vol. xviii • n° 305 • montreal, 20 de março de 2014 editorial mário...

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Vol. XVIII • N° 305 • Montreal, 20 de março de 2014 Cont. na pág 2 Editorial Mário Soares Por Carlos DE JESUS Santos de casa não fazem mila- gres, diz o ditado e é bem verdade. Foi preciso virem os jornalistas estrangeiros, acreditados em Portugal, atribuir o «Pré- mio Personalidade do Ano da imprensa estrangeira» ao Dr. Mário Soares para que finalmente alguém se lembre de salientar a craveira daquele que foi e continua a ser um grande homem de estado, um militante incansável pela justiça social e uma voz de Foto LusoPresse. 3204, rua Jarry Este 729-9494 www.ocantinho.ca RESTAURANTE Grelhados à portuguesa sobre carvão Grelhados à portuguesa sobre carvão Centre de Carreaux Céramiques Italien Inc. 8710, rue Pascal-Gagnon Saint-Léonard QC H1P 1Y8 [email protected] Affilié avec Éco Dépôt Carreaux de Céramique Acesso a mais de 20 instituições financeiras para vos conseguir: *Fernando Calheiros B.A.A. Courtier hypothécaire - 514-680-4702 7879 rue St Denis, Montréal, Québec H2R 2E9 *Hélio Pereira CHA Os nossos endereços 222, boul. des Laurentides, Laval 8989, rue Hochelaga, Montréal 8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal 6520, rue Saint-Denis, Montréal 10526, boul. Saint-Laurent, Montréal 6825, rue Sherbrooke est, Montréal 7388, boul. Viau, Saint-Léonard 10300, boul. Pie-IX - Esquina Fleury António Rodrigues Conselheiro Natália Sousa Conselheira CIMETIÈRE DE LAVAL 5505, Chemin Du Bas Saint-Francois, Laval Transporte gratuito –––––––– Visite o nosso Mausoléu SÃO MIGUEL ARCANJO Uma família ao serviço de todas as famílias Nós vos apoiamos com uma gama completa de produtos e serviços funerários que respeitam as vossas crenças e tradições. 514 727-2847 www.magnuspoirier.com Montréal - Laval - Rive-Nord - Rive-Sud 8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 10 PM 37 37 376-2652 O RESTAURANTE DO MOMENTO! GRELHADOS Galinha, febras, chouriço, lulas, etc... PASTÉIS E RISSÓIS camarão, carne, chouriço, galinha... BOLO “Ma Poule Mouillée” E A GRANDE SURPRESA a «Poutine» à portuguesa! 969, rue Rachel est Tel.: 514-522-5175 www.MaPouleMouillee.com facebook.com/MaPouleMouillee #MaPouleMouillée Temos os melhores preços SUMO GALO 100% PURO DA CALIFORNIA 39 99$ + tx Especial até 29 abril LES ALIMENTS C. MARTINS 123, Villeneuve Este MOSTO 100% PURO Tels: 845-3291 845-3292

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Vol. XVIII • N° 305 • Montreal, 20 de março de 2014

Cont. na pág 2

Editorial

Mário Soares• Por Carlos DE JESUS

Santos de casa não fazem mila-gres, diz o ditado e é bem verdade. Foipreciso virem os jornalistas estrangeiros,acreditados em Portugal, atribuir o «Pré-mio Personalidade do Ano da imprensaestrangeira» ao Dr. Mário Soares para quefinalmente alguém se lembre de salientar acraveira daquele que foi e continua a serum grande homem de estado, um militanteincansável pela justiça social e uma voz de

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Página 220 de março de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

EDITORIAL...Cont. da pág 1

revolta contra o saque do estado portuguêspor meia dúzia de caciques vendidos ao neoli-beralismo.

Compreende-se que haja muita gente quenão goste do Dr. Mário Soares pelas mais vari-adas razões. Uns porque são de direita e nuncaverão com bons olhos um socialista, por maismérito que ele tenha, faça ele o que fizer. Outrossão de esquerda e não perdoam que um socia-lista lhes faça frente. É o que se chama fobiaideológica, a doença dos “ismos”, uma pechade que, infelizmente, nenhum partido está li-vre.

Temos depois contra ele quase todas asvítimas da caótica descolonização africana quese seguiu ao 25 de Abril e que encontraram nafigura do Dr. Mário Soares o bode expiatóriopara todos os males que lhes aconteceram. Aquem sofre na pele é compreensível que pensemais com as tripas do que com a cabeça. Masé preciso olhar para o contexto da época, e so-bretudo não esquecer a responsabilidade quecoube ao Partido Comunista pela forma comoateou o processo, levando assim a cabo umaestratégia muito mais ampla do que eles deixa-vam adivinhar. Atribuir o falhanço da descolo-nização e todo o descalabro que se seguiu àRevolução dos Cravos ao Dr. Mário Soares énão ter em conta que a descolonização, porum lado, era historicamente inevitável, huma-namente justa, e reparo necessário aos atrope-los que em nome do país se cometeram em Á-frica e, por outro lado, a possessão de colóniasera (e é) totalmente incompatível com um regi-me democrático digno desse nome. Hoje, qua-se 40 anos passados sobre aqueles aconteci-mentos e visto a abertura que as antigas colóni-as estão a fazer aos jovens portugueses de hoje,podemos concluir que no fim nem tudo correumal.

Naquele contexto do imediato pós 25 deAbril, com um Partido Comunista de índoleestalinista, enfeudado à esfera soviética, e ansio-so para instalar uma república de estilo cubanonaquele canto da Europa, os comunistas tudofizeram para ajudar os seus «irmãos de armas»dos movimentos independentistas africanoscomo naturais aliados para os desígnios a quese tinham proposto, o de fazer de Portugal edas antigas colónias, com o auxilio estratégico,económico e militar dos soviéticos, um novomundo satélite de Moscovo.

Foi aliás graças à sua luta infatigável pelademocracia em Portugal, que o Dr. Mário So-ares conseguiu libertar o país das tentações di-tatoriais da esquerda soviética e isto, depois deter, numa primeira fase, dado a mão ao Dr. Ál-varo Cunhal e a todos os antifascistas que,imediatamente, ignorando a nobreza do gesto,se quiseram impor em senhores da terra, ocu-param de facto todas as oficinas do poder, etentaram arredar toda a oposição democrática,com o apoio dos ingénuos úteis do Movimen-to das Forças Armadas.

O que ninguém pode ignorar, e a Históriao confirmará, é que a luta do líder socialista

contra a ditadura do regime de Salazar — que olevou à prisão e ao exílio — e a sua incansávelbatalha para impor um regime democráticoem Portugal — contra ventos e marés, da direi-ta e da esquerda — foi sempre a constante dasua vida, até ao ponto de hoje, não obstante asua idade avançada, continuar a militar pelosseus ideais. Foi aliás a constância deste combateque foi realçada, no momento da entrega doprémio, pelo presidente da Associação da Im-prensa Estrangeira em Portugal (AIEP), BelénRodrigo, quando afirmou “Os correspondentequiseram premiar Mário Soares por ser umadas vozes mais ativas no seu país, com umagrande repercussão no estrangeiro. Ante a difi-culdade dos portugueses, Soares não se temcalado”.

Seja como for, este prémio, vindo doscorrespondentes estrangeiros em Portugal,tem um significado que transcende as linhaspartidárias, já que ninguém, de boa-fé, podeatribuir intenções escondidas ao júri do prémio,composto de jornalistas dos mais variados paí-ses, os quais logicamente não têm qualquer in-teresse partidário na escolha feita.

Ora, não obstante a patente ausência departidarismo nesta escolha, acontece que nacerimónia da entrega dos prémios, na sala dosespelhos do Palácio Foz, brilharam pela suatotal ausência os representantes dos outrospartidos, mas sobretudo, o facto de tambémnenhum membro do governo ou da presidên-cia da república se ter feito representar. Estive-ram no entanto presentes, para além dos ex-líderes do Partido Socialista, o antigo presidentede Cabo Verde, Pedro Pires, alguns embaixa-dores estrangeiros e a maioria do corpo decorrespondentes estrangeiros em Lisboa.

A deselegância deste gesto por parte dosatuais dirigentes políticos portugueses, tantoà sua direita como à sua esquerda, revela, perantea imprensa estrangeira — o mesmo é dizer pe-rante o resto do mundo — que Portugal é go-vernado por gente sem classe, gente mais pa-recida com figurantes de partidos de opereta,francamente comparáveis aos prepotentes ca-ciques das repúblicas das bananas, do que a di-rigentes dum estado de direito, civilizado e de-mocrático onde o fair play é a norma.

Mas não nos devemos surpreender.Quando os atuais dirigentes não passam desargentos tarimbeiros que grimparam na escalasocial, sem preparação, nem instrução, comdiplomas comprados na Internet ou assinadospor universidades de vão de escada, propulsa-dos para as luzes da ribalta pelos apaniguadosdas suas alas da juventude — os famosos beti-nhos das jotas — é este o resultado que dá.

Costuma dizer-se que cada país tem osgovernantes que merece. Mas, francamente,no caso português, um povo historicamentetão martirizado, espezinhado, vilipendiado eexplorado pelas suas autoproclamadas elites,já devia ter ganho o direito de merecer viver,neste século XXI, numa sociedade civilizada,mais justa, mais igualitária. Quanto Mários So-ares serão ainda precisos para que esse dia che-gue finalmente?

IGREJA BAPTISTA PORTUGUESADomingos às 15H00 – Pregação do Evangelho6297 Ave. Monkland, (NDG) Montreal

http://www.madisonbaptistmontreal.com/portugues.htmlTel. 514 577-5150 – [email protected]

L P

O plano PITosga• Por Osvaldo CABRAL

Quando Portugal tem um pro-blema, faz-se um manifesto.

Nos Açores, faz-se um Plano.É a natureza dos políticos deste século,

fabricar papel.Já perdi a conta ao número de planos

elaborados nos últimos anos, não pondoem dúvida que a nossa região deve ser a maisplaneada do mundo.

Agora nasceu o PIT (Plano Integradode Transportes), um documento bem-in-tencionado, com 103 páginas, 65 das quaissão anexos, que inclui 25 medidas, umas in-teressantes, outras banais, mas nenhumacom calendarização.

O PIT pretende, entre outras coisas,“garantir fiabilidade, regularidade, rapidez eeficiência nas acessibilidades por via maríti-ma às ilhas dos Açores, quer para passagei-ros, quer para viaturas”, mas não fala em ta-rifários.

Pretende, também, melhores acessibi-lidades aéreas, mas não diz nada sobre tarifá-rios.

De acordo com o Secretário Regionalde Transportes, o PIT “é um conceito quequeremos introduzir e que se prende, es-sencialmente, em conseguirmos ter umconjunto de meios e infraestruturas forte-mente eficientes com uma orientação clarapara servir as necessidades permanentes doscidadãos, dando-lhe uma resposta adequa-da”, mas também não fala em tarifários.

Louvo o esforço de Vítor Fraga, queparece interessado em fazer qualquer coisano setor que não deixa desenvolver a econo-mia açoriana, mas a verdade é que o planonão toca no essencial.

E o essencial, como todos sabemos edebatemos há vários anos, é o preço que sepratica nos transportes marítimos e aéreosdesta região, incluindo taxas portuárias e ae-roportuárias.

