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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM EMPRESAS COMERCIAS DE MICRO E PEQUENO PORTE. Por: Celia Cristina Rodrigues Moreira Orientadora Prof. Ana Claúdia Morrissy Rio de Janeiro 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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Page 1: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · processo de administração estratégica e procura esclarecer os aspectos fundamentais do relacionamento dos conceitos de visão

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM EMPRESAS

COMERCIAS DE MICRO E PEQUENO PORTE.

Por: Celia Cristina Rodrigues Moreira

Orientadora

Prof. Ana Claúdia Morrissy

Rio de Janeiro

2014

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM EMPRESAS

COMERCIAS DE MICRO E PEQUENO PORTE.

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Finanças e Gestões

Corporativas.

Por: . Celia Cristina Rodrigues Moreira

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus e aos meus

pais, Regina Celia Rodrigues e

Joaquim Mieiro Rodrigues e meus

amigos pelo apoio e incentivo.

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DEDICATÓRIA

Dedico aos meus pais, amigos e

principalmente as minhas filhas Christina

e Carolina que tanto amo.

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5

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo principal expandir o conhecimento

sobre como fazer um planejamento adequado com o intuito de mostrar a sua

real importância para a abertura e sobrevivência de uma empresa.

Visa destacar as principais importâncias do Planejamento Estratégico na

gestão das organizações dentro do conceito de Administração Estratégica das

empresas de micro e pequeno porte. O Planejamento Estratégico funciona

como ferramenta auxiliar para o gerenciamento das empresas dentro do

mercado extremamente competitivo.

O trabalho apresenta as principais etapas para a implantação do

processo de administração estratégica e procura esclarecer os aspectos

fundamentais do relacionamento dos conceitos de visão estratégica e gestão

na implantação do planejamento estratégico, bem como destacar algumas

opiniões atuais de como devem ser tratados o planejamento para o presente e

para o futuro.

.

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6

METODOLOGIA

A metodologia utilizada para a realização desse trabalho foi material

bibliográfico em fontes como: livros, monografias, dissertações e artigos de

internet. Foi realizada uma investigação sobre o Planejamento Estratégico nas

empresas de micro e pequeno porte com a intenção de mostrar os possíveis

benefícios.

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7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I 10

CAPÍTULO II 14

CAPÍTULO III 22

CONCLUSÃO 37

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39

ÍNDICE 41

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8

INTRODUÇÃO

Atualmente existe uma grande preocupação com a gestão das

pequenas empresas, uma vez que as mesmas são consideradas de grande

importância no crescimento e maturação de uma economia saudável e

responsáveis pela geração de oportunidades que absorve uma parte

considerável da população ativamente econômica disponível no mercado de

trabalho e pelo incentivo ao desenvolvimento empresarial.

As pequenas empresas tem atuado em vários setores e alcançado

êxito em muitos deles, principalmente quando concentra seus esforços em

mercados pequenos, isolados, despercebidos ou imperfeitos, atendendo uma

demanda marginal e flutuante, mas também encontra várias adversidades

como problemas de ordem econômica, financeira, técnica, mercadológica,

administrativa ou comportamental, e pela dificuldade de superá-los, muitas

delas encerram as atividades de forma involuntária.

O planejamento estratégico é um instrumento fundamental de gestão

para empresas. Através do planejamento estratégico é possível estabelecer

parâmetros que direcionam a organização da empresa, a condução da

liderança e controle das atividades. Com um planejamento bem delineado, as

empresas obtêm ferramentas necessárias para realizar uma excelente gestão

dos recursos disponíveis e conhecimento mais amplo de seu mercado de

atuação. Isso possibilita antever o comportamento do setor e adequar as ações

à sua realidade.

A estratégia é fundamental para ascensão de empresas de diversos

tipos, seja ela pequena, média ou grande, funciona com uma ferramenta de

estratégia que auxilia a alta administração, permite nortear as ações gerenciais

da empresa dentro de um plano previamente determinado de metas e

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estratégias o qual reduz com isso a possibilidade de tomada de decisões

equivocadas.

O Planejamento estratégico está cada vez mais em evidência, e essa

atenção crescente é ocasionada pela mudança surpreendentemente rápida

que acontece nas empresas que se adaptam a estratégia definida. As

mudanças ocorrem nos ambientes: econômico, social, tecnológico e político. A

empresa somente poderá crescer e progredir se conseguir ajustar-se à

conjuntura, e o Planejamento Estratégico é uma técnica comprovada para que

tais ajustes sejam feitos com inteligência.

O mais importante na utilização do Planejamento Estratégico é o seu

estreito vínculo com a administração estratégica nas organizações. Não se

pode tratar isoladamente o planejamento estratégico sem entrar no processo

estratégico, contribuindo assim de forma mais eficaz com a gestão dos

administradores na obtenção dos seus resultados.

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CAPÍTULO I

PLANEJAMENTO

1.1 - Considerações Iniciais

Este capítulo discorre sobre os aspectos conceituais do Planejamento,

seus objetivos, características, tipos e o funcionamento auxiliando no processo

de gestão para a tomada de decisões dentro de uma organização.

A necessidade de planejar surgiu, no início dos anos 60, em resposta à

ansiedade das empresas em saber em que nível de competitividade e atuação

perante seus competidores no mercado elas se posicionavam. Isso gerou

necessidade de definir objetivos organizacionais, acreditando que com isso se

facilitaria a avaliação final. (KWASNICKA, 2007).

