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Vol. XVI • N° 274 • Montreal, 04 de outubro de 2012 Cont. na pág. 14 EDITORIAL O MELHOR PARA O QUEBEQUE Por Carlos DE JESUS G eralmente espera-se pelos pri- meiros cem dias de governação para se fazer o balanço dum novo partido no poder. Mas as medidas tomadas nos pri- meiros dez dias do governo Marois foram de tal modo apressadas, para não dizer improvisadas, que o clamor espalhado por tudo quanto é comentário político da infosfera – dos jornais, à rádio, à TV, aos blogues, no Facebook e no Twitter – que o clamor, dizíamos, se parece mais com uma condenação de fim de mandato do que com um balanço de estreia. E ainda a procissão vai no adro. Afinal, esta eleição foi o que de me- lhor podia ter acontecido ao Quebeque, senão a curto prazo, pelo menos a médio e longo prazo sê-lo-á. Tendo em conta o resultado minima- lista de Madame Pauline Marois nas últi- mas eleições, acrescentando-lhe a fragili- dade, a inexperiência e o dogmatismo da equipa ministerial de que se rodeou, e con- siderando as medidas que apressadamente Berta ou Vasco? Leia opinião de Osvaldo Cabral, página 3 Instituto Camões Presidente no Canadá Reportagens nas páginas 3 e 10 O Bico Novo restaurante luso Leia Raquel Cunha página 8 8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 3 AM 376•BOLA 376•BOLA 376-2652 Os nossos endereços 222, boul. des Laurentides, Laval 8989, rue Hochelaga, Montréal 8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal 6520, rue Saint-Denis, Montréal 10526, boul. Saint-Laurent, Montréal 6825, rue Sherbrooke est, Montréal 7388, boul. Viau, Saint-Léonard 10300, boul. Pie-IX - Esquina Fleury António Rodrigues Conselheiro Natália Sousa Conselheira CIMETIÈRE DE LAVAL 5505, Chemin Du Bas Saint-Francois, Laval Transporte gratuito –––––––– Visite o nosso Mausoléu SÃO MIGUEL ARCANJO Uma família ao serviço de todas as famílias Nós vos apoiamos com uma gama completa de produtos e serviços funerários que respeitam as vossas crenças e tradições. 514 727-2847 www.magnuspoirier.com Montréal - Laval - Rive-Nord - Rive-Sud Azeite Olivenola Caixas 18 L. 75 00$ BACALHAU Preço Especial LES ALIMENTS C. MARTINS 123, Villeneuve Este MOSTO 100% PURO Tels: 845-3291 845-3292 Acesso a mais de 20 instituições financeiras para vos conseguir: *Fernando Calheiros B.A.A. Courtier hypothécaire - 514-680-4702 7879 rue St Denis, Montréal, Québec H2R 2E9 *Hélio Pereira CHA

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Vol. XVI • N° 274 • Montreal, 04 de outubro de 2012

Cont. na pág. 14

EDITORIAL

O MELHOR PARA O QUEBEQUE

• Por Carlos DE JESUS

Geralmente espera-se pelos pri-meiros cem dias de governação para sefazer o balanço dum novo partido nopoder. Mas as medidas tomadas nos pri-meiros dez dias do governo Marois foramde tal modo apressadas, para não dizerimprovisadas, que o clamor espalhadopor tudo quanto é comentário políticoda infosfera – dos jornais, à rádio, à TV,aos blogues, no Facebook e no Twitter –que o clamor, dizíamos, se parece maiscom uma condenação de fim de mandatodo que com um balanço de estreia. E aindaa procissão vai no adro.

Afinal, esta eleição foi o que de me-lhor podia ter acontecido ao Quebeque,senão a curto prazo, pelo menos a médioe longo prazo sê-lo-á.

Tendo em conta o resultado minima-lista de Madame Pauline Marois nas últi-mas eleições, acrescentando-lhe a fragili-dade, a inexperiência e o dogmatismo daequipa ministerial de que se rodeou, e con-siderando as medidas que apressadamente

Berta ou Vasco?Leia opiniãode Osvaldo Cabral,página 3

Instituto CamõesPresidente no CanadáReportagens naspáginas 3 e 10

O BicoNovo restaurante lusoLeia Raquel Cunhapágina 8

8042 boul. St-MichelSatellite - Écran géant - Événements sportifs

Ouvert de 6 AM à 3 AM

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Os nossos endereços222, boul. des Laurentides, Laval8989, rue Hochelaga, Montréal8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal6520, rue Saint-Denis, Montréal10526, boul. Saint-Laurent, Montréal6825, rue Sherbrooke est, Montréal7388, boul. Viau, Saint-Léonard

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69, Mont-Royal est Montréal

FICHE TECHNIQUE

LusoPresseLe journal de la Lusophonie

SIÈGE SOCIAL6475, rue Salois - AuteuilLaval, H7H 1G7 - Québec, CanadaTéls.: (450) 628-0125 (450) 622-0134 (514) 835-7199Courriel: [email protected] Web: www.lusopresse.com

Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusChefe de Redação: NorbertoAguiarRedator-adjunto: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:• Carlos de Jesus• Norberto Aguiar• Filipa Cardoso• Raquel Cunha• Fernando Pires• José M. Santos Narciso• Osvaldo Cabral• Anália Narciso• Adelaide Vilela• Vitália Rodrigues

Revisora de textos: Vitória Faria

Societé Canadienne des Postes - Envoisde publications canadiennes - Numérode convention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.

Port de retour garanti.

Berta CabralEsperança no futuro

• Por José M. Santos NARCISO

Sempre defendi que quando se vo-ta, não se vota contra nem a favor de al-guém, mas simplesmente se escolhe umprojeto e quem o ponha em prática. Oprojeto em que me revejo é social-demo-crata e neste momento acho que BertaCabral alia dois fatores que são essenciaispara o sucesso da governação. Detém ex-periência feita da proximidade que lheconfere mais de dez anos de autarca. Pos-sui uma capacidade extraordinária de tra-balho, na inovação e no diálogo. Pode-mos não concordar com (algumas) deci-sões que tomou, mas sabemos que BertaCabral abraça os seus ideais até às últimasconsequências e não é sombra seja dequem for nem deixa que alguém lhe apare-ça como sombra.

Frontal, direta, popular e distinta,Berta Cabral está para todas as idades,com a mesma determinação de quem co-nheceu os alvores da Autonomia Regionalque abraçou, sem nunca desistir, mesmonos momentos mais difíceis. Este é o seugrande desafio político e para fazer a dife-rença eu voto Berta Cabral porque acredi-to na alternância política e sinto que nãohá modelos esgotados. O que pode haveré poderes esgotados pelo tempo, o quenão é o caso de Berta Cabral. Antes pelocontrário!

Por tudo isto, e acima de tudo porqueacho que esta onda nacional não podeafundar este barco chamado “Autono-mia”, eu vou votar Berta Cabral. Sou mui-to pequeno e insignificante para que istoseja considerado um apoio, mas consideroser meu dever deixar o meu testemunho,mesmo que a hora seja difícil, porque achoque é aí que devemos estar unidos. PelosAçores e pelos ideais que defendo: Auto-nomia sem retorno! E com os três “És”da Esperança no futuro: Energia, Entu-siasmo e Empatia!

L P

Eleições nos Açores...

Berta ou Vasco?• Por Osvaldo CABRAL*

1 – Depois de um verão tranquilo, o país e a região estão deregresso à realidade e à crise deprimente.

Daqui a pouco mais de uma semana os açorianos irão escolher umnovo governo, que terá uma tarefa gigantesca pela frente.

Vivemos tempos de profundo desânimo e desmotivação coletiva,pelo que o maior desafio que o partido vencedor irá enfrentar será a ca-pacidade mobilizadora para uma nova agenda de desenvolvimento ecrescimento no meio da crise.

Será quase como começar de novo, captando esforços inovadorescom sentido estratégico, apostando em áreas com potencialidade emargem de progressão competitivas, como o mar, o turismo ou a agri-cultura.

Há que chamar os melhores para este trabalho e não ter mesmoreceio de pedir a colaboração e o conhecimento daqueles que, lá fora,

têm uma visão e ex-periência de reconhe-cido valor, como tan-tos açorianos espa-lhados na diásporalusa.

Fechar-nos noreduto insular, sempotenciarmos umadimensão para lá dos“nossos horizontessempre iguais” (co-mo dizia o saudosoJorge de NascimentoCabral), é continuar-mos neste “ramerra-me” a caminho do a-bismo.

O novo governoterá que aproveitar onovo alento deste ci-clo para procurar no-vos talentos e pro-mover o mérito, aba-lançando a nossacompetitividade nosvários domínios.

Todos, sem exce-ção, terão que ser con-vocados para esta no-va etapa.

Se Vasco Cordei-ro ganhar as eleições,acredito, pela nature-za do seu caráter, queterá a capacidade paracongregar à sua voltauma equipa experien-te e dinâmica, sem o-lhar à cor partidária decada um.

Do mesmo mo-do, pelo exemplo quejá demonstrou, seBerta Cabral for pre-sidente do governo,tentará serenar a regi-ão das lutas partidá-rias e da rede de inte-resses que se instalouna sociedade. Ela dariaum excelente sinal sefizesse a Carlos Césaro que este não fez aMota Amaral, convi-dando-o para repre-

sentar a região em organismos ou instituições de caráter nacional (naFLAD?) ou internacional (Regiões Ultraperiféricas?).

A nossa dimensão não permite ignorar a experiência e influênciados Presidentes dos Governos anteriores. Há que convocá-los para ta-refas de representação da região em lugares de prestígio e de trabalhoinfluente em prol dos Açores.

Custa ver muitos senadores da nossa política regional, que foramos mentores desta rota autonómica, estarem hoje ignorados e não se-rem chamados à mais simples colaboração.

Pelo contrário, cresce a convicção de que os partidos estão cheiosde gente com fraco currículo, com pouca formação e à procura de umaoportunidade para cargos que nunca deviam ocupar, de que são exemploas listas de candidatos a deputados.

Era bom que uma certa cultura de ódio partidário terminasse comeste novo ciclo que se abre em outubro próximo.

Até lá, vamos entrar, certamente, num período fértil de promessase populismos.

Inverter o discurso político não será fácil, sabendo-se, ainda porcima, que não há uma tendência definida sobre quem vencerá as eleições.

Numa campanha eleitoral, ninguém está disponível mentalmentepara más notícias, mas também é difícil tolerar anúncios e promessasque todos sabemos pertencerem ao reino da fantasia política.

É deste fascínio pelo irreal que os candidatos têm de se afastar du-rante a campanha, sob pena de arruinarem a sua credibilidade.

