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Vol. XVIII • N° 309 • Montreal, 22 de maio de 2014 Cont. na pág 14 Editorial A corrupção das PPP Por Carlos DE JESUS F ace às recentes revelações dos ins- petores de polícia da brigada «Marteau» – encarregada de inquirir sobre a infiltração do crime organizado no mundo dos negó- cios, mas sobretudo nas empresas de construção civil – o público, mais uma vez, ficou a saber para onde vai o dinheiro dos seus impostos – para o bolso de crimi- nosos de gravata de alto coturno. Com efeito, na passada terça-feira, di- ante da comissão de inquérito sobre a coli- Foto LusoPresse. 3204, rua Jarry Este 729-9494 www.ocantinho.ca RESTAURANTE Grelhados à portuguesa sobre carvão Grelhados à portuguesa sobre carvão Centre de Carreaux Céramiques Italien Inc. 8710, rue Pascal-Gagnon Saint-Léonard QC H1P 1Y8 [email protected] Affilié avec Éco Dépôt Carreaux de Céramique Acesso a mais de 20 instituições financeiras para vos conseguir: *Fernando Calheiros B.A.A. Courtier hypothécaire - 514-680-4702 7879 rue St Denis, Montréal, Québec H2R 2E9 *Hélio Pereira CHA Os nossos endereços 222, boul. des Laurentides, Laval 8989, rue Hochelaga, Montréal 8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal 6520, rue Saint-Denis, Montréal 10526, boul. Saint-Laurent, Montréal 6825, rue Sherbrooke est, Montréal 7388, boul. Viau, Saint-Léonard 10300, boul. Pie-IX - Esquina Fleury António Rodrigues Conselheiro Natália Sousa Conselheira CIMETIÈRE DE LAVAL 5505, Chemin Du Bas Saint-Francois, Laval Transporte gratuito –––––––– Visite o nosso Mausoléu SÃO MIGUEL ARCANJO Uma família ao serviço de todas as famílias Nós vos apoiamos com uma gama completa de produtos e serviços funerários que respeitam as vossas crenças e tradições. 514 727-2847 www.magnuspoirier.com Montréal - Laval - Rive-Nord - Rive-Sud 8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 10 PM 37 37 376-2652 O RESTAURANTE DO MOMENTO! GRELHADOS Galinha, febras, chouriço, lulas, etc... PASTÉIS E RISSÓIS camarão, carne, chouriço, galinha... BOLO “Ma Poule Mouillée” E A GRANDE SURPRESA a «Poutine» à portuguesa! 969, rue Rachel est Tel.: 514-522-5175 www.MaPouleMouillee.com facebook.com/MaPouleMouillee #MaPouleMouillée Temos os melhores preços SUMO GALO 100% PURO DA CALIFORNIA 39 99$ + tx Especial até 30 de Maio LES ALIMENTS C. MARTINS 123, Villeneuve Este MOSTO 100% PURO Tels: 845-3291 845-3292

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Page 1: 20 instituições financeiras 37 RESTAURANTE C. MARTINS para ...lusopresse.com/2014/309/Textos corrigidos/WEB_LusoPresse_22ma… · 22 de maio de 2014 LusoPresse Página 2 A nossa

Vol. XVIII • N° 309 • Montreal, 22 de maio de 2014

Cont. na pág 14

EditorialA corrupção das PPP

• Por Carlos DE JESUS

Face às recentes revelações dos ins-petores de polícia da brigada «Marteau» –encarregada de inquirir sobre a infiltraçãodo crime organizado no mundo dos negó-cios, mas sobretudo nas empresas deconstrução civil – o público, mais umavez, ficou a saber para onde vai o dinheirodos seus impostos – para o bolso de crimi-nosos de gravata de alto coturno.

Com efeito, na passada terça-feira, di-ante da comissão de inquérito sobre a coli-

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GRELHADOSGalinha, febras, chouriço, lulas, etc...

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Página 222 de maio de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:

• Carlos de Jesus• Norberto Aguiar• Osvaldo Cabral• Filipa Cardoso• Jules Nadeau• Inês Faro• Onésimo Teotónio Almeida• Lélia da Silva Nunes• Fernando Pires

Revisora de textos: Vitória FariaSocieté canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

LusaQ TVProdutor Executivo:

• Norberto AguiarContatos: 514.835-7199

450.628-0125

Programação:• Segunda-feira: 21h00 às 22h00• Sábado: 11h00 ao meio-diaTelenovela: segunda a sexta-feira,das 17h00 às 18h00.(Ver informações na páginas 7, 8)

Arruda Furtado – os imaginários novos manuscritos• Por Onésimo Teotónio ALMEIDA

Num dia deabril recebi vários e-mails sobre o mesmoassunto: a descobertade 500 inéditos commuitos desenhos deArruda Furtado, o a-çoriano que se corres-pondeu com Darwin.

Olá Elisa! Agradeço a sua mensagem e o seu cuidado.

Ouvi essas declarações feitas pela Dra. MartaLourenço, ontem, no noticiário da meia-noite.

Infelizmente, hoje, as instituições e os in-vestigadores têm de viver de propaganda comoaquela que ouviu.

A tal gaveta nada tem de novo. Já foi vis-ta por cerca de uma dezena de pessoas, entreeles, Carlos das Neves Tavares, que foi meuprofessor no Departamento de Botânica da Fa-culdade e que publicou a correspondência comDarwin, na sua versão original, em inglês.Depois, Germano da Fonseca Sacarrão, quefoi meu professor no Departamento de Zoologia,publicou na revista Prelo, um ensaio sobre ométodo científico em Arruda Furtado. Tam-bém Manuel Cadafaz de Matos publicou nomesmo número desta revista, uma versão emportuguês, daquela correspondência com Dar-win. Ana Leonor Pereira, do Centro de His-tória das Ideias da Universidade de Coimbra,também viu a gaveta e trata Arruda Furtadona sua tese de doutoramento. Frias Martins,da Universidade dos Açores, também conhecea gaveta e a ela se refere numa comunicação aum congresso sobre malacologia. Um outro ma-lacologista de que não me recordo o nome, tam-bém lá andou e tem um artigo publicado. Onosso amigo Onésimo também lá andou e es-creveu isso numa recensão que fez à minhapublicação da Correspondência Científica.

Enfim, dizer que os textos e os desenhossão inéditos não é verdade. Dos textos, algunssão apontamentos de estudo, outros são originaisde artigos publicados. Dos desenhos, alguns fo-ram feitos para documentar artigos publicadospor Arruda Furtado e neles incluídos. Obvia-mente, desses desenhos, foram selecionadas algu-mas versões. Das versões não publicadas, algu-mas foram usadas por mim para ilustrar al-guns dos artigos que publiquei.

Enfim, não referir o que está publicado,nomeadamente a Correspondência Científicae a Obra Científica é muito feio. Até porqueconhecem o que está publicado. Em janeiropp, quando estive em Lisboa, a Ana Lourençoconvidou-me para ver a tal gaveta e se havia láalgo que eu não conhecesse. Todo o existenteera do meu conhecimento.

Aquela propaganda não deveria ter sidoapresentada daquela maneira.

Desejo que tudo vá indo bem consigo ecom a sua família.

L A Em posterior troca de e-mails com o Pro-

fessor Luís Arruda, que foi Professor na Facul-dade de Ciências da Universidade de Lisboa ehoje reside na cidade da Horta, onde por sinalultima a edição do seu livro sobre o Descobri-mento Científico dos Açores, obtive dele maiseste dado que retiro do seu e-mail, escrito sema intenção de sair do privado, mas obtive deleautorização para o usar quando decidi escreveresta nota:

Sobre a localização da gaveta. Ela estavana denominada Sala F e não na Sala do Conse-

lho como referido e também era bem conhecidada funcionária D. Pilar Pereira que começou a«arrumar» (catalogar?) todos aqueles docu-mentos. Em janeiro pp, D. Pilar ainda andavalá pela biblioteca como voluntária. Enfim, por-menores que só nos interessam a nós para en-tendermos melhor a montagem que é aquelanotícia.

Quer dizer, portanto, que a notícia é umbluff, naturalmente cheia de boas intençõesmas nem por isso revelando menos ignorân-cia. Deduzo, pela resposta do Professor LuísArruda, que se trata da gaveta que eu próprioconsultei há muitos anos. Na altura, procuravasaber se Arruda Furtado teria chegado a escre-ver notas antropológicas sobre os açorianosde outras ilhas, na continuação do que fizerasobre os micaelenses. O que sobre a matériaencontrei na dita gaveta foram os manuscritose rascunhos que levaram à publicação do seumagnífico Materiais para o Estudo Anthro-pologico dos Povos Açorianos. Observações sobreo povo michaelense (Edição de Autor, 1884).Aliás, o que lá vi sobre biologia, que não penseifosse desconhecido pois estava numa gavetaque solicitei após consulta de um ficheiro, le-vou-me a escrever ao António Frias Martins,biólogo na Universidade dos Açores, amigo eantigo colega, a dar-lhe notícia de material im-portante para ele, caso não o conhecesse. Dis-se-me que não conhecia e ficou entusiasmadoa ponto de decidir organizar um colóquio nasua universidade sobre Arruda Furtado. Antesde mim, muita gente tinha visto a gaveta, comoquem se interessa pela obra de Arruda Furtadosabe muito bem. O material lá contido estátodo reunido nos dois volumes da sua obracompleta organizados pelo Professor Luís Ar-ruda, para o primeiro dos quais eu até escrevium prefácio: (2002) (Introdução, levantamentoe estudo), Correspondência científica de Fran-cisco de Arruda Furtado. Angra do Heroísmo:Instituto Açoriano de Cultura. O segundo vo-lume, (2008) Obra Científica de Francisco Ar-ruda Furtado, idem.

A eterna queixa de os livros açorianos nãochegarem ao continente poderia ser uma pe-quena desculpa para parte da ignorância, masneste caso da obra de Arruda Furtado a desculpanão tem qualquer hipótese de validade poisuma simples consulta na Internet dará acessoà obra do antropólogo, disponível num portaldo Instituto Açoriano de Cultura: http://www. ia c -az o r e s . o r g/b ib l i o t e ca - v i r tua l/arruda-furtado/obra-cientifica.html

Haja paciência e cuidado em fazer pes-quisa, coisa que vai faltando com o excesso dedados que nos invade os ecrãs.

A notícia principal saiu no Público e vem re-sumida assim numa versão que circula na In-ternet:

Cerca de 500 desenhos e manuscritos iné-ditos do naturalista Francisco Arruda Furtadoforam descobertos numa gaveta do Museu deHistória Natural de Lisboa. O cientista portu-guês manteve correspondência com CharlesDarwin, o pai da Teoria da Evolução.

