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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A importância da qualidade de vida no trabalho para o atingimento dos objetivos organizacionais Por: André Luís Chaves Madeira Orientador Prof. PAULO JOSÉ Rio de Janeiro 2018 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A importância da qualidade de vida no trabalho para o

atingimento dos objetivos organizacionais

Por: André Luís Chaves Madeira

Orientador

Prof. PAULO JOSÉ

Rio de Janeiro

2018

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A importância da qualidade de vida no trabalho para o

atingimento dos objetivos organizacionais

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão de Pessoas.

Por: André Luís Chaves Madeira.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, família e amigos.

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DEDICATÓRIA

Dedica-se a Deus, pai, mãe e irmã pelo

apoio em todas as situações.

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RESUMO

As inovações tecnológicas, a velocidade de adaptação às mudanças de

mercado, a instabilidade da economia, faz com que as organizações necessitem

cada vez mais de colaboradores comprometidos e motivados de forma de

garantir que os objetivos da organização sejam atingidos. Dentro desse contexto,

vinculado ao atingimento dos objetivos organizacionais surge a Qualidade de

vida no trabalho (QVT).

Quando pensamos nos três pilares que sustentam uma empresa,

lembramos que o desempenho das companhias é avaliado com base nos

desempenhos econômico, social e ambiental. Para Souza e Fontes (2009, pg.7):

“A responsabilidade social aplicada ao público interno envolve principalmente o

pilar social, no qual, através de programas e ações voltados para educação,

saúde, lazer e bem-estar do trabalhador, busca-se a integração do funcionário à

empresa, com maior motivação, melhor condição de saúde e melhoria da

produtividade e da competitividade empresarial”. Cabe à alta administração das

organizações criar um ambiente propício para o desenvolvimento da QVT a fim

de apoiar o processo de tomada de decisão e o atingimento dos objetivos

organizacionais. Esse trabalho visa justamente identificar qual é o papel da QVT

para o atingimento dos objetivos organizacionais.

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METODOLOGIA

Tendo como base a taxionomia apresentada por Vergara (2006), a qual

qualifica uma pesquisa em relação a dois aspectos: quanto aos fins e quanto aos

meios, sobre a metodologia aplicada no presente estudo, têm-se que:

I – Quanto aos fins: a pesquisa será descritiva e explicativa: “A pesquisa

descritiva expões características de determinada população ou de determinado

fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua

natureza. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que descreve,

embora sirva de base para tal explicação” (Vergara, 2006 pg.47). Em relação a

pesquisa explicativa: “Visa, portanto, esclarecer quais fatores contribuem, de

alguma forma, para a ocorrência de determinado fenômeno. Por exemplo: as

razões do sucesso de determinado empreendimento. Pressupõe pesquisa

descritiva como base para suas explicações. (Vergara, 2006 pg.47)

II – Quanto aos meios: a pesquisa será bibliográfica, através da investigação,

principalmente, sobre os temas: gestão e Estratégia Organizacional, saúde

emocional, qualidade de vida no trabalho, liderança e motivação.

Também foram realizadas consultas à internet.

“Pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base

em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é,

material acessível ao público em geral”. (Vergara, 2006 pg.48)

Os principais autores que contribuíram com o trabalho, por apresentarem

conceitos e estudos referentes aos assuntos abordados foram: Ana Cristina

Limongi-França; Marcus Vinicius Rodrigues; Luís Cláudio Paiva de Souza e

Carlos Eduardo Mazzuco Fontes.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Gestão e Estratégia Organizacional 09

CAPÍTULO II - Qualidade De Vida No Trabalho 14

CAPÍTULO III – Liderança e Motivação 26

CONCLUSÃO 36

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 37

ÍNDICE 38

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INTRODUÇÃO

As organizações desenvolvem suas atividades para garantir o

atingimento dos seus objetivos e resultados previamente estabelecidos.

Para a consecução de suas atividades, as organizações necessitam que

seus colaboradores realizem suas atividades de forma a garantir que os objetivos

organizacionais sejam atingidos.

O grande desafio está em como garantir a aderência dos colaboradores

aos planos e metas organizacionais, através da busca do equilíbrio entre os

desafios estabelecidos aos colaboradores e os resultados esperados para a

organização, de forma que não cause impactos negativos à saúde física, mental

e psicológica dos colaboradores.

É neste contexto que se observa que o tema qualidade de vida no

trabalho vem se tornando uma preocupação para as organizações. Como por

exemplo, definições de estratégias para efetivação de projetos que promovam

um maior comprometimento do colaborador aos objetivos organizacionais,

promovendo a saúde, em todos aspectos, do colaborador.

No capítulo I serão abordados conceitos relacionados a gestão e

estratégia organizacional, tais como: definição da missão da organização e seus

objetivos, etapas do processo de gestão da organização e outros.

No capítulo II diversos conceitos relacionados a qualidade de vida no

trabalho (QVT), terão suas definições apresentadas: conceitos de QVT e

evolução histórica da QVT e saúde do trabalhador.

No capítulo III serão apresentados diversos conceitos relacionados a

liderança e motivação, destacando-se o papel da liderança na promoção da

qualidade de vida no trabalho e dessa forma garantir o atingimento dos objetivos

organizacionais.

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CAPÍTULO I

GESTÃO E ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL

Inicialmente é necessário entender o conceito de empresa para que

posteriormente possamos entender os conceitos de gestão e estratégia

organizacional.

Para Figueiredo e Caggiano (1997): “Empresa é uma instituição

econômica criada unicamente para prover a sociedade dos produtos e serviços

necessários ou desejados, compatíveis com as atitudes sociais das nações e da

humanidade” (p.23).

Toda empresa possui uma missão definida, que representa a finalidade

da sua existência, seu objetivo. Para Padoveze (2003, p.13): “Toda empresa

tem uma missão em relação à sociedade e a missão das empresas corresponde

aos seus objetivos permanentes, que consistem em otimizar a satisfação das

necessidades humanas”.

A missão da empresa deve ser de conhecimento de todos os seus

membros, independentemente de seu nível hierárquico, é necessário que todos

estejam comprometidos para o seu melhor desempenho.

