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AERO ESPAÇ Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA N O T Í C I A S - A n o 2 n º 1 3 Antenas do Localizador do ILS de Brasília - DF

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Page 1: Aeroespaço 13

AERO

ESPAÇ

Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA

NO

TÍC

IAS - Ano 2 n º 1 3

Antenas do Localizador do ILS de Brasília - DF

Page 2: Aeroespaço 13

Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA,produzido pela Assessoria de Comunicação Social - ASCOM/DECEA

Diretor-Geral:Ten Brig Ar José Américo dos SantosAssessor de Comunicação Social e Editor:Paullo Esteves - Cel Av R1Redação:Daisy Meireles (MTB 21286-DRT/RJ)Telma Penteado (RJ 22794-JP)Diagramação & Capa:Filipe BastosFotografia:Luiz Eduardo Perez

Home page: www.decea.gov.br - Intraer: www.decea.intraerE-mail: [email protected] ou [email protected]ço: Av. General Justo, 160 - Centro - 20021-130Rio de Janeiro/RJTelefone: (21) 2123-6585 - Fax: (21) 2262-1691Editado em dezembro/2005Fotolito & Impressão: Ingrafoto

Página 2• Índice / Expediente / Cartas dos Leitores

Página 3• Editorial / Nossa Capa

Página 4 • Visitas de Inspeção do DECEA: ICEA, CCA-SJ, CCA-RJ e GEIV

Página 5 • DECEA completa quatro anos

Página 6• VII Simpósio de Informações Aeronáuticas• Curso de Componente Aéreo da Força Tarefa Cobinada• Brasil & Argentina - intercâmbio operacional

Página 7• SRPV-MN sedia Reunião de Defesa Aérea• Instituição de ensino realiza trabalho no DTCEA-BV• SALVAERO-RECIFE participa de Missão de Misericórdia• CINDACTA I recebe Secretário-Geral da OACI

Páginas 8 e 9• O CCA-RJ na Operação Pampa 2005

Página 10• RECOSCEA 2005 - Novo Diretor-Geral do DECEA é apresentado• Mais quatro Destacamentos do SRPV-RJ passam a ser subordinados ao SRPV-SP• DECEA participa de Workshop Internacional sobre Segurança de Vôo

Página 11• Diretor-Geral do DECEA homenageia Dra Nancy Mesquita• DTCEATM-RJ comemora 7 anos

Páginas 12 e 13• Ativação do CINDACTA IV e entrada em operação do COpM4• SALVAERO-RECIFE participa de busca e resgate de aeronave• Comitiva russa visita o APP-SP• Oficiais-alunos do CCEM visitam o SRPV-MN

Páginas 14 e 15• Seção: Eu não Sabia! - Tema: ACAS II

Página 16•SIVAM/SIPAM - um relato de quem sonhou e viu um projeto se concretizar

Página 17• O 5º/1º GCC realiza treinamento de mobilidade do Sistema Radar MGCA• Comitiva de Brigadeiros Veteranos visita o SRPV-MN

Páginas 18 e 19• Seção: Quem É? - Suboficial Flávio • XII Congresso Brasileiro de Cartografia• DTCEA - Santiago recebe diploma da 1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada

Página 20• História do Oficial Especialista

Página 21• ICEA implanta Subdivisão de Operações Militares

Páginas 22 e 23• Seção: Conhecendo o DTCEA - Canguçu - RS

Página 24• AIRJ submete-se à auditoria de segurança de aviação civil • DTCEA-BE comemora 27º aniversário e Sala AIS-BE recebe Certificado do Sistema de Gestão da Qualidade ISO 9001:2000

Página 25• SRPV-RJ completa seu último aniversário • Brasil sedia evento sobre Navegação Aérea no Atlântico Sul

Página 26• VIII Reunião do Painel de Separação e Segurança do Espaço Aéreo• SRPV-MN sedia Curso Básico de Busca e Salvamento• Escola de Guerra Naval visita o CINDACTA I• SRPV-MN conquista torneio da PAMN

Página 27• Salvaero Amazônico coordena mais uma missão com sobreviventes• Esquadrilha da Fumaça faz apresentação aérea em Sinop• DECEA realiza II Workshop de Garantia da Qualidade no ATS• Academia de Guerra da Força Aérea do Chile no CINDACTA I• DTS comemora aniversário

Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não expressando,necessariamente, a opinião do DECEA.

Expediente

Cartas dos LeitoresÉ com grande satisfação que utilizo esse nobre meio de comunicação para elogiar

e agradecer o valoroso trabalho prestado por esse magnífico periódico que tanto nos enriquece com atualizações, esclarecimentos, novidades, curiosidades etc.

Sempre estou consumindo as brilhantes matérias publicadas, seja em papel ou na forma digital. Tenho plena consciência do valor e importância de todos os artigos, selecionados e publicados, porém devo admitir que muitíssimo me fascina a seção “Quem é?”, pois nesse espaço é possível identificar os profissionais que são referências no DECEA, bem como acredito que é uma excelente idéia a prática do reconhecimento aos bons militares e civis, pois sabemos o quanto é bom ver os nossos esforços frutificando. Parabéns ao glorioso DECEA, parabéns aos profissionais da nossa inteligente revista AEROESPAÇO.

Gilber Martins VALADARES – 1T QOEMETComandante do DTCEA - Tabatinga

Tive a oportunidade de ter acesso à revista Aeroespaço assim que me apresentei ao DECEA. Esta se mostrou de grande valia, pois o seu conteúdo nos ajuda a tomar conhecimento da grande estrutura do SISCEAB, das diversas atividades executadas pelos seus órgãos, bem como dos valorosos membros que o compõe, principalmente através da Seção “Quem É ?”. Desta forma, parabenizo toda a equipe responsável por esta importante publicação, que nos proporciona, a cada nova edição, uma grande fonte de informação. A LA CHASSE!!!

Anderson da Costa TUROLA - Cap AvDivisão de Operações Militares (D-OPM) do DECEA

Como fiel leitor da Revista Aeroespaço, parabenizo toda a equipe responsável pela elaboração do nosso informativo mensal. A qualidade da revista, os artigos, e a forma pela qual os fatos são abordados proporciona uma leitura dinâmica e prazerosa. Identifiquei, no editorial da 12ª edição, duas informações que divergem . Uma é o nome do autor da letra do hino do DECEA e a segunda é o registro do Ten Cel Candez como Coronel.

Alberto Firmino - 1S Seção de Finanças do DECEA

Índice

NOTA REDAÇÃO:Agradecemos a atenção e o cuidado do nosso leitor, 1S Firmino. Contamos com vocês para manter a qualidade editorial de nossa revista. Sugestões e críticas são sempre bem-vindos.

Page 3: Aeroespaço 13

Ten Brig Ar José Américo dos SantosDiretor-Geral do DECEA

LOCALIZER - BrasíliaHá no Sistema de Controle do Espaço Aéreo (SISCEAB) uma infinidade de

equipamentos que, normalmente, não são reconhecidos visualmente pelos nossos usuários. Possivelmente, um desses equipamentos seria o LOCALIZER (LOC), que faz parte do Sistema de Pouso por Instrumentos (ILS).

O Localizer é o responsável pelas indicações do eixo da pista numa aproximação por instrumentos. Extremamente preciso, ele garante, juntamente com o Glide – Slope (indicador de rampa), um pouso seguro. Aí está, na nossa capa, em close–up, as antenas do LOC de Brasília. Uma bela e significatica foto do nosso SISCEAB.

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Para tudo há um tempo certo. Há um tempo de chegar e outro de partir. Este é o último editorial da nossa revista Aeroespaço Notícias, em que participo como Diretor-Geral do DECEA.

Folheando as doze últimas edições, pude perceber, com misto de satisfação e orgulho, o quanto este Sistema e, em particular, o DECEA, efetivamente, tem realizado para o País e para a Força Aérea Brasileira.

Nessas páginas estão retratadas porções de nossos eventos julgados os mais relevantes e que, portanto, mereceram publicação em nosso noticiário.

Porém, há que se destacar que, nas ininterruptas horas de muitos dias, por dois anos, houve uma infinidade de pequenos gestos rotineiros, cotidianos e até repetitivos que, com a pertinácia característica do cumprimento de tarefas, jamais deixaram de ser realizadas, mas que - ainda assim - não lograram publicação.

Neste editorial, gostaria de enaltecer e dar o devido destaque a todo labor diário de cada homem e mulher deste formidável Sistema que, como um pano de fundo, serviram de base, sustentação e alicerce às grandes realizações do SISCEAB.

Parabenizo a todos pelo entusiasmo, competência, presteza e responsabilidade com que, no dia-a-dia, cada um atirou-se às suas tarefas, mesmo as mais simples, o que nos permitiu chegar até aqui com a inestimável sensação do dever cumprido.

A Aeroespaço Notícias firmou-se como um órgão de divulgação do DECEA. Ganhou força, forma e personalidade. É apreciada por muitos, dentro do Comando da Aeronáutica. Entretanto, isto só foi possível por duas razões fundamentais: a primeira delas é pela capacidade de realização do SISCEAB que, ao realizar, realiza-se e, paralelamente, à contribuição inestimável de cada um de nossos leitores.

Pelo prazer que me proporcionou estar à frente do SISCEAB, pelas alegrias de cada meta alcançada e pelo conforto do cumprimento de minha missão, o que compartilho com cada um de vocês, que são pessoas verdadeiramente especiais.

O meu sincero muito obrigado.

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ICEA, CCA-SJ, CCA-RJ e GEIVVi

sitas

de

Insp

eção

ICEAA visita de inspeção anual do DECEA ao Instituto de Controle do

Espaço Aéreo (ICEA) ocorreu no dia 16 de junho.Participaram da comitiva de inspeção o Diretor-Geral do DECEA,

Ten Brig Ar José Américo dos Santos, o Vice-Diretor Executivo e de Planejamento, Maj Brig Luiz Paulo Moraes da Silveira, e o Chefe do Subdepartamento de Logística, Brig Eng Rogério Ribeiro Machado.

A visita cumpriu o seu objetivo, passando pelas atividades habituais, como formatura de apresentação do efetivo; recepção da comitiva no auditório do ICEA e inspeção setorial. No debriefing, os oficiais responsáveis por cada setor de inspeção fizeram suas observações e sugeriram algumas ações recomendadas.

CCA-SJNo Centro de Computação da Aeronáutica de São José dos Campos

(CCA-SJ), a visita de inspeção do DECEA ocorreu no dia 17 de junho. Na comitiva, acompanharam o Diretor-Geral do DECEA, o Vice-

Diretor Executivo e de Planejamento, o Chefe do Subdepartamento de Tecnologia da Informação, Brig Eng Roberto Souza de Oliveira, o Cel Av Silvestre, Cel Av Dias, Cel Av Carcavallo, Cel Av Souza Marques, Ten Cel Int Jairo, Ten Cel Int Linhares, Ten Cel Int Carvalho, Maj Av Aguiar, Maj Av Walcyr e a Ten QCOA Rosana.

O Chefe do CCA-SJ, Ten Cel Int Ferreira Gomes, fez uma exposição, contando a missão, a estrutura básica e complementar e o histórico da OM. Ressaltou, em sua palestra, o programa de trabalho anual, assim como o custeio da organização e os problemas, baseados na questão das novas instalações do CCA-SJ, dando uma visão prospectiva da Organização.

CCA-RJNo dia 1º de setembro de 2005, foi a vez do Centro de Computação

da Aeronáutica do Rio de Janeiro (CCA-RJ) receber a visita de inspeção do DECEA.

A equipe de inspeção foi composta de nove oficiais superiores, liderados pelo Ten Brig Ar José Américo.

A visita iniciou-se com uma formatura no Pátio da Bandeira, onde o Cel Inf Jurandyr Nogueira da Silva, Chefe do CCA-RJ, apresentou o efetivo ao Diretor-Geral do DECEA. No auditório principal daquele Centro, a equipe de inspeção e todo o efetivo participaram do briefing do Chefe do CCA-RJ, seguido das palavras do Ten Brig José Américo e da apresentação da equipe de inspeção.

Após o briefing, foi realizada a visita às instalações da Organização e reuniões setoriais nas Divisões Administrativa e Técnica, na Assessoria de Planejamento, Coordenação e Controle, no Serviço de Atendimento ao Usuário de Tecnologia da Informação, nas Subdivisões de Redes, de Sistemas, de Capacitação de Pessoal, e, ainda, nas Seções de Intendência e de Telefonia.

Ao final, houve o debriefing de todos os oficiais da equipe de inspeção para o Chefe e os oficiais do CCA-RJ.

GEIVO Grupo Especial de Inspeção em Vôo (GEIV) recebeu a última

visita de inspeção de 2005 do DECEA, realizada no dia 6 de outubro. A comitiva foi presidida pelo Diretor-Geral e composta pelos Maj Brig Silveira, Brig Rogério, Cel Silvestre, Cel Dias, Cel Castro, Maj Braum e Maj Moraes.

Houve formatura geral no hangar do GEIV e, após a apresentação do Comandante do Grupo, Ten Cel Gustavo Adolfo Camargo de Oliveira, e as palavras do Ten Brig Ar José Américo, houve um briefing no auditório com os pormenores da inspeção.

Foi servido um café da manhã à comitiva, seguido de reuniões setoriais e visita às instalações.

4 AEROESPAÇO

O DGCEA, ao lado do Diretor do ICEA, na formatura

Ten Brig Ar José Américo fala ao efetivo do CCA-RJ

Na visita ao CCA-SJ, uma visão prospectiva da OM

Ten Cel Gustavo faz as honras ao DGCEA

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DECEA completa quatro anos

5AEROESPAÇO

A premiaçãoDurante o evento, ocorrido no

pátio do Grupo Especial de Ins-peção em Vôo (GEIV), foram entregues Prêmios aos Graduados e Servidor-Padrão do DECEA e, ainda, Medalhas Militares de Tempo de Serviço.

Os Prêmios aos Graduados e Servidor-Padrão foram entregues a três profissionais da Adminis-tração Central que se destacaram pela competência e dedicação ao serviço prestado. Neste ano de 2005 os homenageados foram o SO Nilton de Souza e Souza, CB Luis Monteiro da Silva e o servidor público Hélio Martins de Carvalho.

O lançamento do livro“O Controle do Espaço Aéreo

Principais Atividades”Foi lançado, durante a cerimônia, o li-

vro “O Controle do Espaço Aéreo – Prin-cipais Atividades”. A obra, publicada pelo DECEA, explica sucintamente e orienta o leitor quanto as funcionalidades do Sis-tema de Controle do Espaço Aéreo Brasi-leiro (SISCEAB). Todos os ex-Diretores da extinta Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo (DEPV), o ex-Diretor-Geral do DECEA e os Oficiais-Generais ex-Integran-tes do SISCEAB foram homenageados com um exemplar do livro.

Receberam esta homenagem os Tenentes Brigadeiros Paulo Victor da Silva, Sócrates da Costa Monteiro, Márcio Nóbrega de Ayrosa Moreira, Pedro Ivo Seixas, Ivan Mo-acyr da Frota, Enir de Souza Pinto, Flávio

de Oliveira Lencastre, Marcos Antonio de Oliveira, os Majores Brigadeiros Luiz Fer-nando Barbedo, Guido de Resende Souza, José Salazar Primo, Normando Araújo de Medeiros, Irineu Rodrigues Neto e Paulo Roberto Cardoso Vilarinho.

O Hino do DECEAO Hino Oficial do DECEA, de autoria

do Brig Eng Roberto (Chefe do Subdepar-tamento de Tecnologia da Informação), foi cantado por todos os presentes, acom-panhado da Banda de Música da Base Aé-rea do Galeão.

Os discursosEm seu discurso da Ordem do Dia, o Ten

Brig Ar José Américo dos Santos referiu-se ao DECEA como uma gigantesca nave tripulada por mais de 13 mil profissionais. “Navegamos rumo ao futuro, agregando neste vôo o que há de mais moderno em se-gurança no controle do espaço aéreo, num contínuo processo de aperfeiçoamento”, prosseguiu.