A coordenadora da equipa de investiga-dores que analisa o espólio encontrado, MartaLourenço, afirma à jornalista da Antena 1 Ale-xandra Sofia Costa que esta descoberta é mo-numental e importante para a Biologia em Por-tugal. O conjunto é muito diverso e contémmapas, desenhos zoológicos, desenhos etno-gráficos e da vida doméstica. ( ( Os Açores sãoo tema principal dos desenhos e manuscritosde Francisco Arruda Furtado, que nasceu noarquipélago e trabalhou durante cerca de trêsanos no Museu Nacional de História Naturale da Ciência, a partir de 1884. Morreu aos 33 a-nos, em junho de 1887, mas deixou uma pro-dução científica significativa. ( O espólio agoradescoberto vai ser mostrado ao público emPortugal continental a partir de setembro, masjá em maio o poeta português João MiguelFernandes Jorge vai apresentar 30 desenhosinéditos de Arruda

Fiquei contente, claro, e agradeci efusivoaos amigos que me deram essa novidade. Umdos e-mails recebidos, porém, reproduzia a no-tícia do Público resumida por outro redatoronde já se deturpava tudo, pois anunciava teremsido descobertas cartas trocadas entre um aço-riano e Darwin. Ao remetente dessa versão danotícia, respondi que não podia ser, pois ascartas de Arruda Furtado a Darwin e as respos-tas do cientista inglês (cinco e quatro respetiva-mente) são por demais conhecidas e estão to-das publicadas há muito e em vários lugares. Aprimeira publicação ficou a dever-se a Carlosdas Neves Tavares, que em 1957 as divulgouna Revista da Faculdade de Ciências de Lis-boa, (C), 5, 2: 277-306. A notícia revelava nadasaber disso. Mas não liguei muito e até apagueiesses e-mails para aliviar a caixa do correio queanda a abarrotar. Nem me recordo onde essanotícia foi publicada.

No dia seguinte, recebi da amiga ElisaCosta, historiadora sempre muito interessadanos Açores e que foi, aliás, quem me deu a no-tícia em primeira mão enviando-me o recortedo Público, o seguinte e-mail:

Mandei também a informação para o nos-so amigo Professor Arruda e dado que o referea si aqui lhe re-envio a sua resposta.

No entanto para o público em geral, falarnele e na obra até tem interesse, penso eu.

Um abraço,elisa

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Página 322 de maio de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Paisagem da Cultura do Vinho é Património• Por Lélia Pereira DA SILVA NUNES

Do outro lado do Atlântico, latitude 38, está a Ilha doPico, a segunda maior ilha do arquipélago dos Açores e quase dotamanho da nossa Ilha de Santa Catarina. Pico é a montanha quedá nome à ilha e domina absoluta tudo em seu redor. Força telúrica!Ergue-se majestosa, no Atlântico Norte, cheia de segredos, mis-térios e sensualidade na sua forma que parece um mamilo imenso,rodeado por uma auréola de nuvens que se movimenta num suavebailar. A visão da luminosidade rósea das nuvens abraçando amontanha no entardecer é um espetáculo indescritível. NestaIlha “morena” ou “negra” de solo vulcânico é deslumbrante apaisagem da cultura da vinha desenvolvida na sua parte ocidentale classificada pela UNESCO no dia 2 de julho de 2004 como Pa-trimónio da Humanidade. Os muros geométricos dos “currais”de lava construídos em volta das vinhas para proteger dos ventose preparar o plantio da videira cobrem uma área de 154,4 é comouma manta quadriculada e muito lembram o serpentear das taipasna Serra Catarinense. Sim, “da pedra se fez vinho!” Lá e cá o vi-nho é uma questão de sobrevivência e sempre será uma paixãonesta relação ímpar do homem e a natureza. Não é sem razão, queos municípios da Ilha do Pico são geminados a São Joaquim.

Quando os açorianos picarotos celebram os dez anos da ex-traordinária e belíssima Paisagem da Cultura da Vinha como Patri-mónio da Humanidade nós, catarinenses, festejamos a excelentequalidade dos vinhos finos de altitude, reconhecidos nacional-mente, que a cada safra e a cada geração solidifica uma história delutas, de desafio do homem no amainar o solo, plantar os bacelos,enxertar, corrigir falhas, assistir brotar os verdes rebentos, podaras parreiras, acompanhar a maturação e colher a uva no momentoideal. Depois, o vinho faz-se na vinha diz o dito popular.

Por tudo aqui dito, não reluto em afirmar que, em Santa Cata-rina, a Paisagem da Cultura da Vinha é Patrimônio dos catarinensese a sua história revela essa longa caminhada na conquista de seuespaço socioeconómico, já que, no âmbito sociocultural, existeum conjunto de manifestações de cultura popular associadas àépoca das vindimas e identificadas na gastronomia, nas músicas edanças, nos usos e costumes do cotidiano que refletem a riquezado património cultural de natureza imaterial.

Não poderia deixar de citar três nomes que fazem parte dahistória da vitivinicultura catarinense e cada um, no seu tempo,foram empreendedores na cultura da vinha, na produção do vinhoe na sua comercialização. Da memória cultural destaco, do passado,Josaphat Lenzi, imigrante italiano trentino, que nos primórdiosdo século XX, na cidade de Lages, dedicou-se à produção de vinhosde excelente qualidade como o “Chianti Lenzi”, cuja fama ultra-passou fronteiras. Do presente, o desembargador e escritor EdsonNelson Ubaldo que, em 1981, a partir de Campos Novos, foi pi-oneiro na produção de vinhos finos de altitude, com viníferas eu-ropeias, sendo agraciado com a Medalha Anita Garibaldi, outorgadapelo Estado de Santa Catarina. Inegável, também, a grande contri-buição do empresário criciumense Manuel Dilor Freitas, fundadorda Vinícola Villa Franccioni em São Joaquim, que acreditou eapostou num grande sonho – o desenvolvimento da vitiviniculturana Serra Catarinense. Numa grande cumplicidade e amor à terraserrana esses pioneiros, fizeram nascer do solo basáltico o néctarda vida – o vinho.

L P

Laureano Soares

Laureado com prémio literário

LUSOPRESSE – O poeta Laureano Soares, no Canadá desde1959, acaba de receber o prémio Fernande-Pelletier-Neveu, instituídopela Câmara Municipal de Saint-Basile-le-Grand, e entregue anualmentea um dos poetas oriundos da cidade e seus arredores.

Foi no passado dia 25 de abril, durante a festa anual «Harpa e Poe-sia» que Laureano Soares acabou galardoado com o prestigiado prémio,depois de no decorrer da noite ter declamado dois dos seus poemas pe-rante uma sala completamente cheia. Visivelmente emocionado, Laure-

ano Soares haveria de dizer «Obrigado! Obriga-do a todos os quebequenses de me terem aco-lhido em 1959, quando nem sequer falava fran-cês. Sinto-me orgulhoso de ser quebequense etambém orgulhoso de escrever em francês.Abraço-vos a todos!»

Natural de Sobral de São Miguel, no inte-rior da Beira Baixa, Laureano Soares soube queia ser poeta logo após a morte de seu queridopai, tinha ele apenas seis anos de idade. «Queriaque ficasse para sempre gravado o que me ia naalma quando guardava as cabras...», diria ele aum dos nossos repórteres.

Daí para cá, Laureano Soares já publicoutrês livros e participou em várias coletâneascom poetas de vários países. E, pelos vistos, asua vasta obra vai continuar, como tambémnos disse.

Membro do Círculo dos Poetas da Monté-régie, na Rive-Sud, Laureano Soares faz tam-bém parte da Casa do Poeta Peruano e de Poe-tas del Mundo. Daí que tenha já editado emlíngua castelhana, para além, claro, da francesae portuguesa.

Apaixonado pelo que faz, Laureano Soaresé um poeta de muita sensibilidade, tocando osseus escritos em coisas da atualidade, onde sedestaca o género humano, em particular a mu-lher. Também vagueia pela nostalgia, não fosseele oriundo do país do Fado.

Na próxima segunda-feira, dia 26 de maio,às 21 horas, Laureano Soares estará dando umaentrevista a Ludmila Aguiar do programa televi-sivo português LusaQ TV. Não perca a oportu-nidade de saber mais sobre um dos poetas dacomunidade.

Com o jornal «Les Versants»

L P

Laureano Soares, na foto de cima, com o galardão recebido.Em baixo, com o duo de organizadores.

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Página 422 de maio de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Sam Norouzi da cadeia ICIUm «produto de qualidade» e uma nova imagem das emissões étnicas

• Entrevista de Jules NADEAU

«Uma vez que começamos esta gran-de aventura de criar uma nova estação, quería-mos mudar o estereótipo que as pessoas têmduma emissão étnica. Vai ser fluído, não vaiser bonito, sem nenhuma cor. Era preciso quefosse da mais alta qualidade. É o que temospresentemente. Não temos nada a invejar anenhum teledifusor de Montreal. Às vezes so-mos mesmo superiores», explica com fervorSam Norouzi em entrevista ao LusoPresse.

O vice-presidente e diretor-geral da novacadeia multicultural ICI faz um primeiro balan-ço do caminho percorrido. Desde que as comu-nidades encontraram uma tribuna televisual de-pois de 4-5 anos de ausência. Os três orgulhosde ICI? A qualidade das emissões, ter consegui-do muito a partir de zero e trabalhar com pro-dutores bem ancorados nas respetivas comuni-dades.

Cinco anos de preparação«Não havia infraestruturas, donde foi pre-

ciso fazer tudo incluindo colocar uma antenano Mont-Royal. Começamos o trabalho noverão e acabamos no inverno. Bom transmis-sor: é possível captar o sinal de alta definição(HD) mesmo sem cabo nem satélite. Bastauma pequena antena numérica... Aliás, estamosmuito contentes com o nosso grupo de pro-dutores que responderam à chamada e trouxe-ram até ao ecrã a voz das comunidades étnicasde Montreal e do Quebeque», continua o jo-vem administrador no seu escritório da avenidaChristophe-Colomb.

Quando a CJNT fez falência, ICI começouas conversações com o CRTC para obter a li-cença. Foram precisos quatro anos de «paciên-cia» antes de ter a luz verde. Depois foi cercade um ano de preparação intensa. Os primeirosprogramas foram difundidos a 11, 12 e 13 dedezembro último com alguns produtores queestavam prontos. Gradualmente! Não é neces-sariamente a melhor altura do ano para come-çar.

Pai e filho iranianosSam Norouzi nasceu em Teerão e fez a

maternal em alemão, em Regensburg (Baviera),antes de chegar a Montreal com cinco anos deidade. Da escola primária até à universidade,estudou no Quebeque. Apenas com 14 anosde idade, o pai pôs-lhe uma câmara ao ombropara o lançar na profissão. A filmagem e depoisa montagem. Som, iluminação e realização.

