documento protegido pela leide direito autoral · usando uma empresa fictícia (restaurante...

42
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURIDICA REGIMES TRIBUTÁRIOS: UMA ANALISE COMPARATIVA DE UMA EMPRESA DE COMÉRCIO Fernanda Barbosa do Espirito Santo ORIENTADOR: Prof. Luciana Madeira Rio de Janeiro 2019 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

Upload: others

Post on 26-Oct-2020

5 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

1

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURIDICA REGIMES

TRIBUTÁRIOS: UMA ANALISE COMPARATIVA DE UMA

EMPRESA DE COMÉRCIO

Fernanda Barbosa do Espirito Santo

ORIENTADOR:

Prof. Luciana Madeira

Rio de Janeiro

2019

DOCUMENTO P

ROTEGID

O PELA

LEID

E DIR

EITO A

UTORAL

Page 2: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Apresentação de monografia à AVM como requisito

parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão e Planejamento Tributário.

Por: Fernanda Barbosa do Espirito Santo

IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURIDICA REGIMES

TRIBUTÁRIOS: UMA ANALISE COMPARATIVA DE UMA

EMPRESA DE COMÉRCIO

Rio de Janeiro

2019

Page 3: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

3

AGRADECIMENTOS

Primeiramente а Deus qυе permitiu qυе tudo isso acontecesse, ао

longo dе minha vida, mas que еm todos оs momentos é o maior mestre qυе

alguém pode conhecer.

A esta universidade, sеυ corpo docente, direção е administração

qυе oportunizaram а janela qυе hoje vislumbro υm horizonte superior, com

confiança nо mérito е ética aqui presentes.

Agradeço а todos оs professores pоr mе proporcionar о

conhecimento nãо apenas racional, mаs а manifestação dо caráter е

afetividade dа educação nо processo dе formação profissional.

Meus agradecimentos аоs meu esposo Adilson Moreira dos

Santos, companheiros dе trabalhos, irmãos e amigos qυе fizeram parte dа

minha formação е qυе vão continuar presentes em minha vida com certeza.

A todos qυе direta оυ indiretamente fizeram parte dа minha

formação, pelo amor, incentivo е apoio incondicional, muito obrigada.

Page 4: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

4

DEDICATÓRIA

“Dedico este trabalho primeiramente а Deus,

ao meu esposo, irmãos, sobrinhos, tia e

primos por seres essenciais em minha vida.”

.

Page 5: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

5

RESUMO

O imposto de renda está entre os principais e mais onerosos

tributos no mundo. No Brasil o crescimento de apenas 0,26% na arrecadação

federal em setembro de 2018 na comparação com o ano anterior, de acordo

com a Receita Federal, uma alta de 21,34% no recolhimento do Imposto de

Renda sobre Pessoas Jurídicas (IRPJ). A partir dessa informação, qual a

melhor forma de tributação do imposto de renda para o comércio? O objetivo

deste trabalho é orientar os usuários que declaram imposto de renda de

pessoas jurídicas, pois elevada carga tributaria no país faz com que cada vez

mais os profissionais de contabilidade se aprofundem no assunto, a fim de

minimizar os tributos pagos pela empresa e assim aumentar o lucro. O

presente trabalho mostra brevemente sobre cada forma de tributação da

pessoa jurídica e apresenta um estudo de caso entre Simples Nacional, Lucro

Presumido e Lucro Real. Por fim, esse trabalho vem por esclarecer dúvidas e

avaliar a melhor e mais vantajosa forma de tributação do imposto de renda,

demonstrando todos os regimes tributários, informando bases de cálculos,

taxas utilizadas e período de apuração vigente do ano – calendário. Após

concluir a pesquisa verifica-se que o Simples Nacional é o melhor regime de

tributação do imposto de renda.

O imposto de renda é o valor do tributo descontado da empresa e

entregue ao Governo Federal (UNIÃO), sendo que a porcentagem de desconto

é fixada pelo governo de cada país onde é aplicado esse imposto. No Brasil a

alíquota é de 15%, podendo ter um acréscimo de 10%, caso exceda o teto

permitido. A declaração comprovativa das receitas de uma empresa era a

denominada Declaração Imposto de Renda Pessoa Jurídica (DIRPJ), que foi

substituída pela Escrituração Contábil Fiscal (ECF). A partir do ano-calendário

2014, com entrega prevista para o último dia útil do mês de julho do ano

posterior ao do período da escrituração no ambiente do Sistema Público de

Escrituração Digital (SPED).

Page 6: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

6

METODOLOGIA

Para atender aos objetivos deste trabalho e melhor responder o

problema levantado, foi utilizada a pesquisa exploratória.

Segundo Gil (2002, p.42), as pesquisas exploratórias são:

Pesquisas que tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições.

A pesquisa bibliográfica e a pesquisa estudo de caso também foram

utilizadas para atingir o objetivo.

A pesquisa bibliográfica, de acordo com Silva (2003, p. 60), “explica e

discutem um tema ou problema com base em referências teóricas já publicadas

em livros, revistas, periódicos, artigos científicos”, ou seja, é empregada

utilizando-se fontes secundárias.

Para Gil (1999, p. 65) a principal vantagem da pesquisa bibliográfica

está “no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de

fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar

diretamente”.

Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores

fictícios, os mesmos foram submetidos à análise de cálculos de tributos nos

três Regimes de Tributação, o Simples Nacional, o Lucro Presumido e o Lucro

Real para que seja possível constatar qual o regime de tributação será menos

oneroso o IRPJ para esta empresa.

Ferrão (2003, p.107) diz que:

Page 7: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

7

A coleta de dados é realizada pelas técnicas de pesquisa, cujo(s) tipo(s) depende do objeto de trabalho. [...] Realizada a coleta dos dados, com todos os critérios, os mesmos devem ser preparados para digitação e para posterior análise estatística. Antes da análise e da interpretação, os dados devem ser submetidos aos seguintes trabalhos: seleção, codificação e tabulação.

Desenvolvi o trabalho através das técnicas de pesquisas

bibliográfica, documental e estudo de caso, artigos científicos, revistas, livros

dos autores Pegas, Fabretti entre outros e legislação específica sobre o tema,

de modo a possibilitar o aprofundamento.

Page 8: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

8

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I

Imposto de renda 11

CAPÍTULO II

Regimes Tributários 16

CAPÍTULO III

Estudo de Caso 33

CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA 40

ÍNDICE 42

Page 9: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

9

INTRODUÇÃO

O Imposto de Renda surgiu no Brasil em 1922, sendo obrigatório a

partir de 1924; evoluiu chegando ao que conhecemos hoje, uma declaração

totalmente informatizada. “No Brasil a carga tributária é uma das mais elevadas

e cresceu significativamente nos últimos anos, atingindo atualmente cerca de

36% do Produto Interno Bruto (PIB)”. (PORTAL TRIBUTÁRIO, 2015). São

contribuintes do Imposto de renda pessoa jurídica e as empresas individuais,

sendo por opção ou por determinação legal, são tributadas por um dos

seguintes regimes: Simples Nacional Lucro Presumido, Lucro Real ou

Lucro Arbitrado.

Diante da atual crise no país, este trabalho levanta o seguinte problema:

Qual a melhor forma de tributação do imposto de renda para uma empresa de

comércio?

Atualmente, o profissional contábil enfrenta um grande desafio, de

escolher a menos onerosa forma de tributação do imposto de renda, devido à

crise financeira, no qual as empresas precisam reduzir custos, podendo optar

pela maneira menos onerosa para o pagamento dos tributos, se adequando à

realidade da empresa, podendo refletir em maior lucratividade empresarial.

