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8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 10 PM 37 37 376-2652 Cont. na pág 11 Festival Portugal... Já começou! Reportagem de Adelaide Vilela, pág. 14 Théâtre Outremont... Grupo Danças Ocultas impressionou! Leia artigo de Anália Narciso, pág. 15 Vol. XXII • N° 391 • Montreal, 19 de abril de 2018 Editorial Memórias de abril Por Carlos DE JESUS Na próxima semana vamos ce- lebrar o 44º aniversário da Revolução dos Cravos que implantou o regime democrá- tico em Portugal e empurrou o país para o concerto das nações avançadas. Em guisa de comemoração, reprodu- zo aqui uma das minhas “Memórias” da- quele evento. «25 de Abril de 1974 Foi numa daquelas manhãs frias do fim de abril com o sol a brilhar em pro- messas de primavera. O ar estava macio e o céu muito azul, limpo, sem um farrapo, como só conhecia em Portugal no pino do verão. Nos primeiros dias daquele lon- gínquo mês de 1974, tinha caído um nevão que obrigara a fechar ruas e escolas. Era o meu segundo ano no Canadá. A força dos elementos desenfreados pela natureza punha a minha capacidade de adaptação a dura prova. No inverno, o frio ártico a morder na pele, os assobios do vento nas árvores desnudadas, o ran- ger dos telhados sob o peso da neve; no verão, o calor e a humidade, as chuvas torrenciais, a trovoada e até o granizo co- mo bolas de golfe. Começava a pensar que só tinha duas soluções – ou hibernar, como os ursos, ou fazer frente aos desafi- os do novo país e resignar-me para sem- pre como os que me precederam nestas paragens. Era uma quinta-feira. Como sempre fui o primeiro a chegar à Delegação do Banco Pinto & Sotto Mayor, em Mon- treal, onde era gerente. Pus a chave à porta e, mal tinha apanhado alguma correspon- Foto LusoPresse. FALECIMENTO José Cabral Dias F aleceu segunda-feira passada, ví- tima de doença prolongada, o Senhor José Cabral Dias, de 86 anos de idade, pai do jornalista Osvaldo Cabral, diretor executivo do jornal açoriano Diário dos Açores, e nosso colaborador de longa data. O Senhor José Cabral Dias era um empresário picapedrense conhecido e es- timado por todos. Na dor deixa a viúva Senhora Ar- minda Moniz Vieira, e ainda os seus três filhos, Osvaldo Cabral, Lúcia Rodrigues e Paula Rosa Cabral, genros (Lucindo Rodrigues e Ricardo Barros) e nora (Lisa Toste), assim como os seus três netos e uma bisneta. O funeral realizou-se terça-feira pas- sada, na Freguesia do Pico da Pedra, con- celho de Ribeira Grande, saindo da Casa Mortuária após a missa, dirigindo-se de- pois para o cemitério local. O jornal LusoPresse endereça as ma- is sentidas condolências ao nosso amigo e colaborador, Osvaldo Cabral, assim co- mo a toda a sua Família. LP Foto LusoPresse.

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8042 boul. St-MichelSatellite - Écran géant - Événements sportifs

Ouvert de 6 AM à 10 PM

3737376-2652

Cont. na pág 11

Festival Portugal...Já começou!Reportagem de Adelaide Vilela, pág. 14

Théâtre Outremont...Grupo Danças Ocultasimpressionou!Leia artigo de Anália Narciso, pág. 15

Vol. XXII • N° 391 • Montreal, 19 de abril de 2018Editorial

Memórias de abril• Por Carlos DE JESUS

Na próxima semana vamos ce-lebrar o 44º aniversário da Revolução dosCravos que implantou o regime democrá-tico em Portugal e empurrou o país parao concerto das nações avançadas.

Em guisa de comemoração, reprodu-zo aqui uma das minhas “Memórias” da-quele evento.

«25 de Abril de 1974 Foi numa daquelas manhãs frias do

fim de abril com o sol a brilhar em pro-messas de primavera. O ar estava macio eo céu muito azul, limpo, sem um farrapo,como só conhecia em Portugal no pinodo verão. Nos primeiros dias daquele lon-gínquo mês de 1974, tinha caído um nevãoque obrigara a fechar ruas e escolas.

Era o meu segundo ano no Canadá.A força dos elementos desenfreados pelanatureza punha a minha capacidade deadaptação a dura prova. No inverno, ofrio ártico a morder na pele, os assobiosdo vento nas árvores desnudadas, o ran-ger dos telhados sob o peso da neve; noverão, o calor e a humidade, as chuvastorrenciais, a trovoada e até o granizo co-mo bolas de golfe. Começava a pensarque só tinha duas soluções – ou hibernar,como os ursos, ou fazer frente aos desafi-os do novo país e resignar-me para sem-pre como os que me precederam nestasparagens.

Era uma quinta-feira. Como semprefui o primeiro a chegar à Delegação doBanco Pinto & Sotto Mayor, em Mon-treal, onde era gerente. Pus a chave à portae, mal tinha apanhado alguma correspon-

Foto

Lus

oPre

sse.

FALECIMENTOJosé Cabral Dias

Faleceu segunda-feira passada, ví-tima de doença prolongada, o SenhorJosé Cabral Dias, de 86 anos de idade,pai do jornalista Osvaldo Cabral, diretorexecutivo do jornal açoriano Diário dosAçores, e nosso colaborador de longadata.

O Senhor José Cabral Dias era umempresário picapedrense conhecido e es-timado por todos.

Na dor deixa a viúva Senhora Ar-minda Moniz Vieira, e ainda os seus trêsfilhos, Osvaldo Cabral, Lúcia Rodriguese Paula Rosa Cabral, genros (LucindoRodrigues e Ricardo Barros) e nora (LisaToste), assim como os seus três netos euma bisneta.

O funeral realizou-se terça-feira pas-sada, na Freguesia do Pico da Pedra, con-celho de Ribeira Grande, saindo da CasaMortuária após a missa, dirigindo-se de-pois para o cemitério local.

O jornal LusoPresse endereça as ma-is sentidas condolências ao nosso amigoe colaborador, Osvaldo Cabral, assim co-mo a toda a sua Família.

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Foto

Lus

oPre

sse.

Página 219 de abril de 2018 L u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s e

FESTA DO CHICHARRO...

A MAIS POPULAR DA COMUNIDADE!• Por Norberto AGUIAR

A 22.ª Festa do Chicharro teve lugarsábado, no Centro Comunitário de Nossa Se-nhora de Fátima, na cidade de Laval.

Organizada pela Associação Quebequen-te, da qual é presidente Roberto Carvalho, natu-ral da freguesia piscatória da Ribeira Quente, a22.ª Festa do Chicharro voltou a ter um êxitoextraordinário, a começar pela presença de pú-blico, que encheu completamente a espaçosasala de visitas da Missão Portuguesa de Laval,com mais de 500 pessoas, que obrigaram osresponsáveis a reduzir a pista de dança paraacolher tão grande número de convivas. «E semais espaço houvesse, eu tinha metido cá den-tro mais algumas dezenas», dir-nos-ia RobertoCarvalho no momento de fazer o balanço doespetacular evento.

Para que a Festa do Chicharro tivesse tantoêxito há também que destacar a presença, pelaprimeira vez, do presidente da Câmara Munici-pal da Povoação, Pedro Melo, só por si cartazpara uma presença elevada de ribeiraquentenses,e de todos os povoacenses da grande região deMontreal.

Por outro lado, é também de salientar ocompetente elenco artístico e musical que foiescolhido para animar o serão festivo.

De Toronto veio o conjunto musical Sa-gres, um dos melhores da cidade metrópoledo Canadá, na linha de outros que existem,como o Starligth, o mais requisitado, ou comojá existiram e que noutros tempos tambémpassaram pelas salas da comunidade, como oTabú. O Sagres e o seu vocalista, Carlos Janeiro,animaram o baile de tal maneira que a festa du-rou até de madrugada, como fazem fé as fotosaqui apresentadas.

Entretanto, no entremeio, lá estava o com-petente DJ Moreira para acudir ao que desse eviesse.

E que dizer da atuação da fadista Elizabete,esta proveniente também da província do On-tário, mas de uma cidade mais a Sul, de Kitche-ner, um aglomerado com muita gente nossa.A Elizabete, grande admiradora de Amália Ro-drigues, por sinal também natural do concelho

da Povoação, da Freguesia dos Remédios, istose a memória não me falha, teve uma atuaçãomuito feliz, por competente, apoiada no duode guitarristas, dos melhores da comunidade,nas pessoas de Hernâni Raposo (de Lagoa) eEduardo Câmara (de Feteiras do Sul).

Tendo começado por interpretar «Bailari-co saloio», Elizabete Gouveia continuou com«Ai Maria», «Lençóis de palha», «Maneio», «Fa-do pechincha», «Xaile de minha mãe» e «Rapsó-dia açoriana». A cada fado, o público mimosea-va-a com fortes aplausos. Merecidos, acrescen-tamos nós, pela qualidade da interpretação, masigualmente pela maneira alegre e divertida comointeragiu com o público. No final, ainda houvea cereja sobre o bolo: uma desgarrada picante,como o público gosta, com Toni Gouveia,antigo vocalista do conjunto Tabú e seu ma-rido!

Mas a festa não teve só música. Houve,como sempre nestas circunstâncias, os discur-sos da praxe. Uns mais curtos e incisivos. Ou-tros mais longos, mesmo se menos elabora-dos.

Em primeiro lugar, usou da palavra o côn-sul geral de Portugal, José Guedes de Sousa.Agradeceu o convite e elogiou os organizado-res pelo ambiente ali demonstrado. E aprovei-tou o momento para pedir ao público, esmaga-doramente açoriano, para reservar o dia 5 demaio para assistir e participar na visita do pri-meiro-ministro de Portugal à comunidade. Eleque tem consciência – ou se não tem devia tê-la – que os açorianos não vão muito nessesencontros nacionais... Vá lá que, em forma descoop, José Guedes de Sousa anunciou que aacompanhar o primeiro-ministro AntónioCosta, estará o presidente do Governo dosAçores, Vasco Cordeiro. A plateia reagiu, a-plaudindo.