Para ter a visão histórica, insisto em irapertar a mão ao seu pai. Muito ocupado nopequeno gabinete envidraçado e visivelmenteem forma aos 65 anos. «Vamos ao ginásiojuntos!» Há 28 anos, com duas máquinas euma câmara, Mohammad Norouzi montava edifundia da sua cave uma emissão em farsi. Pa-ra a Televisão Étnica do Quebeque (TEQ) –unicamente na Videotron. Os Portuguesestambém lá estavam com Carlos Querido, o paide Pedro Querido, o que estabeleceu os primei-ros contactos com o produtor do programaportuguês da LusaQ TV, Norberto Aguiar, emsetembro último.

Durante a nossa conversa na sala de con-

Nascido em Teerão, Sam Norouzi chegou a Montreal com 5anos e fez todos os seus estudos no Quebeque. Foto LusoPresse.

ferências, um ecrã permite-nos observar a fabri-cação das decorações para as emissões em criou-lo. «Já não é como dantes quando todos apare-ciam no mesmo pano de fundo. Com mais oumenos a diferença de um refletor. Agora todasas decorações no estúdio são virtuais.» Já nãosão precisos quinze designers de interiores. To-da a magia repousa no teclado do técnico. Vivaa tecnologia fina! E um bom técnico comoPaul Rudolph.

A cadeia ICI fala já uma quinzena de lín-guas. Os italianos têm uma grande equipa quefaz quatro horas por semana. Em árabe e emespanhol são três horas. Uma produção emfarsi para a coletividade iraniana desde março.Sem esquecer algumas línguas qualificadas deexóticas como o bengali (Bangladeche), o pun-jabi (Índia) e mesmo o berbere (Magrebe). Ospróximos a se juntarem à programação são ascomunidades haitiana, russa e chinesa (manda-rim e cantonês).

Esperando que não seja apenas para lison-jear o representante do LusoPresse, Sam No-rouzi diz-me estar muito contente com o pro-grama português. «Como qualidade, o conteú-do é verdadeiramente um dos melhores que te-mos em ondas... É uma das emissões com queestamos mais contentes. Estão implicados nasociedade e creio que a comunidade também osabe. As reações que recebo são muito positi-vas ao nível do esforço que a equipa da LusaQTV põe na emissão, afirma ele, acrescentando:Daniel Pereira e Ludmila Aguiar parecem muitobem.» Neste mês, os lusófonos podem ver asegunda série da telenovela «Bem-vindos a Bei-rais», uma produção recente da RTP. O únicofolhetim da ICI.

O logo verde da família Norouzi significaum «produto de qualidade» que não existe nou-tro lado para um público que tem o embaraçoda escolha. Com o acesso aos canais do paísde origem. «Mas o que é preciso é mostrar a re-alidade, a beleza e a riqueza do lugar em que vi-vemos. Por exemplo, eu sou iraniano. Nascino Irão. Mas como Iraniano que vivo no Que-beque desde há 30 anos, sou muito diferentede um Iraniano que vive lá no país», conclui o

elegante vice-presi-dente com um sor-riso.

Enfim, uma im-portante inovação di-gna de menção. Apartir de agora todospodem ir ao site daICI para voltar a ver aprogramação já difun-dida. Por exemplo, vi-sionar todas as emis-sões portuguesas daLusaQ TV desde oprincípio (http://i c i t e l e v i s i o n . c a /lusaqtv/). No seu te-lemóvel também. Ébom para as famíliasno estrangeiro: «Vãover a minha entrevistagravada no Canadá!».ICI é visível em todoo mundo.

Consulado-Geral de PortugalEleição para o Parlamento Europeu

O Consulado-Geral de Portugalem Montreal informa que Sua Excelênciao Presidente da República marcou a eleiçãopara o Parlamento Europeu para o próximodia 25 de maio de 2014.

Nos termos da Lei, em Montreal, Ca-nadá, a assembleia de voto funcionará nachancelaria deste Consulado-Geral sita em2020, rua University, suite 2425, Montreal,Québec, com o seguinte horário:• Sábado, 24 de maio de 2014, das 8 ho-ras às 19 horas;• Domingo, 25 de maio de 2014, das 8horas às 15 horas.

Podem votar todos os cidadãos inscri-tos no caderno de recenseamento eleitoraldeste Posto Consular.

Para exercer o seu direito eleitoral ocidadão deverá apresentar o seu Bilhete deIdentidade, Cartão de Cidadão ou outrodocumento idóneo válido. Caso não sejaportador de nenhum documento, a identi-dade do eleitor pode ser confirmada pordois eleitores titulares de um dos referidosdocumentos. Deve ainda indicar o seu nú-mero de eleitor, o qual consta do antigocartão de eleitor ou atual certidão de recen-seamento eleitoral.

Votar é um direito mas também umdever cívico. Participe.

L P

Vítor CarvalhoADVOGADOEscritórioTelef. e Fax. 244403805

2480, Alqueidão da Serra - PORTO DE MÓSLeiria - Estremadura (Portugal)

L P

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Página 522 de maio de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

O FALHANÇO EUROPEU• Por Osvaldo CABRAL

Os eu-ropeus vão do-mingo a votossob o espetro dacrise.

Não é só acrise económica.É, também, umacrise de valorespolíticos e dedescrédito numprojeto de solida-riedade europeiaque nunca passou do papel.

Tivemos, na prática, o exemplo destesúltimos três anos, em que as instituiçõeseuropeias se limitaram a usar-nos para osseus experimentalismos de “ajustamento”,aplicando-nos uma valente dose de austeri-dade e restrições num tão curto espaço detempo.

Chamar-se a isto “solidariedade euro-peia” é como deixar o meu vizinho a pãoe água e ainda cortá-lo na torneira para “a-justar” o racionamento.

Já toda a gente percebeu que “esta”União Europeia é um grande falhanço eque ela se vai arrastando porque é alimen-tada pela gigantesca máquina que sustentauma cáfila de burocratas insensíveis às di-ficuldades dos povos.

Em Bruxelas há quem se preocupemais com o tamanho dos ovos do quecom a dimensão da pobreza dos paísesperiféricos.

Uma União Europeia que caminhapara um quarto da população mundial, dei-xando um rasto de 27 milhões de desem-pregados, entre os quais 6 milhões de jo-vens, devia envergonhar os senhores en-gravatados de Bruxelas e Estrasburgo.

Sem querermos, tornámo-nos todosnuns eurocéticos.

Alan Sked, um dos mais fundamen-talistas, deixou-nos esta síntese para refle-xão: “É a União Europeia um Estado de-mocrático? Claramente não. As principaisdecisões são tomadas em segredo. A Co-missão é inimputável. Os comissários sãonormalmente políticos falhados nos seuspaíses. O seu parlamento de opereta, quenão possui uma oposição oficial, tem elei-ções em que a grande maioria dos europeusnão vota. Mas quanto a decisões – direti-vas, regulamentações – são tomadas emBruxelas, já não podem ser revogadas porparlamentos nacionais”.

Até nos Açores já percebemos isso.No mais recôndito lugar da ilha mais

afastada, lá no fim do mundo, as normaseuropeias é que ditam a nossa sobrevivên-cia, em nome de um só país e da sua chan-celer...

Mesmo com o maná de euros quederramaram no regaço regional, não sou-bemos criar riqueza suficiente para distri-buir empregos pelos nossos jovens.

Criámos, à média por ano, três ou

quatro elefantes brancos – edifícios,complexos, casinos, piscinas, museus,rotundas – nunca com menos de 10 mi-lhões, mas empregos para os nossos fi-lhos...

É por isso que, no próximo domin-go, não será difícil adivinhar qual será aresposta dos eleitores.

Se mais de 70% deles ficar em casa,é sinal aterrador para a democracia repre-sentativa e um drama para a verdade polí-tica.

A campanha eleitoral foi uma po-breza franciscana. Fugiram dos temaseuropeus a sete pés, porque sabem quetodos os políticos e partidos têm culpasno cartório nesta “construção europeia”com pés de barro.

Na noite eleitoral vamos ouvir ospolíticos, pela enésima vez, a queixarem-se da abstenção, a mostrarem o semblan-te carregado, a proporem uma reflexãoprofunda, mudanças no sistema e alar-gado ato de contrição.

No dia seguinte estará tudo na mes-ma.

Voltam a instalar-se nos seus gabi-netes, reocupam os assentos da primeiraclasse a caminho de Bruxelas, escrevemmeia dúzia de requerimentos para a es-tatística, e daqui a cinco anos repete-seo ciclo.

Até que um dia a Europa torna-senuma espécie de Ucrânia.

•••

SATA – Outra doença, esta interna.Já aqui escrevi dezenas de exemplos

da pouca-vergonha que a SATA conti-nua a fazer com os nossos emigrantesdos EUA e Canadá.

Ninguém concebe uma companhianossa, de raiz açoriana, a explorar até aotutano os açorianos da diáspora.

É o preço das passagens no Verãoe no Natal, mas sobretudo a exploraçãomedonha pelas Festas do Senhor SantoCristo, Sanjoaninas e Carnaval.

Acabam de me relatar outro caso.Um passageiro frequente pretendia

um ‘upgrade’ (passar da económica paraa executiva) para a esposa, entre Bostone Lisboa, utilizando milhas do seu car-tão.

A SATA pediu-lhe 20 mil milhas emais 550 dólares!

Resposta, por escrito, do meu ami-go: “A SATA deve estar a brincar comos seus clientes norte-americanos. De-sisto, claro. Espero só que um dia outrascompanhias possam voar para os A-çores”.

E nós também!L P

35 anos

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Página 622 de maio de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

O LusoPresse e a LusaQ TV estive-ram presentes na conferência internacional:New Frontiers for Citizenship at Work (No-vas fronteiras da cidadania no contexto do mer-cado de trabalho), que decorreu na HEC (Uni-versidade de Montreal) nos dias 12, 13 e 14 demaio. Pela segunda vez, o luso-canadiano LuísAguiar, professor da Universidade da Colôm-bia Britânica, Okanagan, fez parte dos mais de250 investigadores que participaram nesta con-ferência. Um montrealense, de origens açoria-nas (e irmão do editor do LusoPresse e produ-tor da LusaQ TV, Norberto Aguiar), o soció-logo Luís Aguiar tem se destacado na investi-gação das condições dos trabalhadores. Nestaconferência o Professor luso-canadiano apre-sentou o resultado do seu trabalho de investiga-ção “Penal Citizenship: Prisioner-workers’

Na Escola de Altos Estudos Comerciais (UdeM)

Luís Aguiar apresenta investigação• Por Inês FARO

Struggle to Organize for Labour Rights”.“Esta apresentação é sobre os prisionei-

ros que trabalham dentro das prisões e os direi-tos deles e que relação isto tem vis-à-vis a sindi-calização desses mesmos trabalhadores”, dizLuís Aguiar.

