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Troca da hélice EC-95C 2338 - aeronave-laboratório do GEIV AERO ESPAÇ Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA N O T Í C I A S - Ano 4 - n º 2 4

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Veja os destaques dessa edição no nosso site.

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Page 1: Aeroespaço 24

Troca da hélice EC-95C 2338 - aeronave-laboratório do GEIV

AERO

ESPAÇ

Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA

NO

TÍC

IAS - Ano 4 - n º 2 4

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Índice

Salvaero Amazônicorealiza operação demissão de busca e salvamento de aeronave desaparecida em Boa Vista

Notícias do SISCEAB:REMAN 1 / 2007 no PAME-RJ

Seção:Conhecendo o DTCEAFlorianópolis - SC

GEIV celebraseus 34 anos de criação

ExpedienteNossa capa

Uma inspeção periódica realizada pela equipe do GEIV (SO BMA Sílvio, SG BMA Marcos Paulo e SG BMA Carvalho) nos levou a pensar no slogan da FAB: “Nossa Força vem da União da Nossa Gente”.

Sabemos que para uma ação de equipe resultar em sucesso é preciso união. E, parafraseando o CECOMSAER, “união é o que dá combustível aos motores”.

O trabalho que o efetivo do GEIV e de todas as outras Unidades Militares do DECEA desenvolvem para o SISCEAB tem um resultado de excelência, testemunhado por esse Informativo a cada edição.

A união de todos os componentes do DECEA tem trazido sucesso para a Organização e mostra que o nosso planejamento, a nossa dedicação e a nossa organização são ferramentas eficazes e eficientes para manter a qualidade do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.

Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEAproduzido pela Assessoria de Comunicação Social - ASCOM/DECEA

Diretor-Geral:Maj Brig Ar Ramon Borges CardosoAssessor de Comunicação Social e Editor:Paullo Esteves - Cel Av R1Redação:Daisy Meireles (RJ 21523-JP)Telma Penteado (RJ 22794-JP)Diagramação & Capa:Filipe Bastos (MTB 26888-DRT/RJ)Fotografia:Luiz Eduardo Perez (RJ 201930-RF)

Contatos:Home page: www.decea.gov.brIntraer: www.decea.intraerEmail: [email protected] / [email protected]ço: Av. General Justo, 160 - CentroCEP 20021-130 - Rio de Janeiro/RJTelefone: (21) 2123-6585 - Fax: (21) 2262-1691Editado em maio/2007Fotolitos & Impressão: Ingrafoto

Troca da hélice EC-95C 2338aeronave-laboratório do GEIV

Novas Passagensde Comando no DECEA

ICEAa todo vapor (1)

Comandante da Aeronáuticae Diretor-Geral do DECEA são

agraciados no Dia do Cartógrafo

Seção: Eu não Sabia!Auxilios à Navegação Aérea

Reportagem Especial:As bem-sucedidas

mulheres contemporâneas:ocupadas, equilibradas e felizes

ICEA e CINDACTA IVimplementam Programa Integrar5

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Maj Brig Ar Ramon Borges CardosoDiretor-Geral Interino do DECEA

C aro leitor, aí está em suas mãos a edição 24 da nossa revista Aeroespaço Notícias que, como sempre, detalha as principais realizações do Sistema de Controle do Espaço

Aéreo Brasileiro (SISCEAB).Neste número, estão em destaque os cursos que o Instituto

de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) está desenvolvendo, os aniversários de criação do Grupo Especial de Inspeção em Vôo (GEIV) e do Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III) e, ainda, uma reportagem especial sobre a jornada dupla das mulheres no nosso Sistema, sob o título “As bem-sucedidas mulheres contemporâneas - ocupadas, equilibradas e felizes”. Vale a pena conferir.

Na seção “Eu não Sabia” damos maior visibilidade aos Auxílios à Navegação Aérea, mostrando a importância desses insumos à segurança e operacionalidade de nosso Sistema.

Deste modo, seguimos apresentando nossas funcionalidades sem descurar da apreciação do lado humano, que é a nossa maior riqueza.

Sua colaboração segue sendo fundamental e a todos aqueles que nos brindam com sua atenção, desde já, nossos agradecimentos.

Como mensagem desta edição, gostaria de enfatizar que, a despeito de tudo, o SISCEAB segue cumprindo sua missão com as mesmas serenidade e sobriedade de sempre.

Devemos isto ao esforço e a competência de cada um de nós. Todos os dias, dia após dia, pelos 365 do ano, permanecemos mobilizados, tratando de garantir a segurança e a fluidez do tráfego aéreo em nosso País, com a convicção de estar fazendo o melhor.

Sigamos, mantendo o mesmo ânimo e entusiasmo que nos identifica.

Editorial

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Nascido em São Paulo, o Cel Av José Geraldo Ferreira Malta, 49 anos, assumiu a chefia do Sub-departamento Técnico no dia 25 de abril. Em cargo anterior, foi o assessor chefe militar para assuntos de

Aeronáutica do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

O Cel Malta substituiu o Maj Brig Pinheiro, atual VICEA.

SDTE

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O Esquadrão Mangrulho tem novo coman-dante: o Maj Av Elton Bub-litz. A cerimô-nia aconteceu no dia 19 de janeiro, quando o Maj Av Paulo Sérgio Dutra Vila Lima passou o comando do Quarto Esquad-rão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (4º/1º GCC).O Esquad-rão Mangrulho tem novo coman-dante: o Maj Av Elton Bublitz. A cerimônia acon-teceu no dia 19 de janeiro, quando o Maj Av Paulo Sérgio Dutra Vila Lima passou o comando do Quarto Esquad-rão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (4º/1º GCC).O Esquad-rão Mangrulho tem novo coman-dante: o Maj Av Elton Bublitz. A cerimônia acon-teceu no dia 19 de janeiro, quando o Maj Av Paulo Sérgio Dutra Vila Lima passou o comando do Quarto Esquad-rão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (4º/1º GCC).O Esquad-rão Mangrulho tem novo O Esquadrão Man-grulho tem novo c o m a n d a n t e : o Maj Av Elton Bublitz. A cerimô-nia aconteceu no dia 19 de janeiro, quando o Maj Av Paulo Sérgio Dutra Vila Lima passou o comando do Quarto Esquad-rão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (4º/1º GCC).O Esquad-rão Mangrulho tem novo coman-dante: o Maj Av Elton Bublitz. A cerimônia acon-teceu no dia 19 de janeiro, quando o Maj Av Paulo Sérgio Dutra Vila Lima passou o comando do Quarto Esquad-rão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (4º/1º GCC).O Esquad-rão Mangrulho tem novo coman-dante: o Maj Av Elton Bublitz. A cerimônia acon-teceu no dia 19 de janeiro, quando o Maj Av Paulo Sérgio Dutra Vila Lima passou o comando do Quarto Esquad-rão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (4º/1º GCC).O Esquad-rão Mangrulho tem novo O Esquadrão Man-grulho tem novo c o m a n d a n t e : o Maj Av Elton Bublitz. A cerimô-nia aconteceu no dia 19 de janeiro, quando o Maj Av Paulo Sérgio Dutra Vila Lima passou o comando do Quarto Esquad-rão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (4º/1º GCC).O Esquad-rão Mangrulho tem novo coman-dante: o Maj Av Elton Bublitz. A

Novas Passagens de Comando no DECEA

O Maj Brig Ar Alvaro Luiz Pinheiro da Costa assumiu a vice-direção do DECEA no dia 25 de abril, substituindo o Maj Brig Ar Ramon Borges Cardoso, hoje Diretor-Geral interino.

Já exerceu a vice-presidência e presidência da CISCEA e, ainda, a chefia do Subdepartamento Técnico do DECEA. O Maj Brig Ar Pinheiro tem 53 anos e é natural do RJ.

VICEA

O Brig Ar José Roberto Machado e Silva é carioca e em agosto completa 52 anos. Entregou a Presidência da CISCEA para assumir a chefia do Subdepartamento

de Operações do DECEA, substituindo o Brig Ar Ricardo da Silva Servan, no dia 25 de abril.

SDOP

O Cel Av Stefan Egon Gracza é paulista e completa 50 anos em julho deste ano. O novo chefe do Subdepartamento de Administração atuou, em sua última função, como chefe da

Divisão de Ensino da ECEMAR.O Cel Gracza substituiu o Brig Ar Antonio Carlos

de Barros – que despediu-se do serviço ativo da Aeronáutica.

SDAD

O novo presidente da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) é o Cel Av Carlos Vuyk de Aquino, nascido em Niterói, RJ. Já comandou o CINDACTA II e, em sua função anterior,

atuou também como comandante do CINDACTA I. Completou 51 anos no dia 8 de maio.

CISCEA

O Cel Av Eduardo dos Santos Raulino assumiu o comando do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Trafego Aéreo (CINDACTA I), no dia 11 de abril, em solenidade presidida pelo Vice-Diretor

do DECEA, Maj Brig Ar Alvaro Luiz Pinheiro da Costa.O cargo foi transmitido pelo Cel Av Carlos Vuyk de

Aquino.

CINDACTA I

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ICEAO Instituto de Controle do Espaço

Aéreo (ICEA) realizou, no período de 12 a 16 de março de 2007, o 2º Programa Integrar, em atendimento à orientação do Subdepartamento de Administração do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e de acordo com o preconizado na ICA 164-2 (Programa Integrar).

Este Programa visa adaptar, orientar e oferecer os direcionamentos iniciais aos militares que foram adicionados ao efetivo do Instituto.

O 2º Programa Integrar foi coordenado pelo 1º Ten QOEA CTA Jorge Augusto Martins, da Subdivisão de Avaliação da Divisão de Ensino, o qual, além dos cursos específicos e experiência na área do ensino no SISCEAB, têm formação em Pedagogia, além de especialização em Pedagogia Empresarial.

O evento teve também ampla cobertura fotográfica em todas as suas atividades; sendo suas palestras disponibilizadas a todo o efetivo do Instituto, em caráter facultativo.

Por ocasião do término das atividades, foi aplicada Ficha de Avaliação do Programa, cujo resultado traduziu o pleno êxito das atividades, com o amplo reconhecimento dos novos integrantes do Instituto, que totalizam 21 militares.

No decorrer do 2º Programa Integrar no ICEA foram tratados os seguintes assuntos:

A Organização - nesta fase, ministrada pelo SO BCT Nero de Castro Pacheco Júnior, da Seção de Comunicação Social, foram abordados

os aspectos da OM, a começar pelo contexto no qual está inserido o ICEA, com a exibição do vídeo institucional do Instituto, seguido da exposição do organograma da OM, com a explanação das atribuições de cada uma de suas Divisões;

Saúde e Higiene - nesta instrução ministrada pelo Cap Med Francisco Mota, da Divisão de Saúde do Grupo de Infra-estrutura e Apoio do CTA, foram apresentados

os procedimentos usuais da Divisão de Saúde, tais como inspeções de saúde, dispensas médicas, além de cuidados com a saúde em geral;

Administração de Pessoal - apresentada pelo SO SAD Eduardo Gonçalves da Silva, encarregado da Seção de Recursos Humanos, a etapa detalhou questões sobre documentação (Regimento Interno, NPA, Diretriz de Comando), rotinas e escalas de serviço;

Aspectos Sociais - neste item a 2º Ten QCOA ASS Tatiana de Cardoso e Mendes, da Seção de Assistência Social do CTA, abordou o serviço de Assistência Social, bem como seus benefícios e direitos sociais. Ainda neste tema, o SO BCT Nero realizou uma exposição sobre a cidade de São José dos Campos, aspectos históricos e geográficos, bem como facilidades e opções de lazer;

Trabalho em Equipe - ministrado pelo SO BCO Esequiel da Pena Firme, da Subdivisão de Ensino à Distância, instrutor da disciplina em três cursos do Instituto, o assunto foi trabalhado em atividade de dinâmica de grupo, sendo abordados os seguintes temas: integração, cooperação, comunicação e comprometimento;

Aspectos Jurídico no Trabalho - o assunto apre-sentado pelo 2º Ten QCOA SJU Alexandre Agrico de Paula, da Seção de Investigação e Justiça do CTA, abordou, entre

outros tópicos, as ocorrências de serviço, tais como Fatos Geradores de Sindicância, Inquérito Policial Militar, além de Auto de Prisão em Flagrante, crime comum e crime militar;

Segurança no Trabalho - neste módulo o 1º Ten QOEMET Marcelo George dos Santos, ex-presidente da CIPA do ICEA, forneceu noções de segurança e prevenção de acidentes do trabalho;

Inteligência - ministrado pelo Maj Inf Eduardo Pinheiro, da Agência de Inteligência, o tema foi considerado de grande interesse, principalmente dadas às peculiaridades das OM que compõem a guarnição, onde estão centralizadas as principais atividades tecnológicas da FAB.

CINDACTA IVA aplicação deste Programa no

Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), com a abordagem dos mesmos temas tratados no ICEA, já havia sido realizada no período de 02 a 05 de janeiro.

À época, o Comandante, Cel Av Eduardo Antonio Carcavallo Filho, recebeu os novos militares na Sala do Comando e realizou um briefing.

Através do Programa Integrar, coordenado pela Subdivisão de Apoio ao Homem do referido Centro, os militares tiveram a oportunidade de conhecer os diversos setores da OM, como também os principais pontos turísticos e as facilidades da Cidade de Manaus.

ICEA e CINDACTA IV implementam Programa Integrar

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A segunda edição do Programa no ICEA integrou 21 militares

Um briefing para os novos militares no CINDACTA IV

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TÉCNICOS EM INFORMAÇÕES AERONÁUTICAS - AIS 005

Após 30 anos, desde a última contra-tação de civis técnicos em Informações Aeronáuticas, o Comando da Aeronáu-tica retoma a formação dos LT DACTA 1302, utilizando um criterioso estudo para atualizar e estabelecer o currículo mínimo, a fim de atender o perfil único para o profissional que irá exercer as atividades AIS.

