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Vol. XVII • N° 290 • Montreal, 20 de junho de 2013 Cont. na pág 14 Foto LusoPresse. Apontamento O meu 10 de junho! Por Norberto AGUIAR F oi na bela região de Okanagan Val- ley, no sul da Colômbia Britânica, que este ano passei o dia 10 de junho, Dia de Portu- gal, de Camões e das Comunidades Portu- guesas. E passei-o primeiro com meu ir- mão Luís e sua família mais próxima, mu- lher e dois filhos – a filha vive e trabalha em Toronto - e, depois, deambulei pela re- gião acima citada à procura de gente da nossa. Comigo estiveram ainda a Anália, a Ludmila e a Karene. 8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 3 AM 376•BOLA 376•BOLA 376-2652 Os nossos endereços 222, boul. des Laurentides, Laval 8989, rue Hochelaga, Montréal 8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal 6520, rue Saint-Denis, Montréal 10526, boul. Saint-Laurent, Montréal 6825, rue Sherbrooke est, Montréal 7388, boul. Viau, Saint-Léonard 10300, boul. Pie-IX - Esquina Fleury António Rodrigues Conselheiro Natália Sousa Conselheira CIMETIÈRE DE LAVAL 5505, Chemin Du Bas Saint-Francois, Laval Transporte gratuito –––––––– Visite o nosso Mausoléu SÃO MIGUEL ARCANJO Uma família ao serviço de todas as famílias Nós vos apoiamos com uma gama completa de produtos e serviços funerários que respeitam as vossas crenças e tradições. 514 727-2847 www.magnuspoirier.com Montréal - Laval - Rive-Nord - Rive-Sud 3204, rua Jarry Este 729-9494 www.ocantinho.ca RESTAURANTE Grelhados à portuguesa sobre carvão Grelhados à portuguesa sobre carvão Centre de Carreaux Céramiques Italien Inc. 8710, rue Pascal-Gagnon Saint-Léonard QC H1P 1Y8 ccci@bellnet.ca Affilié avec Éco Dépôt Carreaux de Céramique Temos tudo para o seu jardim BACALHAU Preço Especial LES ALIMENTS C. MARTINS 123, Villeneuve Este MOSTO 100% PURO Tels: 845-3291 845-3292 Acesso a mais de 20 instituições financeiras para vos conseguir: *Fernando Calheiros B.A.A. Courtier hypothécaire - 514-680-4702 7879 rue St Denis, Montréal, Québec H2R 2E9 *Hélio Pereira CHA

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Vol. XVII • N° 290 • Montreal, 20 de junho de 2013

Cont. na pág 14

Foto

Lus

oPre

sse.

Apontamento

O meu 10 de junho!• Por Norberto AGUIAR

Foi na bela região de Okanagan Val-ley, no sul da Colômbia Britânica, que esteano passei o dia 10 de junho, Dia de Portu-gal, de Camões e das Comunidades Portu-guesas. E passei-o primeiro com meu ir-mão Luís e sua família mais próxima, mu-lher e dois filhos – a filha vive e trabalhaem Toronto - e, depois, deambulei pela re-gião acima citada à procura de gente danossa. Comigo estiveram ainda a Anália, aLudmila e a Karene.

8042 boul. St-MichelSatellite - Écran géant - Événements sportifs

Ouvert de 6 AM à 3 AM

376•BOLA376•BOLA376-2652

Os nossos endereços222, boul. des Laurentides, Laval8989, rue Hochelaga, Montréal8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal6520, rue Saint-Denis, Montréal10526, boul. Saint-Laurent, Montréal6825, rue Sherbrooke est, Montréal7388, boul. Viau, Saint-Léonard

10300, boul. Pie-IX - Esquina Fleury

António RodriguesConselheiro

Natália SousaConselheira

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Visite o nosso MausoléuSÃO MIGUEL ARCANJO

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• Permanente por computador• Pose de unhas e manicura• Depilação com cera

69, Mont-Royal est Montréal

FICHE TECHNIQUE

LusoPresseLe journal de la Lusophonie

SIÈGE SOCIAL6475, rue Salois - AuteuilLaval, H7H 1G7 - Québec, CanadaTéls.: (450) 628-0125 (450) 622-0134 (514) 835-7199Courriel: [email protected] Web: www.lusopresse.com

Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusChefe de Redação: NorbertoAguiarRedator-adjunto: Jules NadeauConceção e Infografia: N. AguiarEscrevem nesta edição:• Fernando Pires• Norberto Aguiar• Osvaldo Cabral• Lélia Nunes• Raquel Cunha• Filipa Cardoso• Onésimo Teotónio Almeida• Adelaide Vilela• Pedro Almeida Maia• Luís Aguilar• Vitália Rodrigues

Revisora de textos: Vitória FariaSocieté Canadienne des Postes - Envoisde publications canadiennes - Numérode convention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.

Port de retour garanti.

www.os50anos.com A nossa gente de 1963-2013

75 Napoléon | Montréal [email protected] | 514 282-9976

Silva, Langelier & Pereira s e g u r o s g e r a i s

Crimes políticos• Por Osvaldo CABRAL

Nas Furnas, desde sempre conhecidas como a maiorhidrópole do mundo, está-se a cometer um dos maiores crimespolíticos da nossa história contemporânea.

Conhecido pelas suas mais de 70 nascentes de água, confe-rindo-lhe o título de capital do termalismo português, o Vale dasFurnas tinha motivos para potenciar a sua riqueza ao nível da in-ternacionalização. A política deu cabo de tudo.

Ao atribuir a exploração das termas à ASTA Atlântida, umaparceria entre os Grupos Martins Mota e Paim, sem qualquer ex-periência no sector, o governo dos Açores matou, à nascença,esta mina de ouro natural.

A requalificação das termas, com a construção do FurnasSPA Hotel, arrastou-se durante sete anos e há mais de três que es-tá parada e em ruínas.

Mais grave: é possível que haja alguma nascente de água me-dicinal que já se tenha perdido. É o mesmo que dar cabo de um valioso poço de petróleo.

Tem razão o presidente da Junta de Freguesia das Furnasquando se queixa de que, “além de se ter mexido com o património,ele funcionava, curava doenças e dava emprego, mexendo-se coma economia de uma localidade; (…) Deram cabo das águas e, seisto é verdade, devia alguém responder criminalmente”.

Os furnenses podem esperar sentados.Crimes políticos nunca são julgados, porque os amigos, o

compadrio partidário, a oligarquia, são sempre protegidos.A mesma empresa, entretanto falida, recebeu mais de 10 mi-

lhões de euros de dinheiros públicos para construir, também, ofamoso Casino da Calheta.

Nós, contribuintes, ficamos sem o dinheiro, em troca dedois mamarrachos.

O das Furnas é mais grave, porque se destruiu todo um pa-trimónio que colocava a freguesia num dos maiores emblemasdo termalismo mundial.

Foi com base nesta potencialidade que, nos anos 30, seconstruiu o Hotel Terra Nostra, agora remodelado, num investi-mento magnífico, sem megalomanias e novo-riquismos.

O ruinoso Hotel SPA das Furnas ainda não estava na fase deconclusão e já tinham acrescentado ao projecto mais 11 quartosaos 44 inicialmente previstos, acrescentaram mais umas centenasde metros quadrados à área do SPA, outra sala de refeições, espla-nada, transformando o investimento de 6 milhões para... 10 mi-lhões!

“Quando os políticos metem mão nas Furnas, sai asneira”,disse-me no fim de semana um furnense lá residente.

É o caso, também, da Presidência da República, ao tempo deMário Soares.

O Estado resolveu comprar a bonita casa da Grená, na mar-gem da Lagoa das Furnas, para local de férias e repouso de suasexcelências.

Conclusão: mais um monte de ruínas, daquela que foi cons-truída por um cavalheiro inglês em finais do século XIX e quepertenceu à família Mendonça Dias.

Entretanto investiram-se mais uns milhões em Observató-rios Microbianos, Exposições Virtuais e Permanentes, Observa-tórios de Investigação nas margens da lagoa, sem que se transmitaao público os resultados dessas investigações científicas, o quefazem, para que servem, já que o problema da eutrofização parececontinuar na mesma, largos anos depois de tantas promessas ede tantos milhões afundados.

Eu já estou como o arquitecto Soares de Sousa, questionandopara que servem aquelas “megalíticas construções que eram dis-pensáveis e nada acrescentam à harmonia natural” nas margensda lagoa.

Para colocar casinhas de madeira nas árvores para a nidificaçãode pássaros e morcegos não era necessário tamanho investimento.

Mas nesta terra tudo é possível.Até um dos Grupos que deixou falir as Termas das Furnas,

teve como prémio... as Termas da Ferraria.Branco mais branco não há.

Estórias do cerco da ilha• Por Onésimo Teotónio ALMEIDA

Numa entrevista sobre insularidades, citavam-meSaramago pedindo que comentasse: “O pior que têm as ilhasé quando se põem a imitar o mar que as rodeia. Cercadas, cer-cam” (Cadernos de Lanzarote, 5).

O mar de facto separa, como já, com cândida ingenui-dade, dizia Santo Isidoro de Sevilha a propósito das ilhas daMacaronésia: cada ilha é separada das outras por água. Des-dobro-me a explicar que não é o facto de ser ilha que conta,porque Manhattan é-o e a Eurásia também. Se a primeira épequena, ninguém pensa nela como ilha; a segunda, de tãogrande, até muda de nome para continente. A Austrália ficaa meio caminho; o factor distância pesa. Os meus Açoressim, conjugam a exiguidade de território com a distância e,por séculos isso contou, como bem lembra o Pedro da Silvei-ra (sim, sim, há poetas portugueses por descobrir) naqueleseu poema intitulado precisamente “Ilha”: Só isto: O céufechado, uma ganhoa/pairando. Mar. E um barco na dis-tância:/olhos de fome a adivinhar-lhe à proa/Califórniasperdidas de abundância. (A Ilha e o Mundo, 1952).

Pedro da Silveira pensava na sua ilha das Flores, todavianessa altura qualquer uma era assim e, mesmo mais tarde, em1993, por exemplo, quando por lá passou o Fernando Ve-nâncio. Só que o fez no pino do Verão, sempre rodeado degente, sol e festas, pelo que não deu para sentir a insularidade.Por isso escreveu num diário nesta nossa Ler: Todos aquiprocuram convencer-me do isolamento que isto é, falam dedepressivas invernias, em ventos uivantes. Nada ajuda. Ainsularidade continuará a ser-me conceito especioso. (…) Aordem deste mundo rasa a perfeição. (Out. 1993). Ele ouviuvozes como a do saudoso Fernando Aires, autor de belo diá-rio em cinco volumes Era Uma Vez o Tempo e de Memóriada Cidade Cercada, onde não se cansou de falar na insulari-dade que amava, embora reconhecendo que o ilhéu é um tri-pulante de um navio parado em alto-mar. E o Daniel de Sáde Ilha Grande Fechada.

A propósito, contei ao Venâncio a do jorgense que, aoouvir elogios de visitantes à beldade da sua ilha, de como,vista do miradouro sobre Rosais, parece um navio, respondeu:Ah! Parece um navio?! O senhor há-de vir de inverno quandocá está só a tripulação para ver como é que é!

As visões de fora, de quem saboreia as calmas tardes dejulho, exuberantes de verde a explodir da plenitude azul domar transformando tudo em éden, contrastam naturalmentecom as de dentro porque desconhecem o que seja a insularida-de ao vivo, o apanhar pelas ventas com ventos, nevoeiros echuvas, ter emergências médicas que os temporais não con-templam, defrontar-se com voos impossíveis e muralhas devagas aprisionando os barcos no porto. Para quem lá vive,mesmo por amor à ilha, na prática a teoria é outra, como sediz no Brasil. Quer se queira quer não, ela cerca. De novo ojorgense (no folclore local ele é o epítome do ilhéu isolado,apesar da presença próxima do Pico e Faial): à porta de umatasca, vê um forasteiro lisboeta fazer jogging pela rua abaixo.Com filosófico desdém, avisa-o retoricamente: Para onde éque o senhor vai com essa pressa toda? A ilha acaba já aí!

Pode tirar-se alguém da ilha, mas não se tira a ilha de umilhéu, como exemplifica aquela pergunta por mim ouvida notempo em que os Açores eram ainda mais ilhas e os emigran-tes mais ilhéus, quase não concebendo outra identidade pos-sível. Eu tinha levado o Aldo, brasileiro, doutorando em Ma-temática na Brown, a uma loja portuguesa aqui em Providen-ce. Um grupo de mulheres emigrantes, todas ilhoas (dos A-çores, da Madeira e de Cabo Verde) conversava. A minha pa-trícia do grupo, estranhando tão desconhecido sotaque (esta-va-se ainda na era AT – antes das telelovelas), perguntou-lhe:O senhor de que ilha é? O matemático, após hesitar, respon-deu: Sou da ilha de Vera Cruz… Bem, que agora se chamade Brasil.

L PL P

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Bilhete de Lisboa

Museu do Ar• Por Filipa CARDOSO

Hoje saí de casa, em direção a Sintra, para uma reuniãode trabalho. Não era o que me apetecia pois estava um dia fantás-tico e gostava mais de ter ficado no terraço a apreciar a bela ma-nhã de sol.

A reunião correu bem e foi rápida.Estava perto da Granja do Marquês onde se situa a Base Aé-

rea 1 e o Museu do Ar.Estava com interesse, e o meu marido ainda mais, em visitar

o Museu pois tinha reaberto no passado mês de junho, coincidin-do com as comemorações dos 60 anos da Força Aérea Portu-guesa.

