mercadorias.

Outro destaque da GAM é o atendimento ao cliente. Além do Serviço de Atendimento ao Cliente - SAC que está sempre pronto para esclarecer dúvidas, ouvir críticas e sugestões. Desde sua fundação em 1º de Abril de 1968, a GAM vem concretizando o seu conceito de funcionalidade e eficiência, para que os clientes possam sempre contar com a confiança de quem conhece o ramo de distribuição de medicamentos.

Todas as suas ações sempre serão voltadas à agilidade de seus serviços, disponibilidade de estoque, rapidez na entrega e satisfação do cliente, são fatores essenciais na filosofia da GAM.

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2.4 ORGANOGRAMA DA EMPRESA O organograma da empresa está estruturado conforme figura abaixo. Figura 01 – Organograma da empresa Genésio A. Mendes & Cia. Ltda.

Fonte: Genésio A. Mendes & Cia. Ltda. (2014).

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2.5 OBJETIVOS E AMBIENTES INTERNO E EXTERNO

Na empresa GAM, diversos são os fatores que influenciam em suas negociações e resultados. A seguir são vistas as principais influências internas e externas.

2.5.1 Produtos

Atualmente a empresa possui cerca de 10.000 clientes nos três estados da região sul do Brasil: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, dos quais aproximadamente 6.000 são atendidos por dia. Para atender a todos com agilidade e segurança, a empresa trabalha 362 dias por ano, mantendo um estoque com mais de 11.500 itens, entre medicamentos e produtos de higiene e conveniências, fornecidos por todos os laboratórios nacionais e multinacionais, totalizando cerca de 250 fornecedores cadastrados.

2.5.2 Terceirização

A empresa GAM possui serviços terceirizados na área de conservação de instalações e o frete na entrega.

A Entrega da GAM é terceirizada pela Transportadora Araújo Transportes que transporta suas mercadorias até depósitos espalhados pelos três estados onde a GAM atua chamados de caminhão madrinha. No início da manhã, os representantes, junto com outras transportadoras de menor tamanho, entregam até seus clientes no dia seguinte do pedido.

2.5.3 Concorrência

Cobra (1992, pag. 127) traz que um dos grandes desafios ambientais é administrar convenientemente a ação da concorrência e que é graças a ela que a empresa está sempre se organizando, adaptando e até mesmo inovando para poder vencer a batalha no mercado.

Relata também que na comparação dos balanços dos pontos fortes e fracos da empresa com os da concorrência e na conferência com os respectivos padrões das ameaças e oportunidades mútuos é que uma empresa se supera e se desenvolve.

Em um mercado tão competitivo que temos hoje, as empresas tem que buscar um diferencial. Por ser tratar de produtos essenciais para saúde e beleza, a GAM tem sua marca respeitada no mercado em que atua.

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A GAM procura sempre estar dentro dos preços praticados pela concorrência, a Genésio A. Mendes é uma das distribuidoras que tem o preço mais caro do mercado, mais os clientes abrem mão desse fator, para receber seus pedidos no dia seguinte com confiabilidade desta empresa que esta há 45 anos neste mercado.

Tanto a GAM como os concorrentes tem a qualidade dos produtos iguais, por só fazer esta transição entre as indústrias e mercado consumidor, e alguns diferencias como produtos exclusivos que só a Genésio A. Mendes tem e distribui na região sul do país.

Outro fator importante que os clientes relatam é a parte de devolução, a GAM faz a devolução a qualquer momento, bastam ter nota de devolução e o motivo da mesma, as outras demoram de 15 a 20 dias para fazer esta operação.

Os concorrentes diretos da GAM são: Distribuidora Farmacêutica Panarello Ltda. fundada em

1976, no estado de Goiás, a Panarello está presente em 97% do território nacional, sendo líder no segmento de distribuição de medicamentos. Hoje, a empresa detém 15% de participação do mercado de distribuição nacional.

Para suportar a excelência na prestação de serviços, o

compromisso no cumprimento de prazos e na oferta dos melhores produtos, a Panarello conta com 13 Centros de Distribuição e o suporte de vários escritórios regionais.

A empresa Panarello representa atualmente mais de 200 indústrias farmacêuticas nacionais e multinacionais, e conta com cerca de 35 mil clientes, espalhados por todo o Brasil, as entregas dos pedidos são realizados diariamente em menos de 24 horas.

Desde 2009, a empresa pertence ao Grupo Panpharma, composto pela Distribuidora American farma e pelo Grupo alemão Celesio. São 35 anos de dedicação, atendimento diferencial e agilidade para levar as farmácias de todo o Brasil os melhores produtos com preços competitivos.

Em 1976 a Panarello iniciou suas atividades no estado de Goiás, a inauguração da sua 1º filial fora do estado de Goiás foi em 1991, as mesma foram inauguradas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Já em 1997, inaugurou mais duas filiais nos estados de Curitiba e Bebedouro, em 2001 foi à vez de Pernambuco receber mais uma filial da Panarello, neste mesmo ano a empresa recebeu o prêmio EAN, como

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empresa que mais investe em automação no Brasil, esta avaliação foi feita pelos clientes e fornecedores.

A empresa se consolidou em 2002 como a maior distribuidora nacional de produtos farmacêuticos, quando inaugurou sua filial no Distrito Federal.

Santa Cruz Distribuidora, a história da Santa Cruz é a história de muitas pessoas e da dedicação de cada uma delas para tornar possível um sonho. Foi assim que, há mais de cinco décadas, demos os primeiros passos para nos tornar uma das mais importantes distribuidoras do mercado farmacêutico brasileiro.

O marco inicial dessa história se dá na cidade de Laranjeiras do Sul, oeste do Paraná, onde em 1955 os farmacêuticos Gilberto e Hieda Mayer inauguraram a farmácia Santa Cruz. Mantendo o empreendedorismo em poucos anos a Santa Cruz expande seus negócios, passando a abastecer outras farmácias da região como atacado.

Na década de 80, a distribuição passa a ser a principal atividade da empresa e um novo Centro de Distribuição é inaugurado em Curitiba - PR. Isso fez com que a empresa fortalecesse o seu potencial e reconhecimento no mercado. Foi o início de uma expansão que logo tornou uma das principais distribuidoras do país.

Atualmente a Santa Cruz, atende mais de 90% do mercado farmacêutico nacional com dez Centros de Distribuição e com representantes comerciais presentes nas regiões Sul, Sudeste, Centro Oeste, Nordeste além de uma Sede Corporativa em São Paulo com forte proximidade aos fornecedores e clientes.

Com uma atuação visionária focada em credibilidade e solidez a Santa Cruz inova constantemente buscando o amplo conhecimento de mercado com constantes investimentos no capital humano.

A empresa esta entre os lideres de mercado, fortalecendo a relação com clientes e fornecedores embasados pela credibilidade e solidez das operações. Garantir a disponibilidade dos principais produtos do segmento totalizando 10.000 itens. O compromisso da empresa é o desenvolvimento do segmento farmacêutico disponibilizando acesso a saúde de maneira inovadora e inteligente.

Cada solução encontrada, cada ferramenta criada, visa dar respostas ágeis e eficazes para as necessidades do mercado. Disponibilizamos serviços diferenciados como; Pedido Eletrônico, Revista Santa Cruz.

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A empresa hoje possui em média 34.000 mil clientes, em todo o território nacional, a empresa conta com 10 Centros de Distribuição (CD) e um Centro Administrativo localizado no estado de São Paulo.

Com uma logística integrada e análises constantes dos processos de distribuição, a Santa Cruz atua efetivamente no dia-a-dia de seus fornecedores e clientes, encontrando respostas rápidas para os diferentes cenários que se apresentam. Toda carga é monitorada via satélite, permitindo saber com exatidão sua localidade e travar automaticamente os veículos a qualquer sinal de perigo.

Dimed S.A. Distribuidora de Medicamentos, sua história se inicia em 21 de setembro de 1967, quando as duas maiores redes de farmácias do Rio Grande do Sul, PanitzeVelgos, se reuniram em uma Joint Venture, fundando uma central de compras e logística para abastecer ambas as redes, bem como os demais clientes da região.

No ano de 1972 a Dimed, iniciou o processo de informatização, implantando esteiras para melhorar o processo de separação dos pedidos. Em Santa Catarina a Dimed inaugurou sua filial em 1980.

Em 2001 a empresa implementou o E-Dimed, que é um programa criado para os clientes, fazerem suas compras online, em setembro de 2006 a Dimed foi destaque por ser a primeira empresa a emitir a Nota Fiscal Eletrônica no Brasil.

No ano de 2011 a empresa inaugurou mais uma filial em Maringá. A excelência operacional da Dimed está fundamentada em sua estrutura. Com frequentes investimentos nestes recursos a Dimed garante disponibilidade, frequência e precisão no atendimento a seus clientes.

A empresa tem satisfação ao dispor para seus clientes, quatro centros de distribuição, entregas diárias, informatização de processos, na Região sul do Brasil a empresa possui em média 7.000 mil clientes, a parte logística da empresa é terceirizada.

A maioria das empresas procura identificar quem tem maior fatia de vendas no mercado. Concentram-se também em medir o número de concorrentes atuais e os ativos dos balanços atuais dos maiores concorrentes.

2.5.4 Fornecedores

O mercado fornecedor compreende todas as pessoas e empresas que irão fornecer as matérias-primas e equipamentos utilizados para a fabricação ou venda de bens e serviços. (SEBRAE, 2009). A GAM trabalha com 285 fornecedores, sendo que a tabela abaixo nos mostra os

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10 fornecedores principais que tem. Cerca de 50% dos fornecedores visitam a GAM uma vez por mês para fechar negócios, e ver como seus produtos estão se comportando no mercado.

Os fornecedores já trabalham com a GAM há mais de 5 anos, a Genésio A. Mendes é a primeira distribuidora do sul que recebe os lançamentos dos produtos. Nas redes de farmácias e supermercados as negociações sempre contam com a participação do representante da indústria, para fazer esta parceria entre GAM X Cliente.

Como os pedidos que a GAM emite para as indústrias são de valor alto, a mesma recebe um prazo de pagamento maior e desconto nos produtos, com este incentivo são feitas promoções bem atrativas que dão beneficio para os clientes da GAM adquirir os produtos com um preço mais acessível, e com isso repassar para o consumidor final.

Os principais fornecedores da empresa Genésio A. Mendes estão

dispostos na tabela.

Quadro 01: Principais fornecedores

Fonte: Genésio A. Mendes & Cia. Ltda. (2014).

2.5.5 Estratégias de Marketing

Segundo Kotler (1998, pag.27), “marketing é um processo social

e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros”.

Preço Prazo Localização

1 Sanofi Aventis 30 Dias 60 Dias São Paulo

2 Hypermarcas 28 Dias 45 Dias São Paulo

3 Bayer 23 Dias 35 Dias São Paulo

4 Kimberly 30 Dias 45 Dias São Paulo

5 P&G 14 Dias 23 Dias São Paulo

6 Unilever 35 Dias 60 Dias São Paulo

7 Colgate 45 Dias 60 Dias São Paulo

8 GSK 14 Dias 28 Dias Rio de Janeiro

9 Loreal 7 Dias 23 Dias Rio de Janeiro

10 Roche 7 Dias 14 Dias São Paulo

SH. Elseve R$ 8,55

Rivotril R$ 16,79

SH. Seda R$ 6,25

CR. Dental R$ 0,89

Sal de Fruta R$ 4,60

Diane R$ 5,50

FR.Monica R$ 9,70

Gillete R$ 12,85

Itens Adquiridos Empresa Condições de Pagamento

Lantus R$ 120,00

Benegrip R$ 7,00

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A GAM é uma distribuidora de medicamentos, perfumarias e congêneres, ela atua nos três estados do sul do Brasil, ela trabalha com 285 fornecedores e tem mais de 10.000 clientes. Sua principal diferenciação é a entrega em até 14 horas após a realização da compra.

