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Vol. XVIII • N° 315 • Montreal, 18 de setembro de 2014 Cont. na pág 14 Editorial O Clã Escocês Por Carlos DE JESUS Há dias, a conhecida cronista, Joanne Marcotte, conhecida pelas suas po- sições libertárias e que não tem papas na língua para dizer o que pensa, seja de quem for, incluindo dos seus próprios patrões*, fazia uma muito justa reflexão no seu blo- gue a propósito dos comentadores políti- cos que nas últimas semanas não têm mar- telado senão no referendo sobre a inde- pendência da Escócia e das suas semelhan- ças com os referendos quejandos nesta Foto LusoPresse 3204, rua Jarry Este 729-9494 www.ocantinho.ca RESTAURANTE Grelhados à portuguesa sobre carvão Grelhados à portuguesa sobre carvão Centre de Carreaux Céramiques Italien Inc. 8710, rue Pascal-Gagnon Saint-Léonard QC H1P 1Y8 [email protected] Affilié avec Éco Dépôt Carreaux de Céramique Os nossos endereços 222, boul. des Laurentides, Laval 8989, rue Hochelaga, Montréal 8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal 6520, rue Saint-Denis, Montréal 10526, boul. Saint-Laurent, Montréal 6825, rue Sherbrooke est, Montréal 7388, boul. Viau, Saint-Léonard 10300, boul. Pie-IX - Esquina Fleury António Rodrigues Conselheiro Natália Sousa Conselheira CIMETIÈRE DE LAVAL 5505, Chemin Du Bas Saint-Francois, Laval Transporte gratuito –––––––– Visite o nosso Mausoléu SÃO MIGUEL ARCANJO Uma família ao serviço de todas as famílias Nós vos apoiamos com uma gama completa de produtos e serviços funerários que respeitam as vossas crenças e tradições. 514 727-2847 www.magnuspoirier.com Montréal - Laval - Rive-Nord - Rive-Sud 8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 10 PM 37 37 376-2652 O RESTAURANTE DO MOMENTO! GRELHADOS Galinha, febras, chouriço, lulas, etc... PASTÉIS E RISSÓIS camarão, carne, chouriço, galinha... BOLO “Ma Poule Mouillée” E A GRANDE SURPRESA a «Poutine» à portuguesa! 969, rue Rachel est Tel.: 514-522-5175 www.MaPouleMouillee.com facebook.com/MaPouleMouillee #MaPouleMouillée Temos os melhores preços SUMO GALO 100% PURO DA CALIFORNIA 39 99$ + tx LES ALIMENTS C. MARTINS 123, Villeneuve Este MOSTO 100% PURO Tels: 845-3291 845-3292 Acesso a mais de 20 instituições financeiras para vos conseguir: *Fernando Calheiros B.A.A. Courtier hypothécaire - 514-680-4702 7879 rue St Denis, Montréal, Québec H2R 2E9 *Hélio Pereira CHA

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Vol. XVIII • N° 315 • Montreal, 18 de setembro de 2014

Cont. na pág 14

Editorial

O Clã Escocês• Por Carlos DE JESUS

Há dias, a conhecida cronista,Joanne Marcotte, conhecida pelas suas po-sições libertárias e que não tem papas nalíngua para dizer o que pensa, seja de quemfor, incluindo dos seus próprios patrões*,fazia uma muito justa reflexão no seu blo-gue a propósito dos comentadores políti-cos que nas últimas semanas não têm mar-telado senão no referendo sobre a inde-pendência da Escócia e das suas semelhan-ças com os referendos quejandos nesta

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Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:

• Carlos de Jesus• Norberto Aguiar• Filipa Cardoso• Adelaide Vilela• Jules Nadeau• Nuno Cansado• Onésimo Teotónio Almeida• Ana Vaz• Richard Simas• Nisa Remígio

Revisora de textos: Vitória FariaSocieté canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

LusaQ TVProdutor Executivo:

• Norberto AguiarContatos: 514.835-7199

450.628-0125

Programação:• Segunda-feira: 21h00 às 22h00• Sábado: 11h00 ao meio-diaTelenovela: segunda a sexta-feira,das 17h00 às 18h00.(Ver informações na páginas 8 e13)

Lembranças de Cabo Verde (2)

Ilha do Fogo, prima do Pico• Por Onésimo Teotónio ALMEIDA

2 de agostoO erguer da cama, no último dia da Brava, foi às 5 da matina para

apanharmos o Fast Ferry que supostamente rumaria à ilha do Fogo pe-las 7 e no entanto só largou às 10:30.

Em S. Filipe, re-encontrámos o sr. Emílio, que nos fora recomen-dado já em Santiago. Eu queria alugar carro, mas dissuadiram-me, poisseria melhor contratar um guia local para o passeio ao vulcão. Acabeiconformando-me. O sr. Emílio delegou a tarefa no filho, o Júnior, de21 anos.

Afinal a estrada está magnífica e, ao contrário das outras ilhas,muito bem assinalada e eu poderia de facto ter vindo por minha contae entregue à liberdade de desbravar terreno livremente. Há vantagensneste modelo, porém. O nosso guia herdou do pai o fino trato, a sim-patia e a vontade de mostrar a sua ilha sem no-la impor.

Sobe-se até ao cimo da cratera (1700 metros de altitude), sem nun-ca se avistar o cimo da montanha. Ele aparece-nos de surpresa quandoatingimos o topo, como se à Vista do Rei das Sete Cidades. Entramosnuma chã (a Chã das Caldeiras) rodeada de uma cumeeira em toda a vol-ta e, em frente, emergindo dela, ergue-se um soberbo cone, grandioso,imponente na sua forma elegante, e sobretudo impondo respeito pelovigor vulcânico da lava, da jorra (o nosso cascalho ou bagacina) e dospedregulhos, tudo com sinais vivos de erupções nada afastadas notempo (a última, no pico pequeno, em meados de noventa).

Para além da beleza geométrica do triângulo, é a imensidão e o rele-vo da cratera que impressionam. Por estranho que pareça, o cone nãodá a impressão de chegar aos 1100 metros que tem sobre os 1700 emque assenta (mais do que o dobro das cumeeiras das Sete Cidades), em-bora o total ultrapasse em 500 a altitude do nosso Pico. A distância domar, porém, acrescida da neblina que o remete ainda para mais longe,não colabora na sensação de altitude em que estamos.

Há um pequeno povoado de pouco mais de mil pessoas. Uma es-cola, duas adegas produtoras de vinho (visitámos a do famoso Chãbranco, de que ficámos fiéis devotos (por incrível que pareça há vinhas– ou pés de videira dispersos – no meio da imensa pedraria), uma igre-jinha, um campo de futebol com um piso de jorra (pobres joelhos dosjogadores quando aterram) e até dois modestos restaurantes. Escolhe-mos um numa casa particular e comemos praticamente na cozinha. Apequenada brinca à nossa volta, locais entram e saem com grande àvontade, saúdam sempre os presentes, mangam com a cozinheira,brincam com as crianças. Alguns deles são guias e vêm acompanhadosde turistas chegados de uma escalada à montanha, que tem de ser feitalogo às seis da manhã (quatro horas de subida e duas de descida). Maistarde é impossível por causa do calor. Para mais, lá em cima o chão équente. Com o sol a pino, seria de fritar.

A montanha está sempre toda descoberta. Dizem-me que permane-ce assim. Aqui nunca há nuvens. É como a paisagem da Madeira: igualde manhã à noite. Para obtermos nuances, há que viajar pela cratera emcata de ângulos novos, porque as cores estão já lá todas nas pedras, nãoadvêm da luz que as banha, nem se desdobram em matizes. Por isso es-te Fuji Yama é isto que aqui está, vigoroso, hercúleo, mas impávido e se-reno. E sem as poses de trombudo ou irado, nem os caprichos do seuprimo Pico, dos Açores, que nos irrita fazendo negaças e encobrindo-se, mas também nos delicia com o seu strip-tease da roupagem de nu-vens, por vezes com tantas camadas quantas as saias das mulheres daNazaré e por isso matizam a luz do sol à medida que se desnuda ou secobre. (Vim a saber depois de escrever esta nota que Victor Hugo For-jaz refere-se também ao Fogo como primo do Pico.)

Uma outra diferença é a ausência do acentuado perfil do pico sali-entando-se sobre a ilha por causa das dimensões da cratera. O todo dasua altitude apenas de um determinado ângulo da ilha parece obter-se(não tenho evidência empírica direta mas já vi muitos postais e fotosna Internet) e só o captei do avião. A silhueta da montanha não conse-gue, porém, a imponente elegância da sua congénere açoriana. O por-tento do cenário do Fogo disfruta-se é na sua cratera, uma festa para osolhos, um mergulho num interior da terra desventrado e a torrar ao sol.E não a apreciei por inteiro porque seria necessário pernoitar. Já tínha-mos organizado a viagem quando soubemos dessa possibilidade. Ficaessa vontade acrescentada ao já assente desejo de voltar.

Cabo Verde, ilha do Fogo - um nome que assenta-lhe bem!...L P

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Pico da Pedra...Lança jornal digital

A freguesia do Pico da Pedra,na ilha de S. Miguel, vai lançar um jornaldigital a partir desta semana.

Trata-se de uma iniciativa de um gru-po de cidadãos daquela localidade, quetem como objetivo a divulgação de tudoo que acontece no Pico da Pedra, promo-vendo a interatividade entre os cidadãosda freguesia e os que emigraram para osEUA e Canadá.

O projeto, inédito numa freguesiarural, também está alojado na rede socialFacebook.

A publicação contará com a colabo-ração de vários cidadãos daquela localida-de, nomeadamente Onésimo Almeida,Osvaldo Cabral, Gilberto Bernardo, Pau-la Cabral, Cardoso Jorge, Eusébio Coutoe muitos outros.

Já no próximo fim de semana o jor-nal transmitirá, em direto, as festas deNossa Senhora dos Prazeres, padroeirado Pico da Pedra.