O museu ficou com uma área enorme, para cima de 7.000metros quadrados, o que faz com que seja, em área, um dos mai-ores museus do país.

É de salientar que a Força Aérea continua a manter em funcio-namento os pólos museológicos de Alverca, impossibilitado deexpandir as suas instalações, e o de Ovar.

Junto à entrada, a frase “O Dever da Memória” que dá o mo-te para o espaço que homenageia os homens e as máquinas queajudaram a concretizar o grande desejo do homem: voar.

Os visitantes encontram quatro dezenas de aeronaves, si-muladores, motores e diversos objetos relacionados com a aviaçãocivil e militar.

De salientar a réplica do biplano que Santos Dumont pilotouem 1906, o Dakota utilizado para fazer a Linha Imperial entreLisboa e Lourenço Marques, um Junkers Ju 52, avião militar dosanos 30 e tantos outros.

De notar a presença de vários exemplares de aeronaves queainda recordamos dos relatos das intervenções militares em África.

Podemos também apreciar o núcleo dedicado à TAP ondeestá exposta a evolução da loiça de bordo e das fardas dos coman-dantes e hospedeiras.

No núcleo dedicado à ANA Aeroportos de Portugal foimontada uma sala de espera dos anos 70, com mobiliário e de-coração e fotografias da época. Nesta área temos acesso à pistada base onde estão vários outros aviões.

Podemos também encontrar um auditório, patrocinado pelaCâmara Municipal de Sintra, dotada de um ecrã panorâmico, comcapacidade de 50 lugares, reutilizando bancos de um antigo Boeing.

A visita termina na Sala dos Pioneiros onde se presta home-nagem aos heróis da aviação portuguesa, com destaque para GagoCoutinho e Sacadura Cabral, autores da primeira travessia aéreado Atlântico Sul, em 1922, e de Brito Pais e Sarmento Beires quefizeram a ligação aérea entre Portugal e Macau em 1924, no “PátriaI e II”.

E para terminar em beleza, uma manhã que não tinha “his-tória”, um almoço no restaurante “Jacó” em Linda-a-Velha. Tinhalido uma boa crítica mas realmente foi um almoço 5 estrelas, pelacomida, simpatia dos donos e o ambiente do restaurante.

A propósito do 2° ano da Galeria 3C«Na arte a que está o meu caminho»

• Reportagem de Raquel CUNHA

L P

Decorreu, no dia 6 de junho, às 19h, o evento comemorativodo segundo aniversário da Galeria de Arte 3C. O que, entre muitas coi-sas, distingue esta galeria das outras e a torna interessante para a nossaComunidade é o facto de ser dirigida por Cláudia Chin. Nascida emMoçambique e de ascendência chinesa, Cláudia Chin, cresceu em Lisboae, como tal, fala português e partilha um pouco “da alma lusitana”.

De uma simpatia extrema, Cláudia Chin confessa que a ideia de a-

brir uma galeria, se de-veu em muito “ao tercrescido em Lisboa,rodeada de monu-mentos, jardins, está-tuas, museus e culturaem geral”. O que fezcom que crescesseconsciente “da im-portância da arte e dabeleza na nossa vidaquotidiana”.

Muitas voltas te-ve no seu percurso, esempre “de forma cí-clica, encontrava-mea cada 5 anos perdidana monotonia, comnecessidade de mudarde emprego, de activi-

dade. “Não gosto de uma vida monótona”, a-firma. Assim, da última vez “que senti isso,em 2007/8, os meus amigos perguntaram-meporque não abria uma galeria de arte”, uma vezque “sempre tive amigos no ramo das artes esempre me dei especialmente bem com artis-tas”. Para além disso, desde 2006/7, trabalhavacomo “consultora” de artistas, “ajudando-osa construir um portfolio, a escolherem obrasque destacassem mais o seu perfil, etc.”. E entre2009 e 2011 “trabalhei como consultora e aindano planeamento de exposições”.

Embora no início “foi quase como umaCláudia Chin, proprietária da galeria, na companhia do artistaCarl Heywood, este em dia de aniversário. Foto Raquel Cunha/LusoPresse.

Annette Wolfstein-Joseph, Stewart Fle-tcher, Steve Orner, David Whiteside, CarlHeywood e Ann MacCall foram os artis-tas que marcaram presença na «vernis-sage». Wing Chan e Dorothy Grosteenestiveram ausentes.Foto Raquel Cunha/LusoPresse.

Cont. Pág. 14, Na Arte...

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Pedra de ToqueLOTTE & ZWEIG – tempus fugit

• Por Lélia Pereira da SILVA NUNES

“Desejo que eles possam ver, ainda,a aurora que virá

depois desta longa noite. Eu, impacientedemais, vou antes.”

Stefan Zweig, in: Declaração, 1942.

cluída no Brasil e contextualizada nos fatoshistóricos que marcaram sua vida – o ImpérioAustro-Húngaro e a Primeira e Segunda Gran-des Guerras; a extraordinária biografia de Ma-ria Antonieta.Retrato de uma mulher comum(1932).

Austríaco, filho de um rico industrial ju-deu, Zweig estudou Filosofia na Universidadede Viena, e em 1904 obteve seu doutoradocom tese sobre “A Filosofia de Hippolyte Tai-ne” (1828-1893). Foi casado com a escritoraFriderike Maria von Winternitz. Divorciado,casa-se com sua secretária, Charlotte ElisabethAltmann (Lotte), em 1939. Pacifista, humanis-ta, sonhava com a unificação européia. Oposi-tor de Hitler, foge da polícia nazista em 1934exilando-se na Inglaterra e, anos depois, viajapara o Brasil refugiando-se em Petrópolis, naserra fluminense, com sua Lotte. Na madrugadade 22 para 23 de Fevereiro de 1942, dias após oCarnaval, o escritor Zweig e sua mulher Lottefizeram a sua última viagem cometendo o sui-cidío por envenenamento.

Stefan Zweig e sua mulher, Charlotte,nunca tiveram suas mortes esclarecidas. Suici-daram-se? Ou, foram suicidados? Tanto um a-to quanto o outro é crime. Por que não foramdevidamente periciados ou pronunciados? Estaé uma explicação mal dada, que caiu no vazio,enquanto o tempo alçava voos por espaçosinfinitos.

Setenta anos depois do intrigante e questi-onado duplo suicídio, o escritor catarinense,Deonísio da Silva, publica o romance LOTTE& ZWEIG (2012: Leya) e, com talento e sensi-bilidade, recupera os últimos dias do casal apartir de cartas escritas por Charlotte Eliza-beth. Reconstitui uma história conhecida quese mistura de forma brilhante com a narrativaficcional, sob a pena do artifíce da palavra.Constrói um perfil delicado e corajoso da Lot-te, dando-lhe voz e ares de heroína. Contauma história subjacente, clandestina e roman-ceada do que aconteceu nos instantes derra-deiros de Zweig e Lotte, sob o ponto de vistadela. Deonísio, um inegável contador de histó-rias, conduz com mestria, seduz o leitor na ur-didura de sua trama gerando uma ansiedadecrescente para o desfecho de sua narrativa. As-sim foi no seu livro de estréia Exposição deMotivos (1976) ou no premiadíssimo Avante,soldados: para trás (1992). Sua escrita límpidae rica, no bailado das palavras, vai construindohistórias e ao mesmo tempo que desconstróiconceitos, opiniões sacramentadas por viasparalelas da tradição ou do ranço conservadorda sociedade, na sua fantasia do faz de conta.

Deonísio da Silva, este escritor, professor,

filólogo, doutor em Letras pela USP, Vice-Rei-tor de Extensão da Universidade de Estácio deSá e autor de 34 livros surpreende o seu leitorcom a saída do romance Lotte & Zweig (Prê-mio de melhor romance de 2012 da AcademiaCatarinense de Letras) pela forma perspicaz evibrante da narrativa, fazendo emergir, lá dofundo da memória, fatos que jaziam adorme-cidos. A breve passagem de Zweig pelo Brasil,a sua mal explicada morte é apresentada numenredo provocativo, cheio de hipóteses e ques-tionamentos sobre a funesta noite e, principal-mente, dando visibilidade à Lotte, aquela mu-lher culta, frágil, sofrida e apaixonada pelo seuhomem. Afinal, morreu abraçada ao cadáverdo marido. Uma imagem tocante, que percorreuo mundo e que ilustra a capa do livro na arte deArlinda Volpato.

Deonísio, insiste da primeira a última pá-gina com sua história híbrida. Inquieta-nos:Tem um mistério que permanece. Duplo sui-cídio? Duplo assassinato? Só Zweig foi elimi-nado? A morte de Lotte não poderia ter sidoum acidente? O que teria acontecido naquelanoite sem testemunhas?

Deonísio dá voz ao Zweig que extravasaos sentimentos de serenidade conformada ede angústia pelo final que se anuncia. Lottedorme, escuta-se a ruidosa respiração da mu-lher, o ronronar da asma que arrebenta o peitoe quebra o silêncio da noite. Os nazistas pream-bulam na noite serrana, tal qual o leão baio a-trás de suas presas farejando a morte. Queriammatar Zweig? O contexto político da épocaaté justificaria, porém, a “Declaração” de Zweigconduz ao suicídio. A não ser pela carta deZweig, nada mais foi deixado. Nem, a Lotteescreveu um bilhete de despedida.

Para arrematar fica a posição do escri-tor Deonísio da Silva que pende para um homi-cídio forjado: “O fato de não autorizarem aautópsia dos corpos e a recusa do PresidenteGetúlio Vargas de não entregar os corpos parafazerem o sepultamento num cemitério israe-lita é indício contrário.”

Resta-nos a incerteza ou o benefícioda dúvida. Se Stefan Zweig sabia tão bem amar,se deitou um olhar intenso, lavado de paixãosobre o paraíso que escolheu viver, como po-deria matar o seu Amanhã?

Só o tempo revelará. Tempus fugit.

IGREJA BAPTISTA PORTUGUESADomingos às 15H00 – Pregação do Evangelho6297 Ave. Monkland, (NDG) Montreal

http://www.madisonbaptistmontreal.com/portugues.htmlTel. 514 577-5150 – [email protected]

Devemos ao es-critor Zweig a alcu-nha de “País do Futu-ro”. A marca queidentificaria o Brasilcomo uma tatuagemimpressa na alma ver-de amarela. Publicado,em Agosto de 1941,Brasil, País do Fu-turo, pinta um retratodo País com paixão eotimismo sobre oque seríamos na visão de seu alargado olharalienígena. O livro sai em seis idiomas e em se-te edições. Em pouco tempo, torna-se um clás-sico da literatura contemporânea. Fruto de in-tensa pesquisa, surpreende pela riqueza dostemas, pela agudeza visual de Zweig no minu-cioso registro de suas impressões sobre o quevê, ouve e sente nas suas andanças e mundivi-dências. Lança um olhar sobre a história, eco-nomía e cultura antes de adentrar por um Brasilque conheceu e muito amou: as cidades do Riode Janeiro e de São Paulo; as cidades históricasde Minas Gerais; Salvador da Bahia e seu misti-cismo; o Brasil da Amazônia. Deixa patente-ado o seu lamento por não ter conhecido maise mais do Brasil, como a vida dos sertanejosnordestinos, os gaúchos e a imensidão dospampas, e as colônias alemães de Santa Cata-rina com suas tradições e língua cultuadas epreservadas desde 1829. O que se descobrenas páginas de Brasil, País do Futuro é umotimismo onipresente de um registro docu-mental valioso e de uma crônica agradável nofluir, descrevendo impressões do País pelo qualse enamorou rendido à hospitalidade brasileira,aos costumes e ao exotismo do nosso povo.

Brasil, País do Futuro, sofreu duras críti-cas por seu ufanismo vívido e ingênuo e Zweigfoi acusado de ser simpatizante de Getúlio Var-gas e do Estado Novo (1937-1945).

Renomado escritor foi um dos autoresmais lidos do mundo no período de 1920 atésua morte em 1942 em inúmeras obras como“Carta de uma Desconhecida” (1922),”Vintee Quatro Horas na Vida de Uma Mu-lher”(1927), O Mundo Que Eu Vi (DieWelt von Gestern,1942), autobiografia con-

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Documentário “A Ilha da Saudade”:

Um retrato da Comunidade Portuguesa pelos olhos de Inês Faro• Reportagem de Raquel CUNHA

Antes de mais, os nossos mais since-ros parabéns à nossa colega Inês Faro (tam-bém colaboradora do LusoPresse), pela inicia-tiva de nos deixar ver, com o seu olhar, na for-ma de documento visual, do que aqui se vive ese sente. Era já mais do que tempo de que al-guém, de olhos frescos e imparciais, fizesseum retrato do que é a nossa Comunidade, poronde passa e de onde vem.

O documentário está extremamente bemfeito e conta com a colaboração de AlbertoFeio (fotografia e som) e de Francisco Pires(editor de imagem) e pretende narrar o percursoda comunidade, entrevistando, para isso, figu-ras fundamentais da nossa história montrea-lense, que tenham influência e que simbolizemtambém a nossa evolução em diferentes pers-pectivas. “A ideia surgiu há cerca de um ano,para a comemoração dos 60 anos da comunida-de. Pretendi apresentar vários retratos dentrode um retrato, entrevistar diferentes pessoas,representantes de vários tempos, actividades eperspectivas”, explica-nos a realizadora. “Fala-se desde a chegada dos pioneiros, ao 25 de A-bril, a situação do Quebeque separatista, a ex-periência da emigração, a diferença entre oscontinentais e açorianos, a questão da identida-de e o futuro da Comunidade”, remata e con-clui, “não quis ofender ninguém; este é umponto de vista entre muitos. Quis ouvir o tes-temunho de algumas das figuras chaves da co-munidade, que tenham tido influência dentroou fora dela”.

