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Localização de Interferência em Freqüência Aeronáutica ESPAÇ Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA N O T Í C I A S - A n o 4 - n º 2 6 AERO

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Localização de Interferência em Freqüência Aeronáutica

ESP

Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA

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IAS - Ano 4 - n º 2 6

AERO

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Índice

Equipe feminina de Corridade Orientação da FAB garantevaga no Mundial da Croácia

O CGNA e o seu DOM

Seção:Conhecendo o DTCEATefé - AM

Artigo:Interferência das Rádios Piratas

ExpedienteNossa capa

A foto que ilustra a capa desta edição da Aeroespaço mostra dois militares do Grupo Especial de Inspeção em Vôo (GEIV) pesquisando uma interferência relatada por usuário do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).

A chamada Equipe de Radiomonitoragem está utilizando um equipamento fabricado pela empresa Rohde & Schwartz, que permite monitorar, detectar, identificar e localizar fontes emissoras de energia eletromagnética (em geral, fontes interferentes).

Com este equipamento a equipe é capaz de localizar, por exemplo, uma rádio pirata que esteja interferindo nas comunicações entre uma aeronave e a torre de controle.

As missões de radiomonitoragem são coordenadas com a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) para que, uma vez identificada uma fonte interferente, ela seja rapidamente eliminada, garantindo a segurança das operações dos Serviços de Comunicações e Navegação Aeronáuticos.

Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEAproduzido pela Assessoria de Comunicação Social - ASCOM/DECEA

Diretor-Geral:Maj Brig Ar Ramon Borges CardosoAssessor de Comunicação Social e Editor:Paullo Esteves - Cel Av R1Redação:Daisy Meireles (RJ 21523-JP)Telma Penteado (RJ 22794-JP)Diagramação & Capa:Filipe Bastos (MTB 26888-DRT/RJ)Fotografia:Luiz Eduardo Perez (RJ 201930-RF)

Contatos:Home page: www.decea.gov.brIntraer: www.decea.intraerEmail: [email protected] [email protected]ço: Av. General Justo, 160 - CentroCEP 20021-130 - Rio de Janeiro/RJTelefone: (21) 2123-6585 Fax: (21) 2262-1691Editado em agosto/2007Fotolitos & Impressão: Ingrafoto

Localização de Interferência em Freqüência Aeronáutica

Artigo:O Oficial Especialista e a

Gestão por Competências

Visitas de Inspeção do DECEA

Nos 60 anos doDTCEA de Canoas, um fato

marcante na história daproteção ao vôo no Brasil

Reportagem Especial:Filho de Militar sim,com muito orgulho

Missão CARSAMMA na Colômbia

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Novo equipamentode HF do 1° GCC permite

enlace de comunicação e dadoscom as três Forças Armadas

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Maj Brig Ar Ramon Borges CardosoDiretor-Geral Interino do DECEA

O tempo, diz a sabedoria popular, sempre foi um grande conselheiro e, quando não, um inestimável mecanismo de depuração dos acontecimentos, em especial aqueles que no momento da ocorrência estiveram sob intensa comoção.

Aliada ao tempo, a verdade entra nesta fórmula como o agente catalisador capaz de disparar o processo de acalmia.

Por conta destes dois agentes - tempo e verdade – estivemos nós do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) aguardando que ambos se manifestassem em suas muito particulares órbitas de atuação e restabelecessem a normalidade em nosso meio.

Para alguns poucos interlocutores tive a oportunidade de manifestar que a pretensa “crise na aviação” - que nos colocava como foco central das dificuldades - tinha sido gerada artificialmente, a partir de uma série de idiossincrasias, tratando de indicar que a desordem que se seguiu ao lamentável acidente aéreo de 29 de setembro de 2006 tinha certamente outros componentes, além da insuficiência circunstancial de controladores de vôo em Brasília e não demorou muito para que estes outros componentes aparecessem na cena operacional com suas parcelas de responsabilidade.

Convém lembrar que naqueles dias, face às premências e às necessidades de pronta resposta que nos cabia atender, pouco podíamos fazer para enfrentar as sucessivas impropriedades de julgamento a que o SISCEAB foi submetido.

Não raro, escutei comentários internos que deveríamos ser mais incisivos em nossa defesa e, de certa forma, o fizemos na hora certa e nos fóruns adequados, conscientes de que nosso profissionalismo iria, certamente, prevalecer e restabelecer a normalidade.

Tínhamos, por fim, a convicção de que o próprio tempo seria o agente restaurador.

Afinal, após mais de 60 anos de impecável atuação e com um formidável legado de abnegação, trabalho e competência, sedimentado por muitas gerações de homens e mulheres, este Sistema haveria de demonstrar sua qualidade e a grandeza de seus propósitos.

Estávamos certos.Presentemente, nada mais nos afeta e os pontuais desvios comportamentais que se

verificaram em nosso meio, motivados por interesses ocasionais e uma mal resolvida vocação profissional, além de nos servir como matéria-prima para reflexão, transferiu aos seus protagonistas, no mínimo, o rubor da vergonha de ter comprometido aleivosamente, a reputação deste Sistema e colocado em dúvida o trabalho cotidiano de mais de 13.500 profissionais, civis e militares que a ele se dedicam.

Passou. Vamos em frente. À você, caro leitor da Aeroespaço, nosso muito obrigado pelo carinho de sua atenção

e a sempre generosa contribuição com nossa revista.

Editorial

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CCA-SJ inicia o desenvolvimento do Banco de Dados Visual para o simulador do A-29 no 2°/3° GAv

A equipe de Suporte ao Treinamento Virtual do Centro de Computação da Aeronáutica de São José dos Campos - SP (CCA-SJ) esteve em Porto Velho (RO), no período de 10 a 13 de julho, para participar da 1ª Reunião de Le-vantamento de Requisitos com os res-ponsáveis técnicos pelo simulador do A-29 (Super Tucano).

Nesta oportunidade, foi instalado,

pela equipe do CCA-SJ, o cenário visual de Natal na versão 3.1, que permitirá aos pilotos um treinamen-to eficiente e seguro. Com esta insta-lação, os aviadores do Segundo Es-quadrão do Terceiro Grupo de Avia-ção (2º/3º GAv) passarão a dispor de duas opções para seus treinamentos: os cenários de Santa Maria (desen-volvido e entregue pela empresa

contratada) e o cenário de Natal, já instalado e operando, também, nos simuladores das Bases Aéreas de Na-tal e de Boa Vista.

Esta equipe do CCA-SJ concentra-se, agora, no desafio de desenvolver por completo o cenário visual de Por-to Velho, de modo a atender todas as expectativas desse Esquadrão Aéreo quando da entrega da versão final.

Radar do 2º/1º GCC é instalado no cume do Morro da Igreja

Passagem de Cargo do VICEA

Para evitar que a ma-nutenção de um radar em Urubici (SC) resulte em procedimen-tos de segu-rança adicio-nais para avi-ões que voem na Região Sul, um comboio de oito veículos partiu da Base Aérea de Canoas com um radar reserva para auxiliar o monitoramento

de aeronaves pelos controladores do Segundo Centro Integrado de Defe-sa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (CINDACTA II), em Curitiba.

As 55 toneladas de equipamento do radar MRCS-403 foram instaladas no cume do Morro da Igreja, a 1.820 me-tros de altitude. Ficará em operação até 14 de outubro, período em que o radar principal será submetido a uma manu-tenção programada.

Uma equipe de 70 militares da Base Aérea de Canoas foi desloca-da para Urubici a fim de auxiliar na montagem e na operação do equipa-

mento durante esse período.O equipamento ficará a cargo do

Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Morro da Igreja (DTCEA-MDI).

Com outros radares do CINDACTA II, este irá ajudar os controladores base-ados em Curitiba a monitorar, princi-palmente, as aeronaves comerciais que voam entre Porto Alegre e São Paulo.

Apesar da grande mobilização de militares na operação, o procedimento é rotineiro e não acarretou conseqüên-cias para o tráfego aéreo.

No dia 27 de julho foi realizada a passagem de cargo da Vice-Direção (VICEA) do DECEA.

O Maj Brig Ar Alvaro Luiz da Cos-ta Pinheiro passou o cargo para o Maj Brig Ar Élcio Picchi em cerimônia pre-sidida pelo Maj Brig Ar Ramon Borges Cardoso, Diretor-Geral do DECEA.

Natural de São Paulo (SP), o Maj Brig Ar Picchi nasceu em 1953, é casa-do e entrou para a FAB em 1972, ten-do como seu último cargo o Comando da Segunda Força Aérea (FAe II).

Maj Brig Pinheiro passa o cargo ao novo Vicea (acima). O Diretor-Geral cumprimenta o Maj Brig Picchi, o novo Vice-diretor do DECEA (ao lado)

O radar vai auxiliar o monitoramento

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Missão CARSAMMA na ColômbiaDurante o pe-

ríodo de 09 a 13 de julho ocorreu, em Bogotá - Co-lômbia, a 13ª Reu-nião de Trabalho de Autoridades e Planejadores ATM (Air Traffic Mana-gement – Gerencia-mento de Tráfego Aéreo) das Regiões CAR/SAM – Cari-be/América do Sul (AP/ATM/13).

Dentre as ati-vidades realizadas foram desenvolvidas a implantação das Rotas RNAV (Rotas de Navegação Aérea) nas Regiões CAR/SAM; a análise dos reportes de grandes desvios de altitude (LHD); a avaliação da Segu-rança Operacional pós-implementação do RVSM (Reduced Vertical Separation Mini-mum – Separação Vertical Mínima Reduzi-da) e a navegação baseada na performance (PBN) nas Regiões CAR/SAM.

Participaram da Reunião representantes de três Estados da Região CAR e oito Esta-dos da Região SAM, assim como seis Or-ganismos Internacionais: ALTA, ARINC, COCESNA, IATA, IFALPA e IFATCA,

compondo um total de 55 profissionais.A equipe brasileira foi composta pelo

Chefe da Divisão de Gerenciamento de Tráfego Aéreo do Departamento de Con-trole do Espaço Aéreo (DECEA), Ten Cel Av Alexandre Vieira Alves; o Chefe da Agência de Monitoração das Regiões CAR/SAM, Maj Av Renato Pietroforte Carvalho; os Oficiais ATM do DECEA, Cap CTA Eraldo da Paixão e Cap CTA Victor Vargas Farinha Junior; o Engenhei-ro do IEAV (Instituto de Estudos Avança-dos) e Analista de Segurança Operacional da CARSAMMA, Artur Flávio Dias; e o Assessor GEPC da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Cel Av R1

Antonio Carlos de Souza Serapião.Os Estados e os Organismos Interna-

cionais apresentaram 23 Notas de Estudo e sete Notas de Informação, cujas expo-sições, debates, conclusões e relatórios consumiram 40 horas de incansável tra-balho.

Mais uma vez o Brasil se destacou como um Estado de vanguarda nos as-suntos relacionados ao ATC (Air Tra-ffic Control - Controle de Tráfego Aé-reo), tendo a Avaliação da Segurança Operacional das Regiões CAR/SAM como o assunto de maior interesse dos Estados e da OACI (Organização da Aviação Civil Internacional).

PAME-RJ contribui para a Inclusão DigitalNo dia 16 de julho foi inaugurado o

Laboratório de Informática do Parque de Material de Eletrônica do Rio de Janeiro (PAME-RJ), contando com a presença da Vice-Presidente da Associação de Morado-res da Quinta do Caju, Helena Maria Ri-beiro Guilherme.

O Laboratório é um dos projetos do Di-retor do PAME-RJ, Ten Cel Eng Fernando Cesar Pereira Santos, dentro da área social e será inaugurado com um curso de seis semanas para duas turmas de doze alunos cada, compostas de moradores da Comu-nidade da Quinta do Caju, nas quais o SO Clóvis e o 3S Domingos, ambos da Seção de Informática, foram seus instrutores.

