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Vol. XVIII • N° 302 • Montreal, 6 de fevereiro de 2014 Cont. na pág 2 Editorial Curandeiros e quejandos Por Carlos DE JESUS Muita gente acredita em horós- copos, em bruxas, em videntes, em curandei- ros e em médiuns. Assim como também há muita gente que acredita que a terra é plana e que é o sol que gira à nossa volta e não o contrário ou que o homem nunca foi à Lua. Já Rabelais, médico, padre e escritor do século XV dizia que «a ignorância é a mãe de todas as misérias» e mais tarde um político americano do século XIX, Robert Ingersoll, afirmava que «a superstição é filha da igno- 3204, rua Jarry Este 729-9494 www.ocantinho.ca RESTAURANTE Grelhados à portuguesa sobre carvão Grelhados à portuguesa sobre carvão Centre de Carreaux Céramiques Italien Inc. 8710, rue Pascal-Gagnon Saint-Léonard QC H1P 1Y8 [email protected] Affilié avec Éco Dépôt Carreaux de Céramique Acesso a mais de 20 instituições financeiras para vos conseguir: *Fernando Calheiros B.A.A. Courtier hypothécaire - 514-680-4702 7879 rue St Denis, Montréal, Québec H2R 2E9 *Hélio Pereira CHA Os nossos endereços 222, boul. des Laurentides, Laval 8989, rue Hochelaga, Montréal 8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal 6520, rue Saint-Denis, Montréal 10526, boul. Saint-Laurent, Montréal 6825, rue Sherbrooke est, Montréal 7388, boul. Viau, Saint-Léonard 10300, boul. Pie-IX - Esquina Fleury António Rodrigues Conselheiro Natália Sousa Conselheira CIMETIÈRE DE LAVAL 5505, Chemin Du Bas Saint-Francois, Laval Transporte gratuito –––––––– Visite o nosso Mausoléu SÃO MIGUEL ARCANJO Uma família ao serviço de todas as famílias Nós vos apoiamos com uma gama completa de produtos e serviços funerários que respeitam as vossas crenças e tradições. 514 727-2847 www.magnuspoirier.com Montréal - Laval - Rive-Nord - Rive-Sud Temos os melhores preços BACALHAU Preço Especial LES ALIMENTS C. MARTINS 123, Villeneuve Este MOSTO 100% PURO Tels: 845-3291 845-3292 8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 10 PM 37 37 376-2652 O RESTAURANTE DO MOMENTO! GRELHADOS Galinha, febras, chouriço, lulas, etc... PASTÉIS E RISSÓIS camarão, carne, chouriço, galinha... BOLO “Ma Poule Mouillée” E A GRANDE SURPRESA a «Poutine» à portuguesa! 969, rue Rachel est Tel.: 514-522-5175 www.MaPouleMouillee.com facebook.com/MaPouleMouillee #MaPouleMouillée

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Vol. XVIII • N° 302 • Montreal, 6 de fevereiro de 2014

Cont. na pág 2

EditorialCurandeiros e quejandos

• Por Carlos DE JESUS

Muita gente acredita em horós-copos, em bruxas, em videntes, em curandei-ros e em médiuns. Assim como também hámuita gente que acredita que a terra é plana eque é o sol que gira à nossa volta e não ocontrário ou que o homem nunca foi à Lua.

Já Rabelais, médico, padre e escritor doséculo XV dizia que «a ignorância é a mãe detodas as misérias» e mais tarde um políticoamericano do século XIX, Robert Ingersoll,afirmava que «a superstição é filha da igno-

3204, rua Jarry Este

729-9494www.ocantinho.ca

RESTAURANTE

Grelhadosà portuguesa sobre carvãoGrelhadosà portuguesa sobre carvão

Centre de Carreaux

Céramiques Italien Inc.

8710, rue Pascal-GagnonSaint-Léonard QC H1P 1Y8

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Courtier hypothécaire - 514-680-4702

7879 rue St Denis, Montréal, Québec H2R 2E9

*Hélio PereiraCHA

Os nossos endereços222, boul. des Laurentides, Laval8989, rue Hochelaga, Montréal8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal6520, rue Saint-Denis, Montréal10526, boul. Saint-Laurent, Montréal6825, rue Sherbrooke est, Montréal7388, boul. Viau, Saint-Léonard

10300, boul. Pie-IX - Esquina Fleury

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CIMETIÈRE DE LAVAL5505, Chemin Du Bas Saint-Francois, Laval

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GRELHADOSGalinha, febras, chouriço, lulas, etc...

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Página 26 de fevereiro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

EDITORIAL...Cont. da pág 1

rância e a mãe da miséria».Infelizmente não são só as pessoas po-

bres e incultas que vão atrás destas patranhas.Um caso bem recente é o de Steve Jobs, o fun-dador de Apple e um dos grandes pioneiros dainformática, que, acreditando na virtude dasmesinhas e nos milagres do pensamento mági-co, acabou por morrer de um cancro no pân-creas, com apenas 56 anos de idade, tendo recu-sado até às vésperas da morte os tratamentosda medicina oficial.

Há ignorância, há superstição e há fé. Mashá sobretudo muita gente crédula e outros tan-tos para tirarem proveito dessa credulidade.

Quando as sociedades funcionam normal-mente, quando há pouco desemprego, quandohá menos ameaças de guerras ou conflitos,quando a maioria dos cidadãos se sente em se-gurança e em paz, os curandeiros fazem menosnegócio.

Mas quando surge uma crise, ei-los de vol-ta ao assalto das páginas de pequenos anúncios,sobretudo nos pequenos jornais de provínciaou, no nosso caso, nos jornais étnicos.

O que é deveras confrangedor é que, emtroco de um pequeno espaço publicitário pago,os editores desses jornais não tenham a maispequena relutância em induzir os seus leitoresem erro, caucionando, com a idoneidade quedevia ser atributo da letra impressa, as maisgrotescas e enganadoras promessas feitas porgente que não busca senão enganar o próximo.

Como se explica que haja gente que sedeixe levar por promessas tão balofas comoesta que vinha há dias publicada num jornal danossa comunidade: «Posso-vos ajudar a resol-ver os vossos problemas. Trabalho, amor, afei-ção, fidelidade absoluta no casal, carta de condu-ção, atrair clientes, sorte para encontrar traba-lho, tratar impotência sexual, proteção familiarcontra perigos, feitiços, álcool, curandeiro, sor-te no jogo, etc.»

Infelizmente, a verdade é que há quem caiano logro. Porque se não houvesse, os ditoscurandeiros não arranjavam dinheiro para pa-gar os anúncios. Temos mesmo conhecimen-to dum compatriota que gastou milhares dedólares com um desses vendedores da banhada cobra, para vir a descobrir que tudo aquilonão passava duma burla.

Tem sido um número sem conta as vezesque esses anunciantes nos têm batido à porta,prometendo pagar bem e depressa e a nossaresposta, amável mas firme tem sido sempre amesma. Obrigado pela oferta mas os seus ser-viços não se enquadram dentro da linha éticado nosso jornal.

Não queremos servir de exemplo para nin-guém, mas gostávamos que nesta matéria osnossos colegas fugissem igualmente da tenta-ção do anúncio bem pago, ainda que não sejapelo respeito devido aos seus leitores.

Quem não faz puto...• Por Osvaldo CABRAL

Há exatamente dez anos que aRTP mandou elaborar um projeto de re-estruturação do seu canal nos Açores.

Uma década de sonhos que jaz perdidaalgures numa gaveta da sede na MarechalGomes da Costa.

Era uma re-estruturação de necessida-de absoluta, devido à já degradação das in-fraestruturas e equipamentos do canal, en-globada num plano para toda a empresa,denominado “Fénix II”.

Antes, tinha sido aplicado o “FénixI”, que re-estruturou todos os restantescanais do grupo, incluindo a transferênciada 5 de Outubro para a Gomes da Costa.

Foram investidos mais de 2 mil mi-lhões de euros nestas fénixes renascidas,com novas instalações, novos estúdios eequipamentos de ponta, em Lisboa, Porto,Madeira, Delegações espalhadas pelo con-tinente e ainda sobrou para “programasde cooperação” com os canais dos PA-LOP’s.

O único canal que ficou a ver naviosfoi... a RTP-Açores.

Quando o atual Presidente da RTPveio, no final da semana passada, numaentrevista ao “DN”, dizer que “há gentena RTP que não faz puto”, lembrei-melogo das administrações e ministros destesúltimos dez anos.

A reforçar a tese, o ministro PoiaresMaduro veio esta semana anunciar que oaumento da CAV (Contribuição doAudiovisual, que os contribuintes pagamna fatura da eletricidade) é para re-estruturaros canais internacionais e lançar mais 4

canais temáticos!Ou seja, há ca-

nais do grupo públicoque já vão na segundae terceira renovações,já se pensa em maiscanais, e a RTP-Aço-res sempre a marcarpasso.

Esta gente deviater vergonha.

Vergonha por-que prometeram umanova televisão, emnome do serviço pú-blico para os Açores,pago por todos nós,e não cumpriram.