A apresentação do jornal decorreráesta sexta-feira, 19 de setembro, pelas20 horas, no Museu do Pico da Pedra,altura em que ficará disponível no ende-reço

www.picodapedradigital.pt L P

O Espinho da Rosa

Espinho da Rosa é um filme que estarásendo apresentado sábado, dia 27 de setembro,no Cinema Odéon, do Quartier Latin, às21h00, no âmito do Festival Internacional doFilme Black de Montreal. O LusoPresse e aLusaQ TV são coapresentadores deste filme epor isso convidam todos os amantes portu-gueses de cinema a marcarem presença na apre-sentação desta película extremamente bemconseguida.

Para quem quiser, há bilhetes disponíveisem promoção. O contacto pode ser feito paraos seguintes números de telefone: (514) 835-7199/(450) 628-0125.

História (outro texto na página 4)STORYLINE

Ela é tudo o que ele deseja. Ele é tudo o

que ela precisa. O Amor deles esconde um pas-sado terrível.SINOPSE

TEMAM OS QUE DEIXARAM AS-SUNTOS POR RESOLVER COM OS DE-FUNTOS.

O sucesso do promotor David Lunga éofuscado pelos segredos aterrorizantes de Ro-sa, uma bela mas misteriosa mulher por quemele se apaixona. Que mistérios ela oculta? Co-mo desvendar os factos macabros? David éconfrontado com os seus próprios demóniose vê-se forçado a provar a sua inocência, a recu-perar a sua reputação e, acima de tudo, a limpara sua própria consciência.BIOGRAFIA REALIZADOR

Filipe Henriques nasceu na cidade de Bis-sau, capital da Guiné-Bissau em 24 de julho de1979.

Aos 18 anos viu-se forçado a abandonaro seu país natal, devido ao conflito armadoque ocorreu no ano de 1998, refugiando-se emPortugal. Atualmente vive em Manchester,UK. Frequentou os estudos secundários nosliceus Taborda (Guiné-Bissau) e Padre AlbertoNeto (Portugal).

Em 2001, ingressou na Faculdade Lusó-fona de Humanidades e Tecnologias, onde ti-rou o curso superior de cinema, vídeo e comu-nicação multimédia, através da qual tem tido aoportunidade de efetuar diversos projetos anível profissional.

Trabalhou como sonoplasta na produto-ra Plural Entertainment Portugal, uma cola-boração que durou sete anos, tendo feito váriasnovelas, nomeadamente “Meu Amor”, vence-dor de um EMMY na categoria de melhor no-vela.DIRECTOR STATEMENT

“O Espinho da Rosa” é um filme cujatrama se desenrola nos nossos dias passando,porém, por uma dimensão fantasmagórica quese vai interligando até ao ponto de não havermais retorno.

O filme transporta-nos para uma realidadeprofunda, pesada e urbana, através de dois ca-sos específicos de pe-dofilia que criam umdesequilíbrio no nor-mal e provocam uma sériede emoções no espetador.

A história com-bina temas tão sériose reais como os flage-los da pedofilia e in-cesto, os sentimen-tos comuns a todosnós: amor, ódio e vin-gança, num contextoenvolto por umaforça sobrenatural eenergias desconhe-cidas. L P

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Filipe Henriques: – “A Guiné-Bissau oferece-me inspiração, Portugal profissão”• Entrevista de Ana VAZ, da Lusomonitor

“O Espinho Da Rosa”, a primeiralonga-metragem do cinema negro escrito, rea-lizado e produzido em Portugal, pelo cineastade origem guineense, Filipe Henriques, seráexibido no dia 27 de setembro no CinémaImpérial, no decorrer da 10ª Edição do FestivalInternacional do Filme Black de Montreal. (OCinema Imperial está situado no 1432, ruaBleury, em Montreal, perto da rua Ste-Cathe-rine.)

Apoiado pela Plural Entertainment Portu-gal e a produtora Duxilin, esta coproduçãoentre Portugal e Guiné-Bissau esteve em com-petição entre as dez longas-metragens oriundasde Angola, Brasil, Guiné-Bissau, Moçambiquee Portugal. Do elenco, realçam-se alguns atoresde renome de origem negra como Júlio Mes-quita, Ady Batista, Ângelo Torres, Daniel Mar-tinho, Ciomara Morais, Eric Santos, Sónia Ne-ves e Ricardo Abril.

Filipe Henriques, em entrevista à Luso-monitor, mostra os bastidores do que foi atéagora o maior desafio da sua vida, num contex-to em que a concorrência, a rejeição e os mila-gres compõem o enredo da própria vida dequem só se encontra a contar histórias.

Ana Vaz – De onde e de quando trazesse interesse pelo cinema. Cinema porquê?

Filipe Henriques – Desde cedo já sa-bia que queria fazer cinema. Sempre tive gostopor contar histórias, e isso vem desde os tem-pos de criança, das noitadas que se seguiamdepois do jantar – noites quentes e sem eletrici-dade em Bissau – inspiravam os mais velhos acontarem histórias, e ao meu pai, que gostavade ir para a varanda comigo, onde me sentavaa ouvir as histórias fantásticas e muitas vezesassustadoras.

Um dia o meu pai perguntou-me o quequeria ser quando crescesse e respondi logo:fazer filmes. Ele apenas sorriu e afagou-me acabeça, talvez na altura, devido ao contextodo país, ele terá pensado que isso era uma merautopia, ser cineasta num dos países mais po-bres do mundo. No entanto ensinou-me quequando queremos tudo é possível. A provadisso é que quando ingressei na faculdade paratirar o curso de cinema, quem pagou o cursopor completo foi ele, mesmo sendo um doscursos mais caros da universidade.

Fora essa parte, continuo a ser um consu-midor excessivo da sétima arte.

AV – Cinema não é propriamente umcurso promissor face à forte concorrência exis-tente…

FH – É verdade, no primeiro ano docurso éramos 46 alunos e no último ano res-tamos só 7. Um dia, o professor e diretor docurso do último ano disse-nos que as estima-tivas mostram que numa turma de curso de ci-nema, em média apenas um consegue ter suces-so, de resto muitos enveredam pelos caminhosda televisão e outras áreas. Lembro-me de terpensado para comigo: Esse um tem que sereu, não vim de longe para tirar um curso emvão.

De facto, é um mundo desencorajador,mas, no fundo, o próprio desafio acaba porser o meu combustível, não que queira provaralguma coisa, mas existe sempre a vontade desuperar a mim mesmo, e neste caso, ser umdos primeiros realizadores negros da minha

geração em Portugal é para mim um grandedesafio.

AV – Sente-se dividido entre estes doispaíses?

FH – Volto sempre que posso à Guiné-Bissau, porque o maior valor que tenho, o valorhumano, veio de lá. Muitas das vezes perco-me em quem sou e preciso voltar às raízes parame re-encontrar. Portugal oferece-me o ladoprofissional, técnico, intelectual e a Guiné-Bis-sau oferece-me paixão e inspiração. É muitoimportante não nos esquecermos das nossasraízes. Como realizador acredito que o meumaior trunfo é combinar estas duas realidades.

AV – Esta é a sua primeira longa-metra-gem como realizador. De onde veio a inspiração?

FH – Vem dos contos da varanda. Inspi-rei-me no mundo fantástico em que cresci. Deouvir tantas histórias fantásticas que para osmais velhos da altura não eram simples mitosmas factos verídicos, que afirmavam ter teste-munhado ou conhecer quem testemunhou.Uma destas histórias bem conhecidas era o“pé di cabra”, um mito da Guiné-Bissau queadaptei para o filme. Por outro lado, não bas-tava simplesmente ter uma história fantásticamas um enredo mais complexo. Foi assim quesurgiu o tema social, a abordagem da questãoda pedofilia e do incesto. Não é fácil entreter eao mesmo tempo trazer uma mensagem socialsensibilizadora, daí o filme ter resultado numdrama fantástico.

AV – Porque escolhe estes temas sociais equal a sua relação com o contexto da Guiné-Bissau ou África em geral?

FH – Esta ideia surge como parte daminha responsabilidade social. No momentoem que escrevia o guião, estava-se no auge dadiscussão sobre a pedofilia em Portugal, e lem-bro-me de algumas histórias terem-me choca-do bastante – para mim é inconcebível a práticade tal ato!

Do ponto de vista africano, penso quemuitos países ainda não estão preparados parafalar abertamente sobre estes temas, e são decomplexa abordagem, já que estas práticas seobservam muitas vezes incorporadas numaestrutura tradicional e de certa forma é aceitecomo normal.

AV – Com que dificuldades deparou aofazer este filme?

FH – A ideia deste filme levou nove anosa materializar-se. Por razões diversas, acaboupor ter um tempo de maturação que lhe permi-tiu crescer e superar inúmeros desafios. A obraconstitui um sonho muito desejado. Desde aescrita do guião até à tão desejada realizaçãodo filme contou com grandes adversidades erejeições. Lembro-me que todas as produtorasde cinema em Portugal recusaram-me o projetosem grande justificação. Mas, mantendo-mepersistente e determinado, nunca desisti e após9 anos nasce “O Espinho Da Rosa”. E hojedigo obrigado. Sem dúvida, esta obra jamaishaveria sido materializada sem a participação ecooperação da Produtora de conteúdos tele-visivos Plural Entertainment do qual eu erafuncionário na data da realização do filme.

AV – Como lidou com as rejeições?FH – Sabia que não era fácil e isso funcio-

nava como combustível, fazendo-me querersuperar ainda mais os desafios.

AV – Qual foi o ponto de viragem?F H – Foi incrível! Depois de anos a

tentar, resolvi pedir apoio à própria empresaonde trabalhava – nunca tinha pensado nisso!A ideia foi bem recebida e apoiaram-me emtermos de coprodução, com meios logísticose técnicos. Em dois anos acabei por persuadire reunir atores que abraçaram o projeto e traba-lharem comigo a custo zero.