É escusado planearmos e embelezar-mos uma oferta bem embrulhada, se depoiso custo da procura não corresponde à algi-beira dos consumidores.

Isto é válido para nós, residentes, comopara os não residentes.

As novas propostas de obrigações deserviço público que estão trancadas nas ga-vetas do Ministério da Economia, em Lis-boa, poderiam já ser aplicadas, em parte,pela SATA, nomeadamente disponibilizan-do mais bilhetes promocionais, porque temmargem para isso.

Não o faz porquê?O histórico do nosso governo, nesta

matéria de obrigar a SATA a baixar o tarifá-rio entre as ilhas e para o Continente, não émuito abonatório.

Todos nos lembramos que, em junhode 2008, uma petição pública deu entradana Assembleia Regional, para baixar as tari-fas da SATA, e foi chumbada pela maioriaPS.

O argumento do governo era de que otarifário praticado pela SATA já estava “aníveis mais baixos do que os valores pratica-

dos há 10 anos”!Na mesma altura discutiu-se a pos-

sibilidade, admitida então, dos emigran-tes açorianos terem tarifas equiparadasaos residentes.

Foi tudo em vão.Daí para cá, mesmo com a introdu-

ção do debate sobre a abertura dos nos-sos céus às low-cost, o Governo Regio-nal nunca se entendeu.

Em junho de 2007, durante uma dis-cussão sobre o transporte aéreo na As-sembleia Regional, o Secretário da Eco-nomia afirmava, a pés juntos, que a libe-ralização dos transportes aéreos para osAçores seria “um verdadeiro caos”.

Logo a seguir, no encerramento doXIII Congresso Regional do PS-Açores,Carlos César anunciava que o governoregional admitia uma liberalização aérea...

Quanto aos transportes marítimos,é óbvia, também, a desorientação naprocura de um rumo.

O nosso orçamento regional gasta,todos os anos, mais de 100 milhões deeuros no setor dos transportes, sem queos açorianos beneficiem de um abaixa-mento no custo da mobilidade.

Vão-se adquirir, agora, mais doisnavios com capacidade para 650 passa-geiros e 150 viaturas, num custo que ul-trapassará os 80 milhões de euros, quan-do o transporte de passageiros baixoupelo terceiro ano consecutivo – menos70 mil em 2013 – e, ao que parece, nemservirá para o transporte de carga, pro-vavelmente para não prejudicar interessesinstalados no setor marítimo-portuário.

Se o PIT não enxerga isto, então éPITosga.

Como já previu – e muito bem – odeputado socialista e comandante da ma-rinha mercante, Lizuarte Machado, “tere-mos assim um ‘modelo’ profundamentedesajustado, pago por todos nós e maisgrave do que tudo isto é o facto de daínão advir nenhuma mais-valia para a re-gião porque, na dimensão proposta, co-mo atrás se viu, dele não necessitamos”.

Aliás – atenção a esta novidade – ésintomático que, até hoje, não se tenhaconhecimento público de um estudo(mais um!) que a “Atlanticoline” man-dou elaborar em 2009 à empresa britâni-ca BMT-Transport Solutions, sobre otransporte marítimo de passageiros entreas nossas ilhas.

O estudo, com 174 páginas, entre-gue em agosto de 2010, teve como finali-dade apresentar “uma solução viável” pa-ra melhorar as ligações marítimas entreilhas, fazendo uma mão cheia de reco-mendações.

Há quem diga que as suas conclu-sões não foram do agrado de quem fez aencomenda...

É muito provável que este novoPIT siga o mesmo caminho.

Ou seja, que venha a prescrever.Nada de anormal, neste país políti-

co tão singular, onde as prescrições es-tão na moda. L P

Página 320 de março de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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NO QUEBEQUE...

ELEIÇÕES EM DATA FIXA? NÃO, MERCI!• Por Norberto AGUIAR

Pauline Marois e o seu governo decidi-ram marcar eleições para o dia 7 de abril que aívem. A razão dada foi a instabilidade criadapelos partidos de oposição ao seu governo,minoritário, como se sabe e, por isso, sempossibilidades de dirigir a província a seu beloprazer – facto que também acontece com todosos governos maioritários, diga-se em abonoda verdade...

Não ligando ao que tinha decidido mesesatrás, com o acordo dos outros três partidos,Quebeque Solidário, CAQ e Partido Liberal,quando legislou que as eleições, no futuro, se-riam em data fixa, fosse qual fosse o partidono poder, Pauline Marois, o seu governo e oPartido Quebequense aparecem agora a dar odito por não dito e a defender um novo atoeleitoral a dois anos da data estabelecida...

Para os que são pela causa pequista, as ra-zões são mais do que óbvias para justificar oato do dia 7 de abril, visto os partidos da Opo-sição estarem sempre com a ameaça de fazercair o governo...

Mas para os que são contra Pauline Maroise o seu partido, as eleições do dia 7 de abril nãosão mais do que uma questão de oportunismoflagrante, pois o governo continuava a ter con-dições para governar... Como crítica acerba

avançam que a primeira-ministra urdiu uma es-tratégia favorável, através do descontentamen-to de uma grande parte da população para comos «Acomodamentos razoáveis», trazidos àordem do dia pelo ministro Bernard Drainville.

E estamos nisto. Uns, que sim, que o Par-tido Quebequense não tinha outra maneira deregularizar as ameaças da Oposição quanto àcontinuidade do governo em função; a Oposi-ção, por sua vez, alega que não havia necessi-dade de se recorrer a eleições quando ainda fal-tam cerca de dois anos para a data prevista, so-bretudo num momento de morosidade econó-mica, sabendo-se que um ato eleitoral provin-cial anda à volta de 80 a 90 milhões de dólares.

Outro dado importante chegou já depoisde declarado o ato eleitoral. Falamos da vindade Pierre Karl Péladeau. A sua chegada à cenapolítica provincial e o seu «Eu quero um paíspara o Quebeque», veio transformar o discursoprincipal da campanha, que andava à volta da«Carta dos Valores Quebequenses» por bandado Partido Quebequense e da questão econó-mica pelo lado do Partido Liberal...

De repente, a possível separação do Que-beque tomou conta do debate durante algunsdias. Declarações de todos os intervenientesforam escalpelizadas e extravasadas, algumasaté a merecer reprovação do público eleitor,nada interessado no sensacionalismo criado àsua volta pelos Média quebequenses, mas tam-

Pauline Marois, na Câmara Municipal, quando falava aos jornalistas. Foto Luso-Presse.

bém dos do resto do Canadá. Nessa escalada,PKP foi utilizado a preceito, ficando mesmopor focalizar se tem condições para ser umbom político... É que pode ser-se um bomadministrador e empresário mas não necessari-amente um homem capaz de gerir a coisa pú-blica... Era disso – ainda é disso, em nossaopinião, claro está – que os jornalistas têm dequestionar PKP: – Tem ele ou não as qualidadesnecessárias para ser um deputado ao serviço

dos seus eleitores?... O resto não passa de sen-sacionalismo de meia-tigela.

Partido Liberal recupera?Dado como ultrapassado pelo Partido

Quebequense no momento de declaradas aseleições, afinal o que fez com que Pauline Ma-rois se lançasse em campanha, o Partido Libe-ral, isto no momento de preparar este artigo,já é dado como líder nas intenções de voto pe-la população, com mais três pontos percentu-ais. Um revés enorme para Pauline Marois quenão há muitas semanas liderava com mais de4%.

O que foi que entretanto aconteceu? Osespecialistas não sabem responder. Mas as ra-zões devem andar à volta da viragem do PartidoQuebequense, que antes se valia da «Carta dosValores», que atraía a simpatia de muitos elei-tores, sobretudo os de «souche», e que agora ede repente se vêm confrontados com a questãodo estatuto do Quebeque no interior da

Federação canadiana, isto é, com um novoreferendo, um assunto que nesta altura não fazminimamente parte das suas preocupações...

A continuar assim e caso tenha boaprestação no debate de hoje à noite, PhilippeCouillard arrisca-se a ganhar as eleições do dia7 de abril, o que constituiria uma vitóriasensacional, por inesperada.

Também a perder terreno está a CAQ deFrançois Legault, um partido que, à partidapara esta maratona, se pensou que poderiaatingir um score próximo do último atoeleitoral, quando chegou aos 28%.

Finalmente, uma palavra para o PartidoQuebeque Solidário, que nos parece poder au-mentar a sua base de apoio em relação ao que

já obteve em atos eleitorais até aqui.

Amir Khadir, em conferêcia de Imprensa.

Téâtre Espace GO4890, boulevard St-LaurentDe 4 a 22 de março 2014Terça-feira, às 19h00; de

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Página 420 de março de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

FICHE TÉCHNIQUE

LusoPresseLe journal de la Lusophonie

SIÈGE SOCIAL6475, rue Salois - AuteuilLaval, H7H 1G7 - Québec, CanadaTéls.: (450) 628-0125 (450) 622-0134 (514) 835-7199Courriel: [email protected] Web: www.lusopresse.com

Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:• Carlos de Jesus• Norberto Aguiar• Onésimo Teotónio Almeida• Osvaldo Cabral• Vitória Faria• Adelaide Vilela• Filipa Cardoso• Jules Nadeau• Fernando Pires

Revisora de textos: Vitória FariaSocieté canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

LusaQ TvProdutor Executivo:• Norberto AguiarContatos: 514.835-7199

450.628-0125Programação:• Segunda-feira: 22h00 às 23h00• Sábado: 11h00 ao meio-diaTelenovela: segunda a sexta-feira,das 17h00 às 18h00.(Ver informações na página 16)

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COM O DR. ERNESTO KAHAN

UM ABRAÇO DE PAZ DAS TERRAS DE ISRAEL• Por Adelaide VILELA

Caros leitores, hoje levamos até aoV canto de leitura uma pessoa ilustre que ma-nobra de maneira incrível a pluma que usa parasurpreender pacificamente o povo de toda aterra, com a energia positiva e a bondade quelhe são peculiares. A vida que põe na literaturae na poesia traduz-se em dois dos mais nobrese belos sentimentos: a Paz e o Amor que ex-pressa e partilha com o mundo que fantastica-mente o admira. E quem melhor do que umPrémio Nobel da Paz para reconhecer e darvalor à cultura, aos tempos e à humanidade!“Oh, se as gentes pudessem entender que como uso do amor, a herança seria muito maiorque com o ódio. Ernesto Kahan, 2013”.

Apraz-nos falar do Dr. Ernesto Kahan,como poeta, muito embora saibamos que émédico, professor universitário e investigador.Melhor dizendo, foi uma cascata de ouro do-minante no desmantelamento da guerra nu-clear, há uns anos a esta parte. Como poeta,foi nesta condição que o conhecemos. E paranós é tão mais fácil referir o amor e a paixãopela poesia do que detalhar a malvada guerra eseus conflitos sangrentos... Com estas últimaspalavras já meus olhos (desbravados) enchemum rio de lágrimas ao pensar no que se passaatualmente mundo além, viajando até à Vene-zuela ou mesmo visitando a Ucrânia.

