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FACULDADE CAPIVARI – FUCAP CUSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DA EMPRESA INO INOCÊNCIO LTDA. ISAC RODRIGUES DA SILVA CAPIVARI DE BAIXO 2014

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FACULDADE CAPIVARI – FUCAP CUSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DA EMPRESA

INO INOCÊNCIO LTDA.

ISAC RODRIGUES DA SILVA

CAPIVARI DE BAIXO 2014

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FACULDADE CAPIVARI – FUCAP CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ISAC RODRIGUES DA SILVA

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DA EMPRESA

INO INOCÊNCIO LTDA. Trabalho de Conclusão de Curso submetido (a) ao Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Capivari para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis Orientador: Prof. Esp. Virsangelo de Souza Ferreira.

CAPIVARI DE BAIXO 2014

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Isac Rodrigues da Silva

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DA EMPRESA INO INOCÊNCIO LTDA

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de Bacharel em Ciências Contábeis e aprovado em sua forma final pela Banca Examinadora.

Capivari de Baixo, 09 de Julho de 2014.

_______________________________ Profª Msc. Maria Aparecida Cardozo

Coordenadora do Curso Banca Examinadora:

_________________________________ Prof. Esp. Virsangelo de Souza Ferreira.

Orientador Faculdade Capivari

________________________________ Prof.ª Msc. Maria Aparecida Cardozo

Membro da banca Faculdade Capivari

________________________________

Prof. Mauricio Dobiez Membro da banca Faculdade Capivari

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais e, meus dois irmãos que foram pessoas que tiveram juntas a mim, desde o meu nascimento; Com carinho a minha namorada Patrícia dos Santos de Oliveira, que foi uma pessoa de muita importância na trajetória desses quatro anos e, que esteve ao meu lado em todos os momentos de dificuldades; A todos, que acharam que por algum motivo eu não conseguiria chegar até aqui.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, o centro e o fundamento de tudo em minha vida, por renovar a cada momento a minha força e disposição e pelo discernimento concedido ao longo dessa jornada;

Aos meus pais, que, com muito carinho e apoio, não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida;

A minha namorada pelo incentivo dado logo no início, para que tivéssemos uma graduação, pelo apoio e, carinho dado em toda trajetória do curso, pela contribuição de seu raciocínio na hora de ajudar a sanar as dúvidas, em geral por toda ajuda dada a mim, para que pudesse chegar até aqui;

Agradeço ao meu orientador pela paciência e pela divisão de conhecimento que ele me proporcionou, a todos os professores por terem proporcionado o conhecimento não apenas racional, mas a manifestação do caráter e a afetividade da educação no processo de formação profissional, por tanto que se dedicaram a mim, não somente por terem me ensinado, mas por terem me feito aprender;

A todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado.

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“Sábio é o ser humano que tem coragem de ir diante do espelho da sua alma para reconhecer seus erros e fracassos e utilizá-los para plantar as mais belas sementes no terreno de sua inteligência”.

Augusto Cury

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RESUMO

A Análise das Demonstrações Contábeis é uma técnica de avaliação objetiva, que visa extrair informações, permitindo aos gestores um maior conhecimento dos resultados gerados pela empresa, evidenciando a situação econômica, patrimonial e financeira de um determinado período. Tem-se então como pergunta de pesquisa: que tipo de informações as análises das Demonstrações Contábeis podem trazer para Ino Inocêncio Ltda.? Como forma de respondê-la, o objetivo geral do estudo foi evidenciar as informações geradas pela empresa que atua no ramo de prestação de serviços em motores elétricos, por meio de Análise das Demonstrações Contábeis. Para tanto, tem-se como objetivos específicos: identificar os indicadores gerados pela empresa; verificar as diferenças/semelhanças entre as informações geradas pelas técnicas das Demonstrações Contábeis; analisar e confrontar os dados demonstrados pelas demonstrações contábeis. A metodologia usada para a elaboração deste trabalho foi o método exploratório, e sua modalidade de pesquisa trata-se de um estudo de caso, caracterizando-se em abordagem quantitativa, e qualitativa. Nesse contexto, conclui-se que a situação econômico-financeira da empresa é boa, está em condições de manter-se no mercado, além de proporcionar crescimento a cada período. Palavras-chave: Análise das Demonstrações Contábeis. Indicadores. Situação Econômica.

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LISTA DE FIGURAS Figura 01 – Resumo da análise vertical do ativo ............................... 57 Figura 02 – Resumo da análise vertical do passivo... ........................ 57 Figura 03 – Resumo análise horizontal do ativo. .............................. 59 Figura 04 – Resumo análise horizontal do passivo ........................... 59

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Modelo de Balanço Patrimonial .................................... 36 Tabela 02 – Modelo de Demonstração do Resultado do Exercício ... 39 Tabela 03 – Tabela Indicadora do Calculo de Análise Vertical e Horizontal do Ativo do Ano de 2010 ................................................ 50 Tabela 04 – Tabela Indicadora do Calculo de Análise Vertical e Horizontal do Passivo de 2010 .......................................................... 51 Tabela 05 – Tabela Indicadora do Calculo de Análise Vertical e Horizontal do Ativo do Ano de 2011 ............................................... 52 Tabela 06 – Tabela Indicadora do Calculo de Análise Vertical e Horizontal do Passivo do Ano de 2011 ............................................. 53 Tabela 07 – Tabela Indicadora do Calculo de Análise Vertical e Horizontal do Ativo do Ano de 2012 ................................................ 54 Tabela 08 – Tabela Indicadora do Calculo de Análise Vertical e Horizontal do Passivo do Ano de 2012 ............................................. 55

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 – Liquidez Corrente ........................................................ 60 Gráfico 02 – Liquidez Seca ............................................................... 61 Gráfico 03 – Liquidez Imediata......................................................... 63 Gráfico 04 – Liquidez Geral .............................................................. 64 Gráfico 05 – Prazo Médio de Recebimento de Vendas ..................... 65 Gráfico 06 – Prazo Médio de Renovação de Estoque ....................... 67 Gráfico 07 – Imobilização do Patrimônio Líquido ........................... 70 Gráfico 08 – Imobilização dos Recursos Permanentes ..................... 71

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AH Análise Horizontal AV Análise Vertical AC Ativo Circulante ARLP Ativo Realizável a Longo Prazo CE Composição do Endividamento CFC Conselho Federal de Contabilidade CMV Custo da Mercadoria Vendida CSN Companhia Siderúrgica Nacional DRE Demonstração do Resultado do Exercício FUCAP Faculdade Capivari IPL Imobilização do Patrimônio Líquido IRP Imobilização de Recursos Próprios LC Liquidez Corrente LG Liquidez Geral LI Liquidez Imediata LS Liquidez Seca MP Medida Provisória PL Patrimônio Líquido PMPC Prazo Médio de Pagamento de Compras PMRE Prazo Médio de Renovação de Estoques PMRV Prazo Médio de Recebimento de Vendas

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................ 25

2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ........................................ 27

2.1 HISTÓRIA DA EMPRESA ............................................................ 27

2.2 RAMO DE ATUAÇÃO .................................................................. 28

2.2.1 Tipo de Motores em que são Prestados os Serviços ................. 28

2.3 ESTRATÉGIA DE MARKETING ................................................. 28

2.4 OBJETIVOS ................................................................................... 29

2.5 VALORES ...................................................................................... 29

3 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................... 31

3.1 CONTABILIDADE GERAL .......................................................... 31

3.1.2 Finalidades .................................................................................. 31

3.1.3 Funções da Contabilidade.......................................................... 32

3.1.4 Técnicas Contábeis ..................................................................... 32

3.1.5 Usuários das Informações Contábeis ........................................ 33

3.1.6 Campo de Aplicação da Contabilidade .................................... 33

3.1.7 Princípios Fundamentais da Contabilidade ............................. 33

3.2 Demonstrações contábeis ................................................................ 35

3.2.1 Balanço Patrimonial ................................................................... 35

3.2.2 Demonstração do Resultado do Exercício ................................ 38

3.3 ANÁLISE DE BALANÇOS ........................................................... 39

3.3.1 Análise Horizontal ...................................................................... 39

3.4 ÍNDICES DE LIQUIDEZ ............................................................... 40

3.5 ÍNDICE DE ATIVIDADE .............................................................. 42

3.5.1 Prazo Médio de Recebimento de Vendas PMRV .................... 42

3.5.2 Prazo Médio de Pagamento de Compras PMPC ..................... 43

3.5.3 Prazo Médio de Renovação de Estoques PMRE...................... 43

3.6 ANÁLISE DE ENDIVIDAMENTO ............................................... 43

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .................................. 47

4.1 ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO ................................... 47

4.2 PROCEDIMENTOS PARA COLETA E ANÁLISES DE DADOS ............................................................................................................... 47

5 ESTUDO DE CASO: ANÁLISE E DISCUSSÃO DO RESULTADOS .................................................................................... 49

5.1 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.................... 49

5.1.1 Análise Vertical e horizontal dos anos de 2010, 2011 e 2012. . 50

5.1.2 Análises dos Índices de Liquidez de 2010, 2011 e 2012 ........... 59

5.1.3 Análise dos índices de atividade de 2010, 2011 e 2012 ............ 65

5.1.4 Análises dos índices de endividamento de 2010, 2011 e 2012 . 68

6 CONCLUSÃO .................................................................................. 73

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REFERÊNCIAS .................................................................................. 75

ANEXO A – Balanço Patrimonial e DRE 2010, 2011 e 2012 .......... 77

ANEXO B – Sede da Empresa Ino Inocêncio ................................... 86

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1 INTRODUÇÃO

Este estudo proporciona o quanto as análises das demonstrações

contábeis são importantes, pois elas podem oferecer dados relevantes que auxiliam os gestores na tomada de decisão. Além de que, elas podem evidenciar a real situação econômica e financeira que a empresa se encontra.

Para verificar a real situação em que a empresa se encontra é necessário examinar e confrontar os componentes patrimoniais que são as contas e grupos de contas, comparando-os entre si e em relação a seus similares, e de forma objetiva extrair dos demonstrativos contábeis as informações capazes de orientar os gestores na gestão da entidade.

A análise é importante para poder avaliar o grau de desempenho da gestão financeira, econômica e patrimonial da mesma, de forma qualitativa e quantitativa.

Desta forma, destacam-se três indicadores fundamentais para a análise, são eles, análise de liquidez, que evidência a situação financeira correspondendo a capacidade de pagamento da empresa, o índice de atividade que permite analisar os aspectos do capital de giro da empresa por meio do ciclo financeiro, e o endividamento que trata do capital de investimentos que pode ser por parte própria ou por capitais de terceiros e através desses resultados, poder evidenciar de forma mais transparente possível as informações geradas pelos registros contábeis.