No último dia 30 de março, no Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), foi realizada a formatura dos 12 alunos civis concursados pelo COMAER, através do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), como parte da amplia-ção dos recursos humanos especializa-dos no Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).

O Curso Técnico em Informações Ae-ronáuticas (AIS005) contou, ainda, com a participação de militares do Exército Brasileiro e teve a duração de seis me-ses.

SUPERVISOR DE ÓRGÃO ATC

ATM - 011No período de 19 a 30 de março, rea-

lizou-se, no ICEA, a fase presencial do Curso Supervisor de Órgão ATC (ATM-011), para a Turma 06-2006. O objetivo do Curso foi habilitar Controladores de Tráfego Aéreo a exercerem a função de Supervisor das equipes operacio-nais das Torres de Controle (TWR), dos Controles de Aproximação (APP) ou dos Centros de Controle de Área (ACC).

Desde o ano de 2001, esse Curso é ministrado na modalidade semi-pre-sencial, ou seja, em um intervalo de seis meses o aluno estuda, à distância, assuntos técnicos da especialidade, assim como temas atinentes à teoria administrativa e em duas semanas no ICEA tem contato com assuntos de

cunho humanístico, que permitem o aprimoramento do domínio afetivo.

Dezessete militares Controladores de Tráfego Aéreo e uma civil da Infraero concluíram com êxito o men-cionado Curso, significando um novo tempo em suas vidas ante as necessi-dades do DECEA, fomentando-o com profissionais comprometidos com as requisições sistêmicas do SISCEA.

RADIOPERADOR EM PLATAFORMA MARÍTIMA

CNS-014O ICEA realizou, no dia 30 de março,

a solenidade de conclusão do Curso de Radioperador em Plataforma Marítima, denominado pelo DECEA como CNS-014.

O evento contou com a presença do Diretor do ICEA, representantes da Ma-rinha do Brasil, coordenadores, instru-tores do DECEA, do CINDACTA I e de convidados.

O curso foi criado pelo Subdeparta-mento de Operações do DECEA, em coordenação com a DAERM, da Mari-nha do Brasil, em função do diagnós-tico realizado pelo CINDACTA I nas Salas de Rádio das Plataformas e em-barcações envolvidas nas operações offshore nos campos Enchova, Marlim e Albacora.

No documento foi relatado que os operadores mantinham comunicação bilateral com os helicópteros que efe-tuavam pousos e decolagens nos he-lipontos das plataformas, necessitando de formação específica para tal proce-dimento.

Vinte funcionários de empresas liga-das às operações offshore na Bacia de Campos concluíram com aproveita-mento o curso.

O ICEA tem previsão de formar mais cinco turmas de radioperadores em 2007, atendendo uma demanda de 183 profissionais já inscritos pelo DECEA.

CURSO DE OPERAÇÃO DE POSTO DE VISUALIZAÇÃO REMOTA

MET 002Ainda no dia 30 de março foi con-

cluído, no ICEA, o Curso de Opera-ção de Posto de Visualização Remota – MET002.

Foram formados nesta turma, 12 gra-duados de diversas Unidades da For-ça Aérea Brasileira, tendo alcançado a primeira colocação, o 2S BMT Ricardo Nogueira Miranda. O curso contou, ain-da, com a participação do 1º Ten Esp Met Claudio, do Centro Meteorológico de Vigilância de Curitiba, nas funções de coordenador e instrutor, e do 2S BMT Concas, do Centro Meteorológico de Vigilância de Manaus, na função de Instrutor.

Tendo sido realizado pela primeira vez em 2003, este curso é destinado a capacitar Oficiais e Graduados Es-pecialistas em Meteorologia e também civis de níveis superior e médio da Infraero. O Curso fornece, ainda, toda teoria e prática necessárias à opera-ção do Posto de Visualização Remota (PVR), capacitando os alunos ao com-pleto domínio das diversas funções deste recurso, bem como a plena inter-pretação dos vários produtos disponibi-lizados pelos Radares Meteorológicos.

CURSO BÁSICO SAR 005No período de 26 a 30 de março, o

ICEA realizou mais um Curso Básico SAR (SAR 005), sob coordenação da Divisão de Busca e Salvamento do DECEA.

Este curso tem por objetivo criar uma mentalidade de Busca e Salvamen-to para a sociedade atuar no Sistema SAR Aeronáutico (SISSAR), por meio da construção do conhecimento, pro-porcionando a integração sistêmica dos diversos segmentos da Busca e Salvamento no Brasil.

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ICEAa todo vapor (1)

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Desta feita, contou com a participa-ção de 86 alunos, oriundos das se-guintes organizações: DECEA, FAE II, CMD 1º DISTRITO NAVAL, COMAR III, IEAV, UNIVAP, CINDACTAS I, II, III e IV, SRPV-SP, ICEA, BAAF, PARASAR, HAAF, 1º/7º GAv, 2º/7º GAv, 4º/7º GAv, 2º/10º GAv, DTCEA-GL, DTCEA-BR, DTCEA-CF, DTCEA-SP, DTCEA-ST, DTCEA-AF, POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL, PM-SP, PM-MG, PATRU-LHA CIVIL VOLUNTÁRIA, POLÍCIA CI-VIL MG, RESGATE E TREINAMENTO LTDA e CPBO CIVIL VOLUNTÁRIO.

Assim, o Comando da Aeronáutica, representado pelos órgãos do DECEA responsáveis pela capacitação de re-cursos SAR, dá mais um grandioso passo no sentido de conscientizar di-versos segmentos da sociedade bra-sileira de que o Brasil possui um Sis-tema SAR organizado, disponível 24 horas por dia, 7 dias na semana e 30 dias no mês, sempre pronto a honrar o compromisso internacional “...Para que outros possam viver!”

INTERPRETAÇÃO DE IMAGENS METEOROLÓGICAS - MET011

Teve início em 23 de abril, no ICEA, o curso de Interpretação de Imagens Me-teorológicas (MET011), segunda turma de 2007, com a participação de 22 mili-tares do Exército, Marinha e Aeronáuti-

ca, de diversas regiões do Brasil.O curso, com duração de duas se-

manas, preserva seu objetivo que é proporcionar aos discentes competên-cias para o desenvolvimento de habili-dades necessárias à identificação e in-terpretação dos fenômenos e sistemas meteorológicos, contidos em imagens de satélites, radares meteorológicos e modelagens atmosféricas.

OPERADOR DE CENTRO METEOROLÓGICO MILITAR -

MET014As atividades do homem em todos

os instantes são determinadas pelas condições atmosféricas. Se olharmos para a história da humanidade em seus registros, existe uma infinidade de caminhos e decisões que foram to-madas na busca de conseguir superar as adversidades. Os grandes confli-tos e descobertas foram decididos em grande parte pelo conhecimento das condições de tempo.

Nos últimos anos, os rigores dos fe-nômenos meteorológicos marcaram todas as regiões do planeta e ocasio-naram inúmeras perdas materiais e hu-manas. No Brasil, somente no ano de 2005, ocorreram fenômenos em maior quantidade e de maior magnitude, tais como tornados no Sul, uma intensa es-tiagem na Amazônia e um evento até

então nunca visto no Atlântico Sul, o furacão Catarina.

Sensível a estes acontecimentos, o ICEA deu mais um importante passo no aperfeiçoamento dos Oficiais Especia-listas em Meteorologia Aeronáutica ao encerrar, no dia 20 de abril, o segundo curso de Operação de Centro Meteo-rológico Militar. Os objetivos deste cur-so estão diretamente relacionados ao aprimoramento dos Oficiais Previsores das diversas Unidades da FAB para o emprego da Meteorologia Aeronáutica em operações militares da nossa Força Aérea ou missões conjuntas com ou-tras Nações.

Foram duas semanas de instruções teórico-práticas que elevaram o grau de profissionalismo e a excelência dos serviços prestados pelos Meteorologis-tas dos diversos Centros Meteorológi-cos Militares. Participaram deste curso oito Oficiais Especialistas em Mete-orologia que, certamente, aplicarão o conhecimento adquirido, elevando a precisão das previsões de tempo e conseqüente sucesso das operações militares.

Fica registrado o agradecimento às seguintes unidades da Força Aérea: DTCEA-BE, DTCEA-BR, BASC, a DP do ICEA - que gentilmente cederam seus profissionais para atuarem como instrutores neste importante curso.

1 – Técnicos em Informações Aeronáuticas; 2 – Radioperadores em Plataforma Marítima; 3 – Operadores de Posto de Visualização Remota; 4 –Básicos em SAR; 5 – Operadores de Centro Meteorológico Militar; 6 - Supervisores de Órgão ATC

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As trovoadas sazonais na região amazônica são recheadas de histórias e estórias, muitas delas relacionadas ao bem jurídico mais valorizado por nossa sociedade – a vida.

Na tarde do sábado, dia 31 de março, o RCC AZ (Salvaero Amazônico), atento à alta possibilidade de ocorrência de acidentes muito comuns nesta época do ano, recebeu às 22:45 UTC um telefonema da Paramazonia Táxi Aéreo, informando que a aeronave PT-KBA, decolada da Missão Catrimani às 15:42 UTC, não havia chegado a Baixo Catrimani, no interior de Roraima.

A bordo do avião estavam o piloto e dois sanitaristas da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), acostumados a sobrevoar a região que, naquele dia, encontrava-se repleta de formações meteorológicas.

Imediatamente, foi acionada uma Equipe de Coordenação sob a gerência do 1º Ten CTA Angelotti que, após assumir a função de SMC – SAR Mission Coordinator (Coordenador de Missões SAR), passou a desencadear um protocolo de ações para que os recursos aéreos da FAB fossem acionados.

Em resposta à sua solicitação, a Segunda Força Aérea (FAE II), órgão responsável pela alocação de recursos aéreos ao Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico (SISSAR),

engajou imediatamente uma aeronave SC-95B Bandeirante do 2º/10º GAv e um helicóptero H-1H do 7º/8º GAv, que decolaram de suas bases para as proximidades do acidente.

As condições climáticas desfavoráveis do dia 1º de abril permitiram apenas que uma varredura eletrônica sobre a área de busca fosse conduzida, impedindo qualquer visualização do local onde o avião pudesse ser encontrado.

Ciente de que o tempo estava correndo e que o tempo é um artigo de luxo que os sobreviventes em geral não dispõem, o Salvaero trabalhou incansavelmente para que, assim que as condições melhorassem, as aeronaves pudessem cumprir padrões de busca bem planejados e coordenados.

Face à necessidade de estabelecer

uma célula de coordenação próxima ao local do acidente, o RCC AZ designou o 1º Ten CTA Xavier e o 1S BCT Marco Aurélio como OSC – On Scene Coordinator (Coordenador Local) e posicionou-os em Boa Vista - RR.

O dia 2 de abril não foi menos cruel com os envolvidos e, novamente, as péssimas condições meteorológicas impediram o sobrevôo da região. A coragem e o alto grau de adestramento

das equipes envolvidas ainda permitiram que alguns pontos fossem observados, mas nenhum indício da aeronave foi avistado.

Com um trabalho de comunicação impecável conduzido pelo RCC AZ, todas as localidades da região foram contactadas, gerando, assim, um crescente sentimento de que a aeronave desaparecida poderia ter sofrido um sério acidente.

O terceiro dia de buscas iniciou sob nebulosidade e chuvas. No entanto, as condições climáticas não mais seriam obstáculo e, assim, às 13:50 UTC do dia 03 de abril, o SAR 6545, voando a 5.500 ft, comandado pelo Cap Av Carvalho, avistou parte da aeronave PT-KBA destruída.

Todavia, para satisfação de todos, ao lado dos destroços havia uma pessoa que acenava sem parar. Lá estava, após horas de espera, de angústia por ter perdido um amigo e de luta para derrubar árvores para facilitar sua própria localização, um sobrevivente!

Imediatamente o helicóptero, comandado pelo 1º Ten Av Tomita, previamente posicionado próximo à rota,

Salvaero Amazônico realiza operação de missão de busca e salvamento deaeronave desaparecida em Boa Vista

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Busca e Salvamento

Momento do resgate

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decolou e, às 15:36 UTC, Marcos Xavier Cardoso foi resgatado e conduzido à cidade de Caracaraí para, então, ser transportado até Boa Vista.

Na noite de 03 de abril, a equipe de Coordenação em Cena e a tripulação do 2º/10º GAv dirigiram-se ao Hospital Geral de Boa Vista, onde reencontraram Marcos Xavier Cardoso.

Abaixo está transcrita a entrevista realizada pelo 1S BCT Marco Aurélio com Marcos Xavier Cardoso:

O senhor poderia nos descrever como ocorreu o acidente?

MXC - Depois que o avião decolou de Missão Catrimani, o piloto disse que tinha problemas no motor e que iríamos cair. Pediu então para jogarmos tudo para fora do avião, o que fizemos. Aí caímos na selva. Eu cheguei a ver que o piloto bateu com a cabeça no avião e morreu na hora, mas saí logo do avião. Aí o avião pegou fogo.

O Daciel (outro passageiro) então me chamou e eu retirei ele do avião. O Daciel estava muito queimado e pedindo ajuda. Como não tinha nada, peguei um pouco de barro fino úmido da beira do igarapé e coloquei nas queimaduras dele que eram fundas o que ajudou um pouco a diminuir a aflição dele.

Como foi a primeira noite? MXC - Não dormi nada. Fiz um fogo

com o resto do avião que ainda estava queimando e tomei conta do Daciel que tinha dores.

No domingo, o senhor viu a nossa aeronave sobrevoando a mata?

MXC – Sim. Vi e ouvi. Percebi, então, que era preciso abrir uma clareira para que vocês nos vissem.

