aeroespaço 62
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Foto retrata militares em treinamento no Simulador de Torre de Controle (TWR) 3D do Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) - É o Prosima dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016.TRANSCRIPT
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04 Reportagem Especial Que venham os Jogos Olímpicos e Paralímpicos
Rio 2016! Acompanhe as ações do DECEA para
este mega evento.
08 Reportagem Aviões poderão pousar ou decolar ao mesmo tempo
em Brasília - Entenda como se dão as operações
independentes nas pistas do aeroporto internacional
da Capital.
12 Seção - Usina de Ideias GeoPDF – uma nova forma de interagir com o seu
mapa. Veja quais são as aplicações deste sistema
de georreferenciamento.
16 Reportagem Atento à satisfação do efetivo - DECEA divulga
os resultados da Pesquisa de Clima Organizacional
19 Seção - Quem é? Suboficial Moreno / PAME-RJ
25 Artigo Para que outros possam viver -
Mais um capítulo do livro “A História do Controle
do Espaço Aéreo Brasileiro”.
32 Reportagem Serviço de Atendimento ao Cidadão do DECEA -
Na Era da Informação, o DECEA deseja conhecer
a opinião do cidadão.
Informativo do Depar tamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEAproduzido pela Assessoria de Comunicação Social - ASCOM/DECEA
Diretor-Geral:Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos Vuyk de AquinoAssessor de Comunicação Social e Editor:Paullo Esteves - Coronel Aviador ReformadoChefe da ASCOM1º Tenente Jornalista Glória GalembeckCoordenação de pauta e edição:Daisy Meireles (RJ 21523 JP)Redação:Daisy Meireles (RJ 21523 JP)Denise Fontes (RJ 25254 JP)Daniel Marinho (MTB 25768 RJ)Telma Penteado (RJ 22794 JP)Gisele Bastos (MTB 3833 PR)
Projeto Gráfico/Diagramação:Aline da Silva PreteFotos:Luiz E. Perez (RJ 201930 RF)e Fábio Maciel (RJ 33110 RF)Contatos:Home page: www.decea.gov.brIntraer: www.decea.intraer Email: [email protected]ço: Av. General Justo, 160Centro - CEP 20021-130Rio de Janeiro/RJTelefone: (21) 2101-6873Editada em Setembro - 2015
ExpedienteNossa capaFábio Maciel retrata militares em treinamento no Simulador de Torre de Controle (TWR) 3D do Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) - É o Prosima dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016.
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N ot í c i a s - a n o 1 1 • n 0 6 2
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Projeto Gráfico/Diagramação:Aline da Silva PreteFotos:Luiz E. Perez (RJ 201930 RF)e Fábio Maciel (RJ 33110 RF)Contatos:Home page: www.decea.gov.brIntraer: www.decea.intraer Email: [email protected]ço: Av. General Justo, 160Centro - CEP 20021-130Rio de Janeiro/RJTelefone: (21) 2101-6873Editada em Setembro - 2015
Estreitando laços com a sociedade
2015 é um ano marcado pelo aprendizado
contínuo, pelas inovações tecnológicas
a serviço da sociedade e pelo estreitamento dos laços
com os nossos públicos: externo, usuários diretos ou
indiretos dos serviços de navegação aérea, e interno,
nosso efetivo.
Muito em breve, porém, em 2016, são os olhares
de todo o mundo que se voltarão ao nosso País. Os
Jogos Olímpicos e Paralímpicos trarão ao Rio de Janeiro
e outras capitais milhares de pessoas, entre atletas,
delegações e torcedores que por aqui ficarão ao longo
dos dois meses de evento. Fica evidente, então, a
necessidade não só de bem recebê-los, como também de
garantir a segurança, o controle e a fluidez dos intensos
movimentos aéreos.
Nesta edição da Revista Aeroespaço trazemos
uma reportagem especial que nos mostra como o DECEA
está preparando os controladores de tráfego aéreo com o
PROSIMA, levando em consideração todo o aprendizado
que tivemos com os últimos grandes eventos ocorridos
aqui no Brasil.
Ainda falando em know-how, apresentamos uma
reportagem a respeito de um grande passo no contínuo
aprimoramento de nossos serviços de navegação aérea:
as operações paralelas simultâneas independentes no
Aeroporto Internacional de Brasília, que permitirão às
aeronaves pousarem ou decolarem simultaneamente
em suas duas pistas.
A seção Usina de Ideias apresenta também
uma importante inovação. Uma equipe de trabalho
do Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA) relata
suas experiências com o “GeoPDF – uma nova forma
de interagir com seu mapa” - abordando as aplicações
deste sistema de georeferenciamento.
Em paralelo, e ainda dentro deste estreitamento
de laços com a sociedade, estão as diversas ações
do DECEA que abordamos numa série de artigos e
reportagens publicadas nesta edição.
No artigo “Atento à satisfação do efetivo”,
trazemos a divulgação dos resultados da última
Pesquisa de Clima Organizacional (PCO) aplicada pela
Assessoria de Comunicação Social (ASCOM) e voltada
aos militares e civis do Sistema de Controle do Espaço
Aéreo Brasileiro (SISCEAB). Em sua terceira edição,
contamos com a participação de 9.503 servidores,
destacando a relevância da aplicação da PCO. Atuando
como um importante canal de comunicação aberto às
opiniões do nosso efetivo, a PCO pode contribuir não só
para a melhoria do ambiente de trabalho, como também
para o crescimento da nossa organização.
Outros assuntos de máxima relevância estão
na seção “Quem é”, que desta vez nos apresenta o
Suboficial Moreno, do Parque de Material de Eletrônica
da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ), e a
reportagem “Serviço de Atendimento ao Cidadão do
DECEA”, que evidencia e explora as qualidades deste
precioso canal de comunicação com a sociedade.
Assim, mais uma vez ratifico: o DECEA estará
sempre de portas abertas, disposto a ouvir seu efetivo
e servir a sociedade brasileira. Juntos podemos dirimir
possíveis obstáculos e construir um sistema de controle
do espaço aéreo cada vez melhor.
Editorial
Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos Vuyk de Aquino Diretor - Geral do DECEA
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A menos de um ano do início de mais um mega evento no Brasil, o DECEA se mobiliza para dar mais um show de estrutura e planejamento.
Reportagem Especial
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Que venham os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016!Por Telma PenteadoFotos: Fábio Maciel
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que neste ano se realiza com grande sucesso
mesmo com os laboratórios estando em espa-
ços físicos distantes” (ambos estão sediados
nas dependências do ICEA, mas em prédios
diferentes).
“Desde os anos 1970, o Brasil adotou o siste-
ma integrado e, desde então, não conseguimos
treinar de forma integrada. Esta é a primeira
vez que estamos conseguindo integrar um
órgão de Controle de Área (ACC) e um órgão de
Controle de Aproximação (APP) com a Defesa
Aérea. Os três estão, ao mesmo tempo, vendo
a mesma imagem, como acontece na vida real.
Estamos treinando o mais próximo do que é
na realidade”, explica o Capitão Oscar.
O mesmo entusiasmo é sentido pelo coorde-
nador da Circulação Aérea Geral, Capitão José
Airton Patrício, que ainda ressalta o fato de
este ser o último grande evento a ser realizado
no Brasil, pelo menos por um bom tempo.
“O maior diferencial é tornar esta simulação
no maior treinamento já feito pelo Sistema de
Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).
Por isso, a dimensão que foi tomada em
relação ao número de controladores de
tráfego aéreo envolvidos, aproximadamente,
1.200 ao longo de 2015 e mais 1.900 em 2016.
É um treinamento grande, justamente para
representar o nosso último grande evento”,
comenta o Capitão Patrício, que destacou,
ainda, a fundamental importância do Centro
de Gerenciamento da Navegação Aérea
(CGNA) neste contexto:
"A figura do CGNA é importantíssima em re-
Em prol do sucesso, teoria e prática se unem e todo
conhecimento produzido em anos de experiência
- desde a Rio+20, passando pela Copa das Confedera-
ções e a Jornada Mundial da Juventude, em 2013, com a
visita do Papa Francisco, e a Copa do Mundo FIFA 2014
- permite um preparo mais que especial para a grande
ocasião.
Mas quem pensa que tudo se resume a repetir o que
já foi feito se engana! Apesar do know-how adquirido,
cada evento é único e a preparação para cada um é
igualmente única e especial.
E este ano de 2015 já vem repleto de ineditismo e mui-
to trabalho. Pela primeira vez, defesa aérea e controle
de tráfego aéreo se unem no ambiente simulado, tra-
zendo os treinamentos dos controladores para um novo
patamar extremamente mais próximo da realidade.
Desde o dia 6 de abril de 2015, o Instituto de Controle
do Espaço Aéreo (ICEA) vem recebendo controladores
de tráfego aéreo para o treinamento do Programa de
Simulação de Movimentos Aéreos (PROSIMA) dos Jogos
Olímpicos Rio 2016, que, nesta edição, inova com a inte-
gração da defesa aérea com o controle de tráfego aéreo
nos Laboratórios de Simulação (LABSIM – de Controle da
Circulação Aérea Geral – e EOM – de Operações Militares).
De acordo com o coordenador de Operações Militares
do PROSIMA, Capitão Alexandre Oscar Soares de Souza,
a preparação para este treinamento teve início em
agosto de 2014, sendo uma “tentativa de muito tempo,
Os controladores estão treinando para atuar com um número maior de aeronaves em questão de ocupação de pista, de pátio e de tráfego aéreo em rota
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lação ao fluxo nos terminais, prin-
cipalmente no Rio de Janeiro, que
vai concentrar a maior parte das
atividades esportivas. Ao contrário
dos outros grandes eventos nesta
cidade, temos um contexto de áreas
de exclusão bem mais abrangentes,
o que requer uma proximidade bem
maior entre os envolvidos”.
Para as próximas edições do
PROSIMA há a meta de integrar ao
LABSIM e ao EOM o Simulador de
Torre de Controle (TWR) 3D do ICEA.
Para o 2º Sargento Vitor Fernan-
des Corrêa, que opera no Serviço
Regional de Proteção ao Voo de São
Paulo (SRVPV-SP) e que passou pelo
PROSIMA dos Jogos Olímpicos, esta
integração é muito importante para
o trabalho dos controladores: “A
expectativa é o aumento do número
de tráfegos no aeroporto de Con-
gonhas (SP). Desta forma, estamos
treinando mais intensamente para
que possamos atuar com um núme-
ro maior de aeronaves em questão
de ocupação de pista, de pátio e de
tráfego aéreo em rota”, explica o
controlador.
“Além disso”, prossegue ele,
“temos um trabalho integrado
com a Defesa Aérea, devido aos
jogos que acontecerão em São
Paulo, no estádio do Itaquerão,
demandando uma restrição
de espaço aéreo e mudando a
dinâmica do nosso serviço em
Congonhas”.
Os treinamentos de todos os con-
trolares (da Circulação Aérea Geral,
de Operações Militares e das Torres
de Controle) prevêem o revezamen-
to dos militares para que nenhum
fique sem a devida capacitação.
Planejamento é o primeiro e fun-
damental passo para o sucesso
Serão 42 modalidades esporti-
vas, durante o período de 5 a 21 de
agosto de 2016, 10.500 atletas, 205
países, 306 provas com medalhas.
De acordo com autoridades do
Ministério do Esporte e do Instituto
Brasileiro de Turismo (EMBRATUR),
a expectativa é que cerca de oito
milhões de visitantes estrangeiros
venham ao País para prestigiar os
Jogos Olímpicos e Paralímpicos
2016. Assim sendo, todo cuidado é
pouco.
Estima-se que, aproximada-
mente, 38 mil militares das Forças
Armadas atuem na Defesa Aérea
ao longo do evento, tendo por base
toda a experiência adquirida nos
grandes eventos passados.