Também vale ressaltar a importância da análise vertical que permite determinar a participação relativa (ou relação percentual) de cada conta ou grupo de contas dentro do conjunto total, também conhecido por análise por coeficientes. E ainda a análise horizontal que é a comparação, por meio de números índices, entre as contas e grupos de contas da entidade em exercícios consecutivos visando mostrar o desempenho ao longo do período analisado.

Assim a contabilidade, por meio das Demonstrações Contábeis, permite aos gestores compreender a estrutura patrimonial das empresas por reunir informações necessárias importantes para se administrar com competência suas atividades operacionais.

As Demonstrações Contábeis são um dos principais subsídios de análise da situação econômico-financeira de uma empresa. São as principais fontes de informação para que investidores, acionistas, administradores tomem decisões sobre a empresa, sejam elas de investimentos ou de melhora de operação organizacional.

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Desta forma a Contabilidade, acompanhada das Demonstrações Contábeis é, sem dúvida, uma ferramenta gerencial extremamente útil para todas as empresas, pois é através dos lançamentos contábeis que se tem a noção exata da situação fiscal da empresa, se tornando assim, um importante elemento norteador das decisões.

Assim a pergunta de pesquisa é: que tipo de informações as análises das Demonstrações Contábeis podem trazer para Ino Inocêncio Ltda.? Para respondê-la o objetivo geral do estudo é evidenciar as informações geradas pela empresa que atua no ramo de prestação de serviços em motores elétricos, por meio de Análise das Demonstrações Contábeis. No entanto, os objetivos específicos são: (a) identificar os indicadores gerados pela empresa, (b) verificar as diferenças/semelhanças entre as informações geradas pelas técnicas das Demonstrações Contábeis, (c) analisar e confrontar os dados demonstrados pelas demonstrações contábeis.

Sintetizando, a Análise das Demonstrações Contábeis é uma técnica específica que permite captar as informações, compará-las e interpretá-las, obtendo a avaliação do desempenho empresarial.

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27 2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA 1

Nesta seção será apresentada a história da empresa, ramo de

atuação, estratégia de marketing juntamente com os seus objetivos e valores. 2.1 HISTÓRIA DA EMPRESA

A empresa Ino Inocêncio Ltda.(anexo B), é uma empresa com mais de 40 anos no mercado, sua história teve início em meados do ano de 1955, pensando num futuro promissor, o atual presidente da empresa era funcionário da CSN - Companhia Siderúrgica Nacional. A companhia possuía em torno de 18 máquinas escavadeiras para retirada de carvão a céu aberto.

Todas estas máquinas trabalhavam com motores e geradores de corrente contínua, quando, após um determinado período de funcionamento, surgiu à necessidade da manutenção de seus motores. Como estas máquinas eram importadas, havia dificuldade na aquisição de seus componentes. Nesta mesma época a CSN, baseada em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, montou uma oficina elétrica supervisionada por americanos, a fim de executar o reenrolamento de motores elétricos especiais. Assim, foi oferecido ao Sr. Antônio Manoel Inocêncio a realização de um estágio nesta nova oficina, onde o mesmo adquiriu conhecimentos na tecnologia de recuperação de motores. A Ino iniciou suas atividades como empresa individual em 1972, em nome do Sr. Antônio Manoel Inocêncio, hoje é seu diretor presidente. Estas atividades foram voltadas para a prestação de serviços em motores elétricos de corrente alternada e de corrente contínua nas minerações de carvão existentes em nossa região, a base de nossa economia na época.

Com a mecanização das minas através da instalação de equipamentos importados, surgiu a necessidade de recuperar os motores utilizados nestas máquinas. Assim, em 1980, consolidou-se a Ino Inocêncio Ltda., prestadora de assistência técnica para todas as mineradoras da região carbonífera. A Ino também passou a implementar em seu trabalho as novas tecnologias das empresas junto às quais se credenciou. Na linha de motores de tração de locomotivas e trens

1 As informações desta seção foram extraídas do site da empresa, e por meio de entrevista com o contador responsável pela empresa.

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28 elétricos efetuou parcerias com empresas dos Estados Unidos e Canadá, países mais desenvolvidos na área.

A empresa tem como filosofia que seu maior patrimônio tecnológico são os seus colaboradores, através dessa política poder proporcionar uma melhoria continuada da qualidade dos produtos e serviços, fruto de um trabalho consciente, seguro e competente de toda a equipe, através da eficácia dos programas de gestão de qualidade e do atendimento aos requisitos aplicáveis ao produto serviço.

2.2 RAMO DE ATUAÇÃO

Sua atividade está voltada para a prestação de serviços em motores elétricos, de corrente alternada e de corrente contínua. Estes são caracterizados de grande e médio porte podendo ser utilizados em varias áreas de atuação. Hoje a maior parte dos serviços realizados em motores dentro da empresa está voltada para os de médio e grande porte. Estes podem vir de diversas áreas, da indústria utilizada em maquinários industriais ligadas à produção, na área ferroviária através de trens, locomotivas, metrôs, na área residencial em elevadores, e outra infinidade de ramos e segmentos. 2.2.1 Tipo de Motores em que são Prestados os Serviços

Os motores que são efetuados os serviços, são de dois tipos, os de corrente alternada que são os que funcionam em redes elétricas alternadas, ou seja, a rede elétrica comum, que funciona com uma tensão, sendo essa caracterizada por diversos pulsos chamados de herts. E o de corrente contínua que são os que necessitam de uma tensão contínua sem variação de tensão, não funcionam em rede elétrica comum, precisa de uma fonte que transforme essa tensão de pulso para contínua, geralmente através de uma fonte de tensão ou uma bateria. 2.3 ESTRATÉGIA DE MARKETING

O ambiente familiar que compõe esta empresa de sucesso ajuda na melhoria e qualidade dos serviços prestados. Além de toda esta estrutura e este padrão de trabalho, que é o de preservar o bom relacionamento com seus funcionários, a empresa tem o prazer de poder contribuir com patrocínios e apoios para vários eventos culturais e de lazer que se realizam na cidade de Siderópolis. Festa do Colono, festas

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29 juninas colegiais, jogos de futebol, feiras e uma série de outros eventos são prioridades nos projetos de uma empresa capacitada e bem conceituada. 2.4 OBJETIVOS

• Satisfazer clientes e demais partes interessadas; • Promover o contínuo desenvolvimento dos colaboradores; • A lucratividade da empresa; • Melhoria contínua da qualidade dos produtos e serviços, fruto

de um trabalho consciente, seguro e competente de toda a equipe, através da eficácia dos programas de gestão de qualidade e do atendimento aos requisitos aplicáveis ao produto serviço.

2.5 VALORES

É uma empresa totalmente coletiva, que se preocupa sempre com

a qualidade de seus serviços, o bem-estar de seus funcionários e clientes, visando desta forma a melhoria nos serviços prestados, sempre em busca de novas tecnologias para poder melhor atender, assim tendo agilidade e transparência nos serviços prestados.

Contando com uma equipe de profissionais altamente qualificados, a empresa deseja estar sempre contribuindo para com a sociedade em eventos que aprimorem a cultura e o lazer dos cidadãos, cumprindo assim um grande compromisso e responsabilidade para com a sociedade.

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31 3 REFERENCIAL TEÓRICO

Essa parte trata do referencial teórico, sendo apresentando da

seguinte maneira: envolvendo um estudo sobre a contabilidade geral como o seu conceito finalidades, funções, técnicas e aplicações, em seguida o estudo será mais aprofundado na área das demonstrações contábeis. 3.1 CONTABILIDADE GERAL

Contabilidade seria a ciência social que tem por objeto o patrimônio das entidades econômico-administrativas. Seu objetivo seria controlar o patrimônio das entidades.

Conforme Marion (2008), a contabilidade surgiu da necessidade de controlar e acompanhar o patrimônio, e suas variações, desta forma pode-se afirmar que a contabilidade surgiu em função de um usuário em específico, o homem proprietário do patrimônio, que de posse dessas informações passam a conhecer melhor a “saúde” econômico-financeira, tendo informações necessárias para propiciar a tomada de decisões mais adequadas.

Segundo Autran e Coelho (2008), pode-se achar que a única e exclusiva finalidade da contabilidade é controlar o patrimônio, mas as informações contábeis não estão restritas as características de controle, é possível pesquisar as ações passadas da organização e através de registros operacionais acumulados, ser possível capturar inclusive aqueles que deram origem ao empreendimento, assim não sendo restritas a características de controle, desta maneira, capturar informações necessárias para se ter um planejamento, para decidir o caminho a ser percorrido, no futuro, pela empresa.

De acordo com Gonçalves e Baptista (2007), contabilidade é ciência porque possui objeto determinado e método de investigação próprio. Os estudos dos fenômenos são verificados de maneira universal, onde apresenta verdades por volta de um mesmo objetivo. 3.1.2 Finalidades A principal finalidade da contabilidade seria a de fornecer informações de ordem econômica e financeira sobre o patrimônio da entidade, para facilitar as tomadas de decisões dos gestores.

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32 3.1.3 Funções da Contabilidade

A contabilidade possui duas funções que seriam: função administrativa que controla o patrimônio em seus aspectos estáticos e dinâmico. E a função econômica que consiste na apuração do resultado econômico, ou seja, lucro ou prejuízo, por meio de comparação de receita e despesa da determinada entidade (SÁ, 2002). 3.1.4 Técnicas Contábeis

Conforme Ribeiro (2010), para atingir o fim que se propõe, a contabilidade usa várias técnicas:

• Escrituração: o registro de todos dos acontecimentos que ocorrem no dia-a-dia das empresas e que provocam modificações no patrimônio. Esses acontecimentos classificados em atos e fatos administrativos são registrados em livros próprios por meio do mecanismo débito e do crédito. Os principais livros de escrituração utilizados pela contabilidade são o diário e o razão.

• Demonstrações contábeis: quadros técnicos que apresentam

dados extraídos dos registros contábeis da empresa. As demonstrações contábeis mais conhecidas são o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício.

• Auditoria: verificação da exatidão dos dados contidos nas

demonstrações contábeis, por meio de exames minuciosos dos registros contábeis e dos documentos que deram origem a eles.

• Análise de balanços: exame e interpretação dos dados contidos

nas demonstrações contábeis a fim de transformar esses dados em informações úteis aos diversos usuários da contabilidade.