Este Vate imortal nasceu na Argentina evive há 50 anos em Israel. Ali casou e constituiufamília. A sua poesia é romântica, bela, clara eprofunda! Como uma ilha encantada, entra-mos nela e não dá para sair! Logo, a profundezavulcânica e o azul do mar nos enlaça e mistura-nos com as ondas, aliás, com as palavras poé-ticas, belas e pacíficas do Dr. Ernesto Kahan,as suas poesias.

Na verdade, levamos até Vós a vida e obrado médico e escritor que tivemos o privilégiode entrevistar. A priori, o nosso interlocutormanda um abraço para a comunidade lusa deMontreal e deseja a todos felicidades e muitapaz.

Como e onde o conhecemos:Tal como o Dr. Ernesto Kahan também

nós somos emigrantes – ambos cumprimosfielmente nosso destino – como viajantes pelomundo: sem perder o mar, secar o rio, viajarno céu ou deixar morrer o coração. Foi numevento Literário, na Universidade Autónomado Estado de Morelos, no México, em feve-reiro de 2005, que nos encontramos. No mêsde outubro de 2008 participamos igualmenteno VII Mega Evento Internacional e Nacio-nal de Poetas, Leoncio Buenos, na Universidadede Callao, em Lima, Peru. Nestes ou noutroseventos, o Dr. EK confidenciou-nos que sen-tia uma grande atração pela língua de Camões.Logo aumentou a nossa ambição e curiosidadeao decidir conhecê-lo melhor com a finalidadede trazer até aos leitores este homem heroicoe humanista. O Dr. Ernesto Kahan conta aonosso jornal que começou a escrever poesiaquando cumpria o serviço obrigatório militarno seu país natal, na Argentina: “A únicaforma que tinha para libertar o meu estadode ânimo. Logo nasceu em mim uma espécie

de diário escrito em verso”. Segundo nos disse,já então estudava medicina e o tempo não lhesobrava muito devido ao exercício desta profis-são que requer tempo, cuidado e muito estudo,que absorve um ser humano em todo o sen-tido da palavra. “Nunca deixei de ler poesia,por ser um dos meus encantos”. Confessa onosso amigo médico cuja ênfase é dada na es-trutura desta sua atividade literária que é a poesia,muito embora escreva Narrativa e Ensaio. Es-creveu outras obras, tais como livros sobre ci-ência médica, pesquisa e investigações em in-glês. Colaborou e organizou congressos cientí-ficos que lhe valeram muitos e valiosos títulosao longo dos anos, quer como médico, quercomo escritor e investigador.

Depois de várias perguntas quisemos sa-ber qual é a sensação quando se escreve umacoisa diferente da outra. A resposta não se fezesperar: “Para mim o escrever é uma atividadediária que se implementa com disciplina, écomo um trabalho o qual organizo previamentecom método bem definido, cujo objetivo, tema emensagem fazem parte da metodologia. Hámuito tempo que não me enleio com musas.Como é óbvio, os meus temas sempre me apai-xonam e deixo-me levar por eles transpor-tando-me emocionalmente”.

O nosso estimado médico é um poetauniversal, brilhantemente e com graça diz queestá noivo da literatura hispanoaricana. Masafirma “Que em todo o mundo se escreve sobrepoesia, com toda a liberdade para o criador,para o poeta”. Na sua opinião há escritos deque gosta e outros não. No entanto aprecia,admira e lê muitos estilos de literatura. No pon-to seguinte atreve-se a provocar admiração edúvida respeitando a todos!

Noutro ângulo, Ernesto Kahan afirmaque há muito tempo se supõe que o pacifismoé o adormecimento das classes sociais até aoprogresso da humanidade. Isso que podia ter

sido certo no passado perde vigência no pre-sente, devido à existência de armas de destrui-ção massiva que põem em perigo a vida noPlaneta. Por isso devemos trabalhar educando-nos para a tolerância. Aqui o papel do poeta éfundamental e é bem aceite, como a pombaque transporta a palavra, a paz pelo mundo a-lém. Pois é caro leitor o nosso querido interlo-cutor diz bem, que a poesia seja um romanceconsigo mesmo é dizer que: “As pombinhastransportam pouco as palavras mas os poetaslevam aos ombros um grande desafio, – sãomensageiros e guardiãs da língua mãe – paraenriquecê-la e manter viva a chama da nossacondição de seres humanos, sociais, em comuni-cação cultural”.

Aqui aumentamos o ritmo da felicidade,como escritores e poetas, se nos ligarmos àInternet logo damos um salto aos quatro can-tos do mundo. Razão tem o nosso estimadoamigo lá em Israel, sempre com algo positivoa transmitir-nos: “Para os escritores e poetas aamizade virtual é uma nova realidade, quasede nosso interior e leva-nos a um voo de existên-cia de círculos concêntricos de personalidades”.

Um voo poético do Dr. Kahan:Sem paz não haverá vida.Sem paz, harmonia não haverá paz.Sem tolerância não haverá harmonia.Sem uma cultura de paz não haverá tole-

rância.Sem uma cultura espiritual não haverá

cultura de paz.Sem educação não haverá cultura espiritu-

al de paz.Sem democracia não haverá educação.Sem educação haverá dependência, guerra

e dor.O FINAL DA VIDA!...

Por ter participado na organização pela

Prémio Nobel em 1998.

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Bilhete de Lisboa

Teatro em Portugal• Filipa CARDOSO

Sempre fui apreciadora de bom teatro e ultimamentetenho visto peças de vários géneros de que muito gostei. Assistipraticamente a todas as peças que Filipe La Feria tem levado àcena. A última produção, como sempre com grande sucesso, enum ano em que se comemora os 100 anos do Teatro Politeama,tem como titulo “Grande Revista à Portuguesa” e homenageiao género mais genuíno do nosso teatro.

O texto é de Filipe La Feria, os magníficos figurinos deCosta Reis e o desenho de luzes e a arrojada coreografia de Mar-co Mercier.

Neste momento de crise é bom assistir a um espetáculocom textos inteligentes, críticos e politicamente incorretos,interpretados por um grande elenco onde se destacam MarinaMota e João Baião.

No Teatro Aberto está em cena uma peça de David Ivesintitulada “Vénus de Vison”.

David Ives partiu de uma releitura do romance sensual,homónimo, de Leopold Von Sacher-Masoch (1836-1895) eescreveu uma peça inquietante, onde nos perguntamos cons-tantemente se o que parece é.

Os protagonistas desta peça, que aborda o tema das relaçõesentre os homens e as mulheres, são os jovens atores Ana Gui-omar e Pedro Laginha, que desempenham magistralmente osseus papéis.

No Teatro da Politécnica, num espaço cedido aos ArtistasUnidos pela Reitoria da Universidade de Lisboa, assisti no iní-cio do ano a uma peça que tão cedo não me vou esquecer pelabrutal atualidade do texto.

A peça “Punk Rock” de Simon Stephens (1971) escritaem 2009, debruça-se sobre a história de sete típicos finalistasde liceu.

É uma reflexão muito realista sobre a juventude, os seusproblemas e incertezas, mas também sobre a violência latenteno ambiente escolar da própria sociedade.

A minha última ida ao teatro foi a Oeiras, ao AuditórioMunicipal Eunice Muñoz.

Nunca lá tinha ido, mas valeu a pena, pois a peça “A Casado Fim da Linha”, do dramaturgo Celso Cleto, foi muito exal-tante e absorvente.

A peça aborda de uma forma misteriosa a história de duasmulheres (Sofia Alves e Manuela Maria) que se encontram passa-dos trinta anos. Separadas durante a Segunda Guerra Mundialresolvem, finalmente, procurar os verdadeiros motivos que aslevaram a seguir rumos diferentes.

O Teatro em Portugal está vivo e recomenda-se. L P

Departamento de Epidemiologia e Estatística doInstituto de Saúde Ocupacional na Faculdade daUniversidade de Tel Aviv. Orientou e foi assessornas investigações da cátedra de Medicina de Famí-lia desta Universidade, da Rede de Investigação dePediatras de Israel.

Foi reconhecido mundialmente por ter umavisão analítica dos sistemas de atenção primáriade saúde em Israel, nacional e internacional. Foio Investigador convidado da Universidade de Wa-shington (USA). Vice-presidente dos “Médicoscontra a Guerra Nuclear”, instituição premiadacom o Prémio Nobel da Paz em 1985. Publicou 9livros e mais de 200 artigos científicos em revistasde calibre internacional. As poesias do seu livro“PAXAPORTE” foram traduzidas em 11 lín-guas. O livro “Genocídio” foi traduzido em trêsidiomas e enaltecido nos festivais do livro naMongólia, Alemanha, Espanha, Jugoslávia e Ar-gentina. Autor selecionado em “15 CollectionVol. III, XII”, e muitas outras publicações. Éfundador de “Médicos pela Paz”: Israel, Uruguai,Chile e Bolívia.

Leitores, desde o início do mundo que as ex-traordinárias capacidades do ser humano se reve-lam. Pela minha parte não sei se existo... sim,existo (hoje), mais rica e feliz com a conclusão domeu trabalho resumido nos últimos pensamentosdo Dr. Ernesto Kahan. Depois de lhe termosperguntado como lhe chegam até à alma ou àmente as palavras e como reage como médico epoeta, no meio da tristeza e do desânimo, casotenha que agir no sentido de descrever uma situa-ção e criar um momento de magia?

“A alegria e a tristeza são parte do mesmo eelas unem-se em nostalgia, em dor humana, emresponsabilidade social. A necessidade de comu-nicar, o fogo sexual, e não vou porque apalpareia doença, a morte, o suicídio... O que nunca faltaé a minha necessidade de contribuir pela Paz Uni-versal.”

E com estas sábias palavras me despeço de Sileitor e do meu bom amigo, o Dr. Ernesto Kahan.Foi gratificante ter recebido tão importante figurano nosso Jornal. Descobrimos como belo é par-ticipar, dando as mãos pela Paz do Mundo; assimaprendemos com os nossos exemplos e com ossábios a fazer da vida poesia!

paz e prevenção da guerra nuclear em 1985 foi-lhe atribuído o PrémioNobel da Paz em Oslo. Ainda hoje é conhecido como um dos ativistasimportantes na Terra, lutando a cada dia pela prevenção da guerra nu-clear, pela igualdade e pela Paz.

Concluímos o nosso artigo dando a conhecer aos nossos leitoresum pouco mais sobre o Dr. Ernesto Kahan. Não queremos utilizaruma linguagem cinco estrelas pois iríamos remar contra a maré, diriacontra o gosto do nosso Poeta, sabemos que aprecia as coisas simplese belas, cândidas e verdadeiras.

Todavia, o curriculum vitae do Dr. Ernesto Kahan é compostode umas 50 páginas, fizemos um resumo simples e organizado paraque os nossos leitores ficassem comodamente mais informados.

O Argentino, médico, poeta, professor universitário, é investigadore também possui um doutoramento honoris causa em literatura. Devidoà ditadura emigrou para Israel no ano de 1976. Foi Professor na Uni-versidade de Tel Aviv, Israel, e mais tarde viria a lecionar na Argentina,Patagonia-Argentina, UCE-Dominicana, Católica, Peru, UNAM-Mé-xico e Salamanca em Espanha e ainda noutros centros académicos. Foi reconhecido como um dos mais importantes médicos de Israele no mundo. Desde 1985 até 1997 desempenhou o cargo de Diretor do

L P

Serendipity é mais ou menos isto• Por Onésimo Teotónio ALMEIDA

Na vida as coisas não são branco ou preto, como asgentes da política querem pintá-las. Esquerda e direita eram. Fo-ram. Tudo hoje é mais complexo.