“Temos consciência do que represen-tamos para a vida social, econômica e política do Brasil e o quanto confia em nós o Comando da Aeronáutica no cumprimento desta missão. Parabenizo a cada um dos componentes do SISCE-AB pelo quarto aniversário do DECEA e sigo confiante de que saberemos hon-rar este extraordinário legado com nos-so trabalho sem tréguas, em proveito da segurança do espaço aéreo e de defesa

do nosso céu soberano”, con-cluiu.

Em seguida, o Comandante da Aeronáutica proferiu seu discurso, no qual ressaltou a importância da perfeita combinação entre capaci-tação tecnológica em equipamen-tos e pessoal para conduzir qual-quer empreitada ao sucesso.

“O clamor de um tráfego aéreo cada vez mais intenso nos últimos anos obrigou o DECEA a tomar medidas coordenadas e precisas que redundaram na reestrutura-ção do movimento aéreo, essencial para atender à grande demanda de

aeronaves em rota e nos principais aeroportos do País”, declarou o Comandante.

Enaltecendo a equipe de profissionais do DECEA, o Comandante da Aeronáutica prosseguiu em seu discurso, declarando que “Comemorar, pois, o aniversário do DECEA significa reverenciar os homens e mulheres que compõem os quadros do laborioso tra-balho, levado a termo no dia a dia desta orga-nização. É também enaltecer aqueles que, no passado, quer recente, quer remoto, selaram o futuro grandioso que hoje é desfrutado pelo DECEA. Jamais perderemos de vista o devotamento à nossa destinação, defendendo a soberania do nosso céu, na certeza de que o sublime ofício de fazer voar com segurança e de maneira integrada é fator crucial de pro-gresso e de realização”, concluiu.

Para encerrar o evento comemorativo, os ex-integrantes das já extintas Diretoria de Rotas Aéreas (DRA) e DEPV e membros atuais do DECEA integraram à tropa no des-file militar.

Contando com a presença do Comandante da Aeronáutica, Ten Brig Ar Luis Carlos da Silva Bueno,foi realizada, no dia 05 de outubro, a Cerimônia Militar em comemoração ao quarto aniversário do

Departamento de Controle do Espaço Aéreo – DECEA.

Ten Brig Ar Lencastre recebe do Comandante o livro do DECEA

A missa em comemoração ao aniversário Ex-integrantes da DRA e DEPV desfilam

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6 AEROESPAÇO

VII Simpósio de Informações Aeronáuticas

O Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA), di-rigido pelo Cel Eng Rodrigues, reuniu integrantes do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (SISCEAB), Departamento de Aviação Civil (DAC) e Empresa Bra-sileira de Infra-estrutura Aeroportuária (INFRAERO), nos dias 25 a 28 de outubro, para o VII Simpósio de Informações Aeronáuticas.

A cerimônia de abertura foi presidida pelo Brig Ar Ailton dos Santos Pohlmann, Chefe do Subdeparta-mento de Operações do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), que incentivou a troca de informações e novas idéias para aprimorar o trabalho, e chegar a um ideal para atender ao usuário final do transporte aéreo.

O Simpósio proporcionou o intercâmbio de infor-mações entre os órgãos atuantes no SISCEAB, visando a constante melhoria dos serviços prestados no interesse da segurança, da regularidade e da eficiência da nave-gação aérea.

Foram discutidos assuntos de interesse dos órgãos participantes, como a criação da subdivisão de gerencia-mentos das informações aeronáuticas (AIS) dos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle do Espaço Aéreo (CINDACTA) e questões pedagógicas e administrativas relativas aos cursos AIS no ICEA (Instituto de Contro-le do Espaço Aéreo), criação do curso de operador de centro de Notam, duplicidades e desconformidades na divulgação de informação, entre outros.

Curso de Componente Aéreo de Força Tarefa Combinada

Durante o período de 26 a 28 de setembro, foi realizado no Auditório Ten Brig Paulo Victor, localizado no prédio da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), o Curso de Componen-te Aéreo de Força Tarefa Combinada.

Ministrado pelos Ten Cel Av Oliveira e Ten Cel Av Alcover – ambos do Centro de Comando e Controle de Operações Aéreas (CCCOA), o curso teve o objetivo de disseminar, nos âmbitos do DECEA e da CISCEA, o modelo de comando e controle de operações aéreas empregado pelo Comando-Geral do Ar (COMGAR).

Foi também meta do Curso de Componente Aéreo de Força Tarefa Combi-nada ampliar o alcance e a agilidade da transmissão dos novos conhecimentos às organizações, respectivamente, de direção-geral e de implantação de meios do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro, qualificando-as para melhor apoiar o Comando.

Participaram do curso oficiais da Quinta Força Aérea (FAE V), Segunda Força Aérea (FAE II), Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER) e Terceiro Co-mando Aéreo Regional (COMAR III).

Brasil & Argentina

O intercâmbio foi realizado no Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III), no período de 13 a 21 de setem-bro de 2005.

Na semana de 13 a 15 de setembro, o Maj Av Mário Luiz Ribeiro Santos, Chefe Controlador do COpM 3, visitou as instalações do Grupo V.Y.C.E.A. (Vigilância Y Controle del Espazo Aéreo), na cidade de Merlo, localizada nos ar-redores de Buenos Aires, o Centro de Controle de Área de Ezeiza (ACC-Ezeiza) e o Centro de Formação dos Controladores de Tráfego Aéreo (CIPE), estes dois últimos em Buenos Aires. A principal peculiaridade observada foi a predomi-nância de radares transportáveis alocados para a Defesa Aérea daquele país.

A visita da Argentina ao Brasil ocorreu no período de 18 a 21 de setembro, quando o Primeiro Teniente Alejandro Avellaneda e o Cabo Principal Juan Marcelo Barria Gonzales visitaram as instalações do COpM 3, ACC-RE, APP-RF e Salvaero Recife, demonstrando grande admiração pela forma integrada de funcionamento e operação dos órgãos de defesa aérea e controle de tráfego aéreo do CINDACTA III.

Tais intercâmbios têm-se mos-trado de grande importância, principalmente com o recente incremento da participação bra-sileira em operações combinadas internacionais, requerendo grande conhecimento dos modos de ope-ração e emprego das forças dos Países Amigos.

O intercâmbio de informações entre os órgãos do SISCEAB

Disseminando o modelo de comando e controle de operações áreas

Intercâmbio operacional de oficiais e graduados controladores de Defesa Aérea com a Força Aérea Argentina

estreitou os laços de amizade e a troca de experiência operacional com o Brasil

A cerimônia de abertura foi presidida pelo Brig Pohlmann

O curso qualificou militares para melhoria no apoio ao Comando

Cel Av Luiz homenageia os militares argentinos

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7AEROESPAÇO

O Serviço Regional de Proteção ao Vôo de Manaus (SRPV-MN) sediou, no dia 23 de setembro, reunião de Defesa Aérea em suas instalações. O evento faz parte das reuniões de coordenação com os elos permanentes do Sistema de Defesa Aérea Brasileira (SISDABRA), e contou com a participação do Maj Brig Ar Roberto Geraldo Pimenta Ribeiro, Comandante do COMDA-

BRA (Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro), Brig Ar Ailton dos Santos Pohlmann, Chefe do SDOP do DECEA (Subdepartamento de Operações do De-partamento de Controle do Espaço Aéreo), Cel Av Renato Luiz Scariot, Chefe do SRPV-MN, além dos militares integrantes da Defesa Aérea desta instituição e de outras organizações militares.

SRPV-MN sedia Reunião de Defesa Aérea

Militares visitam as instalações do SRPV-MN durante a Reunião de Defesa Aérea

A Torre de Controle (TWR) do Destacamen-to de Controle do Espaço Aéreo de Boa Vista (DTCEA-BV) foi submetida, no período de 29 de agosto a 14 de setembro, a uma Análise Ergonômi-ca do Trabalho (AET), sob a orientação da fisiote-rapeuta Denise Raia e dos acadêmicos de Fisiote-rapia da Faculdade Catedral de Boa Vista (RR). A

análise visou identificar se o mobiliário e os equi-pamentos existentes na TWR estariam de acordo com as necessidades básicas para o desempenho das atividades dos controladores de tráfego aéreo, assim como identificar sintomatologias relacionadas aos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Tra-balho (DORT) nestes profissionais.

Os resultados da análise foram apresentados ao Maj Av Mauro Roberto, Comandante do DTCEA-BV, e para o efetivo de controladores de tráfego aéreo, sugerindo algumas correções para eliminar ao máximo as dificuldades encon-tradas por estes profissionais no decorrer de sua jornada de trabalho.

Instituição de ensino realiza trabalho no DTCEA-BV

No dia 29 de junho de 2005, às 14h05, a equipe do SALVAERO-RECIFE recebeu uma ligação do Ten Te-lechi, Chefe do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Petrolina (DTCEA-PL), solicitando apoio para realizar uma missão de misericórdia.

Tratava-se de uma criança recém-nascida de parto pré-maturo, dependente do 2S Roberto Siqueira de Oliveira, graduado do Exército, sendo necessária a sua remoção para uma cidade com maiores recursos hospitalares.

Após receber as informações necessárias, a equipe do Salvaero-Recife, ele entrou em contato com Maj Med So-eiro, Chefe do Serviço Regional de Saúde (SERSA-2) do Segundo Comando Aéreo Regional (COMAR II), que passou a coordenar as necessidades médicas da missão.

De imediato, o Maj Av Mário Ribeiro, Chefe do Sal-vaero-Recife, assumiu a coordenação da missão, entrando em contato com o Hospital Geral do Exército (HGE), solicitando a disponibilidade de uma encubadora portátil e de um médico pediatra, especialista em Neonatologia, para acompanhamento do paciente durante o vôo.

Em virtude da falta de disponibilidade de leito em

Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal em Recife, foi conseguido o apoio do Hospital da UNIMED na cidade de João Pessoa (PB).

Paralelamente, foi acionada a UTI aérea do Grupo de Transporte Especial (GTE). No dia 30 de junho, a aeronave HS125 (UTI aérea) decolou de Brasília às 7h, pousando em Petrolina às 08h30. Decolou também, do Segundo Esquadrão de Transporte Aéreo (2º ETA) em Recife, a aeronave Bandeirante FAB2298, com destino a Petrolina, com estimativa de chegada às 8h, levando o médico do Exército e uma encubadora para prestar o apoio solicitado.

Por volta das 10h50, do dia 30 de junho, as duas aero-naves decolaram de Petrolina com destino a João Pessoa, onde já se encontrava outra médica pediatra do Exército, que conduziu o recém-nascido, acompanhado de seus fa-miliares, até o Hospital da UNIMED daquela localidade, onde deu entrada às 13h do dia 30 de junho.

Esta missão retrata como a perfeita sintonia das equi-pes envolvidas (SALVAERO-RECIFE, SERSA II, HGE, DTCEA-PL), pode proporcionar apoio rápido e eficien-

te, sempre necessários quando se trata de vidas humanas.Parabéns a todos que fizeram desta missão um suces-

so! SALVAERO-RECIFE: “Para que os outros possam

viver!”

SALVAERO-RECIFE participa de Missão de Misericórdia

O Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I) recebeu, no dia 30 de agos-to de 2005, a visita de Täieb Chérif, Secretário-Geral da Or-ganização de Aviação Civil Internacional (OACI), que esteve acompanhado do Brig Ar Eliezer Negri, Chefe da Comissão de Estudos Relativos à Aviação Aérea Internacional (CERNAI).

Após a recepção do Cel Av Paulo Gerarde Mattos Araujo, Comandante do CINDACTA I, os visitantes assistiram a um audiovisual acerca das atividades da Organização e, na seqüên-cia, conheceram alguns órgãos operacionais.

No encerramento da visita, o Secretário-Geral da OACI agradeceu pela recepção e elogiou o trabalho desenvolvido por este importante elo do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.

CINDACTA I recebe Secretário-Geral

da OACI

A perfeita sintonia das equipes salvou vidas

Täieb Chérif conhece as instalações do CINDACTA I

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8 AEROESPAÇO

Em qualquer Operação, para uma correta integração entre os trabalhos das Forças Armadas, é fundamental o papel desempenha-do pelos computadores. Hoje, se-guramente, podemos afirmar que não há guerra sem essas máquinas, que - em iteração com o homem e os meios de comunicação - for-mam a Tecnologia da Informação (TI). A TI permite que, através de uma rede de computadores, seja possível realizar a comunicação e a passagem de informações e ordens, com precisão e clareza, entre a área do Teatro de Operações (Tático) e a área do Comando da Operação (Estratégico). Além disso, a velo-cidade com que essas informações trafegam na rede influencia na ra-pidez de tomada de decisões, po-dendo, em muitos casos, significar a vitória ou a derrota de um país na guerra.

Quando é designado para uma missão, o Centro de Computação da Aeronáutica do Rio de Janeiro (CCA-RJ) tem a função de im-plantar e manter essa rede de com-putadores, permitindo a troca de informações entre as diversas equi-pes integrantes do exercício. Na Operação Pampa 2005, a equipe do CCA-RJ, liderada pelo Maj Av Hélio Rodrigues Costa, Chefe da CIS (Comunicação, Informação e Sistemas) teve o objetivo de fornecer a infra-estrutura de rede que permitisse a comunicação e o tráfego de informações na FAC 103 (Força Aérea Componente), localizada na Base Aé-rea de Canoas – RS (BACO).

Nas operações de que participa, o trabalho do CCA-RJ inicia-se muito antes do perío-do previsto para a execução das manobras.

O primeiro passo é designar uma equipe para averiguar as necessidades de estrutura da Operação. Em seguida, um planejamento é feito baseado nos serviços e equipamentos que serão necessários para que a missão ocor-ra. Posteriormente, uma estrutura lógica e fí-sica é, então, montada para a Operação.

De posse dessas informações, uma equipe do CCA-RJ chega ao local da missão, em geral com dez dias de antecedência, para a

instalação da rede e montagem da infra-estrutura necessária à Opera-ção.

O CCA-RJ participou ativamen-te da Operação Pampa 2005, que aconteceu no período de 10 a 20 de outubro, nos estados do Rio Gran-de do Sul e Paraná, e teve a partici-pação da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira. O objetivo da missão era capacitar as três For-ças Armadas a realizarem o plane-jamento e a execução de operações combinadas de guerra convencio-nal. O exercício foi composto de combates simulados e atividades aéreas, terrestres e navais, como pode ser visto no site www.pampa.mil.br. Nessa missão, em especial, o trabalho foi árduo, principalmente considerando-se a estrutura exigida e o tempo disponível para a execu-ção das tarefas.

Muitos foram os obstáculos en-frentados pela equipe. Um deles ocorreu no dia anterior ao início da Operação, quando um vírus de computador destruiu o trabalho realizado durante dias. Mas, a equi-pe do CCA-RJ não esmoreceu; ao contrário, buscou forças e, apesar do cansaço, empenhou-se em refa-zer todo o trabalho durante a noite que antecedeu o início da Operação. E tudo isso para que, pela manhã,

tudo estivesse funcionando corretamente. E foi o que aconteceu.

O esforço e a determinação do CCA-RJ foram reconhecidos e citados, inclusive, du-rante a visita do Brig Eng Rogério, Chefe do Subdepartamento de Logística do DECEA, e do Brig Ar Pohlmann, Chefe do Subdepar-tamento de Operações do DECEA, às insta-lações do CCA-RJ, na BACO, no dia 13 de

O CCA-RJ na Operação Pampa 2005

Cel Inf Jurandir e Maj Av Paulo visitam a equipe na Operação

Instalações do Helpdesk do CCA-RJ na Operação Pampa 2005

Page 9: Aeroespaço 13

9AEROESPAÇO

outubro de 2005. Nessa ocasião, na presença do responsável pelo CCA-RJ na missão e Chefe da CIS, Maj Av Hélio Rodrigues Costa, o Chefe do A-6 na mis-são, Ten Cel Av João Batista Oli-veira Xavier, proferiu palavras de elogio à Unidade. Em seguida, o Brig Eng Rogério disse sentir-se orgulhoso em acompanhar o de-sempenho do CCA-RJ, Unidade com a qual trabalhou em anos anteriores.