O senhor não fez fogo para sinalizar? MXC - Era difícil, pois o fogo apagava

com a chuva. Mesmo assim, o meu

amigo me ajudou, no domingo, a arrastar um pedaço da aeronave da beira do igarapé para o meio do nosso acampamento, para torcermos que vocês nos avistassem.

O que vocês comiam e bebiam? MXC - Frutas da mata para manter a

glicose e água do riacho.

E a segunda noite? MXC - Foi muito difícil, eu rezava

muito o Pai Nosso. O meu amigo estava muito mal e não conseguia mais ficar em pé. Ele morreu às 07h30 de segunda feira. Aí eu vi que tinha que fazer algo. Eu procurei no avião e achei uma machadinha e um facão e comecei a cortar a mata para fazer uma clareira a fim de que vocês me avistassem.

O senhor nos viu de novo na segunda-feira?

MXC - Sim, mas a clareira ainda não era suficiente... A mata nos engoliu.

O senhor acreditava que iria ser resgatado?

MXC - Sim, eu tinha fé e rezava muito, além de cortar árvores para abrir a clareira. Eu a cada dia me preparava psicologicamente para ficar ali dez dias. Eu já estava esperando que os urubus começassem a circular o que poderia ajudar vocês a me encontrar.

Como o senhor se sentiu quando o avião na manhã de terça-feira avistou o local, graças ao pedaço de aeronave colocada no meio da clareira?

MXC - Eu rezei muito por isso, eu chorava e acenei durante as duas horas para vocês não me deixarem. Fiquei muito triste quando o avião subiu e parecia que ia embora. A minha maior felicidade foi quando escutei o barulho do helicóptero e depois vi um de vocês descer e me perguntar se os outros estavam vivos. É indescritível.

O senhor tem alguma mensagem final? O que o senhor vai fazer daqui para frente? Como vê a vida agora?

MXC - Eu passava 30 dias na floresta como sanitarista da Funasa e 15 dias em casa.

Não quero voltar para lá. Quero cuidar da minha filha de 10 anos. A fé é tudo! Se acreditarmos, conseguimos. Que Deus abençoe o trabalho de vocês. Eu sou um católico, mas não era praticante. Daqui para frente, irei sempre à missa e à Igreja. Muito obrigado!

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Marcos, esse é o nosso trabalho e estaremos sempre ao seu dispor e da sociedade brasileira. Vocês podem não saber, mas nós estamos sempre prontos para isso e continuamente nos aprimorando. Você é uma lenda viva do nosso serviço e irá para uma lista de outros que continuam vivos. Fique certo que grande participação para sua sobrevivência veio da sua fé e sua atitude de abrir aquela clareira que nos possibilitou avistá-lo e trazê-lo de volta ao seio de sua família. Divulgue isso, pois você agora passou a ser um representante SAR. Fique com Deus e descanse para ver sua filha amanhã. Ela vai ficar muito feliz.

Essa é a história do senhor Marcos, um caboclo forte de braços firmes e dentes amarelados que, com um sorriso, traduzia sua simplicidade e mostrava o rosto de mais um brasileiro que pode não saber o que é IAMSAR ou SARMASTER, mas sabe o que é nascer de novo depois sofrer um acidente aéreo, passar três dias na selva amazônica para então ser resgatado.

Essa é a história de mais um sobrevivente resgatado pelo Sistema de Busca e Salvamento, cujo lema é: “para que outros possam viver!”.

O local do resgate

Equipe PARASAR - missões pela vida

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Em 1972, Vitinha – então com 24 anos - chegava ao Rio de Janeiro. Começou a trabalhar numa empresa que prestava serviços para o então Ministério da Aeronáutica. Ela havia sido designada para trabalhar na Pagadoria de Inativos e Pensionistas de Aeronáutica (PIPAR). O regime de meio expediente a possibilitou continuar seus estudos em Técnicas de Contabilidade, no período da manhã.

No entanto, cerca de um ano depois, o acordo entre as instituições foi encerrado e Vitinha foi requisitada para trabalhar como datilógrafa no Terceiro Comando Aéreo Regional (COMAR III), em período integral, o que a impediu de prosseguir seus estudos.

Optando por se formar, Vitinha pediu demissão e deu outro rumo à sua vida profissional, tornando-se, além de Técnica em Contabilidade, modelo – “com carteira profissional”, como ela mesma frisa.

O tempo dedicado à nova carreira não a afastou definitivamente da Força Aérea Brasileira. Insegura quanto à sua estabilidade na nova profissão e aconselhada por amigos, ela decidiu prestar um concurso público para o Ministério da Aeronáutica, em 1982. O resultado não poderia ser outro.

“Tive orgulho de ser aprovadapara a única vaga disponível

para datilógrafa”.

Ainda assim, teve dúvidas em decidir que carreira seguir, pois a diferença salarial era considerável.

Mas, graças a uma das grandes amizades que conquistou na FAB, o Coronel Walter Menezes Guimarães, foi convencida

a optar pela Aeronáutica, tendo constatado, algum tempo depois, que foi a melhor coisa que aconteceu na sua vida profissional.

Neste mesmo ano, em 23 de setembro, ela ingressou na Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo (DEPV) – hoje DECEA, no Departamento de Patrimônio (D-PAT), auxiliando no controle de carga. Ainda na D-PAT trabalhou por 19 anos como secretária e, em 25 de junho de 2003, foi transferida para a secretaria do Subdepartamento de Operações (SDOP), participando ativamente no movimento de toda documentação que por lá tramitava.

Não há a menor dúvida que o trabalho e o sentimento de utilidade e produtividade são fundamentais em sua vida. Vitinha se aposentou em 1997 e, naquela época, achava que a vida sem a rotina acelerada do trabalho faria muito bem a ela. “Ledo engano”, afirma nossa entrevistada.

Em face dos anos de intensas atividades profissionais sentiu-se inútil e, logo em seguida, saiu em campo procurando novas ocupações. Foi então que surgiu a oportunidade de voltar a trabalhar no mesmo local, retornando, assim, ao convívio de pessoas que eram muito caras e ao ambiente salutar e cordial de trabalho.

“A maior lição que tireidestes anos de trabalhona FAB foi reconhecer e

admirar os seres humanosque existem por trás

das fardas dos militarese dos trajes dos servidores civis”.

Quem é ?

VitinhaSe

ção

Natural de Belém do Pará, nascida em 28 de abril de 1948, Vitalina Barros da Costa, a Vitinha, é daquelas pessoas que não fogem do trabalho e acredita que se deve “viver intensamente cada momento que a vida oferece, por não se saber como será o dia de amanhã”. Atualmente, ela é a secretaria do Gabinete do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (GABCEA), onde desempenha tarefas administrativas e rotineiras, mas gratificantes.

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Vitinha acredita ter conquistado inúmeras amizades, tanto entre os servidores civis como entre os militares – e, neste último caso, sem distinção entre Oficiais e Praças. Ela recebeu muito incentivo dos amigos para que continuasse a trabalhar. “Devo um preito de gratidão e de eterno reconhecimento a todos estes amigos”.

O chefe da nossa entrevistada é o Coronel Wilson – chefe de Gabinete do DECEA, a quem ela não cansa de elogiar. “Ele é um Oficial cortês, educado e compreensivo, sempre disposto a ouvir e ajudar não só aqueles que diretamente trabalham com ele, mas a todas as pessoas que o procuram. O Cel Wilson é gente!”.

“Administro meu temposem grandes planejamentos,

mas consigo dar contadas tarefas familiares, sociais,

esportivas e profissionais”.

Suas horas vagas são aproveitadas com exercícios, viagens, idas à praia, leitura de revistas e jornais e, principalmente, pelos momentos dedicados à sua família.

Ela também gosta de dançar e, modestamente, diz: “Acho que sou um par razoável para qualquer dançarino”.

Moradora do bairro do Engenho Novo (Rio de Janeiro), Vitinha cuida de sua mãe Ary, de 85 anos, e de seus sobrinhos, Júnior, de 26 anos (recém-chegado à sua casa) e Alexandre, de 18 - criado por ela desde seus cinco anos, quando ele perdeu a mãe (ex-esposa de seu irmão), e é considerado como um filho.

“Acho que se as pessoas tivessem o mínimo de condições para ajudar os jovens desamparados, como fiz com esses dois sobrinhos, provavelmente não teríamos tanta violência como nos dias atuais” - comenta.

“Mesmo sendode origem pobre e humilde,

superei os diversos obstáculosque a vida apresentou e,

hoje, procuro ajudar,dentro das minhas

modestas possibilidades,as pessoas mais necessitadas”.

Vitinha tem mais oito irmãos, que moram em cidades afastadas (Belém - PA, Goiânia - GO, Valença – RJ, e Rio de Janeiro – RJ) – e a saudade toma conta do seu coração.

Exemplo de garra e força de vontade na vida profissional, Vitinha nos ensina com sua experiência que o trabalho não só dignifica o ser humano, mas engrandece a alma e nos motiva a viver.

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Oficiais-Generais da FAB são condecorados em cerimônia

Comandante da Aeronáutica e Diretor-Geral do DECEA são agraciados no Dia do Cartógrafo

Foi realizado no COMAR III, no dia 04 de maio, uma solenidade alusiva ao Dia do Cartógrafo (6 de maio)

O comandante do COMAR III, Maj Brig Ar Ailton dos Santos Pohlmann e o presi-dente da Sociedade Brasileira de Cartogra-fia, Paulo César Teixeira Trino, receberam os Membros do Egrégio Conselho da Ordem do Mérito Cartográfico.

Cartógrafos (civis e militares) e institui-ções que prestaram relevantes serviços à Cartografia foram outorgados nos cinco graus tradicionais: Grã-Cruz, Grande Ofi-cial, Comendador, Oficial e Cavaleiro.

Dentre os agraciados destacam-se o Comandante da Aeronáutica, Ten Brig Ar Juniti Saito, por ter sido promovido ao grau de Grã-Cruz; o Diretor-Geral do DECEA, Maj Brig Ar Ramon Borges Cardoso, por ter sido admitido no grau de Comendador e o Diretor do Instituto de Cartografia Aero-náutica, Cel Av Eric de Azevedo Bastos, por ter sido admitido no grau de Oficial.

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O Parque de Material de Eletrôni-ca da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ), no período de 16 a 19 de abril, sediou e apoiou a Reunião de Manutenção (REMAN 1/2007).

O evento contou com a presença do Maj Brig Ar Alvaro Luiz Pinheiro da Costa, Vice-Diretor do DECEA; do Cel Av José Geraldo Ferreira Malta, Chefe do Subdepartamento Técnico (SDTE) do DECEA; representantes do Sub-departamento de Tecnologia da Infor-mação (SDTI); das Divisões de Supri-mento (DSUP), Navegação (DNAV), Radar (DRAD) e Telecomunicações (DTEL) do DECEA; do Primeiro, Segundo, Terceiro e Quarto Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I, II, III e IV); do Serviço Regional de Pro-teção ao Vôo de São Paulo (SRPV-SP), do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC), da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), da Em-presa Brasileira de Infra-estrutura Ae-roportuária (INFRAERO); do Grupo Especial de Inspeção em Vôo (GEIV) e do PAME-RJ, chegando a um total de 82 participantes.

Dando seqüência aos excelentes re-sultados para os setores de logística e de manutenção, decorrentes das Reuniões de Manutenção realizadas nos dois últi-mos anos, os trabalhos foram divididos em diversas áreas de interesse.

Na área de Suprimento, mereceram destaque a alienação de equipamentos/

materiais obsoletos, o Planejamento Lo-gístico Integrado, a revisão das Ordens Técnicas do Comando da Aeronáutica relativas à Manutenção Preventiva e, fi-nalmente, a necessidade de atualizações no Sistema Integrado de Logística de Materiais e Serviços (SILOMS) para a plena utilização do mesmo no Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).

Na área de Radiodeterminação, foi apresentado um resumo do processo de modernização OPERA, a necessi-dade da formação dos novos bancos de dados do Sistema de Manutenção Preditiva (SPM) e a disseminação dos conhecimentos de mecânica radar dos radares RAYTHEON, utilizados na área do CINDACTA IV.

Foi apresentada, também, a diagonal de aquisição, modernização e substitui-ção dos radares do SISCEAB, processo com conclusão prevista para 2027 e que teve início com o novo contrato de modernização para estado sólido dos emissores dos radares LP23 e TA10M.

Este projeto, nomeado EVEREST, é o primeiro passo para a fabricação de radares banda L no Brasil, trazen-do como principais benefícios: baixo consumo de energia elétrica, baixo aquecimento, menores riscos para os mantenedores, redução do espaço fí-sico necessário, maior estabilidade no desempenho, degradação gradual, ca-nal meteorológico nos TA10, sintetiza-dores de freqüência nos dois modelos, função de altimetria em cinco radares

LP23 e facilidade de assistência técnica no Brasil.

Na área de Telecomunicações, foram apresentadas importantes atividades que estão sendo realizadas, objetivando o futuro das comunicações do controle do espaço aéreo, entre elas: o estudo so-bre a modernização de tecnologia dos principais sistemas; a ativação e ade-quação dos aplicativos na rede MPLS; o controle e combate às interferências em VHF; a atualização do Sistema de Telefonia da FAB para o mundo IP e trabalhos para contingenciamento das comunicações.