Para Figueiredo e Caggiano (1997): “Missão significa finalidade, objetivo

ou propósito básico e permanente da existência de uma empresa; está sempre

ligada ao oferecimento de produtos e serviços para satisfação das necessidades

do consumidor” (1997, p.24).

É importante que a definição da missão da organização seja do

conhecimento de todos que se relacionam com a organização. Junto aos

colaboradores ela funciona como instrumento norteador de suas atividades. Em

relação às demais pessoas que se relacionam com a empresa, funciona como

instrumento esclarecedor da “essência” da organização.

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Cabe ressaltar que também existe o conceito da Eficácia, que está

relacionada ao atingimento dos objetivos previamente estabelecidos.

Para Padoveze (2003, p.15): “(...) uma empresa para ser eficaz deve ser

eficiente; eficácia é quando os objetivos preestabelecidos são atingidos como

resultado da atividade ou do esforço; a eficiência é a relação existente entre o

resultado obtido e os recursos consumidos para conseguir aquele resultado”.

As atividades desenvolvidas na empresa são sempre norteadas para o

atingimento de seus objetivos, devendo ser desempenhadas de forma planejada

e controlada.

É contexto que surge o conceito de processo de gestão, que compreende

todo o processo necessário para apoiar o processo decisorial.

Para Padoveze (2003, p.27) o processo de gestão: “(...) tem por finalidade

permitir à empresa alcançar seus resultados dentro de um conjunto coordenado

de diretrizes, para atingir as metas e objetivos explicitados na declaração da

visão empresarial”.

O processo de gestão é compreendido pelas etapas de planejamento,

execução e controle, com a finalidade de atingir os objetivos previamente

determinados pela organização.

As empresas possuem diversos recursos a serem utilizados para garantir

o sucesso do processo de gestão, tais como: gestão de informações (cabe à

organização organizar seus processos a fim de garantir o fornecimento de

informações fidedignas e em tempo hábil (oportunidade), gestão de pessoas

(capacitação, treinamentos, motivação, comprometimento), recursos

tecnológicos, implementação de projetos, gestão de riscos e outras.

O Planejamento corresponde à etapa inicial do processo de gestão, sendo

a fase na qual é definido um plano para que determinados objetivos sejam

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atendidos, ou seja, definição da estratégia organizacional para garantir o

alcance de seus objetivos.

Para Figueiredo e Caggiano (1997, p.43): “Planejamento pode ser

definido como o processo de reflexão que precede a ação e é dirigido para a

tomada de decisão agora com vistas no futuro”.

Stoner e Freeman (1999, p.136) esclarecem a existência de um

relacionamento direto entre o planejamento e os objetivos determinados pela

empresa: “Planejamento: determinar os objetivos “certos” e em seguida

escolher os meios “certos” de alcançar esses objetivos”.

É importante destacar que as metas e objetivos estabelecidos pela

empresa devem ser claramente definidos e alinhados a missão para o

sucesso do planejamento.

Para Padoveze (2003, p.28): “É a etapa inicial do processo de gestão,

onde a empresa formula ou reformula suas estratégias empresariais dentro

de uma visão especifica do futuro. É a fase de definição de políticas, diretrizes

e objetivos estratégicos...”

Para Figueiredo e Caggiano: “Planejamento Estratégico é uma definição,

em termos de futuro, do que a entidade vai fazer e como vão ser utilizados

estrategicamente seus recursos; envolve-se com a determinação dos objetivos

e metas da corporação, assim como o desenvolvimento de padrões, políticas e

estratégias, por meio das quais eles serão alcançados, e fundamenta-se em

informações a respeito do meio ambiente”.

Stoner e Freeman (1999, p.141) definem estratégia como: “Programa

amplo para se definir e alcançar as metas de uma organização; resposta da

organização ao seu ambiente através do tempo”.

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O sucesso do planejamento estratégico, e portanto, da estratégia

organizacional, dependerá das premissas previamente estabelecidas. Ele

prepara a empresa para o futuro, tendo como base a identificação,

entendimento, análise e interpretações de informações presentes para serem

utilizadas em decisões futuras.

O planejamento estratégico deve ser um processo constante, adaptável

às mudanças de ambiente, reavaliando sempre seus planos visando o futuro

da organização.

O planejamento operacional corresponde à etapa de implementação dos

planos estratégicos nas atividades da empresa, isto é, refere-se à

operacionalização dos planos estabelecidos no planejamento estratégico.

Sendo assim, o planejamento operacional corresponde em determinar

como a empresa procederá no dia a dia, seguindo como linha mestra os

planos estabelecidos no planejamento estratégico.

A execução corresponde à fase do processo de gestão na qual são

colocadas em prática ações para atingir os objetivos determinados no

planejamento. Nesta fase também são identificados os conceitos de

organização e liderança. Organização corresponde à etapa na qual as

tarefas do dia a dia são coordenadas e alocadas buscando o alcance dos

objetivos da empresa. Liderança corresponde à motivação e influência aos

colaboradores na execução das tarefas, criando um ambiente de trabalho

propício e adequado à satisfação dos colaboradores na execução de suas

atividades.

O controle é a etapa do processo que busca garantir a realização das

atividades conforme o planejamento. Contribui para monitorar a eficácia do

planejamento e da execução, e em caso de desempenho em desacordo com

o planejado permite a adoção de ações corretivas.

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No cenário organizacional atual, considerando as mudanças constantes

de mercado (tecnologia, concorrência, competitividade), instabilidade

econômica, necessidade de decisões rápidas e mudanças de estratégias, faz

com que as empresas exijam cada vez mais de seus colaboradores (metas,

projetos). As organizações devem incluir entre suas as estratégias, a

qualidade de vida no trabalho, com a finalidade de promover um ambiente

corporativo fértil e adequado para o desenvolvimento das atividades

laborativas (instalações, equipamentos, ambiente, treinamento,

reconhecimento) e dessa forma procurar promover a aderência dos

colaboradores aos planos organizacionais.