Vergonha porque vamos todos – nós,açorianos – continuar a contribuir com o nos-so dinheiro da CAV para re-estruturar outroscanais em Lisboa.

Vergonha porque delapidaram o patrimó-nio do canal regional, nomeadamente ao ven-derem um dos edifícios da sede regional, emPonta Delgada, no valor de várias centenas demilhares de euros.

O dinheiro “voou” para Lisboa, sem quefosse reinvestido um tostão nos Açores.

Administradores, ministros, deputados,partidos, não se insurgiram contra este “negó-cio” nem se preocuparam, durante uma década,em poupar umas migalhas para a renovaçãode um canal, que só não se afunda mais porpersistência dos seus profissionais.

Administradores e políticos não fizeramputo!

•••FUNDOS – Os Açores vão receber, até

2020, cerca de 1,5 mil milhões de euros, noâmbito do novo Quadro Comunitário de A-poio (QREN).

A verba vem incluída no envelope finan-

ceiro destinado a Portugal, que ronda os21 mil milhões.

O Governo da República já estudoue anunciou como vão ser aplicados os no-vos fundos.

Nomeou, inclusive, um Grupo de Tra-balho, coordenado pelo Presidente da As-sociação Industrial Portuguesa, José Edu-ardo Carvalho, que escolheu os 30 projetosmais prioritários para o país.

Integraram este grupo vários autarcas,gestores, empresário, operadores de trans-portes, engenheiros, professores universi-tários e outros especialistas em vários se-tores.

O maior partido da oposição, atravésdo seu líder, António José Seguro, tambémfoi chamado a dar o seu contributo ao a-cordo de parceria sobre os fundos comuni-tários.

Nos Açores, é estranho o silêncio àvolta destes fundos.

O Governo Regional também já deviaestar a debater, com a sociedade civil, a apli-cação do novo QREN, analisando as prio-ridades de investimento na nossa região.

É bom que haja o cuidado de envolvertoda a gente nesta discussão.

Para que não aconteça que estes fun-dos estejam ao dispor de uma cabeça só,para satisfazer amigos de grupos económi-cos ou clientelas políticas.

Houve grandes investimentos, comojá se percebeu, que se revelaram um desastrepara a economia regional.

É preciso agora corrigir o tiro e investirna criação de riqueza e empregos, sob pena decontinuarmos a ver os nossos níveis de desen-volvimento a passo de caracol.

E isto faz-se com todos, envolvendouma grande abertura, em vez de se toma-rem decisões nos gabinetes fechados dapolítica. L P

L P

Vítor CarvalhoADVOGADOEscritórioTelef. e Fax. 244403805

2480, Alqueidão da Serra - PORTO DE MÓSLeiria - Estremadura (Portugal)

Que mistério guarda o Morro da Cruz?• Por Lélia Pereira DA SILVA NUNES

Nos idos anos sessenta, costuma-va passar as férias de verão na casa da “tia”Volga. Na verdade, a “tia” era de direito primae, de facto, muito mais que uma tia do cora-ção. Foi ali no convívio dos primos e da tur-ma da Herman Blumenau que ouvi falar, pelaprimeira vez, sobre a existência de um miste-rioso túnel ligando o Morro do Antão, a450 metros acima do nível do mar, até aIgreja Nossa Senhora do Desterro e que teriasido construído por jesuítas como via de fu-ga, caso a Ilha fosse tomada de assalto porpiratas ou, os padres, perseguidos pela mãode ferro do Marquês de Pombal. Até um baúcarregado de pedras preciosas e joias de ouroda mais fina ourivesaria portuguesa dizia-seter sido escondido no lendário túnel pelosjesuítas. Tudo é possível: o túnel e o tesouroescondido.

Por muito tempo, esta história do fabu-lário ilhéu, parte do imaginário coletivo danossa cidade me intrigou. No entanto, nuncaencontrei uma pista que confirmasse a sua

existência, a não ser o costumeiro “diz quediz” envolto em mistério, visões sobrenaturais,“pombocas” ou tochas que se apagavam e ven-tos uivantes em torno da sua embocadura abai-xo da grande pedra, no alto do morro do An-tão, assim chamado porque na encosta lesteresidira o açoriano Antão Lourenço Rebolo.Era também conhecido por Pau da Bandeirapor ter servido de posto semafórico comomeio de comunicação entre os navios e à Vilade Desterro.

Lugar de grande beleza paisagística, vege-tação exuberante, elo entre a Vila de Desterroe a freguesia da Santíssima Trindade de Trásdos Montes. Como bem descreve VirgílioVárzea em Santa Catarina, a Ilha (1900):“Por este valor portentoso abrindo para umanatureza de supremo encantos, o Morro doPau da Bandeira deve atrair a curiosidade de to-dos que visitam o Desterro, como acontececom os que ali nascem e vivem...”

A propósito da beleza da Ilha e seu des-tino, observou o arguto Paulo Joze Miguel deBrito em sua Memória Política sobre a Capi-

tania de Santa Catharina (1839,39-40):“Se a Ilha de Santa Catarina se tivesse dadoa atenção política que merece, e se tivessemaproveitado devidamente as vantagens queela oferece (...), sem dúvida seria ela hoje oParaíso do Brasil.”

31 de dezembro de 1900. Fim de tardena Ilha. O dia se esvai na água cálida da baíaenquanto o céu tingido de púrpura saúda aprocissão de fiéis que parte da Igreja Matrizlevando o cruzeiro de ferro para erguê-lo noalto do Morro do Antão num pedestal ergui-do pelo povo de Desterro. Uma iniciativado Padre Francisco Xavier Topp para assina-lar a passagem do século. A bênção aconte-ceu em 6 de janeiro de 1901, dia consagradoaos Santos Reis.

A Ilha adentrou o Século XX sob oabraço da Cruz que, do cimo do Morro doAntão, agora Morro da Cruz, abençoava aantiga Desterro de ontem e abençoa a Floria-nópolis multicultural do Século XXI, estalinda moça faceira que, na inquieta jornadadas gerações, como a mítica Penélope, tecea renda infinita do imaginário da Ilha comseus mistérios e lendas. L P

Página 36 de fevereiro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Bilhete de Lisboa

Lisboa em movimento• Por Filipa CARDOSO

Lisboa foi eleita no passado mês de agosto, na Turquia, peloWorld Travel Awards, a melhor cidade europeia para estadas de curtaduração.

Nos últimos cinco anos este galardão foi entregue a Lisboa portrês vezes, em 2009, em 2010, e em 2013.

Tem havido um esforço contínuo para a melhoria dos produtos eserviços turísticos. Um desses serviços foi inaugurado a 31 de agostodo ano passado. Estou-me a referir ao elevador que da Rua dos Fan-queiros/Rua da Madalena nos permite chegar até ao Largo Adelino A-maro da Costa.

Esta obra é da autoria do arquiteto João Pedro Falcão de Campos.A poucos passos encontramos o antigo Mercado do Chão do

Loureiro, onde funciona um grande parque de estacionamento, um su-permercado e, no último andar, um restaurante com uma enorme espla-

nada onde se pode apreciar uma panorâmica e excelentevista sobre Lisboa. Neste edifício foi integrado, em 2011,um elevador panorâmico que nos leva até ao nível da ruada Costa do Castelo.

Esta obra é da autoria do arquiteto Eduardo Pereira.Ambos os elevadores são gratuitos e funcionam das

9h às 21h.Muito perto da saída do elevador, entre a Sé e o Castelo

de S. Jorge, na Rua das Merceeiras, foi inaugurado recente-mente um hotel que estava com curiosidade de visitar, o“Memmo Alfama Hotel Lisboa”, membro do “DesignHotels”.

Para lá chegar, fui caminhando pelas estreitas ruelasde Alfama, mas a escassos metros do hotel fui surpreendidapor um pedaço de arte de rua do jovem artista portuguêsVhils.

Este artista foi convidado a fazer um trabalho especialnuma das paredes exteriores. Desse trabalho resultou umrosto muito original de um ex-morador do bairro.

Este pequeno hotel tem uma localização extraordi-nária, com uma vista de encantar sobre o rio Tejo, cumprin-do a pretensão de, também, vender imagens inesquecíveisde Lisboa.

Todos os pequenos pormenores foram muito bempensados e o resultado está a ser plenamente conseguido,que passa, segundo nos informaram, também, por promo-ver os produtos nacionais de qualidade e com isso a identi-dade nacional.

Segundo o arquiteto responsável, Samuel Torres deCarvalho, esta é a primeira grande intervenção contemporâ-nea no centro da história de Alfama.

Este hotel é o “irmão” mais novo de um outro queexiste no Algarve, em Sagres, o “Memmo Baleeira Hotel”,inaugurado em 2007.

Estes dois hotéis pertencem a Rodrigo Machaz, neto deJoaquim Machaz, um dos fundadores dos Hotéis Tivoli (1933),que em 1999 foram comprados pelo Grupo Espírito Santo.