Na área de Navegação e Infra-estru-tura (Auxílios à Radionavegação Aérea, Auxílios Meteorológicos, Metrologia, Energia e Climatização) foram apre-sentados os cronogramas da Diagonal de Substituição de Equipamentos, a qual ficará a cargo da CISCEA, inicia-do em 2007. Além disso, o PAME-RJ se dispôs a realizar treinamentos práti-cos de técnicos dos Regionais, visando à manutenção corretiva de módulos específicos de equipamentos DME e VOR. Também foram analisadas as atribuições dos Laboratórios Setoriais (LSC) e Regionais (LRC) de Calibra-ção, previstas no Plano Anual de Ca-libração de Instrumentos de cada La-boratório. A DNAV informou, ainda, que realizará estudos para viabilizar os cursos de Metrologia no Brasil e no Exterior, o aumento da verba para a compra de instrumentos e acessórios e, também, os procedimentos de cali-bração das Estações Meteorológicas de Superfície (EMS) e de seus sensores.

Na área de Tecnologia da Informa-ção foi apresentado o novo contrato de Manutenção do software dos Sistemas X-4000 / CCAM / OPMET. Também foi disponibilizado o Manual do Siste-ma de Controle de Inoperâncias (SCI) e solicitado que as críticas sejam envia-das ao GT-SCI. Além disso, foi soli-citado aos Regionais o cadastramento das estações SUN pertencentes ao Sis-tema de Tratamento de Visualização de Dados (STVD) no Plano Diretor de Tecnologia de Informação (PDTI On-line), ação fundamental para viabilizar os estudos para definir as ações e res-ponsabilidades necessárias à manuten-

REMAN 1/2007 no PAME-RJ

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ISCEA

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Os participantes da Reunião de Manutenção - oportunidade de atualização sobre o SISCEAB

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A mini-torre - empenho e criatividade do Esquadrão Aranha

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ção corretiva e atualização dos equipamen-tos dos sistemas de visualização X-4000.

Na área da CISCEA foram apresentadas as metas em andamento naquela Comis-são, relacionados às implantações de inte-resse do DECEA. Além disso, os contratos de manutenção da Central de Áudio SITTI e do Subsistema NCC do Sistema TELESAT foram detalhados a todos os presentes, assim como também foi infor-mado que os contratos citados serão repas-sados para gerenciamento pelo PAME-RJ e pelo CINDACTA I, respectivamente.

Na área de Manutenção e Logística, o PAME-RJ apresentou o Plano de Manu-tenção Anual (PMA) e suas respectivas metas, da mesma forma que uma síntese com todas as manutenções corretivas rea-lizadas. Em seguida, mostrou uma tabela com todos os investimentos realizados, nos últimos três anos, na aquisição de sobressa-lentes no exterior (PCA 67-1). Por último, abriu os debates sobre parcerias, informan-do sobre a reunião realizada no DECEA/SDTE, em Mar/2007, com a participação do PAME-RJ e demais Órgãos Regionais, oportunidade em que, sob a coordenação do SDTE, foram definidas as necessidades em termos de contratos de terceirização da manutenção dos sistemas do SISCEAB. Acrescentou que os seguintes contratos de terceirização de serviços já estavam enca-minhados: manutenção corretiva de siste-mas VHF Park Air, assistência técnica da EMBRATEL para os links E1, assistência técnica do Sistema TELESAT, assistência técnica dos Radares Thales e manutenção corretiva dos Radares de Bom Jesus da Lapa, Petrolina e Porto Seguro.

A INFRAERO apresentou sua estrutura organizacional e mostrou as inoperâncias de auxílios à navegação de sua responsa-bilidade. Enfatizou que realmente existem problemas com a manutenção de auxílios, principalmente na Região Norte, em fun-ção de suas características próprias. Além disso, apresentou também o planejamento de substituição de seus equipamentos.

Ao final dos quatro dias de trabalho, o Cel Malta, Chefe do SDTE, ressaltou que é fundamental estreitar a parceria entre o DECEA e a INFRAERO, como elos inte-grantes do SISCEAB. Salientou a política de contratação, informando que as parce-rias devem ser utilizadas como instrumen-tos complementares e necessários. Final-mente, agradeceu a participação de todos.

Curso de implementação e gerenciamento do Exchange 2000 no CCA-RJ

No período de 09 a 20 de abril, foi realizado na Seção de Instrução e Atu-alização Técnica do CCA-RJ, o Curso de Implementação e Gerenciamento do Exchange 2000, com a participação de militares do DECEA, COMAR IV, FAe II, PAMB-RJ, BABV, BAFL, CCA-RJ, PARF, DTCEATM e 3º/1º GCC.

Este treinamento teve por objetivo o aumento do nível técnico-especializado dos alunos que exercem ou que venham a exercer atividades relacionadas com a administração de rede local e os serviços de Internet, possibilitando um domínio na utilização e configuração de caixas de correio.

Durante o curso foram abordados os seguintes temas: Visão Geral do Exchange Server; Arquitetura do MS Exchange Server; Programa Exchange Server Administrator; Criação e Geren-ciamento de Recipientes; Instalação e Configuração de Clientes; Configura-ção do MS Outlook; Gerenciamento da Configuração do Servidor; Organi-zação do MS Exchange no COMAER; Instalação do Exchange Server; Comu-nicação entre Servidores do mesmo Site; Protocolos de Acesso à Internet; Conector X-4000; Manutenção do Ex-change Server; e FTP e HTTP.

Desdobrado na localidade de Pelo-tas-RS, em apoio à Operação Entre Lagoas I, do 5º ETA, o 2º/1º GCC (Esquadrão Aranha) operou o Sistema Radar MRCS-403, equipamento com capacidade de identificar aeronaves a mais de 250 Km, inclusive definindo sua altitude empregando seus próprios recursos.

O empreendedorismo dos “Guerrei-ros Aranha” foi novamente superado, quando na necessidade de melhor otimizar a cobertura radar do sistema concebeu-se uma torre, em tamanho reduzido. O sistema tradicionalmente operava com a antena no solo ou com a torre totalmente montada, exigindo uma obra de engenharia com critérios rigorosos, dispendiosos e com necessi-dade de tempo elevado para sua imple-mentação.

A mini-torre foi montada com três seções de torre, de um total de sete, onde foi vencido considerável desnível do terreno. O empenho e a criatividade do efetivo, empregando materiais con-seguidos no próprio local, foram fato-res decisivos na obtenção desse mais recente sucesso.

Tal feito, além de um marco na trajetória dos Aranhas, descortina um grande leque de possibilidades de emprego do Sistema, onde obs-táculos no terreno eram impediti-vos para sua utilização.

Esquadrão Aranha apóia operação EntreLagoas

O curso aumentou o nível técnico dos alunos

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1º GCC monta toda a estrutura de comando e controle paraa Operação NACPAC 2007

O Primeiro Grupo de Comunica-ções e Controle (1º GCC), organiza-ção subordinada ao DECEA, que têm como parte de sua missão básica pres-tar o apoio aos Comandos Operacio-nais nos assuntos de sua competência, quando em manobras ou exercícios, prepara toda a estrutura de Comando e Controle da FAE 203, na Operação NACPAC 2007.

Para tanto, o 1º GCC realizou os se-guintes serviços: disponibilizou trans-ceptores portáteis para as comunicações

em VHF na área operacional do aero-porto de Cachimbo; alocou 01 FAST COM TELESAT, para possibilitar o enlace de comunicações (dados e voz) entre o CPBV e o CINDACTA IV, possibilitando a montagem da rede ex-clusiva para a operação; instalou e ope-rou um PCom na área do treinamen-to do CSAR, composto de 02 (dois) operadores, 01 (um) HF, 04 (quatro) VHF-FM e 02 (dois) VHF-AM; mon-tou toda a rede de apoio à operação, disponibilizando 34 (trinta e quatro)

pontos de dados e 13 (treze) pontos de voz; montou a estrutura, utilizando shelter, para os 15 (quinze) SMOA das unidades aéreas.

Mais uma vez o 1º GCC demonstra toda a sua capacidade operacional, re-forçando sempre o seu lema de “Braço Armado do DECEA”.

1º GCC realiza visitas de inspeção aos seus Esquadrões

A inspeção é uma ferramenta da qual o Comandante do Grupo veri-fica in loco as diretrizes que devem ser cumpridas pelos Comandantes dos Esquadrões. Oportunidade em que os Esquadrões apresentam os óbices para o cumprimento de suas missões e são definidas as ações e os prazos para sua resolução. A Visita de Inspeção é – também - uma excelente ferramenta gerencial usada pelo Comandante do 1º GCC, que permite avaliar os mais variados aspectos tanto na área logís-tica/operacional quanto na área admi-nistrativa.

ProfetaO Primeiro Esquadrão do Primeiro

Grupo de Comunicações e Controle (1º/1º GCC) recebeu, em 19 de abril de 2007, a visita de inspeção do 1º GCC (Primeiro Grupo de Comunica-ção e Controle).

O Ten Cel Av Celson Jeronimo dos Santos e comitiva foram rece-bidos pelo Comandante do 1º/1º GCC (Esquadrão Profeta), Maj Av José Augusto Peçanha Camilo, e participaram de um brifing, onde foi realizada a apresentação do Es-quadrão e em seguida visitaram as

instalações do Esquadrão Profeta. No debriefing com o efetivo, o Ten

Cel Jeronimo agradeceu ao Maj Cami-lo a hospitalidade, frisou que sentia-se à vontade no Esquadrão Profeta, em vir-tude de ter sido o comandante daquele Esquadrão no biênio 2002/2003. Sa-lientou a importância e o respeito ad-quiridos ao longo dos anos pelo Esqua-drão Profeta nas Operações Militares.

Ao final da visita de inspeção, o Maj Av Camilo e seu efetivo proferiram o tradicional “grito de guerra” do Esqua-drão Profeta: “Mobilidade alcance pre-cisão Profeta Brasil”.

Mangrulho e AranhaNo período de 10 a 13 de abril, os

Esquadrões Aranha (2º/1ºGCC) e Mangrulho (4º/1ºGCC) , sediadas na Base Aérea de Canoas e Base Aérea de Santa Maria, respectivamente, recebe-ram a visita de inspeção do 1º GCC.

O Comandante do 1º GCC, acom-panhado de seus inspetores, pode rati-ficar o alto grau de profissionalismo, a eficiência na cumprimento da missão e, principalmente, avaliar o aprestamento do Esquadrão.

O Ten Cel Jeronimo se mostrou im-pressionado com o que viu e ressaltou

que o desafio atual é a manutenção do alto grau de profissionalismo de seu efetivo, a eficiência de seus esquadrões nas operações militares e o preparo constante do quadro técnico para o correto emprego de seus meios.

ZagalA visita de Inspeção ao Esquadrão

Zagal ocorreu nos dias 23 e 24 de maio, na terceira etapa da metodologia de avaliação de desempenho, prevista no Programa de Trabalho do 1º GCC. O Ten Cel Jeronimo e comitiva verifi-caram o andamento das ações na área administrativa, logística e operacional do Quinto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (5º/1º GCC).

Ao término da inspeção, o Co-mandante do 1º GCC elogiou o profissionalismo e o comprometi-mento dos Guerreiros Zagais, co-mandados pelo Maj Av Francisco Cláudio Gomes Sampaio.

Ao final de cada visita de inspeção foram realizados debriefing com os Comandantes, Inspetores, Chefes de Seções dos Esquadrões e efetivo para orientar as possíveis discrepân-cias encontradas.

1º GCC - apoio aos Comandos Operacionais

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PAME-RJ participa da formação de sargentos especialistas

O Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ) participou da formação dos novos sar-gentos especialistas da FAB, turma 223º CFS – SEL da Escola de Especialistas da Aeronáutica - EEAR, na qual a Seção de Eletromecânica ministrou estágio técnico-profissional em eletricidade a 12 alunos-es-tagiários.

No período de 02 de outubro a 01 de no-vembro de 2006 os profissionais desta seção transmitiram o conhecimento necessário à execução de manutenção em diversos tipos de equipamentos, tais como: ar-condicio-

nado, no break, quadro de comando e dis-tribuição elétrica, câmara frigorífica e sub-estações alimentadas por geradores, além de instalações elétricas prediais.

Para familiarização dos estagiários com os diversos equipamentos de proteção ao vôo foram realizadas visitas as instalações dos Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo de Santa Cruz (DTCEA-SC) e do Galeão (DTCEA-GL) e do Primeiro Es-quadrão do Primeiro Grupo de Comunica-ções e Controle (1º/1º GCC), perfazendo um total de 180 horas-aula ministradas.

O enfoque principal do Coordenador

do estágio, Cap QOEACOM R1 Celso Xavier, profissional com mais de 30 anos de SISCEAB, foi a perfeita integração dos novos profissionais ao braço logísti-co do DECEA, a fim de que os novos sargentos possam ter no exercício de suas atividades uma visão global do Coman-do da Aeronáutica.

O PAME-RJ está pronto para atuar como parceiro das organizações de ensi-no do Comando da Aeronáutica colabo-rando com a elevação técnico-profissio-nal de seus alunos.

Militares do CINDACTA IV participam de competiçõesexternas de atletismo

A equipe de maratona do Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (CINDACTA IV) partici-pou da 1ª Corrida de Pedestre Sgtº Fran-cisco Ritta Bernardino, ocorrida no dia 18 de março, no Clube ASA – Associação dos Sargentos da Amazônia, em Manaus.

O evento, realizado em comemoração ao 50º ano de criação do Clube ASA, contou com a participação dos seguintes militares (lista em ordem de chegada): 3S Otávio, S1 Monteiro, 1S Luciano, 1S Samuel, 3S Castro, S1 Elano e a 3S Giselma.

O 1S Luciano sagrou-se 5º colocado na

faixa etária de 40 a 45 anos. Os demais completaram o percurso de 8 km com vigor e alegria.

Izabel Pimentel, primeira brasileira a cruzar o Atlântico, sozinha, num barco a vela, foi assistida no dia 17 de abril pelo Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico.

A velejadora participava de etapa classificatória para a regata internacional Mini-Transat. Quando regressava da Ilha de Trindade para o Rio de Janeiro teve o mastro de seu barco Petit Bateau quebrado, impossibilitando-a de prosseguir para o destino.