Durante a missão, a responsa-bilidade do CCA-RJ não dimi-nuiu. Dentre as funções desem-penhadas pela Unidade, as mais importantes: helpdesk, suporte fí-sico, suporte lógico, manutenção e atualização do sítio da Opera-ção e instalação e manutenção dos serviços de tecnologia da informação, ou de uma maneira mais geral, dos computadores na guerra.

Quaisquer dúvidas ou proble-mas eram informados a uma cen-tral de atendimento ao usuário (helpdesk), criada especialmente para a Operação. O helpdesk forneceu apoio à montagem e manutenção de TI e de infra-es-trutura da Operação. A partir da experiência adquirida no Serviço de Atendimento aos Usuários de Tecnologia da Informação (SAUTI) do CCA-RJ, um pro-grama foi desenvolvido para o controle dos chamados dos 218 usuários da Operação, permitindo a emissão de relató-rios diários sobre o total de chamados aber-tos, em atendimento e fechados. Ao todo fo-ram 253 chamados atendidos, em média 35 chamados por dia. A maioria dos chamados foi aberta para a resolução de problemas ló-gicos de rede, seguida de incidentes relativos a correio eletrônico, software, permissões de arquivo, hardware e parte física da rede. Ou-tras áreas atendidas foram web, infra-estrutu-ra – que apoiou até na obtenção de cadeiras e material de escritório – e telefonia.

Para cada tipo de chamado aberto, havia uma equipe do CCA-RJ específica para re-solver o problema. A equipe de suporte físico realizava serviços de cabeamento, manuten-ção de hardware, tratava os problemas de fi-bra ótica, efetuava o controle e distribuição de equipamentos de informática e fazia a certificação de pontos de rede, ou seja, ve-

rificava se estes estavam operando correta-mente.

A equipe de suporte lógico operava os serviços de servidores de arquivos (dados de toda a Operação), correio eletrônico (transmissão das informações da Operação), impressão (compartilhamento das impres-soras), DNS, controlador de usuários, anti-vírus, FTP e Web.

A equipe de Web do CCA-RJ também co-meçou a trabalhar muito antes da Operação iniciar. Primeiramente, trabalhou no projeto e criação do sítio da Operação para a Intraer; depois, durante a missão, ficou responsável pela manutenção e atualização das informa-ções deste.

Além do sistema desenvolvido para realizar o atendimento aos usuários, o CCA-RJ de-senvolveu, durante a manobra, um sistema que fornecia informações de infra-estrutura aeroportuária, radares, meios de telecomuni-

cações, sistemas, redes e me-teorologia cujos dados eram consultados e atualizados pelas demais equipes e pelo próprio CCA-RJ. A este ca-bia, diariamente às 5h, cap-turar e colocar no Sistema da Operação, o mapa das previ-sões meteorológicas do dia e fazer a certificação dos pon-tos de rede. Assim, fornecia um suporte tecnológico di-reto às tomadas de decisões do Comando da Central da Operação.

Para a Operação Pampa, foi criada uma rede de com-putadores específica com o domínio “pampa.intraer”, oferecendo diversos serviços. Esta rede ligava a área tática (dos esquadrões aéreos, fisi-camente no 5º ETA, 1º/14º GAv e ESCOAM, na BACO) à área estratégica de comando (fisicamente no 1º/2º GCC).

A equipe do CCA-RJ tam-bém esteve envolvida no teste de redes sem fio (Wireless), que ocorreu durante a Ope-ração. O objetivo é substituir, gradualmente, as redes con-vencionais de computador (que utilizam cabos) por re-des sem fio, que utilizam pe-quenas antenas (D-link) para a transmissão e recepção dos dados. Mais fáceis de serem

instaladas, as redes Wireless ainda enfrentam alguns problemas, principalmente em ter-mos de distância de alcance e segurança na transmissão dos dados.

O Chefe do CCA-RJ, Cel Inf Jurandir Nogueira da Silva, esteve presente durante a Operação, acompanhado do Maj Av Ro-gério Gonçalves Paulo, Chefe da Assessoria de Planejamento Coordenação e Controle do CCA-RJ, para a supervisão dos serviços prestados por aquele Centro de Compu-tação. Participaram, também, do encerra-mento da manobra e da confraternização.

Encerrada a Operação Pampa 2005, o CCA-RJ ainda teve uma última missão a cumprir. Dessa vez, a tarefa foi desmobili-zar toda a estrutura deslocada para a Opera-ção e voltar para casa com a certeza de mais um trabalho bem feito e o sentimento do dever cumprido.

A visita do SDLO e SDOP à equipe

Terminada a Operação, a equipe do CCA-RJ prepara-se para a volta

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10 AEROESPAÇO

2005

No último dia 30 de setembro, o Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Ten Brig Ar José Américo dos Santos, presidiu no pátio do Grupo Especial de Inspeção em Vôo (GEIV) a ce-rimônia militar de Passagem de Subordinação dos Des-tacamentos de Controle do Espaço Aéreo (DTCEA) do Galeão, de Santa Cruz, dos Afonsos e Telemática do Rio de Janeiro do Serviço Regional de Proteção do Vôo do Rio de Janeiro (SRVP-RJ) ao Serviço Regional de Pro-teção ao Vôo de São Paulo (SRPV-SP).

O Diretor-Geral chegou acompanhado do Chefe Interino do SRPV-RJ, Ten Cel Av Almir Coelho San-tos Filho e, após a execução do Hino Nacional, foram homenageados os Comandantes dos DTCEAs do Ga-leão – Maj Av Ary Rodrigues Bertolino; de Santa Cruz – Maj Av Luis Marques de Lima; dos Afonsos – Cap Esp MET Robson Ressurreição e Telemática do Rio de

Janeiro – Cap Eng Alexandre Henrique Nogueira com placas pelo bom serviço prestado em suas Organizações Militares.

Dando seqüência à cerimônia, foi realizada a Pas-sagem de Subordinação, de acordo com a Portaria DECEA nº 86/DGCEA, de 28 de junho de 2005.

Em seu discurso, o Ten Cel Av Almir Coelho Santos Filho ressaltou a importância dos serviços prestados pelo DECEA, pela antiga Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo (DEPV) e pelos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA).

“Todas as coisas boas que realizamos devem ser creditadas àquelas que, em todos os níveis e escalões, compõem a estrutura humana de apoio e assessoria, que nos assistiram com invulgar capacidade e talento, exercendo - muitas vezes silenciosa e humildemente - os afazeres que lhes foram cometidos. A eles se deve o ine-

gável renome e decorrente respeito de que goza a nossa instituição”, declarou o Chefe do SRPV-RJ.

Com muita emoção, o Ten Cel Almir Santos con-cluiu: “Despeço-me de todos orgulhoso pela ventura da convivência. Desejo ao Cel Av Luiz Cláudio Ribeiro da Silva, a quem entrego quatro Unidades de elite do SISCEAB, que sabe o que faz, como faz, e para que faz, que sua gestão, ainda neste ano, seja plena de realizações e de felicidade pessoal, junto a estes Destacamentos. Ao Maj Bertolino, ao Maj Marques, ao Cap Nogueira e ao Cap Robson, o meu muito obrigado!”.

O Diretor-Geral do DECEA, Brig José Américo, elogiou a solenidade e os serviços prestados pelo Chefe Interino do SRPV-RJ.

Logo após, foi realizada a troca dos estandartes re-presentativos das Organizações Militares do SRPV-RJ e SRPV-SP.

Mais quatro Destacamentos do SRPV-RJpassam a ser subordinados ao SRPV-SP

A Segunda Reunião de Coman-dantes do Sistema de Controle do Espaço Aéreo de 2005 aconteceu nos dias 7 e 8 de novembro, e foi presidida pelo então Diretor-Geral do DECEA, Ten Brig Ar José Amé-rico.

Na abertura da reunião, o Ten Brig José Américo apresentou o Ten Brig Ar Paulo Roberto Cardo-so Vilarinho como seu sucessor na direção-geral do DECEA, presente-ando-o com o livro O Controle do Espaço Aéreo – Principais Ativida-des. Disse que a grande vantagem da direção-geral estar a cargo do Brig Vilarinho é que ele já é um homem do Sistema, conhecedor de todos os assuntos pertinentes ao DECEA.

Ao novo Diretor-Geral foram apresentados todos os líderes das 16 Organizações Militares subordi-nadas ao DECEA e divulgadas suas atuações à frente das Unidades.

Estavam presentes, também, à reunião, e foram apresentados os futuros comandantes e chefes das OM, a saber:

Cel Av Rivera - CINDACTA ICel Av Schultz - CINDACTA IITen Cel Av Candez - CINDACTA III

Cel Av Carcavallo - CINDACTA IVTen Cel Av Bueno - SRPV-SPTen Cel Int Gustavo - CCA-BRTodos os chefes, comandantes e direto-

res apresentaram, durante o período da RECOSCEA, as conjecturas e realizações de suas Unidades, assim como as perspectivas para 2006.

O Brigadeiro José Américo agradeceu a amizade e o apoio de todos, inclusive do Brig Ramon, ex-presidente da CISCEA/ CCSIVAM, hoje comandante do Segundo Comando Aéreo Regional (COMAR II), pela ajuda na elaboração dos documentos do plano de Desenvolvimento do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.

Novo Diretor-Geral do DECEAé apresentado

II RE

COSC

EA

O Ten Brig Ar José Américo despediu-se, agradecendo o apoio de todos

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11AEROESPAÇO

“Rio de Janeiro, 03 de novembro de 2005.

“Ao Exmo Sr Ten Brig Ar José Américo dos Santos, “Excelência,“Emoção não se traduz, não se transmite. Sente-se. A homenagem que recebi por parte do

DECEA e, em especial por Vossa Excelência, foi ao âmago do meu coração, da minha memória emocional. Trouxe-me sensações passadas e influentes em minha vivência profissional.

“Meu primeiro trabalho no Serviço Público, por ter sido na Diretoria de Rotas Aéreas, deu um sentido às tarefas, por mais simples que fossem, das quais era incumbida, porque estavam vinculadas ao Serviço de Proteção ao Vôo, proteção de vidas humanas. E o trabalho passou a ser o grande referencial de minha vida, já nascia a paixão pela Aeronáutica.

“Vossa Excelência já deve ter percebido que o significado do livro “O Controle do Espaço Aéreo - Principais Atividades”, que são, hoje, fruto da moderna tecnologia, mas, em 1961, eram originalmente desempenhadas pelas Rotas Aéreas.

“Vossa Excelência foi extremamente bondoso em suas palavras (que na hora não consegui ler, por falta dos óculos), porque especialíssimas são de fato as pessoas capazes de captar a profundi-dade do sentimento de alguém desconhecido.

“O meu avião me informa as horas do meu dia, que confiro com muita satisfação e ternura, e ainda curiosa, para vê-lo em plano de vôo.

“Mais um segredo, sofro de reflexos condicionados, assim, na mesma noite, o riso se mistu-rava à lágrima, à alegria, à saudade – tudo em conseqüência dos sentimentos provocados pela felicidade de ser festejada por aqueles que amam a FAB e, como eu, gostam de compartilhar esse amor. Também fiquei aérea, homenagem inconsciente aos aviadores.

“Grata, sou-lhe grata. Muito grata. Vossa Excelência é responsável por todo um caminho revivido da época de Rotas Aéreas, origem do quanto passou a ser significativo o exercício pro-fissional e a importância na minha trajetória afetiva.

“Abraça-o, com carinho, respeito e gratidão.

“Nancy Mesquita”

Em uma cerimônia realizada na sala do Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), no dia 1º de novembro, foi prestada uma homenagem à Dra Nancy Mesquita, Assessora Jurídica do Comando-Geral de Pessoal (COMGEP).

Dra Nancy entrou para o Ministério da Aeronáutica em 1961 e, há 28 anos, presta serviços ao COMGEP.

Iniciou seu trabalho na Diretoria de Rotas Aéreas e, como apaixonada por seu trabalho na Aeronáutica, decla-rou: “a proteção ao vôo é a proteção à vida humana. Esta compreensão deu sentido à minha vida”.

Após sua aposentadoria como Advogada da União, Dra Nancy prosseguiu seu trabalho no COMGEP, desde 1990, com a incumbência de responder juridicamente pela orga-nização. Dentre suas atividades está o exame das questões de pessoal militar no que diz respeito a dúvidas ou reque-rimentos relativos ao âmbito legal.

Dra Nancy cursou a Escola Superior de Guerra (ESG) e, durante as viagens que fez, distribuía bombons aos cole-gas, que, carinhosamente, a apelidaram de “Aeromoça do 14 Bis”.

“Eu amo a FAB. Voar é uma coisa muito bonita. Se fosse homem, seria aviador militar. Eles hipotecam a vida deles para defender o País”, disse emocionada.

Durante a cerimônia, Dra Nancy recebeu um relógio e o livro “ O Controle do Espaço Aéreo - Principais Ati-vidades”.

Em resposta à carinhosa homenagem, Dra Nancy en-viou ao Diretor-Geral a seguinte carta:

DTCEATM-RJ comemora 7 anosNo dia 1º de setembro de 2005, foi comemorado o

7º aniversário do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo e Telemática do Rio de Janeiro (DTCEATM-RJ), ocorrido no dia 10 de agosto de 2005.

A solenidade foi presidida pelo Cel Av Hélio Severi-no da Silva Filho, Adjunto à Chefia do Subdepartamen-to de Administração do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

Nesta cerimônia, participaram as seguintes auto-ridades: Cel Eng Anselmo Duarte Ferreira, Chefe da Divisão de Telecomunicações (D-TEL) do Subdeparta-mento de Logística do DECEA; Ten Cel Av Almir Co-elho Santos Filho, Chefe Interino do Serviço Regional de Proteção Vôo do Rio de Janeiro (SRPV-RJ); e Cap Eng Alexandre Henrique Nogueira, Comandante do DTCEATM-RJ.

O cerimonial foi iniciado com as homenagens ao

Cel Eng Duarte, na condição de 1º Comandante do DTCEATM-RJ e ao Cap R1 Ney Nogueira Lourenço, pelos excelentes serviços prestados ao Comando da Ae-ronáutica durante os seus 35 anos, dos quais, os últimos quatro vivenciados no DTCEATM-RJ.

Na seqüência, foram agraciados com o diploma de destaque operacional o SO BCO Edmilson José Pinto Peixoto e com o diploma de destaque técnico o 2S BET Claudio de Sousa Botelho. Por último, foi entregue o prêmio Praça-Padrão ao Cabo BCO Antônio Pedro Arruda de Pádua.

Na ocasião, o Cel Eng Duarte fez uma síntese da trajetória do DTCEATM-RJ, desde o momento da sua criação até os dias atuais. Na continuidade, o Cap Eng Nogueira destacou, no seu discurso, a importância do homem no exercício anonimato da atividade de manu-tenção.

Por fim, o Ten Cel Almir Santos encerrou a sole-nidade com um pronunciamento elogioso ao Desta-camento, ressaltando a importância desta Organiza-ção na prestação de Serviços de Telecomunicações ao Comando da Aeronáutica.

Diretor-Geral do DECEAhomenageia

Drª Nancy Mesquita

A homenagem aos militares valorizou oefetivo do DTCEATM-RJ

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Um CINDACTA (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), órgão de ponta na área do controle do espaço aéreo, para funcionar como tal, deve prestar, de maneira integrada, os serviços de controle de tráfego aéreo e a defesa aérea na área sob sua jurisdição. Para a primeira tarefa, vale-se de todo o aparato de atividades afins tais como: telecomunicações, cartografia, meteorolo-gia, informações aeronáuticas, busca e salvamento, entre outras. Porém, para realizar a defesa aérea, necessita ter ati-vado o seu Centro de Operações Aéreas Militares (COpM), estrutura de aplicação militar que monitora a vigilância do espaço aéreo, identificação de aeronaves e a condução da defesa aérea, fazendo uso de pessoal militar treinado e qua-lificado, assim como de meios específicos, principalmente de telecomunicações.

O Serviço Regional de Proteção ao Vôo de Manaus (SRPV-MN), ao receber os radares e demais ativos de vi-gilância, implantados pelo projeto Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM) na Amazônia ficou em condições de atuar como CINDACTA IV, dependendo, apenas, da entrada em operação do seu COpM4.