Chegados aqui, mantém-se a dúvida: Berta ou Vasco?

2 – Prós e contras do PSDO PSD parte em desvantagem para estas eleições.Está na oposição, não tem a forte influência de quem está no Po-

der e faz parte de um governo nacional obrigado a tomar medidas mui-to impopulares.

No entanto, tem a vantagem de possuir uma líder com enorme su-cesso na maior Câmara Municipal dos Açores, re-eleita sucessivamentecom esmagadora maioria e com uma experiência política assinalável.

Da sua geração, no PSD, é a única que não receou ir a votos para o-cupar cargos executivos na região.

Manteve o partido sereno ao longo destes anos e, ao contrário doque aconteceu, por exemplo, em Angra, impôs uma estabilidade ganha-dora em Ponta Delgada.

Não admira que a campanha social-democrata esteja centrada nasua figura, porque vale mais do que a imagem do partido (à semelhançado que aconteceu ao longo dos anos com Carlos César).

Berta Cabral precisa, no entanto, de um discurso. Uma narrativaclara, concisa e convincente.

Na parte comunicacional, o seu opositor leva vantagem.Os quartéis-generais do PSD e do PS sabem que o eleitorado quer

que alguma coisa mude para melhor (o que não é sinónimo de mudar opartido do governo).

Fez bem o PSD, durante a pré-campanha, em apostar forte na pa-lavra “mudança” (“É tempo de mudar”), porque é disto que se trata nodia 14 de outubro.

O PS não pode falar em “mudança”, porque seria uma descortesiapara com os mandatos de Carlos César, mas atreveu-se a falar de “reno-vação” (“Renovar com confiança”).

Estranha-se, por isso, que o PSD, nestes últimos dias, tenha aban-donado a expressão e substituído os “outdoors” por uma coisa tãocomplicada e anti-comunicacional que é “x9” (“Viagens mais baratasx9”). Colocar matemática numa coisa que se quer simples e de fácil raci-ocínio é erro crasso de marketing político.

Berta Cabral terá que aproveitar melhor os erros da governação doPS, que nos últimos tempos foram em catadupa.

O próprio memorando de entendimento agora assinado entre oGoverno Regional e o Governo da República, a que se colou (erradamen-te) Vasco Cordeiro, é um manancial de pretexto eleitoral para o resto dacampanha, que o PSD poderá tirar proveito, se souber.

Numa só palavra, falta mais ação do que reação aos dirigentes doPSD.

Quanto à lista dos candidatos que Berta Cabral escolheu para a-companhá-la por S. Miguel, nota-se que houve uma preocupação dejuntar gente experiente nas suas áreas e alguma juventude, mas é um ris-co eleitoral incluir pessoas que já foram tudo no tempo de Mota Amaral,o que não faz sentido com a anunciada “mudança”.

Berta Cabral e Vasco Cordeiro enfrentam um futuro político dife-rente para cada um.

Vasco Cordeiro é novo. Se perder as eleições tem todas as condiçõespara liderar a oposição e recandidatar-se em próximos atos eleitorais.

Berta Cabral, se perder as eleições, é o fim da sua carreira política.Esta é a sua única oportunidade e, para ganhar, terá que fazer o que

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Bilhete de Lisboa

Art Déco em Portugal• Por Filipa CARDOSO

Quando nos inscrevemos para uma visita guiada auma exposição é sempre com uma certa expectativa que aguar-damos a chegada do “nosso” guia. Estava inscrita para uma vi-sita à exposição “O Modernismo Feliz – Art Déco em Portugal”,no Museu do Chiado.

Uma visita ao Museu do Chiado é sempre agradável. O mu-seu está instalado no antigo Convento de São Francisco da Ci-dade e em 1994, depois de um profundo projeto de renovação,da autoria do arquiteto francês Jean-Michel Wilmotte, foi aí ins-talada a importante coleção de arte portuguesa de 1850 à atuali-dade.

Estava com interesse em percorrer esta exposição tempo-rária “O Modernismo Feliz – Art Déco em Portugal” pois souapreciadora deste movimento popular nascido em França noinício do séc. XX, conhecido como Art Déco, que aspiravaconstituir-se como um antídoto contra os traumas da I GuerraMundial. Um estilo urbano e global que buscava a alegria de vi-ver...

Nesta exposição podemos apreciar para cima de uma cen-tena de obras datadas de 1912 a 1960, algumas inéditas, de maisde três dezenas de artistas.

A exposição permite um renovado olhar sobre o modernis-mo português, sendo Almada Negreiros quem introduz estenovo estilo cosmopolita no panorama artístico nacional.

O “Nu”, pintura que Almada Negreiros executou para oluxuoso cabaré Bristol Club, é um dos ex-líbris da exposição.

Depois do encerramento do Bristol, em 1931, é a primeiravez que no seu conjunto os quadros que decoravam o cabaré, deAlmada e Eduardo Viana, são apresentados ao público.

Mas podemos também admirar o quadro “AutorretratoNum Grupo”, também de Almada, encomendado para a Brasi-leira. Mas os pintores Amadeo de Souza-Cardoso, António So-ares, Mário Eloy, Abel Manta ocupam também um lugar degrande destaque na exposição. Podemos observar as influênciasDéco nas artes plásticas, decorativas, cénicas e cinematográficas,na publicidade e no quotidiano.

Também o Estado Novo se aproveitou do movimento natentativa de cortar com o passado.

O guia da visita foi o próprio Curador da exposição, Rui A-fonso Santos, que encantou todos os presentes com o seu sa-ber e entusiasmo. L P

Presidente do Instituto Camões em Montreal

Português, quinta língua no mundo• Reportagem de Carlos DE JESUS

De passagem por Montreal, ondeveio encontrar-se com professores e institui-ções do ensino do português, a professora A-na Paula Laborinho, presidente do InstitutoCamões, encontrou-se na passada segunda-feira com os órgãos de comunicação lusófonos

nas instalações do Consulado-Geral de Portu-gal onde deu a conhecer as novas linhas direti-vas do governo de Lisboa em matéria de ensinodo português no estrangeiro.

Acompanhada de Ana Paula Ribeiro, fun-cionária do Instituto Camões e coordenadorado Ensino Português no Canadá, baseado emToronto, a professora Laborinho participouno final de setembro, naquela cidade, num sim-

pósio para celebrar os 65anos dos Estudos Portu-gueses da Universidadede Toronto. Em Mon-treal, depois da visita aodepartamento das Lín-guas Modernas da Uni-versidade de Montreal,vai encontrar-se igual-mente com as comis-sões escolares (francesae inglesa) onde são dis-pensados os cursos doPrograma do Ensino dasLínguas de Origem (PE-LO), para além das esco-las comunitárias de por-tuguês da cidade.

A presidente defen-deu a nova política dogoverno português quetransferiu a competênciado ensino da língua por-tuguesa no estrangeirodo pelouro do ministérioda Educação para o dosNegócios Estrangeiros.«Enquanto o ensino dalíngua portuguesa [cá fo-ra] é o nosso core busi-ness (sic), para o Minis-tério da Educação erauma preocupação margi-

nal.» Compreende-se assim que esta transfe-rência, com os funcionários, os instrumentose os orçamentos relacionados, tenha dado umnovo alento ao Instituto Camões o qual procu-ra, com esta visita, a primeira dum dos seuspresidentes ao Canadá, estimular e desenvolvero ensino do português e aplicar novas peda-gogias mais apropriadas às realidades do ensinoàs segundas e terceiras gerações de luso-descen-dentes e aos estrangeiros em geral. Neste mo-mento o Instituto Camões disponibiliza o en-

sino a 165 mil alunos de português em todo omundo, dos quais seis mil no Canadá.

Escola Portuguesa de Santa Cruz, a maiorescola comunitária do Canadá

Pareceu estar bem inteirada das realidadessócio linguísticas da lusofonia quebequense e

lamentou o desaparecimento da Escola Por-tuguês do Atlântico mas, por outro lado, disse-nos que a escola de português de Santa Cruzera a maior escola comunitária do Canadá, eque esta estava em ótima posição para adquiriro estatuto de «escola associada», uma das novasclassificações do Instituto Camões para poderfornecer um melhor apoio em material, auxíliopedagógico e certificados de estudo às escolasque beneficiem dum tal alvará.

Ana Paula Ribeiro, a Coordenadora doEnsino do Portuguêsno Canadá, pelo seulado, lamentou toda-via que em algumasclasses a maioria sejajá de origem brasileirae que noutras haja a-penas um por centode crianças de origemaçoriana.

Lançou ainda umapelo aos órgãos decomunicação da luso-fonia para que insis-tam na importânciada língua portuguesano mundo, não sócomo herança culturalmas também, e muitoparticularmente, co-mo uma mais-valiaeconómica para os fa-

lantes do idioma de Camões e Pessoa, a qualocupa já o quinto lugar no palmarés linguísticomundial e com uma importância cada vez maiscrescente devido aos países emergentes, comoo Brasil, Angola e Moçambique.

Ana Paula Laborinho, na companhia de Ana Paula Ribeiro,quando se dirigia aos jornalistas. Foto LusoPresse.

L P

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102 anos para D. Mercedes

Mas ainda conta, era uma vez…• Por Adelaide VILELA

Tarde de poesia e música«Regards avec le Coeur. Imagens do Coração».Com Laureano Soares

Laureano Soares apresenta no dia 21 de outubro de 2012, pelas 15h00, no CentroComunitário do Espírito Santo de Anjou, na rua Jorbin Janson, nº 8672, Montreal Este,o seu livro de poesia editado em três línguas – REDARDS AVEC LE COEUR.IMAGENS DO CORAZON. MIRADAS DEL CORAZON.

Avisam-se os leitores e amigos que o lançamento do livro terá lugar impreterivelmenteàs 15h00. No decorrer da tarde cantará Jordelina Benfeito – uma bela voz do FADO – ar-tista da nossa lusa praça, por sinal, muitíssimo amada do povo, pela sua personalidade demulher madura e sempre esbelta.

Há outra surpresa para os bailarinos: Marinho e a sua discoteca móbil, ENTRENÓS, animarão, connosco e à boa maneira, a Festa das letras, onde o Espírito San-to coroa de sucesso as esperanças de hoje e os sonhos do amanhã.

A poesia em língua portuguesa vai levar-nos até ao oriente e fazer-nos descobrir al-go mais sobre os nossos navegadores. Venha e descubra por si só o personagem quechegará de além-mar com algo diferente.

Para dar testemunho do magnífico evento e homenagear o poeta, o evento contacom ilustres convidados, familiares e amigos.