Durante o evento, Helena fez questão de elogiar a iniciativa da Direção do PAME-RJ em integrar, através do curso, o efetivo

do Parque com a comunidade da Quinta do Caju.

Promover a inclusão digital dos amigos e vizinhos do PAME-RJ, que utilizarão os novos conhe-cimentos no seu dia a dia em suas residências e em seus locais de trabalho, é um dos princi-pais objetivos do projeto.

Também faz parte do plane-jamento, utilizando as novas instalações do Laboratório, coordenar cursos de SILOMS, BROFFICE, entre outros, atra-vés da Seção de Informática, para o efetivo do PAME-RJ, mantendo-o atualizado e com um bom padrão de conhecimento digital.

Isto faz com que a administração fique

muito mais dinâmica, contribuindo para uma melhor operacionalidade da área técnica.

A integração da comunidade do Caju com o efetivo do PAME-RJ

Representantes de organismos internacionais e de Estados das regiões CAR/SAM presentes à Reunião

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B CINDACTA IV tem novo Comandante

1º GCC participa do Intercâmbio Técnico-Operacional Brasil e Chile

CINDACTA III promove II Jornada de Meteorologia Aeronáutica

Em cerimônia militar ocorrida no dia 10 de agosto, o Cel Av Carlos Eurico Peclat dos Santos assumiu o comando do Quarto Centro Integra-do de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), substituindo o Cel Av Edu-ardo Antonio Carcavallo Filho.

O evento foi presidido pelo Comandante do Sétimo Comando Aéreo Regional (COMAR VII), Maj Brig Ar José Eduardo Xavier.

O Cel Av Peclat, além dos cursos de carreira, possui os de Tática Aérea, de Piloto de Patru-lha Anti-submarino e de Oficial Sinalizador de Pouso em Navio-aeródromo e Pouso a bordo de Navio-aeródromo diurno e noturno.

Em seu último cargo, Peclat foi o Chefe da Se-ção de Projetos Operacionais da 3ª Subchefia do Estado-Maior da Aeronáutica.

Militares do efetivo do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC) e do Terceiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunica-ções e Controle (3º/1º GCC) par-ticiparam do Intercâmbio Técnico-Operacional realizado no Chile, no período de 6 a 10 de agosto. Eles foram recebidos no aeroporto da Cidade de Iquique pelo Ten Héctor Vergara e pelo SO Aliro Salazar .

A programação foi iniciada com a

apresentação dos militares brasileiros (Cap Roni, Cap Sidnei, SO Brasil e Sgt Marques) ao Comandante da Primeira Brigada Aérea, General de Brigada Cesas Mac-Namaras.

Os representantes brasileiros visi-taram o Esquadrão de Telecomuni-cações e Detecção - 34, Unidades Aéreas (Grupo de Aviación Nº 1, Grupo de Aviación Nº 2, Grupo de Aviación Nº 3), inclusive Sala Histórica e Sala de Pilotos, Torre de

Controle, APP do Aeroporto Diego Aracena e o Radar de Mármol, loca-lizado no deserto de Iquique.

Os Oficiais Cap Sidnei e Cap Roni ministraram várias palestras acerca do 1º GCC sobre deslo-camentos e operações e também assistiram a uma apresentação do Ten Cel Celedon, Comandante do 34º Esquadrão, e pelo Ten Hector Vergara sobre Grupo de Telecomu-nicações e Detecção chileno.

O Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III) realizou, entre os dias 24 e 26 de julho, a II Jornada de Meteoro-logia Aeronáutica, em Recife-PE. O evento teve como objetivo pro-mover, entre os elos meteorológi-cos operacionais, debates sobre os novos desafios da Meteorologia Aeronáutica, dentro do contexto atual da Defesa Aérea e do Con-

trole de Tráfego Aéreo Brasileiro.A Meteorologia Aeronáutica no

âmbito do DECEA, REDEMET e INFOMET; Climatologia Aeronáu-tica, Responsabilidade Civil dos Ofi-ciais e Graduados Meteorologistas; Perspectivas Operacionais da Meteo-rologia Aeronáutica nas Companhias Aéreas; a Meteorologia no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea e o Aperfeiçoamento Profissional da Especialidade foram alguns dos te-

mas abordados nos trabalhos cientí-ficos apresentados e nas palestras.

Representantes da Divisão de Me-teorologia do DECEA, das Subdi-visões de Meteorologia de todos os CINDACTA, Oficiais e Graduados do ICEA, CGNA e DTCEA subor-dinados ao CINDACTA III, bem como representantes da INFRAERO, da Universidade Federal de Pernam-buco e da GOL Linhas Aéreas parti-ciparam do evento.

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Cel Av Peclat (à direita) é o novo comandante do CINDACTA IV

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ICEA investe na melhoria da formação de Controladores de Tráfego Aéreo

O Instituto de Controle do Es-paço Aéreo (ICEA) está atualmente investindo no projeto “Ampliação da Capacidade de Simulação”, que visa o aumento de sua capacidade de formação de Controladores de Tráfego Aéreo.

A meta compreende, essencial-mente, a implantação de um simu-lador de APP e ACC radar com 32 consoles de duas posições de trei-namento de controladores (permi-tindo treinar simultaneamente 64 alunos, alternando as posições de controlador e assistente) e 64 posi-

ções de pilotagem e de um simula-dor de APP convencional com 56 posições de treinamento e o dobro de posições de pilotagem.

Estão sendo implantados dois conjuntos de sete posições de simu-lação para esta primeira fase.

No presente momento os sistemas estão sendo instalados no prédio ocupado pela direção do Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA) que, para isto, também está sendo objeto de uma série de servi-ços visando à liberação de espaço e à adequação da infra-estrutura.

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Novo equipamento de HF do 1° GCC permite enlace de comunicação e dados com as três Forças Armadas

O Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC) prestou apoio de Comunicações à Operação Solimões, exercício combinado entre a Marinha, o

Exército e a Aeronáutica, ocorrida na Re-gião Norte, que contou com a presença de mais de 3.400 militares no período de 27 de julho a 12 de agosto.

O apoiou do 1º GCC à missão se deu através do Esquadrão Profeta, que atuou com transceptores HF XK2100L, Sis-tema de Comunicações Via Satélite (SISCOMIS), Transceptores de HF RT 7000 e Sistema de Comunicações Via Sa-télite (TELESAT).

Na ocasião, o moderno transceptor de HF XK2100L (Postman) foi utiliza-do ponto a ponto com o Ministério da Defesa e operou H24, sendo transmitidos e-mail a cada hora cheia. Foi montada,

também, uma rede, consistindo de dois transceptores XK2100L da Força Aérea, localizados respectivamente em Urucu e 1ª CIA de Comunicações de Selva e mais quatro transceptores XK2100L do Exér-cito Brasileiro, localizados no 2° Grupa-mento de Engenharia de Combate, no Comando Militar da Amazônia, na 2ª Brigada de Infantaria de Selva (São Ga-briel da Cachoeira) e em Porto Velho, que operaram H24, donde trafegaram men-sagens de até 30K com a velocidade de 200bps.

O equipamento permite, ainda, a fun-ção de criptografia de voz.

CCA-SJ e DIRSA implantam o Sistema ODONTO na OARF

Uma equipe composta de militares e ci-vis do Centro de Computação Aeronáu-tica de São José dos Campos (CCA-SJ) e da Diretoria de Saúde da Aeronáutica (DIRSA) proporcionou treinamento do

Sistema de Administração de Clínica Odontológica da Aeronáutica (Odonto), a integrantes da Odontoclínica de Aero-náutica de Recife (OARF), no período de 23 a 25 de julho.

A OARF recebeu a implantação da 2ª fase do referido sistema, parte financeira e estatística, a fim de implementar o traba-lho oferecido por aquela Organização de Saúde da Aeronáutica aos seus usuários.

Na primeira fase estão sendo instalados dois conjuntos de simulação no prédio do CTA

O moderno transceptor de HF XK2100L foi utilizado na Operação Solimões

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Uma das mais modernas ferra-mentas gerenciais da atualidade é a Gestão de Competências. Esta fer-ramenta permite mapear as compe-tências necessárias a uma organiza-ção, visando atingir seus objetivos.

Através do mapeamento das com-petências, podemos identificar o gap (quebra indesejável de continuida-de) existente entre as competências atuais da organização e as competências neces-sárias para sua maior eficácia.

Geralmente, esta ges-tão das competências organizacionais passa pela gestão estratégica dos recursos humanos, redesenhando cargos e desenvolvendo compe-tências individuais para o exercício destes cargos.

Seguindo as chaves do aprendizado individual do pedagogo suíço, Henri Pestalozzi, que idealizou a educação como desenvolvimento harmônico do intelecto, da técnica e da moral, Durand (especialista em gestão de pessoas) constrói o conceito de competência baseado em três dimensões: conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias à execução de determinado propó-sito.

As três dimensões propostas tanto por Pestalozzi como por Durand são interdependentes, pois para a expo-sição de uma habilidade o indivíduo deve possuir alguma técnica e da mesma forma a atitude no trabalho vem acompanhada de algum conhe-cimento e habilidade apropriados. Esta abordagem parece encontrar maior guarida tanto no meio empre-

sarial como no acadêmico, por tratar de forma ampla os diversos aspec-tos relacionados ao trabalho.

Neste modelo os conhecimentos fazem referência a informações, sa-ber o quê e saber porquê fazer. As habilidades estão ligadas a técnica, a capacidade e a saber como fazer. As atitudes estão ligadas a querer

fazer, a identidade com a tarefa e a determinação na realização da tare-fa.

Robert L. Katz, autor do livro “As habilidades de um administrador efi-ciente”, divide estas competências em três categorias que variam sua importância de acordo com a ascen-são do gerente na hierarquia da or-ganização:

Competências Técni-cas - que se relacionam com a especialidade do gerente. Os conhecimen-tos, métodos, tecnologias e controle dos processos fazem parte desta com-petência.

Esta aptidão subtende a compreensão e profici-ência em determinada ati-vidade. Das três aptidões é a mais conhecida. Esta competência é essencial nos níveis inferiores de gerência e diminui sua importância conforme o

gerente sobe na hierarquia da orga-nização. Para Katz quando maior for a organização menor será a impor-tância das competências técnicas nos níveis superiores, pois o gerente poderá ter assessores técnicos que o auxiliarão na tomada de decisão.

Competências Humanas - que abrangem a capacidade de enten-

O OficialEspecialistae a Gestão por Competências

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2º Ten Esp Com Alexander de MELLO LimaComandante do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo da Chapada dos

Guimarães (DTCEA-GI). O autor é Graduado em Engenharia Eletrônica ePós-Graduado em Gestão Estratégica de Pessoas e Processos

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der as pessoas, suas atitudes e ne-cessidades. A capacidade de liderar, comunicar e relacionar-se são ex-pressões das competências huma-nas do gerente. Katz observou que estas competências são requeridas em todos os níveis.

No nível inferior de gerência ela é essencial para a coordenação de equipes e é expressa na forma como o gerente se relaciona com muitos subordinados. No nível intermedi-ário a comunicação e o relaciona-mento com outros gerentes e com a alta direção são imprescindíveis. No nível superior as habilidades huma-nas têm sua importância reduzida mais não eliminada.

Competências Gerenciais - que envolvem a capacidade de enten-der e lidar com a complexidade das organizações e envolvem a criativi-dade, a capacidade de planejar e o raciocínio abstrato.

Através de uma pesquisa realiza-da com aproximadamente 60 oficiais especialistas, utilizada na monogra-fia de conclusão da pós-graduação em Capacitação Gerencial, foi pos-sível obter uma idéia do gap entre o grau de competências existentes e a necessidade no exercício de suas atividades. A pesquisa foi realizada através de um questionaria sobre o grau de dificuldade encontrado por estes oficiais durante os primeiros anos do oficialato.