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CAPÍTULO II

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

As mudanças nas relações empresariais ocorridas nas últimas

décadas em função das inovações tecnológicas, concorrência,

internacionalização, novos produtos, necessidade de aumento da

produtividade e outras demandas devido a configuração do mercado

acarretou também em mudanças nas relações de trabalho. Neste contexto,

observa-se a atenção das organizações para o ambiente de trabalho e

consequentemente para a qualidade de vida no trabalho. Neste capítulo serão

abordados conceitos necessários para o entendimento da evolução da

qualidade de vida no trabalho.

2.1 – O Trabalho:

Inicialmente, antes de ser abordado o tema da Qualidade de Vida no

Trabalho é necessário entender o significado do trabalho para o homem.

É através do trabalho que o homem produz os meios para a sua

subsistência.

Para Souza e Fontes (2009, pg. 184): “O homem é um ser que trabalha

e produz o mundo e a si mesmo. O trabalho humano é ação dirigida por

finalidades conscientes, a resposta aos desafios da natureza na luta pela

sobrevivência”.

Para Rodriques (2016, pg.189): “Tudo nos leva a concluir que o trabalho

ocupa um lugar de centralidade na vida das pessoas e no mundo industrializado

contemporâneo. Há um consenso entre os estudiosos sobre o lugar do trabalho

e da organização social e da sua efetiva participação na formação da identidade

do indivíduo”.

“Com o trabalho o homem desenvolve habilidades e imaginação;

aprende a conhecer as forças da natureza e a desafiá-las; conhece as próprias

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forças e limitações; relaciona-se com os companheiros; e vive os afetos de toda

relação. O homem não permanece o mesmo, pois o trabalho altera a visão que

ele tem do mundo e de si mesmo”. ( Souza e Fontes, 2009, pg.184)

2.2 – Histórico da Qualidade de Vida no Trabalho:

No decorrer do século XX, observa-se o crescimento de estudos sobre

a satisfação do indivíduo no trabalho (estudos sobre motivação, comportamento

e suas correlações com as metas organizacionais).

Para Rodrigues (2016, p.28): “O século XX caracterizou-se pelo

desenvolvimento e preocupações com o binômio indivíduo x trabalho”.

Ainda, o autor, apresenta a evolução dos estudos sobre a satisfação no

ambiente organizacional ao longo do século, que resumidamente, pode ser

compreendida pelas seguintes etapas:

1. Primeira metade do século XX:

Na primeira década do século XX foram realizados estudos

voltados para a racionalização do trabalho, através de métodos

científicos, com esforços voltados para maior produtividade e

lucro.

“Essa primeira metade do século XX apresentou dois momentos

distintos: de um lado uma concepção voltada à produtividade e de

outro, a preocupação com a satisfação do trabalhador”

(Rodrigues, 2016 p.28)

2. Anos 50:

Teorias iniciais relacionando a satisfação do trabalhador com o a

produtividade das organizações.

Realização de estudos para a compreensão da relação: Indivíduo

x Trabalho x Organização.

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3. Anos 60:

Mudanças nas relações de trabalho, relacionadas com o

questionamento dos próprios trabalhadores sobre as estruturas

organizacionais e seu funcionamento.

“Esse contexto tornou o indivíduo mais consciente e favoreceu o

desenvolvimento de estudos iniciais na década anterior nos

Estados Unidos e Inglaterra e denominado Qualidade de Vida no

Trabalho (QVT)” (Rodrigues, 2016 p.29).

4. Anos 70:

Representados por mudanças na gestão organizacional e pela

busca de melhorias da organização do trabalho com o intuito de

reduzir os impactos negativos do trabalho na saúde e bem-estar

dos colaboradores.

Essa mudança está atrelada ao aparecimento das teorias

japonesas sobre modelos de administração, e consequentemente

ao sucesso industrial japonês, caracterizado pela automação,

valorização do indivíduo e do trabalho em equipe.

“ É nesta década que surgem os primeiros movimentos e

aplicações estruturadas e sistematizadas no interior da

organização, utilizando a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT)”

(Rodrigues, 2016 p.29).

Portanto, a competividade do mercado internacional e o sucesso

do gerenciamento japonês na década de 70, marcam o

surgimento de um movimento pela Qualidade de Vida no

Trabalho, principalmente nos EUA.

5. Anos 90 a 2000:

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Representados por inovações tecnológicas, competitividade,

instabilidade e modernização das organizações (automatização

da produção, alterações políticas, econômicas e sociais)

mudanças na gestão organizacional.

O tema Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) passa a ocupar

espaço relevante nas discussões acadêmicas e organizacionais.

6. Atualmente:

A QVT (Qualidade de Vida no Trabalho) passa a ser um tema de

frequente abordagem nas organizações, que cada vez mais estão

preocupadas com a motivação e satisfação dos trabalhadores,

sobretudo com seu engajamento para o atingimento das metas

organizacionais.

2.3 – Conceito de Qualidade de Vida no Trabalho:

A qualidade de vida no trabalho está diretamente relacionada com o grau

de realização do colaborador no trabalho (tanto a realização profissional, quanto

a realização pessoal, uma vez que ambas, em muitas situações estão

relacionadas).

Um colaborador profissionalmente motivado e satisfeito (seja pelo

ambiente de trabalho, pelas oportunidades de crescimento e aprendizado, pela

remuneração e benefícios financeiros, pelas metas adequadamente

estabelecidas e outros fatores), além de produzir resultados positivos para a

organização, colaborando para o atingimento das estratégias, também levará

essa satisfação para sua vida pessoal. Fato esse, que se torna um ciclo positivo,

com a tendência da busca constante de melhoria e satisfação.

Diversas são as definições e interpretações para a qualidade de vida no

trabalho.

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Souza e Fontes (2009, pg. 40) apresentam a seguinte definição de

Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) segundo Albuquerque e Limongi (França,

1998): “QVT: conjunto de ações de uma empresa que envolve diagnóstico e

implantação de melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais,

dentro e fora do ambiente de trabalho, visando propiciar condições plenas de

desenvolvimento humano para e durante a realização do trabalho”.

“Considera-se que uma boa gestão de programas de QVT tem que

conciliar e alinhar os objetivos principais e básicos da organização – como

qualidade de produtos e serviços, satisfação do cliente, criação de valor social e

financeiro para si mesma e para a sociedade, e principalmente, sua

sustentabilidade futura – com os objetivos profissionais e pessoais dos

indivíduos que pertencem a esta organização”. (Souza e Fontes, 2009, pg.92).

