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EDUCANDO PARA SEMPRE 1º SIMULADO MODELO ENEM - 2016 DIA Exame Nacional do Ensino Médio 90 Questões 09 de abril - sábado Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Matemática e suas Tecnologias 1ª SÉRIE Duração: 5h

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EDUCANDO PARA SEMPRE

1º SIMULADO MODELO ENEM - 2016

DIA

Exame Nacional do Ensino Médio

90 Questões

09 de abril - sábado

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Matemática e suas Tecnologias

1ª SÉRIE

Duração: 5h

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ORIENTAÇÕES PARA APLICAÇÃO DO SIMULADO ENEM – 1º TRI

1. A prova terá duração de 5h.

2. Só será permitida a saída de alunos a partir de 2 horas de prova.

3. O aluno não poderá sair para beber água ou ir ao banheiro antes de 3 horas de prova.

4. O aluno não poderá levar a prova para casa. Favor colocar o nome na capa da prova.

5. O preenchimento do gabarito deve ser feito com caneta AZUL ou PRETA. NÃO É

PERMITIDO O USO DE CANETAS COM PONTAS POROSAS.

6. O preenchimento incorreto do gabarito implicará na anulação da questão ou de

todo o gabarito.

7. Durante a prova, o aluno não poderá manter nada em cima da carteira ou no colo, a não ser

lápis, caneta e borracha. Bolsas, mochilas e outros pertences deverão ficar no tablado, junto

ao quadro. Não será permitido empréstimo de material entre alunos.

8. O aluno que portar celular deverá mantê-lo na bolsa e desligado, sob pena de ter a prova

recolhida, caso o mesmo venha a ser usado ou tocar. Caso não tenha bolsa, colocá-lo na

base do quadro durante a prova.

9. O fiscal deve conferir o preenchimento do gabarito antes de liberar a saída dos alunos.

10. O gabarito da prova estará disponível no site a partir das 17 horas da

segunda-feira, dia 11/04.

11. O prazo máximo para conferir qualquer dúvida sobre o gabarito da prova encerra dia 15/04,

sexta-feira. Isso deve ser feito diretamente com o professor ou com a Pedagoga da Unidade.

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2016 – 1º SIMULADO ENEM – 1ª SÉRIE

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Texto para a questão 1.

1. A publicidade, de uma forma geral, alia elementos verbais e imagéticos na constituição de seus textos. Nessa

peça publicitária, cujo tema é a sustentabilidade, o autor procura convencer o leitor a a) assumir uma atitude reflexiva diante dos fenômenos naturais. b) evitar o consumo excessivo de produtos reutilizáveis. c) aderir à onda sustentável, evitando o consumo excessivo. d) abraçar a campanha, desenvolvendo projetos sustentáveis. e) consumir produtos de modo responsável e ecológico. GABARITO: E COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: O autor tenta convencer o consumidor de que é possível consumir de maneira responsável e

ecológica e que o uso das sacolas retornáveis contribui para a diminuição do uso das sacolinhas plásticas, grandes vilãs do meio ambiente. Apesar de não estarem explícitos no anúncio, esses pressupostos são construídos através da intertextualidade e de inferências, mecanismos dominados apenas por quem consegue estabelecer relações entre diferentes textos e por quem possui uma boa bagagem de leitura.

2. Após a leitura do texto abaixo, responda ao que se pede: Venho solicitar a clarividente atenção de Vossa Excelência para que seja conjurada uma calamidade que está prestes a desabar em cima da juventude feminina do Brasil. Refiro-me, senhor presidente, ao movimento entusiasta que está empolgando centenas de moças, atraindo-as para se transformarem em jogadoras de futebol, sem se levar em conta que a mulher não poderá praticar este esporte violento sem afetar, seriamente, o equilíbrio fisiológico de suas funções orgânicas, devido à natureza que dispôs a ser mãe. Ao que dizem os jornais, no Rio de Janeiro, já estão formados nada menos de dez quadros femininos. Em São Paulo e Belo Horizonte também já estão se constituindo outros. E, neste crescendo, dentro de um ano, é provável que em todo o Brasil estejam organizados uns 200 clubes femininos de futebol: ou seja: 200 núcleos destroçados da saúde de 2,2 mil futuras mães, que, além do mais, ficarão presas a uma mentalidade depressiva e propensa aos exibicionismos rudes e extravagantes.

Coluna Pênalti. Carta Capital. 28 abr. 2010.

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

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presid ões linguísticas de Fuzueira mostram que seu texto foi elaborado em linguagem a) regional, adequada à troca de informações na situação apresentada. b) jurídica, exigida pelo tema relacionado ao domínio do futebol. c) coloquial, considerando-se que ele era um cidadão brasileiro comum. d) culta, adequando-se ao seu interlocutor e à situação de comunicação. e) informal, pressupondo o grau de escolaridade de seu interlocutor. GABARITO: D COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Por se tratar de uma carta dirigida ao Presidente da República, o texto é elaborado em

linguagem culta, ou seja, adapta-se ao seu interlocutor e à situação de comunicação.

Texto para a próxima questão:

Até quando? Não adianta olhar pro céu Com muita fé e pouca luta Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer E muita greve, você pode, você deve, pode crer Não adianta olhar pro chão Virar a cara pra não ver Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!

GABRIEL, O PENSADOR. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo).Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).

3. As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto a) caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet. b) cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas. c) tom de diálogo, pela recorrência de gírias. d) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial. e) originalidade, pela concisão da linguagem. GABARITO: D COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Típica do rap, a linguagem coloquial é responsável por conferir o efeito de espontaneidade à

letra da música. A linguagem coloquial está associada a um contexto informal de comunicação, portanto, a intenção da música foi reproduzir essa comunicação.

4. Analise a tirinha abaixo para a próxima questão.

De acordo com a história em quadrinhos protagonizada por Hagar e seu filho Hamlet, pode-se afirmar que a postura de Hagar a) valoriza a existência da diversidade social e de culturas, e as várias representações e explicações

desse universo. b) desvaloriza a existência da diversidade social e as várias culturas, e determina uma única explicação para

esse universo. c) valoriza a possibilidade de explicar as sociedades e as culturas a partir de várias visões de mundo. d) valoriza a pluralidade cultural e social ao aproximar a visão de mundo de navegantes e não navegantes. e) desvaloriza a pluralidade cultural e social, ao considerar o mundo habitado apenas pelos navegantes. GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Ao restringir a diversidade cultural a apenas dois tipos de pessoas no mundo, Hagar desvaloriza as demais culturas e apresenta um pensamento unilateral do universo.

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5. Analise a tirinha a seguir.

Assinale o trecho do diálogo que apresenta um registro informal, ou coloquial, da linguagem. a) ―Tá legal, espertinho! Onde é que você esteve?!‖ b) ―E lembre-se: se você disser uma mentira, os seus chifres cairão!‖ c) ―Estou atrasado porque ajudei uma velhinha a atravessar a rua...‖ d) ―...e ela me deu um anel mágico que me levou a um tesouro‖ e) ―mas bandidos o roubaram e os persegui até a Etiópia, onde um dragão...‖ GABARITO: A COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Redução do verbo "estar" na terceira pessoa do singular para a forma popular "tá" indica a

coloquialidade da fala de Helga.

6. Observe com atenção a comunicação entre os dois falantes na tirinha abaixo para responder à questão

a seguir.

Na tirinha, o efeito de humor é gerado pela não convergência semântica conferida ao significante ele pelos dois falantes, uma vez que a) o segundo interlocutor não estava atento à situação comunicativa, o que gerou a falha na comunicação. b) ele, por ser uma palavra polissêmica, sempre necessitará do sujeito explicitado no texto. c) há no texto uma indeterminação do sujeito, o que gera ambiguidade. d) se trata de uma palavra homônima, gerando ambiguidade sintática. e) em 3ª pessoa, o vocábulo ele, no contexto dessa frase, provoca ambiguidade. GABARITO: E COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: A ambiguidade é provocada por usar o pronome ―ele‖ em terceira pessoa, pois poderia tanto

referir-se a Garfield quanto ao veterinário.

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7. Analise a charge a seguir.

É correto afirmar que a charge visa a a) apoiar a atitude dos alunos e propor a liberação geral da frequência às aulas. b) enaltecer a escola brasileira e homenagear o trabalho docente. c) indicar a deflagração de uma greve e incentivar a adesão a ela. d) recriminar os alunos e declarar apoio à política educacional. e) criticar a situação atual do ensino e denunciar a evasão escolar. GABARITO: E COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Questão bastante fácil. Trata-se de uma crítica ao estado deplorável da educação pública, o

que acarreta, entre outros fatores, a imensa evasão escolar.

8. Analise a entrevista abaixo e responda:

O excerto acima é um fragmento da entrevista do escritor português José Saramago, em que ele fala a respeito das novas tecnologias de comunicação. Levando em consideração as ideias expostas, infere-se que o autor português a) aceita e estimula a utilização de meios cada vez mais concisos de propagação da linguagem. b) critica a concisão excessiva de redes sociais, como é o caso do Twitter. c) afirma possuir relativo interesse em conhecer novos processos midiáticos. d) por não conhecer de forma aprofundada a tecnologia, não possui opinião formada. e) critica o Twitter, mas credita sua existência à necessidade de comunicação humana.

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GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Quando Saramago afirma que ―os tais 140 caracteres refletem algo que já conhecíamos: a

tendência para o monossílabo como forma de comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido‖, percebe-se uma nítida crítica à concisão excessiva a que se submetem os usuários do Twitter.

9. Sobre o anúncio publicitário abaixo, responda:

A publicidade, de uma forma geral, tem invadido espaços cada vez menos convencionais para chamar a atenção de seus públicos-alvo. Na peça publicitária acima, o autor procura convencer o leitor a) a obedecer o espaço no trânsito destinado às motocicletas. b) a evitar acidentes envolvendo motociclistas e ciclistas. c) sobre o pioneirismo da atividade da empresa no Brasil. d) sobre a importância da profissão de motoboy para a economia. e) a aderir à profissão de motoboy da empresa IRA. GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Reconhecer em textos de diferentes gêneros recursos verbais e não verbais utilizados com a

finalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos é o principal objetivo da questão. No caso, a mensagem do rodapé da página indica a preocupação do autor do anúncio em informar ao leitor sobre o pioneirismo da atividade da empresa no Brasil.

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Texto para a próxima questão: No Brasil colonial, os portugueses procuravam ocupar e explorar os territórios descobertos, nos quais viviam índios, que eles queriam cristianizar e usar como força de trabalho. Os missionários aprendiam os idiomas dos nativos para catequizá-los nas suas próprias línguas. Ao longo do tempo, as línguas se influenciaram. O resultado desse processo foi a formação de uma língua geral, desdobrada em duas variedades: o abanheenga, ao sul, e o nheengatu, ao norte. Quase todos se comunicavam na língua geral, sendo poucos aqueles que falavam apenas o português. 10. De acordo com o texto, a língua geral formou-se e consolidou-se no contexto histórico do Brasil Colônia.

Portanto, a formação desse idioma e suas variedades foi condicionada a) pelo interesse dos indígenas em aprender a religião dos portugueses. b) pelo interesse dos portugueses em aprimorar o saber linguístico dos índios. c) pela percepção dos indígenas de que as suas línguas precisavam aperfeiçoar-se. d) pelo interesse unilateral dos indígenas em aprender uma nova língua com os portugueses. e) pela distribuição espacial das línguas indígenas, que era anterior à chegada dos portugueses. GABARITO: E COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: A habilidade 25, tratada na questão, diz respeito à identificação de variedades linguísticas. O texto-base fala sobre como se criou uma língua geral desdobrada em suas variedades. O item E aborda a questão da distribuição espacial dessas línguas, fato que o torna correto.

Texto para a questão 11.

O aluno tem à sua disposição muitas opções tecnológicas de estudo e pesquisa. Por que, então, ele estuda e pesquisa cada vez menos? A geração passada tinha pouca tecnologia e muita vontade de estudar. As enciclopédias eram vendidas a preço de ouro. Líamos, procurávamos livros em bibliotecas até encontrar as informações de que precisávamos. Redigíamos nossos textos algumas vezes, até passarmos a versão final – manuscrita – para a folha de papel almaço, talvez desconhecida de muitos, hoje em dia. Hoje os alunos não precisam mais correr fisicamente atrás das informações. É só dar uma ―googada‖, como dizem, sem sair da cadeira. Porém, o imediatismo dessas informações não facilitou a vida do estudante – e do professor –, no sentido de fornecer mais fontes e otimizar o tempo de pesquisa. O dispositivo acaba sendo empregado como forma de minimizar o trabalho.

(ANGRISANI, Liliana. Criança versus tecnologia. In: Linha Direta. Ano 17, edição 186, setembro de 2013, p. 54.)

