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AERO ESPAÇ Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA N O T Í C I A S - A n o 2 n º 1 2 ATCR-33 - Radar de Controle de Aproximação de Defesa Aérea do 3º/1º GCC

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Page 1: Aeroespaço 12

AERO

ESPAÇ

Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA

NO

TÍC

IAS - Ano 2 n º 1 2

ATCR-33 - Radar de Controle de Aproximação de Defesa Aérea do 3º/1º GCC

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Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA,produzido pela Assessoria de Comunicação Social - ASCOM/DECEA

Diretor-Geral:Ten Brig Ar José Américo dos SantosAssessor de Comunicação Social e Editor:Paullo Esteves - Cel Av R1Redação:Daisy Meireles (MTB 21286-DRT/RJ)Telma Penteado (RJ 22794-JP)Diagramação & Capa:Filipe BastosFotografia:Luiz Eduardo PerezIlustração:Messias Bassani - CB SDE

Home page: www.decea.gov.br - Intraer: www.decea.intraerE-mail: [email protected] ou [email protected]ço: Av. General Justo, 160 - Centro - 20021-130Rio de Janeiro/RJTelefone: (21) 2123-6585 - Fax: (21) 2262-1691Editado em: outubro/2005Fotolito & Impressão: Ingrafoto

Página 2• Índice / Expediente / Cartas dos Leitores

Página 3• Editorial / Nossa Capa

Página 4 • Visitas de Inspeção - O DECEA no PAME, ICA e 1º GCC

Página 5 • SRPV-RJ passa a subordinação de três Destacamentos ao CINDACTA I

Página 6• Militar do CINDACTA III participa de Campeonato Mundial de Orientação • SRPV-RJ apóia missão fotográfica para o livro “Asas da Força Aérea”• DTCEA de Porto Seguro faz 10 anos• CCSIVAM recebe representantes do Comando Sul do Exército dos EUA

Página 7• A comemoração dos 25 anos da CISCEA e o término do contrato do SIVAM

Página 8• Integrante do CCA-SJ apresenta Framework no maior evento sobre linguagem Java do Brasil

Página 9• CISCEA promove o I Seminário de Enlaces de Dados Operacionais

Página 10• D-SAR visita o SALVAMAR-BRASIL• SALVAERO RECIFE recebe homenagem na ALEPE• DECEA participa de workshop internacional sobre segurança de vôo

Páginas 11, 12 e 13 • Seção: Eu não sabia! - Tema: ASCOM

Página 14• ICEA entrega novos previsores de tempo ao SISCEAB

Página 15• Seção: Literalmente Falando

Páginas 16 e 17• Homens à frente do seu tempo

Páginas 18 e 19• Seção: Conhecendo o DTCEA Galeão - RJ

Páginas 20 e 21• Seção: Quem É... Ten Cel Av Candez

Página 22• DTCEA-LS comemora seu 30º aniversário e homenageia o SRPV-RJ• Comitiva do SISCOMIS visita o SRPV-MN• SRPV-SP comemora 58 anos

Página 23• SRPV-RJ recebe alunos da graduação em Geografia da UERJ• Novos comandantes dos DTCEAs Barra do Garças, Três Marias e Tanabi• Reunião de Trabalho no CCA-RJ apresenta processos e sistemáticas de planejamento

Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não expressando, neces-sariamente, a opinião do DECEA.

Expediente

Cartas dos LeitoresEmbora acostumado com a qualidade das reportagens e das matérias desenvolvidas

pela revista Aeroespaço, uma constante nesse instrumento de divulgação de nosso trabalho, a Edição Nº 11 me surpreendeu! Não por me mostrar mais um pedaço da Aeronáutica que não conheço, quase sempre o caso. Mas por me permitir viajar no espaço e no tempo e retornar ao CINDACTA II, com todos os seus serviços e belezas singulares, fruto de sucessivos comandos excepcionais, a maioria dos quais eu tive o privilégio de participar.

Maior satisfação, contudo, foi ver quão mais bem cuidado está aquele que foi o meu lar, meu trabalho, a escola e hotel de meus cães, a maternidade de meus filhos,... meu porto seguro.

Muito Obrigado!José Antonio da Motta MATINHA - Maj Eng

Assessor da Diretoria Técnica da CISCEA

É com grande satisfação que parabenizo toda a equipe do editorial da Revista Aeroespaço pelo excelente trabalho, tanto de apresentação como de conteúdo da publicação. A diagramação e o design visual arrojado vêm marcando, de forma singular, esse veículo de comunicação interna. A leitura da revista causa orgulho em qualquer membro do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, pois nota-se o capricho e o gosto com que a tarefa está sendo realizada. Mostra-se de fundamental importância termos um periódico esclarecedor das atividades desempenhadas pelos diversos elos do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro, principalmente pela sua amplitude e diversidade. Meus votos de sucesso continuado a todos vocês que fazem desse trabalho uma arte.

Davi AFFONSO da Silva - Maj AvAssessor da Diretoria Operacional da CISCEA

A integração é, atualmente, a solução para os grandes sistemas corporativos, sendo um atributo que requer extrema competência para a sua execução. O SISCEAB possui, notoriamente, uma necessidade de sincronismo em suas atividades, e como realizá-las sem a participação homogênea e efetiva de seus integrantes? A AEROESPAÇO vem demonstrando, através de uma surpreendente qualidade técnica de seus artigos, que temos um grande aliado no processo evolutivo do nosso Sistema. Conhecendo seus integrantes, suas atividades e, sobretudo os seus objetivos, o processo de harmonização caminhará para o seu sucesso pleno, garantindo a eficiência das atividades do SISCEAB.

Celso Luís FIGUEIREDO – 1S BCTAssessor da CNS/ATM

Índice

Page 3: Aeroespaço 12

Ten Brig Ar José Américo dos SantosDiretor-Geral do DECEA

ATCR - 33 Radar de Controle de Aproximação de Defesa Aérea do 3º/1º GCC

Esta imagem fantástica foi colhida pelo 2S BET Luiz, do efetivo do Terceiro Esquadrão do Primeiro Grupo de

Comunicação e Controle (3°/1° GCC), durante a montagem da estrutura de comunicação e controle para os

participantes das Operações Calango III e Rodopista, que aconteceram no período de 24 a 28 de setembro, em João

Pessoa, na Paraíba. Pela sua rara beleza e qualidade, a foto mereceu a capa de nossa edição de aniversário. A Operação

Calango III teve o objetivo de treinar a mobilidade e a operacionalidade das unidades envolvidas (1º/4º GAv, 3º/1º

GCC e DTCEA-Natal), quanto ao tempo gasto para deslocamento, preparo e execução da missão proposta.

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Com esta 12ª edição, estamos comemorando o primeiro aniversário da Aeroespaço Notícias. Foram doze edições produzidas com muito esmero pela equipe da Assessoria de Comunicação Social (Ascom) do DECEA, que está sendo retratada nas páginas da seção: “EU NÃO SABIA!”

Mas não é só a ASCOM que faz a nossa revista, somos todos nós, integrantes do SISCEAB, contribuindo com reportagens sobre sua OM, cedendo entrevistas, como o Cel Candez, retratado nesta edição, enviando-nos mensagens para a seção Cartas dos Leitores, enfim, cada um de nós é parte integrante desta revista, que já é a caixa de ressonância do DECEA.

Conquistas individuais e coletivas, novas tecnologias incorporadas ao cotidiano operacional, eventos – enfim, tudo o que acontece no ambiente do Departamento de Controle do Espaço Aéreo está sendo historicamente divulgado e registrado nas páginas do nosso informativo.

Tudo o que já foi publicado faz parte da nossa história e está, portanto, eternizado. No quarto aniversário do DECEA, comemorado no dia 5 de outubro, todos entoamos, com orgulho, o

Hino do DECEA. De autoria do Brig Eng Rogério, chefe do SDTI, com arranjo do SO Fraga, da Banda de Música da Base Aérea do Galeão, o referido Hino conseguiu dar voz às nossas vozes, exaltando nossa missão e engrandecendo o trabalho de milhares de pessoas que conduzem o controle do espaço aéreo no Brasil. Conheça a letra do nosso Hino:

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Hino do DECEALetra e Música: Brig Eng Roberto Souza de OliveiraArranjo: SO SMU Erivaldo Fraga da Silva

Se você não nos conhece e o seu destino é voarNosso nome é DECEA e nossa missão:O seu vôo tranqüilo tornar.No ar... Na terra... No espaço... DECEA a integrar... a integrar

Desenvolvemos e empregamos conhecimentos e açõesDe todos os rincões coletamos e tratamosCom esmero, as informações.No ar... Na terra... No espaço... DECEA a integrar... a integrar

Somos olhos e ouvidos de um país bem destemidoMilitares e Civis a trabalharNo Controle do Espaço Aéreo BrasileiroQue tornamos seguro voar.No ar... Na terra... No espaço... DECEA a integrar... a integrar

Aprendemos com a paz para na guerra triunfarCom a Defesa Aérea sempre a integrarNosso nome é DECEA e nossa missão:Soberania da Pátria no ar.No ar... Na terra... No espaço... DECEA a integrar... a integrar

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O DECEA no PAME, ICA e 1º GCCVi

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PAMEA visita de inspeção do Departamento de Controle do Espaço Aéreo

(DECEA) ao Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ) aconteceu no dia 06 de julho.

Após as honras militares de praxe, o Diretor-Geral do DECEA, Ten Brig Ar José Américo dos Santos, seguiu com a comitiva para o auditório da organização. Lá foi realizado um briefing pelo Diretor do PAME-RJ, Cel Av Mauro Henrique Ramos Conti, com ênfase nos resultados da REMAN 2005 (Reunião de Manutenção e Suprimento do SISCEAB), realizada duas semanas antes e nos projetos planejados para o futuro, dentre eles, a modernização do parque gráfico.

Após o almoço, enquanto as reuniões setoriais eram realizadas, o DGCEA visitou a todas as instalações do parque, interagindo com todo o efetivo e destacando as novas instalações da Divisão de Publicações Aeronáuticas (antiga Imprensa Técnica).

ICANo dia 11 de julho foi a vez do Instituto de Cartografia

Aeronáutica (ICA) receber a visita de inspeção.Logo pela manhã, após a apresentação dos oficiais e civis de nível

superior e a chegada do Diretor-Geral do DECEA, foi realizada pelo Diretor do ICA, Cel Eng José Carlos Rodrigues, uma palestra de apresentação do Instituto, no auditório.

Estiveram presentes, além do Diretor-Geral, o Maj Brig Ar Silveira, o Brig Eng Rogério, o Brig Eng Roberto, o Brig Ar Polhmann e o Brig Ar Alves.

Dando seqüência à visita, as autoridades se dividiram em grupos e fizeram a inspeção em todos os setores do ICA.

1º GCCA visita de inspeção do DECEA ao Primeiro Grupo

de Comunicações e Controle (1º GCC), chefiada pelo Diretor-Geral do DECEA, aconteceu no dia 09 de agosto. Fizeram parte da equipe o Vice-Diretor executivo do DECEA; o Chefe do Subdepartamento de Logística; o

Chefe do Subdepartamento de Operações; o Chefe do Subdepartamento de Administração e oficiais do Departamento.

Durante sua apresentação, o Ten Cel Av João Batista Oliveira Xavier, Comandante do 1º GCC, apresentou a estrutura atual do Grupo e as diversas atividades desenvolvidas, enfocando o grande número de operações militares que a organização, por meio de seus esquadrões subordinados, participou, efetivamente, no primeiro semestre de 2005, ressaltando o apoio irrestrito do DECEA.

Após essa apresentação, a equipe de inspeção teve a oportunidade de visitar as instalações do Grupo, comprovando in loco a organização e a disposição das diversas seções.

Ao final da visita, o Ten Brig Ar José Américo reconheceu o esforço realizado pelo 1º GCC e esquadrões subordinados em manter o preparo e atender de maneira eficiente e eficaz aos pedidos de apoio, advindos dos mais diversos órgãos do Comando da Aeronáutica. O Diretor-Geral do DECEA ratificou a continuidade do apoio até o final de sua direção.

4 AEROESPAÇO

O DGCEA interagiu com o efetivo durante a visita ao PAME

O Ten Cel Xavier apresentou a atual estrutura do 1º GCC ao Diretor-Geral

Todos os setores do ICA foram visitados pelo Diretor-Geral

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SRPV-RJ passa a subordinação de três Destacamentos ao CINDACTA I

5AEROESPAÇO

No dia 12 de agosto de 2005, o Servi-ço Regional de Proteção ao Vôo do Rio de Janeiro (SRPV-RJ), em cumprimento à Portaria DECEA nº 86/DGCEA, de 28 de junho de 2005, realizou a Solenidade de Passagem de Subordinação dos Des-tacamentos de Controle do Espaço Aéreo de Confins (DTCEA-CF), Barbacena (DTCEA-BQ) e Lagoa Santa (DTCEA-LS) ao Primeiro Centro Integrado de De-fesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I).