Apesar de o modelo de gestão econômica trabalhar com a terminologia

clássica de administração, usando termos como planejamento estratégico,

planejamento operacional, execução e controle, esses elementos causam

conformações específicas, sendo também notáveis a não adoção do termo

“planejamento tático” e o papel de extrema relevância ganho pela simulação.

Esse é um modelo eminentemente prático, onde a realidade da gestão

empresarial é trabalhada de forma pragmática, buscando-se as máximas

eficiências e eficácia na consecução dos objetivos organizacionais.

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1.2 - Definição de Planejamento.

O planejamento consiste em estabelecer com antecedências as ações

executadas dentro de cenários e condições preestabelecidas, estimando os

recursos a serem utilizados e atribuindo as responsabilidades, para atingir os

objetivos fixados. Os objetivos fixados poderão ser atingidos somente com um

sistema de planejamento adequadamente estruturado. (HOJI, 2006)

De acordo com a literatura administrativa (TERENCE, 2002) definem

as seguintes características que formam o conceito de planejamento:

a) é a definição de um futuro desejado e de meios eficazes para

alcançá-los;

b) significa o desenvolvimento de um programa para realização de

objetivos e metas organizacionais, envolvendo a escolha de um curso de ação,

a decisões antecipada do que deve ser feito e a determinação de quando e

como a ação deve ser realizada;

c) é o processo de estabelecer objetivos e linhas de ação devem ser

realizadas. O conceito de planejamento apresenta dois aspectos bastante

destacados na administração: eficácia e eficiência. A eficácia diz respeito à

capacidade de obter o sucesso com o qual os objetivos são alcançados; já

eficiência é a capacidade de obter bons produtos utilizando a menor

quantidade de recursos. (CATELLI, 2007).

De acordo com Kwasnicka (2007), a função planejar é definido como

análise de informações relevantes do presente e do passado e a avaliação dos

prováveis desdobramentos futuros, permitindo que seja traçado um curso de

ação que leve a organização a alcançar bom termo em relação a sua

estratégia competitiva e obter vantagem competitiva perante seus

concorrentes.

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Segundo Ackof (1980, p. 45), planejamento pode ser definido como o

“projeto de um estado futuro desejado e os meios efetivos para torná-los

realidade.” Planejamento não é o seu produto, ou seja, o plano, mas o

processo envolvido, nesse sentido, o papel do responsável do planejamento

não é simplesmente elaborá-lo, mas facilitar o processo de sua elaboração

pela própria empresa e deve ser realizado pelas áreas pertinentes ao

processo.

“O planejamento é a mais básica de

todas as funções administrativas, e a

habilidade pela qual essa função é

desempenhada determinada o sucesso de

todas as operações. Planejar pode ser

definido como o processo de pensamento que

se precede a ação e está direcionado para

que se tomem decisões no momento presente

com o futuro em vista. (CATELLI, 2007).1.3

Objetivos”

Os objetivos do planejamento podem ser englobados em dois:

determinar objetivos adequados e preparar para mudanças adaptadas e

inovativas. Produzindo estado futuro desejado e os caminhos para atingi-lo.

Os objetivos são alvos que direcionam a especificação das atividades

e os esforços das pessoas; sem eles há desperdício e as reais chances de

ineficácia nas ações empreendidas (CERTO, 1995).

Segundo Maximiano (2008), objetivos são resultados desejados, que

orientam o intelecto e a ação. São fins, propósitos, intenções ou estados

futuros que as pessoas e as organizações pretendem alcançar, por meio da

aplicação de esforços e recursos.

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Stoner e Freeman (1999) destacam que os objetivos precisam ser

específicos, mensuráveis, realistas e claros.

1.3 - Características do Planejamento

Algumas características do planejamento são abordadas a seguir, de

acordo com os autores Mosimann e Fish (1999):

a) O planejamento antecede as operações. Essas devem ser

compatíveis com o que foi estabelecida no planejamento.

b) O planejamento sempre existe em uma empresa, embora muitas

vezes não esteja expresso ou difundido. Quando informal, estará contido, no

mínimo, no cérebro do dirigente.

C) O planejamento deve ser um processo dinâmico, associado ao

controle permanente, para poder se adaptar às mudanças ambientais. Quando

não há planejamento, não pode haver controle.

d) Os riscos envolvidos no processo decisório, aumentando a

probabilidade de alcance dos objetivos estabelecidos para a empresa.

e) O planejamento deve interagir permanentemente com o controle,

para que possa saber se está sendo eficaz, isto é alcançando seus objetivos,

pois planejamento sem controle não tem eficácia.

f) Associado ao controle, o planejamento serve para a avaliação de

desempenho da empresa e das áreas.

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CAPÍTULO II

TIPOS DE PLANEJAMENTO

2.1 - Tipos de Planejamento

De acordo com Mosimann e Fish (1999), a amplitude ou nível de

atuação do planejamento pode classificá-los em três tipos:

1) Planejamento Estratégico;

2) Planejamento Tático (gerencial) e;

3) Planejamento Operacional.

O planejamento estratégico e operacional, tendo em vista que o

planejamento tático é enfocado aqui como sendo o planejamento estratégico

de cada área. Confunde-se, pois, com o próprio planejamento estratégico da

empresa como um todo se tratarmos cada área da empresa como outra

empresa, inserida num cenário ambiental que é a empresa maior.

