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AERO ESPAÇ Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA N O T Í C I A S - A n o 3 - n º 1 5 PÃO DE AÇUCAR - VISÃO DO AEROPORTO SANTOS-DUMONT - RJ

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Page 1: Aeroespaço 15

AERO

ESPAÇ

Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA

NO

TÍC

IAS - Ano 3 - n º 1 5

PÃO DE AÇUCAR - VISÃO DO AEROPORTO SANTOS-DUMONT - RJ

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Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA,produzido pela Assessoria de Comunicação Social - ASCOM/DECEA

Diretor-Geral:Ten Brig Ar Paulo Roberto Cardoso VilarinhoAssessor de Comunicação Social e Editor:Paullo Esteves - Cel Av R1Redação:Daisy Meireles (MTB 21286-DRT/RJ)Telma Penteado (RJ 22794-JP)Diagramação & Capa:Filipe Bastos (MTB 26888-DRT/RJ)Fotografia:Luiz Eduardo PerezIlustrações:Messias Bassani - CB SDE

Home page: www.decea.gov.br - Intraer: www.decea.intraerE-mail: [email protected] ou [email protected]ço: Av. General Justo, 160 - Centro - 20021-130Rio de Janeiro/RJTelefone: (21) 2123-6585 - Fax: (21) 2262-1691Editado em março/2006

Página 2• Índice / Expediente / Cartas dos Leitores

Página 3• Editorial / Nossa Capa

Páginas 4 e 5 • Novos Comandantes e ChefesPágina 6• CINDACTA I - Cel Rivera assume o Comando

Página 7• CINDACTA II - Cel Schultze é o novo Comandante

Página 8• CINDACTA III recebe o Ten Cel Candez como novo Comandante

Página 9• CINDACTA IV - Cel Carcavallo assume o Comando

Página 10• SRPV-SP - Cel Bueno é o novo Chefe

Página 11• CCA-BR tem novo Chefe: Ten Cel Int Gustavo

Página 12 • Embaixadores dos países membros da OTCA buscam integração com o SIVAM/SIPAM

Página 13• Seção: Literariamente Falando - “Competição Humanista”- CB Marcelo Romano

Páginas 14, 15, 16 e 17• Artigo: Nós estávamos preparados?

Páginas 18 e 19• Seção: Quem é? - SO Caetano

Página 20• Primeira aeronave EU-93A do GEIV realiza vôo RVSM

Página 21• CINDACTA III amplia escopo de sua Certificação ISO 9001• HFAG inaugura Sistema de Agendamento de Consultas Ambulatoriais• CISCEA ministra palestra em Curso de Tática Aérea

Páginas 22 e 23• Seção: Conhecendo o DTCEA - Salvador - BA

Página 24• Nova versão SISPAT1 - Sistema desenvolvido no CCA-RJ é homolgado pela SEFA• Presidente da FIRJAN agradece apoio do PAME em projeto comunitário

Página 25• Oficial Especialista alcança marca significativa• Curso de Tática Aérea recebe palestra do 1º GCC

Página 26• DTCEA dos Afonsos tem novo Comandante• DTCEA de Foz do Iguaçu recebe novo Comandante• Ten Adjaílson assume o Comando do DTCEA de Sinop

Página 27• Operação VENBRA IV - DECEA participa de reunião de planejamento de operação internacional de defesa aérea

Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não expressando,necessariamente, a opinião do DECEA.

Expediente

Cartas dos Leitores ÍndiceSou leitor cada vez mais assíduo da AEROESPAÇO e me encanto com a

dinâmica com que o Informativo explora o DECEA, apresentando suas Unidades, sua gente e suas realizações. Particularmente, gostaria de parabenizar toda a equipe da ASCOM pela brilhante entrevista que desenvolveu na seção “Quem é?” da edição nº 12, onde descreveu um pouco da “vida e obra” do Ten Cel Av Candez, o qual tive oportunidade de conhecer desde 2003 quando foi o Comandante do 1º GCC, época em que realmente revolucionou a vida de muitos que trabalharam com ele em busca do sucesso das Operações Militares na FAB. Parabenizo também ao DECEA por incentivar e manter a Revista Aeroespaço como instrumento de divulgação do nosso trabalho.

Elton BUBLITZ - Maj Av Chefe da Subdivisão de Operações Militares (EOM) do ICEA

Fiquei muito feliz em saber que uma ex-aluna (há 15 anos) ainda se lembra de mim. Ela leu o meu artigo, publicado na edição nº 14 da Aeroespaço. Que coisa boa essa nossa revista! Que poder de comunicação ela tem! Parabéns à ASCOM do DECEA pelo trabalho. A ex-aluna pertencia à antiga TASA e estava lotada na região Norte, acho que na cidade de Itacoatiara - AM. Olha aonde a nossa revista chegou!!!!!! Mais uma vez, parabéns!

Eduardo SILVERIO de Oliveira – Cap Esp CTAChefe da Subdivisão de Infra-estrutura do ICEA

“Tenho a grata satisfação de parabenizar a equipe da ASCOM pela qualidade e seleção dos assuntos publicados na revista Aeroespaço Notícias. Gostaria de ressaltar a Seção “Quem é?“, como um meio de valorizar o homem e, em especial, aqueles que trabalham com dedicação e afinco para que o DECEA cumpra a sua missão. Neste aspecto, observo que, apesar de o DECEA ser também o Órgão Central de outros importantes Sistemas do COMAER, além do SISCEAB, não há uma divulgação sobre a atuação deste Departamento nessas outras áreas. Como sugestão, a Seção “Eu não sabia!” poderia ser utilizada para difundir os demais Sistemas.”

Pedro Arthur LINHARES Lima – Ten Cel IntAdjunto do Chefe do SDTI

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Ten Brig Ar Paulo Roberto Cardoso VilarinhoDiretor-Geral do DECEA

PÃO DE AÇUCAR - VISÃO DO AEROPORTO SANTOS-DUMONT - RJ

Aí está, em nossa capa da Aeroespaço 15, em close-up, o mais conhecido cartão postal do mundo: o Pão de Açúcar, na visão de quem está na cabeceira da pista 20 - proa sul do Aeroporto Santos-Dumont, no Rio de Janeiro.

O Santos-Dumont é, fora de dúvida, um dos mais charmosos aeroportos do Brasil, não só pela beleza natural que o rodeia, mas também, e muito propriamente, pelo conforto que oferece, postando-se em uma posição privilegiada para quem viaja ao Rio de Janeiro, a poucos minutos da Zona Sul e, praticamente, no Centro da Cidade.

A pista é relativamente curta, com águas do mar nas duas cabeceiras, e tem o Pão de Açúcar como obstáculo natural, porém, segue sendo encantador, além de seguro, chegar e sair do Rio de Janeiro com esta paisagem.

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Chegamos ao mês de março de 2006 com o pique natural que marca o começo do ano, apostando em continuadas realizações em nosso Sistema. Muito embora

este realizar seja quase uma conseqüência natural para nós, não devemos perder de vista cada passo que damos, pois é o resultado direto do esforço e da competência de uma pessoa, de um grupo de pessoas, de uma de nossas organizações e, por fim, do próprio Departamento de Controle do Espaço Aéreo.

Aí está, exatamente, o conceito de processo, onde o que se realiza hoje é o resultado de um planejamento preciso e detalhado de ações que se justificam por conta de dificuldades que se interpuseram em nosso passado, remoto ou recente. Daí a inexorabilidade de nossas realizações – elas vão fatalmente acontecer como resultado deste processo – e é muito bom trabalhar assim.

Enquanto isto, vamos tratando de melhorar nosso padrão de qualidade, reforçando o conceito de aprimoramento em todas as áreas, com ênfase na capacitação, elevação de nível e aperfeiçoamento de nossos recursos humanos.

Os incrementos tecnológicos, que velozmente fazem parte de nosso universo de atuação, devem, obrigatoriamente, ser acompanhados da preparação de nossos profissionais. Este é um trabalho sem tréguas e, também, preciso e detalhado.

Por todos esses motivos, não há razões para estresses em nosso meio. Cada movimento físico é o resultado de um movimento de espírito, antecedente. O trabalho de inteligência operacional do SISCEAB é contínuo, profícuo e, conseqüentemente eficaz – motivo de orgulho para nós.

E aí está a nossa revista Aeroespaço para tornar público, para o nosso público interno, cada um desses passos e conquistas. Como sempre, sua colaboração é imprescindível e se consubstancia na matéria-prima de nosso eventual sucesso como publicação.

Obrigado.

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Carioca, nascido em 1959, o Ten Cel Av Candez foi aspirante em 10 de dezembro de 1982 e assumiu o atual posto de Tenen-te Coronel em 31 de abril de 2001. Con-decorado com a Medalha Militar de Prata e a Medalha Mérito Santos-Dumont, pos-sui mais de 2.000 horas de vôo, sendo 900

de Caça.Dentre os Cursos realizados estão os de Gerenciamento de

Atividades do SISCEAB; Gestão pela Qualidade Total; Coman-do e Estado-Maior; Piloto de Caça; Controlador de Circulação Operacional Militar e de Operações Aéreas Militares; Chefe Controlador de COpM; Supervisor de Guerra Eletrônica; In-terceptação Automatizada; Planejamento de Guerra Eletrônica

(COMGAR); e Planejamento de Operações Aéreas de Força Ta-refa Combinada. Dentre as conferências por ele proferidas estão os temas “Sistema de Vigilância, de Informação e de Comuni-cação” (SSIC); “Estrutura do 1º GCC”; “Emprego do 1º GCC no TO”; “Meios de Comunicações e Controle do Espaço Aéreo (CCEA)”; e “O SISCEAB na Estrutura Militar de Defesa”. Ao longo de sua carreira militar destacam-se os cargos de Chefe da Seção de Inteligência e Guerra Eletrônica do COpM 1; Chefe do COpM 1 (do CINDACTA I); Chefe da Divisão Técnica do já extinto Serviço Regional de Proteção ao Vôo de Porto Alegre (SRPV-PA); Comandante do 2º/1º GCC; Adjunto da Divisão de Operações Militares do DECEA (D-OPM); Comandante do 1º GCC; e Chefe da Divisão de Meteorologia Aeronáutica do DECEA (D-MET).

Curitibano, nascido em 1958, o Cel Av Schultze entrou para a FAB em 10 de de-zembro de 1981, assumindo o atual posto de Comandante do CINDACTA II em 12 de janeiro de 2006. Possui aproximada-mente 4000 horas de vôo, tendo sido Ins-trutor nas aeronaves C-115 Buffalo, P-95

Banderulha e C-98 Caravan. Entre os cursos realizados, destacam-se o Curso de Chefe Con-

trolador de Tráfego Aéreo; Curso de Circulação Operacional Mi-litar Automatizado; Curso de Operação Estação Radar; e os Cur-

sos de Planejamento de Combate Eletrônico e de Supervisor de Guerra Eletrônica. Schultze recebeu as condecorações Medalha de Ouro, Medalha Mérito Santos-Dumont e Medalha Ordem do Mérito Aeronáutico no grau Cavaleiro.

No próprio CINDACTA II, o Cel Schultze já exerceu diversos cargos, tais como Chefe da Seção de Pessoal Militar; da Seção de Treinamento e Avaliação, do Centro de Operações Integradas; da Divisão Técnica; e Adjunto da Divisão de Operações. Foi também Comandante do DTCEA Curitiba e Chefe da 1ª Seção do Estado Maior do COMAR IV.