Para optar pela forma menos onerosa da empresa deve levar em consideração

as vantagens e desvantagens que cada regime de tributação oferece.

O objetivo deste estudo foi analisar a melhor forma de tributação de uma

empresa comercial, buscando analisar através de um estudo de caso, sendo

necessária a analise comparativa dos regimes tributários: Simples Nacional,

Lucro Real e Lucro Presumido.

Esta pesquisa limita-se a apresentar a estrutura conceitual das

sistemáticas de tributações, com a especificação do imposto de renda,

praticado por um comercial de médio porte. (BISOLO, 2012, pág. 196).

Page 10: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

10

CAPÍTULO I

IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURIDÍCA

A cobrança do Imposto de Renda no Brasil se iniciou em 1923,

porém a lei que a instituiu foi a de nº 4.625, de 31 de dezembro 1922 conforme

disposto no artigo 31, a seguir:

Art.31. Fica instituído o imposto geral sobre a renda, que será devido anualmente, por toda pessoa physica ou jurídica, residente no território do paiz, e incidira, em cada caso, sobre o conjunto liquido dos rendimentos de qualquer origem .

Com apenas este artigo e oito incisos da referida lei orçamentária

estava criado o imposto geral sobre a renda no país, embora, anteriormente,

tenha havido tributação pontual sobre a renda, mas sem repartição própria nem

funcionários com dedicação exclusiva ao Imposto de Renda. Antes de 1922,

tivemos o Imposto sobre Vencimentos, criado em 1843 e suprimido dois anos

após, mas que voltaria a ser cobrado outras vezes através do Imposto sobre

Dividendos e o Imposto sobre os Lucros. (RECEITA FEDERAL).

1.1. Características e Conceitos

A Receita Federal lista algumas características do imposto de maior

arrecadação do Brasil:

1. Desde 1979 é o tributo federal de maior arrecadação. Entre 1943 e 1978, alternou a liderança com o Imposto de Consumo/IPI;

2. Os contribuintes, que se dirigem à Receita Federal ou acessam seu site, querem, em grande parte, informações sobre IR, tais como:

restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre preenchimento da declaração, programas de preenchimento e entrega da declaração etc;

3. O Imposto de Renda permite seguir os princípios de justiças fiscal e social. Não se pode falar de justiça fiscal sem passar pelo Imposto de

Renda;

4. O Imposto de Renda pode ser cobrado de acordo com a capacidade contributiva, conforme preconiza o art. 145 § 1º da Constituição, sendo o

mais adequado a uma melhor distribuição de renda.

Page 11: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

11

Primeira tributação sobre a renda no Brasil: Lei nº 317 de

21/10/1843. Atingia os que recebiam vencimentos dos cofres públicos.

Assemelhava-se a uma tributação exclusiva na fonte. (RECEITA

FEDERAL)

O Código Tributário Nacional – CTN foi criada com a publicação da

Lei nº. 5.172 em 26 de outubro 1966, com a necessidade de o governo criar

normas gerais de direito tributário. Seu fato gerador ficou definido com o artigo

43. Com o título de “imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza”

mencionada a seguir:

Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior. § 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) § 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)

Nos primeiros anos, a participação do Imposto de Renda na

receita tributária da União era pequena, algo em torno de 3%. Dos

impostos federais, só arrecadava mais que o imposto sobre loterias.

Paulatinamente, a arrecadação foi aumentando em termos nominais e

reais. Na década de 1930, a participação do Imposto de Renda já

ultrapassava 8%. O imposto de importação mantinha uma liderança

histórica, seguido cada vez mais de perto pelo imposto de consumo.

Com a deflagração da 2ª Guerra Mundial, a queda do comércio

internacional trouxe reflexos à receita dos impostos aduaneiros. Visando,

sobretudo, ao aumento da arrecadação e à melhoria do aparelho

administrativo, foi criada a Comissão de Reorganização dos Serviços da

Diretoria do Imposto de Renda. Em cinco anos, o Imposto de Renda passou

Page 12: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

12

de 10% para 28% do total da receita tributária federal e em 1943 alcançou um

marco inédito: primeiro lugar em arrecadação. (RECEITA FEDERAL)

No artigo 44 do Código Tributário Nacional - CTN nos informa A

base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da

renda ou dos proventos tributáveis.

1.2. Regulamento do Imposto de Renda

O primeiro Regulamento do Imposto de Renda do Brasil surgiu em 4

de setembro de 1924 com o decreto nº 16.581 e era composto por três partes e

147 artigos. Que foi substituído nos anos de 1926, 1942, 1943, 1947, 1955,

1956, 1959, 1963, 1965, 1966, 1975, 1994, 1999 e 2018. (RECEITA

FEDERAL).

O nosso atual regulamento é o Decreto nº 9580 dividido em quatro

partes com 1.050 artigos.

1.3. Empresa Isenta e Não Tributáveis

Estabelece o art. 53 do Código Civil Brasileiro que as associações

são constituídas pela união de pessoas que se organizem para fins não

econômicos. Vê-se dessa redação legal a principal característica dessas

entidades que servirá para as inserir no campo do Terceiro Setor: a finalidade

não-lucrativa.

Pode-se dizer então, que as entidades do terceiro setor são

Pessoas Jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, que exercem

atividades de cunho social destinadas à sociedade. Tais organizações recebem

o nome de Organizações Não-Governamentais (ONG’s).

Para Mckinsey & Company (2001) as entidades do terceiro setor são

organizações que tenham uma clara atuação social, em uma das suas mais

Page 13: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

13

diversas formas e que não tenham fins lucrativos, isto é, direcionam todo o

superávit de suas operações para a própria organização.

A Constituição Federal, em seu Artigo 150, discorre acerca da

imunidade tributária das organizações sem fins lucrativos:

I. Artigo 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas aos contribuintes, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: II. VI - Instituir impostos sobre: ... b) templos de qualquer culto; c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e assistência social, sem fins lucrativos, 17 atendidos os requisitos da lei (sem realces no original); § 4º. - A vedação expressa no inciso VIU, alíneas b e c, compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nela mencionadas.

Após o que foi instituído pela Constituição Federal de 1988, as

pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos são imunes. Fica então

vedada a essas entidades a cobrança de impostos.

É importante mencionar a diferença entre imunidade e isenção, que

muitas vezes são confundidas. Imunidade tributária é o impedimento ou a

renúncia fiscal da cobrança de impostos constitucionalmente qualificada. Para

Machado (2004, p. 217):

Imunidade é o obstáculo decorrente de regra da Constituição à incidência de regra jurídica de tributação. O que é imune não pode ser tributado. A imunidade impede que a lei defina como hipótese de incidência tributária aquilo que é imune. É limitação de competência

tributária.

No caso da imunidade, não existe a obrigação tributária, já no caso

da isenção, há incidência do tributo, porém existe também a dispensa do

pagamento.

O Código Tributário Nacional (CTN) menciona a respeito da

isenção:

Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração. Parágrafo único.

Page 14: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

14

A isenção pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares. Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva: I - às taxas e às contribuições de melhoria; II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão. Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104. (Redação dada pela Lei Complementar nº 24, de 7.1.1975).

As entidades sem fins lucrativos devem obedecer a Lei 6.404/76

(Lei das Sociedades Anônimas), com algumas especificidades, pois diferem

das entidades com fins lucrativos.