2.1.1 – Planejamento estratégico.

Planejamento estratégico é o processo de estruturar e esclarecer os

cursos de ações da empresa e os objetivos que devem alcançar. Há diversos

componentes nesse processo intelectual, principalmente:

• A missão, que é a razão do ser da organização, onde reflete seus

valores, sua vocação e suas competências;

• O desempenho da organização;

• Os desafios e oportunidades do ambiente;

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• Os pontos fortes e fracos dos sistemas internos da organização;

• As competências dos planejadores em termos de conhecimentos, de

técnicas, suas atitudes em relação ao futuro e seu interesse em planejar.

Segundo Drucker (2003), o planejamento estratégico não envolve

decisões futuras e sim a futuridade das decisões atuais. O que interessa ao

administrador são efeitos que sua decisão, hoje terá no futuro previsível. As

consequências e efeitos futuros desejados são as molas propulsoras do ato de

decidir agora.

A finalidade do planejamento estratégico é estabelecer quais serão os

caminhos a ser percorrida para se atingir a situação desejada. É a arte de

passagem do estágio onde estou para onde quero ir.

Pode-se conceituar, então, planejamento estratégico como aquele

planejamento que, centrado na interação da empresa com seu ambiente

externo, focalizando as ameaças e oportunidades ambientais e seus reflexos

na própria empresa, evidenciando seus pontos fortes e fracos, define as

diretrizes estratégicas.

Entende-se que o planejamento estratégico deva detectar em sua fase

de processamento o grau de resistência que encontrará para que seja

implementado o que deverá ser feito para eliminar a resistência.

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Figura 1 - Sistema de planejamento estratégico de uma empresa ou área.Fonte: Mosimann Fisch (1999, p. 49)

2.1.2 - Planejamento Tático (gerencial)

Planos funcionais (também chamados estratégias ou planos

administrativos, departamentais ou táticos são elaborados para possibilitar a

realização dos planos estratégicos). Abrangem áreas de atividades

especializadas da empresa (marketing, operações, recursos humanos,

finanças, novos produtos).

2.1.3 - Planejamento operacional

De acordo com Nascimento e Reginato (2009), o planejamento

operacional tem por origem fixar parâmetros e direcionar a execução das

decisões. De forma mais específica, ele é a representação quantitativa das

diretrizes originadas do planejamento estratégico.

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Ao mesmo tempo o planejamento operacional passa a ser à base de

controle e avaliação de desempenho, visto ser o parâmetro para qualificar a

eficácia atingida pela execução das operações realizadas. Assim é o planejamento

operacional que irá viabilizar a tomada de decisões.

Maximiano (2008), relata que o planejamento operacional é o processo

de definir meios para a realização de objetivos, como atividades e recursos. Os

planos operacionais, também chamados estratégias operacionais, especificam

atividades e recursos que são necessários para a realização de qualquer

espécie e objetivo.

O planejamento operacional consiste na definição de políticas e metas

operacionais da empresa, consubstanciadas em planos para determinado

período de tempo, em consonância com as diretrizes estratégicas

estabelecidas.

Da mesma forma, como no planejamento estratégico, a missão, as

crenças, os valores, o modelo de gestão e a responsabilidade social da

empresa fazem parte do input do planejamento operacional.

Informações a respeito da situação atual, objetivo que se quer atingir

(situação desejada) e mais as diretrizes estratégicas, resultantes do

planejamento estratégico, também perfazem as entradas do sistema de

planejamento operacional.

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2.2 - Implementação do Planejamento

2.2.1 - Orçamento

O orçamento é um plano detalhado da aquisição e do uso dos recursos

financeiros ou de outra natureza, durante um período especificado. Ele

representa um plano para o futuro, expresso em termos quantitativos.

O orçamento geral é um resumo dos planos da empresa, e estabelece

metas específicas das atividades de venda, produção, distribuição, financeira,

etc. e, que geralmente, é representado por um orçamento de caixa, uma

demonstração de resultado orçada e um balanço patrimonial orçado.

Entre as muitas vantagens que temos em possuir um orçamento bem

elaborado, podemos citar:

• Fornecer um meio de transmitir os planos da administração a toda a

organização;

• Forçar os administradores a pensar no futuro e planejá-lo;

• Revelar os potenciais gargalos ou problemas que a empresa pode vir

encontrar antes que eles ocorram; e

• Definir metas que servirão de níveis de referência para a

subsequente avaliação de desempenho.

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2.2.2 Execução

Segundo Mosimann e Fisch (1999, p. 37):

A execução é a fase do processo de

gestão na qual as coisas acontecem, as

ações emergem. Essas ações devem estar

em consonância com o que anteriormente foi

planejando. Dessa forma, o planejamento

antecede as ações de execução. É por meio

das ações (do fazer) que surgem os

resultados.

Compreende a fase em que os planos são adotados, as ações se

concretizam e as transações ocorrem. Neste momento, é possível que ajustes

ainda sejam requeridos para uma adequada implementação do planejamento

operacional, tais como mudanças na programação e a consequente

necessidade de identificação de novas alternativas para adequar-se às

mudanças procedidas.