Natural da Cidade do Rio de Janeiro, nascido em 1958, o Cel Av Rivera iniciou sua carreira militar em 10 de dezembro 1981, chegando à atual patente em 31 de agosto de 2004. Dentre seus cursos, desta-cam-se o de Inspetor de Aviação Civil; o de Corrosão para Oficiais (ILA); o de Chefe

Controlador de Operações Aéreas Militares; o de Gerenciamento de Atividades do SISCEAB e o de Radar Erieye (R-99) Embraer. Com mais de 3.200 horas de vôo em aeronaves como L-42, H-31, T-25, U-42 e 7A, UH-1H, 06, 50 e 60, SIKORKY SK-76 e CH-34, Cel Rivera foi condecorado com a Ordem do Mérito

Aeronáutico no grau Cavaleiro, Medalha Mérito Santos-Dumont e Medalha Militar de Prata. Ao longo de sua carreira militar, o Cel Rivera assumiu postos importantes, como os de Adjunto da Divisão Técnica, posteriormente Chefe desta Divisão e Assessor de Planejamento do CINDACTA III; Comandante do 2º/1º Grupo de Comunicações e Controle (GCC); Adjunto do Sub-diretor Técnico da extinta Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo (DEPV) – atual DECEA; Adjunto do Chefe do Subdepar-tamento Técnico e do Vice-Diretor Executivo do DECEA; Chefe da Divisão Técnica da CINDACTA I; e Assessor de Controle do Espaço Aéreo do Departamento de Política de Aviação Civil do Ministério da Defesa.

CINDACTA IIITen Cel Av José Alves Candez Neto

CINDACTA IICel Av Ayrton José Schultze

Novos Comandantes e Chefes

4AEROESPAÇO

CINDACTA ICel Av Lúcio Nei Rivera

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Condecorado com a Medalha Mérito Santos-Dumont e a Medalha Militar de Prata, o Cel Carcavallo nasceu em São Paulo, capital, em julho de 1960, e ini-ciou sua carreira na Força Aérea em 09 de dezembro de 1982 e galgou o atual pos-to de Coronel Aviador em 30 de abril de

2005. Dentre os cursos acadêmicos e operacionais estão os de Tática Aérea; Análise de Sistemas; Gerenciamento de Atividades do SISCEAB; Comando e Estado-Maior; Piloto de Caça; Líder de Elemento e de Esquadrilha da Aviação de Caça; Tráfego Aéreo Internacional; Chefe Controlador de Operações Aéreas Milita-

res; e Componente Aéreo de Força Tarefa Combinada. O Cel Carcavallo obteve suas horas de vôo nas aeronaves TZ-13, T-23, 25 e 27, AT-26 e F5E e F. Durante o serviço prestado à FAB estão os cargos de Comandante do 3º/1º Grupo de Comunica-ções e Controle (GCC); Membro da Comissão de Fiscalização e Recebimento do Sistema de Vigilância da Amazônia, em Bos-ton (EUA); Adjunto do Chefe da Divisão Técnica da Comissão para Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA); Chefe da Divisão Técnica do Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ); e Chefe da Divisão de Suprimento Técnico do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

SRPV-SPCel Av Ramão Galvarros Bueno

CCA-BRTen Cel Int Tomaz Gustavo Maciel de Lima

CINDACTA IV Cel Av Eduardo Carcavallo Filho

Novos Comandantes e Chefes

5AEROESPAÇO

Nascido em Porto Alegre (RS), em 1959, o Cel Gustavo incorporou à FAB em 12 de dezembro de 1981, assumindo o Comando do CCA-BR em 10 de janei-ro de 2006. Pós-graduado em Informática pela Universidade Católica de Brasília em 1987 e Mestre em Projetos de Sistemas de

Informações pela Royal Military College of Science da Cranfield University, na Inglaterra, em 1997, Gustavo teve como princi-pais postos os de Oficial Intendente na Base Aérea de Canoas; Funções Administrativas e Técnicas como Analista de Sistemas

no próprio CCA-BR; Missão Temporária na Comissão Aeronáu-tica Brasileira em Washington; e Adjunto da Seção de Sistemas Operacionais da 3ª Subchefia do EMAER. Como condecora-ções, o Ten Cel Gustavo recebeu as Medalhas Mérito Santos-Dumont e Militar de Prata.

É também o compositor da Canção do 5º Esquadrão de Trans-porte Aéreo e o analista de sistemas responsável pela implantação do sistema de emissão de boletins (primeiro sistema aplicativo de microinformática institucionalizado voltado para as atividades administrativas na rotina das Organizações Militares).

Natural do Rio Grande do Sul, nasci-do em 1960, o Cel Av Ramão Galvarros Bueno entrou para a Força Aérea em 10 de dezembro de 1982, alçando o patamar de Coronel em 25 de dezembro de 2005.

Entre seus cursos estão os de Gerencia-mento do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro; o de Comando de Esta-

do-Maior da Aeronáutica; e o MBA em Recursos Humanos na Proteção ao Vôo. Dentre os cargos que ocupou ao longo de sua carreira, destacam-se os de Chefe da Seção de Inteligência e Che-fe da Segurança da extinta Diretoria de Eletrônica e Proteção

ao Vôo (atual DECEA); Comandante do 5º/1º Grupo de Co-municação e Controle (GCC); Adjunto do Diretor Operacional da CCSIVAM e do Gerente do Projeto SIVAM; Comandante do Grupo Especial de Inspeção em Vôo; e Chefe da Divisão de Recursos Humanos do DECEA.

Bueno recebeu diversas condecorações. Foram elas a Medalha Militar de 10 e 20 anos; a Medalha Mérito Santos-Dumont; a Medalha Mérito Santos-Dumont do Estado de Minas Gerais; a Medalha Sangue de Heróis da Associação dos Ex-Combatentes do Rio de Janeiro; e a Medalha Mérito Vasco Fernandes Couti-nho da Polícia Militar do Espírito Santo.

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6AEROESPAÇO

CINDACTA ICel Rivera assume o Comando

O Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Con-trole de Tráfego Aéreo realizou, no dia 11 de janeiro de 2006, a Cerimônia Militar de Passagem de Comando do Cel Av Paulo Gerarde Mattos Araujo ao Cel Av Lúcio Nei Rivera da Silva.

O evento foi presidido pelo Ten Brig Ar Flávio de Oli-veira Lencastre, Ministro do Superior Tribunal Militar e o Ato de Passagem de Comando foi presidido pelo Vice-Diretor Executivo do DECEA, Maj Brig Ar Luiz Paulo Moraes da Silveira.

Abrindo seu discurso de despedida, o Cel Gerarde dis-se: “‘O que ontem é história, amanhã é um mistério. Mas o hoje é uma dádiva, por isso, se chama presente’. Neste verso vejo sintetizado todos os meus dias vividos nesta organização. Recordando momentos deste Comando que se encerra, posso afirmar que dos mais difíceis, surgiram lições importantes para as situações futuras e dos mais tranqüilos, obtive a certeza da missão bem executada e, por conseguinte, a confiança de que estava no caminho certo.

“Comandar o CINDACTA I, este magnífico empre-endimento inserido pelos nossos pioneiros do Planalto Central”, prosseguiu, “foi motivo de grande satisfação. Porém, a continuidade da vida e da maravilhosa profissão que abracei, me aponta novos horizontes. É preciso seguir em frente”.

Com relação ao seu sucessor, Gerarde proferiu as se-guintes palavras: “Finalmente externo ao Cel Rivera, Comandante do CINDACTA I, minha total confiança no sucesso de seu comando, dado às notórias qualidades pessoais e profissionais que possui. Desejo todas as felici-dades advindas da missão cumprida com zelo, dedicação e entusiasmo. Parabenizo as autoridades pela sabedoria de sua escolha e ao CINDACTA I pelas oportunidades e fe-licidades que surgirão com a sua indicação”.

Representando o DGCEA, o VIDEX externou a todos a mensagem enviada pelo Ten Brig Vilarinho e a felicida-de que marcava o momento da Passagem de Comando. “Este é um momento de festa”, disse.

“Há alegria em nossos corações e os motivos são mui-tos. O CINDACTA I é o pioneiro de nosso Sistema como símbolo de êxito na integração da defesa aérea com o con-trole de tráfego aéreo no Brasil. Inicialmente visto com desconfiança pela comunidade internacional, este modelo mostrou-se vitorioso a ponto de receber da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) recomendação para que fosse copiado por outros países.

“Caixa de ressonância do nosso Sistema, o CINDACTA I, até por uma contingência histórica, aco-lheu sempre as primeiras mudanças, as primeiras revitali-zações, os equipamentos mais modernos que iam, pouco a pouco, sendo incorporados ao Sistema. Hoje presen-tes a esta cerimônia estão os atuais condutores deste processo, civis e militares que compõem o efetivo do CINDACTA I e que por dois anos foram conduzidos por você, Coronel Gerarde”.

Ressaltando as principais metas atingidas durante a ges-tão do Cel Gerarde, foi apontada a participação decisiva na implantação da Separação Vertical Mínima Reduzida (Re-duced Vertical Separation Minimum - RVSM) no Brasil; e a entrada em operação da nova circulação aérea geral e, adicionalmente, aos aspectos técnicos e operacionais.

Cumprimentando o novo Comandante, o Maj Brig

Silveira proferiu as seguintes palavras: “a indicação e a escolha para Comandar um CINDACTA, por si só, é um indicativo de virtudes morais e profissionais excepcionais. O DECEA deseja-lhe muita sorte, con-fiando em sua competência e experiência”.

Ao final da Cerimônia, a tropa passou em revista ao seu novo Comandante.

Cel Rivera e Cel Gerarde passando a tropa em revista

A cerimônia foi presidida pelo Ten Brig Lencastre (STM)

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Na presença de autoridades da Aeronáutica, Oficiais, mi-litares, familiares e amigos, o Comando do Segundo Centro de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II) foi passado do Cel Av Carlos Vuyk de Aquino ao Cel Av Ayrton José Schultze. O evento presidido pelo Diretor-Geral DECEA, Ten Brig Ar Paulo Roberto Cardoso Vilari-nho, realizou-se no dia 12 de janeiro.

Abrindo seu discurso de Passagem de Comando, o Brig Vilarinho, voltou ao passado, reconhecendo a importância daquele momento. “Certo dia, em 1995, estive aí em sua posição, Cel Aquino, transferindo, também, o Comando e um CINDACTA às mãos de meu sucessor. Sendo assim, posso perfeitamente avaliar seus sentimentos neste momen-to. Uma tarefa difícil e complexa esta, a de comandar um órgão operacional da envergadura de um CINDACTA II, acrescendo-se a isto a importância da presença da Força Aérea e do Comando da Aeronáutica em seu processo de interação com a Comunidade, neste que é um dos mais importantes Estados da Federação – o Paraná”.

O Ten Brig Vilarinho declarou que o CINDACTA II, sediado na região sul do País, é o primeiro fruto colhido da experiência exitosa de integração da Defesa Aérea com o Controle de Tráfego Aéreo no Brasil, semente plantada no CINDACTA I em outubro de 1976.

Criado em 1982, o CINDACTA II é pródigo em re-

alizações e foi, pouco a pouco, con-solidando-se como o CINDACTA plataforma e laboratório do desenvol-vimento de projetos para o Sistema.

Singular em muitos aspectos, inclusive em sua infra-estrutura, por ser o único CINDACTA sub-terrâneo, o CINDACTA II é peça importantíssima no contexto do Sis-tema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), por controlar porção significativa do tráfego aéreo do Brasil, exatamente na parte in-dustrialmente mais desenvolvida do território nacional e porta de entrada do Mercosul.

Mais adiante, o Brig Vilarinho, reconheceu os projetos relevantes que foram executados na gestão do Cel Aquino, tais como a substituição de 25% do parque computacional da sede do CINDACTA e de seus destacamentos; substituição de toda a canalização de comunicações do sistema analógico para o digital; desenvolvimento e implantação de sintetizadores de freqüência para os VHF 200; construção do novo Des-tacamento de Controle do Espaço Aéreo (DTCEA) Uruguaiana; a re-forma e informatização do Hospital

do CINDACTA II; e a reforma do Centro Educacional Céu Azul.

Em seu discurso de despedida, o Cel Aquino saudou a todas as autoridades presentes na pessoa do Maj Brig Ar Wilmar Terroso Freitas, Comandante do Quinto Coman-do Aéreo Regional. Declarou que durante os dois anos que esteve a frente da “desafiante Organização”, aprendeu muito. “Aprendi que uma missão só é possível ser cumprida por intermédio de pessoas e que estas pessoas têm anseios e sonhos, mas que, sobretudo, têm amor por aquilo que fazem”, disse.