Rodrigo Machaz sempre esteve ligado a estabelecimen-tos hoteleiros ao longo da vida, designadamente por via daherança familiar, uma vez que a família sempre esteve ligadaà hotelaria. Trabalhou, designadamente, no Four Seasonsde Vancouver, num hotel em San Diego, e no Hotel Ritz,em Lisboa.

Toda a experiência profissional que foi adquirindo noespaço hoteleiro é visível em ambos os hotéis “Memmo”,a que auguro grande sucesso. L P

Página 46 de fevereiro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

FICHE TÉCHNIQUE

LusoPresseLe journal de la Lusophonie

SIÈGE SOCIAL6475, rue Salois - AuteuilLaval, H7H 1G7 - Québec, CanadaTéls.: (450) 628-0125 (450) 622-0134 (514) 835-7199Courriel: [email protected] Web: www.lusopresse.com

Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:• Carlos de Jesus• Norberto Aguiar• Anália Narciso• Lélia Pereira da Silva Nunes• Fernando Pires• Onésimo Teotónio Almeida• Osvaldo Cabral• Filipa Cardoso• Inês Faro• Raquel Cunha

Revisora de textos: Vitória FariaSocieté canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

LusaQ TvProdutor Executivo:• Norberto AguiarContatos: 514.835-7199

450.628-0125Programação:• Segunda-feira: 22h00 às 23h00• Sábado: 11h00 ao meio-diaTelenovela: segunda a sexta-feira,das 17h00 às 18h00.(Ver informações na página 16)

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75 Napoléon | Montréal [email protected] | 514 282-9976

Silva, Langelier & Pereira s e g u r o s g e r a i s

Dez anos sem Aldírio Simões...Histórias que o tempo não apaga

• Por Lélia Pereira DA SILVA NUNES

Cronista da alma da Ilha, de Floria-nópolis, do carnaval, da terra, do mar, dosvalores mais típicos da nossa gente. Esteera seu chão e daí gerava a sua escrita simplese alegre. Ousado, teve coragem de valorizaro ilhéu nativo - o “Manezinho” - a identida-de renascida e abraçada de forma incontestá-vel. Com Aldírio Simões e sua paixão pelaIlha nasceu um novo olhar - de respeito ereverência - ao Manezinho que ele soubecomo ninguém colocar no seu devido lugare dando a real dimensão da dignidade. Mes-mo passados 10 anos de sua partida, Floria-nópolis não o esquece. Junto da saudade dasua presença amiga ficou um legado inegávelrepresentado por sua importante produçãoliterária para quem se aventurar a conhecer aalma do ilhéu. Uma herança que permaneceráviva no correr das gerações como parte danossa história cultural.

Histórias ou memórias que o temponão apaga...

Apresentei ao jornalista Osvaldo Ca-bral, na época Diretor-Geral da RTP-Açores,o projeto de gravar nos Açores o programa“Bar Fala Mané”. A ideia foi acolhida comentusiasmo e o projeto previsto para ser re-alizado em junho de 2004. Aldírio ficou feliz.Tudo acertado para divulgar a boa nova noprograma “Bar Fala Mané”, na noite de sex-ta-feira, dia 23 de janeiro de 2004. No entan-to, “o Bar” não abriu. Um dia antes, AldírioSimões pregou-nos uma grande peça - sim-plesmente levantou âncora da vida e partiu...Falar do Aldírio é como mexer num balaiode siris. Puxa um e vêm todos... Assim, puxooutra história. O aniversário da FundaçãoFranklin Cascaes em 29 de julho de 2002.Entre os convidados, os escritores OnésimoTeotónio Almeida e Leonor Simas-Almeida,da Brown University, Providence (USA).Onésimo proferiu conferência na AcademiaCatarinense de Letras e, com a Leonor, parti-cipou das inúmeras atividades da programa-ção de aniversário da Fundação. Aldírio Si-mões fez questão de entrevistá-lo no “BarFala Mané”, que seria gravado na Praia do

Sonho. Na última parte do programa seriaoferecido um farto almoço e, no cardápio,músculo assado na panela. A entrevista foiótima. Tudo resultou bem e chegara o mo-mento de servir o esperado “músculo na pa-nela.”

- Professora Lélia, traz o Onésimo, oescritor açoriano. Vamos encerrar agora, falao Aldírio. - Onde está o Onésimo? Cadê oOnésimo? Procuramos por todos os lados enada. Minutos foram passando...

Saímos a procurá-lo nas redondezas. Aopé dali, coisa de uns 200 metros, uma famíliaalmoçava. O aroma do churrasco e as garga-lhadas tomavam conta do sítio. Entramos.No fundo do quintal uma grande mesa emtorno da qual celebrava-se um aniversário.Entre eles, e muito à vontade, estava o Onési-mo todo sorridente a contar histórias. Dozeanos depois (e dez da morte do Aldírio) per-gunto ao Onésimo o que guardara na memó-ria sobre este breve convívio com o jornalis-ta Aldírio Simões na sua visita Florianópolis.Escreve-me Onésimo T. Almeida:

“Foi assim. O Aldírio no meio de nósexplodindo de vida e humor, alegria, wit, con-vivialidade suprema, tudo numa boa que umvisitante como eu, caído sem paraquedas emFlorianópolis, tomava como sendo de outromundo a confirmar que, para lá do Equador,se não era verdade não existir pecado, ao me-nos tristeza não se enxergava. Foi rápido oencontro, a conversa na TV ou na rádio (jánem me recordo), a folia no parque, numafesta que as fotografias não registaram o no-me, pois não vêm com legendas e a memórianão consegue reconstruí-las. Trouxe comigoesses momentos, esses rostos, essas facesde sorriso rasgado e, de repente, tão de repentecomo me surgiu esse monumento de comu-nicação que era o Aldírio Simões, chegou anotícia de ele ter abruptamente decidido queera bastante, qualquer razão estranha lhe dita-ra ser tempo de acabar a festa da vida. Tudoum mistério que não entendi como não en-tendera antes de onde vinha tanto humornem tão contagiosa maneira de estar nestemundo.” L P

Auten(tique)cidade• Por Onésimo Teotónio ALMEIDA

Escreve-me um açor-americano de Illi-nois (não se irritem comigo por causa desse “a-çor” em vez de “luso” antes de lerem o resto).Traduzo o e-mail cuja frase de abertura já vem,por sinal, em português (mais adiante virá a expli-cação):

Olá! Como vai? Chamo-me Austin Car-valho e sou de New Brunswick, Illinois. [“Car-valho” foi invenção minha para despistar o leitore preservar a privacidade do subscrevente. Idempara a geografia indicada]. Passemos agora à tra-dução do cerne do e-mail:

Depois de visitar a Brown, fiquei deverasinteressado nessa universidade [devagar, caro lei-tor, a ideia não é fazer autopublicidade!]. O meuentusiasmo levou-me de imediato a querer apren-der mais nas áreas dos meus interesses mais especí-ficos. Isso levou-me ao portal do Departamentode Estudos Portugueses e Brasileiros e depois aoseu CV. Foi impossível não notar que você é deS. Miguel. Que legal! [este Que legal! saiu-lheassim mesmo em português, a demonstrar que oestá aprendendo na versão brasileira, ou entãocom algum lusitano que vê muita telenovela da-quele lado do mundo].

O meu avô também nasceu lá. Embora eutenha o sobrenome dele, não cheguei a ter opor-tunidade de o conhecer porque faleceu antes deeu nascer. Por causa disso, tenho estado interes-sado em reavivar as minhas raízes portuguesas.Estou particularmente interessado em ouvir assuas opiniões sobre como é a vida nos Açores.Como é um dia normal por lá? Quais são algumastradições e costumes especificamente açorianos?Em que diferem dos de Portugal continental?Que evolução sofreram ao longo dos anos?

Este ano também comecei a aprender portu-guês. Estou a tentar melhorar o meu sotaque. A-tualmente soa um pouco a espanhol, pois tenhoestudado essa língua. O que me poderia fazê-loparecer mais açoriano? E o que torna o dialetoaçoriano diferente de outros dialetos portugueses?

Desculpe-me todas estas perguntas, estousimplesmente fascinado com tudo isto.

Sinceramente [também escrito assim, emportuguês]

Austin (que é a versão americanizada donome do meu avô – Agostinho)

P.S. Tenho dois cães-de-água, um deles temo nome de Azor por causa das ilhas.

Lá seguiram para o jovem recomendaçõesbibliográficas (se não, no resto do mês não fariaoutra coisa além de responder-lhe às perguntas),mas ficou-me o bico-de-obra: como explicar-lhea questão do sotaque? Que não há sotaque açori-ano, ainda vá, posso informá-lo de que, quandose usa essa expressão, se refere geralmente o sota-que micaelense, o da minha querida ilha. O pro-blema vai ser a escolha. Ensino-lhe o da RibeiraGrande, o da Bretanha, ou vou mesmo mais lon-ge na saga da autenticidade e apresento-lhe o deRabo de Peixe?

Se calhar recomendo-lhe os dois: o de Lisboae o de Rabo de Peixe. Ficará tetralingue (ou tata-ralingue, como Saramago preferia – pelo menosescrevia tataraneto).