Muita gente questiona o porquê do Projeto SIVAM não consignar, no seu escopo, os meios necessários ao COpM. Ha-via, à época, um contencioso e que dizia respeito a uma cláusula do contrato de financiamento onde o Congresso Americano era impedido de aprovar financiamento oficial pelo EXIMBANK Americano, de nenhum produto ou serviço que pudesse ou viesse a ter aplicação militar. Foi por este motivo que os meios necessários ao COpM ficaram de fora do financiamento do Projeto Sivam. Em sendo assim, o Comando da Aeronáutica

decidiu custear, com meios pró-prios, a implantação do COpM4.

Os trabalhos estão concluídos e, há a destacar, que os técnicos do DECEA, encarregados da tarefa de montar o referido Centro, o entregaram com sete meses de antecedência. Por isso, no período de 28 de novembro a 2 de dezem-bro, foram realizados os testes de aceitação em campo. Já no perío-do de 5 a 9 de dezembro, foram feitos os vôos de homologação, e - a partir daí, iniciada a operação do COpM4.

No COpM4 irão trabalhar mais de 40 militares entre ope-radores, chefes controladores e adjunto de chefe controlador. O número ainda não é o ideal, levando-se em conta uma estima-tiva que aponta para um crescimento gradativo do efetivo nos próximos três anos.

A cerimônia de inauguração Presidida pelo Comandante da Aeronáutica, Ten Brig

Ar Luiz Carlos da Silva Bueno, a cerimônia de ativação do CINDACTA IV, comandado pelo Cel Av Renato Luiz Scariot, contou com a presença de importantes oficiais-ge-nerais da reserva que dedicaram suas carreiras militares na Amazônia e que estavam presenciando a concretização do sonho que um dia tiveram.

Entre eles estavam os ex-ministros da Aeronáutica, Ten Brig Ar Octávio Julio Moreira Lima e Sócrates da Costa Monteiro; os ex-Ministros-Chefes do Estado-Maior das Forças Armadas, Ten Brig Ar Paulo Roberto Camarinha; o ex-Comandante da Aeronáutica, Ten Brig Ar Carlos de Almeida Baptista; Ten Brig Ar Márcio de Ayrosa Moreira; Ten Brig Ar Marcos Antonio de Oliveira; e Ten Brig Ar João Filipe Lacerda Jr.

Presentes, também, os Ministros do Superior Tribunal Militar, Ten Brig Ar Flávio de Oliveira Lencastre e João Fi-lipe Sampaio Lacerda Júnior e Oficiais-Generais membros do Alto-Comando da Aeronáutica, ex-Diretores da DEPV e do DECEA e autoridades locais.

A placa de inauguração do CINDACTA IV foi descer-rada pelos Ten Brig do Ar Sócrates da Costa Monteiro e Marcos Antonio de Oliveira, ladeados pelo Comandante da Aeronáutica.

O Diretor-Geral do DECEA, Ten Brig Ar José Américo, em suas palavras durante a cerimônia de inauguração, va-lorizou a presença dos militares pioneiros na região, quan-do disse: “Somos afortunados por termos tido e seguido o exemplo de uma plêiade de sonhadores, desde o nosso patrono, Marechal do Ar Alberto Santos-Dumont, homens que sempre tiveram os olhos voltados para o futuro, plane-jando o porvir da Aeronáutica brasileira, ao mesmo tempo em que mantinham os pés firmemente plantados no pre-sente, lidando com o cotidiano e suas eventuais vicissitudes,

Ativação do CINDACTA IV e entrada em Operação do COpM4

No dia 23 de novembro, o Serviço Regional de Proteção ao Vôo de Manaus (SRPV-MN) transmudou-se em CINDACTA IV, consolidando um antigo sonho do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), qual seja, ter os 8,5 milhões de km2 de seu território completamente visualizado por radares fixos, transportáveis e aeroembarcados, podendo garantir a segurança, a fluidez e a regularidade do tráfego aéreo civil e militar e prover, ainda, a defesa aérea em qualquer porção do nosso céu soberano.

O Comandante da Aeronáutica, ladeado pelo DGCEA e pelo Comandante do CINDACTA IV

O Comandante sentiu-se privilegiado em participar da inauguração do CINDACTA IV

O descerramento da placa de inauguração

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sem jamais perder de vista o objetivo a alcançar”.Continuando, disse estar testemunhando a concretização

de um sonho perseguido por muitos e por muito tempo. “A completa cobertura nacional pelo sistema DACTA, conce-bido e nascido no seio do antigo Ministério da Aeronáutica, com início formalizado em 11 de maio de 1972, e que está sendo hoje dado como concluído, graças a visão de um ofícial que, sabedor da impossibilidade de o Ministério da Aeronáutica arcar com os custos da implantação dessa infra-estrutura na Amazônia, idealizou um sistema multidis-ciplinar que atendesse também as necessidades de vigilância e monitoração da região, com vistas ao seu desenvolvimento sustentável. Esse homem é o Ten Brig Sócrates da Costa Monteiro, que foi Ministro da Aeronáutica e está presente à esta cerimônia. Ao mencionar o nome do ministro Só-crates, desejamos homenagear também todos aqueles que participaram e contribuíram para a realização deste sonho... Muitos entregaram boa parte suas vidas e carreiras para que chegássemos com sucesso a esse notável dia”, finalizou o Di-retor-Geral do DECEA.

Em seu discurso, o Ten Brig Ar Luiz Carlos Bueno decla-rou que a inauguração do CINDACTA IV vem consolidar o Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM), comple-tando sua capacidade operativa e dotando-o de um contin-gente de pessoal motivado, habilitado e competente.

Finalizando, o Comandante afirmou que “Com esta re-cém-criada organização militar, chega também a necessária complementação da infra-estrutura de proteção ao vôo na região Amazônica, que subsidiará a continuidade de pre-venção e combate a atividades ilegais e irregularidades na área... Sinto-me privilegiado por presidir esta solenidade de ativação do CINDACTA IV e, mais do que isso, por estar à frente da FAB, uma instituição cujo cotidiano tem se tra-duzido pelo ininterrupto e denotado trabalho de honrar o País, preservando suas riquezas, defendendo suas fronteiras e valorizando o seu povo, bem maior que vale a pena investir e lutar!”

A seguir, as autoridades entraram no prédio do CINDACTA IV para testemunhar o descerramento da pla-ca de inauguração do COpM4, pelos Ten Brig do Ar Luiz Carlos da Silva Bueno e José Américo dos Santos.

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Ativação do CINDACTA IV e entrada em Operação do COpM4

SALVAERO-RECIFE participa de busca e resgate de aeronave

No dia 17 de junho de 2005, a equipe do Salvaero-Recife foi acionada para participar da busca da uma aeronave Bonanza, acidentada quando se dirigia para Campina Grande (PB).

No comando da aeronave estava o Comandante Vildemberg, que estimava pousar em Campina Grande às 18h21. Vinte e cinco minutos antes de chegar ao seu destino, o Comandante reportou que o motor havia parado de funcionar, sendo eminente o pouso forçado. Ao receber essas informações, a equipe do SALVAERO-RECIFE acionou de imediato a Segunda Força Aérea (FAE II), porém, devido ao avançar da hora, 18h, as buscas aéreas só poderiam ser realizadas no dia seguinte.

Diante disso, o SALVAERO-RECIFE utilizou todos os meios disponíveis para acionar a Polícia Militar

das cidades vizinhas ao local provável do acidente, pois a ação rápida é fator essencial para salvar vidas humanas.

O acidente com a aeronave Bonanza ocorreu próximo à cidade de Soledade (PB), por volta das 18h. Os dois ocupantes da aeronave foram socorridos e levados ao hospital para avaliação médica pela Polícia Militar do Estado da Paraíba. Mais uma vez, a perseverança, a dedicação e a competência dos militares do Salvaero-Recife contribuíram, de forma rápida e eficaz, ajudando a encontrar a aeronave acidentada em tempo mínimo e sem a utilização da busca aérea.

Parabéns a todos que fazem o SALVAERO-RECIFE, pela dedicação e pelo comprometimento com o desempenho de sua missão.

Comitiva russa visita o APP-SPO Controle de Aproximação de São Paulo (APP-SP),

responsável pela Área Terminal de maior movimento do Brasil, recebeu - no dia 18 de agosto - o Prefeito da região sudoeste de Moscou, Valery Vinogradov, o Cônsul-Geral e o Vice-Cônsul da Rússia em São Paulo, respectivamente, Igor Morozovdo e Dmitry Potapov, acompanhados de uma comitiva.

O objetivo foi conhecer como é feito o controle do espaço aéreo em São Paulo, em particular a posição operacional do controle de helicópteros, que fiscaliza, em média, 200 helicópteros/dia em um quadrilátero de, aproximadamente, 100Km², que abrange o coração empresarial da cidade de São Paulo.

Foram apresentadas as instalações do APP-SP e os projetos, em andamento, de modernização e de aumento da eficiência operacional do Órgão. A

comitiva demonstrou interesse em buscar soluções para os problemas da capital russa, muito semelhantes aos da capital paulista.

Oficiais-alunos do CCEM visitam o SRPV-MNO Serviço Regional de

Proteção ao Vôo de Manaus (SRPV-MN) recebeu, nos dias 06 e 07 de outubro, vi-sita da comitiva do Curso de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (CCEM), com-posta por 148 oficiais-alunos, dentre os quais sete oficiais das Nações Amigas do Peru, África do Sul, Panamá, Venezuela, Guatemala e Ar-gentina. A visita faz parte da instrução do CCEM e propicia aos alunos um melhor conhecimento das atividades da Aeronáutica na região Norte do País.

Os visitantes assistiram às palestras proferidas pelo Brig Ar Álvaro Luiz Pinheiro da Costa, Presidente da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do

Espaço Aéreo (CISCEA), pelo Cel Av Renato Luiz Scariot, Chefe do SRPV-MN, e pelo Ten Cel Av Le-ônidas Medeiros de Araújo Junior, Chefe da Divisão Operacional do SRPV-MN, sobre o SIVAM, as atividades exercidas pelo SRPV-MN, a sua integração com os Sis-temas de Proteção e Vigilância da

Amazônia (SIPAM/SIVAM) e as perspectivas dentro do contexto do controle do espaço aéreo na região. Além disso, tiveram a oportunidade de conhecer o Centro de Controle de Área Amazônico (ACC-AZ), o Centro Meteorológico de Vigilância Amazônico (CMV-AZ), entre outros órgãos operacionais.Enfim, a inauguração do COpM4

O Chefe do SRPV-SP apresenta as instalações do APP aos visitantes

Os alunos assistiram a palestra sobre o Sivam

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No início da década de 50, nos Estados Unidos, ocorreu um aumento significativo do tráfego aéreo, o que resultou no crescimento alarmante do número de colisões em vôo naquele país. Esse cenário contribuiu para iniciar os estudos de desenvolvimento de um sistema independente de anti-colisão de bordo, que complementasse os sistemas de gerenciamento de tráfego aéreo, como último recurso, para se evitar uma colisão em vôo.

Seção:

Tema:Eu não sabia!

ACAS II

Colaboração: CLÁUDIO Fidalgo - 1º Ten QOE CTAAssessor da Seção de Normas da Divisão de Gerenciamento de Tráfego Aéreo (D-ATM) e representante brasileiro no Painel dos Sistemas de Vigilância e Resolução de Conflitos da OACI

Com o passar dos anos, a indústria e os centros de pesquisa norte-americanos desenvolveram os equipamentos TCAS I e TCAS II (Traffic Alert and Collision Avoidance System), com as seguintes funcionalidades:

TCAS I – emite alertas sobre o tráfego vizinho, a fim de ajudar o piloto na aquisição visual do mesmo.

TCAS II – emite, além dos alertas previstos para o TCAS I, alertas de resolução de conflitos, recomendando ao piloto ações imediatas para evitar uma colisão potencial. A partir de 1981, a Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) estabeleceu um Grupo de Especialistas de vários países (Painel), a fim de desenvolver estudos para a melhorias dos radares secundários e o estabelecimento dos padrões internacionais relativos a um sistema anticolisão de bordo, sendo esse sistema denominado, posteriormente, como ACAS (Airborne Collision Avoidance System). Veja Figura 1.

Em 1986, uma colisão entre um DC-9 e uma aeronave privada fez com que, três anos depois, o Congresso norte-americano regulamentasse o uso do TCAS I e do TCAS II para as aeronaves americanas e estrangeiras que operassem no espaço aéreo dos Estados Unidos.

No decorrer dos anos, o desenvolvimento do conceito ACAS agregou muitas melhorias operacionais nos equipamentos TCAS, pois foram consideradas as diversas experiências e conclusões de vários países com respeito à análise de incidentes ACAS ocorridos em diferentes cenários de vôo.

O ACAS foi reconhecido oficialmente pela OACI em 1993, por meio da inclusão do correspondente conceito em sua legislação (Anexo 2 à Convenção de Aviação Civil Internacional), entretanto, apenas em 1995, os critérios técnicos de funcionamento referentes a esse sistema foram aprovados e incorporados a outro documento da OACI (Anexo 10 à Convenção de Aviação Civil Internacional).

De forma similar ao TCAS I e II, respectivamente, o ACAS I fornece apenas informações de auxílio às manobras de “ver e evitar”, gerando alertas de tráfego (TA), porém não inclui a capacidade de gerar alertas de resolução (RA) e, também, não é previsto para implementação internacional, enquanto o ACAS II fornece os alertas de resolução (RA) verticais, além dos alertas de tráfego (TA), em relação às ameaças detectadas.

Na Figura 2, observe o Funcionamento do ACAS II.

Constatados os benefícios à segurança de vôo e tendo ocorrido, em 1996, uma nova colisão, envolvendo vôo de aeronave civil comercial, a OACI decidiu estabelecer um mandato internacional de equipagem do ACAS II nas aeronaves civis, realizando transporte aéreo comercial, de acordo com as seguintes datas:

• com mais de 30 passageiros ou acima de 15000 Kg de peso máximo de decolagem, a partir de 1º de janeiro de 2003; e

• com mais de 19 passageiros ou acima de 5700 Kg de peso máximo de decolagem, a partir de 1º de janeiro de 2005.

Acompanhando o desenvolvimento e a correspondente regulamentação internacional desse sistema, em 1996, o DECEA editou a primeira regulamentação nacional sobre esse assunto (AIC N 07/96), com intuito de apresentar para os usuários do SISCEAB as informações sobre o funcionamento e os procedimentos relacionados ao ACAS II. Tal documento utilizava as características de operação do TCAS II, versão 6.04a que, à época, atendia aos requisitos internacionais previstos para o ACAS II.

Posteriormente, aproveitando também a participação de representantes do DECEA no Painel dos Sistemas de Vigilância e Resolução de Conflitos – SCRSP, instituído pela OACI, foi expedida, em 2002, outra regulamentação (AIC 02/02) para divulgar os procedimentos operacionais e as diretrizes de treinamento de pilotos e controladores de tráfego aéreo sobre o ACAS II. Essa segunda publicação contém todos os procedimentos dos pilotos e controladores de tráfego aéreo relativos ao ACAS II, dispostos nas diversas legislações da OACI, bem como ressalta a importância de se prover instrução adequada para pilotos e controladores de tráfego aéreo sobre o funcionamento, as capacidades e as limitações desse sistema. Por fim, tal publicação esclarece que, devido à implementação de algumas melhorias na performance de operação do ACAS II e a adequação de tal sistema ao vôo em espaços aéreos onde são aplicados os mínimos reduzidos de separação vertical (Reduced Vertical Separation Minimum-RVSM), o TCAS II, versão 7.0, passou a

(Airborne Collision Avoidance System)

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ser, então, o equipamento disponível no mercado, capaz de cumprir com os novos requisitos internacionais, especificados nos documentos da OACI.

Com o conseqüente aumento mundial do número de aeronaves equipadas com o sistema anticolisão de bordo, durante a 11ª Conferência de Navegação Aérea, em 2003, os países participantes concordaram em recomendar o estabelecimento de instrução e treinamento para pilotos e controladores de tráfego aéreo sobre o funcionamento do ACAS II, a fim de não serem realizadas ações inadequadas que venham a inibir o funcionamento desse sistema anticolisão, como ocorrido em um incidente grave no Japão, em 2001, e em um acidente fatal na Alemanha em 2003.