Então podemos dizer que o principal produto da empresa é a prestação de serviço, hoje a GAM terceiriza a frota de caminhões para entregar nos depósitos alugados pela empresa nos três estados, tendo em vista mais eficiência e rapidez na entrega.

Todos os dias no período matutino os representantes comercias da empresa, vão até o depósito pegar os pedidos dos clientes para realizar a entrega. A GAM já esta no mercado há 45 anos, é uma marca respeitada nos estados em que atua, e sempre bem vista como agilidade na entrega. Os preços muitas vezes são mais caro do que o da concorrência, mais pelo fato da logística eles optam por pagar um pouco mais pela prestação deste serviço.

A empresa hoje trabalha com um produto exclusivo hoje é que são as insulinas LANTUS (é um medicamento para quem tem diabetes), é um produto de valor agregado, e nos três estados do sul só a Genésio A. Mendes vende. A GAM tem o SAC à disposição dos clientes para os mesmos realizarem suas reclamações, sugestões.

Este serviço os clientes sempre ficam satisfeitos, porque as reclamações que são feitas, todas são encaminhadas para os setores responsáveis verificarem as ocorrências, e as mesmas tem prazos estipulados para que os clientes recebam uma posição o mais rápido possível.

2.5.6 Preço

Czinkota et al (2001, pag. 31) assume que vários objetivos deveriam ser alcançados através das decisões de fixação de preço e que a estratégia de preço de uma organização deveria ser seguida dessa forma:

Apoiar a estratégia de marketing de um produto; Realizar as metas financeiras da organização; e Ajustar-se às realidades do ambiente do mercado.

Morse (1988, pag. 57 - 58) relata que o preço afeta a decisão de

compra do cliente por vários fatores como: seu preço em relação ao da concorrência, se ele se encaixa na faixa de mercado a que o produto se destina, o nível de desconto, o preço onde os pagamentos podem ser

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efetuados pelo comprador, a qualidade do merchandise, a rapidez da remessa e outro fator importante a ser levado em consideração consiste em concentrar o atrativo de um produto ou serviço via facilidades de pagamento e prestações que fazem parte integrante do fator preço.

A GAM trabalha com duas políticas de preço: uma no medicamento e outra na perfumaria. Na perfumaria, ela faz seu preço de venda e consegue ficar ainda mais competitivo. Já no medicamento os preços são tabelados pelo governo federal, pois a empresa trabalha em cima de descontos com fornecedores e clientes. Esta é uma área delicada da empresa porque negocia entre laboratórios e farmácias.

2.5.7 Promoções

Segundo Czinkota et al (2001, pag. 33), as decisões de promoção comunicam a estratégia de marketing da empresa para clientes e membros do canal que promovem a distribuição do produto para o mercado. Toda empresa tem escolhas a fazer quanto a como se comunicar com o mercado. Essa comunicação é realizada pelo gerenciamento do seu composto promocional. Os elementos dessa mistura incluem a publicidade, a venda pessoal, relações públicas e a promoção das vendas.

A GAM possui um departamento de marketing onde são analisadas e elaboradas promoções com os melhores preços e prazos.

2.5.8 Estrutura Contábil e Forma de Tributação

A GAM possui um departamento de contabilidade interna, onde está alocada a área contábil e fiscal. A GAM paga seus tributos pelo lucro real para impostos federais que é obrigatório pelo seu nível de faturamento e é optante pelo sistema normal para tributos estaduais.

2.5.9 Planejamento Estratégico

A empresa busca sempre planejar suas estratégias para o mercado. Planejando sua compra, sua produção e sua venda, assim, fazendo com que execute os processos de maneira mais fácil e de menor custo, para que possa sempre estar à frente de seus concorrentes e satisfazendo seus clientes.

O diagnostico estratégico corresponde à primeira fase do processo de planejamento es tratégico e

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procura responder a pergunta básica “qual a real situação da empresa quanto a seus aspectos internos e externos?”, verificando o que a empresa tem de bom, de regular ou de ruim em seu processo administrativo. (OLIVEIRA, 2008, pag.63).

2.5.10 Missão, Visão e Valores da Empresa GAM.

Para Oliveira (2008) missão é a razão de ser da empresa. Nesse ponto procura-se determinar qual o negócio da empresa, porque ela existe, ou ainda, em que tipos de atividades a empresa deverá concentrar-se no futuro.

A Missão da empresa Genésio A. Mendes é: “Abastecer com

excelência mercados farmacêuticos, alimentares e congêneres, comprometidos com a ética e com os interesses da sociedade”.

A Visão de uma empresa segundo Oliveira (2008) a visão é conceituada como os limites que os proprietários principais executivos da empresa conseguem enxergar dentro de um período de tempo mais longo e uma abordagem mais ampla. Neste contexto, a visão proporciona o grande delineamento do planejamento estratégico a ser desenvolvido e implementado pela empresa. A visão representa o que a empresa quer ser.

A Visão da empresa Genésio A. Mendes é: “Ser referência no

mercado”. Para Oliveira (2008) os valores de uma empresa representam o

conjunto dos princípios e crenças fundamentais de uma empresa, bem como fornecem sustentação para tomar as suas principais decisões.

Os Valores da empresa “Genésio A. Mendes” são:

Trabalho - São os esforços físicos ou mentais, que fazemos para chegar a um fim. Ele ocupa a maior parte do nosso tempo, por isso, é importante que façamos com que ele seja também um prazer em nossa vida. “Nem sempre fazemos aquilo que gostamos, mas devemos gostar

daquilo que fazemos”, pois desta forma, com certeza, teremos uma vida

mais feliz. Honestidade - Característica de pessoas de empresas íntegras, que honram com seus compromissos e suas palavras, que demonstram respeito a si e ao próximo. Esta é uma das principais marcas da GAM ao longo desta caminhada.

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Organização - Sem ela dificilmente alguma empresa sobrevive. Cada colaborador deve estar em sintonia com o todo, desenvolvendo de forma eficiente e integrada a sua função. Criatividade - Característica básica do profissional de hoje. Não basta mais um simples diploma ou o fato de o profissional Ter trabalhado nesta ou naquela empresa. Isto também conta, mas o grande diferencial está na capacidade de criar, na visão de futuro, e consequentemente no desenvolvimento de um trabalho eficaz. Persistência - Sem ela de nada adianta os itens anteriores. Dizem que a 1ª impressão é a que fica, mas na realidade é a última que fica. Se você foi bem atendido sempre em um estabelecimento e no dia de sua última compra foi mal recebido, qual a impressão que ficou? Entretanto é uma característica que poucos têm e precisa ser estimulada de tempos em tempos entre os colaboradores. Capital Humano – Este é o nosso grande diferencial, as pessoas que compõe esta empresa e que fazem dela uma organização de referência. Temos uma área especializada em psicologia do trabalho que busca constantemente oferecer cursos de aperfeiçoamento e desenvolvimento profissional bem como acompanhamento pessoal. 2.6 POSSIBILIDADES DE EXPANSÃO DA EMPRESA

A GAM vai expandir seus negócios, construindo um novo CD no estado do Rio Grande do Sul, mais precisamente na cidade de Santa Cruz do Sul. Este investimento é necessário em ambiente competitivo, onde os clientes buscam um diferencial, hoje com sede só na cidade de Tubarão estado de Santa Catarina, a GAM entrega os pedidos nos três estados do sul do Brasil em até 14 horas, após a realização dos pedidos dos mesmos.

Com este novo CD(Centro Distribuição) na cidade de Santa Cruz do Sul, este tempo de entrega será menor do que 14 horas, e com uma redução no gasto de transporte estimada em R$ 700.000,00 reais por mês. O novo CD, com inicio de funcionamento previsto para Agosto de 2014, vai gerar de inicio 160 empregos diretos.

No dia 09 de Abril de 2013, o prefeito municipal de Santa Cruz do Sul Telmo Kirst fez o anúncio oficial da instalação da GAM na cidade conforme foi divulgado por um meio de comunicação da cidade, o investimento estimado do novo CD é de R$ 20.000.000,00.

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3 REFERÊNCIAL TEÓRICO 3.1 CONCEITOS E OBJETIVOS DA CONTABILIDADE

A Contabilidade surgiu da necessidade que as pessoas tinham de controlar aquilo que possuíam, gastavam ou deviam. À medida que as civilizações evoluíam, os registros contábeis tornavam-se cada vez mais necessários. A invenção da escrita, por fim, estruturou a atividade de realizar os registros contábeis (SÁ, 2008).

A contabilidade se apresenta como um importante instrumento que fornece informações aos diversos usuários, levando-os ao conhecimento da situação econômico-financeira da empresa. Para Franco (1996), a contabilidade é um instrumento que fornece e extrai o máximo de informações úteis e detalhadas, concretas e verdadeiras que sejam efetivamente relevantes para auxílio na tomada de decisão dentro ou fora de uma empresa. Assim, para que o processo administrativo ocorra a contento é de fundamental importância a apresentação de informações oriundas da contabilidade para que os usuários internos e externos possam tomar suas decisões com um maior grau de segurança (NEVES e VICECONTI, 2004).

As informações produzidas pela contabilidade permitem ao credor, ou qualquer outro usuário, saber qual é a capacidade que a empresa tem de honrar suas obrigações e conhecer qual é o seu grau de endividamento. Para os administradores é uma ferramenta que auxilia na tomada de decisão gerencial e de estratégica, e por fim permite aos investidores conhecer a rentabilidade da empresa.

De um modo geral, a contabilidade tem o patrimônio das empresas como seu objeto de estudo, verificando os fatos que alteraram o status desse patrimônio. Ela surgiu para conhecer e controlar o patrimônio das pessoas, analisando o fluxo de riqueza do mesmo.

Desse modo, o principal objetivo da contabilidade é permitir que os diversos usuários das informações produzidas, possam analisar a situação econômico-financeira da entidade para tomar decisões presentes e futuras.

Para Velter e Missagia (2005), a finalidade da contabilidade é fornecer informações aos mais diversos usuários. Tais informações subsidiam o processo de avaliação da situação econômico-financeira da empresa. Desse modo, as empresas devem ser transparentes, evidenciando todas as informações para o departamento contábil.

Conforme Ribeiro, (2006) os usuários são todos aqueles que direta ou indiretamente utilizam as informações fornecidas pela

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contabilidade, seja para acompanhar o desenvolvimento da empresa, conhecer as garantias que a empresa oferece para cumprir seus compromissos junto aos seus clientes, fornecedores, entre outros, e para tomar decisões administrativas, econômicas ou financeiras.

Exaltamos então, que a grande missão da contabilidade é produzir informações que atendam adequadamente aos usuários, seja internos ou externos e sejam revestidas das seguintes características: confiabilidade, relevância, compreensibilidade e comparabilidade (IUDICÍBIUS e MARION, 2002).

3.2 HISTÓRICOS SOBRE ANÁLISES DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

A análise de demonstrativos surgiu e se desenvolveu dentro do sistema bancário norte americano, desde o final do séc. XIX, quando instituições financeiras (bancos) utilizavam-se desta ferramenta para analisar concessão de empréstimos para empresas. Desde então, desenvolveu-se cada vez mais demonstrativos a fim de se analisar todos os aspectos financeiros de todos os níveis de organizações.

As empresas, por sua vez, passaram a enxergar os demonstrativos como instrumentos de grande utilidade, uma vez que os dados extraídos podem se transformar em informações extremamente valiosas ao desenvolvimento financeiro das organizações.

Porém, no Brasil, a análise de demonstrativos era um instrumento pouco utilizado até o ano de 1968, quando foi criada a SERASA2, que inicialmente operava como uma central de análise de balanços de bancos comerciais.