Segundo o assessor especial para
grandes eventos do Ministério da
Defesa, General Jamil Megid Junior,
"... é a primeira vez que vamos integrar ACC e APP com Defesa Aérea."
Capitão Oscar
No Laboratório de Simulação, o treinamento prático está sendo realizado com o revezamento de equipes de controladores ao longo de dois meses de trabalho intenso.
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com relação ao planejamento, são
mais de 20 instituições no Rio de
Janeiro – de Segurança Pública,
Inteligência, Defesa Civil e Forças
Armadas – estudando instalação
por instalação, para ter esse deta-
lhamento ponto a ponto. Isso não é
só no Rio de Janeiro, onde estará a
maior parte do efetivo, mas temos
unidades militares nas cidades do
futebol olímpico e teremos uma re-
serva de contingência para sempre
procurar atender a uma necessida-
de que surja durante o evento”.
Além da segurança presencial, a
defesa está empenhando esforços
no combate ao terrorismo.
“Prevenção, repressão e combate
ao terrorismo, em qualquer gran-
de evento, tem uma importância
específica, pelo tipo de ameaça,
que requer uma avaliação, um
acompanhamento. Então, a meta
é prevenir. O histórico dos Jogos
Olímpicos indica que há que ter
uma atenção maior nisso. Estamos
preparando as tropas especializa-
das, juntamente com as Polícias
Federal, Militar, Civil e a Inteligên-
cia, para ter essa atenção redo-
brada e melhor distribuição do
efetivo. Assim, de posse da maior
quantidade de medidas preventi-
vas, estaremos preparados para
uma pronta resposta, se houver
necessidade”, garante o assessor.
Para o consultor do CGNA, Coro-
nel Guilherme Francisco de Freitas
Lopes, da Reserva Remunerada, o
planejamento do espaço aéreo é
fundamental: “Hoje nós temos um
cenário do espaço aéreo. Com os
Jogos Olímpicos e Paralímpícos, a
defesa aérea brasileira irá montar
várias áreas de exclusão dentro da
Terminal do Rio de Janeiro que, ao
impedir o sobrevoo de determi-
nadas aeronaves, vai alterar este
cenário”.
Como vimos, este evento se di-
fere em sua estrutura dos demais
ocorridos nos últimos anos, pois
se concentrará na cidade do Rio de
Janeiro, com exceção das partidas
de futebol, que também aconte-
cerão nas cidades de São Paulo,
Brasília, Belo Horizonte, Salvador
e Manaus. Por esta razão, a defe-
sa aérea criou na capital carioca
cinco áreas de exclusão dentro
desta Terminal. E é justamente em
função deste novo desenho do es-
paço aéreo que está sendo feito um
estudo dos impactos, bem como
toda a preparação dos controla-
dores de tráfego aéreo através do
PROSIMA.
Tudo é uma questão de ajuste
entre demanda e capacidade.
Então, o preparo de pessoal e de
equipamentos é crucial.
“Vale lembrar que em alguns
dias os jogos terminarão de
madrugada, quando aeronaves das
linhas aéreas regulares, da aviação
geral e da defesa aérea estarão
voando” - alerta o Coronel Freitas
Lopes.
Para se ter uma ideia ainda
melhor da relevância do evento,
são esperados 80 chefes de Estado.
“Vai ser uma Rio+20 por causa das
autoridades estrangeiras, uma
JMJ por conta das várias áreas
de exclusão, com uma demanda
ainda maior do que a da Copa
do Mundo FIFA 2014. Em outras
palavras, os Jogos Olímpicos e
Paralímpicos Rio 2016 serão uma
união de todos estes eventos”,
enfatiza Freitas Lopes.
Após o planejamento dos
cenários do espaço aéreo a tarefa
foi preparar, até o fim do primeiro
"... de posse da maior quantidade de medidas preventivas, estaremos preparados para uma pronta resposta."
Coronel Freitas Lopes
"O maior diferencial é tornar esta simulação no maior treinamento já feito pelo SISCEAB."
Capitão Patrício
semestre de 2016, o Plano de
Contingências, que abarca todos
os possíveis imprevistos, como o
fechamento de aeroportos.
Desta forma, o Departamento
de Controle do Espaço Aéreo se
mostra proativo, como de costume,
atento a todas as possibilidades e
com a preparação que se espera de
um país do porte do imenso Brasil.
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DECEA viabilizará operações independentes nas pistas do aeroporto internacional da Capital a partir de novembro.
Reportagem
Aviões poderão pousar ou decolar ao mesmo tempo em Brasília Por Daniel MarinhoFotos: Fábio Maciel
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operação: duas longas pistas paralelas,
distantes suficientemente uma da outra,
ao alcance visual de uma Torre.
Previsto para novembro deste ano, o
ganho de capacidade é o resultado de um
amplo trabalho realizado pelo DECEA,
destinado a otimização dos fluxos de
tráfego na terminal aérea de Brasília com
a implementação de novos procedimentos
PBN (em português, Navegação Baseada em
Performance) especificamente orientados
às referidas operações. O aeroporto,
aliás, será o primeiro de toda a América
do Sul a poder pousar ou decolar aviões
simultaneamente nessas condições.
Para o Tenente-Coronel Aviador
Ricardo da Silva Miranda, gerente do
projeto, a medida resultará em uma série
de benefícios: "com a implementação
de operações paralelas simultâneas
independentes, espera-se também
uma melhor distribuição do tráfego,
O Departamento de Controle do
Espaço Aéreo (DECEA) está em vias
de implementar novos procedimentos
que poderão aumentar em cerca de
30% a capacidade de pista do Aeroporto
Internacional de Brasília. O aeroporto
possui características singulares que
viabilizaram à organização implantar as
chamadas operações paralelas simultâneas
independentes - ocasião em que dois aviões
podem pousar (ou decolar) em pistas
independentes e paralelas de um mesmo
aeroporto, ao mesmo tempo.
Na prática, é como se houvesse dois
aeroportos funcionando separadamente,
uma vez que, a partir de então, cada pista
terá suas três posições de controle na Torre,
operando com auxílios a navegação aérea
próprios.
Inaugurado antes mesmo da
Capital Federal, em 1957, o Aeroporto
Internacional de Brasília Juscelino
Kubitschek é um dos poucos do País
detentor do layout ideal para este tipo de
Melhor distribuição do tráfego, diminuição do tempo de táxi no pouso e na decolagem, aumento na capacidade de controle de tráfego aéreo por parte do APP e melhoria nos níveis de segurança operacional
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diminuição do tempo de táxi no pouso e
na decolagem, aumento na capacidade
de controle de tráfego aéreo por parte do
Controle de Aproximação (APP) e melhoria
nos níveis de segurança operacional. Essas
melhorias operacionais proporcionarão
um ganho para as empresas aéreas - com
a redução dos custos de operação - e para
a sociedade brasileira - com o aumento da
disponibilidade de voos oferecidos, tanto de
saída quanto de chegada a Brasília", afirma o
oficial.
A capacidade de pista do aeroporto
(pousos e decolagens por hora), que já vinha
aumentando nos últimos anos com as obras
realizadas no pátio, crescerá ainda mais
com o início das operações independentes
das pistas. A partir de novembro, ela saltará
dos atuais 60 movimentos aéreos/ hora
para 80 pousos e decolagens por hora. Um
aprimoramento que consolidará de vez o
aeroporto internacional de Brasília como
detentor da maior capacidade de pista do País
numa fração bem acima da concorrência.
Outro benefício é o aumento na segurança
das operações. O controlador atua menos,
pois, no lugar de realizar os procedimentos de
movimentações aéreas em duas pistas, atuará
apenas em uma.
As operações simultâneas em pistas paralelas
são hoje uma exclusividade de grandes hubs
internacionais e dos maiores aeroportos mundo.
Os três mais movimentados do mundo - Atlanta
(Hartsfield-Jackson), nos EUA; Pequim (Beijing
Capital International), na China; Londres
(Heathrow), na Inglaterra - transportaram só no
ano passado 95, 86 e 73 milhões, respectivamente
- dados da Airports Council International (ACI).
Jamais alcançariam esses números se não
operassem com pistas paralelas independentes
que proporcionam uma elevação no número de
embarques e desembarques.
A novidade, escassa nos principais aeroportos
do hemisfério Sul, aporta em Brasília e já é
vislumbrada por outros administradores de
O aeroporto de Brasília é detentor do layout ideal para operar com pistas independentes: duas longas pistas paralelas, distantes suficientemente
uma da outra, ao alcance visual de uma Torre
111111
aeroportos no País. Embora o movimento
por aqui ainda seja menor (39 milhões de
passageiros/ano no Aeroporto Internacional
de Guarulhos - São Paulo, por exemplo), a
demanda é crescente e a necessidade de
aumento de capacidade, mandatória. Em
Campinas, a Concessionária de Viracopos
conjectura a implementação de operações
simultâneas de pousos e decolagens
no aeroporto com a construção de uma
segunda pista. O mesmo pode ocorrer no
novo aeroporto da região metropolitana
de Porto Alegre, ainda em planejamento.
Guarulhos, por outro lado, ainda não pode
operar suas pistas independentemente.
A distância entre as mesmas, na sua
configuração atual, é menor do que os 1.035
metros requeridos pela ICAO (International Civil Aviation Organization) - órgão da ONU
(Organização das Nações Unidas) regulador
do transporte aéreo civil internacional, para
executar pousos e decolagens simultâneos
com segurança.
De todo modo, a novidade chega no
momento em que o aeroporto se consolida
cada vez mais como um importante
hub doméstico. Desde 2014, Brasília
já transporta mais passageiros do que
Congonhas e Galeão (cuja administração
foi repassada à iniciativa privada muito
recentemente). Ainda no ano passado, 8,1
milhões de passageiros, cerca de 45% do
total, utilizaram o aeroporto de Brasília
como conexão para visitar outras regiões,
sobretudo no Sudeste e no Nordeste.
Em outras palavras, os benefícios e
ganhos de capacidade provenientes
do início das operações paralelas
simultâneas independentes, somados
à localização geográfica estratégica
da Capital, poderão, enfim, alçar o
Distrito Federal como o grande centro de
distribuição de passageiros entre o Norte
e o Sul do País.
O ganho de capacidade operacional é resultado de um amplo trabalho realizado pelo DECEA, destinado à otimização dos fluxos de tráfego na terminal aérea de Brasília com a implementação de novos procedimentos PBN
121212
Imagine você poder fazer consultas em
um mapa ou carta em arquivos no for-
mato .pdf da mesma forma que você faria
no mesmo produto impresso? Porém, com
a facilidade de localização automática
de uma coordenada específica, simples-
mente digitando os valores de latitude
e longitude? Da mesma forma, imagine
poder medir nesse mapa ou carta dis-
tâncias entre pontos, perímetro ou área?
Isso é possível com o arquivo no formato
GeoPDF, ou seja, um arquivo georreferen-
ciado, utilizando o software Adobe Reader
11, gratuito, instalado no seu computador.
As funcionalidades do GeoPDFO GeoPDF é, na verdade, um formato de
arquivo que permite transferir todos os
parâmetros da carta produzida pelo Ins-
tituto de Cartografia Aeronáutica (ICA),
no software CAD Microstation V8, para o
O sistema de georreferenciamento de um produto geográfico permite aplicações diversas no âmbito do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB)
arquivo .pdf. Para a realização desse pro-
cedimento, certas configurações devem
estar ativadas no MicroStation V8. Dessa
forma, será obtida uma carta .pdf com
possibilidade de análise geoespacial.
O arquivo basicamente teria funciona-
lidades semelhantes às de um Sistema de
Informação Geográfica (SIG). Como men-
cionado anteriormente, será possível ler
latitudes e longitudes no próprio arquivo
e localizar onde determinadas coordena-
das geográficas estão inseridas na carta.
Além disso, será possível ler medidas de
distância (em diferentes unidades), perí-
metro e área, podendo ser assinaladas na
carta, com comentários.