Assim, o percurso inicia-se pela voz do

pioneiro Firmino Ramos, que retrata comoforam os primeiros dias de emigração, o queera a vida cá e lá, a viagem de barco e a sua his-

Norberto Aguiar e a Imprensa Comunitária

Como não podia deixar de ser,Norberto Aguiar, nosso editor e chefe deredação foi o porta-voz da imprensa escritadentro da comunidade. O seu papel, e o pa-pel do LusoPresse, em manter uma assidui-dade e ética jornalística serviu como empur-rão para levar a nossa sociedade, os nossosleitores, a irem mais longe e a reflectiremsobre questões de facto pertinentes. Sempreem cima do acontecimento, o LusoPresse éo jornal de referência em assuntos sérios eem saber o que de novo por cá se tem feitoe se faz. Mais, Norberto Aguiar foi o primei-ro jornalista português a escrever para jor-nais de referência fora da comunidade comoo La Presse e o The Gazette.

Assim, na entrevista, o editor fala dochoque cultural da sua chegada ao Canadá,do anonimato da cidade grande, da dificulda-de em ganhar a confiança das pessoas que“não me conheciam de lado nenhum”, dafalta dos amigos.

Fala do seu passado futebolístico, e decomo se tornou presidente de uma liga defutebol de 16 equipas, coisa única até agoranesta comunidade.

Fala ainda da sua carreira jornalística, decomo foi o primeiro a escrever “sobre o

que se passava na comunidade”, de como oLusoPresse, “a 4 cores”, veio “surpreendertudo e todos”. Reflete sobre a missão dojornal que edita, das várias iniciativas toma-das, entre elas a do Dia da Mulher, e como oobjectivo contínuo de promover personali-dades portuguesas “dá-lhe o toque final edemonstra como o LusoPresse vale apena”.

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tória de vida. Dissoretira-se a sua cora-gem, e a de muitos co-mo ele, que lutaramcontra todas as adver-sidades, que venceramo medo do desconhe-cido e que se aventu-raram na procura deuma vida melhor:“Trabalhava-se mui-to, foi difícil o início”.A nós, que vivemosna idade do confortosó nos resta imaginar.

Segue-se D. Ol-ga, como voluntáriado projecto UTL, e aimportância de se servoluntária e se traba-lhar por gosto.

Seguimos para opadre José Maria, queconta parte da suahistória de vida e ex-plica a importância dequerer-se fazer mais ecomo “sozinhos va-mos mais depressa,mas juntos vamosmais longe”. Falatambém do projectoUTL, de como “so-mos gente generosa e

de boa vontade” e ainda do papel da religiãona nossa sociedade, de como o “nosso ADNé religioso” e como as festas são “muito maisdo que folclore; são um momento de coesão”.

Eduíno Martins retrata a diferença entreos açorianos e continentais, no seu leito demorte, o que representa como se sentem emvida. Para os açorianos “esta é a terra deles, en-quanto que os continentais querem semprevoltar (serem enterrados) em Portugal”.

Disso, passamos para a Radio Centre-Vil-le na presença de Clementina Santos, JoaquinaPires, Arlindo Vieira e Amadeu Moura. Aquidebate-se a história da rádio, como se viveu a-qui o 25 de Abril ou o Quebeque separatista.

Seguimos com Emanuel Linhares, a darvoz à Caixa Desjardins Portuguesa, e NorbertoAguiar (ver caixa à parte) representando a Co-municação Social.

Isabel dos Santos vem falar sobre a vidade actriz, o mundo da arte quebequense emcomparação com o português, e o seu papelpara combater o estereótipo português forada comunidade. “Tinha duas especialidades:mulher-a-dias e refugiada”. Fala ainda do seuenvolvimento nos bancos da avenida Saint-Laurent, e de como, para ela, “uma comunidadenão pode viver num outro país fechada sobresi mesma, senão morre”. O mundo das artessegue ainda com Adelaide Vilela e Manuel Car-valho.

Seguimos para a gastronomia e a impor-tância de representar Portugal fora da comuni-dade e para isso, entrevista-se Carlos Ferreira eHelena Loureiro, que ri ao declarar que tem “omelhor trabalho do mundo, vendo Portugaltodos os dias”. Afirma ainda que “na minhacasa vai falar-se sempre português”!

O que nos leva a outro ponto, a questãoda juventude e da identidade: para isso ouvimosos filhos de Helena Loureiro dizer que “cresce-ram numa comunidade dentro de uma socie-dade e que se sentem mensageiros de identida-des”. O debate toma conta da narrativa, InêsLopes, Nicolas e Frederico Fonseca são algunsdos jovens que nele participam, e a temáticaronda em volta da luso-descendência, cultura eidentidade.

Passa-se obviamente pela Escola Portu-guesa de Santa Cruz e sobre o futuro da nossacomunidade e da língua portuguesa em Mon-treal.

Com a sala cheia, cerca de 200 pessoas,muitas riram, muitas choraram, mas o que aquiviram foi mais do que o retrato de uma comu-nidade, foi o relembrar de experiências suas,de momentos seus e do contributo que cadaum teve na construção deste mosaico, que é,enfim, a nossa comunidade.

Azores Fringe em parceria...Com 21 festivaisda América do Norte

Holly Payton, a diretora do WorldFringe Network, já marcou o Azores FringeFestival no panorama internacional anuncian-do ser “o Festival mais remoto da rede Fringe”.

David Jordan, o presidente da CanadianAssociation of Fringe Festivals (CAFF), deci-diu apoiar visibilidade através de uma acção depromoção que leva o nome dos Açores, atravésdo Azores Fringe Festival, a 21 festivais em ci-dades da América do Norte.

O comum entre estes dois executivos narede internacional dos festivais de arte Fringeé a sua disponibilidade para apoiar o novomembro da rede, localizado numa região des-conhecida no mundo das artes.

Assim, este verão, desde São Francisco aOrlando, Vancouver a Toronto, passando porMontreal, Minneapolis e muitas outras cidadesno continente Norte Americano, milhares deartistas e suas audiências vão ficar a saber queno meio do Oceano Atlântico também há o-portunidades de mostra, de desenvolvimentode artes e de cultura artística.

A parceria entre Azores Fringe e CAFFconsiste numa lotaria para artistas com a opor-tunidade de apoiar alguém para participar naedição do Festival em 2014.

Terry Costa, o fundador do Azores FringeFestival, e diretor-artístico da associação Mira-tecArts que produz o Festival, adiciona que“não é suficiente fazer parte de uma rede inter-nacional, temos que trabalhar em conjunto erealizar o maior número de parcerias possíveispara que as nossas ilhas sejam conhecidas nogigantesco mercado da cultura artística no pla-neta.”

Azores Fringe Festival inicia-se a 19 de ju-nho e até ao dia 30 vai apresentar mais de 90eventos realizados com arte e artistas de todasas ilhas dos Açores, Madeira e Portugal Conti-nental, assim como também dando boas-vin-das a artistas de 9 países desde a Nova Zelândiaà Colômbia, Inglaterra a França.

O programa na sua maioria seráapresentado na vila da Madalena na ilha doPico com eventos satélite nos fins-de-semanana ilha do Faial e em São Miguel.

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Foto LusoPresse.

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sse.

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O Júbilo das Artes• Por Pedro Almeida MAIA

Festival Azores Fringe...Chega à América do NortePONTA DELGADA - O festival Azores Fringe vai chegar

a 21 festivais da América do Norte na sequência de uma parceriacom a Canadian Association of Fringe Festivals (CAFF), presididapor David Jordan.

“Não é suficiente fazer parte de uma rede internacional, temosque trabalhar em conjunto e realizar o maior número de parceriaspossíveis para que as nossas ilhas sejam conhecidas no gigantescomercado da cultura artística no planeta”, declarou em comunicadoTerry Costa, fundador do Azores Fringe e diretor artístico da associ-ação MiratecArts, que produz o festival.

Na sequência desta parceria, este verão, de São Francisco aOrlando, Vancouver a Toronto, passando por Montreal, Minnea-polis e outras cidades norte-americanas, “milhares de artistas” esuas audiências vão “passar a conhecer” o Azores Fringe.

Ao abrigo da parceria entre o Festival Azores Fringe e CAFFvários artistas terão a oportunidade de participar também na ediçãodo festival açoriano em 2014.

O Festival Azores Fringe vai decorrer de 19 a 30 de junho econtempla mais de 90 eventos realizados com arte e artistas de to-das as ilhas dos Açores, Madeira e continente.

O mundo está convidado:

Azores Fringe FestivalMais de 130 artistas confirmados. Mais de 90 eventos

programados. Três localidades com grandes exposições de mostra dearte abertas durante os 12 dias do Festival. De 19 a 30 de Junho 2013vamos ter uma explosão artística do Pico para o mundo. Um programade 40 páginas recheado do que há a oferecer entre o Pico, Faial, S.Miguel e ainda um veleiro que chegará de surpresa a vários portos deoutras ilhas nos Açores. Estejam atentos na Net aowww.azoresfringe.com pois este é o primeiro festival em Portugal na re-de internacional dos “Fringe” e muita coisa vai acontecer.

Estamos a falar de arte: pintura, cartoons, ilustrações, esculturas,artesanato e performances de dança, teatro e música desde clássica amoderna passando por hip-hop e DJs. Também há workshops,lançamentos de livros, palestras e horas de convívio programadas paraincentivar comunicação, aprendizagem e trocas de experiências entreartistas locais e estrangeiros. Há algo para todos os gostos e estilosdesde a hora do almoço até tarde da noite.

Arte e artistas da Nova Zelândia, Colômbia, Brasil, EUA, Canadá,Inglaterra, Itália, França, Espanha e Portugal confirmaram presençanesta primeira edição do Festival.

De Portugal temos arte e dança do continente, instalação fotográficada Madeira e artistas de todas as ilhas dos Açores. Desde a ilha doCorvo, com o seu artesanato até a vídeo e curtas de Santa Maria, ilustraçãoda Graciosa, a fotografia de São Jorge, escritores de São Miguel, aartistas plásticos da Terceira, palestrante de arte das Flores, a música doFaial e da ilha do Pico temos representantes de todas as áreas artísticasdesde pintores a instrumentos de sopro.

Das comunidades portuguesas temos do Canadá os luso-descendentes Nancy Dutra (concerto de música), Manuel Azevedo(lançamento de novo livro), Lisa Furtado (viagem em fotografia eapresentação de livro) e Nuno Sá (apresentação de Oásis, fotografia)que vão estar presentes no Azores Fringe Festival. Dos EUA a luso-descendente Mara Betttencourt (concerto de música) também vai estarpresente, assim como jovens que agora vivem nos Açores mas nasceramna América, também vão realizar apresentações no Festival.

A Meca do Festival é na vila da Madalena, no Pico. A EscolaCardeal Costa Nunes vai apresentar a sessão final do Festival comtrabalhos que engloba muitos alunos e várias áreas desde música ateatro; a Escola Profissional do Pico vai alojar a exposição do AzoresFringe Festival aberta diariamente durante o Festival das 13h às 20h. ACasa da Montanha abre as portas a uma mostra de fotografia 24 horaspor dia. Via Bar vai apresentar programação da noite com DJs e maisartistas. A Câmara da Madalena desde o Salão Nobre até ao Átrio, o

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Centro de Formação Artística e o Palco daPraça da Madalena apresentam a maioria daprogramação. Eventos satélite acontecemaos fins-de-semana no Teatro Faialense, noFaial, e nas três cidades em S. Miguel, assimcomo uma mostra de arte estará aberta naAcademia das Artes dos Açores em PontaDelgada.

Ontem, quarta-feira, o dia de aberturado Festival consistiu, pelas 12:30, na aberturaoficial nos Paços do Conselho da Madalena,seguida da abertura da sala “O Mundo éMeu”. Pelas 18 horas a Casa da Montanhaabriu a sua exposição de fotografia organiza-da pelo Parque Natural do Pico. A exposiçãocentral do Festival abriu pelas 20 horas naEscola Profissional do Pico e a noite termi-nou no Palco da Praça da Madalena com du-as estreias de estilos musicais diferentes. Às22 horas Atlantis Brass Ensemble, um gru-po de músicos de sopro com repertório des-de a Renascença até Dixieland de New Or-leans e pelas 23 horas, Alexandra Boga estre-

AMiratecArts colo-cou os Açores nomapa. Será a Vilada Madalena o pal-co que, de 19 a 30de Junho, irá receberartistas de todos oscantos do planeta.Este foi um textoescrito acerca dainiciativa “Desco-brir Açores”, que agora partilho com osleitores do LusoPresse.

E eis que se acabaram as brumas, le-vantaram-se as névoas; o céu lavou-se dosflocos de algodão flutuantes e floriu o des-filadeiro para uma passagem aberta. Ovento bafeja agora a brisa profícua dasmulheres e dos homens que trazem luzao mundo: os criadores.