O questionário foi dividido em três partes. A primeira trata das dificulda-

des gerenciais encon-tradas pelos tenentes especialistas.

As respostas foram tabuladas e índices numéricos foram atri-buídos às opções de resposta. Uma esca-la entre 0 e 100% foi gerada, em que 0% equivale a nenhuma dificuldade e 100% equivale a muita difi-culdade.

A segunda parte do questionário tratou de dificuldades no relaciona-mento humano

A terceira parte do questionário analisa as competências técnicas. Nesta área foi observado que os ofi-ciais pesquisados não encontraram muitas dificuldades se comparados às outras áreas. Este fato pode ser atribuído ao grande número de pro-fissionais com formação na área de exatas, a proximidade das ativida-des técnicas com as atividades re-alizadas anteriormente quando gra-duados ou devido à grande ênfase na formação técnica especializada no (CFOE) Curso de Formação de Oficiais Especialistas ou ainda à soma destes.

Depois de uma análise do ques-tionário, foi possível observar que apenas 7% das dificuldades enfren-tadas pelos oficiais especialistas se referiam as questões técnicas, o que revela o grande preparo destes

especialistas em suas áreas especí-ficas.

As atividades humanas e geren-ciais representam quase a totalida-de (93%) das dificuldades enfrenta-das pelos oficiais especialistas.

Durante sua formação no Centro de Instrução e Adaptação da Aero-náutica (CIAAR), o futuro oficial es-pecialista é submetido à seguinte carga horária:

1. Geral e Militar - 318 tempos;2. Capacitação Gerencial (a partir

do CFOE2005) - 400 tempos; e3. Técnico-Especializada - 800

tempos.

Com a inserção da Pós-gradua-ção em Capacitação Gerencial no curso do CFOE, espera-se uma di-minuição no gap entre as compe-tências desenvolvidas no curso e as necessárias durante o exercício da função.

Se faz também mister uma política de gestão de pessoas, visando pro-porcionar aos oficiais especialistas um contínuo desenvolvimento de seus conhecimentos, suas habilida-des e atitudes.

Bibliografia:KATZ, Robert L.. As habilidades de

um administrador eficiente. Ed. Nova Cultura, 1986, São Paulo.

DURAND, T. Forms of incompe-tence. In: INTERNATIONAL CONFE-RENCE ON COMPETENCE-BASED MANAGEMENT, 4, 1998, Oslo. Pro-ceedings Oslo: Norwegian School of Management, 1998.

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O Suboficial Valmir da Rosa Pereira é um dos ajudan-tes de chefe controlador com mais experiência pro-fissional em atividade na Força Aérea Brasileira (FAB). Contando com mais de 33 anos de serviço, sendo que, mais de 30 anos voltados especificamente para a de-fesa do espaço aéreo brasileiro.

Atualmente, o SO BCT Pereira é o encarregado da Seção de Operações do 4º/1º GCC e, quando presta serviço em um OCOAM (Órgão de Con-trole de Operações Aéreas Militares), desempenha tarefas de gerenciamento da condução da Circulação Operacional Militar e de missões de interceptação, estando altamente capacitado a reali-zar qualquer função relativa ao contro-le de missões de Defesa Aérea.

Todos os dias do ano, 24 horas por dia, nosso céu está sendo guardado por homens e mulheres abnegados que diuturnamente velam pela nossa segurança. Pilotos, técnicos em manu-tenção, armamento, equipamento de vôo e outros estão a postos para serem acionados pelos controladores da defe-sa aérea.

Mas, o que leva uma pessoa a escolher uma profis-são tida como uma das mais estressantes do mundo? Seria o status, o dinheiro? Com certeza não, pesso-

as como o SO Pereira consideram esses valores coisas secundárias. O amor à profissão, o cumprimento do dever, o profissionalismo e, sobretudo, a certeza de estar contribuindo para a segurança do povo brasileiro são, sem dúvida, os ideais que motivam nosso entre-vistado, em sua jornada de “guardião” do espaço aé-reo brasileiro.

Nascido em 10 de fevereiro de 1956, na cidade de Santiago (RS), Valmir da Rosa Pereira, desde criança interessou-se pela avia-ção. No dia 1º de agosto de 1974, o jovem Valmir ingressava nas fileiras da FAB, matriculando-se no Curso de Q AT CV, atual Curso de BCT (Básico de Con-trolador de Tráfego Aéreo) da Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), se-diado em Guaratinguetá (SP).

No dia 9 de agosto de 1976, o en-tão 3S Pereira apresentava-se no NuCINDACTA (Núcleo do Centro Inte-grado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), sediado em Brasília, hoje CINDACTA I. Lá serviu durante dez anos, sendo transferido, em 6 de

fevereiro de 1986, para o Esquadrão Mangrulho – 4º/1º GCC (Quarto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle).

Quando de sua saída do CINDACTA I, recebeu o se-

SOPereira“Amo minha profissão...a console é aminha vida”

Pereira passou por várias etapas em

sua formação operacional, que serviram

de alicerce para a tarefa de

conduzir uma interceptação

em vôo

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Quem é ?Se

ção

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guinte elogio do então Maj Av Ailton dos San-tos Pohlmann, Chefe do COPM (hoje Maj Brig Ar, Comandante do Terceiro Comando Aé-reo Regional - COMAR III), nos seguintes ter-mos: “militar educado, sereno e comedido, o 3S pereira demonstrou durante os longos anos em que serviu nesta OM esmero e espírito de cooperação para

com seus superiores, pares e subordinados. Como Ajudante de Chefe Controlador da Defesa Aérea, sem-pre procurou resolver da melhor maneira possível, os óbices concernentes à sua área de atuação, de-monstrando grande com-petência...”

Como Controlador da Defesa Aérea, Pereira passou por várias etapas em sua formação opera-cional, que serviram de alicerce para a tarefa de conduzir uma intercepta-ção em vôo.

Para entender melhor essas etapas, saibam que o Curso de Controlador de Tráfego Aéreo (CTAM) capacita o controlador a conduzir as missões da circulação operacional mi-litar, prestando os serviços de informações de vôo e alerta. Após um ano na função de CTAM, o militar pode ser indicado para o Curso de Controlador de Operações Aéreas Militares (COAM), que capacita o controlador a conduzir missões de interceptação. Com essa habilitação, o militar precisa desempe-nhar a função por pelo menos quatro anos e ser aprovado por um conselho operacional para poder galgar mais um degrau na escala operacional. Ao ser matriculado no curso de Ajudante de Chefe Controlador (AJCC), ele está sendo capacitado para auxiliar o Chefe Controlador na execução de suas atividades de gerenciamento de OCOAM (Órgão de Controle de Operações Aéreas Militares).

O mesmo entusiasmo de Pereira, demonstrado como terceiro sargento, pode ser observado ainda hoje. Sua história confunde-se com a própria his-

tória do 4º/1º GCC, onde o “Mangrulho 22” fez e continua fazendo história.

Pereira participou do primeiro deslocamento de um radar transportável, em agosto de 1987, durante a operação OPERAER 87, realizada em Boa Vista (Rorai-ma). Compôs, ainda, a equipe que, no período de 03 a 12 de junho de 2005, participou da Operação PARBRA I, em Concepción, Paraguai, a primeira oportunidade em que um equipamento radar brasileiro operou des-locado em solo estrangeiro. Já no ano de 2006, parti-cipou ativamente do primeiro deslocamento do radar TPS B34 durante a Operação Cruzex III.

Na ocasião, o TPS B34 ficou sediado em Jataí (GO), quando - mais uma vez – ficou comprovado o amor do SO Pereira à profissão que escolheu. No local, foi montado um auditório de campanha, onde foram re-cebidas mais de 3.500 crianças do Programa de Er-

radicação do Trabalho Infantil - PETI. O roteiro da visita era composto de um briefing sobre a operação e as formas de ingresso na FAB e – tam-bém - uma visita às insta-lações do sítio radar e ao shelter operacional, onde os controladores de vôo observavam as ações aé-reas da manobra.

Neste ambiente, carre-gado de curiosidade por parte das crianças e dos adolescentes, o SO Perei-

ra se dedicou a explicar o funcionamento daqueles equipamentos com tanta paixão, que foi indagado por uma aluna da 3ª série do ensino funda-mental, de oito anos, sobre sua atividade na FAB. Ele respondeu de forma simples: “Amo minha profissão, essa console é a minha vida”.

Palavras simples de um homem simples. Simples como a maio-ria dos brasileiros. Sim-ples como o gaúcho, o Mangrulho, sempre pronto a guardar nos-sas fronteiras.

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Ele procurava resolver da melhor maneira possível os óbices concernentes à sua área de atuação, demonstrando grande competência

O amor à profissão e a

certeza de estar contribuindo

para a segurança

aérea do povo brasileiro

são alguns dos ideais

que motivam sua jornada profissional

A participação de Pereira no primeiro deslocamento do radar TPS B34 na Operação Cruzex III

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A equipe feminina da Aeronáu-tica saiu vitoriosa no primeiro dia de prova do 29º Campeonato Bra-sileiro de Orientação das Forças Armadas.

A Ten Int Lislaine Link, a Sar-gento Wilma Barbosa de Souza, a Sargento Soraya Gonçalves Cabral e a Sargento Juliane Valéria Men-donça formarão a equipe que re-presentará o Brasil, em setembro, no 40º Campeonato Mundial de Orientação, na Croácia.

Dentre as atletas da Aeronáutica, a Ten Lislaine (27 anos), da Seção Auxiliar (SAUX) do Departamen-to de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), obteve, mais uma vez, os melhores resultados nas duas provas individuais, que acontece-ram no dia 02 de julho.

No Percurso Curto ela alcan-çou o tempo de 41 minutos e 7 segundos e no Percurso Longo conseguiu 1 hora, 18 minutos e 18 segundos.

Lislaine participa dos campeo-natos de orientação desde quando era cadete e vem obtendo ótimos resultados nas competições em que participa.

Seus melhores resultados até o momento foram: Bicampeã Sul-Americana de Orientação (2004/2005), Campeã Brasileira de Orientação das For-ças Armadas (2006) e Vice-Campeã Sul-Americana Militar de Orientação (2002). Lislaine participou dos dois últimos Mun-diais Militares de Orientação e prefere as provas de Percurso Longo.

A equipe representante do Brasil é for-mada pela soma dos resultados das atletas nas provas individuais de Percurso Curto e Longo.

Na prova individual masculina, as três melhores colocações ficaram com os atle-tas do Exército. Na competição feminina,

a vitória foi também do Exército, seguida pelo segundo e terceiro lugares com atletas da Aeronáutica.

Ao somar os pontos, a equipe masculi-na vencedora foi a do Exército, seguida pela Aeronáutica e Marinha. Na soma dos pontos das atletas, a equipe da Aeronáutica ficou em primeiro lugar, o Exército em se-gundo e a Polícia Militar do Distrito Fede-ral em terceiro.

O campeonato aconteceu em Maceió (AL) e contou com a participação de, aproximadamente, 200 atletas das Forças Armadas, Guardas Municipais, Univer-

sidades, Polícias Militares e do Corpo de Bombeiros Militar.

Equipe feminina de corrida de orientação da FAB garante vaga no Mundial da Croácia

A vitória no primeiro dia do Campeonato Brasileiro de Orientação das Forças Armadas

Na corrida de orientação, os atletas contam com o auxílio de um mapa do percurso e de uma bússola e devem en-contrar, seguindo a ordem determina-da, os pontos na área de competição (os chamados postos de controle), marcan-do sua passagem pelos mesmos. O ven-cedor será aquele que passar por todos os pontos obrigatórios e chegar ao final do percurso no menor tempo possível.

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CISCEA comemora 27 anos de atividades em prol do SISCEAB

A Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) no dia 20 de julho comemorou o seu 27º aniver-sário.

