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1 DISSERTAÇÃO DE MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM ADMINISTRAÇÃO ABORDAGEM DE REGRAS DE NEGÓCIO: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS REGRAS DE NEGÓCIOS EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO COM O USO DA LÓGICA FUZZY CLAUDIO DOS SANTOS PEREIRA Orientador: Profª Maria Augusta Rio de Janeiro, 25 de novembro de 2004. F F F A A A C C C U U U L L L D D D A A A D D D E E E S S S I I I B B B M M ME E E C C C P P P R R O O G G R R A A M MA A D D E E P P Ó ÓS S - - G G R R A A D D U U A A Ç Ç Ã Ã O O E E P P E E S S Q Q U U I I S S A A E E M M A A A D D M MI I N N I I S S T T R R A A Ç Ç Ã Ã O O E E E E C C O O N N O O M MI I A A

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1

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM ADMINISTRAÇÃO

ABORDAGEM DE REGRAS DE NEGÓCIO: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS REGRAS DE NEGÓCIOS EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

COM O USO DA LÓGICA FUZZY

CLAUDIO DOS SANTOS PEREIRA

Orientador: Profª Maria Augusta

Rio de Janeiro, 25 de novembro de 2004.

FFFAAACCCUUULLLDDDAAADDDEEESSS IIIBBBMMMEEECCC PPPRRROOOGGGRRRAAAMMMAAA DDDEEE PPPÓÓÓSSS---GGGRRRAAADDDUUUAAAÇÇÇÃÃÃOOO EEE PPPEEESSSQQQUUUIIISSSAAA EEEMMM

AAADDDMMMIIINNNIIISSSTTTRRRAAAÇÇÇÃÃÃOOO EEE EEECCCOOONNNOOOMMMIIIAAA

2

Cláudio dos Santos Pereira

ABORDAGEM DE REGRAS DE NEGÓCIO: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS REGRAS DE NEGÓCIOS EM SISTEMAS DE

INFORMAÇÃO COM O USO DA LÓGICA FUZZY

Dissertação de conclusão de curso apresentada às Faculdades IBMEC como parte das exigências para a obtenção do título de Mestre em Administração com área de concentração em sistemas de informação.

Aprovada em dezembro de 2004.

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________________ Professora Doutora Maria Augusta Soares Machado - Orientadora

Faculdades IBMEC

__________________________________________ Professor Doutor Valter de Assis Moreno Jr.

Faculdades IBMEC

_________________________________________ Professor Doutor Arnaldo Vieira da Rocha Filho

Universidade UNIGRANRIO

Rio de Janeiro Rio de Janeiro – Brasil

ii

3

Dedicatória Ao meu filho Renan, que esta dissertação seja um incentivo para o seu

desenvolvimento e que o exemplo o inspire para o alcance de suas realizações.

iii

4

Agradecimentos

Aos meus pais, Sebastião e Leontina, pela educação, amor e incentivo

em todos os momentos. À minha querida Luciana, que sempre esteve ao meu

lado. Ao meu irmão Ivan e minha prima Ida pelo apoio e carinho.

À minha orientadora, Professora Doutora Maria Augusta Soares

Machado, pela sua generosidade ao ensinar.

Ao Gerente Tecnologia Cesar Augusto Peixoto Terra (Caixa Econômica

Federal) pela disponibilização dos recursos e colaboração no estudo de caso.

iv

5

Nos domínios do saber, contrariamente ao que ocorre no mundo corrente, mais se recebe quanto mais se dá.

Carlos Bernardo Gonzáles Pecotche

v

6

SUMÁRIO

1 O PROBLEMA...............................................................................................17

1.1 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................17

1.2 PROBLEMA CENTRAL DA INVESTIGAÇÃO.....................................................20

1.3 OBJETIVOS PERSEGUIDOS PELO ESTUDO ...................................................21 1.3.1 Objetivos finais ........................................................................................................... 21 1.3.2 Objetivos intermediários ............................................................................................. 21

1.4 RELEVÂNCIA DO ESTUDO................................................................................22

1.5 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ..............................................................................23

2 REVISÃO DA LITERATURA E REFERENCIAL TEÓRICO..........................25

2.1 ABORDAGEM DE REGRAS DE NEGÓCIOS .....................................................25 2.1.1 Desenvolvimento de Sistemas de Informação com a utilização da Abordagem de Regras de Negócio .................................................................................................................. 26 2.1.2 Classificação das Regras de Negócios ...................................................................... 27

2.1.2.1 Termos ................................................................................................................... 28 2.1.2.2 Fatos....................................................................................................................... 29 2.1.2.3 Regras.................................................................................................................... 29

2.1.3 A metodologia............................................................................................................. 31 2.1.3.1 Escopo.................................................................................................................... 31 2.1.3.2 Planejamento ......................................................................................................... 37 2.1.3.3 Descoberta ............................................................................................................. 39 2.1.3.4 Análise.................................................................................................................... 47

2.1.4 As Contribuições de Vygotsky.................................................................................... 49 2.1.4.1 Subjetividade e Intersubjetividade ......................................................................... 50 2.1.4.2 Sentido e Significado.............................................................................................. 51

2.1.5 Benefícios Esperados para o sistema........................................................................ 54 2.1.6 Benefícios para o negócio .......................................................................................... 55 2.1.7 Benefícios para engenheiros de “software”................................................................ 55

2.2 LÓGICA FUZZY...................................................................................................57 2.2.1 Principais Trabalhos e Aplicações da Teoria Fuzzy:.................................................. 58 2.2.2 Conceitos Básicos da Teoria Fuzzy ........................................................................... 61 2.2.3 Sobre a Lógica Fuzzy ................................................................................................. 63

2.2.3.1 Conjunto Fuzzy ...................................................................................................... 63 2.2.3.2 Interseção de Conjuntos Fuzzy.............................................................................. 65 2.2.3.3 União de Conjuntos Fuzzy ..................................................................................... 65 2.2.3.4 Complemento de um Conjunto Fuzzy .................................................................... 66 2.2.3.5 Concentração de um Conjunto Fuzzy .................................................................... 66 2.2.3.6 Dilatação de um Conjunto Fuzzy ........................................................................... 67

3 METODOLOGIA ............................................................................................68

3.1 TIPO DE PESQUISA ...........................................................................................68

3.2 MÉTODO .............................................................................................................72

3.3 PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS................................................75

7

3.4 TRATAMENTO DOS DADOS..............................................................................76 3.4.1 Tratamento dos dados para verificação da qualidade individual de cada regras de negócio........ ............................................................................................................................ 76 3.4.2 Tratamento dos dados para verificar a efetividade do mecanismo de avaliação da qualidade de regras de negócios e da Abordagem de Regras de Negócios.......................... 79

3.5 LIMITAÇÕES DO MÉTODO ................................................................................80

4 ANÁLISE DAS EVIDÊNCIAS ........................................................................82

4.1 ANÁLISE DAS EVIDÊNCIAS RELATIVAS AO MECANISMO DE AVALIAÇÃO DAS REGRAS DE NEGÓCIO .....................................................................................86

4.2 ANÁLISE DAS EVIDÊNCIAS RELATIVAS AO MECANISMO DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS REGRAS DE NEGÓCIO E DA EFETIVIDADE DA ABORDAGEM DE REGRAS DE NEGÓCIO ...............................................................93

5 CONCLUSÕES............................................................................................106

5.1 O MECANISMO DE AVALIAÇÃO DAS REGRAS DE NEGÓCIO .....................106

5.2 A APLICAÇÃO DA ABORDAGEM DE REGRAS DE NEGÓCIO ......................107

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................111

7 ANEXO A.....................................................................................................115

8 ANEXO B.....................................................................................................117

9 ANEXO C.....................................................................................................118

10 ANEXO D.....................................................................................................119

11 ANEXO E .....................................................................................................125

12 ANEXO F .....................................................................................................131

8

Lista de Ilustrações

Figura 1 – Esquema de classificação das regras de negócio...............................28

Figura 2 – Exemplo de roteiro para descoberta de regras para casos de uso.....40

Figura 3 – Esquema de Análise das Evidências Obtidas......................................85

Figura 4 – Gráfico da qualidade – Critério da atomicidade para a regra número 1

do sistema SIEXT..................................................................................................88

Figura 5 – Gráfico da qualidade – Critério da atomicidade para a regra número 1

do sistema SIFSW.................................................................................................90

9

Lista de Tabelas

Tabela 1 – Recomendações para utilização de roteiros de descoberta de

regras.....................................................................................................................41

Tabela 2 – Seis fontes de evidências: pontos fortes e pontos fracos....................71

Tabela 3 – Resultado da avaliação da qualidade das regras de negócio do

sistema SIEXT.......................................................................................................87

Tabela 4 – Resultado da avaliação da qualidade das regras de negócio do

sistema SIFSW......................................................................................................89

Tabela 5 – Resultado da avaliação da qualidade das regras de negócio do

sistema SIMDP......................................................................................................91

Tabela 6 – Categorização e codificação das evidências.......................................94

10

Lista de abreviaturas, siglas e símbolos

ARN Abordagem de Regras de Negócios

CMM Capability Maturity Model

FPOEN Freqüência Percentual das Opiniões dos Especialistas Normalizada

ISO International Organization for Standardization

SIMDP Sistema de Manutenção da Documentação de Projetos

SIFSW Sistema de Controle da Fábrica de Software

SIEXT Sistema de Emissão de Extrato

SPICE Software Process Improvement and Capability dEtermination

TI Tecnologia da Informação

11

Resumo

A dinâmica do ambiente onde atuam as organizações exige freqüentes mudanças nos sistemas de informações que elas utilizam para sustentar seus negócios. Assim, exige-se dos responsáveis pelo desenvolvimento e manutenção de sistemas, agilidade e qualidade nas respostas às solicitações do pessoal de negócio.

Entretanto, sistemas de informações desenvolvidos e mantidos ao longo de décadas, especialmente em grandes corporações, criaram um ambiente computacional complexo onde as regras de negócios estão distribuídas em milhões de linhas de código.

A Abordagem de Regras de Negócios apresenta uma metodologia cuja base é a separação das regras de negócio da parte procedimental dos processos. Esta dissertação, além de descrever essa metodologia, propõe um mecanismo de avaliação da qualidade das regras de negócio e o aplica num estudo de caso. Considerando que os critérios de qualidade definidos pela Abordagem de Regras de Negócio são todos imprecisos, o citado mecanismo de avaliação utiliza a lógica Fuzzy para mensurar a opinião dos especialistas quanto à qualidade das regras de negócio.

Também são obtidas as opiniões dos especialistas quanto à capacidade da Abordagem de Regras de Negócios atingir seus principais objetivos; melhoria na comunicação entre o pessoal da tecnologia da informação e o de negócio, redução dos custos e aumento da produtividade na manutenção de sistemas.

12

Abstract

The dynamic environment where organizations perform constantly demands changes on the information systems used by companies to up hold their businesses, hence, swiftness and quality answers in reference to the business personnel’s requests are demands towards the professionals that develop and maintain the systems.

None the less, Information Systems developed and maintained through

out decades, specially in large corporations, have created a complex computational environment where rules are distributed on millions of lines of code.

The Business Rules Approach presents a methodology based on the

detachment of business rules from the procedural part of the processes. This dissertation not only describes this method, it also proposes a mechanism to valuate the business rules’ quality and applies it into a case study. The evaluation mechanism uses Fuzzy logic to rate the specialists’ opinions on the business rules’ quality, for the quality criterion defined by the Business Rules Approach are all inaccurate.

The opinion of specialists regarding the Business Rules Approach’s

capacity to reach its main objectives, the communication improvement between IT and business workers, costs reduction and the productivity enhancement of systems maintenance were gathered.

13

INTRODUÇÃO

As organizações crescem e com elas a complexidade dos seus negócios.

O conhecimento sobre os negócios, acumulado durante anos e a evolução das

ciências e das tecnologias têm contribuído para que os negócios conduzidos

pelas organizações se tornem cada vez mais complexos. Além disso, a

necessidade de combinar diversos conhecimentos para gerar novos produtos e

serviços, capazes de destacar a organização em seu ambiente também tem

contribuído para aumentar essa complexidade, além de criar, em geral, barreiras

para a entrada de novos concorrentes.

Uma das preocupações da indústria é a necessidade de criar sistemas

corporativos muito mais rapidamente e a um custo mais baixo. Para fazer bom

uso da crescente potência dos computadores e atender às necessidades atuais

dos negócios, os sistemas têm-se tornado cada vez mais complexos. Ainda que

mais complexos, os sistemas também precisam ser mais confiáveis, isto é,

sistemas que não sejam finalizados de modo anormal (abends), mantendo sua

disponibilidade enquanto o usuário necessitar, mas sobretudo, atendendo

consistentemente aos requisitos do negócio.

Atualmente, existem alguns modelos destinados a promover melhorias no

processo de desenvolvimento de software, de modo a gerar produtos com

qualidade, tais como: CMM, SPICE e ISO. Entende-se como qualidade de

software o grau em que um sistema, componente ou processo alcança os

14

requisitos especificados ou necessidades e expectativas do usuário ou do cliente

(THE CAPABILITY MATURITY MODEL, 1995). Assim, alta qualidade é

fundamental no desenvolvimento de sistemas.

A necessidade de um processo melhor de desenvolvimento de sistemas

aplica-se tanto à indústria de tecnologia da informação como às empresas de

todos os tipos, que desenvolvem seus próprios aplicativos de computador. As

organizações de informática precisam criar e modificar aplicativos muito mais

rapidamente. Se esses aplicativos demoram dois ou três anos para serem

construídos, os negócios não poderão reagir às investidas dos competidores com

a devida rapidez. A capacidade vital de mudança dinâmica é, então, perdida.

(MARTIN, 1995)

Neste contexto, as mudanças produzidas pelos gestores de negócios são

em grande volume e em alta freqüência, provocando uma “avalanche” de

solicitações para os responsáveis pela sustentação dos sistemas informatizados.

Há que se ter agilidade por parte das equipes de desenvolvimento e

manutenção dos sistemas de informações das organizações. Contudo, décadas

de desenvolvimento sobre plataformas obsoletas, que nem sempre puderam ser

atualizadas, face aos custos ou aos riscos envolvidos; pequena quantidade de

recursos humanos conhecedores de tais plataformas e/ou negócio; conhecimento

do negócio disperso dentro de milhões de linhas de código entre outros

problemas, dificultam o desenvolvimento e a manutenção dos sistemas de

informações e geram grande morosidade no atendimento, o que por si só já

produz custos elevadíssimos. Se pensarmos no que se perde em termos de

oportunidades, aí os valores podem ser ainda mais expressivos.

A abordagem de regras de negócios tem sido apresentada como uma das

15

alternativas para minimizar essa situação, possibilitando, através de sua técnica,

a descoberta, a manutenção das regras de negócios e principalmente uma forma

de melhoria na interação entre desenvolvedores de sistemas de informação e

gestores de sistemas, de modo a permitir que modificações nos negócios sejam

rapidamente refletidas nos sistemas de informações.

Um dos maiores objetivos da abordagem de regras de negócios é a

separação da parte procedimental dos sistemas da parte declarativa, ou seja,

separar “o que” do “como”. Esta separação visa manter as regras de negócios

em ambiente especialmente preparado para facilitar sua manutenção, que pode

se dar através da atuação muito próxima do usuário ou até pelo próprio usuário,

reduzindo assim, de forma substancial, a atuação de técnicos de informática e,

conseqüentemente, auferindo todos os benefícios decorrentes dessa redução,

tais como, maior agilidade na compreensão do negócio a ser modificado, redução

do tempo de implementação de mudanças nos sistemas de informações, redução

dos custos envolvidos, maiores possibilidades de alcance de metas e

oportunidade.

Esta dissertação além de verificar a efetividade da abordagem de regras

de negócio, propõe um instrumento de mensuração da qualidade dessas regras,

baseado em critérios de qualidade e na lógica Fuzzy.

O instrumento foi construído como uma planilha eletrônica que permite

registrar as opiniões de especialistas a respeito das regras de negócios. Essas

opiniões são formuladas mediante a avaliação subjetiva do grau de pertinência de

cada regra, em relação ao conjunto daquelas consideradas com qualidade.

Para validar o instrumento, foi realizado um estudo de caso nas áreas de

desenvolvimento de sistemas da Caixa Econômica Federal, onde foi aplicada a

16

abordagem de regras de negócios em projetos de desenvolvimento/manutenção

de sistemas. Estes projetos foram acompanhados e as regras de negócios

descobertas foram submetidas aos especialistas para avaliação de sua qualidade.

Vale destacar que o objetivo deste estudo não foi o de obter regras com

qualidade nos projetos observados, mas sim o de verificar se o instrumento aqui

proposto é eficaz e se a Abordagem de Regras de Negócio é efetiva como

método de descoberta, registro e verificação da qualidade. Além disso, buscou-

se também identificar as dificuldades na aplicação do instrumento e no uso da

Abordagem de Regras de Negócio.

17

1 O PROBLEMA 1.1 JUSTIFICATIVA

Os sistemas de informação são instrumentos de grande importância para

as organizações, na medida em que apóiam seus negócios e controles internos.

De maneira geral, esses sistemas são criados para resolver um problema da

organização. A partir do problema, são identificadas necessidades que para

serem atendidas exigem que os responsáveis pelo negócio definam requisitos,

contando inclusive com a ajuda do pessoal da tecnologia da informação. Como

fruto desse trabalho conjunto, o sistema de informação é concebido.

Por outro lado, os negócios operam de acordo com diferentes tipos de

regras, algumas de natureza legal e outras criadas pelo próprio negócio. Essas

regras definem como os sistemas de informação devem executar suas funções a

fim de satisfazer aos requisitos do problema.

Segundo o Business Rules Group:

“Regra de negócio é a declaraçào que define ou

restringe algum aspecto do negócio com a

intenção de estabelecer a estrutura do negócio ou

controlar ou influenciar o comportamento do

negócio.” (BUSINESS 2003)

Em geral, a especificação dessas regras, em termos dos requisitos que

devem ser atendidos pelo sistema, requer uma intensa comunicação entre o

pessoal de TI e o pessoal de negócio, o que implica um grande esforço de

18

interpretação por parte dos analistas encarregados de conceber o sistema.

Muitas vezes, por equívocos de entendimento, esse esforço acaba produzindo

falhas na concepção do sistema, em particular nos ambientes onde os negócios

estão sujeitos a constantes mudanças.

Ademais, a rapidez dessas mudanças, além de exigir que as pessoas

aprendam cada vez mais e em alta velocidade, torna necessária a redefinição de

relacionamentos e a automatização de procedimentos.

Nesse contexto, a tecnologia da informação assume grande importância,

na medida em que viabiliza a construção de sistemas de informação que podem

ser atualizados rápida e consistentemente para atender a essas necessidades.

Entretanto, a tarefa de manter esses sistemas atualizados em relação às

mudanças do ambiente, em pleno funcionamento e cumprindo os objetivos para

os quais foram criados, não é nada simples.

Em primeiro lugar, é muito comum encontrar as regras que estabelecem a

funcionalidade do sistema totalmente embutidas nos códigos-fonte dos sistemas

legados, sem nenhuma documentação específica. Nessa situação, essas regras

ficam escondidas daqueles que usam o sistema e dos técnicos encarregados de

sua atualização. Por serem desconhecidas, elas permitem que as pessoas

desenvolvam premissas equivocadas que induzem o uso inadequado do sistema

e o aumento das dificuldades relacionadas a sua manutenção.

A Abordagem de regras de negócios propõe que as regras sejam:

��Separadas de outros componentes, para que todos saibam que elas

existem;

��Divulgadas, para que todos saibam o que elas são;

��Rastreáveis em sua origem e implementação, para que todos saibam

19

de onde elas vêm; e

��Deliberadamente posicionadas para atualização, para que todos

saibam como melhorá-las.

A abordagem de regras de negócio pode ser aplicada de três formas:

a) Descoberta e análise

Utiliza a abordagem de regras de negócio para descobrir os requisitos e

analisá-los.

b) Descoberta, análise e projeto

Além das atividades anteriores disponibiliza um projeto que,

especificamente, separa componentes de execução de regras do resto do

sistema.

c) Descoberta, análise, projeto e implementação num produto comercial de

regras

Além das atividades anteriores implementa as regras numa tecnologia

comercial de regras.

Independentemente da forma como será aplicada a abordagem de regras

de negócio, são as seguintes as técnicas para obter-se regras de negócio de alta

qualidade:

• Identificar as decisões por trás dos eventos de negócio;

• Decompor as decisões em regras atômicas;

20

• Classificar, nomear e escrever as regras;

• Melhorar a qualidade das regras através da determinação de

inconsistências, sobreposições e redundâncias;

• Classificar regras em padrões de regras;

• Determinar as dependências entre as execuções de regras;

• Disponibilizar as regras de modo que possam ser facilmente alteradas.

1.2 PROBLEMA CENTRAL DA INVESTIGAÇÃO

Tendo as regras grande importância para os negócios, devemos

considerar, além dos custos infligidos pela sua aplicação inadequada, aqueles

outros relativos a pensar sobre elas, documentá-las, analisá-las, otimizá-las,

automatizá-las, contestá-las, acompanhá-las e atualizá-las.

Tudo isto nos indica que para atingir os resultados esperados pela

aplicação da metodologia proposta pela Abordagem de Regras de Negócios, é

importante que as regras tenham qualidade.

Estes critérios na verdade podem ser expressos em uma escala, não

sendo encarados necessariamente de modo binário. Por exemplo, pelo critério de

relevância da regra, um especialista pode avaliar uma regra como irrelevante,

pouco relevante, mediamente relevante, muito relevante ou totalmente relevante.

Assim nosso problema é: Como viabilizar uma forma prática para a

avaliação da qualidade de regras de negócio que leve em consideração o caráter

relativo dos critérios e possa representar de modo consolidado as diversas

21

opiniões dos avaliadores?

1.3 OBJETIVOS PERSEGUIDOS PELO ESTUDO

1.3.1 Objetivos finais

Considerando o caráter relativo dos critérios de avaliação, o objetivo

deste trabalho é verificar como se pode avaliar a qualidade das regras de

negócios utilizando a lógica Fuzzy como instrumento para representar o resultado

da avaliação da regra a partir de determinado critério de qualidade utilizado por

um grupo de especialistas.