Os olhares encaminham-se para o al-to - para o azul-celeste - que acasala com aimaginação dos mestres da criatividade,parece não mais encerrar fronteiras. Osmúsicos, compositores e maestros da or-questra do infinito interrompem o concer-to para ouvir com clareza o som da anunci-ação da novidade, e os pintores de aguarelascristalinas levantam as barbas do pincel esentem as pupilas dos olhos dilatarem parao que há muito esperavam: a luz! Os escul-tores dão descanso à solda, ao escopro,ao suor, e sentem o calor da descobertanas peles arrepiadas. Os escritores, os au-tores e os poetas pousam o lápis no papel,afundam a pena na tinta e saem à rua, aodescampado: querem compreender o a-contecimento. O segundo acto não chegaa ser terceiro, pois o palco do teatro vê-sedesprovido dos actores, actrizes, encena-dores e figurantes que atravessam a plateiaem direcção ao lado de fora, à multidão.Os desenhistas e desenhadores, arquitec-tos, ilustres ilustradores ilustrativos dei-

xam os traçados da car-tolina e os ecrãs de com-putador ermos, desam-parados, abandonados,e juntam-se à folia da re-volução. Os mestres dafotografia e da imagemretratada abdicam do es-túdio para se aliar ao jú-bilo do talento e convi-dam os cineastas, argu-mentistas e realizadoresda sétima arte a assistir aum filme totalmente di-ferente, a uma epopeiada criação. O relojoeiro,o artesão e o costureiroabandonam as modas ecaminham de braço da-do. As televisões emitemzero, as rádios cospemestática, a internet pa-rou, estacou, congelou.Estão todos à espera.Do quê?

Do anúncio. Danotícia que espalha queeste é o primeiro dia!Não apenas um dia sola-rengo e quente, tãoquente como o amorque os criadores derra-mam no seu trabalho,mas um dia em que essafaina vai finalmente via-jar, tomar os palcos domundo, ver a luz, tornar-se luz! Sentem-se sus-pensos, leves, de rédeassoltas, e nem sequer océu pode ser o limite.Nem sequer a luz imen-sa os pode cegar, porqueé de luz e de palmas queeles vivem.

Agora estão prepa-rados: hoje receberamum voto de confiança,uma consagração recon-

fortante, um repto estimulante. Sabem queo dia de amanhã será diferente, que irá trazerboas colheitas. Pois, se antes viviam decostas voltadas uns para os outros, pordesconhecimento ou afastamento, pelomar que separa os nove ilhéus, pela inopor-tunidade que vingou ou pelas inconstantesmarés revoltas, agora podem encher o pei-to de ar! E podem soprá-lo aos velamesdos seus batéis e transformá-los em carave-las, em naus de guerra... Mas de uma guerrasaudável, de uma batalha legítima: a lutapelo conhecimento.

Mas o que é o conhecimento, o saber,a genialidade de um povo? Não está na suacultura, nos seus hábitos, nas suas represen-tações? Nas suas artes? Não é o talentoque lidera, não é a inspiração do artista queinspira a ciência e o progresso? Não é opalhaço triste que nos faz sentir homens emulheres humildes? Não é a música quetanto nos faz vibrar e sonhar como cho-rar? Não é nos livros que está a nossa e avossa sabedoria? Não é a dança dos cisnesque nos faz voar? Não é o desenho ilusórioe o quadro que nos impressiona e nos fazpensar, duvidar? Não são os pensadoresque dão origem às ideias? Não é desse pen-samento que provêm soluções? Então, oque aconteceu? Porque demorastes tantotempo a chegar a essa conclusão?

Pois bem. Então, digo-vos: pensar écriar, imaginar é conceber, mostrar é existir.E é apenas isso que os criadores almejam:mostrar. Sempre o quiseram. Os artistasaçorianos sempre desejaram desvendar oseu lado primoroso. Agora podem, entresi – e para si. Por isso mesmo, vamos desco-brir, vamos descortinar os dons das ilhas.E ao povo declamam: obtende os nossoslivros, discos e bilhetes de espectáculo; bra-dai bem alto e em bom som, profetizai asnossas telas, fotografias e desenhos; enal-tecei aqueles que só pedem as vossas pal-mas! E nunca, mas nunca esqueçais: umpovo sem cultura simplesmente não existe.

Eis que o pano sobe, ouvem-se as pal-mas, a ovação de pé, o público ao rubrocom as emoções da criação. Vão agora des-vendar, finalmente perceberam. Vão Des-cobrir Açores no Festival Fringe!www.azoresfringe.com

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ou o seu espectáculoTurkesa, a compositorade viola-da-terra que vi-rou à electrónica.

Venham desfrutarde uma hora, um dia, umfim-de-semana ou por-que não tirar férias e pas-sar doze dias no Fringe?Esperamos por si…Mais surpresas serão adi-cionadas nowww.azoresfringe.com

Terry CostaAzores Fringe Festival,Fundador e Produtorwww.azoresfringe.comAssociação Mira-tecArts, Diretor-Artís-ticowww.mirateca.com

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Página 720 de junho de 2013 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Salvo à última hora...

Afinal Camões não naufragou• Reportagem de Raquel CUNHA

Português Comunicativo 1Lançamento do Manual de Língua portuguesa

• De Luís Aguilar e Vitália Rodrigues

Realiza-se no dia 27 de junho, das 17às 19 horas, no Carrefour des arts et des scien-ces da Universidade de Montreal, sito no Pavil-lon Lionel-Groulx 3150 Jean-Brillant, uma ses-são de lançamento do Manual Português Co-municativo 1, destinado aos aprendentes adul-tos de Português Língua Estrangeira. Esta ses-são é apoiada pelo Consulado-geral de Portugalem Montreal e pela Caixa Desjardins Portu-guesa.

Português ComunicAtivo 1, Manual doUtilizador Elementar, foi construído tendo emconta o contexto de ensino/aprendizagem doPortuguês na Universidade de Montreal e omeio sociocultural e académico montrealense,sendo constantes as referências feitas ao Cana-dá em geral e ao Quebeque e a Montreal emparticular, e ainda mais especificamente, à co-munidade portuguesa de Montreal.

Português ComunicAtivo 1, Manual doUtilizador Elementar é um projeto coletivocriado pelos professores com o forte envolvi-mento dos aprendentes, cumprindo, assim,um dos preceitos tantas vezes recomendadose quase nunca aplicado: a produção de recursosdidático-pedagógicos pelos próprios docen-tes.

Português ComunicAtivo 1, Manual doUtilizador Elementar, é um método de Por-tuguês Língua Estrangeira (PLE) destinado aaprendentes adultos de português - particular-mente os francófonos -, está redigido segundoa nova ortografia da língua portuguesa e inspi-

ra-se na filosofia, orientações, competências,formas de avaliação e níveis de proficiência dalíngua, expressos no Quadro Europeu Comumde Referência para as Línguas (QECRL), nome-adamente, o que nele se estipula para os níveisA1 (Iniciação) e A2 (Elementar). É compostode 22 unidades de aprendizagem que, no con-junto, obedecem a uma estrutura gradativa dascompetências linguísticas, comunicativas e cul-turais.

Português ComunicAtivo 1, Manual doUtilizador Elementar, enquadra-se numa abor-dagem pedagógica orientada para a ação, emque se explicita em termos concretos o que osaprendentes têm que saber para conseguiremagir em situações de comunicação e se mostra

Como todos já devem saber, este ano não houve comemo-rações oficiais para o Dia de Camões e das Comunidades Portuguesas,o Dia 10 de Junho. Os motivos que levaram o consulado e as associaçõesa tomarem essa decisão, são-nos desconhecidos, mas confessamosque muito nos entristece ver o crescente desinteresse que se sente aquipor Portugal.

Contudo, e haja glória a quem o merece, Clementina Santos, con-selheira das Comunidades, não se deixou desmotivar e a meio de impro-viso, juntou quase uma centena de pessoas no Parque de Portugal paracantarem o Hino e fazerem valer a memória do nosso país.

O encontro foi marcado para as 18 horas, e a assistência apareceutrajada a rigor, com bandeiras, chapéus e cachecóis nacionais. Com orancho folclórico de Santa Cruz como pano de fundo, ClementinaSantos foi a “chefe de cerimónias”, e com Alex Norris (vereador doMile-End) ao seu lado, chamou ao palco (o coreto português), os dis-cursos de Emanuel Linhares (condecorado com Ordem de Mérito peloPresidente da República) e do padre António Araújo. Houve ainda umdeclamar de poesia, pela voz de Luís Saraiva e Isabel Gil.

Muitos nomes conhecidos estiveram presentes, entre eles o dochanceler David Pereira – representando o Consulado de Portugal emMontreal. Note-se que as coisas não estão de muito bom-tom entreesta instituição e o resto da Comunidade, uma vez que a ausência docônsul-geral, propositada, foi notada e o seu representante, o chancelerDavid Pereira, não foi nem mencionado, nem chamado a subir ao im-provisado palco.

Polémicas à parte, Alex Norris diz-se contente com este tipo decomemoração e explica: “Assim improvisado é mais autêntico, maisverdadeiro”. E embora pessoalmente tivéssemos preferido algo oficiale de maior grandeza, como se vê nas outras comunidades portuguesasespalhadas por esse mundo fora, não podemos deixar de realçar a resili-ência tão nossa, e de como, desta vez, houve mais alma do que nas ceri-

de que modo pode aaprendizagem de lín-guas contribuir me-lhor para o seu desen-volvimento pessoal ecultural como cida-dãos responsáveis nu-ma sociedade demo-crática pluralista.

Português Co-municAtivo 1, Manu-al do Utilizador Ele-mentar, propõe a rea-lização de atividades eexercícios apelativos àcriatividade e partici-pação ativa, em váriasmodalidades de traba-lho (individual na au-la, individual em casa,em pares, em peque-nos e grandes gru-pos, etc.), para que osaprendentes sejam ca-pazes de agir em vari-adas situações de co-municação definidasnos níveis A1 e A2 doQECRL.

Complementaresao presente manualforam publicados vá-rios documentos, emsuporte papel e digi-tal, de que se destacao manual em linhaPortuguês Comu-nicAtivo Interativo.27 de junho, das 17 às 19 horas,no Carrefour des arts et dessciences da UM (3150, Jean-Brillant, sala C-2081/83). L P Cont. Pág. 11, Camões...

Página 820 de junho de 2013 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Alexander Norris ao LusoPresse

«Estou atento às aspirações da Comunidade Portuguesa»• Entrevista de Norberto AGUIAR

Conhecemos o Alexander Norrisdesde o tempo que era jornalista, no The Ga-zette. Foi um trabalho seu sobre os jovens daComunidade Portuguesa que nos levaram até

ele. Daí para cá, o nosso contato consolidou-se. Foi mesmo o LusoPresse que o trouxe pelaprimeira vez ao seio da nossa comunidade emtermos formais, quando o Alex foi convidadopara palestrar no segundo aniversário do nossojornal. O tema escolhido foi precisamente so-bre o estudo que tinha feito, e publicado, sobre

a ambivalência lin-guística dos jovens danossa comunidade.Mais recentemente, li-dámos com ele a pro-pósito do imbróglioque envolveu a con-solidação do Parquedos Açores e a impli-cação de algumas pes-soas no mesmo. Dapolítica municipal, a a-tual «menina dos seusolhos», pouco ou na-da tínhamos falado.«Que sim, que have-mos de nos encontrarpara falar...», e foi maisou menos tudo. Tí-nhamos, porque hojeapresentamos o resul-tado de uma grandeconversa que tivemoscom o Alex no seu es-critório de trabalho,nas instalações da Junta de Freguesia do PlateauMont-Royal, na rue Laurier, não muito longedos Boulevards St-Laurent e St-Joseph, e queversa assuntos do seu dia a dia e de temasrelacionados com a Comunidade Portuguesa.

A primeira pergunta que fizemos ao Alexandou à volta do porquê da sua passagem dejornalista para a política, uma atividade tãomassacrada, com alguma razão, de resto, nomomento que passa. A resposta veio célere: -Estava a precisar de uma nova experiência e omeu gosto pelo contato com o povo levou-me a abraçar a política. E não me arrependo.Estou a adorar a experiência, que tem sidofascinante. Direi que ser político é melhor doque ser jornalista. Aqui, intervenho nasdecisões que tocam a vida das pessoas. Do meuponto de vista, porque os meus valores são osvalores de quem me elegeu, tenho contribuídopara um melhor nível de vida das pessoas domeu bairro. Mais adiante, e ainda sobre omesmo tema, Alex Norris que, diga-se desdejá, fala um português muito bom, por via dasua estada no Brasil, onde viveu durante algumtempo, nos fala do período nefasto que se vivea nível da política municipal, com Montreal, esobretudo Laval, pelas ruas da amargura.

«A política está desacreditada, mas issonão impede que façamos o nosso trabalhocom rigor e nobreza para bem dos nossosconcidadãos. Eu estou na política para intervirnas mudanças e outros desafios. Eliminar aburocracia, proteger os bens públicos, melho-rar a segurança na via pública, com incidênciano boulevard St-Laurent. Para isso já foi ado-tada regulamentação através do Código Crimi-nal contra os malfeitores de rua. Há multasprevistas para os infratores que podem ir até637 dólares.

Resumindo o resultado da nossa primeirapergunta, diremos que o Alex é um homemfeliz pelo trabalho que desenvolve com «gostoe empenho» e que «me faz ser reconhecidopelas pessoas na rua, quando sou abordadopelo que fiz ou pelo que as pessoas queremque eu faça. E esse contato pessoal tanto podevir de pessoa rica como de pessoa pobre, oque ainda me dá mais prazer.»