Volto a António Quadros para contar uma história deleque teve belas repercussões, independentemente de ele ser de di-reita ou esquerda. Ou de eu não gostar da leitura nacionalista queele faz de Pessoa.

Um dia, na praia de Sesimbra, um americano estava estendi-do na areia ao lado de um casal português. O homem lia um li-vro. O americano, curioso, meteu conversa. Que livro era aquele?Era de um tal Fernando Pessoa. E o seu leitor chamava-se Antó-nio Quadros.

Conversa puxa conversa, o americano, que nunca ouvirafalar de Pessoa, ficou cativado e quis saber e ler mais e mais. Jásabia espanhol muito bem. Era autor de traduções, muito conhe-cidas nos EUA, de Cervantes, Calderón de la Barca, F. Garcia deLorca e Lope de Vega. Tinha o nome de Edwin Honig. Era tam-bém poeta e professor no Departamento de Inglês da Brown,colega do George Monteiro.

O encontro levou Honig a interessar-se por Pessoa e, maistarde, a ser o primeiro tradutor de Pessoa para inglês, em 1971.

Vários anos depois, foi ele que me cedeu a sua correspon-dência com Thomas Merton. Sim, o monge trapista que líamosnos anos 60 no Seminário de Angra (A Montanha dos SetePatamares, em edição brasileira comprada no Sargento Ferreira,ao Alto das Covas). Merton traduziu poemas de Caeiro (“OGuardador de Rebanhos”), a pedido de Suzuki, o introdutor deZen no Ocidente. A história ainda mete o poeta Octávio Paz,amigo de Honig.

Mas isso tudo eu já contei num artigo – “Sobre a mundivi-dência Zen de Pessoa-Caeiro”, publicado na Nova Renascença,do saudoso José Augusto Seabra (estórias dele para outra ocasião)e integrado no meu livro Pessoa, Portugal e o Futuro, a sair porestes dias na Gradiva e que por isso não vale a pena repetir aqui.

E tudo isto por causa de um casual encontro de duas pessoasdeitadas ao sol numa praia de Sesimbra.

Não conheço a Rita Ferro, de quem há dias li o primeirovolume do seu diário Veneza Pode Esperar, em que fala muitodo pai, precisamente António Quadros – mas acho que ela ha-via de gostar de saber esta história. L P

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NA RADIO CENTRE-VILLE...

FOI UMA BELA FESTA!• Reportagem de Vitória FARIA

No sábado dia 8 de março, com umasala muito animada pela presença de 300 pesso-as, teve lugar no salão de festas da Igreja SantaCruz o jantar-benefício do Radio Centre-Ville.A organização esteve a cargo da equipa portu-guesa, que não se poupou a esforços, usandotodos os meios de comunicação ao seu disporpara difusão deste importante evento (rádio,jornais, mails, Facebook e... telefone).

Por coincidência (ou teria sido de propó-sito) era o chamado Dia da Mulher e isso deuazo a uma vibrante homenagem a todas as

mulheres por Luís Melo, que foi o apresenta-dor e animador do serão, com a entoação deuma canção que todas cantaram de pé. Para in-formação dos leitores que o desconheçam, eleé um antigo colaborador do Radio Centre-Vil-le, onde durante cerca de vinte anos asseguroua emissão do domingo, e hoje é proprietáriocom Mário Marinho do DJ Entre Nós.

As boas-vindas foram dadas por Clemen-tina Santos, que agradeceu a todos os presentesa maneira como responderam ao convite, nãose poupando a esforços para, por sua vez, con-vidarem os amigos a participarem nesta angaria-ção de fundos para que o Radio Centre-Ville,que conta já 37 anos de existência, possa conti-nuar a ir para o ar e a divulgar a boa músicaportuguesa. Uma das missões que a estação sedeu é, exatamente, a promoção dos novos ar-tistas.

Como prova desses novos valores na co-munidade, foi altura de apresentar à sala CathyPimentel e o Grupo FadoMundo. A fadistaacaba de lançar o seu primeiro CD, que se inti-tula «Horizon/te» e que é composto de cançõesoriginais da sua autoria e de fados de outroscantores, nomeadamente Amália Rodrigues.

Quanto ao Grupo FadoMundo, este écomposto de Samuel Pereira – viola baixo, LuísCosta – viola, Nilton Rebelo – guitarra portu-guesa e Philippe Mius d´Entremont – violon-

celo. Cathy Pimenteltambém se pode a-companhar ao piano.

E Cathy cantouvários fados, algunsoriginais e outrosbem conhecidos. Asua bela voz, potentee doce, encheu o sa-lão e obrigou ao si-lêncio mesmo os ma-is faladores dos pre-sentes. Da sua longaprestação ficou-nosuma muito agradávelimpressão que, maistarde, a escuta do seudisco veio ainda au-mentar. Mas, para a-lém de tudo, o quemais nos impressio-nou, por ser inusita-do, foi quando Cathycantou, se fazendo a-companhar apenaspelo violoncelo. Mui-to bom!

O seu CD vai es-tar à venda a partir de25 de março no iTu-nes.

Proximamente,eles irão representarPortugal em fado, noClube Ballatou, nodia 29 de abril às21h00. São o primei-

Após que cada um se nomeou, falaramem seguida das suas prestações.

Ao domingo o título da emissão é «Do-mingo à tarde» e o animador e técnico é Amíl-car Gomes.

Segunda e quarta é a emissão «Notas de láe de cá», animadora e na técnica temos Clemen-tina Santos. À segunda passa ainda a rubrica «Pelo mundo fora», da responsabilidade de Ri-cardo Costa, onde em cada semana se descobreum país, uma música e uma língua diferentes.Temos também nesse dia a colaboração e aprogramação semanal da LusaQ TV. Terça-feiraé a vez de «Não há gente como a gente», anima-da por Fátima Miguel e com Jorge Matos natécnica. À quinta-feira temos «Música para ojantar» com o animador e na técnica AntónioSalvador.

Finalmente, na sexta-feira, é «Sexta Bra-sil», da responsabilidade de Hamilton Cidade.

A estação tenta apresentar o maior núme-ro possível de convidados em estúdio, e na se-mana seguinte seria a vez de Paula Vasconcelos,que falava da sua nova criação «Arquitetura daPaz», um belo espetáculo de teatro-dança.

No final, houve um veemente apelo a vo-luntários para participarem nas emissões quesão, no fundo, uma bem agradável «conversa»com os ouvintes, que só aspiram a escutar anossa língua e a nossa música. Tão simplescomo isso, segundo Clementina Santos, quenão deixou de frisar que, mesmo se por vezesnão se sente no seu melhor, está fatigada, ououtra coisa, quando entra em estúdio, tudo issoacabou e ficou do outro lado da porta. Se ela odiz é porque é assim mesmo!

Houve então uma atuação surpresa, uma

ro conjunto a representar o nosso país em 40anos! Parece ainda haver bilhetes disponíveis.

Entretanto, enquanto era servido o pratoprincipal, foi a vez da atuação do bem conheci-do Rancho Folclórico Português de Montrealde Santa Cruz, que é o grupo mais antigo doQuebeque, um dos mais antigos do país, e omais antigo em atividade, além de ser notávelpor ter três gerações de participantes. Começoupor representar a região do Minho com váriasdanças bastante diversas umas das outras. Maistarde voltaria, desta vez com danças da Nazaré,estas completamente diferentes das da primeiraatuação. Como se trata duma cidade de pescado-res, a maioria são dançadas descalças pois nasce-ram na praia. A assistência foi convidada aparticipar, e mesmo uma jovem de origem asiá-tica e não portuguesa da nossa mesa, foi dar oseu pé de dança.

O jantar foi confecionado pelo Restauran-te Casa Minhota, que nos serviu uma refeiçãoda excelente qualidade a que estamos acostuma-dos, e foi servido pelo grupo de jovens daequipa do restaurante.

O diretor do Radio Centre-Ville, M. Marcde Roussan, veio dirigir umas palavras à assis-tência. Como em diversas ocasiões, o discursofoi feito em francês, pois havia muitos quebe-quenses (de souche) presentes na sala e todosos portugueses de origem bem compreendiamo que era dito. Seguiu-se a apresentação da equi-pa portuguesa do Radio Centre-Ville, uma es-tação que emite no comprimento de onda102,3 FM, em sete línguas (francês, inglês, por-tuguês, espanhol, grego, crioulo, chinês – man-darim e cantonês). O Conselho de Administra-ção é composto de sete membros e o presiden-te atual é Ricardo Costa.

A emissão portuguesa é apresentada dedomingo a sexta-feira: domingo das 16 às 19he de segunda a sexta das 17h30 às 19h30.

Cathy Pimentel, o ponto alto da festada Radio Centre-Ville. Foto LusoPresse.

Cont. Pág. 14, Radio...

Página 720 de março de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Liberais de Laval

Unidos nas críticas• Por Norberto AGUIAR

Na semana passada, os seis candida-tos liberais da cidade de Laval reuniram-se comos jornalistas para fazerem o ponto da situaçãopolítica em Laval. Do que tem sido feito e doque há a fazer. Pelo meio, muitas críticas aosadversários pequistas, com o alvo principal aser Pauline Marois, a chefe do Partido Quebe-quense.

As críticas a Pauline Marois foram contun-dentes, a começar na «alarmante situação finan-ceira» do Quebeque, continuando na falta deética da primeira-ministra, que promulgou umalei que diz que as eleições são em data fixa eque, contra todas as regras, acabou por lançara província em eleições.

O caso da separação do Quebeque do res-to do Canadá também esteve em discussão...«Os quebequenses querem é ouvir falar de eco-nomia e de criação de empregos» haveria de di-zer Guy Ouellet, responsável do Partido Libe-ral do Quebeque em Laval.

A adesão de Pierre-Karl Péladeau ao Par-tido Quebequense também mereceu váriasconsiderações. «A candidatura de PKP tem omérito de descobrir a agenda escondida do Par-tido Quebequense quanto à possibilidade demergulhar a província em mais um referendoque a população não quer...», continuaria odeputado de Chomedey, distrito onde há umasignificativa comunidade portuguesa.

Neste momento o Partido Liberal doQuebeque tem quatro deputados, nos círculoseleitorais de Chomedey (Guy Ouellet), Vimont(Jean Rousselle), Fabre (Gilles Ouimet) e Mille-Iles (Francine Charbonneau). Saul Paolo, presi-dente do Partido Liberal vai tentar bater LéoBureau-Blouin em Laval-des-Rapides e JeanHabel, o mais jovem do grupo de seis candida-tos, vai concorrer por Ste-Rose, onde a deputa-da atual é Suzanne Proulx.

No dizer dos candidatos liberais, a possi-bilidade de todos vencerem os seus círculoseleitorais é perfeitamente viável e para isso, di-zem, muito conta o facto de todos eles seremoriginários da própria cidade de Laval, ao passo

que, por exemplo, no partido Quebequense,há candidatos «caídos de paraquedas»...