Este trabalho de investigação está a serrealizado no contexto de um grupo de trabalhocoordenado por Yanick Noiseux, professorda Universidade de Montreal. Os resultadossão recentes e ainda há muito trabalho pelafrente. “Este é um trabalho que ainda está nasetapas preliminares. Começámos por querersaber qual era a representação que a luta da sin-dicalização dos prisioneiros-trabalhadores es-tava a ter nos meios de comunicação social, econduzimos entrevistas com a advogada querepresenta os ativistas dentro da prisão, etc.”,explica o sociólogo. Para Luís Aguiar um dos

maiores desafios tem sido o acesso direto aosprisioneiros. “Há muitos entraves. Há muitasdificuldades em penetrar os gatekeepers, isto é,as pessoas que medeiam a relação entre os in-vestigadores e os ativistas na prisão”, diz.

Embora numa primeira instância o obje-tivo seja o de ver publicados os resultados des-ta investigação numa revista científica, a médio-longo prazo a meta é conseguir chegar ao gran-de público. “Hoje em dia, os investigadorestêm muitas formas de divulgar o resultado dassuas investigações, seja através das redes sociaisou da rede entre professores e universidades.O que queremos é trazer um pouco de luz so-bre este assunto e lembrar que mesmo os prisi-oneiros têm direitos enquanto canadianos.Costuma dizer-se que se deve avaliar uma so-ciedade pela forma como trata os mais desfavo-recidos. O nosso trabalho é contribuir paraaumentar as condições dos prisioneiros traba-lhadores”, diz Luís Aguiar.

Mas mesmo depois das conclusões tira-das, o sociólogo está consciente das dificulda-des na aplicação prática das recomendaçõesque resultarem do seu estudo. “Hoje em dia háuma certa histeria à volta dos criminosos epor isso torna-se mais difícil falar sobre os se-us direitos”, diz. “Mas claro, o objetivo é queas pessoas – sobretudo os agentes de mudança,tenham conhecimento da situação. Eles co-nhecer, conhecem, resta saber se querem fazeralguma coisa para melhorar a situação ou não!A questão é: quais são os custos políticos dassuas mudanças?”

A trabalhar em vários projetos ao mesmotempo, o Professor Luís Aguiar tem dois livros:“Cleaners and the Dirty Work of Neolibe-ralism”, e outro sobre a organização de traba-lhadores sem fronteiras.

A viver em Kelowna, Colômbia Britânica,Luís Aguiar não tem planos para regressar de-finitivamente a Montreal.

“New Frontiers for Citizenship at Work”foi uma conferência organizada pelo “Interuni-versity Research Centre on Globalization andWork” (CRIMT) e decorreu na HEC da Univer-sidade de Montreal nos dias 12, 13 e 14 de ma-io. Uma conferência que reuniu mais de 90 par-ticipantes em torno de discussões sobre aspráticas e políticas que regulam o mercado detrabalho. Estiveram ainda presentes mais de250 investigadores de 25 países que se deslo-caram a Montreal para apresentar o resultadodas suas investigações.

Saiba mais sobre Luís Aguiar aqui: http:// l u s o p r e s s e . c o m / 2 0 1 1 / 2 5 7 /Luis_Aguiar.aspx

Nota: Veja entrevista com o ProfessorLuís Aguiar na emissão de segunda-feira daLusaQ TV.

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Foto LusoPresse.

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Página 722 de maio de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

FESTAS DO SENHOR SANTO CRISTO

QUE VENHAM MUITOS ANOS ASSIM!• Por Norberto AGUIAR

Não temos números. Mas podemosdizer, sem errar, que as Festas do Senhor SantoCristo, de Santa Cruz, tiveram um ano fausto,com uma massa humana como já se não viahá anos. Mas o que foi que aconteceu para quefosse assim? A boa temperatura? A vinda deum padre de São Miguel, terra do Senhor SantoCristo dos Milagres, por sinal jovem e que atéé natural de Montreal? Pode ser uma pista.Não foi, de toda a certeza, pelo elenco artísticocontratado, já que as caras são por demais co-nhecidas (repetidas...) do público local...

A religiosidadeAs festas começaram, como sempre, na

quinta e sexta-feira, com o Tríduo preparatório.Já no sábado, houve a habitual mudança daimagem do Senhor Santo Cristo, que da suacapela saiu para percorrer o parque da IgrejaSanta Cruz. Recolhida, a imagem ficou expostaaos peregrinos. Seguiu-se-lhe a Eucaristia.

Entretanto, o arraial da praxe teve lugar.Atuaram, nomeadamente, a Filarmónica Por-tuguesa de Montreal e alguns dos artistas con-vidados.

Missa soleneVeio o domingo, Dia Maior das festivida-

des e com ele a Missa solene, que esteve a car-go dos padres José Maria Cardoso, responsávelpela Missão Santa Cruz, e Jason Gouveia, quetambém agiu, como convidado especial, comopregador da Missa em louvor do Senhor SantoCristo.

O Templo está quase cheio. O ambiente éde grande religiosidade. Os fiéis «bebem» aspalavras dos sacerdotes. Jason Gouveia vê-seque tem seguidores. O seu sermão é apreciado.O Coro do Senhor Santo Cristo, guiado porFilomena Amorim, também dá cor à Eucaristia.Os peregrinos correspondem aos apelos cris-tãos lançados pelos dois padres, que por suavez são coadjuvados pelo diácono AntónioRamos, as Senhoras Rosa Bernardo e DulceSilva. Rodolfo Vilan, da Irmandade Arautosdo Evangelho, também participa na Missa, eleque é de origem filipina, mas que fala um exce-lente português. «Aprendi a falar portuguêsno Brasil», dir-nos-ia simpaticamente.

Entretanto, os peregrinos comungam emgrande número e dão palmas à Palavra de Cris-to. Já no fim da cerimónia, é pedida a participa-ção na procissão. Os fiéis antes de abandona-rem a igreja dirigem-se ao andor, exposto pertodo Altar, para adorarem a imagem do SenhorSanto Cristo.

Passaram-se alguns bons minutos e a igre-ja ainda continua com muita gente. Há um vai-vém constante. Agora chegam os homens parapegarem nas opas. Outros preparam-se paralevar o guião. Ainda outros, chegam-se paracarregar com o andor. Lá fora, no parque daigreja, as bandas de música (Filarmónica Portu-guesa de Montreal, Banda do Divino EspíritoSanto de Laval e Filarmónica Nossa Senhorados Milagres) dão sinal de que chegaram, tocan-do as marchas da ocasião. O Hino do SenhorSanto Cristo também será tocado pelas três fi-larmónicas. De resto, no recolher da procissão,o padre José Maria haveria de as convidar a to-carem, em conjunto, o Hino do Hecce Homo.

A procissão saiAbre o cortejo, o guião em louvor de Cris-

to. São cinco homens que se revezam na ação.Vêm as opas em duas filas, as crianças seguemao centro com artefactos representativos dadivindade. Clubes, ranchos e organismos fa-zem-se representar. Na composição da procis-são há ainda as representações das Escolas San-ta Cruz e Lusitana, os Romeiros de Montreal...Anuncia-se a inclusão de algumas entidadesque... não damos por elas. As três filarmónicas«dividem» o espaço entre uns e outros. Sensi-velmente a meio do cortejo seguem os repre-

sentantes da Igreja, com relevo para os padresJosé Maria Cardoso e o seu jovem pregadorconvidado, padre Jason Gouveia (oficia emPonta Garça, para quem não saiba). Imediata-mente a seguir está o andor. Vários homens,com opas diferentes das restantes, carregamcom o andor com a imagem do Senhor SantoCristo. Também aqui se reveza o papel de cadahomem. Logo de seguida há várias dezenas depessoas que seguem em promessa. Algumascarregam um bom molho de círios... Outros eoutras seguem descalços. Depende da grandezada promessa, muitas vezes feita em momentosde aflição. Fecha a procissão a Filarmónica Por-tuguesa de Montreal.

Com saída prevista para as 16h00, a pro-cissão sai do parque da igreja e segue em direçãoà rua Clark, para norte, até à rua Villeneuve, lo-

Flagrantes das Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres realizadas no passadofim de semana, em Santa Cruz. Fotos LusoPresse.

Cont. Pág. 14, Santo Cristo...

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LE JOURNAL DE LA LUSOPHONIE

Éditeur et rédacteur en chef : Norberto AguiarDirecteur : Carlos de Jesus

Carlos de Jesus

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Norberto Aguiarr Ludmila Aguiar Daniel Pereira

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Página 922 de maio de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

COMUNICADO AO PÚBLICOConforme convocação da associação AFLEX, por decisão

dos membros em Assembleia-geral, nós, funcionários locais do Minis-tério das Relações Exteriores, em 17 cidades no mundo, realizámosparalisação por 48 horas nos dias 13 e 14 de maio.

QUEM SOMOS:

Funcionários contratados localmente para diversos serviços diplo-máticos por conhecermos a cultura e a língua local. Os serviços pornós prestados são muitos, entre eles: processamento de passaporte,visto, legalização, serviços cartoriais, setor de assistência cultural, educa-cional, informática, tradução, comércio exterior, receção, motoristas eoutras funções.

REPRESENTAMOS:

– 70% da força de trabalho do MRE no exterior;– recebemos o menor piso salarial do posto, sem nenhum

outro tipo de auxílio financeiro;– nos EUA, os salários estão no nível de pobreza do pa-

ís;– não há política salarial de reposição em relação ao au-

mento do custo de vida e inflação;– e não há direitos mínimos trabalhistas como os demais

funcionários do Consulado (seguro desemprego, FGTS, 13º salário ouequivalente, licenças), nem pela legislação local e nem pela legislaçãobrasileira, encontrando-se num limbo jurídico.

MOTIVO: Desde 2011, a nossa associação (AFLEX) vem alertando o Minis-

tério das Relações Exteriores (MRE) sobre a degradação do ambi-

ente de trabalho e nada foi feito até omomento.

NOSSAS REIVINDICAÇÕES:

1. reajuste salarial em todos os postoscom salários congelados há mais de 5 anos,revisão dos salários nos países onde estãoaquém da função exercida e criação de normasque regulamentem uma política salarial.

2. Aprovação do Projeto de Lei, PLS 246/2013, em tramitação no Congresso Nacionaldesde julho de 2013, que visa obtenção de pata-mares mínimos, justos e dignos de contrata-ção;

3. Direito à liberdade de expressão, à li-berdade política, à li-vre representação declasse e o cessamentoimediato de perse-guições, assédios e a-meaças de demissãoaos dirigentes da A-FLEX;

C o n t a m o scom a compreen-são e o apoio detodos. O desres-peito do governobrasileiro aos fun-cionários locais éum desrespeito atodos os cidadãosbrasileiros.

Maiores infor-mações: aflex.org

L P

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Página 1022 de maio de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Última hora...José Rodrigues dos Santos em Montreal

LUSOPRESSE - O escritor José Rodri-gues dos Santos vai estar em Montreal do dia28 ao dia 31 de maio para apresentar o seu últi-mo livro «La Clé de Salomon», que será maistarde lançado em Portugal com o nome de «AChave de Salomão».

Este escritor foi popularizado principal-mente pela televisão, onde ainda hoje é o princi-pal apresentador do Telejornal na RPT e cola-borador permanente da CNN em Portugal.