A segunda pergunta foi direcionada paraas polémicas suscitadas por algumas decisõesde Luc Ferrandez, o seu presidente imediato.Também aqui, Alex Norris não fugiu à questãoe passou ao ataque: - Luc Ferrandez é um polí-tico corajoso. Faz o que diz e é honesto. Asmudanças que propõe são valiosas. De resto,cidades como Nova Iorque, Paris, Londres,que até tem um «maire» conservador... estão aadotar as mesmas políticas que são apontadaspara o bem das populações. A abolição dosparques de estacionamento junto de escolas,creches e parques são medidas úteis, apesarcontroversas. A legislação sobre o parque au-tomóvel, que tem crescido duas vezes mais rá-pido do que a população vai no mesmo senti-do. E não se esqueçam que a maior parte dosautomóveis que circulam no Plateau estão emtrânsito para os subúrbios. Todas essas deci-sões visam sempre a segurança dos nossosvelhos, das nossas crianças, e da populaçãoem geral. É em Montreal que a taxa mais altade acidentes automóvel/peões acontece.

«No fundo, diz, trata-se de um discursoanti-Ferrandez, uma caricatura, nada mais. Háos que são contra as medidas implantadas. Mas

Alex Norris, à chegada ao edifício que abriga os escritóriosda Junta de Freguesia do Plateau Mont-Royal. Foto Luso-Presse.

Alex Norris atento às questões levantadaspelo nosso chefe de redação durante aentrevista. Foto LusoPresse.

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Página 920 de junho de 2013 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Em outubro póximoMariza regressa a Montreal

LUSOPRESSE – Mariza, a grande voz do fado atualmente estará de regresso a Mon-treal em outubro, no âmbito da sua «volta ao Mundo 2013». O único concerto que Mariza daránesta cidade de boas recordações para ela, pois foi por aqui que Mariza começou ganhandoprestígio internacional, ao participar no importante Festival de Jazz, dizíamos, o único concertode Mariza será na Sala Wilfried-Pelletier, da Place des Arts, no dia 19 de outubro.

Para todos os admiradores da grande cantora nascida em Moçambique e criada nasentranhas da cidade de Lisboa, informamos que os bilhetes já estão à venda neste momento.E para adquiri-los, o contato passa pelo seguinte número de telefone: 514.842-2112.

Recorde-se que Mariza em 12 anos de carreira já percorreu o Mundo várias vezes e jávendeu mais de um milhão de discos.

Mariza esteve até recentemente afastada dos palcos pela simples e boa razão de que foimãe.

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a maioria apoia o que está a ser feito». Nessaaltura, Luc Ferrandez, que passava no corredor,junta-se a nós para corroborar a mensagemdo seu aliado político – são do mesmo partido,o Projet Montréal.

A terceira pergunta visou a corrupção naCâmara de Montreal. E porque muita coisa sepassou depois que esta entrevista foi feita, deixa-remos aqui só o essencial do que disse o Alexa este propósito.

«O nosso partido é o único que está limpoa nível municipal. Por isso, a escolha na nossaequipa e no nosso chefe Richard Bergeron é aescolha certa. O nosso partido é um partidoindependente, de cidadãos, sem ligação a gru-pos de interesse. De resto, os nossos adversá-rios, Louise Harel, Denis Coderre, um balãoque se arrisca a rebentar a breve trecho, nãotêm a nossa lisura de processos... por algumasligações duvidosas. Felizmente que temos qua-tro jornais, dois difusores públicos e jornalistasde inquérito para revelarem ao público todasessas falcatruas. E é ver todos os dias o que sediz sobre Máfia, corrupção, etc. E saber queJean Charest nem queria instaurar a Comissãode Inquérito...».

Das hipóteses do Projet Montréal ganharo próximo escrutínio, em novembro próximo,Alex Norris avança que «vamos ter candidatosem todas as circunscrições e queremos elegero maior número possível de vereadores paraformarmos o próximo executivo da CâmaraMunicipal de Montreal».

A Comunidade Portuguesa, como não po-dia deixar de ser, também entrou na nossa dis-cussão. O estado dos Parques de Portugal edos Açores, o «Bairro Português», a Casa paraos Idosos, as festas portuguesas, tudo esteveem cima da mesa. E considerando que AlexNorris é um lusófilo, primeiro pela língua por-tuguesa, que domina perfeitamente, mesmose ele diz que não, e, depois, porque já aprendeua gostar dos portugueses e da comunidade,principalmente depois que é vereador no Pla-teau e onde o seu partido lhe terá dado aberturapara ser a sua voz junto dos lusófonos, a suaimplicação junto das nossas coisas e pessoasé por demais evidente. Daí que fale dos nossosproblemas com alguma emoção, muito sentidaquando lhe falámos nas péssimas condiçõesem que se encontram os nossos dois parques.Felizmente que o Parque de Portugal já tem or-çamento previsto para a sua completa remode-lação, a efetuar a breve trecho, depois de anuladoum primeiro concurso que se julgaria demasia-do caro para as obras a fazer. Já quanto ao Par-que dos Açores, construído não faz muitos a-

nos, Alex Norris avança que «um parque temmais ou menos 10 anos de vida. Assim e parajá, não há de momento nada previsto para re-solver as más condições atuais do Parque dosAçores nos próximos tempos. Além disso, éum parque onde vá pouca gente, por isso mui-to exposto aos actos de vandalismo», comple-ta o nosso entrevistado com alguma firmeza,ao mesmo tempo que critica o tipo de pedraque foi escolhida para «padrão» do parque, queconsidera de má qualidade. Mas Alex semprevai dando a perceber que, «sim, veremos o quese pode fazer», logo que pressionado por outraobservação nossa.

Os célebres bancos portugueses na St-Laurent também mereceram reparos. Ficou acerteza de que tudo se está a fazer para encon-trar uma solução ao frequente vandalismo. Po-sitivo é, parece, ter-se encontrado o produtoapropriado para o seu tratamento de limpeza.

Na nossa agenda também esteve a tão fa-migerada delimitação do «Bairro Português»,se se ficariam pelos bancos do Boulevard St-Laurent. E embora nos tenha dito que não hána Câmara nenhuma proposta nesse sentido,logo ele foi acrescentando que será difícil outroproceder, isto na medida em que o «nossobairro» foi palco de passagem de muitas outrascomunidades e que há todo esse património adefender. Nada diferente do que já tínhamosouvido quando há anos o LusoPresse, atravésdeste vosso servidor, acompanhado por Da-niel Rivière, na altura também colaborador des-te jornal, foi ouvir os políticos do bairro, Mi-chel Prescott e Helen Fotopulos, e ainda odiretor-geral da Société encarregada do desen-volvimento comercial do Boulevard St-Lau-rent, hoje dirigida pelo nosso jovem lusodes-cendente Glen Castanheira.

Mas sensato como é, Alex Norris semprefoi dizendo que está aberta a todas as discus-sões e propostas.

Depois daquela argumentação, aqui e aliesbarrada no nosso parecer, Alex Norris avan-çou com uma proposta que desconhecíamose que achamos deveras importante: «O nossoexecutivo decidiu que todas as esquinas do Pla-teau, várias delas com comércios portuguesesinstalados, não poderão servir para outra coisasenão para comércios de proximidade, evi-tando assim empreiteiros especuladores quesonhassem com a compra desses imóveis paraconstruírem condomínios e depois alugá-losou vendê-los a preços exorbitantes. Na opini-ão de Alex, esta é uma forma de a comunidadeportuguesa continuar a marcar uma posiçãoimportante no bairro através das suas lojas oubares.

Quanto à Casa dos Idosos, foi-nos ditoque «o projeto está em andamento» e que aCaixa sempre dá o terreno, mantendo o parquede estacionamento sob a sua jurisdição. O desa-fio agora está nas mãos do grupo que se ocupade todas as diligências legais e de construção.A Missão Santa Cruz, no dizer de Alex, tam-bém será um dos parceiros do projeto.

Já no fim da entrevista, ainda fomos per-guntando por mais isto e mais aquilo. Semprede sorriso ao canto da boca, Alex Norris foirespondendo como podia ou sabia. Assim,ficámos informados de que não houve pedidosao executivo do bairro para apoio às comemo-rações dos 60 anos da Comunidade e que elevai continuar a seguir com atenção o evoluirda nossa comunidade, respondendo a todosos pedidos logo que possíveis e dentro dosparâmetros legais.

Aqui, nesta foto, Alex Norris deixa-sefotografar com o angolano SebastiãoNdombasi, segurança do prédio da Juntade Freguesia. Foto LusoPresse.

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A burrice do PSD• Por Osvaldo CABRAL

Passos Coelho é teimoso, já todos percebemos.Mas querer convencer todos os portugueses de que a atribuição

do subsídio de férias aos funcionários públicos e pensionistas émelhor em novembro do que agora, no Verão, é burrice de primeira.

O mais grave é que ninguém, na bancada do PSD, se irrequietae se insurge contra estas trapalhadas do governo que suportam.

São como carneiros em rebanho, sem consciência própria esem ponta de sentido crítico.

Bastaria levantar a seguinte questão: é melhor para a economiapagar no Verão, período de férias para tantas famílias, ou em no-vembro, mês frio e em que as famílias estão recostadas no sofá, emfrente à televisão?

Neste aspecto o CDS-PP tem vozes mais inteligentes.Fez bem o Governo dos Açores, mesmo que falido, em não

seguir a asneira do Terreiro do Paço.Fizeram bem as Câmaras Municipais do PSD em não obedecer

às ordens do líder nacional, apesar de ser óbvio que tudo tem a vercom as eleições autárquicas de 29 de setembro.

Tão óbvio que o anúncio foi feito pelo líder regional do PSD– como se tratasse de uma vitória partidária - e não pelos autarcas.

É a caricatura da política no seu máximo deslumbramento.É o mesmo que José Contente anunciar uma alternativa para

a ARRISCA – outro joguete eleitoral incompreensível – perante apassividade de um governo que há muito deveria meter mãos noproblema e resolvê-lo de forma serena.

A pasmaceira só tem paralelo com o que se passa nas admi-nistrações hospitalares, onde o aparelho do partido é que mandae os secretários regionais não têm poder nenhum.

Infelizmente é o país que temos.Sempre que nos aproximamos de eleições, a política e os po-

líticos tornam-se irracionais.Até 29 de setembro vamos ter que gramar muitas mais burrices,

fruto da impreparação e abusos da nossa classe política e da sedepelo poder.

Basta ver a irracionalidade de algumas autarquias, completa-mente falidas, promovendo, mais uma vez, festas e festarolas,com artistas vindo de fora, pagos a peso de ouro, para animar ocirco eleitoral.

O contribuinte não se esqueça de levar a fatura no dia 29 desetembro.

•••GREVE – A greve dos professores é, apenas, mais um sinal

do caos laboral que se instalou neste país, graças aos políticos, quefazem e baptizam as leis.

Os professores, à semelhança do pessoal da SATA, até podemter razão, mas convocar a greve para o dia de exames é de umagrande irresponsabilidade, prejudicando todos os alunos.

Pior é a atitude dos sindicatos dos professores nos Açores.Eu quero ver quando precisarem da solidariedade dos colegas docontinente...

Outra asneira foi o modo como o governo lidou com esteprocesso, quando não lhe custava nada adiar todos os exames para2 de Julho.

É outra casmurrice.•••

SAÚDE – Já aqui escrevi sobre a inoportunidade do plano dereestruturação do serviço regional de saúde, apesar do sector estarde pantanas.

Espero que os seus responsáveis já tenham percebido quenão vai dar em nada.

A força dos poderes partidários nas freguesias e nos conce-lhos, neste período pré-eleitoral, é muito mais poderosa do que ostécnicos dos gabinetes governamentais.

Por mais bem intencionada que seja a proposta, logo que me-xa nos sacrossantos cargos das lapas políticas, que são os “boys”e “girls” espalhados por aí, não vai a lado nenhum.

Para que ninguém perca a vergonha, há-de surgir, certamente,uma alternativa remendada, que contente toda a gente, fazendo deconta que se mexeu em muita coisa, ficando tudo na mesma.

É um filme já muito conhecido. L P

Assinatura de ProtocolosAEA com Ilhas de Valor e AEA e Clube de Golfe de São Miguel

No dia 11 de junho de 2013, teve lugar, no Campo de Golfe da Batalha em São Miguel, assinatura de protocolos deparceria entre a Associação de Emigrantes Açorianos, Ilhas de Valor e AEA e Clube de Golfe de São Miguel. A AEA pre-tende assim, estreitar o laço já existente com as Ilhas de Valor S.A., que teve um papel muito importante na organizaçãodo I Torneio de Golfe e dar início a uma relação saudável com o Clube de Golfe de São Miguel, na realização de futurostorneios anuais. A Associação dos Emigrantes Açorianos, na sequência das atividades deste ano de 2013 está a organizaro II Torneio de golfe em S. Miguel - Taça do Emigrante -. Pretendendo assim promover o destino Açores como um lo-cal agradável para a prática do golfe ao longo de todo o ano.

Na preservação da identidade culturalDestacada importância dos grupos folclóricos

O Diretor Regional das Comunidadesafirmou que os grupos folclóricos assumemuma importância relevante, na medida em que“promovem a identidade de um povo”, contri-buindo para o “enriquecimento cultural e social

das sociedades onde se encontram inseridos”.Paulo Teves salientou que, segundo alguns

estudiosos, a intervenção destes grupos nasociedade abrange diversas áreas, complemen-tando-as.

“Têm responsabilidade na História, pois

esta resulta do conhe-cimento popular; naGeografia, onde osfatores físicos e cli-máticos determinama própria indumen-tária; na Sociologia,uma vez que o folclo-re, na sua dimensãosocial, representa ummodo de pensar, sen-tir, agir e reagir de umpovo; na esfera daPsicologia, porqueinterpreta o compor-tamento humano, a-lém dos fenómenosmitológicos, lendári-os e simbólicos”, a-firmou Paulo Teves,na intervenção queproferiu na sessão deabertura do “Con-gresso Mundial doFolclore: Comunida-des e Lusofonia”, nacidade da Praia da Vi-tória.