Izabel acionou o equipamento de localização de emergência marítimo – EPIRB, para pedido de socorro via satélite, que foi detectado pelo Centro de Controle

de Missão Brasileiro (BRMCC-COSPAS/SARSAT), localizado no CINDACTA I, em Brasília, às 14h13, do mesmo dia17.

O BRMCC imediatamente retransmitiu o pedido de socorro para o Centro de Coordenação de Salvamento da Marinha SALVAMAR, que deslocou o navio patrulha Guaporé, resgatando a velejadora na manhã do dia 18 de abril, às 10h11.

O acionamento do EPIRB cadastrado no BRMCC foi determinante para agilizar a localização e retorno à segurança da velejadora.

CINDACTA I socorre velejadora brasileira

Os atletas do CINDACTA IV

Izabel Pimentel em seu barco Petit Bateau

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Atribulada com oscompromissos profissionais

Agenda nas mãos, procurando estabelecer horários para tudo. É assim que age diariamente Angela. “Administrar todos os afazeres só com o coração não dá” - desabafa a mãe ocupada.

É bem complicado, mas não impossível conciliar os papéis. Até porque não acontece só com a Angela. A maioria das mulheres passa pela mesma situação. Como solução, ela busca a cumplicidade dos filhos e do marido para que haja fluência em todas as atividades, sejam elas profissionais ou no lar.

Por ter dois filhos adultos, Angela sabe que hoje eles (convivendo com suas mulheres, que trabalham e compartilham das mesmas dificuldades) têm uma visão melhor do que a mãe viveu com eles e ainda vive com o irmão Nikolas, de seis anos.

Toda pessoa que trabalha tem o seu tempo reduzido para as relações. É assim que pensa Ibla. “Claro que – por mais que possamos nos esforçar - perdemos parte do convívio com a família” - conclui.

Tirando de letra a questãodo tempo com a família

Enquanto trabalha, Gisela se dedica e faz o melhor, mas já no caminho de casa ela vira um botão e sua cabeça já começa a pensar nas atividades do lar. As filhas de Gisela já nasceram nesse ritmo. “É raríssimo levar trabalho para casa, prefiro ficar um pouco mais de tempo no escritório, mas sair com a tarefa cumprida” - afirma.

Quase todo dia, por dois grandes motivos, chega mais cedo e sai mais tarde, e aproveita o tempo para render no trabalho. Assim Gisela cronometra os

horários de entrada e saída da escola das meninas. Deixa a filha mais velha na escola cedo e vai direto para o trabalho. Na saída, fica até o horário que a filha mais nova sai da escola. “Quando preciso de mais um tempo, elas aceitam bem. Aliás sempre aceitaram”. Assim, Gisela contorna a situação.

Claudia tenta ser uma mãe presente, apesar de passar parte do dia fora de casa. De que forma? Valorizando o tempo que ela, os filhos e o marido têm juntos, fazendo coisas que eles gostam.

“Normalmente, depois do trabalho vou com meus filhos brincar na pracinha, passear na praia, ou à casa de amigos, quando as mães colocam o papo em dia e as crianças brincam, mas tento sempre aproveitar o fim do dia só com eles”. Nos fins de semana é dedicação exclusiva para o marido e os filhos.

Eleny procura sempre sair com os filhos. “Cinema com eles é a maior diversão”. E, assim, ela tenta compensar o tempo que fica longe deles.

Ibla procura administrar ao máximo o seu tempo, otimizando cada saída de forma a resolver

as pendências que tem. Quando faz supermercado, convida o marido e o filho para irem juntos. Quando deixa o filho no curso de inglês, aproveita para resolver o que precisa, da mesma forma quando sai do trabalho, no caminho já soluciona os problemas. Usa muito entrega em domicílio de tudo que precisa.

Construindo amizadecom os filhos

Às vezes, sentimos que estamos perdendo parte da relação com os filhos por conta do trabalho. Mas isso nem sempre é verdadeiro.

Simone diz que “eles sabem que se eu não estou presente é porque estou trabalhando para que nossa família tenha os recursos financeiros necessários para oferecer a eles uma melhor formação educacional, diversão e conforto”.

Ela acha importante passar essa informação para os filhos. “Todos nós ganhamos com isso. Eu me sinto mais feliz exercendo os dois papéis e eles ganham porque têm uma mãe feliz”.

“De que adiantaria estar sempre com eles, mas insatisfeita por não exercer nenhuma atividade profissional?”- questiona Simone. Talvez, essa provável insatisfação pudesse comprometer seu papel de mãe. “É simples, se estou feliz, desempenho melhor meu papel de mãe”- conclui nossa mãe feliz.

Quando os filhos eram menores, conta Simone, faziam chantagem, e ela aproveitava para explicar, de forma adequada à idade deles, que ela os amava e que o trabalho era necessário para o bem-estar de todos. “Mas confesso que, nessa fase, meu coração ficava apertado, mesmo sabendo que eu estava fazendo o melhor possível”.

MULHERES que trabalham, às vezes, até por mais de oito horas diariamente, além de cumprir as tarefas extras que surgem no dia a dia. Mulheres que têm uma vida social ativa e que – com amor - dão assistência à família, cuidam da casa, criam e educam os filhos. Mulheres que buscam crescimento profissional e procuram manter uma relação conjugal prazerosa. Estas são as nossas personagens da Reportagem Especial desta edição da Aeroespaço.Muitas são as facetas da mulher contemporânea que queremos abordar. Vamos mostrar, ainda, como elas conseguem cumprir a difícil tarefa de conciliar maternidade, casamento, trabalho e vida pessoal.

As bem-sucedidasmulheres

contemporâneas

OCUPADAS,EQUILIBRADAS

E FELIZES

“Sou muito feliz e sei que todo o meu esforço vai valer a pena. Eu me sinto

realizada em poder fazer algo por mim

e pelos meus filhos” - Eleny

Por DAISY Meireles

Reportagem Especial

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Angela tem participação na maior parte de todas as atividades e os filhos têm uma excelente compreensão dos limites.

“Nessa relação mãe/profissional tem que haver cumplicidade e muito amor. É muito gostoso quando – no meio do dia – você recebe um telefonema do filho e ouve: ‘mãe, só liguei para dizer que te amo’. É nesse momento que tudo se justifica. Tudo compensa” - emociona-se Angela.

Uma missão de trabalho

e uma chantagem em casaQuando têm que viajar em uma missão de trabalho,

o que acontece com as nossas mães e profissionais? Imagine! A casa cai! Chantagens por todos os lados!

Na opinião de Angela, toda cobrança vem acompanhada da chantagem emocional. “E ainda tem o desmame afetivo, que não acontece e, a cada dia que passa, se torna mais perceptível. As crianças ficam muito mais dependentes dos pais, em virtude de inúmeros fatores, entre elas a violência urbana. O jeito está em desdobrarmos para atender a essas necessidades”.

Contar para os filhos a importância do trabalho que vai realizar, despertando neles a curiosidade sobre a atividade que vai desempenhar. Esta é a estratégia usada por Simone. “Digo que morrerei de saudades, mas que preciso cumprir com minhas obrigações” - enfatiza.

Ela relata que, de início, eles demonstravam insatisfação com a situação, depois aceitavam. “Percebo, agora, até um certo orgulho por terem uma mãe que trabalha e viaja a serviço” - declara.

A cena se repete também na casa de Claudia. Toda vez que tem que viajar para cumprir uma missão os filhos fazem chantagem. Mas ela afirma que não é emocional: “é material mesmo”.

Eles já sabem que se ela viajar, conseqüentemente, vai trazer algum presente legal para eles como recompensa. E, como isso acontece com alguma freqüência, já ficam com uma listinha pronta.

“Mas eu não me incomodo de, nessas situações, apelar para os presentes. Acho que ajuda a tornar

a situação mais leve para as crianças. O Eduardo já entrou totalmente no clima, se sente recompensado... mas a Laura ainda reclama quando viajo”.

Acompanhando os filhosnas suas atividades

Guilherme, filho da Sandra, está entrando na adolescência e, nessa fase, passa por uma série de mudanças corporais e psicológicas. Por ter necessidades especiais, pratica equoterapia (modalidade da fisioterapia que utiliza a equitação) uma vez por semana e ainda tem a escola na parte da tarde. “E tem que ser tudo ao mesmo tempo, como se ele tivesse que recuperar tudo de uma vez só”. Mas Sandra sabe que esse tempo é especial para os dois.

Gisela não tem muita preocupação em deixar as filhas, pois elas também estão ocupadas enquanto a mãe está no trabalho. Além de estudar, as meninas têm atividades extras. Ana Clara estuda inglês, italiano e bateria e ainda participa do coral da escola. Ana Paula faz cursos de francês, cinema e filosofia, piano e guitarra.

“Todas as atividades extras são opções delas” - justifica Gisela. Ela e o marido só incentivam e dão toda a infra-estrutura para que as filhas sigam felizes em suas escolhas.

Nos fins de semana, ela se aventura com as meninas e o marido para um sítio perto do Rio. São dois dias diferentes. É um outro tipo de cansaço, mas muito compensador para todos.

“Até hoje consegui que as meninas, mesmo nessa fase da adolescência, gostem de nos acompanhar. Mas, para isso, respeito os programas delas. Quando necessário, vamos e voltamos duas vezes no mesmo fim de semana, deixando toda a família satisfeita” - afirma Gisela – feliz com o consenso.

O filho mais novo de Angela estuda na parte da manhã, mas tem atividades de judô, natação e surf, o que o mantém ocupado ao longo do dia. Mas Angela ainda se preocupa com os filhos do marido, que também

ANGELA Maria do Carmo Ferraz – 1ª Tenente - Chefe da Seção de Pessoal Militar (SPM) do DECEA. Casada, três filhos: Victor (27 anos), Diego (24 anos) e Nickolas (6 anos).

IBLA de Castella Martins de Azeredo Bastos Filha – 47 anos, assistente social. Trabalha na Divisão de Apoio ao Homem (DAPH) do DECEA. Casada, tem um filho: Victor, de 12 anos.

ELENY Batista da Silva – 49 anos, separada, três filhos: Vítor e Mateus (gêmeos de 9 anos) e Lucas de 8 anos. É assistente administrativa da CISCEA/CTCEA.

“Tenho uma família muito unida, saúde,

trabalho e procuro sempre levar a vida com muito bom humor, por

isso me considero feliz” - Ibla

“Tenho um marido que me ama, filhos lindos, inteligentes e com saúde e um trabalho que eu adoro. Sou muito feliz”- Claudia

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fazem parte da sua vida (Alessandra, Adriana e Flávio) e a neta de cinco anos.

Angela orienta os filhos mais velhos em seus questionamentos pessoais e acadêmicos, além de acompanhar o desenvolvimento do mais novo nas tarefas escolares, o que lhe dá muito prazer, mesmo aos domingos.

Victor, 12 anos, é filho único de Ibla, um atleta federado e confederado no tênis. É da equipe de tênis do Fluminense Futebol Clube e participa de diversos torneios no Brasil. Treina seis vezes por semana por um período de três a quatro horas diárias. Estuda inglês duas vezes por semana e é aluno da 6ª série. “Se deixarmos, ele se alimenta de saibro, tal é a sua paixão pelo tênis”.

Participar e incentivar é o papel de Ibla nessa relação. “As viagens de torneios que posso acompanhar, vou com muito prazer e curto intensamente junto com ele, muito embora sejam cansativas, pois passamos 12 horas dentro do local do evento, bolinha pra cá, bolinha pra lá, torcendo por ele e pelos companheiros da equipe. Mas aproveitamos as viagens também para alguns passeios. No penúltimo torneio em São Paulo, o primeiro internacional, aproveitamos para ir ao Parque Hopi Hare e no último, em Resende, esticamos até Penedo, um momento de família que curtimos muito juntos” - fala a mãe coruja.

Claudia acha complicado acompanhar os filhos todos os dias nas suas atividades. “Ia se tornar rotina e talvez eles nem valorizassem tanto” - desabafa. “Mas, sempre

que eles têm uma atividade especial eu estou presente. Sempre mesmo! Além disso, quando possível, tento acompanhar essas atividades do dia a dia. Aí, então, é uma surpresa: - Olha como Dudu já está nadando bem o Crawl!, ou então, a Lalá tem uma habilidade para o desenho muito especial”.

A escola aonde os filhos de Claudia estudam fica literalmente do lado da sua casa, o que para uma mãe que trabalha fora é uma escolha feliz e estratégica. Fora a escola, as crianças têm outras atividades. Eduardo, de cinco anos, já pratica natação e faz ginástica olímpica; Laura têm três anos e está aprendendo a nadar e também faz ginástica olímpica.

Cuidando de si Elas não levam trabalho para casa. É claro que, às

vezes, precisam dar uma esticada no expediente para cumprir prazos. De qualquer forma, nossas entrevistadas procuram separar o tempo de trabalhar, o tempo com os filhos e o tempo para cuidar de si mesmas.

“Hoje eu tenho tempo para cuidar mais de mim. Faço ginástica por 30 minutos três vezes por semana. Tenho minhas atividades e o Guilherme tem as dele, mas temos o nosso tempo juntos, que é muito divertido e prazeroso” - comenta Sandra.

Eleny está se atualizando na Língua Portuguesa, fazendo curso uma vez por semana. Enquanto ela gosta

SIMONE Romariz Ramos – 1º Sargento. Tem 41 anos e é Encarregada da Seção de Comunicação Social do CCA-BR. É separada e tem um casal de filhos: João Pedro (11 anos) e Gabriela (10 anos).

GISELA dos Santos Pellegrino – Major, 45 anos. Casada, duas filhas: Ana Paula (15) e Ana Clara (13). Trabalha como Adjunto do Chefe do Sudepartamento de Tecnologia da Informação (ASDTI) do DECEA.