O local escolhido para o evento foi o Sítio Arvoredo, localizado em Vargem Grande, e contou com as presenças do Presidente da CISCEA, Cel Av Carlos Vuyk de Aquino, do seu Vice-Presidente, Cel Av Walter Dias Fernandes Filho, e do Diretor-Geral da Organização Brasileira para o Desenvolvi-mento Científico e Tecnológico do Controle do Espaço Aéreo (CTCEA), Luiz Anesio de Miranda.

Na parte da manhã, os atletas da CISCEA participaram do tradicional torneio de futebol com o clássico VAP (Centro de Apoio) versus GT-GI-GL (Gerências Técnica, de Infra-estrutura e de Logística).

Após o almoço, foram entregues as me-dalhas e o troféu ao time campeão (VAP), composto pelos jogadores Sérgio Sena, Sena, Sandro, Edenir, Roger, Alberto, Joel, Leonardo, Cabralzinho, Ivanil e Paulo. A par-tida fechou com o placar de 6 a 2.

Em seguida, foram entregues pelo enge-nheiro Luiz Anesio, pelo Cel Av Dias e pelo Cel AV Aquino as placas comemorativas de 10, 20 e 25 anos, respectivamente, de ser-viços prestados à Comissão (ver relação de funcionários adiante).

Passada a palavra ao Diretor-Geral da CTCEA, Luiz Anesio ressaltou, com pesar, a mais recente tragédia da aviação brasileira – o acidente com o Airbus da TAM no aero-porto de Congonhas. Diante desta delicada conjuntura, Anesio pediu que cada um dos funcionários ali presentes refletisse sobre seu papel como profissional e cidadão e so-bre “a importância do comprometimento da CTCEA com a CISCEA e, por extensão, com o Comando da Aeronáutica”.

Anésio aproveitou seu discurso para pa-rabenizar a todos pelos serviços prestados, desejando que o mesmo sucesso se repita neste novo momento que se inicia.

Por fim, o Presidente da CISCEA, Cel Av Aquino, fez suas considerações e trouxe o enfoque de ver a crise como um impulso para o aprimoramento do trabalho de todos. Como uma força motriz que nos impele a lutar por um País cada vez melhor.

Aquino ratificou seu “irrestrito agradeci-mento a todos, não importando o tempo de

serviço, sendo 25 anos, 10 anos, um ano ou dois meses”.

Após os discursos, em se tratando de uma festa junina, deu-se início à dança da tradi-cional quadrilha, com direito até a casamen-to! Também foi dado um presente à caipira mais charmosa, eleita pelos participantes da festa.

Ainda que a situação geral do cenário da aviação no Brasil esteja extremamente crítica, parabenizamos a todos os pro-fissionais desta Comissão que se empe-nham, a cada dia, a dar o seu melhor em prol da sociedade.

10 anos Ten Cel Eng Ronaldo YuanCel Av R/R Valmir Ferreira ChavesCel AV R/R Adeilson Tenório da CostaCel Eng R/R Osmar Koehler MeggettoMaj Eng Marcos de Castro Pacitti3S QESA SEM Jader BispoCB SEM Ronaldo Amorim da CunhaDaisy dos Santos MeirelesFábio Ribeiro MacielLauro PascaleRoberto VitielloSérgio MartinsTerezinha Loureiro Esteves

20 anosAntônio Luiz CarneiroCláudio Silva de MacedoFrancisco das Chagas Felix CabralGabriel JulianoLuis Augusto BordalloMarcia Duarte Cerqueira LopesPaulo Roberto Queiroz de AraújoRicardo de Carvalho Barbirato MarafoniSandra Maria da SilvaRenato Magarão NunesRosângela Goulart QuaresmaSérgio Luiz Sena MarquesRenato Queiroz Di Iulio

25 anos3S QESA BCO José Vieira Alves dos SantosAbílio Esteves de BritoAustra Amaral dos SantosCristina Gonçalves da SilvaDenise Vale FerreiraDesmond FentonErivaldo Pessanha de MatosJoseli Pereira da CruzCláudio Luiz da Silva NunesRosângela de Paula Bastos

Austra Amaral recebe do Cel Aquino a placa comemorativa aos 25 anos de dedicação à CISCEA

O troféu ao time campeão – placar de 6 a 2

Luiz Anésio entrega a Lauro Pascale a placa pelos 10 anos de serviço

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CCA-RJ O DECEA deu continuidade às visitas de inspeção e no dia 17

de julho foi a vez do Centro de Computação Aeronáutica do Rio de Janeiro (CCA-RJ).

A equipe de inspeção, formada pelo Chefe do Subdeparta-mento de Tecnologia da Informação (SDTI), Brig Eng Roberto; Cel Av Ciarline e Cel Av R1 Kisiolar, ambos do Subdepartamen-to de Administração (SDAD); Ten Cel Eng Antonio Marcos, Maj QFO Sônia, Maj QFO Gisela, Maj Nogueira e Maj QFO Fiúza (todos do SDTI); Ten Cel Mendonça, Maj Eng Waldir e Maj Eng Scheid, do Subdepartamento Técnico (SDTE), recebeu as boas-vindas do Chefe do CCA-RJ, Ten Cel Roberto de Almeida Alves, e de todo o efetivo.

À comitiva, o Ten Cel Almeida disse estar consciente da im-portância da inspeção para o CCA-RJ, tanto quanto para o DECEA.

O Brig Roberto, em sua apresentação, disse que o trabalho de inspeção tem trazido interação entre o DECEA e as Organi-zações subordinadas. Ressaltou, ainda, que o DECEA, além de ser o órgão central do SISCEAB, é também o órgão central da Tecnologia da Informação.

Após as boas-vindas, durante o briefing, o Ten Cel Almeida expôs a missão, a visão, a estrutura, o PTA 2007 e as metas do CCA-RJ. Falou, ainda, sobre os projetos em desenvolvimento, a estrutura organizacional, a participação nas operações milita-res (Pampa e Cruzex), os problemas e propostas em evolução. Apresentou, também, a situação atual do CCA-RJ, a fim de ser aferido o grau de precisão da missão da Organização, criando soluções e vencendo os desafios.

Foram visitados alguns setores do Centro, como o laboratório de cursos regulares, a sala-cofre (onde ficam os servidores IBM e os arquivos de back-up), o SAUTI (Serviço de Atendimento ao Usuário de Tecnologia da Informação do COMAER) e o SIGPES (Sistema de Informações Gerenciais de Pessoal do COMAER).

1º GCCNo dia 19 de

julho o Primeiro Grupo de Comuni-cações e Controle (1º GCC) recebeu a visita de inspe-ção do DECEA.

A comitiva, che-fiada pelo Chefe Interino do Sub-departamento de Administração (SDAD), Cel Av Stefan Egon Gracza, foi recepcio-nada pelo Comandante do 1° GCC, Ten Cel Av Celson Jeronimo dos Santos.

Depois da apresentação formal do efetivo, a comitiva assistiu ao briefing sobre os problemas da organização, as propostas de soluções e uma visão prospectiva para o 1º GCC.

Ao final da Inspeção, o Cel Av Gracza cumprimentou o Co-mandante e o efetivo pelo trabalho profissional e pronta respos-ta das ações. “O uniforme camuflado nos faz reavivar o espírito guerreiro e, também, pelo olhar firme e motivador de cada mili-tar”- concluiu.

GEIVO Grupo Especial

de Inspeção em Vôo (GEIV) recebeu a comitiva do DECEA no dia 24 de julho. A equipe de Inspeção foi chefiada pelo então Vi-ce-Diretor do DECEA, Maj Brig Ar Alvaro Luiz Pinheiro da Costa e composta pelo Chefe do Subdepartamento de Operações (SDOP), Brig Ar José Ro-berto Machado e Silva; pelo Chefe do Subdepartamento de Ad-ministração (SDAD), Cel Av Gracza, e por demais representan-tes dos Subdepartamentos do DECEA, PAME-RJ e Gabinete.

O Maj Brig Pinheiro dirigiu palavras a todo o efetivo do Grupo, destacando a importância da inspeção e o bom desempenho profissional de todos.

Em seguida, o Comandante do GEIV, Ten Cel Walcyr, realizou apresentação destacando as realizações do Grupo e os princi-pais problemas para a consecução da missão da Organização.

Posteriormente, a equipe visitou as instalações da Unidade onde foram realizadas as inspeções setoriais.

Finalmente, ocorreu o debriefing quando foram definidas as ações para superar os óbices identificados.

Visitas de Inspeção do

O Brig Eng Roberto (SDTI) e a equipe de inspeção no CCA-RJ

Ten Cel Jeronymo acompanha o Cel Av Gracza na visita ao 1º GCC

O setor de lavagem de aeronaves do GEIV durante visita de inspeção

DECEADECEA

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O alvorecer dos novos tempos legaram ao Sistema de Contro-le do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) inúmeros desafios. Um deles complementou o de-ver do Comando da Aeronáutica (COMAER) de se fazer cumprir a segurança da navegação aé-rea e de contribuir para a formu-lação e a condução da Política Aeroespacial Brasileira.

Nesse contexto, nasceu o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), uma Unidade do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), com a missão de har-monizar o gerenciamento do flu-xo de tráfego aéreo, do espaço aéreo e das demais atividades relacionadas com a navegação aérea, através da gestão opera-cional e da supervisão dos ser-viços prestados pelo SISCEAB.

Tão importante como a sua missão, foi o seu espírito criado por homens de vanguarda, que silenciosamente se comprome-teram e trabalharam para o futuro da Uni-dade.

Na busca de representar a essência e a importância dessa nova Unidade, foi lança-do o desafio de se criar o Distintivo de Orga-nização Militar (DOM) do CGNA.

“Nascido para ser grande” foi o lema alavancador das pesquisas históricas e de heráldica, a cujos resultados se aliaram às técnicas de desenho e a criatividade de seu idealizador.

A idéia básica buscou a simplicidade, cores distintas, um perfil estilizado e mo-derno, porém, o critério mais crítico foi a representação do azul que corre nas veias da nossa gente.

A Descrição Heráldica doDOM do CGNA

O escudo é o francês, representando uma Unidade Operacional.

O “CHEFE”, parte superior do escudo, é em azul-ultramar, e carrega, à destra, o glá-dio alado, símbolo da Força Aérea Brasileira e, a partir deste, a sigla “CGNA”, do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea.

O “CAMPO”, parte inferior do DOM, é da mesma coloração do “CHEFE”, trazendo a harmonia e o contraste perfeito com os uni-formes do COMAER.

O azul-ultramar do “CAMPO” representa o espaço cósmico. Carregando ao seu flanco

destro superior, apresentam-se quatro estrelas, destacan-do a subordinação do CGNA ao DECEA.

Sobre o “CAMPO”, destaca-se o globo terrestre, em degradê (azul-celúrio e azul-ultramar), ilu-minado com a luz solar a leste e escurecido com a noite a oeste, representando as 24 horas de operação da Unidade.

Destacam-se as Américas ao centro do globo terrestre e peque-nas extensões territoriais da Áfri-ca e Ásia em suas extremidades, representando os continentes na-quela visão geoestacionária.

Sobre o território brasileiro e o Oceano Atlântico projeta-se um contorno em prata (branco), limi-tando as Regiões de Informação de Vôo do Espaço Inferior (FIR) Amazônica, Recife, Brasília, Curi-tiba e Atlântico, representando a área de responsabilidade do Bra-sil, bem como toda a infra-estru-tura nela instalada.

Um ponto em prata (branco), sobre o território brasileiro marca a localiza-ção do CGNA na Cidade do Rio de Janeiro.

Circulando o globo terrestre, surgem dois traçados de vôo, em prata (branco), repre-sentando a missão da Unidade nos seus as-pectos de gerenciamento do fluxo de tráfego aéreo, do espaço aéreo e das demais ativi-dades relacionadas com a navegação aérea, bem como a monitoração da segurança do espaço aéreo brasileiro.