A solenidade contou com a presença do Comandante do CINDACTA I, Cel Av Paulo Gerarde Mattos Araújo, do Chefe Internino do SRPV-RJ, Ten Cel Av

Almir Coelho Santos Filho, do Ten Cel QOECTA João Miguel Gomes da Silva, Coordenador dos Destacamentos subor-dinados ao CINDACTA I, e de autori-dades civis e militares da área do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.

A cerimônia militar foi presidida pelo Maj Brig Ar Luiz Paulo Moraes da Silvei-ra, Vice-Diretor Executivo e de Planeja-mento do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, representando o Ten Brig Ar José Américo dos Santos, Diretor-Ge-ral do DECEA.

Posteriormente, o Comandante do CINDACTA I, acompanhado do Chefe Interino do SRPV-RJ, passou em revista

à tropa, onde foi lido o histórico do CINDACTA I, retornando depois para o dispositivo de Passagem de Subordina-ção onde se apresentaram ao Vice-Diretor Executivo e de Planejamento do DECEA, o qual cumprimentou a ambos e, posterior-mente, proferiu suas palavras onde enal-teceu a importância do evento, parabeni-zando o Chefe Interino do SRPV-RJ pelo brilhantismo na preparação e organização da presente solenidade, que, em um dos seus momentos solenes, no caso a troca dos estandartes representativos de organi-zações militares, foi realizado de maneira exemplar, haja vista ser esse procedimen-to inédito em solenidades militares.

Foto 1 - Maj Brig Ar Silveira presidiu a cerimônia militar / Foto 2 - Ten Cel Av Almir Santos passa a subordinação dos destacamentos ao Cel Av Gerarde Foto 3 - A tropa, devidamente representada pelo estandarte do CINDACTA I / Foto 4 - Oficiais do DECEA presentes à solenidade

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6 AEROESPAÇO

Militar do CINDACTA III participa de campeonato mundial de orientação

A 3S Wilma Barbosa de Souza, pertencente ao efetivo do Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III), par-ticipou do XXVII Campeonato de Orientação das Forças Armadas na cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul, entre os dias 11 e 18 de abril de 2005, obtendo o quarto lugar na competição e, conquistando, desta forma, uma das quatro vagas para compor a equipe feminina que representaria o Brasil no XXXVIII Campeonato Mundial de Orientação.

O campeonato aconteceu no período de 11 a 15 de junho de 2005, na cidade de Lappenranta, na Finlândia. Nesta competição, Wilma esteve representando a equipe brasileira, composta por atletas da Aeronáutica e do Exército.

Vale ressaltar que o Brasil, neste campeonato, obteve o melhor resultado nesta modalidade desportiva, o que serve de incentivo para que as atletas continuem a treinar com afinco, buscando atingir resultados cada vez melhores.

O CINDACTA III parabeniza a atleta por seu desempenho na competição e torce para que seu esforço e seu profissionalismo possam ser coroados ainda com muitas vitórias!

Wilma representou a equipe brasileira no campeonato

SRPV-RJ apóia missão fotográfica para o livro “Asas da Força Aérea”

O Brig do Ar Antonio Guilherme Telles Ribeiro, Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica – CECOMSAER, agradeceu ao Serviço Regional de Proteção ao Vôo do Rio de Janeiro (SRPV-RJ), pelo apoio prestado por ocasião do evento para a obtenção das imagens necessárias à reedição do livro “Asas da Força Aérea”.

No dia 16 de junho, foram fotografadas as aeronaves A-29, F5-BR, R99-A e R99-B sobrevoando o Cristo Redentor e, depois, as praias de Copacabana e da Barra da Tijuca. As fotos foram coordenadas por um oficial do CECOMSAER a bordo de uma aeronave C-130 e a parte aérea da missão, pela Terceira Força Aérea (FAE III).

O Brig Telles Ribeiro declarou que “sem a dedicação e o profissionalismo demonstrados, o êxito obtido durante a realização da missão estaria seriamente comprometido”.

DTCEA de Porto Seguro faz 10 anos

Realizou-se, no dia 25 de agosto de 2005, o 10º aniversário de criação do DTCEA-PS. A formatura militar contou com a presença do Maj Av Codinhoto, Coordenador dos Destaca-mentos, e também de autoridades locais da Po-lícia Militar, Corpo de Bombeiros e SINART (Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico).

Houve entrega de divisas aos promovidos de 1º de agosto, entrega de diploma de conclusão do Curso de Formação de Auditores Internos da Qualidade, e entrega de diplomas de Honra ao Mérito ao Graduado e ao Praça Padrão do Destacamento.

As festividades se encerraram com a final do Torneio Interno de Futebol Society, onde sagrou-se campeã a Equipe da Seção Operacio-nal, e um churrasco de confraternização.

CCSIVAM recebe representantes

do Comando Sul do Exército

dos EUAA CCSIVAM (Comissão para Coordenação do

Projeto do Sistema de Vigilância da Amazônia) recebeu, no último dia 29 de julho, o Coman-dante do Comando Sul do Exército dos Estados Unidos, Gen Bantz J. Craddoc.

O Comandante e sua comitiva se reuniram com o Presidente da CCSIVAM, Brig Ar Álva-ro Luiz Pinheiro da Costa, que apresentou uma palestra sobre o Projeto no Auditório Paulo Vitor, no prédio da CISCEA.

O objetivo, por parte da comitiva do SouthCom com relação ao encontro, que durou uma hora, foi conhecer o conceito, as possibilida-des operacionais e o resultado da implementação do Projeto SIVAM/SIPAM.

O Gen Craddoc aproveitou a oportunidade para externar a proposta do SouthCom, que coin-cide com sua posição pessoal, a respeito da neces-sidade de uma agência de monitoração regional do Cone Sul e foi informado de que a política brasileira é de acordos bilaterais de operações e troca de informações na faixa de fronteira com os países vizinhos.

Maj Av Codinhoto participou da cerimônia de comemoração

Page 7: Aeroespaço 12

7AEROESPAÇO

No dia 25 de julho de 2005, ao completar oito anos de Contrato-SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazô-nia), o Brig Ar Álvaro Luiz Pinheiro da Costa, Presidente das Comissões de Implantação do Sistema de Contro-le do Espaço Aéreo e Comissão para Coordenação de Implantação do Projeto do Sistema de Vigilância da Amazônia (CISCEA/CCSIVAM), parabenizou a todos os funcionários pelo encerramento da entrega de todos os equipamentos e sistemas, assim como pelo término de todas as instalações do Projeto SIVAM, no dia 22 de julho de 2005, exatamente no aniversário de 25 anos da CISCEA.

O SivamO contrato entre a Comissão para Coordenação do

Projeto do Sistema de Vigilância da Amazônia (CCSIVAM) - Raytheon - Fundação Atech - Embraer entrou em vigor no dia 28 de julho de 1997, quando os eventos contratuais de implantação do Projeto Sivam começaram a ser cumpridos.

O SIVAM empregou meios, equipamentos, software e pessoal destinados à coleta, processamento e difusão de dados sobre aquela região, permitindo um trabalho inte-grado dos órgãos federais.

Três aeronaves de sensoriamento remoto (RS) e cinco de vigilância aérea (SA), quatro estações de recepção de satélites meteorológicos; três sensores de monitoração de comunicações; 14 detectores de raios; dez radares me-teorológicos; 13 estações meteorológicas de altitude, 70 estações meteorológicas de superfície; 200 plataformas de coleta de dados; seis radares transportáveis, 14 radares fixos, 916 terminais usuários,150 equipamentos de rádio-determinação e uma estação de recepção terrena foram os equipamentos instalados em toda a Amazônia Legal, para formar o maior banco de dados sobre a região.

O SIVAM implantou, também, os Centros Estadu-ais de Usuários, que são unidades implantadas junto aos Governos Estaduais para disponibilizar às Secretarias de Estado acesso a informações, ferramentas e funções apli-cativas do Sipam, por meio dos Centros Técnicos-Ope-racionais (CTO) associados.

Um dos problemas existentes na Amazônia e que tam-bém motivou a implantação do Sivam foi a insuficiência nos recursos de proteção ao vôo na região. Além dos 25 radares, foram instalados quatro sistemas de pouso por instrumento (ILS), que garantem o pouso seguro em ci-dades que sofrem problemas meteorológicos.

Com o objetivo de divulgar o SIVAM para a comu-nidade amazônica, foram distribuídas 115 toneladas de material escolar para mais de 250 mil crianças do ensino fundamental, em 26 cidades da Amazônia Legal.

A CCSIVAM firmou, ainda, acordos de cooperação com diversos órgãos do Governo Federal, com o objetivo de integrar as informações.

A comemoraçãoPara comemorar o 25º aniversário da CISCEA, foi

realizada uma festa no último dia 22 de julho na churras-queira do Terceiro Comando Aéreo Regional (COMAR III) com a participação de todos os funcionários. Após o churrasco, o Presidente da Comissão entregou, com mui-to orgulho, placas de homenagem aos funcionários que completaram respectivamente dez e 20 anos de prestação de serviço à Comissão.

Em seu discurso, o Brig Pinheiro, mais uma vez, ressal-tou com emoção a importância do trabalho realizado por todos, tanto na CISCEA quanto no já concluído Projeto SIVAM.

A comemoração dos 25 anos da CISCEAe o término do contrato do SIVAM

20 anos

Roberto Rocha RodriguesPaschoal Villardo SilvaJosé Maurilio CaniatoRoberto Augusto Barreira WanderleyElias Francisco do AmaralAdriana Saadi AragãoJonas Augustinho de BritesEduardo Antônio de MouraMarcos Galvão de BerredoOswaldo FioriniNádia Maria de Carvalho Elias

Ari RodriguesEliane Praxedes Ramos BorgesLuiz Otávio Rodrigues da CostaJair de Castro CruzNelson José Salaib FerreiraAlexandre Santos CoelhoAlberto Honório de souzaBracchark Nogueira de QueirozUrculu GuimarãesTerezinha Carlos Silva de SouzaLéo Kenji KatoCarlos Alves de MeloCíntia Fonseca da SilveiraVicente RezendeGutemberg Pereira CabralJosé Humberto CamiloMarilza Santos CruzFlorisvaldo de Araújo Barros

10 anos

Palavras do Presidente

Brig Ar Alvaro Luiz Pinheiro da CostaPresidente CCSIVAM/CISCEA

Parte dos funcionários da CISCEA homenage-ados com a placa comemorativa

Trabalhando em uma Comissão de Implanta-ção, nós temos uma tendência grande de só olhar para frente e avaliar nosso trabalho pelos obstácu-los que teremos a enfrentar. É o nosso modo de ser e a razão pela qual nosso trabalho sempre foi respeitado.

Todavia, especialmente hoje, conclamo todos a olharmos para trás, pela estrada já trilhada, e reco-nhecermos os muitos obstáculos já ultrapassados, além da importância e quantidade de tudo o que já realizamos, especialmente em relação aos inúmeros desafios vencidos no Projeto SIVAM.

Olhando para trás, podemos constatar que a estrada que abrimos começa a ser percorrida por outros, na operacionalização do SIPAM, que já criou uma “nova Amazônia”, propiciando condi-ções para o desenvolvimento daquela Região tão longínqua quanto pouco priorizada.

Trata-se de brasileiros como nós, convivendo com condições inóspitas e dificuldades as mais diversas, que de há muito tempo mereciam um Projeto SIVAM, como o que nós ajudamos a im-plantar.

Naturalmente, ainda estaremos controlando serviços de garantia, reparo de equipamentos e a transferência do Centro de Coordenação Geral (CCG) para as novas instalações em Brasília, assim que recebermos as obras civis.

Além disso, a maioria dos processos de trans-ferência patrimonial e toda a burocracia de en-cerramento dos contratos de financiamento e comerciais, referentes ao Projeto SIVAM, precisa ser finalizada.

Mas isso tudo será vencido por nós, como sem-pre, e é de somenos importância, ao constatarmos tudo o que foi realizado nesses oito anos de Pro-jeto.

Parabéns a todos pela criação desse novo capítu-lo na história brasileira.

Page 8: Aeroespaço 12

8 AEROESPAÇO

Visando a contínua atualização de conhe-cimentos na plataforma de desenvolvimento, o Cap Inf Johanlemberg Ferreira de Almeida, o Cap Av Robson Luis Lopes dos Santos e os 1º Ten Eng Eduardo Martins Guerra, José Pedro Bastos Cavaléro Filho, Ednélson Silva de Oliveira e Ricardo Bravo (IEAv) partici-param do maior evento Java do Brasil - Just Java. Cerca de 1100 pessoas participaram do evento, realizado no Centro de Convenções do Anhembi, em São Paulo, no período de 16 a 18 de junho do corrente ano.