As vantagens do GeoPDF
O GeoPDF pode ser utilizado para
vários propósitos de análise espacial, em
diversos ambientes que façam uso de
Usina de Ideias
12
GeoPDFuma nova forma de interagir com o seu mapaPor José OtáviO Biscaia e RAFAelA Araújo Jordão Rigaud Peixoto
1313
dados gráficos, quais sejam, escolas,
empresas de planejamento territorial
e entidades governamentais. Devido à
facilidade de ter várias camadas/níveis
(layers) de informações geográficas,
combinando arquivos de imagem ou
vetor, o GeoPDF torna-se muito útil
para trabalhos de análise e pesquisa.
Em função da interface intuitiva
do GeoPDF, o usuário pode realizar
de maneira muito mais simples as
mesmas operações de um software
SIG. Contudo, apenas é possível ler
os arquivos, gratuitamente, por meio
da versão 11 do software Adobe Rea-
der, disponível para download em:
www.adobe.com/br/products/reader.html
Os dados geoespaciais (vetor ou
raster) podem ser usados para:
encontrar e marcar coordenadas
de localização;
medir distância, perímetro e área;
mudar o sistema de coordenadas e
as unidades de medida;
ativar e desativar camadas/níveis
presentes na carta;
copiar coordenadas de localização
para a área de transferência e usá-
las para mostrar as localizações
em vários serviços de mapeamento
da web.
Para realizar as principais operações
possíveis no GeoPDF, use como refe-
rência o guia disponível nas páginas
14/15.
Peculiaridades do GeoPDFO GeoPDF é uma marca registrada
da TerraGo Technologies, que criou
esse formato de arquivo para
gerenciar mapas geoespaciais e
compartilhar informações, via web,
entre seus usuários. Posteriormente,
a TerraGo criou um plugin para que
o geoPDF pudesse ser utilizado no
software Adobe Reader 11.
No GeoPDF TerraGo, quando visu-
alizado no Adobe Reader 11, o track GPS é assinalado no mapa. No produto
da Bentley, gerado pelo Bentley Drive
(Georeference), o arquivo georrefe-
renciado não tem o caminho/track GPS assinalado, ou seja, o display não
mostra a localização em tempo real do
móvel (avião, navio, carro etc). Deve-se
destacar, ainda, que tudo isso apenas
é possível com o equipamento GPS
acoplado a um notebook.
Contribuições para o trabalhodentro do SiSCeABA utilização de arquivos GeoPDF
é importante para a marcação de
sítios e áreas de interesse, com
o intuito de compartilhar infor-
mações para fins de análise ou
pesquisa de assuntos relacionados
ao controle do espaço aéreo.
Dentro do ICA, as atividades do
Escritório Internacional de NOTAM
(NOF) são um exemplo de uso dessa
funcionalidade. Nesse setor, o civil
Jair utiliza a ferramenta GeoPDF
para gerenciar dados da AISWEB,
verificando a jurisdição dos Cen-
tros Regionais de Notam (CRN) e
do Serviço Regional de Proteção
ao Voo de São Paulo (SRPV-SP) no
mapa do Brasil, segmentado em
estados.
O mapa do Brasil e da América
do Sul, com os limites estaduais
e internacionais e de Região de
Informação de Voo (FIR) atual,
pode ser visualizado e baixado
neste endereço: www. joseotavio.weebly.com
Esse mapa foi produzido em um
grupo de trabalho do ICA, com o
Capitão Lobo (Subdivisão de Proce-
dimentos e Espaço Aéreo - DO-PEA),
responsável pelos limites de FIR; o
Segundo Sargento Alexandre (Sub-
divisão dos Serviços de Informação
Aeronáutica - DO-SIA), editor da
carta no MS-V8; o Primeiro Sargento
Caverzan (Subdivisão de Cartografia
- DO-CAR), provedor do mapa-base
Brasil-América do Sul; e o engenhei-
ro Otávio, responsável pela pesquisa
e análise das funcionalidades do
Adobe para GeoPDF.
Mapa do Brasil e da América Latina
14
a) Para encontrar um local (Lat/Long) no mapa1. Abra um .pdf geoespacial e escolha Editar (Edit) > Analisar
(Analyze) > ferramenta Localização Geoespacial (Geospatial Location tool).
2. Clique com o botão direito em cima do mapa e clique em Encontrar um Local (Find a Location).
3. Digite os valores de latitude e longitude (graus, minutos, segundos ou decimal) nas duas caixas de texto e clique em Localizar (Find).
Se esse local estiver contido no mapa, o local é destacado com um quadrado azul e a página é centralizada no local destacado.
4. Se o .pdf incluir mais de um mapa, clique no botão Próximo (Next) ou Anterior (Previous) para visualizar mais resultados, se houver. Locais múltiplos estão disponíveis em várias situações:
- quando um documento contiver múltiplos mapas (por exemplo, se um .pdf contiver um mapa menor dentro de um mapa maior,
tal como uma cidade dentro de um mapa de um estado ou país). Quando você buscar um local dentro de uma cidade, o Acrobat encontra essa localidade tanto no mapa maior quanto no mapa da cidade;
- quando um documento contiver múltiplas páginas de um mapa (por exemplo, se a primeira página for um mapa de um país e a segunda página for um mapa de um estado ou cidade dentro do país).
5. (Opcional) Para inserir um comentário (tais como endereço ou nome do local), clique em Marcar Local (Location Marker) e, depois, insira as informações na caixa de comentários.
6. Para finalizar a busca, clique com o botão direito em cima do mapa. Então selecione Ocultar Busca de Local (Hide Location Search), para remover as caixas de busca.
Primeiramente, você pode selecionar suas preferências conforme a figura abaixo:
Os procedimentos descritos neste artigo foram extraídos e adaptados do tutorial em língua inglesa, publicado pela Adobe, disponível em: http://helpx.adobe.com/acrobat/using/geospatial-pdfs.html.
Preferências de exibição de coordenadas e unidades de distância no Adobe Reader
14
15
b) Para medir distância, perímetro e área em mapasQuando você abrir um arquivo .pdf geoespacial, as ferramentas de medida (measuring tools) do Acrobat leem as informações geoespaciais e medem distâncias e áreas em vez de dimensões de página ou objetos. Utilize a Ferramenta Medida (Measuring Tool) para calcular distância, perímetro e área em qualquer .pdf que possua recursos geoespaciais. Conforme você mova a seta do mouse sobre o conteúdo do documento, opções de Ajustar Tipo são mostradas para indicar que você está em um caminho ou na extremidade. Você também pode ver a latitude e a longitude do local do cursor quando a seta do mouse estiver em cima do conteúdo geoespacial.
c) Para fazer uma medida1. Escolha Editar (Edit) > Analisar (Analyze) > Ferramenta Medida (Measuring Tool)
2. Na barra da Ferramenta Medida (Measurement Tool), selecione o tipo de medida:
Distância (Distance),
Área (Area) ou
Perímetro (Perimeter)
3. Na barra Ajustar Tipo (Snap-to Options), selecione a opção abaixo:
Ajustar às extremidades (Snap to end points)
Vale ressaltar que o Azimute Verdadeiro (relativo ao norte geográfico) é também mostrado em uma linha de medição entre dois pontos, além da distância.
4. Faça um dos seguintes procedimentos:- se você estiver usando a ferramenta Distância (Distance tool), clique onde você quiser começar a medida, e então arraste para a extremidade (end point) e clique novamente. A distância será mostrada no canto inferior direito;- se você estiver usando a ferramenta Perímetro (Perimeter tool), clique, no mapa, em um canto do perímetro e então arraste para cada canto. Clique em cada canto e então dê dois cliques na extremidade (end point). A janela de informação mostra o tamanho do perímetro;- se você estiver usando a ferramenta Área (Area tool), clique no mapa em um canto da área, e então, arraste para outro canto. Clique antes de mudar as direções. Dê dois cliques no final, para mostrar a área total.
5. Para finalizar a medida, clique com o botão direito e selecione Concluir Medida (Complete Measurement), ou selecione Cancelar Medida (Cancel Measurement).
Acesso à função Ferramenta Localização Geoespacial
Indicação de ponto e sua correspondente coordenada geográfica.Vale ressaltar que a coordenada a Oeste é sempre digitada como W (West) na versão em português do software Adobe Reader 11. Caso seja digitada a letra O, a coordenada não será identificada.
Localização de um ponto na carta
Inserção de coordenadas do ponto a ser encontrado na carta
pto 1
pt2AzV
15
1616
Atento à satisfação do efetivo
Reportagem
16
DECEA divulga os resultados da Pesquisa de Clima Organizacional no SISCEABPor Denise FontesFotos: Fábio Maciel
16
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Parte integrante do calendário do
Sistema, a Pesquisa de Clima Or-
ganizacional (PCO) do Departamento
de Controle do Espaço Aéreo (DECEA)
tem se mostrado um confiável meio
de ouvir o efetivo. A pesquisa garante
o bom assessoramento à chefia; reduz
incertezas; fundamenta a tomada de
decisão; justifica ou assessora o inves-
timento; assegura o profissionalismo
do trabalho; e, ainda, corresponde
com responsabilidade ao emprego do
dinheiro público.
Diante da importância da realiza-
ção desse trabalho e tendo em vista a
pesquisa de satisfação orientada pelo
Comando da Aeronáutica, o DECEA
recorre à essa ferramenta com o obje-
tivo de fazer uma análise do ambiente
interno a partir do levantamento das
necessidades do efetivo e conhecer o
grau de satisfação em relação a diver-
sos aspectos motivacionais.
Neste ano de 2015, em sua terceira
edição, realizada no período de 13 de
abril a 8 de maio, a Pesquisa de Clima
Organizacional foi dirigida aos mili-
tares e civis do Sistema de Controle do
Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) e
teve a participação de 9.503 servidores.
O Diretor-Geral do DECEA, Tenente-
Brigadeiro do Ar Carlos Vuyk de
Aquino, destacou a importância da
pesquisa para o Sistema. “É uma
oportunidade do efetivo expressar
sua opinião, contribuindo para a
melhoria do ambiente de trabalho,
além de fortalecer o crescimento da
organização”.
A Assessoria de Comunicação
Social (ASCOM) foi a responsável por
desenvolver e coordenar a aplicação
da pesquisa em parceira com os Elos
de Comunicação das organizações
subordinadas.
A pesquisa foi disponibilizada por
meio eletrônico, através da Intraer
e da Internet, tornando o processo
mais dinâmico e confiável. Quanto ao
tratamento dos dados, foi analisado o
conteúdo das respostas, com o intuito
de identificar o grau de satisfação dos
itens pesquisados.
Doze pontos foram avaliados: satis-
fação pessoal; capacitação profissio-
nal; comunicação interna; aspectos
motivacionais; liderança; habitação;
condições do ambiente de trabalho;
alimentação; saúde; transporte; segu-
rança da informação; atualização de
conhecimentos e avanços tecnológicos.
Diante dos resultados das pesqui-
sas anteriores, algumas ações foram
planejadas e implementadas. Nesta
edição, além de constatar dos fatores
que ainda merecem atenção, serviu
também para verificar se essas ações
foram percebidas e contribuíram para
a melhoria do clima organizacional.
Divulgação O DECEA realizou um trabalho
de comunicação interna através
da criação do blog www.decea.
intraer/pesquisa com notícias
sobre a pesquisa, gráfico com a
aplicação nas unidades, resultados
parciais e a produção de um
vídeo com o pronunciamento do
Diretor-Geral. Durante o período de
divulgação, os Elos de Comunicação
desempenharam de forma eficiente
a tarefa de esclarecer a metodologia,
além de conscientizar o efetivo
quanto à sinceridade nas respostas
e, principalmente, ressaltar que o
diagnóstico servirá para direcionar
os futuros planos de melhorias.