Para fazer frente a esse novo desafio, em 2004, o DECEA enviou dois especialistas em controle de tráfego aéreo ao EUROCONTROL, a fim de participarem de um curso regular, destinado a formar instrutores ACAS.

Após essa capacitação inicial, o DECEA elaborou um Programa de Instrução ACAS, com duas fases distintas: a primeira para formar um grupo de instrutores ACAS dos Órgãos Regionais; a segunda para capacitar os controladores de tráfego aéreo do SISCEAB a desempenharem, adequadamente, suas funções frente a situações de conflito envolvendo o ACAS II.

Conforme previsto, a primeira fase do mencionado Programa de Instrução foi concluída com êxito, por meio da primeira turma de instrutores ACAS formada no ICEA, no início de abril de 2005 (curso denominado ATM-20). Nesse curso, os alunos se familiarizaram, profundamente, com a regulamentação nacional e internacional, a lógica de funcionamento, as implicações operacionais conhecidas, as capacidades e as limitações do ACAS II. Além desse conhecimento acadêmico, os alunos tiveram práticas de treinamento ACAS, utilizando um software, o qual simula a apresentação do radar e do display de bordo do ACAS, simultaneamente, durante ocorrências reais de incidentes envolvendo o ACAS II.

A segunda fase está em andamento e prevê que, como índice ótimo de capacitação

ACAS, pelo menos, 90 por cento de nossos controladores recebam instrução e treinamento, conforme o conteúdo previsto para o curso ACAS, denominado ATM-21, até o final de dezembro de 2005.

Tais cursos são pioneiros na América Latina e, certamente, são essenciais para gerarem as condições necessárias ao êxito da interação do ATC com o ACAS.

Finalmente, os gerentes do SISCEAB têm

plena consciência de que nem o controlador nem o piloto nem qualquer sistema automatizado, por mais moderno que seja, é infalível. Assim, o desafio de capacitar nossos profissionais a utilizarem, de forma adequada, as diversas tecnologias existentes é enfrentado, cotidianamente, com empenho e êxito, resultando nos elevados índices da segurança de vôo nos céus brasileiros.

15AEROESPAÇO

TCAS II - Área de emissão de alerta do tráfego vizinho

TCAS II - Área de emissão de alertas de resolução de conflitos

Figura 1

Figura 2

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16 AEROESPAÇO

SIVAM/SIPAMUm relato de quem sonhou e viu

um projeto se concretizar

Por Ten Brig Ar SÓCRATES da Costa MonteiroO autor é ex-Ministro da Aeronáutica

“Finalmente voltei a Manaus... Depois de mais de dez anos dis-tante, voltei à capital Manauara, segundo o linguajar nativo local ou Manauense, segundo o Aurélio. Graças à agradável e interessante iniciativa do Comandante da Ae-ronáutica, Ten Brig Ar Luiz Carlos da Silva Bueno, e seus confortado-res convites para atualizar a ‘velha guarda’ no andamento dos pro-gramas em curso na Força Aérea. Desta vez, adido a um grupo de Majores Brigadeiros, da reserva ou reformados, íamos visitar o SIVAM. Finalmente o SIVAM, programa que eu lançara há quinze anos, agora pronto e funcionando. E eu ainda não o conhecia...” - assim começa o relato detalhado de quem, um dia, sonhou em trazer à Região Amazônica um efetivo controle do espaço aé-reo nacional.

Mais adiante, ele descreve mais um momen-to da visitação:

“Chegamos e adentramos a uma das unida-

des do SIVAM, chegando, enfim, ao espetacu-lar prédio do Serviço Regional de Proteção ao Vôo de Manaus (SRPV-MN), hoje CINDACTA IV. E ali, passo a passo, andar por andar, visi-tamos as modernas Salas Técnicas, Adminis-trativas, Centros Operacionais, com os esco-pos dos radares modernos, visualizando toda a região, das antigas áreas dos sargentos, atentos ao movimento aéreo que iluminava as

telas dos diferentes setores.“Fui recolhendo a sensação de

não acreditar que tudo aquilo es-tava pronto, ali mesmo, funcionan-do e dominando o espaço aéreo gigantesco da Região Amazônica, carimbando - com a capacidade da Força Aérea Brasileira - aque-la região antes muito falada, mas mal conhecida, com soberania até contestada e agora respondida e possuída, como mal tinha sido so-nhado há quinze anos...

“Discretamente, afastei-me do grupo e disfarcei junto a uma enor-me janela, os olhos molhados que insistiam em me emocionar”.

De fato há muito o que contar, há muito o que saber e descobrir acerca desta missão desafia-dora e vitoriosa, que enche de orgulho cada um que dela participou de alguma forma.

E é com muita consideração que sugerimos aos nossos leitores a lerem na íntegra o referido artigo que será publicado na próxima edição da Revista Aerovisão.

O término de um mega-empreendimento, implantado pelo Comando da Aeronáutica ao longo de oito anos de trabalhos intensos, mobilizou milhares de profissionais de diversas áreas e tem sensibilizado diversas personagens envolvidas na história de construção do Projeto Sivam – Sistema de Vigilância da Amazônia. Nos dias 03 e 04 de agosto, foi realizado um circuito de visitações aos sítios implementados com os recursos do Projeto SIVAM, no qual estiveram presentes alguns Brigadeiros da reserva. Entre eles, destacou-se a presença do ex-Ministro da Aeronáutica, Ten Brig Ar Sócrates da Costa Monteiro. E foi justamente desta viagem que o Ten Brig Ar Sócrates resolveu registrar, em um texto de sua autoria, o nas-cimento dos Projetos SIVAM/SIPAM (Sistemas de Vigilância e Proteção da Amazônia). Com o título “Desenterrando raízes – a história do SIVAM/SIPAM”, o Brig Sócrates conta, como ele mesmo descreveu, o que sonhou e o que viu.

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17AEROESPAÇO

O 5º/1º GCC realiza treinamento de mobilidade do Sistema Radar MGCA

Com o objetivo de manter o preparo técnico e operacional de seu pessoal na mobilidade de seu Sistema Radar de Controle de Aproximação de Precisão (Sistema Radar MGCA), o 5º/1º GCC – Esquadrão Zagal (Quinto Esquadrão do Primei-ro Grupo de Comunicações e Controle) realizou a Operação Horizonte Alternativo, no período de 06 a 16 de setembro, em Santarém – PA.

Sediado na Base Aérea de Fortaleza, a qual está subordinado administrativamente, o 5º/1º GCC tem por missão operar e manter um sistema de controle de aproximação de precisão transportável, controlar uma terminal aérea, mediante um acor-do operacional, e cumprir missões como Órgão de Controle de Operações Aéreas Militares subordi-nado a um grande centro.

Operacionalmente, o Esquadrão Zagal subor-dina-se ao Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC), sediado no Rio de Janeiro. Faz parte do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), formando uma estrutura de quatro esquadrões de radares transportáveis e de um esquadrão de comunicações, os quais cum-prem as missões determinadas pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

Em seus 19 anos de existência e com vistas ao cumprimento de suas missões, o Esquadrão já re-alizou 14 deslocamentos com seu sistema radar, efetivando, com isso, o necessário treinamento de mobilidade, característica imprescindível aos es-quadrões do 1º GCC, além, e sobretudo, de con-solidar sua razão de ser, que é o apoio a operações aéreas da FAB.

A Horizonte Alternativo contemplou a terminal de Santarém com controle radar, tanto para as ae-ronaves militares envolvidas na missão como para todo o tráfego aéreo que adentrou àquela terminal,

configurando-se uma situação inédita na localida-de, com 672 tráfegos controlados. Com relação a atividade exclusivamente militar, o OCOAM-S (Órgão de Controle de Operações Aéreas Milita-res – Subordinado) alcançou a expressiva marca de treinamento de 320 interceptações, com aplicação de táticas de combate dissimilar com GCI, e for-mação de um piloto em PODA (Piloto Operacio-nal em Defesa Aérea).

Quando do regresso para o pouso, foram apli-cadas técnicas de Medidas de Coordenação e Con-trole do Espaço Aéreo (MCCEA) e realizadas 124 aproximações radar de precisão (PAR), envolvendo

dez diferentes tipos de aeronaves, a saber: A-27, C-95, C-97, C-98, C-99, R-99B, C-115, C-130, AS-50 (UH-50) e HS-800. Nesse treinamento, foi possível a formação de três controladores de PAR, bem como iniciar o curso de um instrutor nessa categoria.

Cinco unidades aéreas participaram da Opera-ção, com um total de 140 horas, cumprindo as seguintes missões:

• 1º/3º GAv de Boa Vista-RR, 2º/3º GAv de Porto Velho-RO e 3º/3º GAv de Campo Grande-MS, equipados com aeronaves A-27 Tucano - in-terceptação e recolhimento de precisão;

• 2º/8º GAv de Recife, equipado com helicóp-teros AS-50 (UH-50) Esquilo - interceptação e recolhimento de precisão; e

• 1º/8º GAv, com helicóptero H-1H - missão de alerta SAR (busca e salvamento).

Com essa manobra, foi possível testar a capa-cidade operacional do Esquadrão Zagal, a adap-tabilidade à região Amazônica, a integração dos controladores com pilotos de caça, pilotos de helicóptero e demais pilotos fora do contexto da manobra, tanto civis como militares, bem como o perfeito entrosamento com todos os segmentos envolvidos na atividade aérea local (INFRAERO, DTCEA-SN, Corpo de Bombeiros, Companhias Aéreas, entre outros).

Esse expressivo desempenho só foi possível graças ao apoio irrestrito e imprescindível do DE-CEA, órgão central de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro, fundamental para que o exercício se tor-nasse realidade e para que fossem alcançados todos os objetivos propostos.

Destarte, ratifica-se o lema do Esquadrão Zagal:“A Certeza do Pouso Seguro no Regresso da

Missão Cumprida”.

Comitiva de Brigadeiros Veteranos visita o SRPV-MNO Serviço Regional de Proteção ao Vôo

de Manaus (SRPV-MN) recebeu, no dia 13 de setembro, visita de uma comitiva de Oficiais Generais da reserva remunerada e reformados (Majores Brigadeiros e Brigadeiros). Durante a visita, o Maj Brig Ar José Eduardo Xavier, Comandante do Sétimo Comando Aéreo Regional (COMAR VII), abriu o ciclo de palestras com o tema “A Atuação da Força Aérea Brasileira na Amazônia Ocidental”.

Foram, ainda, apresentadas palestras sobre o Departamento de Controle do

Espaço Aéreo (DECEA), os Sistemas de Proteção e Vigilância da Amazônia (SIPAM/SIVAM), a cargo do representante da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) e, finalizando, com uma palestra do Chefe do SRPV-MN.

Os visitantes ainda tiveram a oportunidade de conhecer o Centro de Controle de Área e o Centro Meteorológico de Vigilância, além de outros órgãos operacionais.

Ten Cel Xavier e Luis Carlos Barra, Superinten-dente da INFRAERO, visitam a base operacional

Participação dos Helicópteres AS-50 (UH-50) do 2º/8º GAv

A comitiva visita o ACC- Manaus

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18 AEROESPAÇO

Após 28 anos de serviços prestados à Força Aé-rea Brasileira, o SO Flávio Souza , de 47 anos, está passando para a Reserva Remunerada. Nos-so entrevistado é carioca, nascido em 30 de novembro, e tem orgulho de ser o pai da estudan-te de jornalismo de 18 anos, Natalie Aparecida Pereira de Souza.

O Suboficial Flávio entrou para a FAB em 23 de fevereiro de 1978, e é um dos raros profissio-nais que tem plena competência para executar a manutenção dos Sistemas X-4000 no País.

Começou a prestar serviço à FAB no Destaca-mento de Controle do Espaço Aéreo do Galeão (DTCEA-GL), antigo DPV-Galeão, sendo encar-regado de fazer a manutenção dos equipamentos de visualização TXM 2133, TXM 3179, VHF 300, gravador Racal, Gravador Assman, console AMC 901 e console X-4000 e está deixando o serviço ativo, trabalhando no Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), prestando assessoramento e supervisão técnica, via MSN, em manutenção dos Sistemas X-4000 instalados nos Órgãos do SISCEAB. Seu foco na manu-tenção dos Sistema X-4000 – que é um software totalmente desenvolvido no Brasil – começou há muitos anos.

De 1999 a 2001, foi trabalhar na Comissão de Fiscalização e Recebimento de Material do Projeto Sistema de Vigilância da Amazônia, COMFIREM-SIVAM – com protocolo de docu-mentos enviados pela Raytheon e AmazonTech e na recepção de materiais.

Segundo o Cel Eng Anselmo Duarte Ferreira, então chefe da Divisão de Aplicações Operacio-

nais (D-APO) do DECEA e atual Chefe da Divisão de Telecomuni-cações (D-TEL), a apresentação das consoles X-4000 ao SO Flávio se deu desta forma: “falei para ele que as consoles eram como uma TV e que a fonte de alimentação não podia ser diferente das que ele estava acostumado a consertar e disse também que tinha certeza de que ele poderia recuperá-las e que logo ele seria um expert em console X-4000”.

O Suboficial Flávio, de pronto, aceitou o desafio. Foi até ao supri-mento do SRPV-RJ, onde havia algumas consoles em pane, após

examiná-las retornou à sala do Cel Duarte e dis-se: “Deixa comigo, Coronel, vai ser fácil’.

Pouco tempo depois quase todas as consoles estavam recuperadas e o sistema como um todo saiu do estado crítico em que se encontrava com relação à inoperância das consoles X-4000, tudo isto graças ao trabalho do Suboficial Flávio.

Um outro episódio revela um pouco da sua im-portante atuação no Sistema X-4000:

O Cel Duarte, visitando o Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I – Brasília) no início deste ano, verificou que tinham alguns equipamentos de hardware do X-4000 em pane e fez um desafio ao Suboficial Flávio: teria que tirar as panes da-queles equipamentos.

Flávio aceitou o desafio e disse que iria verificar a pane. No CINDACTA I conseguiu identificar os componentes em panes. No entanto, o pes-soal da manutenção de lá já havia encontrado os componentes críticos, mas seria necessário trocar outros componentes ao redor destes.

Pesquisando na Internet, descobriu que pode-ria ser usado um componente equivalente, bem mais barato e com as mesmas características do original que encontramos aqui no Brasil. Trocou o tal componente e os que ficavam ao seu redor e tudo funcionou sem problemas.

Voltando da missão, no avião, encontrou o Maj Brig Ar Luiz Paulo Moraes da Silveira, Vice-Di-retor Executivo e de Planejamento do DECEA. Depois de contar a história, o brigadeiro Silvei-ra pediu que Flávio fizesse um relatório para ser encaminhado ao Brig Eng Rogério Ribeiro Ma-

chado, Chefe do Subdepartamento de Logística. Como resultado, em março de 2005, começou a ser montado, no Instituto de Controle do Espa-ço Aéreo (ICEA), em São José dos Campos-SP, o curso APO-011 - Manutenção de equipamentos do Sistema X-4000 pelo SO Flávio, três gradua-dos do Parque de Material de Eletrônica da Ae-ronáutica (PAME), um do Grupo de Comunica-ções e Controle (GCC) e um do Serviço Regional de Proteção ao Vôo de Manaus (SRPV-MN). Em abril deste ano, o curso foi iniciado com sete alu-nos, tendo Flávio co coordenador e, ainda, como monitor da matéria de hardware do X-4000.

Depois da realização do curso no ICEA, Flá-vio prosseguiu passando informações para outros militares via internet, sempre que acontece uma pane diferente. Estes profissionais estão plena-mente capacitados para executar o serviço pres-tado por ele.

Viajar e conhecer novos lugares é uma das coi-sas que ele gosta de fazer. E por conta dos serviços de manutenção do Sistema X-4000, ele pôde ir a diversos cantos do País.