Como informação aos que não são da área, Java é uma linguagem de programação e se destaca por ser a mais portável do mun-do. É segura e repleta de funcionalidades nas bibliotecas-padrão. É de uso livre e, melhor ainda, gratuito, possuindo diversas ferra-mentas com esta filosofia. Além disso, utiliza massivamente o paradigma de orientação a objetos, o que lhe dá manutenibilidade, es-calabilidade e reutilização de código. Possui, ainda, grande adoção – tanto no meio aca-dêmico quanto no mercado. É a linguagem tecnologicamente mais moderna, ampla e cheia de recursos. Possui uma grande comu-nidade ativa, com fóruns, blogs, notícias e conta com altos investimentos de empresas como a SUN, IBM, BEA, Oracle, HP, No-vell, e muitas outras.

Java encontra-se hoje em 650 milhões de desktops, 825 milhões de JavaCard, 579 mi-lhões de celulares, 618 modelos de telefones celulares e em 80% das corporações. São 139 milhões de desenvolvedores, 4,5 milhões de desenvolvedores da Java Virtual Machine (JVM), 180 membros licenciados da SUN e 32 empresas licenciadas na tecnologia J2EE. Todos estes números de cunho mundial pos-sibilitam uma facilidade muito grande na es-colha de ferramentas bem como de aquisição de suporte. Sabemos também que 92% das empresas que adotaram J2EE estão muito satisfeitas com a escolha, incluindo aqui o

Centro de Computação Aeronáutica de São José dos Campos (CCA-SJ).

No primeiro dia de evento, as atenções voltaram-se para as palestras “EJB 3.0 utili-zando JBoss 4” e “Diagnósticos de garga-los e tunning com o JBoss 4”. O interesse pelo desempenho e pelas novidades de mer-cado a cerca do JBoss é devido à utilização deste Application Server pelo Sistema de Pla-nejamento e Acompanhamento Operacional de Missões Aéreas (POMA), em início de desenvolvimento no CCA-SJ.

Foi extremamente importante, também, conhecer as novidades e mudanças que acon-tecerão no container EJB 3.0 para que o Sis-tema POMA seja arquitetado, prevendo-se o menor impacto possível para o COMGAR, na futura atualização do EJB 2.1, hoje no mercado.

O segundo dia iniciou-se com um caso de sucesso abordado pela empresa Borland, que versava sobre a importância dos três pilares que garantem a qualidade no desenvolvi-mento de sistemas de informática: tecnolo-gia, processo e pessoas.

Notou-se, aqui, que o processo adota-do pelo CCA-SJ encontra-se em um está-gio avançado de maturidade, buscando o CMMI, bem como as ferramentas de su-porte estão entre as melhores do mercado, gerenciando requisitos, versões etc. Porém, ressaltou-se que é necessário um tempo hábil de até três anos para se formar profissionais eficazes nesta área, o que - para uma empre-sa com grande rotatividade de profissionais - é um grande risco. Concluiu-se que, por serem um ponto vital para a empresa, a ge-rência-geral deve acompanhar de perto estes pilares.

O segundo dia apresentou, ainda, três palestras que abordavam a mais recente tec-nologia web do mercado, o Java Server Fa-ces (JSF). O JSF vem dar mais dinamismo e rapidez no desenvolvimento para web, que

ainda é muito lento, quando comparado a um sistema desenvolvido na ferramenta Delphi, por exemplo.

Através do JSF, as páginas web poderão fornecer muitos recursos ao usuário, como filtros que ordenam os campos em uma tabe-la na página, parecido com a planilha Excel. Assim, além de facilitar a vida do usuário, aumentará em muito a produtividade e a ra-pidez do desenvolvedor.

No terceiro dia, o enfoque foi o desenvol-vimento de interfaces cliente/servidor. Foram abordadas as tecnologias Swing, AWT, SWT, Thinlet, dentre outras, confirmando – então - que o sistema POMA está utilizando o que há de mais atual e melhor no mercado.

Não poderíamos deixar de ressaltar a bri-lhante apresentação do 1º Ten Eng Guerra, integrante do CCA-SJ – que abordou o tema “Obtendo mais produtividade com a API Reflection”. Devido a importância e a qua-lidade do assunto, encontravam-se presentes na platéia representantes de empresas como a IBM, Nokia, Borland, além da revista Java Magazine.

Finalizando a apresentação, Guerra apre-sentou o Framework desenvolvido no CCA-SJ para aumentar a produtividade no desenvolvimento das interfaces gráficas de usuário do Sistema POMA e que muito foi elogiado pelos presentes.

Com grata satisfação, podemos concluir e informar mais uma vez à nossa Força Aérea que o CCA-SJ está trabalhando para conso-lidar ainda mais o conhecimento utilizado pelas maiores empresas de desenvolvimen-to de software do mundo e que, como de-monstramos anteriormente, está sendo uti-lizado com muita propriedade na maioria dos sistemas desenvolvidos neste Centro, para melhor atender as necessidades opera-cionais da Força.

Integrante do CCA-SJ apresenta Frameworkno maior eventosobre linguagemJava do Brasil

Integrantesdo CCA-SJ

participaramdo evento

Page 9: Aeroespaço 12

9AEROESPAÇO

Numa época de avanços tecnológicos e de integração, o Comando da Aeronáutica, através da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), organizou e promoveu o I Seminário de En-laces de Dados Operacionais (I SEDOP).

O evento, realizado no período de 11 a 14 de julho de 2005, no Auditório Ary Parreiras da Escola Naval do Rio de Janeiro, teve como objetivo principal o nivelamento de conhecimentos dos enlaces de dados das Aeronaves R-99A, R-99B, A-29 e F-5BR, além dos enlaces utiliza-dos pela Marinha e Exército.

Durante a realização do Seminário, os responsáveis pela implantação, operação e manutenção desses sistemas tiveram uma visão prospectiva, quando puderam sub-sidiar os órgãos do Ministério da Defesa na tomada de decisões sobre as suas comunicações operacionais.

O Seminário, organizado por uma comissão formada pela CISCEA, CTCEA (Organização Brasileira para De-senvolvimento Científico e Tecnológico do Controle do Espaço Aéreo) e pela empresa Rohde & Schwarz do Bra-sil, contou com a participação de diversas organizações militares e empresas civis, a saber:

• Ministério da Defesa• Comando da Marinha• Comando do Exército• DECEA – Departamento de Controle do Espaço

Aéreo• EMAER – Estado-Maior da Aeronáutica• COMGAP – Comando-Geral de Apoio• COMGAR – Comando-Geral do Ar• SRPV-MN – Serviço Regional de Proteção ao Vôo

de Manaus• DEPED – Departamento de Pesquisas e Desenvol-

vimento • SDDP – Subdepartamento de Desenvolvimento e

Programas do DEPED

• COMDABRA – Comando de De-fesa Aeroespacial Brasileiro

• 1º GCC – Primeiro Grupo de Co-municações e Controle

• 2º/6º GAv – Segundo Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação

• CTA – Centro Técnico Aeroespa-cial

• EMBRAER – Empresa Brasileira de Aeronáutica

• STASYS• SITA

Em seu discurso de abertura, o Diretor-Geral do DECEA, Ten Brig

Ar José Américo dos Santos, ressaltou a profunda rele-vância do evento, agradecendo o apoio e acolhimento da Marinha, através das instalações da Escola Naval.

O propósito do Seminário foi nivelar o grau de conhe-cimento sobre os Sistemas de Enlace de Dados existentes nas Forças Armadas, incluindo o que foi implementado com recursos originários do Projeto SIVAM, denomi-nado LINK-BR1, atualmente utilizado pelas aeronaves A-29 Super Tucano.

“Já temos 17 aeronaves voando em Natal. Este é um sistema dentro do programa de recuperação operacional da Força Aérea Brasileira que tem dado muito certo. Há também o projeto que está sendo desenvolvido especi-ficamente para as aeronaves F-5, que dentro em breve estarão voando já modernizadas. O Sistema de Enlace de Dados em rede, que está sendo desenvolvido pelo próprio Comando da Aeronáutica, denomina-se LINK-BR2”, declarou o Ten Brig Ar José Américo.

Através deste evento, foi proporcionado aos integran-tes das Forças Armadas, uma visão global do assunto. Todos os órgãos governamentais responsáveis sobre as decisões futuras acerca dos temas abordados, foram devi-damente subsidiados pelas informações apresentadas no Seminário.

Durante o evento, houve pertinência de um trabalho de troca de experiências e de nivelamento de conheci-mento dessas organizações militares com o Comando da Aeronáutica. Estes órgãos determinam e/ou cumprem funções e atribuições específicas por estarem naturalmen-te subordinados a diferentes comandos e sediados em diferentes localidades, e é fundamental a continuidade dessa coordenação sistêmica.

“É de igual importância que as demais Forças Armadas mantenham-se atualizadas sobre o que o Comando da Aeronáutica tem realizado, para que possam definir a li-nha de ação que desejam adotar para a eventual interação

dos sistemas implementados pela Aeronáutica”, declarou o Ten Brig José Américo, finalizando seu discurso de abertura.

Dando seqüência ao evento, que teve por moderador o Presidente da CISCEA, Brig Ar Álvaro Luiz Pinheiro da Costa, foram apresentadas as palestras que tiveram o seguinte roteiro:

Numa etapa posterior às palestras, foram realizados grupos de trabalho com o objetivo de discutir temas liga-dos às necessidades operacionais e logísticas, relativas aos Enlaces de Dados Operacionais usados pelo Comando da Aeronáutica, além das necessidades de interoperabilidade dos Enlaces de Dados Operacionais usados pelas Forças Armadas.

Foram organizados três grupos de trabalho: Operacio-nal e Logístico (COMAER) e do Ministério da Defesa (FFAA). Os trabalhos resultantes desses grupos atingiram plenamente seus objetivos, identificando problemas e necessidades, respectivamente, nos âmbitos Operacional, Logístico e de Interoperabilidade das FFAA. Na verdade, chegou-se, inclusive, a propor soluções para alguns pro-blemas identificados.

Todo o material colhido no evento (apresentações rea-lizadas e estudos resultantes dos trabalhos de grupo) serão compilados e organizados nos anais do I Seminário de Enlaces de Dados Operacionais e encaminhados às orga-nizações participantes.

Foi sugerido, ainda, que o evento passe a ter freqüência de realização anual, devido à importância do comparti-lhamento das informações para a interoperabilidade dos enlaces de dados das Forças Armadas.

Operação PARBRA IExercício de defesa aérea entre Brasil e Paraguai

CISCEA promove oI Seminário de Enlaces

de Dados Operacionais

Uma visão global do assunto foi proporcionada aosintegrantes das Forças Armadas

Brig Ar Álvaro Luiz Pinheiroda Costa (CISCEA)

1º Ten Eng Érico GarciaAlencar (SRPV-MN)

Eng Mário Agostinho de Freitas(Rohde & Schwarz do Brasil)Cap Av Donald Gramkow

(COMDABRA)Prof. Nei Soma

(CTA)Cel Av Alexandre Lessa

(EMAER)Cap Av Élvio Carlos Dutra e

Silva Júnior (CISCEA)Palestrante 1&2 (EMBRAER)Palestrante 3&4 (EMBRAER)

Ten Cel Av João BatistaOliveira Xavier (1º GCC)

Cap QEM Macson J.M. Almeida (CTEX-EB)

CF (EN) Luiz Alberto L. S.Cardoso (IpqM-MB)Tony Fisher (STASYS)

Adriana Mattos(SITA)

Sistema de Enlace de Dados

O SIVAM e o LINK-BR1

Rádio secos da R&SSérie 400U e 6000

Rede de Gerenciamentodos Secos

Algoritmo Brasileiro

O SISCENDA

O LINK-BR2 –Camada Lógica

O LINK-ALXO LINK-F5BR

Emprego dos Enlaces deDados em Operações Táticas

Enlaces de Dados Táticosda Força Terrestre Brasileira

Enlaces de DadosAeronavais

DATA LINK INTEROPERABILITYDATA LINK em Sistemas de

Tráfego Aéreo

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10 AEROESPAÇO

D-SAR VISITA O SALVAMAR-BRASILA Divisão de Busca e Salvamento deu um importante

passo no sentido de estabelecer um enlace definitivo e harmônico entre o Sistema de Busca e Salvamento Aero-náutico (SISSAR) e o SALVAMAR Brasil, órgão da Mari-nha do Brasil responsável pela coordenação e controle da prestação do serviço SAR Marítimo nas Operações SAR ocorridas em nossa área de responsabilidade marítima.