17
2015
Pesquisa de Clima OrganizacionalPCO
Militares e CivisPesquisa de Clima OrganizacionalPCO
Vestiário e bicicletário do DECEA, ações alcançadas com a sua opinião!
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A visão do efetivo sobre a organização militarA pesquisa revelou dados importan-
tes. O Índice de Satisfação Geral (ISG)
entre os doze temas abordados teve
58,27% de aprovação na média final do
âmbito do SISCEAB.
O levantamento trouxe um retrato
das percepções sobre o ambiente de
trabalho e forneceu informações para
subsidiar o direcionamento das ações
pela direção da organização.
Com o desenvolvimento da pesquisa,
foi possível conhecer as principais ca-
racterísticas desses profissionais, bem
como apontar os fatores que influen-
ciam sua satisfação pessoal, além de
avaliar a cooperação e o relacionamen-
to entre os líderes e os liderados.
Dentre os itens pesquisados, a comu-
nicação interna aparece como o mais
relevante. Diante destes resultados é
possível afirmar que os aspectos sub-
jetivos do ambiente de trabalho, tais
como o relacionamento interpessoal, o
envolvimento com o trabalho, o senti-
mento de pertencimento, as amizades
e a valorização do grupo e dos superio-
res são elementos determinantes na
formação do clima organizacional.
Em contrapartida, a melhoria dos
programas de qualidade de vida foi
considerada como um desejo da maio-
ria, assim como os serviços e benefí-
cios, tais como alimentação, transpor-
te, apoio psicológico e serviço médico.
Próximos passosAtravés destes resultados, será
possível entender como a satisfação
do indivíduo no trabalho interfere no
seu crescimento pessoal, refletindo
no seu desenvolvimento profissional.
Desta forma, a organização deverá
buscar estratégias para criar e manter
condições no ambiente de trabalho
que proporcionem satisfação do seu
efetivo, assim ele poderá desenvolver
seu potencial e contribuir para os bons
resultados organizacionais.
Como forma de estimular as ações,
a partir do que a pesquisa apontou,
será dado o devido destaque às orga-
nizações que empreenderem mudan-
ças em seus ambientes de trabalho,
que receberão um selo de reconhe-
cimento pela atividade realizada.
Os resultados obtidos na pesquisa
vão servir de base para a aplicação
de planos de ação nas organizações,
visando melhorar a qualidade do
ambiente de trabalho.
O foco é investir continuamente em
melhorias, buscando elevar o grau de
satisfação e, assim, fornecer um am-
biente adequado ao desenvolvimento
do potencial motivador de seus cola-
boradores. Enfim, é fundamental que
a organização faça, de forma siste-
mática e periódica, a análise do clima
organizacional, atuando no gerencia-
mento dos pontos críticos, demons-
trando preocupação com o futuro e as
aspirações do seu efetivo.
PONTOS POSITIVOS
Condições físicas do ambiente de trabalho
Relacionamento com os colegas de trabalho
Cooperação no ambiente de trabalho
Conteúdo e serviços prestados pelo site do DECEA na Intraer e na Internet
PONTOS A MELHORAR
Satisfação em relação ao plano de carreira
Programas de treinamento oferecidos para a capacita-ção profissional
Qualidade dos serviços e benefícios oferecidos pela organização
Satisfação em relação à remuneração
Grau de satisfação por variávelSatisfação pessoal 70,64%
Capacitação profissional 53,27%
Comunicação interna 77,45%
Aspectos motivacionais 47,62%
Liderança 72,23%
Habitação 47,52%
Condições do ambiente de trabalho 74,34%
Alimentação 32,94%
Saúde 37,85%
Transporte 40,54%
Segurança da informação 60,76%
Atualização de conhecimentos e avanços tecnológicos 52,63%
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19
Geraldo Amorim Moreno, 73 anos,
suboficial especialista em eletrônica
(BET), ingressou na Força Aérea Brasilei-
ra em 1958, na Escola de Especialistas da
Aeronáutica (EEAR).
Moreno, hoje suboficial da reserva
remunerada, atua na área técnica do
Sistema de Controle do Espaço Aéreo
Brasileiro (SISCEAB) há mais de 40 anos
e se especializou em instalação, homolo-
gação e manutenção de ILS (Sistemas de
Pouso por Instrumentos) - equipamento
que possibilita aos pilotos a realização de
pousos seguros, mesmo em condições de
baixa visibilidade.
Nosso protagonista nasceu em Ilhéus,
na Bahia, mas durante a infância e a
adolescência morou em várias cidades
do Brasil, por conta da atividade do pai,
que era funcionário do Banco do Brasil.
Quando Moreno completou um ano e
meio, o pai foi transferido para Joinville
(SC). Outras cidades brasileiras foram
cenários de sua infância: Ribeirão Preto
(SP), Belo Horizonte e Boa Esperança
(MG). No início da adolescência de More-
no, a família voltou a morar na capital
mineira.
Aos 12 anos, o menino Geraldo fez
amizade com um farmacêutico do bairro
onde morava em Belo Horizonte. O co-
merciante lhe emprestava diversos livros
de química e física. Geraldo, com muita
criatividade, fazia as mais mirabolantes
experiências em casa com ácidos, como
ele mesmo conta: "Cheguei a montar um
rádio de galena (um dos receptores mais
simples de modulação AM), pois já gos-
tava muito de eletrônica. Eu era terrível,
aprontava todas e, consequentemente,
Quem é?Suboficial MorenoPAME-RJ
A vida profissional do Suboficial Moreno se confunde com a própria história do desenvolvimento do sistema de auxílios à navegação aérea do SISCEAB.
Seção
Entrevistado por Daisy MeirelesFotos de Fábio Maciel
20
apanhava muito. Meu pai queria que
eu trabalhasse, achando que uma
ocupação mudaria meu comporta-
mento".
Quando estava para completar 14
anos, seu pai pediu a um vizinho,
Dante Lapertoza, dono de uma ofi-
cina de eletrodomésticos, que desse
um emprego a Geraldo, mas sem
remuneração, apenas para que ele
tivesse uma atividade que o afastas-
se das travessuras.
"Mas o Dante teve uma ideia me-
lhor: me pagava por fora um salário
de menor. Como queria muito que eu
progredisse, permitia que eu traba-
lhasse só meio expediente na loja e,
na parte da tarde, eu fazia um curso
de eletrônica na Phillips. Foi esse
aprendizado que me qualificou como
técnico em eletrônica" - declara ele
agradecido.
Voltando ao vizinho farmacêu-
tico... seu filho era oficial aviador
da Aeronáutica e sugeriu a Geraldo
Moreno que fizesse concurso para
a FAB. "Como eu queria muito sair
de casa, ser independente, aceitei
a ideia. Mas eu não queria ir para
Barbacena e me tornar um aviador.
Queria ser engenheiro" - declara.
O capitão da Aeronáutica disse
a Moreno: "Depois de cinco anos
atuando como sargento, você pode
prestar concurso para oficial espe-
cialista na Escola de Especialistas da
Aeronáutica em Curitiba e, depois de
dois anos e com uma boa classifica-
ção entre os cinco primeiros coloca-
dos, pode requerer matrícula no ITA
(Instituto Tecnológico da Aeronáu-
tica) ou no IME (Instituto Militar de
Engenharia)".
Geraldo, então, seguiu o conselho
do oficial e, aos 18 anos - em 1958,
entrou para a EEAR. Era o primeiro
passo para realizar o seu sonho. Em
dezembro de 1959, formou-se Tercei-
ro Sargento Q AT RA MR (especialista
em Manutenção e Reparação de
Aparelhos de Rádio). Em fevereiro
de 1960, apresentou-se na Diretoria
de Rotas Aéreas (DR) - para onde foi
designado.
Porém, o sonho de se tornar
engenheiro não aconteceu. Antes de
completar os cinco anos como sar-
gento, o então ministro da Aeronáu-
tica decretou o fim daquele privilé-
gio, frustrando todos os planos de
Moreno.
Solteiro, no Rio de Janeiro, mo-
rava num quarto alugado na rua
Santa Cristina, no bairro da Glória,
próximo ao local de trabalho, que
era o aeroporto Santos-Dumont. De
manhã ia à praia e, após o almoço,
seguia para o trabalho a pé: o expe-
diente começava às 12h e terminava
às 18h30min. Mas a "vida boa" só
durou 30 dias.
Ele dizia categoricamente: "Eu
quero mesmo é colocar a mão na
massa". Então, foi transferido para
o Serviço Regional de Proteção ao
Voo do Rio de Janeiro (SRPV-RJ - hoje
extinto), no Centro de Transmissão
de Manguinhos (CTR-MH) - ligado à
seção de Telecomunicações - e por
lá permaneceu até 1973. "Preferia
trabalhar em campo, não gostava
muito de burocracia, relatórios etc." -
justifica ele sobre a transferência.
Assim, tanto na vida profissional
como pessoal, houve mudanças.
Casou-se, teve filhos e precisava ter
mais condições para sustentar a
família. Ele recorda que, na época de
sargento, com cinco filhos pequenos,
as poucas horas vagas eram aprovei-
tadas não mais para curtir a praia,
mas sim para ganhar um dinheiro
extra. Vivia consertando videocasse-
tes, televisores, rádios e outros ele-
trodomésticos para ajudar no orça-
mento familiar. "Hoje, graças a Deus,
não faço nada disso, pelo contrário,
pago alguém para consertar. Chegou
a hora do conforto e quero usufruir
das minhas conquistas" - declara o
suboficial, hoje com os filhos forma-
dos e em uma nova relação conjugal
que completa dez anos.
O casal Moreno e Cláudia
212121
Nessa época, no Rio de Janeiro,
só havia um ILS, o do Galeão. "Se o
tempo virasse e o ILS desse algum
problema técnico, o diretor da VARIG
ligava pro ministro e, aí, todo mundo
tremia de medo. O ILS tinha que
funcionar a qualquer custo" - conta
Moreno.
O primeiro pouso do Concorde
No CTR-MH teve a oportunida-
de de colocar em prática os seus
conhecimentos e a sua criatividade.
Ele desenvolveu um sistema para
propiciar o aumento da vida útil
das válvulas 5D22, de elevado custo
e de difícil aquisição, utilizadas nos
transmissores TR1K e, também, da
substituição das válvulas retificado-
ras 872, utilizadas em vários equipa-
mentos da época por componentes a
estado sólido de menor custo e maior
vida útil.
O Tenente-Brigadeiro do Ar Joel-
mir Campos de Araripe Macedo, na
época diretor da DEPV (Diretoria de
Eletrônica e Proteção ao Voo), parou
para ouvir o então Sargento More-
no explicar com detalhes a função
do protótipo, que ele chamava de
"Econoválvula". O oficial-general,
que tinha formação em engenharia,
valorizou o invento do graduado,
comprou a ideia e liberou a verba
para produzir todos os transmissores
do local. "Sempre consegui defender
minhas ideias de forma natural e
simples. Acho que isso influenciou
a decisão da autoridade" - explica
Moreno o apoio do diretor.
Foi no CTR, em 1968, que conheceu
(por telefone) aquele que seria seu
amigo mais chegado: Luís Carlos
Trípoli Telles, um militar que servia
na Oficina Local Especializada do
SRPV-RJ, por conta de uma pane
na transmissão de mensagens por
código Morse, reclamada por opera-
dores da zona de aeródromo do Rio
de Janeiro.
Só em 1973 - quando Moreno foi
transferido para o Destacamento de
Proteção ao Voo do Galeão (DPV-GL),
hoje Destacamento de Controle do
Espaço Aéreo (DTCEA), e teve seu
primeiro contato com o ILS, um dos
equipamentos mais importantes da
história da aviação, no qual se espe-
cializou - ele e Trípoli se conheceram
pessoalmente, trabalhando juntos na
manutenção do ILS do Galeão.