Nas horas vagas Flávio gosta de jogar bola e andar de bicicleta. Ele ainda tem muitos planos para depois da aposentadoria, mas seu desejo é continuar atuando no Sistema. “Aqui encontrei muitos amigos com os quais gostaria de continuar a trabalhar”.

O Ten Cel Av Carlos Alberto Cirilo Ramos Jr., que atualmente se encontra no escritório da Delegação Brasileira na Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), em Montreal, Cana-dá, conta que seu primeiro contato com Flávio foi na Oficina Regional Especializada (ORE) do SRPV-RJ, há dez anos. O setor era responsável pela manutenção de todo o equipamento de in-formática da extinta Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo (DEPV) e do SRPV-RJ, o que totalizava mais de 400 computadores além de um sem numero de impressoras.

“Como mais antigo de uns três técnicos, o Flá-vio me apresentou, com clareza e sinceridade, ca-racterísticas pessoais muito marcantes. Estávamos passando por uma situação difícil, sem recursos e formação técnica necessários para atender às necessidades da época. Fizemos um planejamento audacioso e, através de muito esforço e lideran-ça do Flávio, conseguimos reverter a situação e chegamos a ter equipamentos de back-up, só para que, durante as manutenções preventivas, o usuá-

Quem é?Suboficial

Flávio

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rio não ficasse sem equipamentos” - declara o Ten Cel Cirilo.

Durante este período, em todos os cursos em que participou, o Flávio sempre foi o primeiro colocado, recebendo elogios até de firmas especia-lizadas que queriam contratá-lo.

“A despeito da amizade que nutro pelo Flavi-nho, quando alguém me pede uma definição para ele costumo dizer que Flávio é uma pessoa do tipo fire and forget, ou seja, não precisa de muita explicação, basta apresentar o problema que, de uma maneira ou outra, ele vai resolver” - finaliza Cirilo.

Durante a entrevista, Flávio fez questão de elo-giar o Maj Av Walcyr Josué de Carvalho, da Di-visão de Sistemas de Informação do Controle do Espaço Aéreo (D-SIC) do DECEA. “Ele é muito competente e sabe lidar com seus subordinados e chefes; pois consegue ser um excelente profissio-nal sem deixar de ser humano, no trato com as pessoas a sua volta”.

Devolvendo o elogio, Maj Walcyr diz que o SO Flávio é um militar completo, um excelente técnico, um exemplar militar e, acima de tudo, um grande amigo.

Ao longo dos anos, o SO Flávio conquistou a fama de ser o técnico que resolve qualquer proble-ma relacionado com sua área de atuação. Como técnico destacou-se pela sua capacidade de ade-quação a novas tecnologias, fruto de sua dedica-ção e criatividade.

Nos diversos cursos de atualização técnica que freqüentou obteve resultados muito bons, tendo sido primeiro colocado por 21 vezes. Tem sido uma referência por recuperar os monitores que compõem os Sistemas de Tratamento e Visuali-zação de Dados X-4000. Para tentar manter tal capacidade no SISCEAB, o mesmo participou ativamente da organização e execução de um cur-so de manutenção dos citados equipamentos.

“Como militar, o Suboficial Flávio é muito leal e disciplinado. Todas as tarefas que lhe são atri-buídas são bem cumpridas, o que se traduz em tranqüilidade para aquele que o chefia. Como amigo está sempre de bom humor e pronto a aju-dar, contagiando a todos. Por tudo isto, agradeço a Deus a rara oportunidade de ter chefiado tão valoroso militar e rogo que ele obtenha sucesso na próxima jornada!”, finaliza o Maj Walcyr.

19AEROESPAÇO

“Considerado um técnico queresolve qualquer problemarelacionado com sua área deatuação, a manutenção dosSistemas X-4000, o SO Fláviodestacou-se pela sua capacidade de adequaçãoa novas tecnologias”

XXII Congresso Brasileiro de Cartografia

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) marcou sua presença no XXII Congresso Brasileiro de Cartografia realizado no período de 26 a 30 de setembro, em Macaé - RJ.

O Congresso, que acontece a cada dois anos, é promovido pela Sociedade Brasileira de Cartografia e já tem um público cativo de profissionais da área de Cartografia e estudantes universitários.

A participação do DECEA teve como principais objetivos divulgar a importância e o valor dos produtos de imagem oferecidos pelas aeronaves R-99B aos seus potenciais consumidores e a contribuição do Departamento e suas organizações para a cartografia

aeronáutica e o desenvolvimento da cartografia nacional.

Coordenada pelo Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA), a delegação da Aeronáutica

reuniu representantes da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), do Parque de Material de Eletrônica (PAME), do Grupo Especial de Inspeção em Vôo (GEIV) e da Divisão de Busca e Salvamento (D-SAR) do Subdepartamento de Operações (SDOP) do DECEA.

Durante o evento, o DECEA exibiu equipamentos, cartas de navegação, publicações aeronáuticas, pôsteres e outros materiais no Salão Exposicarta, bem como trabalhos sobre cartografia e aeronaves de sensoriamento remoto do Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM).

DECEA marca sua presença divulgando a importância de seus produtos gerados pelas imagens das aeronaves R-99B

DTCEA – Santiago recebe diploma da 1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada

O Destacamento de Controle do Espaço Aé-reo de Santiago (DTCEA-STI) foi agraciado no dia 25 de agosto de 2005 (Dia do Soldado) com o diploma “Mérito da 1ª Brigada de Cava-laria Mecanizada (C Mec) – Brigada José Luiz Menna Barreto” – prêmio entregue a todos que, de alguma forma, prestam serviços relevantes às organizações militares que compõem aquela Bri-gada. O DTCEA-STI foi representado pelo seu

Comandante, o 2° Ten QOE Com André Sil-verio, que recebeu o diploma das mãos do Gen Bda João Ricardo Maciel Monteiro Evangelho, Comandante da 1ª Brigada C Mec.

Após quase vinte anos de existência, é a primei-ra vez que o Destacamento de Santiago recebe este prêmio, marcando - de forma inquestionável - a integração existente entre as Forças Armadas no Sul do Brasil.

O Ten Brig Ar José Américo discursou sobre a contribuição do DECEA para a Cartografia Aeronáutica

O evento reuniu profissionais da área de Cartografia

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Apresentamos a caminhada do Oficial Especialista ao longo de sua existência, desde antes da criação do Ministério da Aeronáutica, em

1941, hoje Comando da Aeronáutica

História do

Ten Cel Esp COM José Francisco de CAMPOS Filho

Este artigo objetiva apresentar, sucintamente, a história dos Quadros de Oficiais dos mais antigos existentes no Comando da Aeronáutica (COMAER). Trata-se dos Quadros de Oficiais Especialistas em Aviões, Comunicações, Armamento, Fotografia, Meteorologia, Tráfego Aéreo, e Suprimento Técnico. Nas linhas que se seguem, o leitor poderá visualizar a trajetória percorrida por estes profissionais desde que foram criados, a fim de atender as necessidades técnicas e operacionais, atribuídas ao COMAER.

A história destes profissionais começa no ano de 1933, ainda na Escola de Aviação Militar, criada no legendário Campo dos Afonsos, na cidade do Rio de Janeiro, através do Decreto 22.591, de 29 de março de 1933, com a ativação do Curso de Oficiais Mecânicos. Com a criação do Ministério da Aeronáutica em 20 de janeiro de 1941, a Escola de Aviação Militar passou a chamar-se “Escola de Aeronáutica” e o “Curso de Oficiais Mecânicos” passou a denominar-se “Curso de Oficiais Mecânicos de Avião”. Até meados do ano de 1942, 20 Oficiais Mecânicos de Avião haviam sido formados. Neste mesmo ano, através da Portaria Ministerial nº 28, de 26 de março de 1942, estabeleceu-se que, além do Curso de formação de Oficiais Mecânicos de Avião, criar-se-iam os Cursos de Oficiais Mecânicos nas Especialidades de Rádio e de Armamento.

A Escola de Especialistas de Aeronáutica, funcionando, àquela época, nas instalações localizadas na Ilha do Governador, na cidade do Rio de Janeiro, destinava-se à formação de graduados especialistas. No entanto, no ano de 1943, através da Portaria nº 18 de 10 de fevereiro, estabeleceu-se que o Curso de Oficiais Mecânicos passaria a funcionar naquele estabelecimento de ensino, formando Oficiais nas especialidades já citadas mais a de Fotografia. Assim, a Escola de Especialistas da Aeronáutica, a partir do ano de 1943, passou a formar os Oficiais Mecânicos nas especialidades de Aviões, Armamento, Rádio e Fotografia, tendo estes cursos funcionado naquela Escola até o ano de 1949, formando até esta data 110 Oficiais Mecânicos, sendo 64 na especialidade de Aviões, 12 de Armamento, 23 de Rádio e 11 de Fotografia.

O Decreto nº 27.663, de 20 de dezembro de 1949, transferiu o Curso de Oficiais Mecânicos para o Destacamento de Base Aérea de Bacacheri, na cidade de Curitiba. Logo em seguida, no dia 31 de agosto de 1950, foi promulgada a Lei nº 1185, extinguindo o Quadro de Oficiais Mecânicos e o respectivo curso, criando-se,

nesta mesma Lei, os Quadros de Oficiais Especialistas e o Curso de Oficiais Especialistas em Armamento, Aviões, Comunicações, Controle de Tráfego Aéreo, Fotografia e Meteorologia.

No dia 15 de junho de 1953, foi criada a Escola de Oficiais Especialistas e de Infantaria de Guarda (EOEG), que - a partir de 1971, passou a denominar-se EOEIG, lembrando, neste ponto, que aquela Escola formava também os Oficiais de Infantaria de Guarda. No ano de 1958 e 1961 foram acrescentados, respectivamente, os cursos de Administração e Suprimento Técnico, os quais funcionaram até o ano de 1977, quando foram declarados em extinção, através do Decreto nº 79361 de 09 de março de 1977.

A partir do ano de 1980, a EOEIG passou a chamar-se Escola de Oficiais Especialistas da Aeronáutica (EOEAR), funcionando até o ano de 1982, quando foi colocada na condição de extinção, tendo sido desativada pela Portaria Ministerial nº 349/GM3, do dia 28 de março de 1983. A última turma de Oficiais Especialistas, formada pela EOEAR, deu-se no ano de 1982, tendo - em toda sua existência, formado cerca de 2000 Oficiais nas diversas especialidades.

De 1982 até o ano de 1992, os Oficiais Especialistas remanescentes daquela Escola foram, gradativamente, passando para a reserva remunerada, culminando, naquele ano de 1992, na existência de poucos Oficiais ocupando os postos de Capitão, Major e Tenente Coronel, não existindo mais Oficiais nos postos de 1º e 2º Tenentes. Ainda no ano de 1991, concomitantemente à necessidade de realizar uma reestruturação dos Quadros do Corpo de Oficiais da Ativa da Aeronáutica, através do Decreto nº 58, de 13 de março de 1991, foram reativados os Quadros de Oficiais Especialistas em Armamento, Aviões, Comunicações, Controle de Tráfego Aéreo, Fotografia e permanecendo em extinção o Quadro de Meteorologia e Suprimento Técnico, reativados respectivamente nos anos de 1994 e 1996.

A partir de então, vários Grupos de Trabalho foram ativados, visando produzir um Currículo Mínimo (CM) e um Plano de Unidades Didáticas (PUD), a fim de possibilitar a realização dos cursos para formação daqueles Oficiais Especialistas. Sob a coordenação do Departamento de Ensino da Aeronáutica (DEPENS), em estreita colaboração com os demais Grandes Comandos e após a elaboração de toda a documentação, decidiu-se que a formação seria realizada a partir do segundo

semestre de 1992, no Instituto de Proteção ao Vôo (IPV), hoje denominado Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), localizado na cidade de São José dos Campos, SP, e no Instituto de Logística da Aeronáutica (ILA), em Guarulhos, SP.

Decidiu-se, também, através de emissão de Portarias específicas para cada Quadro, que aquela formação seria realizada pela aplicação de um estágio preparatório para inclusão nos diversos Quadros de Oficiais e que este estágio seria dividido em três módulos com duração média prevista de 25 semanas cada um.

No IPV, inicialmente, começaram os estágios para os Quadros de Controle de Tráfego Aéreo e Comunicações. O Estágio para o Quadro de Meteorologia ainda estava em fase de elaboração. No ILA, começaram os estágios para os Quadros de Armamento, Aviões e Fotografia, sendo que, tanto no IPV como no ILA, só foram realizados os dois primeiros módulos.

O terceiro módulo do primeiro Estágio foi realizado na Escola Preparatória de Cadetes da Aeronáutica (EPCAR). A partir de 1994, ainda na EPCAR, os Estágios Preparatórios (EPREP) passaram a denominar-se Cursos Preparatórios (CPREP), lá permanecendo até o ano de 1996. No ano de 1997, o CPREP passou a denominar-se CFOE (Curso de Formação de Oficiais Especialistas) e foi transferido para as instalações do CIAAR, em Belo Horizonte, MG.

A partir de então, os Cursos de Oficiais Especialistas (CFOE) passaram a ser realizados naquele estabelecimento de ensino, lá permanecendo até os dias atuais.

Com os cursos instalados no CIAAR, o DEPENS não economizou esforços no sentido de melhorar a formação daqueles profissionais, culminando, ao final do ano de 2004 e com auxílio de Grupos de Trabalho (GT), composto de Oficiais Especialistas das diversas especialidades, com a reformulação completa dos Currículos Mínimos de cada curso, abrangendo as áreas administrativa, militar e especializada.

Nesta ocasião, o DEPENS e o Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), incluíram nos currículos de formação dos Oficiais Especialistas em Comunicações, Tráfego Aéreo, Meteorologia, Aviões, Fotografia, Armamento e Suprimento técnico, um curso de pós-graduação na área de capacitação gerencial, o que, certamente, proporcionará uma melhoria considerável na futura atuação deste profissional, nas mais diversas Organizações do COMAER.

20 AEROESPAÇO

OficialEspecialista

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Desde a gênese do SISDACTA, o COpM 1 tem fun-cionado como a escola do Sistema de Controle do Espa-ço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) para a primeira formação de pessoal no controle de operações aéreas militares, in-clusive para o Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA), em cursos que contemplam a instrução teórica e prática, inicialmente simulada e depois real. Há mais de 25 anos, essa formação de recursos hu-manos para os Órgãos de Controle de Operações Aéreas Militares (OCOAM) e para o Centro de Ope-rações de Defesa Aeroespacial (CODA) tem sido complementada sob a responsabilidade dos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTAs) e do Primeiro Grupo de Co-municações e Controle (1º GCC), que convivem com inúmeras dificuldades para manter estrutura e pessoal adequados, e também para conseguir as horas de vôo necessárias para ministrar a instrução e, simul-taneamente, manter a operacionalidade do seu pessoal. As atividades de formação, em paralelo com a ope-ração real, no mesmo ambiente dos OCOAM, e as limitações do sistema de simulação existente, impedem a disseminação de cursos para alunos es-trangeiros e a plena simulação de uma batalha aérea. Diante dessas circunstâncias, em 04 de novembro de 1998, foi aprovada a concepção do operacional do CFOpM (Centro de Formação para Operações Milita-res), primeiro nome dado à futura escola, que foi encami-nhada à Comissão de Implantação do Sistema de Con-trole do Espaço Aéreo (CISCEA) para implementação. Foi, então, constituído um grupo de trabalho, sob coordenação da CISCEA, com representantes da D-OPM, dos CINDACTAs I, II e III, 1º GCC e, o então, IPV, para a definição de requisitos e ela-boração da concepção do empreendimento, que foi finalmente aprovada em 24 de agosto de 2000. O contrato para a implantação do sistema, fir-mados com a Fundação Atech, foi finalmente as-sinado em 2002, propiciando, assim, o início das atividades de desenvolvimento do projeto.