Portanto, é importante que os valores da organização e de seus

colaboradores estejam alinhados. A organização deve buscar o

comprometimento e o engajamento de seus colaboradores aos seus valores e

metas.

Rodrigues apresenta em sua obra (2016, pg.98) algumas abordagens na

literatura sobre a Qualidade de Vida no Trabalho, como exemplo, citamos os

autores listados abaixo:

Para Richard Walton (1973):

“A expressão qualidade de vida tem sido usada com crescente

frequência para descrever certos valores ambientais e humanos,

negligenciados pelas sociedades industriais em favor do avanço

tecnológico, da produtividade e do crescimento econômico” (

apud Rodrigues, pg.98).

Rodrigues destaca também as oito categorias conceituais da

Qualidade de Vida no trabalho segundo Walton: 1 –

Compensação justa e adequada; 2 – Condições de segurança e

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saúde do trabalho; 3 – Oportunidade imediata para a utilização e

desenvolvimento da capacidade humana; 4 – Oportunidade futura

para crescimento contínuo e segurança; 5 – Integração social no

trabalho; 6 - O constitucionalismo na organização do trabalho; 7 –

O trabalho e o espaço total da vida, e 8 – A relevância social da

vida no trabalho.

Para William Westley (1979):

De acordo com Rodrigues (2016, pg. 102-103), William Westley

classifica e analisa quatro problemas que afetam diretamente e

tornam-se obstáculos à QVT: o político, o econômico, o

psicológico e o sociológico.

“Os problemas políticos trariam como consequência a

insegurança; o econômico, a injustiça; o psicológico, a alienação

e o sociológico a anomia”. (apud Rodrigues, pg.102)

Para Keith Davis e William Werther (1983):

De acordo com Rodrigues (2016, pg. 105-106), “Davis e Werther

(1983) veem a QVT como “afetada por muitos fatores: supervisão,

condições de trabalho, pagamento, benefícios e projetos do

cargo. Porém é a natureza do cargo que envolve mais

intimamente o trabalhador”.

Os referidos autores se dedicaram ao estudo do conteúdo e

designação dos cargos.

“No nível ambiental dois pontos são básicos: a habilidade e

disponibilidade de empregados e as expectativas sociais. Quanto

ao primeiro, é de vital importância uma análise das habilidades e

competência dos trabalhadores do universo considerado para que

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o cargo não seja dimensionado acima ou abaixo das aspirações

profissionais do trabalhador”. (Rodrigues, pg.105).

Para Edgar Huse e Thomas Cummings (1985):

De acordo com Rodrigues (2016, pg. 107): “A QVT pode hoje ser

definida como uma forma de pensamento envolvendo pessoas,

trabalho e organização, onde se destacam dois aspectos

distintos:

1 – A preocupação com o bem-estar do trabalhador e com a

eficácia organizacional;

2 – A participação dos trabalhadores nas decisões e problemas

do trabalho (Huse e Cummings).” ( apud Rodrigues, pg.107).

Rodrigues destaca, que para os autores referidos acima, a análise

da QVT é explicitada através de quatro aspectos ou programas:

o A participação do trabalhador nos problemas e soluções

organizacionais:

“O trabalhador é envolvido no processo de tomada de

decisão em vários níveis organizacionais, através de uma

filosofia adequada”. (Rodrigues, pg.108)

o O projeto do cargo:

“Envolve a reestruturação do cargo dos indivíduos ou

grupos. Os cargos devem atender às necessidades

tecnológicas do trabalhador”. (Rodrigues, pg.108)

o Inovação no sistema de recompensa:

“Envolve todo o plano de cargo e salário da organização e

visa minimizar as diferenças salariais e de status entre os

trabalhadores”. (Rodrigues, pg.109)

o Melhora no ambiente de trabalho:

“Envolve mudanças físicas ou tangíveis nas condições de

trabalho como: flexibilidade de horário, modificação do

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local dos equipamentos de trabalho etc”. (Rodrigues,

pg.109)

Para David Nadler e Edward Lawler (1983):

De acordo com Rodrigues (2016, pg. 110): “Após várias

pesquisas, Nadler e Lawler identificam os fatores que preveem o

sucesso dos projetos de QVT. São eles:

o Percepção da necessidade;

o O foco do problema que é destacado na organização;

o Estrutura para identificação e solução do problema,

teoria/modelo de projeto de treinamento e participantes;

o Compensações projetadas tanto para os processos quanto

para os resultados;

o Sistemas múltiplos afetados;

o Envolvimento amplo da organização

Ainda, para os autores em questão, existem 3 necessidades

básicas para que o programa de QVT seja bem-sucedido: 1ª.

Desenvolvimento de um projeto em níveis diferentes e coerente

com o contexto em que será aplicado; 2ª. Mudanças nos sistemas

de gerenciamento e disposições organizacionais; e 3ª. Mudanças

no comportamento do gerenciamento superior.

Souza e Fontes (2009, pg.186) destacam a definição de Qualidade de

Vida no Trabalho dada por Chiavenato em sua obra (1999): “representa em que

graus os membros da organização são capazes de satisfazer suas necessidades

pessoais através do seu trabalho na organização”.

Para Limongi-França (2008, pg.42): “Afirma-se, portanto, haver íntima

correlação entre melhoria da Qualidade de Vida das Pessoas e Estilo de Vida

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dentro e foram da organização. Isso causará impacto na excelência e na

produtividade dos indivíduos em seu trabalho”.

“A Qualidade de Vida no Trabalho tem sido definida de diferentes formas

por diversos autores. No entanto, praticamente todas as definições têm em

comum a idéia de que este movimento visa propiciar maior humanização do

trabalho, e de que viver com qualidade de vida é saber manter o equilíbrio no

dia-a-dia, procurando sempre melhorar o processo de interiorização de hábitos

saudáveis, aumentando a capacidade de enfrentar pressões e dissabores e

vivendo de modo mais consciente e harmônico em relação ao meio ambiente,

às pessoas e a si próprio”. (Souza e Fontes, 2009, pg.190)

Para Limongi-França (2008, pg.42): “Muitas vezes, a Gestão da

Qualidade de Vida nas empresas tem sofrido perda de credibilidade por causa

de aparente superficialidade e por ser usada por aqueles que nela vêem só mais

uma forma de adiar soluções e mudanças efetivas nas condições do trabalho.