O desafio continuava a ser conseguir umaequipa técnica, até que surgiu o momento mági-co! A oportunidade me foi dada pelo produtorRaul Soares. Depois de ter lido o guião, em ne-nhum segundo duvidou de mim. Houve logouma empatia e apoio imediato! “É para fazer ofilme? O que precisas – perguntou. Equipa téc-nica – respondi. Quinta-feira às oito horas ve-nha cá (à Plural Entertainement), disse ele”.

Nesse dia, estava noventa por cento daequipa técnica à minha espera. Da equipa faziaparte muitos nomes sonantes do cinema e daTV. Formámos uma equipa incrível de profis-sionais. Dois meses depois estava tudo prontopara filmar e em 16 dias apenas rodámos o fil-me.

É de salientar que o filme a nível orçamen-tal necessitaria de por volta de 450 mil eurospara a sua conceção, mas, no entanto, pela uni-ão de um mesmo sonho e cooperação de donsdiversos, este filme concretizou-se a custozero.

Para além dos atores terem trabalhado semremuneração no projeto, o filme ainda reuniugrandes técnicos portugueses, ingleses, brasi-leiros e angolanos na área de cinema e televisãoque prestaram os seus serviços igualmente acusto zero para dar vida a esta obra.

AV – O que lhes cativou?FH – Primeiro, o contexto do enredo,

que era bastante apelativo. Depois de lerem oguião a empatia foi imediata. Depois, a minhapaixão e determinação que era contagiante,creio eu.

O filme é fruto de um trabalho conjuntoque integra o esforço coletivo. É extremamentegratificante testemunhar o que se consegue al-cançar pela união de sonhos, mentes e fé. Agratidão que sinto por todos aqueles que abra-çaram este projeto não pode ser expressa empalavras humanas pois nenhum vocabuláriono mundo poderia expressar com exatidão os

Filipe Henriques, cineasta.

Cont. Pág. 14 FILIPE...

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Relação a três e uma história de amor• Por Jules NADEAU

O restaurante Tapeo celebra o seu10º aniversário e torna mais belo o bairro deVilleray.

O restaurante Tapeo estava completamen-te cheio para celebrar o seu 10º aniversário, asemana passada, o que teria sido amplamentesuficiente para marcar esta data. Mas os patrõesultrapassaram-se fazendo a promoção dumprojeto, absolutamente único, para ajudar oseu bairro de Villeray. Na presença da conse-lheira municipal Elsie Lefebvre e da presidenteda câmara Anie Samson, foi a ocasião para fa-zer a publicidade da dita «pracinha» de Villeray.Servir boa comida à clientela já é formidável,retribuir ao seu bairro é ainda melhor.

Era preciso encolher-se para se poder cir-cular no «bar à tapas» Tapeo de tal modo estavacheio. Mesmo a esplanada do passeio. Umamultidão jovem e festiva num acontecimentomundano. Petiscos saborosos para além domeu presunto favorito (o Serrano, de que volteia abusar). Várias caras conhecidas doutros res-taurantes portugueses: Portus Calle, Douro eFerreira Café. Igualmente, um dinâmico DJportuguês na pessoa de Mário Galego.

Duas conselheirasPorquê a presença de duas representantes

da cidade de Montreal? Duas adeptas de tapasà moda do Tapeo? Todos percebemos melhorquando Victor Afonso tomou a palavra paranos fazer um pequeno discurso muito pessoale sobretudo cheio de humor. Em poucas pala-vras explicou-nos que o estabelecimento resol-veu depositar num fundo especial uma partedos lucros provenientes da venda de tapas,um dia por mês durante doze meses. Depoisduma consulta com os clientes e outros interes-sados, a soma de 6 000 dólares foi atribuída aum projeto comunitário: o plano de embele-zamento dum pequeno espaço situado no ân-gulo de Lajeunesse e Villeray. O terrapleno podeeventualmente ainda ser alindado com a adiçãode árvores.

Segundo o projeto do «Fonds de designurbain de Villeray» como me explicou VictorAfonso com entusiasmo: fazer da ruela (entreDrolet e Henri-Julien) que termina no Restau-rante Général Espagnol Mesón, uma «ruelaverde». A ideia é tanto mais interessante que

Vitor Afonso e a vereadora Anie Samson, em segundo plano. Sebastien Muniz, Ma-rie-Fleur St-Pierre e a vereadora Elsie Lefevre. Foto Jules Nadeau/LusoPresse.

esta ruela é visível deste novo restaurante, estilobistrô, de que Victor Afonso e Marie-Fleur St-Pierre são os patrões. Esta última, mais quebe-quense que espanhola, o grande cordon-bleude Tapeo, foi a criadora de uma linha de tapasque faz o sucesso deste estabelecimento.

Anie Samson, a presidente do distrito deVilleray-Saint-Michel-Parc-Extension, assimque Elsie Lefebvre, conselheira do mesmo dis-trito, tomaram à vez a palavra para exprimiremo seu entusiasmo sobre a iniciativa do Tapeo.E sublinhar a «visão» dos coproprietários. Estaúltima lançou um convite a todos: «Voltem naprimavera!» para verem a concretização do pro-jeto. Acrescentando: «Viva o Tapeo!»

«Gosto muito de ti!»Longe do forno desta vez, sem avental

nem toque, Marie-Fleur St-Pierre tocou na cor-da sensível dos numerosos presentes quandodisse para Victor a pequena frase: «Je t´aime!».Depois, a Sebastien Muniz, o outro incontor-nável associado: «Sebastien, também gostomuito de ti!» A mamã da pequenina Colette di-rigiu ainda um grande obrigada a Martin Filia-treault, um outro sublime subchefe da casa, opadeiro bem conhecido do reputado «Pain dansles voiles» da rua Castelneau. Mesmo sem oconfessar publicamente, a mágica das tapastambém deve «amar» o mágico do pão, pensao autor destas linhas.

Sempre na mesma veia humorística, é pre-ciso reter que Victor o Português e Sebastieno Espanhol não suscitaram o grande amorquando se instalaram no seu local da rua Ville-ray. Ainda muito pequeno, era «apenas maiorque o meu carro... e feio», mas os dois amigosde longa data sonhavam ter o seu próprio res-taurante. Começaram com sete clientes, depoisdez, depois quinze... E há cinco anos atrás,aumentaram o restaurante. Resumindo, «nãoera o Ritz»: eles partiram realmente a zero numbairro não muito inclinado para a gastronomia.

E Victor, continuou com várias anedotassaborosas, para sublinhar que esta bela históriaé também a história de uma sólida amizadecom o seu camarada de classe que vem dosanos da escola secundária. «A amizade é isto,um que empurra o outro. Não nos largamos!»para afrontar o banqueiro ou começar os traba-lhos no meio da poeirada. «O thrill da profis-são!»

L P

35 anos

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Com os olhos e os sons da floresta• Por Adelaide VILELA (texto e fotos)

Caros leitores, não sei se deva… devo-ção não faz parte da minha natureza, mas obri-gação é com certeza. Agradeço então ao Nor-berto Aguiar por mais este artigo levado atéVós. Nada mal, vai escrito com a ilusão e amagia dos olhos da alma e dos sons da floresta!O título por si só já nos inspira. Estou comos amores da minha vida numa varanda queserve de espelho às cores do outono. Digobem, estamos num tremendo recanto do Que-beque, à beira de um lago, de férias por algumtempo. Claro, assim que o artigo comece a cor-rer as ruas e o mundo virtual, estaremos nós jáde volta ao nosso lar. O problema é que aprincesita Nayla que se habituou aos passeiosao ar livre não quer voltar. Lá diz o ditado: oque é bom acaba depressa e as crianças, maisdo que ninguém, sabem tirar partido da nature-za e apreciá-la. Por cá, as árvores já se vestemde mil cores. A cada dia o céu abençoa o lago!Lindos, os raios brilhantes emanam sobre asmontanhas das Laurentides, enquanto o astromaior faz rodar seu pedestal – autêntico rei esenhor! Logo, famílias de peixes aproveitam oresto do bom tempo antes de emigrarem paraáguas mais quentes. Tudo congela infelizmente,até o coração dos humanos, mundo além, efei-tos da maldade e da vingança… uma crise quasemundial, sem fim à vista. Não vou por este ca-minho, caso contrário entraria pelo lago aden-tro para aí morar eternamente. Prefiro sonharcom as belezas que me inspiram e me enlaçamde energia para acordar, a cada manhã, dispostaa contar-Vos mais uma história de encantar, e

preferivelmente com crian-ças e animaizinhos. Mas ve-nham comigo até à provínciavizinha, ao Ontário, diga-mos até à quintinha de Ale-xandria, a casa da Julie, doMarc e das crianças: Kenni-on, Zeph Lea-Maude.

Há uns tempos a esta parte falamos deste casal canadiano, com“palavras ligeiras”, prometemos voltar para contar o resumo da nossatarde em casa deles e cumprimos a promessa. Acontece que, por via doEncontro anual do Trocacasa.com, o administrador por Portugal, An-tónio Bernardino, manifestou desejo de visitar alguns amigos que ha-viam trocado casa com ele, para férias. O dito casal esteve em Portugal

com os filhos e vieramde lá encantadíssimos.Estão de novo de ma-las feitas para outra vi-sita. Ora bem, já nostinham apresentado a Julie Slater e com elaestavam outras amigasqueridas, tais como aMaria José Bernardinoe outras Sras. do Ontá-rio. Fomos juntos jan-tar ao Restaurante Sol-mar, numa bela noitede verão, depois daconferência de Im-prensa, organizadapor Paul Charoy, noVelho Porto de Mon-treal. Quanto ao admi-nistrador portuguêsesteve sempre con-nosco, entre as mulhe-res, e encheu o “celei-ro” com um repastode agradar aos anjos,

servido pela equipa do Sr. David Dias, à qualnão nos cansamos de agradecer, pelos saborese gostos, amabilidade e simpatia e ainda peloprofissionalismo com que nos prendaram. Ali,naquele restaurante a caminho do meio séculode existência, nasceu o convite para visitarmosAlexandria. Claro, pela parte que me toca, esta-va curiosa, queria saber que relações de amizadecultivavam estes membros do trocacasa.com.