Foi desenvolvido um Simulador de Operações Aéreas Militares (SOPM), capaz de gerar cenários de operações aéreas, envolvendo a circulação aérea geral e a circulação operacional militar. Dessa maneira, o SOPM é capaz de prover recursos de treinamento para os controladores de defesa aérea, bem como capacidade de simulação de am-bientes para treinamento e simulação de exercícios táticos. Os principais benefícios gerados pelo SOPM incluem a diversidade de opções na criação de cenários fictícios de operações aéreas, a capacidade de geração de vôos programados, inserção de condições inesperadas nos cenários (pilotagem manual), recursos para gravação e revisualização de exercícios, coleta e registro de dados para avaliação dos alunos e execução paralela de múlti-plos exercícios no mesmo ambiente operacional. Outro recurso é a simulação de exercícios em modo “jogo de guerra”, no qual um mesmo cenário fictício fornece dados simulados para um exercício que envolva dois centros operacionais distintos.

Durante a cerimônia, o Cel Av Marcos Tadeu da Costa Pacheco, Diretor do ICEA, foi categórico quando afirmou que “podemos ver (com o SOPM), que o que foi desenvolvido, planejado e executado vai tirar os encar-gos de manutenção e formação de nossos controladores de operações aéreas militares dos órgãos operacionais. Temos o que há de mais moderno na FAB em software e nossas capacidades são ilimitadas”. Logo após, Cel Pa-checo convidou os presentes a aquilatarem o que foi in-vestido e o quanto isto vai representar para a Força Aérea. O Chefe da Subdivisão de Operações Militares, Maj Av Bulblitz, proporcionou aos visitantes uma simula-ção de conflito entre países fictícios, Azul e Vermelho, para mostrar o objetivo da implantação da Subdivisão. “Estamos começando e, com a realização dos cur-sos já no próximo ano, vamos precisar de pessoal habilitado de outros OCOAM (órgãos de controle) para ministrar teoria (doutrina, táticas, técnicas e normas do sistema), e também a parte prática, ensi-nando aos alunos a operar na console Tem, ainda, a

parte de pilotagem das aeronaves simuladas. Vamos precisar de controladores que façam as vezes de pi-lotos das aeronaves para os companheiros que estão realizando a missão simulada”, revela o Maj Bublitz. Os alunos da EOM farão os cursos de simulador, de controle de tráfego aéreo militar, de operações aéreas militares, de guerra eletrônica e poderão realizar suas manutenções operacionais, capacitando-os a operar ple-namente nos OCOAM de origem.

Ele declarou que está previsto um efetivo de 16 pessoas para trabalhar nas três seções: Cursos (gerencia-mento das disciplinas dos cursos), Guerra Eletrônica (módulo em implementação) e Doutrina e Simulação. O Major afirma, ainda, que serão trazidos os cursos te-óricos de guerra eletrônica, que ainda são ministrados em Barra do Garças (MT), após a implementação do módulo de Guerra Eletrônica, e que a Seção de Doutri-na e Simulação vai gerenciar o banco de dados relativos aos cenários e missões, e processar os dados relativos à avaliação dos alunos.

Para completar seu efetivo, a Subdivisão necessita de oficiais aviadores ou controladores de tráfego aéreo com curso de Chefe Controlador e/ou Guerra Eletrônica e de graduados da especialidade de controlador de tráfego aéreo com curso de Ajudante de Chefe Controlador e da especialidade de Comunicações.

O Diretor-Geral do DECEA, durante o seu discurso, afirmou que todo o trabalho árduo de tantos oficiais graduados, engenheiros, administradores e demais qua-dros do DECEA e da CISCEA, em prol da implantação do Sistema que era inaugurado, será compensado pela qualidade do treinamento que a Subdivisão de Ope-rações Militares do ICEA poderá ministrar aos OCO-AM e ao CODA. “Dou meus parabéns à CISCEA e ao ICEA pela inauguração da EOM, que garantirá a me-lhoria contínua da qualidade e capacidade operacional do nosso pessoal, dentro da política de apoio ao homem do SISCEAB. Agradeço ao meu pessoal pelo empenho e motivação para que eu inaugurasse esse ambiente ainda na minha gestão como Diretor-Geral do DECEA. Sou eternamente grato, meus especiais amigos”.

O Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) iniciou as atividades de formação e treinamento de controladores de operações aéreas militares e de defesa aérea, ativando - na Subdivisão de Operações Militares (EOM) - no dia 22 de novembro, um sistema composto pelo SOPM (Simulador de Operações Militares) e pelo STVD (Sistema de tratamento e visualização de dados).

Novos recursos de treinamento para os controladores de Operações Aéreas Militares

ICEA implanta OperaçõesSubdivisão de Militares

O DGCEA e Diretor do ICEA descerram a placa

Comitiva conhece as instalações da EOM

Maj Av Bublitz, ao centro, é o Chefe da EOM

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A história do DestacamentoFazendo parte de um conjunto com outros Destacamentos coordenados

pelo Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), o Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Canguçu (DTCEA-CGU) cumpre, há vinte anos, sua missão: ser os olhos que garan-tem a segurança do espaço aéreo da região Sul do Brasil.

No dia 23 de maio de 2005, a Unidade completou 20 anos de existência e leais serviços prestados à Força Aérea e ao povo brasileiro. Seus homens são exemplos de profissionalismo e luta, pois cumprem, com determinação, sua tarefa de manter funcionando o DTCEA mais meridional de nosso País.

O DTCEA-CGU fica localizado na cidade de Canguçu, no interior do Rio Grande do Sul, considerado o maior minifúndio da América Latina e dona de uma beleza natural incontestável.

O ComandanteO 1º Ten Esp Com Cláudio José

Maia de Oliveira assumiu, no dia 23 de fevereiro de 2005, o comando do DTCEA-CGU). Natural de Fortaleza-CE, é casado com Rosane Schifelbein de Oliveira e tem duas filhas, Ingrid e Cindy. É Bacharelado em Sistemas de Informações pela UNIFRA (Centro Universitário Franciscano). Ingressou na FAB em julho de 1991, na Escola

de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), onde formou-se na especialidade de Eletrônica. Logo foi designado para o DTCEA de Santa Maria (RS). Em

2002, foi transferido para o Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáu-tica (CIAAR). Após concluir o curso de oficiais especialistas, comandou o DTCEA de São Gabriel da Cachoeira (AM), onde - ao cumprir sua missão de comandante - foi transferido para Canguçu (RS).

A Vila MilitarLocalizada em Canguçu, a 7 Km do Destacamento, a vila tem seis casas de

madeira e dois prédios com seis apartamentos cada um, destinados a sargentos e cabos. A vila é tranqüila e próxima ao centro da cidade. A mesma representa um fator de segurança para seus habitantes e, principalmente, para as crianças. Seus moradores possuem um bom grau de integração, tanto com a cidade (o povo canguçuense é muito cordial e hospitaleiro), quanto com a própria comunidade da vila.

Conhecendo o DTCEA

CANGUÇU - RS

A vila habitacional é bem localizada, próxima ao centro da cidade

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A Unidade não possui hotel de trânsito ou alojamento para visitantes. Porém, a cidade possui três hotéis com preços acessíveis para quem quiser conhecer Canguçu.

O DestacamentoA Unidade é vista com bons olhos pela comunidade local, participa de

vários eventos de cunho social (Campanha do Agasalho, de Vacinação, Se-mana da Pátria e Farroupilha). Possui bom relacionamento com os órgãos institucionais de saúde, segurança e educação municipais, além de um contato para apoio na área odontológica com uma Quartel do Exército na cidade de Pelotas para situações de emergência (9º BIMTZ).

É um relacionamento de cordialidade e respeito mútuo, os militares já estão inseridos socialmente na comunidade e a cidade de Canguçu já considera os militares do DTCEA-CGU e seus dependentes como cidadãos Canguçuen-ses, reflexo do carinho do povo da cidade. Deve-se ter em vista que muitos militares constituíram família nesta cidade.

O DTCEA-CGU tem recebido os oficiais do Hospital de Aeronáutica de Canoas (HACO), nas Missões ACISO, que atendem aos militares e seus de-pendentes no consultório odontológico criado no próprio Destacamento.

Representado pelo seu comandante e efetivo, o DTCEA-CGU tem cum-prido com brilhantismo, desde sua ativação até hoje, sua missão de proteção ao vôo, trabalhando com orgulho para a Força Aérea Brasileira.

A cidade de CanguçuA cidade é tranqüila para se viver e criar filhos, pois o índice de violên-

cia é baixo (comparado com outras de mesmo porte). Possui uma população na maioria de agricultores, com uma densidade rural de aproximadamente 33.742 habitantes em contraposição ao seu equivalente urbano de 17.685 moradores.

A distância de Porto Alegre é de aproximadamente 300Km, levando-se quatro horas de viagem de ônibus.

O custo de vida na região não é muito elevado quando se trata de produtos primários, pois a produção é, em grande parte, da região.

Com uma altitude média de 420m, a localidade possui (como é carac-terístico deste maravilhoso Estado) as estações do ano bem definidas, com invernos frios, outono e primavera que exaltam as belezas naturais da região e verão quente e seco.

Para quem deseja estudar, existe uma extensão da Universidade Católica de Pelotas (UCPEL), com três cursos que variam conforme a demanda. Tendo como vizinha a cidade de Pelotas (cerca de 60 Km de distância), o militar ou seus dependentes podem fazer uso das instituições de ensino daquela lo-calidade: Universidade Federal de Pelotas, Universidade Católica de Pelotas, CEFET-RS, Faculdades Atlântico Sul e SENAC, todos com cursos de ní-vel superior, sendo que as universidades oferecem cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado. Tanto em Canguçu quanto em Pelotas existem boas escolas de ensino fundamental e médio.

Canguçu possui um hospital e um posto de saúde funcionando 24 horas por dia para atender a população, e é referência em saúde na região.

A cidade não oferece muita opção para o lazer, a não ser passeios pelo inte-rior e uma pista de atletismo, pois como o clima é frio, os habitantes preferem ficar em casa ou visitar familiares. Porém, a cidade mais próxima, Pelotas, é conhecida como capital do doce, onde acontece, no mês de junho, a Feira Nacional do Doce, muito visitada. Para quem gosta de praia de água doce, uma ótima opção de lazer é Laranjal, também localizada em Pelotas.

O Destacamento completou 20 anos de existência

Vista panorâmica de Canguçu

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Os atentados ocorridos em 11 de setembro de 2002, nos EUA, impuseram radicais mudanças na metodologia de segurança que visa o controle do acesso de pessoas às aeronaves e áreas restritas dos aeroportos em todo mundo. Entre outras medidas de enfrentamento à relevante questão do terrorismo, a ICAO (Organização Internacional de Aviação Civil) criou o USAP (Universal Security Audit Program), visando conformizar as ações de prevenção dos Estados, aos termos das suas recomendações. No Brasil, o compêndio das orientações de segurança está detalhado no Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil (PNAVSEC).

AIRJ submete-se à auditoria de segurança da aviação civil

O Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (AIRJ) submeteu-se à uma auditoria de segurança de aviação civil (AVSEC) da OACI (Organização de Aviação Civil Internacional), no período de 27 de junho a 05 de julho de 2005, nos termos do Anexo 17 à Convenção de Chicago, visando a verificação da conformidade de aplicação das novas ações preventivas. O principal foco dessa auditoria foi checar os procedimentos de controle de pessoal e de acesso à áreas restritas, não só do AIRJ, mas das empresas que nele atuam e de todas as entidades a ele interligadas, como a Base Aérea do Galeão (BAGL) e o Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Galeão (DTCEA-GL), além da sua assimilação por todos os envolvidos.

A mobilização de preparação para tal evento foi um exercício de integração entre a Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (INFRAERO), as empresas aéreas e prestadoras de serviço, o Departamento de Aviação Civil (DAC), o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA) e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

Na esfera de atuação do DECEA, há uma série de responsabilidades relativas ao enfrentamento de possíveis ações de Apoderamento Ilícito de Aeronaves, decorrentes da sua missão no gerenciamento do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (SISCEAB). Sendo assim, representado pelo Cel Av Souza Marques, Chefe da Assessoria de Segurança do Controle do Espaço Aéreo (ASEGCEA),

o DECEA coordenou as várias ações de preparação para a auditoria. Foram realizadas reuniões no Ministério da Defesa, representado pelo Cel Av Rivera, e no DAC, representado pelo Cel Av Rodrigues Filho, e, também, pelo Ten Cel Eng Benevides, cujo auxílio foi de vital relevância, por ser um auditor AVSEC qualificado pela OACI, além do Maj Av Cristiano.

Houve outros vários encontros de apronto no próprio DECEA, na INFRAERO e no DTCEA-GL, representado pelo seu Comandante, Maj Av Bertolino e pelo Ten CTA Barcellos, chefe da Torre do Galeão. O DTCEA-GL é, na esfera do DECEA, o principal objetivo da auditoria. Essa equipe participou de todas as reuniões e, com o apoio do Maj Av Tuna, Chefe da Divisão de Operações Militares (DOPM) do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), implementou fóruns e reuniões,

visando a preparação do efetivo do DTCEA-GL para a visita dos auditores.

O DTCEA GL, em cujas instalações estão a Torre Galeão e o Controle de Aproximações do Rio de Janeiro, e que faz parte do complexo aeroportuário Tom Jobim, foi auditado no dia 30 de junho de 2005. A equipe auditora ateve-se a três aspectos, consoante Anexo 17 à Convenção de Chicago: entrevistas aos controladores, análise documental e observações.

À essa Força Tarefa, coordenada pelo DECEA, juntou-se no dia da entrevista preliminar dos auditores, ocorrida no DAC, o Ten Cel Av Átila, representante do COMDABRA, considerando que havia questões, relativas à política de Defesa Aérea adotada pelo Estado Brasileiro, a serem respondidas.

Todo o esforço do DECEA, traduzido no incondicional apoio do seu eminente Diretor-Geral, o Ten Brig Ar José Américo dos Santos, foi reconhecido e referendado pelos auditores, pois os mesmos puderam constatar, não só o excelente nível de abrangência da legislação nacional relativa à matéria, como também pela plena assimilação dos procedimentos a ela inerentes, pelos controladores e oficiais entrevistados.

O êxito do COMAER, na auditoria AVSEC, foi coroado com o reconhecimento preliminar dos auditores de que Brasil encontra-se num patamar acima da média mundial, na questão de segurança.

DTCEA-BE comemora seu 27º aniversário e Sala AIS-BE recebe Certificado do Sistema de Gestão da Qualidade ISO 9001:2000

O Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Belém (DTCEA-BE) realizou, no dia 31 de outubro, solenidade militar alusiva ao seu 27º aniversário. O evento contou com a presença do Maj Brig Ar Antonio Hugo Pereira Chaves, Comandante do COMAR I (Primeiro Comando Aéreo Regional), Cel Av Renato Luiz Scariot,

Chefe do Serviço Regional de Proteção ao Vôo de Manaus (SRPV-MN), além de outras autoridades civis e militares.

A solenidade militar foi marcada pela entrega de Diplomas a Servidor Civil e militares do efetivo do DTCEA-BE que se destacaram no exercício de sua profissão, entrega de Medalha Militar a Oficiais e Graduados, encerrando com as palavras do Maj Av Maurício Villela Mendes, Comandante do Destacamento.

No mesmo dia, a Sala de Informações Aeronáuticas do DTCEA-BE, localizada no Aeroporto Internacional Val de Cans, recebeu o Certificado do Sistema de Gestão da Qualidade ISO 9001:2000, com solenidade presidida pelo Chefe do SRPV-MN.

O processo de implementação do Sistema de Gestão da Qualidade da Sala AIS-BE, baseado na norma NBR ISO 9001:2000, iniciou-se em 2004 quando militares do DTCEA-BE participaram de um treinamento de capacitação no SRPV-MN.

Durante o segundo semestre de 2004 foi feita a adequação da documentação da qualidade e o treinamento dos operadores. Em 2005 foi realizada uma auditoria interna por Auditores credenciados da SQ do SRPV-MN, que aprovou o sistema implementado no DTCEA-BE.

Nos dias 17 e 18 de agosto de 2005 a Sala AIS-BE foi submetida a uma Auditoria de Certificação, realizada pelo Centro Tecnológico da Aeronáutica (CTA), que - através do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), órgão subordinado ao CTA e credenciado pelo Instituto Nacional de Metrologia (INMETRO) - aprovou a emissão do certificado ISO 9001:2000, consolidando oficialmente o esforço e a dedicação de todos os envolvidos.