Embora ainda haja enorme lacuna entre o discurso e a ação, as preocupações

com a Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho vêm ganhando grande

expressão e forma em âmbito mundial, e também no ambiente organizacional

brasileiro”.

2.4 –Qualidade de Vida no Trabalho e a promoção da saúde dos

trabalhadores:

É importante ressaltar que a promoção da qualidade de vida no trabalho

não deve ter como foco apenas a saúde física dos colaboradores e sim também

a saúde psicológica e mental.

Para Souza e Fontes (2009, pg.18): “É consenso que as preocupações

e os programas voltados para a promoção da saúde e da QVT ainda, são, em

sua grande maioria, voltados a cuidar dos aspectos físicos da saúde dos

trabalhadores. Estes programas, no entanto, não têm correspondido, em termos

de atenção específica, ao crescente reconhecimento do papel dos distúrbios

psicológicos e mentais nos problemas de saúde dos trabalhadores. Aliás, as

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estatísticas confirmam que são exatamente estes distúrbios mentais e

psicológicos os que mais crescem, tornando-se os responsáveis pela maior parte

das licenças-saúde que levam as pessoas a se afastarem de suas atividades

profissionais”.

Através da análise dos dados estatísticos do Ministério do Trabalho,

disponíveis no 1º.Boletim Quadrimestral de 2017 - Adoecimento Mental e

Trabalho – A concessão de benefícios por incapacidade relacionados a

transtornos mentais e comportamentais entre 2012 e 2016

(http://www.previdencia.gov.br/saude-e-seguranca-do-trabalhador/boletim-

quadrimestral/) é possível observar que:

“Os transtornos mentais e comportamentais foram a terceira

causa de incapacidade para o trabalho, considerando a

concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, no

período de 2012 a 2016”.

“Os transtornos mentais e comportamentais ocupam a terceira

posição como motivo para afastamento do trabalho, totalizando

668.927 casos, cerca de 9% do total de auxílios-doença e

aposentadorias por invalidez no período.

Entretanto, cabe ressaltar que o boletim demonstra que 92% do

total da concessão de auxílios-doença relacionados a transtornos

mentais referem-se a auxílio-doença não relacionados ao

trabalho.

Ou seja, 8% dos auxílios-doença relacionados a transtornos

mentais estão relacionados à atividade do trabalhador.

Entretanto, o boletim esclarece que: “O motivo dessa constatação

parece estar relacionado à intangibilidade do adoecimento

mental. A decisão quanto à permanência deste adoecimento,

assim como sobre sua relação com o trabalho, se mostra muito

mais complexo do que aquele referente ao adoecimento físico,

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que pode se basear com maior frequência em lesões evidentes

(visíveis) e exames conclusivos. Outro aspecto a ser considerado

é a resistência ao reconhecimento da relação do trabalho com a

doença mental: é sempre difícil para a direção de uma empresa,

ou para o empregador, reconhecer que sua atividade tem sido

disfuncional e levado os trabalhadores a desenvolverem agravos

psíquicos.

Ainda, de acordo com o boletim, 79% dos afastamentos por

transtornos mentais relacionados ao trabalho possuem como

motivos: Reações ao “stress” grave e transtornos de adaptação

(F43), episódios depressivos (F32) e transtornos ansiosos (F41),

conforme demonstrado no gráfico abaixo:

Figura 1

Para Limongi-França (2008, pg.43): “A introdução de novas tecnologias

de trabalho e programas de reengenharia e de qualidade total nas empresas

passou a exigir cada vez mais dos profissionais. Isso reduziu a qualidade de vida

%

F43 "Reações ao ""stress""grave e transtornos de adaptação" 31,05%

F32 Episódios depressivos 27,11%

F41 Outros transtornos ansiosos 21,10%

F33 Transtorno depressivo recorrente 8,65%

F31 Transtorno afetivo bipolar 4,10%

F10 Transtornos mentais e comportamenais devidos ao uso de álcool 1,38%

F40 Transtornos fóbico-ansiosos 1,33%

F19 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de múltiplas drogas e ao uso de outras substâncias psicoativas 1,00%

F29 Psicose não-orgânica não especificada 0,61%

F14 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso da cocaína 0,40%

F23 Transtornos psicóticos agudos e transitórios 0,39%

F20 Esquizofrenia 0,39%

F34 Transtornos de humor (afetivos) persistentes 0,35%

F42 Transtorno obsessivo-compulsivo 0,32%

F44 Trasntornos dissociativos (de conversão) 0,30%

F45 Transtornos somatoformes 0,25%

F06 Outros transtornos mentais devidos a lesão de disfunção cerebral e doença física 0,20%

F25 Transtornos esquizoafetivos 0,16%

F39 Transtorno de humor (afetivo) não especificado 0,15%

F48 Outros transtornos neuróticos 0,13%

Outros 0,65%

100,0%

Quadro conforme Tabela 10: Distribuição da Concessão de Auxílio-Doença Relacionado a Acidente de Trabalho (B91) ao Segurado Empregado

motivada por Transtornos Mentais e Comportamentais (Capítulo V CID10) entre 2012 e 2016 por Categoria da Classificação Internacional de

Doenças (CID10) - 20 Categorias Associadas às Maiores Frequências

Categoria CID10

79,26%

Quadro 1: Fonte Boletim Quadrimestral - Secretaria de Previdência - Ministério da Fazenda - http://www.previdencia.gov.br/saude-e-seguranca-do-trabalhador/boletim-

quadrimestral/

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e aumentou os casos de stress em todo o mundo. O stress é uma resposta do

corpo à pressão. Ele ocorre quando o organismo responde com o corpo, com a

mente e com o coração às condições inadequadas de vida de forma contínua e

muito intensa. As consequências nocivas disso são variadas. (...)”.

Portanto, é necessário que as práticas adotadas pelas as organizações

para promover a qualidade de vida no trabalho também estejam voltadas para a

saúde mental.