Acontece que passamos uns inolvidáveismomentos na quinta, com muitos animais àsolta, e que originou a brincadeira que delicioucrianças e adultos. Estas, com os olhos postosna imensidão do horizonte, resolveram fazerumas corridas com os animais.

Parece que estava escrito nas estrelas queiríamos ali naquele dia, foram momentos defelicidade no campo. Nayla, de 4 anos, gritavaa viva voz para uma das meninas lá de casa:“Lea-Maude sou a menina mais feliz do mundo,gosto dos animais e posso alimentá-los”. Defacto, enquanto os amigos do trocacasa e oavô da Nayla bebiam uns copos, ovelhas, ga-los, galinhas, gatos e outros animais iam fican-do de papo cheio. O galinheiro ficou sem ovosnaquele dia! Pois é, os meninos do reino dabrincadeira foram “gamar” os ovos todos àsgalinhas, para depois os gastarem em omeletasamarelinhas.

Ora bem, quaisquer de nós tirou proveitodeste passeio. Quanto a mim, desincharam-me as pernas, graças ao molho das ortigas (bra-vas) colhidas pela simpática Julie. Depois detomar uns litros de chá estou pronta para ou-tro passeio e mais algumas viagens.

Amigo leitor não fique em casa, faça unspasseios convivendo com o ar puro na nature-za: ganhe saúde e mais beleza!

L P

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POESIA AÇORIANA... nas ruas de Ponta Delgada• Por Nisa REMÍGIO e Richard SIMAS

PONTA DELGADA, São Miguel –O que faz com que um arquipélago de noveilhas, pouco povoado, como os Açores, pos-sua uma herança poética tão rica e duradoura?Será que o isolamento geográfico pelo OceanoAtlântico e uma história única são suficientespara explicar o poderoso impulso poético quecontinua a manifestar-se dentro e fora das ilhas,em lugares tão distantes como a região de SantaCatarina no sul do Brasil, ou ainda no Canadáe nos Estados Unidos, onde imigrantes açoria-nos e gerações de seus descendentes vivem eescrevem? Estas e outras questões estiveramna génese de Poesia Açoriana na Rua, umprojeto convidado a participar na recente edi-ção do WALK&TALK Azores – Festival deArte Pública em Ponta Delgada, na ilha de SãoMiguel. O objetivo do programa foi de celebraresta extensa e diversa tradição poética, comvárias atividades multidisciplinares em contex-tos populares e públicos.

O programa foi concebido e coordenadopor Nisa Remígio e Richard Simas, dois Açor-descendentes que vivem em Montreal, Canadá,e que organizam também o Café Lusófono,uma plataforma pública para a promoção dacultura lusófona. Mais de 200 poemas de 85escritores foram selecionados a partir de nume-rosas publicações açorianas, norte-americanas

e brasileiras: desde o clássico Antero de Quen-tal (1842-1891) passando por Vitorino Nemé-sio (1901-1978) até ao Leonardo Sousa, umjovem de 20 anos de idade, residente em PontaDelgada. O projeto propunha-se ser abrangen-te, numa tentativa de apresentar uma amplavariedade de trabalhos acessíveis a todos ospúblicos. Enquanto a maioria das seleções fo-ram em Português, alguns textos em Inglêspor escritores norte-americanos com origensaçorianas, como Frank X. Gaspar, foram igual-mente incluídos. O Coletivo de Ponta Delgado,um grupo de escritores locais, colaborou comtrabalhos próprios.

WALK&TALK Azores é um festival dearte pública na sua quarta edição. Durante duassemanas, muralistas, escultores, designers, per-formers e outros artistas contemporâneos na-cionais e internacionais são convidados a criar

novos projetos de arte. Residências artísticas,debates, uma festa de rua e oficinas de artesana-to completaram o programa deste ano. Instala-ções e murais brotaram um pouco por toda aparte em Ponta Delgada e noutros locais daIlha de São Miguel. A temática escolhida parao festival 2014 foi a reinterpretação contempo-rânea de vários ícones da cultura popular aço-riana, tais como os retiros das festas com osseus quiosques em criptoméria e as cafuas demilho. Para fotos e comentários sobre o festivalver: www.walktalkazores.org ewww.facebook.com/walktalkazores.

Poesia Açoriana na Rua propôs durantedois dias um laboratório de poesia-música,aberto ao público em geral, onde se exploraramtécnicas de apresentação de textos poéticosem contextos de performance. O trabalho con-cluiu com uma atuação multidisciplinar em es-túdio resultante da colaboração de poetas lo-cais, que incluiu textos originais e improvisa-dos, acompanhados de música, bailarinos epintura mural ao vivo por um artista cabo-ver-diano.

O projeto saiu à rua durante as duas sema-nas para criar um curto documentário vídeo-poema (Poema RETRATO), onde os mora-dores de Ponta Delgada foram filmados a leremum poema da seleção de poesias açorianas pre-viamente escolhidas, em diferentes locais urba-

nos de trabalho e lazer: lojas, mercado público,quiosque de flores, salão de beleza, bancada narua, esplanada à beira-mar... Idealizado e coor-denado pelos diretores do projeto Nisa Remí-gio e Richard Simas, Poema RETRATO re-cebeu a colaboração da equipa doWALK&TALK Azores, que ofereceu preciosoapoio durante as filmagens e a montagem. Aestreia do filme de 8 minutos estava previstaser nas Portas do Mar, com uma projeção con-tra a vela do Catamarã Miss Poes do Sr. Silves-tre. Infelizmente, o mau tempo tornou o eventoao ar livre impossível, e em vez disso, o filmefoi visto na Galeria W&T. O vídeo Poema RE-TRATO estará em breve disponível para visu-alização em https://www.facebook.com/cafelusofono.

Outras intervenções incluíram a participa-ção em leituras feitas na Travessa dos Artistas

e colagens diárias na parede e janelas da GaleriaW&T onde todos os poemas açorianos do re-portório se foram acumulando ao longo dasduas semanas. Na Matriz, uma praça públicade Ponta Delgada, poemas foram suspensosem fios de roupa presos a postes de luz, comum aviso convidando os transeuntes a “Porfavor, leve um poema”. A brisa que soprava docais agitava as folhas de papel como velas deum barco, enquanto transeuntes de todas asidades e origens paravam para ler as ofertaspoéticas. Ao meio da tarde, os fios estavamvazios e a coleção de poemas açorianos anoni-mamente distribuídos entre os moradores dacidade, um final feliz ao evento de fecho danossa participação no festival.

Em qualquer lugar do mundo, a qualquermomento, a poesia tem o seu lugar no dia-a-dia: em ambientes urbanos, nas paredes, janelas,cafés e autocarros da cidade; nos sussurros doleitor espontâneo no meio da rua, ou intima-mente em livros, e em folhas de papel brancobatendo ao vento. A rica herança de poesiaaçoriana apela, através do Atlântico e muitoalém, a qualquer pessoa atenta à sua música,bem como ao que menos espera. Ouça e cele-bre.

Poesia Açoriana na Rua é um projetode Nisa Remígio e Richard Simas, Café Lu-sófono, Montreal, Canadá, criado em 2014,no WALK&TALK Azores, Festival deArte Pública. Um apoio generoso foi fornecidopelo Conselho das Artes e Letras do Quebeque,o Governo dos Açores-Direção Regional dasComunidades, e a Caixa Desjardins Portu-guesa. L P

Vítor CarvalhoADVOGADOEscritórioTelef. e Fax. 244403805

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Lagoa acolhe exposição de fotografia “20 anos 20 fotos”

No âmbito do programa das come-morações dos 20 anos de geminação entre acidade de Lagoa e a de Ste-Thérèse, no Quebe-que, Canadá, foi inaugurada a exposição de fo-tografia “20 anos 20 fotos” no edifício dosPaços do Concelho, cujas fotos referentes aoconcelho da Lagoa são da autoria de MarceloBorges e que ficará patente até ao final do mêsde novembro.

Segundo o presidente da Câmara Munici-pal de Lagoa, João Ponte, “esta é uma exposi-ção que, para além de assinalar, com solenida-de, os 20 anos de geminação, tem por objetivopromover a cultura e os artistas, neste caso nodomínio da fotografia, bem como o de divulgara realidade de cada cidade, com a comunidadelocal e o seu desenvolvimento nos últimosanos”.

Na altura o autarca referiu “que a gemina-ção ocorreu sobretudo pelo facto de Ville deSainte-Thérèse ter sido o destino preferido pormuitos lagoenses que emigraram e deveu-seaos empenhos dos autarcas de então, Elie Fallue Martins Mota, ten-do permitido a con-cretização de inúme-ras iniciativas ao lon-go destes últimos 20anos”.

João Ponte, refe-riu ainda que “20 a-nos depois cabe-noso desafio de dar con-tinuidade a este pro-jeto com o desenvol-vimento de novas ini-ciativas que possamtrazer benefícios paraambos os concelhos”.

A inauguração da exposição de fotografia,que contou com a presença da presidente daCâmara de Sainte-Thérèse, Senhora Sylvie Sur-prennant, juntamente com conselheiros muni-cipais, que estiveram de visita à cidade de Lagoa,está assim integrada no 20º aniversário da ge-minação entre Sainte-Thérèse e a Lagoa.

João Ponte refere ainda que a inauguração daexposição “20 anos 20 fotos” “é uma iniciativaque visa preservar e promover o património cul-tural açoriano, ao mesmo tempo que preserva nanossa memória coletiva como um valor que que-remos transmitir às novas gerações”.

Esta exposição teve a particularidade decontar com a presença de um emigrante Lago-ense, que se encontra de férias na Lagoa, e queemigrou para Sainte-Thérèse há 60 anos, tendocasado com uma canadiana, resultando destaunião 7 filhos, 21 netos e 19 bisnetos.