Veio depois Pedro Melo, o jovem presi-dente da Câmmara Municipal da Povoação.

Muito aplaudido, Pedro Melo agradeceuo honroso convite, «feito pelo meu amigoRoberto», saudou os seus conterrâneos e numaintervenção curta, disse o quanto estava felizpor estar ali e ver com os seus próprios olhosa união entre toda aquela gente «que muito di-gnifica a Ribeira Quente e toda a população

do nosso concelho». Mais tarde, Pedro Melohaveria de conceder uma entrevista ao Luso-Presse e à LusaQ TV, onde resumiria a sua pas-sagem por Montreal e fazia, ao mesmo tempo,o ponto da situação atual do seu concelho desdeque há pouco mais de um ano é seu dirigentemáximo. «Um concelho que estava em falênciatécnica e que, felizmente, está no bom cami-nho».

A última palavra pertenceu a Roberto Car-valho, o infatigável presidente da AssociaçãoQuebequente, que é a organizadora da Festado Chicharro, agora, e da Festa de São Paulo,padroeira da Ribeira Quente, no outono.

Homem de poucas palavras, Roberto Car-valho agradeceu a todos, público, equipa, volun-tários, músicos, família, pelo apoio e grandetrabalho desenvolvido na preparação e orga-nização da festa que «sem vocês, nada disto te-ria sido possível».

Depois de distribuir lembranças a várias

pessoas, com uma particular homenagem aJosé Pereira, «um homem do Pico, mas indis-pensável na minha equipa», Roberto Carvalhoficou sensibilizado pelas palavras de AleixoBraga, o seu equivalente em Toronto, e que sedeslocou a Montreal com uma comitiva decerca de 50 pessoas.

Mas como Festa do Chicharro que é (foi),foi servido um belo repasto de chicharros fri-tos, completado de batata cozida, inhame, pi-mentos às tiras, cebola curtida, com molho deescabeche e calda de pimenta à parte. E paraquem não quisesse ou não gostasse dos chichar-ros, lá estava em cima da mesa uma travessacom febras, chouriço, carne de vaca assada evárias peças de galinha. Uma fartura!

O padre Carlos Dias, pároco da Igreja deNossa Senhora de Fátima, foi quem benzeu orepasto, seguido de «Um pai nosso que estásno Céu...».

L P

Da esquerda para a direita, José Pereira, Aleixo Braga, Roberto Carvalho, Pe-dro Melo e Mário Carvalho.

A Desgarrada, entre marido e mulher. Fotos LusoPresse..

Página 319 de abril de 2018 L u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s e

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FAZER HISTÓRIA DA... HISTÓRIA

EM STE-THÉRÈSE: DADOS OS PRIMEIROS PASSOS

Como viram no meu texto de há 15 dias, a minha relação deamizade com o Norberto Eleutério, que me levou a conhecer o LuísMartins, fez com que a minha primeira implicação na comunidade por-tuguesa começasse por Ste-Thérèse, uma cidade e região com muitoslagoenses, como também aqui já foi referido. E como também já per-ceberam, o futebol teve papel decisivo.

Em Ste-Thérèse, para além da equipa de futebol, já havia uma as-sociação. Criada com alguma celeuma à mistura, mas o certo é que elaexistia e tinha papel fundamental. Era ali que as pessoas, sobretudo aofim de semana, se reuniam para conversar, tomar um copo de vinho,beber uma cerveja ou um café, ao mesmo tempo que eram normais osjogos de cartas, de dominó, de damas; de muita discussão à volta dosjogos de futebol (Benfica, Sporting...), mesmo se se tinham imensosproblemas para se sintonizar os relatos de futebol ao domingo pela E-missora Nacional através da onda curta... Dias havia em que não sechegavam a saber os resultados dadas as condições meteorológicas. Sócom os jornais da segunda-feira, distribuídos em Lisboa de manhã ce-do e que chegavam a Montreal – quando não se perdiam no aeroportoe depois marchavam através doutras rotas – na própria segunda-feira,quase sempre um pouco depois das 19h00, 20h00.

Ali, por mor da frequência das nossas visitas, fomos estabelecendocontactos com muita gente. Desde lagoenses a outros açorianos. Compessoas do continente, o nosso contacto começou mais tarde, em Montreal.

De assinalar que a nossa aproximação ao Luís Martins foi-se re-forçando, e muitas vezes já sem a presença do Norberto Eleutério. Defacto, eu era solteiro e disponível, enquanto o Norberto tinha responsa-bilidades de homem casado e pai de filhos. Daí que o Luís já viesse aMontreal quase só para me vir buscar. Foi nessa altura que fiz uma ten-tativa de regresso aos campos de futebol... Mas não deu porque quandovoltei aos treinos, em Ste-Thérèse, claro, me senti perro de movimentos,o que não era para menos, pois já tinha passado mais de um ano semtocar numa bola, com alguns quilos a mais, já para não falar no medode me voltar a lesionar. Pior ainda. Aqui há que considerar que as pri-meiras vezes que toquei numa bola neste país foi num ginásio, onde ofutebol apresentado era pontapé para a frente, de qualquer maneira,coisa totalmente desconhecida para mim. Daí que valesse mais umqualquer jogador tosco, do que um tecnicista, para mais inadaptado aosistema. Naqueles treinos e, depois, nos jogos, o que era preciso eramuita correria, força, esta mesclada de empurrões, quando não de «canela-das», e vamos em frente.

Foi fácil perceber que o meu regresso à prática do futebol não pas-sava por ali. Até porque não houve da parte de ninguém, nem do pró-prio Luís, o cuidado de me proteger como possível futuro jogador dosBravos, que era o nome da equipa. Ao invés, houve mesmo alguns quetroçaram do facto de eu não ter as qualidades que me atribuiam. Enfim...

Desgostoso, porque sempre tive em mente voltar ao ativo, refugiei-me no vazio, abdicando do que eu mais gostava de fazer, que era jogarà bola, coisa que fazia desde a idade dos oito anos. Primeiro na freguesia,onde eu era o dono da bola, por isso tinha de jogar sempre, e depois noClube Operário Desportivo, a partir dos 15 anos; um ano antes da en-tão idade legal para se poder jogar futebol federado. Outros tempos,comparados com o que se passa agora...

Foi por tudo isso que me fui aproximando do dirigismo. Que tam-bém começou por Ste-Thérèse, mesmo se eu nunca tive ali título nemfunções de dirigente.

Mas fui eu que recrutei, para os Bravos de Ste-Thérèse, primeiro, FernandoAnselmo, que conhecia desde os Açores quando desepemhava funções demanager no Sporting Ideal, da Ribeira Grande, e que nessa altura estava a viverem Montreal por força da instabilidade política em Portugal, «... não admitoque os Açores possam ser comunistas», dizia-me ele nas nossas frequentes elongas conversas*; fui eu que levei o Rasga-Mar, sim, esse, o pai do hoquistaMike Ribeiro, para Ste-Thérèse, entre alguns outros... Estas e outras movi-mentações são coisas desconhecidas da comunidade.

Entretanto, por essa altura, quando se criou futebol jovem na As-sociação, também levei o meu irmão Luís para ingressar numa das equi-pas. E tal como haviam procedido comigo, ele também foi consideradode valor duvidoso, isto numa agremiação onde primavam atletas inca-pazes de saber gizar uma jogada. Mas os curiosos que os orientavamtambém primavam pela incompetência. Mais tarde, o Luís chegou a serconsiderado dos melhores jogadores de Montreal!

* Com Fernando Anselmo, infelizmente já falecido, temos algumashistórias para contar. Norberto AguiarL P

AÇORES 270Congresso Internacional dos 270 Anos da Presença Açoriana em Santa Catarina:Mar, Patrimônio, História e Literatura.Data: 18, 19 e 20 de abrilRealização: Instituto Histórico e Geográficode Santa CatarinaAcademia Catarinense de Letras

Objetivo: Congregar historiadores, cientis-tas, jornalistas e escritores num debate pluralsobre as questões históricas e culturais referentesà presença açoriana em Santa Catarina desde1748, as questões oceanográficas e de desen-volvimento sustentável sobre o “mar que nosune” e a produção literária nas duas margensatlânticas.

Importante evento que celebra os 270anos da chegada dos açorianos a Santa Catarina,o Congresso Internacional dos 270 A-nos da Presença Açoriana em SantaCatarina: Mar, Patrimônio, Históriae Literatura, se caracteriza por seu cariz aca-dêmico e científico. Promovido pelas cente-nárias entidades – o Instituto Histórico e Geo-gráfico de Santa Catarina e a Academia Catari-nense de Letras. Será realizado nos dias 18, 19e 20 de abril, no auditório do Tribunal de Con-tas do Estado de Santa Catarina, na cidade deFlorianópolis, Brasil.

A programação contempla uma visita alocais de Referência Cultural Açoriana, no dia18, a antiga Freguesia de São Miguel da TerraFirme, ao MuseuEtnográfico Casa dosAçores de Santa Cata-rina, em Biguaçu(continente) e aoCentro Histórico daFreguesia de SantoAntónio de Lisboa,na ilha de Santa Cata-rina.

No dia 19 e 20

acontecerão as conferências e Mesas Redondas com jornalistas, escri-tores, professores e pesquisadores do Brasil, Portugal e Espanha.