Na mente do leitor adivinho uma dúvida:Austin a tradução mais próxima de Agostinho?Claro! O ouvido dos pais do jovem eram afinados.Em micaelense, Ag’stim.

Ah! As vantagens do bilinguismo!L P

Página 56 de fevereiro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

IGREJA BAPTISTA PORTUGUESADomingos às 15H00 – Pregação do Evangelho6297 Ave. Monkland, (NDG) Montreal

http://www.madisonbaptistmontreal.com/portugues.htmlTel. 514 577-5150 – [email protected]

José Cesário em Montreal

«Missão é exemplo de mobilização»• Entrevista de Inês FARO

“Gosto de me manter atualizado. Como tinha alguns eventosagendados em Toronto e uma visita planeada a Otava aproveitei paravisitar também Montreal”, disse o secretário de Estado das Comuni-dades, José Cesário, a propósito do seu encontro com a comunidadeportuguesa de Montreal na Missão de Santa Cruz nos dias 30 e 31 de ja-neiro.

Uma visita para rever a nossa comunidade, onde também apro-veitou para se encontrar com algumas instituições fundamentais para arelação entre o Governo de Portugal e a realidade local.

Nas suas últimas visitas a Montreal, José Cesário fez questão depassar pela Missão de Santa Cruz. “Considero que a Missão de SantaCruz é um centro fundamental da vida da nossa comunidade. Façoquestão de vir aqui periodicamente porque sei que se fazem coisas mui-to interessantes”, disse, realçando que a Missão é um exemplo ao nívelda mobilização de pessoas de todas as gerações da nossa comunidade.

“Tenho procurado sempre encontrar-me com pessoas prove-nientes de várias áreas sociais e profissionais. Temos de estar conscientesde um facto – é humanamente impossível ir a todo o lado”, disse a pro-pósito de quem o crítica por ainda não ter visitado algumas das associ-ações da nossa comunidade.

Nova emigraçãoUm dos temas-chave durante esta sua visita ao Canadá foi a nova

vaga de emigração para o Canadá. Embora não seja o destino preferidodos portugueses – França, Luxemburgo, Suíça, Angola e Brasil conti-nuam a ser países mais procurados -, o Canadá tem acolhido uma re-cente vaga de emigração vinda de Portugal. “Temos plena consciênciaque entraram muitos portugueses no Canadá nos últimos anos. Tam-bém sabemos que muitos estão em situações ilegais e isso é uma preo-cupação”, disse. “Por outro lado, temos conhecimento que muitosdesses novos emigrantes se conseguiram integrar na sociedade canadianae prestam um serviço útil ao desenvolvimento deste país”, acrescentou.

Canadá e PortugalA vaga mais recente de emigração foi um dos temas que também

esteve na mesa no encontro de José Cesário com o ministro federal pa-ra o Multiculturalismo, Jason Kenney, em Otava. Para os portuguesesque pensem emigrar, o Canadá quer apresentar-se como um destino deeleição. “Sabemos que há procura de quadros de setores especializadospara este país”, disse José Cesário. “Há províncias que estão a recrutar.No próximo mês vamos receber em Portugal uma delegação de Manitobapara recrutar trabalhadores portugueses”, acrescentou. De acordo comJosé Cesário, as entidades federais prometem também facilitar a entradade emigrantes qualificados vindos de Portugal, dando preferência aquem domine uma das línguas oficiais do país.

Emigrar, uma solução?“Nós não incentivamos ninguém a emigrar, mas somos confron-

tados com a realidade atual: pessoas que são obrigadas a emigrar nalgunscasos e noutros casos os que intencionalmente procuram alternativas”,disse o secretário de Estado das Comunidades.

Para José Cesário, o papel do Governo é o de alertar para as condi-ções desta nova emigração. “Se optarem por emigrar, o importante éque o façam em segurança”, disse. “É preciso que as pessoas conheçamas circunstâncias em que vão: se têm contrato de trabalho ou não; sesabem exatamente para onde vão; quais são os custos de vida no país;etc.”, alertou.

Mudanças no ConsuladoUma novidade anunciada pelo secretário de Estado das Comuni-

dades foi a mudança para breve no Consulado. “É possível que hajauma readaptação do espaço do Consulado. É uma área muito grande eestá desaproveitada. É excessivo para aquilo que são as necessidadesdeste posto”, disse. No entanto, José Cesário deixou claro que esta al-teração não afetará em nada os serviços que o Consulado-Geral de Por-tugal presta aos cidadãos portugueses de Montreal.

Conselho das comunidadesJosé Cesário falou ainda da posição da Secretaria de Estado em re-

lação à última revisãoda lei que acaba comos Conselhos Regio-nais. “O Conselho éum órgão muito im-portante para enca-minhar o governo re-lativamente às ques-tões específicas de ca-da comunidade”, dis-se. “Infelizmente,deixou de ter comoprioridade a represen-tação das questões es-pecíficas que condici-onam a vida dos por-tugueses em cada re-gião”, declarou.“Consideramos queas comunidades nãosão todas iguais, porisso estamos a lutarpara que todas as co-munidades possamvoltar a ter essa repre-sentação”, concluiu.

Mensagem para acomunidade

Por último, o Se-cretário de Estado dasComunidades quisdeixar uma mensagemà comunidade portu-guesa de Montreal.“Espero que a comu-nidade seja capaz dese unir em torno deprojetos concretos econsiga mobilizargente mais jovem pa-ra a vida comunitá-

ria”, disse. “É importante esta articulação entremais velhos e mais novos de maneira a sermoscapazes de promover cada vez melhor os inte-resses dos portugueses na sociedade de acolhi-mento, os produtos portugueses, os valores ea nossa história”, disse José Cesário.

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O secretário de Estado dasComunidades Portuguesas, JoséCesário, antes de passar porMontreal e Toronto, esteve emOtava, capital do Canadá, onde seencontrou com o ministro doTrabalho e do Multiculturalismo,Jason Kenney.

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O Livro Digital e a França da Cultura Com Preço Fixo!• Por Fernando PIRES

Decerto que não foi o livro numéricodigital de Dany Laferrière que fez com que elefosse eleito para a Academia Francesa, levandoeste escritor Haitiano ao “santuário” dos inte-lectuais da francofonia?!

A natureza da hierarquia desta instituiçãofrancesa do saber, talvez não se enquadre, hoje,ainda, nas alianças da troca do saber comercialno mundo da sabedoria numérica digital do li-vro. Por isso é de tirar o chapéu aos negocia-dores da Aliança Comercial Europa-Canadá,sobretudo ao negociador Pierre-Marc John-son, por ter deixado de fora nesta aliança, umacláusula de exceção cultural para o Quebeque.

Mas vamos ao assunto que aqui mais nos

interessa, que é a edição do livro de papel emrelação à edição do universo digital das novastecnologias numéricas do livro prancheta edita-do pela americana multinacional AMAZON,onde este monstro do digital começa a deixarrastos que é de arrepiar os cabelos.

Primeiramente, temos que identificar o es-tratagema, do modo como este elefante semescrúpulos faz dinheiro com o comércio darentabilidade, da sabedoria dos homens (Ama-zon é a décima nona multinacional mais ricado mundo, fundada apenas há 13 anos, queconta 52 milhões de clientes).

Segundo o jornal “O Mundo Diplomá-tico” são “cem mil pessoas, através do mundo,que se ativam numa azáfama no seio de oitentae nove armazéns num espaço de uma superfícieque acumula um total de sete milhões de me-tros quadrados”, tradução livre... Ou seja atual-mente: Alemanha, Japão, Estados Unidos eFrança... A escolha da Alemanha na Europanão foi um puro acaso, o estratagema foi pen-sado como cabeça-de-ponte, num país ondeo Banco Central alemão dita a sua maneira degestão à outra Europa, no qual país não temuma lei do salário mínimo! Por isso o Sr. JeffBezos, patrão da Amazon Web Services, viuaqui uma oportunidade para atingir o seu ob-jetivo. Este senhor está disposto a vender tudo(mesmo a própria mãe). Aproveita assim odesemprego atual em Portugal, Espanha, Itália,e noutros países da Europa, cruelmente obrigatrabalhadores em França a aceitar condiçõesde trabalho sem aquecimento, nos seus arma-

zéns, a trabalhar de luvas, de parkas e de barrete.(Não me venham agora dizer que Amazon-di-gital não tem nada a ver com a escravatura datecnologia numérica moderna!)

Onde mora a democracia direta que nãodistingue a qualidade da quantidade?

Decerto que a quantidade dos serviços queAmazon produz tem como consequência pro-duzir mais, em menos tempo, e em condiçõesindignas de trabalho a que são submetidos osseus trabalhadores. Espaço de habitação restri-to para oito homens sujeitos a aceitar tempera-turas demasiado quentes, ou extremamente fri-as em locais de trabalho e de alojamento!

Vamos agora aos livros pranchetas digi-tais e das suas “consequências” ao longo dostempos com a rapidez e a impaciência da utili-zação das novas tecnologias, assim como a“brevidade utilizada, que vai ao encontro daespecificação rigorosa em assuntos aprofunda-dos da paciência de um leitor”. Este entre as-pas, é aquilo que pude interpretar da explicaçãomencionada num artigo de opinião publicadono jornal “Público” e referido na conferênciaque Valter Hugo Mãe deu no Instituto Camõesna Universidade de Montreal.