11. De acordo com o texto acima, a utilização da tecnologia no ambiente escolar tem provocado a) aumento na quantidade de conteúdo acessado, facilitando o processo de ensino e aprendizagem. b) facilidade de acesso ao conhecimento proporcional às deficiências geradas nas habilidades de

leitura e redação. c) imediatismo e facilidade no acesso à informação com consequente prejuízo para a

formação de conhecimento. d) diminuição do esforço de acesso ao conhecimento, causando otimização do processo de ensino

e aprendizagem. e) prejuízo no processo de ensino e aprendizagem provocado pelo desprezo à linguagem escrita. GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Liliana Angrisani aborda em seu texto o fato de as novas tecnologias aumentarem o acesso a

uma enorme quantidade de conhecimento. Em contrapartida, essa facilidade provocou uma falta de esforço, já que simplesmente se usa o processo de ―copiar e colar‖, sem que haja a intervenção de um espírito crítico na seleção dos dados. A consequência é o prejuízo no processo de ensino e aprendizagem, já que os estudantes, de acordo com a autora, estudam e pesquisam cada vez menos.

Texto para a próxima questão. Canção do vento e da minha vida

O vento varria as folhas, O vento varria os frutos, O vento varria as flores... E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De frutos, de flores, de folhas. [...]

O vento varria os sonhos E varria as amizades... O vento varria as mulheres... E a minha vida ficava Cada vez mais cheia

De afetos e de mulheres. O vento varria os meses E varria os teus sorrisos... O vento varria tudo! E a minha vida ficava Cada vez mais cheia De tudo.

BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967

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12. Predomina no texto a função da linguagem a) fática, porque o autor procura testar o canal de comunicação. b) metalinguística, porque há explicação do significado das expressões. c) conativa, uma vez que o leitor é provocado a participar de uma ação. d) referencial, já que são apresentadas informações sobre acontecimentos e fatos reais. e) poética, pois chama a atenção para a elaboração especial e artística da estrutura do texto.

GABARITO: E

COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Devido à preocupação com a elaboração do texto, percebe-se a presença da função poética ou

estética. Não obstante a isso, é possível perceber a presença de recursos que dão forma ao poema, a exemplo do processo rítmico que decorre por meio da presença das rimas e da repetição dos fonemas.

13. Observe a tirinha abaixo para responder à questão a seguir:

A partir da observação da tira, podemos dizer que a composição textual da HQ promove o encontro de duas linguagens, de modo a viabilizar a) duas leituras diferenciadas: uma da imagem e a outra da palavra. b) uma complementaridade entre o verbal e o visual, produzindo uma unidade de sentido. c) falas que, inscritas em balões à moda do discurso direto, tornam-se sobrepostas às imagens que excluem

delas a relevância necessária para o entendimento da HQ. d) quadros em sequência linear, cuja ordenação pode ser alterada sem que altere o sentido verbo-visual. e) saber que a tira trabalha com humor, por isso não há necessidade do contexto situacional, pois somente o

contexto imediato é suficiente para depreensão de sentido. GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Uma vez que o texto é uma unidade de sentido, devemos observar todos os elementos que

fazem parte dele para depreender tal sentido; portanto, não podemos fazer uma leitura desassociando as linguagens.

Leia o texto a seguir:

A Questão é Começar

Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o ―bom dia‖, o ―boa tarde‖, ―como vai?‖ já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol. No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar.

Assim fomos ―alfabetizados‖, em obediência a certos rituais. Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. ―Pare aí‖, me diz você. ―O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.‖ ―Não!‖, lhe respondo, ―Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo. Não me deixe falando sozinho.‖

Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.

MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p.13.

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14. Observe a seguinte afirmação feita pelo autor: ―Em nossa civilização apressada, o ―bom dia‖, o ―boa tarde‖ já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.‖ Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é ―quebrar o gelo‖. Indique a alternativa que explicita essa função.

a) Função emotiva b) Função referencial c) Função fática d) Função conativa e) Função poética GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Conforme o quadro de funções da linguagem proposto por Roman Jakobson (em análise, por sinal, geralmente mal compreendida e distorcida pela vulgarização que a vitima em nosso ensino secundário), a função fática corresponde à mensagem cujo referente e o próprio canal de comunicação, ou seja, o contacto entre o emissor e o receptor. Expressões como bom dia e outras fórmulas salutares são utilizadas para estabelecimento de contacto ou ―ligação‖ do canal de comunicação.

Leia o texto para responder à questão 15. Diante de uma tabuleta escrita colégio é provável que um pernambucano, lendo-a em voz alta, diga còlégio, que um carioca diga culégio, que um paulistano diga côlégio. E agora? Quem está certo? Ora, todos estão igualmente certos. O que acontece é que em todas as línguas existe um fenômeno chamado variação, isto é, nenhuma língua é falada do mesmo jeito em todos os lugares, assim como nem todas as pessoas falam a própria língua de modo idêntico.

(Marcos Bagno, Preconceito Linguístico, p.52)

15. Após a leitura do texto, assinale a alternativa que apresenta certo preconceito linguístico quanto aos registros e variações da língua.

a) ―Essas crenças sobre a superioridade de uma variante ou falar sobre os demais é um dos mitos que se arraigam na cultura brasileira. Toda variedade regional ou falar é, antes de tudo, um instrumento identitário, isto é, um recurso que confere identidade a um grupo social.‖

(Stella Maris Bortoni-Ricardo, Educação em Língua Materna, p. 33)

b) ―Podemos flagrar variação em todos os níveis de língua. Por exemplo, no nível lexical, poderíamos citar conhecidas oposições de forma: ‗jerimum‘ (Bahia) e ‗abóbora‘ (Rio de Janeiro). No nível gramatical, vimos a variação ‗elas brincam/brinca‘.‖

(Mário Eduardo Martelotta, Manual de Linguística, p.145)

c) ―As variedades linguísticas são as variações que uma língua apresenta, de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.‖

(Revista Conhecimento Prático de Língua Portuguesa, edição 16, p. 57)

d) ―Fiat lux. E a luz se fez. Clareou este mundão cheinho de jecas-tatus. (...) Falamos o caipirês. Sem nenhum compromisso com a gramática portuguesa. Vale tudo: eu era, tu era, nós era, eles era.‖

(DadSquarisi, Correio Braziliense, 22/6/1996)

e) ―Existe muito preconceito decorrente do valor atribuído às variedades padrão e ao estigma associado às variedades não padrão, consideradas inferiores ou erradas pela gramática.‖

(Parâmetros Curriculares Nacionais, Língua Portuguesa, p.31)

GABARITO: D COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Há claramente, no texto de DadSquarisi, um tratamento pejorativo da variante popular do português brasileiro. Leia os textos para responder à questão 16. Texto I

Seis estados zeram fila de espera para transplante de córnea

Seis estados brasileiros aproveitaram o aumento no número de doadores e de transplantes feitos no primeiro semestre de 2012 no país e entraram para uma lista privilegiada: a de não ter mais pacientes esperando por uma córnea.

Até julho desse ano, Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Norte e São Paulo eliminaram a lista de espera no transplante de córneas, de acordo com balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, no Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos. Em 2011, só São Paulo e Rio Grande do Norte zeraram essa fila.

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Texto II

16. A notícia e o cartaz abordam a questão da doação de órgãos. Ao relacionar os dois textos, observa-se

que o cartaz é a) contraditório, pois a notícia informa que o país superou a necessidade de doação de órgãos. b) complementar, pois a notícia diz que a doação de órgãos cresceu e o cartaz solicita doações. c) redundante, pois a notícia e o cartaz têm a intenção de influenciar as pessoas a doarem seus órgãos. d) indispensável, pois a notícia fica incompleta sem o cartaz, que apela para a sensibilidade das pessoas. e) discordante, pois ambos os textos apresentam posições distintas sobre a necessidade de doação de órgãos. GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: A mensagem transmitida pelo cartaz é complementar. Elaborado a partir da função apelativa da linguagem, o cartaz instrui os leitores a aderirem à campanha de doação e comunicar seu desejo às famílias, uma vez que as leis brasileiras exigem que isso seja feito, a fim de que a doação possa ser realizada. Texto para a próxima questão.

Todo barbeiro é tagarela, e principalmente quando tem pouco que fazer; começou, portanto, a puxar conversa com o freguês. Foi a sua salvação e fortuna.

O navio a que o marujo pertencia viajava para a Costa e ocupava-se no comércio de negros; era um dos comboios que traziam fornecimento para o Valongo, e estava pronto a largar.

– Ó mestre! disse o marujo no meio da conversa, você também não é sangrador? – Sim, eu também sangro... – Pois olhe, você estava bem bom, se quisesse ir conosco... para curar a gente a bordo; morre-se ali que é

uma praga. – Homem, eu da cirurgia não entendo muito... – Pois já não disse que sabe também sangrar? – Sim... – Então já sabe até demais. No dia seguinte saiu o nosso homem pela barra fora: a fortuna tinha-lhe dado o meio, cumpria sabê-lo

aproveitar; de oficial de barbeiro dava um salto mortal a médico de navio negreiro; restava unicamente saber fazer render a nova posição. Isso ficou por sua conta. Por um feliz acaso logo nos primeiros dias de viagem adoeceram dois marinheiros; chamou-se o médico; ele fez tudo o que sabia... sangrou os doentes, e em pouco tempo estavam bons, perfeitos. Com isto ganhou imensa reputação, e começou a ser estimado.

Chegaram com feliz viagem ao seu destino; tomaram o seu carregamento de gente, e voltaram para o Rio. Graças à lanceta do nosso homem, nem um só negro morreu, o que muito contribuiu para aumentar-lhe a sólida reputação de entendedor do riscado.

(Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um Sargento de Milícias)

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17. A linguagem de cunho popular que está presente tanto na fala das personagens quanto no discurso do narrador do romance de Manuel Antônio de Almeida está mais bem exemplificada em:

a) ―quando tem pouco que fazer‖; ―cumpria sabê-lo aproveitar‖. b) ―Foi a sua salvação‖; ―a que o marujo pertencia‖. c) ―saber fazer render a nova posição‖; ―Chegaram com feliz viagem ao seu destino‖. d) ―puxar conversa‖; ―entendedor do riscado‖. e) ―adoeceram dois marinheiros‖; ―sólida reputação‖. GABARITO: D COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: As expressões ―puxar conversa‖ e ―entendedor do riscado‖ pertencem à linguagem coloquial.

―Puxar conversa‖ indica o ato de iniciar um diálogo. ―Entendedor do riscado‖ sugere alguém que conhece bem um assunto ou tem competência para realizar determinada ação.

Leia os textos a seguir: Texto I

Evocação do Recife

A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros Vinha da boca do povo na língua errada do povo Língua certa do povo Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil Ao passo que nós O que fazemos É macaquear A sintaxe lusíada

Fonte: BANDEIRA, Manuel. Evocação do Recife. In: Libertinagem & Estrela da Vida Manhã. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2000 (fragmento).

Texto II A censura de que “ninguém fala como eu escrevo” é besta. Primeiro: escrita nunca foi igual à fala. Tem suas leis especiais. Depois: se trata dum estilo literário, se fosse igual ao dos outros não é estilo literário, não é meu. Isso é elogio, mostra que é civilização. Agora quero saber quem que nega o meu estilo ter raízes fundas nas expressões do meu povo desde a pseudo-culta até a ignara popular?

Fonte: ANDRADE, Mário de. A Gramatiquinha. São Paulo: Duas Cidades; Secretaria de Estado da Cultura, 1990. p. 325.

18. Os textos I e II trazem como opinião comum a) a crítica aos estilos literários vigentes. b) a defesa de que a escrita imita a fala. c) o repúdio aos textos da cultura escrita. d) a valorização da língua oral e popular. e) o respeito à influência lusitana na língua. GABARITO: D COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: A alternativa correta é a D. O texto de Manuel Bandeira exalta o modo de falar do povo

brasileiro e o de Mário de Andrade traz a declaração de que as expressões populares são relevantes em seu estilo literário, assim ambos confluem para perspectivas de valorização da língua oral e popular.

19. Há cerca de 40 mil anos, a espécie humana vivia em bandos e já confeccionava ―casas‖, feitas de galhos de

árvores, gravetos e peles de animais. Em muitas dessas ―casas‖ foram encontradas pinturas rupestres como mostram as figuras abaixo.

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As pinturas rupestres a) indicam a capacidade de representar concretamente o pensamento, a linguagem e as observações dos

indivíduos da Pré-história. b) indicam uma estagnação social dos povos da época, não apresentando, assim, valor de destaque para a

história, arqueologia e comunicação. c) representam uma forma de linguagem em que o suporte material é composto por elementos icônicos e de

significado completamente compreendido e usado atualmente. d) são muito escassas e restritas a poucos locais no mundo, o que impossibilita um estudo mais detalhado

sobre a importância delas para os povos da pré-história. e) são testemunhos gráficos das sociedades indígenas, exclusivamente do passado, visto que a legislação atual

impede a realização desse tipo de arte. GABARITO: A COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: As pinturas rupestres são o testemunho das transformações culturais dos grupos étnicos que

habitaram determinada região no passado, pois, notam-se mudanças nas técnicas pictorial e de gravura empregadas. Cada pintura representa uma verdadeira linguagem cuja completa significação perdeu-se no tempo, por não conhecermos o código social dos grupos que as fizeram.