1.3.2 Objetivos intermediários

A Abordagem de Regras de Negócio proporciona uma série de benefícios

para o negócio, facilitando o trabalho dos desenvolvedores. Desta forma, se

buscou avaliar a efetividade da Abordagem de Regras de Negócios em relação

aos seus objetivos, bem como as dificuldades na sua aplicação. Foi também

observada a possibilidade de melhoria na comunicação entre o pessoal de TI e o

pessoal de negócios.

22

1.4 RELEVÂNCIA DO ESTUDO

De acordo com Pádua (2004) os métodos e técnicas existentes

tradicionalmente aplicados para o desenvolvimento de sistemas de informação,

não são designados para a captura explícita e representação de forma

estruturada do “conhecimento organizacional e do negócio” para ser,

subseqüentemente, usado na fase de projeto do sistema de informação. Não são

mantidas ligações entre modelo organizacional e especificação do sistema.

Assim, não pode ser explicitamente feito o gerenciamento de mudança e de

evolução da organização, e nem o mapeamento de mudanças nos requisitos e

nos componentes do sistema de informação.

A Abordagem de Regras de Negócios, entre outros objetivos, visa vincular

a visão estratégica da organização aos modelos que representam e

conseqüentemente, permitem gerar e manter os sistemas de informação que

sustentam seus negócios.

Mas, para obter efetivamente os benefícios esperados pela aplicação da

Abordagem de Regras de Negócios, precisamos alcançar um adequado patamar

de qualidade das regras. Para verificar o alcance desse patamar e promover

melhorias nas regras, é necessário avaliá-las segundo alguns critérios, entretanto,

como esses critérios possuem uma certa subjetividade e dependem da análise de

especialistas, utilizamos a lógica Fuzzy como um instrumento para que as

organizações possam representar de maneira precisa o resultado da avaliação.

Com a utilização da lógica Fuzzy, desenvolveu-se um mecanismo para

garantir a adequada aplicação dos critérios de avaliação, bem como uma

23

ferramenta para calcular automaticamente os resultados da avaliação a partir das

opiniões dos especialistas.

Considerando a importância da qualidade das regras de negócios para

garantir os benefícios esperados pela Abordagem de Regras de Negócios, bem

como o grande número de regras que se pode descobrir a partir da análise dos

negócios, um mecanismo automático para avaliação da qualidade das regras

será, certamente, de grande valia para aqueles que desejarem utilizar na prática a

Abordagem de Regras de Negócios.

Por outro lado, com uma experiência prática da aplicação da Abordagem

de Regras de Negócios foi possível extrair importantes informações quanto às

dificuldades para sua utilização. Além destas informações também foi possível

verificar se a comunicação com o pessoal de negócio foi beneficiada, elevando

desta forma a qualidade das regras de negócios e conseqüentemente

minimizando o re-trabalho.

1.5 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

O estudo foi realizado na Caixa Econômica Federal. A CAIXA é uma

empresa de grande porte que atua como agente operador de diversas ações

sociais do Governo Federal. Ela possui áreas em três capitais, Rio de Janeiro,

São Paulo e Brasília, para desenvolvimento de seus sistemas informatizados,

contando com mais de dois mil técnicos entre empregados da empresa e

prestadores de serviços.

24

A fim de viabilizar o estudo de caso, foram selecionados alguns sistemas

da empresa, considerando os seguintes aspectos: Não deveriam ser

extremamente grandes, de modo a não requerer um esforço demasiado para o

alcance dos objetivos da pesquisa; A equipe responsável pela manutenção do

sistema deveria estar voluntariamente disposta a participar da pesquisa; O

supervisor e líder de projetos responsáveis pelo sistema deveriam estar de acordo

com a participação de sua equipe nos trabalhos. Estes aspectos visavam dar

condições para a aplicação da Abordagem de Regras de Negócios.

Dentro dos projetos escolhidos foram selecionados módulos considerados

críticos, cuja quantidade de regras geradas fosse suficiente para permitir a

verificação da efetividade do processo de avaliação da qualidade dessas regras e

possibilitasse o alcance dos demais resultados esperados. Esses módulos foram

selecionados considerando a importância para o negócio; a perspectiva de alta

freqüência de manutenções e ainda sua complexidade do ponto de vista do

negócio. Estes aspectos foram levados em conta por entender-se que as

vantagens da Abordagem de Regras de Negócio podem ser percebidas de forma

mais evidente, em sistemas ou módulos de sistemas com essas características.

Embora a Abordagem de Regras de Negócios não restrinja sua aplicação

a determinado tipo de sistema de informações, esta pesquisa utilizou sistemas de

informações operacionais como fonte de regras de negócio e informações para

avaliação da efetividade da metodologia.

Assim, o estudo de caso foi realizado na unidade desenvolvimento de

sistemas do Rio de Janeiro da Caixa Econômica Federal, abrangendo três

sistemas: SIMDP – Sistema de Manutenção da Documentação de Projetos,

SIFSW – Sistema de Controle da Fábrica de Software e SIEXT – Sistema de

25

Emissão de Extrato.

Além da aplicação da Abordagem de Regras de Negócios e do

mecanismo de avaliação da qualidade das regras, também foram obtidas

informações a cerca das vantagens, barreiras e dificuldades na aplicação da

metodologia.

Não foi utilizado nenhum produto comercial de regras, já que a Caixa

Econômica Federal não possui esse tipo de produto.

2 REVISÃO DA LITERATURA E REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 ABORDAGEM DE REGRAS DE NEGÓCIOS

A abordagem de regras de negócios é uma metodologia pela qual as

regras são capturadas, contestadas, publicadas, automatizadas e atualizadas a

partir da perspectiva do negócio. O resultado é um sistema automatizado no qual

as regras são separadas logica e (sendo também uma possibilidade) fisicamente

de outros aspectos do sistema, porém compartilhadas através de repositórios de

dados, interfaces de usuários e aplicações. (VON HALLE 2001)

A meta da abordagem de regras de negócios é separar os três aspectos

do sistema: regras, dados e processos.

26

2.1.1 Desenvolvimento de Sistemas de Informação com a utilização da

Abordagem de Regras de Negócio

Existe um grande entusiasmo em torno da abordagem de regras de

negócios para o desenvolvimento de sistemas e mais ainda da utilização de

mecanismos automatizados de regras de negócios. Isto porque existe a

percepção que os mecanismos automatizados de regras de negócios serão bem

recebidos pela maioria das comunidades de usuários, embora eventualmente

sejam necessárias alguma defesa e educação sobre os benefícios dessa

abordagem.

Muitos usuários estão genuinamente interessados em serem capazes de

definir e implementar regras dentro dos sistemas de informações com os quais

trabalham. Em particular, eles geralmente querem implementar melhorias

incrementais ou alterar seus sistemas para atingir uma evolução gradual dos seus

negócios. Para esses usuários, parece que as dificuldades em lidar com o

pessoal de tecnologia de informação para ter algumas mudanças implementadas

no modo tradicional superam os benefícios a serem alcançados e alguns usuários

receberiam muito bem qualquer mecanismo para implementar suas próprias

regras de negócios.

Além de mudanças incrementais para os sistemas, os usuários e os

maiores fornecedores de software também estão procurando formas de integrar

sistemas mais facilmente. Todos parecem crer que seria muito mais eficiente e

mais barato possibilitar aos usuários implementar regras que permitissem que os

27

pacotes de software fossem integrados com sucesso aos processos de negócios

e aos sistemas existentes em um ambiente. (CHISHOLM, 2004)

Muitas idéias simples e valiosas podem encontrar resistência. Existem

muitas razões para a resistência às boas idéias, as duas maiores barreiras são o

desconforto cultural e a motivação do lucro.

O desconforto cultural cresce porque a organização está acostumada a

desenvolver sistemas de acordo com as tradições locais. A idéia de mudar essas

tradições, mesmo para um modo melhor, pode parecer à primeira vista, como

admitir o fracasso. Isto dificulta perceber o ajuste fino de uma abordagem bem

sucedida como um sinal de liderança.

Para comparar, pode ser interessante lembrar a resistência à tecnologia

relacional. Quando produtos relacionais emergiram no mercado, algumas

pessoas da indústria proclamaram que o modelo relacional não funcionaria

totalmente ou não funcionaria bem.

A resistência motivada pelo lucro é interessante porque é comum nos dias

de hoje os negócios reduzirem todas as idéias à potencialização de lucros. Sem

realizações no curto prazo, boas idéias e novas abordagens demoram a obter

aceitação. O mundo quer ver lucros bem projetados e imediatos, se possível.

(VON HALLE, 2001)

2.1.2 Classificação das Regras de Negócios

Para melhor entendermos as regras de negócios é importante

28

conhecermos como elas se classificam:

Figura 1 – Esquema de classificação das regras de negócio

2.1.2.1 Termos

Termo é um nome ou uma frase com uma definição de consenso. Um

termo pode definir:

Regras de Negócios

Termos

Fatos

Regras

Informações de restrições

relativas a um evento do negócio

Habilita outras ações relativas a um evento do

negócio

Cria novas informações

relativas a um evento do negócio

Restrições (mandatórias)

Orientações (sugestões)

Habilitador de ações

Cômputos Inferências

29

• Um conceito, por exemplo: Cliente.

• Uma propriedade de um conceito, por exemplo: Tipo de cliente.

• Um valor, por exemplo: Sexo feminino.

• Um conjunto, por exemplo: Dias da semana.

2.1.2.2 Fatos

Fato é uma declaração que conecta termos através de preposições e

verbos, dentro de observações relevantes para o negócio.

Por exemplo:

Cliente pode fazer pedido.

2.1.2.3 Regras

Regra é uma declaração que aplica lógica ou cômputo sobre informações.

Dela pode resultar novos valores ou uma decisão sobre uma ação a tomar.

a) Restrições obrigatórias

É uma declaração que expressa uma circunstância incondicional

que deve ser verdadeira ou falsa para que o evento de negócio seja

concluído com integridade.

30

Exemplo: O valor total de pedidos de um cliente não pode ser superior ao

seu limite de crédito.

b) Orientações

É uma declaração que alerta quanto a uma circunstância que

deve ser verdadeira ou falsa. Ela só alerta, permitindo ao ser humano

tomar a decisão.

Exemplo: O cliente não deve ter mais de dez pedidos abertos ao mesmo

tempo.

c) Habilitador de ações

É uma declaração que testa uma condição, que sendo verdadeira

inicia um outro evento de negócio, mensagem ou outra atividade.

Exemplo: Se o pedido do cliente é valido então inicie o processo de

compra.

d) Cômputo

É uma declaração que suporta um algoritmo para se chegar a um

valor de um termo.

Exemplo: O valor total de um pedido é a soma dos valores dos itens do

pedido.

e) Inferência

É uma declaração que testa uma condição, que sendo verdadeira

estabelece a verdade de um novo fato. O resultado da execução de uma

31

regra do tipo inferência é uma nova informação, que em termos de banco

de dados pode ser expressa como uma nova instância da entidade ou do

atributo.

Exemplo: Se o cliente não tem nenhuma nota fiscal pendente de

pagamento, então ele é um cliente preferencial.

2.1.3 A metodologia

A metodologia da Abordagem de Regras de Negócio é um conjunto de

fases, passos, técnicas e orientações para disponibilizar sistemas baseados em

regras de negócios.

Existem duas principais razões para construir sistemas baseados em

regras de negócios, o tempo de desenvolvimento é significativamente menor e o

sistema é projetado para mudar.

A metodologia apresentada a seguir tem como base a proposta de Von

Halle (2001).

2.1.3.1 Escopo

É o processo de captura de requerimentos de negócio em alto nível e

identificação da fronteira de um sistema de informações.

32

Os principais passos da fase de escopo são:

a) Pesquisa inicial

O objetivo é dar uma base de conhecimento para os analistas e outros

membros da equipe, relativamente ao ambiente de negócio e técnico do sistema

de informações a ser desenvolvido.

Parte-se neste passo para o estudo de algumas fontes, tais como:

• Plano estratégico de negócio;

• Manuais de procedimentos e políticas;

• Modelos de processos, dados e dicionários de dados existentes;

• Documentação de sistemas existentes;

• Periódicos e revistas específicas sobre aquela indústria;

• Páginas Web existentes na intranet;

• Glossário de termos;

• Plano diretor de TI.

b) Desenvolvimento de uma declaração inicial do escopo

É uma declaração, do ponto de vista do patrocinador do projeto, do que

está e do que não está incluído no sistema de informações a ser desenvolvido.

Ela deve ser concisa e bem específica, abordando basicamente o propósito do

sistema de informações, a missão organizacional, os objetivos de negócios em

alto nível, as táticas ou políticas para alcançar os objetivos, o escopo sugerido

para a primeira versão do sistema, os envolvidos, as restrições e os riscos

conhecidos com as respectivas estratégias de mitigação.

33

c) Investigação do contexto completo do negócio

O contexto de negócio define o ambiente interno e externo no qual será

construído e no qual será usado o sistema de informações. O contexto de

negócio inclui a missão, visão, estratégias, metas, táticas, objetivos e políticas.

d) Identificação dos eventos de negócio

O pessoal de negócios está familiarizado com os eventos de negócio da

organização e sentem-se confortáveis em falar sobre eles. A lista de eventos

para a qual o sistema deve responder ajuda definir o escopo do sistema. A

identificação dos eventos de negócio permite confirmar os envolvidos no mundo

externo que iniciam cada evento.

e) Identificação dos envolvidos

Os envolvidos são pessoas com interesse na saída do projeto do sistema

de informações. Esses envolvidos podem pertencer a uma ou mais categorias ao

mesmo tempo.

f) Identificação dos locais

Os envolvidos podem estar localizados fisicamente em diferentes lugares,

identificá-los é importante porque as regras de negócios podem depender da

localização das unidades de negócios.

g) Identificação dos processos de resposta a eventos

A necessidade de identificar os processos de resposta a eventos é para

entender, logo no começo do projeto, a natureza dos dados usados dentro do

34

sistema e suas interfaces.

h) Identificação das métricas de desempenho de negócio

As métricas de desempenho permitem verificar se os objetivos do sistema

estão ligados aos objetivos do negócio da organização. O conhecimento dessas

métricas pode estabelecer novas regras de negócio.

i) Identificação dos temas relativos aos dados ou objetos de negócio de

alto nível

Para o propósito do escopo, um objeto de negócio é um termo do negócio

que é importante ou é o coração do sistema.

A divisão dos dados em temas é útil por que permite:

• Iniciar a comunicação com o pessoal de negócio;

• Minimizar a sobreposição do trabalho futuro de análise de dados;

• Priorizar a entrega de áreas tema da base de dados.

Os critérios para definição de áreas tema de dados são:

• O conjunto de temas de dados cobre todo o escopo do negócio;

• Todos os temas de dados são mutuamente exclusivos;

• Cada tema de dados representa um recurso significante do negócio, isto é,

tem um escopo abrangente, complexidade substancial e valor relevante;

• Existe um alto grau de afinidade, coesão e densidade de relacionamento

dentro do tema de dados, maior do que entre os temas.

• O número de relacionamentos entre os temas de dados é mínimo.

• Cada tema de dados representa um supertipo de altíssimo nível (logo

35

abaixo dos supertipos de nível mais alto: Quem, o que, onde, como,

quando e por que). Por exemplo o supertipo Pessoa, que pode ter

subtipos, tais como: Pessoa Física e Pessoa Jurídica, e dentro destes

últimos outros subtipos.

j) Identificação de requerimentos adicionais

Entende-se por requerimentos adicionais aqueles que não estão

relacionados diretamente com o que fazer. Por exemplo: Fácil navegação do

sistema, de modo a facilitar o treinamento dos empregados, já que a rotatividade

de mão-de-obra é elevada.

Também chamados de não-funcionais, incluem:

• Usabilidade (facilidade de uso);

• Desempenho (velocidade de resposta);

• Disponibilidade (quantas horas, por dia, por semana, por mês, o sistema

precisa estar disponível para o usuário);

• Capacidade (quantidade de informações, de usuários etc.);

• Segurança (funções existentes para proteger o sistema e os dados de

acessos não autorizados).

k) Identificação de restrições de negócios e técnicas

São restrições de natureza técnica ou de negócio impostas ao projeto.

Deve-se rever a lista de restrições identificada pelo executivo patrocinador,

parceiros técnicos e de negócios, documentada na declaração do escopo.

l) Identificação riscos de negócios e técnicos

36

Um novo e melhor sistema de informações traz benefícios que motivam o

investimento. Entretanto, também pode produzir saídas não desejadas. Sempre

que possível deve-se antecipar os riscos e ter planos de modo a mitigar seus

efeitos.

m) Priorização de requerimentos de negócios

Nem sempre será possível implementar todas as funcionalidades do novo

sistema de uma só vez. Assim, será necessário um modo de dividir o as funções

do sistema em um conjunto de versões que serão disponibilizadas

incrementalmente.

n) Definição de solução arquitetural

Deve-se pensar logo no início sobre as características técnicas que vão

influenciar na solução. Por exemplo, será utilizado sistema comercial de regras?

Dados e aplicação são centralizados em um único local ou são distribuídos?

Existe sistema legado e haverá interface com ele?

o) Seleção da arquitetura de solução

Deve-se analisar as alternativas de solução para o grupo de envolvidos,

guiando-os para uma que represente o balanceamento entre o valor para o

negócio, custo, prazo e risco.

p) Criação do diagrama de escopo

É a primeira representação visual do sistema de informações. Seu

propósito é retratar o sistema do ponto de vista dos diversos atores.

37

q) Estimativa da infra-estrutura organizacional e necessidades de

recursos

Será necessária uma análise preliminar par estimar os recursos, custos e

prazos. Neste ponto essa análise é um corte inicial, um plano de alto nível.

Para a maioria dos projetos de sistemas de informações é necessário

estabelecer um processo para gerenciar a informações sobre dados e processos

necessários, bem como modelos. Para um sistema baseado em regras de

negócios será necessário o mesmo, isto é, um processo de gerenciamento de

regras de negócios.

r) Criação da carta do projeto

A carta do projeto documenta os requerimentos de negócio de alto nível

que o sistema a ser construído deve atender. Ele especifica o escopo das

funções do sistema e inclui o cronograma e os custos do projeto.

s) Obtenção do compromisso para o projeto

Ao longo da fase de escopo, patrocinador e parceiros contribuem muito

de perto para o projeto. Ao final da fase, a carta do projeto deve ser revisada por

eles e uma vez revisada deve ser obtido o compromisso.

2.1.3.2 Planejamento

38

O plano do projeto descreve os produtos a serem entregues, as tarefas

necessárias para sua produção, os prazos em que se espera entregar esses

produtos e os recursos necessários para executar as tarefas (humanos, técnicos

e financeiros).

Existem algumas particularidades no planejamento quando se trata da

abordagem de regras de negócios:

• Separar as regras através da inclusão de atividades para descobrir,

analisar, projetar e disponibilizar regras automatizadas;

• Rastrear as regras através da inclusão de quatro novos papéis para tratar

das regras (analista de regras, projetista de regras, implementador de

regras e integrador de regras);

• Externar as regras através estabelecimento de padrões, expressando

regras em linguagem natural, nomeando-as e classificando-as;

• Externar as regras através do estabelecimento de repositório de regras;

• Posicionar as regras para mudanças através de teste e implantação de

tecnologia comercial de regras.

Produtos do planejamento do projeto:

• Política do time do projeto;

• Estrutura organizacional do time do projeto;

• Procedimentos de comunicação do time do projeto;

• Procedimentos de compartilhamento do conhecimento;

• Procedimento de gerenciamento de mudanças;

• Procedimentos de registro de questões;

• Procedimentos do comitê diretor;

39

• Diagrama de alto nível da arquitetura de solução;

• Requerimentos do repositório de regras e metadados;

• Cronograma do projeto.

2.1.3.3 Descoberta

A descoberta de regras e dados é o processo de captura detalhada da

capacidade intelectual de tomada de decisão que está por trás do modo como o

negócio precisa controlar os eventos. As regras são as decisões (que resultam

em conhecimento e ação) e os dados são as informações necessárias para

tormar essas decisões.

O propósito é iniciar a captura de regras e também solidificar os dados

por trás das regras.

Os principais passos da fase de descoberta são:

a) Identificação das fontes

Classifica as fontes de regras em três tipos básicos: pessoas,

documentos e códigos.

A pessoa deve conhecer as regras ou conhecer como pesquisar as regras

ou estar encarregado de criá-las.

O documento pode ser um procedimento manual, contrato, documentação

de sistema ou de negócio etc.

40

O código pode ser o código fonte de aplicações, de banco de dados (tais

como triggers e stored procedures), linguagem de definição de dados, linguagem

de manipulação de dados, e qualquer código fonte que contenha orientações,

cômputos, inferências ou restrições.

b) Seleção de um roteiro para descoberta de regras

É uma descrição dos passos que serão dados junto às fontes de regras

para descobri-las.

Deve-se selecionar um roteiro baseado nos tipos de fontes de regra, na

cultura da organização, incluindo as técnicas de análise e requerimentos

correntes.

Por exemplo:

Figura 2 – Exemplo de roteiro para descoberta de regras para casos de uso

Evento de negócio

Passos de caso de uso

Decisões de negócio

Regras

41

Recomendações:

Roteiro para descoberta de regras Recomendado quando

Roteiro evento - decisão A organização não utiliza casos de uso

como uma técnica de descrição e

mapeamento de processos.

Roteiro caso de uso - decisão A organização utiliza casos de uso como

técnica de descrição e mapeamento de

processos.

Roteiro decomposição de processo -

decisão

A organização utiliza a decomposição de

processo como técnica de descrição e

mapeamento de processos.

Roteiro workflow - decisão A organização cria um workflow para

entrega ou a área de negócio destino é

um processo intensivo de workflow.

Roteiro análise de dados – decisão A organização já tem um modelo de

dados para o sistema destino.

Missão - Política As fontes de regra são os executivos de

alto nível e o projeto é parte do esforço

de reengenharia do processo do negócio.

Tabela 1 – Recomendações para utilização de roteiros de descoberta de regras

42

c) Seleção ou confirmação dos padrões de regras

Determinar se serão capturadas todas as classificações de regra.

Por exemplo:

• Restrições;

• Orientações;

• Inferências;

• Cômputos;

• Habilitador de ações.

Determinar onde serão guardadas as regras durante o processo de

descoberta. Pode-se utilizar um mecanismo intermediário até que se possa

guardar num repositório de regras.