Recorde-se que o pacto de amizade entrea Lagoa e a Ville de Sainte Thérèse foi assinadoa 27 de junho de 1994, formalizado com ÉlieFallu e Luís Martins Mota, na altura presiden-tes de ambas as câmaras. L P

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Grande Prémio de Ciclismo de Montreal

Rui Costa perde por uma unha negra...• Reportagem de Norberto AGUIAR

O 5° Grande Prémio Ciclista de Mon-treal realizou-se domingo nas encostas da Mon-tanha e teve Simon Gerrans, da equipa OricaEdge, como vencedor. Na segunda posição,com o mesmo tempo do australiano (5h, 24me 27s), ficou o nosso maior ciclista de momen-to, e atual Campeão do Mundo de Estrada, RuiAlberto Faria da Costa.

Foram 17 voltas, correspondentes a 205,7km, de um circuito que começou e terminou naAvenida do Parque, por alturas do Parque Jean-ne-Mance. Obedeceram à partida desta já tradi-cional competição 151 ciclistas, de 19 equipas,sendo 18 profissionais e uma semiprofissional,a Canada Team, formada por ciclistas do país edirigida pelo grande campeão que foi SteveBaeur, provavelmente o melhor ciclista canadi-ano até hoje, sem desprimor para Hesdjedal –ausente do Quebeque por estar a disputar aVolta à Espanha.

A corrida, que começou às 11h00, logodepois das apresentações da praxe, e a exemplode anos anteriores, começou em pelotão, maspouco depois fracionou-se em dois grupos,um deles de quatro corredores, sem que nessegrupo tivesse entrado nenhum dos favoritos eque andou horas fugido, chegando a ter maisde 11 minutos de vantagem. Nessa altura, pes-soa não muito conhecedora desta modalidade,chegou-nos a dizer que os melhores ciclistas, a«perderem tempo desta maneira nunca mais sechegarão à frente». Tivemos de tranquilizar onosso amigo dizendo que tudo se recomporiana hora devida, ciente como estávamos que nafuga não havia nenhum dos candidatos ao tri-unfo final.

E assim foi. O tempo foi passando e a fu-ga foi-se diluindo, por sinal sempre com osmesmos quatro homens, um deles o canadianoRyan Roth (Canada Team). A luta que travaramJan Polanc (Lampre/Merida), Louis Vervaeke(Lotto Belisol), Arnold Jeannesson (FDI), ecomo já vimos Ryan Roth, foi espetacular namedida em que dinamizaram a corrida durantevárias horas numa grande demonstração de brioe profissionalismo. Foi essa fuga que deu, comodevem calcular, espetacularidade a este 5° Gran-de Prémio Ciclista de Montreal, isto na medidaque obrigou os restantes corredores, com osfavoritos à cabeça, a terem de trabalhar muitopara recuperarem, antes da meta, os «foragi-dos»...

Com o tempo a passar e os fugitivos con-tinuando a «comer» tempo ao pelotão, o alarmechegou através de algumas equipas, sobretudo

daquelas que se julgavam com condições paracolocar um dos seus atletas na disputa da vitóriafinal. Foi assim que a Astana, a Movistar e aTinkoff tentaram sair para o contra-ataque.Sobretudo a Astana que chegou a colocar qua-se todos os seus homens na linha da frente demaneira a controlar qualquer saída de um ououtro adversário. Nisto resultou outro fracio-namento ao ponto de passar a haver quatrogrupos, caindo Rui Costa, mais Nelson Olivei-ra, seu companheiro de equipa (ambos corrempara a Lampre/Merida, equipa italiana), para oúltimo grupo. Verdade se diga que nessa alturatememos pelo nosso compatriota Rui Costa,desde a primeira hora apontado como um dosprincipais favoritos.

Felizmente que tudo se recompôs e RuiCosta voltou a integrar mais tarde o pelotão.Mais importante ainda foi a partir daqui que onosso melhor ciclista da atualidade passou acolocar-se em posição de desfrutar de um me-lhor posicionamento relativamente aos seusprincipais antagonistas, colando-se mesmo aeles, muito perto da cabeça do pelotão, cheiode matreirice, que por outras palavras chama-remos de grande estratégia, uma qualidade quepensamos possuem todos os portugueses,atletas ou não, tentando não dar a perceberaos adversários que estaria ali para atacar a qual-quer momento.

Depois de vários esticões do pelotão, quelevaram os homens de fuga a perder terrenoem cada volta concluída, Rui Costa, sempreemparedado por Nelson Oliveira, quando seaproximavam as voltas finais e sabendo quepara ganhar a competição não podia esperarpara o sprint final, desferiu um primeiro ataque,mais adiante neutralizado; um segundo ataque,este mais intenso e que logo definiu quem eramos homens que podiam vencer o Grande Pré-mio de Montreal ao irem na roda do nossocompatriota que, apesar do esforço, não deupara que os seus oponentes descolassem, oque foi pena porque se estava já na última voltada corrida... Foi nesse momento que pensámoso pior, não fosse o Rui, depois de tanto esfor-ço, ultrapassado pelos corredores especialistasnestes finais de corrida. E a verdade é que amais ou menos 800 metros da meta, Rui Costajá tinha caído para uma posição difícil, prati-camente fora de terminar numa das posiçõesde honra do circuito.

Entretanto, pela nossa função, estávamosa poucos metros da meta e com imenso prazervimos que o Campeão do Mundo tinha denovo recuperado terreno ao ponto de chegarem segundo! Foi, estamos certos, um esforçotitânico despendido pelo Rui de maneira a recu-

perar vários lugares e terminar apenas atrásdaquele (Simon Gerrans) que o próprio Ruiconsidera como o melhor ciclista da atualidadeneste tipo de corrida. Aliás, Rui Costa admitemesmo que o próximo campeão do Mundo, aencontrar na prova do dia 28 de setembro emPonteferrada (Espanha) será Simon Gerrans,que junto ao título ganho em Montreal tam-bém venceu o Grande Prémio da cidade deQuebeque dois dias antes. Com estas duas vi-tórias, o australiano de 34 anos é o primeirociclista a vencer as duas provas no mesmoano.

Por ter acompanhado Rui Costa na maiorparte da corrida, não fosse ele um dos seusmaiores protetores, digamos assim, NelsonOliveira acabou por pagar caro o esforço de-senvolvido, vindo a terminar a prova na 75ªposição, a 4m e 39s. Pensámos, sobretudo ameio da corrida, que o atual Campeão de Portu-gal de estrada e de contrarrelógio pudesse ficarbem melhor classificado. A nossa previsãoapontava mesmo para os 15 primeiros...

O terceiro ciclista português presente nes-te Grande Prémio – e no de Quebeque, claro –foi Bruno Pires, da equipa russa Tinkoff. Semter dado muito nas vistas, até porque não tinhao distintivo das camisas dos seus dois compa-triotas – de Campeões do Mundo e de Portugal–, logo mais difícil de reparar, dizia, Bruno Pi-res fez uma corrida honesta, terminando no73° lugar, duas posições à frente de NelsonOliveira.

Grande Prémio de QuebequeDois dias antes, isto é, na sexta-feira, teve

lugar o também 5° Grande Prémio da cidadede Quebeque, este ano com o percurso algomodificado, como nos disse Rui Costa e queem muito prejudicou o nosso compatriota.«O trajeto passou a ser mais plano, o que nãofavorecia as minhas características», disse-nosem entrevista no final da prova montrealense.

Na prova da cidade capital, Rui Costa que-dou-se por um modesto 33° lugar, embora aapenas 18 segundos de Simon Gerrans.

Entretanto, Nelson Oliveira não foi alémdo 94° lugar, se bem que a 2m e 4s. Muito a-trás, a apenas três lugares do último dos 135ciclistas que terminaram o critério, ficou BrunoPires, a 10 minutos do vencedor.

Obrigado aos portuguesesNo final da prova falámos com Rui Costa

e Nelson Oliveira. Ambos, claro que ao níveldo que fizeram nestes dois grandes prémios,estavam satisfeitos com o seu trabalho. E sepor um lado Rui Costa admitiu que era difícilfazer melhor atendendo à categoria de SimonGerrans, já Nelson Oliveira deixou perceberque talvez pudesse ter feito um pouco melhor.De qualquer maneira o campeão de Portugaldisse-se contente por ter ajudado o seu compa-triota colega de equipa e seu chefe-de-fila. Uma

constante nos dois foi destacar o apoio quereceberam por parte dos portugueses no de-correr das duas provas. «Tenho sido sempremuito acarinhado. Mas desta vez senti que osportugueses estiveram em muito maior nú-mero a assistir à prova», opinou Rui Costa.

Depois de termos acordado chegar à falacom Bruno Pires no final da corrida, isso nãoaconteceu mesmo se nos deslocámos ao hotelonde estava alojado. Por mensagem texto envi-ada ao compatriota Nelson Oliveira, ficámosa saber que o Bruno estaria indisposto pelofacto de ter acabado de saber que um colega ci-clista nacional acabava de falecer em Portugal...

LusaQ TVA LusaQ TV apresentará no decorrer da

próxima semana uma reportagem desenvol-vida sobre este Grande Prémio Ciclista de Mon-treal, assim como entrevistas com Rui Costa eNelson Oliveira.

Rui Costa prepara-se para ir ao controloantidoping. Foto LusoPresse.

Bruno Pires no momento da partida.

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Museu Nacional de Arte Antiga – 2014• Por Filipa CARDOSO

O Museu Nacional de Arte Antiga(MNAA) divulgou, no passado mês de ju-nho, que ultrapassou em seis meses o núme-ro total de visitantes de 2013.

O MNAA tem exibido ultimamente vá-rias exposições de muito interesse, que têmsido amplamente divulgadas com sucesso.

Até meados de setembro está patente aexposição “Esplendores do Oriente –Joias de Ouro da Antiga Goa”.

Nos anos 60, perante a iminente inva-são das tropas indianas a Goa, o gerente doBanco Nacional Ultramarino (BNU), JorgeEsteves Anastácio, decidiu preservar o espó-lio dos cofres enviando-o, no paquete Índia,para Lisboa.