• Consolidação de balanços; unificação das demonstrações

contábeis da empresa controladora e de suas controladas, visando apresentar a situação econômica e financeira de todo o grupo, como se fosse uma única empresa.

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33 3.1.5 Usuários das Informações Contábeis

Os usuários das informações contábeis são pessoas físicas e jurídicas, são os interessados na avaliação da situação e do progresso da entidade, que seriam: os investidores, credores por empréstimos, fornecedores e outros credores comerciais, empregados, clientes, governo e suas agencias, público em geral (RIBEIRO, 2010).

3.1.6 Campo de Aplicação da Contabilidade

A ciência contábil pode ser aplicada a todas as entidades econômico-administrativas, até mesmo as pessoas jurídicas de direito público, como União, estados e Município, basta que tal entidade tenha patrimônio. Portanto qualquer pessoa física ou jurídica pode aplicar a contabilidade, basta ter um patrimônio (SÁ, 2002). 3.1.7 Princípios Fundamentais da Contabilidade

Os princípios representam a essência das doutrinas e teorias relativas à ciência da contabilidade. Conforme está regulamentado no artigo 3º da citada Resolução do CFC, os princípios Fundamentais da Contabilidade são:

a) Entidade

Para Iudícibus (2004, p. 56), “entidade é um postulado o qual considera que as transações econômicas são levadas a termo por entidades e a Contabilidade é mantida como distinta das entidades dos sócios que a compõem”. b) Continuidade

De acordo com Reis (2004, p. 157), “o fundamento deste princípio baseia-se na ideia de que, para a Contabilidade, as entidades jurídicas, têm vida ilimitada, até que fato qualquer venha provocar a sua descontinuidade”. c) Oportunidade

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34 Conforme enunciado no Artigo 6º da Resolução 750/93 do CFC, o Princípio da Oportunidade diz respeito à tempestividade, ao mesmo tempo que à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que esse registro seja feito de imediato e com a extensão correta, qualquer que sejam as causas que os originaram.

d) Registro pelo Valor Original De acordo com Iudícibus (2004), o Princípio do Registro pelo Valor Original, classifica que os componentes do patrimônio apresentem na data de suas transações, o seu registro inicial efetuado pelos valores ocorridos.

e) Atualização Monetária

Segundo Sá (2002), esse princípio parte do conceito de que a moeda é instável e que os valores, nela sendo expressos, devem reajustar-se a uma atualidade que possa sempre traduzir maior expressividade ou proximidades máximas de realidades. f) Competência Este princípio é tratado no Artigo 9º da Resolução 750 do CFC, sobre o qual diz: “As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. O Princípio da Competência determina quando as alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou diminuição do patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, resultantes da observância do Princípio da Oportunidade. O reconhecimento simultâneo das receitas e das despesas, quando correlatas, é consequência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração”. g) Prudência

Objeto do Artigo 10 da Resolução 750/93 do CFC, “o Princípio da Prudência determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentarem

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35 alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alteram o patrimônio líquido”.

3.2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

De acordo com Braga (1999), as demonstrações contábeis

denominadas de demonstrações financeiras na legislação societária (Lei n° 6.404/76), são utilizadas pelos administradores para prestar contas sobre os aspectos públicos de responsabilidade da empresa, perante acionistas, credores, governo e a comunidade em geral. Desta forma tem o objetivo de revelar a todas as pessoas interessadas, as informações geradas pelos registros contábeis, e os resultados alcançados, a fim de mostrar seus efeitos alcançados. 3.2.1 Balanço Patrimonial

De acordo com Assaf Neto (2002), o balanço apresenta a posição patrimonial e financeira da organização em determinado período. A informação que esse demonstrativo fornece é totalmente estática, ou seja, seus valores dificilmente terá algum tipo de variação após o seu encerramento. Dessa forma ele servirá como elemento indispensável para conhecer a situação econômica e financeira da empresa.

No tangente ao assunto Ribeiro (2010), afirma que o balanço patrimonial é a demonstração destinada a mostrar e evidenciar qualitativamente e quantitativamente os bens, direitos, obrigações, e o patrimônio líquido, a partir dos resultados gerados pela posição patrimonial.

Conforme Silva (2004), o balanço patrimonial retrata a posição patrimonial da empresa em determinado momento, composta por bens, direitos e obrigações. O ativo mostra os bens e direitos que a empresa possui. O passivo mostra de onde foi que vieram os recursos, que seria os recursos provenientes de terceiros e os próprios. Os recursos próprios podem ser originados do capital colocado pelos sócios ou também pode ser pelo lucro gerado pela empresa.

Segundo Ribeiro (1998, p. 43), “o Balanço Patrimonial é a demonstração financeira que evidencia resumidamente o Patrimônio da entidade, qualitativa e quantitativamente”.

Resumindo o balanço compõe-se de três grandes grupos, do lado esquerdo encontra-se o ativo, do lado direito passivo e patrimônio

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36 líquido. Sendo que o valor do ativo é igual ao passivo mais o patrimônio líquido. Tabela 01 – Modelo de Balanço Patrimonial

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

ATIVO CIRCULANTE DISPONÍVEL Caixa e Bancos Títulos de Negociação Imediata APLICAÇÕES FINANCEIRAS (CDB, Letras de Câmbio, Debêntures, etc.) REALIZÁVEL A CURTO PRAZO Valores a Receber (-) Provisão para devedores duvidosos (-) Títulos Descontados Outros Valores a Curto Prazo a Receber ESTOQUES Matérias-primas e Embalagens Produtos em Elaboração Produtos Acabados/Mercadorias Materiais Diversos (Consumo e Almoxarifado) DESPESAS ANTECIPADAS Despesas Apropriáveis a Custo no Exercício Seguinte ATIVO NÃO CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Créditos Diversos INVESTIMENTOS Participações Acionárias Outros Investimentos IMOBILIZADO Prédios e Terrenos Máquinas e Equipamentos Veículos, Mobiliário etc. INTANGÍVEL Marcas e Patentes Fundo de Comércio

PASSIVO TOTAL PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores Empréstimos e Financiamentos Impostos, Taxas e Contribuições Salários a Pagar Dividendos a Pagar Provisões Outros Passivos de Curto Prazo PASSIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Empréstimos e Financiamentos Outros Passivos a Longo Prazo PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social Realizado Reservas de Capital Reservas de Lucros Ajustes de Avaliação Patrimonial Prejuízos Acumulados Ações em Tesouraria

Fonte: ASSAF NETO (2012, p. 60).

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37 3.2.1.1 Ativo

No ativo irão ser apresentadas as contas de bens e direitos que, vão estar em mudanças frequentemente, ali irão compreender as contas que irão se transformar rapidamente em dinheiro.

Marion (2008) relata que o ativo é aquilo que está sobre propriedade da empresa, sobre o qual ela tem o domínio, mas nem tudo que está sobre sua posse, entretanto significa propriedade: podemos alugar um veiculo e ter posse sobre ele , muito embora não tenhamos a propriedade (domínio), portanto neste caso ele não será considerado um ativo para empresa, há certos itens que embora representem um potencial para obtenção de benefícios futuros, não serão evidenciados no ativo da empresa, pois não são avaliáveis em dinheiro. a) Ativo Circulante

A lei n° 6.404/1976 estabelece que no Ativo Circulante devem constar as Disponibilidades, os Direitos Realizáveis no curso do exercício social seguinte e as aplicações de recursos em Despesas do exercício seguinte

De acordo com Braga (1999), o ativo circulante é o grupo que contempla os investimentos circulantes, isto é as aplicações em disponibilidades financeiras que seriam, por exemplo, o banco e o caixa, e também os direitos de crédito sobre clientes e outros devedores que seriam as contas e duplicatas a receber, o estoque também se enquadra nesse grupo, pois nele ficam as matérias-primas para a elaboração dos produtos. b) Ativo Não Circulante

O Ativo não Circulante é dividido em Ativo Realizável em longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. 3.2.1.2 Passivo

Nesse grupo irão constar as obrigações da empresa que irão ser divididos em Passivo circulante e passivo não circulante e Patrimônio Líquido Marion (2008) afirma de modo em geral que o passivo trata-se do lado direito do balanço patrimonial, das dívidas, obrigações e

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38 financiamentos, desta maneira evidencia as obrigações que a empresa tem com terceiros, contas a pagar, fornecedores, impostos, financiamentos, empréstimos entre outros. a) Passivo Circulante

No passivo circulante estão representadas as contas de obrigações, com vencimentos que acorram durante o exercício seguinte. b) Passivo não Circulante

Neste grupo estão representadas as mesma do passivo circulante, porém vencíveis após o termino do exercício social seguinte. 3.2.1.3 Patrimônio Líquido

No Patrimônio liquido vão constar os valores que os sócios ou acionistas tem na empresa num determinado momento.

Marion (2008), afirma que ali estão evidenciados os recursos aplicados inicialmente pelos proprietários no empreendimento, e outras aplicações. O patrimônio líquido também é acrescido com os novos aumentos de capital, é o caso de rendimentos resultantes de capital aplicado, e a parte do lucro obtido em determinado período pela atividade empresarial.

3.2.2 Demonstração do Resultado do Exercício

De acordo com Matarazzo (2003), a demonstração do resultado do exercício é um demonstrativo dos aumentos e reduções causados no patrimônio líquido, pelas operações da empresa. As receitas normalmente representão aumento do ativo, as despesas representam redução do patrimônio líquido através da redução do ativo ou aumento do passivo exigível.

Assaf Neto (2002), diz que a demonstração do resultado do exercício visa fornece os resultados auferidos pela empresa em determinado exercício social, os quais posteriormente são transferidos para contas do patrimônio líquido. O lucro, ou prejuízo é resultado de receitas, custos e despesas incorridos pela empresa no período, e apropriados segundo ao regime de competência, ou seja, independente de como tenham sido esses valores pagos ou recebidos.

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39 Tabela 02 – Modelo de Demonstração do Resultado do Exercício

DEMONTRAÇÃO DO RESULATADO DO EXERCÍCIO

Cia. Alfa Em $ milhões Vendas Brutas 6.000.000 (-) Deduções (400.00) Vendas Líquidas 5.600.000 (-) CPV (2.400.000) Lucro Bruto 3.200.000 (-) Despesas Operacionais

Administrativas (800.000) De Vendas (500.000) Financeiras (250.000) (-) Receita Financeira 600.000 350.000

Outras (150.000) Lucro Operacional 2.100.000 (-) Despesas não Operacionais (100.000) Lucro Antes do IR 2.000.000 (-) Imposto de Renda (600.000) Lucro Líquido 1.400.000 Fonte: MARION (2010, p. 37). 3.3 ANÁLISE DE BALANÇOS

De acordo com Iudícibus (2008), a análise de balanços consiste em observar as variações quantitativa e qualitativa dos índices obtidos.