Adotar uma convenção de nomes de regras durante a fase de descoberta,

esta convenção também será utilizada na fase de análise.

Determinar quais regras expressar no modelo de dados, quais expressar

como regras e quais expressar em ambos.

Lembrar-se de expressar inicialmente as regras em linguagem natural,

isso será muito útil na hora de tratar com o pessoal de negócio.

Utilizar os modelos de regras para melhor expressá-las. Apresentamos

abaixo um modelo sugerido:

Termo - <termo> é definido como <texto>

Fato - <termo 1> é um <termo 2>

<termo 1> <verbo> <termo 2>

<termo 1> é composto de <termo 2>

43

<termo 1> é um papel exercido por <termo 2>

<termo 1> tem a propriedade de <termo 2>

Cômputo - <termo 1> é computado como <fórmula>

Restrição - <termo 1> tem que ter <pelo menos, no máximo, exatamente n de>

<termo 2>

Mandatória <termo 1> tem que ser <comparação> <termo 2>, <valor> <lista de

valores>

<termo 1> tem que estar na lista <a,b,c...>

<termo 1> não pode estar na lista <a,b,c...>

<regra> então <restrição de qualquer tipo acima>

Orientação - <termo 1> deve que ter <pelo menos, no máximo, exatamente n de>

<termo 2>

<termo 1> deve ser <comparação> <termo 2>, <valor> <lista de

valores>

<termo 1> deve estar na lista <a,b,c...>

<termo 1> não deve estar na lista <a,b,c...>

<regra> então <orientação de qualquer tipo acima>

Inferência - Se <termo 1> <operador> <termo2, valor, lista de valores> e <de

novo> então <termo 3> <operador> <termo 4>

Onde o operador pode ser:

Comparação (=, não =, =<, >=, <>)

Dentro, fora

Habilitador - Se <termo 1> <operador> <termo 2> então <ação>

de ações

Estabelecer procedimentos e responsabilidades para manutenção das

44

regras. Pessoal de negócio com a responsabilidade de avaliar mudanças, validar

novas regras e negociar conflitos.

d) Planejamento dos tempos e compromissos para a descoberta das

regras

Elabore um cronograma pelo qual sejam estabelecidos os compromissos

com as fontes de regras (com as pessoas que detêem o conhecimento sobre as

regras).

e) Descoberta das regras através do roteiro

Usando como exemplo o roteiro caso de uso – decisão:

1. Rever com o pessoal de negócios os objetivos descritos nos casos

de uso.

2. Para cada passo determinar se o sistema toma as decisões

previstas para o passo.

3. Para cada passo no qual o sistema toma decisões, pedir ao pessoal

de negócio para identificar as circunstâncias para o evento,

atividade ou respostas do sistema que não sejam aceitáveis. Essas

serão as restrições.

4. Para cada passo no qual o sistema toma decisões, perguntar ao

pessoal de negócio sobre os tipos de avisos/alertas eu o sistema

deve emitir. Esses serão as orientações.

5. Para cada passo no qual o sistema toma decisões, pedir ao pessoal

de negócio para identificar as circunstâncias que alteram o modo

como o evento ocorre. Essas serão as inferências.

45

6. Pedir ao pessoal de negócios para identificar os termos nas regras

descobertas que são valores calculados. Estes serão os cômputos.

7. Pedir ao pessoal de negócios para identificar as circunstâncias

dentro do evento de negócio que devem iniciar outro evento de

negócio. Estes serão os habilitadores de ações.

Defina um esquema de agrupamento das regras. Este esquema será um

modo juntar as regras que tenham conexões entre si. Algumas conexões podem

ser:

• Os eventos de negócios que são guiados por ela.

• As áreas de negócio da organização que dependem dela.

• Os sistemas de informações que dependem dela.

f) Autenticação das regras

Verifique a completa jurisdição de cada regra. A jurisdição pode ser

expressa como:

• Localizações geográficas onde a regra é relevante;

• Limites políticos sobre os quais a regra é relevante (departamentos,

divisões etc.);

• Tipos de atores para os quais a regra é relevante (clientes preferenciais

etc.).

Obtenha consenso dos envolvidos ou aprovação do grupo responsável

pela manutenção das regras.

g) Associação do valor das regras

46

Conecte cada regra com as políticas relevantes da organização.

Disponibilize um mecanismo no repositório das regras para associá-las às

políticas.

Conecte cada regra para outras motivações de negócios, tais como:

• Regulatórias (legais);

• Valor para o cliente

• Aumento de receita;

• Aumento de lucros;

• Minimização de riscos;

• Abertura de novas oportunidades.

h) Definição dos termos

Tenha certeza que existe uma definição de negócio para cada termo.

Evite escrever regras cujos termos não estejam bem definidos.

Faça uma lista de sinônimos. Alguns participantes podem usar diferentes

nomes para os mesmos termos, assim, deve-se manter uma lista de sinônimos,

mas com o cuidado de utilizar sempre os mesmos termos nas regras.

Se for utilizado um modelo de objetos de negócio, deve-se verificar se há

uma classe para cada termo ou uma classe na qual haverá um atributo para cada

termo.

i) Descoberta dos fatos

Os fatos conectam os termos e são tudo o que os negócios podem saber

sobre os termos. Será mais fácil identificá-los quando o modelo de dados já

estiver detalhado.

47

j) Adicionamento de cenários concretos

É importante ter certeza que as regras estão corretas para os resultados

do negócio e posteriormente que o sistema as implementou adequadamente.

2.1.3.4 Análise

O propósito da análise é refinar o conjunto de regras descobertas

transformando-as num modelo lógico de regras. Essas regras devem ser

disponibilizadas com qualidade semântica.

Para obter-se a qualidade de um conjunto lógico de regras de negócios, é

necessário aplicar critérios de avaliação sobre cada regra e também sobre a

coleção inteira.

São sete os critérios para a avaliação de cada regra conforme VON

HALLE (2001):

• Relevância/Justificada: Cada regra deve ser essencial para o escopo

alvo. A regra deve estar relacionada com uma motivação de negócio.

• Atomicidade: Cada regra deve representar um pensamento que não pode

ser decomposto e ainda deve orientar o comportamento de um ator

(humano ou eletrônico).

• Declarativa: Cada regra deve prescrever uma decisão ou cômputo ao

invés de ditar um procedimento para executar uma decisão ou cômputo.

48

• Inteligibilidade/Precisão: O pessoal de negócio deve entender as regras

como previsíveis e repetíveis no seu uso. Não deve haver incerteza,

ambigüidade ou confusão sobre regras.

• Completude: Cada regra deve possuir todas as propriedades intelectuais

necessárias para seu uso.

• Confiabilidade: Cada regra deve ser originária de uma fonte autorizada

para decidir que a regra é um desejo do negócio.

• Autenticidade: Cada representação de regra deve manter-se fiel à

intenção e expressão originais da regra.

São três os critérios para a coleção de regras conforme VON HALLE

(2001):

• Completude/Previsibilidade: Todas as regras necessárias para proteger

a integridade de um evento de negócios devem estar presentes.

• Única/Não-redundância/Mínima: Não devem existir redundâncias não

controladas de regras.

• Consistência: Num conjunto de regras, uma regra não pode contradizer a

outra.

49

2.1.4 As Contribuições de Vygotsky

Segundo VON HALLE (2001), as regras de negócios possuem três

elementos básicos, segundo VON HALLE (2001): os termos, os fatos e as regras.

Os termos conectados por verbos ou preposições formam os fatos. As regras são

declarações que aplicam lógica ou computação para informação de valor, onde

também são utilizados termos.

As idéias de Vygotsky sobre sentido e significado fundamentam essa

prática, de modo que o conhecimento desses conceitos nos ajuda a compreender,

em parte, a importância de alguns procedimentos da Abordagem de Regras de

Negócio.

Como um dos principais procedimentos da Abordagem de Regras de

Negócio é a definição dos termos, já que eles são amplamente utilizados e

formam a base da comunicação entre os envolvidos no processo, a definição dos

termos do negócio deve buscar atingir o disposto no conceito de significado, ou

seja, aquilo que resuma na palavra uma generalização e mantenha, dessa forma,

um consenso entre o pessoal do negócio e possibilite o entendimento do pessoal

de tecnologia da informação.

Por outro lado, captar os diversos sentidos entre o pessoal de negócio

para cada um dos termos identificados, conforme proposto pela Abordagem de

Regras de Negócio, permitirá que se tenha uma visão melhor do contexto de

negócio e conseqüentemente do universo de regras a serem detalhadas.

50

2.1.4.1 Subjetividade e Intersubjetividade

As funções psicológicas superiores, principal objeto do interesse de

Vygotsky, referem-se a processos voluntários, ações conscientemente

controladas, mecanismos intencionais. Essas são funções tipicamente humanas

que, no desenvolvimento do indivíduo da espécie humana, aparecem

tardiamente; são as funções que apresentam os maiores graus de autonomia em

relação aos fatores biológicos do desenvolvimento, sendo, portanto, claramente

um resultado da inserção do homem num determinado contexto sócio-histórico.

O processo de internalização das formas culturalmente dadas de

funcionamento psicológico é, para Vygotsky, um dos principais mecanismos a

serem compreendidos no estudo do ser humano. “A internalização de formas

culturais de comportamento envolve a reconstrução da atividade psicológica

tendo como base as operações com signos. Os processos psicológicos, tal como

aparecem nos animais, realmente deixam de existir; são incorporados nesse

sistema de comportamento e são culturalmente reconstituídos e desenvolvidos

para formar uma nova entidade psicológica. O uso de signos externos é também

reconstruído radicalmente. As mudanças nas operações com signos durante o

desenvolvimento são semelhantes àquelas que ocorrem na linguagem.”

“A internalização das atividades socialmente enraizadas e historicamente

desenvolvidas constitui o aspecto característico da psicologia humana; é a base

do salto qualitativo da psicologia animal para a psicologia humana.” (VYGOTSKY

apud LA TAILLE, 1992) Porém, a cultura não é pensada por Vygotsky como um

sistema estático ao qual o indivíduo se submete, mas como uma espécie de

51

“palco de negociações” em que seus membros estão em constante processo de

recriação e re-interpretação de informações, conceitos e significados. Ao tomar

posse do material cultural, o indivíduo o torna seu, passando a utilizá-lo como

instrumento de internalização, que corresponde, à própria formação da

consciência. É também um processo de constituição da subjetividade a partir de

situações de intersubjetividade. A passagem do nível interpsicológico para o nível

intrapsicológico envolve, assim, relações interpessoais densas, mediadas

simbolicamente, e não trocas mecânicas limitadas a um patamar meramente

intelectual. Envolve também a construção de sujeitos absolutamente únicos, com

trajetórias pessoais singulares e experiências particulares em sua relação com o

mundo e, fundamentalmente, com as outras pessoas. (LA TAILLE, 1992 p. 79-80)

2.1.4.2 Sentido e Significado

A questão da formação da consciência e a questão da constituição da

subjetividade a partir de situações de intersubjetividade nos remetem à questão

da mediação simbólica e, conseqüentemente, à importância da linguagem no

desenvolvimento psicológico do homem. Uma das idéias centrais, e mais

difundidas, de Vygotsky, é a idéia de que os processos mentais superiores são

processos mediados por sistemas simbólicos, sendo a linguagem o sistema

simbólico básico de todos os grupos humanos. A linguagem fornece os conceitos

e as formas de organização do real que constituem a mediação entre o sujeito e o

objeto de conhecimento.

52

A questão do significado ocupa lugar central nas análises de Vygotsky

sobre a linguagem. “O significado é componente essencial da palavra sendo, ao

mesmo tempo, um ato de pensamento, na medida em que o significado de uma

palavra já é, em si, uma generalização. Isto é, no significado da palavra é que o

pensamento e a fala se unem em pensamento verbal (...).”

“É no significado que se encontra a unidade das duas funções básicas da

linguagem: o intercâmbio social e o pensamento generalizante. São os

significados que vão propiciar a mediação simbólica entre o indivíduo e o mundo

real, constituindo-se no ‘filtro’ através do qual o indivíduo é capaz de compreender

o mundo e agir sobre ele. ‘O significado de uma palavra representa um amálgama

tão estreito do pensamento e da palavra, que fica difícil de dizer se se trata de um

fenômeno da fala ou de um fenômeno do pensamento. Uma palavra sem

significado é um som vazio; o significado, portanto, é um critério da palavra, seu

componente indispensável (...) Mas, do ponto de vista da psicologia, o significado

de cada palavra é uma generalização ou um conceito. E como as generalizações

e os conceitos são inegavelmente atos de pensamento, podemos considerar o

significado como um fenômeno do pensamento.’ (VYGOTSKY apud LA TAILLE,

1992)

Embora a questão do significado pareça pertencer exclusivamente ao

domínio do cognitivo, por referir-se ao processo de generalização e de

organização conceitual e por ser tradicionalmente abordada, dentro da psicologia,

por estudiosos dos processos cognitivos, na concepção de Vygotsky sobre o

significado da palavra encontra-se uma clara conexão entre aspectos cognitivos e

afetivos do funcionamento psicológico. “Vygotsky distingue dois componentes do

significado da palavra: o significado propriamente dito e o ‘sentido’. O significado

53

propriamente dito refere-se ao sistema de relações objetivas que se formou no

processo de desenvolvimento da palavra, consistindo num núcleo relativamente

estável de compreensão da palavra, compartilhado por todas as pessoas que a

utilizam. O sentido, por sua vez, refere-se ao significado da palavra para cada

indivíduo, composto por relações que dizem respeito ao contexto de uso da

palavra e às vivências afetivas do indivíduo.”

“A palavra carro, por exemplo, tem o significado objetivo de ‘veículo de

quatro rodas, movido à combustível, utilizado para o transporte de pessoas’. O

sentido da palavra carro, entretanto, variará conforme a pessoa que a utiliza no

contexto em que é aplicada. Para o motorista de táxi significa um instrumento de

trabalho; para o adolescente que gosta de dirigir pode significar forma de lazer;

para um pedestre que já foi atropelado o carro tem um sentido ameaçador, que

lembra uma situação desagradável, e assim por diante. O sentido da palavra liga

seu significado objetivo ao contexto de uso da língua e aos motivos afetivos e

pessoais dos seus usuários. Relaciona-se com o fato de que a experiência

individual é sempre mais complexa do que a generalização contida nos signos.”

A linguagem é, assim, sempre polissêmica, sempre requerendo

interpretação com base em fatores lingüísticos e extralingüísticos. “Para

compreender a fala de outrem não basta entender as suas palavras – temos que

compreender o seu pensamento. Mas nem mesmo isso é suficiente – também é

preciso que conheçamos a sua motivação. Nenhuma análise psicológica de um

enunciado estará completa antes de se ter atingido esse plano”. (VYGOTSKY

apud LA TAILLE, 1992) No próprio significado da palavra, portanto, tão central

para Vygotsky, encontra-se uma concretização de sua perspectiva integradora

dos aspectos cognitivos e afetivos do funcionamento psicológico humano. (LA

54

TAILLE, 1992 p. 80-82)

2.1.5 Benefícios Esperados para o sistema

Um sistema de informações construído de acordo com a metodologia de

regras de negócios, idealmente deveria ter as seguintes características:

• Ter seu desenvolvimento mais rápido do que sistemas que foram

desenvolvidos sem o uso da metodologia;

• Estar baseado em um modelo de dados estável onde os dados são

compartilhados pela aplicação e pela organização;

• Estar baseado em regras que são compartilhadas pela aplicação e pela

organização;

• Estar desenvolvido em torno de um fluxo de processo essencial (baseado

nas dependências de regras), dando liberdade de escolha de outros tipos

de fluxo de processo;

• Permitir várias arquiteturas tecnológicas e projetos para automação das

regras;

• Ter rastreabilidade desde os objetivos de negócios, passando pelos

requisitos até regras automatizadas;

• Minimizar a inclusão de regras em produtos distribuídos que não tenham a

ver com regras;

• Proporcionar economia nas manutenções em sistemas, tornando as

implementações de mudanças mais fáceis.

55

2.1.6 Benefícios para o negócio

• Mudanças não são mais necessariamente destrutivas e custosas;

• O pessoal de negócio está mais próximo das especificações do sistema;

• As regras estão documentadas e acessíveis através de repositório e não

mais escondidas em códigos-fonte. Quando as regras de negócios estão

em um repositório acessível, elas servem como um mentor para o pessoal

de operação em um ambiente de trabalho colaborativo. O pessoal de

negócio sabe onde encontrar as regras;

• Quando uma mensagem de erro corresponde a uma regra de negócio, o

pessoal de negócio é capaz de agir com pleno saber dos conhecimentos,

explicações e justificativas que estão por trás da transação.

• Os sistemas são disponibilizados mais rapidamente e a custos mais

baixos.

• Conclusões obtidas através de “data warehousing” e “data mining” são

mais significativas quando se pode associá-las com regras de negócios

ativas.

2.1.7 Benefícios para engenheiros de “software”

• A Abordagem de Regras de Negócios pode diminuir o tempo de

56

desenvolvimento porque pode haver menos a fazer. Produtos comerciais

para regras de negócios são, em geral de fácil utilização e o código da

regra pode ser re-utilizado;

• Os subprodutos da Abordagem de Regras de Negócios foram projetados

para acomodar mudanças;

• Os desenvolvedores podem incluir regras de negócios nas tecnologias

para suportar regras, sem necessariamente conhecer o processo que está

usando a regra como um todo;

• A Abordagem de Regras de Negócio estreita o espaço existente entre

requerimentos, análise e projeto;

• Se a aplicação foi gerada a partir de um mecanismo de regras, existe

menos código gerado por interação humana, e conseqüentemente menos

oportunidades de erro. Com menos necessidade de geração de código, os

desenvolvedores estão livres para se concentrar mais nos requerimentos

de negócio;

• Como as mudanças nas regras são feitas mais facilmente, não há

necessidade de “congelamento” das regras, isto é, não permitir mudanças;

• A camada de regras é uma camada natural entre a interface de usuário e a

camada de base de dados. Isso gera a oportunidade de experimentar

tecnologias de regras de negócios;

• Desenvolver um sistema baseado em regras de negócios pode ser mais

econômico do que customizar pacotes de “software” comerciais;

• A Abordagem de Regras de Negócios permite executar as regras em

diversas tecnologias, possibilitando a migração de uma tecnologia para

outra e interfaces para múltiplas tecnologias.

57

2.2 LÓGICA FUZZY

A Lógica Fuzzy foi criada em 1965 por Lofti A. Zadeh, engenheiro

eletrônico e professor da Universidade da Califórnia, Berkeley.

Com a Lógica Fuzzy, pode-se realizar “operações com palavra”, onde os

Conjuntos Fuzzy são os “valores” das palavras.

Uma linguagem é o emprego das palavras para expressar as idéias.

Um idioma é um modelo de expressão dos pensamentos, através de

palavras.

A teoria dos Conjuntos Fuzzy é uma linguagem que, por suas formas de

expressões, forma um idioma. (MACHADO 1995)

Zadeh criou uma teoria de conjuntos em que não há descontinuidades, ou

seja, não há uma distinção abrupta entre elementos pertencentes e não

pertencentes a um conjunto, são os Conjuntos Fuzzy. Começava aí a se

desenvolver a Teoria Fuzzy (Nebulosa), para tratar de variáveis "imprecisas", ou

definidas de forma "vaga".

Zadeh percebeu que a modelagem de muitas atividades relacionadas a

problemas industriais, biológicos ou químicos seria complexa demais se

implementada da forma convencional. Os sistemas Fuzzy foram utilizados, com

sucesso, em algumas aplicações que se tornaram exemplos clássicos. Destaca-

se a primeira aplicação que se tornou pública:

58

o Em 1974 o professor Mandani, do Queen Mary College, da

Universidade de Londres, implementou um controle de uma

máquina a vapor, baseado em lógica Fuzzy. Até então, não se tinha

conseguido automatizar essas máquinas com outras técnicas de

controle.

Com o tempo, outras aplicações foram surgindo. No oriente, onde a

cultura fez com que os conceitos da lógica nebulosa fossem aceitos com maior

facilidade do que no ocidente, investiu-se muito em soluções baseadas em

modelagem e controle Fuzzy. Inúmeras aplicações surgiram, principalmente no

Japão.

2.2.1 Principais Trabalhos e Aplicações da Teoria Fuzzy:

• 1965 Zadeh, L. A., "Fuzzy Sets", Information and Control, Vol. 8, pp. 338-

353.

• 1968 Zadeh, L. A., "Fuzzy Algorithms", Information and Control, Vol.12,

pp.94-102.

• 1973 Zadeh, L. A., "Outline of a New Approach to the Analysis of Complex

Systems and Decision Processes", IEEE Transactions on System, Man and

Cybernetics, Vol.3, pp.28-44.

• 1974 Mamdani usa a Teoria Fuzzy para controlar uma máquina a vapor.

59

• 1977 Ostergaard realiza o controle de um trocador de calor e um forno de

cimento.

• 1979 Kolomov cria o primeiro autômata Fuzzy finito.

• 1980 Os controladores Fuzzy passaram a ser utilizados em plantas

nucleares, refinarias, processos biológicos e químicos, trocador de calor,

máquina diesel, tratamento de água e sistema de operação automática de

trens.

• 1983 A dupla Sugeno e Takagi fica famosa ao criar uma metodologia de

derivação de regras de controle Fuzzy;

No mesmo ano, Yasunobu e Miyamoto usam modelagem Fuzzy

para controle preditivo.

• 1984 Criação da Sociedade Internacional de Sistemas Fuzzy, constituída,

principalmente, por pesquisadores dos países mais avançados

tecnologicamente (a maioria do Japão);

Sugeno e Murakami implementam o controle (fuzzy) do

estacionamento de um carro miniatura.

• 1985 Seiji Yasunobu e Soji Miyamoto, da Hitachi, apresentaram simulações

que demonstraram o sucesso do controle Fuzzy para a estrada de ferro de

Sendai;

No mesmo ano, é criado o primeiro chip Fuzzy, por Watanabe e

Togai.

• 1986 Yamakawa cria o primeiro hardware de um controlador Fuzzy.