No DPV-GL ele permaneceu até
1989, atuando como encarregado
do ILS e fazendo parte de um grupo
de profissionais altamente capaci-
tados, reconhecida na época como
a melhor equipe da área técnica do
controle do espaço aéreo brasileiro.
"Quando trabalhamos juntos na
manutenção do ILS-GL - o que con-
sidero uma grande jornada e uma
enorme responsabilidade sobre os
ombros do Moreno - eu era simples-
mente um mero colaborador. Na ver-
dade, nossa amizade nasceu aí, pois
entendíamos as necessidades um do
outro e procurávamos resolver todas
as situações da melhor maneira
possível. Moreno tem um nível de
exigência e responsabilidade tão alto
que sempre priorizava a operaciona-
lidade do sistema ILS do aeródromo"
- revela Trípoli.
Em dezembro de 1959, a formatura na EEAR
A primeira série na EEAR
21
2222
no Galeão só poderia acontecer se o
ILS estivesse funcionando. Então, o
chefe do SRPV-RJ - ao qual o DPV-GL
estava subordinado - pediu que ele
ficasse de plantão. "Eu não ia fazer
nada, mas eles tinham confiança de
que tudo ia dar certo se eu estives-
se por perto" - conta ele rindo da
responsabilidade colocada em seus
ombros.
Antes do episódio de "11 de setem-
bro de 2001", quando voltava de uma
viagem, Moreno sempre passava na
cabine do piloto só para olhar o ILS
se aproximando. "É uma questão de
segurança, ele é útil e é uma forma
responsável de segurança de voo. Se
ele der problema ou funcionar mal,
vidas humanas serão perdidas. Fui
criado na proteção ao voo com esse
princípio. No passado e atualmente
não queremos saber de quem é a
culpa, temos que deixar tudo funcio-
nando bem e depois procuramos os
responsáveis", esclarece Moreno, que
participou da especificação, escolha
do local e testes de homologação dos
equipamentos ILS implantados no
Projeto Sivam (Sistema de Vigilância
da Amazônia).
Moreno, liderando uma equipe,
recuperou, em tempo recorde e com
soluções criativas, o ILS de Foz do
Iguaçu, danificado por obras locais
no aeroporto, a tempo de ser utili-
zado durante a Copa do Mundo de
2014. Da mesma forma, conseguiu
recuperar os ILS de Curitiba e do
Galeão, que tiveram as estruturas de
antenas abalroadas por aeronaves
durante pouso e decolagem, assim
como o ILS de Brasília, que estava
inoperante devido à degradação.
O militar - hoje reformado e
consultor do Parque de Material de
Eletrônica da Aeronáutica do Rio de
Janeiro (PAME-RJ) - contribuiu, de
forma decisiva, para a reformulação
de todo o conceito de tráfego aéreo
e da infraestrutura aeroportuária,
assim como é responsável pela for-
mação profissional de um extenso
número de militares e civis que
ingressam nessa área.
Quem conta sua trajetória como ins-
trutor é seu chefe imediato, Guilherme
Neves: "O Suboficial Moreno sempre
procurou difundir os seus conheci-
mentos. Foi instrutor de mais de 50
cursos relacionados aos Sistemas ILS,
que proporcionaram a formação de
mais de 500 mantenedores".
Todos os cursos básicos e teóricos
dos equipamentos de navegação aé-
rea são ministrados hoje no Instituto
de Controle do Espaço Aéreo (ICEA),
onde o Suboficial Moreno ainda
atua como instrutor. "Eu fiz todos
os cursos de navegação aérea, mas
me especializei em ILS" - conta com
orgulho e paixão.
Guilherme Neves lembra, ainda, da
dedicação extrema de Moreno: "Não
foram poucas as vezes em que ele
utilizou seu carro particular, um fus-
quinha 69, batizado pelo amigo Trípoli
como 'PS - para sempre', para realizar
a manutenção do ILS e do Glide na
cabeceira da pista do Galeão".
Outra história que marca essa
característica do suboficial, assim
como o seu comprometimento com
o trabalho, é que ele instalou em sua
casa um transceptor que lhe permi-
tia tomar conhecimento, a qualquer
tempo, das panes relativas aos equi-
pamentos de auxílio à navegação
aérea da Terminal Rio. "Assim, eu
podia chegar prontamente ao local
onde deveria ser sanado o problema
técnico, de forma a não prejudicar
o fluxo do tráfego aéreo" - declara
Moreno.
Moreno e Trípoli: "Nós ultrapassamos todos os limites de sermos simplesmente amigos. Somos irmãos, somos família".
Moreno e engenheiros da Thomson, na fase de recebimento de um radar secundário - em Brest, norte da França
23
Por seu notório saber, foi indi-
cado para fazer parte da Comissão
de Fiscalização e Recebimento de
Materiais (COMFIREM), em Paris,
junto à Empresa Thomson (1990 a
1992). Fez parte da equipe respon-
sável pelo recebimento dos equipa-
mentos adquiridos pelo SISCEAB, na
França. Nos dois anos que passou na
capital francesa, não foram poucas
as vezes em que, por telefone, ajudou
as equipes mantenedoras de ILS no
Brasil a solucionar defeitos nos equi-
pamentos, a ponto de ser questiona-
do pelo chefe da COMFIREM quanto
a retornar ao Brasil, devido ao seu
constante acionamento.
Esse período na França separou os
dois amigos, Moreno e Trípoli. "Foi o
nosso primeiro afastamento profis-
sional. Ele merecidamente recebeu
esse prêmio de ir para a missão no
Exterior. Não foi para mim uma ta-
refa fácil: substituir um profissional
com capacidade técnica elevada. Foi
praticamente impossível superá-lo,
mas eu havia sido preparado por ele
e não houve nenhuma interrupção
na continuidade, graças aos seus
ensinamentos" - reconhece Trípoli.
Hoje, Trípoli trabalha na empresa
IACIT - Soluções Tecnológicas com
ILS e, quando surge uma dificuldade,
a primeira coisa que lhe vem à cabe-
ça é consultar o "mestre", que está
sempre pronto a ajudar. A amizade
entre os dois é muito forte, tanto é
que quando tirou a licença prêmio
de dez anos, Trípoli foi visitá-lo em
Paris.
Passaram juntos, também, por
um grave acidente de carro em
Minas Gerais. Ele conta que entra-
ram numa densa nuvem de fumaça
devido a uma queimada na mata, à
beira da estrada. "Era uma situação
parecida com 'voo por instrumento' e
o resultado foi uma colisão coletiva.
Não conseguíamos sequer abrir as
portas do carro para sair. De repente,
caiu uma chuva tão forte que apagou
o fogo da mata e nos deixou comple-
tamente encharcados. Vários carros
avariados, mas sem nenhuma vítima
fatal. Quem passava pela estrada
não conseguia entender nada do que
havia acontecido ali. Foi um milagre
de Deus. Nascemos de novo e juntos!"
Trípoli faz sua declaração final
sobre as duas versões de Moreno: o
profissional e o amigo. "É notório em
todos os níveis hierárquicos da FAB,
a demonstração de competência
profissional do Suboficial Moreno.
Em toda a sua vida militar sempre
demonstrou sua capacidade acima
da média, em todas as situações,
inclusive as adversas com soluções
imediatas, usando sempre o bom
senso e a responsabilidade presen-
te no sangue da proteção ao voo.
Nós ultrapassamos todos os limites
de sermos simplesmente amigos.
Somos irmãos, somos família. Às
vezes, até distantes, estamos sempre
conectados e prontos para ajudar
um ao outro quando for preciso. Até
hoje somos assim, tanto no aspecto
pessoal quanto no profissional e
agradeço ao Moreno por ter partici-
pado integralmente da minha for-
mação, pois só assim consegui, com
sua compreensão, estudar e atingir
meus objetivos".
Em 1992, quando voltou da
França, Moreno foi designado para
trabalhar na Diretoria de Eletrônica
e Proteção ao Voo (DEPV), hoje
Departamento de Controle do Espaço
Aéreo (DECEA), na qual permaneceu,
mesmo após a passagem para a
reserva em 1994, como contratado
da International Civil Aviation
ILS Start Up - Maracay, Venezuela Em maio de 2015, a formatura da última turma de ILS no ICEA
24
Organization (ICAO), assumindo a
responsabilidade complementar de
coordenar a capacitação de novos
técnicos. Nesta atividade ele atingiu
tão elevado grau de eficiência,
que foi atestado como técnico de
referência para tratar de qualquer
assunto relacionado ao ILS, sendo,
inclusive, requisitado para formar
profissionais, militares e civis, de
outros países da América do Sul,
contribuindo, assim, para tornar
a aviação mais segura em nosso
continente.
O reconhecimento de sua compe-
tência fez com que Moreno, após pas-
sar à reserva remunerada, recebesse
propostas de importantes empresas
da área de aviação civil, mas preteriu
todas essas ofertas, mesmo as mais
vantajosas financeiramente, em
favor do SISCEAB, pela oportunidade
de trabalhar no PAME-RJ, pois consi-
dera como eterna a missão de servir
à Força Aérea Brasileira.
"Quando fui para a reserva, o dire-
tor do PAME-RJ, Coronel Engenheiro
Fernando Cesar Pereira Santos,
hoje Brigadeiro e chefe do Subde-
partamento Técnico do DECEA, me
chamou para trabalhar lá. Fiquei
super motivado. Não queria parar de
trabalhar - recebi e aceitei o convite
como um reconhecimento do meu
trabalho".
O Brigadeiro Fernando conta que
quando o Suboficial Moreno chegou
à Divisão de Engenharia de Eletrô-
nica do Subdepartamento Técnico
(antigo SDT), já conhecia a sua fama.
"Teria então a honra de chefiar um
profissional oriundo da equipe técni-
ca do DTCEA-GL, referência quando
o assunto se tratava de ILS" - elogia o
brigadeiro.
O que ele não poderia imaginar
é que enfrentariam juntos alguns
desafios muito importantes para o
SISCEAB. E, mais do que isso, algu-
mas ações tomadas a partir daquele
momento mudariam a carreira do
técnico dedicado e respeitado pelo
compromisso com o DECEA.
Para citar, o Brigadeiro Fernando
conta somente um dos desafios:
"Trabalhamos juntos na viabilização
do ILS Categoria II do aeroporto de
Curitiba. Não foram fáceis aqueles
dias, pois as dificuldades para ho-
mologação inicial do sistema foram
muitas. No final, o ILS foi entregue à
sociedade e, até os dias de hoje, posso
afirmar que trata-se de um dos equi-
pamentos mais importantes para o
tráfego aéreo da Região Sul do País"
- reconhece o chefe do SDTE.
Hoje, Moreno é consultor no
PAME-RJ, contratado da Organização
Brasileira para o Desenvolvimento
Científico e Tecnológico do Controle
do Espaço Aéreo (CTCEA). "Ele trans-
fere seus conhecimentos aos mais
jovens e auxilia nas frequentes
missões para solução de problemas,
que para muitos são insolúveis, seja
pelo prazo, seja pelo conhecimento,
mas não para o suboficial Moreno"
- revela Guilherme Neves.
A carreira do Suboficial Moreno
foi impactada por mudanças im-
portantes e o Brigadeiro Fernando
teve a oportunidade de comparti-
lhar alguns destes momentos. Ele
ressalta a implantação da seção
de ILS no PAME-RJ e diz que a
iniciativa possibilitou ao Subofi-
cial Moreno formar uma equipe
profissionalmente especializada e
que seu exemplo trouxe o sucesso
na iniciativa. "Sem o conheci-
mento e a dedicação do Moreno,
o SISCEAB não teria mantido os
conhecimentos nesta área até os
dias de hoje. A carreira de pro-
fissionais dessa magnitude nos
enche de orgulho. Seu exemplo e
liderança são o 'norte' para tantos
outros graduados da área técnica"
- enaltece o brigadeiro.