Em seus agradecimentos, Aquino professou seu mais profundo reconhecimento ao Alto-Comando do DECEA por tudo aquilo que fez pelo CINDACTA II e pelo seu Comandante, em especial, ao Ten Brig Ar José Américo dos Santos, ex-Diretor do DECEA, pela confiança, ao endosso às suas decisões e pelas orientações nos momentos opor-tunos.

“Aos meus comandados”, prosseguiu, “o meu reconhe-cimento e gratidão por tudo aquilo que fizeram por mim e a minha família. E peço, conforme falei inúmeras vezes, que jamais pensem pequeno, que planejem o futuro e que nunca deixem esmaecer o brilho dos olhos, pois só assim conseguiremos melhorar como pessoas, como militares e como organização”.

Ao seu sucessor e amigo, Cel Schultze, desejou “continu-ado sucesso e a mesma sorte que tive”.

Com relação ao Cel Schultze, o Brig Vilarinho proferiu as seguintes palavras: “nas suas hábeis e experientes mãos o SISCEAB entrega o CINDACTA II. Temos certeza de que os valores morais e profissionais que o indicaram para este posto de Comando serão, no primeiro instante, a matéria-prima que o qualificarão para bem desempenhá-lo. Receba da Direção-Geral do DECEA a certeza do apoio irrestrito ao cumprimento de sua missão”.

7AEROESPAÇO

CINDACTA IICel Schultze é o novo Comandante

Cel Schultze, novo Comandante do CINDACTA II

Cel Aquino entrega o DOM ao Cel Schultze

A cerimônia foi presidida pelo Diretor-Geraldo DECEA

Page 8: Aeroespaço 15

CINDACTA IIIrecebe o Ten Cel Candez como novo Comandante

Na tarde do dia 31 de janeiro, o Terceiro Centro Inte-grado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (CINDACTA III), localizado em Recife-PE, realizou a Pas-sagem de Comando do Cel Av Luiz Fernando de Azevedo ao Ten Cel Av José Alves Candez Neto.

Abrindo o cerimonial, como de praxe, o Comandante substituído e o substituto, acompanhados de suas respec-tivas esposas, trocaram placas de homenagem e flores e fizeram o des-cerramento da foto do Cel Luiz no quadro de fotos de Ex-Comandan-tes. Quebrando o protocolo, o Cel Luiz solicitou que o Cel Dias, Co-mandante da gestão anterior à sua, presenteasse o atual Comandante com o boné da Ordem dos Gaviões, criada pelo próprio Cel Dias em ho-menagem a todos os Comandantes do CINDACTA III.

Neste momento, o Cel Candez pediu a palavra, ressaltando que, no período de transição em que esteve com o Cel Luiz, pôde, com satisfa-ção, constatar que “o CINDACTA III estava funcionando plenamen-te”.

Em seguida, todos se encaminha-ram ao dispositivo no qual se deu a Passagem presidida pelo Diretor-Geral do DECEA, Ten Brig Ar Pau-lo Roberto Cardoso Vilarinho.

Em suas palavras de despedidas, o Cel Luiz declarou: “este é um momento singular e extremamente significativo na vida de um oficial, pois concretiza a conclusão de um ciclo que normalmente não se repete na carreira militar e, por ser único, reveste-se de uma aura muito especial.

“Quis o destino me reservar um grande prêmio – coman-dar o CINDACTA III. Com toda certeza é um sonho de

vários oficiais de nossa Força, porém essa honra é reservada a poucos. A oportunidade que tive de conviver com todos os integrantes deste Centro coroou uma carreira iniciada no SISCEAB em 1991 e voltada sempre para o aprendizado. A cultura adquirida será de extrema valia para toda a minha vida profissional e, com certeza, servirá como bússola para o desempenho das minhas futuras atribuições”.

Finalizando seus agradecimentos, o Cel Luiz referiu-se ao seu sucessor dizendo: “ao ter Cel Candez, oficial de lar-ga experiência no SISCEAB, incluindo um Comando de repleto sucesso frente ao 1º GCC, desejo muita sorte e feli-cidade junto aos seus familiares. Sob o seu comando, tenho a certeza de que este Centro irá alcançar um patamar de excelência ainda mais significativo, diante do cumprimento de sua missão”.

Dando continuidade à Cerimônia Militar, o Ten Brig Vilarinho abriu seu discurso falando da Organização: “aqui neste sítio histórico, aos pés do Monte Guararapes, onde a brasilidade deu seus primeiros e decisivos passos, o SISCEAB ativou, em 1992, o CINDACTA III, sucedendo o antigo Serviço Regional de Proteção ao Vôo do Recife (SRPV-RF), que prestou, durante décadas, um inestimável serviço ao nosso Sistema.

Ressaltando as conquistas de qualidade ímpar, o DGCEA destacou que o CINDACTA III, presentemente, é o único órgão do nosso Sistema que tem seis Destacamen-tos sob sua subordinação certificados com o galhardão da Qualidade ISO 9001/2000, além do órgão central, a sede do CINDACTA III. Pontuou também que o CINDACTA III é em toda América Latina, o único órgão de Controle de Tráfego Aéreo a possuir um Controle de Aproximação

Radar e um Centro de Controle Radar de Área com a Certificação ISO 9000”.

Concluindo seu discurso, diri-giu-se ao Comandante substituído, Cel Luiz, dizendo: “este momento é seu. Estou certo da alegria e da satisfação pessoal que o invade nes-te instante. Para um militar e, ade-mais disto, para um Comandante, é sempre um prazer indescritível completar sua missão com êxito e poder contemplar suas realizações com a segurança de quem, todo o tempo, esteve buscando fazer o seu melhor. Parabéns”.

Ao Comandante Candez, de-sejou muita sorte e felicidade em sua gestão, colocando que estava convicto de que o CINDACTA III está em boas mãos.

Antes do coquetel de cele-bração, ao final da Cerimônia, a tropa passou em revista ao seu novo Comandante.

O Diretor-Geral do DECEA, ladeado pelos Cel Luiz e Ten Cel Candez

8AEROESPAÇO

A inauguração da galeria de fotos foi prestigiada pelas esposas do atual e do ex-comandante do CINDACTA III

Page 9: Aeroespaço 15

O Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV) promoveu, no dia 20 de janeiro, a solenidade de Passagem de Comando da Uni-dade do Cel Av Renato Luiz Scariot ao Cel Av Eduardo Antonio Carcavallo Filho.

Antes de dar início à Cerimônia presidida pelo Diretor-Geral do DECEA, Ten Brig Ar Paulo Roberto Cardoso Vilarinho, foi inaugurada a galeria de retratos de ex-coman-dantes do CINDACTA IV.

As palavras de despedida do Cel Scariot, que, de ta-manha originalidade, foram um poema, iniciaram assim: “‘Debaixo do céu há um momento para tudo e tempo certo para cada coisa’. Palavras bíblicas marcadas a ferro e fogo em Eclesiastes pela certeza da fé. Verdade sublimada no trabalho conjunto de profissionais das mais diversas quali-ficações. Dois anos de conquistas e realizações! Debaixo do céu há um momento para tudo, mas fundamentalmente para garantir o controle seguro do Tráfego Aéreo em 60% por cento do território nacional, pedaço de chão cobiçado por suas imensas riquezas.

“Por mais rotineiro que fosse, porém, comandar 27 destacamentos e dez sítios isolados, a rotina do CINDACTA IV caracterizou-se como um processo dinâmico e evolutivo. Aquela mistura acanhada de Serviço Regional de Proteção ao Vôo e de Destaca-mento de Proteção ao Vôo Eduardo Gomes, abrigadas sob um mesmo teto, está longe de representar o que no ontem mais próximo chamávamos SRPV-MN e ao que hoje é a pulsante realidade do CINDACTA IV.

“CVA, SIVAM e até mesmo SERAC. Um pouco de tudo um dia fomos chamados. Ilustres desconhecidos... não importa. Pouco importa. Nós colhemos os frutos ma-duros das realizações implementadas por cada um daqueles

que nos antecederam. O resultado aí está: um complexo sistêmico que amplia o sorriso da face e mareja num repen-te sorrateiro os nossos olhos. Um complexo que está longe ainda de ser uma obra acabada”, declarou.

Em meios aos agradecimentos, o Cel Scariot referiu-se ao DECEA e suas Comissões CISCEA/CCSIVAM: “Há um tempo, ainda, para lembrar da maneira amigável e respeitosa com que foram tratados os assuntos que diziam respeito a esta Unidade pelos Oficiais-Generais e demais integrantes da CISCEA/CCSIVAM, sob a orientação do Maj Brig Ramon, do Brig Pinheiro e, mais recentemente, do Brig Roberto, permanentemente ladeados pelos demais Oficiais-Generais do Alto-Comando do DECEA – Maj Brig Silveira, Brigadeiros Polhmann, Peres, Rogério, Rober-to e Alves, assessorados pelos seus Chefes de Divisões”.

Ao seu sucessor, ele proferiu as seguintes palavras, finali-zando seu discurso: “ao Cel Carcavallo, desejo que seja mui-to feliz e que possa dar seguimento aos empreendimentos que fazem parte dos nossos sonhos. Muita força e muita luz. Muito há que se construir, que se viver. Outros tempos vi-rão. Já não é mais meu tempo... Se para tudo há um tempo, agora, não há mais tempo. É hora de partir. Hora de um outro. Tempo de um outro”.

Em seu discurso, o Ten Brig Ar Vilarinho, além de elo-giar a conduta e os serviços prestados com excelência pelo Cel Scariot e saudar com boas-vindas o novo Comandante, Cel Carcavallo, ressaltou as metas atingidas com grande empenho e sucesso no CINDACTA IV – O CINDACTA da Amazônia. Dentre elas, estão a própria criação e imple-mentação do CINDACTA e a ativação do Quarto Centro de Operações Militares (COpM 4).

CINDACTA IIIrecebe o Ten Cel Candez como novo Comandante

CINDACTA IVCel Carcavallo assume o Comando

9AEROESPAÇO

Ten Brig Vilarino, ao centro, presidiu a cerimônia

Cel Scariot e Cel Carcavallo passam em revista a tropa do CINDACTA IV

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SRPV-SPCel Bueno é o novo Chefe

O Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo (SRPV-SP) celebrou, no último dia 27 de janeiro, a Passa-gem de Chefia do Cel Av Luiz Cláudio Ribeiro da Silva ao Cel Av Ramão Galvarros Bueno.

Em seu discurso, o Diretor-Geral do DECEA, Ten Brig Ar Paulo Roberto Cardoso Vilarinho, que presidiu a Cerimônia Militar, destacou a importância do órgão den-tro do Sistema. “Localizado na mais densa área de tráfego aéreo do País, com cerca de 1.500 movimentos aéreos di-ários, na maior cidade da América Latina, cada pequeno acontecimento aqui tem repercussão imediata no cenário nacional. Sendo assim, o Chefe do SRPV-SP, mais do que Comandante Operacional da área, deve possuir uma habi-lidade a mais, qual seja: a de acolher, quase cotidianamente, os questionamentos, dúvidas e interesses de divulgação que vêm através da imprensa. Isto requer, a par de uma notável continência verbal e paciência, muita serenidade e inteli-gência”, declarou.

Saudando o Cel Ribeiro, o Brig Vilarinho proferiu as seguintes palavras: “receba o nosso reconhecimento por esta faceta singular que se interpôs durante sua Chefia e da qual saiu-se esplendidamente bem”.