60

• 1987 Inauguração da estrada de ferro de Sendai. Com as idéias de Seiji

Yasunobu e Soji Miyamoto, a Teoria Fuzzy foi utilizada no controle da

aceleração, frenagem e parada do trem;

• Ainda em 1987, Takeshi Yamakawa, em Tókio, demonstrou o uso de

Lógica Fuzzy (através de um conjunto de simples chips Fuzzy dedicados)

em um pêndulo invertido – um problema clássico de controle. Sobre o topo

do pêndulo, foi colocado um copo contendo água e, até mesmo, um rato

vivo e o sistema manteve estabilidade em ambos os casos.

• 1988 Criação do Laboratório Internacional de Engenharia Fuzzy (LIFE),

uma cooperativa que compreendia 48 companhias para pesquisas em

sistemas Fuzzy;

• Ainda em 1988 os bens de consumo japoneses passaram a incorporar

funções baseadas em lógica Fuzzy. Aspiradores de pó (Matsushita),

máquinas de lavar roupas (Hitashi), câmeras fotográficas e filmadoras com

auto-ajuste de foco (Canon), ar condicionado (Mitsubishi) foram dotados de

controladores Fuzzy para melhorar sua performance, seja tornando-os

mais eficientes ou mais econômicos.

• 1995 Maytag desenvolveu uma máquina "inteligente" de lavar pratos.

Dotada de um controlador Fuzzy e um módulo sensor "one-stop", que

combina um termistor (para medida da temperatura), um sensor condutivo

(para medir a quantidade de detergente na água), um sensor de turbidez

(que mede a sujeira na água de lavagem), e um sensor magnético para ler

a taxa de giro do rotor. O sistema otimiza a lavagem para qualquer carga,

61

garantindo os melhores resultados gastando o mínimo de energia,

detergente, e água.

Apesar de os estudos teóricos terem se desenvolvido na Europa e nos

Estados Unidos, as aplicações nunca tiveram lá a mesma ênfase que tiveram no

oriente, principalmente no Japão, que investiu muito no desenvolvimento de

tecnologias baseadas na Teoria Fuzzy.

2.2.2 Conceitos Básicos da Teoria Fuzzy

A Lógica Fuzzy ou Lógica Nebulosa é baseada no uso de aproximações,

ao contrário da exatidão, com que estamos naturalmente acostumados a

trabalhar. O princípio fundamental da Teoria Fuzzy, princípio da dualidade,

estabelece que dois eventos opostos podem coexistir. Isto é, um elemento pode

pertencer, em um certo grau, a um conjunto e, em um outro grau, a um outro

conjunto. Nota-se isso em vários casos na natureza e na vida cotidiana,

principalmente quando se trata de conceitos abstratos como beleza, conforto,

etc... Por exemplo, uma pessoa pode achar que está calor, enquanto outra, no

mesmo ambiente, acha que está frio.

Muitas vezes, quando se define um conjunto, encontram-se dificuldades

em classificar elementos de sua fronteira, pois esses podem seguir algumas

características do conjunto, mas não exatamente todas. Assim, um ornitorrinco é

um mamífero, mas é tratado de maneira especial, por ter bico e, principalmente,

por botar ovo, características das aves...

62

Se um veículo ultrapassa o limite de velocidade de uma rodovia, pode

receber uma multa. Se o limite é fixado, por exemplo, em 70km/h, então quem

ultrapassá-lo por apenas um quilômetro horário, 71km/h, deve ser multado?

Mesmo que haja uma margem de segurança, pela lógica aristotélica, o limite (com

ou sem margem) divide os motoristas em dois conjuntos: o dos infratores e o dos

respeitadores da lei. Mas quem ultrapassa o limite por "pouco" deve ser

considerado pertencente ao mesmo conjunto que quem, por exemplo, foi pego a

uma velocidade equivalente ao dobro do limite?

A Lógica Nebulosa permite que se resolvam alguns paradoxos

tradicionais da matemática e da lógica aristotélica. Como as variáveis podem

assumir valores contínuos, as soluções para alguns paradoxos clássicos podem

ser encontradas admitindo-se, para cada alternativa da solução, um valor

fuzzificado, ou seja, um grau de verdade, que não precisa, necessariamente, ser

zero ou um.

O grau de pertinência dos elementos de um conjunto é especificado por

um número: '1' para os estritamente membros, '0' para os não–membros e valores

do intervalo ]0,1[ para representar a transição entre esses extremos. A chamada

Fuzzyficação consiste na atribuição de um grau de pertinência (do intervalo [0,1])

a uma variável, dentre um conjunto de elementos classificadores. Com isso

classifica-se a variável com um termo lingüístico (um adjetivo) e cria-se uma

semântica a partir de elementos matemáticos. A classificação da variável é feita

por uma função de pertinência.

Os adjetivos podem ser modificados por elementos lingüísticos chamados

"limitadores" que são equivalentes a advérbios. Os termos "um pouco", "quase",

"perto de", "aproximadamente", "razoavelmente", "ligeiramente", "muito",

63

"extremamente", dentre outros, podem ser usados para definir operações entre as

variáveis lingüísticas. Estas operações têm definições precisas: "muito", por

exemplo, pode ser definido como elevar o valor da variável ao quadrado, dando

ênfase às variáveis com valores próximos a 1.

Na modelagem de problemas multivariáveis, o conjunto de regras Fuzzy

pode ter vários antecedentes que são combinados usando operadores Fuzzy,

como AND e OR. Com esses operadores, pode-se criar uma estrutura como:

IF ‘x’ is ‘a’ AND ‘u’ is ‘b’ OR ‘u’ is ‘c’ THEN ‘y’ is ‘z’

Para definir o resultado de uma regra, um dos métodos mais comuns é o

chamado método de inferência "max-min". A saída é dada pelo máximo entre as

saídas das regras, que são obtidas pelos mínimos dos valores de suas variáveis

lingüísticas. A desfuzzificação pode ser feita por vários métodos. O mais comum é

chamado desfuzzificação pelo centróide: o "centro de massa" do resultado, obtido

pelo método "max-min", fornece o valor da saída. Esse método favorece a regra

com a saída de maior área.

2.2.3 Sobre a Lógica Fuzzy

2.2.3.1 Conjunto Fuzzy

64

Um Conjunto Fuzzy A é caracterizado pelo par (X, )(XAµ ), onde ‘X’é a

variável do universo em estudo (podendo ser contínua ou discreta) e, )(XAµ é

uma função, cuja imagem pertence ao intervalo [0,1], onde ‘1‘ representa o

conceito de pertinência total e ‘0’ o de não pertinência.

Para o caso discreto, um conjunto fuzzy ‘A’ poderia ser:

A= 0 / -3 + 0,25 / -2 + 0,50 / -1 + 1 / 0 + 0,85 / 1 + 0,50 / 2 + 0 / 3

O qual é lido da seguinte forma: ‘ a variável X mede –3 com grau de

pertinência zero’, -2 com pertinência 0,25, -1 com pertinência 0,50, 0 com

pertinência 1, 1 com pertinência 0,85, 2 com pertinência 0,50 e 3 com pertinência

0. As barras utilizadas só servem para separar os valores da variável X de seus

respectivos graus de pertinência; os sinais ‘+ ‘ não indicam soma e sim união.

Para o caso contínuo, um conjunto fuzzy ‘A’ para expressar ‘ALTO’

poderia ser:

0=Xµ para X 70,1≤

2aaX

X

−=µ para 70,1 ≤ X 85,1≤ sendo ‘a‘ constante e ‘a‘ | µx ������

aaX

X

−=µ para 85,1≤ ≤ X 00,2≤ sendo ‘a‘ constante e ‘a‘ | µx ������

65

2.2.3.2 Interseção de Conjuntos Fuzzy

A interseção de dois conjuntos fuzzy A(X) e B(X), é dada por:

A(X) ∩ B(X) = min(µA(X), µB(X))

Onde: µA, µB são as respectivas funções de pertinência dos conjuntos

fuzzy A e B.

Para exemplificar, sejam os seguintes conjuntos fuzzy :

A (X) = 0.4 / -7 + 0.8/-6 + 0.6 / -5

B (X) = 0.5 / -7 + 0.5/-6 + 0.4 / -5

O conjunto fuzzy resultante, é:

C (X) = A(X) ∩ B(X) = 0.4 / -7 + 0.5 / -6 + 0.4 / -5

2.2.3.3 União de Conjuntos Fuzzy

A união de dois conjuntos fuzzy A(X) e B(X), é dada por:

A (X) ∪ B(X) = max (µA (X) , µB (X))

Onde: µA e µB são as respectivas funções de pertinência dos

conjuntos fuzzy A e B.

Para exemplificar, sejam os conjuntos fuzzy :

A (X) = 0.8 /1 + 0.1/2 + 0.5 / 5

B (X) = 0.7 / 1 + 0.5 / 2 + 0.7 / 5

66

O conjunto fuzzy resultante é :

C(X) = A (X) ∪ B(X) = 0.8 / 1 + 0.5 / 2 + 0.7 / 5

2.2.3.4 Complemento de um Conjunto Fuzzy

O complemento do um conjunto fuzzy A(X), é dado por:

A(X)=1 - µ A ( X )

onde: µ A é a função de pertinência do conjunto fuzzy A.

Para exemplificar, seja o conjunto fuzzy dado por:

A (X) = 1/ 5 + 0.8 / 4 + 0.6 / 3, seu complemento é :

A (X) = 0 / 5 + 0.2 / 4 + 0.4 / 3

2.2.3.5 Concentração de um Conjunto Fuzzy

A concentração de um conjunto fuzzy A(X) é um conjunto fuzzy dado por:

2)())(( XXAconc Aµ=

A concentração de um conjunto fuzzy, é lingüisticamente equivalente ao

termo MUITO. A concentração diminui a nebulosidade.

67

2.2.3.6 Dilatação de um Conjunto Fuzzy

A dilatação de um conjunto fuzzy é um conjunto fuzzy dado por:

dil A X XA( ( )) ( )= µ

A dilatação de um conjunto fuzzy, é lingüisticamente equivalente ao

termo MAIS OU MENOS. A dilatação, aumenta a nebulosidade.

68

3 METODOLOGIA

3.1 TIPO DE PESQUISA

Para obter-se os resultados esperados pela aplicação da abordagem de

regras de negócios é fundamental que se tenha regras com qualidade, isto é, que

atendam aos critérios apresentados anteriormente.

Para que se verifique efetivamente se as regras atendem aos critérios de

qualidade é necessário submeter essas regras à análise de especialistas, que

devem conhecer os critérios de qualidade e assim, avaliar as regras. Mas essa

tarefa, eventualmente, pode requerer um grande esforço por parte dos

especialistas, já que os negócios sustentados pelos sistemas de informações, em

geral, possuem grande número de regras.

Por outro lado, é necessário identificar o grau de criticidade do sistema

para que se estabeleçam os patamares de qualidade das regras que deverão ser

atingidos. Identificar esses patamares de qualidade é importante para que não se

desperdice esforço, mas se garanta a qualidade necessária.

Outro problema é que os critérios de avaliação da qualidade são

subjetivos e conseqüentemente, incorporam um certo grau de incerteza.

Todo esse contexto leva a pensar em como realizar uma avaliação da

69

qualidade de regras de negócio, de modo que se obtenha resultados mais

precisos e com maior agilidade, a partir da opinião de especialistas.

De acordo com YIN (2001), em geral, os estudos de caso representam a

estratégia preferida quando se coloca questões do tipo “como” e “por que”,

quando o pesquisador tem pouco controle sobre os eventos e quando o foco se

encontra em fenômenos atuais inseridos em algum contexto da vida real.

Outro aspecto abordado por YIN (2001) para a utilização do estudo de

caso como estratégia de pesquisa é o fato da pesquisa focalizar acontecimentos

contemporâneos em detrimento dos históricos.

Assim, esta pesquisa considerou o estudo de caso como a estratégia

mais adequada, dado que seu objeto trata de como viabilizar um mecanismo de

avaliação de regras de negócios ágil e preciso e não há foco em acontecimentos

históricos.

Outrossim, considerando que não foram identificadas empresas no Brasil

que utilizassem a Abordagem de Regras de Negócio, face ao seu caráter

inovador, houve a necessidade de introduzir essa metodologia em equipes de

desenvolvimento de sistemas, reforçando desta forma, a escolha pelo estudo de

caso, já que se não fosse assim, não haveria população a ser estudada.

De acordo com COOPER (2003), os estudos de caso colocam mais

ênfase em uma análise contextual completa de poucos fatos ou condições e suas

inter-relações. Proposições científicas importantes têm a forma de proposição

universal e uma proposição universal pode ser falseada por um único contra-

argumento. Assim, um único estudo de caso bem planejado pode representar um

desafio importante para uma teoria e simultaneamente ser a fonte de novas

hipóteses e constructos.

70

YIN (2001) destaca seis fontes de informação principais para um estudo

de caso: documentos, registros em arquivo, entrevistas, observação direta,

observação participante e artefatos físicos. Nenhuma dessas fontes possui

vantagem indiscutível sobre as outras e são altamente complementares.

Pode-se observar na tabela abaixo, os pontos fortes e fracos de cada

uma dessas fontes.

71

FONTE DE EVIDÊNCIAS PONTOS FORTES PONTOS FRACOS Documentação �� Estável – pode ser

revisitada inúmeras vezes �� Discreta – náo foi criada

como resultado do estudo de caso

�� Exata – contém nomes, referências e detalhes exatos de um evento

�� Ampla cobertura – longo espaço de tempo, muitos eventos e muitos ambientes distintos

�� Capacidade de recuperação – pode ser baixa

�� Seletividade tendenciosa, se a coleta não estiver completa

�� Relato de visões tendenciosas – reflete as idéias preconcebidas (desconhecidas) do autor

�� Acesso – pode ser deliberadamente negado

Registros em arquivos �� [Os mesmos mencionados para documentação]

�� Precisos e quantitativos

�� [Os mesmos mencionados para documentação]

�� Acessibilidade aos locais graças a razões particulares

Entrevistas �� Direcionadas – enfocam diretamente o tópico do estudo de caso

�� Perceptivas – fornecem inferências causais percebidas

�� Visão tendenciosa devido a questões mal-elaboradas

�� Respostas tendenciosas �� Ocorrem imprecisões

devido à memória fraca do entrevistado

�� Reflexibilidade – o entrevistado dá ao entrevistador o que ele quer ouvir

Observações diretas �� Realidade – tratam de acontecimentos em tempo real

�� Contextuais – tratam do contexto do evento

�� Consomem muito tempo �� Seletividade – salvo ampla

cobertura �� Reflexibilidade – o

acontecimento pode ocorrer de forma diferenciada porque está sendo observado

�� Custo – horas necessárias pelos observadores humanos

Observação participante �� [Os mesmos mencionados para observação direta]

�� Perceptiva em relação a comportamentos e razões interpessoais

�� [Os mesmos mencionados para observação direta]

�� Visão tendenciosa devido à manipulação dos eventos por parte do pesquisador

Artefatos físicos �� Capacidade de percepção em relação a aspectos culturais

�� Capacidade de percepção em relação a operações técnicas

�� Seletividade �� Disponibilidade

Tabela 2 – Seis fontes de evidências: pontos fortes e pontos fracos. (YIN, 2001)

72

3.2 MÉTODO

A pesquisa é de natureza aplicada, isto é, está dirigida à solução de um

problema específico com aplicação prática.

Foram selecionados projetos de desenvolvimento de sistemas nas

organizações para aplicação da Abordagem de Regras de Negócios. Foram

estabelecidos acordos com os gestores de negócio e com os desenvolvedores, de

modo a viabilizar a aplicação da metodologia, já que ela não faz parte da

metodologia adotada na organização.

Foram realizados treinamentos com as equipes de desenvolvimento para

que eles conhecessem a abordagem de regras de negócios e assim pudessem

utilizá-la.

Inicialmente, foram realizados os passos para a definição do escopo do

sistema. Estes passos são comuns à maioria das metodologias e de modo geral

objetivam identificar os requisitos, restrições, limites, etc.

Em seguida foram realizados os passos para a descoberta de regras e

dados. Esses passos incluem principalmente atividades para identificar decisões,

fontes de regras, padrões de regras, caminhos para descobri-las, compromissos,

definição de termos, fatos, etc.

Concluídos os passos do escopo, foram realizados os passos da análise.

A análise inclui três conjuntos de passos, um para analisar as regras, um para

analisar os dados e outro para analisar o processo. Os passos da análise tiveram

por objetivo agregar qualidade às regras.

Após a análise, as regras identificadas foram submetidas aos

73

especialistas para opinarem quanto à qualidade. Eles foram treinados para que

fossem capazes de avaliar as regras segundo os critérios de qualidade.

Suas opiniões quanto a cada regra e a cada critério foram registradas e

consolidadas em planilha eletrônica. A planilha gerou automaticamente o

conjunto fuzzy correspondente às opiniões dos especialistas, que foi comparado

ao filtro adotado para cada critério. Quando a moda e a amplitude do conjunto

fuzzy obtido atendiam ao estabelecido no filtro, a regra era considerada com

qualidade.

Os resultados obtidos desta avaliação permitiram aferir se a Abordagem

de Regras de Negócios foi devidamente aplicada, bem como possibilitou a revisão

e melhoria das regras identificadas no processo.

Também foram aplicados os questionários ANEXOS B e C para se

alcançar os outros objetivos perseguidos pelo estudo. Assim, pôde-se avaliar o

grau de dificuldade para se entender e utilizar a Abordagem de Regras de

Negócios, bem como saber se houve, entre os especialistas, expectativa quanto

benefícios propagados, mais especificamente no que se refere à redução de

manutenções e custos.

O estudo de caso é a estratégia escolhida ao se examinarem

acontecimentos contemporâneos, mas quando não se podem manipular

comportamentos relevantes. O estudo de caso conta com muitas das técnicas

utilizadas pelas pesquisas históricas, mas acrescenta duas fontes de evidências

que usualmente não são incluídas no repertório de um historiador: observação

direta e série sistemática de entrevistas. Embora os estudos de casos e as

pesquisas históricas possam se sobrepor, o poder diferenciador do estudo é a sua

capacidade de lidar com uma ampla variedade de evidências – documentos,

74

artefatos, entrevistas e observações – além do que pode estar disponível no

estudo histórico convencional. Além disso, em algumas situações, como na

observação participante, pode ocorrer manipulação informal. (YIN, 2001)

Assim, foram utilizados os questionários: ANEXO B – QUESTIONÁRIO

PARA AVALIAÇÃO DO USO DO MECANISMO DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE

DAS REGRAS DE NEGÓCIO e ANEXO C – QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO

DA ABORDAGEM DE REGRAS DE NEGÓCIO, a fim de obter a opinião dos

envolvidos na pesquisa quanto ao uso do mecanismo de avaliação da qualidade

das regras de negócios e também quanto à utilização da abordagem de regras de

negócios e ainda quanto aos benefícios, vantagens e dificuldades identificados na

sua aplicação.

As respostas dos questionários foram interpretadas e comparadas umas

com as outras de modo a verificar se existiam respostas semelhantes, isto é, que

identificassem o mesmo problema, dificuldade ou conclusão.

75

3.3 PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS

Foram coletadas as opiniões dos especialistas quanto à qualidade das

regras de negócios através do questionário ANEXO A - QUESTIONÁRIO PARA

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS REGRAS DE NEGÓCIOS, com perguntas

relativas a cada um dos dez critérios de qualidade. Cada pergunta teve como

resposta uma escala de 0 a 12, onde o zero corresponde a “muito baixo(a)”, dois

corresponde a “baixo(a)”, quatro corresponde a “razoável”, seis corresponde a

“médio(a)”, oito corresponde a “considerável”, dez corresponde a “alto(a)” e doze

corresponde a “muito alto(a)”.

Cada sistema de informações utilizado na pesquisa teve suas regras de

negócio avaliadas segundo o ANEXO A.

Os especialistas envolvidos também responderam aos questionários

constantes nos ANEXOS B e C.

Considerando os objetivos do estudo, a amostra foi intencional, isto é, o

questionário foi direcionado aos especialistas responsáveis pela qualidade das

regras de negócios. Estes especialistas são técnicos ou gerentes organizações

que já participaram de vários projetos de desenvolvimento de sistemas, ou seja,

têm experiência comprovada.

76

3.4 TRATAMENTO DOS DADOS

3.4.1 Tratamento dos dados para verificação da qualidade individual de

cada regras de negócio

Basicamente foram gerados conjuntos fuzzy que representam as

respostas dos especialistas. Cada conjunto fuzzy calculado foi comparado com

um outro conjunto fuzzy definido como um filtro, isto é, um número que se

superado atestava a qualidade da regra de negócio.

Os especialistas, após terem sido treinados sobre a qualidade das regras

de negócio, foram instados a definir o filtro que foi utilizado na avaliação das

regras. O filtro é um conjunto fuzzy triangular, portanto, necessita de uma moda,

que é o valor mais freqüente de uma distribuição (FONSECA, 1982), isto é, ao se

calcular a opção de maior freqüência, o valor resultante tinha que ser maior ou

igual à moda definida para o filtro, condição para que a regra fosse considerada

com qualidade. Também foi necessário que os especialistas definissem a

amplitude total do filtro. A amplitude total é a diferença entre o maior e o menor

valores observados (FONSECA, 1982). Assim, quando as opiniões dos

especialistas geravam um conjunto fuzzy cuja amplitude superava a amplitude

máxima definida no filtro, a regra de negócio era considerada sem qualidade.

77

Resumidamente, para superar o filtro, o número fuzzy calculado deve ter

sua moda maior ou igual à moda do filtro e sua amplitude total menor ou igual à

amplitude total do filtro.

A planilha eletrônica a foi desenvolvida e utilizada nesta dissertação

realiza automaticamente a seguinte seqüência de operações:

• Consolida as respostas dos especialistas;

o Faz o somatório das respostas dos especialistas para cada critério

para cada regra (p.ex.: 3 especialistas escolheram como alta a

qualidade da regra número 1 para o critério relevância).

• Calcula a freqüência das respostas;

o Divide a quantidade de especialistas que deram a mesma resposta

pelo número de especialistas (p. ex.: 3 respostas iguais a “Alta”, total

de especialistas igual 8 então a freqüência igual a 0,375).

• Normaliza estes dados;

o Divide todas as freqüências pela maior delas, fazendo com que a

maior freqüência corresponda a 1 (um) e as demais variem até 0

(zero).