CLAUDIA Daemon - Psicóloga, casada. Trabalha na Assessoria de Segurança do Controle do Espaço Aéreo (ASEGCEA) - DECEA/CTCEA. Tem 37 anos e um casal de filhos: Laura (3 anos) e Eduardo (5 anos).

SANDRA Regina Antonio – É assistente social da CISCEA/CTCEA - 42 anos, casada, um filho: Guilherme, de 12 anos.

“As cobranças são inevitáveis, mas eu sou feliz em tudo que realizo” - Angela

“Sou feliz, com certeza. E

realmente, sou bem atarefada

(meu marido diz que eu procuro),

mas não me sinto cobrada” - Gisela

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de ir à igreja, ler livros, visitar familiares e – de vez em quando – curtir uma festa, Ibla gosta de usar o tempo livre para estudar. Está fazendo MBA duas vezes por semana à noite, aprimorando seus conhecimentos profissionais.

Claudia diz que anda sem tempo para outras atividades, mas terminou sua pós-graduação em 2006.

Por outro lado, Gisela faz muita ginástica, cinco vezes por semana, todas as noites. “Sempre gostei, mas agora tenho necessidade, devido a lesões que tenho nos dois joelhos”.

A qualidade do tempodedicado à família

Visar a qualidade e não a quantidade do tempo dispensado aos filhos. É dessa forma que Angela vê a situação: “Afinal de contas, estou preparando os meus filhos para a vida, para o mercado de trabalho, onde a disputa é acirrada”.

Sandra diz que Guilherme tem hora marcada diariamente com ela e esse tempo não é regido pelos minutos que passam juntos. Eles não têm o dia inteiro para ficar juntinhos, então... “a qualidade desse tempo tem que ser muito boa. Nosso tempo juntos é contado, mas é um momento especial tanto para ele quanto para mim”.

O caminho que Simone encontrou para dar qualidade ao tempo com a família é o mesmo: “Quando estou com eles me dedico inteiramente. Faço com que nosso tempo juntos seja agradável e produtivo”.

A paixão pelo trabalhoNada melhor do que trabalhar com o que nos

dá prazer. Passamos a maior parte do nosso dia desempenhando atividades profissionais. Então, atuar na área de nosso conhecimento ou na função que temos afinidade é meio caminho andado para uma carreira bem-sucedida. É assim que fazemos com muito mais prazer e cada vez nos empenhamos mais e mais por tudo aquilo que nos dá retorno.

Sandra relata que sempre se sentiu realizada profissionalmente, o que ajuda o seu equilíbrio

emocional. “Procuro não levor trabalho para casa. Sempre digo que cada atividade tem o seu momento”.

Ela diz em alto e bom som que nunca vai abrir mão do seu trabalho por nada. “Tenho contato com mães que abriram mão e se dedicaram totalmente aos filhos e, hoje, colocam a culpa sobre a criança pela sua desilusão profissional. Hoje é muito difícil achar uma mãe que fica em casa em tempo integral”.

“Adoro meu trabalho... atuar nessa área me dá muito prazer”, diz Claudia. Mas ela só fica depois do expediente se houver uma necessidade muito premente. “Se não me programo para executar meu trabalho no horário do expediente, todo o resto atrasa. Normalmente saio às 16h30, já que não abro mão de pegar o Dudu na escola às 17h”.

Além de, também, gostar muito do que faz, Ibla diz que o trabalho possibilita que ela esteja sempre em movimento. E só deixaria de trabalhar caso ganhasse na Megassena.

Eleny vê de outra forma o trabalho: “é dele que tiro o meu sustento e dos meus filhos. E me sinto realizada em poder fazer algo por mim e por eles”.

Diferente da geração de sua mãe, Gisela foi educada para trabalhar, ser independente. Não vê nenhuma inferioridade nas mulheres que optam por cuidar exclusivamente da casa e da família, mas diz que até agora não encarou nenhuma situação que a fizesse pensar em deixar de trabalhar. “Tenho certeza que a minha colaboração no orçamento familiar proporciona mais conforto e oportunidade para todos da minha família”.

Para Simone, o trabalho está ligado à satisfação pessoal, em ser uma pessoa produtiva dentro da sociedade. Só em caso de extrema necessidade envolvendo doença deixaria de trabalhar.

A parceria nas tarefas domésticas e na educação dos filhos

Assim como no trabalho, nós, mulheres, queremos contar com alguém para dividir as tarefas do lar.

Segundo Ibla, o seu companheiro divide as tarefas de casa lavando a louça do café da manhã dos finais de semana. Ela ri da situação, mas diz que o marido é bem participativo na educação do filho.

Claudia acha que é humanamente impossível dar conta do trabalho, das crianças, do marido e da casa. Por isso, ela só supervisiona as tarefas de casa e faz as compras pela Internet. “Optei por deixar de lado a casa. Temos uma empregada que faz todas as tarefas e uma babá que cuida das crianças enquanto não estão na escola e eu não estou em casa. Meu marido trabalha mais do que eu e se dedica aos filhos nos finais de semana; mas a educação fica mesmo comigo. Eu defino as regras no dia a dia da casa”.

Revezar com o marido, na medida do possível, as tarefas domésticas foi a solução encontrada por Angela, para que não haja sobrecarga para ambos.

Durante a semana, Sandra conta com o apoio de duas empregadas que se revezam no cuidado com a casa e o Guilherme. Mas, nos fins de semana é ela quem acompanha Guilherme em todas as atividades.

Como acontece com muitas mães, Sandra, nos primeiros seis anos de vida de Guilherme, teve que deixá-lo na creche em período integral. Era a opção. “Na creche a criança se relaciona com pessoas da idade dela e passa a entender mais o desprendimento”. Depois dessa idade, Sandra - experiente - aconselha os pais a buscar uma pessoa de confiança para apoiar a criança em casa.

Quando o casal está separado e a mulher não pode contar com um companheiro para auxiliar nas tarefas de casa fica mais complicado.

Eleny passa por esta situação, mas agradece a Deus por conseguir conciliar um pouquinho de cada coisa; conversando muito com os meninos. “Com muito amor, procuro ensinar o caminho correto que devem seguir” - conta com orgulho a conquista.

Já Simone, mesmo separada, conta com o apoio e a cumplicidade do ex-marido: “Ele é muito presente e participativo na educação dos filhos. Quando viajo é ele quem fica com as crianças, apoiado pela babá”.

Descobrimos que essas mulheres buscam a felicidade e a harmonia,

cumprindo suas tarefas com dedicação e disciplina. Mesmo

com tantas atribuições e responsabilidades, concluímos que

nossas entrevistadas se consideram felizes e acham que é importante viver intensamente nos ambientes

profissional e familiar, mas com toda delicadeza, própria das MULHERES.

“Eu me considero feliz. Sempre me senti realizada profissional e pessoalmente” - Sandra

“Com certeza sou feliz. E,

se estou feliz, desempenho

melhor o meu papel de mãe”

- Simone

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O HistóricoAs atividades de proteção ao vôo sempre acompanharam

de perto a realização de missões aéreas. Dentro desse espírito, data desde o início da existência da Base Aérea de Florianópo-lis, como Centro de Aviação Naval, em 1923, a existência de militares que dedicam o seu trabalho à tarefa de proteger os vôos realizados, apoiando-os a partir do solo.

A primeira Torre de Controle na área de Florianópolis foi construída pelos americanos após a 2ª Grande Guerra (1945). Era de madeira vinda do Canadá, operava na freqüência 118.1 Mhz e ficava localizada entre a Base Aérea e o Aeroporto, lado direito da pista 21 próxima a pista de táxi de acesso a Base. Nessa época o Aeroporto era também de madeira e ficava loca-lizado onde hoje se encontram os Bombeiros.

Em 1950, foi construído o aeroporto novo (instalações atu-ais), onde foi instalado mais tarde o Núcleo de Proteção ao Vôo. No aeroporto velho permaneceu uma oficina rádio de madeira que pertencia a Proteção ao Vôo.

A Torre de Controle de concreto junto ao Aeroporto foi cons-truída por volta de 1968, mas somente foi ocupada em 1970.

Até a transformação do Núcleo de Proteção ao Vôo em Des-tacamento, a chefia ficou a cargo de graduados.

O Núcleo de Proteção ao Vôo foi ativado no nível de Destaca-mento de Categoria “A”, chefiado por oficial em 30 de outubro de 1979 pela Portaria n°1351/GM3.

O DTCEA-FL é subordinado administrativamente à Base Aérea de Florianópolis e operacionalmente ao Segundo Cen-tro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), que tem por finalidade o controle do espaço aéreo, a prestação de in-formações meteorológi-cas e aeronáuticas, a vei-culação de mensagens-rádio e a manutenção dos equipamentos eletroele-trônicos que constituem o auxílio à navegação aérea, à aproximação e ao pouso nas pistas do aeroporto Hercílio Luz.

O EfetivoO Destacamento conta com um efetivo de 116 militares, dis-

tribuídos nas Seções Administrativa, Operacional e Técnica. Além dos quatro Oficiais (Comandante e Chefes de Seção),

são 42 Controladores de Tráfego Aéreo operando no APP e na Torre de Florianópolis; dez BCO operando na Estação ECMA-65; 16 Meteorologistas operando a EMS-1, EMA, CMA e CMM; 11 especialistas em Informações Aeronáuticas da Sala AIS Civil e Militar de Florianópolis; sete técnicos em eletrônica; cinco eletricistas; quatro eletromecânicos; um suprimentista, um topógrafo, um taifeiro, um técnico em instrumentos e um téc-nico em adminstração. O DTCEA conta, ainda, com 12 Cabos e Soldados.

A Vila Habitacional e o Hotel de TrânsitoA Prefeitura de Aeronáutica de Florianópolis apóia o DTCEA-

FL através de suas duas vilas de casas e apartamentos localiza-das bem próximas à Base.

A Vila dos Oficiais possui um total de 43 imóveis, sendo 37 casas e um edifício com seis apartamentos. Já a vila dos Gra-duados possui um total de 120 imóveis sendo 90 casas e cinco edifícios com seis apartamentos cada.

A BAFL possui dois hotéis de trânsito, sendo um para Ofi-A torre de controle

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Conhecendo o

DTCEAFlorianópolis - SC

O DTCEA-FL tem 116 militares em seu efetivo

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ciais e outro para Graduados. Possui 14 quartos destinados aos Graduados, disponibilizando aproximadamente 60 vagas e 11 quartos destinados aos Oficiais com capacidade para atender aproximadamente 35 pessoas.

A cidade de FlorianópolisA distância aproximada do DTCEA-FL até o Centro da Ci-

dade é de 13 km, sendo uma via de acesso rápido, a Expresso Sul.

Florianópolis possui em seu cenário natural praias, promon-tórios, costões, restingas, manguezais e dunas. Sua morfologia é descontínua, formada por cristais montanhosos que chegam a 532 metros de altitude no morro do Ribeirão da Ilha.

Unindo as duas porções do município há três pontes: Gover-nador Hercílio Luz, Governador Colombo Machado Salles e Governador Pedro Ivo Campos.

Dentre os atrativos turísticos da capital salientam-se hoje pitorescas localidades onde se instalaram as primeiras comu-nidades de imigrantes açorianos, tais como o Ribeirão da Ilha, a Lagoa da Conceição, Santo Antônio de Lisboa, além do pró-prio centro histórico da cidade de Florianópolis, o excepcional conjunto de fortalezas oitocentistas, quase todo já restaurado, e sítios arqueológicos pré-históricos, que remontam a quatro mil anos.

Presenciam-se, ainda hoje, as festas populares tais como a Folia do Espírito Santo, o Boi-de-Mamão e o Terno de Reis.

Florianópolis é dotada de um clima mesotérmico úmido com precipitações distribuídas por todo o ano, havendo, porém, momentos de chuvas torrenciais de verão e chuvas de inverno acompanhadas de vento sul, não apresentando deficiências hí-dricas e contendo bons índices de excedentes hídricos.

O trânsito nas temporadas de verão é uma grande dificulda-de, devido a Ilha possuir apenas um acesso rodoviário para as diversas praias.

Outro problema é o alto custo dos imóveis. Os preços da mo-radia estão fora da realidade da grande maioria, que procura os bairros mais afastados, agravando ainda mais o trânsito nas diversas rodovias.

A saúdeA BAFL apóia o efetivo do DTCEA-FL através do Esquadrão de

Saúde que é dotado de emergência, atendimento ambulatorial e odontológico. Casos especiais são encaminhados para os hos-pitais credenciados na cidade ou para o Hospital de Guarnição de Florianópolis.

O ComandanteO atual Comandante

do DTCEA-FL é o Major Aviador Marcos Vinício Dupont, 38 anos, natu-ral da cidade de Caçador, centro-oeste Catarinense.

É Praça de 1987, quando ingressou na Academia da Força Aérea. Dupont é ca-sado com Márcia Inês Tre-bien e possui dois filhos. Após a formação acadêmica, foi transferido para o CATRE, atual Base Aérea de Natal, onde realizou o curso nas aeronaves C-95 e AT-27, sendo então transferido para o Terceiro Esqua-drão do Sétimo Grupo de Aviação (3º/7º GAv), onde permane-ceu até 1996, quando foi transferido para o 2º/7º GAv.

O futuroCom a construção do novo Centro de Controle de

Aproximação (APP) - previsto para ser inaugurado em meados de 2008, a expectativa é atender a crescente demanda de tráfego aéreo no Estado de Santa Catarina, particularmente nos aeródromo de Florianópolis, Nave-gantes e Joinville, através da utilização dos modernos equipamentos X-4000, uma nova concepção operacio-nal para esta região e o incremento no número de con-troladores capacitados para a função.