O Diretor Regi-onal das Comunida-des destacou ainda adimensão pedagógi-ca dos grupos folcló-ricos, que são consi-derados “verdadeirasescolas de vida e decultura”.

Por outro lado,frisou que os açoria-nos na diáspora,“num saudosismodestemido, anseiamsempre por uma cha-marrita ou por um pe-zinho que os trans-porte de regresso àterra onde mergu-lham as suas raízes”,acrescentando que se

Pág. 14, Grupos...

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Escândalo no Canadá...Governo a contas com os casos Duffy e Wright!

• Por Fernando PIRES

Este governo conservador está maisuma vez a trair o prometido; mentindo sobreo que anunciou, em 2006, aos canadianos, quan-do afirmou que ia acabar com o Senado.

Ora tão pouco conseguiu o poder, e logoenveredou pelo mesmo caminho que o gover-no das comanditas. Foi mesmo mais longe, aoponto de os seus senadores “fraudarem” o usu-rário público canadiano, assim como tambémse nota a fraude das últimas eleições, com seisdeputados em quatro províncias.

Há seis anos no poder, os conservadoresmais que o outro partido, nomearam os seusamigos para poleiros partidários. Como fino eastuto estratega, o Sr. Harper convidou para oSenado o ex-vedeta da televisão Michael Duffy,onde este acabou por se “voltar” contra a éticapreconizada pelo chefe Harper. Duffy, outrorajornalista ao serviço do segundo poder, quesão o dos Média, foi para a política não comodefensor de uma ética profissional, defendidade resto pela sua classe, mas apenas para refor-çar os seus interesses pessoais. Portanto, o pri-meiro-ministro do Canadá, como ideólogoconservador, julgava-se acima da ideologia doseu governo! Não foi ele que disse há dois anosatrás para falarem (do Harper) e não do seu go-verno?

Como o caso da vedeta da televisão nãochegasse, o primeiro-ministro do Canadá estáagora confrontado com o caso do seu amigoricaço Nigel Wright, seu chefe de gabinete, eseu braço direito. Este Sr. Wright, querendo sermecenas do Sr. Duffy, propôs-se então parapagar os 90.000 dólares em nome do seu amigosenador. Ora, este cambalacho, segundo a lei,ultrapassou as normas consentidas. Aconteceque agora a oposição e a opinião pública de-nunciaram o acto do pagamento ilegal dos90.000 dólares pagos pelo chefe de gabinetedo Sr. Harper, Sr. Nigel Wright, em nome dosenador Duffy. Isto fez com que o primeiro-ministro se encontre em maus lençóis, sendoagora obrigado a saltar para a arena política do«caucus» do seu partido, tentando dar a entenderque ele não estava ao corrente do tal caso demecenato feito pelo seu milionário chefe degabinete... Diz o provérbio que “o dinheiro ébom servidor mas não pagador”.

O facto do Sr. Harper se esquivar às per-guntas dos jornalistas e se refugiar para dentrodo avião que o levou para o Peru e para a Co-lômbia, deixa alguns cidadãos com falta de in-formação, servindo-se do poder como deposta,não respeitando a democracia! Qual a razão deo primeiro-ministro ter avançado um dia antesa reunião do «caucus» do partido? Será que odia e hora previstos não teriam sido uma esco-lha para melhor se escapar da comunicação so-cial e ir responder fora de casa ao povo cana-diano?

A tábua de salvação dos velhos senadores,que dormem a sesta no Senado e vem agora emsocorro do “Xerife” para a praça pública defen-der o indefensável é o caso do senador JaquesDemers e dos ingénuos em matéria política! Eque pensar do Sr. Harper, que disse tambémantes de chegar ao poder que seria transparentee íntegro na forma de governar?

A credibilidade política do primeiro-minis-

tro e a sua transparência democrata deixammuito a desejar. Muitas das vezes o Sr. Harperdá o dito pelo não dito. Senão vejamos: Depoisque a cadeia de informação CTV levantou a le-bre apanhando Duffye com a mão no saco,não havia outra solução que tornar público oassunto. Segundo o que escreve o jornal “LeDevoir”, o Sr. Harper, no dia 14 de Maio,manteve-se confiante no seu chefe de gabine-te. Cinco dias depois, em 19 de maio, porém,aceita a demissão do seu braço direito NigelWright. E no dia 22 de maio levanta voo parase encontrar com os seus dois parceiros co-mercias e estratégicos da América Latina, dan-do-se conta que o escândalo deixado persistia,ao apontar entretanto a farpa ao seu chefe degabinete.

Por fim, como puro demagogo, ainda dizque “se me tivessem consultado não teria acei-tado esta fraude?” Harper refere-se aqui à de-missão de Nigel Wright. Encostado à parededeixa assim dos avessos e indiferentes a polí-tica de pensar na morte do bezerro!

Os canadianos exigem um debate demo-crático para o País e não um deposta. Esteconceito de democracia foi, outrora, conceitocaro ao ex-presidente dos Estados Unidos,Thomas Jefferson, como um dos pais funda-dores da democracia americana, ao dizer que“se tivesse que escolher entre a existência deum governo e a de uma impressa livre, esco-lheria esta última”.

Ref: Jornal “Le Devoir”, 22/05 – 24/05 – 25, 26/05/2013.

Bernard Poulet (O fim dos jornais e ofuturo da informação).

Editions Gallimard folio, 2009, 2011.Montreal, 01/05/2013.

CAMÕES...Cont. da pág 7

mónias oficiais precedentes. É que mesmo semfilarmónica, sem aparelho de som e sem nadaque não fosse a voz que nos sai das nossasgargantas; o hino foi cantado de cor, de pé ebem alto. E dir-vos-emos que foi comoventever a nossa gente, sem vergonha, erguer-se ecantar “contra os canhões, marchar, marchar”!

Clementina Santos sentiu-se contente edisse-nos em tom de brincadeira: “Vedes co-mo se consegue?! Para o ano, eu e o padre Jo-sé Maria, ainda vamos fazer um desfile pelaSt-Laurent”. Sinceramente não duvidamos.Parabéns à conselheira e à nossa Comunidade.

Outra surpresa, também ela agradável, foia enorme bandeira, na Saint-Laurent, dianteda Caixa Desjardins portuguesa, numa home-nagem aos nossos 60 anos de emigração e aoDia de Camões.

Vítor CarvalhoADVOGADOEscritórioTelef. e Fax. 244403805

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Página 1220 de junho de 2013 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

TTTTTelevisão Pelevisão Pelevisão Pelevisão Pelevisão Portuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de MontrealVisione todos os acontecimentos da ComunidadeHorário

• Quinta-feira, 20h00• Sexta-feira, 01h00 (repetição)• Sábado, 09h00• Domingo, 01h00 (repetição)

[email protected]

Festas do Divino Espírito Santo de Anjou

Devoção, bondade e graça• Reportagem (texto e fotos) de Adelaide VILELA

Caros leitores, um dia, já não sei háquanto tempo, escrevi assim:

Quando o amor acontece nascem coisasmaravilhosas, até as pétalas de rosa perfumamo sorriso da criança, os passos ainda que trôpe-gos do velhinho, as faces coradas do jovem naflor da idade. Mesmo os que se crêem reis domundo e do saber, o amor tudo resolve; o amortudo pretende e entende, quando as pessoas a-brem seu íntimo para com os outros e parti-lham a amizade com devoção, bondade e graça.É no começo do caminho que emana a paz, oresplendor do Espírito Santo cai sobre o povoformando a magia do amor e da amizade cons-truídos de forma invencível, difícil de derrubar,assim cremos.

Passamos aos amores de Portugal para a-nunciar ou informar quem ainda não saiba.No ano de 1282, Isabel de Aragão com apenasdoze anos, esposou D. Dinis de Portugal, emBarcelona. Após o enlace por procuração, anoiva seguiu para o Reino Lusitano. Segundoa lenda: “De Espanha nem bons ventos nembom casamento”. Não foi o caso de Isabel deAragão, a nova rainha arribou cheia de Fé emDeus, bons costumes e uma panóplia de virtu-des sadias. Reza a história que a esposa de D.Dinis fora a mulher mais bondosa do reino e

arredores. A Fé da Rainha era enorme e tudofazia para que no reino de Portugal, igrejas eordens religiosas pudessem dedicar-se à oraçãono silêncio e na paz do Senhor. Foi no Palácioque a Rainha de Portugal iniciou o culto aoEspírito Santo, prescindindo da sua própriacoroa e respectivos mantos por amor aos po-bres e aos desfavorecidos. Infelizmente esteculto foi abandonado e posto de parte. A boanova é que nasceu, reviveu e fez-se luz no arqui-pélago dos Açores, ali e por todos os cantosdo mundo onde residem açorianos. Assim sen-do, graças ao Divino Espírito Santo renascido,Ele vive ocupando o lugar da Terceira Pessoada Santíssima Trindade no coração de cada ilha.Agora, a Rainha Santa Isabel, Santa jaz noMosteiro de Santa Clara em Coimbra. Todavia,existe a alegria da certeza de que a cada vez quese canta: “Espírito Santo estou passando poraí”, Ela, feito anjo da paz, vive em nós até aofim dos festejos à sua Divindade amada.

Herdeiros da fidalguia ou gentes simplesos açorianos, em geral, nutrem uma fé inigualá-vel por esta tradição ao Divino e viajam nosonho com o Espírito Santo. Foi nesta caravelaque embarcou o Centro Comunitário do Espí-rito Santo de Anjou nos dias 8 e 9 de Junhopara a realização da FESTA GRANDE.

Por motivos de saúde não nos pudemosimplicar em todas as actividades. Tentaremoscontar a história aos nossos leitores sobrevo-ando o assunto a cantarolar Açores em vozalta.

Como acontece todos os anos o gado foimorto para a festa da caridade e da partilha,uma semana antes da coroação final. Já vemsendo hábito a herdade do Sr. Clément Pois-sant abrir suas portas ao Centro Comunitário,para que se cumpram as tradições religiosas eprofanas, certo. Ocorreu no primeiro dia domês de junho, naquela quinta ao ar livre. Opresidente do CCES de Anjou, Humberto Ca-bral, acompanhado de sua simpática esposa ede outros membros da direção, bem como omordomo das festas, o Sr. Liberal Miranda esua imperatriz fizeram parte do convívio levan-do, ao mesmo tempo, uma lufada de ar frescoàquele sítio especial. Abrilhantaram a festa al-guns elementos da Filarmónica Portuguesa deMontreal.

Continuando a viajem, arribamos… aliás,voltamos ao dia 24 de maio e ficamo-nos peloCentro Comunitário, em Anjou. Muitas foramas pessoas que afluíram ao lugar da festa para

Os Mordomos de 2013, Liberal e Filome-na Miranda.

Momento solene, o da coroação, aqui representada pela imperatriz Filomena Miran-da. Foto de Carlos Cunha.

assistir à bênção do pão, da carne e à recitaçãodo santo terço pelo Diácono António da CruzRamos. Segundo nos foi dado apurar, o conví-vio foi solene e constituiu momentos felizes.Não vamos mais longe sem enviar uma palavrade agradecimento à imperatriz de 2013, Filo-mena Costa, por nos ter gentilmente cedidoalgumas notas, sobre o que não nos foi possí-vel acompanhar. Bem-haja!

Agora, sim, a viagem atraca na arena Che-nier, no sábado, dia 8 de junho de 2013. A are-na encheu-se por completo. Seria a melhormaneira de comer a benzida carne guisada, orepasto da caridade ligado a uma tradição queune o povo desde tempos ancestrais. E paraconsolo das almas ainda veio a música. Anima-ram a noite o Jimmy Faria, o Jason Corôa e oJomany.

Caros leitores estamos a chegar ao últimodia, ao mais belo de todos. No dia 9 de junhoo Astro maior apresentou-se no horizontecom a luz da aurora radiante a iluminar o altardo Espírito Santo, transladado de casa dosMordomos para a arena Chenier. Estamosconvencidos que os ornamentos e a beleza doAltar só podem ter sido conseguidos por mãosde fada. Para a Filomena foi uma verdadeiramaratona de alegria e paixão, apesar de ter nas-cido em Lisboa adotou facilmente estas tradi-ções açorianas. A Fátima Toste e a Eduardasão mais duas artesãs com delicadas mãos.Também elas ajudaram a embelezar o lugar daoração. Talhado e ornamentado pela Sra. TeresaBaganha de Fall-River, o Cálice foi o ex-líbrisdo altar do Espírito Santo.

E Deus é amor, por isso mandou um tem-

Na foto de cima, os jovens também qui-seram marcar uma significativa presen-ça. Em baixo, o presidente Humberto Ca-bral lidera a delegação do Centro Comu-nitário de Anjou.Cont. Pág. 14, Devoção...

Página 1320 de junho de 2013 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Contra o Canadá

Portugal perde e… ganha• Por Norberto AGUIAR

Avisámos, na nossa edição anterior, que Portugal estava paradefrontar, em dois jogos, a equipa nacional de voleibol do Canadá, nacidade de Mississauga, no fim de semana de 8 e 9 de junho, numa alturaem que estávamos em trânsito para Kelowna, na Colômbia Britânica.Assim dissemos e assim aconteceu.