O atraso do Brasil em relação a outros países é explícito no que se refere à “cultura” de análise de demonstrativos, uma vez que ela se

tornou praticamente obrigatória nos Estados Unidos no ano de 1915. Todavia, atualmente, as grandes empresas brasileiras já passaram a reconhecer a importância de uma análise bem formulada, e aos poucos tal importância é verificada também por pequenos empresários, afinal, toda decisão tomada na gestão de uma empresa, independentemente do seu porte, implica em custos, perdas, ganhos e gastos.

Portanto, pode-se dizer que toda decisão tomada com relação a uma empresa é, na realidade, uma decisão financeira.

Sendo assim, é possível afirmar que o uso de demonstrativos na análise financeira das pequenas empresas estabelece informações sólidas e de relevante importância para a sobrevivência de tais empresas em meio a um mercado cada vez mais competitivo, onde a eficiência e a

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eficácia das decisões tomadas são fatores que determinam o sucesso ou o fracasso das empresas.

3.3 ANÁLISES ECONÔMICO-FINANCEIRAS.

As demonstrações financeiras são utilizadas pela administração da empresa para prestar contas e levar informações sobre o aspecto econômico-financeiro aos acionistas, credores, governo e outros interessados.

As demonstrações financeiras também são chamadas de relatórios contábeis e são a fonte de informações para análise, servindo de base, inclusive para avaliação quanto à possibilidade de investimento.

Segundo Ribeiro (1998, p. 40) “Demonstrações Financeiras são

relatórios ou quadros técnicos que contém dados extraídos dos livros, registros e documentos que compõem o sistema contábil de uma entidade.” Os registros contábeis realizados periodicamente pelas empresas são a fonte dos dados para o processo de elaboração das Demonstrações Financeiras.

As demonstrações financeiras de uma empresa apresentam informações que revelam suas operações por um período de tempo, e quando analisadas permitem detectar quais são os aspectos fortes e fracos apresentados em suas atividades operacionais e não operacionais, bem como suas potencialidades, auxiliando assim, a tomada de decisão.

Segundo Marion (2002, p.38) “Os dados coletados pela

contabilidade, são apresentados periodicamente aos interessados de maneira resumida e ordenada, formando assim os relatórios contábeis.”.

A fim de transformar os dados disponíveis nas demonstrações financeiras em informações de auxílio à tomada de decisões, surgiu a análise das demonstrações financeiras.

Segundo Assaf (2007, p. 55) “a análise financeira visa relatar,

com base nas informações contábeis fornecidas pelas empresas, a posição econômico-financeira atual, as causas que determinaram a evolução apresentada e as tendências futuras”. Sua principal finalidade é

fornecer informações precisas para os credores e investidores tomarem decisões.

Conforme Silva (2007, p. 68), “Um dos principais objetivos da

análise financeira é o fornecimento de subsídio para a tomada racional de decisão de concessão de crédito e de investimento, a partir de informações de boa qualidade”.

É possível realizar a análise de todas as demonstrações financeiras, no entanto, normalmente as atenções se concentram de

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forma especial no Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado do Exercício, pois é através delas que se evidenciam de uma forma objetiva, a situação econômico-financeira.

Existem algumas técnicas contábeis que são aplicadas para analisar as demonstrações financeiras, de forma especial o Balanço Patrimonial e a DRE, a fim de transformar os dados em informações, as quais são apresentadas posteriormente.

A análise Econômica Financeira através da utilização de índices envolve uma técnica que permite uma visão abrangente da realidade e da situação financeira de uma organização, uma vez que os índices podem ser adotados com o intuito de investigar, indagar as mais variadas potencialidades de desempenho econômico-financeiro, tais como: liquidez do patrimônio líquido, grau de endividamento, estrutura do capital, dentre outras (VIERA e SANTOS, 2005, p.51). Segundo Leite (2003), a utilização desses indicadores quantitativos e qualitativos vem contribuir para que as organizações controlem seu desempenho econômico-financeiro e sua eficiência operacional, assim como sua habilidade de proporcionar satisfação a todos os stakeholders relacionados (LEITE, 2005, p. 2). A análise econômico-financeira ou de balanços começa onde termina o trabalho do contador. Conforme Ribeiro (1998, p.16) destaca que a análise de Balanço.

“[...] pode ser conceituada como a arte através da

qual são analisadas e interpretadas as principias demonstrações financeiras de uma entidade, exigindo sempre de quem a executa, habilidade e conhecimentos em contabilidade, visa fornecer informações acerca do estado de seu Patrimônio”.

Segundo Iudícibus (1998, p.20) a análise de balanços define-se

como “a arte de saber extrair relações úteis, para o objetivo econômico

que tivermos em mente, dos relatórios contábeis tradicionais e de suas extensões e detalhamentos, se for o caso [...]”. Contribuindo com essa

afirmação, Assaf Neto (2002, p.49) infere que “a maneira com que os

indicadores de análise são utilizados é particular de quem faz a análise, sobressaindo-se, além do conhecimento técnico, a experiência e a própria intuição do analista”. Dois analistas podem chegar a conclusões

bem diferentes sobre uma mesma empresa, mesmo tendo eles trabalhado com as mesmas informações e utilizado iguais técnicas de análise (ODORCIK, OLIVO e SCHVIRCK, 2010). Já Matarazzo (2003, p.17) descreve que:

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“O analista de balanços preocupa-se com as demonstrações financeiras que, por sua vez, precisam ser transformadas em informações que permitam concluir se a empresa merece ou não crédito, se vem sendo bem ou mal administrada, se tem ou não condições de pagar suas dívidas, se é ou não lucrativa, se vem evoluindo ou regredindo, se é eficiente ou ineficiente, se irá falir ou continuará operando”.

Para as empresas buscarem permanentemente a eficácia

operacional, elas necessitam utilizar informações, tanto da contabilidade financeira como da gerencial para avaliar seu desempenho. Essas informações, muitas vezes, não são implantadas por algumas organizações, tornando-se cada vez mais difícil encontrar um empreendimento que consiga sobreviver no mercado. “Embora seja

comum no cotidiano das empresas avaliarem resultados e desempenhos, não é uma tarefa tão simples como pode parecer” (MACHADO;

MACHADO e HOLANDA, 2006). Em seu estudo sobre análise de índices financeiros para tomada

de decisão, Vieira e Santos (2005) apontam que a análise das demonstrações financeiras através dos índices financeiros trata-se de uma robusta técnica de assistência ao processo decisório sobre os mais diversos aspectos financeiros, todavia, deve ser empregada de maneira sensata, uma vez que o seu uso só permite uma avaliação desempenho e eficiência global de uma organização quando seguida da análise de outras medidas estatísticas. Nesse sentido, Kaplan e Norton (2001) apontam que as empresas também precisam de forte sistema de controles internos para preservação dos ativos críticos, como caixa, estoques, equipamentos, informação – inclusive bancos de dados –, escrituração contábil e registros de clientes (KAPLAN e NORTON, 2001, p.362).

3.4 FINALIDADES DA ANÁLISE FINANCEIRA

Ribeiro (2004, p.17) escreve que “a finalidade da análise de

balanços é transformar os dados extraídos das demonstrações financeiras em informações úteis para a tomada de decisões por parte das pessoas interessadas”. Ainda aquele autor, “a análise de balanços inicia-se a partir das demonstrações financeiras, nas quais o analista coleta os dados adequando-os para os cálculos de quocientes, índices ou

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coeficientes, que serão posteriormente interpretados”. Ribeiro (1998,

p.13) continua e afirma que:

Aquele que interpreta as demonstrações financeiras não é adivinho, mas sim analisa dados concretos aplicando formulas a partir de seus conhecimentos e experiência contábil de onde extrai conhecimento para analisar o presente com base no passado a fim de projetar o futuro.

É importante ressalta-se que quem realiza esta análise, na maioria das vezes, acaba sendo o próprio contador. Percebe-se também que as informações contidas nos balanços, na forma como são elaboradas, não fornecem dados na ótica gerencial. É justamente deste ponto que começa o papel da análise das demonstrações, cuja finalidade é transformá-las em dados interpretativos sobre a situação patrimonial da entidade, observando-se o presente, levando em conta o passado para projetar o futuro.

Assim, com base nas informações financeiras, “o analista efetua o

exame e a coleta de dados, transformando-os em quocientes, coeficientes, etc., analisa-os e interpreta-os chegando a conclusões que são apresentadas por meio de relatórios” (RIBEIRO, 1998, p. 14). Por esta ótica que os autores nos proporcionam, entende-se que este tipo de análise acarreta em um profundo conhecimento econômico e financeiro da empresa, inclusive sobre sua viabilidade econômica (ODORCIK, OLIVO e SCHVIRCK, 2010). 3.5 PRINCIPAIS INTERESSADOS NA ANÁLISE FINANCEIRA

Para Ribeiro (2004), historicamente os primeiros interessados em análises financeiras das empresas foram os bancos. Porém, na atualidade são muitos os usuários desta ferramenta, seja para conhecer a rentabilidade do capital investido nas entidades e o grau de solvência para o cumprimento de suas obrigações, ou para avaliar o desempenho das entidades, de acordo com interesses específicos. Conforme aquele autor, “[...] a ninguém mais do que aos administradores, interessa conhecer a situação econômica e financeira das empresas que administram” (RIBEIRO, 2004, p.18).

Neste sentido, Silva (2001, p.42) define que “o principal usuário

das informações contábeis deveria ser a própria empresa, que pode utilizar estas informações voltadas para o gerenciamento das operações

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ou para a direção geral da empresa”. Os usuários da análise podem ser

todas as pessoas e ou entidades que tenham algum tipo de ligação com a empresa em questão, sejam colaboradores, investidores, credores, etc. Silva (2001, p.47), define que “da mesma forma que instituições

financeiras ao emprestar dinheiro aos seus clientes precisam das informações para decidir com segurança, também os fornecedores precisam avaliar o risco de crédito de seus clientes”. Para Ribeiro (2004, p.18):

“O público investidor do mercado de capitais

através da compra de ações é outro a se utilizar desta ferramenta. Para posteriormente optar por uma empresa, devem antes efetuar minuciosa análise dos balanços nas empresas das quais pretendem investir, já que o grande interesse desses investidores recai sobre a rentabilidade”.

Segundo Silva (2001, p.44),

“Os investidores no mercado de capitais necessitam tomar decisões sobre que ação comprar, quando vender, como compor uma carteira de ações, que clube de investimentos oferece maior segurança ou qual fundo de ações é o mais rentável, o mais seguro e o mais líquido. Todas essas decisões precisam ser fundamentadas com informações eficientes. Os analistas de investimentos são os técnicos que dão seus pareceres sobre as expectativas de risco e retorno das ações, para auxiliar os investidores no direcionamento de suas carteiras”.

Para os investidores nada como uma boa análise financeira da

empresa a ser investida, para que se tenha uma ideia do grau de risco do seu investimento ou a da possibilidade de retorno do mesmo. O governo também tem interesse na análise das empresas. Segundo Ribeiro (2004), para o governo a análise em referência apresenta diversas vantagens, tais como em concorrências públicas, onde estando o governo diante de duas ou mais entidades que atendam satisfatoriamente as exigências dos editais, decidirá este sempre pela empresa que possuir a melhor situação financeira. Além disso, pode acompanhar o desempenho da vencedora, a fim de saber se ela poderá honrar os compromissos assumidos. “É por

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meio da análise de balanço o governo acompanha o desempenho da economia do país, comparando empresas de acordo com as categorias econômicas” (RIBEIRO, 2004, p.18).

O governo utiliza-se desta análise também para averiguar a rentabilidade das empresas públicas. Para o governo também é vital a análise financeira que será utilizada, tanto para analisar o desempenho de suas próprias empresas, como para poder comparar entidades do mesmo segmento e de tamanhos distintos, que quando comparadas por esta ferramenta, tornam-se de iguais proporções (ODORCIK, OLIVO e SCHVIRCK, 2010). 3.6 COMO REALIZAR UMA BOA ANÁLISE FINANCEIRA

Segundo Iudícibus (1998 p.49), “análise de balanços é uma arte,

pois apesar das técnicas desenvolvidas, não há nenhum critério ou metodologia formal de análise válido nas diferentes situações e aceito unanimemente pelos analistas”.