Assim, Moreno finaliza a entre-
vista, dizendo: "Trabalho - para
mim - é terapia. Eu sou amante
da responsabilidade, tanto é
que nunca cheguei atrasado ao
trabalho. Encaro com seriedade a
minha missão, seja ela qual for. E,
quando eu tiver que parar, pode
saber que vou morrer, mas morre-
rei feliz!"
ILS Charles de Gaulle, com o gerente de manutenção
25
“A História da Força Aérea Brasileira está morrendo. Eu estou morrendo”. Esta foi a primeira declaração que ouvi ao fazer a primeira de uma série de entrevistas para a Revista Aeroespaço Edição 35, em março de 2009.
Tratava-se de uma Reportagem Especial sobre “Como contamos a nossa história” e o entrevistado em questão é o Tenente-Coronel CTA RF Aloysio Accyoli de Senna, pioneiro da Busca e Salvamento na Aeronáutica.
À época em que a Diretoria de Rotas Aéreas (DR) estava sob a responsabili-dade do então Brigadeiro do Ar Eduardo Gomes, Senna foi para Belém com o intuito de criar e implantar o Serviço de Busca e Salvamento (SAR, sigla que, em inglês significa Search and Rescue).
“As pessoas entram hoje no SAR, olham os equipamentos, os computa-dores com os radares, as modernidades, mas não sabem a história da Busca e Sal-vamento. Não sabem que Coronéis e Co-mandantes auxiliaram os pedreiros com seus carrinhos de mão levando tijolos e cimento”, lamentou Senna.
No entanto, o desconhecimento acerca da história não se limita ao caso do SAR, sendo fruto de uma conjuntura nacional – mesmo mundial – na qual cul-tura, leitura e estudo infelizmente estão, ainda, relegadas ao segundo (para não dizer último) plano.
O próprio Senna já pondera: “a his-tória do SAR é o resultado de muita luta, de persistência”. Assim, o que não falta é aventura para contar sobre as aventuras que por lá se viveu (e ainda se vive!).
Quem de nós, ao olhar a paisagem pela janelinha
do avião, já não sentiu um friozinho na barriga ao ver, lá do alto, a imensidão verde de uma floresta ou o azul do mar sem fim?Sentir-se seguro é logo o que desejamos. Um voo seguro do início ao fim.Infelizmente, como todos sabem, nem sempre é assim. E mesmo que muitos não desejem nem pensar no assunto pra não atrair, achando que o simples ato de pensar torna os medos uma realidade, é preciso estar preparado para estas situações.O que fazer se a aeronave cair no mar? E se for na selva densa da Floresta Amazônica? E se eu não puder me comunicar pelos equipamentos da aeronave? Como vão me achar? Um grupo de pessoas há décadas não só estuda como buscar e achar as vítimas, mas como prepará-las para, dentro do possível, auxiliar neste processo tão complexo e, ao mesmo tempo, delicado.Com vocês, o Serviço de Busca e Salvamento.
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Para que outros possam viver
Por Telma Penteado
Artigo extraído do livro "A História do Controle do Espaço Aéreo Brasileiro" publicado pela ASCOM-DECEA
Artigo
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Um ano antes do final da Segunda Guerra Mundial, em 1944, Senna entrou para o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva da Aeronáutica (CPOR). Parte dos militares era formada no Brasil e ou-tra parte, nos Estados Unidos. Ele foi do grupo que viajou para os EUA pela FAB e lá ficou por um ano.
Assim que retornou ao Brasil, desli-gou-se da Aeronáutica e voltou aos EUA como civil para fazer um curso de Prote-ção ao Voo.
Ainda em 1944, com o surgimento da Organização de Aviação Civil Inter-nacional (OACI), diversos mecanismos foram criados para proporcionar maior apoio e segurança à navegação aérea internacional. Dentre tais mecanismos estava a criação e a estruturação de uma Divisão de Busca e Salvamento, que fica-ria responsável pelo estabelecimento de normas e recomendações que visavam a
disciplinar a atividade em todo o mundo.Assim o Brasil, que desde a criação da
OACI era um dos países signatários, pas-sou a adotar as diretrizes determinadas. Então, em 1947, a FAB estava estrutu-rando seu Sistema de Proteção ao Voo e todo apoio e mão-de-obra especializada era de suma relevância.
Desta forma, tão logo chegou ao País, Senna foi chamado para reingressar na Força e prontamente foi encaminhado para Belém (PA) com o objetivo de mon-tar as aerovias, as redes de tráfego aéreo e os Centros de Controle de Tráfego Aé-reo da região.
Além destas incumbências, estava a importante missão de implementar o SAR no Brasil. Os precisos conhecimentos que Senna adquiriu nos cursos que reali-zou nos EUA foram imprescindíveis.
Após diversas deliberações do Ministério da Aeronáutica, em dezembro de 1947 foi criada a Comissão Organizadora do Serviço de Busca e Salvamento, que, através da Portaria Ministerial nº 324 de dezembro de 1950, efetivou a criação do Serviço de Busca e Salvamento Aeronáutico Brasileiro e criou o primeiro Centro de Coordenação de Salvamento, o SALVAERO Belém.
Com você, a Busca e SalvamentoA Seção de Planejamento de Busca e
Salvamento (DPLN-6), antiga Divisão de Busca e Salvamento (D-SAR) do Depar-tamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) é parte integrante do Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico Brasilei-ro (SISSAR), cuja missão principal é salvar vidas.
É uma meta também estabelecer procedimentos que promovam conti-nuamente a boa comunicação entre os Centros de Coordenação e Salvamento (RCC) e os usuários. De fato, esta rede de relacionamentos (equipe SAR e usuários), passando por cada elo que a compõe, prescinde de uma estrutura de comuni-cação eficiente, eficaz, segura, clara e que permita que o trâmite de informações se dê de tal forma que os procedimentos de busca e salvamento iniciem o mais breve possível com a conquista do sucesso da missão.
Informação, como em outros tantos setores, é um bem muito precioso e pode ser garantia de vida. É um bem vital.
Analisando estes preceitos – informa-ção e boa comunicação – logo nos vem à mente o conceito de integração.
O trabalho integrado necessariamen-te implica na coesão dos componentes
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de um grupo. Falamos de trabalho em equipe e é justamente essa sintonia que traz os excelentes resultados alcançados.
As demandas vêm de todos os pon-tos do País: de situações de emergência aeronáutica e/ou marítima; de chamados para prestação de apoio em calamidades públicas; e no socorro de enfermos das mais longínquas localidades.
Assim, a equipe de Busca e Salva-mento é organizada de forma a estar continuamente disponível para atender à demanda do tráfego aéreo e de todo volume de embarcações que navegam em nossas águas.
Toda vez que uma vítima de um aci-dente é localizada e trazida de volta ao seio de sua família, à segurança de seu lar junto a seus entes queridos, é um mo-mento marcante e deve ser comemorado como uma vitória de todos os envolvidos no processo.
Há 40 anos os Coordenadores SAR planejavam áreas a partir de estimativas e os pilotos decolavam com suas limita-das máquinas levando os resgateiros que se desdobravam para salvar vidas.
Hoje, com toda a tecnologia de ponta adquirida pelo DECEA, num país absolutamente controlado pelos radares, os Coordenadores são abastecidos por uma rede de comunicações, que permite planejar as Operações SAR de forma digital e integrada com as Unidades Aéreas (COMGAR). Os pilotos contam com aeronaves e helicópteros modernos tripulados por resgateiros altamente pro-fissionalizados em prol da salvaguarda da vida humana.
O advento do Sistema COSPAS-
SARSAT, implementado pelo Brasil ainda na década de 80, permitiu a detecção de ELT (Emergency Locator Transmitter – Transmissor de Localizador de Emergência) e de EPIRB (Emergency Position-Indicating Radio Beacons – Faróis de Emergência Indicadores de Posição por Rádio) em qualquer lugar do País.
Trata-se de um Sistema que envolve o uso de satélites para detectar e localizar as balizas de emergência de navios (no caso, EPIRB) e em aeronaves (ELT) ou ain-da transportadas por pessoas ou grupos (os PBL – Personal Locator Beacon – Farol de Localização de Uso Pessoal). Vale res-saltar aqui que seu uso não está regula-mentado no País.
Foi a continuidade dos investimentos, coordenados pelo DECEA, que permitiu ao Brasil tornar-se o primeiro e, ainda único, país do hemisfério sul a usufruir da tecnologia de detecção de sinais de alerta provenientes de satélites de órbita polar média.
Em 2010, as missões cumpridas trou-xeram de volta à segurança 2.015 pesso-as, vítimas de acidente ou incidente.
O Serviço SAR é estruturado de forma sistêmica a fim de permitir a interoperabilidade de todos os seus elos de forma rápida e integrada, permeando suas ações pelos diferentes setores envolvidos. Basicamente, o Sistema é composto por um Elo Central, que é o próprio DECEA; quatro Elos de Coordenação, que são os Centros de
Coordenação de Salvamento (RCC), localizados nas cidades de Manaus, Recife, Brasília e Curitiba; vários Elos de Execução, compostos por 11 Unidades Aéreas (UAe) do Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR).
Dentro de cada RCC, equipes de coordenação compostas por oficiais e especialistas em tráfego aéreo e comu-nicações tem por responsabilidade o planejamento e a coordenação das Ope-rações SAR.
E com a finalidade de prestar apoio às ações de coordenação, temos o Cen-tro Brasileiro de Controle de Missão COSPAS-SARSAT (BRMCC), localizado em Brasília, que, mais detalhadamente, tem por missão o processamento dos sinais captados pelas antenas que compõem o Segmento Provedor Terrestre Brasileiro e sua posterior distribuição aos RCC em prol da localização das vítimas.
O Segmento Provedor Terrestre Brasileiro é composto por três antenas capazes de captar sinais provenientes de satélites de órbita polar baixa e duas an-tenas que captam sinais dos satélites de órbita polar média.
Como vimos, os Elos de Execução são as Unidades Aéreas que operam, tripuladas por equipagens profissionais e adestras diuturnamente, diferentes aviões, tais como C-130 (Lockheed Hercules), P-95 (Embraer EMB 111 Bandeirulha) e C-105 (Casa C-295) e helicópteros, tais como H-1H (Bell UH-1H), H-34 (Eurocopter AS-332 Super Puma), H-60L (Sikorsky UH-60 Black Hawk) e H-36 (Eurocopter EC-725 Super Cougar).
Ten Cel Senna
Operador de Rádio do SALVAERO – Brasília (RCC-BS)
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e salvamento em consonância com os compromissos e normas nacionais e internacionais.
Por meio da Seção de Planejamen-to de Busca e Salvamento, o DECEA gerencia toda a atividade de busca e salvamento aeronáutico brasileira, que é executada pelos seguintes órgãos:
Centro de Coordenação de Salvamento (RCC)Os RCC, do inglês Rescue Coordi-
nation Center, são os órgãos regionais responsáveis pelas ações de busca e salvamento em suas respectivas áreas de jurisdição.
Também chamados de SALVAERO, são dotados de uma adequada rede de comunicação e guarnecidos por pessoal altamente especializado, em permanente estado de alerta, sete dias por semana, 365 dias por ano. No caso de qualquer incidente SAR, serão eles os órgãos responsáveis pela coordenação das operações e de suas missões.
No Brasil, há cinco Centros de Coordenação de Salvamento: SALVAERO BRASÍLIA (RCC-BS)
– sediado no Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), em Brasília;
SALVAERO CURITIBA (RCC-CW) – sediado no Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), em Curitiba;
Acompanhar a própria evolução, conceitual e tecnológica, e se manter no nível que alcançamos ao longo dos últi-mos anos fazem parte do planejamento e é o maior desafio, já que os investimen-tos governamentais são planejados com muita antecedência e, muitas vezes, não conseguem acompanhar o desenvolvi-mento de produtos.