Jean Rousselle aclamado!Na quinta-feira da semana passada foi dia

da apresentação do candidato Jean Rousselle,no círculo eleitoral de Vimont. O evento, decasa cheia, teve lugar pelas 19 horas, no 2121do boulevard Laurentides, não muito distantedo seu escritório de deputado.

Com toda a família à sua volta, o atual de-putado de Vimont e que tem bastas hipótesesde continuar a sê-lo, falou para uma plateia alar-gada e liberal, como não podia deixar de ser.Dissecou as suas realizações como deputado ecomo homem implicado na sua comunidade,desde que se conhece. Valorizou quem com eletem trabalhado, pois, considerou que sem a aju-da de todos eles, não podia fazer o que tem fei-to, sobretudo junto de muitos organismos co-munitários. Falou da família, de sangue, e dapolítica. Daquela elogiou o apoio in-defetível;desta deu conta das suas convicções, que muitolhe têm ajudado no caminho percor-rido.

Por fim, criticou os seus adversários, que nãotêm visão do que precisa a cidade e a província.

Jean Rousselle, que também contou coma presença dos seus seis colegas de partidocandidatos por Laval, foi magnificamente apre-sentado por Francine Charbonneau, deputadapelo círculo eleitoral de Mile-Iles.

Mas foi a nossa simpatiquíssima luso-descendente Anabela Monteiro, assessora dodeputado, quem deu o pontapé de saída nasessão de apresentação de Jean Rousselle.

Os candidatos liberais por Laval. Da esquerda para a direita, Saul Paolo, GillesOuimet, Guy Ouellet, Francine Charbonneau, Jean Rousselle, e Jean Habel. FotoLusoPresse.

Jean Rousselle, deputado por Vimont, nodecorrer do seu discurso de recandida-tura. Foto LusoPresse.

No Pico da PedraCriado Prémio Cidadania

Acaba de ser criado na freguesiado Pico da Pedra, ilha de S. Miguel, o«Prémio Laurinda Mota – Cidadania,Inovação e Desenvolvimento», em me-mória da esposa do picopedrense Octa-viano Mota.

O prémio, anual, destina-se a galar-doar um cidadão que se tenha distin-guido, por mérito, na sua área de atividadeou contribuído para o engrandecimentodo Pico da Pedra, em qualquer setor deatividade, nomeadamente nas áreas decidadania, inovação e desenvolvimento.

O prémio tem o valor pecuniáriode mil euros e é atribuído em cerimóniapública durante as comemorações doDia do Pico da Pedra, a 16 de junho decada ano.

Qualquer cidadão poderá candida-tar-se ao Prémio Laurinda Mota, apre-sentando as respetivas propostas, porescrito, à Junta de Freguesia do Pico daPedra, que possui o respetivo regulamen-to para consulta.

Um júri, constituído por OctavianoMota, Osvaldo Cabral, o presidente daJunta de Freguesia e o presidente da Casado Povo, apreciará as candidaturas noperíodo de 2 a 15 de junho.

Sinto-teSinto-te em mim.É como agarrar numa emoção e

senti-la a dois.É sentir o meu coração e o teu.É respirar por ti.É estar dentro de ti cá fora.É ter vida e dar-te vida.É sorrir contigo e comigo.É desejar que o tempo paree nos transporte para um paraíso.É viver noutra dimensão.Quando estou contigoo mundo gira e eu não vejo,a vida pulsa e eu agarro-apara não ires com ela.Queria ter uma corda feita do pó das

estrelaspara te ter sempre ao pé de mim.Queria pousar levementeos meus lábios nos teuslábios entreabertosmacios, molhados e quentese beijar-te.Beijar-te tão amorosamentee de tal forma quenunca te esquecesses de mimpela vida fora.

Ana Isabel Ferreira

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Página 820 de março de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Fado feliz em calorosa casa açoriana• Reportagem (texto e fotos) de Adelaide VIELA

Caros Leitores, hoje é o dia em quenos apetece desafiar a arquitetura da nossamente. Tais são as saudades da Terra-mãe quenos dão forças para acreditar e manter de péesta ambiciosa missão. Inicialmente vamos atéao muro das lembranças para num gesto parti-cular e genuíno deixar um “emblema especial”,como mais-valia. Tem o sabor e o encanto daidentidade portuguesa e dá por nome de FADO.E foi nesta doce língua de Camões que Mon-treal, longe da Pátria, acolheu o Fado, que foi

duplamente feliz numa calorosa Casa Açoriana.Desta maneira podemos dizer e repetir que aidentidade do povo se vê pelas suas raízes cul-turais e históricas.

É aqui que desejamos chegar. Qualqueremigrante longe da sua terra sente-se profunda-mente enraizado a todos os caminhos do pas-sado. Somos gentes fiéis e resistimos a tudoainda que haja dificuldades no que respeita àstradições e seus valores. Todavia e apesar doscontratempos conseguimos resistir, autênti-cos, até aos nossos dias, neste mundo tão glo-

balizado e cultural-mente diferenciado emoderno.

Dizem que o Fa-do é um cartão-de-vi-sita nas ruas de Lis-boa, Alfama, Moura-ria e Bairro Alto, enão se enganam. Na-queles bairros antigosda capital andou Ma-ria Severa, depois de1820. Ela foi a pri-meira mulher a darnome ao Fado lusita-no. Severa, morreu

aos 26 anos de idade.Já no século XX, Al-fredo Marceneiro foiuma das figuras maiscarismáticas da can-ção nacional, aindahoje os seus fados sãoapreciados por mui-tos. Assim como A-mália Rodrigues, coma sua voz majestosa,de rainha, levou o fa-do ao mundo e ren-deu brilho e orgulhoà Pátria que a viu nas-cer e morrer. Todavia,nas últimas duas décadas muitos foram os fa-distas que se revelaram e trouxeram novo im-pulso à arte do fado. Porque não sublinharMarisa, Mafalda Arnaud, Cristina Branco ouCamané e tantos outros que alargam horizon-tes na arte de cantar o fado, como é caso degrandes fadistas e guitarristas que temos nacomunidade portuguesa de Montreal, em To-ronto e por tantos sítios do mundo onde pulsaPortugal... Ainda que do mar esteja arredado.

Amo a imortalidade de Amália Rodriguesmas digamos que: o Emigrante fadista trouxea saudade e o nome de Portugal à comunidadeque o acolheu. E quantas Casas de Fado há nomundo?

Fado feliz numa calorosa casa açoria-na!

No dia 8 de março de 2014 – no Dia Inter-nacional da Mulher – o Centro Comunitáriodo Divino Espírito Santo de Anjou, para enal-tecer a rainha do lar, organizou uma excelentenoite de fados. Para além da artista JordelinaBenfeito foram contemplados, com um con-vite para participar no serão, os artistas LuísDuarte e Jason Coroa e o guitarrista AntónioMoniz. Mais tarde viria a juntar-se aos con-certistas o Sr. Travassos munido da sua guitarraamiga.

A festa começou com um manjar dignodos deuses, bem apropriado, ou não se tratassedo sr. bacalhau “com todos”, sem esquecer asopinha verde à Jorge Simões e a sobremesa,um regalo. Nós que não jantamos depois das18 horas, atacamos o peixinho e não ficou na-

da no prato. O presidente Carlos Almeida, queleva agora valores de chefe, entende de gastro-nomia. Estão todos de parabéns pelas delíciasque vão apresentando semana após semana.Mandamos de igual modo, um molho de abra-ços às senhoras que serviram e aos maridosque as ajudaram naquela tarefa ingrata. O servi-ço foi cortês, rápido e bom.

Pela noite adiante, nós mulheres tivemosdireito a mais que uma serenata. Foi-nos servi-do em bandeja de ouro um portinho de honragentilmente oferecido pelo Sr. Carlos Almeidae pela sua Direção. Rica ideia, a do sorteio paraelas, coube o louvor a Isabel Coroa, um almo-ço no Restaurante Casa Minhota. Bom apetite!O Dia Internacional da Mulher foi divinamen-te bem passado.

Janson Coroa revelou-se no fado e foi oprimeiro a iniciar a Festa do Dia das Mulheres.Com otimismo e desenvoltura interpretou umfado que nos deixou boquiabertos. Chegou oprevisto com o imprevisto: o futuro do fadogarantido por estas paragens. Apresentou ain-da outra canção acompanhado pelo Luís Duar-te à viola e por António Moniz à guitarra portu-guesa. Pela qualidade que tem e a poesia navoz, este jovem se cultivar a língua um poucomais garanto-vos que vai muito mas muitolonge, tem uma voz de bradar aos céus.

Mas, antes de prosseguir, desejamos felici-tar os homens da guitarra portuguesa, muito

A nova equipa do Centro de Anjou, chefi-ada por Carlos Almeida, ao centro.

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A diversidade cultural

A segunda gala dos Grands Prix Mosaïque em preparação• Por Jules NADEAU

A diversidade cultural afirma-se. Osrepresentantes dos Média de todas as origense de grupos muitas vezes descurados, comoos das Primeiras Nações, continuam a organi-zar-se para se assegurar uma presença maiorjunto do grande público. Assim, os GrandsPrix Mosaïque serão atribuídos pela segundavez por ocasião da gala de 28 de maio próximoem Montreal.

Romaria de 2014:Sexta-Feira Santa,dia 18 de abril de 2014

Informa-se toda a ComunidadePortuguesa da cidade de Montreal e deLaval que se inscrevam na Romaria dapróxima Sexta-Feira Santa, dia 18 de abrilde 2014.

Para isso devem dirigir-se ao Mestredos Romeiros, Duarte Amaral, telefo-nando para o número (450) 625-7053.

Para este ano todas as reuniões pre-paratórias realizar-se-ão na Missão deNossa Senhora de Fátima, em Laval, nasseguintes datas :

Domingo, dia 30 de março de 2014,às 16h00.

Domingo, dia 6 de abril de 2014, às16h00.

Venha caminhar conosco na fé emJesus Cristo e na companhia de MariaSantíssima Sua e nossa Mãe.

Na Sexta-Feira Santa — dia 18 deabril de 2014.

O Rancho dos Romeiros precisa deum novo coordenador (Mestre respon-sável).

Pedimos aos interessados para seapresentarem às reuniões, por favor.Obrigado pela vossa compreensão.

Mestre dos romeiros,Duarte Amaral

Dia 5 de abrilSaída à La Cabane à Sucre

Sábado, dia 5 de abril de 2014, oCentro de Ajuda à Família (CAF) vai or-ganizar uma saída à La Cabane à SucreL’Érablière au Toit Rouge, no MontSaint-Grégoire.

Partida: às 10h30 – no 2414, av.Mont-Royal est, Montréal

Regresso: às 15h00(O transporte será num autocarro

escolar)Custo: Para os membros• 15 Anos e mais, 10$• De 5 a 14 anos, 5$Custo: Para não membros• 15 Anos e mais, 20$• De 5 a 14 anos, 10$Inscrições até ao dia 28 de março, de

segunda a sexta-feira, das 9h às 17h:514-982-0804,[email protected]: 2414 Avenue Mont Royal est.