No evento, compareceram, além do Comandante do DTCEA-BE, o Cap Esp CTA Benedito Plautílio de Nazaré, Chefe da Sala AIS-BE, o Ten Esp MET Fábio de Oliveira Mota, Adjunto da Seção da Qualidade e demais militares da Sala AIS-BE.

Sala AIS - BE recebe certificado de qualidade

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Na manhã do dia 17 de outubro, o Serviço Regional de Proteção ao Vôo do Rio de Janeiro (SRPV-RJ) realizou sua última festa de aniversário antes de sua completa desativação.

A cerimônia militar em comemoração do 33º aniversário da organização, presidida pelo Vice-Diretor Executivo e de Planejamento do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Maj Brig Ar Luiz Paulo Moraes da Silveira – que chegou acompanhado do Chefe Interino do SRPV-RJ, Ten Cel Av Almir Coelho Santos Filho – aconteceu no pátio do Grupo Especial de Inspeção em Vôo (GEIV).

Após a execução do Hino Nacional, foram entregues os Prêmios SRPV-RJ Ano 2005, que agracia militares (Suboficiais, Sargentos, Cabos, Soldados e Taifeiros) e civis assemelhados pela dedicação à Unidade e pelo desempenho de maneira exemplar das funções a que foram designados.

Dando seqüência à cerimônia, foram homenageados os seguintes ex-Chefes do SRPV-RJ: Cel Av Newton Florentino Paes de Barros e Meira (1973 a 1975); Ten Brig Ar Sócrates da Costa Monteiro (1975 a 1976); Cel Av Walter Gomes de Amorim (1976 a 1980); Cel Av Ilaé Maia Pfaltzgraff (1980 a 1981) – representado por sua esposa Lucy Esteves Pfaltzgraff; Brig Ar Nilson Leite Lobo (1981 a 1983); Cel Av José Edison da Silva Faria (1983 a 1986); Cel Av Mauro Melloni (1986 a

1988); Maj Brig Ar Luiz Fernando Barbedo (1988 a 1990); Cel Av Tacarijú Thomé de Paula Filho (1990 a 1991); Cel Av Gualter Alcoforado Nogueira (1991 a 1993); Cel Av Elias Miana (1993 a 1994); Cel Av José Maciel Monteiro Chmielewski (1994 a 1996); Brig Ar Wagner Santilli (1996 a 1998); Cel Av Ronald Boabaid Rêgo (1998 a 2000); Cel Av José Roberto Machado e Silva (2000 a 2002); e Ten Cel Av Guilherme Francisco de Freitas Lopes (2002 a 2004).

Foram entregues, ainda, Medalhas Militares de 20 e 10 anos de serviços prestados.

Neste momento da Cerimônia, o Chefe Interino do SRPV-RJ leu a Ordem do Dia. Em seu discurso, ele ressaltou que nesses 33 anos de existência, o SRPV-RJ vem cumprindo bem a missão que lhe foi atribuída e que, da experiência acumulada desde a sua criação, administrações passadas tiraram valiosas lições que serviram para orientar novas técnicas, métodos e processos, elementos fundamentais de doutrina.

“Trinta e três anos de vida. Para os brasileiros, é idade de amadurecer; para nós, é hora de agradecer. Para ti, SRPV-RJ, que já nasceste adulto, são 33 anos de exemplo, de amor e de fé na Força Aérea e no Brasil. Daqueles que te conceberam, herdaste, acima de tudo, a grandeza de um ideal, caráter próprio dos que se sacrificam em prol de um objetivo maior. Dos que em teu seio um dia se abrigaram, tirastes a força e

a energia para dar continuidade a tua nobre missão: a vigilância e o controle do nosso espaço aéreo. De nós, teus filhos de hoje, obténs, ainda, a persistência para não esmorecer ante a hostilidade de um cenário adverso. Que as antenas dos radares que pertenciam a este Serviço Regional continuem girando lenta e silenciosamente, proporcionando vigilância, controle e segurança. Este é o nosso lema!”, concluiu o Ten Cel Almir Santos.

Logo após, o Maj Brig Silveira destacou a importância do trabalho realizado pela Unidade: “O SRPR-RJ cumpriu magnificamente sua missão ao longo de todo este tempo, provendo os serviços essenciais de controle do espaço aéreo e, ademais disto, os meios acessórios à defesa aérea na área sob sua responsabilidade. Ao tempo em que parabenizamos ao do SRPV-RJ por mais um ano de existência, reiteramos nossa convicção no continuado sucesso do SISCEAB, idealizado, construído, mantido e operado por brasileiros, patriotas, profissionais desinteressados, capazes e competentes o que nos faz apostar, com segurança na grandeza do futuro. O SRPV – RJ é um exemplo vivo desta afirmação. Parabéns!”.

A comemoração do último aniversário do SRPV-RJ foi encerrada com o desfile militar ao som do Hino do Aviador, seguida de uma confraternização no hangar do GEIV.

Brasil sedia evento sobre Navegação Aérea no Atlântico SulO Brasil teve a oportunidade de sediar, na cidade

do Rio de Janeiro, no período de cinco a nove de setembro, a 12ª Reunião do Grupo de Trabalho sobre a Melhoria da Navegação Aérea no Atlântico Sul.

À esta reunião, compareceram representantes da África do Sul, Angola, Argentina, Brasil, Cabo Verde, Espanha, Guiana Francesa, Portugal, Senegal, bem como representantes da ASECNA, SITA e OACI, num total de 40 participantes.

A importância dessa reunião pode ser evidenciada

nos assuntos que foram tratados, ressaltando-se entre eles: Avaliação de Segurança RNP e RVSM; Introdução da Área de Rotas Aleatórias do Atlântico Sul (AORRA); Implementação de ADS/CPDLC; Aplicação do Novo Conceito Operacional ATM no Atlântico Sul; Nova Estrutura de Rotas no Corredor EUR/SAM e Interoperabilidade entre as Redes de Comunicação baseadas em Satélites.

A próxima reunião do grupo em questão foi marcada para maio de 2006, nas Ilhas Canárias, na Espanha.

Em carta enviada à Direção-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, José Miguel Ceppi, Diretor do Escritório Regional da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), em Lima, evidenciou a importância da representação brasileira nos trabalhos realizados, ressaltando, também, a excelente organização do evento, que esteve a cargo da Comissão de Estudos e Coordenação de Assuntos Técnicos Internacionais (CECATI).

Os ex-Chefes do SRPV-RJ foram homenageados

SRPV-RJ completa seu último aniversário

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A Comissão de Estudos e Coordenação de Assuntos Técnicos Internacionais (CECATI), por solicitação da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), coordenou a Oitava Reunião do Painel de Separação e Segurança do Espaço Aéreo (SASP). O evento foi realiza-do no Hotel Excelsior, no Rio de Janeiro, no período de 7 a 18 de novembro.

Para tratar da Redução da Separação Vertical e Hori-

zontal com aplicação RVSM e da Navegação Baseada em Performance (RNAV e RNP), o SASP conta com espe-cialistas em diversas áreas da navegação aérea, tais como: controladores de tráfego aéreo, pilotos, engenheiros e ma-temáticos. A reunião em questão é composta por repre-sentantes do Brasil, Inglaterra, Estados Unidos, Áustria, Holanda, Japão,Canadá, França, Alemanha, Austrália, Singapura, Coréia do Sul e Chile e das seguintes orga-

nizações internacionais: OACI e EUROCON-TROL.

A redução de separação, proposta pelo SASP, visa o aumento da capacidade do espaço aéreo, componente essencial para se atingir os objetivos da implementação do Sistema CNS/ATM, no-tadamente o atendimento dos usuários em seu perfil ótimo de vôo.

A fim de garantir que a segurança do espa-ço aéreo seja mantida ou aumentada, todos os estudos são baseados em Modelos de Risco de Colisão, metodologia que avalia objetivamente as mudanças propostas face aos parâmetros espe-rados de segurança do espaço aéreo.

VIII Reunião do Painel de Separaçãoe Segurança do Espaço Aéreo

CECATI coordena reunião internacional no Rio de Janeiro

Escola de Guerra Naval visita o CINDACTA I

O Primeiro Centro Integrado de Defesa Aé-rea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I) recebeu, no dia 20 de setembro de 2005, a visita de alunos do Curso de Comando e Esta-do-Maior para Oficiais Superiores da Escola de Guerra Naval, da Marinha do Brasil.

A comitiva assistiu a palestra acerca das ativi-dades do CINDACTA I e do Comando de De-fesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA). Em seguida, visitou os órgãos operacionais das Organizações.

O SRPV-MN sedia Curso Básico de

Busca e Salvamento

O Serviço Regional de Proteção ao Vôo de Manaus (SRPV-MN) sediou, no período de 03 a 07 de outubro, o Curso Básico de Busca e Sal-vamento (SAR), realizado nas instalações da Seção de Instrução e Atualização Técnica (SIAT-MN), e ministrado pelo Centro de Coordenação e Salva-mento Amazônico (RCC-AZ) do SRPV-MN.

O curso dotou os alunos de conhecimentos básicos sobre as atividades de Busca e Salvamen-to, familiarizando os conceitos e a importância da Busca e Salvamento no Brasil, como também com a comunidade internacional.

SRPV-MN conquistatorneio da PAMN

A equipe de futebol de campo do Serviço Regional de Proteção ao Vôo de Manaus (SRPV-MN) conquistou, no dia 10 de setembro, o título de campeão do torneio alusivo às comemorações do 33º aniver-sário de criação da Prefeitura de Aeronáutica de Manaus (PAMN).

O evento ocorreu no Cassino dos Suboficiais e Sargentos da Aero-náutica em Manaus (CASSAM) e contou com a participação de Or-ganizações Militares locais subordinadas ao Sétimo Comando Aéreo Regional (COMAR VII).

A equipe do SRPV-MN, organizada pelo Suboficial Pompeu, sa-grou-se campeã ao vencer as equipes da PAMN, COMAR VII e, na grande final, novamente a equipe da PAMN.

Representantes de diversos países trataram da aplicação RVSM durante a reunião

Alunos receberam conhecimentos SARA visita aos órgãos operacionais

A equipe do SRPV-MN, campeã do torneio

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DECEA realiza II Workshopde Garantia da Qualidade no ATS

Realizado no Segundo Cen-tro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Espaço Aéreo (CINDACTA II), no perío-do de 26 a 30 de setembro de 2005, o II Workshop de Garantia da Qualidade no ATS (Serviço de Tráfego Aéreo) contou com a participação de 54 pessoas, dentre integrantes do Departa-

mento de Controle do Espaço Aéreo e da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuá-ria (INFRAERO). O primeiro, realizado no CINDACTA I, nos dias 12 a 16 do mesmo mês, com o mesmo sucesso, teve 45 participantes.

O Workshop destinou-se à preparação dos profissionais de

tráfego aéreo que implemen-tarão em suas organizações e órgãos ATC subordinados, o Programa da Garantia da Qua-lidade, preconizado pelo MCA 100-12 – Diretrizes para Imple-mentação de Programas de Ga-rantia da Qualidade no Serviço de Tráfego Aéreo.

O evento, coordenado e aplicado pela Assessoria de Se-gurança do Controle do Es-paço Aéreo (ASEGCEA) do DECEA, representou um marco inicial na concepção gerencial das atividades inerentes ao con-trole do espaço aéreo. Por meio da otimização de processos, o treinamento visa a melhoria da qualidade na prestação dos ser-viços na rotina operacional dos órgãos ATC e a conseqüente busca de melhores indicadores de segurança de vôo.

Salvaero Amazônico coordena mais uma missão com sobreviventes

Na noite do dia 5 de setembro, o Salvaero Amazô-nico (RCC-AZ) recebeu a notícia do Salvaero Brasília (RCCBS) de que havia caído um PA-28 em Sinop-MT. Logo em seguida, o Salvaero Amazônico solicitou apoio à Segunda Força Aérea (FAE II), a qual acionou um Ban-deirante do Segundo Esquadrão do Primeiro Grupo de Aviação (2º/10º GAv), que viajou durante a madrugada para Sinop, com escalas em Porto Velho (RO) e Alta Flo-resta (MT). Foi acionado, também, para o resgate, um helicóptero do Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (1º/8º GAv), de Belém, que estava em Cachim-bo (PA).

O Oficial-Chefe do Salvaero Amazônico e dois gradu-ados seguiram para o local, com o fim de coordenarem as atividades na cena, prosseguindo em um Brasília do

Sétimo Esquadrão de Transporte Aéreo (7º ETA) de Ma-naus para Sinop.

O Salvaero Amazônico coordenou toda a operação de busca e salvamento. Acionados, o Sexto Serviço Regional de Aviação Civil (SERAC 6), a autoridade policial da área e o corpo de bombeiros local realizaram buscas terrestres durante a noite, mas sem sucesso.

A aeronave havia caído às 18h30 (horário de Brasília) do dia 5 de setembro. Cerca de 19 horas depois foi locali-zada pelo tripulante observador do 2º/10º GAv, quando, de imediato, o helicóptero efetuou o resgate.

Foram encontrados quatro sobreviventes, dentre eles um bebê recém-nascido de sete dias, um tenente médico do Exército brasileiro, Euler Gustavo Pompeu de Barros Gonçalves, a mãe do bebê, Marlene Aparecida Amorim,

e o técnico de enfermagem Wagner Vieira. Infelizmente, faleceu o piloto Ademar Maciel da Silva.

Com a finalização da busca e do resgate, a aeronave Brasília FAB2013 prosseguiu no salvamento, fazendo o trecho Sinop-Cuiabá, e transportando o tenente médico e o recém nascido que estavam com lesões graves.

Os tripulantes do 2º/10º GAv, que efetuaram o res-gate, durante os primeiros socorros, foram atacados por um enxame de abelhas e somente foram atendidos depois de entregarem os sobreviventes na UTI móvel que estava no aeroporto.

Logo depois, os sargentos foram atendidos na mesma unidade móvel, e só retornaram para suas bases no dia 7 de setembro, reassumindo os seus alertas para que outros possam viver.

Academia de Guerra da Força Aérea do Chile no

CINDACTA IO Primeiro Centro In-

tegrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I) recebeu, no dia 11 de outubro de 2005, a visita da Academia de Guerra da Força Aérea do Chile.

A comitiva, composta de um Oficial General e 16 Ofi-ciais Superiores, foi recebida pelo Cel Av Paulo Gerarde Mattos Araujo, e na seqüên-cia, assistiu palestra acerca das atividades do CINDACTA I e visitou as instalações da Organização.

Esquadrilha da Fumaça fazapresentação aérea em Sinop

O Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Sinop (DTCEA-SI) recebeu, no dia 11 de se-tembro, a visita da Esquadrilha da Fumaça (EDA), que aconteceu após a sua apresentação em Sinop (MT). Segundo estimativa, cerca de 30.000 pessoas estiveram presentes ao evento, em comemoração ao 26º aniversário de emancipação da cidade.

Os visitantes assistiram a uma palestra do Co-mandante do Destacamento, Ten Sérgio Cruz da

Silva, e conheceram as instalações do DTCEA-SI. Ao término da visita o Ten Cel Aviador Reis, líder da Esquadrilha, agradeceu a atenção dispensada pelo Comandante do DTCEA-SI e elogiou o ex-celente trabalho desenvolvido pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). Logo em seguida, presenteou o Comandante do DTCEA-SI com um kit da Esquadrilha (boné, chaveiro e revis-ta autografada).

DTS comemora aniversário

O Destacamento de Te-lecomunicações por Satélite (DTS), sediado em Brasília, comemorou, no dia 16 de setembro de 2005, o seu 11º aniversário.

A cerimônia militar foi presidida pelo Cel Av Pau-lo Gerarde Mattos Araujo, Comandante do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Espaço Aéreo (CINDACTA I). Na oportunidade, foi realizada a entrega de diplomas aos militares que mais se des-tacaram em suas atividades profissionais.

Estiveram presentes à cerimônia, Oficiais do Mi-nistério da Defesa, funcio-nários civis e militares do CINDACTA I e convidados da comunidade local.

A Esquadrilha da Fumaça à frente do Radar de Sinop

Alguns participantes do Workshop

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