Autor prolífico, com mais de uma dúziade livros publicados não obstante a carreiraabsorvente de jornalista e correspondente deguerra, neste seu novo romance José Rodriguesdos Santos dá-nos a continuação da trama doseu anterior livro de grande sucesso, «A Fórmulade Deus» (mais de 2,5 milhões de livros vendi-dos). Neste momento «La clé de Salomon» jáse encontra entre os livros mais vendidos daFrança.

O facto de este romance ter sido publicado,na sua tradução francesa, antes da publicaçãona sua língua original, tem dado aso a algumaceleuma na ciberesfera.

Baseando-se, como é seu hábito, sobreteses científicas reconhecidas, José Rodriguesdos Santos, de forma romanceada, dá a conhe-cer ao público, em linguagem acessível, os me-andros e as complexidades do mundo científicoe filosófico.

«Assim, quando uma equipa de pesquisa-dores do CERN está prestes a observar com

sucesso o Higgs Bos-son, mais conhecidocomo «a partícula deDeus», o corpo deFrank Bellamy, chefeda CIA, é encontradonas instalações do fa-moso laboratório emGenebra. Nas mãosda vítima, os inves-tigadores encontramuma misteriosa men-

sagem: «A chave Tomás Noronha».Designado culpado, o criptologista torna-

se por algumas horas o principal alvo da CIA,estando ao mesmo tempo determinado a vin-gar Bellamy. Para provar a sua inocência, Tomástem apenas uma solução: para resolver o crimecoloca em risco a sua vida. Assim começa umainvestigação que irá tirar o fôlego com novasdescobertas científicas do herói.

«A alma existe? Será que há vida depois damorte?»

Nesta sequela para «A Fórmula de Deus»,José Rodrigues dos Santos provou mais umavez que é um dos grandes mestres do suspense.«A Chave de Salomão» é um romance que, a-lém da ação, usa a ciência para entender as liga-ções incríveis que permanecem entre a mente,a matéria e o grande enigma da existência.»

O autor é representado no Canadá pelaeditora Interforum Editis.

L P

CEFAL promoveu...Sessão teórico-prática de apicultura

O Centro de Educação e FormaçãoAmbi-ental de Lagoa (CEFAL) acolheu nopassado sábado, 17 de maio, uma sessãoteórico-prática sobre a apicultura, dinamizadapor António Silveira, com a carga horária de 7horas.

O período da manhã foi dedicado à ver-tente teórica, com António Silveira a fazer umabreve introdução histórica desta atividade, aorganização da colmeia, os cuidados a ter noapiário, as formas de criar e manter uma col-meia e as funções das diferentes abelhas.

Na segunda parte e atendendo ao tipo deformação, os participantes visitaram uma col-meia num ambiente doméstico, aplicaram asnormas de segurança e assistiram em loco al-guns dos conteúdos aprendidos na primeirafase. Foi ainda servido um chá com mel numambiente familiar. Posteriormente presenci-aram o processo da cresta numa melaria daQuinta do Além, situada no Livramento.

António Silveira é licenciado em Patri-mónio Cultural e dedica-se à apicultura há maisde 6 anos.

O CEFAL, gerido pela Câmara Municipalde Lagoa, tem apostado em acolher, promovere divulgar diversas atividades de índole ambien-tal, fomentando e incutindo conhecimentose valores na população. De salientar que nopróximo mês o CEFAL já tem agendada a ati-vidade que desenvolve anualmente, a limpezada orla costeira e subaquática, prevista para odia 7 de junho. L P

Fibra ótica chega a Arcos de Valdevez

Os serviços avançados de Televisão, Inter-net e Voz fixa estarão ao dispor dos arcuenses,em resultado do investimento inicial que osmunicípios do Alto Minho realizaram com aDstelecom.

A partir de agora a parceria entre a Dstele-com e uma operadora de comunicação permiti-rá usufruir de uma velocidade de comunicaçãode 50 Mb, como nas grandes áreas metropoli-tanas de Lisboa e Porto.

Para o Presidente da Câmara Municipal,João Manuel Esteves, este trata-se de um passoextremamente importante porque permitiráabrir novas oportunidades para o territórioque se tornará mais inovador, mais dinâmico emais competitivo.

Para o autarca é um fator de diferenciação doconcelho, um motivo de atração e mais-valia, o queterá efeitos positivos no seu desenvolvimento.

Através deste novo serviço que a fibraproporciona, as famílias arcuenses poderão teracesso a novos e melhores serviços de comuni-cação e dados, com mais qualidade e a baixocusto. Ao nível da utilização em instituições,estas terão acesso a novos e inovadores servi-ços, mais rápidos e fiáveis, na área da saúde,educação, ação social e justiça. Ao nível dasempresas, terão acesso a serviços inovadores,a novos mercados, menores custos, haverá no-vas oportunidades de investimento e ficarãomelhor preparadas para os desafios do mercado.

Em suma, com este passo, aumentarãoos benefícios económicos e sociais, atravésdo impacto positivo que se fará sentir no au-mento da riqueza, na promoção do emprego eno aumento da qualificação profissional. L P

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Página 1122 de maio de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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St-Léonrad – 3X2 5½, 3X4½, impecável em sectormuito procurado. Tem lareira, cave acabada eduas garagens. Um 5½ livre para o comprador.

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Dias 31 de maio e 1 de junho

Jogadores e bolsas...LUSOPRESSE – Frederico Moojen, atual capitão da equipa FC L’Assomption,

e António Ribeiro, da Escola de Futebol António Ribeiro, organizam um campo de trei-nos para jogadores dos 15 aos 22 anos, nos próximos dias 31 de maio e 1 de junho, noParque Regional 640, em Boisbriand, cujo interesse principal é de mostrar as capacidadesfutebolísticas desses jovens aos «Olheiros» vindos dos Estados Unidos.

Com efeito, segundo os organizadores, estarão em Boisbriand naquele fim de semanarepresentantes de 12 universidades americanas, que vêm à cata de talentos para ingressarnas respetivas equipas de futebol, com a perspetiva interessantíssima de oferecerem aoscandidatos escolhidos, bolsas de estudo durante o ciclo escolar definido.

Para além de poderem jogar numa liga competitiva – a Nationale Collegiate AthleticAssociation (NCAA) – ao mesmo tempo que prosseguem os seus estudos de forma aobterem um diploma universitário, tendo à disposição para isso a bolsa respetiva, essesjovens ficam nitidamente expostos aos grandes clubes da Major Soccer League, que é osonho de qualquer jovem norte-americano hoje em dia.

Tendo começado em 2012, este campo de treinos anual arrisca-se, este ano, a bater asduas edições anteriores, que tiveram, respetivamente, 13 jovens rapazes escolhidos em2012, num leque de 30 convidados; 13 raparigas e 11 rapazes em 2013, num registo de 60.

Em 2014, com mais universidades presentes, 12 no total, as perspetivas aumentamsobremaneira, o que muito agrada aos organizadores, olheiros e respetivos jogadores.

Se conhece, caro leitor, algum jovem com talento futebolístico e que tem entre os 15e os 22 anos de idade, não se esqueça de o levar ao terreno de futebol do parque Regional640, em Broisbriand, nos próximos dias 31 de maio e 1 de junho.

Para informações: (514) 730-6474 ou [email protected]

Da época 2013…

Jorge Jesus vinga-se!• Por Norberto AGUIAR

Não é nosso hábito, nestas páginas,focar matéria do desporto em Portugal. Osnossos amigos já sabem porquê. Os outrospoderão saber, se atentos aos nossos escritos.

Posto isto, esta exceção aparece para dar-mos a mão à palmatória e virmos a terreiro di-zer que também nos enganámos quando, nofim da época passada, pedimos a «cabeça» deJorge Jesus à frente do Sport Lisboa e Benfica.Em nossa opinião, Jesus estava a mais no Gran-de e prestigioso Clube! E a razão, na altura, erasimples. Ele tinha sido incompetente ao perdero Campeonato no último jogo e ser derrotadona final da Taça de Portugal pelo modesto Vitó-ria de Guimarães, para mais disputando o jogono Jamor, que era como se o Benfica estivessea jogar em casa...

Em 2014, verdade se diga, Jorge Jesus temde ter toda a nossa inteira e incondicional soli-dariedade. Porque se bateu contra tudo e todos,querendo demonstrar que ele é que tinha razão,por se achar um treinador suficientemente ca-paz de levar o Benfica a campeão nacional –como aconteceu no ano da sua estreia à frentedos encarnados.

Mas Jorge Jesus não foi só campeão naci-onal, e com larga margem de pontos em relaçãoao segundo classificado (Sporting). Ele venceuainda a Taça da Liga, primeiro. Depois, voltouao Jamor para arrebatar a sua primeira Taça dePortugal que, no ano passado tantas dores decabeça lhe deram. É verdade que o adversário,nas duas finais, o Rio Ave, não tem muita ex-pressão a nível nacional. Mas se lá chegou,com certeza que o fez com mérito, já para nãodizer que o Benfica e Jorge Jesus disso não têmculpa.

A mancha negra voltou a ser a Taça daEuropa, perdida, na final, como em 2013. Maspara quem chegou em dois anos consecutivosà final, não é já um desígnio enorme? Alémdisso, nas duas vezes, o troféu fugiu a JorgeJesus e ao seu clube por meros pormenores.Em 2013, diante do Chelsea, foi no fim deuma contenda em que o Benfica pareceu me-lhor. Este ano, o suspiro de derrotado só acon-teceu no momento das grandes penalidades...Por acaso, contra o Sevilha, o Benfica tambémpareceu injustiçado... Mas é futebol.

Por tudo o que fica dito, temos de dar osparabéns a Jorge Jesus, que, agora, ficará, acon-teça o que acontecer daqui para a frente, nahistória do Benfica como o único treinadorque conseguiu vencer três provas numa mesmaépoca e levar o Glorioso a duas finais europeiasem anos consecutivos.

Rio AveO Rio Ave é uma equipa modesta pela di-

mensão salarial dos seus jogadores e poderioda sua massa associativa, que não deve chegaraos cinco mil sócios. Se comparamos com ascentenas de milhar de adeptos do Benfica eseu respetivo poder económico, estamos con-versados. Não admira, por isso, que os verdesnortenhos tenham perdido as duas finais parao Benfica. E se a primeira não deixou dúvidasquanto ao vencedor (2-0 para os lisboetas), jána segunda final, a vitória (1-0) do Benfica foimuito contestada, diríamos que foi mesmoinjusta, tal o domínio do Rio Ave na segundaparte, quando teve oportunidades mais do quesuficientes para levar a Taça. Mas foi na inge-nuidade dos seus jogadores que tudo se decidiuou não... se decidiu! Nunca mais o Rio Avetem uma(s) oportunidade(s) assim.