Dirigimo-nos também à comunidade lusa e lançamos o convite: venham assistir aeste Domingo à tarde muito especial. Liguem para a Associação e só têm que pagar o Vº.jantar. O Porto de Honra é oferecido pelo poeta Laureano Soares.

Telefone para o Centro Comunitário do Espírito Santo de Anjou para(514) 353-1550.Reserve já o seu jantar e o seu lugar.Atenção, a sala está quase cheia.

“A minha Pátria é a língua portuguesa” – Fernando Pessoa.Cantemos Camões em Terras de Cartier!

Equipe organizadora, lúdica e cultural:Adelaide VilelaMonique Gautier

Dona Mercedes, ao centro, rodeada dos seus familiares mais próximos.

RRRRResumo da lenda original, deAgarez, Vila Real

Em tempos que já lá vão no lugar em quese encontra o atual povo de Agarez, havia umoutro chamado Aragonês, nome que lhe foradado pelos seus ancestrais. Fundadores do po-vo, gentes do Reino de Aragão. Quando esteslá chegaram, construíram as primeiras casas ecomeçaram a esventrar as terras arenosas para

cultivo do milho, alimento essencial para todaa família. Um dia, no decorrer desta faina, en-contraram, com espanto e alegria, um grandefilão de oiro. Abandonaram logo os trabalhosagrícolas para se entregarem à exploração doprecioso metal que iam amontoando nos ca-nastros. Depois de enchidos os cestos, enten-deram que era muito arriscado guardar ali tãovalioso tesoiro e decidiram levá-lo para a ser-rae escondê-lo debaixo da areia. Fizeram, paraisso, grandes dunas, com galerias interiores, etrataram de o transportar para lá em carros de

bois.Quando andavam naquele desassossego,

passou lá o Diabo que, ouvindo o estridentechiar dos carros, se aproximou, curioso, e pa-rou, agachado atrás dos arbustos. Arregaloubem os olhos e pôs-se à escuta: – E se alguémdescobre o oiro? – pergunta um. – O Diaboseja surdo – respondem os outros em coro. –E se alguma enxurrada leva a areia? – lembraoutro. – Cruzes, Canhoto, vociferam os restan-tes. – Não, se Deus quiser, não vai acontecernada disto – concordaram todos. Neste come-nos, um dos sacos rompeu-se e as pepitas espa-lharam-se pela encosta. – Rais part’ó Diabo! –Praguejou alguém. Ao ouvir isto, o Diabo afi-nou, perdeu a paciência e não quis ouvir mais.Furioso, jurou vingar-se daqueles títeres des-prezíveis que o infernizavam com alcunhas epragas, e, ainda por cima, eram cristãos. A es-pumar de raiva, deitando lume pelos olhos,com o rabo entre as pernas, esgueirou-se, sor-rateiramente, para não ser notado, a cogitar namaneira de por em prática o seu propósito devingança. – Haviam de pagar, e com língua depalmo, o atrevimento, ou ele deixaria de serDiabo. Então, lembrou-se de que, lá para oslados de Penaguião, havia uma terra chamadaMafómedes, cujos habitantes seguiam a lei deMafoma e eram, por isso, inimigos figadaisdos cristãos. Estugou o passo e para lá se diri-giu, sem perda de tempo. Com a promessa delhes entregar um fabuloso tesoiro, facilmenteconvenceu os Mouros a acompanhá-lo.

Com o Diabo na dianteira, armados atéaos dentes, transpuseram, pela calada da noite,os desfiladeiros do Marão e chegaram a Arago-nês, quando os Aragoneses dormiam. Sem en-

L P

contrar resistência, mataram todos os cristãose destruíram-lhes todas as casas. Ao romperda manhã, dirigiram-se para o local das dunasà procura do oiro escondido. Mas, quando co-meçaram a revolver a areia que o cobria, umforte abalo sacudiu a encosta e fez rolar, lá doalto do Alvão, uma cordilheira de penedos queos esmagaram e soterraram, com armas e baga-gens. Daquela hecatombe, escapou apenas oDiabo, que deu às de Vila Diogo, sem mais a-quelas, e um casal mouro que aí se fixou e re-construiu a povoação à qual deu o nome deAgarez, em memória da sua ascendente Agar,a famosa escrava de Abraão, que deu origemaos Agarenos, seus correligionários. Os habi-tantes da nova povoação passaram a dedicar-se à cultura do linho com o qual teciam e borda-vam maravilhosos lençóis, cobertas e toalhas,uma arte que os tornou conhecidos e que aindahoje perdura.

E, é de lá, de Agarez, que chegaram fortescomo Mouros, rijos como diabos, trabalhado-res e unidos como Agarenos, os irmãos Vilela.Aqui, com Deus na dianteira, nem com outrofilão de ouro conseguiriam removê-los de seusideais, ninguém os fará partir na reconquistado “reino Aragonês”, de outros antepassados.Todavia, são vizinhos da simpática centenáriaque, hoje, aqui, temos o privilégio de homena-gear e, cantam com prazer e alegria, conjunta-mente com os leitores do LusoPresse, os para-béns à Sra. D. Mercedes pelos seus 102 anosde idade.

Fomos encontrar esta centenária num dostípicos bairros de Agarez, na Eira do Cabo,em companhia de um grupo de familiares. A

Cont. Pág. 14, 102 anos...

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Para mais informações:Tel.: 514 861.4562 – Fax: 514 878.4764Site Web: www.solmar-montreal.com – Correio  eletrónico: [email protected]

40° Aniversário do Solmar no Velho MontrealDe 22 de setembro a 22 de dezembroDe 22 de setembro a 22 de dezembroDe 22 de setembro a 22 de dezembroDe 22 de setembro a 22 de dezembroDe 22 de setembro a 22 de dezembro

ARARARARARTISTTISTTISTTISTTISTA COA COA COA COA CONVIDNVIDNVIDNVIDNVIDADO (DE PORADO (DE PORADO (DE PORADO (DE PORADO (DE PORTUGTUGTUGTUGTUGAL): TOAL): TOAL): TOAL): TOAL): TOYYYYYO Restaurante  Solmar  festeja  atualmente  o  seu  40°  Festivaldo  outono,  no Velho Montreal.

Consta na ementa novas e atraentes sugestões dos nossos chefes,variados pratos de grelhados na chama à vossa mesa, enquanto se deixamembalar ao som do Fado, todos os fins de semana.

Durante este 40º Festival do outono em Portugal do Restaurante Sol-mar, poderão ouvir José João, Cathy Pimentel, Jo Medeiros e vários outrosartistas portugueses.

Venham constatar porquê, desde há 40 anos, o Restaurante Solmar éo padrinho das mais belas saídas nocturnas no Velho Montreal, sete noitespor semana.

A descobrir também os especiais das 12h00 às 23h00, incluindo pratosde caça canadiana no Sauvagine – 115, rue St-Paul Est. Rés-do-chão eesplanada exterior todos os dias.

Poderão ouvir este Outono,todos os fins de semana, artistas diferentes:5/6 de outubro: Jordelina Benfeito, José João, Jo Medeiros e Francisco Valadas.12/13 de outubro: Marta Raposo, José João, Jo Medeiros e Francisco Valadas.19/20 de outubro: Cathy Pimentel, José João, Jo Medeiros e Francisco Valadas.26/27 de outubro: Marta Raposo, José João, Jo Medeiros e Francisco Valadas.2/3 de novembro: Cathy Pimentel, José João, Jo Medeiros e Francisco Valadas.9/10 de novembro: Marta Raposo, José João, Jo Medeiros e Francisco Valadas.15/16/17 de novembro: Toy, Cathy Pimentel, José João, Jo Medeiros e Francisco Valadas.23/24 de novembro: Marta Raposo, José João, Jo Medeiros e Francisco Valadas.30 de novembro, 1/2 de Dezembro: Cathy Pimentel, José João,Jo Medeiros e Francisco Valadas.8/9 de dezembro: Marta Raposo, José João, Jo Medeiros e Francisco Valadas.14/15 de dezembro: Cathy Pimentel, José João, Jo Medeirose Francisco Valadas.21/22 de Dezembro: Marta Raposo, José João, Jo Medeirose Francisco Valadas.

OUTROS ARTISTAS A ANUNCIAR.

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A partir de quarta-feira passada…

Carlos Ferreira é presidente da Destination Centre-Ville• Reportagem de Norberto AGUIAR

Destination Centre-Ville realizou asua Assembleia-Geral Anual na passada quarta-feira, dia 26 de setembro. O local escolhido foio 1, Place Ville Marie, 41° piso, o que é o mes-mo que dizer, na grande e fabulosa sala de reu-niões, e salões privados, do Banco Royal doCanadá, como veremos mais adiante.

Sob a direção de André Poulin, diretor-geral da organização que se ocupa dos assuntosde todos os comerciantes, industriais e empre-sários do centro da cidade, que para um melhorconhecimento dos nossos leitores está interio-rizada no chamado Bairro Ville Marie, a Assem-bleia-Geral, que se efetuou na sala de reuniõesdos executivos do Banco Royal – o maior doCanadá e um dos mais importantes de toda aAmérica – desenrolou-se de forma rápida eobjetiva. Os pontos tratados foram resolvidos

todos por unanimidade, nem chegando a me-recer, sequer, discussão.

Agindo como presidente da Mesa da As-sembleia, André Poulin começou por chamaro vice-presidente da Direção da DestinationCentre-Ville, Carlos Ferreira, de forma a apre-sentar o ponto de vista do executivo dirigidopor Louis-Robert Handfield, ausente por ra-zões justificadas.

Considerando-se intimidado pela seletaplateia, Carlos Ferreira, num tom sereno e depleno controlo, discorreu sobre o papel da or-ganização em relação aos seus membros asso-ciados, à evolução de projetos e diligências jun-to das entidades competentes, para terminardizendo que Montreal é uma cidade de en-vergadura internacional, que faz inveja a muitascidades mundiais. «O que é preciso é que nãoaconteçam mais manifestações como as quevimos no decorrer deste ano», criticou, referin-do-se aos protestos dos estudantes.

Apresentado o ponto de vista da Direção,começou então a primeira Assembleia-GeralAnual. Adoção da Ordem do Dia, adoção doúltimo Processo Verbal (realizado na sala dereuniões do Ferreira Café em setembro de2011), apresentação dos Estados Financeiros,eleição de novos administradores, nomeaçãode um Verificador, etc.

Não havendo senão três administradoresa eleger e não havendo senão três candidatos,os mesmos foram considerados eleitos por a-clamação.

Saídos para um dos salões do lado, os no-vos membros foram juntar-se aos dirigentesainda com mandato, visto a direção do organis-mo beneficiar do processo de alternância.