Telefone e fax: (514) 849-9966

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Em conferência de imprensa, DonaldJean, fundador dos Lys de la Diversité, defen-deu com ardor um Quebeque pluralista, paraque os Média, tal como espelhos da sociedade,possam refletir toda a sua diversidade. «Váriascamadas da sociedade não se reconhecem aindanos ecrãs, que por vezes não são senão bran-cos», declarou o iniciador deste evento. Apartepara o LusoPresse, M. Jean confiou-nos preci-sar de mais ajudantes para ajudar a organização

a realizar os seus projetos. De modo concreto,é preciso trabalho e benévolos para avançar.Não chega lançar belas ideias.

O porta-voz da edição de 2014, BoucarDiouf, conseguiu facilmente estimular o entu-siasmo dos numerosos representantes dos Mé-dia presentes. Com humor, claro. O comunica-dor senegalês começou por lembrar que ani-mou com Francis Reddy a emissão Des Kiwiset des hommes durante seis anos e que ela foi «amais diversificada». «É bom abrir a porta aosestrangeiros, mas não é suficiente, é precisodizer-lhes também que eles podem ir ao frigorí-fico», continuou o científico. Falou tambémde Michel Blanc, de colchas e de «regiões nãotão monolíticas como se pensa» para fazerpassar o seu slogan pessoal: «Viva o Quebequemétissé serré!»

Os nossos leitores lembram-se da remar-cada participação de membros da nossa comu-nidade ilustrando as virtudes da nossa gastro-nomia. Sob o olhar simpático do lusófilo Da-niel Pinard, tinham muito que contar sobre oseu belo Portugal, Helena Loureiro e o escan-ção David Barros do Portus Calle, os quais fi-zeram honras à nossa cozinha. O chefe de re-dação deste jornal, Norberto Aguiar, tambémfazia parte dessa emissão do 10 de junho de2010 para apresentar o LusoPresse. Nessa ma-nhã, o mercado Jean-Talon todo florido teveum ar de festa com o fado de Cristina Rodriguese os seus três músicos. Guardamos uma boarecordação de Des Kiwis et des hommes, ummodelo a repetir na Radio-Canada e noutroslados.

A gala do 28 de maio próximo no TeatroOutremont vai pôr em evidência os defensoresda sociedade de acolhimento, das comunidadesculturais, das Primeiras Nações, das pessoasdeficientes, assim como a comunidade LGBT.Oito «Lírios da diversidade» serão atribuídosnas categorias imprensa, rádio, televisão, web,foto, os novos (la relève), homenagem e cons-trutores.

Esta conferência de imprensa tomou oaspeto duma reunião de amigos onde vieramLouise Harel, o professor Sami Aoun, MichelJean, John Parisella, Marjorie Theodor e a presi-dente do júri de 2014, Rachida Azdouz. Emsubstituição da energética Hélène Parent, re-formada desde há pouco, Luc Simard tornou-se o novo diretor da Diversidade e RelaçõesCidadãs na Radio-Canada: «A noção de diver-sidade é o centro mesmo da nossa visão dumaorganização pluralista», declarou ele em nomeda sociedade do Estado.

Grande Prémio Mosaico - Alguns dos galardoados junto de membros da organização.Foto Jules Nadeau/LusoPresse.

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Através da Primeira Liga

Futebol no Quebeque tenta reorganizar-se...• Por Norberto AGUIAR

Sexta-feira passada, o LusoPresse foiassistir à apresentação da época de futebol daresponsabilidade da Federação de Futebol doQuebeque. O evento teve lugar nas instalaçõesfederativas em Laval, no seu complexo despor-tivo de Bois-de-Boulogne, coisa grande, quenunca pensámos fosse possível um dia existirno Quebeque, sobretudo para quem, comonós, que chegamos a Montreal em 1975 e quede infraestruturas futebolísticas havia pratica-mente nada... Agora há campos em toda a pro-víncia, ou quase, e a Federação, que andava deescritório em escritório apenas, possui no mo-mento um complexo desportivo de alto gaba-rito, com vários campos, exteriores e interiores,escritórios para todos os domínios, salas dereuniões, etc... E para complemento, há giná-sio completíssimo, há restaurante, há boutiquede equipamentos...

Seis equipas

A Primeira Liga de Futebol do Quebequeexiste há três anos. E nestes três anos, verdadese diga, as coisas não têm sido ainda aquiloque os seus dirigentes querem. De seis equipasna abertura desta nova fórmula de competirna pirâmide do futebol do Quebeque, Impactode Montreal à parte, três anos depois continu-am a ser seis equipas a competir no campeona-to. Pior. Das seis equipas do pontapé de saídasó restam quatro, visto as outras duas teremdesistido do projeto. Felizmente que outrasduas apareceram para preencher o vazio que, aacontecer, seria de morte para este novo organi-grama.

Assim, do ano passado para este transi-tam as formações do FC L’Assomption, Gati-neau FC, AS Blainville e CS Mont-Royal Outre-mont. As duas novas equipas que se juntamao grupo são ACP Montréal-Nord e o Clubde Soccer de Longueuil.

Na conversa que engajámos com algunsdos responsáveis da liga, foi-nos dito que oesforço tem sido muito para levar por dianteeste projeto de liga nacional no Quebeque.Mas também nos disseram os seus responsá-veis que acreditam que vai ser possível, sobretu-

do porque já se fala que, em 2015, mais duasequipas vão integrar a liga, o que, elevando pa-ra oito o seu número, já dará outro impacto àorganização. As equipas de quem se fala pro-vêm de Laval e de Quebeque.

Entretanto, o Campeonato da PrimeiraLiga do Quebeque, que está apoiado em divisõesinferiores de um pouco por toda a província,também conta com uma boa liga de jogadoresjovens, concentrados numa divisão provinciale onde existe já matéria-prima muito interes-sante.

Outras «fontes» de apoio à Primeira Liga,sempre em termos de atletas, bem entendido,são os jogadores que vão deixando de interes-sar profissionalmente ao Impacto; os jogado-res que saem da Academia daquela equipa e quenão atingem o patamar que deles é esperado...Uma última via, importante, segundo sabe-mos, é oriunda do estrangeiro, principalmentede França, de onde vêm jogadores de divisõesinferiores. Vêm como emigrantes, uns; outrosvêm como estudantes...

O que é certo é que os orçamentos destasseis equipas variam entre os 65 mil e os 150mil dólares. Quantias importantes e que julgá-vamos fora de uma liga que ainda terá que fazeras suas provas...

Pelos vistos há jogadores que em três,quatro meses podem fazer um salário de apro-ximadamente 20 mil dólares, montante quemuito dava jeito para alguns jogadores portu-gueses de médio plano.

No âmbito das assistências, que não sãodecisivas para os orçamentos clubísticos, quecontam essencialmente com patrocínios parti-culares e de companhias, algumas até com apo-io das respetivas câmaras, andam à volta de300 a 400 pessoas. Não é grande coisa, maspara o meio local, sobretudo em início de pro-jeto, já dá para entender que há progressos.

A Primeira Liga tem um Campeonato eeste ano, pela primeira vez, terá uma Taça, co-mo é tradicional em quase todas as federações.

O primeiro jogo da época da Primeira Ligaé no dia 2 de maio, quando a equipa do FC Ga-tineau estiver recebendo os novatos do ACPMontréal-Nord.

Voltaremos a falar nesta liga oportuna-mente. L P

A equipa do Club de Soccer Mont-Royal/Outremont esteve bem representada.

Página 1220 de março de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

TTTTTelevisão Pelevisão Pelevisão Pelevisão Pelevisão Portuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de MontrealVisione todos os acontecimentos da ComunidadeHorário

• Quinta-feira, 20h00• Sexta-feira, 01h00 (repetição)• Sábado, 09h00• Domingo, 01h00 (repetição)

[email protected]

No Restaurante Bar Triângulo...

O melhor café?• Por Fernando PIRES

Cabane à sucre:

Praias de Portugal fiel à tradição• Por Norberto AGUIAR

Há vários anos que o Grupo Folcló-rico Praias de Portugal que, como todos sabem,pertence ao Clube Portugal de Montreal, levaa efeito, por esta altura do ano, uma saída àCabane à sucre, uma tradição quebequense desouche, que vale a pena experimentar...

Já tem sido noutras localidades, como nosdisse Tiago Gonçalves, o organizador-mor daexcursão, mas desta vez a «saída» foi até à cidadede St-Eustache, a cerca de uma hora e meia deMontreal, situada a noroeste. E a Cabane àsucre escolhida foi a da Villa du Sirop.

Com uma sala habitualmente à disposiçãodos convivas do Clube, este ano, por via dojogo Sporting x Porto e algumas festas emclubes e associações em Montreal, a comitivaportuguesa que acompanhou os jovens do Pra-ias de Portugal a St-Eustache foi menos signifi-cativa. Porém, em número suficiente para quea tarde na Villa du Sirop fosse deveras agradável,com muita música, dança, jogos... não faltandoo sempre esperado passeio à volta do aglome-rado.

E mesmo se os elementos do Praias dePortugal deixaram as fardas em casa, isso nãoimpediu que os jovens dançarinos dessem àperna as lindas danças do Minho. Um acordeão,mais os CD’s, acabaram, também, por dar otom ao momento.

Os excursionistas portugueses, domingopassado, começaram a chegar à Villa du Siroppor volta do meio-dia. Acertaram as entradas,que ainda hoje nem sabemos quanto custou, eentraram no vasto salão, em três quartos ocupa-do pela fileira lusitana de Montreal e arredores.O que restou da sala foi ocupado por romenose quebequenses, alguns deles inicialmente intri-

Devo dizer que nenhum dos asso-ciados deste comércio me encomendou o “ser-mão” que aqui escrevo. Como não me sintoperito em qualidade de vinhos, apenas emitoum apreço por um tipo de café que aprecio!

No entanto, aprecio uma pinga do Alen-tejo, mesmo se sou da terra do vinho verde.

Para já é a primeira vez que escrevo sobreum comércio português; não porque tenhaqualquer aversão a este tipo de escrita, ou aqualquer restaurante. Pelo contrário, é semprebom promover a nossa cozinha e os nossosprodutos, e não nos devemos sentir diminuí-dos em fazê-lo. Neste caso, não é praticamenteo restaurante como tal, mas o café, que é umadas coisas que mais aprecio, embora, evidente-mente, goste de beber, sobretudo quando co-mo bem, apreciando uma boa pinga alentejana.

É evidente que gosto de boa mesa, mas oque mais aprecio é o café; por isso me sentimotivado para dar uma opinião sobre este te-ma.

E porquê todo este palavreado, para lhesdizer que o expresso que tomo no café doDelfim, é do melhor que por aí há? Mas gostosnão se discutem. Tudo se discute, dizia o outro!Aqui apenas me prenuncio sobre um dos cincosentidos, que é o paladar. Um dos cinco senti-

dos que também faz parte daqueles que movemas nossas vidas.