No dia 26 de julho de 2005, a iniciativa consolidou a intenção do DECEA em ativar o órgão de coordena-ção e controle nacional das Operações SAR Aeronáuti-cas (ARCC – Aeronautical Rescue Coordination Centre), semelhante ao estabelecido pela Marinha do Brasil, vis-lumbrando a possibilidade de que, no futuro, seja criado um órgão conjunto de Busca e Salvamento (JRCC – Joint Rescue Coordination Centre), corroborando os objetivos da ICAO, IMO e do Ministério da Defesa, no que tange à operação conjunta dos meios.

A visita, que contou com representantes de todas as se-ções da D-SAR, teve como foco principal conhecer o lo-cal físico de onde se supervisiona a coordenação de todas as Operações SAR Marítimas, os responsáveis por esta prestação de serviço e, principalmente, o funcionamento dos sistemas utilizados pelo Comando da Marinha.

Desta forma, depois da recepção feita pelo próprio Vice-Almirante Guerra, seguiu-se uma apresentação dos sistemas informatizados de acompanhamento das

embarcações militares e civis, do sistema de informação meteorológica de alcance mundial e das seqüências de acionamentos de busca e salvamento previstos, voltados para a localização e salvamento da vida no mar.

Tal oportunidade foi fundamental para que assuntos específicos, como o tempo de acionamento entre os elos de coordenação da Marinha (SALVAMAR) e da Aero-náutica (SALVAERO) seja minimizado, a fim de que possamos prestar um atendimento à vida humana com um menor tempo de retardo e, conseqüentemente, maior presteza e chances de sucesso.

A seguir, abaixo, dois gráficos comparativos, com da-dos do ano de 2004, que refletem a importância da apro-ximação das Forças para que a localização e o salvamento de pessoas no mar aumente sua eficácia:

Em continuidade a este processo de aproximação, foram abordadas algumas hipóteses de enlaces para que possamos, em um futuro próximo, compartilhar infor-mações digitais relacionadas às facilidades e aos recursos SAR disponíveis em todo o território nacional, incre-mentando a união entre as Forças e otimizando o Serviço de Busca e Salvamento Nacional.

Assim sendo, fica evidente a todos que, quando tra-tamos de salvar vidas humanas, não podemos nos ater apenas aos nossos próprios recursos, pois - assim sendo - estaríamos abrindo mão do próprio lema da Busca e Salvamento em todo o mundo:

“... para que outros possam viver!”

SALVAERO RECIFE recebe homenagem na ALEPEO efetivo do SALVAERO RECIFE foi destaque es-

pecial da Sessão Solene em homenagem ao Dia da Busca e Salvamento, realizada no último dia 10 de agosto, na Assembléia Legislativa de Pernambuco (ALEPE).

O SALVAERO RECIFE presta o serviço SAR Ae-ronáutico em todo o Nordeste, do sul da Bahia até o Maranhão, e é responsável por coordenar o apoio aéreo sobre o mar, em águas internacionais, até o Meridiano 10 graus oeste, que corresponde à metade do caminho para a África, acrescida a área marítima do SALVAERO ATLÂNTICO, que funciona com o mesmo pessoal e equipamentos, sendo ambos sediados no CINDACTA III, em Recife.

A Sessão foi proposta pelo deputado estadual Sérgio Leite, sendo aprovada por unânimidade no plenário daquela Instituição. Além dos deputados, estavam repre-sentados o Comando do Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (CINDACTA

III), a Capitania dos Portos do estado de Pernambuco, o Corpo de Bombeiros Militar, também daquele estado, a Defensoria Pública Estadual e os atuais e antigos in-tegrantes do RCC-RE (Centro de Controle de Busca e Salvamento de Recife).

Após as palavras do vice-presidente da ALEPE e do deputado Sérgio Leite, discursou o Maj Av Mario Luis Ribeiro Santos, chefe do SALVAERO RECIFE, cujas palavras cativaram a audiência, por seu forte apelo emo-tivo.

“Quanto vale uma vida humana?” - assim abriu o seu discurso, o major Ribeiro. “Para nós, da Busca e Salvamento, também conhecida pela sigla SAR, a vida humana tem um valor inestimável. Não importa a ida-de, seja um recém-nascido, cuja sobrevivência depende da sua remoção para uma cidade com maiores recur-sos hospitalares ou um senhor, que no labor diário nas águas de nosso mar, teve seu meio de vida ceifado pelas

ondas e seu corpo lançado na angústia da luta pela volta à terra firme”.

Mostrando bem o espírito “SAR”, declarou: “Não importa a hora, manhã, tarde, noite ou madrugada, es-tamos 24 horas por dia, sete dias por semana, prontos para atuar, auxiliando quem necessita de nosso apoio. A Busca e Salvamento não é apenas nosso trabalho, é o nosso prazer, é nossa vocação. Os senhores não imagi-nam a imensa alegria e total realização pessoal quando o auxílio que prestamos traz de volta o brilho no olhar de um sobrevivente, a esperança no semblante de um familiar próximo e o sentimento de gratidão a cada re-encontro”. Assim concluiu o Maj Ribeiro, que logo foi cumprimentado por todos, especialmente pelos milita-res da reserva, ex-companheiros de trabalho, que pude-ram, na oportunidade, relembrar os valorosos tempos de Busca e Salvamento.

O SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas) reali-zou, no dia 23 de junho de 2005, o International Losa & TEM Workshop. O Programa Losa (Line Operations Safety Audit), tema principal do evento, é uma ferra-menta de segurança que prevê observações em linha de vôo, durante operações cotidianas. Isto é feito por observadores treinados, que coletam dados para identi-ficar ameaças que possam induzir os pilotos a erros. O objetivo é criar processos de prevenção de incidentes ou acidentes aeronáuticos.

O Losa baseia-se no modelo de treinamento gerencial intitulado TEM (Threat and Error Management), desen-volvido na Universidade do Texas, para orientar os pilo-tos a buscar ações de gerenciamento mais adequadas para fazer frente à complexidade existente na atividade aérea. Os dados coletados apontam tendências que identificam pontos fortes e fracos no padrão operacional das empresas aéreas e do sistema de aviação

O evento contou com o apoio da Organização de

Aviação Civil Internacional (ICAO), do Departamento de Aviação Civil (DAC), do Colégio de Pilotos Avia-dores da Espanha (Copac) e com o patrocínio da Varig, Variglog, VEM, TAM, IFALPA e da Boeing Company, além de 120 profissionais do setor aéreo.

O DECEA foi representado, na ocasião, pela As-sessoria de Segurança do Controle do Espaço Aéreo (ASEGCEA), na pessoa do seu Chefe, Cel Av Jorge Antonio de Souza Marques.

DECEA participa de workshop internacional sobre segurança de vôo

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11AEROESPAÇO

A Assessoria de Comunicação Social do DECEA, composta por nove profissionais, vem cumprindo sua missão primordial: divulgar as atividades do SISCEAB. O entusiasmo e a paixão pelo Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro é o que motiva a equipe da ASCOM a informar ao público todas as ações do Departamento de Controle do Espaço Aéreo.

A Assessoria de Comunicação Social (Ascom) do DECEA é movida a entusiasmo. Cada elemen-to gosta de desafios e esta característica está na raiz da criação da Assessoria, entendida como impres-cindível ao Projeto SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia), em meados de 1997.

À época, o que se desejava era que, através da Assessoria de Imprensa da CCSIVAM, a ima-gem do SIVAM fosse revertida e tornado visível à opinião pública, mostrando que as expectativas desfavoráveis à implantação do Projeto era uma inverdade. O desafio era, exatamente, vencer enor-mes resistências, gestadas na desinformação ou - o

que é muito pior – nas informações parciais ou imprecisas. Vem daí, portanto, o primeiro movi-mento organizado de se montar uma estrutura de Comunicação Social no contexto CISCEA/CCSIVAM.

Inicialmente, funcionando como assessoria de imprensa, o trabalho foi conduzido com o objeti-vo de tratar de aproximar os órgãos de divulgação (TV, jornais e revistas) com a Comissão do SIVAM (CCSIVAM) mostrando o imenso univer-so do Projeto e o quanto, além de ambicioso tecno-logicamente, era importante para o País.

Como todo início de trabalho, as dificuldades

foram grandes, até porque, mesmo dentro da CCSIVAM, poucas pessoas sabiam fazer uma sín-tese abrangente do Sistema, que permitisse uma visão geral dele, visão esta que pudesse ser mos-trada ao público de maneira clara. De fato, o que se dispunha era de um mosaico de atividades, cada uma delas com metas, prazos e propósitos muito específicos, que apresentavam o Projeto como algo enorme, desafiador, complexo e, também, confuso. Foi necessário, portanto, “traduzir” isto em uma linguagem acessível ao público externo e até mesmo para o público interno da CCSIVAM, que pouco conhecia da totalidade do Projeto.

Seção:

Tema:Eu não sabia!

ASCOM

A equipe da Revista Aeroespaço

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12 AEROESPAÇO

A primeira iniciativa foi preparar um resumo históri-co e começar a distribuí-lo, permitindo, assim, que cada porção do Projeto ficasse visível e fosse acessada pelos in-teressados, para - a partir daí, então, despertar o interesse da imprensa. Na verdade, no início, a ASCOM teve que sugerir pautas para a imprensa nacional, porque pouco se sabia sobre o Projeto na mídia a não ser o pretenso “es-cândalo” que estava na sua gênese. No entanto, à medida que o tempo foi passando, o interesse cresceu e, conse-qüentemente a ASCOM teve, também, que crescer para fazer face aos novos encargos. Agora não se tratava apenas de aproximar o Projeto da mídia, era preciso abrir novos horizontes, ampliar a capacidade de comunicação, criar, operar e manter uma home page abrangente e atualizada, produzir vídeos institucionais, folders, anúncios publici-tários, promover seminários, participar de eventos ligados à área ambiental, sugerir e promover entrevistas em emis-soras de TV em rede nacional, participar de feiras e expo-sições em várias regiões do Brasil onde os temas fossem preservação, defesa e vigilância territorial da Amazônia etc. E tudo isso foi realizado.

Houve um momento, portanto, em que falar de Amazônia, no País e fora dele, implicava, quase que auto-maticamente, abordar o SIVAM, já que o Projeto estava conectado às providências governamentais para preserva-ção da Amazônia Legal e ainda era apresentado como “o maior projeto ambiental do planeta”.

De fato, o Projeto SIVAM sempre surpreendia as pessoas, não só por sua ambiciosa arquitetura de implan-tação mas, também, e mais propriamente, pelo desafio extraordinário de fazê-lo em uma área correspondente a 32 países da Europa, numa região não servida por estra-das, de clima inóspito, imensas distâncias e dificuldades logísticas piramidais. Por estas e outras razões, muita gen-te jamais acreditou que o SIVAM fosse implementado completamente. Esta é a verdade.

O trabalho da ASCOM, durante os cinco primeiros anos de implantação, foi intenso e gratificante, principal-mente porque o desafio foi vencido. Ao final da empreita-da, o SIVAM era conhecido e reconhecido, especialmente na via oficial, isto é, no Governo Federal, no Congresso e junto à maioria das instituições governamentais. A ASCOM mantém um arquivo de diversas encadernações

com as publicações de reportagens publicadas na mídia escrita e um arquivo de 90 horas editadas das veiculações na mídia eletrônica. Pelos dias que correm, isto pode não ter muito significado, mas daqui a dez anos, este arquivo há de ser apreciado por outras pessoas que encontrarão nele as informações precisas que tanto buscavam.

Conduzir a Comunicação Social do Projeto SIVAM deu muito orgulho e foi um trabalho realizado com entu-siasmo, alegria e muitas descobertas interessantes. Muitos componentes da primeira fase não fazem mais parte da atual ASCOM, mas foram muito importantes e estavam no local certo e na hora certa, pois a missão foi cumprida com êxito.

Todos os componentes que trabalharam na ASCOM, na fase do SIVAM, e ainda trabalham tiveram a opor-tunidade de conhecer in loco a Amazônia. E as riquezas das informações colhidas na região representam um pa-trimônio pessoal formidável que cada membro da equipe passada e atual reconhece e acalenta.

À ASCOM competia, ainda, editar a revista corpora-tiva “DOIS PONTOS”, um informativo voltado ao pú-blico interno das Comissões CISCEA/CCSIVAM e que serviu como um histórico das principais realizações de ambas as Comissões. Ainda voltado ao público interno das Comissões, a ASCOM implantou, no prédio da CIS-CEA, um sistema de comunicação interna, batizado de

“Rádio Cavok” (sigla meteorológica mundial, que signi-fica teto e visibilidade OK - forma contracta das palavras na língua inglesa Cielling And Visibility OK). Vale ressaltar que o nome foi escolhido pelos ouvintes, todos funcioná-rios das Comissões. A rádio leva ao ar, diariamente, uma programação musical, com noticiário e promoções, que contam com a participação dos funcionários.