Leia os textos para responder à questão 20. eu acho um fato interessante… né… foi como meu pai e minha mãe vieram se conhecer… né… que… minha mãe morava no Piauí com toda a família… né…meu… meu avô… materno no caso… era maquinista… ele sofreu um acidente… infelizmente morreu…minha mãe tinha cinco anos… né… e o irmão mais velho dela… meu padrinho… tinha dezessete e ele foi obrigado a trabalhar… foi trabalhar no banco… e… ele foi…o banco… no caso… estava… com um número de funcionários cheio e ele teve que ir para outro local e pediu transferência prum mais perto de Parnaíba que era a cidade onde eles moravam e por engano o… o…escrivão entendeu Paraíba… né… e meu… minha família veio parar em Mossoró que exatamente o local mais perto onde tinha vaga pra funcionário do Banco do Brasil e:: ela foi parar na rua do meu pai… né…e começaram a se conhecer…namoraram onze anos …né… pararam algum tempo… brigaram… é lógico… porque todo relacionamento tem uma briga… né…e eu achei esse fato muito interessante porque foi uma coincidência incrível…né… como vieram se conhecer… namoraram e hoje… e até hoje estão juntos… dezessete anos de casados.

(CUNHA, M.F. A. (org.) Corpus discurso & gramática: a língua falada e escrita na cidade de Natal. Natal: Ed. UFRN, 1998.)

20. Na transcrição de fala, há um breve relato de experiência pessoal, no qual se observa a frequente

repetição de “né”. Essa repetição é um a) índice de baixa escolaridade do falante. b) estratégia típica da manutenção da interação oral. c) marca de conexão lógica entre conteúdos na fala. d) manifestação característica da fala nordestina. e) recurso enfatizador da informação mais relevante da narrativa. GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: É apresentada uma ―transcrição de fala‖, portanto, contém características próprias da

linguagem oral, como as pausas recorrentes – representadas na escrita pelas reticências – e recursos linguísticos utilizados para manutenção da conversa, como o ―né‖, repetido em todo o texto. A função de linguagem predominante no texto é a fática.

Texto para a questão 21. 14 coisas que você não deve jogar na privada

Nem no ralo. Elas poluem rios, lagos e mares, o que contamina o ambiente e os animais. Também deixa mais difícil obter a água que nós mesmos usaremos. Alguns produtos podem causar entupimentos:

Cotonete e fio dental;

Medicamento e preservativo;

Óleo de cozinha;

Ponta de cigarro;

Poeira de varrição de casa;

Fio de cabelo e pelo de animais;

Tinta que não seja a base de água;

Querosene, gasolina, solvente, tíner. Jogue esses produtos no lixo comum. Alguns deles, como óleo de cozinha, medicamento e tinta, podem ser levados a pontos de coleta especiais, que darão a destinação final adequada.

MORGADO, M.; EMASA. Manual de etiqueta. Planeta Sustentável, jul.-ago. 2013 (adaptado).

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21. O texto tem objetivo educativo. Nesse sentido, além do foco no interlocutor, que caracteriza a função conativa da linguagem, predomina também nele a função referencial, que busca

a) despertar no leitor sentimentos de amor pela natureza, induzindo-o a ter atitudes responsáveis que beneficiarão a sustentabilidade do planeta.

b) informar o leitor sobre as consequências da destinação inadequada do lixo, orientando-o sobre como fazer o correto descarte de alguns dejetos.

c) transmitir uma mensagem de caráter subjetivo, mostrando exemplos de atitudes sustentáveis do autor do texto em relação ao planeta.

d) estabelecer uma comunicação com o leitor, procurando certificar-se de que a mensagem sobre ações de sustentabilidade está sendo compreendida.

e) explorar o uso da linguagem, conceituando detalhadamente os termos utilizados de forma a proporcionar melhor compreensão do texto.

GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: O texto alerta para o descarte de lixo que causa poluição ambiental. O texto abaixo serve de base para a questão 22.

As narrativas indígenas se sustentam e se perpetuam por uma tradição de transmissão oral (sejam as histórias verdadeiras dos seus antepassados, dos fatos e guerras recentes ou antigos; sejam as histórias de ficção, como aquelas da onça e do macaco). De fato, as comunidades indígenas nas chamadas ―terras baixas da América do Sul) o que exclui as montanhas dos Andes, por exemplo) não desenvolveram sistemas de escrita como os que conhecemos, sejam alfabéticos (como a escrita do português), sejam ideogramáticos (como a escrita dos chineses) ou outros. Somente nas sociedades indígenas com estratificação social (ou seja, já divididas em classes), como foram os astecas e os maias, é que surgiu algum tipo de escrita. A história da escrita parece mesmo mostrar claramente isso: que ela surge e se desenvolve – em qualquer das formas – apenas em sociedades estratificadas (sumérios, egípcios, chineses, gregos etc.). O fato é que os povos indígenas no Brasil, por exemplo, não empregavam um sistema de escrita, mas garantiram a conservação e continuidade dos conhecimentos acumulados, das histórias passadas e, também, das narrativas que sua tradição criou, através da transmissão oral. Todas as tecnologias indígenas se transmitiram e se desenvolveram assim. E não foram poucas: por exemplo, foram os índios que domesticaram plantas silvestres e, muitas vezes, venenosas, criando o milho, a mandioca (ou macaxeira), o amendoim, as morangas e muitas outras mais (e também as desenvolveram muito; por exemplo, somente do milho criaram cerca de 250 variedades diferentes em toda a América).

D‘ANGELIS, W. R. Histórias dos índios lá em casa: narrativas indígenas e tradição oral popular no Brasil. Disponível em: www.portalkaingang.org. Acesso em: 5 dez. 2012.

22. A escrita e a oralidade, nas diversas culturas, cumprem diferentes objetivos. O fragmento aponta que, nas

sociedades indígenas brasileiras, a oralidade possibilitou a) a conservação e a valorização dos grupos detentores de certos saberes. b) a preservação e a transmissão dos saberes e da memória cultural dos povos. c) a manutenção e a reprodução dos modelos estratificados de organização social. d) a restrição e a limitação do conhecimento acumulado a determinadas comunidades. e) o reconhecimento e a legitimação da importância da fala como meio de comunicação. GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Mesmo sendo ágrafas, as sociedades indígenas brasileiras preservaram e transmitiram seu conhecimento por meio da oralidade: ―(...) garantiram a conservação e continuidade dos conhecimentos acumulados, das histórias passadas e, também, das narrativas que sua tradição criou, através da transmissão oral.‖ Veja o texto abaixo:

Azeite de oliva e óleo de linhaça: uma dupla imbatível Rico em gorduras do bem, ela combate a obesidade, dá um chega pra lá no

diabete e ainda livra o coração de entraves Ninguém precisa esquentar a cabeça caso não seja possível usar os dois óleos juntinhos, no mesmo dia. Individualmente, o duo também bate um bolão. Segundo um estudo recente do grupo EurOlive, formado por instituições de cinco países europeus, os polifenois do azeite de oliva ajudam a frear a oxidação do colesterol LDL, considerado perigoso. Quando isso ocorre, reduz-se o risco de placas de gordura na parede dos vasos, a temida aterosclerose – doença por trás de encrencas como o infarto.

MANARINI, T. Saúde é vital, n. 347, fev. 2012 (adaptado)

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23. Para divulgar conhecimento de natureza científica para um público não especializado, Manarini recorre à associação entre vocabulário formal e vocabulário informal. Altera-se o grau de formalidade do segmento no texto, sem alterar o sentido da informação, com a substituição de:

a) ―dá um chega pra lá na diabete‖ por ―manda embora o diabete‖. b) ―esquentar a cabeça‖ por ―quebrar a cabeça‖. c) ―bate um bolão‖ por ―é um show‖. d) ―juntinhos‖ por ―misturadinhos‖. e) E ―por trás de encrencas‖ por ―causadora de problemas‖. GABARITO: E COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: A única substituição que mantém a formalidade, evitando o coloquialismo e não alterando o sentido original é ―por trás de encrencas‖. Leia o texto abaixo:

No ano de 1985 aconteceu um acidente muito grave em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, perto da aldeia guarani de Sapukai. Choveu muito e as águas pluviais provocaram deslizamentos de terras das encostas da Serra do Mar, destruindo o Laboratório de Radioecologia da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, construída em 1970 num lugar que os índios tupinambás, há mais de 500 anos, chamavam de Itaorna. O prejuízo foi calculado na época em 8 bilhões de cruzeiros. Os engenheiros responsáveis pela construção da usina nuclear não sabiam que o nome dado pelos índios continha informação sobre a estrutura do solo, minado pelas águas da chuva. Só descobriram que Itaorna, em língua tupinambá, quer ―pedra podre‖, depois do acidente.

FREIRE, J. R. B. Disponível em: www.taquiprati.com.br. Acesso em: 1 ago. 2012 (adaptado).

24. Considerando-se a história da ocupação na região de Angra dos Reis mencionada no texto, os fenômenos naturais que a atingiram poderiam ter sido previstos e suas consequências minimizadas se

a) o acervo linguístico indígena fosse conhecido e valorizado. b) as línguas indígenas brasileiras tivessem sido substituídas pela língua geral. c) o conhecimento acadêmico tivesse sido priorizado pelos engenheiros. d) a língua tupinambá tivesse palavras adequadas para descrever o solo. e) o laboratório tivesse sido construído de acordo com as leis ambientais vigentes na época. GABARITO: A COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Caso o acervo linguístico indígena fosse conhecido, o sentido de ―Itaorna‖, em tupinambá, ―pedra podre‖, serviria de alerta para o perigo de deslizamentos no local. Leia o trecho abaixo, retirado de ―A estrutura da bolha de sabão‖:

Tudo era harmonioso, sólido, verdadeiro. No princípio. As mulheres, principalmente as mortas do álbum, eram maravilhosas. Os homens, mais maravilhosos ainda, ah, difícil encontrar família mais perfeita. A nossa família, dizia a bela voz de contralto da minha avó. Na nossa família, frisava, lançando em redor olhares complacentes, lamentando os que não faziam parte do nosso clã. [...] Quando Margarida resolveu contar os podres todos que sabia naquela noite negra da rebelião, fiquei furiosa [...]

É mentira, é mentira!, gritei tapando os ouvidos. Mas Margarida seguia em frente: tio Maximiliano se casou com a inglesa de cachos só por causa do dinheiro, não passava de um pilantra, a loirinha feiosa era riquíssima. Tia Consuelo? Ora, tia Consuelo chorava porque sentia falta de homem, ela queria homem e não Deus, ou o convento ou o sanatório. O dote era tão bom que o convento abriu-lhe as portas com loucura e tudo. ―E tem mais coisas ainda, minha queridinha‖, anunciou Margarida, fazendo um agrado no meu queixo. Reagi com violência: uma agregada, uma cria e, ainda por cima, mestiça. Como ousava desmoralizar meus heróis?

TELLES, L. F. A estrutura da bolha de sabão. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

25. Representante da ficção contemporânea, a prosa de Lygia Fagundes Telles configura e desconstrói modelos

sociais. No trecho, a percepção do núcleo familiar descortina um(a) a) convivência frágil ligando pessoas financeiramente dependentes. b) tensa hierarquia familiar equilibrada graças à presença da matriarca. c) pacto de atitudes e valores mantidos à custa de ocultações e hipocrisias. d) tradicional conflito de gerações protagonizado pela narradora e seus tios. e) velada discriminação racial refletida na procura de casamentos com europeus. GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: O texto de Lygia Fagundes Telles apresenta a família como ideal, perfeita e harmoniosa, adjetivações que se dissolvem a partir do momento em que a personagem Margarida resolve falar as verdades, ―os podres‖ familiares, mesmo sob os protestos da narradora.

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Leia o texto abaixo:

Embora particularidades na produção mediada pela tecnologia aproximem a escrita da oralidade, isso não significa que as pessoas estejam escrevendo errado. Muitos buscam, tão somente, adaptar o uso da linguagem ao suporte utilizado: ―O contexto é que define o registro de língua. Se existe um limite de espaço, naturalmente, o sujeito irá usar mais abreviaturas, como faria no papel‖, afirma um professor do Departamento de Linguagem e Tecnologia do Cefet-MG. Da mesma forma, é preciso considerar a capacidade do destinatário de interpretar corretamente a mensagem emitida. No entendimento do pesquisador, a escola, às vezes, insiste em ensinar um registro utilizado apenas em contextos específicos, o que acaba por desestimular o aluno, que não vê sentido em empregar tal modelo em outras situações. Independentemente dos aparatos tecnológicos da atualidade, o emprego social da língua revela-se muito mais significativo do que seu uso escolar, conforme ressalta a diretora de Divulgação Científica da UFMG: ―A dinâmica da língua oral é sempre presente. Não falamos ou escrevemos da mesma forma que nossos avós‖. Some-se a isso o fato de os jovens se revelarem os principais usuários das novas tecnologias, por meio das quais conseguem se comunicar com facilidade. A professora ressalta, porém, que as pessoas precisam ter discernimento quanto às distintas situações, a fim de dominar outros códigos.

SILVA JR., M. G.; FONSECA, V. Revista Minas Faz Ciência, n. 51, set.-nov. 2012 (adaptado).