As isenções, por outro lado, aplicam-se às pessoas jurídicas sem

fins lucrativos que não se enquadram nas regras da imunidade por atuarem em

áreas diversas da educação e da assistência social. Para tanto, deverão

preencher os requisitos estabelecidos na lei específica que concede e regula o

benefício.

Como as entidades do Terceiro Setor, no exercício de suas funções

típicas, não experimentam lucro juridicamente falando (mas apenas superávit),

escapam à tributação por meio do imposto de renda da pessoa jurídica. Se por

um lado as entidades de educação e de assistência social, sem fins lucrativos,

estão imunes ao Imposto de Renda por expressa garantia constitucional, as

demais instituições filantrópicas que atuam em áreas e setores diversos, em

razão do contido na legislação infraconstitucional, também não podem ser

tributadas.

O Código Tributário Nacional, no art. 43, dispõe que esse tributo tem

como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:

(I) de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; (II) de proventos de qualquer natureza, assim entendidos outros acréscimos patrimoniais.

O Capitulo III, do RIR, Decreto nº 9580/18 do art. 179 ao 181 nos diz

que:

Page 15: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

15

Art. 179. Não ficam sujeitos ao imposto sobre a renda os templos de qualquer culto (Constituição, art. 150, caput, inciso

VI, alínea “b”; e Lei nº 5.172, de 1966 - Código Tributário Nacional, art. 9º, caput, inciso IV, alínea “b”).

Art. 180. Não ficam sujeitos ao imposto sobre a renda os partidos políticos, incluídas as suas fundações, e as entidades sindicais dos trabalhadores, sem fins lucrativos, desde que (Constituição, art. 150, caput, inciso VI, alínea “c”; e Lei nº

5.172, de 1966 - Código Tributário Nacional, art. 9º, caput, inciso IV, alínea “c”, e art. 14)...

Art. 181. Não ficam sujeitas ao imposto sobre a renda as instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos (Constituição, art. 150, caput, inciso VI, alínea “c”;

e Lei nº 5.172, de 1966 - Código Tributário Nacional, art. 9º, caput, inciso IV, alínea “c”).

Até o momento vimos particularidade, características e algumas

curiosidades sobre o Imposto de Renda, seguem compreender como

funcionam os regimes tributários no Brasil.

Page 16: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

16

CAPÍTULO II

REGIMES TRIBUTÁRIOS

Podemos compreender que é um conjunto de leis que dá

regulamentação referente aos quatro tipos de regimes existentes no Brasil.

Para ficar claro, ele varia de acordo com a arrecadação, é um sistema simples

de cobrança de impostos. Pode ser escolhido de acordo com o tipo do seu

negócio, o que mais se adapta a realidade.

Sabendo que a contabilidade registra e controla os patrimônios de

uma empresa, analisa as informações.

Conforme FRANCO, 2006 pagina 26

“Seu objetivo de estudo é, pois, o patrimônio, e seu campo de aplicação e das entidades econômicas administrativas, assim chamadas àquelas que para atingir seu objetivo, seja ele econômico ou social, utilizam bens patrimoniais e necessitam de um órgão administrativo, que pratica os atos de natureza econômica e financeira necessária a seus fins.” (FRANCO , 2006, p.27)

2.1. Simples Nacional

Segundo a Receita Federal, o Simples Nacional é um regime

compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicáveis às

microempresas e empresas de pequeno porte, previsto na lei complementar nº

123, de 14 de dezembro de 2006. Abrange a participação de todos os entes

federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). É Administrado por

um Comitê Gestor composto por oito integrantes: quatro da Secretária da

Receita Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito federal e dois

dos Municípios. (RECEITA FEDERAL)

De acordo com o SEBRAE-SC (2009, P. 01) o Simples Nacional:

O Simples Nacional foi criado com o objetivo de unificar a arrecadação dos tributos e contribuições devidos pelas micro e pequenas empresas brasileiras, nos âmbitos dos governos federal, estaduais e municipais. O regime especial de arrecadação não é tributo ou um sistema tributário, mas uma fonte de arrecadação unificada.

Page 17: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

17

2.1.1. Limite de Receita Bruta

A partir de 2018, para fins de opção e permanência no Simples

Nacional, poderão ser auferida em cada ano-calendário receitas no mercado

interno até o limite de R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais)

e, adicionalmente, receitas decorrentes da exportação de mercadorias ou

serviços para o exterior, desde que as receitas de exportações também não

excedam R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais). Para

pessoas jurídicas no inicio da atividade, os limites serão proporcionais ao

número de meses compreendido entre data de abertura do CNPJ e o final do

respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês

inteiro. (RECEITA FEDERAL).

De acordo com Higuchi, (2010) a alíquota aplicável será a que

corresponder à receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao do

período de apuração.

O Simples Nacional tributa apenas a receita bruta da pessoa jurídica, não alcançando as demais receitas eventualmente obtidas podem ser excluídas da receita bruta: As devoluções de vendas e as vendas canceladas e os descontos incondicionais (comerciais concedidas na nota fiscal). (PÊGAS, 2010, pág.580)

2.1.2. Calculo

Conforme a Receita Federal, a mudança no Simples Nacional 2018

afetou a sistemática de calculo que era realizada. As alterações passaram a

valer desde 01 de janeiro de 2018. As alíquotas continuam a ser progressivas,

na medida em que o faturamento da empresa aumenta a alíquota aumenta.

Além disso, passa a ser aplicado um desconto fixo específico por cada faixa de

enquadramento. Ou seja: a alíquota a ser aplicada dependerá de um cálculo

que leva em consideração a receita bruta acumulada nos 12 meses anteriores,

a alíquota e a parcela fixa de desconto.

Page 18: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

18

TABELA 1 - Tabela para calculo do Simples Nacional Anexo I - Comércio

Faturamento anual (R$)

Alíquota (%) Valor a Deduzir (R$)

Até 180.000,00 4,0 0

De 180.000,01 a 360.000,00

7,3 5.940,00

De R$ 360.000,01 a 720.000,00

9,5 13.860,00

De 720.000,01 a 1.800.000,00

10,7 22.500,00

De 1.800.000,01 a 3.600.000,00

14,3 87.300,00

De 3.600.000,01 a 4.800.000,00

19,0 378.000,00

Fonte: Receita Federal (2018)

O primeiro passo é verificar em qual anexo está inserida a empresa

e posteriormente qual faixa do anexo. Para isso, é preciso saber o quanto ela

faturou nos últimos 12 meses. No entanto, para saber o valor exato a ser pago

em determinado mês, é necessário calcular a alíquota efetiva, conforme a

seguinte fórmula:

(RBA12 x ALIQ) – PD / RBA12

Em que:

RBA12: receita bruta acumulada dos 12 meses anteriores

ALIQ: alíquota indicada no anexo correspondente

PD: parcela a deduzir indicada no anexo correspondente

Fator R: anexos III e V

No caso de empresas que estão inseridas nos anexos III é possível

migrar de anexo, a depender do faturamento dos últimos 12 meses. Ou seja, se

o negócio está no Anexo III, no próximo ano ele pode passar para o Anexo V.

Tal migração ocorrerá aplicando o Fator “R”, que é uma relação entre a folha

Page 19: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

19

de pagamento e o faturamento dos últimos 12 meses. Porém, a migração só

poderá ocorrer se o Fator R for maior que 28%.