Em setembro de 2003, o Diretor-Geral do DECEA decidiu fazer com que a ASCOM das Comissões CISCEA/CCSIVAM assumisse a Assessoria de Comuni-cação do DECEA, fundindo as duas estruturas e, apro-veitando a experiência adquirida, passasse a responsabili-zar-se pela divulgação do SISCEAB (Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro).

Em 2004, a ASCOM repaginou a revista Aeroespa-ço, que hoje se revela em 24 páginas em uma edição de 3.000 exemplares, o que representa um esforço editorial significativo, para um efetivo tão reduzido. A revista Aeroespaço completa, com esta, 12 edições. E nesta comemoração pelo primeiro ano, tratamos de, como se diz, “mostrar a cara”.

Internet, telefone e contatos pessoais estão na base da nossa revista, que requer um trabalho inacansável por conta de sua periodicidade. Evitamos, a qualquer custo, a demanda reprimida de notícias do Sistema, mas nem sempre conseguimos. Mas, podemos garantir que todos

A equipe da ASCOM: Maurício, Ribeiro, Perez, Telma, Esteves, Filipe, Daisy, Pereira e Bassani

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13AEROESPAÇO

os acontecimentos relevantes do SISCEAB estão con-signados na nossa revista e, alguns deles, expandidos em comentários adicionais.

Neste ano de 2005, além da revista e da Rádio Ca-vok (que em breve estará sendo transmitida também para o prédio do DECEA), trabalhamos no “Manual de Funcionalidades do DECEA”, que foi divulgado oficial-mente no dia 05 de outubro, no aniversário do DECEA, com o título: “O Controle do Espaço Aéreo – Principais Atividades”, fartamente ilustrado e com um texto pro-duzido por muitas mãos, que se consubstancia em um documento de grande importância para quem entra no Sistema e para quem precisa e/ou deseja conhecer nossas peculiaridades funcionais.

Estamos melhorando, também, o visual e o conteú-do da homepage do DECEA, assim como a sua Intranet, contando com a ajuda de todos os setores do DECEA.

Transformar o texto do Manual de Funcionalidades do DECEA em imagens é uma outra idéia que está sendo colocada em prática. Em breve estarão sendo produzidos vídeos para que o público possa ter mais conhecimento sobre os assuntos que dizem respeito ao SISCEAB.

Quem é quem na equipe?

Cel Av R1 Paullo Esteves é o Assessor de Comu-nicação Social. Homem do Sistema, Piloto Inspetor,

ex-Comandante do CINDACTA III. Seu trânsito pela Comunicação Social deu-se em duas etapas marcantes: em 1986/87 - quando foi porta-voz e ghostwriter do mi-nistro da Aeronáutica, Subchefe do Cecomsaer, Chefe da Divisão de Jornalismo do Cecomsaer, Chefe Interino do Cecomsaer e, em 1991/92, quando voltou a ser Subchefe do Cecomsaer. É Pós–graduado em Comunicação Social pelo CEUB (Centro Universitário de Brasília). Atua, ain-da, como locutor na Rádio Cavok.

Daisy Meireles é jornalista e pós-graduanda em Comunicação Empresarial. Assiste diretamente à Che-fia em todos os assuntos da Assessoria. Toda edição da Aeroespaço passa, inexoravelmante, por suas mãos. É ela quem organiza e seleciona as matérias e artigos para serem publicados. Faz os contatos afins e distribui, preli-minarmente, os assuntos abordados pelas páginas da re-vista para definição da pauta. Trabalha, também, algumas entrevistas e a revisão e a adaptação dos textos, além de acompanhar as rotinas da Assessoria.

Telma Penteado é também jornalista e pós-graduada em Assessoria de Comunicação. Produz e assina artigos, assim como algumas entrevistas para a revista Aeroespa-ço. É, ainda, redatora e locutora da programação diária da Rádio Cavok.

Telma e Daisy produzem, também, o clipping diário

de notícias que é disponibilizado para a CISCEA/CCSIVAM, com assuntos de interesse da área militar, meio ambiente, Amazônia, aviação etc.

Luiz Eduardo Perez é o nosso repórter fotográfico e, praticamente, dispensa apresentações. Grande parte do efetivo do SISCEAB já esteve com ele em alguma ocasião. Trabalhou como fotógrafo nos jornais O Povo, O Globo, e nas revistas Manchete e Caras. Experiente, Perez é o responsável pelo brilho e pela cor das nossas edi-ções com suas fotografias. No dia-a-dia atua como assis-tente técnico, no que é sua especialidade, a fotografia. Faz a edição fotográfica da revista e atende a todos os eventos de importância do DECEA e unidades subordinadas da área do Rio de Janeiro. Colabora com a parte técnica da Rádio Cavok. Foi o responsável, ainda, pela edição fo-tográfica do livro Funcionalidades do DECEA, já que nosso banco de imagens do Sistema está ainda aquém do que desejamos.

Luis Filipe dos Santos Bastos é o nosso diagramador. Possui diversos cursos na área de informática e, atualmen-te, cursa graduação de Designer Gráfico. O experiente Filipe trabalha na CISCEA há mais de 21 anos. Conhece bem nossos códigos de conduta, o que facilita muito seu trabalho. Profissional meticuloso, Filipe é quem cria e produz a diagramação da Aereoespaço, folders e outros materiais gráficos institucionais. É o responsável pelas modificações mais significativas na Aeroespaço, além de ser um hábil web designer. Foi o responsável pela mudan-ça visual e atualização da home page do SIVAM.

CB Messias Bassani é o responsável pela parte técnica da rádio Cavok e atua como locutor, em substituição ao Coronel Esteves. Trabalha também na parte administra-tiva da Assessoria, em parceria com o funcionário civil Maurício Margalhães. Em quase todas as edições da Aeroespaço podem ser vistas as suas ilustrações, que dão visual divertido às páginas da revista.

CB Pascoal Ribeiro atua como web designer. Atualiza a home page e a intranet do DECEA. Atualmente está dando novo visual à nossa página.

SGT José Pereira é o nosso videomaker. Produziu vídeos sobre Orçamento Familiar e TRM, coordenados pela Divisão de Apoio ao Homem. Atualmente, está tra-balhando na planejamento e produção dos vídeos sobre as funcionalidades do DECEA.

A equipe da ASCOM: Maurício, Ribeiro, Perez, Telma, Esteves, Filipe, Daisy, Pereira e Bassani

Page 14: Aeroespaço 12

14 AEROESPAÇO

“Meteoro, como vai ficar o tempo amanhã, na hora da formatura de passagem de Comando?”

Para ajudar a responder esse tipo de pergunta e muitas outras mais, de cunho operacional ou não, o Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), no último dia 24 de junho, encerrou mais um Curso de Especialização em Meteorologia Aeronáutica.

Neste curso, foram capacitados dez profissionais da área de Meteorologia, sendo cinco oficiais da Aeronáutica, oriundos do Curso de Formação de Oficiais Especialistas em Meteorologia (CFOE MET), e cinco civis da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (INFRAERO), formados pela Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pela Universidade Federal do Pará (UFPA), que foram capacitados a executarem previsões de tempo para fins aeronáuticos.

Após quase três meses de intensas atividades de instrução, teórica e principalmente prática, onde foram exigidos dos alunos conhecimentos técnicos de alta complexidade e dedicação ao aprendizado, estes profissionais conseguiram a qualificação necessária para enfrentar um dos maiores desafios

de sua profissão: prever condições meteorológicas significativas, visando a economia e a segurança dos passageiros e tripulantes da aviação nacional e internacional que trafegam pelo espaço aéreo brasileiro.

Na verdade, esse foi só um dos primeiros

passos para atuarem numa área da ciência que está apenas iniciando seu desenvolvimento no Comando da Aeronáutica.

Para que se tornem, efetivamente, “previsores de tempo”, além de dedicação exclusiva às

atividades inerentes a essa função e o continuado estudo, será necessário manterem-se atentos e atualizados com os novos processos de previsão numérica de tempo, extensamente utilizados pelas instituições nacionais e internacionais de pesquisa que dominam esse conhecimento.

Ademais, para os militares e novos companheiros, o ideal de servir ao Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), protegendo vidas, terá que se sobressair diante de outras inúmeras dificuldades e atribuições que a carreira militar impõe.

Contudo, com a certeza de que o melhor da instituição ICEA foi fornecido, esperamos somente colher bons frutos no porvir, para esses profissionais ora entregues à “Rede”.

Não podemos deixar de fazer nosso sincero agradecimento às Unidades da Força Aérea, tais como: 1º/10º GAv, 2º/6º GAv, CINDACTA I, CINDACTA II, CINDACTA III, SRPV-MN, SRPV-SP e DECEA, que gentilmente

cederam seus profissionais para a instrução.Sendo assim, em reposta à pergunta grifada

no início desse artigo, teremos somente a seguinte resposta:

ICEA entrega novosprevisores de

tempo aoSISCEAB

Adilson Cleômenes Rocha Cap Esp MetChefe da Subdivisão de Cursos do ICEA, Coordenador do Curso de Especialização em Meteorologia Aeronáutica.

“Comandante, fique tranqüilo, no horário da formatura haverá céu de brigadeiro”.

Literalmente Falando

Os profissionais da área de meteorologia conseguiram a capacitação necessária

Page 15: Aeroespaço 12

Casa, casinha, casarão.Moradia, habitação.Refúgio, descanso, abrigo.Com varanda ou sem ela,com sacada ou com janela.Arejada, fresca ou quente.Que dá pra rua do ladoou que é toda diferente.Que tem jardim ou piscina.Se pega sol pela tarde,se toma sol pela frente.Tudo é casa, minha gente.Mas de todas que já vi,a do João, entre elas,é a mais original.Falo do joão-de-barro,nosso pássaro natal,que constrói sua casinhacom esmero e bem ligeiro.Que mesmo sem ter escola,tem diploma de engenheiro.Pois em São Paulo eu vi,

Inesquecível

Imitação?

Literalmente Falando

15

Chegaste na minha vidaTriste e desiludidaPobre e mendiga de amor.E eu, com muito sacrifício, Fiz do teu céu meu suplício,Dei riso à tua dor.Muda de dono à vontade.Isto, em mulher, é comum. Mas, entre teus mil amores,Eu, Neposiano, serei sempre o nº 1.

Neposiano é uma figura marcante. Educadíssimo, discreto e competente, tem sido motorista dos Comandantes do CINDACTA III há muitos anos. Hoje ele trabalha na Garagem da sua OM e atua como motorista substituto do comandante. Dotado de traços singulares de personalidade,

ele exibe um humor sarcástico, muito particular, que no poema “Inesquecível” - que aí está - se revela em toda a sua plenitude. Pernambucano de “sete costados”, associa a seu permanente bom humor o sotaque carregado, que empresta à sua natureza um tempero especial que o faz ser reconhecido, ademais de outras evidentes virtudes, em um “cabra macho”, divertido e engraçado.

Literalmente FalandoEm 2002 os irmãos Pinto, Luís e José – fotógrafos renomados, foram visitar a Comissão do SIVAM. Tratavam eles, naquela ocasião, de promover o lançamento de um livro de fotografias de sua autoria, que, entre inúmeros

outros motivos, trazia imagens excepcionais de paisagens amazônicas. Ao descobrirem o Cel Esteves como poeta e escritor, pediram, então, que ele escrevesse uma crônica para ilustrar uma imagem lindíssima do Rio Negro fotografada por eles. O Coronel os atendeu prontamente e em poucos minutos a crônica estava pronta. Impressionados com a qualidade e a velocidade da criação, o desafiaram a escrever uma poesia para ilustrar esta curiosíssima fotografia de casas de joão-de-barro, na cidade de São Paulo. Em minutos, o poema lhes foi entregue e vocês podem, agora, conferir o resultado.

Paullo Esteves, Cel Av R1Assessor de Comunicação Social do DECEA

esta imagem surrealistaque tem cara de invento,casinhas de joão-de-barro,com jeito de apartamento.É que o danado do bicho,vivendo em cidade grande,copiou do ser humanosua forma de viver.A natureza é tão sábiaque, mesmo quando copia,exerce sobre os humanoso mesmo velho fascínio:num mesmo galho postadas,casinhas de joão-de-barroem forma de condomínio.