Ao destacar as metas atingidas durante sua chefia, foram citadas a entrada em operação do contro-le-radar de helicópteros na cidade de São Paulo (iniciativa inédita no mundo); a entrada em operação do novo Controle de Aproximação de São Paulo (APP-SP); a implemen-tação dos novos radares na Área Terminal de São Paulo (ACC-SP): Congonhas, Guarulhos, Campinas e Mombaça, o que permitiu o au-mento em quase 100% da confia-bilidade e segurança das operações; e a transmissão dos Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo de Pirassununga, Campo Grande e Corumbá para o Segundo Cen-tro de Controle de Defesa Aérea

e Controle de Tráfego Aéreo e a absorção dos DTCEAs de Santa Cruz, Galeão, Afonsos e do DTCEA Telemática do Rio de Janeiro (o extinto SRPV-RJ) – vale ressaltar que com este processo de absorção, o SRPV-SP teve seu efetivo aumentado em mais de 400 homens.

“Tudo isso é fruto de muito trabalho, persistência e competência que reconheço e compartilho com todos os integrantes do SRPV-SP, ao tempo que o parabenizo pelo cumprimento impecável de sua missão como chefe deste Órgão, muito obrigado”, declarou o Brig Vilarinho com relação ao trabalho do Cel Ribeiro.

Concluindo seu discurso, o Brig Vilarinho deu as boas-vindas ao Cel Bueno, ressaltando sua experiência e competência dentro do Sistema.

Iniciando suas palavras de despedida, o Cel Ribeiro declarou: “após dois anos à frente do SRPV-SP, deparei-me com um desafio gigantesco: transmitir de forma coerente e concisa o turbilhão de experiên-cias e emoções que eu e minha família vivemos neste período. A atua-lização à realidade do SRPV e do DECEA”, prosseguiu, “foi rápida e completa, graças, principalmente, ao meu grande amigo e antecessor Cel Hélio, que, com extrema paciência, apresentou-me os projetos em

andamento e as necessidades e particularidades da Or-ganização”.

Quanto à rotina das atividades, o Cel Ribeiro disse que o passar dos meses mostraram a ele que cada dia de trabalho na Organização é um marco importante para a segurança, a fluidez e a regularidade das operações aéreas do País.

Ao terminar seus agradecimentos, declarou: “ao efetivo deste Serviço e Destacamentos subordinados, gostaria de dizer que fazer parte desse time e viver o dia-a-dia desta Organização, foi a experiência mais gratificante de minha vida. Rogo a Deus que ilumine a trajetória de todos e que permita que o SRPV-SP continue contribuindo de forma marcante para o desenvolvimento da navegação aérea bra-sileira”.

Ao seu sucessor, declarou: “Caro amigo Bueno, passo para a sua responsabilidade um grupo disciplinado, vibran-te, dedicado e extremamente profissional. Conhecedor de sua vasta experiência na vida militar e no Sistema de Con-trole do Espaço Aéreo Brasileiro, tenho a certeza que o seu comando será coroado de grande sucesso”.

10AEROESPAÇO

O novo Chefe do SRPV-SP

Autoridades civis e militares prestigiaram a cerimônia de Passagem de Chefia do SRPV-SP

A entrega do distintivo do SRPV-SP

Ten Brig Ar Vilarinho presidiu a cerimônia

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O Cel Av José Luiz Villaça Oliva passou o cargo de Che-fe do Centro de Computação da Aeronáutica de Brasília (CCA-BR), no dia 10 de janeiro, para o Ten Cel Int Tomaz Gustavo Maciel de Lima. O ato de Passagem de Chefia foi presidido pelo Brig Eng Roberto Souza de Oliveira, Chefe do Subdepartamento de Tecnologia de Informação, repre-sentando o Diretor-Geral do DECEA, Ten Brig Ar Paulo Roberto Cardoso Vilarinho.

No discurso do DGCEA, lido pelo Brig Rogério na ce-rimônia, foi ressaltado que “o CCA-BR tem uma tarefa das mais importantes no contexto da Tecnologia da Informação na área de Brasília, especialmente porque atua como ele-mento de assessoria do Sistema junto à Alta Administração do Comando da Aeronáutica”.

No texto, o Ten Brig Villarinho declarava que: “mais do que necessária, indispensável até, a Tecnologia da Informa-ção representa a ferramenta meio que permeia a grande maioria das nossas atividades, sejam elas administrativas, técnicas ou operacionais que facilitam a tomada de deci-sões. A primeira delas foi a obtenção da Certificação isso 9001:2000 que permite que o órgão gerencie seus processos e contribua para a implantação e manutenção da política de qualidade”.

Outros projetos de grande relevância, conquistados na gestão do Cel Villaça, foram destacados, tais como a im-

plantação do Núcleo Laboratorial de Testes da Autoridade Certificadora do Comando da Aeronáutica, tanto no âmbi-to do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), quanto do próprio CCA para a certificação de mensagens eletrônicas. Esta tecnologia viabilizará a oferta de serviços de sigilo, au-tentificação e não-repúdio para transações eletrônicas, além de seu amparo legal.

Na sua Ordem do Dia, o Cel Villaça declarou: “penso ser este o momento oportuno para externar ao Comandante da Aeronáutica, Ten Brig Ar Luis Carlos da Silva Bueno, bem como a todo seu Alto-Comando o meu agradecimento e reconhecimento pela confiança com que me distinguiram ao indicar-me para tão honroso cargo. Recebi esta missão com satisfação e humildade”.

Mais adiante, Cel Villaça disse que fez o que estava ao seu alcance para elevar aos mais altos patamares o nome do CCA-BR e também para honrar todo o legado deixado por seus antecessores. “Sou sabedor de que o verdadeiro poder não está na possibilidade de dar ordens, mas na capacidade de formar uma equipe e de motivá-la, de definir objeti-vos, priorizá-los e executá-los, buscando, para tal, o apoio necessário para alcançá-los. Foi um privilégio conhecer e trabalhar com profissionais, administradores e técnicos ad-miráveis, cônscios de seus deveres e obrigações”.

Com relação ao seu sucessor, Ten Cel Int Gustavo, que

conhece de longa data, Villaça disse: “diferentemente de quando assumi, inicia seu Comando com a grande vanta-gem de possuir sólidos conhecimentos na área de Tecnolo-gia da Informação, o que vai lhe facilitar em muito sua mis-são. Gustavo, desejo-lhe muito sucesso e felicidade em sua nova jornada, pois você possui todos os requisitos exigidos pela nossa Instituição para desempenhar com brilhantismo a sublime missão de Chefe do CCA-BR”.

Ao novo Chefe do CCA-BR, o Diretor-Geral do DECEA enviou palavras de acolhimento e incentivo: “sua experiência e competência o precedem, afinal, você galgou todos os degraus desta atividade ao longo de todos os pos-tos hierárquicos como Oficial até este momento em que assume a Chefia de um órgão do Sistema. Desejamos sorte e hipotecamos o apoio irrestrito do DECEA e do SDTI ao cumprimento da sua missão”.

Na solenidade, estavam presentes o Vice-Chefe do Esta-do-Maior da Aeronáutica, Maj Brig Ar Carlos Alberto Pires Rolla, o Diretor de Intendência, Maj Brig Int Eliseu Men-des Barbosa, o Chefe do Estado-Maior do Comando- Geral do Pessoal, Maj Brig Ar Gilvan Martins Ferreira e o Chefe da Quarta Subchefia do Estado-Maior da Aeronáutica, Maj Brig Ar Antonio Gomes Leite Filho.

SRPV-SPCel Bueno é o novo Chefe

CCA-BRTem novo Chefe: Ten Cel Int Gustavo

11AEROESPAÇO

A Passagem da Chefia foi presidida pelo Brig Eng Roberto (SDTI)

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Literariamente FalandoO Centro Gestor e Operacional do Siste-

ma de Proteção da Amazônia (Censipam) solicitou ao Comando da Aeronáutica apoio para apresentar o Sivam (Sistema de Vigi-lância da Amazônia) e – principalmente, as potencialidades do Sipam (Sistema de Prote-ção da Amazônia) para os demais países que possuem território na região Amazônica, representados por membros da Organiza-ção do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).

A OTCA foi criada em 1995, reunindo os oito países (incluindo o Brasil) que, em 1978, assinaram o Acordo para a promoção de ações conjuntas para o desenvolvimento sustentável da Bacia Amazônica.

Na comitiva estavam representados os seguintes países: Bolívia, Colômbia, Equa-dor, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, além do secretário-Executivo do Itamaraty/OTCA, Sr. Francisco José Ruiz, e de repre-sentantes do Ministério das Relações Exte-riores, do Censipam e da CCSIVAM.

Coordenada pela CCSIVAM (Comissão de Coordenação de Implantação do Sivam), a missão aconteceu nos dias 9, 10 e 11 de fevereiro. A comitiva esteve em Anápo-lis (GO), no Segundo Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação (2º/6º GAv), conhecendo as aeronaves de vigilância aérea e de sensoria-mento remoto (R-99A e R-99B).

A visita ao Destacamento de Controle do Espaço Aéreo (DTCEA) de Sinop foi can-celada porque a aeronave teve que alterar o pouso para Cachimbo, devido às condições meteorológicas. Por isso, o DTCEA visitado foi o do Campo de Provas Brigadeiro Veloso, na Serra do Cachimbo, onde foram apresen-tados o radar e os recursos de comunicações do Sistema.

Em Manaus, representantes do Governo do Estado do Amazonas e da Prefeitura de Manaus, junto com a diretoria do Censipam e o Comando do CINDACTA IV (Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Contro-le do Espaço Aéreo) recepcionaram a comiti-va, composta de 14 embaixadores membros da OTCA, que estiveram em Manaus para buscar integração com o Sipam e o CINDACTA IV.

Os representantes conheceram o Centro Técnico Operacional do Sipam e suas células

de vigilância, assim como as instalações do CINDACTA IV e seus órgãos operacionais.

O Censipam está elaborando um acordo de cooperação com a OTCA, que deve ser assinado em março, e queria estabelecer con-tatos preliminares com os representes dos países partícipes da Organização, para facili-tar os futuros intercâmbios de dados.

Por parte do Brasil, foram apresentadas as seguintes possibilidades de integração/coo-peração com os países vizinhos:

- acordos para a utilização de sensores que produzam dados para o Sipam (fixos, móveis ou aerotransportados);

- acordos para a utilização da capacidade de processamento de dados do Sipam;

- acordos para a produção de informações para os países vizinhos pelo Sipam;

- assessoria para a implantação de um cen-tro de processamento similar aos Centros Estaduais de Usuários;

- assessoria para a implantação de um cen-tro de controle de tráfego aéreo similar a um CINDACTA, com a doação do software brasileiro de defesa aérea e de controle de tráfego aéreo; e

- assessoria para a implantação de um cen-tro de processamento de dados similar a um Centro Técnico Operacional (CTO).

Segundo o presidente da CCSIVAM, Brig Ar Pinheiro, a missão permitiu uma boa di-vulgação do que o Sipam pode proporcionar para os países vizinhos e, ao mesmo tempo, que representantes de cada país, no nível di-plomático, que é onde os acordos têm que ser iniciados, conhecessem o Sistema.

“O Brasil já ofereceu gratuitamente aos países vizinhos o software utilizado para controle de tráfego e defesa aérea. O uso da mesma ferramenta facilitaria a troca de da-dos. Mas, até agora, ninguém a solicitou for-malmente pelas vias diplomáticas”, afirmou o brigadeiro.

Divulgando o resultado da missão, o bri-gadeiro Pinheiro concluiu: “A confiança par-te do conhecimento mútuo e, como tal, a missão revestiu-se de total sucesso”

Embaixadores dos países membros da OTCA buscam integração com o SIVAM/SIPAM

12AEROESPAÇO

A comitiva esteve no CTO de Manaus (SIPAM) e visitou...

... os órgãos operacionais do CINDACTA IV

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O ato de vencer é encarado como vencer o oponente a qualquer custo. Na hipótese de sermos derrotados, não admitimos que o nosso concorrente tenha sido realmente o melhor.

Nesse momento, acredita-se, então, que houve injustiça, atribuindo esta derrota a fatores externos e transferindo a culpa para outras pessoas.