Para entender, a fórmula é a seguinte:

Fator R = Folha de pagamento (últimos 12 meses)/Receita bruta (últimos 12

meses)

Caso o Fator R seja inferior a 28%, as atividades de prestação de

serviços sujeitas ao Anexo III serão tributadas de acordo com o Anexo V, o que

aumenta as alíquotas aplicadas.

Fator R >28% = Anexo III

Fator R < 28% = Anexo V

Então teremos a nossa alíquota efetiva para fins de cálculo.

Faturamento mensal x Alíquota efetiva, obtendo o valor a recolher no DAS.

Lembrando que se dentro das seções do anexo I, a empresa tiver algum

caso que não pague um determinado tributo, como nos casos

de ICMS ST, PIS e COFINS monofásico e etc. Deverá segregar a alíquota

efetiva encontrada, para saber o percentual de tributo a desconsiderar.

Dentro da LC 155/16 tem se a repartição dos tributos.Por exemplo, na

alíquota de 21,74%, ficará: 5,50% dela é IRPJ, 3,50% é CSLL, 12,74%

é COFINS e assim sucessivamente.Em termos práticos ela representa a

composição de cada imposto dentro do DAS.

TABELA 2 - Tabela para Repartição dos tributos - percentual

Faixas IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS

1a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00%

2a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00%

3a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%

4a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%

5a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%

6a Faixa 13,50% 10,00% 28,27% 6,13% 42,10% -

Fonte: Receita Federal (2019)

Page 20: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

20

Para os anos-calendário a partir de 2012, as informações que eram

importadas do antigo PGDAS passam a ter cunho declaratório no próprio

PGDAS-D, enquanto as informações econômicas e fiscais passam a ser

declaradas na Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais – Defis.

Deverá ser entregue à RFB até 31 de março do ano-calendário subseqüente ao

da ocorrência dos fatos geradores dos tributos previstos no Simples Nacional.

Nas hipóteses em que a ME ou EPP tenha sido incorporada, cindida, total ou

parcialmente, extinta ou fundida, a Defis relativa à situação especial deverá ser

entregue: até o último dia do mês de junho, quando o evento ocorrer no

primeiro quadrimestre do ano-calendário ou até o último dia do mês

subsequente ao do evento, nos demais casos. Ou até o último dia do mês

subsequente ao do evento. (Base normativa: art. 72 da Resolução CGSN nº

140, de 2018.)

2.2 Lucro Presumido

O Lucro Presumido é a forma de tributação simplificada do Imposto

de Renda das Pessoas Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social Sobre o Lucro

Liquido (CSLL). A Sistemática de tributação pelo Lucro Presumido é

Regulamentada pelos Artigos 587 a 601 do Regulamento do Imposto de Renda

(Decreto 9580/2018).

Fabretti (2009, p. 77) dispõe que “consiste o lucro presumido no

resultado da aplicação de determinado percentual, sobre a receita bruta”

Presume-se um percentual que pode ser 1,6 %, 8,0%, 16% ou 32%

depende da atividade, definidos no art. 25 da Lei 9.430/1996:

I – 1,6% na revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural; II – 8% na venda de mercadorias e produtos; III – 8% na prestação de serviços de transporte e carga; IV – 8% na prestação de serviços hospitalares; V – 8% na venda de imóveis das empresas com esse objeto social [...] VI – 8% nas indústrias gráficas; VII – 8% na construção civil por empreitada com emprego de materiais;

Page 21: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

21

VIII – 16% na prestação de serviços de transportes, exceto de cargas; IX – 16% na prestação de serviços em geral pelas pessoas jurídicas com receita bruta anual de até R$ 120.000 [...]; X – 32% na prestação de demais serviços não incluídos nos incisos anteriores. Sobre essa base, multiplica-se a alíquota de 15% (quinze por cento), tendo-se o imposto de renda devido (BRASIL. LEI N°. 9.430, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1996).

2.2.1. Limite de Receita Bruta

Podem optar as pessoas jurídicas:

a) Cuja receita bruta total tenha sido igual ou inferior a R$

78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais), no ano-

calendário anterior, ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e

quinhentos reais) multiplicado pelo número de meses em

atividade no ano-calendário anterior; e

b) Que não estejam obrigadas à tributação pelo lucro real em função

da atividade exercida ou da sua constituição societária ou

natureza jurídica.

2.2.2. Calculo

Para o calculo do IR e a CSLL aplica-se uma alíquota de presunção

sobre o faturamento, que varia de percentual de acordo com a atividade

exercida pela empresa, podendo ser de 1,6% (um vírgula seis por cento), 8%

(oito por cento), 16% (dezesseis por cento) ou 32% (trinta e dois por cento),

para que assim possa se chegar a um valor que será considerado lucro, e

através dele serão calculado o IR e a CSLL devida onde segundo o Ministério

da Fazenda (2002) para o calculo do IR desde o ano de 1996 a alíquota é de

15% (quinze por cento) e o valor devido é identificado com a aplicação deste

percentual sobre a base de cálculo encontrada através da aplicação dos

índices de presunção sobre a receita tributável.

Page 22: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

22

Portanto, traz-se a definição da Receita Federal do Brasil que

menciona:

[...] considera-se como receita bruta total o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia, acrescidos das demais receitas, tais como, rendimentos de aplicações financeiras (renda fixa e variável), receita de locação de imóveis, descontos ativos, variações monetárias ativas, juros recebidos como remuneração do capital próprio e dos ganhos de capital. Na receita bruta se inclui o ICMS e deverão ser excluídas as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos e os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador, dos quais o vendedor ou prestador é mero depositário (RECEITA FEDERAL DOBRASIL, 2011)

Fabretti (2009, p. 124) considera adicional como: “Além do imposto

devido, apurado pela aplicação da alíquota sobre a base de cálculo, às vezes a

lei determina o pagamento de mais um imposto, pelo nome de adicional, que

incide sobre determinado valor que ele fixar”.

Vejamos o exemplo apresentado por HIGUCHUI (2010, pág.63).

Tabela 3- Exemplo de cálculo para o Lucro Presumido

Receita bruta de vendas de mercadorias 800.000

Ganho de venda de imobilizado 6.000

Rendimentos financeiros de renda fixa 13.000

Base de cálculo do imposto:

R$ 800.000 x 8% 64.000

Ganho de capital 6.000

Rendimentos financeiros 13.000

Soma 83.000

Imposto e adicional:

R$ 83.000 x 15% 12.450

Page 23: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

23

R$ 23.000 x 10% 2.300

Imposto devido 14.750

Imposto retido na fonte (2.925)

Imposto a pagar 11.825

Fonte: Higuchi, (2010, pág. 63)

Pinto (2011) apresenta a forma de apuração trimestral encerrados nos

dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano

calendário. O Imposto de Renda devido será pago em única cota até o último

dia útil do mês subseqüente, sendo seu valor inferior a R$ 2.000,00 (Dois mil

reais). A pessoa jurídica tem por opção o parcelamento em três quotas

mensais, iguais e sucessivas, vencendo no ultimo dia útil dos três meses

subseqüentes não podendo ser inferior a R$ 1.000,00 (hum mil reais), sendo

acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de

Liquidação e Custódia – SELIC.

De acordo com o art. 600 do decreto 9580/2018 –RIR, a pessoa

jurídica habilitada à opção pelo regime de tributação com base no Lucro

Presumido deverá manter:

I) Escrituração contábil nos termos da legislação comercial;

II) Livro Registro de Inventário, do qual deverão constar registrados os

estoques existentes no término do ano-calendário; e

III) Em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo

decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes sejam

pertinentes, os livros de escrituração obrigatórios por legislação

fiscal específica e os documentos e os demais papéis que serviram

de base para escrituração comercial e fiscal.