Maj Av Dupont

Obra para a construção do novo APP do DTCEA-FL

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A Vila Habitacional fica bem próximo à BAFL

Vista aérea da Ilha de Florianópolis

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IntroduçãoNo início da aviação, os pilotos voavam utilizan-

do referências visuais para se deslocarem de um ponto ao outro, ou seja, eles utilizavam o relevo ge-ográfico - rios, morros etc. - para navegarem. Esse tipo de vôo, guiado por referências visuais, revelou-se muito limitado, pois impedia o deslocamento à noite e também sob condições meteorológicas adversas.

Para solucionar tal problema, foram desenvolvi-dos sistemas de navegação eletrônicos que dispo-nibilizam para os pilotos referências de navegação por instrumentos. Os sinais eletrônicos produzidos por esses sistemas obedecem às leis da física, tendo características de propagação seme-lhantes às das estações de rádio de grande alcance - ondas curtas e ondas médias - que possuem um sinal de baixa qualidade; e, também, às de menor alcance - na faixa de freqüência das rádios FM - que possuem um sinal de melhor qualidade.

Esses sistemas possibilitaram o incre-mento de uma estrutura de “caminhos” aéreos pelos quais os aviões passaram a

trafegar, denominados aerovias. A partir das neces-sidades operacionais, é estabelecida uma malha aeroviária, determinando-se as aerovias, além dos procedimentos de pouso e subida que orientarão o vôo. É com base nesse cenário que foi estrutu-rado o sistema de navegação aérea, atualmente utilizado.

Fazendo uma analogia com as rádios comer-ciais, o DECEA deve implantar e manter “rádios” de alta precisão para a navegação aérea. Tais “rádios” devem possuir sistemas de transmissão duplicados ou redundantes, sistemas de energia estável e re-dundante, baseados não só na energia comercial, mas também em grupos geradores específicos, e

outros equipamentos e sistemas que permitam a confiabilidade e a precisão requeridas, além de ga-rantir o seu funcionamento sem interrupções.

Considerando-se a complexidade desses as-pectos, aliados às peculiaridades geográficas e às dimensões continentais do nosso País, é fácil dimensionar as dificuldades de implementação e manutenção dos auxílios à navegação aérea, em áreas como a Amazônia, por exemplo.

Auxílios à Navegação,Aproximação e Pouso

O sistema de navegação aérea, utilizado no Brasil, está fundamentado, basicamente, nas nor-mas e recomendações da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI). Compreendem todos os Sistemas ou equipamentos eletrônicos e/ou visuais que visam a dar suporte à navegação aérea e aos procedimentos de aproximação ou saída, de preci-são ou não-precisão.

Tais sistemas são compostos por equipamentos

sofisticados, com alta tecnologia agrega-da, e obedecem a critérios e padroniza-ções muito restritos, de forma a permitir a confiabilidade, a integridade e a precisão desejadas.

NDB (Non Directional Radiobeacon)É um equipamento de radionavegação que emite

um sinal não direcional, para ser detectado em receptores ADF de aeronaves, permitindo, assim, indicar o sentido da estação em que o equipamento está instalado e seu prefixo de identificação.

Embora seja um equipamento de pouca preci-são, é bastante usado no Brasil para o balizamento de rotas e para apoio a procedimentos de não pre-cisão por instrumentos, devido ao seu baixo custo e bom alcance.

Existem no País 216 equipamentos desse tipo, sendo alguns mantidos e operados por outras enti-dades públicas ou pela iniciativa privada. Os NDB operam na faixa de freqüência de 190 a 1.730 Khz.

Para efeito de planejamento, considera-se o al-cance desses equipamentos em 100 NM para o FL (flight Level - nível de vôo) 100 e de 20 NM quando utilizados como balizadores de sistemas ILS.

VOR (VHF Omnidirectional Range) Equipamento de radionavegação que transmite

informações de azimute em vôo que são utilizadas

Eu não sabia!seção

Auxílios à Navegação Aérea

VOR Doppler - Congonhas - SP

Colaboração: Engenheiro Carlos Eduardo Moreira Ramos SCHAEFER – Setor de Sistema de Radar e Auxílios à Navegação Aérea da CISCEA

NDB da Ponte Rio-Niterói - RJ

Antena do Glide Slope - Porto Velho - RO

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pelo piloto na determinação da rota da aeronave com relação à Estação em terra, tendo como referência o Norte magnético. Transmite, ainda, um sinal de identificação codificado, por intermédio do qual o piloto é informado em qual Estação VOR seu receptor de bordo está sintonizado.

Trabalha na faixa de freqüência VHF (112 a 118 MHz), onde o sinal irradiado é composto por um sinal de referência, omnidirecional, e um sinal variável, cuja fase está diretamente relacionada com o azimute. A informação de azimute é obtida pela medida da diferença de fase dos dois sinais.

É utilizado nas fases do vôo em rota e nos procedimentos de aproximação por instrumentos de não-precisão, nos aeródromos homologados com essas fina-lidades. Existe, ainda, a configuração “topo de montanha”, desenvolvida para atender sítios que não disponham de área contígua para a formação do sinal terrestre do CVOR.

Por se tratar de equipamento com características próprias, que utiliza o solo para formação do seu sinal, é muito sensível às irregularidades do terre-no, aos obstáculos em redor e, também, às inter-ferências ou reflexões eletromagnéticas. Por esse motivo, a instalação de um VOR requer cuidados que, em alguns casos, inviabilizam a instalação de um VOR convencional (CVOR).

O VOR pode apresentar as seguintes configura-ções: abrigo pré-fabricado ou em alvenaria, sendo que, no abrigo em alvenaria, se pode utilizar as configurações no solo ou elevada. Em ambas as configurações, existe um Plano Irradiante, sobre o qual é instalada a antena. No caso específico do VOR em plataforma elevada, esta foi uma solução totalmente nacional, desenvolvida pelos engenheiros eletrônicos da antiga DEPV que, após minuciosos estudos para a longínqua São Gabriel da Cachoeira, na Região Amazônica, propuseram tal configuração, que se mostrou totalmente eficaz e operacional para aquela situação específica.

Existem no País 85 equipamentos desse tipo, sendo alguns deles mantidos e operados por outras entidades públicas que não o DECEA.

Desses equipamentos, existem alguns que utilizam a configuração Doppler (DVOR). Essa configuração é menos susceptível às irregularidades do sítio e, também, às reflexões e interferên-cias eletromagnéticas. Isso se deve pela forma como o sinal é irradiado, pois utiliza um conjunto de antenas composto por uma antena central, que irradia um sinal de referência AM, circundada por antenas similares, energizadas aos pares numa razão de 30 ciclos por segundo, gerando um sinal variável modulado em freqüência.

Para efeito de planejamento, consi-dera-se o alcance desses equipamen-

tos em 135 NM, para o FL 200, e em 100 NM, para o FL 100.

DME (Distance Measuring Equipment)

O Sistema DME é um auxílio-rádio com dois componentes: um terrestre - a Estação DME - e um aéreo - o transponder - a bordo da aeronave. O auxílio fornece à aeronave uma indicação precisa e contínua de distância oblíqua, em milhas náuticas, em todas as direções, relativa ao ponto no solo onde se encontra a Estação DME.

O equipamento de bordo, inter-rogador, envia um sinal de interro-gação composto por uma seqüên-cia de pares de pulsos à Estação. Esta processa o sinal e transmite uma resposta para a aeronave com a mesma seqüência de pares de pulsos da interrogação.

A geração semi-aleatória da seqüência de pulsos é peculiar para cada aeronave, fornecendo diferentes pares de pulsos para diferentes aeronaves. O padrão de espaçamento de tempo dos pares de pulsos de resposta é continu-amente comparado com o padrão

de espaçamento de tempo dos pares de pulsos de interrogação, e somente aqueles pares de pulsos que casam com o padrão do interrogador são acei-tos no medidor de distância de bordo e processa-dos. O tempo entre a emissão da interrogação e a recepção da resposta representa a distância entre a aeronave e a Estação DME.

O sistema DME pode ser sintonizado em qual-quer dos 252 canais na faixa de freqüência de 962 a 1.213 MHz, e cada Estação pode suportar e fornecer indicação de distância para até 100 aero-naves, com a distância variando de acordo com a altitude do vôo - quanto mais alto o vôo, maior o al-cance. A razão de medida esperada é que a 1.000 pés (cerca de 300 m) o alcance seja de 40 NM.

O Sistema DME pode ser associado a outros Sistemas, tais como VOR e ILS, complementando, assim, as informações fornecidas pelos mesmos.

Devido à sua precisão, esse é um equipa-mento auxiliar que, trabalhando associado ao VOR ou aos localizadores dos sistemas ILS, fornece distâncias tanto em navega-ção em rota, quanto em aproximações de precisão.

Existem no País 95 equipamentos desse tipo, sendo a maioria deles mantidos e ope-rados pelo DECEA.

ILS (Instrument Landing Systems) O Sistema ILS é um auxílio-rádio, com-

posto pelos Subsistemas Glide Slope (GS), Localizer (LOC) e Marcadores Interno, Mé-dio e Externo (IM, MM e OM), que fornece informações com a indicação de rampa e curso de aproximação para a aeronave, apoiando procedimentos de aproximação de

precisão sob condições meteorológicas adversas e que, dependendo da topografia do terreno, pode ser configurado de diversas formas.

O ILS possibilita um aumento no fluxo de tráfego, permitindo operações por instrumentos em condi-ções de teto e visibilidade inferiores aos procedi-mentos de descida balizados por VOR e NDB.

Antena Glide Slope do ILS - Brasília - DF

Glide Slope - Santarém - PA

Antena Localizer - Fortaleza - CE

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GS (Glide Slope)O GS fornece uma informação na faixa de UHF

(de 328 a 336 MHz), com a indicação da rampa de planeio até o ponto de toque, de acordo com o ângulo estabelecido para a aproximação.

De forma análoga ao LOC, o sinal irradiado pelo GS é uma composição de dois sinais, também de 90 Hz e de 150 Hz, modulados em amplitude que, dependendo do ângulo de aproximação da aerona-ve (acima ou abaixo da rampa estabelecida), ocorre a predominância de um ou de outro sinal.

O conjunto de antenas associadas ao GS si-tua-se na lateral da pista, próximo à cabeceira de aproximação da aeronave. O GS tem uma distância utilizável de 10 NM (dez milhas náuticas).

LOC (Localizer)O LOC fornece informação na faixa de VHF (de

108.1 a 111.9 MHz), com a indicação do curso a ser seguido pela aeronave, isto é, a posição da aerona-ve (esquerda/direita) em relação ao eixo da pista.

O sinal irradiado é uma composição de dois sinais, um de 90 Hz e outro de 150 Hz, modulados em amplitude, da qual, dependendo do lado por onde a aeronave está se aproximando (direito ou esquerdo), em relação ao eixo da pista, ocorre a predominância de um ou de outro sinal. O LOC transmite um sinal codificado em Código Morse, que permite ao piloto identificar em qual Estação o seu receptor de bordo está sintonizado.

O conjunto de antenas associadas ao LOC situa-se na cabeceira oposta à de pouso das aeronaves. O LOC tem um alcance utilizável de 18 NM (dezoito milhas náuticas).

MarcadoresOs marcadores fornecem uma informação na fre-

qüência de VHF (75 MHz), com a indicação precisa da distância da aeronave em relação à cabeceira de aproximação e devem ser ajustados para prover cobertura nas seguintes distâncias na aproximação (medidas no curso da pista de pouso):

a) marcador interno (inner marker): 75 a 450 m;b) marcador médio (middle marker): cerca de 1

km; e

c) marcador externo (outer ma-rker): cerca de 7 km.

Em função do grau de preci-são dos componentes do ILS e de certos requisitos adicionais, a operação ILS é classificada nas categorias I, II, III-A, III-B e III-C, sendo que, nesta última, a aproximação e o pouso seriam completados mesmo com o teto e a visibilidade zero.

Estão em operação no SISCEAB, atualmente, 28 sis-temas de categoria I, cinco de categoria II e quatro sistemas na configuração LOC/DME, totalizan-do 37 equipamentos em uso.

Auxílios VisuaisSão equipamentos e sistemas destinados a me-

lhorar a capacidade operacional e a segurança das aeronaves durante as operações de aproximação e pouso, particularmente durante os períodos notur-nos e/ou de visibilidade reduzida.

ALS (Sistema de Luzes de Aproximação) O Sistema ALS é um auxílio luminoso, cuja

configuração de luzes está disposta simetricamente em relação ao prolongamento da linha central da pista, começando na cabeceira e estendendo-se por até 3.000 pés (900 metros), no sentido de seu prolongamento.

Esse sistema fornece informação visual de ali-nhamento de pista, percepção de altura, orientação para nivelamento de asas e referências horizontais. Destina-se a melhorar a capacidade operacional e a segurança das aeronaves durante a operação de aproximação e pouso, particularmente durante os períodos noturnos e/ou de visibilidade reduzida. De acordo com a categoria operacional desejada, esse sistema é utilizado em conjunto com auxílios ele-trônicos para aproximação e pouso.

Os sistemas ALS que são utilizados em pistas com aproximação de pre-cisão (CAT I/II/III) têm, normalmente, 3.000 pés (900 m) de comprimento, enquanto que os utilizados em pistas para operações visuais, de código 3 e 4, destinados à utilização noturna e de aproximação de “não-precisão” (Sim-plificado), têm normalmente 1.400 pés (420 m) de comprimento.

Quando a configuração do ALS prevê a implantação de luzes de lampejo seqüenciado (Flasher), o ALS recebe a denominação de ALSF. Com a utilização do ALSF, será fornecida ao piloto uma informação complementar, semelhante à de uma bola de luz des-

locando-se em alta velocidade (dois lampejos por segundo), em direção à cabeceira da pista.