São esperados: o Professor Doutor Artur Teodoro de Matos daUniversidade Nova de Lisboa, a Professora Doutora Gilberta Rochada Universidade dos Açores, Professor Doutor Angel Espina Barrio,da Universidade de Salamanca. Nomes relevantes da literatura dos Açorese do Brasil como o Nuno Costa Santos (Açores), Luiz Antônio de As-sis Brasil, Deonísio da Silva, José Carlos Gentili, Paulo Scott, MárioHélio Lima, Celestino Sachet e Péricles Prade. Historiadores e arquitetosda área do Patrimônio Cultural de Santa Catarina: Vanessa Pereira, Dal-mo Vieira e Betina Adams. Contará também com a presença de autorida-des do Brasil e Portugal: o Presidente do Governo Regional dos Açores,Dr. Vasco Cordeiro, que abrirá o congresso, o Presidente da CâmaraMunicipal de Ponta Delgada, Dr. José Manuel Bolieiro, o Arq. NunoRibeiro Lopes, Diretor Regional da Cultura nos Açores, Dr. José An-drade, chefe de Gabinete de PDL e autoridades Catarinenses. L P

Página 419 de abril de 2018 L u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s e

Dra. Carla Grilo, d.d.s.

Escritório1095, rue Legendre est, Montréal (Québec)Tél.: (514) 385-Dent - Fax: (514) 385-4020

Clínica Dentária Christophe-Colomb

Dentista

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LusoPresseLe journal de la Lusophonie

SIÈGE SOCIAL6475, rue Salois - AuteuilLaval, H7H 1G7 - Québec, CanadaTéls.: (450) 628-0125 (450) 622-0134 (514) 835-7199Courriel: [email protected] Web: www.lusopresse.com

Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Anália NARCISOContabilidade: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:

• Carlos de Jesus• Norberto Aguiar• Daniel Bastos• Osvaldo Cabral• Anália Narciso• Adelaide Vilela• Humberta Araújo

Revisora de textos: Vitória Faria

Societé canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

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Programação:• Segunda-feira: 21h00• Sábado: 11h00(Ver informações: páginas 5 e 16) Foto LusoPresse

CONTINUAMOS A VER NAVIOS...• Por Osvaldo CABRAL

Os A-çores entraramem euforia com ocrescimento doturismo aéreo,mas esqueceu-secompletamentedo turismo de cru-zeiros.

A atividadede cruzeiros cresceu na última década emtodo o mundo mais de 60%, mas entre nósrepresenta ainda uma minúscula parcela des-te enorme potencial, apesar de estarmos aaumentar no número de escalas.

A questão não é só saber atrair os cru-zeiros, onde até se tem efetuado algum bomtrabalho nas feiras do setor a nível interna-cional.

O problema está dentro de portos, on-de, como sempre, há tanta gente empoleira-da nos imensos departamentos oficiais es-palhados nesta área – portos, turismo, autar-quias, empresas – à espera que tudo caia docéu, sem se mexerem para criar uma ambiên-cia diferente na receção dos cruzeiros, à se-melhança do que acontece noutros portosdeste país, como Lisboa, Leixões e Funchal.

Estes três portos, que viram explodir aatividade de cruzeiros em tão pouco tempo,fizeram um trabalho minucioso, envolven-do toda a gente do setor, não sendo poracaso que cada um deles tenha um depar-tamento específico para tratar desta área.

Nos Açores é aquilo que se sabe: temosuma ‘Portos dos Açores’ que nem sabe fa-zer a manutenção dos cabeços de amarra-ção, como é que se poderá dedicar com aten-ção aos operadores de cruzeiros?

Há um total desinteresse neste setor, reve-lador da vergonhosa preguiça que grassa emtantos departamentos oficiais, incapazes deenvolver o conjunto de operadores para rema-rem para o mesmo lado.

Veja-se o que está a acontecer este mês.Só para S. Miguel estão previstos 32 navi-

os, num conjunto de 48 escalas em toda a regi-ão, num total de 70 mil turistas, alguns delestrazendo, inclusivé, jornalistas e pessoal especi-alizado do setor, que nos visitam pela primeiravez, em viagem promocional dos respetivosnavios.

Que se saiba, não está prevista nenhumareceção especial – ou, pelo menos, condignacom a nossa hospitalidade – por parte da ‘Por-tos dos Açores’ ou da Direção Regional deTurismo, que em conjunto deveriam desenvol-ver atividades promocionais e de animação, àsemelhança do que se vê nos principais portosturísticos deste país, incluindo aqui ao ladodos nossos amigos madeirenses.

Não custava nada juntar o município, aCâmara do Comércio, a Delegação de Turismoe outros operadores interessados, para colocargrupos de folclore à receção dos turistas, distri-buição de brindes, tendas espalhadas pela Ave-nida com produtos regionais, animação na bai-xa da cidade, sobretudo nos dias em que vamosreceber mais do que um navio num só dia, co-mo já aconteceu outrora por iniciativa da Azo-res Cruise Club.

É imprescindível ter uma animação especí-fica para as escalas inaugurais, à semelhançado que acontece em todo o lado, criando umaboa impressão logo à primeira oportunidade,como, por exemplo, no dia 25 deste mês, emque virá um navio em cruzeiro inaugural comdezenas de jornalistas europeus e norte-ameri-canos, quase todos ligados aos jornais, televi-sões e revistas da especialidade, e que certamentevão ter uma das receções mais frias nos portos

por onde passarão.No dia 24 vamos ter quatro escalas em

simultâneo, imaginando-se o movimentoque irá provocar na baixa de Ponta Delgada.

Agora imaginem que as Portas da Cida-de poderão estar ocupadas com palcos etendas para as comemorações do 25 de A-bril, retirando aos visitantes a possibilidadede usufruírem do local mais emblemáticoda cidade...

É importante, igualmente, que os co-merciantes apresentem uma decoração ape-lativa nos seus estabelecimentos e este papelde sensibilização cabe ao turismo local, quepouco se mexe.

Em todos estes aspetos, muito temosque aprender com a Madeira, que possuiuma Administração dos Portos (APRAM),equivalente à ‘Portos dos Açores’, com umavisão e dinamismo a léguas dos Açores.

Imaginem que a sua Presidente, LígiaCorreia, até sabe que a administração da‘Portos dos Açores’ vai ser substituída (fi-nalmente!), coisa não falada por cá.

Interrogada numa entrevista, concedi-da ao Diário de Notícias do Funchal, sobrea possibilidade de os Açores integrarem aCAI (Cruise in the Atlantic Islands), que aMadeira já integra desde 1990 e Cabo Verdejá lá está – faltando, como sempre, os Aço-res –, ela responde assim: “Encontra-se ain-da em fase de estudo e análise por parte daPortos dos Açores. Vamos aguardar pelanomeação do seu novo Conselho de Admi-nistração para renovarmos o interesse naintegração daqueles portos na CAI. Para aCAI constitui uma forma de fortalecer amarca, numa altura em que há uma claraaposta no ‘corredor Atlântico’, onde asilhas dos Açores têm grande relevância”.

Até a Madeira reconhece isto.Menos nós, os maiores interessados,

ainda à espera da substituição de um orga-nismo que já demonstrou não funcionar eque até agora só sabe estar sentada a ver na-vios... L P

A ATRAÇÃO ESTRANGEIRA PELO MERCADO IMOBILIÁRIO PORTUGUÊS• Por Daniel BASTOS

Recentemente,o Gabinete de Es-tudos da Associa-ção dos Profissio-nais e Empresas deMediação Imobi-liária de Portugal(APEMIP), divul-gou dados apontando que um quinto dashabitações compradas durante o ano passa-do em Portugal foi adquirido por estran-geiros.

Segundo os dados da APEMIP, o in-vestimento estrangeiro para compra de ha-bitação em Portugal teve em 2017 uma re-presentatividade na ordem dos 20%, man-tendo-se a nacionalidade francesa no lugarcimeiro dos estrangeiros que mais investemem Portugal, seguindo-se os brasileiros, in-gleses, chineses e angolanos.

Mais do que um importante indicador dafase de crescimento da economia portuguesa,a dinâmica do mercado imobiliário portuguêsimpulsionada pelo investimento estrangeiro éfundamental para o desenvolvimento susten-tado do país, e assume-se como uma compo-nente atrativa de recursos humanos capazes decontribuírem para o equilíbrio da balança migra-tória nacional. Como é o caso dos investidorescanarinhos, que perante a instabilidade política,social e económica que o Brasil atravessa, quetem levado à entrada nos últimos tempos emterras lusitanas de milhares de brasileiros, pare-cem encarar Portugal como uma nova Miami.

No entanto, esta atração estrangeira pelomercado imobiliário português coloca conco-mitantemente grandes desafios aos agentes edecisores nacionais. Desde logo, porque esteinvestimento estrangeiro tem-se concentradoessencialmente nas regiões de Lisboa Porto eAlgarve, o que é revelador das assimetrias nodesenvolvimento do litoral e do interior, e danecessidade imperiosa de se assumir uma estra-

tégia concertada para promover o paísdo interior, através da valorização da na-tureza, do património, da cultura, da gas-tronomia e dos produtos locais.

Essa estratégia de valorização do in-terior, capaz de alavancar o desenvolvi-mento dos territórios, e conter o fenó-meno dramático do despovoamento, po-de e deve beneficiar da dinâmica estran-geira no mercado imobiliário português,tanto que as perspetivas da APEMIP parao presente ano é que os investidores pos-sam apostar na compra de casas fora daszonas tradicionais, prevendo-se umapossível aposta em regiões do país quedisponham, por exemplo, de condiçõesde excelência para a prática do turismorural.

Publicidade:(514) 835-7199

L P

Página 519 de abril de 2018 L u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s e

Feliz Natala todos!