Considerando a estrutura atual do Sistema SAR brasileiro, podemos garantir, através dos números alcançados na últi-ma auditoria, que somos um dos países que melhor se preparam para atender às vítimas de acidentes aeronáuticos e marítimos.
No que diz respeito aos objetivos do SAR para médio prazo estão: o desenvol-vimento da capacidade de comunicação satelital entre os RCC e as aeronaves engajadas no cumprimento da missão; a implantação do conceito JRCC (Joint Rescue Coordination Center – Centro de Coordenação de Resgate Conjunto), onde Equipes de Coordenação da Aero-náutica e da Marinha trabalham juntas no mesmo ambiente; o desenvolvimento do conceito operacional dos satélites de órbita polar média em prol das ativida-des SAR.
Por dentro da Busca e SalvamentoO Sistema de Busca e Salvamento
Aeronáutico (SISSAR) atua numa área de 22 milhões de km2 – com ênfase de trabalho na Região Amazônica e sobre o Oceano Atlântico na área de jurisdição do Brasil – e está organizado e estru-turado para efetuar missões de busca
SALVAERO RECIFE (RCC-RE) e SALVAERO ATLÂNTICO (RCC-AO) – sediados no Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III), em Recife;
SALVAERO AMAZÔNICO (RCC-AZ) – sediado no Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), em Manaus.
Centro Brasileiro de Controle de Missão COSPAS-SARSAt (BRMCC)
Integrante do Sistema Internacional de Busca e Salvamento por Rastreamento de Satélites, o COSPAS-SARSAT é um setor de grande importância para a localização geográfica dos incidentes.
O segmento BRMCC, especificamente, garante a cobertura radar completa de toda a área SAR de responsabilidade brasileira.
legislação SARFoi na famosa Convenção de Chicago,
realizada em 1944, que a Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) foi criada. Com ela, uma série de determinações cria-ram órgãos, estabeleceram metas e normas (Anexo 12) e emitiram diretrizes a serem implantadas por todos os países membros. O Manual de Busca e Salvamento (DOC 7333-NA/859) foi elaborado nesta ocasião.
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Ao longo da década de 70 outras atualizações foram realizadas, como as estabelecidas pela Convenção Inter-nacional de Busca e Salvamento Ma-rítimo (IMO SAR), ocorrida em 1979. Já em 1999, foi editado o Manual In-ternacional dos Serviços Aeronáuticos e Marítimos de Busca e Salvamento (IAMSAR).
De forma didática, a D-SAR elenca, assim, a hierarquia dos documentos que a norteia: Anexo 12 da OACI (SAR) e Convenção IMO SAR Código Brasileiro de Aeronáutica Decreto Legislativo nº 238 (COSPAS-SARSAT) Portaria 439/GM-3 - Missão de Evacuação Aeromédica (EVAM) Portaria 1162/GC-3 (SISSAR) MCA 55-7 - Manual de Emprego da Aviação de Busca e Salvamento MMA 64-2 - Sobrevivência na terra e no mar MMA 64-3 - Manual de Busca e Salvamento
estrutura Administrativa: Plano Regional de Navegação Aérea
(RANP) Plano SAR Regional (aguardando efe-
tivação) Plano SAR Nacional
Guias de implementação: Manual SAR ICAO-IMO (IAMSAR) Manual SAR Regional (em elaboração) Manuais SAR Nacionais Geral: Plano de Operações do RCC Interna-
cional: Conjunto de Documentos COSPAS-
SARSAT (gerais, técnicos, operacionais e de gerenciamento)
Ações integradasComo dito anteriormente, integração
é fundamental. Assim, o Sistema SAR atua de forma integrada com o Exército Brasileiro, a Marinha do Brasil, com Forças Armadas de outros países, quando necessário, e diversas instituições e organizações públicas, privadas e não-governamentais.
Caráter HumanitárioRelevantes são os investimentos do
Comando da Aeronáutica no Sistema SAR no tocante às missões de caráter humanitário. Tais investimentos dizem respeito às constantes modernizações dos Centros de Coordenação de Salva-mento, do Sistema COSPAS-SARSAT e de seus equipamentos de última geração e no emprego das Unidades Aéreas espe-cializadas.
Exercício de Simulação SAR
Uma missão SARNão é difícil compreender a urgência
inerente a cada missão SAR. Cada segun-do é valioso e representa a tênue linha que divide a vida da morte.
O êxito de uma missão depende rigo-rosamente da rapidez com que se plane-ja, se conduz e se conclui uma operação. E para que tudo saia como o esperado, a coleta de dados realizada da maneira mais completa possível e dentro do tem-po mais breve possível é crucial.
Veja agora um passo a passo das eta-pas de execução de uma missão:
Ação inicialTem início quando a equipe SAR toma
conhecimento de pessoas ou naves em perigo. É justamente neste primeiro e delicado momento que o Centro de Co-ordenação de Salvamento adota as medi-das imediatas que se fazem necessárias.
É igualmente primordial a coleta da maior quantidade possível de dados para que a declaração da fase de emergência apropriada seja definida e para que todo o pessoal envolvido possa, o quanto an-tes, ativar os meios cabíveis.
Fase de incertezaÉ assim classificada qualquer situação
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quartéis do Exército, da Marinha, da Polícia Militar, dos Bombeiros;
órgãos Estaduais e Municipais (Pre-feituras e Delegacias);
fundações, institutos, entre outros. É importante frisar que todos os
Documentos Operacionais devem ser devidamente registrados em locais de fácil acesso.
E com esta vida sem rotina, vida de entrega e sacerdócio, a equipe SAR traz aos brasileiros e àqueles que por aqui estão de passagem a certeza de que alguém os vê e ampara. É a certeza con-fiante em pessoas que labutam “para que outros possam viver”.
Os tipos de Missão SARMuitos são os tipos de missões
diretamente ligadas às Operações SAR. Confira:
Missão de Interceptação e Escolta (MIE)
Tem por finalidade prestar auxílio aproximado a uma aeronave ou embar-cação em perigo. Portanto, é utilizada no auxílio de aeronaves na iminência de um pouso forçado e de embarcações ou aeronaves perdidas.
Missão de Busca (MBU)Tem por finalidade localizar aerona-
ves e embarcações desaparecidas.
Missão de Salvamento (MAS)A meta deste tipo de missão é dar
atendimento de emergência ou mesmo resgatar os sobreviventes de um Inci-dente SAR, aeronáutico ou marítimo.
Missão de Apoio (MIA)Neste tipo de missão estão enqua-
dradas todas as demais missões realiza-das em apoio a uma Operação SAR.
Dentre elas, destacam-se:
Missão de Misericórdia (MMI)É a atividade não específica SAR na
qual o Comando da Aeronáutica pro-porciona transporte aéreo a doentes ou
na qual exista alguma dúvida quanto à segurança da aeronave e seus ocu-pantes. Nesta situação, após receber a notificação, o Centro de Coordenação de Salvamento analisa o plano de voo, as condições meteorológicas da rota realizada e os possíveis atrasos e ruídos nas comunicações entre piloto e contro-lador. Aqui os Coordenadores devem se certificar de que a Busca Preliminar por Comunicações (PRECOM) foi completa-da e executada pelo Centro de Controle de Área (ACC) da região em questão.
Feito isto, o Centro de Coordenação de Busca e Salvamento se prepara para realizar uma Busca Ampliada por Comu-nicações (EXCOM).
Fase de AlertaÉ assim classificada qualquer
situação na qual exista apreensão quanto à segurança da aeronave e seus ocupantes.
Fase de PerigoComo um degrau a mais na escala,
é assim classificada qualquer situação na qual existam motivos justificados para se crer que uma aeronave e seus ocupantes estejam ameaçados por grave e iminente perigo e necessitam de auxílio imediato. Voltando à Fase de Incerteza, vamos aprofundar os dois tipos de Busca por Comunicações.
PReCOM - Busca Preliminar por ComunicaçõesÉ realizada pelos órgãos de Controle
de Tráfego Aéreo. Os contatos se dão por meio dos circuitos normais, respei-tando a seguinte ordem: Centros de Coordenação de Salva-
mento (RCC); locais de destino da aeronave e os
de alternativa que o piloto possa ter optado na situação de emergência;
estação de saída (ponto de partida); estações sediadas ao longo da rota
prevista; aeroportos sediados ao longo da
rota prevista.
eXCOM - Busca Ampliada por ComunicaçõesÉ realizada pelos Centros de Coor-
denação de Salvamento (RCC). Os con-tatos se dão através de quaisquer meios necessários e possíveis, com utilização de todos os recursos ao longo de uma rota ou área determinadas. Durante esta Busca Ampliada, são enfatizados:1 – todos os locais (áreas) onde a
PRECOM não tenha atingido; 2 – qualquer lugar onde seja possível
encontrar a aeronave e as vítimas em questão.É feita também a consulta a órgãos
não tradicionais, não usuais, tais como: rede de Radioamadores;
Balizas de Emergência
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MEOLUT Brasileira
Pioneirismo no Hemisfério SulO ano de 2009 entrou para a His-
tória não somente para do Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico Brasileiro (SISSAR), como também para o Brasil.
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo se regozijou por ter instalado a Estação MEOLUT Brasileira, permitindo que o País assumisse a posição de 4º no mundo (atrás do Canadá, Inglaterra e Fran-ça) a implantar a tecnologia de ponta do Sistema COSPAS-SARSAT, sendo a primeira Estação instalada no hemisfério sul.
A MEOLUT (sigla Médium-Earth Orbiter Local User Terminal, que em português significa Terminal de Usuário Local de Órbita Média) é uma estação terrestre especialmente desenvolvida para receber e processar os sinais captados pelos Satélites MEOSAR. No Brasil, a MEOLUT de dois canais está sediada no Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), em Bra-sília e entrou em operação no dia 03 de julho de 2009.
O Programa COSPAS-SARSAT tem por objetivo central salvar vi-das através da localização de radiobalizas de emergência. Quando uma dessas radiobalizas é acionada, seu sinal é captado por saté-lites que o retransmite para as Estações em Terra de Usuário Local (LUT), que automaticamente o processam e enviam sua localiza-ção para um Centro de Controle de Missão (MCC) do país respon-sável pela região de Busca e Salvamento onde a referida baliza se encontra.
Este MCC, por sua vez, analisa e encaminha a posição aos Cen-tros de Coordenação e Salvamento (RCC) – aeronáuticos ou maríti-mos – que assumem a responsabilidade de prestar o efetivo Servi-ço de Busca e Salvamento.
MEOLUT em açãoComo o novo sistema emprega satélites com órbitas médias
(aproximadamente 20 km de altura), ele tem a capacidade de pro-curar por sinais de emergência em um raio muito maior se compa-rado com os de órbita polar baixa – os LEOSAR.
Como resultado, haverá um salto de qualidade na precisão e na diminuição do tempo da localização da posição, contribuindo diretamente para a economia e a eficiência do emprego dos meios SAR em atendimento às emergências.
Além da capacidade de utilizar o efeito Doppler, o satélite MEOSAR usará o princípio similar ao utilizado pelos aparelhos GPS para determinar a posição: a diferença de tempo na recepção do sinal de diferentes satélites visualizados ao mesmo tempo. Vale ressaltar que este cálculo não será realizado pela baliza de emergência, mas diretamente nas MEOLUT.
feridos, vítimas de incidentes (excluídos os ae-ronáuticos e marítimos), para localidades com melhores recursos hospitalares, assim como transporte de medicamentos e equipamentos médicos de um modo geral.
A decisão e a responsabilidade de atendi-mento desse tipo de missão são do Comando Aéreo Regional que recebeu a solicitação. E a Coordenação da missão compete ao RCC da área geográfica, originária da solicitação.