Essa remessa estava distribuída por di-versos caixotes e caixas e era constituída porjoias depositadas por particulares, por apre-ensões de contrabando e por cauções de pe-quenos empréstimos concedidos pelo Ban-co.

Só em 2011, depois de um longo proces-so diplomático, foi feito um acordo, entre oBNU e o State Bank of India, que permitiuque a maior parte do espólio trazido em 1960fosse devolvido ao Estado indiano, cerca demeia tonelada de joias. Do que restou, porninguém o ter reclamado, concluiu-se ser fru-to de contrabando, roubo, penhora ou ar-resto.

Entretanto o BNU fundiu-se com a Cai-xa Geral de Depósitos (CGD), que herdou aparte da remessa que a 12 de dezembro de2011, mais de 50 anos depois, foi aberta ecatalogada.

Devido ao valor atribuído às peças aCGD decidiu mandar proceder ao seu restau-ro, doando-as ao Museu Nacional de Arte

Antiga.Segundo os comissários da exposição,

Anísio Franco e Luísa Penalva, estaexposição “é de grande importância, pordocumentar a joalharia goesa dos séculosXVIII e XIX” e por “refletir o encontroentre o mundo hindu e o mundo cristão”.

A exposição é composta por maravi-lhosos colares, fivelas, pendentes e anéis,sendo complementada por um interessantee educativo documentário.

Noutra ala do museu está patente outraexposição intitulada “Os Saboias. Reise Mecenas, Turim 1730-1750”.

Esta exposição criada em parceria como Museu Cívico d’Arte Antica – PalazzoMadama, em Turim, traz a Lisboa uma cen-tena de peças de artistas do século XVIII,então ao serviço da Casa de Saboia.

É uma embaixada de obras do génerorococó, no que de mais italiano pode ser,recolhidas em palácios reais e residênciassenhoriais.

A exposição está organizada em seisnúcleos temáticos.

“A Corte dos Saboias: Reis e Mece-nas”, “As Artes em Concerto: Arquitetura,Escultura, Artes Decorativas”, “Teatro”,“Pintura”, “Fontes e Modelos” e, final-mente, “O Triunfo do Ornamento”.

Desta exposição, a peça que mais meimpressionou foi a escultura “O Sacrifíciode Isaac” realizada por Simon Troger (Tirol1683 – Munique 1768).

Peça de 1741, em marfim e madeirasexóticas, que representa Abraão, impedidopor um anjo, de degolar o filho.

Parece-me que é, também, com exposi-ções temporárias de qualidade que se conse-gue cativar um público que frequente maisos museus em detrimento das grandes Áre-as Comerciais... L P

Nomeação de novo Cônsul-Geral

O Consulado-Geral de Portugalem Montreal informa que, por despacho deS. Ex: ª o secretário de Estado dos AssuntosConsulares e Comunidades Portuguesas, oSr. Dr. José Eduardo Bleck Guedes de Sou-sa, foi nomeado Cônsul-Geral de Portugalem Montreal, tendo assumido a gerênciadeste Posto Consular em 27 de agosto de2014.

Nota biográficaJosé Eduardo Bleck Guedes de Sou-sa

Nasceu em Lisboa, em 22 de setembrode 1968. É casado e tem uma filha com 3anos de idade. Licenciado em Relações In-ternacionais pela “Universidade Lusíada” deLisboa, ingressou na carreira diplomáticaem 1999. Entre outras funções enquantodiplomata, foi Chefe de Divisão da Direçãode Serviços das Organizações EconómicasInternacionais, da Direção-geral de Política

Externa, do Ministério dos Negócios Es-trangeiros; Primeiro Secretário na MissãoPermanente de Portugal em Genebra juntodas Organizações Internacionais e do De-partamento Europeu das Nações Unidas;bem como Segundo Secretário na Embai-xada de Portugal em Maputo. Entre 1995 e1998, foi Coordenador Regional no Depar-tamento de Relações Externas/Países Parti-cipantes da Exposição Mundial de Lisboa –Expo-98. Em 1994, foi Observador da Uni-ão Europeia nas primeiras eleições multipar-tidárias na África do Sul. L P

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TTTTTelevisão Pelevisão Pelevisão Pelevisão Pelevisão Portuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de MontrealVisione todos os acontecimentos da ComunidadeHorário

• Quinta-feira, 20h00• Sexta-feira, 01h00 (repetição)• Sábado, 09h00• Domingo, 01h00 (repetição)

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Lagoa versus Ste-Thérèse

Geminações como forma de preservar heranças...• Reportagem de Nuno CANSADO

LAGOA, São Miguel – As geminaçõesatuam de forma a promover o relacionamentoentre locais distintos com características co-muns, tendo como objetivo preservar heran-ças culturais e patrimoniais, desenvolver práti-cas comuns de sucesso no progresso nas regi-ões a nível económico, mas também a nívelcultural e social.

Sendo Ville de Sainte Thérèse a “casa”que acolhe neste momento cerca de 5 mil emi-grantes provenientes do concelho de Lagoa,principalmente nas décadas de 50 e 60, é comtoda a legitimidade que estas duas localidadestenham celebrado este pacto de amizade a 27de junho de 1994 e que este se tenha mantidode boa saúde durante estes 20 anos.

Entre os dias 29 de agosto e 5 de setembrode 2014, a cidade de Sainte Thérèse fez-se repre-sentar no concelho da Lagoa por uma comitivade cerca de dez pessoas. A comitiva canadianaliderada pela presidente de câmara, Mme SylvieSurprennant, acompanhada por alguns asses-sores de município, entre eles Armando Melo,emigrante naquele país há mais de 40 anos,deslocou-se à região com o objetivo de celebraros 20 anos de geminação com a inauguraçãode um monumento da autoria do arquiteto Du-arte Nápoles na Praça de Sainte Thérèse, situadona freguesia do Rosário, na cidade de Lagoa.

No dia 30 de agosto, depois da receção deboas vindas no sul da ilha de São Miguel, a co-mitiva dirigiu-se ao Observatório Vulcano-lógico e Geotérmico dos Açores. Lá, forampresenteados com uma visita guiada pelo Pro-fessor Doutor Vítor Hugo Forjaz que, apesardo calor que se fazia sentir e de ter de recorrerao francês, não deixou aquém o seu estatutode profundo conhecedor desta ciência.

A paragem seguinte deu-se na Praça daFreguesia de Água de Pau com o objetivo devisitar a Mercearia Central, situada na rua Praçada República daquela localidade. Inserida nosnúcleos museológicos Lagoenses, a MerceariaCentral retrata o antigo comércio tradicionaloutrora existente naquele mesmo local, nãoesquecendo a característica taberna micaelensee respetiva moradia dos proprietários, tambémali representada.

Seguindo a programação agendada paraaquele mesmo dia, era hora de ver partir a co-mitiva em direção aos núcleos museológicosda Ribeira Chã, mas não sem antes provaremos muito conhecidos e deliciosos gelados quenaquela praça se encontram à venda.

Na freguesia vizinha da Ribeira Chã a co-mitiva ficou por conta da sempre prestávelProfessora Lurdes Pacheco que, com grandeentusiasmo, fez uma visita guiada por entre osnúcleos museológicos em que se destacaram oMuseu de Arte Sacra e Etnografia que guardampeças de grande valor histórico e religioso. Detodas as peças presentes sobressai a imagemda Nossa Senhora da Ajuda. Com data do séc.XVI, esta imagem pertenceu à primeira Ermidaconstruída na Ribeira Chã no ano de 1724.

Ainda na Ribeira Chã, a comitiva visitouo Quintal Etnográfico e de Endemismo Aço-rico, onde estão presentes algumas espécies deflora endémicas dos Açores e uma grande varie-dade das plantas medicinais utilizadas desdeos tempos dos nossos avós, algumas delasmuito utilizadas ainda hoje. Para além do Mu-seu Agrícola, estão ainda representados o Mu-seu do Vinho, Casa do Artesanato e Casa dosPresépios.

A Casa Museu de Maria dos Anjos Melo,doada à igreja, foi inaugurada em 1996 e atual-mente representa o ambiente de moradia mica-elense nos anos 50. A típica cozinha com ocanto do lume, o quarto de cama com colchãode folha de milho e o sótão, não só não passa-ram despercebidos, como até foram alvo dealguns comentários que só a saudade se lembrade dizer…

O dia terminou naquele mesmo local.Com as comitivas já sentadas, foi servida nu-ma chávena da Cerâmica Vieira o único cháproduzido em toda a Europa.

Depois do fim de semana preenchidocom algumas visitas a alguns dos locais mais

Inauguração do Monumento a Ste-Thérèse pelos dois edis.

importantes no concelho, chegava a hora dareunião de trabalhos realizada no dia 1 de setem-bro no edifício dos Paços do Concelho. Estareunião teve como propósito a elaboração dealgumas propostas com vista a fortalecer oslaços de união existentes entre as duas localida-des e promover acordos que permitam já numfuturo próximo dar continuidade a estes 20anos de vida desta geminação.

Do resultado desta reunião, sabe-se queem 2015 um artista lagoense deslocar-se-á aSainte-Thérèse para pintar um mural alusivo àcidade da Lagoa. Agendado para o ano de 2016,foi proposto um intercâmbio desportivo entrealgumas modalidades o que, desde logo, deixoucontente ambas as partes.

Dos projetos apresentados, destaca-se ointeresse de ambos os municípios em criaremcondições favoráveis para a vinda de turistasoriundos de Sainte Thérèse e arredores. Estamedida poderá fazer com que sejam estabeleci-das parcerias entre empresas ligadas ao setordo Turismo e assim promover localidades aço-rianas como destino turístico.

Ainda nos Paços do Concelho, foi inau-gurada uma sala com o nome Ville de Sainte-Thérèse que, para além de ser palco de reuniõesde trabalhos entre as duas comunidades, servirátambém para expor os presentes institucionaisque são trocados aquando dos encontros for-mais entre as duas comunidades. Seguindo asregras protocolares, após a reunião de traba-lhos e a assinatura no livro de honra, foi feitaa troca de prendas.