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Página 1222 de maio de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

TTTTTelevisão Pelevisão Pelevisão Pelevisão Pelevisão Portuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de MontrealVisione todos os acontecimentos da ComunidadeHorário

• Quinta-feira, 20h00• Sexta-feira, 01h00 (repetição)

• Sábado, 09h00• Domingo, 01h00 (repetição)

[email protected]

Bilhete de Lisboa

A BIMBY• Por Filipa CARDOSO

Em Portugal há um fenómeno bastan-te curioso que se chama BIMBY.

A Bimby é um robot de cozinha comerci-alizado em Portugal desde 2000 exclusivamenteatravés de venda direta.

O vendedor/a começa por fazer uma de-monstração em casa do potencial comprador.A maioria dos vendedores são mulheres, 98%.

A Bimby faz tudo menos complicar. Gra-ças à sua tecnologia este robot mexe, pica, ra-la, corta, bate, amassa, mói, tritura, pesa, emul-siona e cozinha normalmente como se estives-se com um tacho no fogão, e cozinha tambéma vapor mantendo os valores nutritivos dosalimentos. Consegue reunir num só aparelhoas funcionalidades de 12 eletrodomésticos.

A Bimby foi desenvolvida pela Vorwerk,firma alemã com mais de 125 anos, que é sinó-nimo de qualidade e tecnologia, mais de 23 ve-zes patenteada.

A Vorwerk é uma firma familiar que inicioua sua atividade a fabricar tapetes e aspiradores.

Só em 1970 é que os irmãos Carl e AdolfVrowerk iniciaram a comercialização da Bimby.

Em Portugal, através dos seus milharesde agentes, para cima de 1400, já foram vendidasaté 2012, mais de 35 mil unidades.

Apesar da subida de impostos e cortesnos subsídios as vendas continuam a aumen-tar.

Até o “Wall Street Journal” admite que nofinal de 2014, 8% dos portugueses terão umaBimby. O mesmo jornal salienta também queno passado mês de novembro a Bimby bateuum recorde absoluto de vendas em Portugal,com 5077 unidades transacionadas. Ao todo,até hoje, já se venderam cerca de 280 mil uni-dades.

Estes dados são curiosos considerando ovalor de mercado da Bimby, cerca de mil euros,ou seja custa mais de duas vezes o salário míni-mo.

Nem o facto de ter aparecido uma máquinaconcorrente e muito mais barata, um terço dopreço – a Yammi – à venda em hipermercados,foi motivo para travarem os ímpetos consu-mistas das donas de casa portuguesas.

Não tenho nenhuma Bimby mas fico fas-cinada a ver o meu filho a “fabricar” deliciosospetiscos neste laboratório, que produz autênti-cos milagres, sem sujar tachos e bancadas.

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Comunicação, informação ou comentários de texto plagiado?• Por Fernando PIRES

Deixem-me dizer que não sou umespecialista da comunicação, nem tão poucoconseguirei esclarecer algumas questões sobreo assunto aqui tratado. No entanto, vou tentardar algumas pistas históricas da comunicaçãoe informação jornalística que influenciaram associedades e o início do desenvolvimento, edestes dois conceitos acima mencionados.

Se agora me perguntarem se sou um bomcomunicador, eu direi que sou um dos piorescomunicadores quando se trata de escrever,simplificando a linguagem para que todos pos-sam compreender o texto! No entanto, é por-que talvez a simplificação dos conteúdos infor-mativos me arrepiam quando inundam de talmaneira a sociedade dos tempos modernoscomo exigência da informação, que temos queremar contra a maré. Daí talvez o dilema destevosso escriba que entrou demasiado tarde naesfera da comunicação como autodidata, sendoagora por vezes difícil trocar em miúdos certaspalavras. Mas se tudo é informação, nem tudoé comunicação.

A comunicação pode ser outra música,mais complexa que exige pesquisa e reflexão.

Contudo tentamos fazer todo o possível,não sabendo até que ponto os leitores estãodispostos a me lerem ou se fogem de mim! Eporquê? Porque talvez não seja um bom comu-nicador, não sabendo lançar a isca, e o “peixegraúdo”, esse, é sintoma de uma certa elite cere-bral, carunchosa, que morde a isca, mas às vezesse afasta. Lá aparece um ou outro, mas o cardu-me procura outro coral marítimo!

Deixemo-nos de metáforas e vamos tentarabordar alguns modestos pormenores sobreo enredo do assunto, deixando a tese dos doisconceitos como tese académica aos novos es-tudiosos na matéria!

A informação, a partir do século XIV, apa-receu como comunicação escrita, tendo comoseu criador o alemão Johannes Gutenberg. Foitambém em 1517 que Martinho Lutero, numcomunicado de informação fixado à porta dumaigreja católica, reivindicou a separação dos po-deres da igreja alemã da tutela do Vaticano.

Da revolução da escrita, nasceu também aimpressão de livros, começando pelo primeirolivro bíblico impresso pela primeira vez naGrécia. A reivindicação de Lutero teve comoconsequência a classe dos agricultores alemãesse oporem contra a prepotência do Vaticano,dando depois início ao Protestantismo quehoje tem várias ramificações!

Entre 1760 e 1820-1840 a Revolução In-dustrial na Inglaterra, que se estendeu depoisna Europa a partir de 1840, deu azo a um certo

tipo de comunicação e informação; sobretudonas classes mais instruídas com a filosofia dasluzes, e com o aparecimento mais tarde de umaimprensa de jornais e panfletos que se propaga-vam por toda a Europa, América, e não só.Depois da primeira e segunda grandes guerrasmundiais, sobretudo da segunda, começarama surgir novas técnicas da informação divul-gadas por muitos progressistas dos países maisdesenvolvidos, como foi o caso da Alemanha,da França, da Inglaterra, etc.

Até os anos 80, a informação começou aser dominada pelos grandes monopólios dacomunicação, que começaram a controlar jor-nais, revistas, edições de livros, a nível da escri-ta. Mas foi durante a segunda guerra mundial,que entrou em cena a comunicação oral com arádio em força e a televisão.

E cá estamos hoje a contas com a Internet,que de uma certa maneira democratizou as so-ciedades, “pondo fim” a um certo monopólioda cultura escrita. Contudo, deve dizer-se quehoje fazemos frente a outros monopólios maismodernos, que se acapararam subtilmente dacomunicação e controlam a informação, dandoorigem a uma trapalhada, que não se sabe seinforma ou se desinforma?!

De modo que grande parte da comunica-ção anda no baile dos tabletes e muitas mensa-gens, passam a rasar a trave, sem conteúdos degoleada.

Dominique Wolton, um dos especialistasda comunicação, diz-nos que quando se tratade assuntos de comunicação e informação polí-tica – “a política faz pensar”. Tal não é o casopara muitos que vêm a política de forma partidá-ria manipuladora, por vezes carregada de emo-ção ou oportunismo, como se isso fosse assimtão simples. Ora já antes, e hoje mais do quenunca, se anda embrulhado nos dois assuntos,ou seja, comunicação, informação, e mensa-gens. E é aqui que quando se comunica ou in-forma, que precisamos conhecer a utilidade des-ta matéria para fazer a distinção entre demago-gia ideológica, em termos de comunicação, oumediocridade informativa esgaravatada em tex-tos sem identidade; e, por vezes, obcecaçãosobre tal partido, só porque são contra tais ar-gumentos que circulam na informação pública,sem que por vezes tenhamos um conheci-mento aprofundado da exigência dos conceitosa aplicar.

Um exemplo: atualmente ainda se falamuito da “Carta dos Valores” e do partidoagora no poder, como se isto seja algo quenos traz a peste da democracia. No entanto, ocontexto para já ainda se presta ao debate. Maso debate acabou, porque há pouca matéria nacomunicação de qualidade para que muitos doscomunicadores estejam à altura de temperar as

suas posições. Ora a posição principal, aqui, éuma posição de cidadão, e não de partidarismo.Dentro dos nossos limites, o que podemosobservar em relação à carta, não a carta dita devalores, mas a carta da língua, diríamos queuma implica a outra tendo a Carta, para nós,supremacia. Apesar de tudo deve dizer-se queaqueles que são contra a lei 101, estão eles mes-mos, sem se darem conta, absorvidos por in-gredientes de valores religiosos tão subtis queprimam sobre os valores da laicidade!

Para nós, este governo deve primeiramen-te defender a língua, que é o nervo da soberania,como diria Pessoa. Referindo “língua=sangue”e não a Carta de valores, isto porque o Quebe-que está encravado no espaço norte-americano,rodeado por um elefante de língua inglesa (co-mo dizia Pierre Elliott Trudeau), que atualmenteengole a grande parte das culturas mundiais.Dentro desta nossa modesta opinião, pensoque não tenho espaço para abordar outros as-petos que faltariam para melhor esclarecer oleitor. Contudo, há por aí pasquins na nossapraça que desinformam em vez de informarem,mandando pastar a análise crítica positiva queé saudável para a informação da democracia.

Concluo, dizendo que hoje as novas tec-nologias têm tido uma grande influência naevolução da mente dos cidadãos. Contudo, per-gunto-me se não contribuímos também paraum vazio dos conteúdos, “limitando a grandemassa dos cidadãos” do acesso à informaçãocom horizontes alargados, deixando para trásuma consciência cultural, política, social e reli-giosa, que deveria ajudar o cidadão a devastaresta floresta da criptografia?!

Ref.: Dominique Wolton – É PrecisoSalvar a Comunicação.