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CAPÍTULO III

LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO

3.1 – Liderança – Conceito e Generalidades:

“Liderança é o processo de dirigir e influenciar as atividades relacionadas

às tarefas dos membros de um grupo”. (Stoner e Freeman, 1999 pg. 344).

Souza e Fontes (2009, pg.198) apresentam a definição de líder eficaz

para Wilhelm (1996): “A condição sine qua non dos líderes eficazes do futuro

serão, em grande parte, as mesmas que sempre foram. Elas abrangem

inteligência básica, valores claros e sólidos, níveis elevados de energia pessoal,

capacidade e vontade de crescer constantemente, visão, curiosidade

contagiosa, boa memória e a capacidade de fazer com que os seguidores se

sintam bem consigo mesmos”.

Stoner e Feeman (1999, p.344-345), apresentam três implicações

importantes na definição de estratégia:

1ª. A Liderança envolve outras pessoas (subordinados ou

seguidores): “Com a disposição de aceitar as ordens do líder, os

membros do grupo ajudam a definir o status do líder e tornam

possível o processo de liderança; sem subordinados, todas as

qualidades de liderança de um administrador seriam irrelevantes”;

2ª. A Liderança envolve uma distribuição desigual de poder entre

os líderes e os membros do grupo: “Os membros do grupo não

são desprovidos de poder; podem moldar e moldam de vários

modos as atividades grupais. Mesmo assim o líder geralmente

tem mais poder (poder: A capacidade de exercer influência – isto

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27

é, de mudar as atitudes ou o comportamento de indivíduos ou

grupos) ”.

3ª. A Liderança envolve a capacidade de usar diferentes formas

de poder para influenciar de vários modos o comportamento dos

seguidores. Entendendo-se influência como “quaisquer ações ou

exemplos de comportamento que causem uma mudança de

atitude ou de comportamento em outra pessoa ou grupo”. “Por

este motivo, muitos acreditam que os líderes têm uma obrigação

especial de considerar a ética em suas decisões”.

Sobre as características de uma liderança eficaz, Souza e Fontes

destacam (2009, pg.198 a 202):

“Uma característica essencial de todos os líderes eficazes é a

capacidade de visualizar onde estão tentando chegar e articular

com clareza esta visão para potenciais seguidores, a fim de que

estes identifiquem seu papel pessoal na realização desta visão”.

“Os líderes devem servir de referência. O poder de referência é

aquele conferido pelos seguidores quando estes conquistam o

valor próprio através do relacionamento com os líderes”.

“Entre os comportamentos capazes de gerar uma liderança

efetiva encontram-se: empatia, coerência, capacidade de

persuadir, aptidão e disposição de liderar pelo exemplo e

habilidade de comunicação”.

Previsibilidade e Coerência: “Líderes previsíveis e que

demonstrem um comportamento coerente são mais facilmente

seguidos”.

Eficácia e Persuasão: “Líderes eficazes são persuasivos. Eles

absorvem grandes quantidades de informações e as reprocessam

de modo a constituí-las em argumentos persuasivos. Depois,

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utilizam estes argumentos para convencer os demais sobre

determinados valores ou ações.

Liderança por exemplo: “Os seguidores buscam em seus líderes

padrões elevados de conduta pessoal em relação ao que exigem

de si mesmos”.

Liderança do Futuro: Entre outras características, o líder do futuro

deverá apresentar a capacidade de: I – Envolvimento dos

liderados e obtenção de participação na realização das tarefas; II

– Aprendizado contínuo (perguntar, aprender, acompanhar e

crescer de forma consistente e efetiva), também engloba a

capacidade de ouvir e refletir sobre os feedbacks recebidos; III –

Capacidade de definição de prioridades (foco, priorização e

eficácia, ou seja, objetividade); IV – Gestão de Equipe; V –

Capacidade de Administrar mudanças; e etc.

Stoner e Freeman (1999, p.350-351), apresentam a Abordagem

Contingencial, “uma visão de que a técnica de administração que melhor

contribui para o alcance dos objetivos organizacionais pode variar em função de

diferentes tipos de situações ou circunstâncias”. Isto é, pesquisas identificaram

que situações diversas afetam a eficácia de uma determinada liderança. Entre

as características que impactam a eficácia de uma liderança, destacam-se:

Personalidade, experiências passadas e expectativas do líder;

Expectativas e o comportamento do superior;

Exigências da tarefa (natureza das responsabilidades de trabalho

dos subordinados);

Expectativas e comportamentos dos pares (“as opiniões e

atitudes dos pares de um gerente afetam a eficácia de seu

desempenho”);

Características, expectativas e comportamento dos subordinados

(“as habilidades, o treinamento e as atitudes dos subordinados

também influenciam a escolha de estilo pelo administrador”);

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Cultura e políticas organizacionais (“esses dois elementos

amoldam o comportamento do líder e as expectativas dos

subordinados”).

Portanto, o perfil de um líder pode ser impactado por diversos motivos,

mas sobretudo está diretamente relacionado às convicções e comportamentos

pessoais adicionados aos conhecimentos e experiências profissionais adquiridos

e ao ambiente a ser exercida a liderança.

Para Souza e Fontes (2009, pg.61): “Enfim, percebe-se que, hoje, o

grande desafio dos líderes é possuir capacidade para gerenciar as pessoas e as

relações interpessoais de sua equipe; aprimorar a capacidade de viver em meio

à diversidade de culturas e pessoas; ser resiliente; ter capacidade empática;

além de uma série de outras competências e habilidades comportamentais.

Estes elementos, aparentemente meio soltos ou à deriva nos ambientes

corporativos, devem ser combinados com sofisticação e utilizados de forma sutil

como quem, com arte, mistura cores e pinceladas para criar uma bela imagem

que faça sentido, ou seja, que produza harmonias e sinergias para o alcance de

resultados”.

Sobre as competências técnicas dos líderes, Souza e Fontes (2009,

pg.61) acrescentam: “Elas continuam a manter a importância que sempre

tiveram, sendo absolutamente indispensáveis. A novidade é o reconhecimento

crescente de que elas, sozinhas, não parecem mais ser suficientes para dar

conta e responder, adequada e eficazmente, a toda uma séria de desafios que

a complexidade dos modernos e sofisticados processos de trabalho do mundo

corporativo atual apresentam”.