• Calcula o conjunto Fuzzy representativo das respostas dos especialistas;

o A partir das freqüências normalizadas obtém-se o valor

correspondente à moda e a amplitude, desta forma pode-se calcular

o conjunto Fuzzy

• Verifica a semelhança do conjunto Fuzzy calculado com as respostas dos

especialistas.

o A semelhança entre dois conjuntos Fuzzy A e B é dada por

(MACHADO, 1995):

78

S A(X), B(X) = |A(X) ∩ B(X)| |A(X) ∪ B(X)|

o O objetivo da verificação da semelhança é saber se o conjunto fuzzy

calculado não diverge substancialmente do conjunto fuzzy original,

aquele obtido diretamente da opinião dos especialistas. Quanto

mais próxima de 1 for a relação acima, mais semelhantes serão os

conjuntos.

o A partir de uma avaliação dos especialistas o valor adotado como

mínimo para a semelhança foi 0,6 (zero vírgula seis), considerando

que sessenta por cento de coincidência de áreas seriam suficientes

para refletir as opiniões originais.

o Caso o valor para a semelhança obtido seja menor que 0,6,

considera-se que não é possível avaliar, já que o conjunto Fuzzy

calculado não representa as opiniões dos especialistas, desta forma

assume-se na planilha que a regra não tem qualidade a fim de que

seja feita uma revisão das opiniões.

• Verifica se a moda do conjunto Fuzzy calculado é maior ou igual à moda do

filtro;

• Verifica se a amplitude do conjunto Fuzzy calculado é menor ou igual à

amplitude do filtro;

• Caso satisfaça as duas condições (moda e amplitude) a regra é

considerada “com qualidade” para o critério avaliado.

79

3.4.2 Tratamento dos dados para verificar a efetividade do mecanismo de

avaliação da qualidade de regras de negócios e da Abordagem de

Regras de Negócios

As respostas aos questionários ANEXOS B e C e as anotações das

entrevistas foram analisadas e alocadas em categorias de modo a agrupar

informações afins que pudessem apontar para conclusões.

Houve que se ter aqui muito cuidado para não influenciar os

respondentes, nem interpretar as respostas de modo casuístico, a fim de que, as

conclusões decorrentes das evidências pudessem ser independentes das

expectativas do pesquisador.

80

3.5 LIMITAÇÕES DO MÉTODO

Considerando que o estudo foi realizado em projetos em apenas uma

empresa, os resultados a serem alcançados relativamente à verificação da

efetividade do processo de avaliação da qualidade de regras de negócios não

poderão ser generalizados para qualquer caso, devendo-se aplicar o processo

posteriormente em outros projetos para sucessivos refinamentos e ajustes

necessários.

O treinamento dos especialistas que opinaram quanto à qualidade das

regras de negócio do projeto, baseados nos critérios de qualidade, embora tenha

sido intenso e detalhado, ainda não garante um amplo conhecimento e

experiência para os especialistas, já que foi o primeiro contato deles com a

Abordagem de Regras de Negócios.

O mecanismo de avaliação da qualidade das regras de negócio foi

construído sobre o aplicativo Excel. Não foi encontrada entre as funções

disponíveis pelo Excel, alguma que fornecesse o centróide de figuras

geométricas. Assim, foram utilizados os critérios da moda e amplitude, conforme

já exposto.

Esta condição, embora limitadora, mostrou-se eficaz na maioria dos

casos. Contudo, nos casos em que as opiniões dos especialistas se

concentraram em torno do mesmo valor definido como a moda do filtro, os

conjuntos fuzzy correspondentes a essas opiniões e ao filtro não são

semelhantes, considerando o valor atribuído para semelhança (igual a 0,6).

Dessa forma, o mecanismo de avaliação da qualidade considera a regra como

81

não tendo qualidade, fato que não corresponde à realidade. Essas situações

foram raras e foram comunicadas aos especialistas, de modo que ficassem

cientes que nesses casos não seria necessário nenhuma adequação ou ajuste da

regra.

82

4 ANÁLISE DAS EVIDÊNCIAS

Segundo YIN (2001) a análise das evidências consistem em examinar,

categorizar, classificar em tabelas ou, do contrário, re-combinar as evidências

tendo em vista proposições iniciais de um estudo.

Essa análise deve ser feita definindo-se a estratégia e a técnica que serão

utilizadas.

São duas essas estratégias: Baseadas em proposições teóricas e de

desenvolvimento de uma descrição do caso. Essas estratégias podem ser

combinadas com quatro técnicas, que são: Adequação ao padrão, construção da

explanação, análise de séries temporais e modelos lógicos de programas.

Assim, considerando que:

��Nesta dissertação tomou-se por base proposições teóricas relativas

aos benefícios e vantagens da Abordagem de Regras de Negócios e

da lógica Fuzzy e;

��A Abordagem de Regras de Negócios e o mecanismo de avaliação da

qualidade com utilização da lógica Fuzzy foram aplicados em equipes

de desenvolvimento de sistemas, obtendo-se informações de caráter

empírico.

Nossa opção foi de utilizar a estratégia baseada em proposições teóricas

com utilização da técnica de adequação ao padrão.

As proposições relativas à utilização da lógica Fuzzy, de acordo com

MACHADO (1995), que foram aplicadas no processo de avaliação da qualidade

83

de regras de negócios, são as seguintes:

��Boa parte dos nossos problemas resulta das dificuldades que se tem

em expressar com a precisão desejada as idéias sobre pensamento,

sensações ou percepções do mundo físico que nos rodeia.

��Uma teoria que permite dar forma matemática às expressões próprias

da linguagem natural, sem diminuir a potência expressiva das

mesmas, é a Lógica Fuzzy.

��Com a Lógica Fuzzy, pode-se realizar “operações com palavras”, onde

os Conjuntos Fuzzy são os “valores” das palavras.

As proposições teóricas básicas, consideradas nesta dissertação,

relativas à Abordagem de Regras de Negócios, de acordo com VON HALLE

(2001), são as seguintes:

• Proporcionar economia nas manutenções em sistemas, tornando as

implementações de mudanças mais fáceis.

• Mudanças não são mais necessariamente destrutivas e custosas;

• O pessoal de negócio está mais próximo das especificações do sistema;

• A Abordagem de Regras de Negócio estreita o espaço existente entre

requerimentos, análise e projeto;

• Como as mudanças nas regras são feitas mais facilmente, não há

necessidade de “congelamento” das regras, isto é, não permitir mudanças;

Assim, os questionários foram confeccionados e as entrevistas

conduzidas de modo a viabilizar a comparação entre os padrões acima e os

dados empíricos.

Segundo STRAUSS (1987), codificar é a operação mais difícil para o

pesquisador inexperiente e também para o experiente. As operações analíticas

84

incluem inspeções palavra-por-palavra, geração de questões teóricas e possíveis

respostas para elas, o uso de simulações internas e comparações externas e a

exploração de similaridades e diferenças.

Assim, o esquema abaixo, apresenta o processo de análise de evidências

realizado neste estudo de caso.

85

ESQUEMA DA ANÁLISE DAS EVIDÊNCIAS OBTIDAS

Figura 3 – Esquema de Análise das Evidências Obtidas

ORGANIZAÇÃO DO CORPO DA ANÁLISE

LEITURA E SELEÇÃO DO MATERIAL

O material é constituído basicamente pelas respostas das questões submetidas aos especialistas.

ANÁLISE DO MATERIAL

INTERPRETAÇÃO DO MATERIAL DESCRITIVO

ORGANIZAÇÃO DE UM TEXTO DESCRITIVO

Categorização das unidades de significado

IDENTIFICAÇÃO DAS UNIDADES DE SIGNIFICADO E CODIFICAÇÃO

São consideradas todas as expressões ou frases que têm em seu conteúdo um significado avaliativo do mecanismo de avaliação da qualidade e da efetividade da Abordagem de Regras de Negócios.

Pela reunião das expressões e frases de conteúdo semelhante são organizadas categorias.

Reunindo-se as unidades de significado de cada categoria e estabelecendo-se as relações lógicas correspondentes, organizam-se textos descritivos da realidade estudada.

Principalmente na forma de texto, são expressas as compreensões e conhecimentos construídos a partir da percepção e sentimentos dos especialistas que participaram do estudo de caso

86

4.1 ANÁLISE DAS EVIDÊNCIAS RELATIVAS AO MECANISMO DE

AVALIAÇÃO DAS REGRAS DE NEGÓCIO

A partir da consolidação das respostas dos especialistas para cada regra

de negócio de cada sistema (ANEXO A), a planilha eletrônica calculou os

resultados, informando se as regras tinham ou não qualidade quanto ao critério

que estava sendo analisado.

Como se pode observar na Tabela 03, no sistema SIEXT foram

identificadas diversas regras com problemas quanto à qualidade. O mecanismo

de avaliação de regras de negócio calcula, tomando como base as opiniões dos

especialistas, o conjunto fuzzy correspondente, na forma de um triângulo.

Verifica-se, inicialmente, se esse conjunto fuzzy, que foi calculado, é semelhante

ao polígono formado diretamente pelos valores das opiniões dos especialistas. O

conjunto fuzzy calculado é então submetido aos testes de amplitude e moda em

relação ao filtro anteriormente definido, resultando desta forma uma regra com ou

sem qualidade para determinado critério.

87

Tabela 3 – Resultado da avaliação da qualidade das regras de negócio do

sistema SIEXT

PLANILHA DE REGRAS DE NEGÓCIOS

SISTEMA:FOCO NA CARGA DE DADOS DOS NEGÓCIOS FGTS E PIS

ÍNDICE

CÓDIGODA

REGRATIPO AUTOR

AVALIAÇÃORELEVÂNCIA

AVALIAÇÃOATOMICIDADE

AVALIAÇÃODECLARATIVIDADE

AVALIAÇÃOINTELIGIBILIDADE

AVALIAÇÃOCOMPLETUDE

AVALIAÇÃOCONFIABILIDADE

1 RN1 Inferência GEISO OK ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

OK ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

OK OK

2 RN2 Inferência GEISO OK ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

OK ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

OK OK

3 RN3 Inferência GEISO OK ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

OK OK OK OK

4 RN4 Inferência GEISO OK ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

OK ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

OK OK

5 RN5 Inferência GEISO OK OK ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

OK OK OK

6 RN6 Cômputo GEISO OK OK OK OK OK OK

7 RN7 Inferência GEISO ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

OK OK OK OK OK

8 RN8 Inferência GEISO OK ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

OK ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

OK OK

9 RN9 Inferência GEISO OK OK OK OK OK OK

10 RN10 Inferência GEISO OK ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

OK OK OK OK

11 RN11 Cômputo GEISO ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

OK OK

12 RN12 Cômputo GEISO ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

OK

13 RN13 Cômputo REDEA(Becker)

ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

14 RN14 Inferência REDEA(Becker)

ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

OK OK ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

OK ATENÇÃO -REGRA SEMQUALIDADE

15 RN15 Inferência GEISO OK OK OK OK OK OK

DESCRIÇÃO DA REGRA

Se NIS conta FGTS existe e está ativo noSIISO e NIS conta FGTS existe no SIEXTe nome fonético FGTS = nome fonéticoSIISO então conta FGTS = BATIDA ecódigo de batimento FGTS = 6

Se NIS conta FGTS existe e está ativo noSIISO e NIS conta FGTS existe no SIEXTe nome fonético FGTS <> nome fonéticoSIISO então conta FGTS = REJEITADA ecódigo de batimento FGTS = 5

Se NIS conta FGTS existe e está ativo noSIISO e NIS conta FGTS não existe noSIEXT e nome fonético FGTS = nomefonético SIISO então conta FGTS =REJEITADA e código de batimento FGTS= 3

Se NIS conta FGTS existe e está ativo noSIISO e NIS conta FGTS não existe noSIEXT e nome fonético FGTS <> nomefonético SIISO então conta FGTS =REJEITADA e código de batimento FGTS= 2

Se NIS conta FGTS não existe ou estáinativo no SIISO então conta FGTS =REJEITADA e código de batimento FGTS= 7

Se conta FGTS = BATIDA e cidadão temcartão do cidadão ativo então código debatimento FGTS = 4

Se NIS conta PIS existe e está ativo noSIISO e NIS conta PIS existe no SIEXTentão conta PIS = BATIDA e código debatimento PIS = 4

Se NIS conta PIS existe e está ativo noSIISO e NIS conta PIS não existe noSIEXT então conta PIS = REJEITADA ecódigo de batimento PIS = 2

Se NIS conta PIS não existe ou está inativono SIISO então conta PIS = REJEITADA ecódigo de batimento PIS = 7

Se Administrador da conta PIS <> Caixa eBanco do Brasil então conta PIS =REJEITADA e código de batimento PIS = 5

Se sistema FGTS = SFG então númeromáximo de lançamentos por conta = 3

Se sistema FGTS = FGI então númeromáximo de lançamentos por conta = 3

Se sistema FGTS = PEF então númeromáximo de lançamentos por conta = 100

Se código da empresa da conta FGTS nãoexiste no SIEXT então carga conta FGTS =REJEITADA e código de carga FGTS = 52

Se saldo atual conta FGTS negativo entãocarga conta FGTS = REJEITADA e códigode carga FGTS = 39

SIEXT - SISTEMA DO EXTRATO SOCIAL

88

A Figura 4 apresenta o caso da regra 1 do sistema SIEXT onde a regra é

considerada sem qualidade quanto ao critério da atomicidade, visto que o

triângulo correspondente ao conjunto fuzzy calculado não é semelhante ao

polígono formado diretamente a partir dos valores das opiniões dos especialistas.

Figura 4 – Gráfico da qualidade – Critério da atomicidade para a regra número 1

do sistema SIEXT

Atomicidade

0,0000

0,2000

0,4000

0,6000

0,8000

1,0000

0 2 4 6 8 10 12

FPOEN Conjunto Nebuloso Filtro

89

A partir da aplicação da Abordagem de Regras de Negócio, as equipes

envolvidas na pesquisa puderam identificar as regras, conforme disposto na

Tabela 4, por exemplo. Podemos observar agora, lendo cada regra, a

importância da metodologia no que se refere à identificação e definição dos

termos. Especialmente para o pessoal de TI, só pela clara definição do termo

pode-se evitar interpretações equivocadas da regra, já que essa definição foi

obtida através de consenso entre o pessoal de negócio. As planilhas de termos

dos anexos D, E e F apresentam a definição dos termos identificados para os

sistemas SIEXT, SIFSW e SIMDP, respectivamente.

Tabela 4 – Resultado da avaliação da qualidade das regras de negócio do

sistema SIFSW

CômputoPLANILHA DE REGRAS DE NEGÓCIOS Disparador de Ações

InferênciaSISTEMA: Orientação

FOCO EM CADASTRAMENTO DE ORDEM DE PRODUÇÃO Restrição Mandatória

ÍNDICE CÓDIGO DA REGRA

TIPO AUTORAVALIAÇÃO RELEVÂNCIA

AVALIAÇÃO ATOMICIDADE

AVALIAÇÃO DECLARATIVIDADE

AVALIAÇÃO INTELIGIBILIDADE

AVALIAÇÃO COMPLETUDE

AVALIAÇÃO CONFIABILIDADE

1 RN1 Orientação Gestor da Informação

OK OK OK OK OK OK

2 RN2 Restrição Mandatória

Gestor da Informação

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK OK OK

3 RN3 Restrição Mandatória

Gestor da Informação

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK

4 RN4 Restrição Mandatória

Gestor da Informação

OK OK OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK

5 RN5 Orientação Gestor da Informação

OK OK OK OK OK OK

6 RN6 Disparador de Ações

Gestor da Informação

OK OK OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK

7 RN7 Disparador de Ações

Contrato de FSW OK OK OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

8 RN8 Cômputo Contrato de FSW OK OK OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK

9 RN9 Cômputo Contrato de FSW OK OK OK OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK

10 RN10 Cômputo Contrato de FSW OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK

11 RN11 Cômputo Contrato de FSW OK OK OK OK OK OK

12 RN12 Disparador de Ações

Contrato de FSW OK OK OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK

13 RN13 Cômputo Contrato de FSW ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK OK

14 RN14 Disparador de Ações

Gestor da Informação

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK

DESCRIÇÃO DA REGRA

Contratada tem que ter contrato vigente

Projeto tem que estar ativo

Projeto tem que ter documento padrão no SIMDP

Um item de categoria de serviço tem que ter regra de faturamento vigente

Um tipo de multa deve ter regra de multa vigente

Se a quantidade prevista = zero então rejeitar.

Se tipo de regra de faturamento = pontos de função então calcular Esforço e valor para gerencial e operacional em relaçao ao item de categoria de serviço

Esforço gerencial é computado como quantidade prevista * fator de conversão gerencial.

Valor gerencial é computado como esforço gerencial * valor homem/hora gerencial.

Esforço operacional é computado como quantidade prevista * fator de conversão operacional.

Valor operacional é computado como esforço operacional * valor homem/hora operacional

Se tipo de regra de faturamento = homem hora então calcular valor operacional em relaçao ao item de categoria de serviço

Valor operacional é computado como quantidade prevista * valor homem/hora operacional

Se data término previsto < data corrente então rejeitar

SIFSW - SISTEMA DE CONTROLE DE FÁBRICA DE SOFTWARE

90

A Figura 5 apresenta, como exemplo, o gráfico resultante do processo

realizado pelo mecanismo de avaliação da qualidade das regras de negócio, para

a regra 1 do sistema SIFSW para o critério da atomicidade. Pode-se observar,

inclusive visualmente, que a regra foi considerada com qualidade, já que: a) A

moda do conjunto fuzzy calculado (Conjunto Fuzzy, na legenda) é maior que a

moda do filtro (Filtro, na legenda); b) A amplitude do conjunto fuzzy calculado é

igual à amplitude do filtro e; c) Existe semelhança entre o conjunto fuzzy calculado

e o polígono formado pela opinião dos especialistas (FPOEN, na legenda).

Figura 5 – Gráfico da qualidade – Critério da atomicidade para a regra número 1

do sistema SIFSW

Diferentemente dos outros dois sistemas, as regras identificadas para o

Atomicidade

0,0000

0,2000

0,4000

0,6000

0,8000

1,0000

0 2 4 6 8 10 12

FPOEN Conjunto Nebuloso Filtro

91

sistema SIMDP, na sua maioria foram consideradas sem qualidade. Pode-se

observar, conforme a Tabela 5, que algumas regras, como por exemplo, as regras

4, 9, 10 e 11, referem-se à procedimentos vinculados à interface ou limitações da

tecnologia, não tendo de fato, relação direta com o negócio, daí porque a maioria

das regras estão sendo consideradas sem qualidade para diversos critérios.

Cabe observar que os especialistas tiveram uma boa compreensão dos critérios

de qualidade e realizaram a avaliação com imparcialidade.

Tabela 5 – Resultado da avaliação da qualidade das regras de negócio do

sistema SIMDP

CômputoDisparador de AçõesInferência

SISTEMA: OrientaçãoESCOPO: Restrição Mandatória

ÍNDICECÓDIGO

DA REGRA

TIPO AUTORAVALIAÇÃO

RELEVÂNCIAAVALIAÇÃO

ATOMICIDADEAVALIAÇÃO

DECLARATIVIDADEAVALIAÇÃO

INTELIGIBILIDADEAVALIAÇÃO

COMPLETUDEAVALIAÇÃO

CONFIABILIDADE

1 RN1Restrição

MandatóriaEPROJ

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

2 RN2Disparador de Ações

EPROJATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

3 RN3Restrição

MandatóriaEPROJ

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

4 RN4Restrição

MandatóriaEPROJ

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

5 RN5Restrição

MandatóriaEPROJ

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK

6 RN6Restrição

MandatóriaEPROJ

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK OK

7 RN7Disparador de Ações

EPROJOK OK OK OK OK ATENÇÃO - REGRA

SEM QUALIDADE

8 RN8Disparador de Ações

EPROJOK ATENÇÃO -

REGRA SEM QUALIDADE

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK

9 RN9Disparador de Ações

EPROJATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

10 RN10Disparador de Ações

EPROJATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

11 RN11Disparador de Ações

EPROJATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

SE clicou no ícone do Normativo, então exibe a Consulta do Documento Normativo da Fase da MDS

Se clicou no ícone do Modelo, então obter e disponibilizar o Modelo de Documento da Atividade da MDS

SE clicou no ícone ao lado do campo "Projeto", então exibe a Consulta Dados do Projeto

SE tentar excluir um Documento Padrão de versão intermediária, então não permite E exibe a mensagem "Deve-se excluir a última Versão do Documento!"

Documento Padrão ou Geral tem que estar dentro de um grupo de documento.

SE Tamanho do Documento Geral > Tamanho Máximo do Acervo de Documentos Gerais, então Rejeitar documento.

SE Situação do Projeto = Cancelado ou Suspenso, então não permite inclusão de Documento Padrão E exibe a mensagem "Não é permitida a inclusão de documentos para projetos Cancelados ou Concluídos."

DESCRIÇÃO DA REGRA

A MDS exibida tem que ser aquela que o Projeto está vinculado

O Documento Geral do Projeto não é versionado

Extensão de Documento Padrão tem que ser igual à Extensão do Modelo do Documento

Se Documento Padrão do Projeto = Existe então Versionar

SIMDP - SISTEMA DE MANUTENÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO DE PROJETOS

Função "Documentos do Projeto"

PLANILHA DE REGRAS DE NEGÓCIOS

92

Os resultados da avaliação da qualidade das regras de negócio foram

disponibilizados para os especialistas, que assim puderam revisar essas regras,

promovendo a melhorias necessárias de acordo com o critério de qualidade onde

a regra se mostrou deficiente.

Este trabalho possibilitou aos especialistas ter uma experiência prática do

uso do mecanismo de avaliação. As impressões dos especialistas quanto a este

aspecto, foram expressas, posteriormente, através das respostas ao questionário

constante do ANEXO B.

Quanto à aplicação da metodologia proposta na Abordagem de Regras de

Negócio, as impressões dos especialistas foram obtidas através das respostas

obtidas para o ANEXO C.

93

4.2 ANÁLISE DAS EVIDÊNCIAS RELATIVAS AO MECANISMO DE

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS REGRAS DE NEGÓCIO E

DA EFETIVIDADE DA ABORDAGEM DE REGRAS DE

NEGÓCIO

Há que se observar que o mecanismo de avaliação da qualidade das

regras de negócios utiliza os critérios de qualidade propostos pela Abordagem de

Regras de Negócios, e ainda, que as regras de negócios identificadas e

registradas pelos especialistas, forma obtidas em decorrência da aplicação da

metodologia constante da mesma abordagem. Assim, há uma ligação direta entre

a utilização do mecanismo e a aplicação da Abordagem de Regras de Negócios.