Na opinião de Silva (2001 p.27), “a contabilidade está muito

relacionada com a análise financeira. As demonstrações financeiras fornecidas pela contabilidade constituem importante grupo de informações que serão examinadas no processo de análise financeira”.

Um bom conhecimento de conceitos e mecanismos contábeis é necessário para o desenvolvimento de uma boa análise financeira, porém não é suficiente.

A análise financeira não pode limitar-se aos dados contábeis, devendo interpretá-los e buscar explicações que normalmente transcendem a esfera da contabilidade, como flutuações econômicas e fatores que afetam a oferta e a demanda na economia local, nacional ou internacional (ODORCIK, OLIVO e SCHVIRCK, 2010).

Helfert (2000, p.15) exemplifica que:

“Quando um estudante, analista ou executivo de empresa está lidando com um problema financeiro ou deseja entender as compensações relacionadas às decisões empresariais de investimento, operacionais e de financiamento, uma ampla variedade de técnicas analíticas e, algumas vezes, técnicas grosseiras estão disponíveis para gerar respostas quantitativas. A seleção das técnicas adequadas para essas escolhas é, sem dúvida, uma parte importante da tarefa analítica”.

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Para Ribeiro (1998), a análise de balanços pode ser realizada em

sete etapas: a) exame e padronização das demonstrações financeiras; b) coleta de dados; c) cálculo dos indicadores: quocientes, coeficientes e números índices, mediante a aplicação de fórmulas já consagradas; d) interpretação dos quocientes; e) análise vertical/horizontal; f) comparação com padrões; g) elaboração de relatórios inteligível por leigos. Dessa forma pode-se afirmar que não existe uma fórmula ideal para a elaboração de uma boa análise financeira. Este trabalho depende da utilização das demonstrações contábeis disponíveis, comparando-as através de fórmulas matemáticas durante diversos períodos, mas que principalmente, necessita existir uma qualificação daquele que irá efetuar este trabalho, porque é essencial que haja uma interpretação dos dados apresentados de forma correta e individual para cada análise distinta (ODORCIK, OLIVO e SCHVIRCK, 2010). 3.7 DUAS DAS PRINCIPAIS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

A Lei 6.404/76 em seu artigo 176 diz que ao fim de cada exercício social a Diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício (SILVA, 2001). Assaf Neto (2001, p.49), afirma que “os relatórios contábeis elaborados periodicamente são

justamente os insumos básicos do processo de análise de balanços”.

Neste sentido,

“Relatórios financeiros englobam todas as demonstrações contábeis elaboradas pela empresa e devem servir como fonte de informações para a análise econômico-financeira. Os relatórios, ou demonstrações contábeis que são obrigatórios pela atual Lei das Sociedades por Ações são: 1º O Balanço Patrimonial; 2º Demonstração do Resultado do Exercício; 3º Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados ou Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; e, 4º Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos. Porém todos os relatórios contábeis produzidos pelas empresas podem e devem ser aproveitados para fins de análise financeira (ASSAF NETO, 2001, p 51)”.

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Entende-se assim que as demonstrações contábeis são um

conjunto peças emitidas pela contabilidade das empresas, onde alguns são obrigatórios por lei, outros a empresa desenvolve especialmente para evidenciar com clareza a situação da entidade. Todavia, as demonstrações contábeis individualmente produzem informações isoladas e que se observadas dessa forma não trazem grande proveito em uma análise da situação em que a entidade se encontra. Somente com a comparação dessas diversas demonstrações, em diversos períodos e analisados sucessivamente, é que se pode extrair delas as informações necessárias para efetuar uma análise da situação econômica e patrimonial da empresa (ODORCIK, OLIVO e SCHVIRCK, 2010). 3.7.1 O Balanço Patrimonial (BP)

Para Iudícibus (1998, p.42) “o Balanço Patrimonial reflete a

posição das contas patrimoniais em determinado momento, normalmente no fim do ano ou de um período prefixado”. Já Assaf Neto

(2001, p. 58) diz que:

“O balanço apresenta a posição patrimonial e financeira de uma empresa em dado momento. A informação que este demonstrativo fornece é totalmente estática e, muito provavelmente, sua estrutura se apresentara relativamente diferente algum tempo após seu encerramento”.

Segundo Ribeiro (1998, p.43), “o Balanço Patrimonial é a

demonstração financeira que evidencia resumidamente o Patrimônio da entidade, qualitativa e quantitativamente”. Ribeiro (1998, p.44) ainda

afirma que “no balanço, as contas são classificadas segundo os

elementos do patrimônio que registram, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia”.

Observa-se que o Balanço Patrimonial representa uma fotografia da organização, tirada em uma determinada data, geralmente é fechado pela maioria das organizações em 31 de Dezembro (ODORCIK, OLIVO e SCHVIRCK, 2010). Segundo Matarazzo (1998),

“O Balanço Patrimonial é a demonstração que apresenta todos os bens e direitos da empresa – Ativo -, assim como suas obrigações – Passivo Exigível – em determinada data. A diferença entre

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Ativo e Passivo é chamada Patrimônio Líquido e representa o capital investido pelos proprietários da empresa, quer de recursos trazidos de fora da empresa, quer gerado por esta em suas operações e retidos internamente (MATARAZZO, 1998, p. 43)”.

Destaca-se que os valores demonstrados no balanço refletem a

situação da empresa naquele determinado momento. As contas devem sempre estar por ordem de liquidez, ou seja, as contas de giro ou transformação em disponibilidades mais rápidas devem estar alocadas em primeiro lugar no balanço (ODORCIK, OLIVO e SCHVIRCK, 2010). 3.7.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

A Demonstração do Resultado do Exercício apresenta a formação do lucro do exercício por meio da confrontação de receitas, custos e despesas do período. A DRE tem como finalidade única e exclusiva apurar lucro ou prejuízo do exercício, que depois transfere esse resultado para lucros ou prejuízos acumulados.

Englobam a DRE: as receitas, as despesas, os ganhos e as perdas do exercício, apurados por regime de competência, independentemente de seus pagamentos e recebimentos (ASSAF NETO; SILVA, 2008, p. 101). A Demonstração de Resultado do exercício retrata apenas o fluxo econômico da organização, desta forma não interessa se a receita ou as despesas tem reflexo em dinheiro. Um bom exemplo disso é a depreciação a qual não é desembolsada pela empresa (ODORCIK, OLIVO e SCHVIRCK, 2010).

Para MATARAZZO, (1998, p. 47), “a DRE é o resumo do

movimento de certas entradas e saídas no balanço entre duas datas”. A

principal característica da DRE é a forma de demonstrar o resultado apresentado pela atividade operacional da organização em determinado período. Parte-se da receita bruta de vendas e serviços, subtraem-se as devoluções ocorridas, os impostos sobre as vendas, passando para os custos e despesas ligados a atividade operacional da organização, demonstrando desta forma o resultado operacional. Após isso apresenta o resultado não operacional, que poderá elevar ou reduzir o lucro, e por fim são deduzidos os impostos sobre o lucro, revelando assim o resultado líquido da organização naquele determinado período. Para Assaf Neto e Silva (2008),

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“A DRE tem como finalidade exclusiva de apurar lucro ou prejuízo do exercício; depois, esse resultado é transferido para lucros ou prejuízos acumulados. Englobam as receitas, as despesas, os ganhos e as perdas do exercício, apurados por regime de competência, independentemente de seus pagamentos e recebimentos. (ASSAF NETO; SILVA, 2008, p. 101).”

Na opinião de Iudícibus (1998 p.50), “A demonstração de

resultado do exercício é um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período”. Ainda segundo ele, “É apresentado

de forma dedutiva verticalmente, ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e, em seguida indica-se o resultado que pode ser lucro ou prejuízo”. Portanto ressalta-se que a DRE é uma demonstração financeira onde estão descritas todas as receitas e despesas, operacionais ou não de um determinado período, na qual das receitas são deduzidas as despesas e chega-se a o resultado (lucro ou prejuízo). Assim como o Balanço, a DRE tem sua formatação disposta em lei (ODORCIK, OLIVO e SCHVIRCK, 2010).

3.8 CICLOS FINANCEIROS E OPERACIONAIS

O Ciclo Operacional envolve o período que inicia na compra das mercadorias ou matérias-primas e ou/serviços e vai até o seu recebimento, ou seja, é o prazo médio em que são feitos os investimentos nas operações da organização, sem que ocorram os efetivos retornos de caixa.

Uma parte deste investimento é financiada pelos fornecedores, por meio de vendas a prazo. As operações que mais influenciam o ciclo operacional de uma organização são os elevados prazos de estocagem e cobrança de suas vendas, necessitando assim de disponibilidades para financiar o giro das operações. Observa-se que o prazo concedido pelos fornecedores cobre uma parte dessas necessidades, e a outra parte deverá ser provida pelos recursos próprios da empresa. Porém caso isso não aconteça, a organização deverá buscar recursos de terceiros, como os empréstimos bancários para financiar sua produção ou serviço (ODORCIK, OLIVO e SCHVIRCK, 2010, p.3).

Entretanto essas duas fontes de recursos representam custos para organização, e que necessariamente vão influir nos seus custos de

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operação, e impreterivelmente no preço final de seus produtos e ou serviços. Isso se deve em razão de que os financiamentos têm juros, ou seja, despesas financeiras, enquanto que os recursos próprios apresentam custo de oportunidade, ou seja, corresponde ao retorno que a organização ou seus sócios conseguiriam se empregassem este recurso em outras fontes de investimentos.

O ciclo financeiro não faz parte da atividade propriamente dita da organização, este ciclo abrange as contas caixa e banco das empresas, pois representa o período entre o pagamento aos fornecedores até o efetivo recebimento das vendas e ou serviços. Desta forma, o ciclo operacional da organização deverá ser o mais baixo possível, pois do contrário, precisará de capital próprio ou de terceiros para financiar o ciclo, ocasionando elevadas despesas financeiras para organização. Conforme Matarazzo (2001, p.319),

“O tempo decorrido entre momento em que a

empresa coloca o dinheiro (pagamento ao fornecedor) e o momento em que recebe as vendas (recebimento do cliente) é o período em que a empresa precisa arrumar financiamento. É o ciclo de caixa, também chamado de Ciclo Financeiro”.

Cabe aqui salientar que além de compromissos com fornecedores,

a organização também deverá cumprir outros compromissos mensais, que são os Custos Fixos ou Despesas Operacionais, os quais são gastos necessários para que a organização possa operar. Portanto, o ciclo financeiro é o período que a organização financia seu ciclo operacional sem a presença do capital dos fornecedores. Desta forma, conclui-se que quanto maior for o ciclo financeiro, mais recursos próprios ou de financiamentos estão provisoriamente aplicados nas operações, ocasionando custos financeiros e afetando diretamente a rentabilidade da organização (ODORCIK, OLIVO e SCHVIRCK, 2010, p.3).

Ressalta-se que com a redução do ciclo financeiro a organização estará maximizando o uso dos seus recursos e diminuindo os custos correlatos. Para a diminuição do ciclo financeiro existem basicamente três estratégias, que são: a) Elevar o prazo de pagamento junto aos fornecedores, sem comprometer o conceito de crédito perante eles; b) Reduzir os prazos de recebimentos, sem afastar os clientes, oferecendo-lhes descontos financeiros para estimular o pagamento antecipado; c) Elevar o giro dos estoques, diminuindo-os, sem afetar a produção e vendas dos produtos. (ODORCIK, OLIVO e SCHVIRCK, 2010, p.2-3).