Para Assaf Neto (2002), análise de balanço consiste no processo de comparação de valores obtidos em determinado período com valores levantados em períodos anteriores. 3.3.1 Análise Horizontal

Tem como objetivo mostrar a evolução das Contas Patrimoniais ou de Resultado em comparação a um determinado período. Consiste em verificar a evolução dos elementos patrimoniais ou de resultado durante um determinado período. Possibilitando a comparação entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas em diferentes exercícios sociais. Os elementos comparados são homogêneos mas os períodos de avaliação são diferentes.

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Para Assaf Neto (2012, p. 100), “e a comparação que se faz entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios sociais. É basicamente um processo de análise temporal, desenvolvido por meio de números-índices”. 3.3.2 Análise Vertical

A análise vertical visa demonstrar ao analista, à proporção que representa cada conta em relação ao grupo contábil em que se encontra.

Assim mostrar a importância de cada conta em relação à demonstração contábil a que pertence e, através da comparação com padrões do ramo ou com percentuais da própria empresa em anos anteriores, permitir inferir se há itens fora das proporções normais.

Segundo Assaf Neto (2002, p. 10), “análise vertical é também um processo corporativo, expresso em porcentagem, que se aplica ao se relacionar uma conta ou grupo de contas com um valor afim ou relacionável, identificando no mesmo demonstrativo”. 3.4 ÍNDICES DE LIQUIDEZ2

São utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, isto é, constituem uma apreciação sobre a empresa e, se ela tem disposição para saldar seus compromissos. Essa capacidade de pagamento pode ser avaliada, considerando: longo prazo, curto prazo ou prazo imediato.

a) Liquidez Corrente

Esse indicador tem como objetivo revelar quanto a empresa possui de bens e direitos à curto prazo, para quitar suas obrigações no curto prazo.

2 MARION, José Carlos. Análises das demonstrações contábeis. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

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41 b) Liquidez Seca

Este índice apresenta uma situação mais adequada para a situação de liquidez, uma vez que dele são eliminadas os estoques, que são considerados como fontes de incertezas. Com a retirada dos estoques, a liquidez da empresa passa a não depender de elementos não monetários, suprindo assim a necessidade do esforço de “venda” para a quitação de obrigações de curto prazo.

c) Liquidez Imediata

A Liquidez Imediata mostra a capacidade de pagamento da empresa a curto prazo,ou seja, o quanto a empresa dispõe de imediato para saldar suas dívidas.

d) Liquidez Geral

Mostra a capacidade de pagamento da empresa a Longo Prazo, considerando tudo que ela converterá em dinheiro (a Curto e Longo Prazo), relacionando-se com tudo o que assumiu como dívida(a Curto e Longo Prazo), ou seja:

Observação: A partir de 31.12.2008, em função da nova estrutura dos balanços patrimoniais promovida pela MP 449/2008, a fórmula da liquidez geral passou a ser:

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3.5 ÍNDICE DE ATIVIDADE3

Os índices de Atividade permitem analisar os aspectos do capital de giro da empresa por meio do ciclo financeiro. Permitindo verificar a velocidade com que a empresa recebe suas vendas, paga suas contas ou renova seus estoques. Auxiliando dessa forma a análise de liquidez da empresa.

Para fins de análise, quanto maior for a velocidade de recebimento de vendas e de renovação de estoque, melhor. Por outro lado, quando mais lento for o pagamento das compras, desde que não ocorra atrasos, melhor.

A soma do Prazo Médio de Recebimento de Vendas PMRV com o Prazo Médio de Renovação de Estoques PMRE aproxima-se bastante do Ciclo Operacional da empresa, já que medem, em média, quantos dias os estoques levam para serem vendidos, e somamos ao prazo de recebimento das vendas.

O ideal seria que a empresa atingisse uma posição em que a soma do Prazo Médio de Renovação de Estoques PMRE com o Prazo Médio de Recebimento de Vendas PMRV fosse igual ou inferior ao Prazo Médio de Pagamento de Compras PMPC. 3.5.1 Prazo Médio de Recebimento de Vendas PMRV

Indica em média, quantos dias a empresa espera para receber suas

vendas.

3 MARION, José Carlos. Análises das demonstrações contábeis. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

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43 3.5.2 Prazo Médio de Pagamento de Compras PMPC

Indica em média, quantos dias a empresa demora para pagar suas

compras.

3.5.3 Prazo Médio de Renovação de Estoques PMRE

Indica em média, quantos dias a empresa leva para vender seu estoque, ou seja, para renovar seu estoque.

3.6 ANÁLISE DE ENDIVIDAMENTO4

Este índice revela o grau de endividamento da empresa. A análise desse indicador por diversos exercícios mostra a política de obtenção de recursos da empresa. Isto é, se a empresa vem financiando o seu Ativo com Recursos Próprios ou de Terceiros e em que proporção. É por meio desses indicadores que são representados o nível de endividamento da empresa. a) Composição de Endividamento (CE)

4 MARION, José Carlos. Análises das demonstrações contábeis. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

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Este indicador mostra o quanto a empresa tem de divida a curto prazo em relação as obrigações totais.

A fórmula do endividamento geral é utilizado para posicionar a

empresa comparando o que é capital de terceiros, e o que é capital próprio. Os índices de endividamento relacionam as fontes de fundos entre si, procurando retratar posições relativa do capital de terceiros, sendo índices de muita importância, pois indicam a relação de dependência da empresa com relação de capitais de terceiros.

b) Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL)

Mostra através do índice o montante do patrimônio líquido aplicado no imobilizado. Quanto mais baixo o grau de imobilização do capital próprio, maior a soma de recursos próprios que estará liberada para aplicação no capital circulante. Este índice mostra quanto do patrimônio líquido foi aplicado no ativo imobilizado.

c) Imobilização dos Recursos Permanentes (IRP)

Revela qual a proporção existente entre o Ativo Permanente e os

Recursos Não Correntes, isto é, quanto à empresa investiu no Ativo Permanente para cada real de Patrimônio Líquido mais Exigível á Longo Prazo.

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A interpretação deste índice deve ser direcionada para verificar se o Capital Circulante Próprio Negativo (ocorre quando o Patrimônio Líquido é inferior ao Ativo Permanente) foi compensado por empréstimos á longo prazo.

Quando a análise do Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido indicar a existência de Capital Circulante Próprio Negativo, haverá forte evidência de que a situação financeira da empresa não é boa. Entretanto, não se pode concluir que a empresa atravessa momentos de desequilíbrio financeiro, pois a interpretação do Quociente de Imobilização dos recursos Não-Correntes poderá revelar a existência de um quadro mais ameno. Finalmente, mesmo quando a interpretação desses quocientes evidenciarem tendência de desequilíbrio financeiro, para saber se a empresa encontra-se ou não em situação de insolvência, será preciso interpretar os Quocientes de Liquidez.

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47 4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Nessa seção será descrito quais os procedimentos metodológicos foram utilizados para esta pesquisa. 4.1 ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO

A metodologia utilizada para o desenvolvimento desta pesquisa foi de forma exploratória, porém no início foi feito uma pesquisa bibliográfica, para se interar mais com o assunto. Num segundo momento foram desenvolvidos alguns processos de análises dos Demonstrativos Contábeis, para assim, poder verificar quais eram os seus indicadores.

O planejamento da pesquisa tem uma natureza exploratória, e sua modalidade de pesquisa trata-se de um estudo de caso, consistindo um estudo exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira em que possa se ter um melhor detalhamento do conhecimento (GIL, 2008).

De acordo com Medeiros (1996, p. 33), “a pesquisa de caráter exploratório, visa fornecer informações sobre o objetivo de pesquisa, elaborando respostas aos questionamentos”.

A presente pesquisa se caracterizou em abordagem quantitativa, e qualitativa, pois de acordo com Creswell (2007), em pesquisa quantitativa, as hipóteses e as questões de pesquisa são frequentemente baseadas em teorias que o pesquisador procura testar. Já na pesquisa qualitativa, é empregada a teoria como uma explicação ampla, de forma bem parecida com a pesquisa quantitativa, dando uma explicação para comportamentos e atitudes.

Desta forma, o trabalho foi realizado com suporte teórico em pesquisa bibliográfica sobre o relativo assunto em questão. Sendo observados diversos autores, de forma a esclarecer o tema proposto e sua importância como ferramenta de apoio a tornada de decisão. 4.2 PROCEDIMENTOS PARA COLETA E ANÁLISES DE DADOS Os dados utilizados para o estudo foram extraídos a partir de informações fornecidas pela contabilidade, geradas pelas atividades da própria empresa e posteriormente remetidas para a contabilidade.

Num segundo momento foi feita a análise das demonstrações contábeis, de três anos consecutivos (2010, 2011 e 2012), para poder

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48 verificar o que os demonstrativos contábeis representavam sobre o objeto de estudo.

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49 5 ESTUDO DE CASO: ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Nessa seção serão apresentados os resultados da pesquisa, onde

será identificado se os objetivos específicos foram atingidos e, consequentemente, se objetivo geral proposto foi alcançado.

Para abordar os resultados desta pesquisa, foi necessário atingir os objetivos específicos, que seriam: identificar os indicadores gerados pela empresa, verificar as diferenças/semelhanças entre as informações geradas pelas técnicas das Demonstrações Contábeis, analisar e confrontar os dados demonstrados pelas demonstrações contábeis.

Para tanto, foi efetuado a análise de balanços (análise vertical e horizontal), análise de endividamento, índice de liquidez, e índice de atividade dos anos de 2010, 2011 e 2012. 5.1 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Na análise das demonstrações contábeis é expresso o percentual de uma conta ou grupo de contas em determinado período, comparando-o com períodos anteriores, assim sendo, consegue-se evidenciar maiores detalhes que com a análise de índices não é possível. As tabelas 03, 04, 05, 06, 07 e 08 apresentam o Balanço Patrimonial da empresa tal como os devidos valores que serviram de base para os cálculos.

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50 5.1.1 Análise Vertical e horizontal dos anos de 2010, 2011 e 2012.