Os dois jogos, a contar para a Liga Mundial da Federação Interna-cional de Voleibol 2013, tiveram lugar no Centre Hershey, como já sedisse, na cidade de Mississauga. Na primeira partida, no sábado, Portugalfoi derrotado por 3-0, com os parciais a registarem os seguintes núme-ros: 19-25, 19-25 e 18-25. Venceu bem o conjunto canadiano, que foisuperior em todos os aspetos. Já no domingo, Portugal apareceu revigo-rado e conseguiu levar de vencida a 18ª potência mundial na modalidade,vencendo-a por 3-1, com os parciais de 25-19, 20-25, 25-18 e 25-23.Renhido o encontro, mas com Portugal a bater-se com muita valentiadesde o primeiro ao último minuto, como demonstra o set derradeiro,onde Portugal foi buscar forças para ganhar o set por apenas dois es-cassos pontos.

Com estes resultados, tanto Portugal como o Canadá não descola-ram do grupo da frente, comandado pela Finlândia, com 9 pontos emquatro jogos, assim como a Holanda, já que a terceira classificada é aCoreia do Sul, com sete pontos e os mesmos jogos. Seguem-se-lhes oCanadá com seis pontos e quatro jogos; Portugal, com cinco pontose quatro jogos e, no último lugar, o Japão, com quatro jogos e zeropontos. O Campeonato prossegue nas próximas semanas.

Entretanto e também como informámos na altura, o Canadá tam-bém defrontou a Holanda, com os jogos a serem disputados no ColiseuPEPSI da cidade de Quebeque. E como contra Portugal, o Canadá ven-ceu um jogo e perdeu o outro. Em ambos, o resultado foi idêntico: 3-1 para os holandeses e, depois, no outro dia, 3-1, mas agora para os ca-nadianos.

Os Toledos campeãoA equipa picoense de Os Toledos sagrou-se campeã de Portugal

em ténis de mesa no fim de semana passado ao bater o Grande SportingClube de Portugal!

Depois de já ter ganho (3-0) a Taça de Portugal contra a Casa dePovo de Oliveirinha, Os Toledos venceram agora o Sporting em trêspartidas, a primeira das quais disputada na ilha do Pico; os dois últimosjogos foram disputados em Lisboa, na Nave do clube de Alvalade. E osresultados não deixam dúvidas: 4-1, no Pico e 0-4 e de novo 4-1, emLisboa.

Com este resultado (2-1), Os Toledos revalidam o título do anopassado, demonstrando que é a melhor equipa de ténis de mesa de Por-tugal.

Outros campeõesPode dizer-se que os Açores, no futebol, não têm sido muito feli-

zes, mesmo se o Santa Clara, aqui há anos se sagrou campeão nacionalda Divisão de Honra, que lhe deu, de resto, lugar na Primeira Liga.

Porém, nas modalidades ditas amadoras muitas são as equipas e a-tletas que são campeões nacionais. E porque o número é vasto e nãotemos uma lista propriamente dita sobre isso, vamos apenas, de memó-ria, dizer que em 2013 já foram campeões de Portugal o Ribeirense (vo-leibol feminino; o masculino ganhou a Taça de Portugal), o UniãoSportiva (basquetebol feminino), e Os Toledos. Nada mau para um ar-quipélago que abarca somente 250 mil pessoas!

Seleção Portuguesa de Voleibol.

Dra. Carla Grilo, d.d.s.

Escritório1095, rue Legendre est, Montréal (Québec)Tél.: (514) 385-Dent - Fax: (514) 385-4020

Clínica Dentária Christophe-Colomb

Dentista

Na Câmara Municipal de Montreal

Os «maires» sucedem-se...• Por Norberto AGUIAR

Todos sabem que a Câmara Municipalde Montreal está pelas «ruas da amargura» nostempos que correm. O primeiro choque veiocom a demissão do «maire» Gérald Tremblay,vítima ou carrasco, depende da visão de cadaum, de todos os males que afectaram os Paçosdo Concelho com todos os imbróglios de cor-rupção que se conhecem. O segundo trovãoacaba de acontecer agora com a demissão do

«maire» interino Michael Applebaum, portan-to, o homem que se dizia «limpo» como a á-gua e que foi obrigado a demitir-se devido a 14acusações de fraude graves.

Sem que se saiba ainda até onde irão as a-cusações contra Michael Applebaum, já os par-tidos e políticos municipais se esforçam parasaber quem é que vai chegar na frente para seraclamado de novo presidente da Câmara, mes-mo que seja ainda por interino, já que as eleiçõesmunicipais gerais para Montreal, e para todoo Quebeque igualmente, acontecerão em no-vembro próximo.

Quatro homens e uma mulher perfilam-se como candidatos. Do antigo Partido UniãoMontreal, Alain de Sousa e Helen Fotopulostêm o aval de muitos companheiros, com He-len Fotopulos a merecer ainda o apoio de De-nis Coderre, o mais mediático candidato à Câ-mara no escrutínio de novembro próximo. Noentanto, Coderre não vota...

François Croteau, apesar de liderar a Juntade Freguesia de Rosemont-Petite-Patrie, pareceestar isolado na corrida, apenas com o apoiodo seu partido, o Projet Montréal. Mas com adivisão do voto entre os seus adversários, nun-ca se sabe.

Como candidato mais em vista, apareceLaurent Blanchard, que merece o apoio deLouise Harel e, por conseguinte, do seu parti-do, Visão Montreal. Esta candidatura tem al-gum favoritismo porque Laurent Blanchard épresidente do Comité Executivo, o que lhe dáalguma credibilidade.

Mas, a grande surpresa poderá vir de Ha-rout Chitilian, que sendo um elemento semgrande visibilidade mediática, pelo menos até

aqui, é uma pessoa muito sensata, neutra namaior parte do tempo, não fosse de resto ele opresidente do Conselho Municipal, o árbitrode todos os debates. Apesar de ser jovem, de-monstra carisma. Por tudo isso, não nos ad-miraria que terça-feira próxima, dia de todas asdecisões, os verea-dores escolhessem HaroutChitilian, ca-nadianode origem ar-ménia,se não esta-mos emerro.

Quanto às acu-sações que pesam so-bre o até terça-feirapassada presidenteinterino da Câmaramontrealense, há queaguardar os devidostrâmites. Um mês?Um ano? Para já nadasabemos. O que ficaclaro é que o também«ex-maire» da Junta de

Freguesia da Côte-des-Neiges, por onde su-postamente passam asacusações, no ato dedemissão, alegou ir-se«defender das acusa-ções falsas que me sãoatribuídas».

E se ele tivesserazão?...

Mais desenvolvi-mentos sobre estes as-suntos nas próximasedições deste jornal.

Michael Applebaum caído em «desgra-ça».

L P

AAAAAulas Pulas Pulas Pulas Pulas Particulararticulararticulararticulararticulareseseseses de Músicade Músicade Músicade Músicade MúsicaPiano e Teoria MusicalContactar Hugo Ribeiro:

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de Lisboade Lisboade Lisboade Lisboade Lisboa e naRoyal Academy of MusicRoyal Academy of MusicRoyal Academy of MusicRoyal Academy of MusicRoyal Academy of Music

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Norberto AguiarÉditeur - Rédacteur en chef

Tél.: (450) 628-0125Courriel : [email protected]

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LE JOURNAL DE LA LUSOPHONIE

Página 1420 de junho de 2013 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

DEVOÇÃO...Cont. da pág 12

po claro para a procissão.Como é apanágio, em Anjou, este cortejo

a cada vez que se repete é simplesmente belo!O percurso correu brilhantemente. As Fi-

larmónicas de Montreal e do Divino EspíritoSanto de Laval destacarem o acontecimentocomo eles muito bem (musicalmente) o sabemfazer.

Gostamos imenso das rainhas e dos seusacompanhantes, esbeltas jovens mantêm astradições familiares que um dia transitarão paraseus filhos.

Antes que o cortejo entrasse na igreja No-tre Dame d’Anjou apressamo-nos a olhar umavez mais para a rainha das Festas. A DanikaSilva ia linda, envolta em seu manto branco,bordado a fio de ouro. A seu lado, a passo cer-tinho, caminhava a princesinha Amanda comuma capa mais pequena, dentro dos mesmostons. Já seu irmão Matthew, elegantementevestido, tinha um ar de graça ao compor ochapéu do grande homem… pensa e conside-ra que a festa que vai no adro é uma riqueza cul-tural a preservar para o amanhã: “Que os meni-nos saibam que por ali naquelas ruas canadia-nas se rezou e cantou em português”. Razãotem o Brandon, um adolescente de 17 anos, olindíssimo irmão da rainha das festas de 2013:ali também é Portugal!

Foi-nos dado saber que coroaram adultose crianças. No que respeita a celebração da euca-ristia foi presidida pelo reverendo padre JoãoPaulo, coadjuvado pelo Diácono António Ra-mos.

Terminada a santa missa o cortejo dirigiu-se à arena para que as sopas fossem graciosa-mente servidas a todos os convivas ou a quais-quer visitantes que por ali passassem.

Tivemos oportunidade de passar uma par-te do domingo de festa com convivas e amigos.Aproveitamos então para assistir aos concer-tos pelas Filarmónicas de Montreal e Espíritode Laval. Observando os dois mestres, na ma-neira como um e outro movimentavam as mã-os, achamos que têm uma mestria e uma magiasem igual na maneira como passam os seusconhecimentos àqueles luso-canadianos.

Depois de os termos visto na procissão,ei-los em palco abrilhantando alguns momen-tos de convívio, trata-se do belíssimo grupoEstrela do Atlântico.

Cantaram ainda Jimmy Faria, Jason Corôa,Jomany e Silvie Pimentel a acompanhar a Fi-larmónica.

Chegou o momento das Domingas, rumoao sagrado pensamento até 2014. No próximoano haverá mais festa. Tudo leva a crer que ossessenta anos da comunidade portuguesa vãomuito longe, os jovens começam a implicar-se cada vez mais, talvez tenham visto que valea pena. O Sr. Sílvio Machado, o Mordomo de2014, entendeu que: brilhamos sempre falandoportuguês longe do nosso torrão.

O Sr. Humberto Cabral e a sua equipamerecem ser louvados pela magnífica festa quetrouxeram à rua e ao povo, contribuindo paraque mais um passo fosse dado no sentido demanter vivas as tradições das gentes açorianasnesta terra cosmopolita de Montreal e arredo-res. Onde vive um português, aí palpita Portu-gal.

Como nota de conclusão vimos de igualmodo louvar a Filomena Costa e o Liberal Mi-randa pela brilhante festa que organizaram, du-rante duas semanas (dia após dia) no seu pró-prio lar. O casal esteve rodeado de uma multidão

de amigos e conhecidos. Antes de tudo, a refe-rência como fonte de inspiração foi sempre arecitação do Terço. Das três vezes que assisti-mos à Oração, vi naquela casa partilha, amizadee solidariedade. Não podemos destacar cadacoisa boa que vimos mas temos que dar a carapela categoria dos nossos músicos e agradecerpelas alegrias da vida e pela felicidade do mo-mento. Disseram sim e animaram divinamentea festa os seguintes artistas: Jorge e Maria Pi-mentel, António Horácio de Melo, Jimmy Fa-rias e alguns membros da Filarmónica Portu-guesa de Montreal, Salomão e Zenaida no Ter-ço cantado.

Uma palavra de apreço ao Alberto Feio eà Conceição, a eles que deram muito do seutempo para que estas festas passassem paraalém do altar e da igreja e chegassem com amora casa de todos os telespectadores de MontrealMagazine.

Saúdo com admiração e prazer o casalCosta Miranda. Que o Espírito Santo siga naVª. Companhia.

NA ARTE...Cont. da pág 3

brincadeira. Apareceu este local para arrendar(perto de casa e de ateliês de artistas seus conhe-cidos) e embarquei na aventura”, conta. Hojeem dia “este projecto é o meu sonho. Já cágastei todas as minhas economias e energia,mas sigo, porque tenho esperança e sei da im-portância da arte. Quero ajudar a reconhecer opapel fundamental que a arte tem nas nossasvidas e no mundo”, rematou.

O balançoNestes dois anos, o balanço “tem sido

positivo”, mas aprendeu o que não esperava;Montreal é uma cidade “cheia de talento. Existemuitíssimos bons artistas, que conseguem fa-zer a sua vida e trabalhar no seu sonho porquenão é uma cidade cara, e é sem dúvida estimu-lante”, mas por outro lado, “não existe muitoscompradores de arte. Ou seja, para comprararte é preciso ter dinheiro e gosto, e é muitodifícil encontrar aqui quem se interesse por is-so, aliás, como o é em todo o Canadá”. Contu-do, “existe mais procura nas províncias do O-este, a partir de Toronto, talvez porque sãomais ricas”, admite.

Deste modo, “não existe um equilíbrioentre a oferta e a procura, havendo muito maisoferta do que procura”. Por isso, Cláudia Chinpretende “abrir o leque de possíveis comprado-res aos Estados Unidos” onde, sim, existe ma-ior procura. Aprendeu também que esses “pos-síveis compradores fazem parte de uma elite”,e que é preciso “integrar-se nela”.

Sabe agora também “que a arte é conside-rada um objecto supérfluo”, e que “uma manei-ra de ser reconhecida no meio” é associar-se a“outras artes do género, como design, decora-ção, joalharia, e participar em feiras desses te-mas”.

Considera que “tem sido difícil fazer-sereconhecida no meio das artes, sendo uma ga-leria nova e independente”. Contudo, não desa-nima, e sabe que é “na arte que está o meu ca-minho”.

A vernissageCláudia Chin considera que a Vernissage

“correu bem”. Estiveram presentes entre 50 a60 pessoas e por isso diz-se contente “por veralgumas caras novas”.