Hugo Mãe, numa passagem do seu livroescreve o seguinte: “tu sabes hoje armazenam-se informações que não serão jamais consul-tadas”.

Será que a leitura efémera da rapidez de lei-tura numérica não será meio caminho andadopara a desmaterialização da humanidade?

Para que serve o desenvolvimento da tec-nologia numérica senão para aliviar o homemdas algemas da vida que o condicionam, enca-minhando-os para a sua libertação?

Fabien Deglise menciona como “parado-xo” o facto de não se avançar com o “desen-volvimento da tecnologia numérica e digital”sobre a presença científica da Astronomia, emvez do obscurantismo, esoterismo horoscó-pico e práticas do feiticismo (que se veem cons-tantemente em jornais cá do nosso bairro).

O jornalista Deglise dá como o exemploo jornal “La Presse” que numa página numéri-ca, ao lado, se encontra a leitura do horoscópio.Portanto, o conceito de Astrologia não é umconceito científico! Mas esta crítica vai maislonge quando cita o “Império Ficher-Price”como inventor de uma cadeira batizada “Appti-vity Seat”, para um bebé com mais de 18 kg,cadeira essa ajustada ao nível da vista do bebépara ele poder ver o iPad. Imaginem!

Não teria havido também precipitação naedição do livro numérico em substituição dopapel? Nicolas Carr, um especialista americanodas novas tecnologias, diz o seguinte: “Noque diz respeito aos tabletes, quanto mais onúmero aumenta menos eles servem para lerlivros”, acrescentando ao mesmo tempo quenum futuro previsível, “o livro eletrónico po-deria não ter existência que como apêndice dolivro imprimido, como o livro audiovisual”. AFrança, talvez seja um exemplo na Europa,dado o avanço das novas tecnologias numéri-cas, mesmo em Paris as pequenas livrarias aindanão cederam todo o espaço à leitura da pran-cheta digital!

Talvez por isso Jeff Bezo, patrão da Ama-zon, ainda não tenha conseguido o sucessoesperado, visto que é uma empresa deficitáriade quem o fisco francês reclama quase 200 mileuros. No entanto é possível que daqui porcinco anos os franceses cedam a este monstro

multinacional de fazer a entrega a domicílioem “taxi-drôme” dentro de alguns minutos!Obrigando assim ainda mais o cidadão a seden-tarizar-se e a tornar-se legume?

O texto numérico sabe hoje das nossasvidas porque estamos rodeados de um “Big-brother” que pode saber hoje o que escreve-mos, o que lemos, os males do corpo de quesofremos e por aí adiante.

A potência da ferramenta da transmissãodigital hoje, nesta cultura numérica, é imensa,mas também pode ser efémera.

Citemos André Schiffrin, que fez carreirana edição nos Estados Unidos e que escreveu:“Em 1945 Nova Iorque tinha 300 livrarias,hoje são apenas 30” (Os oráculos modernos).

Ref.: Jornal “O Mundo Diplomático”n° 716 – novembro 2013.

Jornal “Le Devoir” – 13/16 dezembro2013.

Jornal “Público” (Opinião Digital) – 1de dezembro 2013 (Valter Hugo Mãe “L’a-pocalypse des travailleurs”, Éditions Métailié– Paris 2013).

Revista “Pour la Science’’ n° 433 – no-vembro 2013.

No VerãoCanadiana ‘low cost’ Rougevoa a partir de Lisboa

A transportadora aérea canadiana ‘lowcost’ Rouge vai começar a operar voos diretosa partir de Lisboa no próximo verão, anunciouum responsável da ANA, entidade que gere osaeroportos portugueses.

Num balanço sobre o tráfego nos cincoaeroportos geridos pela ANA durante o anode 2013, o presidente da empresa, Jorge Poncede Leão destacou o contributo das ‘low cost’para o aumento do número de passageiros esalientou que, a par das britânicas Easyjet e daRyanair, também o crescimento da franco-ho-landesa Transavia “começa a ser significativo”.

“A redução da dependência da Easyjet e daRyanair é um objetivo que devemos prosseguirpara não estarmos dependentes da estratégiade uma companhia aérea”, afirmou Ponce deLeão em conferência de imprensa, acrescen-tando que a ANA “aposta na diversificaçãodas ‘low cost’”.

O tráfego nos aeroportos geridos pelaANA aumentou 5% no ano passado, atingin-do 32 milhões de passageiros, metade dos qua-is passaram por Lisboa, cujo aeroporto é ser-vido por 37 companhias aéreas.

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Página 76 de fevereiro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

E praxar os políticos?• Por Osvaldo CABRAL

Já aqui abordei, por mais de umavez, a hipocrisia que é a classe política ma-nifestar-se “profundamente preocupada”com temas que dividem a sociedade e, de-pois, deixar ficar tudo na mesma.

Na semana passada dei o exemplo dacrescente abstenção eleitoral.

Agora temos as praxes académicas.Pelo meio surgem, todos os dias, si-

nais da mais despudorada hipocrisia.Vejamos as mais recentes.A aprovação do referendo sobre a co-

adoção e adoção por uma minoria de depu-tados, ainda por cima com disciplina devoto, que certamente não será realizado, éuma atitude hipócrita para que tudo fiquena mesma.

Fazer uma grande festa com a reduçãodo défice, quando é sabido que foi à custadas receitas do aumento dos impostos,penalizando os mais fracos, é pura hipo-crisia política. Reduzir o défice assim, atéa mais humilde Junta de Freguesia.

Quando Passos Coelho define o per-fil do candidato presidenciável, a apoiarpelo PSD, recusando um “cata-vento deopiniões erráticas”, e depois vem dizer quenão se estava a referir a Marcelo Rebelo deSousa, revela a mais requintada hipocrisiapolítica.

O PS e o PCP, ao acordarem a forma-ção de uma comissão parlamentar de in-quérito aos Estaleiros de Viana, deixandode fora, subtilmente, o mandato das admi-nistrações de José Sócrates, é outra formahipócrita de fazer política.

Vir dizer que os investimentos em ci-ência e tecnologia aumentaram com estegoverno, quando está à vista de todos aredução de bolsas individuais de doutora-mento e pós-doutoramento, com cortesacima dos 40%, é mais uma hipocrisia.

Criar um “grupo técnico” para estudare propor uma “reformulação da Contri-buição Extraordinária de Solidariedade”, éum eufemismo hipócrita, porque o verda-deiro significado da medida é escolher afórmula constitucional para o corte defini-

tivo das pensões.Até no setor da Justiça, quando umas

almas penadas vêm propor escutas e buscasaos jornalistas, por causa do segredo de jus-tiça, é outra forma de hipocrisia. Quer dizer,não se vai à fonte, vai-se ao mensageiro.

Os exemplos desta prática política, emtodos os quadrantes, são assustadoramentecrescentes.

Revelam o caráter pouco digno que serespira no país político.

Voltando às praxes académicas, cuja dis-cussão vai estar, novamente, na agenda polí-tica destes dias, deixem-me recordar maisesta hipocrisia da nossa classe política: em2008 a Comissão de Educação e Ciência daAssembleia da República elaborou um gros-so relatório sobre a violência nas praxesacadémicas, ouvindo várias personalidadesdo mundo do ensino, incluindo professo-res, reitores e alunos.

Destacadas figuras defenderam o fimdas praxes ou, em alternativa, a criação delegislação que orientasse o fenómeno, comcastigo severo às praxes violentas.

A dita Comissão, presidida, imagine-se, por António José Seguro, gastou tempoe tinta no laborioso relatório.

Sabem qual foi o resultado?Zero!Digam lá se não dá vontade de pegar

nessa classe política e praxá-la na praça pú-blica.

•••PICO – A ilha do Pico, pela sua exten-

são, tem sido uma das mais martirizadas pelosetor da saúde.

Nenhum governante conseguiu, atéhoje, encontrar uma fórmula racional e efi-caz para resolver os graves problemas dospicoenses na saúde.

Surge agora a ideia peregrina de concen-trar tudo na Madalena, esvaziando as unida-des das Lajes e de S. Roque.

Tudo em nome da racionalização finan-ceira.

Mas há orçamento para os comple-mentos dos funcionários públicos que jáganham 3 mil euros e margem de manobrapara estabelecer horários de 35 horas...

É outra forma de hipocrisia política.L P

Dia 25 de Março!Primeira edição de um leilão silencioso

Participe!O Centro de Ajuda à Família organiza a primeira edição de um leilão silencioso,

terça-feira, dia 25 de março de 2014, a partir das 18h, no Restaurante Chez Le Portugais,4128 St-Laurent em Montréal.

As obras de arte de todos os géneros serão expostas e podem ser adquiridas no leilãosilencioso. Estas obras foram oferecidas ao Centro por artistas provenientes de várioshorizontes, por isso é uma ocasião excecional de encontrar obras de arte de qualidade paratodos os gostos e orçamentos. E a tudo isto, acrescenta-se um encontro simpático e agra-dável, bem como prémios de presença.