Tabela 03 – Tabela Indicadora do Cálculo de Análise Vertical e Horizontal do Ativo do Ano de 2010 BALANÇO PATRIMONIAL 31/12/2010 ATIVO (Em milhares de reais) AV AH ATIVO CIRCULANTE 15.203.062 65,170% 100,000% Disponível 4.500.014 19,290% 100,000% Caixa 4.352.824 18,659% 100,000% Banco 147.189 0,631% 100,000% Direitos Realiz. a curto prazo 10.703.048 45,880% 100,000% Clientes 699.844 3,000% 100,000% Trib. e Contrib. a Compensar 139.231 0,597% 100,000% Estoques 3.536.759 15,161% 100,000% Contas de Compensação 6.327.214 27,123% 100,000% ATIVO NÃO CIRCULANTE 8.125.195 34,830% 100,000% Ativo Realiz. a Longo Prazo 74.416 0,319% 100,000% Imobilizado 8.047.424 34,496% 100,000% Bens em Operação 2.120.485 9,090% 100,000% (-) Deprec. Amort. e Exaust. Acum. (541.440) (2,321%) 100,000% Imobilizado em Andamento 6.468.379 27,728% 100,000% Intangível 3.355 0,014% 100,000% Sistemas Aplicativos – Software 8.887 0,038% 100,000% (-) Amortiz. Acum. Do Intangível (5.532) 0,024% 100,000% TOTAL DO ATIVO: 23.328.257 Fonte: Elaborado pelo autor.

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Tabela 04 – Tabela Indicadora do Cálculo de Análise Vertical e Horizontal do Passivo do Ano de 2010 BALANÇO PATRIMONIAL 31/12/2010 PASSIVO (Em milhares de reais) AV AH PASSIVO CIRCULANTE 7.898.934 33,860% 100,000% Empréstimos e Financiamentos 1.113.589 4,774% 100,000% Obrigações Sociais 38.803 0,166% 100,000% Contrib. Sindical e Conf. a Recolher 336 0,001% 100,000% FGTS a Pagar 23.112 0,099% 100,000% INSS a Recolher 4.903 0,021% 100,000% Mensalidade Sindical 90 0,000% 100,000% Pró-Labore a Pagar 2.897 0,012% 100,000% Salários e ordenados a Pagar 7.465 0,032% 100,000% Obrigações Fiscais 419.328 1,798% 100,000% COFINS a Recolher 55.085 0,236% 100,000% Contrib. Social a Recolher 89.102 0,382% 100,000% IRRF a Recolher 1.077 0,005% 100,000% IRPJ a Pagar 262.129 1,124% 100,000% PIS a Recolher 11.935 0,051% 100,000% Contas de Compensação 6.327.214 27,123% 100,000% PATRIMÔNIO LÍQUIDO 15.429.323 66.140% 100,00% Capital Social 700.000 3,001% 100,000% Lucros / Prejuízos 14.729.323 63.139% 100,000% TOTAL DO PASSIVO: 23.328.257 Fonte: Elaborado pelo autor.

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52 Tabela 05 – Tabela Indicadora do Cálculo de Análise Vertical e Horizontal do Ativo do Ano de 2011 BALANÇO PATRIMONIAL 31/12/2011 ATIVO (Em milhares de reais) AV AH ATIVO CIRCULANTE 20.427.305 69,948% 134,363% Disponível 4.843.062 16.584% 107,623% Caixa 4.695.873 16.080% 107,881% Banco 147.189 0,504% 100,000% Direitos Realiz. a curto prazo 15.584.243 53.364% 145,606% Clientes 371.801 1,273% 53,126% Trib. e Contrib. a Compensar 69.487 0,238% 49,908% Estoques 10.770.901 36.882% 304,542% Contas de Compensação 4.372.054 14,971% 69,099% ATIVO NÃO CIRCULANTE 8.776.164 30,052% 108,012% Ativo Realiz. a Longo Prazo 120.748 0,413% 162,261% Imobilizado 8.653.606 29,632% 107,533% Bens em Operação 2.995.417 10,257% 141,261% (-) Deprec. Amort. e Exaust. Acum. (847.099) (2,901) 156,453% Imobilizado em Andamento 120.748 0,413% 1,867% Intangível 1.810 0,006% 53,949% Sistemas Aplicativos – Software 8.887 0,030% 100,000% (-) Amortiz. Acum. Do Intangível (7.077) 0,024% 127,928% TOTAL DO ATIVO: 29.203.469 Fonte: Elaborado pelo autor.

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53 Tabela 06 – Tabela Indicadora do Cálculo de Análise Vertical e Horizontal do Passivo do Ano de 2011

BALANÇO PATRIMONIAL 31/12/2011

PASSIVO (Em milhares de reais) AV AH PASSIVO CIRCULANTE 6.294.525 21,554% 79,688% Empréstimos e Financiamentos 572.048 1,959% 51,370% Obrigações Sociais 37.024 0,127% 95,415% Contrib. Sindical e Conf. Recolher 636 0,002% 189,286% FGTS a Pagar 23.647 0,081% 102,315% INSS a Recolher 4.147 0,014% 84,581% Mensalidade Sindical 370 0,001% 411,111% Pró-Labore a Pagar 3.098 0,011% 106,938% Salários e ordenados a Pagar 5.726 0,020% 76,705% Obrigações Fiscais 395.581 1,355% 94,337% COFINS a Recolher 41.715 0,143% 75,728% Contrib. Social a Recolher 84.396 0,289% 94,718% Contrib. Retida na Fonte a Recolher 493 0,002% -------- IRRF a Recolher 4.301 0,015% 399,350% ICMS a Pagar 32.824 0,112% -------- IRPJ a Pagar 222.813 0,763% 85,001% PIS a Recolher 9.039 0,031% 75,735% Contas de Compensação 5.289.272 18,112% 83,569% PATRIMÔNIO LÍQUIDO 22.908.944 78,446% 148,477% Capital Social 700.000 2,397% 100,000% Lucros / Prejuízos 22.208.944 46,049% 150,780% TOTAL DO PASSIVO: 29.203.469 Fonte: Elaborado pelo autor.

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54 Tabela 07 – Tabela Indicadora do Cálculo de Análise Vertical e Horizontal do Ativo do Ano de 2012 BALANÇO PATRIMONIAL 31/12/2012 ATIVO (Em milhares de reais) AV AH ATIVO CIRCULANTE 18.813.488 67,449% 92,100% Disponível 8.250.593 29,580% 170,359% Caixa 8.103.404 29,052% 172,564% Banco 147.189 0,528% 100,000% Direitos Realiz. a curto prazo 10.562.895 10.562.895 67,779% Clientes 6.650.469 23,843% 1.788,717% Trib. e Contrib. a Compensar 30.818 0,110% 44,351% Estoques 3.944.691 14,142% 36,624% Contas de Compensação (63.083) (0,226%) -1,443% ATIVO NÃO CIRCULANTE 9.079.254 32,551% 103,454% Ativo Realiz. a Longo Prazo 87.125 0,312% 72,154% Imobilizado 8.991.298 32,235% 103,902% Bens em Operação 3.474.116 12,455% 115,981% (-) Deprec. Amort. e Exaust. Acum (1.260.662) (4,520%) 148,821% Imobilizado em Andamento 6.777.844 24,300% 5.613,214% Intangível 831 0,003% 45,912% Sistemas Aplicativos – Software 8.887 0,032% 100,000% (-) Amortiz. Acum. Do Intangível (8.056) (0,029%) 113,834% TOTAL DO ATIVO: 27.892.742 Fonte: Elaborado pelo autor.

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55 Tabela 08 – Tabela Indicadora do Cálculo de Análise Vertical e Horizontal do Passivo do Ano de 2012

BALANÇO PATRIMONIAL 31/12/2012 PASSIVO (Em milhares de reais) AV AH PASSIVO CIRCULANTE 2.164.299 7.759% 34,384% Empréstimos e Financiamentos 545.572 1,956% 95,372% Obrigações Sociais 11.195 0,040% 30,237% Contrib. Sindical e Conf. A Recolher 472 0,002% 74,214% FGTS a Pagar 3.904 0,014% 16,509% INSS a Recolher 6.230 0,022% 150,229% Mensalidade Sindical 236 0,001% 63,784% Pró-Labore a Pagar 2.553 0,009% 82,408% Obrigações Fiscais 784.713 2,813% 198,370% COFINS a Recolher 13.271 0,048% 31,813% Contrib. Social a Recolher 180.943 0,649% 214,398% IRRF a Recolher 3.790 0,014% 88,119% ICMS a Pagar 23.295 0,084% 70,969% IRPJ a Pagar 560.536 2,010% 251,572% PIS a Recolher 2.878 0,010% 31,840% Contas de Compensação 820.619 2,942% 15,515% PATRIMÔNIO LÍQUIDO 25.728.443 92,241% 112,307% Capital Social 700.000 2,510% 10,000% Lucros / Prejuízos 25.028.443 89,731% 112,695% TOTAL DO PASSIVO: 27.892.742 Fonte: Elaborado pelo autor.

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56 a) Análise Vertical

Para o cálculo da análise vertical do balanço patrimonial, usa-se o valor da conta que se deseja apurar, e divide-se pelo valor total do ativo/passivo, e para transformar de reais para porcentagem, multiplica-se por 100 (cem). � Foi verificado de acordo com as tabelas acima, que no ano de 2010 a contas do ativo que maior tiveram porcentagem em relação às demais foi a conta caixa, isso devido ao seu montante considerável, que isoladamente representa 18,66% do total do ativo, vale ressaltar também o percentual da conta estoques que chega a representar cerca de 15,16% do total do ativo, isso devido ao custo elevado do material utilizado na prestação dos serviços, ainda se tratando do ativo de 2010 é importante ressaltar as contas de Imobilizado em andamento que representa 27,73% do passivo da empresa, e também o percentual da conta de compensação, que representa um total de 27,12%, nessa conta estão representados os motores recebidos para reparos de clientes, e também os que são remetidos pela empresa para serviços de terceiros, desta forma transitam pelo ativo, e passivo, e que posteriormente ao término dos serviço executados devem retornar aos clientes, devendo acontecer o zeramento das mesmas. � No passivo de 2010 a conta de maior destaque é a de Lucros/Prejuízos, que de forma isolada representa um montante elevado de 63,14% representando mais da metade do total do passivo, o que foi constatado é que foi feito distribuição de lucros entre os sócios, porém o saldo desta conta ainda encontra elevado, desta forma tem-se como sugestão de melhoria que se destine partes para a conta de reservas. Ainda se tratando do passivo de 2010 tem-se a conta que também esta presente no ativo, esta conta de compensação é uma contra partida da conta do passivo, também nomeada de Contas de Compensação devendo o seu zeramento ocorrer a hora que o motor for retornar para o cliente, representando desta forma o mesmo percentual de 27,12% do total do passivo. � No ativo de 2011 a conta de maior porcentagem foi a conta de estoque que representa 36,88% do total do ativo, em segundo a conta caixa com percentual de 16,08% do total do ativo, representando que tem um caixa considerável em relação as outras contas, em terceiro a conta de compensação que teve uma representação de 14,97% do total do ativo. � No passivo de 2011 a conta com maior representação total do passivo foi a conta de lucros/prejuízos que chegou a representar quase

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57 metade do total do passivo, chegando a 46,05%, em segundo a conta de compensação que representou uma porcentagem de 18,11% do passivo. � No Balanço de 2012 as contas que maior representaram o ativo foram as contas caixa que em primeiro lugar representou 29,05%, em segundo conta de imobilizado em andamento cerca de 24,30%, e em terceiro a conta estoque um total de 14,14% do valor total do ativo. � No ano de 2012 a conta de lucros/prejuízos representou um total extremamente elevado do total do passivo, chegando a representar 89,73% o que representa quase todo o montante d passivo.