Para que este competidor atinja o seu maior objetivo, que é a vitória, é preciso que seu adversário seja derrotado.

Este pensamento levou a humanidade à ações graves, pois o que vemos é um mundo de conflitos, em que as pessoas, por motivos banais, chegam até a tirar a vida de um semelhante.

Quando competimos, o fundamental é ampliar o nosso próprio limite e, para ilustrarmos o que é vencer a si próprio, tomemos como exemplo a atleta que, durante as Olimpíadas de 1984, na prova da maratona, apesar de estar esgotada, não permitiu que ninguém a ajudasse até ter cruzado a linha final.

Mesmo chegando em último lugar, ela conseguiu superar a sua própria capacidade.

Não há dúvidas de que ela ensinou a todos o espírito de uma grande competidora.

Competição Humanista

Literariamente Falando

Marcelo ROMANO, CaboPAME-RJ

13AEROESPAÇO

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Fui um privilegiado...

Quando cheguei, transferido do 1º Grupo de Aviação de Caça, para a Co-missão de Coordenação da Implantação do SIVAM (CCSIVAM), em março de 1996, fui trabalhar na Diretoria de Ope-rações, exatamente quando o detalha-mento da concepção do SIVAM (Siste-ma de Vigilância da Amazônia) e de cada um dos sítios a serem implementados na Região Amazônica estava sendo finali-zado, e me envolvi profundamente com o Projeto, ficando a cada dia mais cons-ciente da sua importância para o País.

O Contrato Comercial com a Raytheon, a Atech e a Embraer entrou em vigor em 25 de julho de 1997. En-tão, como Diretor de Operações da CCSIVAM, participei da definição de Especificações e Requisitos para os Sis-temas, e das discussões sobre os software

operacionais das aeronaves R-99A e B, em uma nova etapa de aprendizagem na minha carreira.

Em 1999, fui designado Chefe da Co-missão de Fiscalização e Recebimento de Materiais e Serviços (COMFIREM) do SIVAM, em Boston, nos E.U.A., e fiz parte da equipe que foi responsável pelo recebimento em fábrica de mais de 95% dos equipamentos e software que foram adquiridos com recursos do Projeto, chefiando pessoal espalhado em diferen-tes países: Suécia, Alemanha e Canadá; e em diversas cidades nos Estados Unidos: Boston, Marlborough, Wichita, Green-ville, Dallas, Fort Collins, Fort Lauder-dalle e Lake City.

Voltando ao Brasil, em 2001, agora já como Vice-Presidente da CCSIVAM, assisti toda a instalação de equipamen-tos e sistemas na Amazônia e em Brasí-lia, e ajudei a Presidência da Comissão nas discussões para finalização das obras civis e no gerenciamento de todos os re-cebimentos em campo.

Finalmente, a partir de 2005, como Presidente da CCSIVAM, pude assinar o encerramento dos últimos eventos do Contrato Comercial, assim como os últimos desembolsos nos Contratos de Financiamento, testemunhando, em 22 de julho de 2005, o recebimento do últi-mo equipamento que foi instalado pelo

Projeto SIVAM, o radar transportável de Eirunepé, cuja complexidade e localiza-ção tão remotos podem ser considerados emblemáticos das inúmeras dificuldades que fomos forçados a sobrepujar na im-plantação.

Tudo é possível quando a alma não é pequena...

Pude, no decorrer de todo esse tempo, testemunhar o trabalho anônimo de cen-tenas de pessoas, por vezes com significa-tivos sacrifícios pessoais, para garantir o sucesso do SIVAM, independentemen-te das mesquinhas, continuadas e in-

Nós estávamos preparados?

14AEROESPAÇO

Início das obras civis em Manaus - Nov/1999

Brig Ar Alvaro Luiz Pinheiro da CostaPresidente da CISCEA/CCSIVAM

Aeronave de Vigilância Aérea - R-99A

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fundadas críticas, provenientes dos mais diversos setores; dos eternos problemas orçamentários, por vezes incompreensí-veis no nível da Comissão; e finalmente das ações egoístas e insidiosas contra a complementação dessa ferramenta tão importante para a Nação e, especial-mente, para nossos irmãos amazônidas, que têm o mesmo direito e o desejo de desenvolvimento que todos nós.

Finalmente, tive a honra de conhecer, conviver e seguir os exemplos de homens extraordinários que imaginaram tudo isto. Há mais de quinze anos, pessoas honradas e formidáveis visionários que sempre colocaram os interesses do Bra-sil acima dos interesses e das vantagens pessoais, a tal ponto que hoje, terminada a instalação do maior sistema de moni-toração ambiental integrada do mundo, ainda serem desconhecidos, até mesmo nos bastidores do próprio Comando da Aeronáutica.

Como homenageá-los, sem correr o risco de esquecer alguém que também seja merecedor dos nossos agradecimen-tos? Nominá-los a todos, quem há de fa-zer? O tempo impede que a participação e o nome de todos sejam lembrados e garante antecipadamente a injustiça de olvidarmos alguém, se tentarmos.

Para deixar registrada uma justa ho-

menagem a esses “novos Bandeirantes”, opto por citar apenas o nome do Exce-lentísimo Senhor Ministro da Aeronáu-tica Sócrates da Costa Monteiro, aque-le que primeiro idealizou os Sistemas de Vigilância e Proteção da Amazônia – SIVAM/SIPAM, e do Excelentíssimo Senhor Ten Brig Ar Marcos Antônio de Oliveira, primeiro Presidente da CCSIVAM, que apontaram e iniciaram o caminho a ser trilhado pelos que deram continuidade a esse Projeto e Sistema, todos também merecedores do maior mé-rito e respeito.

Já existe uma outra Amazônia...

Como aquilatar o muito que o Brasil lucrou e quan-to aprendemos durante a implantação do Projeto SIVAM/SIPAM?

- Pelo tudo que hoje ope-ramos e que dificilmente teríamos: aeronaves de vi-gilância aérea e de senso-riamento remoto; comu-nicações seguras; enlace de dados ar-solo e ar-ar; completa cobertura radar

da Amazônia; rede de coleta de dados meteorológicos e hidrológicos, os mais diversos, em toda a Região; software de processamento de imagens; rede de co-municações distribuída e dedicada aos usuários do SIPAM etc...?

- Pelo tudo que aprendemos e que re-sultou em aperfeiçoamento das nossas empresas e instituições, tais como: de-cuplicação (multiplicando por dez) da capacidade do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) no processamen-to de imagens de satélites; sistema de processamento de imagens desenvolvido pelo CTA (Comando Técnico Aeroes-pacial); sistema nacional de análise de inteligência de sinais; aeronaves de vigi-lância aérea e de sensoriamento remoto que competem no mercado mundial de defesa; sistema de enlace de dados trans-portável; qualidade no desenvolvimento de software e na integração de sistemas; capacidade de gerenciamento de grandes projetos etc?

- Pela segurança nas operações aéreas sobre a Amazônia; o suporte às operações integradas de proteção ao meio ambien-te; a facilidade na coordenação da detec-ção e do combate a aeronaves ilícitas; o

Radar Transportável - Eirunepé/AM

15AEROESPAÇO

Ten Brig Ar Marcos Antônio de Oliveira e Ex-Ministro da Aeronáutica Sócrates da Costa Monteiro

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16AEROESPAÇO

apoio de comunicações às comunidades isoladas; a qualidade da previsão meteo-rológica na Região em coordenação com a Defesa Civil; o acompanhamento de equipes em campo, com emissão de aler-tas variados etc...?

Na verdade, se pudéssemos apontar um só ítem para definir o que o Brasil ganhou com o SIVAM, teria que ser inovador modelo de trabalho integrado e compartilhamento de informações em prol do desenvolvimento sustentável da Região Amazônica.

Hoje, o SIPAM já pode ser considera-do um exemplo de como as instituições governamentais deveriam trabalhar em todo o País, para melhor aproveitamento dos recursos existentes que, por maiores que sejam, sempre serão parcos para o tamanho continental de nossa Nação.

Nós estávamospreparados?...

Mesmo com todo benefício auferido pela implantação do Sistema, o caminho nunca foi fácil e sempre exigiu conside-rável comprometimento, esforço e cria-tividade da administração e dos admi-nistradores, dado o ineditismo formal de diversos processos de gerenciamento, de

financiamento e contratu-ais relativos à implantação do Projeto SIVAM.

No decorrer desse tem-po, uma preocupação sem-pre ombreou a satisfação de ver o Sistema toman-do corpo em consonância com a sua concepção: es-taríamos preparados para operar e manter os equipa-mentos e sistemas imple-mentados com os recursos do Projeto quando estes es-tivessem instalados e rece-bidos? Essa dúvida sempre

pairou, creio, sobre todos os que traba-lharam na implantação do SIVAM.

Esta preocupação foi externada em uma série de três artigos, intitulada “Você está preparado?” - voltada prima-riamente para a complexidade da im-plantação das aeronaves R-99A e B, com sua nova tecnologia e especialização de sistemas, na Força Aérea Brasileira. Fe-lizmente, pude testemunhar a priorida-de com que o assunto foi tratado pelo

Comando da Aeronáutica, que - mesmo com sacrifícios de outras áreas - tudo fez para que a nova Unidade Aérea decolasse com “céu de Brigadeiro” e hoje se desta-que nas missões de reconhecimento e de vigilância aérea.

O quarto artigo da série “Você está preparado?” - pelas mais diversas razões nunca acabado, levantava o mesmo tipo de dúvida, dessa vez quanto à operacio-nalização do SIPAM. Estaríamos prepa-rados? A responsabilidade pela implan-tação do Sistema de Proteção da Amazô-nia passou por tantas organizações, que agravava a impressão de que ali estaria o maior risco de o Brasil desperdiçar tudo o que fora instalado.

Tendo nascido, corretamente, sob a égide da antiga Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da Repúbli-ca (SAE-PR), que foi extinta, o SIPAM passou, em seguida, para a esfera do Mi-nistro Extraordinário de Projetos Espe-ciais (MEPE), que deixou de existir em seis meses. Para não deixar que a acefalia prejudicasse o Sistema, o Ministério da Defesa assumiu a responsabilidade por

Torre do Radar de Guajará-Mirim/RO

Aeronave de Sensoriamento Remoto R-99B

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17AEROESPAÇO

dar os primeiros passos na sua implanta-ção, enquanto a subordinação final não fosse definida pelo Governo.

Finalmente, em 26 de fevereiro de 2002, por meio do Decreto nº 4.607, foi criado o Centro Gestor do SIPAM (CENSIPAM), subordinado à Casa Ci-vil da Presidência da República, que, a cada dia, mais se apresenta como im-portante fornecedor de dados e informações, e facilitador do trabalho integrado das institui-ções governamentais em prol do desenvol-vimento sustentável da Amazônia.

Com a operação pre-liminar do SIPAM, ini-ciada em 25 de julho de 2002, e toda a ins-talação de equipamen-tos e sistemas, finaliza-da em 22 de julho de 2005, a implantação do SIVAM pelo Co-mando da Aeronáutica pode ser considerada um exemplo na Admi-nistração Pública do Brasil.

Nós estávamos preparados!

No dia 03 de abril de 2006, o Centro de Coordenação Geral (CCG) do SIPAM vai reiniciar sua ope-ração em novas ins-talações, adequadas à sua importância e localizadas junto ao centro de poder e às sedes das organi-zações do Governo,

delimitando emblematicamente o tér-mino do SIVAM e o início do SIPAM, atendendo ao objetivo governamental expresso desde a gênese do Projeto e do Sistema.

As dúvidas e críticas comezinhas foram sobrepujadas pela realidade. O SIVAM está pronto e funcionando. Com a úl-tima instalação terminada com três dias

de antecedência em relação ao término do prazo contratual, o Projeto implan-tou além do que estava previsto na con-cepção original, como os Centros Esta-duais de Usuários, e deixou de utilizar (e foram devolvidos) mais de cinqüenta milhões de dólares do financiamento au-torizado pelo Congresso Nacional.