Dependendo da categoria operacional do auxílio, poderá ser denominado ALSF-1, se de CAT I, e ALSF-2/3, se de CAT II ou CAT III.

No Brasil, atualmente, existem instalados 24 sistemas desse tipo.

A implantação de ALS dependerá de um estudo específico, na qual serão consideradas as ocorrên-cias de condições meteorológicas abaixo dos míni-mos estabelecidos nos procedimentos de descida e a contribuição do ALS na redução desses mínimos.

PAPIS (Sistema Indicador de Rampa de Trajetória de Aproximação Visual)

No Brasil, são utilizados o VASIS e o PAPIS, que permitem auxiliar visualmente o correto ângulo de descida das aeronaves. Embora auxilie os pilotos na aproximação, aumentando a segurança das ae-ronaves, esses sistemas luminosos não permitem a redução dos mínimos para pouso nos procedimen-tos de aproximação por instrumentos nem substi-tuem os equipamentos ILS ou PAR.

Os equipamentos VASIS instalados estão sendo, gradualmente, substituídos pelos PAPIS. Existem instalados no SISCEAB, atualmente, 117 PAPIS e 40 VASIS.

O PAPIS é um auxílio luminoso formado por qua-tro unidades de luz dispostas perpendicularmente à pista. Cada unidade de luz é formada por dois pro-jetores, que emitem duas cores, uma branca e ou-tra vermelha, separadas por uma zona de transição mínima de aproximadamente três minutos de arco.

O Sistema tem por objetivo fornecer ao piloto uma indicação visual de rampa segura, durante o procedimento para aproximação e pouso, compos-ta por cinco níveis de luminosidade. Ao efetuar a aproximação na rampa de três graus, o piloto verá

ALS - Galeão - RJ

Informação luminosa do VASIS

Informação luminosa do PAPIS

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as duas unidades mais próximas da pista na cor vermelha e as duas mais afastadas na cor branca. Caso haja um aumento progressivo da cor verme-lha ou branca, o piloto interpretará como abaixo ou acima, respectivamente, da rampa ideal para aproximação.

No Brasil, são adotadas as configurações unila-terais nos aeroportos civis e bilaterais nos aeródro-mos militares. Existem as seguintes configurações básicas de PAPIS:

a) sistema de quatro caixas (PAPI); eb) sistema de duas caixas (APAPI).Este último sistema é normalmente utilizado em

aeroportos onde operam aeronaves de pequeno porte.

Quando houver necessidade de orientação para o nivelamento de asas de aeronaves, ambos os sistemas (PAPI ou APAPI) poderão ser instalados com caixas, em ambos os lados da pista.

GNSS (Sistema Global de Navegação por Satélite)

Os equipamentos atualmente empregados na Navegação Aérea serão, gradativamente, substituí-dos pelo GNSS.

Já existem em operação dois sistemas de nave-gação por satélites, que são o GPS e o GLONASS, de propriedade dos EUA e da Rússia, respectiva-mente. Esses sistemas, concebidos inicialmente para uso militar, foram oferecidos à OACI por seus proprietários para uso civil, até a implantação do GNSS, e vêm sendo usados de forma crescente, principalmente o GPS, cujos receptores estão dis-poníveis no mercado.

Considerando a demanda dos usuários, as difi-culdades de manutenção da infra-estrutura atual de navegação aérea, a decisão dos Estados Unidos de desativar o sistema OMEGA, o potencial do Sistema de Posicionamento Global (GPS) e a dis-ponibilidade de equipamento de bordo certificado para uso aeronáutico pela Federal Aviation Admi-nistration (FAA) dos Estados Unidos da América, tendo como base, ainda, a Política e a Estratégia do COMAER para os Sistemas CNS/ATM, foi au-torizado o emprego do GPS, no Brasil, como meio suplementar de navegação aérea em rota e, quan-do especificamente homologado, como meio básico para aproximação de não-precisão.

O programa em andamento, de utilização de meios satelitais para a navegação aérea, faz parte da estratégia do DECEA para a implantação evo-lutiva do GNSS no País e completará, de forma gradativa, os avanços operacionais decorrentes da experiência que for sendo adquirida com o uso do GPS.

Considera-se que os Estados-membros deverão voltar suas estratégias para o desenvolvimento do GNSS nas regiões CAR/SAM, visando a reduzir os auxílios convencionais (NDB e VOR) para apoio à navegação aérea. As operações em rota e de aproximação, utilizando o conceito GNSS, deverão ser efetuadas mediante a utilização da constelação

de satélites do Sistema já disponível.Para efeito de planejamento, será considerada a

evolução dos sistemas existentes e daqueles que venham a estar disponíveis, de forma a atender aos requisitos da OACI, dentro do Plano Nacional de Implementação dos Sistemas CNS/ATM. Na prática, consiste na implementação da Concepção do Sistema Global de Navegação por Satélites que permitirá a utilização, pelos usuários do Espaço Aéreo Brasileiro, dos benefícios dos meios exis-tentes de navegação por satélites, particularmente do GPS e de sistemas de aumentação, dentro da estratégia de implementação evolutiva do GNSS.

Até que o GNSS seja, finalmente, estabelecido, o Brasil está sendo dotado de um sistema que atenderá, no mínimo, às normas e recomendações da OACI, capaz de prover cobertura em todo o Es-paço Aéreo sob a jurisdição do País.

Esse sistema deverá atender à demanda dos usuários que já possuem aeronaves equipadas com receptores GPS e de outros que pretendam fazê-lo. Deverá possuir, ainda, elevado potencial de apoio às diversas aplicações não-aeronáuticas, que exijam a determinação precisa de qualquer das quatro dimensões providas (Latitude, Longitude, Al-titude e Tempo), beneficiando, praticamente, todos os segmentos da economia nacional. O sistema po-derá atender à grande parte da Região SAM, bene-ficiando os países vizinhos e propiciando melhores condições de navegação para a aviação nacional e internacional, particularmente nas áreas remotas e oceânicas, onde a infra-estrutura de navegação aérea convencional é deficiente ou inexistente.

A implantação desse novo sistema, em redun-dância com o existente, tem como maior objetivo possibilitar o aumento da segurança de vôo e me-lhorar o gerenciamento do fluxo de tráfego aéreo, através da redução das separações entre aerona-ves, da utilização de rotas preferenciais para o me-lhor desempenho das aeronaves e do aumento do número de aeródromos disponíveis para operações IFR, propiciando a redução de custos operacionais, além de permitir a utilização civil/militar integrada.

Ainda existem imperfeições nos sistemas (GPS e GLONASS), atualmente disponíveis, por não pro-verem a acuracidade, a integridade, a disponibilida-de e a continuidade do serviço de navegação aérea

necessários à operação durante as diferentes fases do vôo. Tais imperfeições são devidas aos erros oriundos da propagação dos sinais na ionosfera, ao múltiplo percurso e ao uso da “disponibilidade seletiva”, além das características próprias desses sistemas, que não foram originalmente projetados para atender aos requisitos estabelecidos pela OACI.

Para corrigir esses erros, serão utilizadas estações terrestres, instaladas em posições co-nhecidas, com capacidade de monitorar os sinais emitidos pelos satélites disponíveis, determinando o desvio de cada um e transmitindo essas informa-ções aos usuários.

Existem, basicamente, duas formas de se trans-mitir essas correções:

a) difusão direta ao usuário (GBAS); eb) difusão por satélite (SBAS).Em virtude dos atrasos envolvidos e da decor-

rência de erros com características locais, o SBAS, embora mais abrangente, proporciona uma acuraci-dade menor que o GBAS.

Podemos, portanto, considerar estes dois siste-mas como complementares para apoio à navega-ção aérea, em todas as fases do vôo.

Implementação de Sistema de Aumentação Baseado em Terra (GBAS)

Visa a propiciar apoio às aproximações de pre-cisão CAT I, II e III, nas localidades de interesse do SISCEAB.

Compõe-se de um sistema diferencial com difusão direta das correções ao usuário, capaz de prover precisão em torno de um metro, em azimute e altitude, dentro de um raio de cerca de 24 NM da estação.

Implementação de Sistema deAumentação Baseado em Satélite

nas FIR do Brasil (SBAS)Visa a apoiar a navegação aérea e as aproxima-

ções CAT I, bem como a ampliar o grau de partici-pação e de controle do sistema pelo Brasil.

Constitui-se de um sistema diferencial, com estações de referência distribuídas pelo território brasileiro, interligadas a uma estação central, pro-vendo a difusão das correções através dos satélites geoestacionários.

Sistema Wass

Satélite utilizado emSistemas de Navegação Aérea

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O Terceiro Centro Integrado de Defesa Aé-rea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III) realizou, de 21 a 23 de março, as comemo-rações relativas ao seu 19º aniversário.

Durante as comemorações, o Dia Meteo-rológico Mundial, data de grande relevo para o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Bra-sileiro, foi festejado no dia 22 de março com uma marcante solenidade militar.

A Ordem do Dia fez menção à relevante data e à premiação dos graduados que mais se destacaram na área da Meteorologia no CINDACTA III.

Na manhã do dia 23 de março foi realizada a Primeira Reunião do Conselho da Ordem dos Gaviões dos Guararapes, criada para congregar todos os oficiais que já integraram o CINDACTA III. Dentre os assuntos em pau-ta, deliberou-se quanto às indicações para o

ingresso de novos Gaviões Honorários na Ordem.

O fechamento dos eventos deste dia foi marcado pela celebração de uma missa em ação de graças.

Concluindo as comemorações do aniver-sário, realizou-se uma solenidade militar, presidida pelo Chefe do Subdepartamento de Tecnologia da Informação (SDTI), Brig Eng Roberto Souza de Oliveira, representando o Diretor-Geral do DECEA, na qual foram reco-nhecidos os Membros do Conselho da Ordem dos Gaviões dos Guararapes e homenagea-dos os Graduados-Padrões da Organização, no ano de 2006.

O Comandante do CINDACTA III, Cel Av José Alves Candez Neto, em sua Ordem do Dia, destacou que “a Nação está clamando por ordem, respeito, disciplina, ética, honra,

organização, enfim, atitude positiva, qualida-des intrínsecas de nós, militares”.

Candez escolheu o termo “oportunidade” para retratar a conveniência do momento, na perseguição de um bem maior: “o retorno à disciplina consciente”.

19º aniversário do CINDACTA III

O DGCEA e o Comandante do GEIV durante a cerimônia militar

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Homenagens marcaram a solenidade no CINDACTA III

GEIV celebra seus 34 anos de criação

O Grupo Especial de Inspeção em Vôo (GEIV) realizou no dia 27 de abril a Soleni-dade Militar alusiva ao seu 34º Aniversário de Criação.

A cerimônia, presidida pelo Diretor-Geral Interino do DECEA, Maj Brig Ar Ramon Bor-ges Cardoso, realizou-se no pátio do Grupo.

Durante o evento foram homenageados os militares que se destacaram no cumpri-mento da missão de Inspeção em Vôo no ano de 2006 e que atingiram marcas signifi-cativas de 1000 horas de inspeção em vôo.

Na seqüência, o SO Ramos e do CB Enilton foram premiados como Graduado e Praça Padrão do ano de 2006, respectiva-mente.

O Comandante do GEIV, Ten Cel Av Walcyr Josué de Castilho Araújo, prestou homenagem aos ex-Comandantes presen-tes, enaltecendo a participação dos mesmos

na história do Grupo.Durante seu discurso, o comandante

reconheceu a dedicação daqueles que participaram da história do GEIV. Destacou a crescente complexidade da missão do Grupo devido ao crescente número de auxílios à navegação aérea implantados no Brasil, ressaltou as ações do DECEA para atualização dos recursos do GEIV e, por fim, enalteceu a união, o empenho e o pro-fissionalismo dos seus militares.

Após a solenidade, realizou-se a inaugu-ração das fotos na Galeria do Graduado e do Praça Padrão do ano de 2006.

Durante a confraternização realizada do hangar do Grupo, após a chegada do Comandante-Geral de Pessoal, Ten Brig Ar Paulo Roberto Cardoso Vilarinho, todos se reuniram para a tradicional canção de parabéns.

Os ex-Comandantes do GEIV

Maj Brig R1 Silveira e Ten Cel Walcyr

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Literalmente FalandoGilberto Trindade - Cap R1DTCEA-Confins

Catártica

Espelho da TerraEduardo ValentimPame-RJ

Preciso urgentemente tornarpalavraseste silêncio que me oprime ousilenciaresta confusão palavreadaque em mim habitatenho de arrancar de mimalgum matizque ajude a esverdear a plantaa clarear o mundoe fazer rir a criança.

Há muitos anos passados,duas potências do velho mundolançaram suas naves ao mar,em busca de um novo lugar.Acharam estas novas terras,mas para melhor explorar,criaram um novo sistema,que chamaram colonizar.

E para não perderem o lugar,usaram de todos os meios,principalmente matar! Usando a tecnologia paraexaurir e escravizar aos povos a colonizar.

Mas esqueceram que o tempofazia crescer lá um novo gentioque, depois de muita luta,lá chamaram de lar.

Após muitas demandase pilhagens em alto-mar,acharam por bem aindependência lhes dar,para poder continuar deseus bens desfrutar!

Ainda séculos depois, sem se conformar,desestabilizam politicamente lá,para poder influenciare, sutilmente, um novo sistema criarame o batizaram de globalizar.

Nessa armadilha os gentios caíram,ouvindo o canto da sereia, quevinham de além-mar,quebrando o espelho daquelesque lhe deram o lar,esquecendo a dor de Tiradentes, San Martin,Caxias e Bolívar!

E até mesmo de Rondon,para novas terras,indígenas, demarcar ea globalização facilitar!

Amado Povo desta Terra Mãe!não deixem o julgo retornar!E com amor responsávellevem a seus filhos a educar!

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