Se o dia 1 foi destinado a projetos futuros,no dia 2 a comitiva andou a contemplar as pai-

sagens micaelenses com uma visita ao Valedas Furnas. No regresso, foi feita uma visita àmais antiga Fábrica de Chá de toda a Europa.A fábrica de chá Gorreana produz desde 1883.

O ponto alto do dia esteve destinado àexposição realizada nos Paços do Concelhointitulada «20 anos 20 fotos». Nesta exposiçãoestão presentes várias imagens referentes aomunicípio lagoense que foram captadas pelalente de Marcelo Borges.

Segundo o autarca lagoense João Ponte,para além de assinalar uma data importante,tem por objetivo fomentar a promoção dacultura através da artes, neste caso, da fotografia.

No dia 3 de setembro, pelas 19:30, perantealgumas dezenas de cidadãos lagoenses e aosom da muito apreciada pela comitiva canadi-ana Filarmónica Lira do Rosário, foi inaugu-rado o monumento projetado pelo arquitetodo município Duarte Nápoles, no largo Sainte-Thérèse, na freguesia do Rosário da cidade deLagoa. Este monumento foi construído emmodo celebração das duas décadas da existênciadesta união e foi descerrado pelo atual autarcaJoão Ponte e pela presidente da Câmara deSainte-Thérèse, Mme Sylvie Surprennant.

Após o momento esperado, os dois autar-cas proferiram algumas palavras de apreço en-tre comitivas e às pessoas que estavam ali pre-sentes. João Ponte afirmou que esta união po-derá fomentar o Turismo na Região e que ascâmaras envolvidas, nomeadamente da Lagoae de Sainte Thérèse, serão agentes facilitadoresna promoção do Concelho da Lagoa comodestino turístico.

Já a autarca de Sainte Thérèse referiu a im-portância dos projetos futuros de intercâmbiocultural, artístico e desportivo como fator es-sencial para o fortalecimento do pacto atualexistente, bem como para o cultivo de senti-mentos recíprocos entre as partes envolvidas.

Sylvie Surprenant e João Ponte.

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Página 1318 de setembro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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LE JOURNAL DE LA LUSOPHONIE

Éditeur et rédacteur en chef : Norberto AguiarDirecteur : Carlos de Jesus

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Le Grand Magh Arabe Bossbens Show Âme D’Afrique Bossbens Show Bossbens Show Jam TV18:30 Pagini TV Le Grand Magh Arabe19:00 Hay Horizon Cidade Brasil Mabuhay

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Le Grand Magh Arabe Bossbens Show21:30 Âme D’Afrique22:00 Âme D’Afrique Bossbens Show Hay Horizon Jam TV22:30 Flavors Jam TV Mabuhay Flavors23:00 Metropoli Sportivi 360 Agronomia e Cucina Sportivi 360 Metropoli Lusaq TV Cidade Brasil23:30 Âme D’Afrique0:00 Mabuhay Bossbens Show Jam TV Mabuhay Pagini TV

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chef : Norberto Aguiaresusesus

Sexta-a feife ra SáSábSábado DDomDomingngooggÂÂme D’Aff iriquue Jaam TV

PROGRAMA SEMANAL

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5825, Henri-Bourassa514-321-6262

GRILLADES PORTUGAISES

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Página 1418 de setembro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

FILIPE...Cont. da pág 4

EDITORIAL...Cont. da pág 1

“Belle Province”.Escrevia ela no passado dia 10 - «O PLQ

(Partido Liberal do Quebeque) está no podermas… todos falam de soberania. Os desafiosque o Quebeque tem a enfrentar são reaismas… todos falam de soberania. O PQ (PartiQuébécois) está a 18% nas sondagens mas…todos falam de soberania. O PKP (Pierre KarlPéladeau, o magnate da imprensa e da televi-são) não diz uma palavra mas... todos dizemque ele é o candidato a deitar abaixo. Jean-Mar-tin Aussant (antigo líder e fundador do partidosecessionista Option nationale) está em Lon-dres (onde trabalha como trader) e o seu parti-do quase que já não existe mas… todos falamdele.»

E perguntava-se ela, em consequência:«Será que anda o mundo todo virado do aves-so?»

Realmente, este referendo sobre a inde-pendência da Escócia, que vai ter lugar nestaquinta-feira, parece ter dado a volta aos inde-pendentistas quebequenses, sobretudo os que

meus sentimentos. OBRIGADO!AV – Com quem falas e o que tentas

transmitir com os teus trabalhos?FH – É uma obrigação moral de qualquer

cidadão contribuir socialmente. Este projetonasceu com a ideia de deixar um legado à comu-nidade negra vindoura, no sentido de dissipara ideia da incapacidade e inferioridade intelectualque vigora. Este filme é a prova de que é possí-vel e de que não existem barreiras que commuito trabalho e fé não se transponham.

AV – Concorreste ou convidaram-te aparticipar nos festivais de cinema?

FH – No início concorria a todos osfestivais, hoje ainda continuo a concorrer masjá tive convites para participar em diversos fes-tivais, e isso é bom sinal.

O projeto, sem dúvida está a produzir osseus frutos. Venceu a categoria de melhor filmeestrangeiro no festival internacional de Angolae foi selecionado para o maior festival de cinemanegro nos Estados Unidos, Los Angeles. Foicabeça de cartaz no maior festival de cinemaem Portugal, Fantasporto 2014, e está agoraselecionado para o Festival Internacional doFilme Black de Montreal.

Finalizado em Setembro de 2013, até entãoo filme já conta com 7 seleções para festivaisinternacionais de cinema: três festivais nosEUA, dois em Portugal, o festival de Angolaonde foi premiado o melhor filme internacionale mais recentemente o festival a ter lugar naAlemanha, em Berlim. Agora estaremos emMontreal.

AV – Fala-nos um pouco do filme “OEspinho Da Rosa”.

FH – “O Espinho da Rosa é um filmecuja trama se desenrola nos nossos dias, pas-sando, porém, por uma dimensão fantasma-górica, que se vai interligando até ao ponto denão haver mais retorno. O filme transporta-nos para uma realidade profunda, pesada e ur-bana, através de dois casos específicos de pedo-filia que criam um desequilíbrio no normal eprovocam uma série de emoções no espetador.

A história combina temas tão sérios e reaiscomo os flagelos da pedofilia e incesto, ossentimentos comuns a todos nós: amor, ódioe vingança, num contexto envolto por umaforça sobrenatural e energias desconhecidas.”

falam de cátedra na imprensa, na rádio e na te-levisão.

Por que carga de água é que toda esta genteanda tão entusiasmada com o que vai acontecerno fim de semana quando se souber o resulta-do. Se o sim ganhar, até nem custa a acreditarque o Quebeque nacionalista saia para a rua adançar e a cantar como se da independência doQuebeque se tratasse. Infelizmente para eles,embora as sondagens ponham o resultado nofio da navalha, tudo leva a crer que «a taxa daurna», como lhe chamava o falecido primeiro-ministro do Quebeque, Robert Bourassa, vai-lhes arrefecer os ardores, como um balde deágua fria.

O que se esperava e que nunca tivemos aocasião de ler nem de ouvir sobre este debate éque se começasse por perguntar a razão de serdos nacionalismos, a razão de ser do desejo decertas populações de quererem criar novas bar-reiras, novas fronteiras, novos passaportes,novas moedas, novos exércitos, novas embai-xadas.

Quando se tratava dum problema de colo-nização, quando se tratava da ocupação pelaforça dum país sobre outro, aí sim, havia de seconcordar e apoiar que todos os povos têm odireito a assumir a sua independência e, sobre-tudo, de libertar-se do jugo dos colonizadores.

Mas no contexto dos países de tipo fede-rativo ou confederativo, como o Canadá, oReino Unido ou a Espanha, onde cada estadoé governado democraticamente e tem a seucargo a administração e a defesa da identidadeprópria aos seus habitantes, mas podendo aomesmo tempo beneficiar da participação numconjunto económico e monetários mais vasto,a luta pela independência, parece-nos, a justotítulo, uma luta tribal. Um luta mais propria-mente de clãs, como no caso da Escócia.

E o que é curioso, é que quando o mundomais se concentra, mais as fronteiras se perme-abilizam, mais os grandes espaços económicosse alargam, mais os regionalismos se agudi-zam, se encrespam, se manifestam.

Será o medo de verem as suas particulari-dades locais ou regionais ameaçadas pela mun-dialização que desperta este medo ancestral queestá na base de todas as fronteiras e todas asguerras?

Felizmente já falta pouco para quinta-feira,para que se acabe com esta obsessão referendá-ria que tanta energia tem vindo a consumir.

*) Joanne Marcotte trabalhava para oJornal de Montreal donde foi despedida porter criticado a escolha editorial de uma primeirapágina daquele diário.

ANTÓNIOMANUEL PEREIRA

1948 – 2014

Faleceu em Montreal, no dia 2 desetembro de 2014, com 66 anos de idade,António Manuel Pereira, natural da Ri-beira das Taínhas, Vila Franca do Campo,São Miguel, Açores, esposo de Maria deLurdes Resendes Chibante.

Deixa na dor a sua esposa Maria deLurdes, os/as filhos/as Veríssimo (JulieMaheu-Houde), Sandy (Oscar Fuentes),Susy, Ana Maria, Odete, Íria e Elizabeth,os seus onze netos, o seu irmão José Pe-reira (Isabel Melo), a sua irmã Odete Pe-reira (Norberto Medeiros), seus sobri-nhos/as, seus primos/as, assim comorestantes familiares e amigos.

Os serviços fúnebres estiveram acargo de:

MAGNUS POIRIER Inc.10 300 boul. Pie-IX, Montréal-NordTel.: (514) 727-2847 –www.magnuspoirier.comAntónio Rodrigues (514) 918-1848

O velório teve lugar na quinta-feiradia 4 de setembro de 2014, das 18h às21h, e na sexta-feira dia 5 de setembro apartir das 12h00.