O vosso programa de televisão em português!OOOOOOOOOOOOOOO vvvvvvvvvoooooooooosssssssssssssssssoooooooooo ppppppppppprrrrrrroooooooooggggggggggggrrrrrrrraaaaaaaaaammmmmmmmaaaaaaa dddddddddddddeeeeeeee ttttttttttteeeeeeeeellllllllllleeeeeeeeeevvvvvvvviiiiiiiisssssããããããããooooooo eeeeeeeemmmmmmm ppppppppoooooooorrrrrrrrttttttttuuuuugggguuu

LE JOURNAL DE LA LUSOPHONIE

Éditeur et rédacteur en chef : Norberto AguiarDirecteur : Carlos de Jesus

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chef : Norberto Aguiarsussus

Sexta-feifeirara SáSábado DDommingingoggMM YOGA ViVi b

PROGRAMA SEMANAL

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8042, St-Michel514-376-2652

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GRILLADES PORTUGAISES

Página 619 de abril de 2018 L u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s e

BAIXOS SALÁRIOS, VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E PROBLEMAS DE SAÚDE

O DIA A DIA DAS MULHERES INDOCUMENTADAS• Por Humberta ARAÚJO ([email protected])

Uma das realidades menos fala-das, e por isso mais esquecidas, mas nempor isso menos importantes e devastado-ras em toda esta problemática da indocu-mentação no seio das comunidades portu-gueses, é o caso das mulheres sem esta-tuto.

Baixos salários, que permanecem osmesmos durante anos, e que não têm so-frido alterações, mesmo depois da aplica-ção obrigatória no Ontário dos 14 dóla-res/hora, e longas horas de trabalho sema-nais, por vezes acumulando dois empre-gos, no caso da limpeza, duas casas pordia.

Muitas jovens, que aqui se encontramilegais, sós ou acompanhadas das famílias,ou ainda mulheres com crianças menores,são vítimas de difíceis condições de traba-lho, nos cafés, nas padarias, restaurantes echurrasqueiras portuguesas.

Estes são só alguns dos mais injustoslocais de trabalho, onde uma grande mai-oria das mulheres indocumentadas ganhamo seu sustento, sob constante medo deperderem o emprego, “bullied” pelas pa-

troas, ou empregadas mais antigas, trabalhan-do por vezes em condições higiénicas precá-rias, 8 a 10 horas diárias, sem direito a folgasperiódicas e permanentes.

Para as mães, as dificuldades aumentam,pois necessitam de encontrar locais seguros ede custos acessíveis para guarda das criançasmenores. Como não têm acesso às creches dosistema público ou privadas, estas últimas,muito caras, acabam por recorrer a serviços deguarda na comunidade, em pequenos rés-do-chão, com pouco ou nenhum acesso ao exteri-or e sem atividades para o desenvolvimentofísico e pedagógico das crianças.

No caso de jovens portuguesas e brasilei-ras, que só encontram trabalho nos cafés erestaurantes, para além de baixos salários, gor-jetas injustamente divididas a meio com ospatrões, enfrentam assédio sexual.

As mulheres indocumentadas sofrem ain-da de dificuldades do foro emocional e mental,agravadas pela falta de acesso ao sistema desaúde público, levando-as à automedicamen-tação, ao agravamento de situações crónicas eao aparecimento de outros problemas por faltade diagnóstico precoce. Em caso de acidenteno trabalho, não usufruem de qualquer apoio

da empresa ou do governo.Para além destes desafios diretos, elas en-

frentam ainda a carga emocional que afeta osmaridos, muitos deles também em situaçãoilegal, e das crianças, que necessitam de se inte-grar no sistema social e escolar do país.

A falta de estatuto deixa estas indocumen-tadas isoladas, dependentes e vulneráveis a si-tuações de abuso e violência doméstica. Muitassão maltratadas pelos maridos ou companhei-ros, o que agrava o seu dia a dia, levando aosurgimento de problemas de saúde mental efísica, pondo em causa a segurança pessoal e adas crianças menores. Devido à sua situaçãoilegal, as mulheres têm medo de denunciar osparceiros violentos, que conscientes deste me-do, fazem chantagem emocional junto dasesposas e companheiras, tornando a conjun-tura familiar intolerável.

Mas a verdade é que, qualquer mulher,mesmo numa situação ilegal pode recorrer àpolícia. No caso da violência doméstica, a po-lícia não pode recusar ajuda e proteção. Existemnas comunidades instituições que podeminformar e ajudar a mulher a encontrar um ca-minho. Porque são instituições que conhecema lei, elas devem ser o primeiro recurso.

A questão da língua é outro desafio, quedificulta o pedido de ajuda. As mulheres pre-

cisam saber que tanto a polícia, como acâmara municipal, têm serviços em todasas línguas. Basta informar e um/a tradu-tora será disponibilizada, para ajudar nodiálogo.

Outro fator que dificulta a saída desteciclo violento, prende-se com o facto depedirem ajuda ou informações a outrasmulheres, que desconhecem o sistema, eque as aconselham ao silêncio e a esperarpara uma melhor oportunidade, que co-mo sabemos, nunca chega, se não toma-rem as rédeas do seu futuro.

Há igualmente que ter em atençãoque, por vezes, nem todos os políciascontatados estão bem informados, e quepor razões próprias, não dão informa-ções corretas, pois a ignorância, o racis-mo e a intolerância também permeiamas forças policiais. É por isso crucial con-tatar sempre uma instituição portuguesa,que conheça os regulamentos, e que estejaem condição de apoiar.

Segundo a Carta dos Direitos e Li-berdades Canadiana, qualquer pessoa,homem ou mulher, independentementeda sua situação legal, tem o direito à pro-teção, incluindo o direito à não discrimi-nação e segurança. Em determinados ca-sos, ao abandonar uma relação de abuso,uma mulher pode obter o estatuto de ci-dadã, dentro do programa humanitário ede compaixão, um processo que podeser moroso e que necessita de um acom-panhamento legal informado.

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NOITE BRANCA...

PORQUE PREZAM A IDENTIDADE DO POVO AÇORIANO• Reportagem de Adelaide VILELA

No dia 14 de abril, no Centro Comu-nitário do Espírito Santo de Anjou, realizou-se a Noite Branca, que vestiu de carinho e depaz todos quantos assistiram a este jantar defesta: “Esta é uma tradição que trouxemos deS. Miguel”, afirma o presidente José Costa.

Dizem que toda a criança que vê a luz domundo tem direito a um anjo da guarda. É ver-dade? Será UM celestial? Todos sabem que aigreja ainda hoje festeja e celebra a festa dosAnjos. Ali só vi anjos sem asas, mas a coisaboa é que se encarregaram de velar pela prote-ção de uns e de outros, e para isso não é precisoser anjo, basta praticar o bem-querer. É com aproximidade humana que se curam as maldadese as indiferenças nas in/verdades que circundama Terra que o homem corrói e corrompe comtantas mediocridades e maliciosas guerras.

Mas José Costa, homem de fé e de grandesvalores, afirma: “Estamos em paz, e todos ves-tidos de branco até parecemos anjos a descerdo céu à terra”. Que assim seja presidente Cos-ta, que estes convívios constituam o orgulhoda comunidade lusa de Montreal, granjeandocada vez mais êxitos no reencontro com asnossas raízes portuguesas e, no Vº. caso, éuma maneira de manter positivamente as tra-dições açorianas.

A noite teve mais encanto com Sylvie Pi-

mentel, cantora pauense reconhecida, ao lon-go dos tempos, e dona de uma voz bem treina-da e bela. Já agarrado ao papel de dinamizadorcultural, na divulgação da música popular, oKevin Moniz por sua vez, merece o nossoapoio! Começou a cantar com a mãe Sylvie Pi-mentel era ainda um menino, mas logo afirmoua sua identidade, como intérprete, por voltados 19 anos. Kevin Moniz tem 26 primaverase já é papá de um rapazinho de um ano e meio.O bebé também frequenta o mundo da músicaquando o pai canta e faz dançar com o seu DJINFI-NITE. Apraz-me participar aos nossosleitores que este luso-canadiano se prontificoua participar, com a sua discoteca, no CentroComunitário do Espírito Santo de Anjou, noúltimo sábado do mês de maio, com objetivosespecíficos a atingir: ajudar o próximo. Será le-vado a efeito uma festa cujos fundos reverterãoa favor da Associação do Cancro de Hodgkin.Estará presente o jovem que sofre desta do-ença, seus familiares e amigos. Vamos todosapoiar esta causa.

Também o coração da autora destas li-nhas, com a mão no coração, ofereceu ao cen-tro 25 livros de histórias (para adultos e crian-ças), com vontade de ajudar a remediar e a erra-dicar esta doença grave, caso não seja tratada atempo.

Parabéns! Como sempre a direção doCentro serviu um jantar delicioso. Felicitamosa Lúcia Sousa e toda a equipa da cozinha. Quan-

to aos que serviram as mesas rasgaram sorrisose bailaram de prazer vestidos a rigor, de branco.Esperamos que o ritmo não mude e sigam ocaminho unidos pela mesma fonte de inspira-ção. O Anjo Divino que ali entrou (e não maissaiu) vela pelo bem do associativismo culturale humano, baseado na magia do bem-fazer.

Parabéns e felicidades a todos quantos alifestejaram o seu aniversário.

Aproveitamos ainda para felicitar a Gi-nette, que fez os centros de mesa, iluminados!As belas damas da direção, participaram na alvae magnífica decoração que brilhou e encantouo olhar de todos os presentes.

Foi muito grato apreciar o desempenhodaquela direção – nesta Coletividade do DivinoEspírito Santo – cujas atividades agradam aosassociados e amigos, os quais permanecem li-gados às suas terras porque prezam, com senti-mento, a identidade do povo açoriano.

L P

No Centro Comunitáriodo Espírito Santo de An-jou - As Mulheres, os li-vros (oferta da nossacolaboradora AdelaideVilela) e o presidente Jo-sé Costa.

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EM ARCOS DE VALDEVEZ...

Festival FestivinhãoDepois do sucesso alcançado nas du-

as primeiras edições regressa o FESTIVI-NHÃO – Festival Enoturístico de Arcos deValdevez, nos dias 1, 2 e 3 de junho, numa or-ganização da Associação dos Vinhos de Arcosde Valdevez e do Município de Arcos de Valde-vez. São ainda parceiros na organização a Co-missão de Viticultura da Região dos VinhosVerdes, a Escola Profissional do Alto-Lima, aAssociação Comercial e Industrial de Arcosde Valdevez e Ponte da Barca, a CooperativaAgrícola de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca,a Confraria do Vinho Verde e a Associação deMunicípios Portugueses do Vinho.