Cabe, agora, ao SIPAM garantir a sua utilização oportuna pelos usuários, em prol do desenvolvimento merecido da-quela Região, “de forma racional, pro-piciando harmonia entre as necessida-des humanas e ambientais”, exatamente como concebido e apresentado à Presi-dência da República, em 21 de setembro de 1990, quando a SAE, o Ministério da Justiça e a Aeronáutica deram partida formal a esse Projeto único, que já é re-ferência internacional.

Antena HUB do Centro Técnico Operacional de Manaus/AM

Obra do Centro deCoordenação Geral (CCG)

em Brasília (jul/2005),a ser inaugurado no

próximo dia 03 deabril de 2006

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Dona Flor e seus dois maridos, de Bruno Barreto, arrebata o público e marca a história do Cinema Brasileiro – 1976 – às vésperas de completar vinte anos, o jovem e esperanço-so Edson Caetano de Araújo, carioca, aden-tra os portões da Escola de Especialistas da Aeronáutica, como aluno. Seu perfil – de-talhista, minucioso, criterioso, metódico, organizado – o habilita à especialidade de suprimentista (BSP): envereda então pelo mundo dos PN (Part Number), SN (Serial Number) e NSN (National Stock Number); delineamento e planejamento; manuseio, estocagem, movimentação e administração de material em geral... enfim, ele demons-tra, mais que afinidade, o apego, o amor mesmo aos materiais, aos equipamentos e sistemas, e à ciência que sustenta esta crucial parte da Logística, brilhantemente representada na mais complexa, nobre e ár-dua de suas disciplinas, a Identificação de Material.

João Paulo II, polonês, torna-se o primeiro papa não-italiano desde o Século XVI – 1978 – já Terceiro Sargento (3S), Caetano é clas-sificado no CINDACTA I, onde fica até 1986: no período, atua como encarregado do Armazém de Utilizável e da Seção de Recebimento da Divisão de Suprimento; trabalhador incansável, destaca-se, entre outros atributos, pela natural liderança e igual iniciativa. Casa-se, tem três filhos, é promovido a Segundo Sargento (2S).

Transferido para o PAME, trabalha, inicialmente, no setor de recebimento, na expedição e na armazenagem. Logo, seu espírito empreendedor se fez notar: reor-ganiza os setores, modifica procedimentos, implementa as tarefas de recebimento, de expedição, bem como de administração de estoques.

Deve ser observado que, nas décadas de 70 e 80, nosso Serviço de Suprimento foi suportado por vários sistemas: Kardex, Pro-jeto – 300, AUNAV, SIGMA, Viserecord, e, mais recentemente, pelo SAGA (Sistema

Automatizado de Gerência e Aprovisiona-mento).

...Não vamos confundir o Depósito de Suprimento com o Armazém do Seu Pereira...

O Programa de privatizações no Brasil co-meça com USIMINAS – 1991 – o recém-promovido 1S Caetano empresta sua expe-riência e seu talento à Seção de Controle de Material, onde passa a gerenciar os mate-riais reparáveis em seu trâmite: Regionais – PAME – oficinas internas – oficina no Brasil ou Exterior; em seguida é encarrega-do do controle de requisições no País e nas comissões de compra no exterior (CAB-E, CAB-W e FMS – Foreign Military Sales), atividade essa que envolve a aquisição de ítens e contratação de serviços para aprovi-sionamento dos estoques do órgão central (PAME) e dos setoriais (Regionais), com vistas à manutenção da disponibilidade de equipamentos de radiodeterminação, auxí-lios à navegação e telecomunicações, entre outros, e implica uma soma de valores da ordem de milhares de dólares anuais. É, ainda, o responsável pelos serviços do se-tor de planejamento do Parque, tomando parte na implantação e delineamento de equipamentos e sistemas; finalmente, chega a encarregado-geral do setor de controle da Subdivisão de Suprimento – TSUP.

Novo Código de Trânsito Brasileiro entra em vigor – 1998 – promovido a Suboficial (Especialista em Suprimentos Técnicos), Caetano, como um dos principais pilares da logística do PAME, convive, paralela-mente, com dois sistemas corporativos, o SAGA (de uso exclusivo no SISCEAB) e o SILOMS (Sistema Integrado de Logística de Materiais e Sistemas), o qual ensaia seus primeiros passos, e em cuja implantação o militar tem participação imprescindível. É preciso dizer que a convivência e manuten-ção de dois sistemas causa uma sobrecarga de atividades, uma vez que se faz necessário

atualizarem-se ambos ao mesmo tempo. A tudo isso o atuante SO Caetano sempre respondeu com pró-atividade.

No ano de 2003, a Subdivisão de Supri-mento decide, sob orientação da Direção do Parque e do Subdepartamento de Logística do DECEA, iniciar mais um inventário no Armazém Central, atividade extremamente complexa, haja vista as implicações:

• total aproximado de 40.000 PN dife-rentes, referentes a ítens sobressalentes (de consumo e reparáveis), em esto-que;

tarefas: localização, desembalagem, identificação, contagem, reembala-gem (relocalização e reidentificação) e acertos físicos (SILOMS) e contábeis (SIAFI);

• inventário de equipamentos e sistemas, guardados do salão do armazém;

• dificuldades de identificação de muitos materiais, devido à grande quantidade de ítens há muito tempo no estoque sem uso, à diversidade do acervo de equipamentos apoiados pelo PAME e a problemas diversos herdados da mi-gração do SAGA para o SILOMS; e

• heterogeneidade das equipes inventa-riantes, as quais contaram com supri-mentistas do PAME e dos Regionais e técnicos da Divisão Técnica e do DECEA.

Empreitada tão desafiadora e de tama-nha envergadura não poderia ser confiada a profissional menos capacitado, a líder menos carismático que o SO Caetano. Em-bora quase já con-tando tempo sufi-ciente para ir para a Reserva, o mili-tar, sem ao menos titubear - mesmo sendo o gradua-do mais antigo da TSUP - foi trans-ferido do setor de

Quem é?SO Caetano

18AEROESPAÇO

Uma vida, um idealTexto: Maj Int Discaciati

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controle para ser o encarregado do arma-zém, onde literalmente “arregaçou a manga da camisa”, colocou o 9º uniforme e bri-lhou no inventário: localizou, desembalou, identificou, contou e reembalou materiais; dirigiu empilhadeira, montou e desmontou prateleiras e, mais que tudo, exerceu o na-tural poder de “arrastar pelo exemplo” as equipes que comanda.

Os resultados? Ao final de dois anos, in-ventariaram-se quase 80% do total do es-toque.

Em 2003, foi-lhe ainda confiada a in-cumbência de representar o DECEA na jornada de renegociação dos cases do Pro-grama FMS na CAB-W, tendo sido sua participação elogiada, por escrito, pela Di-retoria da DIRMAB.

... ensinando...Tamanho desempenho profissional res-

paldou-se em cursos que realizou ao longo da carreira, dentre os quais se destacam:

•Francês Básico – CINDACTA I;•Planejamento, Organização e Geren-ciamento de Almoxarifado - FESP;

•Inspetor de Suprimento - ILA;•FMS para Graduados – ILA;•Delineamento de Materiais – ILA; e•SAGA: OP – 85 – IPV.Na área do ensino, destacou-se como

coordenador e monitor do Curso de Atu-alização de Suprimento Técnico (ICEA), em 2005, possuindo inata vocação também para passar seus vastos conhecimentos.

Sobre sua docên-cia, podemos afir-mar que “com ele aprendemos que existe uma grande diferença entre o Suprimento Téc-nico e a gerência de almoxarifado. Fazer Logística, ao

contrário do que muita gente imagina, aliás, a maioria, é algo muito mais complexo do que simplesmente adquirir, receber, esto-car, armazenar, conservar, distribuir e con-trolar ítens; o suprimentista, por vocação é uma espécie de arqueólogo, de pesquisador – perscrutador, minucioso, detalhista. Ele sabe, por exemplo, que, na identificação de um material, um simples e aparentemente inofensivo hífen pode significar a diferença entre um fusível e um motor”, segundo co-mentários de um de seus alunos.

Como preito pelo seu esforço e empe-nho, foi agraciado com as Medalhas de Pra-ta e Santos-Dumont e foi eleito pelo efeti-vo como Graduado-Padrão do PAME nos anos de 2000 e 2003, em homenagem à sua vida profissional-militar, marcada profunda e indelevelmente pelo ideal.

Ressalta-se, ainda, em sua biografia, o fato de possuir três irmãos, um filho e cinco sobrinhos também militares da Aeronáuti-ca (dois deles da especialidade de BSP).

A propósito, reconhecimento não lhe fal-ta, por parte de todos os que com ele traba-lham e convivem:

“Antes de ser mais antigo e irmão, Caeta-no é um líder que tenho em minha vida... é aquele que jamais falha, mesmo nas piores situações... é um companheiro incompará-vel”, emociona-se o 3S BSP Elly do PAME, seu irmão.

“Ele, trabalhando, parece uma sargento novinho... ele sobe, desce, abre caixa, carre-ga material e ainda arranja tempo pra nos ensinar... ele conhece tudo de Suprimento e sabe mandar; a gente obedece com prazer o Caetano”, comenta o Civil Adeir, compa-nheiro de décadas.

“Pessoa encantadora; é carismático, está pronto para enfrentar qualquer desafio, ainda que seja o mais antigo dos graduados, ainda que a empreitada implique sacrifícios físicos, tal como coordenar e atuar direta-mente no inventário no Suprimento”, nas sinceras palavras do 2º Ten Esp Sup Téc

Marco Antônio, seu último chefe.Irmão participativo, pai zeloso e filho

provedor, Caetano é arrimo moral, psico-lógico e, muitas vezes, material de toda sua família; recentemente confrontou-se com um sério problema de saúde de seu pai, sendo necessário usar de sua liderança entre seus parentes, a fim de contornar as difi-culdades.

O Brasil ultima os preparativos para lançar seu primeiro astronauta ao espaço e, ao mes-mo tempo, homenagear o feito de Santos-Du-mont, o vôo do 14 Bis – 2005 - numa escal-dante tarde de dezembro, fomos procurar o SO Caetano, a fim de que ele nos dissesse algo sobre sua carreira, algo que resumis-se sua brilhante passagem pelo Comando da Aeronáutica (inclusive, deu entrada no processo de Reserva). Fomos encontrá-lo no meio do armazém do suprimento do PAME, de 9º uniforme, suado, em meio a um mundo de caixas, paletes, equipamen-tos, e liderando mais uma parte do inven-tário.

“Olha, eu gostaria de dizer algo sobre minha vida na Aeronáutica, deixando uma mensagem pra essa garotada, que agora se-gue pela trilha que, com muita humildade e suor, ajudei a abrir... uma mensagem sobre o Suprimento que tentei construir”, diz ele em termos metafóricos, emocionando-se, enquanto dirige o olhar para o grupo de sargentos recém-formados e de soldados que o circundam.

“Pois eu vou poder dizer que cumpri minha missão se esta nova geração souber que em Logística há uma diferença muito grande entre o armazém do Seu Pereira e o depósito de Suprimento”, sentencia, rindo serenamente.

E mais não conseguimos extrair dele. O SO Caetano, em segundos, já está longe de nós, localizando, desembalando, identifi-cando, contando e reembalando materiais; dirigindo empilhadeira, montando e des-montando prateleiras...

19AEROESPAÇO

Posso dizer que cumpri minha missão, se

esta nova geração souber que em Logística há

uma diferença muito grande entre o armazém

do Seu Pereira e o Depósito de Suprimento

“ “

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Primeira aeronaveEU-93A do GEIVrealiza vôo RVSM

20AEROESPAÇO

A primeira aeronave EU-93A do Grupo Especial de Inspeção em Vôo (GEIV) realizou um vôo de certificação Reduced Vertical Separation Minimum (RSVM). Este vôo faz parte de um processo de homologação de quatro aviões pertencentes ao GEIV e aconteceu no dia 3 de janeiro.