2.3. Lucro Real

Com relação ao Lucro Real e Presumido, até 1998 era permitido

mudar a opção pelo regime tributário no curso do ano-calendário ou por

ocasião da entrega da declaração de imposto de renda, possibilitando ao

Page 24: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

24

contribuinte rever suas despesas com o IRPJ. Tal procedimento foi vedado a

partir de 1999 com a publicação da Lei nº 9.718/98.

De acordo com Neves,et. Al. (2009, pág. 04); “Lucro Real é o

resultado (lucro ou prejuízo) do Período de apuração ( antes de computar a

provisão para o IR), ajustado pelas adições, exclusões e compensações

prescritas ou autorizada pela legislação do imposto de renda.”

Fabretti (2009, p. 231), define:

Adições: referem-se às despesas contabilizadas pela PJ, mas que são limitadas ou admitidas pela lei. Exemplo: multas por infrações fiscais. Exclusões: São valores que a lei permite subtrair do lucro líquido (IR) para efeito fiscal. Exemplo: depreciação acelerada por incentivos fiscais, dividendos obtidos de investimentos em ações de outras empresas avaliadas pelo custo de aquisição, etc. Compensações: podem ser compensados os prejuízos fiscais dos períodos-bases anteriores.

O método mais comum de tributação encontrado nas medias e

grandes empresas do país é o Lucro Real anual, com antecipação mensal com

regime de estimativa. ( PÊGAS, 2010 ).

Conforme Higuchi ( 2010, pág. 25 ), Pessoas jurídicas que opta pelo

método de tributação do Lucro Real, poderão determinar o lucro com base no

balanço anual no dia 31 dezembro ou por meio dos balancetes trimestrais de

acordo com a Lei nº9.430/96. Toda pessoa jurídica que se enquadrar nos

incisos do art. 14 da Lei nº 9.718/98 terão que, obrigatoriamente ser tributada

com base no Lucro Real. As demais pessoas jurídicas podem optar pelo Lucro

Real.

A adoção da forma de pagamento por estimativa ou opção pela forma de apuração trimestral são irretratáveis para todo o ano-calendário. Logo, quem recolher o mês de janeiro por estimativa já estará deixando clara sua opção, irrevogável, pelo critério de lucro real anual. A utilização do balanço de suspensão ou redução, no mês de janeiro, caracteriza a opção por estimativa, mesmo que não haja imposto a pagar. ( PINTO, 2011, pág. 73 ).

O Livro de apuração do lucro real (LALUR) foi criado pelo Decreto-lei

1.598/77.O RIR, (decreto nº. 9580/18), traz em seu artigo 277os itens que

devem ser transcritos no LALUR:

Page 25: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

25

Art. 277. No Lalur, o qual será entregue em meio digital, a pessoa jurídica deverá: I - lançar os ajustes do lucro líquido, de adição, exclusão e compensação nos termos estabelecidos nos art. 248 e art. 249; II - transcrever a demonstração do lucro real, de que trata o art. 287, e a apuração do imposto sobre a renda; III - manter os registros de controle de prejuízos fiscais a compensar em períodos de apuração subsequentes, da depreciação acelerada incentivada, e dos demais valores que devam influenciar a determinação do lucro real de períodos de apuração futuros e não constem da escrituração comercial; e IV - manter os registros de controle dos valores excedentes a serem utilizados no cálculo das deduções nos períodos de apuração subsequentes, dos dispêndios com programa de alimentação ao trabalhador e outros previstos neste Regulamento. § 1º O Lalur será elaborado de forma integrada às escriturações comercial e fiscal e será entregue em meio digital § 2º A transcrição da apuração do imposto sobre a renda a que se refere o inciso II do caput será feita com a

discriminação das deduções, quando aplicáveis. § 3º As demais informações econômico-fiscais da pessoa jurídica serão discriminadas no Lalur § 4º O disposto neste artigo será disciplinado em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda

O LALUR é um livro extraordinariamente fiscal cujo objetivo é

demonstrar a passagem do lucro contábil para lucro fiscal. Sendo ele dividido

em duas partes: Parte A e Parte B. (PÊGAS, 2010, pág. 339).

2.3.1. Limite de Receita Bruta

O RIR, (decreto nº 9580/18), trás em seus artigos 257 as empresas

obrigadas no Lucro Real:

Art. 257. Ficam obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas:

I - cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a doze meses; II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, agências de fomento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio,

Page 26: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

26

sociedades de crédito ao microempreendedor e à empresa de pequeno porte, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades abertas de previdência complementar; III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou à redução do imposto sobre a renda; V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma estabelecida no art. 219; VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultante de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);

VII - que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio; VIII - que tenham sido constituídas como sociedades de propósito específico, formadas por microempresas e empresas de pequeno porte, observado o disposto no art. 56 da Lei Complementar nº 123, de 2006; e IX - que emitam ações nos termos estabelecidos no art. 16 da nº Lei 13.043, de 2014; § 1º As pessoas jurídicas não enquadradas no disposto no caput poderão apurar os seus resultados tributáveis com base nas disposições deste Título. § 2º As pessoas jurídicas de que tratam os incisos I, III, IV e V do caput poderão optar, durante o período em que submetidas

ao Programa de Recuperação Fiscal - Refis, pelo regime de tributação com base no lucro presumido, observado o disposto no art. 523.

2.3.2. Cálculo

Adições são valores registrados pela contabilidade da empresa em

despesa, mas que a legislação fiscal não aceita como dedução do lucro ou

quando a empresa não registra determinado valor em receita na contabilidade,

porém o Fisco exige seu reconhecimento para fins fiscais. (PÊGAS, 2010).

PINTO (2010, pág. 170), exemplifica da seguinte forma:

a) os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido, que, de acordo com o Regulamento do Imposto de Renda, não sejam dedutíveis na determinação do lucro real;

Page 27: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

27

b) os resultados, rendimentos, e quaisquer outros valores não incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com o Regulamento do Imposto de Renda, devam ser computados na determinação do lucro real.

Exclusões representam valor que, embora reconhecido como ganho

pela empresa e contabilizado em receita, a legislação fiscal não exige sua

tributação, permitindo assim que essa receita não entre na base fiscal, para

cálculo dos tributos sobre o lucro. O Fisco permite que sejam feitas deduções

na base fiscal que não estão registradas como despesas na contabilidade. A

forma adequada de se proceder a estas deduções é através de registro

diretamente na base fiscal, sem passar pelo resultado contábil. (PÊGAS, 2010)

PINTO (2010, pág. 171), exemplifica da seguinte forma:

a) os valores cuja dedução seja autorizada pelo RIR e que não tenham sido computados na apuração do lucro líquido contábil do período-base; b) os resultados, rendimentos, receitas ou quaisquer outros valores incluídos na apuração que, de acordo com o RIR, não sejam computados no lucro real; c) prejuízo fiscais apurados em período-base anteriores, nas

condições definidas na legislação.