26. Na esteira do desenvolvimento das tecnologias de informação e de comunicação, usos particulares da escrita

foram surgindo. Diante dessa nova realidade, segundo o texto, cabe à escola levar o aluno a a) interagir por meio da linguagem formal no contexto digital. b) buscar alternativas para estabelecer melhores contatos on-line. c) adotar o uso de uma mesma norma nos diferentes suportes tecnológicos. d) desenvolver habilidades para compreender os textos postados na web. e) perceber as especificidades das linguagens em diferentes ambientes digitais. GABARITO: E COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: O texto apresenta uma crítica à escola, que, vez por outra, tradicionalmente ―insiste em ensinar um registro utilizado apenas em contextos específicos‖. O artigo passa a defender que ―as pessoas precisam ter discernimento quanto às distintas situações‖ de utilização da língua. Dessa forma, veicula-se a tese de que a escola tem que explorar as novas realidades linguísticas, principalmente as digitais. A partir das leituras dos textos de Azeredo e Gullar, veja a questão 27: TEXTO I

Um ato de criatividade pode contudo gerar um modelo produtivo. Foi o que ocorreu com a palavra sambódromo, criativamente formada com a terminação -(ó)dromo (= corrida), que figura em hipódromo, autódromo, cartódromo, formas que designam itens culturais da alta burguesia. Não demoraram a circular, a partir de então, formas populares como rangódromo, beijódromo, camelódromo.

AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da língua portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008.

TEXTO II

Existe coisa mais descabida do que chamar de sambódromo uma passarela para desfile de escolas samba? Em grego, -dromo quer dizer ―ação de correr, lugar da corrida‖, daí as palavras autódromo e hipódromo. É certo que, às vezes, durante o desfile, a escola se atrasa e é obrigada a correr para não perder pontos, mas não se desloca com a velocidade de um cavalo ou de um carro de Fórmula 1.

GULLAR, F. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 3 ago. 2012.

27. Há nas línguas mecanismos geradores de palavras. Embora o Texto II apresente um julgamento de valor

sobre a formação da palavra sambódromo, o processo de formação dessa palavra reflete: a) o dinamismo da língua na criação de novas palavras. b) uma nova realidade limitando o aparecimento de novas palavras. c) a apropriação inadequada de mecanismos de criação de palavras por leigos. d) o reconhecimento da impropriedade semântica dos neologismos. e) a restrição na produção de novas palavras com o radical grego. GABARITO: A COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Embora o texto II questione a formação da palavra ―sambódromo‖, ambos, textos I e II, reconhecem a possibilidade de criação de vocábulos, formados por hibridismo, o que comprova o dinamismo da língua.

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28. A palavra serve para comunicar e interagir. E também para criar literatura, isto é, criar arte, provocar emoções, produzir efeitos estéticos.

(Português: linguagens: volume 1: ensino médio / William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 5.ed. – São Paulo: Atal, 2005. p. 27.)

A partir da definição anterior, pode-se afirmar que a linguagem literária a) pressupõe objetividade e clareza diante da sua função utilitária. b) não permite que haja dupla interpretação a respeito do assunto tratado. c) é organizada de modo que a plurissignificação esteja presente no texto. d) tem por objetivo esclarecer acerca de um assunto relacionado à realidade. e) é carregada de informação e clareza a respeito do assunto atual. GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: O texto literário não possui função utilitária. Trata-se de um texto mais artístico, de função estética, muitas vezes, subjetivo, dando margem a diferentes interpretações por parte dos leitores. Veja o texto abaixo:

PREFÁCIO

São os primeiros cantos de um pobre poeta. Desculpai-os. As primeiras vozes do sabiá não têm a doçura dos seus cânticos de amor. É uma lira, mas sem cordas; uma primavera, mas sem flores; uma coroa de folhas, mas sem viço. Cantos espontâneos do coração, vibrações doridas da lira interna que agitava um sonho, notas que o vento levou, – como isso dou a lume essas harmonias. São as páginas despedaçadas de um livro não lido... E agora que despi a minha musa saudosa dos véus do mistério do meu amor e da minha solidão, agora que ela vai seminua e tímida por entre vós, derramar em vossas almas os últimos perfumes de seu coração, ó meus amigos, recebei-a no peito, e amai-a como o consolo que foi de uma alma esperançosa, que depunha fé na poesia e no amor – esses dois raios luminosos do coração de Deus.

AZEVEDO, Álvares de. Lira dos vinte anos. In: Obra completa. Organização de Alexei Bueno. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000. p. 120.

29. Os aspectos linguísticos e enunciativos do texto demonstram que se trata do gênero prefácio, pois o autor a) apresenta sua visão de mundo, explorando o uso de metáforas como recurso persuasivo. b) comenta a obra, apresentando justificativas e explicações sobre sua autoria. c) narra uma história pessoal, explicitando os conflitos vividos por quem escreve poesia. d) descreve sua infância, justificando o caráter ingênuo que marca a obra. e) critica a falta de erudição dos jovens da época, antecipando as dificuldades de leitura. GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: O prefácio constitui matéria paratextual de uma obra, apresentando um conjunto de discursos da responsabilidade, neste caso, do próprio autor, e que tem por objetivo preparar o leitor para a ―descoberta‖ do livro, indicando-lhe os seus traços gerais. Texto para a próxima questão:

A literatura nos ajuda a construir nossa identidade

(1) Ainda que nasça e morra só, o indivíduo tem a sua existência marcada pela coletividade de que faz parte e que funciona segundo ―leis‖ e ―regras‖ preestabelecidas. Um dos primeiros desafios a serem enfrentados pelo ser humano é compreender que leis e regras são essas, decidir quais delas deve seguir e quais precisam ser questionadas de modo a permitir que sua jornada individual tenha identidade própria.

(2) Nos textos literários, de certo modo, entramos em contato com a nossa história, o que nos dá a chance de compreender melhor nosso tempo, nossa trajetória. O interessante, porém, é que essa ―história‖ coletiva é recriada por meio das histórias individuais, das inúmeras personagens presentes nos textos que lemos, ou pelos poemas que nos tocam de alguma maneira. Como leitores, interagimos com o que lemos. Somos tocados pelas experiências de leituras que, muitas vezes, evocam nossas vivências pessoais e nos ajudam a refletir sobre nossa identidade e também a construí-la.

(3) Como toda manifestação artística, a literatura acompanha a trajetória humana e, por meio de palavras, constrói mundos familiares – em que pessoas semelhantes a nós vivem problemas idênticos – e mundos fantásticos, povoados por seres imaginários, cuja existência é garantida somente por meio das palavras que lhes dão vida. Também exprime, pela criação poética, reflexões e emoções que parecem ser tão nossas quanto de quem as registrou.

(4) Por meio da convivência com poemas e histórias que traçam tantos e diversos destinos, a literatura acaba por nos oferecer possibilidades de resposta a indagações comuns a todos os seres humanos.

(5) Além disso, em diferentes momentos da história humana, a literatura teve um papel fundamental: o de denunciar a realidade, sobretudo quando setores da sociedade tentam ocultá-la. Foi o que ocorreu, por exemplo,

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durante o período do regime militar no Brasil. Naquele momento, inúmeros escritores arriscaram a própria vida para denunciar, em suas obras, a violência que tornava a existência uma aventura arriscada. A leitura dessas obras, mesmo que vivamos em uma sociedade democrática e livre, nos ensina a valorizar nossos direitos individuais, nos ajuda a desenvolver uma melhor consciência política e social. Em resumo, a literatura permite também que olhemos para a nossa história e, conhecendo algumas de suas passagens, busquemos construir um futuro melhor.

(Maria Luiza M. Abaurre; Marcela Pontara. Literatura Brasileira – tempos leitores e leituras. Ensino Médio. São Paulo: Moderna, 2005, pp., 10-11. Adaptado.).

30. Pelo entendimento do texto, podemos perceber que a intenção pretendida pelas autoras foi destacar a) a importância das leis coletivas para a vida dos indivíduos. b) a tendência humana para fazer constantes indagações. c) as reflexões e emoções suscitadas pela criação poética. d) as múltiplas funções desempenhadas pela literatura. e) nossas experiências de leitura, como estímulo à reflexão. GABARITO: D COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Segundo as autoras, a literatura insere o indivíduo no plano coletivo, permite vivenciar emoções heterogêneas e formular novos conceitos, oferece possibilidades de resposta a indagações comuns a todos os seres humanos e pode denunciar realidades que ensinam a valorizar nossos direitos individuais. Assim, é correta a opção [D], pois o texto destaca as múltiplas funções desempenhadas pela literatura. Texto para as próximas 2 questões:

A literatura em perigo

A análise das obras feita na escola não deveria mais ter por objetivo ilustrar os conceitos recém-introduzidos por este ou aquele linguista, este ou aquele teórico da literatura, quando, então, os textos são apresentados como uma aplicação da língua e do discurso; sua tarefa deveria ser a de nos fazer ter acesso ao sentido dessas obras — pois postulamos que esse sentido, por sua vez, nos conduz a um conhecimento do humano, o qual importa a todos. Como já o disse, essa ideia não é estranha a uma boa parte do próprio mundo do ensino; mas é necessário passar das ideias à ação. Num relatório estabelecido pela Associação dos Professores de Letras, podemos ler: ―O estudo de Letras implica o estudo do homem, sua relação consigo mesmo e com o mundo, e sua relação com os outros.‖ Mais exatamente, o estudo da obra remete a círculos concêntricos cada vez mais amplos: o dos outros escritos do mesmo autor, o da literatura nacional, o da literatura mundial; mas seu contexto final, o mais importante de todos, nos é efetivamente dado pela própria existência humana. Todas as grandes obras, qualquer que seja sua origem, demandam uma reflexão dessa dimensão.

O que devemos fazer para desdobrar o sentido de uma obra e revelar o pensamento do artista? Todos os ―métodos‖ são bons, desde que continuem a ser meios, em vez de se tornarem fins em si mesmos. (...)

(...) Sendo o objeto da literatura a própria condição humana, aquele que a lê e a compreende se tornará não um especialista em análise literária, mas um conhecedor do ser humano. Que melhor introdução à compreensão das paixões e dos comportamentos humanos do que uma imersão na obra ,dos grandes escritores que se dedicam a essa tarefa há milênios? E, de imediato: que melhor preparação pode haver para todas as profissões baseadas nas relações humanas? Se entendermos assim a literatura e orientarmos dessa maneira o seu ensino, que ajuda mais preciosa poderia encontrar o futuro estudante de direito ou de ciências políticas, o futuro assistente social ou psicoterapeuta, o historiador ou o sociólogo? Ter como professores Shakespeare e Sófocles, Dostoievski e Proust não é tirar proveito de um ensino excepcional? E não se vê que mesmo um futuro médico, para exercer o seu ofício, teria mais a aprender com esses mesmos professores do que com os manuais preparatórios para concurso que hoje determinam o seu destino? Assim, os estudos literários encontrariam o seu lugar no coração das humanidades, ao lado da história dos eventos e das ideias, todas essas disciplinas fazendo progredir o pensamento e se alimentando tanto de obras quanto de doutrinas, tanto de ações políticas quanto de mutações sociais, tanto da vida dos povos quanto da de seus indivíduos.

Se aceitarmos essa finalidade para o ensino literário, o qual não serviria mais unicamente à reprodução dos professores de Letras, podemos facilmente chegar a um acordo sobre o espírito que o deve conduzir: é necessário incluir as obras no grande diálogo entre os homens, iniciado desde a noite dos tempos e do qual cada um de nós, por mais ínfimo que seja, ainda participa. ―É nessa comunicação inesgotável, vitoriosa do espaço e do tempo, que se afirma o alcance universal da literatura‖, escrevia Paul Bénichou. A nós, adultos, nos cabe transmitir às novas gerações essa herança frágil, essas palavras que ajudam a viver melhor.

(Tzvetan Todorov. A literatura em perigo. 2 ed. Trad. Caio Meira. Rio de Janeiro: DIFEL, 2009, p. 89-94.)

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31. Que melhor introdução à compreensão das paixões e dos comportamentos humanos do que uma imersão na obra dos grandes escritores que se dedicam a essa tarefa há milênios?

Com base no fato de que a palavra ―imersão‖, usada na expressão uma imersão na obra, caracteriza uma metáfora, indique a alternativa que elimina essa metáfora sem perda relevante de sentido: a) uma imitação da obra. b) uma paráfrase da obra. c) uma censura da obra. d) uma transformação da obra. e) uma leitura da obra. GABARITO: E COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: O termo ―imersão‖ alude à postura concentrada do ato da leitura. 32. No segundo parágrafo do fragmento apresentado, Todorov afirma que ―Todos os ―métodos‖ são bons, desde

que continuem a ser meios, em vez de se tornarem fins em si mesmos‖. O autor defende, com essa afirmação, o argumento segundo o qual o verdadeiro valor de um método de análise literária a) consiste em ser exato e perfeito, superior a todos os demais. b) está em ser completo: quando terminar a análise, nada mais deve restar a explicar. c) consiste em servir de instrumento adequado à análise e interpretação da obra. d) reside no fato de que, depois de aplicado, deve ser substituído por outro melhor. e) é mostrar mais suas próprias virtudes que as da obra focalizada. GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Segundo Todorov, o verdadeiro valor de um método de análise literária consiste na sua utilização como instrumento de compreensão da obra que vise ao conhecimento do ser humano e não à formação de meros especialistas em análise literária. 33. O fragmento abaixo pertence ao gênero dramático.

―MICROFONE - Buzina de automóvel. Rumor de derrapagem violenta.