O objetivo da certificação é reduzir a separação mínima vertical entre os níveis de vôo compreendidos entre o FL290 e FL410 (nível máximo do EU-93A), dos atuais 2000 pés para 1000 pés (níveis ótimos de vôo), proporcionando economia de combustível, dentro dos rigorosos padrões de segurança de vôo.

O Parque de Material Aeronáutico de Recife (PAMARF) é o responsável pelo projeto e conta com o apoio da Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico (DIRMAB).

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O Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III), com sede em Recife-PE, foi submetido, durante a semana de 23 a 28 de janeiro, a auditoria de Qua-lidade com base na Norma NBR ISO 9001:2000 pelo Instituto de Fomento e Coordenação Indus-trial do Centro Técnico Aeroespacial (IFI-CTA), de São José dos Campos-SP. Foram auditados os setores da SIPACEA3 e APP-RF, em processo de manutenção de certificação, e o ACC-RE, para receber o certificado.

A certificação tem como finalidade melhorar os serviços disponibilizados pelos órgãos de controle de espaço aéreo vinculados ao CINDACTA III, além de atender à MCA 100-12 que determina a implantação do Sistema de Garantia da Qualida-de nas atividades de Controle do Tráfego Aéreo.

Agora, o ACC-RE será o primeiro Centro de Controle de Área das Américas certificado pela ISO 9001:2000.

Os Destacamentos de Controle de Tráfego Aé-

reo de Aracaju e de Maceió também receberam, no período de 16 a 22 de janeiro, auditorias de Sistema de Gestão da Qualidade baseado na Nor-ma ISO 9001:2000.

A atividade, realizada pelo IFI-CTA, tinha como objetivo a avaliação e a certificação da im-

plantação da Qualidade nas organizações. Ressalta-se que, com a indicação das ati-

vidades para o recebimento do padrão ISO 9001, o CINDACTA III obtém a significativa marca de certificação de todos os APP-Radar de sua área de jurisdição.

CINDACTA III amplia escopo de sua Certificação ISO 9001

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DTCEA-Aracaju e ... DTCEA-Maceió - Qualidade comprovada

HFAG inauguraSistema de

Agendamentode Consultas

AmbulatoriaisPor ocasião do 25º aniversário do

Hospital da Força Aérea do Galeão (HFAG), em 20 de janeiro de 2006, foi disponibilizado na Internet pelo Ór-gão Central do Sistema de Tecnologia da Informação, DECEA, o Sistema de Agendamento de Consultas utilizado pelo HFAG.

O Sistema permitirá que o paciente possa fazer o agendamento de consultas nas diversas clinicas do hospital sem sair de casa, utilizando-se do endereço :www.hfag.aer.mil.br. Para acesso a este serviço, o usuário necessita somente ser cadastrado no HFAG.

CISCEA ministra palestra em Curso de Tática Aérea

A Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aé-reo (CISCEA) participou do Curso de Tática Aérea (CTatAe), que foi realizado no Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE), em Natal-RN.

Proferida pelo Diretor Operacio-nal da CISCEA, Cel Av Jurandyr de Souza Fonseca, a palestra sobre o SIVAM tratou da origem, objetivos, organização e principais recursos.

O CTatAe tem a finalidade de ministrar aos jovens oficiais aviadores ensinamentos sobre o emprego das Unidades Aére-as, bem como conhecimentos para o exercício das funções compatíveis com os postos de tenente e ca-pitão. O curso transmitirá conhecimentos específicos de áreas como tática aérea, doutrina básica da FAB,

comando e controle, guerra eletrônica e organiza-ção de instituições como o Ministério da Defesa, o Comando da Aeronáutica, Bases e as Unidades Aéreas. Estão matriculados 95 tenentes de diversas Unidades da FAB.

O Diretor Operacional da CISCEA ministrou palestra sobre o SIVAM aos jovens oficiais aviadores

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Histórico do DTCEA-SVFoi ativado em 20 de abril de 1978, através da Portaria nº 423/

GM3, com a denominação de DPV-SV. Sua estrutura funcional já vinha desde 1973, com a ativação do NU-DPV-SV.

A denominação DPV-SV foi alterada pela Portaria nº 183/GC3, de 23 de fevereiro de 2003, o qual passou a denominar-se DTCEA-SV (Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Salvador), com a missão de realizar a supervisão e a execução das atividades relacionadas com a proteção ao vôo, na área de sua responsabilidade, assim como a execução da manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos de proteção ao vôo sob sua responsabilidade e a execução da manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos eletrônicos, mecânicos, de telecomunicações e de detecção quando for o caso; e – ainda - a exe-cução e o controle das atividades de apoio administrativo necessárias ao seu funcionamento.

O DTCEA-SV, a partir do dia 23/03/2005, tornou-se o primeiro órgão do SISCEAB e da América Latina a possuir todos os seus órgãos operacionais Certificados, tendo como base a NBR ISO 9001:2000.

Este resultado é fruto de um trabalho pioneiro do CINDACTA III, iniciado no DTCEA-Recife, o qual obteve a primeira Certificação de Sala AIS, bem como foi o primeiro órgão com Torre de Controle do Comando da Aeronáutica a obter esta Certificação.

Com a Certificação obtida pelo DTCEA-SV, o CINDACTA III

tem a certeza de estar oferecendo um serviço com segurança e quali-dade à altura da expectativa dos usuários do quinto maior aeroporto em movimento de aeronaves no Brasil, buscando sempre a melhoria contínua no atendimento a seus usuários. Além disso, com a referi-da Certificação, o CINDACTA III e o DTCEA-SV mantêm-se na vanguarda do Sistema Gestão de Qualidade, tornando-se referência nacional na aplicação desta moderna ferramenta administrativa.

O ComandanteO Major Aviador BRENO

Durante Farias LIMA, natu-ral de Natal-RN, formado pela Academia da Força Aé-rea (AFA) no Curso de For-mação de Oficiais Aviadores em 1991, tem 37 anos e é líder de esquadrilha de heli-cópteros, oriundo do 2º/8º GAv ,o glorioso “Esquadrão Poti”, onde desenvolveu toda a operacionalidade na avia-ção de asas rotativas e onde recebeu as bases para desen-volver suas atuais funções. É casado e tem um filho.

A cidade de SalvadorMorar em Salvador hoje no Brasil é um privilégio. É a terceira cida-

de do País, com uma excelente infra-estrutura de estradas, saneamento básico, segurança, escolas, faculdades, saúde e qualidade de vida. É uma cidade que propicia um lazer de qualidade com eventos culturais o ano inteiro, destacando-se o período do verão, onde a cidade fica repleta e com variadas opções. A violência está controlada e o trânsito flui com rapidez nos diversos pontos da cidade, o que permite uma mobilidade bastante confortável, apesar das grandes distâncias exis-tentes na cidade. O clima é muito agradável o ano inteiro, com uma temporada de chuvas no inverno, mas que permite a ida à praia quase o ano todo. É uma cidade com uma vocação náutica natural e de

Conhecendo o DTCEA

Salvador - BA

AEROESPAÇO

Fotos: Cap Dent Costa Pinto

Radar do DTCEA-SV

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uma cultura deslumbrante, propiciando passeios e pequenas viagens a lugares históricos e paradisíacos com baixos custos.

O Estado da Bahia realmente é muito abençoada por Deus com um litoral belíssimo que começa ao sul com os parcéis de Abrolhos, se-guindo pelas tradições de Ilhéus e as belezas de Itacaré e ao norte com as praias do Forte, Sauípe e a lendária Mangue Seco, já na divisa com o Estado de Sergipe. No interior temos as maravilhas da Chapada dos Guimarães com sua natureza intocável e seu misticismo envolvente.

A principal dificuldade é o custo relativamente elevado de aluguel, principalmente na alta estação e de escolas para nossos dependentes.

A Bahia é o ponto de maior sincretismo religioso do País, onde todos convivem em harmonia e paz, exercendo sua religiosidade sem qualquer preconceito ou discriminação. Podemos destacar como exemplo, a segunda maior manifestação popular, a famosa “Lavagem do Bomfim”, que ocorre em janeiro, e - apesar de ser considerada pela Igreja Católica como uma festa profana, acontece, justamente nas es-cadarias da Igreja do Senhor do Bonfim, e a Igreja Católica respeita e permite que a festa aconteça sem qualquer retaliação.

A vila habitacionalO DTCEA-SV, por ser subordinada administrativamente à Base

Aérea de Salvador (BASV), não possui PNR exclusivo para os mi-litares do efetivo, sendo atribuição da Prefeitura de Aeronáutica de Salvador a distribuição dos PNR existentes na cidade.

As vilas são muito boas, sendo disponibilizadas casas e apartamen-tos para os militares da Guarnição Aeronáutica de Salvador, tanto no âmbito dos Oficiais quanto dos Sargentos. A vila dos Oficiais locali-za-se nos bairros do Rio Vermelho (apartamentos) e Ondina (casas e apartamentos). A vila dos sargentos fica à beira mar, na praia de Ita-puã (casas e apartamentos), que propicia uma moradia de qualidade e muito agradável.

Assistências médica e odontológicaO efetivo é apoiado pelo Esquadrão de Saúde da Base Aérea de

Salvador, com encaminhamento para hospitais da cidade em caso de especialidades não disponíveis. A Odontoclínica disponibiliza, tam-bém, um excelente serviço de ortodontia aos militares e familiares dos militares apoiados.

O efetivo O militar da Aeronáutica tem ótima imagem junto a sociedade

baiana, com uma relação bem ativa, bem como com as demais Forças que, inclusive, têm um efetivo muito superior ao da Aeronáutica na região. O DTCEA-SV conta com 148 militares e uma civil, que tra-balham nas seções técnica, operacional e administrativa.

A Seção Técnica tem a função de dirigir, orientar, coordenar e exe-cutar as atividades relacionadas com a manutenção e a instalação de

equipamentos de proteção ao vôo, detecção e telecomunicações e de-fesa aérea, sob a responsabilidade do Destacamento. Possui um efetivo de técnicos divididos nas especialidades de BET,SEL, BSP,SEM, que fazem a manutenção, dentre outros equipamentos, de RADAR, ILS, VOR com DME, NDB, VHF, UHF e KF.

A Seção Operacional tem a função de dirigir, orientar, coordenar e

a executar as atividades de Controle de Tráfego Aéreo, Meteorologia, Informações Aeronáuticas e Comunicações em sua área de atuação. Para isso possui no setor uma Torre de Controle e um Controle de Aproximação Radar, uma Estação de Telecomunicações (D-42), uma Sala AIS civil e uma militar (na BASV) e Meteorologia com EMS, CMA e CMM.

A Seção Administrativa executa e controla as atividades de apoio ad-ministrativo necessárias ao funcionamento do Destacamento. Apesar do DTCEA-SV ser subordinado administrativamente a BASV, todo o assunto administrativo relacionado a Pessoal passa pelo setor, seguin-do para a BASV somente para publicação em boletim interno e para que gere o conseqüente efeito administrativo ou financeiro.

Palavras do ComandanteO Maj Breno Lima deixa um recado para os militares que preten-

dem vir trabalhar no DTCEA-SV: “terão um ambiente de vanguarda, com processos em constante melhoria e visando a satisfação de todos os envolvidos, pois esta é a mais ampla definição de Qualidade! Aliado a este ambiente profissional extremamente profícuo ao seu crescimen-to pessoal, está uma maravilhosa e agradável cidade que oferece uma moradia privilegiada à beira mar, opções de lazer, cultura e diversão, com segurança e tranqüilidade. Ressaltamos a oportunidade ímpar de convívio com o povo baiano que é extremamente receptivo, simpático e festeiro, nos recebendo de forma aberta, sincera e com muito axé!