Evacuação Aeromédica (EVAM)Esse tipo de missão em muito se asseme-
lha à Missão de Misericórdia. A diferença é que a EVAM é uma atividade logística militar destinada a assegurar às Forças Armadas o transporte aéreo de doentes e feridos.
As solicitações de EVAM são encaminha-das diretamente aos comandantes dos Co-mandos Aéreos a que estiverem subordinados os solicitantes ou aos comandantes de Or-ganizações aos quais tenham sido delegadas atribuições de atendimento.
As Organizações não pertencentes direta-mente ao Comando da Aeronáutica deverão apresentar suas solicitações ao comandante do COMAR envolvido, de acordo com as ins-truções específicas do seu Comando Militar.
Missão de Humanidade (MHU)É uma atividade não específica SAR para
os casos de calamidade pública. Essa missão é feita em colaboração com as autoridades federais, estaduais ou municipais, quando solicitadas e são determinadas por autoridade competente.
Missão Especial (MES)De natureza militar ou civil, determinada
por autoridade competente, este tipo de mis-são destina-se a apoiar outras operações que envolvam segurança pessoal de autoridades, perigo de vida humana, salvamento ou prote-ção de bens públicos ou privados.
Enquadram-se nesse tipo de missão as operações militares conjugadas com forças singulares; proteção especial no desloca-mento do Presidente e do Vice-Presidente da República; apoio às Forças Auxiliares ou Corpo de Bombeiros em casos de sinistros terrestres e marítimos; ou outras ligadas à segurança da operação.
Antenas do MEOLUT
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A informação pode ser o ponto de
partida para mudanças, baliza-
das por ações de desenvolvimento e
aperfeiçoamento de atividades.
O Departamento de Controle do
Espaço Aéreo (DECEA) mantém este
canal aberto com a sociedade através
do Serviço de Atendimento ao Cida-
dão (SAC), que completou três anos
de funcionamento no dia 18 de julho
de 2015. Neste período, foram conta-
bilizados aproximadamente 40 mil
chamados, uma média de 36 solicita-
ções por dia útil.
Estes números comprovam que o
cidadão não está alheio ao que acon-
tece ao seu redor e faz uso dos ele-
mentos que tem ao seu alcance para
fazer ouvir a sua voz, a sua opinião.
Assim, o sistema SAC DECEA é um
meio de comunicação que dá voz ao
indivíduo e, ao mesmo tempo, serve
como termômetro para medir sua
satisfação na prestação de serviços.
Podem ser pilotos que fazem planos
de voo pela Internet ou utilizam
outras ferramentas disponibilizadas
pelo DECEA, como o AISWEB (fonte
oficial de informações aeronáuti-
cas em meio digital) ou a REDEMET
(fonte de serviços e produtos meteo-
rológicos), usuários ou assinantes das
publicações aeronáuticas, pessoas
com intenção de propor ou modificar
edificações no entorno de aeródro-
mos, ou ainda outros que queiram
denunciar a realização de voos de he-
licópteros ou aviões de pequeno porte
em áreas de risco. Ou seja, as possi-
bilidades de perguntas, avaliações e
Serviço de Atendimento ao Cidadão do DECEA
Conhecer a opinião do cidadão é um item indispensável na Era da Informação. O atendimento a críticas e sugestões pode ser extremamente positivo quando se pressupõe a evolução de produtos ou serviços
Por Gisele BastosFotos de Fábio Maciel
Reportagem
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questionamentos são ilimitadas.
Na prática, qualquer pessoa
pode pedir dados sem apresentar
justificativa para esta solicitação.
O contato pode ser feito de acordo
com a conveniência do solicitan-
te, por telefone, carta, e-mail, fax,
pessoalmente ou por formulário
em sites oficiais. Não há limites
ou impeditivos quanto ao número
de vezes que o usuário abra um
chamado.
lei de AcessoO Sistema SAC foi desenvolvido
pela Assessoria de Comunicação
Social (ASCOM) do DECEA, em
adequação às regras e padrões da
Lei de Acesso à Informação. San-
cionada em 18 de novembro de
2011, a Lei nº 12.527/2011 entrou
em vigor em 16 de maio de 2012 e
regulamentou o direito constitu-
cional de acesso à informação.
Como órgão central do Sistema
de Controle do Espaço Aéreo Bra-
sileiro (SISCEAB), o DECEA pro-
jetou o Sistema SAC para incluir
seções e organizações subordina-
das, localizadas em grandes cen-
tros do País, que foram definidas
como "áreas".
Ao todo são 24 áreas, que atu-
am de forma independente ao
receber, transferir ou responder
chamados. Cada uma delas tem
autonomia para definir suas
categorias de atendimento, que
podem ser previamente selecio-
nadas pelo usuário. A ASCOM faz
o gerenciamento do sistema e a
coordenação dos atendimentos
junto às seções e demais unida-
des.
Prazo para atendimentoEm todas as demandas devem
ser respeitados os prazos defi-
nidos pela Lei de Acesso à Infor-
mação. No caso do Sistema SAC
DECEA, foi utilizada uma co-
municação visual em cores para
facilitar o acompanhamento dos
pedidos.
O Sistema identifica com a cor
verde, o atendimento nos primei-
ros 15 dias da abertura do chama-
do. A situação do pedido muda
para amarelo entre o 16º e o 20º
dia. Após 20 dias, a identificação
do chamado passa a ser verme-
lha, porque houve prorrogação
compulsória e o atendimento foi
estendido por mais dez dias. Pas-
sado o prazo máximo de 30 dias,
a situação do pedido passa a ser
identificada com a cor preta.
Responder um chamado requer
dedicação, principalmente por-
que a utilização desta ferramenta
pode contribuir com a melhoria
de processos internos, de todos os
envolvidos. Quando utilizada sob
esta perspectiva, pode alcançar
resultados excelentes.
O Instituto de Cartografia
Aeronáutica (ICA) tem investido
esforços neste sentido. De acor-
do com Alberto Torres Chemp
Junior, supervisor do Sistema no
ICA, o contato com os usuários
através dos atendimentos no SAC
tem auxiliado na melhoria dos
serviços prestados pelo Instituto
“O desafio foi implementar um processo que auxiliasse estas áreas na gestão dos atendimentos, sem engessá-las e respeitando suas características, ou seja, levando em consideração as peculiaridades de cada unidade e setor. Acho que o mérito do sistema foi ter obtido sucesso em superar essa questão”- explica o desenvolvedor do sistema João Ximenes.
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Subdepartamentode Administração (SDAD);Subdepartamento de Operações (SDOP);Subdepartamento Técnico (SDTE); Aeródromos (AGA/ZPA);Assessoria Jurídica (AJUR);Assessoria de Planejamento, Orçamento e Gestão (APLOG);Assessoria de Segurança Operacional no Controle do Espaço Aéreo (ASEGCEA);Assessoria para Assuntos de Tarifas de Navegação Aérea (ATAN);Divisão de Documentação (D-DOC);Gabinete do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (GABCEA);Agência Regional de Monitoração das Regiões do Caribe e da América do Sul (CARSAMMA);Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA);Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I);Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II);Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III);Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV);Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA);Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV);Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA); Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA);Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ);Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP);Junta de Julgamento da Aeronáutica (JJAER).
e conferido agilidade e qualidade
aos procedimentos internos de
trabalho. “Atualmente, quando
um atendimento relata uma não
conformidade é aberto de imedia-
to um processo de correção para a
próxima emenda das publicações
de informação aeronáutica e,
logo após sua conclusão, é feita a
averiguação das causas dessa não
conformidade. Por fim, temos re-
cebido alguns elogios pelo pronto
atendimento e por melhorias im-
plementadas, por exemplo, no site
AISWEB”, esclarece o supervisor.
FuncionalidadesO Sistema SAC permite o
acompanhamento do chamado
em tempo real pela internet. São
enviadas notificações por email de todas as ações realizadas, por
exemplo, quando um novo SAC é
recebido ou quando é respondido.
As réplicas e tréplicas ficam re-
gistradas, assim como o nome do
responsável por cada resposta.
A orientação é de que cada
unidade defina dois superviso-
res para gerenciar e controlar os
atendimentos. O Sistema permite
que sejam cadastrados vários es-
pecialistas, que são profissionais
com conhecimento técnico para
responder em categorias predefi-
nidas.
No Subdepartamento de Opera-
ções (SDOP) do DECEA, por exem-
plo, foram definidas seis catego-
rias: Busca e Salvamento (SAR),
Comunicações, Navegação e
Vigilância (CNS), Gerenciamento
de Tráfego Aéreo (ATM), Meteoro-
logia Aeronáutica (MET), Opera-
ções Militares (OPM) e Serviço de
Informações Aeronáuticas (AIS).
No entanto, cada área do Sistema
pode definir as categorias que
julgar mais pertinentes para seu
ramo de atuação.
Além do supervisor e do espe-
cialista, existe a figura do consul-
tor, o profissional que tem poder
de perícia, mas não de resposta.
Quando é preciso uma avaliação
técnica mais apurada, o consultor
dá o seu parecer e o especialista,
com base nesta avaliação, respon-
de ao solicitante.
O Sistema de Atendimento ao
Cidadão também atua de forma
colaborativa com o Serviço de
Informações ao Cidadão da Força
Aérea Brasileira, o SIC-FAB - cen-
tralizado no CECOMSAER (Centro
de Comunicação Social da Aero-
náutica), que utiliza o Sistema
SAC DECEA para encaminhamen-
to das demandas recebidas.
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3535
Solicitações de usuáriosConheça alguns reports que foram encaminhados pelo Sistema SAC DECEA:
Assunto:
API Cartas – emenda futuraMensagem: “Bom dia! As funções ficaram mesmo excelen-
tes! A única que ainda não consegui reproduzir é a obtenção de Cartas de uma emenda futura (data indicada) de todos os aeródromos com car-tas modificadas naquela emenda, como existe hoje na AISWEB. É uma função importante pois minimiza o acesso no download e permite ante-cipar a atualização.
Existe alguma forma de fazer esta operação via API? Muito obrigado pelo trabalho excelente de vocês!
Luis Antonio Malheiros Meloni – da Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves (APPA)
Assunto: Consulta de Aeronaves com Autorização SuspensaMensagem:
“Olá, gostaria de primeiramente parabenizar por mais esta ferramenta que é a consulta de aero-naves com suspensão, pois agora fica muito mais viável se ter um melhor controle dessas consulta. No entanto, gostaria de verificar se há possibili-dade de gerar uma listagem das matrículas sus-pensas através de uma ‘API’ simples de consulta, podendo retornar todas de uma única vez em uma página específica, para que possamos tratá-las de melhor maneira e ter um backup sendo realiza-do algumas vezes por dia, a fim de ter o acesso a listagem, mesmo quando este serviço vier a ficar indisponível ou nossa conexão com internet vier a cair. Desde já, agradeço a atenção.
Rodrigo Almeida Costa – da INFRAERO
20984 Dúvida
5059 Reclamação
1456 Notificação
de erro
1357 Sugestão
398 Crítica
?!#@*
40 mil é o total de chamados recebidos
Uma média de 36solicitações por dia útil
139 chamados do Sistema de Informação
ao Cidadão (SIC)
Valores absolutos
Motivo da solicitação
Atendimento por categoria
Os números do SAC
3674 Gerenciamento de tráfego aéreo
1917Licença de Pessoal daNavegação Aérea (LPNA)
1219 Recursos Humanos
957Serviço de Informação Aeronáutica 439 Meteorologia
Áreas com maior número de atendimentos:
8802 Assessoria para Assuntos de Tarifas de Navegação Aérea
5948 Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro
2699 Subdepartamento de Administração do DECEA
2431 Instituto de Cartografia Aeronáutica
2358 Subdepartamento de Operações do DECEA
Assinaturas de publicações aeronáuticas
Emissão de licença
Questões relativas às publicações de informações aeronáuticas
Ruídos e normas
Ilustração - Aline Prete (ASCOM/DECEA)