Edição Flammarion, Paris 2005.Montreal, 10/04/2014. L P

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Página 1322 de maio de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

O novo programa de televisão em português!OOOOOOOOOOOOOOO nnnnnnnnnnooooooovvvvvvoooooooo pppppppppppprrrrrrrrroooooooogggggggggrrrrrrrrraaaaaaaaaammmmmmmaaaaaaa ddddddddddddddeeeeeeee tttttttttttteeeeeeeeeellllllllllllleeeeeeeeevvvvvvviiiiiiiiiiissssssssssãããããããããããããooooooooo eeeeeeeemmmmm ppppppppooooooorrrrrrrttttttttuuuuugggggggguuuuuuu

LE JOURNAL DE LA LUSOPHONIE

Éditeur et rédacteur en chef : Norberto AguiarDirecteur : Carlos de Jesus

Hora Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado Domingo

06h00 Bem-Vindos a Beirais

Bem-Vindos a Beirais

Bem-Vindos a Beirais

Bem-Vindos a Beirais

Bem-Vindos a Beirais Afromonde Afromonde

06h3007h00

Sportivi 360˚ Metropoli Sportivi 360˚ Metropoli Sportivi 360˚Mabuhay Montreal TV South Asian Veggie Table

07h30 South Asian Veggie TablePagini TV

08h00Afromonde Humsafar TV

La Mesa de Maria La Mesa de MariaAfromonde

Il est écrit08h30 M Cultura M Cultura Hay Horizon

Metropoli09h00

Le Grand Maghreb Arabe

Bangla TVLa Voix Hellénique LusaQ TV

Bloque Latino

Pagini TV09h30 Tamazgha TV Mabuhay Montreal TV10h00

Le Grand Maghreb ArabeAfromonde Afromonde Metropoli Humsafar TV

10h3011h00 Tamazgha TV

Pagini TVMabuhay Montreal TV

LusaQ TVBangla TV

11h30 Hay Horizon Tamazgha TV

Bloque Latino

12h00 Bem-Vindos a Beirais

Bem-Vindos a Beirais

Bem-Vindos a Beirais

Bem-Vindos a Beirais

Bem-Vindos a Beirais Afromonde

12h3013h00

Bloque Latino

AfromondeLa Mesa de Maria

Bloque Latino

La Voix HelléniqueLa Mesa de Maria

13h30 M Cultura M Cultura14h00

Pagini TV La Voix HelléniqueLe Grand Maghreb Arabe

Metropoli14h30 Mabuhay Montreal TV15h00

LusaQ TV Afromonde LusaQ TV La Voix Hellénique15h3016h00

Sportivi 360˚ Metropoli Sportivi 360˚ Metropoli Sportivi 360˚Tamazgha TV

Pagini TV16h30 Hay Horizon17h00 Bem-Vindos

a BeiraisBem-Vindos

a BeiraisBem-Vindos

a BeiraisBem-Vindos

a BeiraisBem-Vindos

a BeiraisLe Grand Maghreb Arabe

LusaQ TV17h3018h00

Humsafar TVLe Grand Maghreb Arabe

LusaQ TVSouth Asian Veggie Table La Mesa de Maria

Le Grand Maghreb Arabe18h30

Humsafar TVM Cultura

19h00 Bangla TV Mabuhay Montreal TV Mabuhay Montreal TV

Bloque Latino

19h30 Tamazgha TV Hay Horizon Bangla TV Hay Horizon20h00

Sportivi 360˚ Metropoli Sportivi 360˚ Metropoli Sportivi 360˚Tamazgha TV

20h30 Mabuhay TV21h00

LusaQ TVLa Mesa de Maria

Pagini TV LusaQ TV Afromonde LusaQ TV21h30 M Cultura22h00

Afromonde Pagini TVLa Mesa de Maria South Asian Veggie Table

LusaQ TV Afromonde Afromonde22h30 Tamazgha TV Hay Horizon

23h00Sportivi 360˚ Metropoli Sportivi 360˚ Metropoli Sportivi 360˚ LusaQ TV

South Asian Veggie Table23h30 Hay Horizon

00h00 Mabuhay Montreal TV La Mesa de Maria Afromonde LusaQ TV Mabuhay TV Bloque Latino La Voix Hellénique

uuuuuuuêêêêêêêêêêêssssss!!!!

chef : Norberto Aguiaresusesus

Sexta-feifeirar SábSábado DoDomingingoo

PROGRAMA SEMANAL

3204 ,Jarry Est514-729-9494

8042, St-Michel514-376-2652

5825, Henri-Bourassa514-321-6262

GRILLADES PORTUGAISES

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Página 1422 de maio de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

EDITORIAL...Cont. da pág 1

SANTO CRISTO...Cont. da pág 7

são e a corrupção das empresas de construçãoe o mundo político, dirigida pela juíza Char-bonneau, o detetive Jean-Frédérick Gagnonveio explicar ao público como é que o antigopresidente e diretor-geral da SNC-Lavalin (umadas maiores empresas de obras públicas doQuebeque, com ramificações internacionais)e o seu vice-presidente pagaram 22,5 milhõesde dólares em luvas a dois altos dirigentes daconstrução do hospital universitário angló-fono da universidade McGill (CUSM) na se-quência da obtenção fraudulosa do chorudocontato no valor de 1 300 milhões de dólares.

No quadro do seu inquérito, a brigada«Marteau» pode assim estabelecer que o antigodiretor do CUSM , Arthur Porter e o seu braçodireito Yanaï Elbaz, receberam, cada um, 11,25milhões pelos bons serviços prestados à em-presa SNC-Lavalin, montantes que foram pa-gos a uma empresa fantasma nas Bahamas, Si-erra Asset Management.

Do testemunho do detetive Gagnon ficá-

CAROLINA PUIM LOPES1929 – 2014

Faleceu em Montreal no dia 7 de maiode 2014, com 84 anos de idade, CarolinaPuim Lopes, natural de Santa Maria, Aço-res.

Deixa na dor o seu filho José Alberti-no Costa, a sua filha Virgínia Costa (PauloJosé Tavares), o seu neto Sheldon CostaTavares, os seus sobrinhos e sobrinhas,os seus primos e primas, assim como res-tantes familiares e amigos.Os serviços fúnebres estiveram a cargo de:

MAGNUS POIRIER Inc.6520 rue St-Denis, MontréalTél. 514-727-2847 www.magnuspoirier.comAntónio RodriguesCell. 514-918-1848

O velório teve lugar no domingo dia11 de maio de 2014, das 17h às 22h, e segun-da-feira a partir das 8h30.

Seguiu-se a missa de corpo presente,na segunda-feira dia 12 de maio de 2014, às10h na Igreja Santa Cruz, tendo sido sepul-tada no cemitério Notre-Dame-des-Neiges.

A família vem por este meio agradecera todas as pessoas que, de qualquer forma,se lhes associam neste momento de dor.A todos o nosso obrigado pelo vossoconforto. Bem Hajam.

Antonio RodriguesConseiller aux familles10 300, boul. Pie-IXMontréal (Québec) H1H 3Z1Général : 514 727-2847 / 1 888 727-2847Télécopieur: 514 322-2252Ligne directe : 514 727-2828 - poste [email protected]

DANIEL LAZARO1945 – 2014

Faleceu em Montreal, no dia 8 de ma-io de 2014, com 68 anos de idade, DanielLázaro, natural de Portugal, esposo deJohanne Desmarais.

Deixa na dor a sua esposa Johanne,os seus irmãos e irmãs, os seus enteados,assim como restantes familiares e amigos.Os serviços fúnebres estiveram a cargo de

MAGNUS POIRIER Inc.7388, Boul. Viau, St-LéonardTél. 514-727-2847 www.magnuspoirier.comCell. 514-918-1848

O velório teve lugar no domingo dia11 de maio de 2014, das 11h30 às 15h30.Seguiu-se a cerimónia, às 15h30 na Capelado Complexo Funerário.

A família vem por este meio agradecera todas as pessoas que, de qualquer forma,se lhes associam neste momento de dor.A todos o nosso obrigado pelo vossoconforto. Bem Hajam.

Antonio RodriguesConseiller aux familles10 300, boul. Pie-IXMontréal (Québec) H1H 3Z1Général : 514 727-2847 / 1 888 727-2847Télécopieur: 514 322-2252Ligne directe : 514 727-2828 - poste [email protected]

go descendo a rua St-Urbain, para chegar aoponto de partida sensivelmente uma hora emeia depois. Enquanto prossegue na via públi-ca, os carros polícias, atrás e à frente, velampela segurança das pessoas, que são aos milha-res pelos passeios.

Entretanto, chegada ao parque de SantaCruz, a multidão preenche por completo o es-paço e ruas limítrofes. Não há lugar para maisgente. Quem quer atravessar a rua para ir até aoParque Jeanne-Mance, essencialmente cana-dianos, encontra dificuldades...

A procissão recolhe-se. No entanto, aindahá tempo para uma mensagem final dos páro-cos. E apesar de haver muitos peregrinos, faz-se silêncio para ouvir José Maria Cardoso e Ja-son Gouveia.

Padre cantorO arraial, como todos os anos, começa

logo com o recolher da procissão. Assim passa-ram a atuar os artistas convidados para o efeito.O Rancho Português de Montreal tambémmarcou presença no palco. Mas quem surpre-endeu foi o padre Jason Gouveia que, qual can-tor, subiu ao palco e vai daí toca a impressionara farta plateia presente.

Mas parte dessa plateia ainda hesitou. En-

mos também a saber que a empresa SNC-La-valin, não só ganhou o contrato mas recebeuigualmente os planos preliminares da outraempresa concorrente, limitando-se a modificaros planos do estacionamento subterrâneo pre-visto inicialmente, por um estacionamento ex-terno, em andares, que lhe permitiu econo-mizar mais do que o necessário para pagar asluvas em questão.

Convém frisar que esta obra foi uma dasprimeiras obras construídas em parceria públi-co-privada (PPP) o que, na base, servia a prote-ger os interesses do público, delegando na em-presa privada a responsabilidade de bem geriras obras e a sua manutenção futura.

Com efeito, neste género de contratos, oestado delega à empresa privada a construçãoe a conservação da obra de modo a que o eráriopúblico não se veja depois a mãos com traba-lhos mal feitos que merecem uma constantereparação como acontece com as infraestrutu-ras rodoviárias.

Se na teoria esta é uma solução económicapara o estado, porque é que falhou tanto nocaso presente?

Falhou por uma única razão. Porque à par-tida, para contentar todos os militantes antiPPP, o governo decidiu guardar uma parte im-portante da gestão daquele PPP, exatamente amais vulnerável como estamos a ver, a do con-trolo da sua execução, pondo à frente dele ges-tores corruptos e corruptores que depois de seterem enchido os bolsos dão às de Vila-Diogo.

Para que as coisas funcionem como deveser não se podem tomar meias-medidas. Ou oestado assume a obra total com os seus funcio-nários ou a entrega totalmente à empresa priva-da. Se o controlo estivesse numa segunda em-presa privada e nela tivessem aparecido outrosPorters do mesmo calibre o estado iria cair emcima das seguradores e dos fiadores das empre-sas ou mesmo da fiança deixada em depósito eos contribuintes não teriam tanto a despendercom comissões e inquéritos policiais desta en-vergadura.

Mas enquanto os governos de passagemtiverem que agradar à esquerda e à direita, osbandidos vão-se esgueirando pelas frinchas.

tão um padre cristão, como cantor, ainda porcima num palco ao ar livre?... Perplexos, muitosdemoraram a corresponder ao incitamento deJason Gouveia para que o acompanhassemno refrão ou dando palmas... Veio a segundacanção e a plateia já foi mais participativa. Naterceira e última, pareceu-nos que todos já que-riam que o sacerdote cantor ficasse no palcopor muito mais tempo. De resto, até poderiaser ele o maior animador do arraial, por nãohaver novidades, nem grande qualidade.

Depois de ter recebido, ao lado do palan-quim, muitas pessoas para comprar o seu disco,e darem-lhe beijos e parabéns por ser quem é,Jason Gouveia haveria de convidar todos paraa sessão de lançamento do seu disco, para nósdesconhecido até então, na segunda-feira, nosalão nobre da Missão Santa Cruz.

Por força da entrevista que devíamos fa-zer com ele para o programa de televisão Lu-saQ TV, tivemos de «arrancar» o padre Jasonaos muitos admiradores, coisa que não foi fácil,diga-se em abono da verdade.