Esperamos por si!Para mais informações: http://www.centreaidefamille.ca/caf/index.php?id=15 L P

35 anos

Página 86 de fevereiro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Para aproximar a Diáspora a PortugalGulbenkian e COTEC relançam iniciativaCandidaturas até 31 de março de 2014

Estão abertas as candidaturas para uma nova edição do ConcursoIdeias de Origem Portuguesa e do Prémio Empreendedorismo Ino-vador na Diáspora Portuguesa, que formam a iniciativa FAZ, promovidapela Fundação Calouste Gulbenkian e a COTEC Portugal com o ob-jetivo de aproximar a diáspora portuguesa do seu país.

Os interessados podem submeter candidaturas até 31 de marçonos respetivos sítios: www.ideiasdeorigemportuguesa.org ewww.cotec.pt/diaspora

IDEIAS DE ORIGEM PORTUGUESAO objetivo deste Concurso é encontrar projetos de Empreende-

dorismo Social que façam a diferença nas áreas do Ambiente e Sustenta-bilidade, do Diálogo Intercultural, do Envelhecimento e da InclusãoSocial.

Para participar só é necessário constituir uma equipa que integreum português ou luso-descendente residente no estrangeiro e submeterum vídeo ilustrativo da ideia que propõe.

Criado pela Fundação Calouste Gulbenkian em 2010 para usar aexperiência, o talento e o dinamismo dos emigrantes portugueses embenefício do seu país de origem, o concurso Ideias de Origem Portu-guesa registou grande adesão nas edições anteriores, com um total de278 ideias provenientes de mais de 30 países dos 5 continentes.

Na primeira edição, a ideia vencedora foi “Requalificação a CustoZero” que se materializou no projeto Arrebita!Porto, atualmente a tra-balhar na reabilitação de um edifício devoluto na Ribeira do Porto.

Na segunda edição, foram premiados três projetos: Orquestra XXI,que reúne músicos portugueses espalhados pelas melhores orquestrasdo Mundo para tocar com regularidade em Portugal; Fruta Feia, projetode combate ao desperdício alimentar, que criou uma cooperativa deconsumo para distribuir fruta e legumes que não são vendidos apenaspor razões estéticas; e o Rés do Chão, projeto que dinamiza os pisostérreos de edifícios desocupados, aproveitando esses espaços para pro-mover indústrias criativas locais.

PRÉMIO EMPREENDEDORISMO INOVADOR NA DIÁSPORAPORTUGUESA

O objetivo deste Prémio é distinguir os portugueses que, pela suaação empreendedora e inovadora, se notabilizaram fora de Portugalnas suas respetivas atividades empresariais, mas também a nível socialou cultural.

Promovido pela COTEC Portugal desde 2007, e contando com oalto patrocínio do Presidente da República, este Prémio tem contribuídopara fortalecer a ligação dos portugueses ao seu país de origem, mastambém tem permitido reforçar a imagem e prestígio de Portugal noestrangeiro. Pretende-se ainda que tenha reflexos na internacionalizaçãoda economia e na atração de investimento, mas também na valorizaçãoda língua e da cultura nacionais.

O Prémio Diáspora já deu a conhecer, ao longo destes sete anos,importantes personalidades que se afirmaram nos meios empresariais,sociais e políticos, em sociedades de acolhimento da mais elevada exigên-cia, como Austrália, EUA ou França. Na última edição, Mapril Baptistafoi o vencedor do Prémio e Teresa Lundahl foi distinguida com umamenção honrosa.

Mapril Baptista emigrou para França aos 6 anos onde é atualmenteproprietário da marca Les Dauphins, líder em venda de ambulâncias,com cerca de 98% de quota de mercado na Ile de France e 50% em todoo país. Teresa Lundahl vive na Suécia, onde fundou a Mateus Stock AB,uma empresa que combina design moderno com artesanato tradicionalportuguês, através da produção de peças de cerâmica exclusivas e pro-duzidas à mão em Portugal.

A última edição deste Prémio reuniu até agora o número recordede candidaturas: 155. No último ano destacou-se a participação inéditade candidatos da Índia, Malásia, República Checa e Venezuela. Os paísesque têm uma forte participação das comunidades portuguesas nestePrémio são os EUA (30), França (23), e o Brasil (17). Os setores maisrepresentados são o empresarial/financeiro, com 29% das candidaturas,seguido pelos setores da restauração/turismo, educação/investigação/ciência, e indústrias criativas.

Mais informações: www.faz.com.pt L PL P

Deputada luso-canadiana quer mais mulheres portuguesas na política

TORONTO, Ontário - A deputada provincial luso-canadianaTeresa Armstrong disse que gostava de ver acomunidade portuguesa “mais envolvida” napolítica no Canadá, “especialmente as mulhe-res”.

“Ficava mais agradada se houvesse maisportugueses na vida política canadiana, princi-palmente mais mulheres ativas”, referiu a luso-canadiana em declarações à agência Lusa.

Teresa Armstrong é natural da Terceira(Açores) e é a primeira mulher de origem portu-guesa a integrar o parlamento provincial doOntário.

“Tem de haver um maior interesse e moti-vação por parte da comunidade portuguesa pa-ra estarem mais ativos”, acrescentou a deputadade 48 anos.

Teresa Armstrong passou muito do seutempo livre em causas associativas, com des-taque para o Luso Centre, integrando o elencodiretivo do Luso Centre, associação que ajudaos imigrantes na sua integração na sociedadecanadiana, nomeadamente no inglês e tambémnos requerimentos de imigração.

“Tentamos manter a cultura, ficar com asraízes do país, pois temos orgulho em sermosportugueses”, regozijou-se a deputada.

Tendo a seu cargo a área da terceira idade,uma das dificuldades dos idosos é a integraçãoquer pela língua quer pela cultura no Canadá,Teresa Armstrong envolve-se com diversas co-munidades de London, nomeadamente com a“portuguesa, italiana, grega, coreana e chinesa“, na distribuição de livros nas respetivas lín-guas para que aquelas comunidades se possam“adaptar” mais facilmente.

A lusodescendente imigrou com os seuspais para o Canadá com apenas seis anos deidade. Em Outubro de 2011 foi eleita deputadaprovincial pelo NDP, principal partido da opo-sição do governo liberal, pela área de London- Fanshawe. É crítica do seu partido pelas áreasda educação do ensino superior e também pelaterceira idade.

Além de Teresa Armstrong, existe tambémoutro deputado de origem portuguesa no par-lamento provincial, Charles Sousa (Partido Li-beral), eleito por Mississauga Sul, atual ministrodas Finanças do Ontário.

“Estamos em partidos diferentes, masquando é necessário falar, fazemo-lo, estamosabertos ao diálogo, pelo menos considero queda parte dele (Charles Sousa) também é assim.E no Dia de Portugal, ele faz questão de selembrar de mim”, afirmou.

O NDP em Junho de 2013 viabilizou oorçamento provin-cial, exigindo algumasmedidas ao governoliberal, em particularuma diminuição dosvalores das taxas dosseguros automóvel. “Não pretendemoseleições antecipadas,pois trará alguns gas-tos, e daí que sugeri-mos ideias, queremosuma província me-lhor, com a criação demais empregos”, sali-entou também lan-çando em perspetivaa votação do orça-mento para este ano.

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Na festa de sexta-feira passada…

Associação Portuguesa fez pela vida• Por Anália NARCISO

Festival Montréal en LumièreCom pouca participação lusa• Por Norberto AGUIAR

Diz-se que a maior parte dos clubese associações da comunidade têm dificuldadesem recrutar dirigentes. Também se diz que essamaioria tem problemas financeiros graves. Po-de ser. Mas é coisa que não podemos confir-mar... Contudo, também sabemos que há quemse esforce para mudar o sentido das coisas nes-se domínio. E esse esforço vem de dirigentesassociativos como de pessoas do exterior dasorganizações. Está neste caso Carlos Ferreira,do Grupo Ferreira, que tem ajudado quem selhe dirige, com particular incidência a Associa-ção Portuguesa do Canadá, que ainda não hámuito tempo beneficiou dum investimentode uma soma significativa, direcionada paramelhoramentos estruturais.

Na sexta-feira passada, nas suas instala-ções, foi levado a efeito um jantar, «entre ami-gos?», para angariar fundos para a Associação.E quem esteve por detrás da iniciativa? Claro,o Carlos Ferreira!

Muito bem preparado, não tivesse a chan-cela do novo chefe do Ferreira Café, João Dias,o jantar de sexta-feira à noite foi muito partici-pado, de caras conhecidas na comunidade mastambém de outras gentes que quiseram cola-borar com a Associação através do carisma doseu promotor, no caso o Carlos Ferreira (pre-sente também o Chefe Marino Tavares).