Lançamento do livro:

Traços de Personalidadede Fabiana Borgia (AJUR/DECEA)

Rio de Janeiro – RJ18 de outubro às 20hDaConde – Arte & CulturaRua Conde de Barnadote, 26 – loja 125 – Leblon

Campinas – SP 24 de outubro às 21hPiola Rua Ferreira Penteado, 1463 – Cambuí

Cláudio NEPOSIANO da Silva, Cb SEMCINDACTA III

AEROESPAÇO

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16 AEROESPAÇO

Homens àfrente de

seu tempoPor ALEXANDRE Silva Pinto - 2S BFTO autor é fotógrafo e trabalha na Seção de Pessoal Militar do DECEA (GAB 3.1).

Passados 60 anos do fim da Guerra, o mun-do continua a fazer um enorme esforço para compreender seu próprio tempo. Entender o tempo presente nunca foi tarefa fácil. Mas, em cada época, existem pessoas que, pelo senso de compreensão da situação em que vivem, e por sua vontade de mudar a sorte das coisas, parecem estar à frente de seu tempo.

No Brasil, na época da Segunda Grande Guerra, existia um homem que decidira apoiar a democracia. Optava, não somente pela de-mocracia, mas pela liberdade, pela justiça so-cial, quando a Nação, sob a égide de Getúlio Vargas, se aproximava do autoritarismo nazi-fascista europeu. Seu nome: Eduardo Gomes. Ele e a sua geração, os cadetes da turma de 1916-24, como Siqueira Campos, Luiz Carlos Prestes, Costa Leite, entre outros, se dedicavam à construção de uma nova Nação.

Desde muito jovem, esse soldado idealista lutara por um País melhor e mais justo. Quando a República Velha agia em nome das conveni-ências da Política dos Governadores, do pacto

do café-com-leite, do coronelismo, o, então, Tenente Eduardo Gomes se levantava contra as injustiças. Fora um dos “Dezoito do Forte de Copacabana”, quando o movimento tenentista irrompeu contra as injustiças da oligarquia da República Velha. Foi preso, sobreviveu. Entre-tanto, quando a oportunidade lhe bateu à por-ta, não a desperdiçou. Junto com os tenentes, apoiou a Revolução de 1930. Optou, antes de muitos outros, por seguir os caminhos que levariam a centralização do poder e o fortaleci-mento do Estado no Brasil.

Durante as tensões, às vésperas da Segunda Guerra Mundial, e mais ainda, durante o início da catástrofe na Europa, declarava abertamen-te a sua opção favorável ao alinhamento do Brasil com os Estados Unidos da América. Esse alinhamento, na visão do Brigadeiro Eduardo Gomes, era a única posição possível diante da inexorável derrota do Eixo, e uma divisão do mundo entre os vencedores da Guerra. Quan-to mais as ambigüidades do Estado Novo se acentuavam, mais o governo Vargas vacilava.

Ao contrário, Eduardo Gomes lutava pela cria-ção do Ministério da Aeronáutica. O que mar-cou, desde 1941, sem dúvida, a tendência de virada na política externa brasileira.

Com a criação do Ministério da Aeronáuti-ca surgiu a Diretoria de Rotas Aéreas (DR), a qual tinha por missão organizar as rotas aéreas e tornar os vôos mais seguros. Quem poderia comandar uma missão tão árdua? O piloto Eduardo Gomes, que realizou o trabalho no Correio Aéreo Militar (do Exército) com apare-lhos precários, tripulações a instruir, aeródro-mos a improvisar nas caatingas, nos pampas, nas florestas soberbas, nas montanhas impos-síveis, nos vales dos rios inexplorados. Empre-endimento único do gênero em todo o mundo, passou a cortar o Brasil em todas as direções, consolidando o seu tecido social, aproximan-do, promovendo, instruindo. Antes de existirem aviões comerciais no Brasil, a dedicação, o poder de organização, a força agremiadora de Eduardo Gomes faziam milagres. Foi dessa escola que o mestre Eduardo Gomes saiu para

Em seis de agosto de 1945, os EUA lançaram sobre Hiroxima a primeira bomba atômica da história mundial. Logo após, em nove de agosto, outra bomba atômica se precipitava sobre Nagasaki. Com isso, chegava ao fim a Segunda Guerra Mundial, para além da catástrofe dos cinqüenta milhões de mortos e da destruição da economia européia, marcando o início de uma nova era que trouxe a globalização, os avanços tecnológicos, a conquista do espaço, as transformações culturais intensas, a liberalização sexual, o avanço do feminismo, o capitalismo mais humanista com sistema keynesiano, a lenta e constante passagem do foco de tensão de leste/oeste para o norte/sul. Resumindo, um mundo novo. Essas transformações foram, e ainda são, tão intensas que as pessoas mal conseguiam compreender o mundo em que viviam.

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o patrulhamento do nosso litoral, durante a Segunda Guerra Mundial e, depois, os pilotos que lutaram nos céus da Itália.

O mundo do pós-guerra foi dividido entre aqueles que se alinharam aos Estados Unidos e aqueles que se alinharam à União Soviética (URSS). A Guerra-Fria, que começara em 1947, somente terminaria em 1991, com a insolvên-cia da URSS. Desnecessário dizer que, fazendo uma análise retrospectiva, mais uma vez, Edu-ardo Gomes optara por estar do lado dos ven-cedores. Não escolhia os vencedores simples-mente porque eram mais fortes, e sim porque cria em algo e lutava para que seus sonhos se concretizassem. Como dissemos anteriormente, ele era um idealista. Todavia, suas muitas vitó-rias provavam que ele era ainda mais realista.

E, no cerne desse realismo, optara por per-manecer na luta contra o “Varguismo”. Assim, disputou a eleição presidencial de 1945, contra

o General do Exér-cito Eurico Gaspar Dutra – candida-to apoiado por Vargas e que, até bem pouco tempo antes, festejava as vitórias das tro-pas nazistas – e a eleição de 1950, contra o próprio Getúlio. Embora tenha perdido am-bas eleições, não esmoreceu, conti-

nuou, como brasileiro e como soldado, à frente de seu tempo, em busca de um País melhor e mais justo.

Mas, o que tem a ver a vida do Brigadeiro Eduardo Gomes com o Departamento de Con-trole do Espaço Aéreo (DECEA)? Tudo. A DR, a qual Eduardo Gomes foi o primeiro coman-dante, é o embrião do DECEA. A missão da DR, determinar as rotas aéreas e zelar para o cumprimento delas, era quase impossível, mais foi cumprida. Com o aumento do número de vôos, tornava-se necessário dar maior proteção a eles. Assim, a DR avançou para a Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo (DEPV), que absorvia, aos olhos dos mais pessimistas, uma missão grande demais: proteger em terra as aeronaves nos céus, e manter, durante a sua existência, um dos menores índices de aciden-tes aéreos do mundo. A complexidade das fun-ções da DEPV fizeram que ela crescesse tanto

que se tornou possível, e necessário, alçar no-vos vôos. Desde 2001, a missão não é mais somente manter a segurança do vôo e, tam-bém, controlar todo o espaço aéreo brasileiro. Diante da dimensão do Brasil, dos mais varia-dos acidentes geográficos do nosso território e da escassez de recursos públicos investidos nos últimos anos, a missão, mais uma vez, parece impossível. Todavia, o DECEA, inspirado no seu mais ilustre pioneiro, o Brigadeiro Eduardo Go-mes, está à frente do seu tempo. Que venha o futuro! Que venham novos tempos!

Embora tenha perdido duas eleições presidenciais, Eduardo

Gomes não esmoreceu.Continuou, como brasileiro e

como soldado, à frente de seu tempo, em busca de um País

melhor e mais justo.

( (A complexidade das

funções da DEPV fizeram que com ela crescesse tanto

que se tornou possível, e necessário, alçar novos

vôos. Desde 2001, a missão não é mais somente manter a

segurança do vôo e, também, controlar todo o espaço aéreo brasileiro.

Marechal do Ar Eduardo Gomes

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A história do DestacamentoO Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Galeão, que

tem por missão prover o fluxo seguro e ordenado de aeronaves den-tro do espaço aéreo pertinente, permitindo o controle efetivo dos usuários do tráfego aéreo, bem como garantir a manutenção dos auxílios à navegação aérea, tem a gênese de sua história nos idos anos da década de 40.

Em 1941, com criação do Ministério da Aeronáutica, iniciou-se o Sistema de Proteção ao Vôo. A torre de controle, então de madei-

ra, abrigava um rudimentar conjunto de equipamentos com os quais o controlador procurava orientar e controlar os vôos do já movimentado

Aeroporto do Galeão.Até 1962, a velha torre de madeira abrigou uma estrutura de proteção ao vôo

quando então, se concretizou a transferência para próximo do antigo terminal de passageiros onde houve mais apoio, rapidez e segurança às operações das aeronaves, tendo

em vista que as novas instalações permitiam aproximações mais seguras, mesmo em condições meteorológicas adversas.

Tal período durou até 1977, quando o conceito de Tráfego Aéreo e Infra-estrutura Aeropor-tuário foi reformulado com a construção do novo Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (AIRJ), onde se sobressaiu o novo conjunto que passou a abrigar o Núcleo de Proteção ao Vôo do Galeão (NPV-GL).

No dia 08 de setembro de 1977, o Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Carlos Alberto de Navarro, abençoava o Núcleo e, no dia 23 de novembro do mesmo ano, era oficialmente inaugurado.

O efetivo, na data da inauguração, contava com 177 militares e 55 civis. O primeiro chefe do NPV-GL nas novas instalações do AIRJ foi o Maj Eng Waldemar Ferrari.

A Portaria nº 423/GM3, de 20 de abril de 1978, elevou o Núcleo de Proteção ao Vôo do Galeão para Destacamento de Proteção ao Vôo do Galeão (DPV-Galeão).

Em 2003, no entanto, a portaria GC3 alterou a denominação para o atual título de Destaca-mento de Controle do Espaço Aéreo do Galeão (DTCEA-GL).

Este é um Destacamento importante, devido ao alto grau de sofisticação dos equipamentos e procedimentos operacionais de tráfego aéreo. Por esta razão, é desejo de todo servidor militar ou civil conseguir trabalhar e ser homologado nesta unidade. Por outro lado, a exposição da família à violência da cidade tem afastado alguns bons servidores.

Na área técnica, está sendo feito um investimento muito grande na capacitação dos profis-sionais para que os mesmos possam dar o suporte necessário à operação.

O ComandanteO Maj Av Ary Rodrigues Bertolino nasceu na cidade do

Rio de Janeiro, é casado com Adriana Barbosa Bertolino e tem duas filhas: Renata, de dez anos e Beatriz, de seis.

Tendo 1.200 horas de vôo nas aeronaves T-25, T-27 e C-95, o Maj Bertolino entrou para a FAB em 1983, e, após exercer diversos cargos de chefia, comanda o Destacamen-to desde fevereiro deste ano.

O EfetivoO DTCEA-GL conta com um efetivo de 226 militares e 46

civis, totalizando 272 pessoas. Com a desativação do SRPV-RJ, o efetivo do DTCEA-GL deve chegar a 320 pessoas.

Dentre os profissionais que prestam serviço no Destacamento,

Conhecendo o DTCEA

Galeão - RJ

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há controladores de tráfego aéreo, meteorologistas, técnicos em comunicações, informações aeronáuticas, eletrônica, administração, elétrica e eletromecânica.

A grande maioria dos integrantes do Destacamento é natural ou já mora no Rio de Janeiro. Existem poucos que são de outros Estados.

Cerca de 50% do efetivo do DTCEA-GL mora nas vilas habitacionais do Galeão e do Campo dos Afonsos. Há deficiência de Próprio Nacional Residen-cial (PNR) para atender a todos os militares do Destacamento.

Devido ao grande número de pessoas que trabalha no serviço de escala, a integração das famílias no dia-a-dia do Destacamento ocorre nas festas juninas e de final de ano.

A assistência médica e odontológica do efetivo e de seus familiares é realiza-da no Hospital da Força Aérea do Galeão (HFAG) e no Hospital Central da Aeronáutica (HCA), que fica no bairro da Tijuca. A Odontoclínica da Aero-náutica Santos-Dumont (OASD) também presta atendimento ao efetivo do DTCEA-GL.

As PeculiaridadesNo DTCEA-GL estão, ao mesmo tempo, a Torre de Controle do Aeroporto

Tom Jobim, com jurisdição de cerca de 5km de raio deste aeroporto, e também o Controle de Aproximação do Rio de Janeiro, com a incumbência de contro-lar o espaço aéreo com centro no Tom Jobim e raio de 110 km do seu entorno, com todas suas implicações.