Regressados ao magnífico salão onde de-corria a Assembleia, o veredicto caiu: – a partirde hoje, o novo presidente da Destinação Cen-tre-Ville é o nosso associado Carlos Ferreira!Um coro de palmas logo soou pela sala aomesmo tempo que a pequena delegação ligadaao Carlos – cinco pessoas – jubilava.

Com os vivas e cumprimentos termina-dos, André Poulin pediu para que o processose repetisse, agora para que fosse concretizadaa segunda assembleia, a do Orçamento. E co-mo no decorrer da anterior, tudo foi resolvidorapidamente, com os itens a serem aprovadosmais uma vez por unanimidade. Que bela ma-neira de presidir a uma (que foram duas) reu-nião!

A terceira parte do encontro de quarta-feira passada efetivou-se nos salões privadosdo Royal Bank of Canada. Ela foi compostapor um coquetel de entrega dos «Prémios Mon-treal Centro da Cidade 2012». E os vencedores

foram SuzanneTailleur (Homena-gem), JacquesAubé (Desenvolvi-mento Comercial),Bernard Ragueneau(Serviço Público) eNicholas Rémillard(Evento/Aconte-cimento).

Na ocasião docoquetel, muitasoutras entidades sejuntaram aos diri-gentes e membrosda DestinationCentre-Ville , oque veio dar outrolustro ao aconte-cimento. GéraldTremblay, «maire»de Montreal, tam-bém marcou pre-sença, até pelo fac-to de sua esposa(Suzanne Tailleur)ter recebido umdos prémios.

Como últimoato, foi distribuídaa revista MontréalCentre-Ville, edi-tada por Destina-tion Centre-Villee produzida pelasorganizações TVAProductions, inc. Acuriosidade destarevista são os doisartigos publicadose assinados pela jo-vem jornalista deorigem portuguesaChristine Paulino.

Foto 1) - A chegada de Carlos Ferreira à sala de conferênciasdo Banco Royal do Canadá. Acompanham-no Olívia Ferreira,Sophie Lymburner e Samia El Joundi.Foto 2) - A leitura dos últimos pormenores.Foto 3) - O discurso.Foto 4) - Já no Coquetel, ladeado por Samia El Joundi, SuzanneTailleur e Gérald Tremblay. Fotos LusoPresse.

L P

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No Solmar…

A Arte de bem receber• Por Anália NARCISO

Por esta época, como sempre, o Res-taurante Solmar entra no seu período maisfausto, com um programa de atividades muitobem preparado, principalmente para todos a-queles e aquelas que gostam do fado, a nossacanção nacional.

Assim sendo, o Senhor David Dias, orestaurador mais antigo e prolífico da nossacomunidade, chamou os órgãos da Comunica-ção Social da Comunidade para lhes dar a co-nhecer o que tem para oferecer este outonono Solmar, o mais antigo restaurante portuguêsdo Canadá. (É uma afirmação sem suporte ofi-cial.)

Para já, dentro de poucas semanas estaráentre nós, bem entendido a convite do SenhorDias, o cantor Toy, que é quase talismã do Sol-mar. (A afirmação também é nossa.) Depois,a nível gastronómico, o Senhor David Diastambém está preparado, como vimos no diada nossa passagem por este importante restau-rante comunitário, que também tem uma clien-tela bastante alargada, pela frequentação demuitos quebequenses e estrangeiros. Foi-nosdado a provar alguns dos pratos em lista. E doque provámos, arroz de marisco e carne deporco à alentejana, temos que dizer, sem ser-mos especialista, que estavam ótimos! De res-to, na nossa mesa, as companheiras e compa-nheiros também enveredaram pelo mesmodiapasão. Houve mesmo quem dissesse que jánão comia uma carne de porco à alentejana

Na Universidade de Montreal - Pelaprimeira vez em cerca de trinta anos um presi-dente do Instituto Camões visita a Universi-dade de Montreal. Com efeito, a ProfessoraDoutora Ana Paula Laborinho, presidentedo Camões – Instituto da Cooperação e daLíngua, acompanhada da coordenadora doEnsino do Português no Canadá, Dra. AnaPaula Ribeiro e do Dr. Demée de Brito, cônsul-geral de Portugal em Montreal, reuniu-se como Professor Doutor, Georges Bastin, diretordo Departamento de Literaturas e de LínguasModernas e o Dr. Luís Aguilar, responsávelpela Secção de Estudos Portugueses e Lusófonosda Universidade de Montreal e docente do Ca-mões, Instituto da Cooperação e da Língua.Nesta importante reunião analisou-se a evolu-ção dos Estudos Lusófonos e traçaram-se cami-nhos para o próximo futuro. A senhora presi-dente visitou os vários espaços da futura Medi-ateca Portuguesa que se inaugura no próximodia 18.

como aquela há anos... Temos todas as razõespara acreditarmos, pois a pessoa em causa émuito senhora do seu «bico». Além da excelen-te refeição, a companhia do Senhor David Diasdurante largos minutos da noite também aju-dou a que se passasse um serão agradável emtodos os sentidos.

A «cereja sobre o bolo» veio da parte doelenco atual do Solmar, diferente em algunselementos desde a nossa última passagem. JoséJoão continua. Novos para nós foram o Se-nhor Francisco Valadas, que conhecemos demuitos locais, menos do Solmar. A seguir apre-ciámos uma bela jovem açoriana como vocalis-ta e pianista. Toca e canta bem. Foi opiniãogeneralizada. Dizem-me que é vocalista doConjunto «Expression». Não a conhecíamos,esta é a verdade. Mas que tem talento e qualidade,lá isso tem.

Com o restaurante ainda praticamentecheio, viemos embora (o Norberto estava co-migo) com a certeza de que iremos voltar umdia destes.

Resumindo. O Restaurante Solmar, queestá em vias de comemorar 40 anos, tem umprograma de outono bastante convidativo mu-

Dra. Carla Grilo, d.d.s.

Escritório1095, rue Legendre est, Montréal (Québec)Tél.: (514) 385-Dent - Fax: (514) 385-4020

Clínica Dentária Christophe-Colomb

Dentista

sical e gastronomicamente falando. Agora es-pera-se que os portugueses e luso-descendentesfaçam a sua parte, encorajando um empresárioque ao longo dos anos muito tem dado e ser-vido a Comunidade!

David Dias, empresário reconhecido. Fo-to LusoPresse.

L P

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O BICO – NOVO RESTAURANTE PORTUGUÊS• Entrevista de Raquel CUNHA

Na passada quarta-feira, dia 26 de se-tembro, abriu portas mais um restaurante doempresário português Herman Alves, donodo conhecido restaurante Bitoque. O Luso-Presse quis saber mais sobre esse novo projetoe por isso sentou-se à mesa com o sempresimpático e dinâmico empresário.

A ideia de abrir um novo restaurante veiopela “paixão, pelo amor e pela dedicação” queHerman Alves tem pelo meio da restauração.“Resolvemos abrir O Bico, dado o sucesso doBitoque. Achamos que representamos bem acultura portuguesa fora da comunidade e acha-mos que era uma boa ideia e por isso resolve-mos experimentar”, explica o empresário.

“Pensamos num conceito novo: utilizaro tradicional frango no churrasco português,tentando dar-lhe um certo requinte, diferenciá-lo dos que se vêm por aí”. Que não o entendammal, “que não quero dizer mal de ninguém,mas nós quisemos modernizar os nossos co-nhecidos frangos, juntar o carinho e a culturaportuguesa com o mundo contemporâneo emque hoje vivemos”, sorri.

O Bico é o primeiro restaurante do Que-beque a utilizar grelhadores elétricos, que nãopoluem e que “nos protegem das novas leisrelacionadas com o carvão e que tanto proble-ma tem dado aos outros restaurantes da comu-nidade”, comenta Herman Alves, e continuafeliz por explicar que tal máquina foi importadade Toronto, “onde é muito utilizada” e que foiinventada “por um português, João Santos,

originário da zona do Porto”.O Bico é uma espécie de “tasca refinada”,

ou “pronto a comer de bom gosto”, explica.Pronto a comer porque além de ser em sistemade pré-pagamento, de funcionamento rápido,metade da clientela opta por levar a comidapara casa, ou seja, em sistema de take away.

As especialidades são as bifanas, o frangogrelhado, sandes, poutine portuguesa de chou-

riço ou de galinha, mas também vários petiscoscomo lulas fritas ou camarões com piri-piri.Todos os dias contam com um prato diferente,original, que no dia da publicação deste jornal,por exemplo, foi hamburgo de salmão fumado.

“Eu gosto deste ramo, tiro prazer em criarum conceito, desenvolvê-lo e pô-lo à prova”,explica. Assim a ideia não para por aqui, esperaabrir mais Bicos, até porque “o conceito é óti-

mo para franchisar”, explica. E não só, o pró-ximo projeto é O Bico Mobil (ainda sem nomedefinido), mas que consiste num autocarro quevenderá as famosas bifanas na rua, em festivaise eventos. Herman Alves mal pode esperar, oautocarro já está escolhido, “é um Citroën” e“já estamos preparados para a lei que regula-menta este tipo de negócios, uma vez que comO Bico, já temos um negócio no ramo”, explicacom entusiasmo.

O nome do Bico, vem sobretudo graçasao nosso famoso Galo, e porque “queremossempre ser representativos da cultura portugue-sa, cultura de que tanto eu como os meus filhosnos orgulhamos”.

Foi o filho, Rodney Alves que teve a ideiae é ele o chefe da cozinha nos dois restaurantes.Também o outro filho, Jeremy Alves, participano negócio. “É um legado que quero deixaraos meus filhos. A restauração é uma excelenteescola porque é extremamente exigente a todosos níveis, empenho, dedicação, número de ho-ras, atenção ao detalhe, atendimento ao cliente,e por aí fora. Quem consegue ter sucesso nomeio da restauração, consegue-o em qualqueroutra área”, sorri confidente.

Quanto à localização “eu acredito sempreem ser visionário e em apostar em áreas emque não haja concorrência e que estejam emcrescimento, como foi o caso do Bitoque (per-to do mercado de Atwater) e é agora a zona deGriffintown”, remata.

Para terminar, Herman Alves afirma-secontente com o sucesso do novo negócio quedesde que abriu portas tem tido sempre a “casacheia”. “Tem sido um sucesso”, assegura.

O restaurante O Bico está situado no nú-mero 1900 da Rua Centre, em Griffintown,Montreal, e está aberto de segunda a sábado,das 11 às 21 horas.

Hermano Alves, um empresário de sucesso.