Desta forma, fazemos a análise das evidências de modo conjunto.

A partir das respostas dos especialistas relativamente aos anexos B e C,

foi possível categorizar alguns aspectos afetos ao mecanismo de avaliação das

regras de negócio e à efetividade da Abordagem de Regras de Negócios, utilizado

neste estudo de caso, conforme segue abaixo:

94

Tabela 6 – Categorização e codificação das evidências

CATEGORIAS

1 - Fatores críticos para aplicação1.1 Conhecimento do negócio1.2 Tempo1.3 Prática1.4 Entendimento claro dos termos1.5 Subjetividade1.6 Relação projeto x complexidade do processo da ARN

2 - Recursos e técnicas para disseminação do conhecimento2.1 Workshop2.2 Apresentação2.3 Linguagem coloquial para definição os critérios de qualidade2.4 Estudos de caso2.5 Debate

3 - Impactos decorrentes do processo3.1 Sistemas novos

3.1.1 Entendimento do sistema3.1.2 Revisão da documentação3.1.3 Maior rapidez no desenvolvimento3.1.4 Maior entendimento das necessidades do cliente

3.2 Manutenções de sistemas3.2.1 Maior facilidade de manutenção3.2.2 Tempo de desenvolvimento3.2.3 Código mais limpo

4 - Relacionamento com o cliente4.1 Acessibilidade às regras4.2 Clareza no entendimento4.3 Redução de custos

95

Relativamente à aplicação do mecanismo de avaliação da qualidade de

regras de negócio e da Abordagem de Regras de Negócio foram identificados

seis fatores, que passamos a relatar.

O conhecimento do negócio, como fator crítico, foi citado por diversos

especialista, como nos trechos transcritos abaixo:

“Achei os critérios de cada regra bem abrangentes, mas para o resultado da consolidação ser coerente as pessoas que irão avaliar deveriam entender bem do negócio, pois, avaliar a qualidade de uma regra de negócio conhecendo superficialmente não é muito adequado,...” “É pouco elucidativa a visão das regras pura e simples de um sistema sem o entendimento do contexto a que ele se refere,...”

“O entendimento do todo é fundamental, podendo tanto ser um facilitador com um dificultador.”

Observa-se que o “Conhecimento do negócio”, segundo a opinião dos

especialistas, dá a base necessária para a aplicação dos critérios de qualidade.

O “Tempo” é outro elemento fundamental para a adequada aplicação do

mecanismo de avaliação e da Abordagem de Regras de Negócios, já que é

necessário algum tempo adicional para a identificação e registro das regras de

negócio, sendo desta forma necessário negociar com o usuário este tempo

adicional (na fase inicial do projeto).

“Com essa abordagem, regras que não são definidas adequadamente, são prontamente identificadas. A dificuldade é em relação aos

96

prazos acordados com os clientes que deverá prever o tempo para avaliação dessas regras.”

Por outro lado, é de se esperar que haja uma compensação deste tempo

adicional ao longo do desenvolvimento do projeto, já que o conhecimento das

necessidades do cliente é maior, minimizando problemas de entendimento.

Conforme podemos extrair no trecho abaixo:

“Com certeza irá facilitar, pois explicitaríamos mais claramente as necessidades do cliente, evitando intervenções futuras de correção por não entendimento inicial.”

De acordo com o que se pode observar no trecho abaixo, alguns dos

especialista são de opinião que a “Prática” de aplicação da metodologia elevará

sua produtividade.

“O processo de apredizagem não apresenta grandes dificuldades, é de fácil entendimento. Creio que os critérios ficarão mais claros .à medida que forem usados.” “Acredito que o uso no dia-a-dia irá trazer melhorias quanto a praticidade.”

O “Entendimento claro dos termos” é outro fator considerado importante

pelos especialistas para a aplicação do mecanismo de avaliação de regras de

negócio e da ARN. Realmente a própria ARN destaca a necessidade de se

definir claramente os termos utilizados, já que eles serão combinados de diversas

formas gerando as regras de negócio. Esta visão é confirmada nos trechos

abaixo:

97

“No caso da aplicação SIEXT, houve algumas distorções nos resultados obtidos, entretanto, a maioria por causa de incoerências por parte dos avaliadores. Outras distorções provavelmente foram resultado da falta de uma padronização na definição das regras, principalmente para a identificação inequívoca do que deveria ser considerado como um "Termo". Esta falta de padronização pode ter levado os avaliadores a considerarem determinadas variáveis ("Termos") como não definidas, realmente prejudicando a qualidade da regra avaliada.” “Fica fácil o entendimento isolado de cada regra, mas é necessário o exercício de aplicação junto aos termos definidos, quando a aplicação de cada regra torna mais claro o entendimento das mesmas.”

A “Subjetividade” dos critérios para avaliação da qualidade das regras de

negócio foi um dos fatores considerados pelos especialistas como crítico. A

lógica Fuzzy foi utilizada como instrumento para dar maior precisão nos

resultados, contudo, alguns especialistas sentiram falta de um esclarecimento

maior sobre o processo.

“O processo de aprendizagem foi bem tranqüilo, já que os conceitos são de fácil entendimento sendo portanto, rapidamente absorvidos. Contudo o tema não é tão trivial já que é muito subjetivo, pois o que um especialista pode avaliar como relevante outro pode não achar assim.” “...poderia ser melhor passada a memória de cálculo da Planilha, na verdade o conhecimento em si da própria Lógica Fuzzy.” “Mesmo considerando que o objetivo do Trabalho não é a passagem de uma Metodologia, ainda assim acho importante o entendimento deste Processo que tem a Lógica Fuzzy...”

98

Por fim, ainda no que se refere à categoria “Fatores críticos”, os

especialistas alertaram quanto a avaliação que se deve realizar quanto ao porte

do projeto e a complexidade da ARN. Isto quer dizer que, para projetos de

pequeno porte deve-se prescindir de uma rigorosidade maior no processo.

Alguns trechos apresentam esta posição.

“Esta abordagem pode facilitar a integração do cliente com o sistema proposto e os profissionais envolvidos, mas devendo ser verificado sempre todas as características e pesos do projeto, pois o processo poderá ser muito trabalhoso.”

Quanto à categoria “Recursos e técnicas para disseminação do

conhecimento” foi destacado por diversos especialistas, através dos trechos

abaixo, que são necessários variados meios para transferência do conhecimento.

A “Linguagem coloquial” foi apontada como uma forma de dar mais

clareza nos conceitos da ARN, facilitando o entendimento da metodologia,

especialmente considerando que os critérios de avaliação da qualidade são

subjetivos, o que torna seu entendimento mais difícil.

“...acredito que deveria ser um número menor de critérios de avaliação e os termos mais simples, a fim de se tornar mais claro e objetivo,...” “Alguns termos utilizados deveriam ser mais explicativos, o que facilitaria mais na avaliação.” “O texto explicativo de cada um dos Critérios de Avaliação pode ser melhorado através do uso de uma linguagem de melhor entendimento e clareza, talvez um pouco mais coloquial, digamos assim...”

99

O “Workshop” foi citado como uma técnica que foi adequadamente

utilizada, tornando-se importante para a disseminação do conhecimento.

Quanto ao entendimento, após explicação dos critérios no workshop, considero de fácil entendimento, mas considero o Workshop de fundamental importância para o entendimento e nivelamento da forma de avaliar.

O “Estudo de caso” mostrou-se eficaz, como se pode constatar no trecho

abaixo, já que trouxe elementos de caráter prático e objetivo.

“No meu entendimento, a maior dificuldade está em familiarizar-se com cada critério estabelecido das regras de negócios, de forma que avaliemos os termos estabelecidos do negócio. Como dito anteriormente, ficou mais fácil o entendimento após os estudos de casos.”

Como se pode ver abaixo, o “Debate” também foi considerado uma forma

adequada para a exploração do tema, com vistas à sedimentar os conceitos e a

prática da ARN.

“Foi facilitado pela estruturação em tópicos, bem definidos, e a incorporação pelo expositor de debates rápidos utilizando exemplos práticos da empresa.”

A “Apresentação”, outra técnica utilizada para disseminar o

conhecimento, foi a primeira a ser aplicada e, combinada com outras, promoveu a

consolidação dos conceitos junto aos especialistas.

100

“A apresentação foi clara e objetiva e as explicações preencheram os requisitos necessários para que pudéssemos exercitar nos Estudos de Casos e absorver melhor a praticidade do método.”

Quanto à terceira categoria identificada, “Impactos decorrentes do

processo”, foram também identificadas duas subcategorias, quais sejam:

“Sistemas novos” e “Manutenções de sistemas”. Essa segmentação deveu-se à

observação nos textos, onde os especialistas faziam, com freqüência, referências

a essas duas subcategorias.

Foram observadas algumas conseqüências, específicas, da aplicação da

ARN para a subcategoria “Sistemas novos”.

Para esta subcategoria, foi identificado pelos especialistas que a

aplicação da ARN promove um incremento no “Entendimento do sistema”. Cabe

observar que os especialistas estão familiarizados com a utilização de

metodologias convencionais e, ainda que não seja mencionado diretamente no

texto, observa-se uma comparação intrínseca entre a ARN e outras metodologias.

“A abordagem de regras de negócios facilita o entendimento das regras de negócios, principalmente quando é um negócio novo, quando os clientes, usuários ainda não conhecem claramente as regras.”

No trecho abaixo, percebe-se que o especialista considera que o

processo de avaliação da qualidade de regras de negócio (parte integrante da

ARN) possibilita a “Revisão da documentação”, em especial nesta subcategoria,

ou seja, contribui para o refinamento de outros artefatos da engenharia de

software.

101

“Considerando que o sistema esteja iniciando o seu desenvolvimento o resultado da avaliação seria um parâmetro para a revisão na documentação em construção (DFD, Requisitos, Modelo de Dados, Especificações, ...).”

Há, por parte dos especialistas, um registro comedido em relação à

expectativa de “Maior rapidez no desenvolvimento”, ponderando inclusive quanto

à possibilidade de aumento do tempo necessário para desenvolvimento de um

sistema sob a ARN.

“as regras após avaliadas e aprovadas, terão uma maior garantia de entendimento da equipe provocando menos atrasos, evitando resultados não esperados e consequentemente diminuindo o impacto na manutenção.” “...Tais fatores contribuirão para termos uma sensível redução na implementação de manutenções. Para aplicações já existentes, o ganho dependerá do esforço inicial em levantar e implementar a abordagem, provavelmente gerando, num primeiro momento, uma sobrecarga de trabalho nas manutenções.”

Alguns dos especialistas consultados informaram que há um “Maior

entendimento das necessidades do cliente” a partir da aplicação da ARN.

“Podemos enumerar como facilitadores o maior grau de sintonia com as necessidades do cliente, mais rapidez nas mudanças, a possibilidade de automatizar as regras.”

“Este Método ajuda muito o levantamento de

102

Requisitos ... “

Analogamente ao que ocorreu para a subcategoria “Sistemas novos”,

também foram observadas, pelos especialistas, conseqüências específicas para

“Manutenções de sistemas”, que se considerou, desta forma, outra subcategoria.

Nesta subcategoria, observou-se pelos textos que alguns especialistas

dão relevo à “Maior facilidade de manutenção” quando se utiliza a ARN.

“...a partir do momento que sabemos quais as regras do negócio e onde, efetivamente, elas interferem, as manutenções ficarão cada vez mais claras e com grandes probalidades de acerto, ou seja, o melhor atendimento ao cliente, e a certeza de entrega de um produto esperado.” “Uma maior compreensão dos reais objetivos do sistema. Identificação mais rápida dos algoritmos a serem modificados facilitando, assim as manutenções.”

O “Tempo de desenvolvimento” para o caso da subcategoria

“Manutenções de sistemas” é, segundo a avaliação dos especialistas, um

resultado obtido com a aplicação da ARN, conforme pode-se observar abaixo.

“...as regras após avaliadas e aprovadas, terão uma maior garantia de entendimento da equipe provocando menos atrasos, evitando resultados não esperados e conseqüentemente diminuindo o impacto na manutenção.” “...a partir do momento que sabemos quais as regras do negócio e onde, efetivamente, elas interferem, as manutenções ficarão cada vez mais claras...”

103

Foi informado, no texto abaixo, que se obtém um “Código mais limpo”

quando se utilizam os métodos e técnicas previstos na ARN.

“...pois a exposição clara e correta das regras de negócio, além de permitir um código mais limpo, facilitarão as próprias mudanças das regras, quando a manutenção for evolutiva e será mais fácil identificar o erro , quando for corretiva Identificação de erros mais fácil.”

A quarta e última categoria identificada foi “Relacionamento com o

cliente”.

A “Acessibilidade às regras” foi um dos fatores destacados pelos

especialista como uma importante melhoria no relacionamento com os clientes. A

partir da identificação, registro e guarda das regras em repositório, o acesso a

elas não ficou restrito ao pessoal de TI, isto é, foi disponibilizado também para o

pessoal de negócio, deixando de ser de conhecimento exclusivo de alguns

poucos.

“...conseqüentemente, gerará menos inconsistências e eliminará as redundâncias; aumentar a acessibilidade às regras quer aos usuários como aos analistas, dando maior visibilidade geral do negócio e tornando-o independente do conhecimento restrito a algumas pessoas ou órgãos.”

A “Clareza no entendimento” também foi apontado como um fator que

contribui para o relacionamento com o cliente, já que o trabalho participativo entre

o pessoal de TI e o pessoal de negócio gera regras cujo entendimento é

104

compartilhado, minimizando equívocos de interpretação que, eventualmente,

podem se transformar em problemas de implementação da solução e

conseqüentemente levar à insatisfação do cliente e frustração da equipe de

desenvolvimento do sistema.

“Este Método ajuda muito o levantamento de Requisitos e o detalhamento de Regras se feito com o Cliente gestor e com o mesmo nível de entendimento da técnica para que os Resultados sejam acatados por ambas as partes envolvidas...” “Com essa abordagem, regras que não são definidas adequadamente, são prontamente identificadas.” “...Há de se considerar também a documentação que o processo de avaliação proporciona e o domínio do sistema para um maior número de profissionais.” “Acredito que o relacionamento com o cliente só pode melhorar, pois após o levantamento feito com ele das regras e avaliação das mesmas por especialistas, tem-se um sistema mais consistente e voltado para as respostas pressentidas pelo cliente.”

É importante destacar o trecho abaixo, já que ele alerta para uma

participação efetiva do cliente no processo, sem o que não será possível alcançar

os resultados esperados com a aplicação da ARN.

Se o cliente não "comprar" a idéia, vai ser mais difícil tirar proveito dela, visto que seus resultados não são tão visíveis a curto prazo. Uma vez obtido sucesso na atividade de convencimento e comprometimento do cliente, certamente haverá ganhos na utilização dessa abordagem.

105

Por fim, também foram apontados, por vários especialistas, aspectos

relativos à “Redução de custos” em decorrência da introdução da ARN no

processo de desenvolvimento.

“...porque as regras tornam-se mais consistentes evitando diversos problemas como o aumento de custo na mão de obra, sistema com mais bugs e conseqüentemente aumento de manutenções.” “...com o mapeamento correto das regras e com a qualidade das mesmas economizaremos no tempo de análise, diminuindo, assim, o tempo e conseqüentemente o custo da manutenção.”

Muito interessante observar no texto abaixo, como um possível aumento

de custo é tomado como um fator que perde relevância, quando cotejado com os

demais benefícios proporcionados pela ARN.

“...para aplicações novas teremos uma real redução de custos nas manutenções, entretanto, para aplicações já existentes poderemos ter um custo inicial adicional até que se tenha toda a aplicação mapeada. Particularmente, acredito que o custo seja um fator secundário diante dos ganhos obtidos pela maior agilidade na implementação de manutenções, dadas as exigências cada vez mais constantes nos atuais processos de mudança.”

106

5 CONCLUSÕES

Os diversos relatos apresentados no capítulo 4 – Análise das Evidências

nos permitem desenvolver conclusões que, ainda que não possam ser

generalizadas, face às características específicas desta pesquisa, podem ser

objetos de novas pesquisas, visando seu aprofundamento, bem como podem ser

utilizadas em situações que se assemelhem ao caso estudado.

5.1 O MECANISMO DE AVALIAÇÃO DAS REGRAS DE NEGÓCIO

Através dos estudos realizados sobre Abordagem de Regras de Negócios

e da lógica Fuzzy, foi possível construir um mecanismo de avaliação da qualidade

de regras de negócios.

A ferramenta utilizada foi o Excel da Microsoft, cuja facilidade para

construção de planilhas e inclusão de cálculos acelerou sobremaneira o trabalho

a ser realizado. Outra característica onde o Excel contribuiu bastante foi na

geração dos gráficos resultantes das avaliações.

A introdução da lógica Fuzzy no mecanismo de avaliação permitiu dar

uma forma matemática às expressões utilizadas, aumentando a precisão das

opiniões dos especialistas.

Não houve maiores problemas quanto ao manuseio do mecanismo de

avaliação das regras de negócio, contudo, o entendimento dos critérios de

107

qualidade previstos na ARN exigiu um elenco de técnicas para sua melhor

compreensão, destacando-se: o debate, a apresentação, o estudo de caso e o

workshop. Além dessas técnicas há a necessidade de descrever os conceitos da

ARN em uma linguagem coloquial, considerando que estes conceitos devem ser

entendidos pelo pessoal de TI e pelo pessoal de negócio.

Embora o recurso de planilha eletrônica traga algumas limitações, os

relatos dos especialistas demonstraram que os resultados obtidos a partir da

utilização do mecanismo de avaliação de regras de negócio foram coerentes em

sua maioria.

Outro aspecto importante, constatado pelos especialistas, quanto ao

citado mecanismo é que ele mostrou-se efetivo, na medida que possibilitou a

avaliação das regras de negócio com agilidade.

5.2 A APLICAÇÃO DA ABORDAGEM DE REGRAS DE NEGÓCIO

Como qualquer outra metodologia a ARN requer alguns cuidados para

sua aplicação, este estudo de caso permitiu identificar alguns fatores

considerados críticos e que poderão ser úteis na sua introdução em outras

organizações.

Ao se utilizar a ARN é necessário prever um período de tempo para

identificação e registro das regras de negócio. Embora também encontremos em

outras metodologias o termo regra de negócio, normalmente não são

apresentados os métodos e técnicas para descobri-las, registrá-las e mantê-las

separadamente da parte procedimental do sistema. Assim, para que estas

108

atividades sejam realizadas é necessário inicialmente apresentar os benefícios e

as vantagens ao cliente, especialmente aqueles que podem ser mais facilmente

percebidos por ele. É a partir da conscientização do cliente que se pode obter

sua parceria e assim estabelecer os compromissos relativos à sua participação,

bem como negociar o tempo necessário para a realização das atividades. Estes

dois aspectos, parceria e tempo, são fundamentais para o sucesso na aplicação

da ARN.

Especificamente sobre os critérios da qualidade de regras de negócio,

observou-se que sua subjetividade dificulta o entendimento, sendo portanto,

conveniente levar tais conceitos da forma mais clara possível, isto é, utilizando

uma linguagem simples onde não se faça uso de jargões técnicos.

Outra conclusão obtida com este estudo é que, embora a ARN não exija

que o especialista, para realizar a avaliação da qualidade das regras de negócio,

tenha que conhecer o negócio, o que se observou na prática é que sem esse

conhecimento fica mais difícil ter o pleno entendimento dos termos (como definido

na ARN), o que prejudica a avaliação.

Um dos objetivos deste estudo de caso era verificar a efetividade da

aplicação da ARN com relação aos resultados por ela previstos. Assim, alguns

desses resultados puderam ser observados a partir das informações prestadas

pelos especialistas que participaram do trabalho.

Um desses resultados, comentado por diversos especialistas, se refere ao

entendimento das necessidades do cliente. As atividades relativas às regras de

negócio levam a um aprofundamento do conhecimento do negócio que acaba por

fazer emergir questões que vão refinar os requisitos, evitando equívocos de

interpretação e elevando a qualidade dos artefatos de engenharia de software.

109

Outro resultado de expressiva relevância é a facilidade de manutenção.

Este resultado foi apontado pelos especialistas em função do conhecimento

comum, entre o pessoal de TI e o pessoal de negócio, obtido do estudo das

regras e de sua separação em repositório específico. Isto, aliado ao patamar de

qualidade atingido nas regras, promove maior facilidade de entendimento das

modificações solicitadas, localização e acesso às regras mais fácil e mais rápido.

Com relação à diminuição do tempo de desenvolvimento, embora nas

fases iniciais do desenvolvimento de um sistema apoiado pela ARN seja

consumido tempo para as atividades relativas as regras de negócio, esse tempo é

compensado na diminuição do re-trabalho que geralmente decorre do

entendimento superficial dos requisitos. Outrossim, as regras de negócio,

segregadas do código-fonte da parte procedimental, tornam este último mais

simples, de modo que a complexidade geral do sistema, do ponto de vista de

manutenção, diminui.

Observou-se também que o relacionamento com o cliente é beneficiado

com a utilização da ARN. As atividades realizadas em parceria para a descoberta

e organização das regras, levam o pessoal de negócio a fazer uma reflexão que

produzem melhorias para o próprio negócio, fazendo inclusive com que objetivos

e estratégias sejam revistos.

O pessoal de negócio percebe o engajamento e o entendimento que o

pessoal de TI acaba tendo. Por outro lado, ter as regras organizadas e

documentadas em linguagem acessível, além de dar maior transparência ao que

está sendo realizado pelo pessoal de TI, demonstra um grau de profissionalismo

que é percebido pelo cliente.

Por fim, um aspecto que pode ser objeto de futuras pesquisas refere-se

110

ao processo de automatização das regras de negócio, já que existem produtos

comerciais desenvolvidos para este fim. Esses produtos possuem interfaces que

possibilitam a manutenção das regras de negócio de um sistema diretamente pelo

pessoal de negócio. Verificar a efetividade desse tipo de ferramenta pode

contribuir substancialmente para a definição de estratégia de TI das organizações.