Na área técnica, há o apoio a todas as Unidades da área do Galeão, no que tange a CCAM (Centro de Comutação Automática de Mensagem) /RACAM

(Rede de Administração de Comutação Automática de Mensagem) /RTCAer (Rede Telefônica de Comando da Aeronáutica)/Roteador INTRAER (Equi-pamento que direciona as comunicações da Rede Interna do Comando da Aeronáutica).

Com relação aos equipamentos de proteção ao vôo, o Destacamento possui seis Auxílios Meteorológicos, uma Estação Meteorológica de Superfície Classe 1 (EMS-1), uma Estação Meteorológica de Altitude (EMA); Auxílios à nave-gação (rádio): dois DME, três sistemas ILS, um NDB

Quanto a telefonia e comunicação, o DTCEA-GL possui três centrais tele-fônicas, cinco redes de telefonia, 37 computadores ligados em rede, o STVD X-4000 (com oito posições operacionais), dois ATIS e uma estação de VHF que disponibiliza 12 freqüências para a TWR-Gl e o APP-RJ.

A cobertura radar é proporcionada pelo Radar do Galeão, cujo o Radar Primário (TA10K) tem alcance de 70 NM e o Radar Secundário (RSM970 – mono pulso) um alcance de 130 NM, que foram modernizados, respectiva-mente, em julho de 2004 e novembro de 2003. Além da cobertura do Radar Galeão são fornecidas coberturas complementares pelo Radar Pico do Couto, através do Radar Primário (TRS2230 - Tridimensional) e do Radar Secundário (RSM970 – mono pulso); pelo Radar Santa Cruz, através do Radar Primário (TA10M) e do Radar Secundário (RS870); e pelo Radar São Roque, atra-vés do Radar Primário (TRS2230 - Tridimensional) e do Radar Secundário (RS870).

Os Controladores de VôoO trabalho dos controladores do DTCEA-GL come-

ça já na autorização da rota a ser voada pela aeronave com o Tráfego Galeão. Continua quando do aciona-mento, push-back e taxiamento da aeronave com o Solo Galeão e segue até a hora de decolagem, com a Torre do Galeão.

Após a decolagem de qualquer dos aeroportos na jurisdição do Controle Rio, o trabalho continua com os controladores, tendo que separar estas aeronaves de-coladas das outras que estão circulando para pouso ou cruzamento de nossa Área Terminal.

É um trabalho incansável, estafante, mas compensa-dor pela certeza de que toda a equipe, que fazia parte do Serviço Regional de Proteção ao Vôo do Rio de Janeiro (SRPV-RJ), mantém em segurança um espaço aéreo tão congestionado e vital para o nosso País.

Desde o dia 30 de setembro de 2005, o DTCEA-GL está subordinado ao Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo (SRPV-SP).

Sala APP Galeão

Vista panorâmica da pista do Aeroporto Internacional Tom Jobim

Torre de Controle do DTCEA-GL

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Quem é?

Honesto, amável, corajoso, forte e companheiro. É desta forma que o Ten Cel Av José Alves Candez Neto é reconhecido por todos aqueles que o cercam.

Nascido em 05 de outubro de 1959, na cidade do Rio de Janeiro, Candez é filho do motorista José Alves Candez Filho e da cabeleireira Nadir Ferreira Barreto. Embora tenha passado por momentos delicados no pas-sado, a relação com seus pais hoje é muito boa.

“Fomos uma família de classe média baixa, e só não chegamos na classe baixa devido ao esforço de minha mãe, que enfrentou os preconceitos da época e resolveu trabalhar por conta própria”. As duas irmãs mais velhas cuidavam dele para que sua mãe pudesse trabalhar.

Sua infância foi, de fato, muito sofrida. “Nossa casa era composta de um quarto, sala e cozinha, que soma-vam 35 m2, sem nenhuma privacidade, pois não havia porta entre os cômodos. O único banheiro ficava do lado de fora e, à noite, era complicado utilizá-lo. Mi-nhas irmãs dormiam na sala e eu, até o casamento da mais velha, por volta dos meus cinco anos, dormia no quarto com meus pais. Quando minha outra irmã se casou, eu fiquei com a sala só pra mim (risos)”, recorda-se, fazendo questão de narrar este quadro “para dar uma visão geral da minha infância e juventude, e deixar por conta da experiência de cada um, imaginar as dificulda-des e carências que foram enfrentadas”.

Aos 14 anos, entrou para a FAB. Nunca havia entra-do em um avião. Como cresceu próximo ao Campo dos Afonsos, em Bangu, acompanhou por diversas vezes os aviões da Força Aérea realizando missões operacionais, seja lançando pára-quedistas ou cargas.

Em uma dessas oportunidades disse ao meu pai: - ‘O senhor ainda vai me ver pilotando um desses’ – ao que ele me respondeu: - ‘Continue sempre acreditando nos seus sonhos e busque disposição para persegui-los que certamente você vai conseguir alcançá-los’. Nunca me esquecerei dessas palavras”, relata.

Quando completou 18 anos, seu pai lhe pediu que desistisse de ingressar na Academia da Força Aérea para ajudá-lo, como motorista, nas suas viagens, de forma que ele pudesse produzir mais e, assim, aumentar a renda familiar. Naquela época, Candez não podia con-tribuir financeiramente, ao contrário, quando ia passar os finais de semana em casa, somente aumentava os gas-tos. Foi muito difícil explicar ao pai que ele não estava tendo prejuízo, e, sim, investindo no futuro do filho e da família. Em conseqüência, Candez ficou quase um ano sem retornar em casa, para não criar problemas maiores.

Candez agradece à FAB, por ter contribuído no seu crescimento individual, principalmente na cultura, educação e patriotismo. “Mas o caráter, a ética e a dis-posição para o trabalho, esses vieram de casa”, conclui.

No período de 1976 a 78, Candez cursou a Escola Preparatória de Cadetes do Ar - EPCAR, quando, de-sejando ser um “piloto de jato”, confirmou sua vocação para ser um piloto de caça. Formou-se na Academia da Força Aérea – AFA, em 1982, e logo seguiu para Natal, onde realizou seu curso de piloto de caça. “A minha tur-ma foi a primeira turma de caçadores formada no 2º/5º GAv. Os 35 caçadores formados seguiram para o 1º/4º GAv, em Fortaleza, onde realizamos um estágio prático de um ano e fomos, mais uma vez, selecionados para completar as vagas da aviação de caça na FAB, sendo 11 delas nos Esquadrões chamados de “primeira linha”, equipados com as aeronaves supersônicas”, relembra.

Aos 30 anos de idade já tinha realizado seu sonho de pilotar “a máquina mais maravilhosa do planeta”, o

F5-E da Força Aérea Brasileira. E, neste momento de sua vida, indagou onde poderia prosseguir sua carreira, buscando novos desafios. Queria saber onde poderia retribuir tudo aquilo que estava recebendo.

Foi então que Candez foi convidado por um de seus ex-instrutores de caça para trabalhar do Centro de Ope-rações Militares, no CINDACTA I, onde dedicou sete anos de sua carreira. Lá aprendeu muito mais sobre a aviação militar do que quando estava tripulando os avi-ões. “Senti minhas vibrações renovarem e tive a certeza de que havia descoberto a área em que encontraria a minha identificação profissional – o Controle do Es-paço Aéreo”.

Após trabalhar no CINDACTA I, seguiu para o Serviço Regional de Proteção ao Vôo de Porto Alegre - SRPV-PA, onde acompanhou a sua desativação como Chefe da Divisão Técnica, em 1997.

Naquele mesmo ano, foi indicado para comandar o Segundo Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunica-ção e Controle (2º/1º GCC). “A experiência foi fantás-tica. Poder colocar em prática todos os ensinamentos adquiridos e ainda conviver com um grupo de pessoas aguerridas e dedicadas à missão da Unidade foi mais uma lição de vida”, conta.

No entanto, foi exatamente neste ponto de sua car-reira, que Candez viu sua vida dar uma reviravolta. Um acidente de gravíssimas proporções mudou sua jornada radicalmente, obrigando-o a rever os seus planos.

Ten Cel AvCandez

“Deus não me permitiu completaraquela missão... Ele tinha

outros planos pra mim...eu tinha que aprender um poucosobre um outro lado da vida... “

“Os que mais me impressionavam eram os aviões de caça, que algumas vezes

sobrevoavam minha residênciacom aquele ruído característico. ”

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“Eu tinha que aprender um pouco sobre hos-pitais, cirurgias, sofrimento físico, paciência, solidariedade, crescimento espiritual, verdadeira amizade, verdadeiro amor...”

E foi assim que, em 18 de janeiro de 1999, dia do aniversário da sua atual esposa, ele passou pela segunda maior experiência da sua vida (a primeira foi “Solar, o trator voador” - diz!). Um acidente doméstico, ocorrido na Vila Residencial dos Ofi-ciais da área de Canoas-RS, fez com que Candez levasse dois anos desenvolvendo uma nova ativida-de que ele denominou de “estágio para monge”.

Um gancho de sustentação de rede de dormir pendia da viga da garagem, na lateral junto ao quintal da sua residência e, à noite, por volta das 21h, ele vinha correndo, quando foi fisgado pelo referido gancho. “Ele atingiu logo acima do meu olho direito, penetrando pelo seio frontal, arran-cando parte do osso e, junto com ele, minhas pál-pebra e sobrancelha direitas, todo o tecido da testa direita e parte do couro cabeludo”.

Levado ao hospital da própria Vila dos Oficiais, recebeu os primeiros socorros, mas logo foi trans-ferido para o Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre. Lá os médicos constataram que o quadro era de amputação e que haveria necessidade de um especialista em microcirurgia reconstrutiva para efetuar o reimplante do retalho amputado. Foi transferido para o Hospital Moinhos de Vento e a primeira cirurgia, na tentativa de reimplantação do retalho, durou cerca de sete horas.

Permaneceu na UTI daquele hospital por duas semanas, tendo sido submetido a mais três inter-venções cirúrgicas antes de ser transferido para o Hospital de Força Aérea do Galeão (HFAG), sen-do o último procedimento, uma cirurgia de des-bridamento para a retirada do retalho reimplanta-do, devido à sua isquemia total. A área exposta foi enxertada com ampla porção de tecido retirado da coxa esquerda.

Num relato cheio de carinho e admiração, sua esposa Adriana declarou: “Tive o privilégio de es-tar ao seu lado em cada pequena vitória naqueles dias de uma guerra muito particular, mas por isso mesmo não menos traumática e devastadora, pois era travada não só no plano físico mas também na mente e na alma dele. Assisti de perto um ser humano lutar para sair de uma situação completa-mente adversa, esforçando-se para se recuperar e melhorando a si mesmo como pessoa a cada mo-mento, a cada dia daqueles meses eternos”.

Em 1990, Adriana conta que havia se apaixona-do pela pessoa franca, honesta e amável, que tinha paixão pela vida e por sua carreira na FAB. Depois do acidente a sua admiração se rendeu completa-mente ao homem que foi além disso, sendo mais e mais corajoso, forte, íntegro e leal. “O amor ver-dadeiro tem isso de bom, quando esses momentos acontecem, ele simplesmente se materializa”, de-clara sua esposa.

Em outubro de 2001, quando aconteceu mais um procedimento cirúrgico, Candez resolveu pa-rar com o sofrimento por algum tempo e retornar à vida normal. Foram realizadas 25 cirurgias no total, sendo que 15 delas tiveram mais de quatro horas de duração com anestesia geral.

Mesmo estando convalescente, entre uma ci-rurgia e outra, Candez não se deixou abater. In-suflado de vida, seguiu sua vida profissional ainda que deitado num leito hospitalar.

Ao final de 1999, ao constatar que a sua matrí-cula para o Curso de Comando e Estado-Maior (CCEM) da ECEMAR não havia sido cancelada, em função do acidente, e como no ano seguinte, o CCEM seria ministrado em duas fases, uma à distância, no primeiro semestre, e outra presencial, no segundo, Candez solicitou uma reunião com a equipe de médicos responsáveis pelo seu tratamen-to para replanejar as próximas cirurgias, de forma que recebesse alta no segundo semestre e estivesse em condições de realizar o CCEM. “Eles olharam pra mim incrédulos, mas o meu argumento foi forte, pois se perdesse aquela oportunidade, seria muito difícil dar prosseguimento à carreira, até mesmo porque muitos já pensavam que ela havia sido encerrada, devido à gravidade do acidente”, contou.

E assim foi feito. Durante a fase à distância, passou por mais quatro cirurgias, tendo realizado algumas provas no próprio leito hospitalar. Mas, conforme planejado, recebeu alta em maio de 2000 e estava pronto para iniciar a fase presencial em julho daquele ano. Ao final do curso sua clas-sificação foi a 23ª, de uma turma de 120 e, como se não bastasse, ainda recebeu indicação para ser instrutor daquela Escola.