O FESTIVINHÃO terá este ano lugar

no Jardim dos Centenários, no centro históri-co de Arcos de Valdevez, contando com espaçode exposição, espaço de provas de vinhos eapresentações, tasquinhas de petiscos, anima-ção de palco, animação de rua, curso de inicia-ção à prova de vinhos, percursos turístico-gastronómicos pela Vila, visitas a Quintas/Adegas e oferta turística e cultural diversa.

Este festival enoturístico pretende celebrara Casta Vinhão e a sua fabulosa evolução emtermos técnicos e produtivos. Agora, a castavinhão é a rainha. É ela que melhor se relacionacom as iguarias gordas como a lampreia, o sar-rabulho, o cozido à portuguesa, o arroz de ca-

bidela, o cabrito mamão da serra, o arroz de desarrabulho, etc. Arcos de Valdevez, com o seu“terroir”, soube manter uma reserva de qualida-de e tradição na produção de Vinhão e tambéminovar sem nunca descurar a relação harmónicacom a gastronomia. Mas o Festival apresentaoutros vinhos verdes, com destaque para osbrancos Loureiros e Alvarinhos, rosados e es-pumantes.

O Festival integra também a seleção do‘FESTIVINHÃO’18 Vinho do Ano’ e incluiráeste ano a I Edição da ‘RAINHA DAS VINDI-MAS Arcos de Valdevez’.

A seleção do ‘FESTIVINHÃO’18 Vinhodo Ano’ contará comum Grande Prémiopara o Vinho Verde daCasta Vinhão e a Se-leção do Ano para ascategorias de VinhoVerde Tinto, Branco,Rosé, EspumanteTinto e EspumanteBranco. Haverá aindauma Seleção para osVinhos de Arcos deValdevez nas mesmascategorias (exceçãodos espumantes, queapenas tem uma cate-goria genérica).

Na ‘RAINHADAS VINDIMASArcos de Valdevez’será coroada a candi-data que irá repre-sentar o Municípiono Concurso Nacio-nal da Rainha dasVindimas que terálugar em Alenquer,Cidade Europeia doVinho 2018 (junta-mente com Alen-quer). Esta iniciativatem como objetivo apromoção das tradi-ções e da cultura ruraldas nossas popula-ções, que são a sua li-gação à terra. É estaligação que se preten-de preservar e fomen-tar entre os jovens,para que estes valoresculturais possamexistir em sintoniacom o moderno. Aeleição terá lugar nodia 1 de junho.

Arcos de Valde-vez afirma-se como aterra do vinhão.

L P

SERRÃO SANTOS...INSTA BRASIL SOBRE EMBARGO

O eurodeputado, Ricardo SerrãoSantos, reuniu terça-feira da semana passada,em Brasília, com Blairo Borges Maggi, Minis-tro da Agricultura, Pecuária e Abastecimentodo Brasil. No encontro, que decorreu no âm-bito de uma visita de trabalho de uma comitivada Comissão de Agricultura do Parlamento Eu-ropeu ao Brasil, o eurodeputado sensibilizouaquele governante brasileiro para a necessidadede serem ultrapassadas as questões que mantêmo embargo brasileiro aos laticínios açorianos.O embargo aos produtos de pescado foi levan-tado o ano passado.

Na origem do problema está o facto damissão a Portugal do Departamento de Inspe-ção de Produtos de Origem Animal (DIPOA)do Ministério da Agricultura do Brasil, que serealizou em março de 2015, não ter visitado fi-sicamente os estabelecimentos açorianos. Naaltura, a Direção Geral de Alimentação e Vete-rinária (DGAV), entidade nacional que tem asupervisão sobre aqueles estabelecimentos nonosso país, não colocou os Açores na lista devisitas a realizar.

Os estabelecimentos de leite e derivadosestão assim impedidos de qualquer exportaçãopara o Brasil, até serem avaliados pelo Minis-tério de Agricultura do Brasil em missão futura.Para tentar ultrapassar este constrangimento,o Governo dos Açores, deputados socialistasà Assembleia da República e o eurodeputadoSerrão Santos têm intervindo no sentido dese realizar, com a maior brevidade possível,uma missão do DIPOA aos Açores e que en-quanto esta não acontece o embargo seja levan-tado, já que os requisitos técnicos se encontramcumpridos.

O ministro da Agricultura do Brasil, quefez uma referência prolongada ao Estado deSanta Catarina e à comunidade açoriana ali resi-dente, deu a saber que os laticínios são umamatéria sensível na agenda das trocas comerci-ais no âmbito do MERCOSUL, mas que iriadar seguimento ao assunto e procurar uma so-lução para o tema para o qual estaria sensibiliza-do.

Durante a tarde daquele dia a delegação daCOMAGRI reuniu ainda com o DIPOA, ondeo assunto voltou a ser abordado com o diretordaquela agência. L P

Vítor CarvalhoADVOGADOEscritórioTelef. e Fax. 244403805

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Página 919 de abril de 2018 L u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s e

CONGRESSO

INTERNACIONAL DOS 270 ANOS DA

PRESENÇA AÇORIANA EM

SANTA CATARINA MAR, HISTÓRIA, PATRIMÔNIO,

LITERATURA E IDENTIDADE 18, 19 E 20 DE ABRIL DE 2018

AUDITÓRIO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA FLORIANÓPOLIS - BRASIL

INSCRIÇÕES: WWW.ACORES270.ORG

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Paleoparque de Santa Maria...Diversifica oferta de Turismo da Natureza

O Grupo Parlamentar do Partido Socialista dos Açores consi-dera que a criação do Paleoparque valoriza a ilha de Santa Maria ao nívelambiental e turístico.

Bárbara Chaves falava no final da audição ao Professor DoutorSérgio Ávila que a Comissão de Assuntos Parlamentares, Ambiente eTrabalho realizou esta quinta-feira, mostrando-se satisfeita pelos proce-dimentos que têm sido desenvolvidos em Santa Maria, pelo Governodos Açores ao nível da paleontologia: “foram desenvolvidas, ao longodos últimos anos, um conjunto de iniciativas, com destaque para aconstrução da Casa dos Fósseis, assim como pela criação da Rota dosFósseis”. A deputada socialista explicou ainda que este projeto do Pa-leoparque se insere “numa perspetiva de continuidade e complemen-taridade dessas iniciativas”.

A deputada eleita pelo círculo eleitoral de Santa Maria assegura queesta audição, proposta pelo Grupo Parlamentar do PS/Açores, ao Pro-fessor Sérgio Ávila “é importante, tendo em conta de que é ele o res-ponsável pelo grupo de paleobiodiversidade da Universidade dos Aço-res, que tem desenvolvido estudos em Santa Maria e, portanto, consi-deramos útil a sua audição nesta Comissão”.

A criação do Paleoparque tem como objetivo “a proteção e a ma-nutenção da paleobiodiversidade, bem como a integridade dos recursose valores naturais e culturais que lhe estão associados, sem esquecer adivulgação do espólio existente na ilha ao nível de jazidas fósseis a céuaberto, promovendo e potenciando a diversificação da oferta de turismoda natureza dos Açores”, esclareceu Bárbara Chaves. L P

Ténis de Mesa AdaptadoCampeonato Distrital Individual decorreu em Lamego.

Disputou-se no passado sábado, dia7 de abril, na sala do Centro de Multiusos deLamego, o Campeonato Distrital Individualde Ténis de Mesa Adaptado 2017/2018, orga-nizado pela Associação de Ténis de Mesa doDistrito de Viseu, com a colaboração do clubefiliado AV de Lamego e Município de Lamego.

Estiveram presentes nesta competição 7atletas oriundos de 2 clubes filiados naATMDV, AV Lamego e APPACDM – Viseu,nas classes de sindrome de Down e Intelectual.

As respetivas classificações foram as se-guintes: 1º- Gonçalo Ferreira – AV Lamego,2º- Sandra Farinha – APPACDM Viseu e 3º-Carlos Barroca – APPACDM Viseu, na classe

de sindrome de Down.1º- André Grácio – APPACDM

Viseu, 2º- José Tavares – APPACDMViseu e 3º- Filipe Figueiredo –APPACDM Viseu, na classe Intelectual.

Apesar do número de filiados namodalidade adaptada não corresponderà realidade da nossa área de ação Viseu,Guarda e Castelo Branco, vamos solici-tar a colaboração a uma série de entida-des dos três distritos para que o Ténis deMesa adaptado seja uma realidade commaior número de atletas filiados, numfuturo próximo, refere Aquilino Pinto,Presidente da Direção da Asso-ciação deTénis de Mesa do Distrito de Viseu. L P

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Daniel Bastos

Leva Terras de Monte Longo a Bruxelas

No dia 28de abril (sábado), é a-presentado na capitalda Europa o livro“Terras de MonteLongo”.

A obra, concebi-da pelo historiadorportuguês DanielBastos a partir do es-pólio de um dos maisaclamados fotógra-fos portugueses dasua geração, José deAndrade (1927-20-08), fotógrafo de re-nome internacional,premiado e expostoem vários cantos domundo, é apresentadaàs 15h00 na livrariaportuguesa “La petiteportugaise”.

A apresentaçãoda obra, uma ediçãotrilingue traduzidapara português, francês e inglês com prefáciodo conhecido fotógrafo franco-haitiano queimortalizou a história da emigração portuguesa,Gérald Bloncourt, estará a cargo de FranciscoBarros Castro, Economista na Comissão Euro-peia.

Neste novo livro, realizado com o apoiodo Centro Português de Fotografia, instituição

pública que assegura a conservação, valorizaçãoe proteção legal do património fotográfico na-cional, Daniel Bastos esboça um retrato histó-rico conciso e ilustrado do interior norte dePortugal em meados dos anos 70.