Som de vidraças partidas. Silencio. Assistência. Silêncio.

VOZ DE ALAIDE (microfone) - Clessi... Clessi...

(Luz em resistência no plano da alucinação. 3 mesas, 3 mulheres escandalosamente pintadas, com vestidos

berrantes e compridos. Decotes. Duas delas dançam ao som de uma vitrola invisível, dando uma vaga sugestão

lésbica. Alaíde, uma jovem senhora, vestida com sobriedade e bom gosto, aparece no centro da cena. Vestido

cinzento e uma bolsa vermelha.)

ALAIDE (nervosa) - Quero falar com Madame Clessi! Ela está?

(Fala à 1ª mulher que, numa das três mesas, faz "paciência”. A mulher não responde.)

ALAIDE (com angústia) - Madame Clessi está - pode-me dizer?

ALAIDE (com ar ingênuo) - Não responde! (com doçura) Não quer responder?

(Silêncio da outra.)‖ RODRIGUES, Nelson. Teatro completo I. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981. p. 109.

Nesse gênero literário, o narrador é

a) onisciente. b) inexistente.

c) observador. d) personagem.

e) misto.

GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Trata-se de um tipo de texto próprio para ser representado, o que pressupõe recurso à linguagem gestual, à sonoplastia e à luminotécnica. Normalmente, não apresenta narrador, como se afirma em [B].

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34. Leia o texto abaixo:

Isto

Dizem que finjo ou minto Tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto Com a imaginação. Não uso o coração. Tudo o que sonho ou passo O que me falha ou finda, É como que um terraço Sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda. Por isso escrevo em meio Do que não está ao pé, Livre do meu enleio, Sério do que não é. Sentir? Sinta quem lê!

PESSOA, F. Poemas escolhidos. São Paulo: Globo, 1997.

Fernando Pessoa é um dos poetas mais extraordinários do século XX. Sua obsessão pelo fazer poético não encontrou limites. Pessoa viveu mais no plano criativo do que no plano concreto, e criar foi a grande finalidade de sua vida. Poeta da ―Geração Orfeu‖, assumiu uma atitude irreverente. Com base no texto e na temática do poema Isto, conclui-se que o autor a) revela seu conflito emotivo em relação ao processo de escritura do texto. b) considera fundamental para a poesia a influência dos fatos sociais. c) associa o modo de composição do poema ao estado de alma do poeta. d) apresenta a concepção do Romantismo quanto à expressão da voz do poeta. e) separa os sentimentos do poeta da voz que fala no texto, ou seja, do eu lírico. GABARITO: E COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: O eu lírico não vivencia um conflito (A). Ele é assertivo, ao explicar o processo de criação.

Ele não fala em fatos sociais (B). O modo de composição não está associado ao estado de alma do poeta (C)-o ―sentir com a imaginação‖ é atributo da mente que desenvolve um certo raciocínio, não do coração. Por isso escrevo em meio / Do que não está ao pé, / Livre do meu enleio” – enleio é embaraço, acanhamento, indecisão, confusão; encanto, êxtase. O romantismo é um estilo literário distante da proposta do sujeito poético. Os traços românticos supervalorizam os sentimentos do sujeito poético, ao contrário da expressão da voz do poeta neste texto (D). É difícil fazer uma análise da última alternativa, na medida em que o eu lírico é a voz que fala no texto, independente do poeta. Há uma sobreposição de papéis na afirmação E paradoxalmente à afirmação. Se o sujeito poético é aquele criado pelo escritor, em qualquer poema, os sentimentos não se confundem. O espírito da questão é analisar o tema do texto, em que se discute a independência do autor (no caso: Fernando Pessoa) em relação ao eu lírico. Como o enunciado se refere a autor – ―Com base no texto e na temática do poema Isto, conclui-se que o autor” – há a pressuposição de que o poema manifesta uma verdade sobre a criação de F. Pessoa, contrária à ideia de recriação da realidade – “Tudo o que sonho ou passo / O que me falha ou finda, / É como que um terraço / Sobre outra coisa ainda. / Essa coisa é que é linda. / Por isso escrevo em meio / Do que não está ao pé, / Livre do meu enleio”.

35. Observe atentamente os dois trechos transcritos a seguir.

"...o objetivo da poesia (e da arte literária em geral) não é o real concreto, o verdadeiro, aquilo que

de fato aconteceu, mas sim o verossímil, o que pode acontecer, considerado na sua universalidade." (SILVA,Vítor M. de A. "Teoria de Literatura". Coimbra: Almedina, 1982.)

Verossímil. 1. Semelhante à verdade; que parece verdadeiro. 2. Que não repugna à verdade, provável.

(FERREIRA. A. B. de Holanda, "Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa". Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.)

A partir da leitura de ambos os fragmentos, pode-se deduzir que a obra literária tem o seguinte objetivo: a) opor-se ao real para afirmar a imaginação criadora b) anular a realidade concreta para superar contradições aparentes c) construir uma aparência de realidade para expressar dado sentido d) buscar uma parcela representativa do real para contestar sua validade e) apresentar a realidade como ela é GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: A literatura não se vincula a retratar, de fato, a realidade, mas, a recriá-la a partir do espírito artístico, portanto, ela faz parecer verdade sem que haja, pois, compromisso com a verdade.

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36. A linguagem é o ponto mais sofisticado de um processo que custou muito tempo a se consumar na evolução da humanidade. A aquisição da linguagem oral, sua organização e seus códigos exigiram expedientes requintados de associações. A palavra, um sopro de ar articulado, ainda que impalpável, era tão reveladora e transformadora que o homem teve necessidade de representá-la materialmente. Então apareceram os alfabetos e vários idiomas, pouco a pouco, começaram a ter uma representação gráfica. Por meio da palavra escrita o homem fez registros de ordem documental e prática, firmou acordos contratuais, enviou mensagens, colecionou informações e dados. Porém, um dia usou graficamente a palavra, como expressão de suas ideias e sentimentos mais profundos, como a formalização de seu olhar subjetivo sobre o mundo... e a Literatura se fez. [...] A literatura é parte fundamental da cultura dos povos civilizados. A cultura é tudo o que deriva do convívio humano, da interação do homem com o seu universo físico e espiritual. Ela não é parte da natureza, é o que o homem produz em termos de constatações, informações, comportamentos, religiosidade, hábitos, usos e costumes e... arte.

OLIVEIRA, ClenirBelezzi de. Arte literária brasileira.São Paulo: Moderna, 2000. p. 9.

Defende-se, no texto, a tese de que a) a conquista da linguagem representou o momento decisivo de passagem do homo faber para o

homo sapiens. b) o ser humano inventou a língua escrita com a finalidade de dominar o passado e, assim, poder preservar

sua história. c) a literatura, como parte essencial da vida humana, constitui uma atividade através da qual o homem constrói

seu universo cultural. d) a invenção do alfabeto forneceu as bases para o surgimento das artes em geral e das artes plásticas

em particular. e) a literatura não está ligada a Arte, logo não tem função ligada para esse conjunto, somente para o

complemento da História. GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: No texto, defende-se a ideia de que a literatura faz parte da evolução juntamente com o desenvolvimento da humanidade e suas formas de comunicação e cultura. Texto para a próxima questão:

Quando Bauer, o de pés ligeiros, se apoderou da cobiçada esfera, logo o suspeitoso Naranjo lhe partiu ao encalço, mas já Brandãozinho, semelhante à chama, lhe cortou a avançada. A tarde de olhos radiosos se fez mais clara para contemplar aquele combate, enquanto os agudos gritos e imprecações em redor animavam os contendores. A uma investida de Cárdenas, o de fera catadura, o couro inquieto quase se foi depositar no arco de Castilho, que com torva face o repeliu. Eis que Djalma, de aladas plantas, rompe entre os adversários atônitos, e conduz sua presa até o solerte Julinho, que a transfere ao valoroso Didi, e este por sua vez a comunica ao belicoso Pinga. (...)

Assim gostaria eu de ouvir a descrição do jogo entre brasileiros e mexicanos, e a de todos os jogos: à maneira de Homero. Mas o estilo atual é outro, e o sentimento dramático se orna de termos técnicos.

Carlos Drummond de Andrade, Quando é dia de futebol. Rio: Record, 2002.

37. Ao narrar o jogo entre brasileiros e mexicanos ―à maneira de Homero‖, o autor adota o estilo a) épico. b) lírico. c) satírico. d) técnico. e) teatral. GABARITO: A COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Carlos Drummond de Andrade adota características da epopeia, gênero narrativo originalmente em verso, com estilo elevado e linguagem hiperbólica, que visa à celebração de feitos grandiosos por heróis fora do comum, reais ou lendários.

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38. Na fase escolar, é prática comum que os professores passem atividades extraclasse e marquem uma data

para que as mesmas sejam entregues para correção. No caso da cena da charge, a professora ouve uma estudante apresentando argumentos para

a) elogiar o tema proposto para o relatório solicitado. b) discutir sobre o conteúdo do seu trabalho já entregue. c) convencer de que fez o relatório solicitado. d) sugerir temas para novas pesquisas e relatórios. e) reclamar do curto prazo para entrega do trabalho. GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Já que seu relatório é sobre poupar recursos, a estudante apresenta o argumento de que irá mandar seu trabalho telepaticamente (I’ll send it to you telepathically), não necessitando gastar papel ou eletricidade para tal, tentando convencer sua professora de que o fez e de que o trabalho não foi impresso por conta da temática, como uma forma de pôr isso em prática. 39. O sangue é essencial à vida e, como é de conhecimento geral, não pode ser fabricado. É graças ao gesto

altruísta de doadores de sangue que milhões de vidas são salvas diariamente em todo o mundo.

A peça publicitária, elaborada pela Fundação Pró-Sangue, destina-se a a) convidar o leitor a refletir sobre a simplicidade do ato de doar sangue e a oportunidade de salvar vidas por

meio desse gesto. b) convencer o leitor a ajudar uma associação que se dedica à captação de sangue para crianças portadoras de

doenças graves. c) reforçar a ideia de que o ato de doar sangue requer extrema coragem e que, por isso, talvez nem todos

estejam aptos a fazê-lo. d) conscientizar as crianças quanto à necessidade de doar sangue para que elas, mais tarde, tornem-se

adultos doadores. e) ressaltar a importância de campanhas governamentais para estimular a doação de sangue entre os

segmentos mais jovens.

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GABARITO: A COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Na gravura está escrito: ―Você não precisa de superpoderes para salvar vidas. Doe sangue‖. Assim, a campanha publicitária está convidando o leitor a doar sangue, tendo a oportunidade de salvar vidas por meio desse gesto. 40. Quotes of the Day

Friday, Sep. 02, 2011 ―There probably was a shortage of not just respect and boundaries but also love. But you do need, when they

cross the line and break the law, to be very tough.‖ British Prime Minister DAVID CAMERON, arguing that those involved in the recent riots in England need

―tough love‖ as he vows to ―get to grips‖ with the country‘s problem families. Disponível em: www.time.com. Acesso em: 5 nov. 2011 (adaptado).

A respeito dos tumultos causados na Inglaterra em agosto de 2011, as palavras de alerta de David Cameron têm como foco principal a) enfatizar a discriminação contra os jovens britânicos e suas famílias. b) criticar as ações agressivas demonstradas nos tumultos pelos jovens. c) estabelecer relação entre a falta de limites dos jovens e o excesso de amor. d) reforçar a ideia de que os jovens precisam de amor, mas também de firmeza. e) descrever o tipo de amor que gera problemas às famílias de jovens britânicos. GABARITO: D COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: O primeiro-ministro inglês David Cameron afirma em seu discurso que houve não só a falta de limites e respeito, mas também de amor no caso dos envolvidos nos então recentes tumultos na Inglaterra. ―Tough love‖ seria a forma das famílias darem amor sem deixar de exercer sua autoridade e impor limites aos jovens, evitando, assim, maiores problemas disciplinares.

41.

Em 1866, tendo encerrado seus estudos na Escola de Belas Artes, em Paris, Pedro Américo ofereceu a tela A Carioca ao imperador Pedro II, em reconhecimento ao seu mecenas. O nu feminino obedecia aos cânones da grande arte e pretendia ser uma alegoria feminina da nacionalidade. A tela, entretanto, foi recusada por imoral e licenciosa: mesmo não fugindo à regra oitocentista relativa à nudez na obra de arte, A Carioca não pôde, portanto, ser absorvida de imediato. A sensualidade tangível da figura feminina, próxima do orientalismo tão em voga na Europa, confrontou-se não somente com os limites morais, mas também com a orientação estética e cultural do Império. O que chocara mais: a nudez frontal ou um nu tão descolado do que se desejava como nudez nacional aceitável, indígenas? A Carioca oferecia um corpo simultaneamente ideal e obsceno: o alto - uma beleza imaterial - e o baixo - uma carnalidade excessiva. Sugeria uma mistura de estilos que, sem romper com a regra do decoro artístico, insinuava na tela algo inadequado ao repertório - nem mulata ou negra - poderia representar uma visualidade feminina brasileira e desfrutar de um lugar de destaque no imaginário de nossa monarquia tropical?

OLIVEIRA, C. Disponível em: http://anpuh.org.br. Acesso em: 20 maio 2015.