L P

C o n s u l a d o - G e r a lC o n s u l a d o - G e r a lC o n s u l a d o - G e r a lC o n s u l a d o - G e r a lC o n s u l a d o - G e r a l

Sessão de informaçãoSessão de informaçãoSessão de informaçãoSessão de informaçãoSessão de informaçãosobre serviços consularessobre serviços consularessobre serviços consularessobre serviços consularessobre serviços consulares

O Consulado – Geral de Portugalem Montreal apresenta os seus cumprimentosà Comunidade Portuguesa residente na sua áreade jurisdição e informa que vai promover umasessão de esclarecimento sobre serviços consu-lares, com os seguintes temas:

• Dois actos essenciais aos cidadãos por-tugueses:

(i) Actualização de estado civil (casamen-to, divórcio e registo de óbito);

(ii) Cartão de Cidadão;• Conceito de residência;• Período de perguntas sobre qualquer

assunto relacionado com serviço consular.A sessão terá lugar, sexta-feira, 12 de Ou-

tubro de 2012, pelas 14h00 no Centro de Ac-ção Sócio-Comunitária de Montreal (32, Saint-Joseph Ouest, Montreal).

Outras sessões serão oportunamente co-municadas assim que agendadas.

Estas sessões de informação inserem-sena iniciativa “Consulado Aberto”, instituídapor este Consulado Geral, cujo objectivo é a-proximar os serviços consulares da comu-nidade que serve, mantendo-a informada sobreos vários actos consulares e outros processosde especial interesse para os portugueses resi-dentes no estrangeiro.

Montreal, 2 de Outubro de 2012 L P

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Disparates eleitorais• Por Osvaldo Cabral

O afã das eleições leva sempre – sem nunca falhar – os par-tidos aos maiores disparates eleitorais.

Prometem o que não podem, inauguram à pressa obras inacabadas,abençoam outras que nem começaram, entregam casas gratuitas, com-prometem-se aos milhões com obras futuras e ainda dão-se ao luxo dedistribuir prebendas a quem tenha sido atingido pelas cócegas do mautempo.

Os políticos perdem a noção da razoabilidade com o aproximardos atos eleitorais.

Ainda está na nossa memória aquele célebre momento, em 2009,pouco antes das eleições, em que José Sócrates anunciou com estarda-lhaço o aumento dos salários da Função Pública, quando os cofres doEstado já estavam na penúria, e o inefável cheque-bébé...

O povão adora estes teatros, aplaude e só reclama quando o mes-mo Estado lhe vai à algibeira para repor o desvario.

É muito bonito realizar obra com foguetório, mas o político deexcelência é aquele que sabe ler os sinais do futuro, sem se deslumbrarcom o presente e sem sobrecarregar de dívidas as gerações vindouras.

Custa ver muitas ilhas a viverem momentos de júbilo falseado,com a exaltação de obras faraónicas, sem ponta de viabilidade (pontes,túneis, piscinas, marinas).

Já não há políticos realistas.Um dos exemplos mais recentes acaba de ser denunciado pelo

“Diário Insular”.O novo Hospital de Angra, construído ao abrigo das ultrajantes

PPP’s, é o emblema do disparate, inspirado nas políticas desastrosasdo Eng. José Sócrates.

O novo hospital gasta por mês, em energia, cerca de 80 mil euros!É oito vezes mais do que o antigo hospital. Qualquer coisa como

cerca de 1 milhão de euros por ano.E porquê?Porque não foram adotadas novas tecnologias com eficiência ener-

gética e porque se cometeram “erros de projeção muito graves”, segundofonte do hospital.

E assim se fazem as grandes obras nesta terra: tudo ao molhe e féem Deus!

Responsáveis? Claro, ninguém...Com a agravante de, segundo a mesma fonte, ter acontecido esta

coisa espantosa: “toda a gente foi avisada atempadamente (…) masninguém quis saber dos avisos da arraia-miúda”.

É fantástico, não é?Já a parceria público-privada das SCUT foi uma trapalhada, sem

ninguém acertar com as contas que vamos ter que pagar durante 30 a-nos.

Foi o mesmo nas Portas do Mar, com uma derrapagem que deveriaenvergonhar todos os políticos que lá meteram a assinatura.

Está a ser na nova Biblioteca de Angra, outro monstro que aindanem abriu.

Foi a negligente encomenda de barcos.Foi a faraónica escola de Ponta Garça.Acaba de ser com a apressada escola de Água de Pau.Toda a desgraça que atinge o país e a região tem a ver com esta ge-

ração de políticos, gente sem formação, sem experiência e sem tino.Depois rodeiam-se de rapazolas das Jotas, ávidos para chegar ao

poder, muitos sem formação académica nem experiência de vida, maslá vão integrando as listas e as decisões das campanhas e dos candidatos.

Não admira que esta campanha eleitoral que estamos a viver seja amais pobre em imaginação e inovação.

Ela reflete-se nos próprios slogans e nos outdoors dos candidatos.Já critiquei os últimos cartazes do PSD, com aquele ruído incom-

preensível da matemática para todos “x9”.O PS não quis ficar atrás na falta de imaginação e lançou o slogan

“Ganhar o futuro”, uma cópia fiel do slogan da campanha eleitoral dosocial-democrata Manuel Arruda à Câmara de Ponta Delgada, que eraexatamente... “Ganhar o futuro”.

Faltava ainda o CDS-PP, que num rasgo hollywoodesco, nos mos-tra um cartaz com dois líderes em pose de atores de cinema, de braçoscruzados, para quem promete “decisão”...

O pior de tudo isso é que continuamos a fazer política e campanhascomo há 37 anos atrás.

Vamos lá ver o que nos aguarda até ao dia 14 de outubro.Receio que os disparates vão subir de tom. L P

Minderico:Uma língua em risco que os “charales do Ninhou” se orgulham em recuperar

MINDE, Alcanena – Incompre-ensível para os “covanos” (os de fora), a “pia-ção dos charales do Ninhou” (o falar dos natu-rais de Minde) ressurge nas ruas e estabeleci-mentos da vila e vai entrando nas conversas,com um misto de diversão e de orgulho.

Vera Ferreira, a linguista apostada em salvaro minderico da extinção, não tem dúvidas: oque foi inicialmente um socioleto (linguagemusada por um grupo, no caso de Minde pelosprodutores e vendedores de mantas) é umalíngua e só razões políticas impedem que sejareconhecida oficialmente como tal.

Por volta de finais do século XVIII, iní-cios do século XIX, o “calão” minderico “evo-luiu”, deixou de ser usado apenas por um gruposocioprofissional e expandiu-se por toda a co-munidade, tornando-se num “meio de comu-nicação por excelên-cia em Minde”, disseà agência Lusa.

Responsável porum projeto de docu-mentação e revitaliza-ção do minderico quenos últimos três a-nos foi apoiado pelaFundação Volkswa-gen, Vera Ferreira as-segura que o minde-rico, reconhecido in-ternacionalmente emmaio de 2011 comolíngua individual au-tónoma e viva,adquiriu característi-cas morfossintáticasque o afastam doportuguês.

A sustentar a sua convicção está o trabalho desenvolvido desdeque assentou arraiais em Minde, em 2001, e que o projeto apoiado pelafundação alemã permitiu documentar.

Do levantamento feito junto dos ainda falantes e dos vários escritosreunidos ao longo do século XX, resultará um dicionário multimédiaque deverá estar concluído em maio de 2013.

“É o primeiro dicionário de minderico no verdadeiro sentido dotermo, o que vai permitir a utilização da língua de forma mais especializa-da nas escolas, porque não há material didático”, disse Vera Ferreira.

É que, além da documentação, o projeto que tem vindo a ser de-senvolvido pelo Centro Interdisciplinar de Documentação Linguísticae Social (CIDLeS) procura igualmente revitalizar o minderico, reintro-duzindo-o no dia-a-dia dos habitantes da vila, através de aulas, de fas-cículos publicados no jornal local, da sinalética.

“A da marroa das mimosas da Isabel” (Frutaria Isabel), “a do Cala-do Moderna” (Farmácia Moderna), o “chávena d’ouro Estaminé” (CaféEstaminé), “a classe do Mota Veiga” (Casa do Povo) são algumas dasinúmeras designações colocadas à entrada de estabelecimentos e institui-

Cont. Pág. 10 Minderico...

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ções, em placas decoradas com motivos dasmantas de Minde.

“Nada é inventado. Tudo tem uma razãode ser”, disse à Lusa Rita Pedro, outras das in-vestigadoras do CIDLeS, explicando, por ex-emplo, que o nome dado a farmácia vem daprimeira pessoa a ter um estabelecimento dogénero na vila.

As aulas para adultos começaram com oprojeto da Fundação Volkswagen, em 2009,reunindo, uma vez por semana, um animadogrupo que mistura falantes mais familiarizadoscom os que começam a dar os primeiros passos.

Alda Henriques, que este ano se decidiu afrequentar as aulas, disse à Lusa que conheceos termos “mais usuais”, como “alé” (olá) ou“lince” (obrigada), mas quer saber mais, atéporque o minderico tem sido usado num doseventos que ajuda a organizar, o festival dejazz de Minde.

Cláudia Coelho, do Agrupamento de Es-colas de Alcanena, sublinha a importância daformação dos professores que, a partir desteano, vão ensinar o minderico aos alunos deMinde que frequentam o segundo e o terceirociclo e que, a partir do segundo período, passama ter uma disciplina para aprenderem a “pia-ção” no âmbito da oferta complementar dispo-nibilizada às escolas.

“Esta é a única forma de se perpetuar”, de“ficar enraizado”, frisou.

Também pela primeira vez, os alunos doprimeiro ciclo vão ter aulas de minderico, dadaspelo CIDLeS, este ano ainda em fase de “teste”,disse Rita Pedro.

Já sem o apoio da Fundação Volkswagen,o projeto vive agora muito do voluntariado eda contribuição dos associados do CIDLeS,frisou Vera Ferreira.

MINDERICO...Cont. da pág. 9

Simpósio na Universidade de Toronto

Português nos quatro cantos do Mundo• Reportagem de Vitália RODRIGUES

Colóquio na Universidade de Toronto.

Realizou-se, nos dias 28 e 29 de setem-bro de 2012, o Simpósio Internacional Rosa-dos-ventos: Português nos Quatro Cantos doMundo, cujo objetivo central foi o de come-morar os 65 anos de ensino e aprendizagem delíngua e cultura portuguesas na Universidadede Toronto, louvável e importante iniciativaproposta e levada a cabo por uma das protago-nistas, a Professora Doutora Manuela Marujo,que soube cativar figuras de proa do universolusófono e da língua portuguesa que, muitosucintamente, aqui nesta minúscula reportagemdamos conta.