Fonte Nova 1 - Salvador

23AEROESPAÇO

TWR-SV

Sala Técnica

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NOVA VERSÃO DO SISPAT1Sistema desenvolvido no CCA-RJ éhomologado pela SEFA

O Centro de Computação da Aero-náutica do Rio de Janeiro (CCA-RJ) obteve a homologação da versão 3.60 do Sistema de Patrimônio de Bens Mó-veis Permanentes e de Uso Duradouro (SISPAT1) pela Comissão Permanente de Homologação de Sistemas Infor-matizados Contábeis da Aeronáutica (CPHSICA), da SEFA. A homologação aconteceu no dia 20 de dezembro de 2005, por meio da Portaria 80/SEFA/20Dez2005.

O SISPAT1 gerencia e controla desde os bens móveis de uso permanente do Comando da Aeronáutica (COMAER), como computadores, cadeiras e mesas até os materiais de uso duradouro como grampeador, lixeira, livros etc.

Dentre as alterações desta última versão, destacam-se:

• alteração da rotina de aditamento para que possa manipular aditamentos

simultâneos; alteração do relatório de “Material da Ficha Carga Geral” para atender a Passagem de Cargo;

• a inclusão da rotina que controla os materiais de uso duradouro; e

• a criação de sete relatórios, sendo o mais importante o relatório “Inven-tário Analítico”.

Atualmente, o sistema homologado atende todas as Seções de Registro do COMAER, incluindo a Comissão Ae-ronáutica Brasileira em Washington (CABW), tendo os seus usuários sido treinados pela equipe de desenvolvi-mento de sistemas do CCA-RJ.

24AEROESPAÇO

Cel Conti, Diretor do PAME, ao lado do Sr. Luiz Chor, representante da FIRJAN

Presidente da FIRJAN agradeceapoio do PAME em projetocomunitárioO Presidente do Conselho Empre-

sarial de Responsabilidade Social do Sistema da Federação e Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Fir-jan), Luiz Chor, visitou, acompa-nhado de sua comitiva, no dia 8 de fevereiro, o Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica (PAME) para agradecer o comprometimento da Organização no desenvolvimento do Projeto Pré-Vestibular Comuni-tário do Caju.

O Projeto, lançado em dezembro de 2004, teve duração de um ano,

com o objetivo de aumentar a es-colaridade de 100 jovens e adultos, possibilitando o ingresso nas uni-versidades e melhores oportunida-des. Dos 100 alunos inscritos na primeira fase, 60 concluíram o cur-so, onze foram aprovados nos vesti-bulares das universidades federais e particulares e oito aguardam reclas-sificação. O Projeto Pré-Vestibular Comunitário teve grande relevância social por ter sido voltado a uma das áreas mais violentas da cidade do Rio de Janeiro, o Caju.

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O Ten Cel Esp Com Luciano Lente superou a marca de 22 anos e 11 meses exercendo, ininterrup-tamente, um mesmo cargo.

O - então - Tenente Lente, ao término de curso no Exterior, foi designado para o cargo de Chefe da Seção Técnica de Telecomunicações do Destacamen-to de Proteção ao Vôo de São Paulo, a partir de 21 fevereiro de 1983, exercendo-o até o último dia 12 de janeiro de 2006.

Durante o período, acumulou diversos cargos, sendo o mais recente o de Chefe da Divisão Técnica do Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo (SRPV-SP), nos últimos cinco anos.

Entre as principais atividades destacam-se as par-ticipações na implantação (na área de jurisdição do SRPV-SP e IV COMAR), da Rede Telefônica de Comando, da Rede de Comunicação de Dados do Ministério da Aeronáutica (que evoluiu para a atual INTRAER), do Sistema TELESAT, da Rede Admi-nistrativa de Comutação Automática de Mensagens, além de três modernizações e ampliações do APP-SP e da TWR-SP.

Após mais de 35 anos de serviço, quase 32 deles pertencendo ao efetivo do SRPV-SP, o Ten Cel Len-te é agora desligado dessa Organização por ter sido transferido para o Centro Logístico Aeronáutico.

Oficial Especialista alcança marca significativa

25AEROESPAÇO

O Primeiro Grupo de Comunicações e Controle participou do Curso de Tática Aérea (CTatAe), que está sendo realizado no Grupo de Instrução Tática e Especia-lizada (GITE), abordando temas como a missão do Grupo e sua relevância na es-trutura de Comando e Controle de Ope-

rações Aéreas. A palestra foi proferida pelo Maj Av José Luis Jardim Gouveia, coman-dante do 3º/1º GCC, representando o Ten Cel Av João Batista de Oliveira Xavier, co-mandante do Grupo. Na oportunidade, o Maj Av Gouveia apresentou o 1º GCC e seus esquadrões subordinados, ressaltando

a importância de sua missão e a interação do “Braço Armado do DECEA” com as unidades operacionais do COMGAR. Após a palestra, os alunos tiveram a opor-tunidade de visitar as instalações do 3º/1º GCC, Esquadrão Morcego, e verificar o trabalho realizado pela Unidade.

Curso de Tática Aérea recebe palestra do 1º GCC

Ten Cel Lente - mais de 35 anos de serviço prestado à FAB

O Comandante do 3º/1º GCC apresenta o 1º GCC e seus esquadrões aos oficiais

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26AEROESPAÇO

O Capitão Especialista em Meteorologia Paulo Cor-reia Machado assumiu o Comando do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo dos Afonsos (DTCEA-AF), recebendo o cargo do Capitão Especialista em Mete-orologia Robson Ressurreição, no dia 6 de janeiro, em cerimônia militar presidida pelo então Chefe do Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo (SRPV-SP), Cel Av Luiz Cláudio Ribeiro da Silva.

Nascido no Rio de Janeiro, o Cap Paulo iniciou sua carreira militar em 1975, tendo sido promovido ao atual posto em 25 de dezembro de 2004. Dentre os cursos realizados, formou-se Engenheiro Civil pelas Faculdades Reunidas Nuno Lisboa.

Ao longo de sua carreira, ele foi Chefe da Subdivisão de Pessoal da Seção de Transportes de Superfície, da Se-ção de Patrimônio e da Subdivisão de Material do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR); Ins-trutor e Coordenador de Estágio do Curso de Formação de Oficiais Especialistas em Meteorologia e Membro Integrante da Banca Examinadora do CFOE em Mete-orologia no CIAAR; Membro da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho do SRPV-RJ; Chefe da Seção de Operações da Seção Administrativa e da Es-tação Meteorológica de Superfície, do Centro Meteoro-lógico Militar e da Estação Meteorológica de Altitude do DTCEA-Galeão.

DTCEA dos Afonsos tem novo Comandante

DTCEA de Foz do Iguaçu recebe novo ComandanteO Major Aviador Paulo Eduar-

do Albuquerque de Magella pas-sou o comando do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Foz do Iguaçu (DTCEA-FI) para o Capitão Aviador Marcelo de Lima Pinheiro, em solenidade, no dia 10 de fevereiro, presidida pelo Comandante do Segundo Centro Integrado de Defesa Aé-rea e Controle do Tráfego Aéreo (CINDACTA II), Coronel Avia-dor Ayrton José Schultze.

Em seu discurso, o Coman-dante do CINDACTA II desta-cou importantes trabalhos desen-volvidos pelo Maj Av Magella à frente do Destacamento, como: a revitalização do Glide Slope End

Fire do sistema de aproximação para pouso por instrumentos (ILS) do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, a moderni-zação do Radar de Terminal, a implantação do gabinete odonto-lógico e melhorias no sistema de segurança do Destacamento e da vila militar.

Ten Adjailson assume o Comando do DTCEA de SinopO Tenente QOE Com Adjailson

de Sousa Araújo assumiu, em 23 de janeiro, o Comando do Destaca-mento de Controle do Espaço Aéreo de Sinop (DTCEA-SI), em cerimô-nia presidida pelo Comandante do Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), Coronel Aviador Eduardo Antonio Carcavallo Filho.

Tendo entrado para a Força Aérea em 1989, o atual Chefe do DTCEA-

SI é natural da Paraíba e tem Licen-ciatura em Física, pela Faculdade de Ciências Aplicadas de São José dos Campos (SP) e Pós-Graduação em Capacitação Gerencial pela Pontifí-cia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG).

Cap Paulo assume o Comando do DTCEA-AF

Na cerimônia militar, o Comandante do CINDACTA II ressaltou os trabalhos realizados pelo Maj Magela no DTCEA-FI

Ten Adjailson

A cerimônia de passagem de Comando foi realizada no

CINDACTA IV

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Uma comitiva da Força Aérea Brasileira (FAB) esteve em Caracas – Venezuela, com o objetivo de finalizar os planejamentos relativos à Operação VENBRA IV, a ser realizada na primeira quinzena do mês de abril, conjuntamente com a Aviação Militar Venezuelana (AMV), tendo como cenário o espaço aéreo sobrejacente as cidades de Boa Vista (Brasil) e Santa Elena de Uairén (Ve-nezuela), na Região Amazônica.

A VENBRA IV foi concebida pelos dois países com o objetivo principal de coibir a ocorrência de tráfegos aéreos ilícitos trans-nacionais na fronteira entre os dois países. Dentre os diversos objetivos buscados, res-salta-se o estabelecimento de uma efetiva coordenação binacional de combate ao ilí-cito, por meio da criação de procedimentos aplicáveis às estruturas existentes de defesa aérea nos dois países.

Durante o período da operação, aerona-ves venezuelanas decolarão daquele país, si-mulando tráfegos ilícitos e voando em dire-ção do Brasil. O centro de coordenação de defesa aérea vizinho treinará um conjunto de normas binacionais, acordadas entre os dois países, de forma a transferir a responsa-bilidade da interceptação destes “ilícitos” ao Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), quando os mesmos aden-trarem em nosso território.

Todo este procedimento será treinado também com aeronaves brasileiras simulan-do tais tráfegos, desta vez, voando no senti-do Brasil-Venezuela.

Participaram da Comitiva da FAB, repre-sentando o DECEA, o Ten Cel Av João Ba-tista Oliveira Xavier, Comandante do Pri-meiro Grupo de Comunicações e Controle (1.º GCC) e o Maj Av Marcos Lima Bastos, do efetivo do CINDACTA IV.

Ao 1.º GCC caberá a responsabilida-

de de montar um Órgão de Controle de Operações Aéreas Militares transportável (OCOAM-T) em Boa Vista, e seus contro-ladores conduzirão as interceptações que ocorrerem em território nacional. Caberá, também, ao Grupo prover toda a estru-tura de Comando e Controle necessária à operação. O CINDACTA IV será respon-sável pelo planejamento das ações relativas ao DECEA e o apoio técnico necessário a montagem de toda infra-estrutura.

A reunião transcorreu no Comando-Ge-ral da Aviação Militar Venezuelana, sediado em Caracas, onde o General de Brigada (Av) Luis José Berroterán Acosta, Chefe do Estado-Maior do Comando de Operações Aéreas, deu as boas-vindas à Comitiva da FAB e deu início aos planejamentos nas áre-as de Operações, Comunicações e Eletrôni-ca, Legal e Comunicação Social.

Foi ressaltado durante toda a reunião a importância deste tipo de operação para os dois países, especialmente, como uma

oportunidade ímpar de se reafirmar a con-fiança mútua entre as nações e, ao mesmo tempo, o compromisso das Forças Aéreas em garantir a soberania do território dos seus países.

A comitiva da FAB, em conjunto com os representantes da AMV, elaboraram todos os acordos e planejamentos, gerais e setoriais, bem como emitiram os do-cumentos necessários, em língua portu-guesa e espanhola, para a execução da Operação VENBRA IV.

A equipe da FAB em Caracas, chefiada pelos Brig Ar Servam (Chefe de Estado-Maior do COMDABRA) e Brig Ar Machado (Chefe do CCCOA)

27AEROESPAÇO

DECEA participa de reunião de planejamento de operação internacional de defesa aérea

OPERAÇÃO VENBRA IV

O Gen Bda Berroterán e oficiais do DECEA e COMGAR finalizam as versões (português e espanhol) da Ordem de Operações da VENBRA IV

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