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Destaca-se que das três estratégias apresentadas acima, a que mais esta ao alcance das organizações seria a terceira estratégia, pois os pagamentos aos fornecedores dependem exclusivamente dos fornecedores. Já o prazo dos recebimentos necessariamente dependera do que o mercado está disposto a pagar, enquanto que os estoques dependem exclusivamente das organizações, que poderá diminuir as compras e manter somente o necessário para atender a demanda, sem prejudicar as vendas. Outro ponto importante no caso das indústrias é ter uma produção mais eficiente e eficaz (ODORCIK, OLIVO e SCHVIRCK, 2010, p.2-3).

3.9 UTILIZAÇÃO DOS ÍNDICES FINANCEIROS

A análise dos índices financeiros das organizações é de enorme relevância para acionistas, credores e principalmente para os gestores da organização. Para acionistas, sejam os atuais como futuros é essencial para analisar o grau de retorno e um possível risco no futuro da organização, sendo este o principal aspecto que afeta diretamente o preço da ação. Enquanto que para os credores o importante é saber a capacidade de pagamento das empresas, preocupando se principalmente com a liquidez de curto prazo e com a rentabilidade da organização, para identificar se a organização goza de boa saúde financeira. Ressalta-se que os gestores e administradores se preocupam com todos os aspectos da situação financeira da organização, acompanhando-os de período a período o desempenho da empresa, e com isso buscam demonstrar os melhores índices possíveis para satisfazer os proprietários e credores.

Esta análise abrange métodos de cálculos e interpretações de índices financeiros, objetivando analisar e acompanhar o desempenho da organização, tendo como objeto de análise a DRE e o Balanço Patrimonial (ODORCIK, OLIVO e SCHVIRCK, 2010, p.4). Segundo Gitman (2006, p.42):

“A análise de índices não inclui somente o cálculo

de determinado índice. Mais importante que isso é a interpretação dos índices. Uma base relevante de comparação é necessária para responder a perguntas como: É muito alto ou muito baixo e Esse número é bom ou ruim?”.

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Observa-se que os índices financeiros podem ser distribuídos em várias categorias básicas, neste estudo serão pesquisadas quatro categorias, que são os Índices de Liquidez, Atividade, Endividamento e Rentabilidade; os três primeiros mensuram o risco da atividade da organização, já o Índice de Rentabilidade avalia o retorno da organização (ODORCIK, OLIVO e SCHVIRCK, 2010, p.4). Além desses índices, veremos também as análises, horizontal e vertical das demonstrações contábeis da empresa Genésio A. Mendes e Cia. Ltda.

3.10 ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL 3.10.1 Análise Horizontal

Demonstra a evolução das contas patrimoniais e de resultado dentro de uma série de exercícios. Através desta técnica é possível mostrar a evolução de cada conta (ou grupo d e contas) em determinado período de tempos consecutivos. O objetivo da Análise Horizontal é conhecer a evolução das Contas Patrimoniais ou de Resultado em comparação a um determinado período. Para se processar a análise Horizontal é necessário se estabelecer uma data-base que necessariamente não será o primeiro da série, podendo ser aquele escolhido pelos analistas, onde a empresa tenha atuado satisfatoriamente.

3.10.2 Análise Vertical

Permite determinar a participação relativa de cada conta no grupo total. A análise vertical demonstra a estrutura econômico-financeira da empresa. Ela visa demonstrar ao analista, à proporção que representa cada conta em relação ao grupo contábil em que se encontra, ou como comumente é mais utilizada, em relação ao total geral da demonstração analisada.

3.10.3 Objetivos da Análise Vertical e Horizontal

Análise Vertical e Horizontal são duas técnicas, que embora simples, são muito importantes por mostrarem uma grande riqueza de dados e informações.

Análise Vertical – indica a importância de cada conta em relação à Demonstração financeira em que a mesma figure,

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por meio da comparação, permitindo identificar os itens cujas proporções estejam fora do normal;

Análise Horizontal – indica a evolução das contas relacionadas nas demonstrações, efetuando comparações entre si, facilitando o acompanhamento de cada item, em relação a um período anterior.

A Análise Horizontal é dinâmica, já que analisa a evolução ou retração dos componentes da demonstração por meio das variações percentuais.

Na execução da Análise das Demonstrações Financeiras é importante que as análises Vertical e Horizontal sejam efetuadas em conjunto, pois só assim podem-se tirar conclusões satisfatórias.

A Análise Vertical e a Análise Horizontal devem ser interpretadas como uma só técnica onde uma é complementar a outra. 3.11 INDICES DE LIQUIDEZ E SOLVÊNCIA

Os índices de liquidez avaliam a capacidade de pagamento da empresa frente a suas obrigações. Sendo de grande importância para a administração da continuidade da empresa, as variações destes índices devem ser motivos de estudos para os gestores.

As informações para o cálculo destes índices são retiradas unicamente do Balanço patrimonial, demonstração contábil que evidência a posição patrimonial da entidade, devendo ser atualizadas constantemente para uma correta análise. A seguir abordam-se os quatro índices de liquidez: corrente, seca, imediata e geral. 3.11.1 Liquidez Corrente

Calculada a partir da Razão entre os direitos a curto prazo da empresa (Caixas, bancos, estoques, clientes) e a as dívidas a curto prazo (Empréstimos, financiamentos, impostos, fornecedores). No Balanço estas informações são evidenciadas respectivamente como Ativo Circulante e Passivo Circulante.

Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante

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3.11.2 Liquidez Seca

Similar à liquidez corrente a liquidez Seca exclui do cálculo acima os estoques, por não apresentarem liquidez compatível com o grupo patrimonial onde estão inseridos. O resultado deste índice será invariavelmente menor ao de liquidez corrente, sendo cauteloso com relação ao estoque para a liquidação de obrigações.

Liquidez Seca = (Ativo Circulante - Estoques) / Passivo Circulante

3.11.3 Liquidez Imediata

Índice conservador, pois considera apenas caixa, saldos bancários e aplicações financeiras de liquidez imediata para quitar as obrigações. Excluindo-se além dos estoques as contas de valores a receber. Um índice de grande importância para análise da situação a curto-prazo da empresa.

Liquidez Imediata = Disponível / Passivo Circulante

3.11.4 Liquidez Geral

Este índice leva em consideração a situação a longo prazo da empresa, incluindo no cálculo os direitos e obrigações a longo prazo. Estes valores também são obtidos no balanço patrimonial.

Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) / (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante)

3.12 ANÁLISES ENDIVIDAMENTO

A Análise de Endividamento apresenta indicadores utilizados para analisar as fontes dos recursos obtidos pela empresa. É obtido relacionando os capitais de origem de terceiros e os capitais próprios. Este indicador apresenta o total que a empresa possui de capital próprio

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comprometido com bancos e outros dispêndios que apresentem custos financeiros a curto e longo prazo.

Os índices de endividamento têm como principal objetivo mostrar o grau de comprometimento do capital próprio de uma empresa, com o capital de terceiros. Além de esses índices mostrarem o quanto por cento de capital de terceiros vencem á curto prazo, é possível verificar o quanto do capital próprio e dos recursos não correntes foram aplicados no ativo permanente.

Composição de Endividamento (CE)

É o percentual de obrigações no curto prazo em relação ao

exigido á longo prazo anual e passivo circulante. Indica quanto da dívida total da empresa deverá ser pago á Curto Prazo, isto é, as Obrigações á Curto Prazo comparadas com as obrigações totais. Composição de endividamento (CE) = Passivo Circulante Passivo exigível total Participação de Terceiros Sobre Recursos Totais (PCTRT) = Exigível Total Passivo Total

A fórmula do endividamento geral, ou seja, Participação de Capitais de Terceiros Sobre Recursos Totais (PCTRT), é utilizada para posicionar a empresa comparando o que é capital de terceiros, e o que é capital próprio. Os índices de endividamento relacionam as fontes de fundos entre si, procurando retratar posições relativas do capital de terceiros, sendo índices de muita importância, pois indicam a relação de dependência da empresa com relação de capitais de terceiros.

Garantia de Capital de Terceiros ao Capital Próprio

(GCTCP) = Patrimônio Líquido Exigível Total

Já a fórmula acima, traz o quanto de capital próprio a empresa tem para pagar o valor que tem de capital de terceiros, ou seja, quanto de Patrimônio Líquido tem como garantia para o Capital de Terceiros.

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3.13 INDICES DE RENTABILIDADE

Índices de rentabilidade são os giro do ativo, margem líquida, rentabilidade do ativo e rentabilidade do patrimônio líquido, que estudam o desempenho da empresa através das taxas de retorno dos investimentos. Giro do Ativo GIRO DO ATIVO = REOB / Ativo Total

Indica qual a geração de receitas sobre cada R$ do ativo. Quanto maior o índice, maior a capacidade de geração de receitas, indicando um bom desempenho de vendas e/ou uma boa administração dos ativos. Margem Líquida

MARGEM LÍQUIDA = Resultado Líquido / ROL

Utiliza-se este índice para avaliar o desempenho de resultado (lucro ou prejuízo) sobre a receita. Obviamente, quanto maior o índice (se positivo), melhor a margem. Rentabilidade do Patrimônio Líquido

RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO = Resultado Líquido / (PL Médio – Resultado Líquido)

A remuneração do Patrimônio Líquido, representando os recursos dos donos, é representada pelos resultados gerados. Se este índice for inferior a taxa de aplicação financeira (líquida de impostos) no período, significa um desempenho insatisfatório. Espera-se que qualquer negócio tenha um desempenho mínimo de 50% superior a taxa de aplicação financeira. Desta forma, se a taxa (líquida de impostos) de aplicação, ao ano, corresponde a 14%, então se espera um retorno mínimo sobre o PL de 21%.

Payback: significa tempo médio de retorno, ou seja, o tempo à

empresa levará para obter seu investivemento aplicado. O Payback, do investimento total é calculado dividindo-se 100% pelo TRI.

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3.14 ÍNDICES DE ATIVIDADE

Os índices de atividade são importantíssimos na tomada de decisão de uma empresa, demonstrando o comportamento da produção que compreende, vendas compras, pagamentos e recebimentos. Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV):

Indicam em média, quantos dias a empresa espera para receber suas vendas. PMRV= 360 dias x Duplicatas a Receber Vendas Brutas Prazo Médio de Pagamento de Compras (PMPC):

Indicam, em média, quantos dias a empresa demora em pagar suas compras. PMPC= 360 dias x Fornecedores Compras Prazo Médio de Renovação de Estoques (PMRE):

Indicam, em média, quantos dias a empresa leva para vender seu estoque, ou seja, para renovar seu estoque. PMPC= 360 dias x Estoques Custo de Vendas Folga Financeira

Representa os dias de “folga”, que a empresa tem para pagar suas

compras depois de receber as vendas e renovar o estoque. Esta folga pode ser positiva como também negativa, sendo representado por : PMRV+PMRE<PMPC, ou seja, se a soma do PMRV+PMRE for maior que o PMPC a folga é positiva, a empresa tem tempo depois de receber para pagar suas contas, caso contrário, suas obrigações vencem antes que ele possa ter recebido suas receitas, deixando a empresa em uma situação ruim.

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Para fins de análise, quanto maior for a velocidade de recebimento de vendas e de renovação de estoque, melhor. Por outro lado, quando mais lento for o pagamento das compras, desde que não ocorram atrasos, melhor.

A soma do Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV) com o Prazo Médio de Renovação de Estoques (PMRE) aproxima-se bastante do Ciclo Operacional da empresa, já que medimos, em média, quantos dias os estoques levam para serem vendidos, e somamos ao prazo de recebimento das vendas.

O ideal seria que a empresa atingisse uma posição em que a soma do Prazo Médio de Renovação de Estoques (PMRE) com o Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV) fosse igual ou inferior ao Prazo Médio de Pagamento de Compras (PMPC).