Tabela 4- Exemplo de cálculo para o Lucro Real

RESULTADO ANTES DE IR+CSLL

(+) ADIÇÕES

Despesas contabilizadas que não Aceitas pelo FISCO

Receitas exigidas pelo FISCO e não contabilizadas em Receitas

(-) EXCLUSÕES

Receitas contabilizadas que não são exigidas pelo FISCO

Despesas Aceitas pelo FISCO e não Contabilizadas em despesas

RESULTADO LIQUIDO AJUSTADO

(-) COMPENSAÇÃO DE PREJUIZOS FISCAIS

RESULTADO TRIBUTÁVEL

Fonte: Pêgas, (2010)

Page 28: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

28

Segundo PÊGAS (2010, pág. 340) "Na parte A, a empresa deve

fazer a transcrição da apuração do lucro fiscal, partindo do resultado obtido

pela escrituração contábil”. Artigo 287, do RIR 2018.

Art. 287. O contribuinte deverá elaborar demonstração do lucro real, discriminando (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 8º, § 1º, e Lei nº 9.430, de 1996, arts. 1º e 2º): I - o lucro líquido do período de apuração de que trata o art. 259; II - os registros de ajuste do lucro líquido, com identificação das contas analíticas do plano de contas e indicação discriminada por lançamento correspondente na escrituração comercial, quando presentes; e III - o lucro real. § 1º A demonstração do lucro real deverá ser transcrita no Lalur, § 2º Para fins do disposto no inciso II do caput considera-se

conta analítica aquela que registra, em último nível, os lançamentos contábeis .

Tabela 5 - Exemplo de demonstração da apuração do lucro fiscal

1 Lucro Líquido Antes do Imposto de Renda

2 (+) Adições do Lucro Líquido

3 (-) Exclusões do Lucro Líquido

4 Lucro Antes da Compensação de Prejuízo Fiscais (1+2-3)

5 (-) Compensação de Prejuízos Fiscais

6 Lucro Real (4-5)

Fonte: Pêgas, (2010)

Há quem diga que na parte B registramos todos os lançamentos que

podem afetar a parte fiscal de períodos posteriores. Assim, todas as despesas

que representam adições temporárias devem ser registradas na parte B, pois

em algum período seguinte, essa despesa será dedutível para fins fiscais e,

com o adequado controle na parte B do LALUR, a exclusão preocupação.

Então, para consolidar o entendimento, são registradas na parte B do LALUR:

a) prejuízos fiscais;

Page 29: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

29

b) prejuízos apurados nas atividades não operacionais;

c) adições e exclusões temporárias e

d) excesso de incentivo fiscal ao Programa de Amparo ao Trabalhador (PAT), que pode ser utilizado em até dois anos.

As pessoas jurídicas ficam dispensadas, em relação aos fatos

ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2014, da escrituração do Livro de

Apuração do LALUR em meio físico e da entrega da Declaração de

Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), tendo em vista a

instituição da Escrituração Contábil Fiscal (ECF). (Instrução Normativa RFB

1.422/2013). Entretanto, observe-se que continua a exigência da elaboração do

LALUR, agora em meio eletrônico, que corresponderá à ECF. (RECEITA

FEDERAL).

2.4. Lucro Arbitrado

É uma forma de tributação excepcional que se aplica basicamente

quando a pessoa jurídica não tem condições de apurar o lucro real ou

presumido.

BISOLO (2012, pág. 197) diz que “o lucro arbitrado substitui o

Lucro Real ou Presumido. Pode ser aplicado quando o contribuinte não possui

escrituração contábil ou fiscal, ou não mantém a documentação que embasa a

escrituração”.

Mesmo havendo falta de escrituração da documentação, ainda

sim a pessoa jurídica está obrigada a comprovar suas receitas efetivamente

recebidas ou auferidas (RECEITA FEDERAL).

O imposto de renda devido trimestralmente será determinado com

base nos critérios do lucro arbitrado quando (RIR/2018, art. 603):

I - o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal; II - o contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à autoridade tributária os livros ou os registros auxiliares de que trata o § 2º do art. 8º do Decreto-Lei nº 1.598, de 1977;

Page 30: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

30

III - a escrituração a que o contribuinte estiver obrigado revelar evidentes indícios de fraudes ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para: a) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou b) determinar o lucro real; IV - o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e os documentos da escrituração comercial e fiscal, ou o livro-caixa, na hipótese prevista no parágrafo único do art. 600; V - o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido; VI - o comissário ou o representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de escriturar e apurar o lucro da sua atividade separadamente do lucro do comitente residente ou domiciliado no exterior, observado o disposto no art. 468; e VII - o contribuinte não mantiver, em boa ordem e de acordo com as normas contábeis recomendadas, livro-razão ou fichas utilizados para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no livro diário.

2.4.1. Calculo

Existem duas formas de arbitramento do lucro: quando

conhecida a receita bruta e quando esta não for conhecida.

Segundo PEGAS (2010, pág. 480) “Quando conhecida a receita

bruta, o lucro arbitrado, para fins de IR, será determinado mediante a

aplicação dos percentuais utilizados no lucro presumido, acrescidos de 20%”.

Nas atividades desenvolvidas por bancos comerciais, bancos de

investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de

crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobi liário,

sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de

títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil,

cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e

entidades de previdência privada aberta, o percentual para fins de

determinação do lucro arbitrado será de quarenta e cinco por cento. (RIR,

2018, Art. 606).

Page 31: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

31

Referente as empresas imobiliarias será determinado pelo

(RIR/2018, art. 607):

Art. 607. As pessoas jurídicas que se dedicarem à venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda, ao loteamento de terrenos e à incorporação de prédios em condomínio terão seus lucros arbitrados, deduzido da receita bruta trimestral o custo do imóvel devidamente comprovado (Lei nº 8.981, de 1995, art. 49, caput; e Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º). § 1º O lucro arbitrado será tributado na proporção da receita recebida ou cujo recebimento esteja previsto para o próprio trimestre (Lei nº 8.981, de 1995, art. 49, parágrafo único; e Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º). § 2º Não deverão ser computadas para fins de apuração da base de cálculo de que trata o caput as receitas a que se

refere o § 3º do art. 605.

Afirma HIGUCHI, (2010, pág. 100) “o lucro arbitrado das pessoas

jurídicas quando não conhecida a receita bruta será determinado através de

procedimento de ofício, mediante a utilização de uma das alternativas de

cálculos enumeradas”.

Sabe-se que no Art. 608 RIR/2018:

I - um inteiro e cinco décimos do lucro real referente ao último período em que a pessoa jurídica manteve escrituração de acordo com as leis comerciais e fiscais; II - quatro centésimos da soma dos valores do ativo circulante, realizável a longo prazo, investimento, imobilizado e intangível, existentes no último balanço patrimonial conhecido; III - sete centésimos do valor do capital, inclusive a sua correção monetária contabilizada como reserva de capital, constante do último balanço patrimonial conhecido ou registrado nos atos de constituição ou alteração da sociedade; IV - cinco centésimos do valor do patrimônio líquido constante do último balanço patrimonial conhecido; V - quatro décimos do valor das compras de mercadorias efetuadas no mês; VI - quatro décimos da soma, em cada mês, dos valores da folha de pagamento dos empregados e das compras de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem; VII - oito décimos da soma dos valores devidos no mês a empregados; ou VIII - nove décimos do valor mensal do aluguel devido.