Um porto à chegada, a sopa da pedra,alheiras com grelos e coelho à caçadora ou ba-calhau à Castelo Branco fizeram as delícias dospresentes. E que dizer do creme de castanha,sorvete de pera bêbada, sobretudo quando setem um «fraco» pelas coisas doces? A lista devinhos, disposta em cima da mesa, tambémera de topo. O preço era acessível – 45,00 $ – etinha por missão primeira reverter os seus ga-nhos para a Associação Portuguesa do Canadá.

Para além do jantar, a organização da festatambém quis contar com músicos da Comuni-dade. Foi por isso que Jordelina Benfeito, LuísDuarte e António Moniz estiveram presentes.Cantaram e tocaram algumas das melodias maisimportantes dos seus repertórios, nos casosda Jordelina Benfeito e do Luís Duarte, doisdos maiores valores musicais da comunidade,enquanto António Moniz dedilhou as cordas

da sua guitarra, beneficiando do acompanha-mento do Luís.

E antes que fossem cantados os parabénsao Carlos Ferreira por mais um aniversário,que nos parece estar a caminho do fim doscinquenta, o homem forte do Grupo Ferreiraainda havia de pedir para que a ComunidadePortuguesa apoie a Associação Portuguesapois que se não, «... o risco é que tudo se aca-be...». Todos aplaudiram!

A festa, transformada em pegada confra-ternização, terminou pela uma da madrugada.

L P

No dia em que Carlos Ferreiracomemorou mais uma aniversáriode nascimento, a AssociaçãoPortuguesa esteve cheia de amigos.Fotos LusoPresse.

Está às portas o já tradicional e po-pular festival montrealense «Montréal enLumière». O pontapé de saída é no dia 20de fevereiro e prolonga-se até ao dia 2 demarço. Muita música, com artistas vindosdos quatro cantos do planeta, mas sobretu-do muita gastronomia, estarão fazendo fu-ror nalguns dos principais restaurantes esalas da cidade.

Neste 15° ano de realização, o FestivalMontréal en Lumière conta com uma pre-sença mínima de portugueses, que estará to-talmente ausente no plano musical. São osrestaurantes Portus Calle e Helena, da chefeHelena Loureiro, que em 2014 representama nossa comunidade, quando se sabe queem anos anteriores a nossa representaçãojá teve honras de «Comunidade em desta-que».

Assim sendo, em ambos os restauran-tes «Portus Calle» e «Helena» participará,como chefe convidada, Margarida Cabaço,do restaurante português «São Rosas». Aliás,Margarida Cabaço já foi a convidada da che-fe Helena Loureiro em 2013, o que é sinaldo êxito que foi a sua presença no ano passa-do.

Mas também soubemos que os restau-

rantes Portus Calle e Helena contam apre-sentar durante o festival uma personalidadede prestígio, que se associará ao próprio«Montréal en Lumière». Ela virá, muito pro-vavelmente, do meio jornalístico e tratar-se-á de uma personalidade muito mediáticae de grande prestígio. Ao que nos foi dadosaber, as negociações estão em curso e vãobem encaminhadas. Por razões evidentes,o seu nome ainda não pode ser divulgado.

Se os leitores estiverem interessadosem tomar parte neste festival através destesdois restaurantes, aqui fica o respetivo con-tacto para informações mais pormenoriza-das: (514) 849-2070.

Entretanto, dentro do possível, o Lu-soPresse tentará cobrir este acontecimento,versão comunitária.

... E na MúsicaNão há, que saibamos, nenhum artista

de origem portuguesa no decorrer do fes-tival, como também já aconteceu em edi-ções anteriores. Mas há presença lusófonanas pessoas dos artistas brasileiros DomLa Nena e Piers Faccini. Eles vão atuar nasexta-feira, dia 21 de fevereiro, em espetácu-lo levado a efeito na sala do Club Soda, si-tuado no boulevard St-Laurent, esquinacom a rua Ste-Catherine. O espetáculo co-meça às 20h00. L P

Em Santa CruzEmanuel seduz no «Cantar às Estrelas»

• Por Norberto AGUIAR

A cave da Igreja Santa Cruz apresen-tou sábado passado um número impressio-nante de pessoas para assistir à festa de carizaçoriano «Cantar às Estrelas». Como atrativosuplementar, bem entendido, esteve presenteo popular cantor nacional Emanuel, que estevepela segunda vez em Montreal e que voltou,pelo que se viu na reação do público, a impres-sionar a plateia, toda ela rendida às canções echarme do artista.

Tudo começou pelo jantar, por sinal servi-do mesmo assim com alguma celeridade, o quenem sempre acontece em festas deste tipo, paramais com muita gente, para aí umas 500 pes-soas. Depois foi tempo para Joe Puga subirao palco e demonstrar aos seus fiéis admira-dores que já está totalmente recuperado, comoele próprio afirmou para quem o quis ouvir. Enão só está recuperado como já se apresentouem excelente forma, arrebatando do públicoos aplausos correspondentes. Daí que não te-nha admirado, no fim, que mesmo Emanuel otenha felicitado pela sua excelente atuação.

A parte final da noite do «Cantar às Estre-las» – sem cantar às Estrelas – foi toda preen-chida com Emanuel no palco. Assim, de umasó vez. Esta atitude, pelos vistos, foi muitobem recebida pelos presentes, que se deleita-ram com a interpretação das suas canções maisqueridas e retiradas dos seus CDs «Dança daPaixão» e «Bomba», à venda no local.

Antecipadamente teve lugar uma missaem honra de Nossa Senhora das Estrelas, comsermão do padre António Araújo.

Em forma de rodapé diremos que foi aprimeira vez que assistimos a esta festa realiza-da na comunidade. E o que nos apetece dizer éque foi uma festa conseguida, por mérito dosseus organizadores, a Família Silva. O únicosenão, em nossa opinião, terá sido a falta deum grupo de cantares tradicionais que pudesse,de alguma forma, dar a entender o verdadeirosentido do que é o cantar das estrelas na ilha,com relevância para o que se faz na cidade deRibeira Grande e seu concelho.

L P

Página 116 de fevereiro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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FFFFFernanda Moreira Dias – Afoto chegou ao LusoPresse pelas mãos deum pai vaidoso da filha que tem. E essavontade de dar à estampa a cara de uma fi-lha bonita só lhe fica bem. Foi por issomesmo que, nesta redação, logo anuímosao pedido que delicadamente nos foi feitopelo Senhor Manuel Dias, pai da Fernandae homem bem conhecido na comunidade.«Sim, senhora, a foto vai ser publicada. Emais, vamos-lhe dar o relevo que se impõe»,palavras de um dos responsáveis do jornal.

A Fernanda Moreira Dias, para alémde ser bonita, é uma mulher assumida. Écasada, mãe de dois filhos (Alejandro Diase Lucas Manuel Dias) e tem como profissãoo ser desenhadora de moda.

A foto é do conhecido fotógrafo Ma-nuel Ribeiro.

L P

VALHA-NOS A FRANÇA!• Por Fernando PIRES

Será que a existência do livro em papeltem os dias contados? Contudo, pelo caminhoque vamos, existem poucos países que até ago-ra tenham resistido e ousem tomar posiçãoem defesa do livro amigo da “galáxia de Guten-berg” que dormiu connosco na cama duranteos anos escolares e perdura desde 1468.

Quem tem a coragem de criticar agora asedições digitais do monopólio mundial da A-mazon pela publicação do manifesto MeinKampf de Hitler que sobe para o topo devendas como um best-seller? (jornal “O Públi-co” 9-01-2014).

E que será de nós se não houver por aímuitos big brothers como o George Orwell eEdward Snowden, que nos alertem e protejamde todos os tabletes do digital que se apodera-ram deste comércio, e nos invadem os cincosentidos, sem que nós possamos levantar ca-belo?

A tudo isto responde a França em defesa

dos três mil livreiros franceses, cercados pelaedição do digital numérico, monopólio daAmazon que está em vias de se acaparar do lu-cro mundial do mercado do livro, para já pre-sente na América do Norte e na Europa.

Antes de avançar mais sobre o assuntodeixem-me dizer que já denunciei algures nestejornal, que a cultura da escrita sempre dominoua cultura oral dos povos onde esta era e estevemenos presente.

Foi desde os tempos remotos que a cultu-ra das oligarquias milenárias dominaram desdeo aparecimento dos símbolos da escrita e a seimplantar há quarto mil anos na Mesopotâ-mia.

Vamos lá então ao assunto do comérciocultural numérico, do qual a Amazon se está aapoderar mas a que uma lei votada pelo senadofrancês põe um travão, salvando os três mil li-vreiros independentes franceses das garras docomércio da superfície da Amazon, que engoleos mais pequenos.

Nada garante, que a lei que impõe as condi-ções à Amazon, ponha fim ao mercado; masos 9 milhões de euros que o senado francêsvotou para combater a concorrência deste mo-nopólio podem ser eficazes. A ver vamos. Noentanto, a lei anti-Amazon não proíbe a vendado livro numérico.

O lucro da Amazon não tem mãos a medir.Mesmo já os Michel Tremblay e as Marias La-berge estão a vender alguns dos seus livrosatravés da edição numérica!

Quem sabe se brevemente os “drones”da Amazon poderão distribuir os livros destaspessoas numa praia da Florida?