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4 ESTUDO DE CASO Nesse capítulo serão apresentadas as demonstrações contábeis que servirão como parâmetros para os cálculos da análise econômico-financeira da empresa, objeto de estudo da presente pesquisa. 4.1 BALANÇO PATRIMONIAL DA EMPRESA GAM. Quadro 02: Contas do Ativo dos anos 2011, 2012 e 2013 da GAM.

Fonte: Genésio A. Mendes e Cia. Ltda. (2014).

A T I V O 31/12/2011 31/12/2012 31/12/2013

CIRCULANTE 3.123.816,71 3.294.842,84 4.157.397,94

Disponível 247.245,09 300.936,23 638.023,38

Caixa 63,83 63,83 63,83

Bancos Depósitos à Vista 92.000,59 68.680,36 183.921,05

Aplicações de Liquidez Imediata 155.180,67 232.192,04 454.038,50

Realizável 2.876.571,62 2.993.906,61 3.519.374,56

Créditos 1.485.285,71 1.689.501,89 2.063.209,46

Cheques a Cobrar 1.561,79 2.136,86 1.190,86

Clientes 1.458.404,03 1.672.733,27 2.013.588,69

Devedores Diversos 30,48 105,06 105,06

Adiantamentos 5.424,49 6.434,75 41.448,14

Impostos a Recuperar 19.864,92 8.091,97 6.876,72

Estoques 1.391.285,91 1.304.404,71 1.456.165,10

Mercadorias para Revenda 1.391.285,91 1.304.404,71 1.456.165,10

NÃO CIRCULANTE 933.271,12 940.762,80 1.051.826,39

Realizável a Longo Prazo 691.915,04 684.587,03 709.587,03

Empresas Interligadas 683.872,39 676.544,38 701.544,38

Deposito Judicial 8.042,65 8.042,65 8.042,65

Investimentos 129.610,90 150.895,16 197.014,62

Ações 0,90 0,90 0,90

Obras de Arte 194,68 194,68 194,68

GAM Adm. de Imóveis Ltda. 129.415,33 150.699,59 196.819,04

Imobilizado 111.693,53 105.228,96 145.173,09

Máquinas e Equipamentos 19.771,23 26.189,23 36.914,34

Instalações Comerciais 124.410,41 127.753,64 133.229,25

Veículos 6.370,37 4.615,39 8.082,60

Móveis e Utensílios 5.444,29 5.444,29 5.444,29

Centro Processamento Dados 42.376,28 44.400,19 46.499,39

Centro de Distribuição RS - - 36.794,73

Embalagens Plásticas 13.801,83 16.181,02 18.052,87

Equipamentos de Segurança 27,11 27,11 27,11

(-) Depreciações Acumuladas 100.507,98- 119.381,90- 139.871,50-

Intangível 51,65 51,65 51,65

Marcas e Patentes 51,65 51,65 51,65

TOTAL DO ATIVO 4.057.087,83 4.235.605,64 5.209.224,33

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Quadro 03: Contas do Passivo dos anos 2011, 2012 e 2013 da GAM.

Fonte: Genésio A. Mendes e Cia. Ltda. (2014).

P A S S I V O 31/12/2011 31/12/2012 31/12/2013

CIRCULANTE 1.789.050,35 1.595.557,10 2.140.476,06

Fornecedores de Mercadorias 1.525.532,79 1.310.487,66 1.741.494,05

Fornecedores de Serviços 21.077,76 29.040,12 38.932,88

Fornecedores Diversos 15.340,89 11.643,65 13.050,82

Contas a Pagar 7.188,53 5.982,44 7.068,87

Emprestimos - - -

Impostos e Contribuições 182.837,64 196.652,35 292.673,45

Salários e Ordenados 11.337,00 12.886,94 15.099,10

Provisão Para Férias 25.735,76 28.863,94 32.156,89

- - -

NÃO CIRCULANTE 143.870,74 353.448,16 440.672,35

Exigível a Longo Prazo 143.870,74 353.448,16 440.672,35

Créditos de Diretores 92.024,57 192.442,18 283.662,23

Provisao de Representantes/PPR 51.846,17 46.829,51 66.950,64

Impostos e Contribuições - 114.176,47 90.059,48

- - -

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.124.166,74 2.286.600,38 2.628.075,92

Capital 882.978,72 882.978,72 882.978,72

Capital Social 882.978,72 882.978,72 882.978,72

- - -

Reservas 1.241.188,02 1.403.621,66 1.745.097,19

De Lucros 1.241.188,02 1.403.621,66 1.745.097,19

Lucros Acumulados 1.241.188,02 1.403.621,66 1.745.097,19

- - -

Subvenção - - 21.192,25

Subvenção - - 21.192,25

TOTAL DO PASSIVO 4.057.087,83 4.235.605,64 5.209.224,33

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4.2 DRE DA EMPRESA GAM Quadro 04: DRE dos anos 2011, 2012 e 2013 da GAM.

Fonte: Genésio A. Mendes e Cia. Ltda. (2014).

31/12/2011 31/12/2012 31/12/2013

RECEITA OPERACIONAL BRUTA 14.441.242,01 16.166.629,99 19.386.073,60

(-)DEVOLUCOES E IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE VENDAS 3.108.661,36- 3.424.014,73- 4.357.004,09-

Devolução de Vendas 77.724,42- 79.014,24- 108.395,00-

Pis 36.498,65- 30.775,11- 35.147,13-

Cofins 168.205,50- 141.487,70- 161.954,52-

Icms 1.584.979,34- 1.725.963,12- 2.029.614,53-

Icms Substituição Tributária 1.241.253,45- 1.446.774,56- 2.021.892,90-

RECEITA OPERACIONAL LIQUIDA 11.332.580,65 12.742.615,26 15.029.069,51

(-)CUSTO DA VENDAS 10.059.155,56- 11.299.429,95- 13.445.194,66-

C.M.V. 10.059.155,56- 11.299.429,95- 13.445.194,66-

LUCRO OPERACIONAL BRUTO 1.273.425,09 1.443.185,31 1.583.874,85

(-)DESPESAS OPERACIONAIS 870.986,02- 1.128.333,10- 1.089.021,99- Despesas Comerciais 319.006,62- 356.259,83- 427.247,98- Despesas Administrativas 195.342,23- 207.838,71- 227.269,95- Despesas Operacionais/Logistica 483.542,31- 561.818,30- 667.698,94-

Despesas com Impostos e Contribuições - 61.238,60- -

Despesas Financeiras 211.709,51- 317.700,66- 229.499,30-

Despesas com Depreciações 17.827,13- 20.285,30- 20.489,59-

Outras Receitas 2.478,33 736,97 2.131,60

Receitas de Aplicações 10.791,36 13.205,34 23.857,52

Receitas Financeiras 343.172,08 382.866,00 457.194,65 RESULTADO OPERACIONAL 402.439,07 314.852,21 494.852,86

Receitas Venda Ativo Imobilizado - 826,96 -

Recebimento de Subvenção - - 21.192,25

Equivalência Patrimonial 17.021,11- 21.284,26 46.119,45

LUCRO ANTES DA CONTRIBUICAO SOCIAL 385.417,96 336.963,43 562.164,55

(-) Provisão para Contribuição Social 36.834,02- 35.505,65- 47.340,48-

LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA 348.583,94 301.457,78 514.824,08

(-) Provisão para Imposto de Renda 100.226,91- 95.749,13- 127.850,36-

LUCRO LIQUIDO DO EXERCICIO 248.357,03 205.708,65 386.973,72

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4.3 ANÁLISES HORIZONTAL E VERTICAL DA EMPRESA GAM

É cada vez maior a frequência de utilização dos índices contábeis nas empresas para subsidiar a tomada de decisão, permitindo avaliar o desempenho da gestão financeira, econômica e patrimonial da empresa, possibilitando o administrador a tomar decisões em tempo hábil. Nesse contexto será realizado o cálculo e a análise dos índices das DC’s.

Quadro 05: Análises do Ativo dos anos 2011, 2012 e 2013 da GAM.

Fonte: Autor (2014).

A T I V O 31/12/2011 AV AH 31/12/2012 AV AH 31/12/2013 AV AH

CIRCULANTE 3.123.816,71 77,00% 100,00% 3.294.842,84 77,79% 105,47% 4.157.397,94 79,81% 126,18%

Disponível 247.245,09 6,09% 100,00% 300.936,23 7,10% 121,72% 638.023,38 12,25% 212,01%

Caixa 63,83 0,002% 100,00% 63,83 0,002% 100,00% 63,83 0,001% 100,00%

Bancos Depósitos à Vista 92.000,59 2,27% 100,00% 68.680,36 1,62% 74,65% 183.921,05 3,53% 267,79%

Aplicações de Liquidez Imediata 155.180,67 3,82% 100,00% 232.192,04 5,48% 149,63% 454.038,50 8,72% 195,54%

Realizável 2.876.571,62 70,90% 100,00% 2.993.906,61 70,68% 104,08% 3.519.374,56 67,56% 117,55%

Créditos 1.485.285,71 36,61% 100,00% 1.689.501,89 39,89% 113,75% 2.063.209,46 39,61% 122,12%

Cheques a Cobrar 1.561,79 0,04% 100,00% 2.136,86 0,05% 136,82% 1.190,86 0,02% 55,73%

Clientes 1.458.404,03 35,95% 100,00% 1.672.733,27 39,49% 114,70% 2.013.588,69 38,65% 120,38%

Devedores Diversos 30,48 0,001% 100,00% 105,06 0,002% 344,68% 105,06 0,002% 100,00%

Adiantamentos 5.424,49 0,13% 100,00% 6.434,75 0,15% 118,62% 41.448,14 0,80% 644,13%

Impostos a Recuperar 19.864,92 0,49% 100,00% 8.091,97 0,19% 40,73% 6.876,72 0,13% 84,98%

Estoques 1.391.285,91 34,29% 100,00% 1.304.404,71 30,80% 93,76% 1.456.165,10 27,95% 111,63%

Mercadorias para Revenda 1.391.285,91 34,29% 100,00% 1.304.404,71 30,80% 93,76% 1.456.165,10 27,95% 111,63%

NÃO CIRCULANTE 933.271,12 23,00% 100,00% 940.762,80 22,21% 100,80% 1.051.826,39 20,19% 111,81%

Realizável a Longo Prazo 691.915,04 17,05% 100,00% 684.587,03 16,16% 98,94% 709.587,03 13,62% 103,65%

Empresas Interligadas 683.872,39 16,86% 100,00% 676.544,38 15,97% 98,93% 701.544,38 13,47% 103,70%

Deposito Judicial 8.042,65 0,20% 100,00% 8.042,65 0,19% 100,00% 8.042,65 0,15% 100,00%

Investimentos 129.610,90 3,19% 100,00% 150.895,16 3,56% 116,42% 197.014,62 3,78% 130,56%

Ações 0,90 0,00002% 100,00% 0,90 0,00002% 100,00% 0,90 0,00002% 100,00%

Obras de Arte 194,68 0,005% 100,00% 194,68 0,005% 100,00% 194,68 0,004% 100,00%

GAM Administradora de Imóveis Ltda. 129.415,33 3,19% 100,00% 150.699,59 3,56% 116,45% 196.819,04 3,78% 130,60%

Imobilizado 111.693,53 2,75% 100,00% 105.228,96 2,48% 94,21% 145.173,09 2,79% 137,96%

Máquinas e Equipamentos 19.771,23 0,49% 100,00% 26.189,23 0,62% 132,46% 36.914,34 0,71% 140,95%

Instalações Comerciais 124.410,41 3,07% 100,00% 127.753,64 3,02% 102,69% 133.229,25 2,56% 104,29%

Veículos 6.370,37 0,16% 100,00% 4.615,39 0,11% 72,45% 8.082,60 0,16% 175,12%

Móveis e Utensílios 5.444,29 0,13% 100,00% 5.444,29 0,13% 100,00% 5.444,29 0,10% 100,00%

Centro Processamento Dados 42.376,28 1,04% 100,00% 44.400,19 1,05% 104,78% 46.499,39 0,89% 104,73%

Centro de Distribuição RS - - - - - - 36.794,73 0,71% -

Embalagens Plásticas 13.801,83 0,34% 100,00% 16.181,02 0,38% 117,24% 18.052,87 0,35% 111,57%

Equipamentos de Segurança 27,11 0,001% 100,00% 27,11 0,001% 100,00% 27,11 0,001% 100,00%

(-) Depreciações Acumuladas 100.507,98- -2,48% 100,00% 119.381,90- -2,82% 118,78% 139.871,50- -2,69% 117,16%

Intangível 51,65 0,001% 100,00% 51,65 0,001% 100,00% 51,65 0,001% 100,00%

Marcas e Patentes 51,65 0,001% 100,00% 51,65 0,001% 100,00% 51,65 0,001% 100,00%

TOTAL DO ATIVO 4.057.087,83 100,00% 100,00% 4.235.605,64 100,00% 104,40% 5.209.224,33 100,00% 122,99%

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Inicia-se com a análise horizontal do Ativo da empresa, que é a evolução ou queda das contas ano a ano. De 2012 para 2011, tivemos algumas alterações, onde destaca-se a queda na conta Bancos depósitos à vista de 25,35% e um aumento de 244,68% na conta devedores diversos. As demais contas se mantiveram sem muitas mudanças significativas, mostrando que a empresa se mostrou sólida na comparação desses dois anos.