Page 32: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

32

De acordo com PINTO (2011, pág. 208) o Lucro Arbitrado é o

resultante da seguinte soma algébrica:

Tabela 5 - Exemplo de demonstração da apuração do Lucro Arbitrado

Receita de Vendas e /ou Receita de Prestação de Serviços (-) IPI, Desconto incondicionais, Vendas Cancelas, Serviços Cancelados,

ICMS em Substituição Tributária. (=) Receita Bruta (x) Alíquota Aplicável (1,92% ou 9,6% ou 19,2% ou 38,4%)

(=) Lucro Arbitrado Parcial (+) Demais Receitas e Ganhos

(+) Ganho de Capital na Alienação de Bens e Direito do Ativo Permanente e Ouro Não Financeiro (+) Variações Monetárias Ativas

(+) Aplicações de Renda Fixa e Variável (+) Juros Sobre o Patrimônio Líquido

(=) Lucro Arbitrado Fonte: PINTO (2011)

Nesse Capitulo conseguimos compreender os regimes tributários.

Seguimos veremos os estudos de casos e analises.

Page 33: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

33

CAPÍTULO III

ESTUDO DE CASO

Nesse estudo de caso visando identificar qual o melhor regime de

tributação do IRPJ para a empresa de comercio Restaurante Nando’s no ano

de 2018.

Então nesta seção serão apresentadas as demonstrações contábeis

do ano de 2018 realizados os cálculos dos impostos devidos pela mesma. Os

cálculos serão realizados pelos três regimes de tributação: Simples Nacional,

Lucro Presumido e Lucro Real regime este adotado pela empresa desde

01/07/2016. Após analisarmos os dados, iremos comparar os resultados

obtidos, para, só então, optar pelo regime mais vantajoso.

TABELA 07 – Movimentação da empresa no ano de 2017.

MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA NO ANO DE 2017

Receita bruta acumulada dos 12 meses anteriores R$ 1.895.265,33

Receita bruta (mensal) R$ 500.000,00

ICMS sobre Vendas R$ 90.000,00

ICMS: Crédito sobre Compras R$ 17.500,00

Folha de Pagamento R$ 50.000,00

Encargos Sociais sobre folha R$ 13.750,00

CMV R$ 250.000,00

Despesas gerais R$ 10.000,00

Pis R$ 3.250,00

Cofins R$ 15.000,00 Fonte: Dados da Pesquisa

3.1. Apuração do Simples Nacional

Para apurar o Simples Nacional precisaremos utilizar a formula:

(RBA12 x ALIQ) – PD / RBA12.

Pela tabela do Anexo I que vimos anteriormente, verificamos que a empresa

fica na 5º faixa no qual a alíquota é de 14,3% e o valor a deduzir é de R$

87.300,00. Obtendo essas informações podemos encontrar a alíquota efetiva.

Page 34: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

34

(1.895.265,33 x 14,3) – 87.300,00 / 1.895.265,33 = 9,69%

Alíquota efetiva de 9,69%.

Com a receita bruta mês de R$ 500.000,00 iremos multiplicar pela

alíquota efetiva 9,69%, resultando no valor da DAS a recolher de R$ 48.450,00.

TABELA 8 - Exemplo de DRE para Simples Nacional

SIMPLES NACIONAL

Receita Bruta (Mensal) R$ 500.000,00

Custo da Mercadoria Vendida (R$ 250.000,00)

Folha pagamento (R$ 50.000,00)

Despesas diversas (R$ 10.000,00)

Encargos Fiscais (R$ 48.500,00)

= Lucro R$ 141.500,00

De acordo com o quadro acima, a receita bruta mensal foi de R$ 500.000,00,

no qual foram feitas as deduções de Custo de Mercadoria Vendida (CMV),

foram retiradas as despesas com folha de pagamento, despesas diversas, e

encargos fiscais descobrindo o lucro de R$ 141.500,00.

3.2. Apuração do Lucro Presumido

TABELA 9 - Exemplo de DRE para Lucro Presumido

LUCRO PRESUMIDO

Receita Bruta (Mensal) R$ 500.000,00

ICMS sobre Vendas (R$ 90.000,00)

ICMS: Crédito sobre Compras R$ 17.500,00

PIS (R$ 3.250,00)

Cofins (R$ 15.000,00)

Page 35: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

35

= Receita Líquida R$ 409.250,00

Custo da Mercadoria Vendida (R$250.000,00)

= Lucro Bruto R$ 159.250,00

Folha pagamento (R$ 50.000,00)

Encargos sociais sobre folha (R$ 13.750,00)

Despesas diversas (R$ 10.000,00)

= Lucro Operacional Líquido R$ 85.500,00

Base de cálculo do Lucro Presumido CSLL

Comércio > 12% R$ 60.000,00

Alíquota da CSLL de 9% R$ 5.400,00

Base de cálculo do Lucro Presumido IR

Comércio > 8% R$ 40.000,00

Alíquota do IR de 15% R$ 6.000,00

Base de cálculo para adicional R$ 40.000,00

Adicional de IR se >

20 mil reais (R$ 20.000,00)

= Valor Excedido R$ 20.000,00

Adicional 10% (R$ 2.000,00)

= Lucro Presumido R$ 72.100,00

De acordo com o quadro acima, a receita bruta mensal foi de R$

500.000,00, no qual foram feitas as deduções de ICMS sobre vendas, PIS e

COFINS e crédito de ICMS sobre compras, através desse cálculo obteve-se a

receita líquida de R$ 409.250,00, na qual é retirado o custo da mercadoria

vendida (CMV), encontrando o Lucro Bruto. Do Lucro bruto foram retiradas as

despesas com folha de pagamento, encargos sociais e despesas diversas,

descobrindo o lucro operacional líquido. Presume-se o lucro através da receita

bruta, encontrando a base de cálculo para contribuição social sobre lucro

líquido (CSLL) e imposto de renda (IR). No estudo de caso acima aplica o

percentual de 12% para CSLL e 8% para IR no comércio, esses percentuais

são encontrados na tabela do lucro presumido verificando a discriminação da

receita. Para a CSLL a base de cálculo encontrada no valor de R$ 60.000,00

aplica-se 9% , já para o IR com base no valor de R$ 40.000,00, aplica-se o

percentual de 15%, que da mesma forma que o Lucro Real o valor permitido

por lei é de R$20.000,00 mensal, como foi ultrapassado, adiciona-se 10%

sobre o excedente e após dedução se tem o Lucro Presumido de R$

72.100,00.

Page 36: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

36

3.2. Apuração do Lucro Real

TABELA 10 - Exemplo de DRE para Lucro Real

LUCRO REAL

Receita Bruta (Mensal) R$ 500.000,00

ICMS sobre Vendas (R$ 90.000,00)

ICMS: Crédito sobre Compras R$ 17.500,00

PIS (R$ 3.250,00)

Cofins (R$ 15.000,00)

= Receita Líquida R$ 409.250,00

Custo da Mercadoria Vendida (R$ 250.000,00)

= Lucro Bruto R$ 159.250,00

Folha pagamento (R$ 50.000,00)

Encargos sociais sobre folha (R$ 13.750,00)

Despesas diversas (R$ 10.000,00)

= Lucro Operacional Líquido R$ 85.500,00

CSLL de 9% (R$ 7.695,00)

IR de 15% (R$ 12.825,00)

= Lucro Líquido R$ 64.980,00

Adicional de IR se > 20 mil reais (R$ 20.000,00)

= Valor Excedido R$ 44.980,00

Adicional de 10% (R$ 4.498,00)

= Lucro Real R$ 60.482,00

De acordo com o quadro acima, a receita bruta mensal foi de R$ 500.000,00,

no qual foram feitas as deduções de ICMS sobre vendas, PIS e COFINS e

crédito de ICMS sobre compras, através desse cálculo obteve-se a receita

Page 37: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

37

líquida de R$ 409.250,00, na qual é retirado o custo da mercadoria vendida

(CMV), encontrando o Lucro Bruto. Do Lucro bruto foram retiradas as despesas

com folha de pagamento, encargos sociais e despesas diversas, descobrindo o

lucro operacional líquido. Que é a base de cálculo para contribuição social

sobre lucro líquido (CSLL) e Imposto de renda (IR), obtendo o lucro liquido. O

valor permitido por lei é de R$20.000,00 mensal, como foi ultrapassado,

adiciona-se 10% sobre o excedente e após dedução se tem o lucro real de R$

60.482,00.