A execução das atividades se reveste de grande importância nas

empresas, pois é nessa fase que os recursos são consumidos e os produtos

gerados, o que vale dizer que é nessa etapa que ocorrem as mais significativas

variações patrimoniais relacionadas às operações físico-operacionais de uma

organização.

A execução não está restrita somente aos processos manufatureiros

de bens, mas também a produção de serviços, tais como escritórios, hospitais,

escolas, estúdios de criação intelectual, etc. Os serviços auxiliares de

produção de bens e serviços, tais como contabilidade, xerox, vendas, etc., têm

a etapa de execução, pois processam insumos para transformá-los em

serviços.

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Cada etapa do planejamento na empresa vai ter a sua fase de

execução. Isso acontece desde quando o planejamento está sendo elaborado

realmente. Segundo Mosimann e Fisch (1999, p. 37), assim, pode-se afirmar

que existe:

a) “o planejamento, a execução e o controle do planejamento;

b) o planejamento, a execução e o controle da execução; e

c) o planejamento, a execução e o controle do próprio controle.”

A gestão operacional, exposta anteriormente, preocupa-se com a

execução de cada etapa do processo de gestão de cada área da empresa e da

empresa como um todo.

Todas as etapas do processo de gestão são suportadas pelo sistema

de informações, para fins de planejamento e controle. Durante a etapa de

execução, é quando são armazenados os dados referentes ao desempenho

realizado para posterior análise e elaboração dos relatórios para a comparação

com os planos (planejados).

2.2.3 Controle

A última etapa do processo decisório, de acordo com Mosimann e Fish

(1999), denominada controle, na realidade não ocorre por último. Por que esta

está associada a todas as fases do processo. Ocorre no planejamento, na

execução e em si própria.

Não há como dissociá-la das fases do processo decisório, razão pela

qual se pode considerar as demais fases, juntamente com o controle, como um

grande modelo de controle.

Não faz sentido planejar se o que foi planejado não se constituir em

uma diretriz para a execução, e, da mesma forma, não se deve planejar sem

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haver controle dos desvios em relação ao planejamento e as causas desses

desvios e consequentemente tomada de ações corretivas.

De outro modo, o controle deve incidir sobre o próprio processo de

controle, para detectar se a forma como se está sendo empregado está sendo

eficaz.

Nem sempre a busca da maximização dos resultados de um setor,

tomada de forma isolada, significa que esta área estará contribuindo para a

maximização dos resultados da empresa como um todo.

Muitas vezes a maximização do resultado de um setor, tomada

isoladamente, pode reduzir o resultado de outra, com repercussões negativas

no resultado global da empresa.

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CAPÍTULO III

ELABORAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATEGICO

3.1- Elaboração do Planejamento Estratégico

Percebe-se que toda e qualquer empresa tem uma forma de

estabelecimento das ações e decisões estratégicas, ainda que de maneira

informal, porém quando o processo é estruturado apresenta metodologias

diferentes, mas que tem como base grandes aspectos que podem ser

considerados comuns.

De maneira geral, a elaboração do planejamento estratégico inclui a

identificação das oportunidades e ameaças, avaliação dos pontos fortes e

fracos da empresa e análise da sua capacidade real e potencial de tirar

vantagem das oportunidades oferecidas pelo ambiente externo, bem como de

enfrentar as ameaças. Envolve também, a explicitação dos objetivos e metas a

serem alcançados, incluindo as maneiras de desenvolver as ações necessárias

para a concretização do processo. (OLIVEIRA, 2007).

De acordo com o estudo de Sampaio (2004), a metodologia do

planejamento estratégico baseia-se em três etapas:

• Filosófica: mostra a filosofia da empresa, aquilo que a

organização se propõe e acredita;

• Analítica: sujeita a alterações em função das turbulências do

mercado, tem o propósito de mapear o ambiente interno e

externo das empresas; e

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• Decisória: é a definição de onde a organização quer chegar e

quais os caminhos mais apropriados. Bateman e Snell (2009)

propõem seis passos para a elaboração do planejamento

estratégico:

a) estabelecimento da missão, da visão e dos objetivos;

b) análise das oportunidades externas e ameaças;

c) análise de forças e fraquezas internas;

d) análise strengths, weaknesses, opportunities and threats (SWOT) e

formulação de estratégia;

e) implementação da estratégia; e

f) controle estratégico.

Já conforme Certo (2003), a elaboração do planejamento estratégico

consiste em seis etapas:

a) definir os objetivos organizacionais;

b) enumerar formas alternativas e atingir os objetivos;

c) desenvolver premissas sobre quais cada alternativa se baseia;

d) escolher a melhor alternativa para atingir os objetivos;

e) desenvolver planos para perseguir a alternativa escolhida; e

f) colocar os planos em ação.

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3.2 - Missão

A missão demarca a área em que a empresa vai atuar, é a razão da

existência do empreendimento, deve ser sua carteira de identidade, um guia

para o trabalho das pessoas. (SAMPAIO, 2004).

Segundo Oliveira (2007), a missão deve ser definida de maneira

ampla, flexível, motivadora e capaz de refletir as habilidades essenciais da

empresa.

Para Gracioso (2005), alguns cuidados são necessários na definição

da missão estratégica da empresa. São eles:

a) a missão estratégica de uma empresa não pode ser imposta, mas

partilhada entre os membros da organização;

b) deve chegar ao consenso de todos;

c) pode ser mudada somente com a aprovação de quem a definiu.