Entre outras atribuições, cabe ao líder contribuir para Qualidade de Vida

no Trabalho (sua e de seus subordinados), física e emocional. Buscando, através

de suas atitudes, o equilíbrio entre a gestão de seu pessoal e os objetivos

organizacionais. O desafio está em encontrar a forma mais eficiente de promover

esse equilíbrio.

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30

3.2 – Motivação – Conceito e Generalidades:

Para o funcionamento de uma empresa, é necessário o

comprometimento e esforço de todos.

É neste contexto que foram criadas várias teorias sobre a motivação,

buscando esclarecer como o comportamento dos líderes (gestores) influenciam

o comportamento dos seus subordinados

Stoner e Freeman (1999, pg.322), definem motivação como “Os fatores

que provocam, canalizam e sustentam o comportamento de um indivíduo”.

As primeiras teorias da motivação classificam-se em Modelo Tradicional,

Modelos das Relações Humanas e Modelo dos Recursos Humanos:

Modelo tradicional: Modelo associado a Frederick Taylor e à

administração científica. “ Os administradores determinavam o

modo mais eficiente de realizar tarefas repetitivas e em seguida

motivavam os empregados com um sistema de incentivos

salariais – quanto mais produzissem mais ganhavam (Stoner e

Freeman, pg. 322);

Modelo das relações humanas: Modelos associado a Elton Mayo

e outros pesquisadores das relações humanas que “descobriram

que o tédio e a repetitividade de muitas tarefas na realidade

reduziam a motivação, ao passo que os contatos sociais

ajudavam a criar e a manter a motivação”. (Stoner e Freeman,

pg. 322);

Ou seja, reconhecimento das necessidades sociais dos

empregados contribui para a motivação através do sentimento de

utilidade e importância.

Modelo dos recursos humanos: Neste modelo, foram identificadas

duas visões diferentes de suposições que os administradores

fazem sobre seus subordinados:

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31

De acordo com Stoner e Freeman (1999, pg.322-323):

I – Teoria X (Visão Tradicional) – “De acordo com McGregor, trata-

se de uma visão tradicional da motivação, afirmando que o

trabalho é desagradável para os empregados, que devem ser

motivados através de força, de dinheiro ou de elogios”.

II – Teoria Y (Visão Otimista) – “De acordo com McGregor, é a

suposição de que as pessoas são inerentemente motivadas a

trabalhar e a realizar um bom serviço”.

Stoner e Freeman (1999) também apresentam os grupos de teorias

contemporâneas sobre o estudo da motivação, classificando-os em: Teorias de

Conteúdo da Motivação, Teorias de Processo da Motivação e Teoria do Reforço.

Entre outras características, destacam-se:

Teorias de Conteúdo da Motivação:

As teorias de conteúdo da motivação concentram-se nas

necessidades que motivam o comportamento.

Destacando-se:

(a) Teoria da Hierarquia das Necessidades, de Abraham Maslow:

“Teoria de conteúdo, afirmando que as pessoas são

motivadas a satisfazer cinco tipos de necessidades, que

podem ser relacionadas numa hierarquia”. (Stoner e Frreman,

pg.324-325)

Essas necessidades, hierarquicamente são:

1ª.Necessidades de auto-realização;

2ª. Necessidades de estima;

3ª. Necessidades de participação;

4ª. Necessidades de segurança e estabilidade;

5ª. Necessidades fisiológicas.

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“Partindo das necessidades físicas, que são as mais básicas,

cada necessidade deve ser ao menos parcialmente satisfeita

antes do indivíduo desejar satisfazer uma necessidade do

próximo nível acima”.

“De acordo com Maslow, quando todas as outras

necessidades forem adequadamente atendidas os

empregados começarão a se motivar com a necessidade de

auto-realização. Irão procurar um significado e o crescimento

pessoal em seu trabalho, e buscarão ativamente ter novas

responsabilidades”. (Stoner e Frreman, pg.326)

(b) Teoria ERC:

“Teoria de conteúdo, que diz que as pessoas lutam para

satisfazer uma hierarquia de necessidades existenciais, de

relacionamento e de crescimento; se os esforços para

alcançar um dos níveis de necessidade são frustrados, os

indivíduos voltarão ao nível inferior”. (Stoner e Frreman,

pg.326)

(c) Necessidade de Realização:

Os pesquisadores descobriram consideráveis evidências da

correlação entre grande necessidade de realização e alto

desempenho.

O modelo de John W. Atkinson relaciona comportamento e

desempenho a três impulsos básicos: a necessidade de

realização, a necessidade de poder e a necessidade de

afiliação, ou associação íntima com os outros. (Stoner e

Frreman, pg.326)

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A pesquisa de David C. McClelland indicou uma forte

necessidade de realização – o desejo de ter sucesso ou de

sobressair em situações competitivas – relaciona-se como os

indivíduos são motivados a realizar suas tarefas profissionais.

(Stoner e Frreman, pg.326)

(d) Teoria dos Dois Fatores da Motivação:

“Teoria de Herzberg, dizendo que a insatisfação e a satisfação

decorrem de dois conjuntos diferentes de fatores”. (Stoner e

Frreman, pg.326)

Como fatores de insatisfação tem-se: salário, condições de

trabalho e política da empresa.

Como fatores de satisfação tem-se: a realização, o

reconhecimento, a responsabilidade e o progresso.

Teorias de Processo da Motivação:

Teorias de processo são “Teorias da motivação que estudam os

processos de pensamento através dos quais as pessoas decidem

como agir”. (Stoner e Freeman, pg.328)

Destacam-se, de acordo com Storner e Freeman:

(a) Teoria da Expectativa:

“Modelo de motivação especificando que o esforço para se

atingir um alto desempenho é resultante de se perceber a

possibilidade de que o alto desempenho pode ser alcançado

e recompensado se alcançado e o que a recompensa valerá o

esforço dispendido”.