Através de imagens até aqui inéditas, queJosé de Andrade captou nessa época em povoa-dos rurais entre o Minho e Trás-os-Montes, ohistoriador e autor de livros sobre a emigração,aborda as memórias do passado, não muitodistante, do Portugal profundo e rural na tran-sição da ditadura para a democracia, um períodofundamental da história contemporânea por-tuguesa, marcado por décadas de carências, iso-lamento, condições de vida duras e incontáveisepisódios de emigração “a salto”.

Segundo Gérald Bloncourt, neste livroilustrado pela objetiva humanista de José deAndrade, são-nos reveladas “fotografias senti-das de Portugal, do seu povo, da sua história”,repletas de “sentimentos de dignidade eviden-ciados por uma forma de estar serena e huma-na”.

Refira-se que esta iniciativa cultural na li-vraria “La petite portugaise”, um novo espaçocultural de referência da comunidade portu-guesa em Bruxelas, junto das instituições euro-peias, enquadra-se num conjunto de várias ses-sões de apresentação da obra que serão realiza-das, ao longo do ano, no seio das comunidadesportuguesas residentes no estrangeiro.

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EM JANTAR DE CONFRATERNIZAÇÃO...

NÚCLEO DOS COMBATENTES RECEBE PARCEIROS DE TORONTO• Por Norberto AGUIAR

O Jantar de Confraternização do Nú-cleo dos Combatentes do Quebeque foi levadoa efeito sábado, dia 8 de abril, nas instalaçõesda Associação Portuguesa do Canadá e contoucom uma delegação de cerca de 50 pessoas, doNúcleo dos Combatentes do Ontário. O car-dápio contou com um sucolento cozido à por-tuguesa, apresentado em serviço livre.

No entanto, e ainda antes de se dar inícioao repasto, a festa começou com os hinos dosCombatentes e de Portugal. Seguiu-se-lhes asintervenções de António Santiago, presidentedo Núcleo local, de José Guedes de Sousa, côn-sul geral, e do presidente do Núcleo de Toron-to, Luís Vieira. Na mesma ocasião, os dois pre-sidentes trocaram lembranças a marcar inéditoencontro.

Dos discursos, respigamos, naturalmente,as palavras de boas vindas e agradecimentodos presidentes, ao mesmo tempo que enalte-ciam aquele momento de confraternização, tal-vez com ideias de prosseguimento, agora coma ida dos montrealenses a Toronto. «A defesada Nação, a passagem por África, são orgulhodas vossas ações», frisaria António Santiago adado passo da sua intervenção.

Já José Guedes de Sousa homenageou to-dos os militares presentes, deixando perceberque também descende de um familiar da Batalhade La Lys, também ali assinalada, por se come-morarem 100 anos da mesma – no dia 9 deabril, um dia depois, portanto. E bifurcou de-pois para a vinda de António Costa à comuni-dade, pedindo, nomeadamente, para que todosreservassem o dia 5 de maio para estarem como primeiro-ministro. Falou igualmente no pro-jeto Sagres, que resulta numa viagem deste bar-co da Nova Inglaterra até Halifax com a presen-ça de lusodescendentes a bordo. José Guedesde Sousa pediu para que a comunidade se fizes-se representar.

A terminar, o diplomata pediu para queFrancisco Salvador «tenha uma rápida recupe-ração», ele que foi acometido de doença nas úl-timas semanas.

De seguida foi dado início ao repasto, nãosem que o padre Carlos Dias, capelão do Nú-cleo dos Combatentes, como informaria Antó-nio Santiago, benze-se a refeição.

Fado e folcloreA segunda parte, se assim se pode chamar,

teve como pontos de interesse as atuações,impecáveis, da Catsi Pimentel – veio a pedidode muitos dos convivas, o que é de assinalar –e do Rancho Folclórico Português de Montreal.A cereja sobre o bolo foi concluída com a pa-lestra do professor Joaquim Eusébio sobre aBatalha de La Lys, que em tempo de comemora-ções (100 anos) foi para ali trazida como pontoalto da festa promovida pelo Núcleo dos Com-batentes do Quebeque.

Catsi Pimentel, acompanhada de PierreAlexandre Maranela (contra-baixo), Danilo Pe-troni (viola) e Nilton Rebelo (guitarra), fez jusao seu talento, entusiasmando a plateia, queretribuiu com aplausos a cada melodia apresen-tada. «Beijo da saudade», «Rosa branca», «Amoré fogo», «Fado loucura» e, sobretudo, «Grândo-

Duas peixeiras da Nazaré, quando se zangam, é fogo!...

António Santiago e Luís Vieira, respetivamente, presidentes dos Núcleos dos Comba-tentes de Montreal e Toronto.

Catsi Pimentel em plena atuação. FotosLusoPresse.

la, vila morena», foram as canções superior-mente escolhidas para a ocasião.

Já o Rancho Português de Montreal, quese prepara para responder a um convite quelhe chegou da Califórnia, está no auge do queé um verdadeiro rancho folclórico. Dança co-mo poucos e faz aquilo que ninguém faz: apre-senta no decorrer das suas atuações belas cenasetnográficas! É caso para dizer que junta a mú-sica popular com teatro e assim todos os que

assistem às suas atuações ficam a saber o comoe o porquê daquelas manisfestações. Um regalopara a vista e para a mente.

Numa atuação dedicada à Vila da Nazaré,o «Português de Montreal» deliciou os presen-tes com uma série de corridinhos, como «Nãovais ao mar Toni», «Vira da Nazaré», etc... Edepois vieram as histórias das sete saias, quepodem ser 8, 9, 10, e das peixeiras em discus-são... Os elementos Sandra e Susete encarre-garam-se de cenarizar de forma hilariante opalco.

Resta acrescentar que a descrição musicale etnográfica apresentada amiúde pelo RanchoPortuguês de Montreal é feita de forma impe-cável pela lusodescendente Elisabete Carreiro,uma algarvo-açoriana de origem.

«O 9 de abril de 1918»Como já fizemos referência, o ponto alto

deste Jantar de Confraternização teve comotema «O 9 de abril de 1918», ou se preferirem,a Batalha de La Lys – comemorou 100 anosno dia 9 de abril –, onde morreram e desaparece-ram muitos portugueses. Há mesmo quem digaque depois da derrota de Alcácer Quibir, o revésda Batalha de La Lys foi o pior de toda a históriamilitar portuguesa. Exageros? Talvez... Masisso fica para os historiadores.

Chamado a dissertar sobre este triste acon-tecimento, o professor Joaquim Eusébio, com

a sua prestação, prendeu durante praticamente20 minutos toda a plateia, até pelas suas carate-rísticas, com fortíssima presença de militares,na sua grande maioria veteranos do Ultramar,historiando como se chegou aos campos dabatalha. Explicou igualmente a instabilidadedo nosso país na altura, isto poucos anos de-pois da implantação da República. Falou nossucessivos governos, nas guerras entre as váriastendências, nos acordos e desacordos quantoao facto de Portugal participar ou não na guerraque assolava a Europa. Como disse, toda estaconfusão resultou na derrota da Batalha de LaLys, a 9 de abril de 1918, quando os alemãesatacaram de surpresa as Forças Lusitanas, queem minoria não tiveram alternativa senão fugirou morrer...

Por fim, Luís Vieira, do grupo de Toronto,leu uma mensaem do general Xisto Rodrigues,presidente da Liga dos Combatentes de Por-tugal.

dência que estava na caixa do correio, oiço pas-sos urgentes atrás de mim.

Era um compatriota com quem comun-gava sentimentos antifascistas e costumavaconversar no restaurante “Lisboa Antiga”.

“Já sabe? Houve um golpe de estado emPortugal! As tropas entraram em Lisboa.”

Não tinha rádio no escritório. Não tinhaouvido as notícias. Em Lisboa eram duas datarde. Salgueiro Maia, soube mais tarde, pelofio dos acontecimentos, estava naquele mo-mento em vias de arrombar a porta de armasda GNR no Largo do Carmo, por ordem deOtelo Saraiva de Carvalho.

O telefone não parou de tocar todo o dia,como se a Delegação se tivesse transformadonum posto de informação. Muitos eram osclientes que receavam pela segurança das suaseconomias, duramente ganhas cá fora e confi-antemente postas a salvo em Portugal.

À hora do almoço, desci o boulevard St-Laurent à procura de uma loja onde vendessemrádios para apanhar a Emissora Nacional. Nu-ma lojeca, duas portas a baixo da rua Sher-brooke, havia uma casa de artigos elétricos.Comprei um rádio portátil com ondas curtas.Disseram-me que era o melhor que lá tinhampara o efeito. Era um Grundig, por coincidênciacom uma etiqueta que dizia: “Made in Portu-gal”.

Naquele tempo as comunicações com ooutro lado do Atlântico eram problemáticas.As chamadas telefónicas eram caras e de máqualidade. A receção da Emissora Nacional erapéssima. Cheia de frituras. Mal dava para perce-ber o que diziam.

No noticiário da noite da televisão de Ra-dio-Canada dão a notícia que o governo deMarcelo Caetano tinha caído com um golpemilitar de oficiais que não queriam fazer maiscomissões no ultramar. Na manhã seguinte,já se fala das multidões de portugueses que sal-taram para a rua a cantar de alegria, por todo opaís, e se juntavam aos soldados com um cravono cano da espingarda.

A ditadura tinha caído. Eu já podia voltarpara casa.»

EDITORIAL...Cont. da pág 1

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CAMPEONATO DE FUTEBOL DA MAJOR LEAGUE SOCCER

EM SEIS JOGOS, IMPACTO SOFRE QUARTA DERROTA...• Por Norberto AGUIAR

No fim de semana disputou-se maisuma jornada de futebol na Major League Soccer.Começou na sexta-feira, com os jogos Uniãode Filadélfia x Orlando City e Whitecaps deVancouver x Los Angeles FC. Em ambos osdesafios, a vitória sorriu aos forasteiros, curio-samente pela mesma marca: 0-2.