É importante salientar que a missão da empresa remete a

determinadas ações e comprometimentos decorrentes de sua formulação.

Portanto, definir uma missão apenas para deixá-la no papel ou website da

empresa, é perda de tempo.

Uma missão bem definida comporta vantagens que ajudam todos a

compreenderem o que fazem na organização e a uniformizar os esforços de

todos no que é fundamental para a empresa. (FERNANDES; BERTON, 2005).

Chiavenato (2004) considera importante conhecer a missão e os

objetivos essenciais de uma organização, porque se o administrador não sabe

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por que ela existe e para onde ela pretende ir, ele jamais saberá dizer qual o

melhor caminho a seguir.

Deste modo, a elaboração da missão exige maior nível de criatividade

e atenção do executivo, pois vai delinear os grandes rumos da organização.

3.3 - Visão

A visão consiste nas expectativas e desejos dos acionistas e

elementos dos altos níveis da empresa, onde esses aspectos se tornarão a

base de todo o processo de desenvolvimento e implementação do

planejamento estratégico.

A visão deve ser declarada de uma forma simples, objetiva e concisa,

que compreenda temas como valores, desejos, vontades, sonhos e ambição.

(FERNANDES; BERTON, 2005).

“Visão é considerada como os limites

que os principais responsáveis pela empresa

conseguem enxergar dentro de um período

de tempo mais longo e uma abordagem mais

ampla. Representa o que a empresa quer ser

em um futuro próximo ou distante.

(OLIVEIRA, 2007, p. 43). “

Assim, a visão deve ser resultante do consenso de um grupo de líderes

e não da vontade de uma pessoa, além disso, é necessário que seja

compreendida por todos os colaboradores, desde aqueles que executam as

tarefas mais simples até a alta administração.

A ausência da definição de visão tem como resultado a falta de foco da

empresa, portanto, é de extrema importância que a mesma estabeleça uma

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visão, para que haja coerência entre o que a empresa se propõe a fazer e o

que efetivamente faz.

3.4 - Objetivos

Traçar objetivos para o empreendimento é fundamental para que as

futuras decisões sejam consistentes com o rumo que se quer dar ao negócio.

Os objetivos relatam alvos devidamente qualificados e quantificados da

organização. Também podem ser definidos como as grandes metas a serem

atingidas. Estão relacionados com os resultados que a organização pretende

chegar em determinado prazo para consolidar seu negócio ou atividade.

(REZENDE, 2008).

Os objetivos são como uma bússola para o administrador. Há

necessidade de se determinar claramente os objetivos, pois somente assim

será possível determinar uma estratégia adequada, adaptada a diferentes

situações. (LAS CASAS, 2001).

De acordo com Certo (2003), os objetivos quando altos demais são

frustrantes para os funcionários, enquanto objetivos estabelecidos muito

abaixo de suas potencialidades não os motivam a maximizar suas habilidades.

Os objetivos empresariais, conforme Sampaio (2004), devem possuir

algumas características, descritas a seguir:

a) ser coerentes com os recursos e com o ambiente da empresa;

b) ser viáveis e desafiadores, para que o estímulo e a motivação

estejam presentes no dia-a-dia;

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c) ser mensuráveis, para que a empresa possa controlar e fazer uma

avaliação;

d) possuir prazo definido, para que sejam avaliados num determinado

tempo; e

e) ser um número reduzido, para evitar a dispersão das pessoas e

esforços envolvidos.

Uma vez formalizados os objetivos da organização, entendidos e

divulgados para todos, muitos benefícios podem ser constatados. Tais

benefícios podem estar relacionados com a integração da missão e visão, a

sustentação dos processos decisórios e a formulação de estratégias.

(REZENDE, 2008).

Portanto, é muito importante que a organização propicie condições e

motive os gestores a alinharem os objetivos da mesma com os objetivos das

pessoas que a compõem, pois dessa forma os interesses passam a ser

comuns, o que facilita o seu alcance.

3.5 - Análise interna

A análise interna visa identificar os principais pontos fortes e fracos da

empresa para nortear o processo de planejamento, pois é a partir dessa

análise que se saberá quais os recursos com que se pode contar e também

quais são os pontos vulneráveis no momento de se estabelecerem as

estratégias da empresa.

A análise interna tem como objetivo colocar em foco as deficiências e

qualidades de uma empresa, ou seja, os pontos fortes e fracos da mesma

devem ser determinados diante da sua atual posição, de seus produtos ou

serviços versus segmentos de mercado. (OLIVEIRA, 2007).

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Conhecer a própria empresa com suas potencialidades e limitações é

condição essencial para elaborar o planejamento estratégico.

Segundo Sampaio (2004), fatores como imagem da empresa perante

os clientes, qualificação dos funcionários, tecnologia para fabricação dos

produtos, recursos financeiros, produtividade, qualidade dos produtos, preço

de venda, estoques disponíveis, localização da empresa, relacionamento com

fornecedores e prazo de entrega são determinantes de forças e fraquezas da

organização.

Alguns autores defendem que os pontos fortes só podem ser

considerados fortes se suas habilidades e recursos estiverem alinhados aos

Fatores Críticos de Sucesso (FCS) da organização. Os FCS são as atividades-

chave do negócio que precisam ser bem feitas para que a organização atinja

seus objetivos. (SAMPAIO, 2004).