Em outra oportunidade, demonstrou o mesmo empenho e a mesma bravura. Quando ainda estava no HFAG, recebeu a visita do então Comandante do 1º GCC, Ten Cel Gregoratto, que o procurou para comunicar que havia indicado o Ten Cel Matta para substituí-lo naquele Comando. Neste momento, Candez lhe fez o seguinte pedido: “Por favor, meu amigo, transmita ao Cel Matta minhas congratulações e diga-lhe que estarei pronto para comandar o 1.º GCC, quando da escolha do seu sucessor!”

Gregoratto é um dos seus amigos que o apoiou durante todo o seu processo de cirurgias. Candez conta que “até o completo restabelecimento, ele esteve sempre me apoiando. Muito obrigado, meu amigo!”, agradece.

Em outubro de 2001, Candez retornou à sua rotina de trabalho, assumindo a função de adjunto da Divisão de Operações Militares (DOPM).

Pelo DECEA, assumiu, em 2002, o desafio de coordenar os trabalhos da montagem da estrutura de comunicações e controle da primeira operação CRUZEX. A missão teve pleno êxito e contribuiu para que o então Diretor-Geral do DECEA, o Ten Brig Ar Lencastre, aceitasse a indicação de seu nome para Comandar o 1º GCC no biênio 2003/2004.

O sentimento de admiração e respeito também é comum ao Ten Cel Xavier, seu sucessor no co-mando do 1º GCC. “Contrariando o pensamento de muitos que tinham como certo sua passagem

para a reserva, temos ainda o prazer de comparti-lhar com a presença em nossas fileiras deste gran-de militar e companheiro. Após tantas batalhas e parcerias, qual não foi o prazer em saber que teria o orgulho e a satisfação de assumir o comando do 1º GCC substituindo meu grande amigo. Candez, motor a pleno, em combustão máxima e nariz para cima, pois seu horizonte é azul e o seu destino é voar cada vez mais alto”.

Para o presidente da CISCEA/CCSIVAM, Brig Ar Pinheiro, o Ten Cel Candez pavimentou o ca-minho para que o 1º GCC pudesse estar sendo hoje modernizado, adequando-se às crescentes exi-gências da FAB e, até mesmo, das outras Forças e do Ministério da Defesa, além de atender ao novo conceito de Comando e Controle do COMGAR.

“Tenho orgulho de ver o militar, amigo, mari-do, pai e cidadão que a nossa iniciativa em trazer para o COpM 1 permitiu que hoje estivesse no SISCEAB e desejo ao Ten Cel Candez toda a feli-cidade e sucesso que ele já provou que merece. A La Chasse!”, brada o Brigadeiro Pinheiro.

Atualmente, Candez é o chefe da Divisão de Meteorologia Aeronáutica do DECEA. “Está sen-do uma experiência muito interessante, pois tenho aprendido muito sobre a rede de meteorologia do DECEA, montada para dar maior segurança aos aeronavegantes. Depois de 16 anos fazendo parte dessa estrutura, você descobre que ainda não co-nhece tudo. Isso é fascinante!”, diz.

De fato, a qualidade de seu trabalho é atestada por seus colegas. É o caso do Ten Cel Av Pellegrino, Chefe da Divisão de Serviços de Informações Ae-ronáuticas do Instituto de Cartografia Aeronáutica – ICA. “Pude contar com sua ajuda na elaboração do Curso de A-6 EMO, realizado em agosto deste ano e ministrado pela primeira vez, sendo necessá-ria a elaboração das aulas, das apostilas, dos exer-cícios avaliados e plano de ensino. Estes demanda-ram um esforço de trabalho que levou a equipe a trabalhar todos os dias até à meia-noite, a fim de cumprir o cronograma. Este esforço trouxe como benefício a atenção e o reconhecimento dos alunos dos cursos, retratados por suas críticas, sugestões e, principalmente, pelos elogios recebidos”.

Quanto ao seu futuro, para o biênio 2006/2007, foi confirmada a sua indicação para comandar o CINDACTA III, após isso, quer estar a serviço da Força até quando ela precisar dele.

Entretanto, um desejo ficou evidente: quer es-tar ao lado de sua esposa, a controladora de vôo Adriana Mattos.

“Adriana é uma mulher maravilhosa, que me mostrou e me ensinou o que é o verdadeiro amor. Candez declara que: “Eu e Adriana planejamos nossa vida futura, inclusive como viveremos após a aposentadoria, e eu gosto muito do que estamos vislumbrando”, conta.

Finalizando, declarou: “Acredito nas coisas sim-ples, na lógica. Acredito que o ser humano tudo pode e tudo consegue, basta buscar com perseve-rança. Não acredito em sorte...concordo com a te-oria de Lair Ribeiro. No seu livro “O sucesso não ocorre por acaso”, ele escreve que “sorte é quando a preparação encontra a oportunidade”. Acredito no “entusiasmo” - vocábulo que vem do grego e na antiguidade representava a exaltação ou o arreba-tamento extraordinário daqueles que estavam sob inspiração Divina - significa “Deus contigo”!

“Acredito em Deus.”

“Fui muito feliz nos anosde 2003 e 2004, poispude confirmar quesucesso é alcançar os nossossonhos, mas felicidade égostar do que alcançamos“

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22 AEROESPAÇO

Em cerimônia militar presidida pelo Diretor-Ge-ral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Ten Brig Ar José Américo dos Santos, e com a presença de diversas autoridades civis e mili-tares, o Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo (SRPV-SP) comemorou o seu 58º aniversário.

Em um momento histórico do Sistema de Contro-le do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), ex-chefes da Organização foram especialmente homenageados.

Na solenidade, também foram entregues medalhas militares, diplomas para os Graduados-Padrão 2005 e Membros Honorários da Força Aérea Brasileira.

A reestruturação da área de jurisdição do SRPV-SP está em pleno curso, que passará, ao final de 2005, a gerenciar as Terminais São Paulo e Rio de Janeiro, incluindo seis dos aeroportos de maior volume de trá-fego aéreo do Brasil.

SRPV-SP comemora 58 anos

No dia 17 de junho de 2005, o Serviço Regio-nal de Proteção ao Vôo de Manaus (SRPV-MN) recebeu a visita da Comitiva do Sistema de Comu-nicações Militares por Satélite (SISCOMIS).

Durante a visita, o chefe do SRPV-MN, Cel Av Scariot, proferiu palestra discorrendo sobre as atividades técnicas e operacionais oferecidas ao usuário do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) e salientou a importância dessa prestação de serviço; apresentando o con-

ceito SIVAM/SIPAM (Sistemas de Vigilância e Proteção da Amazônia), assim como a história do SRPV-MN, suas principais características técnicas e a situação atual de sua implementação no con-texto amazônico.

A comitiva, composta de oito oficiais generais e 15 oficiais superiores das três forças, teve a opor-tunidade de conhecer uma tecnologia de ponta utilizada para otimizar a eficácia do controle do espaço aéreo.

Comitiva do SISCOMISvisita o SRPV-MN

O Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Lagoa Santa (DTCEA-LS) completou, no dia 07 de julho, 30 anos de existência. Em comemoração à data, foi realizada uma cerimônia militar com a pre-sença de autoridades militares e civis e com entrega de homenagem ao Chefe Interino do Serviço Regional de Proteção ao Vôo do Rio de Janeiro (SRPV-RJ).

A solenidade foi presidida pelo Cel Av José Eucli-des da Silva Gonçalves, Diretor do Parque de Mate-rial Aeronáutico de Lagoa Santa (PAMA-LS).

Após leitura do histórico do DTCEA-LS, o SO BCO Amarildo José da Silva Cunha, Comandante do DTCEA-LS, convidou o Cel Av Euclides a fazer

a entrega de uma placa em homenagem ao SRPV-RJ ao Ten Cel Av Almir Santos, com os seguintes dizeres:

“O companheirismo, a confiança e a sensibilidade gerencial durante a sua gestão refletiram na fluência administrativa e técnico-operacional, distinguida pela inteligente, amiga e paterna relação, conquistando o reconhecimento deste efetivo e fazendo do trigésimo aniversário o mais enaltecido por ser o último com a existência do SRPV-RJ”.

Abrilhantando mais a solenidade militar, foi rea-lizada passagem baixa de uma aeronave Tucano, co-mandada pelo Maj Av Edgard Vale Ribeiro.

DTCEA-LS comemora seu 30º aniversárioe homenageia SRPV-RJ

O efetivo do SRPV-SP pronto para continuar a missão

Ten Cel Leônidas, Chefe da Diretoria de Operações, apresenta a tecnologia do controle do espaço aéreo aos oficiais

Ten Cel Av Almir é homenageado pelo seu dinamismo à frente do SRPV-RJ

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Novos comandantes dos DTCEAs Barra do Garças, Três Marias e Tanabi

Três Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo (DTCEA) subordinados ao Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I) têm novos comandantes.

O DTCEA de Barra do Gar-ças (MT) realizou, no dia 09 de agosto, solenidade militar de passagem de comando do 1º Ten Esp Com Carlos Alber-to Moraes de Souza ao 1º Ten Esp CTA Aércio da Silva.

Em Três Marias (MG), no dia 08 de agosto, o 1º Ten QOECOM Élcio Jerônimo de Oliveira passou o comando do

DTCEA ao 1º Ten QOEA CTA Luiz Nelson Marcelino Dias.

As solenidades militares de Barra do Garças e Três Marias foram presididas pelo Cel Int Celso Alexandre de Oliveira, Chefe da Divisão Administra-tiva do CINDACTA I.

O Cap QOECOM Carlos Martinho Guimarães passou para o 1º Ten QOECOM Silas Martins da Costa o comando do DTCEA Tanabi (SP), em ce-rimônia presidida pelo Ten Cel QOEMET João Miguel Gomes da Silva, Chefe da Seção de Coordenação dos Destaca-mentos do CINDACTA I.

O Centro de Computação Aeronáutica do Rio de Janeiro (CCA-RJ) realizou uma reu-nião de trabalho com o obje-tivo principal de compatibilizar o Processo de Planejamento e Gestão do DECEA e Organi-zações Subordinadas com o Método de Planejamento Ins-titucional da Aeronáutica. A reunião aconteceu nos dias 16 a 18 de agosto, e foi presidida pelo Vice-Diretor Executivo e de Planejamento do Departa-mento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Maj Brig Ar Luiz Paulo Moraes da Silveira.

Estiveram presentes ao even-to comandantes, chefes e dire-tores de organizações militares subordinadas, acompanhados de pessoal com experiência na área de planejamento de curto, médio e longo prazo.

A reunião de trabalho teve, inicialmente, uma apresentação da Assessoria de Planejamento,

onde foram apresentados os processos e as sistemáticas de planejamento do Governo, da Aeronáutica e do DECEA, com intuito de oferecer aos partici-pantes todos os subsídios ne-cessários ao aprofundamento do assunto em pauta.

Foram criados três grupos de trabalho que executaram suas tarefas em “Audos” existentes no CCA-RJ, muito bem monta-dos e com toda a infra-estrutura necessária ao êxito da reunião de trabalho.

Esta foi a reunião de traba-lho inicial de um processo, que proporcionará a concretização de uma minuta de ICA – Pro-cesso de Planejamento e Ges-tão do DECEA e organizações subordinadas, a ser encami-nhada ao Diretor-Geral do De-partamento, para aprovação, em substituição à ICA 19-78, atualmente desatualizada.

Reunião de Trabalho no CCA-RJ apresenta processos

e sistemáticas de planejamento

SRPV-RJ recebe alunos de Geografia

da UERJAlunos da Faculdade de

Formação de Professores do Departamento de Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) visi-taram, nos dias 07, 08 e 14 de junho, as Estações Meteo-rológicas de Altitude (EMA) e de Superfície (EMS) do Desta-mento de Controle do Espaço Aéreo do Galeão (DTCEA-GL), com o objetivo de conhecer as operações ali realizadas.

A professora adjunta do Departamento de Geografia, Dra. Carla Maciel Salgado, agradeceu a atenção presta-da pelo Serviço Regional de Proteção ao Vôo do Rio de

Janeiro (SRPV-RJ) aos alunos. Ressaltou, ainda, que, como nos anos anteriores, a visita resultou em ótima experiência para os alunos.

Em uma carta de agradeci-mento, a Dra. Carla afirmou que é interesse do Departa-mento “continuar com este intercâmbio, estimulando, não só o aprendizado do curso de graduação em Geografia, mas também abrindo a opor-tunidade de conhecermos a importância de um campo específico dentro da Meteo-rologia – a previsão do tempo para os aeroportos”.

Cel Av R1 Gualter, Assessor de Planejamento do DECEA, apresentou os processos e sistemáticas de planejamento aos participantes da reunião

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