111

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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115

7 ANEXO A

QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS

REGRAS DE NEGÓCIOS

Questões para avaliação de cada regra de negócio:

1. A regra é relevante para o negócio?

2. A regra é atômica, ou seja, não é passível de ser subdividida em unidades

menores?

3. A regra expressa exclusivamente uma decisão ou cômputo, isto é, não dita

procedimentos?

4. A regra é inteligível e precisa, ou seja, não há incertezas, ambigüidades ou

confusões?

5. A regra é completa, ou seja, possui todas as propriedades necessárias

para seu uso?

6. A regra é confiável, isto é, teve origem em uma fonte autorizada para

decidir que a regra é como o negócio precisa?

7. A regra é autêntica, ou seja, cada forma de representação mantém a

mesma expressão e intenção originais da regra?

Questões para avaliação do conjunto de regras de negócio:

1. Todas as regras necessárias para proteger a integridade do negócio estão

presentes?

116

2. Não há redundâncias não controladas entre as regras?

3. As regras são consistentes, ou seja, não há contradições de umas em

relação às outras?

117

8 ANEXO B

QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DO USO DO

MECANISMO DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS

REGRAS DE NEGÓCIO

14/10/04SEU NOME:

SISTEMA:

RESPOSTA:

RESPOSTA:

RESPOSTA:

ANEXO B

QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DO USO DO MECANISMO DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DASREGRAS DE NEGÓCIO

RESPOSTA:

3. Qual é a sua impressão quanto aos resultados apresentados pelo mecanismo de avaliação da qualidadedas regras de negócio? Aborde os aspectos: coerência, fidedignidade, praticidade e outros quedesejar.

4. Qual é a sua impressão quanto à possibilidade dos resultados apresentados pelo mecanismo de avaliaçãoda qualidade poderem ajudar a melhorar a qualidade das regras de negócio e conseqüentemente dosistema?

1. Como você descreveria o processo de aprendizado dos critérios para avaliação da qualidade das regras denegócio? Aborde os aspectos: facilidade de entendimento, complexidade do assunto, tempo de absorção dosconceitos e outros que desejar.

2. Quais foram os facilitadores e os dificultadores na aplicação dos critérios para avaliação da qualidade dasregras de negócio?

118

9 ANEXO C

QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DA ABORDAGEM DE

REGRAS DE NEGÓCIO

14/10/04SEU NOME:

SISTEMA:

1. Como foi o processo de aprendizagem da abordagem de regras de negócios ? Aborde os aspectos:facilidade de entendimento, complexidade do assunto, tempo de absorção dos conceitos e outros quedesejar.

2. Em sua avaliação, quais são os facilitadores/dificultadores na aplicação da abordagem de regras denegócio ?

ANEXO C

QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DA ABORDAGEM DE REGRAS DE NEGÓCIO

5. Há alguma expectativa que a abordagem de regras de negócio diminua os custos das manutenções?Explique porque.

3. No que se refere ao relacionamento com o cliente, como você avalia que a abordagem de regras denegócios pode facilitar ou dificultar?

4. Há alguma expectativa que a abordagem de regras de negócio diminua o impacto das manutenções?Explique porque.

119

10 ANEXO D

APLICAÇÃO DA ARN E RESULTADO DA AVALIAÇÃO DA

QUALIDADE DAS REGRAS DE NEGÓCIO DO SISTEMA

SIEXT

LISTA DE ESPECIALISTAS

SISTEMA:

E-MAIL RAMAL

ESPECIALISTA 1: [email protected] 2227 (PV)

ESPECIALISTA 2: [email protected] 4210

ESPECIALISTA 3: [email protected] 2203 (PV)

ESPECIALISTA 4: [email protected] 4210

ESPECIALISTA 5: [email protected] 2219 (PV)

ESPECIALISTA 6: [email protected] 2219 (PV)ESPECIALISTA 7: [email protected] 2203 (PV)ESPECIALISTA 8: [email protected] 2219 (PV)

SIEXT - SISTEMA DO EXTRATO SOCIAL

Luis Becker

Alexandre Rogel

Alexandre Vargas

NOME DO ESPECIALISTA

Graziela Domingues

Mario Barros

Paulo Monteiro

Wilson Junior

Gustavo Salgado

120

ANEXO D - CONTINUAÇÃO

PLANILHA DE TERMOS

SISTEMA: SIEXT - SISTEMA DO EXTRATO SOCIAL

TERMODados Cadastrais

Conta

Conta Batida ou Válida

Conta Rejeitada ou Não Batida

Conta FGTS

Conta PIS

Batimento de dados cadastrais

NIS

Nome Fonético Completo

Número máximo de lançamentos por conta FGTS

Administrador da conta

Dados do negócio rejeitados

Código de Batimento

Código de Carga

Sistema de Origem

NIS ativo

Cartão do Cidadão

Cartão do Cidadão Ativo

Dados do negócio válidos

Saldos e lançamentos provisionados

Referem-se a valores da conta FGTS (PEF) que encontram-se apenas provisionados e que não representam ainda um custo (por parte da Caixa) e nem um recebimento (para o trabalhador). Sua transformação em custo/recebimento depende da adesão do trabalhador à lei complementar correspondente a ao respectivo calendário de liberação das

NIS cuja correspondente situação na base do SIISO seja "ativo"

Cartão magnético fornecido pela Caixa ao cidadão para fins de consulta e saques de benefícios nos canais da automação. Refere-se a qualquer tipo de cartão do cidadão: bolsa gás, bolsa alimentação, bolsa escola, etc...

Refere-se ao cartão de cidadão cuja situação no sistema SICID não apresente qualquer restrição de uso, ou seja, está "ativo"

Identifica que a conta correspondente teve os seus dados de negócio considerados válidos e íntegros de acordo com as respectivas regras definidas para o negócio

Identifica que a conta correspondente teve algum de seus dados de negócio considerados inválidos ou não íntegros de acordo com as respectivas regras definidas para o negócio

Código de retorno fornecido pelo SIEXT aos sistemas de origem como resultado do batimento de dados cadastrais

Código de retorno fornecido pelo SIEXT aos sistemas de origem como resultado do processo de carga dos dados de negócio dos respectivos sistemas/produtos de origem no SIEXT. Caso a conta seja rejeitada, poderá haver mais de um código de carga.Identificação do sistema do qual provêm os dados do negócio a serem carregados no SIEXT. SFG = Contas FGTS Ativas; FGI = Contas FGTS Inativas; PEF = FGTS Créditos Complementares; PIS = Programa de Integração Social

Número de Identificação Social do cidadão no PIS, no PASEP ou no Cadastro Único

Seqüência de caracteres resultante da aplicação de algoritmo específico (definido pela GEISO) sobre o nome desejado

Número máximo de lançamentos admitidos para cada conta FGTS, conforme o sub-sistema correspondente

Identifica qual a Instituição (Caixa ou Banco do Brasil) que é responsável pela administração da conta no programa PIS ou PASEP.

Designação genérica no SIEXT para as contas nos Produtos/sistemas FGTS e PIS cujos dados cadastrais não atenderam às condições de batimento definidas para o Produto no confronto com os respectivos dados cadastrais do cidadão na base de dados do SIISO e do SIEXTRefere-se à identificação plena de determinada conta de trabalhador (conta vinculada) no produto/sistema FGTS, composta pelo código da empresa, código da conta e tipo de conta

Refere-se à identificação de determinada conta no produto/sistema PIS

Refere-se ao confronto dos dados cadastrais da conta com os respectivos dados cadastrais do cidadão na base de dados do SIISO e do SIEXT

é definido comoDados de identificação do cidadão (NIS, nome, data de nascimento, etc)

Designação genérica no SIEXT para as contas nos Produtos/sistemas FGTS e PIS

Designação genérica para as contas nos Produtos/sistemas FGTS e PIS cujos dados cadastrais foram considerados VÁLIDOS no confronto com os respectivos dados do cidadão na base de dados do SIISO e do SIEXT

121

ANEXO D - CONTINUAÇÃO

PLANILHA DE FATOS

SISTEMA: SIEXT - SISTEMA DO EXTRATO SOCIAL

SIEXT fornece retorno sobre o processo da carga de dados aos sistemas de origem

SIEXT disponibiliza os dados de negócio nos canais de distribuição da Caixa

FATOSSistemas de origem fornecem dados cadastrais e de negócio ao SIEXT

SIEXT critica os dados cadastrais e de negócio dos sistemas de origem

SIEXT armazena dados de negócio dos sistemas de origem

122

ANEXO D - CONTINUAÇÃO

PLANILHA DE REGRAS DE NEGÓCIOS

SISTEMA:

FOCO NA CARGA DE DADOS DOS NEGÓCIOS FGTS E PIS

ÍNDICE

CÓDIGO DA

REGRATIPO AUTOR

AVALIAÇÃO RELEVÂNCIA

AVALIAÇÃO ATOMICIDADE

AVALIAÇÃO DECLARATIVIDADE

AVALIAÇÃO INTELIGIBILIDADE

AVALIAÇÃO COMPLETUDE

AVALIAÇÃO CONFIABILIDADE

1 RN1 Inferência GEISO OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK

2 RN2 Inferência GEISO OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK

3 RN3 Inferência GEISO OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK OK OK

4 RN4 Inferência GEISO OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK

5 RN5 Inferência GEISO OK OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK OK

6 RN6 Cômputo GEISO OK OK OK OK OK OK

7 RN7 Inferência GEISO ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK OK OK OK

8 RN8 Inferência GEISO OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK

9 RN9 Inferência GEISO OK OK OK OK OK OK

10 RN10 Inferência GEISO OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK OK OK

11 RN11 Cômputo GEISO ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK

12 RN12 Cômputo GEISO ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK

13 RN13 Cômputo REDEA (Becker)

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

14 RN14 Inferência REDEA (Becker)

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

15 RN15 Inferência GEISO OK OK OK OK OK OK

DESCRIÇÃO DA REGRA

Se NIS conta FGTS existe e está ativo no SIISO e NIS conta FGTS existe no SIEXT e nome fonético FGTS = nome fonético SIISO então conta FGTS = BATIDA e código de batimento FGTS = 6

Se NIS conta FGTS existe e está ativo no SIISO e NIS conta FGTS existe no SIEXT e nome fonético FGTS <> nome fonético SIISO então conta FGTS = REJEITADA e código de batimento FGTS = 5

Se NIS conta FGTS existe e está ativo no SIISO e NIS conta FGTS não existe no SIEXT e nome fonético FGTS = nome fonético SIISO então conta FGTS = REJEITADA e código de batimento FGTS = 3

Se NIS conta FGTS existe e está ativo no SIISO e NIS conta FGTS não existe no SIEXT e nome fonético FGTS <> nome fonético SIISO então conta FGTS = REJEITADA e código de batimento FGTS = 2

Se NIS conta FGTS não existe ou está inativo no SIISO então conta FGTS = REJEITADA e código de batimento FGTS = 7

Se conta FGTS = BATIDA e cidadão tem cartão do cidadão ativo então código de batimento FGTS = 4

Se NIS conta PIS existe e está ativo no SIISO e NIS conta PIS existe no SIEXT então conta PIS = BATIDA e código de batimento PIS = 4

Se NIS conta PIS existe e está ativo no SIISO e NIS conta PIS não existe no SIEXT então conta PIS = REJEITADA e código de batimento PIS = 2

Se NIS conta PIS não existe ou está inativo no SIISO então conta PIS = REJEITADA e código de batimento PIS = 7

Se Administrador da conta PIS <> Caixa e Banco do Brasil então conta PIS = REJEITADA e código de batimento PIS = 5

Se sistema FGTS = SFG então número máximo de lançamentos por conta = 3

Se sistema FGTS = FGI então número máximo de lançamentos por conta = 3

Se sistema FGTS = PEF então número máximo de lançamentos por conta = 100

Se código da empresa da conta FGTS não existe no SIEXT então carga conta FGTS = REJEITADA e código de carga FGTS = 52

Se saldo atual conta FGTS negativo então carga conta FGTS = REJEITADA e código de carga FGTS = 39

SIEXT - SISTEMA DO EXTRATO SOCIAL

123

ANEXO D - CONTINUAÇÃO

PLANILHA DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS REGRAS DE NEGÓCIO

SISTEMA: SIEXT - SISTEMA DO EXTRATO SOCIALESPECIALISTA: Luis Becker

ÍNDICECÓDIGO DA

REGRAAUTOR

Rel

evân

cia

Ato

mic

idad

e

Dec

lara

tivid

ade

Inte

ligib

ilida

de

Com

plet

ude

Con

fiab

ilida

de

Aut

entic

idad

e

Com

plet

ude/

prev

isib

ilida

de

Uni

cida

de/N

ão-

redu

ndân

cia/

Min

im

alid

ade

Con

sist

ênci

a

1 RN1 GEISO 12 4 10 12 12 12 12 10 10 12

2 RN2 GEISO 12 4 10 12 12 12 12

3 RN3 GEISO 12 4 10 12 12 12 12

4 RN4 GEISO 12 4 10 12 12 12 12

5 RN5 GEISO 12 4 10 12 12 12 12

6 RN6 GEISO 12 4 12 12 12 12 12

7 RN7 GEISO 12 6 10 12 12 12 12

8 RN8 GEISO 12 6 10 12 12 12 12

9 RN9 GEISO 12 6 10 12 12 12 12

10 RN10 GEISO 12 6 12 12 12 12 12

11 RN11 GEISO 4 12 12 12 12 12 12

12 RN12 GEISO 4 12 12 12 12 12 12

13 RN13 REDEA (Becker) 2 12 12 12 12 8 10

Se NIS conta PIS existe e está ativo no SIISO e NIS conta PIS existe no SIEXT então conta PIS = BATIDA e código de batimento PIS = 4

Se NIS conta PIS existe e está ativo no SIISO e NIS conta PIS não existe no SIEXT então conta PIS = REJEITADA e código de batimento PIS = 2

Se NIS conta PIS não existe ou está inativo no SIISO então conta PIS = REJEITADA e código de batimento PIS = 7

Se NIS conta FGTS existe e está ativo no SIISO e NIS conta FGTS existe no SIEXT e nome fonético FGTS = nome fonético SIISO então conta FGTS = BATIDA e código de batimento FGTS = 6

Se conta FGTS = BATIDA e cidadão tem cartão do cidadão ativo então código de batimento FGTS = 4

Se Administrador da conta PIS <> Caixa e Banco do Brasil então conta PIS = REJEITADA e código de batimento PIS = 5

Se sistema FGTS = SFG então número máximo de lançamentos por conta = 3

Se sistema FGTS = FGI então número máximo de lançamentos por conta = 3

Se sistema FGTS = PEF então número máximo de lançamentos por conta = 100

DESCRIÇÃO DA REGRA

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE CADA REGRA CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO CONJUNTO DE REGRAS

Se NIS conta FGTS existe e está ativo no SIISO e NIS conta FGTS existe no SIEXT e nome fonético FGTS <> nome fonético SIISO então conta FGTS = REJEITADA e código de batimento FGTS = 5

Se NIS conta FGTS existe e está ativo no SIISO e NIS conta FGTS não existe no SIEXT e nome fonético FGTS = nome fonético SIISO então conta FGTS = REJEITADA e código de batimento FGTS = 3

Se NIS conta FGTS existe e está ativo no SIISO e NIS conta FGTS não existe no SIEXT e nome fonético FGTS <> nome fonético SIISO então conta FGTS = REJEITADA e código de batimento FGTS = 2

Se NIS conta FGTS não existe ou está inativo no SIISO então conta FGTS = REJEITADA e código de batimento FGTS = 7

Deve ser preenchido apenas uma vez, considerando que se trata da avaliação do conjunto de regras.

124

ANEXO D - CONTINUAÇÃO

PLANILHA DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE COM O USO DA LÓGICA FUZZY

REGRA===============================> Se NIS conta FGTS existe e está ativo no SIISO e NIS conta FGTS existe no SIEXT e nome fonético FGTS = nome fonético SIISO então conta FGTS = BATIDA e código de batimento FGTS = 6 0 2 4 6 8 10 12

1. Relevância: Cada regra deve ser essencial para a análise do escopo. M

uito

Bai

xa

Bai

xa

Raz

oáve

l

Méd

ia

Con

side

ráve

l

Alta

Mui

to A

lta

QUANT. RESP. POR OPÇÃO 0 0 0 0 2 3 3 8

FREQ.PERC.OPINIÕES ESP.(FPOE) 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,2500 0,3750 0,3750 0,3750

A(X) FPOEN (NORMALIZ) 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,6667 1,0000 1,0000 2,6667

B(X) Conj. Neb. 10/2 = 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,5000 1,0000 0,5000 2,0000

A(X) INTERSEÇÃO B(X) 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,5000 1,0000 0,5000 2,0000A(X) UNIÃO B(X) 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,6667 1,0000 1,0000 2,6667 0,6SEMELHANÇA S A(X);B(X) = |A(X) INTERSEÇÃO B(X)| / A(X) UNIÃO B(X) 0,7500 OK! SEMELHANTEF(X) FILTRO 8/2 = 0,0000 0,0000 0,0000 0,5000 1,0000 0,5000 0,0000 8,0000 MODA DO FILTRO

2,0000 AMPLITUDE DO FILTROQUANTO À MODA REGRA COM QUALIDADE, PELO CRITÉRIO DA MODA 10>=8QUANTO À AMPLITUDE REGRA COM QUALIDADE, PELO CRITÉRIO DA AMPLITUDE 2<=2

OK8,0000

OK OKOKOK

TABELA DE CÁLCULOS

Relevância

0,0000

0,2000

0,4000

0,6000

0,8000

1,0000

0 2 4 6 8 10 12

FPOEN Conjunto Nebuloso Filtro

Se NIS conta FGTS existe e está ativo no SIISO e NIS conta FGTS existe no SIEXT e nome fonético FGTS = nome fonético SIISO então conta FGTS = BATIDA e código de batimento FGTS = 6 0 2 4 6 8 10 12

Frequências das opiniões dos Especialistas Normalizadas (FPOEN) em Notação FUZZY

Verifica se há mais de uma

modaModa

Quantidade de Intervalos

Significativos

Amplitude (1 sobre a Média

das diferenças

entre os MIs)

Número Nebuloso Calculado

Incremento de MI

0/0 + 0/2 + 0/4 + 0/6 + 0,6667/8 + 1/10 + 1/12 OK 10 2 2 10/2 0,50000 10/2 = 0/0 + 0/2 + 0/4 + 0/6 + 0,5/8 + 1/10 + 0,5/12

Modelagem do Número Nebuloso (NN) em Notação FUZZY

125

11 ANEXO E

APLICAÇÃO DA ARN E RESULTADO DA AVALIAÇÃO DA

QUALIDADE DAS REGRAS DE NEGÓCIO DO SISTEMA

SIFSW

LISTA DE ESPECIALISTAS

SISTEMA:

E-MAIL RAMALESPECIALISTA 1: [email protected] 2227 (PV)ESPECIALISTA 2: [email protected] <[email protected]>4210ESPECIALISTA 3: [email protected] 2203 (PV)ESPECIALISTA 4: [email protected] 3044ESPECIALISTA 5: [email protected] 2219 (PV)ESPECIALISTA 6: [email protected] 2227 (PV)ESPECIALISTA 7: [email protected] 2203 (PV)ESPECIALISTA 8: [email protected] 4210

SIFSW - SISTEMA DE CONTROLE DE FÁBRICA DE SOFTWARE

Paulo Monteiro

Alexandre Rogel

Alexandre Vargas

NOME DO ESPECIALISTA

Fábio Campos

Sirlei Pierezan

Luis Becker

Karla Angélica Patricio da Silva

Gustavo Salgado

126

ANEXO E - CONTINUAÇÃO

PLANILHA DE TERMOS

SISTEMA: SIFSW - SISTEMA DE CONTROLE DE FÁBRICA DE SOFTWARE

TERMOContratada

Contrato Vigente

Projeto

Documento Padrão

Item de Categoria de Serviço

Regra de Faturamento vigente

Tipo de Multa

Regra de Multa Vigente

Quantidade Prevista

Tipo de Regra de Faturamento

Extensão do Modelo do Documento

Pontos de Função

Esforço Gerencial

Valor Gerencial

Esforço Operacional

Valor Operacional

Fator de Conversão Gerencial

Valor Homem Hora Gerencial

Fator de Conversão Operacional

Valor Homem Hora Operacional

Homem Hora

Data Término Previsto

Data Corrente

Valor utilizado para o cálculo do custo de uma atividade operacional em serviços prestadoe em TI nos sistemas informatizados da Caixa Econômica Federal

Estimativa utilizada para o cálcular o custo e definir a duração para a execução de uma atividade que não pode ser mensurada em pontos de função.

O tempo previsto para a conclusão do serviço a ser executado pela fábrica de software.

Momento do cadastramento da ordem de produção

Valor de pagamento de serviços prestados de TI em atividades de nível operacional

Fator utilizado para obter o esforço necessário para a execução de uma atividade gerencial

Valor utilizado para o cálculo do custo de uma atividade gerencial em serviços prestadoe em TI nos sistemas informatizados da Caixa Econômica Federal.

Fator utilizado para obter o esforço necessário para a execução de uma atividade operacional

Ferramenta que permite medir todas as funcionalidades de uma aplicação, qualidade e produtividade e por fim estimar custos e recursos

A produtividade em si, ou seja, a quantidade de horas necessárias para a se realizar um ponto de função a nível gerencial. Em uma determinada atividade.

Valor de pagamento de serviços prestados de TI em atividades de nível gerencial

A produtividade em si, ou seja, a quantidade de horas necessárias para a se realizar um ponto de função a nível operacional. Em uma determinada atividade.

Os índices que serve de base para o cálculo dos valores de multas em função do atraso na entrega dos serviços terceirizados em TI da Caixa.

A quantidade de horas e/ou pontos de função para a execução de uma ordem de produção na fábrica de software. Sendo utilizada no cálculo do custo da ordem de produção.

Identificação da regra aplicada na composição na composição do pagamento de um serviço prestado em TI pela contratada nos sistemas informatizados da Caixa.

são as possíveis extensões que o arquivo correspondente ao documento pode ter para aquela atividade da metodologia.

Artefato, exigido pela metodologia, preenchido para um projeto.

As informações das variações de serviço que a ordem de produção possa ter na sua criação (Anteprojeto, Planejamento, etc.).

As informações das regras de pagamento que ligada a uma categoria de serviço define o cálculo a ser aplicado no pagamento de serviços em TI na Caixa.