Com isso, a organização terá as informações necessárias para

determinar os objetivos e as estratégias que possam aproveitar melhor as

competências da empresa e equacionar os problemas internos identificados,

assim como resolver as ameaças e oportunidades identificadas externamente.

Conforme Oliveira (2007), para que seja eficaz uma análise interna

deve tomar como perspectivas para comparação as outras empresas de seu

setor de atuação, sejam elas concorrentes diretas ou apenas concorrentes

potenciais.

3.6 - Análise externa

As organizações não são autossuficientes nem independentes, elas

trocam recursos com o ambiente externo e dependem dele.

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O ambiente externo são todos os elementos que, atuando fora da

empresa, influenciam para as operações da mesma, outro aspecto a

considerar, na visão de Oliveira (2007), é a divisão do ambiente da empresa

em duas partes:

a) ambiente direto: representa o conjunto de fatores através dos quais

a empresa tem condições não só de identificar, mas também de avaliar ou

medir o grau de influência recebido e/ou proporcionado;

b) ambiente indireto: representa o conjunto através dos quais a

empresa identificou, mas não tem condições de avaliar ou medir o grau de

influência entre as partes.

Essa divisão dá-se apenas para facilitar a manipulação das variáveis

externas, o executivo deve saber trabalhar com essas variáveis, pois a partir do

momento em que tem melhor conhecimento da influência de uma variável que

esteja no ambiente indireto, deve ser tentada a transferência dessa variável

para o ambiente direto. Ilustrado conforme o gráfico a seguir:

Fonte: Oliveira, 2007, p. 46.

A análise do ambiente externo é o processo de identificação de

oportunidades e das ameaças que afetam a empresa no cumprimento de sua

missão, como explica Sampaio (2004).

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“A análise ambiental corresponde ao estudo

dos diversos fatores e forças do ambiente, às

relações entre eles ao longo do tempo e seus efeitos

ou potenciais efeitos sobre a empresa, sendo

baseada nas percepções das áreas em que as

decisões estratégicas da empresa deverão ser

tomadas. (OLIVEIRA, 2007, p. 72).“

Embora sejam importante que a empresa conheça seus recursos e

atividades para ter controle de seu desempenho, essas informações são de

valor limitado quando se fala em reações estratégicas, em tais casos, torna-se

mais importante que a empresa tenha informações detalhadas sobre o

ambiente externo. (THOMAS apud OLIVEIRA, 2007).

O ambiente externo tem maior poder de definição nos rumos da

organização do que o ambiente interno. (COSTA, 2006).

Logo, é necessário trabalhar com os fatores internos e externos da

empresa de maneira interligada.

O executivo deve identificar todas as oportunidades e analisar cada

uma delas em termos da sua real contribuição para a empresa, necessita

também considerar os objetivos da empresa como sendo o critério de

avaliação e classificação das melhores oportunidades. (OLIVEIRA, 2007).

As oportunidades são fatores do ambiente geral que, se bem

aproveitadas, podem fornecer uma vantagem competitiva para a empresa. Já

as ameaças são fatores que podem vir a perturbar o funcionamento da

empresa, causando dificuldades para a sua gestão e desempenho.

(FERREIRA et al., 2005, p. 37).

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Assim, uma oportunidade devidamente usufruída pode proporcionar

aumento nos lucros da empresa, enquanto uma ameaça não administrada

pode acarretar diminuição nos lucros, ou mesmo prejuízos para a empresa.

(OLIVEIRA, 2007).

Em resumo, informações ambientais adequadas e precisas são

essenciais para conduzir o processo estratégico no sentido de obter um

equilíbrio entre a empresa e as forças externas que a afetam direta ou

indiretamente.

3.7 Metodologia da Implementação

Como em qualquer plano, a formulação de estratégias apropriadas não

é suficiente. Os administradores estratégicos devem garantir que essas

estratégias sejam implementadas de maneira eficiente e eficaz.

Uma tendência segundo Bateman e Snell (2009) é que muitas

organizações estendam seus processos de gestão estratégica mais

participativas à implementação, que integra administradores de todos os níveis

nos processos de formulação e identificação dos melhores meios para a

implementação do planejamento estratégico.

De acordo com Hrebiniak (2005), há oito áreas de desafios para a

implementação da estratégia, são elas:

a) desenvolver um modelo para orientar as ações ou decisões da

implementação;

b) entender como a criação da estratégia afeta sua implementação;

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c) entender o poder e a influência e usá-los para o sucesso da

implementação;

d) desenvolver controles efetivos e mecanismos de feedback;

e) saber como criar uma cultura de suporte à implementação;

f) aplicar a liderança como suporte para a implementação;

g) desenvolver estruturas organizacionais que estimulem o

compartilhamento das informações, a coordenação e uma clara

responsabilidade; e

h) gerenciar as mudanças de forma efetiva.

Essas mudanças envolvem transformações na estrutura, nas pessoas

e nos processos organizacionais, como mostra a figura. (FERNANDES;

BERTON, 2005).

Fonte: Fernandes; Berton, 2005, p. 205.

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A estrutura diz respeito à distribuição de responsabilidades dentro de

uma organização e deve ser concebida de forma a atingir missão e objetivos.

(FERNANDES; BERTON, 2005).