Sobre o traçado, surgem duas aeronaves estilizadas, em prata (branco), representando a Aviação Mundial.

Contorna o escudo, um filete em jalne (amarelo), evidenciando o nível de Chefia da Organização: Oficial-Superior.

O CGNAE O SEU

DOMPor Maj Av Renato PIETROFORTE CarvalhoChefe da Agência de Monitoração das Regiões CAR/SAM (CARSAMMA)

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A estruturação das Forças Armadas no País se deu ao longo dos inúmeros conflitos ocorridos em nossa história, sendo um misto intenso de teorias e muitas práticas.

Como organismos institucionais o Exército e a Marinha foram oficializados em 1824 e a Aeronáutica em 1941.

Podemos afirmar, então, que as Forças Arma-das têm raízes nas disputas do período colonial (do seu descobrimento até 1822 – quando o Brasil ainda se encontrava sob o domínio socio-econômico e político de Portugal) e na Guerra de Independência (de 1822 a 1825 – quando a desejada independência foi formalmente reco-nhecida por Portugal e pela Grã-Bretanha).

À época, vale aqui ressaltar, os oficiais que lutaram pela nossa emancipação eram, em grande parte, de origem portuguesa, enquanto que a maioria dos com-ponentes da tropa era brasileira ou luso-descendente.

Somente no ano de 1960, ou seja, 138 anos a contar da declaração da Independência do Brasil (em 1822), é que se passou a estudar e estruturar as Forças Armadas, de acordo com as características do nosso País e do nos-so povo, adaptando a doutrina à realidade brasileira: a chamada Doutrina de Segurança Nacional.

E, dentro desta doutrina, os militares brasileiros des-te período, como retratam os historiadores, assumiram como missão o combate ao Comunismo, deixando de intervir esporadicamente no cenário da política nacio-nal, para a obtenção total do controle do Estado.

Assim sendo, após a Revolução de 1964, os milita-res estiveram à frente de sucessivos governos, travando uma luta feroz para controlar e regrar a sociedade de acordo com seus princípios.

Apenas com a promulgação da constituição, no ano de 1988, o Exército e as demais Forças Armadas se afastaram do núcleo político brasileiro, voltando-se para suas missões constitucionais.

As mudanças na década de 80 não foram poucas. No próprio ano de 1980, por exemplo, as mulheres tiveram permissão para ingressar na Marinha do Brasil, exer-cendo funções administrativas.

O Exército Brasileiro, após intensificar significativa-mente suas atividades no cenário internacional através da Organização das Nações Unidas (ONU), demonstrou a importância, a competência e o valor do seu trabalho ao comandar as Forças de Paz no confilto civil do Haiti, desde 2004.

Modernizando-se não somente no âmbito técnico/operacional (equipamentos e mão de obra especializada), as Forças Armadas do Brasil vêm se mostrando flexíveis às atuais mudanças sócio-políticas, evidenciando, em cada missão elaborada e cumprida, o seu profundo interesse na Nação.

E é justamente este olhar para o militar de hoje, sem perder de vista a Instituição secular que o formou, que trazemos para esta Reportagem Especial.

Desejamos indagar os civis e militares que atualmente prestam serviço no Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e que são des-

cendentes de militares, como a presença destes moldou seu caráter e influenciou suas escolhas de vida.

Para começar, conversamos com a 2ª Ten Lílian Rosa Gonzaga de Souza, Chefe da Secretaria da Divisão de Pessoal e Chefe da Seção de Telefonia do DECEA, que entrou para a Aeronáutica em janeiro de 2006.

Seu pai, Capitão da FAB falecido em 1991, foi um oficial muito aplicado. “Papai era muito profissional. Nunca faltou ao trabalho. Lá em casa dizemos que ele era do tipo ‘Caxias’”, comenta a Ten Lílian.

Também falamos com Aildon Dornellas de Carvalho Filho, servidor civil da área de Desembaraço Alfandegá-rio da Divisão de Logística da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo/Organização Brasileira para o Desenvolvimento Científico e Tecnoló-gico do Controle do Espaço Aéreo (CISCEA /CTCEA), para quem seu pai, Cel Av R1 Aildon Dornellas de Carvalho, “foi um excelente profissional, muito rigoroso em rela-ção ao trabalho. Fez uma bela carreira na FAB”.

Aildon, que entrou para a Aeronáutica em 1998, trabalhando desde aquela época nesta mesma área, confessa que foi sim influenciado pelo pai ao escolher este trabalho.

Fã de carteirinha do seu pai, Brig Ar Mattos Rocha,

“Todos os finais de semana papai nos acordava com gritos de ‘Alvorada!’ para o café da manhã em família. Era disciplinado e organizado com tudo e nos exigia a mesma correção“.Ten Lílian

Por TELMA Penteado

Reportagem Especial

FILHO DE MILITAR SIM, COM MUITO ORGULHOlealdade, disciplina e honestidade como herança

A Ten Lílian conta que sua entrada para a FAB teve influência direta de seu pai

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já falecido, a civil Marisa Coelho Mattos Rocha, que tra-balha na seção de Licitações da CISCEA/CTCEA desde 1984, brinca dizendo que é uma “milica”, só que não veste farda. “Eu me contento com o apelido carinhoso de ‘doutora Bilica’”, diverte-se.

“Tenho enorme orgulho em dizer que tive um pai militar e que trabalho na Força Aérea Brasileira. Visto a camisa azul, sim!” Marisa conta que os valores de seu pai foram realmente muito marcantes. Dentre eles, ressaltou a integridade, a ética e o amor à soberania nacional.

Outro entrevistado que sente orgulho em falar de seu pai (militar da reserva) é o Ten Cel Av Delany Lopes dos Santos, que entrou para a FAB em janeiro de 1984 e hoje é Chefe da Divisão de Operações do Serviço Regio-nal de Proteção ao Vôo de São Paulo (SRPV-SP).

Para o Ten Cel Delany, seu pai foi um excelente mili-tar. Sua relação com ele é muito boa. “Meu pai nunca misturou trabalho com relação familiar”, conta.

Orgulhoso, o Assessor Técnico da Divisão de Radares

do Subdepartamento Técnico do DECEA (D-RAD), Cap Eng André Eduardo Jan-

sen, diz que seu pai, o General de Brigada R/R Carlos Eduardo Jansen, representa seu “maior exemplo de dedicação, seriedade e honestidade”.

O Cap Jansen entrou para a FAB em 1990 através do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, e garante que sua decisão para seguir a carreira militar teve forte influência do seu pai.

“Há quatro gerações minha família é composta por oficiais do Exército Brasileiro. Desde meu bisavô até meu irmão mais velho. Quando adolescente, eu acre-ditava que se dependesse de meu pai eu seguiria o mesmo caminho verde-oliva”, conta.

“Desviei um pouco desse rumo, mas não muito”, con-tinua Jansen, “pois a oportu-nidade de ingressar na FAB através do ITA me fez conciliar a paixão pela engenharia com a permanência em ambiente militar no qual estou inserido desde que me entendo por gente”.

A máxima que diz: “um gesto vale mais que mil pala-vras” se confirma no exemplo do Cap Jansen: “acompanhei o desenlace bem-sucedido de grandes desafios que foram impostos ao meu pai ao longo de sua carreira”.

No que diz respeito à convivência pessoal, Lílian con-ta que teve uma relação muito saudável com seu pai. “Ele sempre foi muito amigo meu e de minha irmã. Ele se portava em casa como num quartel. Todos os finais de semana nos acordava com gritos de ‘Alvorada!’ para o café da manhã em família. Era disciplinado e orga-nizado com tudo e nos exigia a mesma correção, como manter o material escolar exemplar”.

Observar e admirar qualidades também é uma carac-terística da Tenente Lílian, que considera marcantes em seu pai a sua autenticidade, a sua coerência e o modo como ele sabia se impor em qualquer situação.

Aildon diz que a relação dele com seu pai é ótima e que eles se vêem com freqüência. “Em casa, o oficial rigoroso sempre deu lugar ao pai dedicado”, comenta.

Perguntado sobre os valores passados por seu pai em sua educação, Aildon cita a ética, o respeito pelas pes-soas e pela família, o profissionalismo e a organização como sendo os de maior relevância.

Pelas palavras entusiasmadas de Marisa, fica clara sua profunda admiração por seu pai, que é para ela um exemplo de homem e de profissional.

Marisa vê sua edu-cação como singular em termos de valores. “Considero-me uma pessoa altamente disciplinada. Sinto que tenho valores arraigados passados pelo meu pai e estes constituem minha personalidade”.

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“Nas vilas militares formam-se grandes famílias, o que é fundamental em função das constantes mudanças de moradia por conta das transferências. Por outro lado, a desvantagem é não criar raízes fortes em nenhum lugar”.Aildon Dornelles

Aildon e sua irmã Andrea, ao lado do seu pai (SRPV-Belém - 1980)

Em visita ao Musal (2001),

Marisa revê a aeronave Beechcraft

(modelo já pilotado por

seu pai)

“Considero-me uma pessoa altamente disciplinada. Sinto que tenho valores arraigados passados pelo meu pai e estes constituem minha personalidade. Visto a camisa azul, sim” .Marisa Mattos

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“Tive uma educação bastante rígida, aprendendo a respeitar e ser respeitada. Meu pai dizia ‘obediência sempre’, ‘competência eterna’ e ‘comprometimento com aquilo que se propuser fazer’”.

Marisa, que é advogada, confirma de cara a razão de sua entrada para a FAB. Teve influência direta. “Eu gostaria de ter sido militar, mas depois que me formei, não abriu concurso para a carreira jurídica”. No entan-to, como o mundo dá voltas, olha a Marisa trabalhando na FAB do mesmo jeito!

O Ten Cel Delany conta que realmente foi educado para valorizar personalidades e comportamentos que muitas pessoas não parecem dar importância, como educação, correção nos atos, lealdade, entre outros.

Ao contrário dos demais entrevistados, Delany diz não ter sido influenciado pelo pai, nem mesmo indire-tamente, para seguir a carrreira militar.

O Cap Jansen relembra com admiração as atuações de seu pai como Comandante das tropas que retoma-ram a Unidade da Companhia Siderúrgica Nacional em Volta Redonda. “A unidade havia sido ocupada por metalúrgicos grevistas. Outra ocasião foi o esquema de segurança montado para a ECO 92, no Rio de Ja-

neiro, que revolucionou os procedimentos de Comando e Controle da época e que é lembrado como referência em diversos escalões do Exército até hoje, fato que me enche de orgulho”.

A carreira de Aviador é mesmo muito extenuante e exige muito não só do militar, como também da família que o apóia com carinho e compreensão.

E com o pai de Aildon não foi diferente. “Ele real-mente viajou muito. Foram mais de 10 mil horas de vôo, feito que poucos na FAB tiveram. Esta constante ausência do pai era ruim, principalmente porque foi na minha infância. Talvez por isso, ele sempre compensava sendo um ótimo pai quando estava em casa. Mas mi-nha mãe também segurava as pontas”, relembra.

Marisa também passou por experiência parecida. Seu pai era aviador, “no entanto, apesar das suas viagens, nunca o considerei um pai auseste. Ele sempre supriu as minhas necessidades e as de meus dois irmãos, cum-prindo seu papel de ‘super pai’”, conta.

“Fui educada a me adaptar sempre às situações que a vida nos coloca e às oportunidades que ela nos pro-porciona, apesar das muitas mudanças e transferências de papai – inevitável para um aviador. Só soubemos aproveitar. Conservamos até hoje grandes e verdadeiros amigos”, relata Marisa.

Lílian entrou para a carreira militar influenciada pelo exemplo do pai. “Busquei a vida militar conhecendo-a pelo panorama de filha de militar. Minhas amizades

eram com outros filhos de militares, pois sempre mo-ramos em vilas da FAB e freqüentamos os clubes e eventos da área”.