Seguiu-se a missa de corpo presente,na sexta-feira dia 5 de setembro de 2014,às 14h00 na Igreja Santa Cruz, 60 rue Ra-chel Ouest.

A família vem por este meio agra-decer a todas as pessoas que, de qualquerforma, se lhes associaram neste momen-to de dor. A todos o nosso obrigado pe-lo vosso conforto. Bem Hajam.

Antonio RodriguesConseiller aux familles10 300, boul. Pie-IX, Montréal (Québec)H1H 3Z1Général: (514) 727-2847/1 888 727-2847Télécopieur: (514) 322-2252Ligne directe: (514) 727-2828 - [email protected]

Publi-reportagemNovo Mestre de Romeiros?...

O Mestre dos Romeiros do Quebe-que, sr. Duarte Amaral, publicou no jornal Vozde Portugal, nos dia 12 e 26 de março 2014,uma nota pedindo um coordenador MestreRomeiro, que fosse responsável pelo grupode Romeiros do Quebeque. O antigo MestreJoão Vital, o mesmo que nomeou Duarte Ama-ral como Mestre em 2009, respondeu ao anún-cio.

Assim, o sr. João Vital apresentou-se nareunião do dia 6 de abril 2014 no Centro Comu-nitário de Nossa Senhora de Fátima de Lavalcomo também se apresentou no escritório daVoz de Portugal, respondendo ao anúncio dojornal, dizendo que tomaria o lugar de Mestree responsável pelo grupo de Romeiros do Que-beque, lugar que estava preenchido para esteano, mas que para o ano de 2015, e anossubsequentes, o sr. João Vital oferecia a suadisponibilidade. Afinal nem uma coisa nemoutra.

O que foi que aconteceu para que issonão fosse possível? Fica no ar a pergunta...

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A pintora Candie Martins apre-senta uma exposição de pintura nos dias26 e 27 de setembro, na Casa dos Açoresdo Quebeque.

A exposição abre ao público na sex-ta-feira, dia 26 de setembro, às 18h30, eencerra às 18h00 do sábado, dia 27 desetembro.

Toda a comunidade está convidadaa assistir, visto a entrada ser totalmentegratuita.

Casa dos Açores do Quebeque229, rue Fleury OuestMontreal QC H3L 1T8Tel. : (514) 388-4129E-mail:[email protected]

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Página 1518 de setembro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Campeonato da Major League Soccer

Impacto já não vai a tempo…• Por Norberto AGUIAR

A seis jornadas do fim do Campeo-nato da Major League Soccer, o Impacto deMontreal está praticamente fora da fase finaldesta competição que, como sabem, tem duasfases. Na primeira, com 34 jornadas, há umcampeão que recebe uma taça por isso. Na se-gunda, em jeito de eliminatórias, apuram-seos cinco primeiros classificados das duas zo-nas, a Oeste e a Este, com embates a eliminar,mediante dois jogos, um em casa de cada ad-versário. É nesta segunda fase que se encontrao verdadeiro campeão da Major League Soccer.Ter mais pontos entre as 19 equipas da MLSno final das 34 jornadas, embora sendo impor-tante ao ponto de todos quererem lá chegar,não dá para ser considerada a melhor equipadesta liga que cada vez ganha mais importância.

O Impacto de Montreal, depois de em2013 ter chegado à fase eliminatória, com bas-tantes dificuldades, diga-se em abono da verda-de, pois a ela acedeu por apenas um pontinhoe esse pontinho só foi conseguido mesmoem cima do término do campeonato, o Impac-to, queríamos dizer, este ano vai ficar fora dessapossibilidade, visto ter apenas 21 pontos (em28 jogos), a 16 do último lugar que dá acessoao apuramento.

Para quem tinha grandes ambições no iní-cio da época, consubstanciadas em promessasde todo o género, desde um treinador novocheio de qualidades, às trocas de alguns jogado-res, nada funcionou a preceito, ao ponto doImpacto ser hoje praticamente a pior equipada liga, mesmo se a nível administrativo e depresença de público aos jogos estar bem colo-cada. Felizmente que é assim, porque doutramaneira o risco seria enorme para uma equipaque está na MLS há apenas três anos, muitopoucos para que seja uma concessão solidifi-cada.

Entretanto, no decorrer da época e devidoaos maus resultados, os diretivos montrea-lenses foram tomando decisões, algumas delasde pura cosmética. Está neste caso a posiçãodo diretor desportivo, Nick di Santis, que dedemitido ficou mesmo assim na organização,não se percebendo muito bem para qual fun-ção. Diz-se que passa a ser responsável peloscontactos no estrangeiro... onde funcionaráprincipalmente como «olheiro»... Na ressaca,o treinador, que achamos inferior aos dois queo precederam, continua mesmo se os resulta-dos foram e são desastrosos.

Decisão acertada, porém, por ser verdade,foi a contratação do argentino Piatti, que nospoucos jogos que já efetuou desde que chegoua Montreal, não só demonstrou ter qualidadecomo já a aplicou no terreno de jogo, apre-sentando bom futebol e, melhor ainda, mar-cando golos, coisa que faltou muito este anoao Impacto.

Sem indicações de que haverá novo timo-neiro em 2015, o Impacto arrisca-se a ter derecrutar mais uma mão cheia de jogadores. Ese isso torna-se necessário, a verdade é que asescolhas têm que ser mais cirúrgicas, sob penade depois, no decorrer da época, se ter de recor-rer aos «remendos» na equipa, nada favoráveispara um time que tenha um mínimo de ambi-ções.

Liga de Campeões como salvação?Sem hipóteses de entrar na competição

de fim de época, o Impacto vira-se agora paraa disputa de um lugar nos quartos-de-final daLiga dos Campeões da CONCACAF. E depoisde vencer, nos dois jogos, em casa e fora, oDeportivo FAS, de El Salvador, agora o grupoquebequense terá de enfrentar o Red Bull deNova Iorque. Para passar à fase seguinte, oImpacto tem de fazer melhor que o Red Bull.O primeiro jogo disputa-se no Estádio Saputono momento em que este jornal estará entran-do na rotativa. Já o segundo, que tudo decidirácertamente, será realizado no dia 22 de outu-bro, agora em Nova Iorque. Se o Impactopassar, a próxima eliminatória, referente aosquartos-de-final, disputa-se em março de 2015.

Jogos e resultadosNo período que mediou a última saída e

esta do LusoPresse, o Impacto de Montrealdisputou três encontros. No primeiro, a equipade Frank Klopas foi ao Texas, mais precisa-mente a Houston defrontar o Dynamo local.Num jogo apertado, por equilibrado, o Impac-to acabou por perder a contenda, por 2-3. Aseguir, mas agora no Estádio Saputo, o Impac-to dirimiu forças contra a forte equipa do LaGalaxy, que veio com todas as suas vedetas,Landon Donovan incluído. Neste jogo o Im-pacto quase causou sensação, pois que ao inter-valo vencia o seu poderoso adversário por 2-0. No entanto, mercê de uma segunda partemuito intensa por parte do La Galaxy, e o 2-0dos primeiros 45 minutos se evaporaram...Zardes, jovem grande promessa do futebolUSA e, sobretudo, Donovan, o jogador-mara-vilha que se prepara para abandonar o futebolaos 32 anos quando ainda tinha muito paradar, foram os carrascos do Impacto.

Com nova saída ao estrangeiro, o Impactodefrontou o Revolution, em Bóston, no pas-sado sábado. E mesmo se levou uma equipamuito diferente da que costuma apresentar emcampo, o Impacto bateu-se muito bem contrauma formação que tem vindo em crescendo,por via da chegada de alguns excelentes joga-dores. De resto, o Revolution deve ser umadas equipas da hora, juntamente com o DCUnited, ambas da Zona Este do Campeonatoda MLS. Será, certamente, uma das equipasque vai marcar presença na próxima fase daMLS. Foi com esta equipa que o Impacto per-deu por apenas 1-2, depois de ter estado avencer o desafio.

Outras equipasNo início da época o Toronto FC foi a-

pontado como o clube a abater, isto por mordo reforço do seu plantel. Jermaine Defoe,Michael Bradley, Gilberto, mesmo Júlio César– agora no Benfica – foram os craques contrata-dos a peso de ouro. Afinal, quando faltam seisou sete jogos para o fim, o Toronto FC encon-tra-se em risco de não participar nas elimina-tórias. Para já o treinador foi despedido e JúlioCésar foi recambiado para o QPR, que, depois,o cedeu ao Benfica. A ver vamos o que aconteceaos torontoenses até ao fim da época...

No lado oposto está o DC United que depior equipa em 2013, este ano está na luta pe-lo primeiro lugar no Campeonato, seguindomesmo em primeiro, destacado, na Zona Este,

a mesma do Impacto, e com o apuramento jáassegurado para as eliminatórias. Duas ou trêsaquisições, como a de Dave Arnaud, o anopassado capitão do Impacto, e cá está o DCUnited que é, para quem não sabe, a equipacom mais títulos na MLS, às portas da glória.

Na Zona Oeste, o destaque vai para oSounders de Seattle, já apurado para a fase se-guinte e por isso atual primeiro da classificaçãogeral. La Galaxy segue-o a três pontos, mascom mais um jogo.

Quem não descola do último lugar destaZona Oeste é o Chivas USA. Equipa creden-ciada aqui há uns anos, o Chivas USA passapor um momento complicado ao nível de resul-

tados, o que tem feito baixar assustadoramenteas suas assistências, numa cidade, Los Angeles,onde se situa o La Galaxy, formação das maispoderosas da Liga em termos futebolísticos –é a segunda mais premiada da história da MLS,só atrás da DC United – e também financeiros.

Próximos jogos do ImpactoSábado, dia 20Estádio Saputo, 19h30Impacto – San JoséSábado, dia 27Columbus Crew – ImpactoDomingo, dia 5 de outubroChicago Fire – Impacto.

Landon Donovan, que pena deixar o futebol aos 32 anos quando está em grandeforma! Para todos os efeitos, vai-se um dos melhores futebolistas mundiais.

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