Quanto às pessoas, estas possuem desejos, projetos de vida e

receios, sofrem pressões de grupos de influência e também influenciam, por

isso essas relações devem ser lembradas na implementação de uma

estratégia. (FERNANDES; BERTON, 2005).

Já quanto aos processos, cabe definir as regras dinâmicas para o

funcionamento da organização, onde se deve levar em consideração a

alocação de recursos, a comunicação, a recompensa, o controle e a

tecnologia. (FERNANDES; BERTON, 2005).

Prestando mais atenção nos processos pelos quais as estratégias são

implementadas, executivos, gerentes e funcionários poderão desempenhar um

papel importante no sentido de assegurar que os planos estratégicos

efetivamente se realizem. (BATEMAN; SNELL, 2009).

3.8 - Controle e avaliação do planejamento estratégico

O papel desempenhado pela função de controle e avaliação no

processo de planejamento estratégico é acompanhar o desempenho do

mesmo através da comparação entre as situações alcançadas e as previstas,

assegurando que o desempenho real possibilite o alcance dos padrões que

foram, anteriormente, estabelecidos. (OLIVEIRA, 2007).

Um sistema de controle é projetado para apoiar os executivos na

avaliação do progresso do planejamento estratégico e, quando existem

divergências, na formulação de ações corretivas. Esse sistema deve incentivar

operações com flexibilidade para adaptar-se às mudanças. (BATEMAN;

SNELL, 2009).

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O resultado final do processo de controle é a informação, por isso as

organizações devem desenvolver sistemas de informações, indicadores de

desempenho e mecanismos específicos que permitam a efetiva avaliação dos

objetivos, metas e estratégias.

O controle pode tornar-se mais complexo e detalhado à medida que a

empresa cresce, é por esse motivo que os gerentes precisam ter o

conhecimento de suas funções para saber o que deve controlar e, assim,

desenvolver métodos de medição e controle que alertem quando ocorrerem

desvios dos planos. (CARAVANTES; PANNO; KLOECKNER, 2005).

De acordo com Oliveira (2007), para que o executivo possa efetuar de

maneira adequada o controle e avaliação do planejamento estratégico, é

necessário que siga algumas fases:

a) estabelecimento de padrões de medida e avaliação: é a base para a

comparação dos resultados desejados;

b) medida dos desempenhos apresentados: significa estabelecer o que

medir e como medir, a partir de critérios de quantidade, qualidade e tempo;

c) comparação do realizado com o esperado: visa comparar possíveis

desvios que estejam dentro ou ultrapassem as barreiras que foram

estabelecidas no processo de planejamento; e

d) ação corretiva: corresponde às medidas ou providências que são

adotadas para eliminar os desvios significativos.

Ressalta-se, ainda, que o controle deve ser realizado de forma

contínua, a fim de verificar se os processos estão acontecendo conforme o

planejado e, caso seja necessário, realizar mudanças corretivas para garantir

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que os funcionários e os recursos da empresa sejam aproveitados de forma

mais eficiente na realização dos objetivos da mesma. (CARAVANTES;

PANNO; KLOECKNER, 2005).

Para efetivar o controle é preciso que o executivo crie um clima

adequado para sua operacionalização, tendo em vista eliminar as resistências

ativas ou passivas, que podem atrapalhar o planejamento estratégico na

empresa. Os resultados dessa avaliação devem ser repassados para toda a

empresa, permitindo, assim, que todos saibam se a organização está atingindo

os objetivos traçados.

3.9 - Vantagens e críticas do planejamento estratégico

O ato de planejar estrategicamente permite que os gerentes entendam

o que ocorre no mercado para poder desenvolver diferenciais sobre os

concorrentes e, também, torna possível racionalizar o processo de tomada de

decisão, antecipando-se as circunstâncias desfavoráveis do mercado.

Conforme Certo (2003), o planejamento estratégico é muito vantajoso

para uma organização, pois o alto índice de fracassos de empresas recém-

abertas se deve basicamente a uma consequência de planejamento

inadequado.

A falta de planejamento leva a empresa a ser facilmente surpreendida

por alterações no mercado, o que a induz agir por improviso e a distância das

decisões relacionadas com o objetivo da empresa.

O planejamento não elimina o risco, evidentemente, mas ajuda os

gerentes a identificar e a lidar com problemas organizacionais que possam

surpreender futuramente, assim como identificar as ameaças e oportunidades

no ambiente externo. Com essas informações, a empresa poderá determinar

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as estratégias para que possam aproveitar melhor seus recursos e

competências. (CERTO, 2003).

Através do planejamento estratégico as organizações passam a ter um

senso de direção, focalizam os esforços dos indivíduos, guiam os planos, a

tomada de decisão e ajuda avaliar o progresso da empresa.

O planejamento estratégico sofreu muitas críticas no passado devido a

sua visão limitada do ambiente organizacional. Os modelos tradicionais não se

utilizavam de aspectos como criatividade e intuição, o ambiente era definido

como previsível e imutável, a organização era vista por partes, sendo a

estratégia restrita aos altos níveis, o que resultava na falta de

comprometimento dos níveis inferiores. (ICHIKAWA, 2011).

Hoje, percebe-se que algumas empresas não utilizam corretamente o

planejamento, pois passam muito tempo presas ao ato de planejar,

esquecendo-se de suas execuções e controles. (CERTO, 2003).