A galerista, que pretende “ter uma novaexposição a cada dois meses”, escolheu a pre-sente colectiva de 8 artistas, chamada Visão,

“porque demonstra também o intuito da gale-ria”. Acha “importante que a arte nos causeum impacto, que nos faça parar e pensar. Quetoque quem vê e que provoque uma reação, so-bre temas importantes para a vida e a socieda-de”. Neste sentido, gosta de “arte que faça pen-sar”. Assim, nesta exposição encontram-se o-bras contemporâneas, “oito presentes, de oitoartistas que nos fazem parar e reflectir, quenos abrem os olhos e nos ajudam a criar anossa própria visão do que vimos, nos permitever para além da obra”.

Gosta, pois, de “arte provocativa”, e acres-centa que “a arte nunca é literal”, nela “o artistafaz a sua interpretação e cabe-nos escrever onosso texto”, argumenta sorrindo. Neste me-io, “muito raramente as coisas são a preto ebranco, temos muito cinzento”, por isso aideia de “oferecer oito quadro diferentes unsdos outros, oito formas de olhar”.

Pelo segundo aniversário, Cláudia Chinconfessa-se “orgulhosa por ainda estar aqui”,e acrescenta que esta comemoração teve nela o

trata de “um regresso despoletado por umADN que lhes está incutido nas veias, ao qualVitorino Nemésio denominou de Açoriani-dade”.

“Os grupos folclóricos das nossas comu-nidades têm funcionado como agentes promo-tores da interculturalidade, fator que aproximaos portugueses das outras etnias que partilhamos mesmos espaços através de um conheci-mento recíproco, promotor de laços de boaconvivência, construtor de paz e de progres-so”, afirmou.

Nesse sentido, Paulo Teves apelou aosgrupos folclóricos para que “não descurem dagrande missão que lhes cabe de nunca esquece-rem a sua responsabilidade em manter presen-te o nosso passado, deixando assim um legadopara as gerações vindouras”.

O “Congresso Mundial do Folclore: Co-munidades e Lusofonia”, que decorre na ilhaTerceira até 11 de junho, é organizado pela Fe-deração de Folclore Português e conta com oapoio do Governo dos Açores, através da Di-reção Regional das Comunidades, que possibi-litou a participação de conferencistas do Brasil,Canadá e Estados Unidos da América.

GRUPOS...Cont. da pág 10

Estabelecido em Kelowna, cidade ondemeu irmão vive e trabalha – é professor daUniversidade da Colômbia Britânica, campusKalowna há já 14 anos! – logo me informei sepodia encontrar comunidades portuguesas nacidade e nas cidades das redondezas. O Luís,como não podia deixar de ser, serviu de meucicerone. Primeiro ajudando-me na procura dainformação necessária para satisfazer os meusdesejos e, de seguida, acompanhando-me nospercursos citadinos à «cata» de portugueses.

A minha safra começou na própria cidadede Kalowna, a mais importante de todo o valeOkanagan com os seus mais de 120 mil habi-tantes. Depois, ainda mais para sul, fomos aPentincton, Oliver e a Osoyos, já a muito pou-cos quilómetros da fronteira com o Estado deWashington, nos Estados Unidos. Nestas trêscidades, cada uma com o seu nível de grandeza,encontrámos gente ou marcas portuguesas. Édisso que falaremos nas duas próximas ediçõesdo LusoPresse.

Nos quatro dias que passámos neste boni-to vale, ainda fomos para norte, até Kamloops,já mais perto da metrópole Vancouver. E ficá-mos com vontade de irmos mais além, o quenão aconteceu por razões que se prenderamcom as responsabilidades inerentes à saída des-ta edição do LusoPresse.

Foram quatro dias intensos, que derampara assistir ao aniversário dos 50 anos de meuquerido irmão – razão primeira da minha ida aKelowna – e para conhecer uma grande partedo Okanagan Valley, região famosa pelos seusvinhos e pela beleza dos seus prados e monta-nhas. O seu clima também é muito procurado,sobretudo pela classe média alta e rica do país,por ser seco e com sol em praticamente o anotodo. Para quem vem de S. Miguel, nos Açores,chega-se a pensar que estamos naquela aben-çoada terra atlântica, tais as suas parecenças!

Depois de muito solicitado pelo Luís, eaté pelo José Carlos Teixeira, o segundo açoria-no professor na Universidade em Kelowna,para visitar esta região, foi esta a primeira vezque pusemos pé nela, mas prometemos quenão será a única. Gostámos tanto do que vimose passámos neste vale que já fizemos promessade voltar.

O 10 de junho em MontrealSegundo o que leio, as pessoas escandali-

zam-se pelo que houve – melhor dizendo –

APONTAMENTO...Cont. da pág 1

pelo que não houve em termos de festividadesno dia 10 de junho. Para os menos atentos,lembro que as festividades do 10 de junho maisconseguidas durante os últimos, vá lá, 30 anosde comunidade foram sempre quando a res-ponsabilidade das comemorações esteve a cargode um grupo restrito de pessoas. Podia deixaraqui os seus nomes, mas, por razões óbvias,abstenho-me. Eu próprio, que colaborei duran-te alguns anos com as festividades, tive respon-sabilidade total pelo que foi feito em 1982,quando congregámos a comunidade em pesopara a Arena St-Louis, onde se meteu uma assis-tência avaliada em mais de duas mil pessoas...Houve desfile, concursos e muita outra coisa.Até de Hull houve representação! O cônsul-geral da altura, David Calder, nem queria acre-ditar no que os seus olhos viam, ao ponto deme felicitar por tal acontecimento. E repare-seque naquela altura, de apoios monetários, eramnada de nada... Só boa vontade e vamos comDeus.

Depois, em tempos de afirmada crise, oscônsules passaram a optar por uma receção sópara os «amigos»... Tempos mais tarde e duran-te anos, passou-se então para uma receção a-berta às personalidades e organismos comuni-tários.

Agora, que se voltou aquilo que se podeconsiderar de normalidade, o histerismo ins-tala-se na comunidade. Mas de quem é a culpa?Não é, como vejo, a pessoa para onde se estãodirecionando as criticas. A culpa é da própriacomunidade que não consegue unir esforçosde maneira a, chegado o momento, estar orga-nizada e preparada para levar por diante qual-quer empreendimento comunitário.

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Página 1520 de junho de 2013 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Campeonato da MLS…

Impacto dá passo atrás• Por Norberto AGUIAR

Depois de uma pausa, motivada pelaparticipação das Seleções nos jogos referentesà qualificação para o Campeonato do MundoBrasil 2014, os jogos da Major League Soccervoltaram à ribalta, com a disputa da jornada13, e que, no caso do Impacto, pôs a formaçãode Montreal diante do Columbus Crew, emcasa deste. O resultado, de certa maneira surpre-endente, foi de 2-0 para os americanos, umaequipa que, pelos resultados e exibições feitosaté aqui, vai ter muitas dificuldades em «arranjar»lugar na prova de fim de época, que dá acessoà grande final, última etapa do Campeonatoda MLS.

De «pernas presas» pelos dias em que nãohouve competição, já que os treinos muitasvezes são monótonos para os jogadores, estesnão estiveram no plano em que, este ano, habi-tuaram os seus adeptos e o resultado está àvista, uma derrota sem contestação.

Se à partida para Columbus se perguntasseaos membros da comitiva quebequense secontavam com outro resultado que não a vitó-ria diante dos amarelos americanos, ninguémapostaria senão no triunfo, de resto previsível,pois a diferença na tabela classificativa era, eainda é, muito grande entre os dois conjuntos.No entanto e mais uma vez, no futebol asprevisões muitas vezes não passam disso mes-mo, de previsões, já que este desporto é e serásempre uma caixa de grandes surpresas.

Alertado para o contra-ataque do Colum-bus, que já havia pregado partida ao Impactono primeiro jogo (1-1) entre os dois times dis-putado no início da época em pleno EstádioSaputo, o conjunto montrealense não fez os«trabalhos de casa» na medida em que se deixousurpreender logo nos primeiros minutos dacontenda, ao encaixar o primeiro golo aos seisminutos, seguido de outro aos 20, tentos quedecidiriam o jogo, mesmo se, na segunda parte,o Impacto tudo tivesse tentado para virar oresultado.

A reviravolta não foi conseguida, nem comas trocas depois efetuadas, apesar do controloque o Imapcto exerceu na maior parte do tem-po da segunda parte. Apesar disso, o Colum-bus mostrou-se sempre perigoso, principal-mente através dos raids de Oduro, sempre mui-to veloz na transposição do jogo da sua equipa,e da classe e inteligência de Higuain, irmão dooutro.

Com 26 pontos conquistados em 13 jo-gos, e apesar de contar três jogos de atraso emrelação aos seus mais diretos perseguidores, oImpacto está instalado no primeiro lugar daZona Este do Campeonato da MLS, com maisum ponto que o Red Bull Nova Iorque. E sónão está na frente do Campeonato em termosgerais porque o FC Dallas tem mais dois pon-tos (28), mas com mais dois jogos realizados.

Com o segundo lugar na geral e dois jogos«em mão», o Impacto prepara-se (na hora deescrever este artigo) para defrontar o Dynamode Houston (Texas) em casa, num desafio quepromete, não estivessem os canadianos pe-rante o finalista vencido do Campeonato daMLS de 2012 e que tem grandes ambições paraeste ano.

Depois de defrontar (quarta-feira, dia 19)

o Houston, o Impacto volta a receber em casaoutro antagonista, no caso o Rapids do Colo-rado, formação que este ano tem dado um arda sua graça... O desafio está previsto para sá-bado, dia 29 de Junho, às 19h00. Se tudo corrercomo se espera, este é outro jogo para ganhar.

Seleção do QuebequeÁvidos de protagonismo, como se viu

no recente caso do turbão, os quebequensespartem agora para a formação de uma equipade futebol dita de nacional para tomar parteem competições internacionais. Lidera o pro-jeto, no plano administrativo, Yannick Saint-Germain (presidente), e Patrick Leduc, antigoatleta do Impacto e atualmente comentadorna RDS, este no âmbito puramente técnico.

Com o beneplácito de muita gente, a co-meçar pelo grupo musical independentista Lo-co Locass, o que logo à partida dá para descon-fiar das boas intenções dos organizadores, aSeleção do Quebeque já tem marcada participa-ção para um torneio em Marselha, atual CidadeEuropeia da Cultura, cujas datas são de 23 a 28de junho.

A competição, que tem por título TorneioInternacional dos Povos e Culturas, conta coma participação de regiões autónomas e provín-cias de vários países, da Índia ao Iraque, daFrança à China... A estreia do Quebeque é jádomingo, dia 23, diante do Sahara Ocidental.

Já agora, vejamos os dias e adversários daEquipa Quebeque:

Sábado, dia 23, às 10h00Quebeque – Sahara OcidentalDomingo, dia 24, às 10h00Quebeque – TibetSegunda-feira, dia 25, às 15h00Quebeque – ProvenceOs dias 27 e 28 são dedicados às finais dotorneio.

Entretanto, no dia 26 (quarta-feira), as vá-rias delegações dedicarão o seu tempo a aspetosculturais diversos, num intercâmbio que osorganizadores esperam positivo.

JogadoresEscolhidos a dedo, os jogadores da Sele-

ção do Quebeque são originários do Quebequeprofundo, o que vem demonstrar que o futeboljá está bem entranhado na comunidade de aco-lhimento, coisa que se saúda para bem do de-senvolvimento do futebol local. Porém, nota-se, com alguma surpresa, a não presença dejogadores de origem grega, italiana e mesmoportuguesa... Estamos a lembrar-nos de Antó-nio Ribeiro, um jogador ainda perfeitamenteem condições de integrar esta equipa. A menosque ele tenha tido algum impedimento de or-dem pessoal ou profissional.

Os jogadores convocados por Patrick Le-duc, que também agirá como jogador de campo,mais conhecidos são Reda Agourram, AlexSurprenant e em menor escala Kevin Cossette,Vincent Cournoyer, todos com passagem peloImpacto.

Como as coisas estão a mudar...Depois dos Estados Unidos terem recen-

temente empatado (1-1) com Portugal para oTorneio Internacional de Lisboa em equipas

de Sub-18, eis que agora, em vésperas do Cam-peonato do Mundo de Sub-20, na Turquia, ondePortugal vai defender o seu título de vice-cam-peão do Mundo, dizia, eis que os Estados Uni-dos derrotam Portugal, por 3-1, em jogo dispu-tado no Algarve.

Para quem não segue o futebol deste ladodo Atlântico, estes resultados podem parecercasos pontuais e esporádicos. Mas para quemse preocupa com o que se passa a nível futebolís-

tico neste continente, a coisa fia mais fino,com a confirmação de que o futebol norte-a-mericano está aí para provar que se ainda nãoestá ao nível das grandes potencias, para lá ca-minha e a passos bem largos. E não só a níveljuvenil, mas igualmente a nível sénior, já paranão falar no plano do futebol feminino, ondeos americanos continuam a ser os reis e senho-res, apesar da intromissão dos alemães – leiam-se alemãs.

Nascido no Canadá de pais açorianos da ilha Terceira, Steven Vitória depois de terpassado pelo FC do Porto (equipas jovens) e ter alinhado na Seleção Sub-20 dePortugal que participou no Campeonato do Mundo disputado no Canadá em 2007,além de ainda ter jogado no Tourizense, Olhanenese e Sporting da Covilhã, agoradá o grande salto do Estoril, onde foi defesa-goleador durante duas épocas, parao Grande Benfica. Espera-se, agora, que Steven Vitória tenha sorte e que possa jo-gar com regularidade na defensiva «vermelha» da equipa da capital.

L P

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Página 1620 de junho de 2013 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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