(b) Teoria da Equidade:

“Uma teoria da motivação no trabalho, enfatizando o papel

representado pela crença do indivíduo na equidade ou justiça

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das recompensas e punições na determinação de seu

desempenho e sua satisfação”.

(c) Teoria do Estabelecimento de Objetivos:

“Uma teoria de processo que se concentra no processo de

estabelecer objetivos”.

Teoria do Reforço:

“Uma abordagem à motivação baseada na “lei do efeito”- a

idéia de que o comportamento com consequências positivas tende a

ser repetido, enquanto o comportamento com consequências

negativas tende a ser não repetido”.

Souza e Fontes (2009, pg.213) abordam que a motivação é intrínseca e

extrínseca. A motivação extrínseca ocorre a partir de estímulos externos, sendo

esses fatores externos representados por mudanças. A motivação intrínseca

está relacionada à busca de satisfação e necessidades externas, compreendem

a aquisição de novos comportamentos e a capacidade de querer fazer, mesmo

onde as condições sejam adversas.

Portanto, a motivação corresponde à capacidade dos líderes de

influenciar seus colaboradores e assim obter o comprometimento com as metas

e objetivos da organização.

“Os líderes dependem mais do que nunca de alguns ingredientes que só

são efetivamente materializados se estes possuírem capacitação

comportamental para tanto. Sobretudo no que diz respeito à motivação, sinergia,

cooperação, pró-atividade, harmonia e colaboração dentro de suas equipes e de

seus departamentos.

Estar motivado e trabalhar em harmonia e espírito de cooperação podem

ser considerados bons indicadores e um bom termômetro do estado de Saúde

Emocional de uma equipe e de cada um de seus participantes”. (Souza e Fontes,

2009, pg.87-88)

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A liderança ao criar condições para a promoção da qualidade de vida no

trabalho, promovem a motivação e consequente contribui para o atingimento dos

objetivos e estratégias organizacionais.

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36

CONCLUSÃO

As organizações necessitam de colaboradores comprometidos e

motivados para garantir que seus objetivos sejam atendidos.

A busca da Qualidade de Vida no trabalho vem se tornando uma

estratégia das organizações, como forma de garantir a atingimento das metas e

objetivos organizacionais.

O grande desafio está em como colocar em prática projetos que

realmente promovam uma qualidade de vida no trabalho, de modo que não se

torne apenas um objetivo sem prática.

Sendo importante destacar que os projetos de qualidade de vida devem

estar voltados para além dos aspectos da saúde física do colaborador, mas

também para a saúde psicológica e mental. Observa-se ultimamente um

aumento nos números de casos de adoecimento mental e psicológico, seja por

pressão do ambiente corporativo (metas agressivas, novos projetos, inovações

e etc) ou por motivos pessoais.

Neste contexto se destaca a importância de uma liderança efetivamente

capacitada e com poder de motivar seus subordinados.

“Tudo aponta uma liderança com maior poder e autonomia oferecida aos

funcionários, pois segundo este conceito, as empresas se tornam mais

competitivas a longo prazo, surgindo, então, organizações que trabalham de

forma mais humanista, com ênfase em pessoas, pois o indivíduo é o verdadeiro

núcleo que move uma organização. O sucesso desta depende do nível de

motivação de seus colaboradores, pois quanto maior o nível de satisfação na

empresa maior o índice de sucesso. Ou seja, empregados felizes e motivados,

organizações bem-sucedidas”. (Souza e Fontes, 2009, pg. 241)

Portanto, a promoção da qualidade de vida no trabalho está diretamente

relacionada com o atingimento dos objetivos organizacionais, o importante e

diferencial para as organizações é que este projeto não fique apenas no

discurso, mas que seja efetivamente colocado em prática.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

FIGUEIREDO, Sandra; CAGGIANO, Paulo Cesar. Controladoria Teoria e

Prática. São Paulo: Atlas, 1997.

LIMONGI-FRANÇA, Ana Cristina. Qualidade de Vida No Trabalho - QVT. São

Paulo, Editora Atlas, 2008.

PADOVEZE, Clóvis Luís. Controladoria Estratégica e Operacional. São Paulo:

Thomson, 2003.

RODRIGUES, Marcus Vinicius. Qualidade de Vida No Trabalho – Evolução e

Análise no Nível Gerencial. São Paulo: Editora Vozes, 2016.

SOUZA, Luís Cláudio Paiva de.; FONTES, Carlos Eduardo Mazzuco. Qualidade

de Vida No Trabalho - Saúde Emocional e Gestão Estratégica. São Paulo:

Edicon, 2009.

STONER, James A. F.; FREEMAN, R. Eduardo. Administração. Rio de Janeiro:

Editora LTC, 2000.

Material disponível na internet:

1º.Boletim Quadrimestral de 2017 - Adoecimento Mental e Trabalho – A

concessão de benefícios por incapacidade relacionados a transtornos mentais

e comportamentais entre 2012 e 2016 (http://www.previdencia.gov.br/saude-e-

seguranca-do-trabalhador/boletim-quadrimestral/)

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Índice

FOLHA DE ROSTO.............................................................................................2

AGRADECIMENTOS .................................................................................................. 3

DEDICATÓRIA ........................................................................................................... 4

RESUMO ...................................................................................................................... 5

METODOLOGIA ......................................................................................................... 6

SUMÁRIO .................................................................................................................... 7

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 8

CAPÍTULO I ................................................................................................................ 9

GESTÃO E ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL ....................................................... 9

CAPÍTULO II ............................................................................................................. 14

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO ................................................................ 14

2.1 – O Trabalho:..................................................................................................... 14

2.2 – Histórico da Qualidade de Vida no Trabalho: .................................................. 15

2.3 – Conceito de Qualidade de Vida no Trabalho: .................................................. 17

2.4 –Qualidade de Vida no Trabalho e a promoção da saúde dos trabalhadores: ....... 22

CAPÍTULO III ............................................................................................................ 26

LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO .................................................................................. 26

3.1 – Liderança – Conceito e Generalidades: ........................................................... 26

3.2 – Motivação – Conceito e Generalidades: .......................................................... 30

CONCLUSÃO ............................................................................................................ 36

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.............................................................................. 37

Figura 1 ....................................................................................................................... 24