Naqueles dois encontros, a vitória do LosAngeles FC sobre o Whitecaps pode ser consi-derada sensação, visto a formação californianaestar na sua primeira época de atividade, en-quanto a equipa canadiana já tem uns anitos decompetição. De resto, em 2017, o Whitecapsaté teve um comportamento na prova muitointeressante. No caso do União x Orlando,dois dos conjuntos que na época passada fica-

ram fora das eliminatórias de fim de tempo-rada, ganhou o que apresentou melhores argu-mentos.

Facto curioso a salientar é que duas destasquatro equipas, Orlando City e Los AngelsFC, teem ligações a gente portuguesa. Primeiroo Orlando City, onde passaram jogadores co-mo Estrela e Rafael Ramos, e agora o Los An-geles que possui nas suas fileiras o jovem JoãoMoutinho e se prepara para receber, em julho,André Horta, médio benfiquista que esta tem-porada está emprestado ao Sporting de Braga...

Do Orlando City, Estrela foi dispensadologo na primeira época em que os floridensessubiram à MLS. Já Rafael Ramos, algo sur-preendentemente, foi dispensado em janeiro,que é o mês de defeso nesta liga e «desem-bocou» em março no Chicago Fire. Até agora,em quatro jogos, Rafael Ramos só disputou

um jogo... Pouco para as suas ambições.Mais sorte tem tido João Moutinho, que

em cinco jogos do Los Angeles FC só nãoparticipou num jogo, o último, por estar cas-tigado, fruto da sua expulsão contra o AtlantaUnited.

Esperam-se melhores dias.O Impacto, que em seis jogos realizados

só tem um disputado intramuros, no sábadofoi até Nova Jersei para defrontar o Nova Ior-que Red Bull, formação acabadinha de ser eli-minada, nas meias-finais da Liga dos Campeõesda CONCACAF, pelo poderoso conjunto me-xicano Chivas de Guadalajara (0-1 e 0-0...). Oresultado não podia ter sido pior para os mon-trealenses: uma derrota de 1-3!

Começaram bem, os homens de RemiGarde. Com bom futebol, que os levaram a

discutir os lances emtodos os comparti-mentos do terreno, oImpacto chegou a dara sensação de que po-dia trazer para Mon-treal um resultado po-sitivo. Mas isso foisem contar com al-guns erros defensivos,de conserto com errosa meio-campo, de ma-neira que sem quase sedar por isso, os «ve-rmelhos» americanosjá estavam por cima,muito por culpa dogolo do belíssimo a-vançado BradleyWrigth-Phillips.

Destabilizados,chegou-se a pensarque o segundo goloadversário estaria porpouco. Porém, issonão aconteceu. Porum lado, por imperíciados atacantes do RedBull e, por outro lado,devido à saída, por le-são de Fanni, houvealguns ajustamentosque deram mais con-sistência ao blocoquebequense.

De tal forma foiassim que o Impactochegou mesmo a em-patar a contenda, mer-cê de um golo marca-do de fora da área, delivre direto, por Jeis-son Vargas. Uma o-bra-prima!

Mas com a se-gunda parte tudo semodificou e o Impac-to andou sempre atrásda rolha, que é, comodizer, sempre atrás dabola, «congelada» pe-los jogadores contrá-rios, sempre mais ve-

lozes e com sentido de baliza muito mais apu-rado. Assim, não admirou que o Red Bull mar-casse mais dois tentos, como poderia ter obti-do outros...

O próximo jogo do Impacto é em casa –o segundo da época – e tem como antagonistao Los Angeles FC, uma equipa perigosa, comose tem visto no decorrer dos cinco jogos quejá disputou. Repare-se que o Los Angeles FCjá foi vencer fora as seguintes equipas: Soun-ders de Seattle (0-1), Real Salt Lake (1-5) e Whi-tecaps de Vancouver (0-2). As duas derrotasque tem, contra o arquirrival da mesma cidade,La Galaxy (4-3) e contra o Atlanta United (5-0), foram muito mal perdidas, apesar dos nú-meros... No primeiro caso esteve a ganhar por3-0 e só veio a perder a partida por falta de en-trosamento dos seus intervenientes e, sobre-tudo, porque os deuses estiveram com ZlatanIbrahimovic, que ao entrar já na parte final dojogo marcou dois golos soberbos. No segun-do, embora em jogo jogado tenha sido tãoboa como a sua adversária, sucumbou ao opor-tunismo dos avançados da Geórgia...

Por tudo isso, há que ter muito cuidadocom esta equipa californiana que foi a Espanhabuscar o melhor jogador mexicano do mo-mento, Carlos Vela, para além de outros bonsjogadores, como Diego Rossi, um jovem uru-guai de grande talento, isto para não falar de al-guns outros jogadores internacionais nos seuspaíses.

Para ganhar a este time, que para além dacuriosidade de ter como jogador João Mouti-nho, como já dissemos, um jovem que deixoua famosa Academia do Sporting para ingressarno futebol universitário americano, que agoraresultou no ter sido escolhido para representarum clube profissional, ainda possui no stafftécnico Marc dos Santos, o lusodescendentenatural de Montreal e que já chegou a ser otreinador do Impacto, mas dizíamos, para ga-nhar a este adversário, o Impacto precisa estarnum dia bom, onde todas as coisas lhe saembem. Se assim não for, arriscamo-nos a ver oImpacto perder a contenda...

Pedro SantosOutro jogador português que está a cons-

truir o seu caminho no futebol norte-america-no é Pedro Santos, que tal como André Horta,também deixou o Sporting de Braga. Em setejogos pelo Columbus Crew, Pedro Santos foititular em todos, muito embora tenha saídono decorrer de quase todos. Mas vê-se que éapreciado pelo treinador e massa associativa.Pena que seja muito criticado por estar semprea cair... Usos e costumes do campeonato por-tuguês trazidos para uma competição onde hápoucos «choramigas», dizemos nós.

Resultados da jornada:União de Filadélfia x Orlando City, 0-2Whitecaps de Vancouver x Los Angeles FC,0-2Red Bul Nova Iorque x Impacto de Mon-treal, 3-1Rapids Colorado x Toronto FC, 2-0Chicago Fire x La Galaxy de Los Angeles, 0-1DC United x Columbus Crew, 1-0Revolution Nova Inglaterra x Dallas FC, 0-1Timbers de Portland x Minnesota United, 3-2San Jose Earthquakes x Dynamo de Houston,2-2Sporting de Kansas City x Sounders de Seattle,2-2Atlanta United x Nova Iorque City, 2-2.

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Página 1319 de abril de 2018 L u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s e

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VASCO CORDEIRO EM SANTA CATARINA...

PARA ASSINALAR OS 270 ANOS DA PRESENÇA AÇORIANAO Presidente do Governo iniciou,

ontem, uma visita ao Estado brasileiro de SantaCatarina, uma deslocação oficial a convite doGovernador Eduardo Pinho Moreira durantea qual Vasco Cordeiro manterá diversos encon-tros institucionais e preside à sessão de aberturado Congresso Internacional que assinala os270 anos da presença açoriana naquele estado.

Esta visita oficial de cinco dias é a primeirade Vasco Cordeiro ao Brasil, enquanto Presi-dente do Governo, e decorre na sequência dadeclaração de 2018 como ‘Ano dos Açores emSanta Catarina’, onde, entre 1748 e 1754, de-sembarcaram os primeiros emigrantes Aço-rianos.

O Brasil constituiu o destino da primeiravaga sistemática de emigração açoriana a partirdo século XVIII, nomeadamente para o suldo país.

Após este período, verificou-se um grandefluxo migratório, em finais do século XIX eno início e primeira metade do século XX, pa-ra os Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro.

A convite de Vasco Cordeiro, a comitivaaçoriana integra os Presidentes das CâmarasMunicipais de Ponta Delgada, Angra do He-roísmo e Praia da Vitória, cidades geminadascom Florianópolis, capital do Estado de SantaCatarina, assim como os deputados à Assem-bleia Legislativa da Região Autónoma dos A-çores, José San-Bento, do PS, António SoaresMarinho, do PSD, e Alonso Miguel, do CDS/

PP.Estes deputados fazem parte da Comissão

de Política Geral do Parlamento açoriano que,entre outras, tem a competência na área dasComunidades Açorianas.

No primeiro dia desta visita (ontem), Vas-co Cordeiro encontrou-se com o GovernadorEduardo Pinho Moreira e com o Presidente daAssembleia Legislativa do Estado de Santa Ca-tarina, Aldo Schneider, a que se seguiu umasessão na Assembleia Legislativa do Estado,em Florianópolis.

Ainda em Santa Catarina, Vasco Cordeirovisitou a Feira Catarinense do Livro, que incluiuum stand dos Açores, assim como a exposição“Antero de Quental e Vitorino Nemésio: Ver-bos Vivos da Cultura Açoriana”, uma iniciativado Governo dos Açores que estará patente naGaleria de Arte do Mercado Público daquelacidade brasileira, no âmbito das celebrações

dos 270 anos da pre-sença açoriana naque-le Estado.

Hoje, dia 19 de a-bril, além de um en-contro com o Prefei-to de Florianópolis,Gean Marques Lou-reiro, o Presidente doGoverno preside àcerimónia de aberturado Congresso Inter-nacional “270 Anosde Presença Açoriana

em Santa Catarina: Mar, História, Património,Literatura e Identidade”.

Organizado pelo Instituto Histórico eGeográfico de Santa Catarina e Academia Ca-tarinense de Letras, este congresso conta como apoio do Governo dos Açores, da FundaçãoCatarinense de Cultura, da Associação Catari-nense de Imprensa/Casa do Jornalista, da Pre-feitura de Florianópolis e das Universidadesdos Açores e de Salamanca.

Está também previsto um encontro coma comunidade açor-descendente, promovidopela Casa dos Açores de Santa Catarina e Ir-mandade do Divino Espírito Santo de SantoAntónio de Lisboa, uma visita à Irmandadedo Divino Espírito Santo de Santa Catarina, ainauguração de um painel alusivo aos 270 anosde presença açoriana neste Estado brasileiro euma visita à Universidade Federal de Santa Ca-

tarina, onde está sediado o Núcleo de EstudosAçorianos, fundado em 1984.