Lílian também estudou no Colégio Newton Braga, onde teve disciplina militar. “Foi algo incorporado na-turalmente em minha vida e não encontrei dificuldades quando entrei. Sei que muito do modo rígido e justo do meu pai nos educar foi adquirido através da sua própria experiência”, relata.

Esta postura – frisada por Lílian - é, na verdade, um exercício contínuo de firmeza de valores e retidão. Ela própria aponta para delitos considerados por muitos como sendo inofensivos – como por exemplo os “gatos” de televisão e luz ou a própria pirataria –, mas que são de fato crimes.

Valores são mesmo o forte na educação de nossos entrevistados. Na família do Cap Jansen, além da re-lação de amizade e afetos profundos com seu pai, os valores são ratificados dia a dia pelos exemplos de “unidade familiar e da prática de hábitos que considero fundamentais, tais como a leitura e a atividade física”, conta ele.

Em relação às viagens a serviço de seu pai, Jansen se recorda que “entre os anos de 1982 e 1984, em função de uma missão de intercâmbio na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército Argentino para qual ele foi designado, minha família viveu por dois anos em Bue-nos Aires”.

“Acredito que essa tenha sido uma das mais impor-tantes passagens de minha infância, uma vez que me colocou em contato com um idioma e uma cultura to-talmente diferentes da nossa, o que, para uma criança de dez anos, representou um desafio e um aprendizado ímpares”, diz Jansen.

Quanto à visão que a sociedade tem dos militares ao longo dos anos, vale ressaltar que muitas águas rola-ram e muita coisa mudou. “Obviamente, a opinião ‘for-mada’ por boa parte da imprensa é negativa, visto que este segmento teve sua capacidade de trabalho tolhida ou censurada. Porém, entendo que a sociedade, como um todo, continua reconhecendo nossas Forças Armadas como instituições capazes e idôneas”, diz Aildon.

O Cap Jansen tembém acredita que, “em grandes centros urbanos, a constante campanha da imprensa no Brasil no sentido de denegrir a imagem e diminuir a importância das organizações militares realmente surtiu efeito nos anos subseqüentes ao término da Ditadura e a visão dos militares se encontra desgastada frente à opinião púbica”.

Por outro lado, ressalta Jansen, “no interior do País, principalmente em áreas remotas da região Amazônica, as Forças Armadas representam, segu-ramente, o último pilar de credibilidade no mar de lama e corrupção que assola nossa Nação”.

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“A oportunidade de ingressar na FAB através do ITA me fez conciliar a paixão pela engenharia com a permanência em ambiente militar no qual estou inserido desde que me entendo por gente”.Cap Janssen

O desenho recebido no último Dia dos Pais: um boneco fardado, um avião e a Bandeira do Brasil

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“Hoje, nós (militares) defendemos uma democra-cia”, comenta Lílian, “e isso reflete uma maior preo-cupação com as relações humanas, com o respeito a outros paradigmas e dogmas e, conseqüentemente, em maior aceitação e credibilidade por parte da sociedade com relação ao meio militar”.

De acordo com Delany, “a visão do militar está, atu-almente, mais voltada para o Estado Democrático de Direito”.

Para ele, ser filho de militar não traz vantagem ou desvantagem, ou seja, nada difere da vida dos filhos de civis.

Ser filha de militar, para Marisa, tem sim dois lados. “A educação de meu pai me propiciou aprender seus valores, contudo, não foram fáceis as várias mudanças de cidade, em épocas diferentes, muito embora tenha-mos sabido aproveitar. O importante é saber lidar com a adversidade”, comenta.

Ela sempre morou em vilas militares, e, pelo co-mentário, nunca se queixou: “não tem coisa melhor!”.

Dentre os vários lugares, Marisa diz que a vila que mais gostou de morar foi a da Base Aérea de Campo Grande (BACG), quando seu pai era o Comandante.

O convívio com militares é considerado por Aildon como sendo muito bom. Para ele trata-se de um am-biente sadio, de respeito mútuo. “Nas vilas militares formam-se grandes famílias, o que é fundamental em função das constantes mudanças de moradia por conta das transferências”, cita. “Por outro lado”, prossegue, “a desvantagem é não criar raízes fortes em nenhum lugar”.

Aildon declara que é bem paternalista, mas não briga muito com os dois filhos: Carolina (12 anos) e Leonardo (4). “Sou rigoroso quanto ao estudo, educação e hábi-tos saudáveis”. Ele conta que seus filhos o respeitam, “mas sabem que conseguem quase tudo comigo!”.

“A influência do ambiente militar reforça o compro-metimento cívico” - é nisso que Aildon acredita. “Espe-ro que meus filhos reconheçam no futuro que tiveram ótima formação familiar e educacional e, conseqüente-mente, sejam pessoas de bem, que sejam exemplo, que liderem e coloquem em prática todo este aprendizado”, é o que Aildon deseja para seus filhos.

A Ten Lílian tem dois meninos, um de dez anos e ou-tro de sete. Como mãe carinhosa e tranqüila, ela procu-ra passar para eles os ensinamentos que seu pai deixou. “Acho que meus filhos me vêem como uma pessoa justa e em quem podem confiar sempre”, confessa.

Ela sempre sonhou que seus filhos abraças-sem a carreira militar. “Se um deles diz: ‘ma-mãe, quero ser médico’, digo: ‘ótimo! Você pode

ser um médico militar ’. Quanto mais conheço o meio, mais esse sonho cresce”, conta.

Uma relação de excelência. É assim que Marisa defi-ne a convivência com os dois filhos, um menino de 13 anos e uma menina de 10. “Creio que esteja cumprindo da melhor maneira minha missão de mãe e eles a de filhos, pois são compreensivos e obedientes”.

“Espero que eles me vejam da mesma forma como eu vejo meus pais – pessoas que souberam dosar e separar os momentos de seriedade e os de diversão”.

“A forma como vemos nossos pais”, prossegue Mari-sa, “reflete a forma como nossos filhos nos enxergam”.

Marisa enfatisa na educação de seus filhos o lado cívico. “Digo para o meu filho que ele tem três opções de carreira na vida: oficial do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica” - brinca.

Delany também tem um filho, hoje com 17 anos. Diz que a relação com ele é muito boa e espera que seu filho tenha dele uma imagem de pai bem-humorado. “Acredito que a formação militar nos dá um sentido de Pátria mais forte que para a maioria dos brasileiros civis. Sendo assim, sempre converso com meu filho no sentido de como ele pode, como cidadão, ajudar o Bra-sil a melhorar”.

Jansen também tem filhos, duas meninas, de seis e quatro anos respectivamente, e um menino de dois. “Para desenvolver a relação com meus filhos creio que, inconscientemente, usei os moldes de minha relação com meus pais, baseada em muito amor, dedicação e, principalmente, muita comunicação desde a mais tenra idade”, confessa.

De fato seus filhos ainda são muito pequenos para terem uma visão definida do pai, mas Jansen conta sobre um desenho que suas filhas fizeram na escola no último Dia dos Pais: “um boneco fardado, um avião e uma bandeira do Brasil. Penso que elas crêem que o que eu faço é, de alguma forma, importante para a nossa gente, o que me deixa realmente feliz”.

O Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) é composto, em essência, por pessoas, inde-pendente de serem civis ou militares.

Aildon, que é parte integrante desse universo diz com orgulho: “coloquei meu tijolinho em projetos gran-diosos da FAB e do Brasil, como o SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia) e o próprio SISCEAB”.

E com eles – e todos os demais filhos de militares, civis ou não – vemos que não somente nosso olhar para as Forças Armadas se modificou. Isso é apenas uma conseqüência.

A mudança partiu da Instituição e daqueles que a formam: pessoas como eu e você. Repre-sentantes de um Brasil de Paz.

“Acredito que a formação militar nos dá um sentido de Pátria mais forte que para a maioria dos brasileiros civis. Sendo assim, sempre converso com meu filho no sentido de como ele pode, como cidadão, ajudar o Brasil a melhorar”. Ten Cel Delany

Ten Cel Delany com a esposa Deise e o filho Lucas

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O HistóricoO Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Tefé

(DTCEA-TF) teve sua criação no então Projeto Sistema de Vi-gilância da Amazônia (SIVAM), em 22 de setembro de 2000, com a denominação de Departamento de Proteção ao Vôo (DPV DT 76), segundo a Portaria 728/GC3, de 22 de setembro de 2000 e a Portaria COMGAP 33/2EM de 22 de setembro de 2000.

O DTCEA-TF foi assim decretado em 27 de fevereiro de 2003, pela Portaria 183/GC3 e é subordinado ao Quarto Cen-tro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), sediado em Manaus.

Sua missão é manter em funcionamento os seguintes siste-mas que fazem a cobertura do espaço aéreo de Tefé: Radar Tri-dimensional Transportável e Estação de V/UHF para o Con-trole de Tráfego Aéreo e Defesa Aérea, Radar Meteorológico e Estação Meteorológica de Superfície Automática.

O ComandanteO 1º Ten Esp Com Rodrigo

Rodrigues Vieira é natural da Bahia, tem 52 anos, é casa-do e concluiu o 3º grau pelo CEFET-BA, no curso de Tec-nólogo em Telecomunicações. Está no atual cargo desde março de 2006.

Fez o curso de carreira na turma CFOE/99 no Centro de Instrução e Adaptação da

Aeronáutica (CIAAR) em Belo Horizonte. Rodrigo foi coman-dante do então DTV-DT-74 (Tabatinga-AM) nos anos de 2000 e 2001 e o último cargo que exerceu foi no DTCEA Aracaju, como chefe das Seções Técnica, Operacional e da Qualidade, no período de 2002 a 2005.

Possui os cursos de Gestão da Qualidade e Auditores da Qualidade, ministrados pelo Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) no Comando-Geral de Tec-nologia Aeroespacial (CTA).

Quando então graduado, serviu na Base Aérea de Salvador (BASV) no período de 1978-1998, atuando na manutenção da aeronave Patrulha P-95A, mais especificamente, na manuten-ção do radar Super Searcher da aeronave e no equipamento de Medidas de Apoio Eletrônico (MAE).

O EfetivoO DTCEA-TF possui um efetivo atual composto de um Oficial

Comandante, cinco graduados (sendo quatro técnicos e um da Administração/Suprimento) e sete soldados para os serviços de segurança e conservação.

A Vila HabitacionalCom uma ótima estrutura e localização, a vila habitacional

de Tefé atende a todo o efetivo do DTCEA (Comandante e graduados). Fica situada entre o Destacamento e a cidade de Tefé. Dista 800m do Destacamento, 5 km do centro da cidade e 700m do aeroporto.

Não há Hotel de Trânsito no Destacamento, somente aloja-mentos para equipes de manutenção e serviço.

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Ten Rodrigo

Conhecendo o

DTCEATefé - AM

O monitoramento do serviço de segurança do destacamento

A Vila Habitacional

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A CidadeTefé está situada às margens do grande Lago Tefé, entre os

rios Solimões e Tefé, e possui uma população aproximada de 80 mil habitantes.

Sua economia destaca-se pelo comércio, produção de fari-nha, pesca, extração da castanha-do-pará em abundância e turismo, como ponto de apoio para visitação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, onde são oferecidas diversas atividades de ecoturismo.

Os meios de transporte urbano são os táxis e moto-táxis. O deslocamento interestadual é feito somente por meio aéreo ou fluvial. O aeroporto possui vôos diários para Manaus com du-ração de 45 minutos, prestados por duas empresas aéreas, a RICO Linhas Aéreas e a TRIP Linhas Aéreas.

Semanalmente, para Manaus têm cinco saídas de navio (37 horas de viagem) e duas lanchas a jato (12 horas).

Tefé possui uma agência do Banco do Brasil e uma do Bra-desco. Há, ainda, uma da Caixa Econômica, em fase de implan-tação.