Em primeiro lugar sublinhamos a presençada Dra. Ana Paula Laborinho, presidente doCamões – Instituto da Cooperação e da Língua,cuja participação atenta, empenhada e ativa deuo mote para o que se viria a discutir neste simpó-sio que contou com uma assembleia de cercade uma centena de pessoas, que pôde conheceros “Desafios de uma Política de Língua Portu-guesa para o Mundo” de viva voz, daquela queé a primeira presidente do Camões – Institutoda Cooperação e Língua a estar presente naprestigiada Universidade de Toronto.

As boas-vindas dadas pelo Reitor da Fa-culdade de Artes e Ciência da Universidade deToronto, Meric Gertler e Paul Gooch, Presiden-te do Victoria College, pelo Embaixador doBrasil no Canadá, Piragibe Tarrago e por JúlioVilela, cônsul-geral de Portugal em Toronto,pelo diretor do Departamento de Espanhol ePortuguês Josiah Blackmore (sublinhe-se o seuportuguês de Lisboa, sem mácula e doce) e peladiretora adjunta do Departamento de Portuguêsda Universidade de Toronto, Manuela Marujoa quem prestamos, aqui, a nossa homenagemao seu trabalho.

Este simpósio contou com 5 painéis dediscussão. O primeiro sobre Português, Língua

Internacional onde o prestigiado professorJoão Malaca Casteleiro falou da Projeção Mun-dial e Valor Económico da Língua Portugue-sa na Era da Globalização. Evanildo Bechara,da Academia de Letras do Brasil pôs em evidên-cia a Importância da Unificação Ortográficapara a Expansão e Difusão da Língua Portu-guesa no Mundo Moderno, com a serenidadee a sabedoria que se impõe perante a histeria àvolta do Acordo Ortográfico. Aida Baptistadescreveu com sensibilidade e autenticidade asua experiência triangular de diferentes geo-grafias – Finlândia, Canadá e Angola – comoleitora, numa narração que nos ajuda a com-preender a carreira de leitor.

No segundo painel, dedicado à literatura,analisou-se, por um lado, o fascínio de Ga-briela na Televisão e no Écran por HudsonMoura da Universidade de Ryerson e As Mu-lheres Trabalhadoras no Cacau por Frank Luceda Universidade de York. A Helena Chrystellocoube apresentar a Antologia Bilingue de Au-tores Açorianos.

O terceiro painel, moderado pela docentedo Camões e professora na Universidade deYork, Rita Rolim versou sobre o PortuguêsLíngua de Afeto, Identidade e Património.Nele a coordenadora do Ensino de Portuguêsno Canadá, Ana Paula Ribeiro apresentou osresultados da sua ação. Maria João Dodmanda Universidade de York descreveu percursosna língua portuguesa: Língua de Afeto, deEstudo e de Trabalho. Manuela Marujo viria atraçar o perfil e motivações dos estudantes naaprendizagem do Português na Universidadede Toronto.

Chris Chrystello, com mais utopia ou maisrealidade, descreveu o percurso dos colóquiosda lusofonia de que é o principal mentor.

No painel 4, destinado à discussão sobreas Novas Tecnologias e Aprendizagem do Por-tuguês, participaram Luís Aguilar, docente do

Camões e professor da Universidade de Mon-treal, que descreveu a forma como criou umambiente virtual de aprendizagem do Portu-guês, Língua Estrangeira e Vitália Rodrigues,responsável pelas oficinas de língua portugue-sa do SAC (Serviços de Atividades Culturais)apresentou o Manual Interativo na Rede,Português Comunicativo. A fechar o painelAna Clotilde Williams da Universidade deNorthwestern nos USA abordou o ensinodo português língua estrangeira e o papel dasnovas tecnologias no desenvolvimento dacompetência comunicativa e intercultural.

O painel 5, coordenado pelo cônsul-geralde Portugal em Toronto, Júlio Vilela, contoucom Manuela Bairos que abordou o tema daDiplomacia da Língua Portuguesa e a Diás-pora e com Manuela Aguiar da AssociaçãoEstudos Mulher Migrante que apresentou oseu projeto Histórias de vida: ASAS (Aca-demias Seniores de Artes e Saberes) que visa a

formação de grupos de pessoas nas diásporascom ganas de contar histórias de vida, partilharconhecimentos e saberes-fazer, projeto aco-lhido com entusiasmo.

Feita esta apresentação geral voltaremosaos temas deste simpósio no próximo númerodeste jornal.

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Manuela Aguiar e Luís Aguilar, doisparticipantes no colóquio.

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Contra o Sporting Kansas CityImpacto: bom jogo... mas que só dá empate

• Por Norberto Aguiar

O último jogo do Impacto já foi reali-zado faz este sábado 15 dias. O desafio teve lu-gar no Estádio Saputo e o Impacto defrontoua forte formação do Sporting Kansas City, naaltura – e mais agora, quando averbou nova vi-tória, diante de outro candidato, o Chicago Fire–, líder incontestado da Zona Este do Campe-onato da Major Soccer League. O resultadodesse jogo deu em empate (0-0).

Foi um jogo bem disputado e em certasalturas da contenda ninguém, que não conhe-cesse a posição classificativa dois antagonistas,diria que ali estavam duas equipas distanciadaspor 11 pontos. Se por um lado o Sporting de-monstrava uma maior ligação entre setores,pelo outro a gana e fogosidade deixava perceberque a qualquer momento do desafio os doisconjuntos poderiam chegar ao golo. Golo queinfelizmente não aconteceu para nenhum doslados, apesar de as oportunidades terem surgi-do, não em grande número, mas de forma assazsuficiente para que o jogo não terminasse comzero golos no placard...

É preciso dizer que como grupo, o Impa-cto esteve unido, trabalhando muito para poderombrear contra uma das melhores equipas domomento na MLS. O que teria sido necessáriopara que o Impacto vencesse o embate, era queos seus melhores elementos tivessem feito ojogo da sua vida. Filipe e Bernier, por exemplo,que têm sido os grandes motores do Impactono decorrer desta primeira época na MLS, esti-veram até alguns furos abaixo do seu normalrendimento. Daí que contra um time que temnas suas fileiras jogadores da categoria de Gra-ham Zusi, que lidera a classificação do jogadorque faz o último passe para golo – juntamentecom a estrela Landon Donovan, do Los Ange-les Galaxy – com 14 e que neste momento éum dos jogadores titulares da Seleção dos Esta-dos Unidos, seja compreensível essa baixa deregime.

Também é preciso dizer que sendo o Spor-ting Kansas City líder da sua zona – neste mo-mento já está apurado para a fase eliminatória– a verdade é que contra o Impacto, a formaçãooriunda do centro dos Estados Unidos nãoconseguiu, talvez como esperasse, fazer o jogoque queria, isto porque foi confrontada pelaabnegação e capacidade da formação da casa. Eassim sendo, o ponto que levou de Montreal

foi até muito bom para as suas pretensões,que são de terminar em primeiro lugar da suazona de maneira a poder evitar, na fase seguin-te, colossos como o Los Angeles Galaxy e oReal Salt Lake.

Já o Impacto, com o empate, foi maisum passo que deu em falso na sua caminhadapara se apurar para a segunda fase do Campe-onato da MLS. Verdade que a derrota teria sidomuito pior. Assim, a equipa de Montreal, quenão tem tido sorte com os jogos efetuadospelos seus mais próximos competidores, queou têm vencido ou têm empatado, tem de ven-cer o próximo jogo, já sábado, contra o Dyna-mo, em Houston. Uma tarefa hercúlea, istona medida em que a formação texana tambémluta por um lugar na segunda fase. De resto,neste momento os «laranjas» estão colocadosna 5ª posição da zona Este, a última de acessoao torneio de fim de ano. Um ponto separa oDynamo do Columbus Crew, 49 – 48, com osmesmos jogos disputados: 31. Só depois apa-rece o Impacto, com os mesmos jogos massó com 40 pontos.

Como se vê, a luz no fundo do túnel émuito ténue. Mas matematicamente ainda épossível. E como enquanto há vida há espe-rança...

Dynamo de Houston – ImpactoSábado, dia 6 de outubro, às 20h30(Jogo em direto através do T VA Sports)

«Coupe Centraide»Desenrolou-se durante todo o dia de sá-

bado passado, no Estádio Saputo, a primeiraTaça Centraide de Futebol, numa colaboraçãoImpacto/Centraide que movimentou mais de300 jogadores oriundos de 25 companhiasmontrealenses, entre elas a do Grupo Ferreira,do nosso compatriota Carlos Ferreira.

Terminou vencedora desta primeira com-petição, inédita para o meio, a equipa formadapelos trabalhadores do Impacto que, na final,bateu a formação da Aon Hewitt, pelo resulta-do de 3-1.

O ponto mais importante desta iniciativafoi, sem dúvida, os 250 000.00$ recolhidosque vão ser totalmente entregues à Centraidedu Grand Montréal, um organismo autónomogerido por um Conselho de Administraçãoque representa a comunidade e que apoia meiomilhão de pessoas diariamente, representativas

Os jovens da Academia do Impacto de Montreal.

Cont. Pág. 14 Impacto...

Página 1204 de outubro de 2012 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

TTTTTelevisão Pelevisão Pelevisão Pelevisão Pelevisão Portuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de MontrealVisione todos os acontecimentos da ComunidadeHorário

• Quinta-feira, 20h00• Sexta-feira, 01h00 (repetição)• Sábado, 09h00• Domingo, 01h00 (repetição)

[email protected]

L P

CONSULADO-GERAL DE PORTUGAL

DEVERES MILITARESCIDADÃOS NASCIDOS NO ANO DE 1994

O Consulado-Geral de Portugal em Montreal transcreve o edital do Ministérioda Defesa Nacional relativo à convocação para o Dia da Defesa Nacional:

“Avisos importantes para cidadãos residentes no Estrangeiro

1. RECENSEAMENTO MILITARO recenseamento militar a partir de 2009 é automático, pelo que os cidadãos portu-

gueses, em Janeiro do ano em que completam 18 anos, não precisam de se deslocar aospostos consulares para esse efeito. No entanto os demais deveres militares foram mantidos.

2. CIDADÃOS COM RESIDÊNCIA NO ESTRANGEIRO HÁ MAIS DE 6MESES

Os cidadãos portugueses, de ambos os sexos, nascidos em 1994 que residam legal-mente no estrangeiros com carácter permanente e contínuo, há mais de 6 meses, ou quetenham nascido no estrangeiro e aí permaneçam, no que respeita ao cumprimento do de-ver militar de comparência do Dia da Defesa Nacional devem escolher, até 31 de Dezembrode 2012, uma das seguintes opções:

a) Solicitar a marcação de dia de convocação para cumprimento do dever militar deComparência ao Dia da Defesa Nacional, através de fax, carta, ou e-mail (consultar Con-tactos), no qual deve constar nome completo, n.º e data de validade do documento por-tuguês de identificação, filiação, morada e dia preferencial para convocação.