AMÉRICO, Pedro. A carioca. Disponível em:

http://oinstituto.org.br/?p=24. Acesso em: 09 dez. 2015.

O texto revela que a aceitação da representação do belo na obra de arte está condicionada à a) incorporação de grandes correntes teóricas de uma época, conferindo legitimidade ao trabalho do artista. b) atemporalidade do tema abordado pelo artista, garantindo perenidade ao objeto de arte então elaborado. c) inserção da produção artística em um projeto estético e ideológico determinado por fatores externos. d) apropriação que o pintor faz dos grandes temas universais já recorrentes em uma vertente artística. e) assimilação de técnicas e recursos já utilizados por movimentos anteriores que trataram da temática.

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GABARITO: C COMENTÁRIO: O texto de apoio indica que A carioca não foi bem recebida porque não se encaixava nos padrões artísticos brasileiros da época. Dessa forma, a não observação do gosto médio, que esperava uma nudez associada ao índio e uma sensualidade mais contida, foi determinante para a incompreensão que a envolveu no momento de sua produção. 42.

LXXVIII Camões, 1525-1580

Leda serenidade deleitosa, Que representa em terra um paraíso; Entre rubis e perlas doce riso Debaixo de ouro e neve cor-de-rosa; Presença moderada e graciosa, Onde ensinando estão despejo e siso Que se pode por arte e por aviso, Como por natureza, ser fermosa; Fala de quem a morte e a vida pende, Rara, suave; enfim, Senhora, vossa; Repouso nela alegre e comedido: Estas as armas são com que me rende E me cativa Amor; mas não que possa Despojar-me da glória de rendido.

Camões, L. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008

SANZIO, R. A mulher e o unicórnio. FONTE:

http://formacaosolidaria.org.br/wp-content/ uploads/2013/05/enem-2012-dia-02-09.jpg

A pintura e o poema, embora sendo produtos de duas linguagens artísticas diferentes, participaram do mesmo contexto social e cultural de produção pelo fato de ambos a) apresentarem um retrato realista, evidenciado pelo unicórnio presente na pintura e pelos adjetivos usados

no poema. b) valorizarem o excesso de enfeites na apresentação pessoal e na variação de atitudes da mulher,

evidenciadas pelos adjetivos do poema. c) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela sobriedade e o equilíbrio, evidenciados pela postura,

expressão e vestimenta da moça e os adjetivos usados no poema. d) desprezarem o conceito medieval da idealização da mulher como base da produção artística, evidenciado

pelos adjetivos usados no poema. e) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela emotividade e o conflito interior, evidenciados pela

expressão da moça e pelos adjetivos do poema. GABARITO: C COMENTÁRIO: As duas obras, o poema e a pintura, representam linguagens artísticas diferentes, no entanto, fazem parte de um mesmo contexto social e cultural de produção ao apresentarem uma imagem da mulher ideal, apresentada na pintura com sobriedade e equilíbrio. No poema de Camões temos o uso dos adjetivos, já na pintura, a postura da modelo, a expressão e a vestimenta representam esses ideais.

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43. Na obra Entrudo, de Jean-Baptiste Debret (1768-1848), apresentada acima, a) registram-se cenas da vida íntima dos senhores de engenho e suas relações com os escravos. b) identifica-se a presença de traços marcantes do movimento artístico denominado Cubismo. c) identificam-se, nas fisionomias, sentimentos de angústia e inquietações que revelam as relações conflituosas

entre senhores e escravos. d) observa-se a composição harmoniosa e destacam-se as imagens que representam figuras humanas. e) constata-se que o artista utilizava a técnica do óleo sobre tela, com pinceladas breves e manchas, sem

delinear as figuras ou as fisionomias. GABARITO: D COMENTÁRIO: Tendo em vista que o ―entrudo‖ foi um antigo folguedo carnavalesco que precedeu o ―Carnaval‖, Debret tentou retratar situações cotidianas bem como os tipos do Brasil Joanino e do Primeiro Reinado. Observa-se, portanto, em ―Entrudo‖, a presença de figuras humanas, e, sem dúvida, sua composição se apresenta muito harmoniosa. Texto para próxima questão.

Conceitos e importância das lutas

Antes de se tornarem esportes, as lutas ou as artes marciais tiveram duas conotações principais: eram praticadas com o objetivo guerreiro ou tinham um apelo filosófico como concepção de vida bastante significativa.

Atualmente, nos deparamos com a grande expansão das artes marciais em nível mundial. As raízes orientais foram se disseminando, ora pela necessidade de luta pela sobrevivência ou para a ―defesa pessoal‖, ora pela possibilidade de ter as artes marciais como própria filosofia de vida.

CARREIRO, E. A. Educação Física na escola: Implicações para prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008 (fragmento).

44. Um dos problemas da violência que está presente principalmente nos grandes centros urbanos são as brigas

e os enfrentamentos de torcidas organizadas, além da formação de gangues, que se apropriam de gestos das lutas, resultando, muitas vezes, em fatalidades. Portanto, o verdadeiro objetivo da aprendizagem desses movimentos foi mal compreendido, afinal as lutas

a) se tornaram um esporte, mas eram praticados com o objetivo guerreiro afim de garantir a sobrevivência. b) apresentam a possibilidade de desenvolver o autocontrole, o respeito ao outro e a formação do caráter. c) possuem como objetivo principal a ―defesa pessoal‖ por meio de golpes agressivos sobre o adversário. d) sofreram transformações em seus princípios filosóficos em razão da sua disseminação sobre o mundo. e) se disseminaram pela necessidade de luta pela sobrevivência ou como filosofia pessoal de vida. GABARITO: E COMENTÁRIO: O texto afirma que o verdadeiro objetivo da aprendizagem das lutas foi mal compreendido porque inicialmente não se aplicava a brigas e confrontos de torcidas organizadas; conforme o primeiro parágrafo afirma, as lutas ―se disseminaram pela necessidade de luta pela sobrevivência ou como filosofia pessoal de vida‖. 45. Ao realizar com seus alunos o teste de chute à meta, qual a valência física que o Professor de Educação

Física pretende avaliar?

a) Flexibilidade. b) Equilíbrio. c) Resistência aeróbica. d) Força isométrica. e) Coordenação. GABARITO: E COMENTÁRIO: Para se efetuar um chute a uma meta designada necessita-se de coordenação para que a bola vá em direção ao alvo.

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1

46. Observe no gráfico alguns dados a respeito da produção e do destino do lixo no Brasil no ano de 2010.

A partir desses dados, supondo que todo o lixo brasileiro, com exceção dos recicláveis, é destinado aos aterros ou aos lixões, o número de milhões de toneladas de lixo vão para os lixões será de

a) 5,9 b) 7,6

c) 10,9 d) 42,7

e) 76,8

GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

6 6

Vão para os lixões 18% dos não recicláveis (70%). Assim :

Lixões (0,18).(0,7).(61).10 (0,126).(61) 7,686.10

47. Médicos alertam sobre a importância de educar as crianças para terem hábitos alimentares saudáveis. Por

exemplo, analisando-se uma bolacha com recheio de chocolate (25 g) e um pé de alface (25 g), observam-se as seguintes quantidades de nutrientes, respectivamente:

Considerando as informações apresentadas, o número de pés de alface consumido para se obter a mesma quantidade de carboidratos de uma bolacha é a) 50 b) 30

c) 14 d) 8

e) 7

GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

1alface 0,5 g 130 alfaces 1bolacha

1bolacha 15 g 30

48. O gráfico mostra o número de pessoas que acessaram a

internet, no Brasil, em qualquer ambiente (domicílios, trabalho, escolas, lan houses ou outros locais), nos segundos trimestres dos anos de 2009, 2010 e 2011. Considerando que a taxa de crescimento do número de acessos à internet no Brasil, do segundo trimestre de 2011 para o segundo trimestre de 2012, seja igual à taxa verificada no mesmo período de 2010 para 2011, a estimativa do número de pessoas que acessarão a internet no segundo trimestre de 2012 é

a) 82,1 b) 83,3

c) 86,7 d) 93,4

e) 99,8

MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

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2

GABARITO: A COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

1,82079,82)055,1).(8,77()055,01.(8,77)20122011(taxa)ii

055,07,73

1,4

7,73

7,738,77)20112010(taxa)i

:2Solução

13,82X7,73

84,6052X84,6052X.7,7386,573398,318X.7,73

98,31886,5733X.7,737,73

1,4

8,77

8,77X

7,73

7,738,77

8,77

8,77X

:Assim.Xquantidadeumasejatrimestreº2noqueConsidere

:1Solução

49. Uma dona de casa pretende comprar uma escrivaninha

para colocar entre as duas camas do quarto de seus filhos. Ela sabe que o quarto é retangular, de dimensões 4 m x 5 m, e que as cabeceiras das camas estão encostadas na parede de maior dimensão, onde ela pretende colocar a escrivaninha, garantindo uma distância de 0,4 m entre a escrivaninha e cada uma das camas, para circulação. Após fazer um esboço com algumas medidas, decidirá se comprará ou não a escrivaninha. Após analisar o esboço e realizar alguns cálculos, a dona de casa decidiu que poderia comprar uma escrivaninha de largura máxima igual a

a) 0,8 m b) 1,0 m

c) 1,4 m d) 1,6 m

e) 1,8 m

GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

A partir da figura acima e considerando x a largura da escrivaninha, temos:

x 4.(0,4) 2.(1,2) 5

x 5 1,6 2,4

x 1m

50. Vulcão Puyehue transforma a paisagem de cidades na Argentina Um vulcão de 2 440 m de altura, no Chile, estava “parado” desde o terremoto em 1960. Foi o responsável por diferentes contratempos, como atrasos em viagens aéreas, por causa de sua fumaça. A cidade de Bariloche foi uma das mais atingidas pelas cinzas.

Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 25 jun. 2011 (adaptado).

Na aula de Geografia de determinada escola, foram confeccionadas pelos estudantes maquetes de vulcões, a uma escala 1:40000. Dentre as representações produzidas, está a do Puyehue, que, mesmo sendo um vulcão imenso, não se compara em estatura com o vulcão Mauna Loa, que fica no Havaí, considerado o maior vulcão do mundo, com 12 000 m de altura. Comparando as maquetes desses dois vulcões, a diferença entre elas, em centímetros, será a) 1,26 b) 3,92

c) 4,92 d) 20,3

e) 23,9

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3

GABARITO: E COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

cm9,231,630xy

cm304

120y

cm1200000

y

cm40000

cm1:LoaMauna

cm1,640

244x

cm244000

x

cm40000

cm1:Puyehue

51. A cotação de uma moeda em relação a uma segunda moeda é o valor que custa para comprar uma unidade

da primeira moeda, utilizando a segunda moeda. Por exemplo, se a cotação do dólar é 1,6 real, isso significa que para comprar 1 dólar é necessário 1,6 real. Suponha que a cotação do dólar, em reais, seja de 1,6 real, a do euro, em reais, seja de 2,4 reais e a cotação da libra, em euros, seja de 1,1 euro. A cotação da libra, em dólares, é

a) 4,224 dólares b) 2,64 dólares

c) 1,65 dólar d) 1,50 dólar

e) 1,36 dólar

GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

dólares65,1dólar

6,1

1.64,2libra1

dólar6,1

1real1real6,1dólar1

reais64,24,2.1,1libra1euro1,1libra1

reais4,2euro1

52. Camile gosta de caminhar em uma calçada em torno de uma praça circular

que possui 500 metros de extensão, localizada perto de casa. A praça, bem como alguns locais ao seu redor e o ponto de onde inicia a caminhada, está representada na figura. Em uma tarde, Camile caminhou 4 125 metros, no sentido anti-horário, e parou. Qual dos locais indicados na figura é o mais próximo de sua parada?

a) Centro cultural b) Drogaria c) Lan house d) Ponto de partida e) Padaria GABARITO: E COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

14125 : 500 8,25 Camile deu 8 voltas completas e mais 0,25 de volta.Por tanto,parou na Padaria.

4

53. Todos os anos, a Receita Federal alerta os contribuintes para não deixarem o envio de seus dados para o

último dia do prazo de entrega, pois, após esse prazo, terá que pagar uma multa. Em certo ano, a quatro dias do prazo final, contabilizou-se o recebimento de 16,2 milhões de declarações, o equivalente a cerca de 60% do total estimado pela Receita Federal. Nesse mesmo momento, foi observado que a média de entrada era de, aproximadamente, 90 000 declarações por hora.

Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em: 30 maio 2010 (adaptado).

Considerando o total estimado para entrega e permanecendo nesses últimos dias a mesma média por hora de recebimentos das declarações, a quantidade aproximada de pessoas que terão que pagar multa por atraso, sabendo que a Receita Federal recebe declarações 24 horas por dia, será a) 2,16 milhões b) 4,05 milhões

c) 6,21 milhões d) 7,65 milhões

e) 8,64 milhões

GABARITO: A COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

milhões16,264,88,10:dias4Após

milhões64,88640000)90000).(24.(4dias4

90000hora1)ii

milhões8,10)Total%.(40

8,10)27.(4,0

276,0

2,16T2,16T6,0

)i

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4

54. O turismo brasileiro atravessa um período de franca expansão. Entre 2002 e 2006, o número de pessoas que trabalham nesse setor aumentou 15% e chegou a 1,8 milhão. Cerca de 60% desse contingente de trabalhadores está no mercado informal, sem carteira assinada.