Após a contribuição de vários autores, o planejamento estratégico

passou a ganhar uma forma mais adaptável às mudanças internas e externas,

percebeu-se, então, que não existe uma forma exata de planejar nas

organizações, sendo importante a análise da situação em que a empresa se

encontra, para, assim, definir os rumos a serem seguidos. (ICHIKAWA, 2011).

Contudo, as críticas ao planejamento estratégico são superadas pelas

inúmeras vantagens que este oferece e suas falhas resultam do uso incorreto

da função de planejar.

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CONCLUSÃO

Neste estudo evidenciamos a problemática das micros e pequenas

empresas do setor comercial em nosso país, as quais representam a grande

maioria das empresas nacionais e, consequentemente, maior

representatividade em termos quantitativos de empregados. Concluímos que o

principal problema enfrentado pelas empresas é a falta de planejamento no

decorrer da execução de suas atividades.

Concluiu-se que o planejamento estratégico auxilia na gestão e

desenvolvimento de uma empresa, já que otimiza o processo de tomada de

decisão, melhora o aproveitamento das oportunidades, maximiza os lucros e

antecipa as ameaças.

Diante disso, o planejamento estratégico proporcionou aos gestores

uma visão ampla de suas capacidades e limitações, sendo possível

acompanhar e capitalizar os pontos fortes.

Contribuiu ainda para avaliar o mercado e as oportunidades

emergentes advindas de programas sociais do governo que favorecerão a

demanda por móveis nos próximos anos, além de proporcionar a formalização

de fatores como missão, visão e definição do negócio que embasaram as

decisões e permitiu, ainda, o estabelecimento de um prazo para a conclusão

do objetivo de expandir as frentes de mercado.

Ressalta-se a importância de a empresa de pequeno porte adotar a

prática do planejamento estratégico para explorar suas particularidades a fim

de transformá-las em diferenciais competitivos frente aos concorrentes.

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É importante frisar que a empresa se adapte ao processo do

planejamento estratégico e se preocupe em avaliar as mudanças ambientais

que ameaçam os planos atuais ou que proporcione oportunidades de novas

estratégias, pois o planejamento estratégico, quando realizado de forma

correta, torna-se uma das formas mais eficientes de se ter gestão do próprio

negócio, sendo possível estabelecer a melhor direção a ser seguida pela

empresa, a fim de suprir as necessidades do consumidor, do colaborador e do

mercado.

A presente pesquisa acrescentou uma série de fundamentos e

contribuições de como o tema hoje pode ser relevante na maximização dos

resultados das empresas. De acordo com a abordagem da teoria, foi possível

adquirir uma visão mais ampla de todo processo gerencial que pode ser

aplicado nas empresas em busca dos fatores que influenciam em sua

lucratividade.

Portanto, o planejamento estratégico auxilia os gestores no alcance

dos objetivos, favorece a empresa tornando-a mais competitiva e age como

instrumento de comunicação, de acompanhamento e, principalmente, de

aperfeiçoamento do aprendizado nas organizações visando à obtenção de

lucros expressivos.

Logo, o assunto não se esgota com essa pesquisa, havendo muito

ainda a aprofundar, o que poderá ser feito por outros acadêmicos ou

profissionais da área.

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BIBLIOGRAFIA

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Atlas, 2009.

CARAVANTES, G. R.; PANNO, C. C., KLOECKNER, M. C.

Administração: teorias e processos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.

CERTO, Samuel C.; PETER, J.Paul. Admistração estratégica: planejamento e implantação da estratégica. São Paulo: Makron Books, 1995.

CHIAVENATO, I. Administração nos novos tempos. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

DRUCKER, Peter. Administração na próxima sociedade A. São Paulo: Nobel, 2003.

FERNANDES, B. H. R.; BERTON, L. H. Administração estratégica: da competência empreendedora à avaliação de desempenho. São Paulo: Saraiva, 2005.

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orientado para o mercado. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2005.

SAMPAIO, C. H. Planejamento estratégico. 4. ed. Porto Alegre: Sebrae/RS, 2004.

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MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaral. Introdução à Administração. São Paulo. Atlas, 2008.

As micro e pequenas empresas brasileiras. São Paulo, 2005 Disponível em <http://www.sepraesp.com.br.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

PLANEJAMENTO 10

1.1- Considerações Iniciais 10

1.2- Definição de Planejamento 11

1.3- Características do Planejamento 13

CAPÍTULO II

TIPOS DE PLANEJAMENTO 14

2.1 – Tipos de Planejamento 14

2.1.1- Planejamento Estratégico 14

2.1.2 - Planejamento Tático (Gerencial) 16

2.1.3 - Planejamento Operacional 16

2.2 – Implementação do Planejamento 18

2.2.1- Orçamento 18

2.2.2 – Execução 19

2.2.3 – Controle 20

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CAPÍTULO III

ELABORAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 22

3.1 - Elaboração do Planejamento Estratégico 22

3.2 – Missão 24

3.3 – Visão 25

3.4 – Objetivos 26

3.5 - Analise Interna 27

3.6 - Analise Externa 28

3.7 - Metodologia da Implantação 31

3.8 - Controle e Avaliação do Planejamento estratégico 33

3.9 - Vantagens e Criticas do planejamento estratégico 35

CONCLUSÃO 37

BIBLIOGRAFIA 39

ÍNDICE 41