Desta forma, sintetizando com o que foi exposto acima estão representadas a seguir as figuras 01 e 02 que demonstram as contas do ativo e passivo que mais se destacaram no decorrer da análise vertical, e tem-se por ideal mostrar de forma mais clara e objetiva a movimentação dos indicadores. Figura 01 – Resumo da análise vertical do ativo.

Fonte: Elaborado pelo autor. Figura 02 – Resumo da análise vertical do passivo.

Fonte: Elaborado pelo autor. b) Análise Horizontal

A análise horizontal do balanço patrimonial é desenvolvida tendo como base os valores referentes a um período anterior, desta forma pegasse o valor do ano a ser comparado divide com o valor do ano base

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58 e o resultado multiplicasse por 100 para que se possa ter o resultado em percentual. � Desta forma no ano de 2010 o percentual da análise horizontal é de 100%, pois servirá de ano base para que se possam efetuar os cálculos para os períodos subsequentes. � Observa-se que no ano ativo de 2011 a conta de estoque sofreu um aumento elevado de 304,54% em relação ao ano de 2010, este aumento despertou interesse para que fosse feito uma melhor verificação das contas que influenciam direta ou indiretamente seu saldo, o que foi constado de acordo com a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) que encontrasse em anexo, que não foi feito a apropriação do Custo da Mercadoria Vendida (CMV) em 2011, o que acarretou esta elevação, a grosso modo pode-se dizer que a mercadoria comprada não obteve custo, supervalorizando a conta de estoque. Já a conta de imobilizado em andamento sofreu uma redução de 98,13%, ficando evidente que no ano de 2011 a empresa diminuiu os recursos empregados no imobilizado em andamento. � No passivo de 2011 a conta de empréstimos e financiamentos sofreu uma redução de 48,63%, o que comprova que a empresa quitou quase metade de suas obrigações para com terceiros, a conta de lucros/prejuízos obteve um aumento de 50,78% comprovando que a empresa vem aumentando o seu lucro gradativamente ano após ano. � Analisando horizontalmente o ativo de 2012 foi constatado que foi um ano relevante para a análise, tratando-se da conta de compensação observou-se que a mesma sofreu uma queda elevada, passando a representar um percentual negativo de -1,44%, esta situação foi decorrente de alguns lançamentos indevido das contas contábeis. A conta de estoque sofreu uma redução de 63,38% isso devido a apropriação do custo de 2011 que foi feito em 2012, e devido ao aumento nas vendas, o que ficou evidente se for observado a conta de Clientes que disparou, ocasionando um aumento de 1.688,72%, mostrando que a empresa aumentou as vendas á prazo, a conta caixa também sofreu um variação relevante devido ao aumento nas vendas, chegando a um acréscimo de 72,56%, ainda se tratando do ativo a conta de imobilizado em andamento sofreu uma oscilação considerável, tendo uma redução em 2011 e voltando a aumentar em 2012 chegando a um percentual de 5.613,21% de aumento, comparado com 2011. � No passivo de 2012 a conta de obrigações sociais sofreu um decréscimo de 69,76%, desta forma ficou evidente que a empresa diminuiu as suas obrigações fiscais, por exemplo, a conta de salários e ordenados não está presente nas obrigações sociais provavelmente não

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59 foi feito a provisão de salário do mês de dezembro de 2012 ou a empresa efetuo o pagamento de salário antes do fechamento do exercício social, já as obrigações fiscais tiveram um acréscimo de 98,37%, ficando evidente que a empresa teve um aumento nos impostos a recolher.

Desta forma, sintetizando com o que foi exposto acima estão representadas a seguir as figuras 03 e 04 que demonstram as contas do ativo e passivo que mais se destacaram no decorrer da análise horizontal, e tem-se por ideal mostrar de forma mais clara e objetiva a movimentação dos indicadores. Figura 03 – Resumo da análise horizontal do ativo.

Fonte: Elaborado pelo autor. Figura 04 – Resumo da análise horizontal do passivo.

Fonte: Elaborado pelo autor.

5.1.2 Análises dos Índices de Liquidez de 2010, 2011 e 2012 a) Liquidez Corrente (LC)

A liquidez corrente demonstra o quanto a empresa possui de investimento de curto prazo para cada R$ 1,00 de financiamento de curto prazo. Quanto maior for o índice de liquidez melhor a situação da empresa.

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60

Com relação ao gráfico abaixo, a capacidade de pagamento empresa a curto prazo em 2010 é satisfatória, pois para cada R$1,00 de obrigação no curto prazo possui R$ 1,93 de bens e direitos, o que representa uma folga financeira de RS 0,93. No ano de 2011, esse índice teve um aumento ainda mais satisfatório, passando a apresentar folga financeira de R$ 2,25.

Em 2012 o índice teve um salto elevado passou a apresentar R$ 8,69 operando com uma folga financeira excelente de R$ 7,69, isignifica que seus ativos de curto prazo conseguem liquidar muito bem suas obrigações de curto prazo.

Gráfico 01 – Liquidez Corrente

Fonte: Elaborado pelo autor. Para chegar aos respectivos resultados foram feitos os seguintes

cálculos:

0,001,002,003,004,005,006,007,008,009,0010,00

2010 2011 2012

1,933,25

8,69

Liquidez Corrente

amento da em 2010 é satisfatória, pois para cada R$1,00 de

obrigação no curto prazo possui R$ 1,93 de bens e direitos, o que representa uma folga financeira de RS 0,93. No ano de 2011, esse índice

io, passando a apresentar folga

elevado passou a apresentar R$ 8,69 operando com uma folga financeira excelente de R$ 7,69, isso

muito bem

chegar aos respectivos resultados foram feitos os seguintes

2012

2011

2010

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b) Liquidez Seca (LS)

Esse índice revela quanto a empresa possui de ativo circulante líquido para cada R$ 1,00 de passivo circulante.o gráfico, em 2010, a empresa apresentou um índice de R$ 1,48 trabalhando com uma folga financeira de R$ 0,48. No ano de 2011, esse índice breve aumento para R$ 1,53 elevando a folga financeira para R$ 0,2012 esse índice aumentou para R$ 6,87 elevando satisfatoriamente a folga financeira para R$ 5,87.

Gráfico 02 – Liquidez Seca

Fonte: Elaborado pelo autor.

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

2010 2011 2012

1,48 1,53

6,87

Liquidez Seca

61

empresa possui de ativo circulante líquido para cada R$ 1,00 de passivo circulante. De acordo com o gráfico, em 2010, a empresa apresentou um índice de R$ 1,48 trabalhando com uma folga financeira de R$ 0,48. No ano de 2011, esse índice sofreu um

para R$ 1,53 elevando a folga financeira para R$ 0,53. E em 12 esse índice aumentou para R$ 6,87 elevando satisfatoriamente a folga

2012

2011

2010

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62

Para chegar aos respectivos resultados foram feitos os seguintes

cálculos:

c)Liquidez Imediata (LI)

Este índice mostra a capacidade de pagamento da empresa a curto prazo, pois considera apenas os valores que a empresa tem disponível no exato momento, em conta como caixa, conta banco e aplicações financeiras.

No ano de 2010 e 2011 a capacidade de pagamento da empresa a curto prazo não era muito favorável, apresentando um índice de R$ 0,57 em 2010 e R$ 0,77 em 2011 mostrando que de certa forma haveria disponibilidade suficientes para quitar as obrigações a curto prazo, caso fosse necessário, já no ano de 2012 houve uma melhora considerável neste índice passando para R$ 3,81 mostrando que haveria disponibilidade suficientes para quitar as obrigações a curto prazo, caso fosse preciso.

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Gráfico 03 – Liquidez Imediata

Fonte: Elaborado pelo autor.

Para chegar aos respectivos resultados foram feitos os seguintes cálculos:

d) Liquidez Geral (LG)

O índice de liquidez geral demonstra o quanto a empresa possui no ativo circulante e realizável a longo prazo para cada R$ 1,00 de dívida total.

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

2010 2011 2012

0,57 0,77

3,81

Liquidez Imediata

63

Para chegar aos respectivos resultados foram feitos os seguintes

O índice de liquidez geral demonstra o quanto a empresa possui a cada R$ 1,00 de

2012

2011

2010

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64

Analisando o gráfico, a capacidade de pagamento de longo prazo no período de 2010 é equilibrada, pois para cada R$ 1,00 de dívida ta empresa apresenta R$ 1,93 de AC e ARLP, trabalhando financeira de R$ 0,93. No período de 2011 houve uma melhora em relação ao período de 2010, a empresa passou a operar R$ 3,64, trabalhando com uma folga financeira de R$ 2,64, em 2012 teve uma melhora elevada no indicador passando para R$ 8,73 o que por sinal é muito bom para a empresa, pois para cada R$ 1,00 de dívida total a empresa apresenta R$ 8,73 de AC e ARLP, trabalhando com uma folga de R$ 7,73.

Gráfico 04 – Liquidez Geral

Fonte: Elaborado pelo autor. Para chegar aos respectivos resultados foram feitos os seguintes

cálculos:

0,001,002,003,004,005,006,007,008,009,0010,00

2010 2011 2012

1,933,26

8,73

Liquidez Geral

Analisando o gráfico, a capacidade de pagamento de longo prazo R$ 1,00 de dívida total

com folga houve uma melhora em

a empresa passou a operar R$ 3,64, $ 2,64, em 2012 teve uma

o que por sinal é muito bom para a empresa, pois para cada R$ 1,00 de dívida total a empresa apresenta R$ 8,73 de AC e ARLP, trabalhando com uma folga

m feitos os seguintes

2012

2011

2010

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5.1.3 Análise dos índices de atividade de 2010, 2011 e 2012

a) Prazo Médio de Recebimentos de vendas PMRV

Este indicador mostra quanto tempo em média para receber as suas vendas a prazo.