A identificação dos tipos de multa aplicáveis aos contratos firmados entre a Caixa e a Contratada.

é definido comoPessoa Jurídica que está envolvida no processo de prestação de serviços referente a Fábrica de Software para construção e obtenção de componentes da área de TI da Caixa Econômica Federal.

Informações básicas relacionadas aos dados do Contrato legal, no processo de construção e manutenção dos programas que compõem os sistemas informatizados da Caixa Econômica Federal.

Um empreendimento com início e fim, inédito e, no contexto do negócio, destina-se a construção de um software com mais de 105 PF.

127

ANEXO E - CONTINUAÇÃO

PLANILHA DE FATOS

SISTEMA: SIFSW - SISTEMA DE CONTROLE DE FÁBRICA DE SOFTWARE

Tipo de Multa tem Regra de Multa Vigente

FATOSContratada tem contrato vigente

Projeto tem Documento Padrão.

Item de categoria de serviço tem regra de faturamento vigente

128

ANEXO E - CONTINUAÇÃO

CômputoPLANILHA DE REGRAS DE NEGÓCIOS Disparador de Ações

InferênciaSISTEMA: Orientação

FOCO EM CADASTRAMENTO DE ORDEM DE PRODUÇÃO Restrição Mandatória

ÍNDICE CÓDIGO DA REGRA

TIPO AUTORAVALIAÇÃO RELEVÂNCIA

AVALIAÇÃO ATOMICIDADE

AVALIAÇÃO DECLARATIVIDADE

AVALIAÇÃO INTELIGIBILIDADE

AVALIAÇÃO COMPLETUDE

AVALIAÇÃO CONFIABILIDADE

1 RN1 Orientação Gestor da Informação

OK OK OK OK OK OK

2 RN2 Restrição Mandatória

Gestor da Informação

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK OK OK

3 RN3 Restrição Mandatória

Gestor da Informação

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK

4 RN4 Restrição Mandatória

Gestor da Informação

OK OK OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK

5 RN5 Orientação Gestor da Informação

OK OK OK OK OK OK

6 RN6 Disparador de Ações

Gestor da Informação

OK OK OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK

7 RN7 Disparador de Ações

Contrato de FSW OK OK OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

8 RN8 Cômputo Contrato de FSW OK OK OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK

9 RN9 Cômputo Contrato de FSW OK OK OK OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK

10 RN10 Cômputo Contrato de FSW OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK

11 RN11 Cômputo Contrato de FSW OK OK OK OK OK OK

12 RN12 Disparador de Ações

Contrato de FSW OK OK OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK

13 RN13 Cômputo Contrato de FSW ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK OK

14 RN14 Disparador de Ações

Gestor da Informação

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK

DESCRIÇÃO DA REGRA

Contratada tem que ter contrato vigente

Projeto tem que estar ativo

Projeto tem que ter documento padrão no SIMDP

Um item de categoria de serviço tem que ter regra de faturamento vigente

Um tipo de multa deve ter regra de multa vigente

Se a quantidade prevista = zero então rejeitar.

Se tipo de regra de faturamento = pontos de função então calcular Esforço e valor para gerencial e operacional em relaçao ao item de categoria de serviço

Esforço gerencial é computado como quantidade prevista * fator de conversão gerencial.

Valor gerencial é computado como esforço gerencial * valor homem/hora gerencial.

Esforço operacional é computado como quantidade prevista * fator de conversão operacional.

Valor operacional é computado como esforço operacional * valor homem/hora operacional

Se tipo de regra de faturamento = homem hora então calcular valor operacional em relaçao ao item de categoria de serviço

Valor operacional é computado como quantidade prevista * valor homem/hora operacional

Se data término previsto < data corrente então rejeitar

SIFSW - SISTEMA DE CONTROLE DE FÁBRICA DE SOFTWARE

129

ANEXO E - CONTINUAÇÃO

PLANILHA DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS REGRAS DE NEGÓCIO

SISTEMA: SIFSW - SISTEMA DE CONTROLE DE FÁBRICA DE SOFTWAREESPECIALISTA: Paulo Monteiro

CÓDIGO DA REGRA

AUTOR

Rel

evân

cia

Ato

mic

idad

e

Dec

lara

tivid

ade

Inte

ligib

ilida

de

Com

plet

ude

Con

fiabi

lidad

e

Aut

entic

idad

e

Com

plet

ude/

prev

isib

ilida

de

Uni

cida

de/N

ão-

redu

ndân

cia/

Min

im

alid

ade

Con

sist

ênci

a

RN1 Gestor da Informação

12 10 10 12 10 12 10 10 12 10

RN2 Gestor da Informação

12 12 8 12 8 12 8

RN3 Gestor da Informação

10 8 10 12 8 12 8

RN4 Gestor da Informação

12 8 12 8 8 12 10

RN5 Gestor da Informação

12 12 12 12 10 12 10

RN6 Gestor da Informação

12 8 10 8 10 12 12

RN7 Contrato de FSW 12 8 8 8 10 10 10

RN8 Contrato de FSW 12 8 12 12 8 12 10

RN9 Contrato de FSW 12 12 12 12 12 12 10

RN10 Contrato de FSW 12 8 12 12 8 12 10

RN11 Contrato de FSW 12 12 12 12 12 12 10

RN12 Contrato de FSW 12 12 12 12 12 12 10

RN13 Contrato de FSW 12 12 12 12 12 12 10

RN14 Gestor da Informação

10 10 10 12 12 12 10

Se tipo de regra de faturamento = pontos de função então calcular Esforço e valor para gerencial e operacional em relaçao ao item de categoria de serviço

Esforço gerencial é computado como quantidade prevista * fator de conversão gerencial.

Valor gerencial é computado como esforço gerencial * valor homem/hora gerencial.

Contratada tem que ter contrato vigente

Se a quantidade prevista = zero então rejeitar.

Esforço operacional é computado como quantidade prevista * fator de conversão operacional.

Valor operacional é computado como esforço operacional * valor homem/hora operacional

Se tipo de regra de faturamento = homem hora então calcular valor operacional em relaçao ao item de categoria de serviço

Valor operacional é computado como quantidade prevista * valor homem/hora operacional

Se data término previsto < data corrente então rejeitar

DESCRIÇÃO DA REGRA

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE CADA REGRA CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO CONJUNTO DE REGRAS

Projeto tem que estar ativo

Projeto tem que ter documento padrão no SIMDP

Um item de categoria de serviço tem que ter regra de faturamento vigente

Um tipo de multa deve ter regra de multa vigente

Deve ser preenchido apenas uma vez, considerando que se trata da avaliação do conjunto de regras.

130

ANEXO E - CONTINUAÇÃO

0 2 4 6 8 10 12

Frequências das opiniões dos Especialistas Normalizadas (FPOEN) em Notação FUZZY

Verifica se há mais de uma

modaModa

Quantidade de Intervalos

Significativos

Amplitude (1 sobre a Média

das diferenças

entre os MIs)

Número Nebuloso Calculado

Incremento de MI

0/0 + 0/2 + 0/4 + 0,3333/6 + 0,3333/8 + 1/10 + 1/12 OK 10 2 2 10/2 0,50000 10/2 = 0/0 + 0/2 + 0/4 + 0/6 + 0,5/8 + 1/10 + 0,5/12

Modelagem do Número Nebuloso (NN) em Notação FUZZY

PLANILHA DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE COM O USO DA LÓGICA FUZZY

REGRA===============================> Contratada tem que ter contrato vigente 0 2 4 6 8 10 12

2. Atomicidade: Cada regra deve representar um pensamento que não se pode decompor e ainda pode conduzir o comportamento de um ator. M

uito

Bai

xa

Bai

xa

Raz

oáve

l

Méd

ia

Con

side

ráve

l

Alta

Mui

to A

lta

QUANT. RESP. POR OPÇÃO 0 0 0 1 1 3 3 8

FREQ.PERC.OPINIÕES ESP.(FPOE) 0,0000 0,0000 0,0000 0,1250 0,1250 0,3750 0,3750 0,3750

A(X) FPOEN (NORMALIZ) 0,0000 0,0000 0,0000 0,3333 0,3333 1,0000 1,0000 2,6667

B(X) Conj. Neb. 10/2 = 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,5000 1,0000 0,5000 2,0000

A(X) INTERSEÇÃO B(X) 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,3333 1,0000 0,5000 1,8333A(X) UNIÃO B(X) 0,0000 0,0000 0,0000 0,3333 0,5000 1,0000 1,0000 2,8333 0,6SEMELHANÇA S A(X);B(X) = |A(X) INTERSEÇÃO B(X)| / A(X) UNIÃO B(X) 0,6471 OK! SEMELHANTEF(X) FILTRO 8/2 = 0,0000 0,0000 0,0000 0,5000 1,0000 0,5000 0,0000 8,0000 MODA DO FILTRO

2,0000 AMPLITUDE DO FILTROQUANTO À MODA REGRA COM QUALIDADE, PELO CRITÉRIO DA MODA 10>=8QUANTO À AMPLITUDE REGRA COM QUALIDADE, PELO CRITÉRIO DA AMPLITUDE 2<=2

OK6,0000

OK OKOKOK

TABELA DE CÁLCULOS

Atomicidade

0,0000

0,2000

0,4000

0,6000

0,8000

1,0000

0 2 4 6 8 10 12

FPOEN Conjunto Nebuloso Filtro

131

12 ANEXO F

APLICAÇÃO DA ARN E RESULTADO DA AVALIAÇÃO DA

QUALIDADE DAS REGRAS DE NEGÓCIO DO SISTEMA

SIMDP

LISTA DE ESPECIALISTAS

SISTEMA:

E-MAIL RAMALESPECIALISTA 1: [email protected] 2219 (PV)ESPECIALISTA 2: [email protected] 3077ESPECIALISTA 3: [email protected] 2219 (PV)ESPECIALISTA 4: [email protected] 4210ESPECIALISTA 5: [email protected] 2219 (PV)ESPECIALISTA 6: [email protected] 3044ESPECIALISTA 7: [email protected] 3044ESPECIALISTA 8: [email protected] 2203 (PV)Walquiria Correa

Roberto Almeida

Guilherme Varejão

Karla Silva

Maria de Fátima

SIMDP - SISTEMA DE MANUTENÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO DE PROJETOS

Wilson Ferreira Rodrigues Junior

Roberto Ferreira Ramos

Graziela Domingues

NOME DO ESPECIALISTA

132

ANEXO F - CONTINUAÇÃO

PLANILHA DE TERMOS

SISTEMA: SIMDP - SISTEMA DE MANUTENÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO DE PROJETOS

TERMODocumento Geral do Projeto

Documento Padrão do Projeto

Projeto

Extensão do Documento Padrão

Extensão do Modelo do Documento

Grupos de Documentos

Tamanho do Documento Geral

Tamanho Máximo do Acervo de Documentos Gerias

MDS-Metodologia para Desenvolvimento de SistemasSituação do Projeto

Situação do Documento

Acervo de Documentos Gerais do Projeto

Acervo de Documentos Padrão

Fase da MDS

Documento Normativo

Documento Normativo da Fase da MDS

Atividade da MDS

Modelo de Documento

Modelo de Documento da Atividade da MDS

EPROJ

Consulta Dados do Projeto

é definido comoArtefato, não exigido pela metodologia, preenchido para um projeto.

Artefato, exigido pela metodologia, preenchido para um projeto.

Um empreendimento com início e fim, inédito e, no contexto do negócio, destina-se a construção de um software com mais de 105 PF.

o complemento do nome do arquivo que vem depois do ponto.

são as possíveis extensões que o arquivo correspondente ao documento pode ter para aquela atividade da metodologia.

um nome que identifica e agrupa documentos padrão ou geral.

Tamanho em Kb do arquivo do documento geral

O valor máximo do Acervo de Documento Geral é de 500000 Kb

Segunto o Normativo TE049, MDS-Metodologia para Desenvolvimento de Sistemas é uma norma da CAIXA que estabelece as fases, etapas e atividades do ciclo de vida de projetos de sistemas de informação, visando orientar os técnicos no desenvolvimento e manutenClassificação quanto ao estado em que um Projeto pode se encontrar em determinado momento de seu ciclo de vida, podendo ser: Cancelado, Aberto, Concluído e Suspenso.

uma classificação quanto ao estado que um Documento Padrão se encontra no momento da sua inclusão (upload) no Acervo de Documentos Padrão do Projeto

o repositório de todos os Documentos Gerais do Projeto

o repositório de todos os Documentos Padrão do Projeto

Período com início, meio e fim que estabelece um conjunto de Etapas e Atividades com objetivos definidos pertencentes a um Ciclo de Vida, aqui representado por MDS-Metodologia para Desenvolvimento de Sistemas.

o Documento que define os conceitos, responsáveis, atividades etc referentes a um Produto estebelecido pelo Escritório de Projetos, geralmente vinculados a uma Fase da Metodologia, conferindo suporte às tarefas necessárias ao seu cumprimento.o Documento Normativo que dá suporte à execução da Fase da MDS

a menor tarefa de uma Etapa a ser excutada dentro do Ciclo de Vida a qual está relacionada, aqui representado por Metodologia.

um Documento, geralmente do tipo formulário para preenchimento, que registra e comprova a execução de uma Atividade da MDS

o Modelo de Documento associado a uma Aitividade da MDS para que registre a execução desta tarefa

Escritório de Projetos da Caixa Econômica Federal

um funcionalidade, acessada a partir do função "Documentos do Projeto", que exibe os dados e associações do Projeto, tais como sus Metodoloiga, Situação, Objetivo etc

133

ANEXO F - CONTINUAÇÃO

PLANILHA DE FATOS

SISTEMA: SIMDP - SISTEMA DE MANUTENÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO DE PROJETOS

FATOSProjeto tem Documento Geral.

Projeto tem Documento Padrão.

Projeto tem Grupo de Documentos.

Projeto está numa Situação de Projeto

Documento está numa Situação de Documento

Fase da MDS tem Documento Normativo

Projeto segue uma MDS-Metodologia para Desenvolvimento de Sistemas

Atividade da MDS tem Modelo de Documento

134

ANEXO F - CONTINUAÇÃO

CômputoDisparador de AçõesInferência

SISTEMA: OrientaçãoESCOPO: Restrição Mandatória

ÍNDICECÓDIGO

DA REGRA

TIPO AUTORAVALIAÇÃO

RELEVÂNCIAAVALIAÇÃO

ATOMICIDADEAVALIAÇÃO

DECLARATIVIDADEAVALIAÇÃO

INTELIGIBILIDADEAVALIAÇÃO

COMPLETUDEAVALIAÇÃO

CONFIABILIDADE

1 RN1Restrição

MandatóriaEPROJ

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

2 RN2Disparador de Ações

EPROJATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

3 RN3Restrição

MandatóriaEPROJ

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

4 RN4Restrição

MandatóriaEPROJ

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

5 RN5Restrição

MandatóriaEPROJ

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK

6 RN6Restrição

MandatóriaEPROJ

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK OK

7 RN7Disparador de Ações

EPROJOK OK OK OK OK ATENÇÃO - REGRA

SEM QUALIDADE

8 RN8Disparador de Ações

EPROJOK ATENÇÃO -

REGRA SEM QUALIDADE

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

OK OK

9 RN9Disparador de Ações

EPROJATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

10 RN10Disparador de Ações

EPROJATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

11 RN11Disparador de Ações

EPROJATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADE

SIMDP - SISTEMA DE MANUTENÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO DE PROJETOS

Função "Documentos do Projeto"

PLANILHA DE REGRAS DE NEGÓCIOS

Documento Padrão ou Geral tem que estar dentro de um grupo de documento.

SE Tamanho do Documento Geral > Tamanho Máximo do Acervo de Documentos Gerais, então Rejeitar documento.

SE Situação do Projeto = Cancelado ou Suspenso, então não permite inclusão de Documento Padrão E exibe a mensagem "Não é permitida a inclusão de documentos para projetos Cancelados ou Concluídos."

DESCRIÇÃO DA REGRA

A MDS exibida tem que ser aquela que o Projeto está vinculado

O Documento Geral do Projeto não é versionado

Extensão de Documento Padrão tem que ser igual à Extensão do Modelo do Documento

Se Documento Padrão do Projeto = Existe então Versionar

SE clicou no ícone do Normativo, então exibe a Consulta do Documento Normativo da Fase da MDS

Se clicou no ícone do Modelo, então obter e disponibilizar o Modelo de Documento da Atividade da MDS

SE clicou no ícone ao lado do campo "Projeto", então exibe a Consulta Dados do Projeto

SE tentar excluir um Documento Padrão de versão intermediária, então não permite E exibe a mensagem "Deve-se excluir a última Versão do Documento!"

135

ANEXO F - CONTINUAÇÃO

PLANILHA DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS REGRAS DE NEGÓCIO

SISTEMA: SIMDP - SISTEMA DE MANUTENÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO DE PROJETOSESPECIALISTA: Wilson Ferreira Rodrigues Junior

ÍNDICECÓDIGO DA

REGRAAUTOR

Rel

evân

cia

Ato

mic

idad

e

Dec

lara

tivid

ade

Inte

ligib

ilida

de

Com

plet

ude

Con

fiab

ilida

de

Aut

entic

idad

e

Com

plet

ude/

prev

isib

ilida

de

Uni

cida

de/N

ão-

redu

ndân

cia/

Min

im

alid

ade

Con

sist

ênci

a

1 RN1 EPROJ 12 12 12 12 8 12 12 8 12 12

2 RN2 EPROJ 12 8 8 12 8 12 12

3 RN3 EPROJ 12 8 8 12 8 12 12

4 RN4 EPROJ 12 12 12 12 8 12 12

5 RN5 EPROJ 12 10 12 8 8 12 12

6 RN6 EPROJ 12 12 12 12 8 12 12

7 RN7 EPROJ 12 12 12 12 8 12 12

8 RN8 EPROJ 12 12 12 12 8 12 12

9 RN9 EPROJ 12 12 12 12 8 12 12

10 RN10 EPROJ 12 12 12 12 8 12 12

11 RN11 EPROJ 12 8 12 12 8 12 12

DESCRIÇÃO DA REGRA

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE CADA REGRA CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO CONJUNTO DE REGRAS

Se Documento Padrão do Projeto = Existe então Versionar

O Documento Geral do Projeto não é versionado

Extensão de Documento Padrão tem que ser igual à Extensão do Modelo do Documento

Documento Padrão ou Geral tem que estar dentro de um grupo de documento.

Se clicou no ícone do Modelo, então obter e disponibilizar o Modelo de Documento da Atividade da MDS

SE clicou no ícone ao lado do campo "Projeto", então exibe a Consulta Dados do Projeto

SE Situação do Projeto = Cancelado ou Suspenso, então não permite inclusão de Documento Padrão E exibe a mensagem "Não é permitida a inclusão de documentos para projetos Cancelados ou Concluídos."SE tentar excluir um Documento Padrão de versão intermediária, então não permite E exibe a mensagem "Deve-se excluir a última Versão do Documento!"

SE clicou no ícone do Normativo, então exibe a Consulta do Documento Normativo da Fase da MDS

A MDS exibida tem que ser aquela que o Projeto está vinculado

SE Tamanho do Documento Geral > Tamanho Máximo do Acervo de Documentos Gerais, então Rejeitar documento.

Deve ser preenchido apenas uma vez, considerando que se trata da avaliação do conjunto de regras.

136

ANEXO F - CONTINUAÇÃO

PLANILHA DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE COM O USO DA LÓGICA FUZZY

REGRA===============================> A MDS exibida tem que ser aquela que o Projeto está vinculado0 2 4 6 8 10 12

3. Declaratividade: Cada regra deve prescrever uma decisão ou computo, ao invés de ditar um procedimento para fazer cumprir uma decisão ou computo. M

uito

Bai

xa

Bai

xa

Raz

oáve

l

Méd

ia

Con

side

ráve

l

Alta

Mui

to A

lta

QUANT. RESP. POR OPÇÃO 0 0 2 1 1 1 3 8

FREQ.PERC.OPINIÕES ESP.(FPOE) 0,0000 0,0000 0,2500 0,1250 0,1250 0,1250 0,3750 0,3750

A(X) FPOEN (NORMALIZ) 0,0000 0,0000 0,6667 0,3333 0,3333 0,3333 1,0000 2,6667

B(X) Conj. Neb. 12/2 = 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,5000 1,0000 1,5000

A(X) INTERSEÇÃO B(X) 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,3333 1,0000 1,3333A(X) UNIÃO B(X) 0,0000 0,0000 0,6667 0,3333 0,3333 0,5000 1,0000 2,8333 0,6SEMELHANÇA S A(X);B(X) = |A(X) INTERSEÇÃO B(X)| / A(X) UNIÃO B(X) 0,4706 INVÁLIDO! NÃO É SEMELHANTEF(X) FILTRO 8/2 = 0,0000 0,0000 0,0000 0,5000 1,0000 0,5000 0,0000 8,0000 MODA DO FILTRO

2,0000 AMPLITUDE DO FILTROQUANTO À MODA REGRA COM QUALIDADE, PELO CRITÉRIO DA MODA 12>=8QUANTO À AMPLITUDE REGRA COM QUALIDADE, PELO CRITÉRIO DA AMPLITUDE 2<=2

NÃO É SEMELHANTE E TEM OCORRÊNCIA MENOR QUE A MODA4,0000

OK ATENÇÃO - REGRA SEM QUALIDADEOKOK

TABELA DE CÁLCULOS

Declaratividade

0,0000

0,2000

0,4000

0,6000

0,8000

1,0000

0 2 4 6 8 10 12

FPOEN Conjunto Nebuloso Filtro

0 2 4 6 8 10 12

Frequências das opiniões dos Especialistas Normalizadas (FPOEN) em Notação FUZZY

Verifica se há mais de uma

modaModa

Quantidade de Intervalos

Significativos

Amplitude (1 sobre a Média

das diferenças

entre os MIs)

Número Nebuloso Calculado

Incremento de MI

0/0 + 0/2 + 0,6667/4 + 0,3333/6 + 0,3333/8 + 0,3333/10 + 1/12 OK 12 3 2 12/2 0,50000 12/2 = 0/0 + 0/2 + 0/4 + 0/6 + 0/8 + 0,5/10 + 1/12

Modelagem do Número Nebuloso (NN) em Notação FUZZY