Page 38: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

38

CONCLUSÃO

A realização deste trabalho é de grande importância devido à

elevada carga tributária no país que representam uma grande parcela das

despesas operacionais das empresas, aumentando o preço final das

mercadorias e dos serviços, por isso merecem uma atenção especial para que

as mesmas obtenham diminuição na sua tributação de forma lícita e

consequentemente aumente seus lucros.

Conclui se que independente do porte da empresa, a pratica de

planejamento pode ser adotada por todas as empresas, pois a única forma de

saber a melhor opção é planejar, até porque cada empresa possui sua

particularidade.

Tal fato é importante pela necessidade das empresas em entender a

legislação tributária do país e reduzir a carga. De acordo com as análises feitas

entre regime de tributação Simples Nacional, Lucro Real e Lucro Presumido.

Fica claro que mesmo tento a mesma receita bruta o Simples Nacional terá

menor carga tributária, com valor de R$ 48.500,00, o Lucro Real com valor de

R$ 129.518,00, enquanto o lucro presumido o valor é de R$ 135.400,00 que

mostra uma economia no valor de R$ 81.018,00, em tributos entre o regime

anterior e Simples Nacional.

Mediante esta análise, podemos ver que entre os três regimes de

tributações o Simples Nacional foi o menos oneroso, seguido do Lucro Real

além de ser o sistema mais trabalhoso. O Lucro Presumido foi o mais oneroso,

comparado com o Simples Nacional, a diferença foi de R$ 86.900,00.

Esses resultados foram importantes para evidencia que, o caso em analise os

regimes de tributação, dentre os permitidos pela legislação, que menos oneram

financeiramente a empresa é o Simples Nacional.

Sem ter a pretensão de abordar detalhadamente toda a legislação que

envolve a apuração dos tributos mencionados nesta monografia,

principalmente considerando que tal tarefa exigiria uma pesquisa exaustiva e

extensa em matéria tributária. Podemos considera um período maior de tempo

para poder fortalecer o estudo acima. Sugerimos para futuros trabalhos uma

Page 39: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

39

analise sobre o impacto da arrecadação de tributos para União, outra sugestão

seria uma análise do recolhimento do tributo (IR), em um setor especifico,

analisando as maiores empresas de um ramo ou em regiões especificas.

Page 40: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

40

BIBLIOGRAFIA

ARRECADAÇÂO DE SETEMBRO. Estado de Minas. Disponível em:<

https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2018/10/24/internas_economia,99

9642/destaque-da-arrecadacao-de-setembro-foi-irpj-e-csll-diz-receita.shtml>.

Visualizado em: 14/01/2019.

RECEITA FEDERAL. Sped. Disponível em:

<http://sped.rfb.gov.br/pagina/show/1285>. Visualizado em 15/01/2019.

FRANCO, Hilário. Contabilidade Geral, 23º ed. – 4. reimpr. – São Paulo:

Atlas, 2006

RECEITA FEDERAL. Simples Nacional. Disponível em:<

http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/Documentos/Pagina.aspx?

id=3>. Visualizado em: 03/02/2019.

RECEITA FEDERAL. Manual do Simples Nacional

em:<http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/Arquivos/manual/Per

guntaoSN.pdf>. Visualizado em: 03/02/2019.

PORTAL DA CONTABILIDADE. Calcular o Novo Simples Nacional. Disponível

em: < https://portaldacontabilidade.clmcontroller.com.br/tributos/como-calcular-

o-novo-simples-nacional-2018/>. Visualizado em 03/02/2019.

DECRETO N° 9580. Em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-

2018/2018/decreto/D9580.htm>. Visualizado em 04/02/2019.

FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade Tributária. 2. Ed. São Paulo:

Atlas, 2009.

DECRETO-LEI N° 1.598. Capitulo II. Disponível em: <

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del1598.htm>. Visualizado em

05/02/2019.

PINTO, João Roberto Domingues; Imposto de Renda; 19ª edição; Rio grande

do Sul; ed. SCAN, 2011.

HIGUCHI, Hiromi; Fábio H.; Celso H.; Imposto de Renda das Empresas; 35ª

edição; São Paulo; ed.IR Publicações Ltda; 2010.

PÊGAS, Paulo Henrique; Manual de Contabilidade Tributária; 6ª Edição; Rio

de Janeiro; Ed. Freitas Bastos; 2010.

Page 41: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

41

RECEITA FEDERAL. Memoria. Disponível em:<

http://receita.economia.gov.br/sobre/institucional/memoria/memoria-

fazendaria/o-imposto-de-renda-no-brasil>. Visualizado em: 01/02/2019.

FERRÃO, Romário Gava. Metodologia Científica para Iniciantes em

Pesquisas. Unilinhares e Incaper, 2003.

GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4.ed. São Paulo:

Atlas, 2002.

SILVA, Antônio Carlos R. da. Metodologia da pesquisa aplicada à

contabilidade. São Paulo: Atlas, 2003.

LEI Nº 4625. Artigo 31. Disponibilizado

em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1901-1929/L4625.htm>.

Visualizado em: 10/02/2019.

CONTABEIS. Aprender a calcular. Disponível em: <

https://www.contabeis.com.br/noticias/37822/simples-nacional-2018-vamos-

aprender-a-calcular/>. Visualizado em 17/02/2019.

LEI Nº 6.404/76. Sociedades Anônimas. Disponibilizado em:

<http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/LEIS/L6404compilada.htm>. Visualizado

em: 20/02/2019.

MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 25ª ed. São Paulo:

Malheiros, 2004.

ASHOKA H.; MCKINSEY e COMPANY, Inc. Empreendimentos sociais

sustentáveis: como elaborar planos de negócio para organizações

sociais. São Paulo: Petrópolis, 2001.

LEI Nº 10.406/02. Artigo 53. Disponibilizado em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm>. Visualizado em:

20/02/2019.

Page 42: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · Usando uma empresa fictícia (Restaurante Nando’s), com valores ... restituição, conta-corrente, malha, CPF, CNPJ, dúvidas sobre

42

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 00 AGRADECIMENTOS 00

DEDICATÓRIA 00 RESUMO 00

METODOLOGIA 00 SUMÁRIO 08 INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I

Imposto de Renda Pessoa Jurídica 10

1.1. Conceitos e Características 10

1.2. Regulamento do Imposto de Renda 12

1.3. Empresas Isentas ou Não Tributáveis 12

CAPÍTULO II

Regimes Tributários 16

2.1. Simples Nacional 16

2.2. Lucro Presumido 20

2.3. Lucro Real 23

2.4. Lucro Arbitrado 29

CAPÍTULO III

Estudo de caso 33

3.1. Apuração do Simples Nacional 33

3.2. Apuração do Lucro Presumido 34

3.3. Apuração do Lucro Real 36

CONCLUSÃO 38 BIBLIOGRAFIA 40