Penso que me estou a alargar, mencionan-do o nome e a marca da qualidade do café Deltaneste restaurante, mas isto é a minha opinião,que nada compromete a de outros. Tambémnão foi o velho Nabeiro que me encomendoua conversa que aqui estou a ter convosco. Nãoo conheço, nem a ele nem à sua empresa. Ape-nas uma vez, um dia, de férias em Portugal, es-cutava a rádio RTP, ouvi uma entrevista comele. Gostei da conversa deste homem empresá-rio, coisa que é raro escutar, porque em geralmuitos dos empresários só falam em negócios,e eu nisso sou nulo, talvez por isso, o meusentido do ouvir não seja muito sensível. Ouserá que este sentido continuará a me aturar?Também uma vez a Helena do restaurante Por-tus Calle (se a memória não me falha) falavacasualmente de uma visita que fez à fábrica doSr. Nabeiro, dizendo bem do trato e das rela-ções que este homem tem com os trabalhado-res. Da boa cantina, boas condições de traba-lho que os trabalhadores aqui têm. Isso impres-sionou-me. Mas à parte isso, eu já antes sabo-reava há muito tempo esse café. Fico-me poraqui com o sabor do expresso no Delfim, etambém uma palavrinha sobre o restaurante,do Delfim. Aqui come-se aquilo que se paga,noutros paga-se aquilo que não se come!

PS – Há para aí um “Tony” que esgarava-ta umas crónicas criticando o “velhinho” Soares.Este ousa os ter no sítio... Ele, coitado, anda sempreà cata das ideias dos outros, e alimentado pela bruxa-ria!

Diz-se na minha terra que velhos são os trapos!

Delfim Catalão, no seu habitat, o bar/café/restaurante Triângulo. Foto Jules Nadeau/LusoPresse.

gados com as nossas falas. Mas durou poucotempo, visto que logo se disseram latinoscomo nós. Além disso, interessaram-se pelanossa música, principalmente por influênciada criançada de um e do outro lado...

Tiago Gonçalves, filho de VítorGonçalves, dirigente do Clube, é o jovem quecoordena as operações. Foi ele que facilitou anossa entrada, minha e do Dave Touniou,operador de imagem para a LusaQ TV, quemesmo aparecendo sem avisar, acabou pormerecer atenção redobrada.

Foi desta maneira que tivemos carta-branca para o nosso trabalho. Recolhemosimagens do almoço que uma vez por ano – nonosso caso, claro – é sempre muito bom, dasdanças, do passeio; e entrevistámos váriaspessoas, da assistência e da organização. Boagente, ninguém recusou os «avanços» dos doisrepresentantes da LusaQ TV.

A meio da tarde, com o nosso trabalhoconcluído, seguimos em direção a Laval,deixando atrás de nós uma sala ainda plena dealegria!

os jovens da organização, com TiagoGonçalves em primeiro plano. Foto Lu-soPresse.

L P

Página 1320 de março de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Evelyne de la Chenelière

ELLE Nous ne savions pas quelle était la nature de la catastrophe, quel tyran, quel châtiment, quelle révolution, quel

malfaiteur, quels rebelles, quel combat, quelles armées, quelle peste, quelle infection, nous ne savions rien, juste les flammes, la fumée, les animaux en fuite, la boue, le sang, le vacarme, la confusion, l'engloutissement.

LUIDepuis, nous ne reconnaissons plus le monde et nous ne nous en souvenons pas.

ELLEIl faut continuer alors.

L’ARCHITECTURE DE LA PAIX

Un homme et une femme. Une tragédie s’est abattue sur leur vie mais, miraculeusement, ils ont survécu. À travers leur tentative de comprendre ce qui leur est arrivé, ils découvrent une nouvelle manière d’exister ensemble et de transcender ce qui aurait pu les anéantir. Autour d’eux gravitent des fantômes, des étrangers, des êtres qui apparaissent et disparaissent sans explication, mais qui sont autant de piliers dans l’architecture de leur vie nouvelle.

Comment faire le pont entre hier et demain? Comment remplacer les ruines du passé par de nouvelles structures

qui permettront à la vie de reprendre, sans anéantir l’histoire? Les principes d’harmonie architecturale à la base des temples du monde peuvent-ils se transposer dans les relations humaines?

Des architectes du monde entier se penchent aujourd’hui sur les principes essentiels à la reconstruction des lieux dévastés par la guerre. Mais au-delà de la réfec-tion de bâtiments et de communautés, c’est le principe de reconstruction lui-même qui est abordé : comment apprendre du passé dans une perspective d’élévation des consciences?

Théâtre ESPACE GO, MontréalThéâtre ESPACE GO, Montréal Teatro São Luiz, LisbonneTeatro São Luiz, Lisbonne

et Evelyne de la Chenelière

SPACE GO Montréal Teatro São

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velyne de la Chenelièreelyne de la ChenelièreEvet

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Téâtre Espace GO4890, boulevard St-LaurentDe 4 a 22 de março 2014

Terça-feira, às 19h00; de quarta a sexta-feira, às 20h00; sábados, às 16h00.Bilheteira: 514.845-4890 - Reserva para grupos: 514.527-7495

Página 1420 de março de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

FADO FELIZ...Cont. da pág. 8

importante, aqueles que estiveram ao serviçode todos os artistas durante a noite de fados.

Trata-se de António Moniz e de ManuelTravassos. Qualquer dos dois há muito se tor-naram ilustres guitarristas da nossa prol. Esta-belecem uma relação sábia com as cordas daguitarra e assim conseguimos que por estasbandas a canção nacional tenha bela continua-ção e nome de relevo.

Duarte o rei do FadoAo pronunciar o nome Duarte, não se

trata da Casa de Bragança, valha-nos aqui umautêntico rei do fado: o Luís Duarte! É um te-souro como falante da língua de Camões poisé um excelente artista. O fadista esteve no Cen-tro Comunitário do Divino Espírito Santo deAnjou e fecha mais um capítulo positivo dahistória do fado, nesta cidade cosmopolita deMontreal. Nesta noite, no Centro, foi aprecia-do por todos, tocou bem, cantou melhor, foimuito aplaudido, teve graça, (como é seu apa-nágio) e ninguém desejava vê-lo partir.

Fez-se acompanhar da sua bela Rosy, quenão cantou e foi pena que a flor não perfumas-se em palco. Esperamos por ela e por ele napróxima vez.

Canta perfeito e a jeitoJordelina Benfeito foi a terceira artista a a-

presentar o seu espetáculo. Não haja dúvida, jáo aqui dissemos um dia e voltamos a repetir:esta princesa da Bretanha é uma artista comuma voz tal, parece que toda ela sobe pelascordas da guitarra adentro. Alguns dos fadosde Jordelina são alegres, outros são o oposto,escutamo-la como se estivéssemos na igreja,como foi o caso de “Conceição nome de San-ta”. Jordelina é uma artista que todos ficamcom vontade de a voltar a ouvir. Quão bemlhe assenta o nome que lhe deu António Valla-corba, que Deus tenha.

Que a nossa Cotovia Açoriana volte acantar muitas vezes nesta nossa comunidade,em companhia do seu esposo António que aacompanha com a maior candura, paciência ecalma estampadas no olhar.

Santas são aquelas amigas que ali colabo-ram e participam tanto para enfeitarem as me-sas como embelezarem o resto do salão. A de-coradora foi a D. Octávia Pimentel e todasjuntas embelezaram a preceito o lugar da Festapara que se tornasse um belo e artístico recantode saudade.

RADIO...Cont. da pág. 6

visita do carnaval brasileiro, com duas belasdançarinas de «Viva Rio Samba», que vieramdançá-lo com uma energia e um ritmo endia-brados. Se no nosso imaginário esta é umadança de gente colorida, ver uma esbelta loiradançar com o mesmo ritmo da colega bemmorena (uma escurinha, segundo o dizer deJorge Amado) foi uma surpresa. Mais uma vezhouve público participante, mesmo se as dan-çarinas nunca abrandaram o seu ritmo infernal.

Havia um outro cantor previsto para atuarna festa e que se apresentou para nos pedirdesculpa de não poder fazê-lo visto ter umaextinção de voz. Trata-se de Carlos Veiga, umoutro português revelado recentemente à co-munidade pelo Radio Centre-Ville, embora eletenha já uma longa carreira musical. Além doCD «Paroles», lançado no outono passado, àvenda nas casas de discos e também no iTunes,Carlos Veiga é desde há muito um artista ha-bitual do «Bistro à Jojo».

Foi então altura de começar o baile combela música portuguesa e a pista depressa seencheu com os que esperavam ansiosamentepor esse momento.

Como entretanto tinha também chegadoa hora do café, foi aberta a mesa das sobreme-sas, confecionadas por muitas das mulherespresentes na sala e que responderam ao apeloda Tina que, por seu lado, nos presenteou comalguns dos seus doces que têm fama e proveitode serem delícias a que ninguém pode resistir.Posso prová-lo!

Foi uma bela festa, com um espetáculovariado, para melhor dar a conhecer à comuni-dade um dos dois únicos rádios na nossa lín-gua, o qual merece todo o nosso apoio e cola-boração, não só pelo grande trabalho que reali-zou ao longo de tantos anos, mas para quepossa continuar a divulgar, nesta língua sempretão doce aos nossos ouvidos, os aconteci-mentos, os espetáculos, os novos cantores, anossa música, e todas as atualidades que são odomínio por excelência de uma estação de rá-dio.

Para concluir deixo pessoalmente umabraço amigo ao nosso artista-humorista, oJimmy Faria, pelo excelente serão que nos pro-porcionou, pelo seu profissionalismo e boavontade. Com o Jimmy reina a alegria na casada simpatia.

Façamos da vida poesia e da poesia umfado!

O importante leque de artistas que subi-ram ao palco do Centro de Anjou.

Os telómeros dos partidos• Por Osvaldo CABRAL

Acabo de aprender que as célulashumanas têm uma capacidade incrível de sereproduzirem e as que se reproduzem chegama um ponto em que perdem a capacidade devoltarem a reproduzir-se.

Os cientistas chamam a esta parte finaldos cromossomas, os telómeros.

É com base nestes estudos da genéticaque tentam descobrir a vacina para o cancro.

Ora, os partidos políticos andam à pro-cura da mesma cura, tentando regenerar-se –chamando-lhe “renovação” –, num combatecontra a fossilização da militância.

Houve uma altura, sobretudo no períododo PREC (Processo Revolucionário Em Cur-so), em que os partidos se reproduziam coma avalanche de adesões. Vivia-se na ilusão davirgindade política.

A efervescência foi perdendo gás e, hoje,a maioria das forças políticas apresentam qua-se sempre as mesmas caras, os tais telómerossem capacidade de reprodução.

É por isso que o processo de renovaçãopartidária se torna cada vez mais difícil, res-tando aos seus dirigentes recrutar na socie-dade civil colaboradores que desejam manter-se como “independentes”.

Esta atitude, dos novos eleitos, em que-rerem manter-se longe das regras castrantese ardilosas dos partidos, dos rótulos de “yesman”, enfraquecem as estruturas da organi-zação e deveriam ser motivo de alerta para osseus responsáveis.

O cenário agrava-se quando as forçaspolíticas, chegadas ao poder, recorrem apenasaos seus telómeros, sem olhar ao mérito outalento, fechando-se ao compromisso da re-novação e dando a entender que as cadeirasdo poder são lugares exclusivamente desti-nados aos que estão ao lado do líder.

Esta cultura de obediência e clientelistaé que tornou a nossa política a coisa mais en-fadonha deste novo século e que ninguémleva a sério. Internamente, agem com mentali-dade maçónica: um dos nossos perdeu as elei-ções? Foi rejeitado pelos eleitores? Vamos jáarranjar um tacho público para compensá-lo...