Finalmente, no interior da Igreja, de certamaneira afastado dos muitos peregrinos, foipossível conhecer um pouco da fascinante pes-soa que é o padre Jason Gouveia, nascido emMontreal e batizado na Igreja Santa Cruz, masdesde os cinco anos a viver na ilha de São Mi-guel, onde se ordenou padre. Jason Gouveia,neste momento, é pároco da freguesia da Pon-ta Garça, concelho de Vila Franca do Campo.

Nota: não percam a entrevista que realizá-mos com o padre Jason Gouveia para a LusaQTV e que vai para o ar segunda-feira, às 21 ho-ras.

Salão da Imigraçãoe integração do QuebequeTerceiro ano de sucessos

A ministra da Imigração, da Diversi-dade e da Inclusão, Kathleen Weil, marcou pre-sença na terceira edição do Salão da Imigraçãoe Integração do Quebeque, organizado pela«Immigrant Québec», e que teve lugar nos dias9 e 10 de maio, no Palácio dos Congressos,em Montreal.

Na visita que fez a este importante certa-me, a ministra considerou que «Este Salão éum verdadeiro acontecimento. Não somenteele permite às pessoas imigrantes de se fami-liarizarem com a vasta gama de serviços postosà sua disposição, como também oferece a pos-sibilidade de encontros com os empregadores«sur place». Com mais de 180 expositores euma multitude de atividades no programa, oSalão da Imigração e Integração do Quebequeilustra a que ponto o engajamento de todosos atores da sociedade é necessário para permi-tir aos recém-chegados à província o êxito dasua integração na sociedade quebequense», de-clarou a ministra liberal.

Cada ano, mais ou menos 50 000 pessoasimigrantes estabelecem-se no Quebeque de ma-neira permanente. Kathleen Weil lembrou aimportância de oferecer serviços de francisaçãoe de integração às pessoas selecionadas porQuebeque, ainda mesmo antes da sua chegada,de maneira a preparar a sua rápida integração,nomeadamente em termos de emprego.

Acompanhada do Sr. Jonathan Chodjai,presidente de «Immigrant Québec», o organis-mo promotor do Salão, a ministra efetuou umavisita aos locais da exposição, mais particular-

mente ao quiosque governamental, onde osrepresentantes do Ministério da Imigração, daDiversidade e da Inclusão respondiam às ques-tões postas pelos visitantes.

«As pessoas imigrantes estabelecem-se noQuebeque com as suas competências, os seustalentos e os seus sonhos. Este evento ilustraa grande variedade de meios postos em práticapara facilitar a sua integração. Pessoalmentefelicito todos os membros do Comité Organi-zador e respetivos voluntários que, de novoeste ano, se implicaram com o coração para fa-zer deste acontecimento um verdadeiro suces-so», concluiu a ministra Kathleen Weil.

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Carreira do Impacto

Mais seis jogos e apenas duas vitórias...• Por Norberto AGUIAR

Depois da nossa última abordagemà carreira do Impacto, passaram-se mais seisjogos e nesse período, a equipa montrealenseapenas obteve duas vitórias, uma para o Cam-peonato da Major Soccer League e a outra parao Campeonato Canadiano. Nos restantes en-contros, o Impacto perdeu três e, no outro,averbou um empate.

Comecemos pelo princípio.

Sporting Kansas City – Impacto, 4-0A deslocação a Kansas, a casa do atual

campeão, não foi nada repousante, como sevê pelo resultado, uma goleada de 4-0.

Embora se esperasse um jogo difícil, nadafazia prever, no entanto, que o Impacto fossegoleado pelo Sporting Kansas City, uma equipacheia de bons valores, a começar por Zusi, umdos melhores jogadores americanos da atuali-dade, como prova a sua chamada para integraro lote de jogadores da Seleção dos USA queestarão dentro de semanas no Brasil. Contraesta equipa, caso não se tome todas as precau-ções, como parece ter sido o caso, a derrotanunca está muito longe... Não é por acaso queo Sporting Kansas City foi, com mérito, ocampeão da MLS em 2013 e que, este ano, ten-ta repetir a façanha.

Entretanto, para complicar mais as coisas,o Impacto, como tem acontecido neste princí-pio de época, não tem estado à altura do queos seus responsáveis querem, vindo a esbanjarpontos atrás de pontos...

Impacto – União de Filadélfia, 1-0Foi neste jogo que o Impacto averbou

uma das duas vitórias. Sem surpresa, mas obti-da de forma atrapalhada, isto é, de maneira di-fícil, logo tangencialmente, quando, a jogar emcasa e contra uma das formações mais acessíveisda competição, se esperava que o Impacto pu-desse vencer com alguma facilidade. Não foiassim e o um a zero acabou por ser muitobom, pois foi o garante dos três pontos nobornal, tão necessários para quem ainda nãoteve a sorte de ganhar muitos jogos...

Edmonton FC – Impacto, 2-1Cá está uma derrota que fez tremer muita

coisa neste clube. É verdade que o Impacto foiaté Edmonton com aquilo que se pode dizeruma segunda equipa. Mas, mesmo assim, aformação quebequense tinha a obrigação defazer melhor, que era ganhar esta contenda.Não só não o fez como acabou por ser derro-tado por uma equipa da Segunda Divisão... Faltade consideração para com uma equipa de esca-lão inferior? Se assim foi, agiu mal, como severá mais adiante neste texto.

Recorde-se que esta partida foi realizadano âmbito do Campeonato de Futebol Cana-diano, uma prova disputada em forma de elimi-natórias entre as cinco equipas profissionaisdo país. De resto, o Edmonton FC só se cons-tituiu adversário do Impacto por ter eliminadoo Fury de Otava, também da Segunda Divisão.Esta equipa, dirigida pelo nosso jovem compa-triota Marc dos Santos – já treinou o Impactona NASL –, tem 2014 como o seu primeiro

ano de atividade.

Impacto – Sporting Kansas City, 0-3Depois de ter ido a Kansas City ser gole-

ado (4-0), esperava-se que o Impacto pudessequerer, agora a jogar em casa, vingar-se do cam-peão em título. Pura ilusão... E nova derrotasem apelo nem agravo, pela marca de 3-0!

Foi um jogo que só quase deu Sporting,para mais a jogar com mais um elemento desdeos 14 minutos, por expulsão de Collen Warner,que, com as mãos, impediu que a bola entrassena sua baliza, provocando, por isso mesmo,uma grande penalidade que, depois, resultariano primeiro golo do desafio...

O resto dos noventa minutos foram dereal sofrimento para os jogadores montrealen-ses, tal a maneira soberba como jogavam oshomens do centro dos Estados Unidos. Che-gou-se mesmo, no estádio, a ter pena dos ho-mens do treinador Frank Klopas, por via dodomínio avassalador imposto pelos azuis deZusi!

Impacto – Edmonton FC, 4-2Se o Impacto foi a Edmonton convenci-

do de que a eliminatória contra a equipa localseria fácil, a derrota na cidade de «para lá dasRochosas», logo deu a perceber que o apura-mento para a final do Campeonato do Canadánão seria de todo fácil, como não o foi.

Com a diferença de um golo favorável aoEdmonton FC, o Impacto teve de trabalharno duro para eliminar o conjunto secundáriono jogo do Estádio Saputo, com o apuramentoa vir já no quinto minuto do tempo adicional,e logo através de um penálti, que muita genteachou de forçado...

Para quem era tido como um adversáriofácil, a verdade é que o Edmonton FC se por-tou como uma grande equipa, isto apesar denão ter grandes vedetas no seu conjunto. Foi,de resto, por uma unha negra que não eliminouo Impacto, atual campeão. Um minuto menose o Impacto, a esta hora, estaria fora dumaprova que dá ao vencedor a possibilidade departicipar na Liga de Campeões da CONCA-CAF.

Ao vencer o Edmonton FC no conjuntodos dois jogos (5-4), o Impacto está apuradopara jogar a final diante do rival Toronto FCque, por sua vez, eliminou o Whitecaps deVancouver (3-3 nos dois jogos, mas com To-ronto a vencer nas grandes penalidades, por5-3). Os desafios da final disputam-se no dia28 de maio, em Toronto, e no dia 4 de junho,em Montreal.

DC United – Impacto, 1-1Desde há semanas que o Impacto não

conseguia fazer um jogo tão bom. Empatou,mas devia ter ganho porque foi melhor equipado que o DC United, apesar de este jogar emcasa e estar a fazer um excelente princípio decampeonato, ao invés do que aconteceu noano passado, quando terminou a época comoa pior equipa da Zona Este da MLS.

O Impacto jogou melhor e teve maisoportunidades. Marcou primeiro e só sofreuo golo do empate a escassos oito minutos dofim da partida. Um verdadeiro balde de águafria para quem tanto lutou pela vitória.

Com a boa prestação registada na capital

dos USA, espera-se, agora, que o Impacto partapara um período de bons resultados, que o fa-çam subir na tabela classificativa, já que nestemomento ocupa o último lugar da sua série, aZona Este.

Próximos jogos:Colorado Rapid – Impacto, dia 24* Toronto FC – Impacto, dia 28

Dia 25 de maioFerreira Café defronta antigos jogadores do Impacto

LUSOPRESSE – No próximo domingo, dia 25 de maio, pelas 16h00, no Parc640-1, 650 Alexandre Le Grand, em Boisbriand, haverá um jogo de futebol entre o Res-taurante Café Ferreira e uma equipa de antigos jogadores do Impacto, liderados pelo nos-so compatriota António Ribeiro.

A iniciativa, que tem fins de beneficência, é levada a efeito pela Liga Corporativa An-tónio Ribeiro, uma organização que visa oferecer divertimento e geminação entre em-presas. Esta liga põe à disposição dos seus membros competições desportivas através deinstalações de qualidade, já para não falar em equipamentos; e até árbitros acreditados.Esta escola promete oferecer a todos aqueles que a ela aderem todos os requisitos de ver-dadeiros profissionais.

Com António Ribeiro e Frederico Moojen como responsáveis, o jogo de domingotem ainda a participação de outros jogadores do Impacto, como Greg Sutton, Ali Gerba,Patrick Leduc, entre outros.

Por banda do Ferreira Café, a sua equipa, pode considerar-se, é uma autêntica surpresa,a desvendar em pleno dia do jogo. Até por isso, é muito interessante o leitor deslocar-sea Boisbriand no próximo domingo.

Para ajudar à festa, informa-se que o árbitro de tão interessante jogo será Patrice Ber-nier, atual capitão do Impacto.

Este desafio, considerado o da primeira edição, tem como objetivo apoiar crianças,jovens e famílias com dificuldades, tudo por intermédio da CENTRAIDE.

Estádio Saputo, dia 31, às 19h00Impacto – New Revolution* Primeira mão da final do Campeonato Cana-diano de Futebol.

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PETISCOS A GOSTO E PREÇOS ACESSÍVEIS A TODOS