Possui várias escolas municipais, estaduais e poucas parti-culares. A cidade tem uma Universidade Estadual (UEA), que oferece vários cursos de Licenciatura e um de Bacharelado.

Não existe a violência da qual estamos acostumados a ouvir pela TV, somente confusões corriqueiras e trânsito ruim pelo excesso de motos, o que requer muita cautela.

Para o lazer, Tefé oferece vários hotéis, sendo dois com gera-dores de energia e com aluguel de carros e motos; vários bares e lanchonetes, quatro restaurantes, três pizzarias e mais um bar flutuante; um balneário de águas naturais; o clube AABB e convênio com os clubes do Exército; duas boates e duas casas de shows; muitas locadoras de vídeos, dois provedores de In-ternet sem fio banda larga; muitos mercadinhos e oito postos de gasolina, que custa R$ 2,90 o litro.

Militares, Familiares e SociedadeHá um excelente relacionamento com as entidades civis, fe-

derais e municipais, com as unidades do Exército (16ª e 17ª Brigada de Infantaria de Selva BIS), Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Infraero etc.

Como o efetivo é bastante reduzido, o relacionamento entre eles é como se fosse uma só família.

Assistência MédicaA parte da saúde é precária. O Exército tem um posto de saú-

de que faz atendimento ambulatorial em algumas especialida-des e uma clínica particular, também precária, que atende com posterior ressarcimento pela SARAM.

Na cidade existem um hospital municipal, um regional e um posto de saúde. Para certas especialidades e outros tipos de tra-tamentos há necessidade de deslocamento para Manaus.

As Peculiaridades de TeféTefé tem todos os problemas de cidade de interior com um

agravante: está no meio da Amazônia e possui uma série de limitações.

De acordo com o comandante do destacamento, a situação se diferencia muito se o militar é solteiro ou se é casado e com filhos, pois a cidade oferece uma infra-estrutura precária.

Por outro lado, “o DTCEA-TF vem mantendo, desde a sua criação, um alto índice de operacionalidade dos seus equipa-mentos, graças à qualidade e dedicação dos técnicos e a pres-teza do suporte técnico/administrativo do CINDACTA IV”, acrescenta o Comandante Rodrigo.

A igreja matriz de Tefé

O efetivo – uma só família

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Na tela: informações meteorológicas

O trânsito é tumultuado pelas motocicletas e exige cautela dos pedestres

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O Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Canoas (DTCEA-CO), criado em 23 de junho de 1947, su-bordinado operacionalmente ao Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II) e comandando pelo 1º Ten QOEA COM Paulo Dagostin, comemorou no dia 29 de julho seus 60 anos de existência.

O DTCEA de Canoas é, reconhecidamente, um dos quatro Destacamentos de Proteção ao Vôo mais antigos do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).

Em cerimônia militar alusiva à tão expressiva data, des-tacou-se as presenças dos Maj Brig Eng Herman Rubens Walenkamp (DIRENG) e Maj Brig Ar Raul José Ferreira Dias (COMAR V), além de diversas autoridades militares e civis.

Na leitura da Ordem do Dia, não se pôde deixar de notar as qualidades presentes em toda a história do DTCEA-CO, tais como a disciplina, o interesse pelo aprendizado, o per-feccionismo e a dedicação integral à nobre missão que lhe é confiada, posta sempre acima de quaisquer interesses.

Durante o evento foram entregues as placas de gradua-do e praça padrão ao 1S BCO Jorge Roberto Boaventura Ferreira dos Santos e CB SEM Wilson Rogério dos Santos Charrão.

O Esquadrão Coruja, como é conhecido, tem como fina-lidade principal a execução descentralizada das atividades operacionais e de manutenção dos auxílios à navegação aérea vinculados ao SISCEAB no âmbito do espaço aéreo da Base Aérea de Canoas.

Sempre na vanguarda da proteção ao vôo no Brasil e no ano da comemoração dos 60 anos de existência, o DTCEA-CO tem a primazia de registrar um fato marcante na história da proteção ao vôo no Brasil com a transição entre o antigo e o moderno em nossos quadros, fato este materializado pela coexistência harmoniosa entre a experi-ência do Controlador de Tráfego Aéreo de PAR mais antigo em atividade no Brasil, o SO BCT Gilberto Ferreira da Rosa, e a primeira mulher controladora de PAR no País, a 3S BCT Tatiana Campos Ballejo.

Como marca histórica desses magnos eventos, foi inaugurado o monumento dos 60 anos de existência do Esquadrão Coruja, materializado pelo mais antigo Farol de Aeródromo do Brasil, que com sua luz iluminou e ainda iluminará o DTCEA-CO e o nosso Brasil.

“Aqui só há vagas para Guerreiros” é o lema do passado que reflete todo o brilho e o profissionalismo do Esquadrão Coruja.

DTCEA-CO é um orgulho da grande família da Base Aérea de Canoas!

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O CTA de PAR mais antigo em atividade no Brasil, o SO Gilberto, e a primeira mulher controladora de PAR no País, a 3S Tatiana

O mais antigo farol de aeródromo do Brasil – agora um monumento histórico

Na cerimônia militar, o reconhecimento à dedicação do efetivo

Nos 60 anos do DTCEA de Canoas, um fato marcante na história da proteção ao vôo no Brasil

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1 - Introdução

O objetivo deste artigo é apresentar as questões relacionadas à indisponibilidade dos canais de comunicação rádio entre con-troladores de tráfego aéreo e pilotos, devido a interferências eletromagnéticas, e está orga-nizado da seguinte forma:

(i) contexto de utilização dos canais de comunicação para o Controle do Tráfego Aéreo, em que se apresenta o contexto do serviço do controle de tráfego aéreo e a res-pectiva necessidade de canais de comunica-ção para que haja segurança e regularidade de tráfego no espaço aéreo brasileiro;

(ii) os canais de comunicação rádio do Ser-viço Móvel Aeronáutico, em que se apresen-tam fundamentos que permitem compreender a ocorrência de interferências nas comunica-ções aeronáuticas; e

(iii) interferências em canais de comunica-ção do Serviço Móvel Aeronáutico, em que se apresentam os elementos causadores de interferências.

2 - Contexto de utilização dos canais de comunicação para o Controle do Tráfego Aéreo

O Controle do Tráfego Aéreo é parte da ati-vidade de Controle do Espaço Aéreo e viabi-liza a utilização dinâmica da complexa malha de rotas. A explicação para isso é que aerona-ves têm “conhecimento limitado” do contexto à sua volta, enquanto órgãos de controle detêm informações completas da ocupação

de todas as regiões ao longo do tempo. Isto permite que estes órgãos definam trajetórias e parâmetros para cada vôo - só é possível suportar toda a demanda aérea, por meio do planejamento e uso controlado do espaço.

Este uso é concebido antes do início dos vôos - planos de vôo são recebidos antecipa-damente pelos órgãos de controle, permitindo as apropriadas acomodações no espaço e no tempo. Contudo, além do planejamento de uso, como em qualquer parte do mundo, este fluxo só se torna concreto mediante autoriza-ções dos órgãos de controle (o que, inclusive, confere grande flexibilidade ao complexo emaranhado de deslocamentos).

Ou seja, a interação entre controladores e pilotos é necessária para que se realizem trocas de mensagens (solicitações e conces-sões de autorizações) que viabilizam o con-trole do uso do espaço aéreo. Estas trocas são feitas por canais rádio e são fundamen-tais em todas as etapas de vôo – decolagem (e respectiva subida e nivelamento), desloca-mento em rota e descida (até a aterrissagem), pois elas é que permitem o efetivo exercício do controle do tráfego aéreo.

Há, ainda, regiões do espaço aéreo em que as aeronaves são acomodadas com menor distanciamento entre si. Esta situação ocorre tipicamente em regiões de convergên-cia – próximas a aeroportos, de onde fluem ou para onde convergem aeronaves, situação diferente do deslocamento em cruzeiro, onde é possível distribuir as aeronaves com maior distanciamento.

Essas regiões de convergência, muitas vezes localizadas em grandes centros urba-nos (são formadas por um cilindro de cerca de 100 km de raio em torno dos aeroportos, onde há maior densidade de aeronaves e onde se realizam procedimentos especiais de subida e de descida) é necessário que se tenha canais de comunicação rádio sempre disponíveis.

3 - Os canais de comunicação rádio do Serviço Móvel Aeronáutico

Os canais de comunicação rádio do Serviço Móvel Aeronáutico (canais entre controlado-res e pilotos) apresentam o seguinte conjunto básico de parâmetros:

• FREQÜÊNCIA - característica de uma emissão de energia que permite identificá-la de forma única no espaço;

• TRANSMISSOR – equipamento que emite energia em uma freqüência fixa, trans-portando informações (mensagens de voz). Está localizado em aeronaves (portanto, são móveis) ou em estações de comunicação fixas no solo;

• RECEPTOR – equipamento que identifica uma emissão de energia, com base em sua freqüência e extrai as informações transpor-tadas (mensagens de voz). Está localizado em aeronaves (portanto, são móveis) ou em estações de comunicação fixas no solo; e

• POTÊNCIA – magnitude da energia emi-tida por um transmissor.

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Por Maj Eng WALDIR Galluzzi NunesAdjunto Divisão de Telecomunicações (DTEL) do DECEA

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As freqüências que podem ser utilizadas nos canais de comunicação do Serviço Móvel Aeronáutico são padronizadas mundialmente – transmissores e receptores de aeronaves de outros países devem ser capa-zes de operar com freqüências utilizadas no Brasil quando sobre-voam o espaço aéreo brasileiro. A recíproca é verdadeira.

Esta padronização é proposta pela Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) e é aca-tada pelos países signatários da Organização. O documento que estabelece esta faixa é o Volume V (Utilização do Espectro de Radiofreqüências Aeronáuticas) do Anexo 10 ao relatório final da Convenção sobre Aviação Civil Internacional (Chicago, 1944) – conhecido como “Volume V do Anexo 10 da ICAO”.

Setores de controle em rota – cada setor está sob responsabilidade de um controlador de tráfego aéreo e há um canal de comunica-ção rádio para troca de mensagens entre o controlador e pilotos cujas aeronaves estejam em seu setor. Existem canais reservas e de emergência. Por se tratar da setorização em rota, foram omitidos os milhares de setores das regiões de convergência, onde os requi-sitos de disponibilidade são mais críticos.

É importante ressaltar que:

a) para cada setor de con-trole (região geográfica sob responsabilidade de um con-trolador de tráfego aéreo - para consulta aos setores definidos no espaço aéreo brasileiro, considerando aeronaves em rota, vide Figura 1) é atribuída uma freqüência de comunica-ção, dentre as disponíveis na tabela proposta pela ICAO;

b) esta freqüência deve ser divulgada a todos os aeronave-gantes, de forma que não haja risco de sobrevôo de um setor de controle sem que haja conhe-

cimento das freqüências disponíveis. Há uma sistemática regular, complexa e custosa, para divulgação de informações aeronáuticas, que também segue as recomendações da OACI;

c) na prática, considerando que uma aero-nave pode estar posicionada em qualquer ponto de um setor de controle, é necessário que haja diversos transmissores e diversos receptores no solo, espalhados pelo setor, de forma que a aeronave receba a energia emi-tida pelo transmissor de solo e o receptor de solo receba a energia emitida pela aeronave, independente de sua posição no setor;

d) isto significa que num setor de controle há diversos “sítios” em que se instalam transmisso-res e receptores da freqüência do setor. Além disso, há o aproveita-mento da infra-estrutura desses sítios – são instaladas, também, freqüências reserva para o setor, freqüências de emergência e fre-qüências destinadas a outros pro-pósitos (por exemplo, divulgação de informações meteorológicas);

e) a descrição anterior é a de uma estação de comunicação rádio do Serviço Móvel Aeronáu-tico (estação composta pelos equipamentos de comunicação de diversas freqüências);

f) por razões técnicas, as fre-qüências em uma mesma estação de comu-nicação devem estar separadas em pelo menos 200 kHz. Além disso, alguns valores de freqüências não podem estar reunidos numa mesma estação (caso contrário, gera-riam o efeito denominado “intermodulação”). Mais ainda, uma freqüência não pode ser reutilizada sem que haja um distanciamento entre estações com a freqüência, de pelo menos 1.000 km (regra geral, que deve con-siderar também as estações de comunicação posicionadas em países fronteiriços);

g) há, também, freqüências que não podem ser alteradas, por estarem associadas

a algum tipo específico de serviço. É o caso da freqüên-cia de emergência (121,500 MHz) que deve estar dispo-nível neste valor em todo o território nacional, em concor-dância com recomendações da OACI; e

h) todos estes aspectos indicam que a alocação de freqüências para setores de controle deve levar em consideração diversos fato-res - freqüências existentes, alocações adjacentes, sepa-rações geográficas, dispo-nibilidade de infra-estrutura, dentre outros – não é um pro-blema trivial.