Em 2013, com exceção da conta cheques a cobrar que teve uma queda de 44,27%, em quase todas as outras contas desse ano houve aumento em todas, onde tivemos destaque para Bancos e Depósitos à Vista que no ano anterior teve uma queda, em 2013 houve aumento de 167,79% em relação a 2012, a conta Aplicação de Liquidez Imediata também teve um acréscimo de 95,54%, a conta Adiantamentos com 544,13% e a conta Veículos em 75,12%, devido a compra de novos veículos para auxiliar nos trabalhos de seu CD e AD.

Na análise vertical, verifica-se o percentual que cada conta representa no total do seu ativo. Diante disso, se tem destaque sobre duas contas bem peculiares de empresas desse ramo de trabalho, que são as contas clientes e estoques, onde a conta clientes nos três anos comparados representou dos 100% do ativo, 35,95%, 39,49% e 38,65%, e a conta estoques, 34,29%, 30,80% 3 27,95%. Visto isso, chega-se a conclusão que no total de seu ativo, as contas clientes e estoques representam cerca de 70%. Sendo uma empresa que se preocupa em manter um estoque alto para melhor atender seus clientes, e uma política de crédito para que esses mesmos clientes se fidelizem aos serviços dela.

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Quadro 06: Análises do Passivo dos anos 2011, 2012 e 2013 da GAM.

Fonte: Autor (2014).

No passivo, analisando os índices horizontais, destaca-se as contas fornecedores de serviços com aumento de 37,78% em 2012 e mais 34,07% em 2013, reflexo do processo contínuo em automação e outros setores onde leva a empresa a manter contratos de serviços constantes com outros tipos de empresas. E na conta Créditos de Diretores que em 2012 teve aumento de 109,12% e em 2013 de 47,40%.

Analisando verticalmente os índices, verifica-se que nos três anos, do total do passivo, a maior parte está nas contas, fornecedores de mercadorias e patrimônio líquido. Sendo, 37,60%, 30,94% e 33,43% respectivamente nos anos de 2011, 2012 e 2013. E em seu PL, tem-se

P A S S I V O 31/12/2011 AV AH 31/12/2012 AV AH 31/12/2013 AV AH

CIRCULANTE 1.789.050,35 44,10% 100,00% 1.595.557,10 37,67% 89,18% 2.140.476,06 41,09% 134,15%

Fornecedores de Mercadorias 1.525.532,79 37,60% 100,00% 1.310.487,66 30,94% 85,90% 1.741.494,05 33,43% 132,89%

Fornecedores de Serviços 21.077,76 0,52% 100,00% 29.040,12 0,69% 137,78% 38.932,88 0,75% 134,07%

Fornecedores Diversos 15.340,89 0,38% 100,00% 11.643,65 0,27% 75,90% 13.050,82 0,25% 112,09%

Contas a Pagar 7.188,53 0,18% 100,00% 5.982,44 0,14% 83,22% 7.068,87 0,14% 118,16%

Emprestimos - - - - - - - - -

Impostos e Contribuições 182.837,64 4,51% 100,00% 196.652,35 4,64% 107,56% 292.673,45 5,62% 148,83%

Salários e Ordenados 11.337,00 0,28% 100,00% 12.886,94 0,30% 113,67% 15.099,10 0,29% 117,17%

Provisão Para Férias 25.735,76 0,63% 100,00% 28.863,94 0,68% 112,15% 32.156,89 0,62% 111,41%

- 0,00% 100,00% - - - - - -

NÃO CIRCULANTE 143.870,74 3,55% 100,00% 353.448,16 8,34% 245,67% 440.672,35 8,46% 124,68%

Exigível a Longo Prazo 143.870,74 3,55% 100,00% 353.448,16 8,34% 245,67% 440.672,35 8,46% 124,68%

Créditos de Diretores 92.024,57 2,27% 100,00% 192.442,18 4,54% 209,12% 283.662,23 5,45% 147,40%

Provisao de Representantes/PPR 51.846,17 1,28% 100,00% 46.829,51 1,11% 90,32% 66.950,64 1,29% 142,97%

Impostos e Contribuições - - - 114.176,47 2,70% 100,00% 90.059,48 1,73% 78,88%

- - - - - - - - -

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.124.166,74 52,36% 100,00% 2.286.600,38 53,99% 107,65% 2.628.075,92 50,45% 114,93%

Capital 882.978,72 21,76% 100,00% 882.978,72 20,85% 100,00% 882.978,72 16,95% 100,00%

Capital Social 882.978,72 21,76% 100,00% 882.978,72 20,85% 100,00% 882.978,72 16,95% 100,00%

- - - - - - - - -

Reservas 1.241.188,02 30,59% 100,00% 1.403.621,66 33,14% 113,09% 1.745.097,19 33,50% 124,33%

De Lucros 1.241.188,02 30,59% 100,00% 1.403.621,66 33,14% 113,09% 1.745.097,19 33,50% 124,33%

Lucros Acumulados 1.241.188,02 30,59% 100,00% 1.403.621,66 33,14% 113,09% 1.745.097,19 33,50% 124,33%

- - - - - - -

Subvenção - - - 21.192,25 0,41% 100,00%

Subvenção - - - 21.192,25 0,41% 100,00%

- - - - -

TOTAL DO PASSIVO 4.057.087,83 100,00% 100,00% 4.235.605,64 100,00% 104,40% 5.209.224,33 100,00% 122,99%

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em 2011 52,36% (21,76% do Capital Social e 30,59% de Lucros Acumulados), em 2012 53,99% (20,85% do Capital Social e 33,14% de Lucros Acumulados) e em 2013 50,45% (16,95% do Capital Social e 33,50% de Lucros Acumulados).

4.4 CÁLCULOS E ANÁLISES DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ DA EMPRESA GAM DOS ANOS DE 2011, 2012 E 2013 Quadro 07: Índices de Liquidez Corrente

Fonte: Autor (2014)

O índice de liquidez corrente mostra que empresa tem investimentos suficientes no ativo circulante para cumprir seus compromissos em curto prazo, onde para cada R$ 1,00 ela tem no ativo circulante R$ 1,75 em 2011, R$ 2,07 em 2012 e R$ 1,94 em 2013, com isso ainda teve uma folga na capacidade de pagamento de 75% em 2011, 107% em 2012 e 94% em 2014. Isso significa que a empresa tem capacidade de pagar suas dívidas em curto prazo com recursos gerados em curto prazo, ou seja, se encontra com bons índices de liquidez. Quadro 08: Índices de Liquidez Seca

Fonte: Autor (2014)

O índice de liquidez seca mostra que a empresa, sem considerar o estoque, em 2011 teve capacidade de pagar 97% de suas dívidas em curto prazo, consequência do estoque que nesse período teve um prazo

Ano Cálculo Resultado

3.123.816,71

1.789.050,35

AC 3.294.842,84

PC 1.595.557,10

4.157.397,94

2.140.476,06

Fórmula

LC=

1,75

2,07

1,94

2011

2012

2013

Ano Cálculo Resultado

3.123.816,71 - 1.391.285,91

1.789.050,35

AC-E 3.294.842,84 - 1.304.404,71

PC 1.595.557,10

4.157.397,94 - 1.456.165,10

2.140.476,06

0,97

2012 1,25

2013 1,26

Fórmula

LS=

2011

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médio de renovação de 50 dias, o que diminuiu nos anos seguintes e levou a subir esse índice para capacidade total de pagamentos e ainda um folga de 25% em 2012 e de 26% em 2013, mostrando que mesmo sem contar com o estoque a empresa ainda consegue honrar seus compromissos de curto prazo.

Quadro 09: Índices de Liquidez Geral

Fonte: Autor (2014)

No índice de liquidez geral nota-se que a empresa está em ótima situação, pois seus investimentos de curto e longo prazo são suficientes para pagar suas dívidas. Em 2011 tem R$ 1,97 para cada R$ 1,00 de dívida, em 2012 são R$ 2,07 e em 2013 R$ 1,89, ou seja, paga suas dívidas e ainda tem um folga de 97% em 2011, 104% em 2012 e 89% em 2013.

Quadro 10: Índices de Liquidez Imediata

Fonte: Autor (2014)

O índice de liquidez imediata mostra a capacidade da empresa de pagar suas dívidas apenas com o disponível. Em 2011 tem-se a capacidade de pagamento de 14% das dívidas apenas com o disponível, 19% em 2012 e 30% em 2013. Esse aumento dá-se principalmente a

Ano Cálculo Resultado

3.123.816,71 + 691.915,04

1789050,35 + 143.870,74

AC+RLP 3.294.842,84 + 684.587,03

PC+PÑC 1595557,1 + 353.448,16

4.157.397,94 + 709.587,03

2140476,06 + 440.672,35

2011 1,97

2012 2,04

2013 1,89

Fórmula

LG=

Ano Cálculo Resultado

247.245,09

1.789.050,35

D 300.936,23

PC 1.595.557,10

638.023,38

2.140.476,06

2011 0,14

2012 0,19

2013 0,3

Fórmula

LI=

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elevação das contas Bancos e Aplicações de Liquidez Imediata que compõem o disponível.

4.5 CÁLCULOS E ANÁLISES DE ENDIVIDAMENTO DA EMPRESA GAM DOS ANOS DE 2011, 2012 E 2013. Quadro 11: Participação de Capital de Terceiros Sobre os Recursos Totais

Fonte: Autor (2014)

PCTRC representa a participação de capital de terceiros sobre os recursos totais. Portanto, no ano de 2011, 48% dos recursos totais eram de terceiros, 46% em 2012 e 50% em 2013.

Quadro 12: Garantia de Capital Próprio ao Capital de Terceiros

Fonte: Autor (2014)

Já o GCPCT que é a garantia de capital próprio ao capital de terceiros, calcula o quanto a empresa tem de capital próprio para pagamento do exigível total. Sendo assim, a empresa em 2011 de cada R$ 1,00 de exigível total, ela tinha R$ 1,10 de seu capital próprio para quitar, em 2012 R$ 1,17 e em 2013 R$ 1,02.