No ano de 2010 a empresa levava em média, cerca de 18 dias para receber suas vendas a prazo, já nos anos de 2011 e 2012 este indicador aumentou gradativamente mostrando que a empresa aumentou o seu prazo para recebimento de vendas levando cerc2010 e aumentando o seu prazo em 2012 para 97 dias isso mostra que de certa forma a empresa aumentou o prazo de pagamento das vendas.

Gráfico 05 – Prazo Médio de Recebimento de Vendas

Fonte: Elaborado pelo autor.

0102030405060708090100

2010 2011 2012

18 dias38 dias

97 dias

Prazo Médio de Recebimento de Vendas

65

atividade de 2010, 2011 e 2012

Este indicador mostra quanto tempo em média à empresa leva

No ano de 2010 a empresa levava em média, cerca de 18 dias , já nos anos de 2011 e 2012 este mostrando que a empresa aumentou

s levando cerca de 38 dias em 2010 e aumentando o seu prazo em 2012 para 97 dias isso mostra que de

pagamento das vendas.

Prazo Médio de Recebimento de Vendas

2012

2011

2010

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66

Para chegar aos respectivos resultados foram feitos os seguintes cálculos:

b) Prazo Médio de Pagamento de Compras PMPC O cálculo deste índice não foi efetuado, pois a empresa não efetua compras a longo prazo, por este fato a contabilidade não atribui esses valores a conta de Fornecedores, efetuando seus respectivos lançamentos na conta caixa. c) Prazo Médio de Renovação do Estoque PMRE

Este índice estabelece o tempo em que a mercadoria fica armazenada em estoque até a sua venda, ou seja, o número de dias que decorrem entre a compra e a venda, mostrando quanto tempo ela leva no físico da empresa até que ela se torne receita, o ideal seria que não permanece muito tempo em estoque, já que de certa forma pode representar a capacidade da empresa em vender seus produtos.

No ano de 2011 pode-se perceber que as mercadorias permaneciam 125 dias em estoque, indicando que leva cerca de 4 meses entre a compra e a venda até que possa virar receita, dependendo da atividade da empresa este indicador pode ser visto como alto, porém varia muito de empresa para empresa, devido ao tipo, quantidade, e variedade do produto, no caso da empresa analisada existe uma certa

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variedade exigida pelo próprio mercado, mostrando que o índice estácerta forma equilibrado para atividade da empresa.

Já no ano de 2011 este índice sofreu uma alta elevação, despertando interesse para que fosse melhor analisado, assim ficou constatado por meio de análise na Demonstração do Resultado do Exercício que no ano de 2012 não foi feito apropriação do custo estoque, ou seja a mercadoria não teve custo, gerando uma alta valorização do produto em estoque, e consequente mente indicando que o giro do estoque seria mais elevado, após a verificação foi constatado que o mesmo saiu em nota explicativa feita pela cBalanço Patrimonial de 2012.

Em 2012 este indicador volta a se estabilizar, mostrando que a mercadoria permanece 181 dias em estoque até que ocorra a venda, passando a representar a real situação do estoque.

Gráfico 06 – Prazo Médio de Renovação de Estoque

Fonte: Elaborado pelo autor. Para chegar aos respectivos resultados foram feitos os seguintes

cálculos:

0100200300400500600700800900

1.0001.100

2010 2011 2012

125 dias

1089 dias

181 dias

Prazo Médio de Renovação de Estoque

67

ado, mostrando que o índice está de

Já no ano de 2011 este índice sofreu uma alta elevação, analisado, assim ficou

do Resultado do 012 não foi feito apropriação do custo do

, ou seja a mercadoria não teve custo, gerando uma alta , e consequente mente indicando que

o giro do estoque seria mais elevado, após a verificação foi constatado que o mesmo saiu em nota explicativa feita pela contabilidade no

, mostrando que a mercadoria permanece 181 dias em estoque até que ocorra a venda,

Para chegar aos respectivos resultados foram feitos os seguintes

Prazo Médio de Renovação de Estoque

2012

2011

2010

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5.1.4 Análises dos índices de endividamento de 2010, 2011 e 2012

a) Composição do Endividamento (CE)

Este índice revela o grau de endividamento da empresa, indicando quanto da dívida total da empresa deverá ser pago a curto prazo, isto é, as obrigações a curto prazo comparadas com as obrigações totais.

Não foi possível fazer o uso deste indicador, pois, a empresa não tem saldo na conta de Exigível a Longo Prazo, as obrigações presentes na empresa estão compreendidas a curto prazo sendo liquidada no mesmo exercício social.

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b) Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL)

A Imobilização do Patrimônio Líquido mostra o percentual do

patrimônio líquido que foi investido no ativo permanente, este indicador é importante pois seu crescimento excessivo pode provocar problemas de solvência, já que quanto menos a empresa investe em ativo permanente mais recursos próprios deverão sobrar para outros investimentos.

Em 2010 a empresa insistiu no ativo permanente a importância equivalente a 52,16% do seu patrimônio líquido, ou seja, mais da metade dos recursos do patrimônio líquido foi destinado ao ativo permanente, em 2011 este índice sofreu uma queda passando para 37,77%, no ano de 2012 voltou a diminuir chegando a 34,95%, ficando evidente que a empresa procurou diminuir os investimentos no seu ativo permanente, permanecendo com mais recursos próprios, que poderão ser destinados para outros investimentos.

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70 Gráfico 07 – Imobilização do Patrimônio Líquido

Fonte: Elaborado pelo autor.

Para chegar aos respectivos resultados foram feitos os seguintes cálculos:

c) Imobilização dos Recursos Permanentes (IRP)

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%

2010 2011 2012

52%38% 35%

Imobilização do Patrimônio Líquido

Para chegar aos respectivos resultados foram feitos os seguintes

2012

2011

2010

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Este índice indica que percentual de recursos não correntes

(capital próprio e capital de terceiros a longo prazo) a empresa aplicou no ativo permanente.

A análise deste indicador ficou prejudicada, pois, a empresa não tem saldo na conta de Exigível a Longo Prazo, as obrigações presentes na empresa estão compreendidas a curto prazo, sendo liquidada no mesmo exercício social, desta forma seu saldo está passivo circulante, assim este indicador representou o mesmo Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido.

Gráfico 08 – Imobilização dos Recursos Permanentes

Fonte: Elaborado pelo autor.

Para chegar aos respectivos resultados foram feitos os seguintes cálculos:

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

2010 2011 2012

52%

38% 35%

Imobilização dos Recursos Permanentes

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Este índice indica que percentual de recursos não correntes (capital próprio e capital de terceiros a longo prazo) a empresa aplicou

deste indicador ficou prejudicada, pois, a empresa não Longo Prazo, as obrigações presentes

sendo liquidada no representado no

este indicador representou o mesmo valor do

Para chegar aos respectivos resultados foram feitos os seguintes

Imobilização dos Recursos Permanentes

2012

2011

2010

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73 6 CONCLUSÃO As demonstrações contábeis representam o principal subsídio de análise da situação econômico-financeira de uma empresa. São as principais fontes de informação para que investidores, acionistas, administradores tomem decisões sobre a empresa, sejam elas de investimentos ou de melhoria de operação organizacional. È através dessas informações que são tomadas as decisões sobre o futuro da empresa. Assim, o objetivo geral dessa pesquisa foi evidenciar as informações geradas pela empresa que atua no ramo de prestação de serviços em motores elétricos, por meio de análise das Demonstrações Contábeis. Porém para chegar a esse ponto, foram necessárias algumas etapas, como a de identificar os indicadores gerados pela empresa, num segundo momento foi necessário fazer a verificação das diferenças/semelhanças entre as informações geradas pelas técnicas das demonstrações contábeis, e por fim, analisar e confrontar os dados demonstrados pelas demonstrações contábeis.

Foi verificado mediante a análise vertical, onde é capaz de determinar a participação relativa de cada conta no grupo total, demonstrando a estrutura econômico-financeira da empresa, que a conta que teve maior representação no total do ativo foi a conta estoque, já no passivo foi a conta de lucro/prejuízos, onde chega a representar cerca de 50% do total do passivo.

Já a análise horizontal onde demonstra a evolução das Contas Patrimoniais ou de Resultado em comparação a um determinado período, a conta que teve maior variação foi a de estoque, pelo fato de não ter sido feita a apropriação do custo da mercadoria vendida (CMV) no ano de 2011.

Nos índices de liquidez onde o objetivo é avaliar a capacidade de pagamento da empresa frente a suas obrigações. Onde seria de grande importância para a administração da continuidade da empresa, pois as variações destes índices devem ser motivos de estudos para os gestores. Verificou-se que os índices de liquidez do objeto de estudo é satisfatório, pois a empresa é capaz de suprir com as suas obrigações.

O controle de recebimentos e pagamentos para terceiros deve ser feito com muita cautela, pois quanto maior a diferença entre o recebimento para obrigação do pagamento ao fornecedor melhor, pois assim a empresa não precisa se preocupar de onde tirar os recursos para pagar as contas antes do recebimento das vendas. Assim, foi possível

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74 analisar que a empresa foi aumentado gradativamente, o prazo médio de recebimento de venda no decorrer dos anos analisados.

Os índices de endividamento têm como principal objetivo mostrar o grau de comprometimento do capital próprio de uma empresa, com o capital de terceiros, assim ele não deve ser visto como algo negativo para a empresa, visto que é normal e importante para o seu crescimento. O que deve existir é o endividamento saudável, de longo prazo, contudo, observou-se que o índice de endividamento é bom, pelo fato de ser a curto prazo, assim a empresa não possui obrigações a longo prazo.

Para tanto, o estudo proporcionou algumas sugestões de melhorias para o objeto de estudo, como um maior controle das despesas da empresa, para que não ocorra à supervalorização da conta Caixa, passando assim a ser representada pelo seu real valor disponível. Como também, fazer uma melhor distribuição de lucros entre os sócios, de acordo com o lucro acumulado no termino do exercício, ou ainda, destinar parte para conta de reservas. É interessante que se tenha um melhor controle das contas de compensação, pois o saldo contido no ativo deve ser igual ao do passivo.

Nesse contexto, conclui-se que a situação econômico-financeira da empresa é boa, está em condições de manter-se no mercado, além de proporcionar crescimento a cada período.