A política honesta, a política da reflexãoe do debate, a política da aceitação de outrasideias, a política da humildade, a política daindependência de se pensar por si próprio, apolítica da verdade – toda essa política esfu-mou-se nestes últimos anos, dando lugar àcultura da dependência, da incompetência eda negligência.

É por isso que toda a gente fica surpreen-dida quando um partido reforça os seus lugareselegíveis com os tais “independentes”, comgente fora do sistema, com base no seu méritoe valor.

Ou seja, o que deveria ser uma atitudenormal, torna-se, nos dias de hoje, umaanormalidade nas rotinas dos partidos.

Foi o que aconteceu, nos últimos dias,com a indicação de Sofia Ribeiro para candi-data do PSD-Açores nas listas às europeias,causando surpresa cá fora e a incredulidadelá dentro, entre os militantes telómeros.

Outro hábito, muito frequente, é quan-do os partidos se apoderam das grandesdecisões que envolvem os cidadãos, semos consultar, sem os chamar ao debate eignorando o contributo de novas ideias.

Este afastamento da sociedade só des-credibiliza a política e a governação.

Nestes últimos anos, por exemplo, opoder nos Açores deu-se ao luxo de prome-ter grandes obras em cada uma das ilhas,que depois não cumpriu.

É uma coleção de incumprimentos quedeveria preocupar os responsáveis partidá-rios.

A desistência do cais de cruzeiros emAngra não é original.

Houve muitas bandeiras eleitorais porestas ilhas fora que acabaram em nada: aconstrução da maternidade no Pico, o cam-po de golfe em Santa Maria, a cobertura doEstádio de S. Miguel, o falhanço das Ilhasde Coesão... e por aí adiante.

Estes sinais são pouco dignificantespara a política e para os políticos.

Como é que os cidadãos vão saber,doravante, que os políticos estão a falar averdade? Como confiar em promessas quedepois não sabemos se vão ser cumpridas,a julgar pelo histórico destes anos?

Pior é quando os partidos se fechamao espírito crítico dos seus próprios mili-tantes.

Podia dar o exemplo da aselhice parla-mentar à volta da história dos professorescontratados. Mas prefiro o caso concretode um deputado do partido do governo,que pensa pela sua própria cabeça, autori-dade na matéria que versa, que levantou umasérie de dúvidas preocupantes acerca doconcurso para a construção de dois naviosde passageiros.

O seu partido (e governo)... deixou-oa falar sozinho!

Como se nada se passasse. Como senão tivéssemos, nós cidadãos, direito aosesclarecimentos públicos, às contas certas,à transparência e ao exercício salutar de umdebate público sobre a forma como sãodecididos estes investimentos com o di-nheiro dos contribuintes.

É por isso que toda a gente foge dospartidos.

Porque foram eles que criaram, sem sa-ber, esta repulsa.

E isto não é nada bom para um país eregião que completam 40 anos de liberdade.

L P

A partir de agoraLagoa dispõe de clínica de fisioterapia

A cidade de Lagoa está de parabénspelo novo espaço dedicado à saúde e recupera-ção de doentes, a Clínica de Fisioterapia TeresaAlbergaria, situada na Avenida. Infante D.Henrique, na freguesia de Nossa Senhora doRosário.

A cerimónia de inauguração deste novoespaço contou com a presença do Presidenteda Câmara Municipal de Lagoa, João Ponte,que considera que este é um investimento im-portante para o concelho e para a cidade, namedida em que virá melhorar o acesso dos la-goenses aos cuidados de saúde, na área da fi-sioterapia, uma necessidade há muito identi-ficada.

A Lagoa fica assim mais «rica» com estenovo e notável investimento, tão necessáriopara continuar a promover o desenvolvimento,a criação de emprego e a gerar riqueza no con-celho.

Na ocasião, João Ponte felicitou a pro-prietária pela coragem em investir num períodoem que estamos visivelmente em contra cicloe desejou os maiores sucessos.

Este novo espaço, vem assim colmatarum serviço que a cidade de Lagoa ainda nãopossuía, dispondo de pessoal profissional eespecializado na área da fisioterapia. Assim sen-do, será uma mais-valia para o concelho, namedida em que servirá na reabilitação física demuitos doentes.

Página 1520 de março de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Se viajarpara os Açores...

Escolha...

Paulo DuarteSEDE:Largo de S. João, 189500-106 Ponta DelgadaTel.: 296 282 899Fax: 296 282 064Telem.: 962 810 646Email: [email protected]ÇORES

CAMPEONATO DA MAJOR LEAGUE SOCCER

IMPACTO COMEÇA ÉPOCA COM DUAS DERROTAS!...• Por Norberto AGUIAR

O Campeonato da Major LeagueSoccer teve o seu início no passado dia 8 demarço. E o Impacto de Montreal, nesse dia,jogou no Texas, em Dallas, diante da equipalocal. O resultado foi pior que a exibição, vistoo score final ter apresentado um 3-2 favorávelaos texanos. Uma semana depois, ainda noTexas, mas agora em Houston, o Impacto vol-tou a perder, por 1-0, diante do Dynamo local,uma das boas equipas da MLS.

É assim, com duas derrotas no bornal,que o Impacto regressa a Montreal para, sába-do próximo, defrontar o Sounders de Seattle,em desafio marcado para as 16 horas, no Está-dio Olímpico.

Diante do seu público, que se espera atin-ja, pelo menos, as 50 mil pessoas, o Impactotem de ganhar o jogo, sob pena de começar aduvidar da sua própria capacidade, mesmo se,em jogo jogado, os homens de Montreal nãotêm nada a se questionar.

Em Dallas, a derrota aconteceu pela dife-rença mínima, tal como, de resto, em Houston.E nos dois jogos, que presenciamos atravésda televisão, fácil foi constatar que os montrea-lenses os podiam ter empatado, se não mesmoganho, tantas foram as oportunidades que ti-veram para isso. Mas nem sempre, como sesabe, criar oportunidades é sinónimo de fazergolos. Pior, no entanto, era ter perdido, mesmopela margem mínima, mas sem oportunidadescriadas, o que poderia levar a concluir pela inca-pacidade técnica do conjunto de jogadores quesubiram ao gramado... Não foi este o caso.

Outro aspeto a ter em conta foi que o Im-pacto não jogou com o seu melhor ponta delança, Di Vaio, por estar castigado desde o cé-lebre jogo da época passada, referente às elimi-natórias de fim de ano, precisamente contraeste Dynamo de Houston...

Resumindo, pode dizer-se que em doisjogos o Impacto tem zero pontos, mas que a-

presentou bom futebol, o que dá garantias deque a ganhar sábado, contra o Sounders deSeattle, a equipa relançar-se-á para uma boaépoca.

Impacto – SoundersO jogo, como já dissemos, disputa-se no

sábado, às 16 horas, no imponente EstádioOlímpico. Se for como nos dois últimos anos,estarão no estádio mais de 50 mil adeptos. Aser assim, a festa promete para o resto do ano.Ano de Mundial no Brasil e que muito podecontagiar todos aqueles e aquelas que começama ter um gosto muito especial por esta modali-dade, a mais querida do planeta.

Daqui desta página desportiva do Luso-Presse convidamos todos a irem ver o Impactodiante do Sounders de Seattle, uma equipa debom calibre e que conta com muitos e bonsjogadores, a começar por Clint Dempsey, atéhá pouco titular do Totenham (entre outrasequipas) de Inglaterra e um dos melhores joga-dores dos USA, e Banfemi Martins, ex-Interde Milão.

Ainda sem Di Vaio, que neste próximojogo termina o castigo de que foi alvo, o Impac-to de Montreal apresentará a sua equipa tipo,da qual, neste princípio de época, só contacom uma novidade: Eric Miller, um jovem quefoi recrutado na repescagem de janeiro passado.À espreita, segundo a nossa opinião, estarãoo internacional americano Heath Pearce e ouruguaio Santiago Gonzalez, recentementecontratados. Callum Mallace, na época passadaemprestado ao Minnesota, está de volta e pode,também, ter uma palavra a dizer esta época,sobretudo com um treinador novo, no caso, oamericano Frank Klopas.

Pelo que vimos nestes dois primeiros em-bates, Justin Mapp continuará a ser o jogadormais cerebral e espetacular do Impacto. Já Wen-ger, avançado ainda «em bruto», quando estivermais rodado e com mais confiança será umponta de lança dos melhores da liga. Fisicamen-te é muito potente, remata forte e cabeceia

bem. O que lhe está a faltar é mais experiência,que se adquire somente jogando. Neste mo-mento, por vezes, o que é enervante no seucaso é a sua ingenuidade em alguns lances. Mastemos esperança de que está ali um avançadoem potência.

Outras novidadesA maior de todas, para nós portugueses,

é que Yannik Djaló assinou contrato com oSan Jose Earthquakes, da Califórnia. Ele vaijogar na Major League Soccer, em 2014, em-prestado pelo Benfica, onde não jogava, depoisde ter sido também emprestado ao Toulouseo ano passado.

Yannik Djaló, que saiu da Academia leoni-na e foi titular do Sporting durante algumasépocas, onde mostrou qualidade ao ponto dechegar à Seleção Nacional, depois que ingres-sou no Benfica as coisas nunca mais foramcomo dantes, mesmo se, o ano passado, tevealgum brilho atuando no Toulouse da PrimeiraLiga francesa...

Agora, no San Jose, espera-se que Djalóretome o vigor futebolístico do passado demaneira a prestigiar-se e prestigiar o futebolportuguês, já para não falar do da Guiné-Bissau,que é como a sua ficha de inscrição faz notar...

Yannik Djaló, que é o segundo jogadorportuguês a atuar na MLS, depois de José Gon-çalves, outro ex-benfiquista, vai envergar a ca-misola 10 do San Jose Earthquakes.Clésio Baúque

É outro jogador que veio do Benfica paraos Estados Unidos. Vai jogar no HarrisburgIslanders City (Segunda Divisão), formaçãoque tem ligação com a equipa da MLS FiladélfiaUnião. A diferença é que mesmo tendo jogadono Benfica, desde as equipas jovens até à equipa«B», Clésio Baúque, por ter nascido em Mo-çambique, tem a nacionalidade deste país. Nes-ta equipa do Harrisburg, há outro lusitano, deseu nome Edinho Júnior, internacional jovempor Portugal e, antes de vir para os USA, jogavano Olhanense.

Mapp, o craque, e Wenger, o jovem cheio de potencial... Os dois americanos.

L P

Página 1620 de março de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

O novo programa de televisão em português!OOOOOOOOOOOOOOO nnnnnnnnnnooooooovvvvvvoooooooo pppppppppppprrrrrrrrroooooooogggggggggrrrrrrrrraaaaaaaaaammmmmmmaaaaaaa ddddddddddddddeeeeeeee tttttttttttteeeeeeeeeellllllllllllleeeeeeeeevvvvvvviiiiiiiiiiissssssssssãããããããããããããooooooooo eeeeeeeemmmmm ppppppppooooooorrrrrrrttttttttuuuuugggggggguuuuuuu

LE JOURNAL DE LA LUSOPHONIE

Éditeur et rédacteur en chef : Norberto AguiarDirecteur : Carlos de Jesus

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chef : Norberto Aguiaresusesus

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