Ano Cálculo Resultado

1.932.921,09

4.057.087,83

EXIGÍVEL TOTAL 1.949.005,26

PASSIVO TOTAL 4.235.605,64

2.581.148,41

5.209.224.23

Fórmula

PCTRT=

2011 0,48

2012 0,46

2013 0,50

Ano Cálculo Resultado

4.057.087,83

1.932.921,09

PL 2.286.600,38

EXIGÍVEL TOTAL 1.949.005,26

2.628.075,92

2.581.148,41

Fórmula

GCPCT=

2011 1,10

2012 1,17

2013 1,02

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Quadro 13: Composição de Endividamento

Fonte: Autor (2014)

O CE, que significa composição de endividamento, mostra o quanto do exigível total se tem que pagar em curto prazo. Dessa forma, chega-se em 2011 com 93% de exigível a curto prazo do exigível total, em 2012 82% e em 2013 83%.

4.6 CÁLCULOS E ANÁLISES DOS ÍNDICES DE RENTABILIDADE DA EMPRESA GAM DOS ANOS DE 2011, 2012 E 2013.

O índice TRI representa a taxa de retorno dos investimentos, ou seja, mostra para cada R$ 1,00, quanto a empresa lucra, e o payback mostra em quanto tempo ela recupera esse investimento.

Quadro 14: Taxa de Retorno dos Investimentos

Fonte: Autor (2014)

Em 2011 para cada R$ 1,00 que a empresa tem em seu ativo total

investido ela lucra R$ 0,06, em 2012 R$ 0,04 e em 2013 0,07. Tendo assim seus payback’s em 16 anos, 20 anos e 13 anos respectivamente, como tempo para que a empresa tenha de volta seu ativo por meio dos lucros.

Ano Cálculo Resultado

1.789.050,35

1.932.921,09

PC 1.595.557,10

EXIGÍVEL TOTAL 1.949.005,26

2.140.476,06

2.581.148,41

Fórmula

CE=

2011 0,93

2012 0,82

2013 0,83

Ano Cálculo Resultado PayBack

248.357,03

4.057.087,83

LL 205.708,65

ATIVO 4.235.605,64

386.973,72

5.209.224,33

16,30

20,6

13,5

Fórmula

TRI=

2011 0,0612

2012 0,0486

2013 0,0743

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O índice TRPL calcula a taxa de retorno do patrimônio líquido, diferente da TRI, que é o ponto de vista da empresa, a TRPL é o ponto de vista dos proprietários.

Quadro 15: Taxa de Retorno do Patrimônio Líquido

Fonte: Autor (2014)

Em 2011 para cada R$ 1,00 do PL investido, houve um retorno de R$ 0,11, em 2012 R$ 0,09 e em 2013 R$ 0,14, o que representa uma taxa de retorno maior. Isso significa que se mantivesse a taxa de retorno de 2011, levaria 8,6 anos para que os proprietários recuperassem seus investimentos, em 2012, 11 anos, e em 2013 6,8 anos. 4.7 CÁLCULOS E ANÁLISES DOS ÍNDICES DE ATIVIDADE DA EMPRESA GAM DOS ANOS DE 2011, 2012 E 2013. Quadro 16: Compras dos anos de 2011, 2012 e 2013

Fonte: Autor (2014) Quadro 17: Prazo Médio de Recebimento de Vendas

Fonte: Autor (2014)

Ano Cálculo Resultado PayBack

248.357,03

2.124.166,74

LL 205.708,65

PL 2.286.600,38

386.973,72

2.628.075,92

11,1

2013 0,1472 6,8

Fórmula

TRPL=

2011 0,1169 8,60

2012 0,0900

Ano Cálculo ResultadoFórmula

COMPRAS=

2011 10.193.555,71

2012 11.212.548,75

2013 13.596.955,04

CPV + EI - EF

10.059.155,56 + 1.391.285,91 – 1.256.885,75

11.299.429,95 + 1.304.404,71 – 1.391.285,91

13.445.194,66 + 1.456.165,10 -1.304.404,71

Ano Cálculo Resultado

360 x 1.458.404,03

14.441.242,01

360 x Dupl. Rec. 360 x 1.672.733,27

Vendas Brutas 16.166.629,99

360 x 2.013.588,69

19.386.073,60

Fórmula

PMRV=

2011 36

2012 37

2013 37

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A empresa esperou em média para receber por suas vendas, em 2011 36 dias, no ano de 2012, 37 dias e 37 dias também em 2013. Quadro 18: Prazo Médio de Pagamento de Compras

Fonte: Autor (2014)

Já para pagar suas compras, a empresa teve 54 dias em 2011, 42

dias em 2012 e 46 dias em 2013. Isso é bom, já que ela consegue receber suas vendas antes de ter que pagar suas compras, o que faz com que não precise utilizar de recursos próprios e suas compras sejam totalmente financiadas pelos fornecedores.

Quadro 19: Prazo Médio de Renovação de Estoque

Fonte: Autor (2014)

Porém, quando se trata de renovação de estoque, a empresa teve em

2011, 50 dias, 42 em 2012 3 39 em 2013, o que faz com que tivesse folga financeira negativa. O ideal seria um tempo de renovação de estoque sempre curto.

Ano Cálculo Resultado

360 x 1.525.532,79

10.193.555,71

360 x Fornec. 360 x 1.310.487,66

Compras 11.212.548,75

360 x 1.741.494,05

13.596.955,04

Fórmula

PMPC=

2011 54

2012 42

2013 46

Ano Cálculo Resultado

360 x 1.391.285,91

10.059.155,56

360 x Estoques 360 x 1.304.404,71

CPV 11.299.429,95

360 x 1.456.165,10

13.445.194,66

Fórmula

PMRE=

2011 50

2012 42

2013 39

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Calculando a folga financeira da empresa: Quadro 20: Folga Financeira

Fonte: Autor (2014)

A empresa nesses três anos analisados obteve folgas financeiras negativas, de -32 dias em 2011, -37 dias em 2012 e -30 dias em 2013, ou seja, somando-se o prazo de recebimento de vendas, mais o prazo de renovação de estoques, foram maiores que o tempo para pagamento das compras. Isso significa que nesses dias a empresa teve que usar de capital de giro para pagamento de seus fornecedores. Os fornecedores financiam a renovação de estoques, mas o ideal seria que financiassem da compra até o recebimento das vendas.

Ano Cálculo Resultado

46 – (37+39)

42 – (37+42)

Fórmula

FOLGA

FINANCEIRA

2011 32 dias negativos

2012 37 dias negativos

2013 30 dias negativos

PMPC – (PMRV + PMRE)

54-(36+50)

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5 ANÁLISES E SUGESTÕES FUNDAMENTADAS

De acordo com as análises apresentadas nos três períodos propostos, a empresa GAM está solvente, ou seja, não apresenta risco de falência, muito pelo contrário, se encontra em ótima situação financeira. Apesar de ter um estoque muito grande viu-se a liquidez corrente e liquidez seca com bons índices.

Obteve também bons índices em todos os aspectos apresentados e apenas um negativo, que é o prazo médio de pagamento de compras muito curtos, o que leva a um giro de caixa negativo, porém, isso por política da empresa, já que ela busca junto aos seus grandes fornecedores uma política de descontos para recebimento rápido das mercadorias e pagamento á vista de suas compras. Mesmo assim, observa-se que a empresa tem capacidade de gerar recursos sufic ientes para pagar suas dívidas, obtendo lucro líquido nos três períodos analisados.

Mesmo em ótima saúde financeira, pode-se sugerir alguns procedimentos saudáveis para melhorar ainda mais seus índices, tais como a redução do prazo do giro do estoque, implantando uma administração mais eficiente de estoque, e uma redução do prazo de recebimento das duplicatas, verificando e analisando uma política de crédito mais adequada e cobranças mais eficientes, sem que desestruture o bom relacionamento da empresa versus cliente.

Por fim, em contra partida, procurar ampliar prazos de compras, negociar junto aos fornecedores que não estão inclusos na política de descontos com pagamentos à vista, buscando prazos maiores e parcelamentos, afim de, obter índices que mostrem que todo processo de vendas e renovação de estoques estão sendo financiados pelos fornecedores.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A GAM é uma empresa de distribuição de medicamentos e perfumarias e bem consolidada na região, sendo uma marca bem conhecida no ramo farmacêutico. Está sempre em busca de novas tecnologias de automação para melhor atender seus clientes e facilitar o trabalho de seus colaboradores e como consequência buscar ampliar sua área de mercado.

Diante disso, há a necessidade de seus gestores tomarem decisões precisas em tempo hábil para que a empresa tenha sempre destaque no mercado. Tais decisões podem ser tomadas com mais certeza por meio de análises vertical e horizontal, índices de liquidez, endividamento, rentabilidade e atividade.

Através dessas análises, conclui-se que o objetivo geral do trabalho que é demonstrar a importância da análise econômico-financeira das demonstrações contábeis na gestão da empresa Genésio A. Mendes e Cia. Ltda. foi alcançada.

Buscou-se coletar e analisar as demonstrações contábeis da empresa Genésio A. Mendes e Cia. Ltda. dos anos de 2011, 2012 e 2013 e suas respectivas análises vertical e horizontal, índices de liquidez, endividamento, rentabilidade e atividade, verificando-se que a GAM obteve nesses anos respectivamente os índices de liquidez corrente de 1,75, 2,07 e 1,95, sendo bom nível de liquidez tendo capacidade de pagar suas dívidas de curto prazo com recursos gerados também em curto prazo. Já sem considerar os estoques, seus índices de liquidez seca se encontram em bom padrão, não havendo problemas de a empresa quitar suas dívidas sem utilizar seu estoque.

No índice de liquidez geral verificou-se a empresa em ótima situação, pois seus investimentos de curto e longo prazo são suficientes para pagar suas dívidas e ainda deixá-la com folga. Constatou-se que em nenhum dos três anos, a participação de capital de terceiros sobre os recursos totais passou dos 50%, o que é ótimo, e reflete também no índice de garantia de capital próprio ao capital de terceiros, que calcula o quanto a empresa tem de capital próprio para pagamento do exigível total, ou seja, ela tem capacidade de pagamento do capital de terceiros com seu capital próprio.

Através dessas análises mostrou-se que grande parte do exigível total se encontra em curto prazo, cerca 80% a 93%, e que nos cálculos de prazos médios, chegou-se a conclusão de que os fornecedores financiam parcialmente suas compras, pois ela recebe suas vendas antes de pagar suas compras, porém, quando se trata de renovação do estoque,

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seu giro de é negativo, isso por consequência de ter muitos fornecedores onde se trabalha com política de descontos à vista, ou seja, a GAM abre mão de um prazo maior de pagamento de suas compras por descontos vantajosos e prazo de recebimentos dessas mercadorias curtos.

De acordo com as análises apresentadas nos três períodos analisados a empresa está solvente, ou seja, não apresenta riscos. Obteve bons índices em todos os aspectos apresentados e apenas um negativo, que é o prazo médio de pagamento de compras, onde se encontra muito curto, o que leva a um giro de caixa negativo, porém, conforme já citado, isso por opção da empresa, já que ela busca junto aos seus grandes fornecedores uma política de descontos para recebimento rápido das mercadorias e pagamento á vista de suas compras. Mesmo assim, observa-se que a empresa tem capacidade de gerar recursos suficientes para pagar suas dívidas e obteve lucro líquido nos três períodos analisados.

Nesse contexto, conclui-se que a situação econômico-financeira da empresa é ótima, vem evoluindo a cada ano e está em condições de manter-se e prosperar-se no mercado, o que já vem realizando, com a ampliação de sua rede, abrindo sua filial em Santa Cruz - RS, além, de alcançar crescimento a cada exercício, tanto econômico como financeiro.

Este estudo não teve o intuito de esgotar o assunto que, como se pode observar, é de extrema importância frente à imensa necessidade de informações úteis à gestão empresarial. Enfatiza-se que pesquisas futuras são desejáveis e necessárias, enfocando novas formas de análise das demonstrações, inclusive dando continuidade nos próximos exercícios, uma vez que essas ferramentas muito têm a contribuir com os usuários das informações contábeis e financeiras no processo de gestão.

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