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Ocupação do Espectro Eletromagnético no Aeroporto Santos-Dumont (27-08-2007). Observa-se a saturação na faixa das rádios FM (87 a 108MHz)

Figura 1

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4 – Interferências em canais de comuni-cação do Serviço Móvel Aeronáutico

Atualmente, podem ser observados diversos momentos em que a qualidade da comunicação entre controladores e pilotos é extremamente ruim, muitas vezes impossível, ainda que todos os equipamentos e a infra-estrutura estejam disponíveis, nos órgãos de Controle de Tráfego Aéreo e nas aeronaves. Ouvem-se diálogos telefônicos ou emissões de radiodifusoras nas comunicações aero-náuticas em fases críticas de vôo (em regiões de convergência para aeroportos, na realiza-ção de procedimentos de aproximação para pouso, em condições meteorológicas adver-sas, com visibilidade reduzida, dentre outros fatores corriqueiros nos quais se teria total domínio, desde que as comunicações esti-vessem disponíveis).

Estatísticas mostram que uma parcela significativa das interferências é causada pelos emissores de energia em freqüências próximas às da faixa do Serviço Móvel Aero-náutico. Trata-se de emissoras do Serviço de Radiodifusão (87 a 108 MHz, faixa contígua à do Serviço de Radionavegação Aeronáutica e ao Serviço Móvel Aeronáutico – 108 a 137 MHz).

Na prática, têm sido freqüentemente obser-vado que emissões de Radiodifusoras auto denominadas “Comunitárias” espalham ener-gia em faixas de freqüências próximas (por utilizarem potências de dezenas de quilowatts, equipamentos com filtragem deficiente ou operarem em freqüências não autorizadas).

O instrumento que institui o Ser-viço de Radiodifu-são Comunitária é a Lei Nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998 e tem em seu Artigo 1º :

Art. 1º Denomina-se Serviço de Radiodi-fusão Comunitária a radiodifusão sonora, em freqüência modu-lada, operada em

baixa potência e cobertura restrita, outorgada a fundações e associações comunitárias, sem fins lucrativos, com sede na localidade de prestação do serviço.

§ 1º Entende-se por baixa potência o ser-viço de radiodifusão prestado a comunidade, com potência limitada a um máximo de 25 watts ERP e altura do sistema irradiante não superior a trinta metros.

§ 2º Entende-se por cobertura restrita aquela destinada ao atendimento de determi-nada comunidade de um bairro e/ou vila.

Além disso, é designada uma freqüência específica para utilização no Serviço de Radio-difusão Comunitária, segundo a Resolução Nº 060, de 24 de setembro de 1998, da Agência Nacional de Telecomunicações:

Art. 1º Designar o canal 200 (87,8 a 88,0 MHz) para uso exclusivo e em caráter secun-dário, das estações do Serviço de Radiodifusão Comunitária, em nível nacio-nal.

Art. 2º Determinar, nos casos de manifesta impos-sibilidade técnica quanto ao uso do canal 200 em deter-minada região, que a Supe-rintendência de Serviços de Comunicação de Massa proceda a estudo de viabili-dade técnica visando a sua substituição por um canal alternativo para utilização exclusiva nessa região.

Parágrafo Único. A indicação do canal alternativo ficará condicionada ao atendimento dos critérios estabelecidos para proteção dos canais de Freqüência Modulada, de Televisão e de Retransmissão de Televisão em VHF, integrantes de plano básico de distribuição de canais, bem como daqueles localizados em Zona de Coordenação de país limítrofe que mantenha acordo ou convênio com o Brasil, e ainda, os canais dos Serviços de Radionave-gação Aeronáutica e Móvel Aeronáutico.

Também, um fenômeno recentemente observado é a utilização de telefones sem fio de longo alcance operando em freqüências do Serviço Móvel Aeronáutico. No ano de 2005, diversos relatos de interferências em comu-nicações aeronáuticas foram registradas, em que se ouvia conversações telefônicas. Inves-tigações da Agência Nacional de Telecomuni-cações identificaram que:

a) os sistemas interferentes eram telefones sem fio de longo alcance (em alguns casos, com cobertura de cerca de 50 km);

b) tratava-se de equipamentos fabricados para operarem em freqüências do Serviço Móvel Aeronáutico; e

c) eram adquiridos em países fronteiriços à região Sul do Brasil e, por isso, se espalharam enormemente naquela região, levando a pro-blemas graves de indisponibilidade de comu-nicações por interferências.

Equipe de Radiomonitoragem do GEIV: 2S Souza Lima e SO Valdoir

O equipamento permite monitorar, detectar, identificar e localizar fontes emissoras de energia eletromagnética

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No dia 1° de agosto, o Centro de Computação da Aeronáutica do Rio de Janeiro (CCA-RJ) comemorou o seu 41° aniversário em solenidade militar presidida pelo Subdiretor de Administração da Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico, Brig Ar Walker Gomes.

Na oportunidade, o CCA-RJ prestou uma homenagem àqueles que, em épocas passadas, atuando como verdadeiros pioneiros da informá-tica e da tecnologia da informação (TI), contri-buíram para a implantação e o desenvolvimento daquela Unidade, levando-o aos atuais níveis de reconhecimento profissional no âmbito do Co-mando da Aeronáutica (COMAER).

São eles: o Maj Brig Eng R1 Tércio Pacitti, o Brig Eng R1 Álvaro Brandão Soares Dutra, o Brig Int R1 Hélio Gonçalves, o Cel Av R1 Sebastião Antonio de Pádua, o Cel Eng R1 Paulo Dantas Cabral, o Cel Int R1 Luiz Fernando Benincasa Correa, o Cel Int R1 Ernani Barbosa e a Sra. Edyr Dupret.

Em seguida, foram apresentados o Graduado e o Praça Padrão do CCA-RJ de 2007, respecti-

vamente o 2S BFT Edson de Souza Brito e o CB SAD Nilvamberto Carlos Bertolin Filho.

Na seqüência da solenidade militar, como reconhecimento aos bons serviços prestados por mais de 20 anos ao COMAER, o SO BCO San-dro Valério Silva de Lucas foi condecorado com a Medalha Militar de Prata com Passador de Prata, tendo recebido a comenda das mãos do Brig Ar Walker Gomes, Paraninfo da Cerimônia.

Na leitura da Ordem do Dia, o Chefe Interino do CCA-RJ, Ten Cel Eng Almeida, fez um retros-pecto da trajetória da Organização e da TI, dentro do Comando da Aeronáutica, apresentando também as atividades executadas pelo Centro de Computação no 1° semestre de 2007.

“O CCA-RJ, como dedicada Organização exe-cutora das atividades de TI que lhe foram atribu-ídas pelo Órgão Central do STI, o DECEA, vem, a cada ano de sua existência, trabalhando para o aprimoramento técnico do seu efetivo, ao mesmo tempo em que preserva os valores e o espírito da casa militar, confiante no sucesso do cumprimen-to da sua missão”, declarou Almeida.

Em suas palavras de encerramento da ceri-mônia, o Brig Walker ressaltou a importância dos profissionais de Tecnologia da Informação, inse-ridos na estrutura do COMAER, dentre estes os militares e civis do CCA-RJ, lembrando que essa área, a todo o momento, apresenta evoluções significativas e que o acompanhamento de novas tecnologias é uma tarefa árdua, porém necessá-ria para o desempenho das tarefas fins da Força Aérea Brasileira.

O Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) comemorou, no dia 19 de julho, seu 29º Aniversário.

O expediente festivo teve início com uma visita guiada, denominada “Vôo no ICEA”, onde convidados tiveram a oportunidade de conhecer o Instituto e suas instalações ativas, com seus vários cursos em andamento.

Após a visita, foi realizada a Cerimônia Militar de comemoração do aniversário, onde foram homenageados o Graduado, Praça e Servidor Civil padrão do ICEA.

A cerimônia foi presidida pelo Comandante-Geral de Tecnologia Aeroespacial, Ten Brig Ar Carlos Alberto Pires Rolla, e contou com a presença do Reitor do ITA, Ten Brig Ar R1 Reginaldo dos Santos, do Diretor de Ciência e Tecnologia do CTA, Maj Brig Ar Ronaldo Salamone Nunes e do Chefe do Subdeparta-mento de Tecnologia da Informação (SDTI), Brig Eng Roberto Souza de Oliveira, repre-sentando o Diretor-Geral do DECEA, Maj Brig

Ar Ramon Borges Cardoso.A data foi celebrada com uma “Feijoada de

Confraternização”, que contou com a presen-ça de convidados e todo o efetivo. Ao final, a Direção do ICEA convidou todos os presentes para as comemorações dos 30 anos do Instituto, esperando contar, em 2008, com a presença de toda a “Família ICEA”.

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Da direita para a esquerda: Ten Brig Reginaldo, Cel Ferraz, Ten Brig Rolla, Maj Brig Salamone e Brig Eng Roberto – presentes à cerimônia de aniversário

O Ten Cel Almeida agradece a con-tribuição dos pioneiros da TI para o desenvolvimento do CCA-RJ

CCA-RJ presta homenagem aos pioneiros da Tecnologia da Informação em seu 41° aniversário

Um “vôo” na história dos 29 anos do ICEA

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Literalmente FalandoAlegria da Leitura3S Marcelo RomanoPAME-RJ

Por que precisamos tanto ler? Imaginem que um livro seja como uma pessoa, ou melhor, um mundo de pessoas vivendo histórias malucas, heróicas, românticas, realistas, fantasiosas, contadas nos variados estilos literários.

Um livro na estante não está cumprindo o seu papel. Isso acontece porque o livro é um mundo que nós só conhecemos se participarmos de sua aventura, do seu descobrimento, e daí ampliarmos nossa visão do mundo em muito menos tempo. Um livro fechado é como uma pedra. Ele só depende de uma pessoa que o folheie, ao menos isso.

As personagens têm tanto a nos contar, tantas histórias que nós desconhecemos. Um livro fechado é como um telefone mudo. É como um mundo cinza.

Quem lê tem uma visão do mundo diferente, até mais poética, mais bonita, faz da mínima beleza a máxima. Quem lê sonha mais. Tem desejo de realizar mais. Ler não é prisão! É libertação! E quem consegue realizar seus sonhos é realmente uma pessoa feliz!

Leiam! Comecem a ler! Não para mostrarem-se cultos, mas para cultivar o coração. Cultivem o coração e cativemos os outros! Só assim começaremos a ter um mundo melhor. Leiam bons livros. Leiam clássicos, pois estes sobrevivem ao tempo e têm muitas coisas para ensinar aos homens de todas as épocas.

Além da alegria de ler, esse hábito pode nos ajudar nos estudos, no trabalho, fazendo com que nós compreendamos melhor os nossos pais, irmãos e amigos.

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