Mais se informa que o transporte apenas é assegurado em território nacional.b) Requerer a Dispensa de Comparência ao Dia da Defesa Nacional através de re-

querimento, disponível na Internet, em www.dgprm.pt e em www.portugal.gov.pt , a-companhado de documento emitido pelo posto consular da área de residência, do qualdeve obrigatoriamente constar a data a partir da qual ali passou a residir, a enviar para Ave-nida da Ilha da Madeira, n.º 1, 4º, 1400-204 Lisboa, Portugal.

Os cidadãos que não regularizarem a sua situação ficam sujeitos à aplicação de coimaque vai de €249,40 a €1.247,00 e inibidos do exercício de funções públicas até á regularizaçãoda sua situação militar.

3. OUTRAS INFORMAÇÕESA prestação de falsas declarações às entidades competentes é passível de ser punida

com a pena de prisão até três meses ou multa até 60 dias.Os cidadãos que não regularizarem a sua situação ficam sujeitos à aplicação de coima

que vai de €249,40 a €1.247 e inibidos do exercício de funções públicas até á regularizaçãoda sua situação militar.

Os editais de convocação podem ser consultados on-line em www.dgprm.pt ewww.portugal.gov.pt . Caso o seu nome não conste nos editais deverá contactar o Di-recção-Geral de Pessoal e Recrutamento Militar.

4. CONTACTOSDirecção-Geral de Pessoal e Recrutamento MilitarMorada: Avenida Ilha da Madeira, n.º 1, 4º, 1400-204, Lisboa, PortugalTelefone: +351 21 302 7349Fax: + 351 21 301 3037E-mail: [email protected]: www.dgprm.pt e www.portugal.gov.pt “

Consulado-Geral de Portugal em Montreal, 07 de Setembro de 2012

Programmation Octobre 2012LES SONS DU BRÉSIL Mai - Montréal, arts interculturels 3680, rue Jeanne-Mance Mon-

tréal, QC H2X 2K505 vendredi 20h FARINHA BIRIBA 22h FRIZSON06 samedi 20h ISAAC NETO 22h DELICADO - Julia Pessoa07 dimanche 16h ANDRÉ RODRIGUES Billets 15$LES GOÛTS DE L’ANGOLA CAM - Comunidade Angolana de Montreal e amigos

5552, Boulevard Saint-Laurent Montréal, QC H2T 1S8 13 samedi 14h ATELIER de CUISINEANGOLAISE Billets 15$

RACINES PORTUGAISES et FRUITS DIVERS APC - Associação Portuguesa do Canadá4170, rue Saint-Urbain Montreal, QC H2W 1V3

20 samedi 14h ATELIER DE THÉÂTRE Gratuit - Inscriptions requises20h SAMBAS, CHOROS E FADOS Billets 10$21 dimanche 15h FOIRE DES LIVRES, MAGAZINES et BANDES DESSINÉS EN

PORTUGAIS usagés pour échanger Gratuit17h RODA DE CONTOS E DE HISTÓRIAS Lecture de poèmes en portugais par les

participants GratuitAU DÉLÀ DES FRONTIÈRES CENTRE CALIXA-LAVALLÉE 3819, rue Calixa-Lavallée

- Parc Lafontaine Montréal, QC H2L 3A727 Samedi 17h EKKABO ORIXAS Spectacle multidisciplinaire Théâtre, Danse, Conte,

Images20h LUSITANIAE MUSICA Musique instrumental et chant des Açores et du PortugalBillets 20$05 au 27 EXPOSITION DES ARTS VISUELS Chez le Portugais 4134, boulevard Saint-

Laurent Montréal, QC H2W 1Y8 - Vernissage le 04 octobre - 19h Ambiguïtés por AlvaroMarinho Relicários por Lidia Barreiros

Página 1304 de outubro de 2012 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Será que a RTP vai mesmo ser privatizada?• Por Fernando PIRES

Disse este vosso escriba no últimonúmero deste jornal que, como prometido, vol-taria a falar do assunto da RTP, mesmo já muitomartelado por aqueles que se implicam na de-fesa do bem público.

Contudo, como o “Hackathon”, ou seja,o “Hack” da informática, engole consciênciasmenos esclarecidas, talvez por isso valha a penapôr primeiramente no papel a comunicaçãonão binária?

Sabe-se que o caso da privatização da RTPainda está a ser cozinhado, e o seu chefe é omandatário deste Governo, Sr. António Bor-ges, um dos homens outrora ao serviço deum dos maiores bancos da Finança mundial,Goldman Sachs, para o qual este senhor traba-lhou!

Será que o órgão nacional de opinião pú-blica do País, que é a RTP, terá que ter tambémo Sr. Borges como bandeira identitária, o ex-gestor da companhia de cerveja holandesaHEINEKEN?

Se calhar, não é por acaso que o ex-presi-dente da República Jorge Sampaio, Siza Vieira,Carvalho da Silva, Américo Carlos, etc., reagi-ram contra a privatização de um órgão de co-municação de Estado, publicando um mani-festo na comunicação social denunciando esteato de privatização que tem como função serrepresentativo da opinião pública dos portu-gueses.

Esta maneira de querer “desgovernalisar”a RTP em nome das PPP (Parcerias Público-Privadas), está estes últimos anos muito namoda. Esta moléstia anda por portas e tra-vessas. Até cá por estas bandas ela faz estragos.

António Barreto, numa declaração feitano Congresso Português Demográfico, de-nunciou cláusulas escondidas das tais PPP –Parcerias Público-Privadas, e do seu secretismocom o Estado. Mesmo o Canadá, com um go-verno conservador no poder, não se atreveu afazer da Radio-Canada uma parceria PPP. Cor-tou, sim, 40 milhões de dólares no programada cultura. Quanto a nós, não podemos deixarde pedir que a RTP contribua com programasde conteúdo de qualidade a todos os níveis.Por exemplo, informação menos sensaciona-lista! Cultura, artes, ciência, etc. Conteúdos quecorrespondam à participação para o despertardas consciências nacionais que seriam uma vi-são abrangente para as novas gerações. Gover-nos com uma certa determinação para uma vi-

são sociopolítica alargada a outros campos doconhecimento! Decerto já sabemos muito!

E, sobre tão importante assunto, não po-demos deixar de mencionar a pobreza de emis-sões de programas emitidos para as comunida-des portuguesas emigradas, e não só...

O Telejornal das 24 horas, às dezanovehoras locais daqui, pode servir como um exem-plo. Quando se trata da abertura deste noticiá-rio, começa-se logo no início com o jogo doFC Porto em Zagrebe ou outros; como se acultura futebolística fosse o mais importantepara os problemas com os quais as comunida-des emigradas se debatem (e eu até gosto defutebol, e do FC Porto). Mas acrescentaria ain-da o seguinte. Grande parte das vezes atribui-se muito tempo e espaço a comentários aquifeitos à bola, deixando uns escassos minutosconcedidos ao programa dedicado pela RTPao Apoio a Ler Mais! Isto passa-se justamenteantes da abertura do Telejornal!

Quanto a programas culturais e linguís-ticos, os conteúdos de qualidade deixam muitoa desejar. Anestesiam-nos com futebol e tele-novelas cor-de-rosa, sem nos falarem da reali-dade dos problemas que as sociedades de hojeatravessam, na qual estão mergulhados muitosdos jovens das nossas comunidades à procurade uma identidade!

Sim, os jovens, porque tanto os de cá,como os de lá, terão um dia a herança do conhe-cimento que lhes deixamos!

Programas de conteúdo qualitativo sãoraros, mas sempre existem por aí alguns.

Estou-me a lembrar das minhas férias esteverão no País, que não tendo eu televisão, nemtão pouco desejada, limitava-me a ouvir a rádioda antena 1, aos sábados depois das oito horase quinze da manhã, com o excelente animador(se a memória não me trai), de um programade qualidade cultural, da autoria do Sr. DanielCorreia.

Termino aqui com uma citação do neu-rocientista Antonio Damásio: “A consciêncianão se resume a imagens mentais. Terá o míni-mo, a ver com uma organização de con-teúdos mentais centrada no organis-mo que produz e motiva esses conteú-dos...”

Ref.: jornal “O Público”, 06/09/2012.Jornal “Diário de Notícias”, 12/09/2012.RTP 24 Horas, 07/09/2012.António Damásio: “O Livro da Consciên-cia”, 2010

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Central de Gentilly-2...

Manifestação contra encerramentoTROIS-RIVIÈRES - Algumas cente-

nas de pessoas manifestaram-se domingo, emBécancour, contra o encerramento da únicacentral nuclear do Quebeque, cuja reparaçãocustaria 4,3 mil milhões de dólares canadianos.

“O Governo tomou a decisão, mas nósqueremos ser informados, escutados, respeita-dos e apoiados”, disse em comunicado apresidente da Câmara Municipal de Bécancour,Gaétane Désilets, reiterando a exigência de seencontrar com a primeira-ministro do Quebe-

que, Pauline Marois, que anunciou o encerra-mento da central.

Num relatório confidencial publicado nosábado pelo jornal “Le Devoir”, o produtorpúblico de eletricidade Hydro-Québec tambémrecomenda o encerramento da central, esti-mando a sua reparação em 4,3 mil milhões dedólares canadianos.

Para a empresa Hydro-Québec, a continua-ção da exploração da central causaria um déficeanual de 215 milhões de dólares canadianos.

Aberta em 1983, a central Gentilly-2 estáparada desde o final de julho devido a uma ava-ria. A substituição do seu reator foi avaliada,em 2008, em 1,9 mil milhões de dólares.

A maior parte da eletricidade do Quebeque

provém das imensas barragens hidro-elétricasdo norte da província. A central Gentilly-2contribuía apenas para cerca de 2 por cento daprodução total. L P

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A nossa Gerência e os nossos chefes convidam a Comunidade Portuguesa a fazer-nos uma visita.

Temos bons pratos típicos portugueses para saborear. Os nossos preços são muito competitivos. Experimente.

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Segundas-feirasArroz de Marisco

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Coelho à Caçador

Paelha de Marisco

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Página 1404 de outubro de 2012 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

BERTA OU...Cont. da pág. 2

Carlos César fez em 1996: “roubar” cerca de20 mil votos ao PS, os mesmos que Césarconseguiu retirar ao PSD há 16 anos.