Veja, São Paulo, 18 jun. 2008 (adaptado).

Para regularizar os empregados informais que estão nas atividades ligadas ao turismo, o número de trabalhadores que terá que assinar carteira profissional é a) 270 mil b) 720 mil

c) 810 mil d) 1,08 milhão

e) 1,35 milhão.

GABARITO: D COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

60 6 6Regularizar carteira .1,8.10 1,08.10

100

55. No filme O colecionador de ossos, produzido pela Columbia Pictures Corporation - Universal Pictures, a pista

deixada por um suspeito de certo delito foi a marca de uma pegada no chão. Uma personagem do filme, ciente de que a marca serviria de prova para a investigação, fotografou essa marca ao lado de uma nota de dólar, que mede aproximadamente 15 cm.

Disponível em: www.cinemenu.com.br. Acesso em: 15 jul. 2010 (adaptado).

Ao revelar a foto, essa personagem obteve uma imagem em que o comprimento da cédula de dólar media 3 cm, e o da marca da pegada media 6 cm. A relação numérica entre a marca no chão e a marca na imagem revelada é a) 5 vezes maior b) 5 centímetros maior c) 9 centímetros maior d) 12 centímetros maior e) 12 vezes maior GABARITO: A COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

.fotomesmanaestavapois,mesmaaserdeverá

pegadaacomrelaçãoA.maiorvezes5,Logo.cm15chãonoecm3mediafotonanotaA

56. Existem hoje, no Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas que sofrem de epilepsia. Há diversos meios de

tratamento para a doença, como indicado no gráfico:

Considere um estado do Brasil onde 400 000 pessoas sofrem de epilepsia. Nesse caso, o número de pessoas que conseguem se recuperar com o uso de medicamentos, ou se curar a partir da cirurgia para retirada da porção doente do cérebro é, aproximadamente, de a) 42 000 b) 60 000

c) 220 000 d) 280 000

e) 340 000

GABARITO: E COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

O percentual pedido é : 70% +15% = 85%

85.(400000) = 340000

100

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5

57. Uma dona de casa vai ao supermercado fazer a compra mensal. Ao concluir a compra, observa que ainda lhe restaram R$ 88,00. Seus gastos foram distribuídos conforme mostra o gráfico. As porcentagens apresentadas no gráfico são referentes ao valor total, em reais, reservado para a compra mensal.

O valor total, em reais, reservado por essa dona de casa para a compra mensal é a) 106,80 b) 170,40

c) 412,00 d) 500,00

e) 588,00

GABARITO: D COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

%(gasto) : (30,2 17,5 12,4 22,3) 82,4%

8817,6%.(Total) 88 Total R$500,00

0,176

58. Em uma casa, há um espaço retangular medindo 4 m por 6 m, onde se pretende colocar um piso de cerâmica

resistente e de bom preço. Em uma loja especializada, há cinco possibilidades de pisos que atendem às especificações desejadas, apresentadas no quadro. Levando-se em consideração que não há perda de material, dentre os pisos apresentados, aquele que implicará o menor custo para a colocação no referido espaço é o piso

a) I b) II

c) III d) IV

e) V

GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

do espaço 6 m x 4 m 24 m² 240000 cm². Analisando caso a caso, obtemos o

quadro abaixo, no qual o menor custo é o II.

A área

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6

59. O tipo mais comum de bebida encontrado nos supermercados não é o suco, mas o néctar de frutas. Os fabricantes de bebida só podem chamar de suco os produtos que tiverem pelo menos 50% de polpa, a parte comestível da fruta. Já o néctar de frutas é mais doce e tem entre 20% e 30% de polpa de frutas.

Superinteressante, São Paulo, ago. 2011.

Uma pessoa vai ao supermercado e compra uma caixa de 1 litro de bebida. Em casa ela percebe que na embalagem está escrito “néctar de frutas com 30% de polpa”. Se essa caixa fosse realmente de suco, necessitaria de um aumento percentual de polpa de, aproximadamente, a) 20% b) 67%

c) 80% d) 167%

e) 200%

GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Solução 1:

0,5 5 230%(1 i) 50% 1 i i 1 i 0,666... 0,67 67%

0,3 3 3

Solução 2 :

30% _____________100%

(50% 30%)______ x

30 1003x 200 x 66,6% 67%

20 x

60. Uma empresa aérea lança uma promoção de final de semana para um voo comercial. Por esse motivo, o

cliente não pode fazer reservas e as poltronas serão sorteadas aleatoriamente. A figura mostra a posição dos assentos no avião:

Por ter pavor de sentar entre duas pessoas, um passageiro decide que só viajará se a chance de pegar uma dessas poltronas for inferior a 30%. Avaliando a figura, o passageiro desiste da viagem, porque a chance de ele ser sorteado com uma poltrona entre duas pessoas é mais aproximada de a) 31% b) 33%

c) 35% d) 68%

e) 69%

GABARITO: A COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

1º ) Número total de assentos : 9x6 12x6 13x6 16 54 72 78 16 220

2º ) Lugares entre duas pessoas : (9 12 13)x2 68

68 173º ) p p p 0,309 p 30,9% 31%

220 55

61. A estimativa do número de indivíduos de uma população de animais frequentemente

envolve a captura, a marcação e, então, a liberação de alguns desses indivíduos. Depois de um período, após os indivíduos marcados se misturarem com os não marcados, realiza-se outra amostragem. A proporção de indivíduos dessa segunda amostragem que já estava marcada pode ser utilizada para estimar o tamanho da população, aplicando-se a fórmula:

Onde: • n1 = número de indivíduos marcados na primeira amostragem; • n2 = número de indivíduos marcados na segunda amostragem; • m2 = número de indivíduos da segunda amostragem que foram marcados na primeira amostragem; • N = tamanho estimado da população total.

SADAVA, D. et al. Vida: a ciência da biologia. Porto Alegre: Artmed, 2010 (adaptado).

2 1

2

m n

n N

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7

Durante uma contagem de indivíduos de uma população, na primeira amostragem foram marcados 120; na segunda amostragem foram marcados 150, dos quais 100 já possuíam a marcação. O número estimado de indivíduos dessa população é a) 188 b) 180

c) 125 d) 96

e) 80

GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

1

2

2

n 120100 120 (150).(120)

n 150 N (15).(12) 180150 N 100

m 100

62. A participação dos estudantes na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP)

aumenta a cada ano. O quadro indica o percentual de medalhistas de ouro, por região, nas edições da OBMEP de 2005 a 2009:

Em relação às edições de 2005 a 2009 da OBMEP, o percentual médio de medalhistas de ouro da região Nordeste era a) 14,6% b) 18,2%

c) 18,4% d) 19,0%

e) 21,0%

GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

O percentual médio foi :

18% 19% 21% 15% 19% 92%18,4%

5 5

63. Nos últimos cinco anos, 32 mil mulheres de 20 a 24 anos foram internadas nos hospitais do SUS por causa

de AVC. Entre os homens da mesma faixa etária, houve 28 mil internações pelo mesmo motivo. Época. 26 abr. 2010 (adaptado).

Suponha que, nos próximos cinco anos, haja um acréscimo de 8 mil internações de mulheres, e que o acréscimo de internações de homens por AVC ocorra na mesma proporção. De acordo com as informações dadas, o número de homens que seriam internados por AVC, nos próximos cinco anos, corresponderia a a) 4 mil. b) 9 mil.

c) 21 mil. d) 35 mil.

e) 39 mil.

GABARITO: D COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

35000700028000Total

7000xx

8000

7

8

x

8000

28

32

x

8000

28000

32000

x____________28000

8000__________32000

:temos,mulheresdasernaçõesint

dasaolprporcionaserdeveenshomdosernaçõesintdasacréscimooComo

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64. A figura apresenta informações biométricas de um homem (Duílio) e de uma mulher (Sandra) que estão buscando alcançar seu peso ideal a partir das atividades físicas (corrida). Para se verificar a escala de obesidade, foi desenvolvida a fórmula que permite verificar o Índice de Massa Corporal (IMC). Esta fórmula é

apresentada como 2IMC m/h , onde m é a massa em quilogramas e h é altura em metros.

No quadro é apresentada a Escala de Índice de Massa Corporal com as respectivas categorias relacionadas aos pesos.

Nova Escola. Nº 172, maio de 2004.

A partir dos dados biométricos de Duílio e Sandra e da Escala de IMC, a alternativa que informa corretamente o valor IMC e a categoria em que cada uma das pessoas se posiciona na Escala é: a) Duílio tem o IMC 26,7 e Sandra tem o IMC 26,6, estando ambos na categoria de sobrepeso. b) Duílio tem o IMC 27,3 e Sandra tem o IMC 29,1, estando ambos na categoria de sobrepeso. c) Duílio tem o IMC 27,3 e Sandra tem o IMC 26,6, estando ambos na categoria de sobrepeso. d) Duílio tem o IMC 25,6, estando na categoria de sobrepeso, e Sandra tem o IMC 24,7, estando na categoria

de peso normal. e) Duílio tem o IMC 25,1, estando na categoria de sobrepeso, e Sandra tem o IMC 22,6, estando na categoria

de peso normal. GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

Duílio :

96,4 96,4IMC IMC IMC 27,3

(1,88)² 3,5344

Sandra :

84 84IMC IMC IMC 29,1

(1,7)² 2,89

Ambos estão na categoria de sobrepeso.

65. Um técnico em refrigeração precisa revisar todos os pontos de saída de ar de um escritório

com várias salas. Na imagem apresentada, cada ponto indicado por uma letra é a saída do ar, e os segmentos são as tubulações.

Iniciando a revisão pelo ponto K e terminando em F, sem passar mais de uma vez por cada ponto, o caminho será passando pelos pontos

a) K, I e F. b) K, J, I, G, L e F. c) K, L, G, I, J, H e F.

d) K, J, H, I, G, L e F. e) K, L, G, I, H, J e F.

GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

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66. As curvas de oferta e de demanda de um produto representam, respectivamente, as quantidades que vendedores e consumidores estão dispostos a comercializar em função do preço do produto. Em alguns casos, essas curvas podem ser representadas por retas. Suponha que as quantidades de oferta e de demanda de um produto sejam, respectivamente, representadas pelas equações:

QO = –20 + 4P QD = 46 – 2P

Em que QO é quantidade de oferta, QD é a quantidade de demanda e P é o preço do produto. A partir dessas equações, de oferta e de demanda, os economistas encontram o preço de equilíbrio de mercado, ou seja, quando QO e QD se igualam. Para a situação descrita, qual o valor do preço de equilíbrio? a) 5 b) 11 c) 13 d) 23 e) 33 GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

O preço de equilíbrio acontece quando Q Q . Assim :DO

20 4.p 46 2p 6p 66 p 11

67. Nos shopping centers, costumam existir parques com vários brinquedos e jogos. Os usuários colocam

créditos em um cartão, que são descontados por cada período de tempo de uso dos jogos. Dependendo da pontuação da criança no jogo, ela recebe um certo número de tíquetes para trocar por produtos nas lojas dos parques. Suponha que o período de uso de um brinquedo em certo shopping custe R$ 3,00, e que uma bicicleta custe 9 200 tíquetes. Para uma criança que recebe 20 tíquetes por período de tempo que joga, o valor, em reais, gasto com créditos para obter a quantidade de tíquetes para trocar pela bicicleta é

a) 153. b) 460. c) 1218. d) 1380. e) 3066. GABARITO: D COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

Para que uma criança que recebe 20 tíquetes por período junte 9200 tíquetes,

9200ela deverá jogar por : 460 períodos. Como cada período custa R$ 3,00,

20

o gasto será de : 460 x R$ 3,00 R$ 1380,00

68. A sombra de uma pessoa que tem 1,80 m de altura mede 60 cm. No mesmo momento, a seu lado, a sombra projetada de um poste mede 2m. Se, mais tarde, a sombra do poste diminuiu 50 cm, a sombra da pessoa passou a medir

a) 30 cm b) 45 cm c) 50 cm d) 80 cm e) 90 cm GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Fazendo contas rápidas deu: 2.1,80 = 0,6x 3,6 = 0,6x 6 = x ------------------------------------------ 1,5.1,8 = 6x 2,7 = 6x 0,45 = x então, a medida da sombra da pessoa é de 45cm.

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VILA DAS FLORES

Vende-se terreno plano medindo 200 m². Frente voltada para o sol no período da manhã. Fácil acesso. (443)0677-0032.

69. Um leitor encontra o seguinte anúncio entre os classificados de um jornal: Interessado no terreno, o leitor vai ao endereço indicado e, lá chegando, observa um painel com a planta a seguir, onde estavam destacados os terrenos ainda não vendidos, numerados de I a V. Considerando as informações do jornal, é possível afirmar que o terreno anunciado é

a) I. b) II.

c) III. d) IV.

e) V.