A deslocação oficial incluirá ainda as cida-des de São Paulo e Rio de Janeiro, onde o Presi-dente do Governo manterá encontros com ascomunidades açorianas naquelas cidades e pre-sidirá ao lançamento do livro “Uma Páginasobre Vitorino Nemésio”, que vai decorrer naCasa dos Açores do Rio Janeiro.

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Comunicado

Visita do 1.° Ministro

O Consulado Geral de Portugalem Montreal informa que está prevista umavisita a Montreal do Primeiro-Ministro dePortugal, António Costa, para o próximodia 5 de maio.

No âmbito da referida visita, está pre-visto um encontro/receção com a Comu-nidade Portuguesa, pelo que se convidamtodos os membros da Comunidade a reser-varem a tarde de sábado, dia 5 de maio, parao efeito.

Estando o programa oficial ainda aser concluído com as competentes autori-dades canadianas, o Consulado Geral dePortugal em Montreal mais informa que oanúncio oficial desta visita terá lugar a brevetrecho, altura em que serão divulgadas todasas informações pertinentes.

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FESTIVAL PORTUGAL INTERNACIONAL DE MONTREAL

EM FESTA RUMO AO SUCESSO• Por Adelaide VILELA, texto; fotos de Carlos GOUVEIA

A direção do Festival Portugal Inter-nacional de Montreal deu provas, uma vezmais, de que unidos somos mais valiosos comoentidades promotoras, sobretudo quando in-vestimos na cultura da nossa diáspora. Nesteaspeto o projeto bebeu água na fonte do espíri-to criativo. Os dados foram lançados para oDomingo de Páscoa e as portas do salão defestas da igreja de Santa Cruz abriram-se parareceber mais um convívio, no dia em que sefestejava a morte que canaliza a vida, com JesusRessuscitado. Importa dar relevo a esta quintafase de uma peregrinação que visa distinguir onome de Portugal, em terras de Montreal, aquie agora, nos dias 8, 9 e 10 de junho.

Joe Puga, o presidente do referido Festivale a vice-presidente, Annabell Pereira deram asboas vindas, com a expressiva sociabilidadeque o programa confere. O almoço tornou-senum manjar dos deuses, foi tudo muito bom ebem servido.

Existimos num tempo e num espaço emque devemos viver e ser felizes interiorizandoo que de mais positivo os nossos olhos conse-guem captar. A festa foi aliciante e gostei derepresentar o jornal LusoPresse. Quão gratifi-cante é ver os jovens nascidos aqui falarem tãobem a língua de Camões, ajudarem, e de quemaneira, nestas atividades que mais dizem aseus pais do que a eles próprios. Com o contri-buto desta gente nova revalorizam-se as nossastradições, e Portugal tem o futuro garantidonesta comunidade lusa de Montreal. Destacariatodos os que vi, com o maior carinho, mas

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eram muitos. Vamos então felicitar, em nomede todos eles, Daniel Loureiro, Conselheirodas Comunidades Portuguesas, e agora porta-voz do Festival. Reparamos que apesar da mo-cidade que se lhe espelha no rosto, o Daniel jáganhou um grande conhecimento da cultura etornou-se um grande veículo de transmissãoda mesma.

Estimo e refiro a intervenção Sr. CônsulGeral, Dr. José Guedes de Sousa, solidário paracom o Festival, recordou a componente culturale social, abrangentes, como oportunidade demanter viva a língua como património coleti-vo, da qual nos devemos orgulhar. Sob o olharatento dos mais jovens, o sr. cônsul fez apeloa toda a nossa Comunidade para que se reser-vasse a tarde do dia 5 de maio de 2018, para quesejamos muitos a celebrar a vinda, a Montreal,do Sr. 1º. Ministro, António Costa.

Tomaram parte na festa D. ConceiçãoFreire e seus familiares. Desta feita, o corpodiretivo do Festival Portugal Internacional deMontreal quis honrar a memória do grandebenfeitor, Viriato Freire, entregando um troféuà Sra. D. Conceição. O momento que se seguiufoi solene e teve uma grande carga de emoção.Viriato Freire foi um homem de grande moldurahumana e uma das almas mais nobres que poraqui me foi dado conhecer. Hoje é um anjo noCéu, desde janeiro de 2016. Lembre-se que ocasal Freire, natural de Rabo de Peixe, Açores,deu um contributo prodigioso quando resolve-ram participar na primeiríssima edição da FestaLusa, mais precisamente na vinda de RobertoLeal.

Salientamos agora a presença do cantorVictor Rodrigues que veio de Portugal paraanimar o Domingo de Páscoa. O artista fez-seacompanhar por sua esposa Marlene que, sorri-dente e orgulhosa, controlava ao pormenor osom das cantigas do seu barcelense do coração.Mãos para baixo, mãos para cima, o Vítor pôsos convivas todos a fazer ginástica e a redopiarna pista de dança. Simpático o artista. O primei-ro romântico a atuar foi o Júlio Lourenço, aindaque dispense apresentações gosto imenso doseu cantar, e de destacar a voz e a presença des-te nosso artista, e se não fosse um grande se-nhor da música não teria ido ao programa daSIC, Família Superstar, concordam? Que feli-zes estamos ao tê-lo de novo em Montreal: avoz e a certeza da boa música.

Como uma das realizações mais importan-tes da comunidade Lusa de Montreal, o Festivalestá a dois passos de rebentar o 5º. foguete. Àimagem dos outros anos, o adro da igreja vaiencher-se de quiosques e barraquinhas para quese possa encher a barriga e beber um copo, àboa moda portuguesa, enquanto se confrater-niza e se dá um pezinho de dança. Do progra-ma da festa constam as seguintes atividades:dia 8 de junho, o palco do Festival recebe o jo-vem artista Jason Côroa, e logo após abre cami-nho ao consagrado Roberto Leal que virá can-tar na sexta-feira à noite.

No sábado, dia 9, a partir das 14h00, as

crianças poderão saltar e correr, pois o Festivalconta com muitas diversões, no átrio da nossaigreja.

Já mais tarde, o grande DJ Jeff Gouveiaentrará em cena bem como a bela fadista CathyPimentel. O grupo Sangre Ibérico, vindos dePortugal, também dirão presente. Patsy Gal-lant virá para exaltar o nosso Fado. E AnnaDominguez chega dos Estados Unidos daAmérica para nos apresentar originalmente asua música.

No dia 10 de junho, pelas 13h00, terá lugaro desfile que irá espraiar-se pelas ruas St. Ur-bain, St. Laurent e Rachel. Pelas 14h30, o Par-que de Portugal recebe convivas, amigos e curi-osos para a cerimónia oficial. Às 15h30 inicia-se o espetáculo com os ranchos folclóricos eas marchas participantes.

Na tarde de Domingo, o Festival revestir-se-á de Quizomba com DJ The Best e a afetuo-sidade dos angolanos, com o talentoso artistaCláudio Skia. O encerramento do Festival acon-tece pelas 20h00, do Dia de Camões, de Portugale das Comunidades Portuguesas, com a riquezamusical de Sofia Ribeiro e dos seus músicos.Kássio subirá ao palco para ditar o fim da Festae a certeza de que o seu espetáculo virá para ar-rasar, divertir e fazer dançar, até que a lua façapoiso, na torre da nossa igreja, e peça aos anjospara que chegue com bem o Festival de 2019.

Viva Portugal em Montreal! L P

Página 1519 de abril de 2018 L u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s eL u s o P r e s s e

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Foi a primeira vez que assistimos a umconcerto unicamente composto por acorde-ões. E devo dizer desde já que fiquei impressio-nada com aquilo que vi, ou melhor dizendo,com aquilo que ouvi na passada sexta-feira,dia 13 de abril, no Théâtre Outremont, emMontreal.

São quatro acordenistas, que formam oDanças Ocultas desde 1989 e que desde essadata, pelo que vimos na literatura exposta naInternet, teem viajado pelo mundo, felizmenterequisitados pela qualidade da música apre-sentada, um género de música popular do Cen-tro Norte de Portugal, já mesclada pela qualida-de de criações e influências externas. Para isso,como também vimos, conta também muitoo poder de criação de Artur Fernandes, umdos seus elementos. Os outros são Filipe Cal,Francisco Miguel e Filipe Ricardo.

O espetáculo do Danças Ocultas no Théâ-tre Outremont merecia mais gente. A qualidadeda sua música valia uma sala cheia. Mas comose costuma dizer, poucos e bons, valeu para

que o concerto mesmo assim fosse muito apre-ciado, com o público presente a não regatearaplausos, numa demonstração cabal do quan-to eram apreciadas as melodias apresentadaspelo quarteto vindo desde Águeda.

Pelo que descobrimos, o Danças Ocultasjá produziu quatro discos. O primeiro recupe-rou o nome do próprio grupo, «Danças Ocul-tas» e foi lançado em 1996, sete anos após onascimento do quarteto. Apareceu depois osegundo disco, em 1998 e cujo título foi «Ar».O terceiro só apareceu em 2004, e ganhou co-mo título «Pulsar». Cinco anos mais tarde, em2009, foi lançado o quarto e último disco, agoraapelidado de «Tarab», um vocábulo árabe quedesigna, como pudemos ver, «estado de eleva-ção, celebração e comunhão espiritual...». Tarab,no dizer da literatura a que tivemos acesso,«serviu para recentramento do grupo numareinterpretação dinâmica do seu percurso co-mum, e uma nova afirmação da música comolinguagem de fraternidade universal».

Depois de Montreal, o Danças Ocultasviajou para Baie-Comeau, Matane, Gaspé,Sept-Iles e Shawinigan. A digressão terminano dia 21 de abril na cidade de Lévis.

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• Por Anália NARCISO

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