3 – Prós e contras do PSO PS parte para estas eleições com a vanta-

gem de estar no Poder e possuir uma influênciaenorme na sociedade, mesmo a nível autárqui-co, onde obteve uma vitória retumbante quetirou o PSD de várias Câmaras.

Continua a ter como líder Carlos César,uma garantia de mais-valia eleitoral, mesmosem se candidatar, porque vale mais do que opartido.

E, no entanto, não é certo que o PS tenhaestas eleições como ganhas.

Em atos eleitorais anteriores, era fácil aosobservadores aperceberem-se que o PS nãoprecisava de grande esforço eleitoral.

O PS enfraqueceu neste último mandato,porventura o pior de todos os governos deCésar.

A erosão do poder poderá trair Vasco Cor-deiro, mas se obtiver uma vitória no dia 14 deoutubro será uma originalidade na história dapolítica regional.

Uma derrota nunca poderá ser imputada aVasco Cordeiro, que tem contra si o poucotempo para que foi escolhido, um erro de CarlosCésar.

A própria sucessão não foi um bom co-meço para o futuro de Cordeiro.

Como irá responder Vasco Cordeiro quan-do o acusarem, num frente-a-frente, de não terautoridade para falar em nome dos militantesdo PS porque não foi escolhido por eles?

Se perder, terá que corrigir o ponto departida, marcando eleições internas para sersufragado por todos os militantes e ser empos-sado num congresso regenerador, sem a figurapaternal de César.

Vasco Cordeiro tem como vantagem asua juventude e a sua forte oratória, para alémdas suas reconhecidas qualidades pessoais.

Se perder, é um julgamento que o elei-torado faz ao último mandato de Carlos César.

Tem, por isso, contra si, quatro anos demuita trapalhada inexplicável, que a oposiçãocertamente vai saber explorar até à exaustãonesta campanha.

Estes últimos meses foram mesmo umsufoco para a sua candidatura.

Ao governo PS as coisa não têm saídocomo gostaria, de que é último exemplo o tristememorando de entendimento com o governoda república, uma “capitulação” inesperada einoportuna em pleno início de campanha elei-toral.

Alguns secretários regionais foram “mes-tres”, nestes últimos meses, a enfiar a bandari-lha na campanha de Vasco Cordeiro.

A mais antológica foi o caso das ajudas decusto e aquela reação funerária de Noé Rodri-gues: “Eu trabalho e alguém tem que pagar!”.

Faltou dinâmica e rejuvenescimento nogoverno nesta ponta final.

O governo deixou-se morrer a partir daaltura em que deixou morrer o Casino da Ca-lheta.

As imensas trapalhadas em que se envol-veu neste mandato refletem uma imagem ingló-ria que poderão custar a vitória eleitoral.

Nunca se percebeu a razão para CarlosCésar não proceder a uma remodelação no go-verno, substituindo membros nitidamentecansados, arrogantes e trapalhões. Poderia ter

transmitido uma nova dinâmica que se refle-tisse nesta ponta final e que ajudasse VascoCordeiro neste período de campanha.

O PS faz bem em não incluir nas suas lis-tas estes governantes, mas esteve mal em nãosubstitui-los a meio do mandato.

O código de identidade do PS, que reveloumuita competência nos primeiros mandatosde César, perdeu-se nestes últimos anos.

A lista por S. Miguel reflete muito isso.Há muitos candidatos que poderiam estar nalista do PSD (e o contrário também é verda-de...), perdendo na matriz ideológica o que ga-nhou no risco de uma incerta abrangência.

O PS precisa de renascer.Resta saber se Vasco Cordeiro o conse-

gue, porque Carlos César desistiu neste final.Uma coisa é certa, ganhe Berta ou ganhe

Vasco, a 14 de outubro muita coisa terá quemudar.

* Ex-diretor da RTP - Açores

102 ANOS...Cont. da pág 4

nossa rainha Mercedes é, com certeza, da mes-ma fibra que os seus ascendentes, aqueles queajudaram a combater o diabo (há outra históriapor contar). Por essa razão, e pela sua força deespírito, pela mulher que soube sempre ser,honrando os seus compromissos, cumpriu àregra quaisquer bons valores, da herança deixa-da por seus pais e avós. Assim sendo, aindahoje lá está vivinha da cesta: airosa e divertida,sem falha alguma na mente ou no pensa-mento!

Parece-me que os ares que recebe, da for-mosa Serra do Alvão, continuam a curar algu-mas das poucas maleitas que a apoquentam.Apenas as perninhas gordas, benfeitas, come-çam a queixar-se do século que se lhe pousouarriba. Mas como vive ali, num recanto de Aga-rez, com a sumptuosa cidade de Vila Real, comopano de fundo: aguarela colorida para valorizaro fim da vida e, o tempo que deixa estender oolhar feliz até ao mais alto azul dos céus…!Terra que brotas belezas tão naturais e aromasraros para uma longevidade saudável: será queme queres tanto a mim, assim, que ali fui pararàquele lugar onde o pobre diabo se pôs a buliraté aos alvoredos dos infernos?

Que felicidade poder fazer 102 anos! Quegénio de mulher! Parabéns D. Mercedes.

A equipe do LusoPresse faz do longe per-to para lhe enviar o maior abraço do mundo,adorada velhinha.

Agarez com o arco-iris a dividir a cidadede Vila Real ao fundo.

IMPACTO...Cont. da pág. 11

de 370 organismos, num leque que alberga 80mil voluntários.

Parabéns aos promotores.

Campeonatos norte-americanosProva de que o futebol no Norte da Amé-

rica está para durar são as iniciativas levadas acabo pela Major League Soccer relativamenteaos Campeonatos de Futebol para as camadasjovens.

Com a MLS em grande através do seucampeonato com 19 equipas e um campeonatode Reservas à largura dos Estados Unidos eCanadá – e aqui não falamos nas Segunda eTerceira Divisões, campeonatos colegiais, etc.– agora há também campeonatos de jovens deSub-16 e Sub-18 nos mesmos moldes, isto é,de costa a costa dos mesmos dois países.

O Impacto, que tem uma rede de váriasequipas a competir, dos seniores aos juvenis,acaba de entrar com duas equipas nesses campe-onatos. Por exemplo, este fim de semana aque-las duas equipas jogaram contra as suas congé-neres do Red Bull New York, em jogos realiza-dos domingo passado, no terreno de jogo doCentro Claude Robillard. A maior experiênciados americanos acabou por prevalecer e os re-sultados acabaram em duas derrotas para oscanadianos. Os Sub-16 perderam por 4-0; osSub-18 inclinaram-se por 4-1.

Sobre estes resultados, os responsáveismontrealenses mostraram-se apesar de tudoanimados, reconhecendo no entanto que osnova-iorquinos estão mais bem preparados,sobretudo ao nível físico.

EDITORIAL...Cont. da pág. 1

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puseram em prática no espaço de uma semana,tudo isto aliado às reviravoltas com que ataba-lhoadamente têm procurado minimizar o im-pacto na opinião pública, uma tal salganhadadeve ter servido para vacinar por muito tempoa grande maioria dos quebequenses que, du-rante muito tempo, se devem ter deixado tentarpelo sonho utópico da aldeia gaulesa que sópode existir no mundo fantástico das estóriasaos quadradinhos, ou do orgulhosamente sósde triste memória.

No mundo de hoje, com a falência dasideologias, todos os dogmatismos estão con-denados ao fracasso.

O primeiro dogmatismo do partido deMadame Marois, o nacionalismo identitário, éum conceito que as modernas sociedades misci-genadas repudiam frontalmente. O mundo dehoje não precisa de mais fronteiras nem demais passaportes nem de mais exércitos. O a-pelo dos europeus lúcidos em prol dum regimefederal é prova mais que concludente.

O segundo dogmatismo, vem da ideologiapseudo-socialista primária, de que é precisofazer pagar os ricos, aumentar as taxas sobre ocapital e penalizar os que fazem fortuna. Mada-me Marois devia ter em memória o que acon-teceu ao Novo Partido Democrático do Ontá-rio, no tempo de Bob Rae. Como dizem os á-rabes, o dinheiro é um passarinho que levantavoo quando se assusta. E sem dinheiro não háempresas, nem emprego, nem impostos a pa-gar. Só fardos a suportar. Teria andado muitomais avisada se seguisse as pegadas dum social-democrata como Tony Blair, ou das sociais-democracias da Europa do Norte.

O terceiro dogmatismo é de considerarque os ganhos em capital são um privilégio de

capitalistas e esqueceu-se dos que compraramum triplex, um dépanneur, um táxi ou uma ca-sa de campo a pensar na reforma. São peque-nos investidores, que trabalham duramente,sem qualquer pensão de reforma, a pensar navelhice e não em paraísos fiscais.

O quarto dogmatismo é que o estado émelhor servido pelos funcionários do que pelaempresa privada. As confissões inacreditáveisdo empreiteiro Lino Zambito diante da Comis-são Charbonneau levam-nos a concluir queos funcionários públicos, não obstante oschorudos salários e as reformas garantidas àvida, ainda se fazem corromper indecentemen-te. Do cantoneiro ao engenheiro da fiscaliza-ção, passando pelos funcionários encarregadosda adjudicação dos concursos de obras públi-cas, todos metem a mão no saco. Vivamenteo sentido de serviço público.

Fiquemo-nos por aqui, embora se pudes-sem avançar muitas outras áreas onde a ide-ologia se substitui à competência, como nocaso dos estudantes, do Plano Norte, das mi-neiras, do nuclear, do meio ambiente, e assimpor diante.

Outra grande vantagem da precariedadeeleitoral e da incompetência manifestada pelonovo governo foi que as bocas começaram adeixar de ter medo do insulto acintoso à la Lo-co Locass (libérez-nous des libéraux) e come-çaram a dizer, mas sobretudo a escrever, o quehá longo tempo vinham retendo com receiodo achincalhamento sectário de certos arautostonitruantes que andam agora com a cauda en-tre as pernas, apesar do partido ter ganho.

E a par desta liberdade de expressão re-encontrada, está a nascer o verdadeiro debatede ideias, sem a cacofonia do batuque das caça-rolas e das frigideiras que quase nos estragou overão maravilhoso – meteorologicamente fa-lando – que tivemos.

É provável que algumas companhias seretenham de investir aqui nos tempos maispróximos. Que os investidores estrangeirosestudem outras hipóteses. É provável que al-guns quadros decidam de mudar de residênciapara fora da província. É provável que algumasempresas esvaziem as sedes sociais enviandoos empregados para outros céus mais clemen-tes. Estes vão ser os danos a curto prazo. Masa longo prazo o Quebeque vai encontrar aestabilidade que os partidos da Oposição vãoassumir antes que o pior aconteça.

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