GABARITO: D RESOLUÇÃO/COMENTÁRIO: Como o Sol nasce no leste, e a frente do terreno está voltada para o Sol no período da manhã, o terreno anunciado pode ser o II, IV ou V. Já que a área do terreno é de 200 m², usando a escala fornecida na planta, o terreno do anúncio é o IV, pois suas medidas são 10 m de frente por 20 m de fundo. 70. Suponha que, na escultura do artista Emanoel Araújo, mostrada na figura a

seguir, todos os prismas numerados em algarismos romanos são retos, com bases triangulares, e que as faces laterais do poliedro II são perpendiculares à sua própria face superior, que, por sua vez, é um triângulo congruente ao triângulo base dos prismas. Além disso, considere que os prismas I e III são perpendiculares ao prisma IV e ao poliedro II.

Imagine um plano paralelo à face α do prisma I, mas que passe pelo ponto P pertencente à aresta do poliedro II, indicado na figura. A interseção desse plano imaginário com a escultura contém a) dois triângulos congruentes com lados correspondentes paralelos. b) dois retângulos congruentes e com lados correspondentes paralelos. c) dois trapézios congruentes com lados correspondentes perpendiculares. d) dois paralelogramos congruentes com lados correspondentes paralelos. e) dois quadriláteros congruentes com lados correspondentes perpendiculares. GABARITO: A COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: De acordo com a figura a seguir, a melhor opção é o item A.

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71. Um pentagrama é uma figura que pode ser construída por uma linha fechada única entrelaçada, sendo considerado símbolo da perfeição. O nome pentagrama se dá em virtude da formação de um pentágono regular no seu interior, conforme ilustra a figura a seguir. Com base nessas informações, pode-se afirmar que a medida do

ângulo é a) 108°. b) 45°. c) 36°. d) 180°. e) 72°. GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: O ângulo α que a questão pede é o ângulo da ponta do pentagrama. Analisando a imagem, temos que o pentagrama é formado por um pentágono regular e cinco triângulos isósceles congruentes. Bom, sabemos que a soma de todos os ângulos internos de um triângulo equivale a 180º. Temos um triângulo isósceles, o que significa que dois ângulos são iguais.

α + β + β = 180° α + 2β = 180º

Sabendo os ângulos internos do pentágono, que é regular, Ângulo interno de um polígono regular = [180 * (n - 2)] / n = [180 * (5 - 2)] / 5

Ângulo interno = (180 * 3) / 5 = 108º

Veja que o ângulo do pentágono é suplementar a β. (suplementar quando juntos somam 180º) ângulo interno do pentágono + β = 180º

108° + β = 180º β = 180 - 108

β = 72º

Se encontramos o valor de β, basta jogar na fórmula de antes,

α + 2β = 180º α + 2 * 72 = 180º α + 144° = 180º α = 180° - 144º

α = 36° 72. A figura abaixo representa o disparo de um projétil de arma de fogo a partir de dois pontos distintos, A e B.

Em ambos os casos, eles colidem com um anteparo rígido e são ricocheteados em um ângulo 1 de 7°. Esse

projétil, de 120g, é posteriormente recolhido em um recipiente contendo 20 mL de água, provocando um

deslocamento de 10 mL. O valor do ângulo 2, em graus, é

a) 173° b) 83°

c) 28° d) 7°

e) 137°

GABARITO: A

COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: 2 + 1 = 180º 2 + 72º = 180º logo 2 = 180º-7º = 173º

73. A figura a seguir mostra a trajetória de uma bola de bilhar. Sabe-se que, quando

ela bate na lateral da mesa (retangular), forma um ângulo de chegada que sempre é igual ao ângulo de saída. A bola foi lançada da caçapa A, formando um ângulo de 45º com o lado AD. Sabendo-se que o lado AB mede 2 unidades e BC mede 3 unidades, a bola

a) cairá na caçapa A. b) cairá na caçapa B. c) cairá na caçapa C. d) cairá na caçapa D. e) não cairá em nenhuma caçapa.

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GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: O triângulo retângulo em B é isósceles de catetos iguais a 2. O triângulo retângulo em C é isósceles de catetos iguais a 1. O triângulo retângulo em D é isósceles de catetos iguais a 1. O triângulo retângulo em A é isósceles de catetos iguais a 2 e hipotenusa conduzindo-se para o vértice B. CAÇAPA B. 74. As retas r e s foram obtidas prolongando-se duas arestas de um cubo, como está representado na figura a

seguir. Sobre a situação dada, assinale a afirmação incorreta.

a) r e s são retas paralelas. b) r e s são retas reversas. c) r e s são retas ortogonais.

d) não existe plano contendo r e s. e) r s=

GABARITO: A COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: r e s são paralelas e, portanto, coplanares. Logo, elas não podem estar em planos diferentes. 75. Alberto deseja construir sua casa em um terreno cujo formato é

semelhante a um trapézio ABCD, como ilustra a figura. A região sombreada indica onde a casa será construída dentro do terreno.

Na figura, as linhas horizontais que determinam a localização da casa dividem os lados AD e CB em três partes iguais. Se o triângulo MNP é equilátero e seu lado mede 45 m, o perímetro da região onde a casa será construída é de a) 75 m b) 78 m

c) 81 m d) 83 m

e) 85 m

GABARITO: A COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

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76. Segundo norma do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), os ônibus urbanos devem ter os encostos dos bancos fazendo um ângulo α com o assento horizontal compreendido entre 105º e 115º. Indique, entre os bancos abaixo, aquele que esteja em conformidade com essa norma.

a)

b)

c)

d)

e)

GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: 70° + α = 180º α = 180º - 70° = 110º que esta compreendido entre 105º e 115º. 77. Dois segmentos dizem-se reversos quando não são coplanares. Nesse caso, o número

de pares de arestas reversas num tetraedro, como o da figura, é a) 6 b) 3 c) 2 d) 1 e) 0 GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: Resolução/comentário: No tetraedro, não existem arestas paralelas. Note que cada aresta é concorrente com 4 outras arestas e é reversa com a última aresta. Por exemplo, a aresta BC é concorrente com as arestas AB, AC, BD, CD e é reversa com a aresta AD. Como o tetraedro tem 6 arestas, elas podem ser divididas nos seguintes pares de arestas reversas: AB e CD, AC e BD, AD e BC. 78. Qual é a soma das medidas dos ângulos internos do polígono que tem um número de diagonais igual ao

quádruplo do número de lados? a) 1320° b) 1420° c) 1520° d) 1620° e) 1720° GABARITO: D COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

n = 11 Si = (n – 2) · 180º Si = (11 – 2) · 180º Si = 9 · 180º Si = 1 620º

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79. O polígono que dá forma a essa calçada é invariante por rotações, em torno de seu centro, de

a) 45° b) 60°

c) 90º d) 120°

e) 180°

GABARITO: D COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

80. Uma praça tem a forma de um polígono regular. Pedro percorreu todos os lados dessa praça, partindo de um

dos vértices e girando 45° para a esquerda, ao chegar a cada um dos demais vértices, até retornar ao ponto de partida. Essa praça tem a forma de um

a) pentágono. b) hexágono.

c) heptágono. d) octógono.

e) eneágono.

GABARITO: D COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO: A questão envolve Geometria Plana. 45° corresponde ao valor de cada ângulo externo do polígono. Como a somatória dos ângulos externos de qualquer polígono vale 360°, temos:

45

360n n = 8 (OCTÓGONO)

81. Na figura abaixo, sabe-se que os ângulos e são iguais EÂD DÊA.

A medida do segmento CE, em centímetros, é igual a a) 2,8 b) 2,4

c) 2,0 d) 2,5

e) 2,3

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GABARITO: D COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

82. Numa projeção de filme, o projetor foi colocado a 12 m de distância da tela. Isso fez com que aparecesse a

imagem de um homem com 3 m de altura. Numa sala menor, a projeção resultou na imagem de um homem com apenas 2 m de altura. Nessa nova sala, a distância do projetor em relação à tela era de

a) 18 m. b) 8 m. c) 36 m. d) 9 m. e) 10 m. GABARITO: B COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

83. Para que alguém, com o olho normal, possa distinguir um ponto separado de outro, é necessário que as

imagens desses pontos, que são projetadas em sua retina, estejam separadas uma da outra a uma distância de 0,005 mm.

Adotando-se um modelo muito simplificado do olho humano, no qual ele possa ser considerado uma esfera cujo diâmetro médio é igual a 15 mm, a maior distância x, em metros, que dois pontos luminosos, distantes 1 mm um do outro, podem estar do observador, para que este os perceba separados, é a) 2 m b) 1,5 m

c) 3 m d) 5 m

e) 6 m

GABARITO: C COMENTÁRIO/RESOLUÇÃO:

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84. A figura a seguir mostra um esquema rodoviário em que três vias menores passam, nos pontos B, C e D, sob uma via expressa elevada e entroncam-se em uma rotatória A.

Considerando que AD = 400 m, CD = 280 m e AB = 147 m, de acordo com as inclinações relativas entre as vias mostradas na figura, pode-se inferir que a distância entre o ponto C e a rotatória A é de

a) 210 m. b) 250 m.

c) 280 m. d) 310 m.

e) 350 m.

GABARITO: A RESOLUÇÃO/COMENTÁRIO:

85. Terraformação é o nome dado a um processo cujas teorias abordam as modificações sofridas pela atmosfera

de um planeta para melhor adaptação e habitação humana. A imagem a seguir realça as marcas deixadas no solo após o processo de terraformação do projeto Pivot Irrigation, aplicado no deserto do Texas, Estados Unidos. Essas marcas definem dois grupos com oito circunferências concêntricas cada, um triângulo isósceles cujos vértices da base estão sobre os centros dessas circunferências e um vértice oposto, que pode ser observado no cruzamento dos círculos maiores.

Se as circunferências menores têm 2 m de raio e todas as faixas circulares entre as circunferências têm 2 m de espessura, o perímetro do triângulo isósceles mede, aproximadamente,

a) 22 m b) 28 m

c) 34 m d) 40 m

e) 44 m

GABARITO: E RESOLUÇÃO/COMENTÁRIO: Como cada faixa entre as circunferências tem 2 m de largura, a base do triângulo isósceles mede 6x2 = 12 m, e os outros lados medem 8x2 = 16 m. Portanto, o perímetro desse triângulo é:

12 m + 16 m + 16 m = 44 m.

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86. As rodovias brasileiras têm denominações diferentes umas das outras, principalmente as que são identificadas como federais, estaduais e municipais. As rodovias estaduais radiais, por exemplo, são denominadas assim por partirem da capital do estado e seguirem para qualquer direção, conectando pontos importantes dentro do território. A nomenclatura das rodovias estaduais radiais no Estado de São Paulo, por exemplo, é determinada pelo azimute aproximado de seu rumo a partir da capital. O azimute é a inclinação relativa ao norte geográfico, a qual é dada em graus e no sentido horário. As rodovias SP-294 e SP-330 têm inclinações aproximadas de 294° e 330° em relação ao norte geográfico, como indica a figura a seguir:

Considerando o exposto acerca dessas rodovias, infere-se que o ângulo determinado por seus rumos mede

a) 24° b) 26°

c) 36° d) 44°

e) 46°

GABARITO: C RESOLUÇÃO/COMENTÁRIO: O ângulo determinado pelos rumos dessas rodovias é igual à diferença entre suas inclinações relativas; portanto, 330° – 294° = 36°. 87. Uma estrutura metálica retangular, com dimensões de 1,5 m por 0,4 m, será reforçada por barras de aço

presas nos pontos A, P, B, C, Q e D, como mostra a figura a seguir:

Nessa situação, para usar a menor quantidade de aço possível, os ângulos dos vértices A e B, mostrados na figura, devem ter a mesma medida. Dessa forma, se a = 20 cm e b = 5 cm, a medida x deverá ser igual a a) 4 cm. b) 8 cm.

c) 10 cm. d) 12 cm.

e) 20 cm.

GABARITO: B RESOLUÇÃO/COMENTÁRIO:

88. Quando se deseja construir uma casa ou um espaço qualquer,

normalmente, pede-se que um engenheiro civil ou um arquiteto faça a planta da construção. Dá-se o nome de planta à projeção de um espaço arquitetônico, que é cortado por uma secante, com a finalidade de mostrar o seu interior em detalhes, como demonstrado na figura a seguir:

No detalhe da porta representada nesse cômodo da planta, os ângulos AÔB e CÔB são a) adjacentes. b) congruentes. c) consecutivos. d) simétricos. e) transversais.

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GABARITO: C RESOLUÇÃO/COMENTÁRIO:

89. O proprietário de um sítio deseja construir, em uma parte do terreno, um local para jogar minigolfe. Para não

prejudicar a área de mata, ele procurou uma forma de aproveitar as árvores existentes no local, marcando onde serão abertos os buracos nesses locais. A figura a seguir ilustra como ele pretende deixar a área:

A distância entre as árvores D e C é de a) 22 m b) 39 m c) 48 m d) 60 m e) 72 m GABARITO: C RESOLUÇÃO/COMENTÁRIO:

90. Em um bairro de uma cidade, um agrimensor foi incumbido de

refazer o desenho de um trecho de ruas para o projeto de reurbanização da prefeitura. Em seu projeto, duas ruas paralelas, A e B, são interceptadas por uma transversal, como demonstrado na figura a seguir:

Sabendo que os ângulos indicados são suplementares, o valor de x é a) 35° b) 45° c) 55° d) 65° e) 95° GABARITO: B RESOLUÇÃO/COMENTÁRIO:

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