Por fim, ficou evidente que apesar de algumas deficiências, tanto gestores quanto contadores, têm a consciência da grande importância do uso dos demonstrativos contábeis para tomada de decisão. Assim, outros trabalhos podem ser desenvolvidos a partir desses elementos pesquisados, através de uma exploração maior do assunto.

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75 REFERÊNCIAS

ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico financeiro. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2002. ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico financeiro. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2012. AUTRAN, Margarida E COELHO, F. Claudio Ulysses.Básico de Contabilidade e Finanças. Rio de Janeiro. Senac Nacional, 2008. BRAGA, Hugo Rocha. Demonstrações Contábeis estrutura, análise e interpretação. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999. CRESWELL, W. John. Projeto de Pesquisa. Porto Alegre: Artmed, 2007. DEMO, Pedro. Metodologia Científica, em ciências sociais. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1995. GIL. Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008. GONÇALVES, Eugênio Celso; BAPTISTA, Antônio Eustáquio. Contabilidade geral. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2007. IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2004. IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de balanços. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2008. IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de balanços. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2012. MARION, José Carlos. Análises das demonstrações contábeis. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2010. MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

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76 MARION, José Carlos. Contabilidade básica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2008. MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços: Abordagem Básica e Gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003. MEDEIROS, Jaw Bosco. Redação Cientifica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1996. REIS, Heraldo da Costa. Contabilidade e Gestão Governamental. Rio de Janeiro: IBAM, 2004. ________. Resolução Nº 750, de 31 de dezembro de 1993. Dispõe sobre os princípios fundamentais de contabilidade. Disponível em http://www.crcrs.org.br. Acesso em março de 2013. RIBEIRO, Osni Moura. Estrutura e Análise de Balanço Fácil. 6ª. Edição. São Paulo: Saraiva 1998. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade geral fácil. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. SÁ, Antônio Lopes de. Teoria da Contabilidade. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002. SILVA, José Pereira da. Análise financeira das empresas. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

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77 ANEXO A – Balanço Patrimonial e DRE 2010, 2011 e 2012 BALANÇO PATRIMONIAL 31/12/2010 ATIVO (Em milhares de reais) ATIVO CIRCULANTE 15.203.062 Disponível 4.500.014 ATIVO CIRCULANTE 15.203.062 Disponível 4.500.014 Caixa 4.352.824 Banco 147.189 Direitos Realiz. a curto prazo 10.703.048 Clientes 699.844 Trib. e Contrib. a Compensar 139.231 Estoques 3.536.759 Contas de Compensação 6.327.214 ATIVO NÃO CIRCULANTE 8.125.195 Ativo Realiz. a Longo Prazo 74.416 Imobilizado 8.047.424 Bens em Operação 2.120.485 (-) Deprec. Amort. e Exaust. Acum. (541.440) Imobilizado em Andamento 6.468.379 Intangível 3.355 Sistemas Aplicativos – Software 8.887 (-) Amortiz. Acum. Do Intangível (5.532) TOTAL DO ATIVO: 23.328.257

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BALANÇO PATRIMONIAL 31/12/2010 PASSIVO (Em milhares de reais) PASSIVO CIRCULANTE 7.898.934 Empréstimos e Financiamentos 1.113.589 Obrigações Sociais 38.803 Contrib. Sindical e Confed. A Recolher 336 FGTS a Pagar 23.112 INSS a Recolher 4.903 Mensalidade Sindical 90 Pró-Labore a Pagar 2.897 Salários e ordenados a Pagar 7.465 Obrigações Fiscais 419.328 COFINS a Recolher 55.085 Contrib. Social a Recolher 89.102 IRRF a Recolher 1.077 IRPJ a Pagar 262.129 PIS a Recolher 11.935 Contas de Compensação 6.327.214 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 15.429.323 Capital Social 700.000 Lucros / Prejuízos 14.729.323 TOTAL DO PASSIVO: 23.328.257

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DEMONTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 31/12/2010 Receita Bruta de Vendas e Serviços 14.289.570 (-) Deduções da Receita Bruta (10.300) Impostos Inc. s/ Vendas (996.554) (=) Receita Líquida de Vendas 13.282.716 Custo da Mercadoria Vendida (5.656.118) Custos de Produção (4.538.289) (=) Lucro Bruto 3.088.309 Propaganda e Publicidade 1.480 Despesas Operacionais administrativas (1.242.238) Despesas com Pessoal (217.154) Utilidade e Serviços (239.622) Despesas Gerais (760.663) Impostos e Taxas (24.799) (+-) Resultados Financeiros Líquidos (223.500) (+) Resultado Operacional Líquido 1.624.051 Ganhos na Alienação do Imobilizado 105.873 (+) Resultado Antes da Contrib.. Social 1.729.924 Provisão P/ Contrib. Social s/ o Lucro (338.850) (+)Resultado Antes do Imposto de Renda 1.391.074 Provisão p/ imposto de Renda (877.033) (=) Resultado Líquido do Exercício 514.041

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80 BALANÇO PATRIMONIAL 31/12/2011 ATIVO (Em milhares de reais) ATIVO CIRCULANTE 20.427.305 Disponível 4.843.062 Caixa 4.695.873 Banco 147.189 Direitos Realiz. a curto prazo 15.584.243 Clientes 371.801 Trib. e Contrib. a Compensar 69.487 Estoques 10.770.901 Contas de Compensação 4.372.054 ATIVO NÃO CIRCULANTE 8.776.164 Ativo Realiz. a Longo Prazo 120.748 Imobilizado 8.653.606 Bens em Operação 2.995.417 (-) Deprec. Amort. e Exaust. Acum. (847.099) Imobilizado em Andamento 6.505.288 Intangível 1.810 Sistemas Aplicativos – Software 8.887 (-) Amortiz. Acum. Do Intangível (7.077) TOTAL DO ATIVO: 29.203.469

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81 BALANÇO PATRIMONIAL 31/12/2011 PASSIVO (Em milhares de reais) PASSIVO CIRCULANTE 6.294.525 Empréstimos e Financiamentos 572.048 Obrigações Sociais 37.024 Contrib. Sindical e Confed. A Recolher 336 FGTS a Pagar 23.647 INSS a Recolher 4.147 Mensalidade Sindical 70 Pró-Labore a Pagar 3.098 Salários e ordenados a Pagar 5.726 Obrigações Fiscais 395.581 COFINS a Recolher 41.715 Contrib. Social a Recolher 84.396 Contrib. Retida na Fonte a Recolher 493 IRRF a Recolher 4.301 ICMS a Pagar 32.824 IRPJ a Pagar 222.813 PIS a Recolher 9.039 Contas de Compensação 5.289.872 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 22.908.944 Capital Social 700.000 Lucros / Prejuízos 22.208.944 TOTAL DO PASSIVO: 29.203.469

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DEMONTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 31/12/2011 Receita Bruta de Vendas e Serviços 16.059.253 (-) Deduções da Receita Bruta (13.800) Impostos Inc. s/ Vendas (1.417.108) (=) Receita Líquida de Vendas 14.628.345 Custo das Mercadorias Vendidas (42.944) Custos de Produção (3.517.093) (=) Lucro Bruto 11.068.308

Propaganda e Publicidade (822) Despesas Operacionais administrativas (1.574.407) Despesas com Pessoal (224.858) Utilidade e Serviços (242.252) Despesas Gerais (1.094.664) Impostos e Taxas (12.633) (+-) Resultados Financeiros Líquidos (47.536) (+) Resultado Operacional Líquido 9.445.543 Ganhos na Alienação do Imobilizado 162.165 (+) Resultado Antes da Contrib.. Social 9.607.708 Provisão P/ Contrib. Social s/ o Lucro (334.337) (+)Resultado Antes do Imposto de Renda 9.273.371 Provisão p/ imposto de Renda (833.750) (=) Resultado Líquido do Exercício 8.439.621

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83 BALANÇO PATRIMONIAL 31/12/2012 ATIVO (Em milhares de reais) ATIVO CIRCULANTE 18.813.488 Disponível 8.250.593 Caixa 8.103.404 Banco 147.189 Direitos Realiz. a curto prazo 10.562.895 Clientes 6.650.469 Trib. e Contrib. a Compensar 30.818 Estoques 3.944.691 Contas de Compensação (63.083) ATIVO NÃO CIRCULANTE 9.079.254 Ativo Realiz. a Longo Prazo 87.125 Imobilizado 8.991.298 Bens em Operação 3.474.116 (-) Deprec. Amort. e Exaust. Acum. (1.260.662) Imobilizado em Andamento 6.777.844 Intangível 831 Sistemas Aplicativos – Software 8.887 (-) Amortiz. Acum. Do Intangível (8.056) TOTAL DO ATIVO: 27.892.742

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84 BALANÇO PATRIMONIAL 31/12/2012

PASSIVO (Em milhares de reais) PASSIVO CIRCULANTE 2.164.296 Empréstimos e Financiamentos 545.572 Obrigações Sociais 11.192 Contrib. Sindical e Confed. A Recolher 472 FGTS a Pagar 3.904 INSS a Recolher 6.230 Mensalidade Sindical 33 Pró-Labore a Pagar 553 Obrigações Fiscais 784.713 COFINS a Recolher 13.271 Contrib. Social a Recolher 180.943 IRRF a Recolher 3.790 ICMS a Pagar 23.295 IRPJ a Pagar 560.536 PIS a Recolher 2.878 Contas de Compensação 822.819 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 25.728.443 Capital Social 700.000 Lucros / Prejuízos 25.028.443 TOTAL DO PASSIVO: 27.892.740

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DEMONTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 31/12/2012 Receita Bruta de Vendas e Serviços 24.799.071 (-) Deduções da Receita Bruta (426.585) Impostos Inc. s/ Vendas (1.759.441) (=) Receita Líquida de Vendas 22.613.045 Custo das Mercadorias Vendidas (6.913.337) Custos de Produção (954.096) (=) Lucro Bruto 14.745.612

Propaganda e Publicidade (2.077) Despesas Operacionais administrativas (1.866.077) Despesas com Pessoal (140.899) Utilidade e Serviços (212.251) Despesas Gerais (1.490.316) Impostos e Taxas (22.611) (+-) Resultados Financeiros Líquidos (8.042) (+) Resultado Operacional Líquido 12.869.416 Ganhos na Alienação do Imobilizado 3.450 (+) Resultado Antes da Contrib. Social 12.872.866 Provisão P/ Contrib. Social s/ o Lucro (570.004) (+)Resultado Antes do Imposto de Renda 12.302.862 Provisão p/ imposto de Renda (1.485.678) (=) Resultado Líquido do Exercício 10.817.184

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86 ANEXO B – Sede da Empresa Ino Inocêncio