De modo que me interrogo até que pontoa Aliança Comercial que o Canadá assinou coma França, mesmo com a cláusula especial doQuebeque que exclui a cultura desta aliança,pode impedir as garras do elefante da Amazonde atingirem “Les Belles-Soeurs” de Tremblay?

Vantagens e desvantagens do numéricoda tablete, do iPad, do smartphone, em relaçãoà edição do livro em papel. É certo que qualquerum destes objetos é mais maleável que um livrode bolso. Mas até que ponto a quantidade e aqualidade do conteúdo pode ser absorvida?

Esta questão é levantada numa revista cien-tífica sobre a memória da biologia que agora épesquisa das neurociências.

A pergunta põe-se da seguinte maneira:“Será que o numérico perturba a memória bio-lógica? Até que ponto os diversos média numé-ricos em funções simultâneas de situações múl-tiplas, que exigem uma divisão de atenção, nãoterá uma influência sobre a memória biológi-ca?” O argumento da vantagem é que o acessoda posição de diferentes janelas permite tarefasmúltiplas; mas encaminha-nos para um tra-tamento automatizado “das informações nãoconsciente que faz intervir estruturas diferentesdas quais necessitam uma atenção focali-zada”…

Depois de alguns textos de um estudo ci-entífico universitário a conclusão é de que “amonotarefa é consciente focalizando a atenção,enquanto o estudo das multitarefas é superfi-cial”. Ademais o serviço público da Amazonanda à deriva do benquerer do poder e do capi-tal!

Numa análise crítica de um livro, Bill Gatesnão hesita em afirmar que vê o livro como

Cont. Pág. 14, VALHA-NOS...

Página 126 de fevereiro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

TTTTTelevisão Pelevisão Pelevisão Pelevisão Pelevisão Portuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de MontrealVisione todos os acontecimentos da ComunidadeHorário

• Quinta-feira, 20h00• Sexta-feira, 01h00 (repetição)

• Sábado, 09h00• Domingo, 01h00 (repetição)

[email protected]

Paolo’s Café...

Um café que sabe a Portugal• Reportagem de Raquel Cunha

Muitos conhecem o Paolo´s Café,situado na avenida Saint Laurent, coração daComunidade, ou Aldeia, como a chama o pro-prietário Paulo Simões. Paolo´s é mais do queum café singular onde não há relógio, nem fu-tebol. É também uma marca de café, com tor-refação feita em Portugal, especialmente conce-bida para as águas daqui, e cujo sabor quer-seportuguês. É ainda uma oficina de restauraçãoe venda de máquinas de café, a particulares eclientes comerciais.

Por ser tão particular, o LusoPresse quissaber mais. O resultado foi uma viagem pelofascinante mundo da degustação do café, seufabrico e história, assim como o empreendo-rismo deste jovem português, oriundo de Lis-boa.

O emigrante empreendedorFoi em 1986 que Paulo Simões visitou

pela primeira vez Montreal. Vinha de férias,para visitar a irmã que cá estava e para “juntaruns tustos”; para isso trabalhou no restauranteSolmar. Voltou para Portugal, mas acabou porregressar definitivamente em 1989.

“Vim pela oportunidade. Aqui há muito

mais possibilidades de desenvolver uma ideiado que em Portugal”. Veio com o intuito de cáficar só por um ano ou dois anos, e tambémporque tinha conhecido cá uma amiga da fa-mília, uma rapariga italiana, que acabou porser sua namorada, e mais tarde se tornar suaesposa.

O seu mundo sempre esteve ligado ao ca-fé. Em Portugal foi responsável por um caféque a família possuía e trabalhou numa compa-nhia de cafés. Por isso não foi difícil encontrartrabalho, e pelas mãos do sogro iniciou-se co-mo ajudante num restaurante italiano.

Foi lá, que por azos do destino conheceuum mecânico das máquinas Faema, e decidiucandidatar-se ao mesmo cargo, dando início auma carreira que já vai para perto de 30 anos(24 aqui, 5 em Portugal).

Trabalhou na Faema por cerca de um anoe meio mas, empreendedor como é, cedo de-cidiu trabalhar por conta própria, transforman-do a garagem de sua casa numa oficina de repa-ração e venda de máquinas de café. O negóciocresceu e o Paulo Simões foi angariando clien-tela.

Em 1991, num jogo de cartas, a sorte dePaulo Simões iria mudar, foi uma brincadeira,mas conseguiu o aluguer de uma pequena loja,na rua de Bullion, esquina com Mont-Royal,

pela módica quantia de 250 $.Com os dados do seu negócio lançados,

a loja abre portas em 1992, com a preciosa aju-da dos amigos Joaquim Carreira e Fauster. Oestabelecimento oferece-lhe a oportunidade deter um espaço físico para receber os clientes, ede abrir consequentemente um Café para a de-gustação dos seus produtos.

De distribuidor a marca própriaO negócio foi um sucesso, e rapidamente

Paulo Simões associa-se à Delta como primei-ro distribuidor de Montreal, uma vez que aempresa tinha já um importador em Edmon-ton.

Aliou o negócio da restauração e vendade máquinas, com o café, mas quis “sempreimportar a minha própria marca de café, dadasas dificuldades de importar directamente o caféDelta”. Com as dificuldades impostas, decidiuem 1996 largar a Delta e associar-se directa-mente ao Café Silveira, o qual distribuiu até2011, quando a crise atingiu esta empresa por-tuguesa.

Mais uma vez, Paulo Simões não deixouperder a oportunidade, e juntamente com ummembro da família Silveira, criou a sua própriamarca, Paolo´s Cafés. Com torrefação especial,em Portugal, preparada para as águas de cá, deforma a maximizar o dito sabor português,que segundo Paulo “sabe a café”.

De Paulo a Paolo´sÉ ainda durante os anos 90, na procura de

um espaço maior para o seu crescente negócio,

que Paulo Simões se muda para o atual Paolo´sCafé, situado na Avenida Saint Laurent.

O nome Paolo´s vem de um trocadilho,feito com o seu nome e o da sua filha, Di Pa-olo.

Contudo, confessa que nunca quis ter umcafé, mas antes um local de degustação parasuportar a oficina. Mas as pessoas gostaramdo ambiente e a coisa foi crescendo, acabandopor tornar-se num Café. Um café particular,confessa, sobretudo aqui na Comunidade por-tuguesa: “Não há álcool, não há futebol, nãohá televisão nem relógio”, sorri. Mas há bomgosto e uma decoração de qualidade que nosrecria uma Lisboa remota, quase fantasiosa,uma decoração “fruto do meu gosto pessoalpor coisas antigas” conclui.

Tendo uma clientela variada, o Paolo´sCafé é hoje um dos cafés portugueses (moídoe em grão) mais vendidos no Quebeque. A suaoficina conta já com três mecânicos a tempointeiro, ocupados na reparação e venda de todosos tipos de máquinas de cafés, particulares oucomerciais. Encontra aqui também cápsulasBicafés, compatíveis com todas as máquinas,desde Nespresso, Delta Q e afins.

Portugal é dono de um excelente café, con-siderado por muitos o melhor do mundo. So-mos especialistas em torragem, fruto da relaçãocom as ex-colónias, e sabemos misturá-los co-mo ninguém. Pelas palavras de Paulo Simões,“os italianos têm a fama, nós temos o saber”.

Aproveitem estes dias frios para passarempor lá e apreciarem o Paolo´s Café, um caféque sabe a Portugal. L P

Página 136 de fevereiro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Página 146 de fevereiro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

VALHA-NOS...Cont. da pág. 11

“sensual” em relação ao “computador glacial”.Quero também de passagem mencionar

o fator linguístico, mesmo se não implica umainclusão direta. O inglês é o esperanto da lín-gua mundial que hoje se impõe pelo códigonumérico. Numa conferência na UQAM (25/10/2013), o linguista Noam Chomsky, res-pondendo a uma pergunta sobre o desapareci-mento das línguas respondeu assim: “É umaperca de quantidade de informação, e tambémuma tragédia humana, porque estamos a perdera nossa herança cultural”…

Isto mesmo se a “galáxia de Gutenberg”continua a existir remando contra ventos emares; dentro do “cyberspace” de MarshallMcLuhan como o mundo real da pequena al-deia, que nos devia a ajudar a construir EdwardSnowden, que nos alertem e protejam de todosos tabletes do digital que é o ideal da democraciacidadã. A realidade é outra, a realidade salta-nos aos olhos, dado que os cidadãos vivem asruas da amargura espionadas nas suas vidasprivadas. O pensador livre está longe de dizeraquilo que sente na sua canção “Vejam bemque não há só gaivotas em terra quando umhomem se põe a pensar”, como canta o ZecaAfonso.

Ref.: Apologia do livro – Robert Darn-ton. Edição Gallimard 2010/2012. Paris.

Google e o novo mundo, Bruno Racine.Edições-Perrin.Fr.

Jornal “Le Devoir”, Michel Lapier re,2011.

Do Livro sensual ao computador Glacial.Bernard Poulet – O Fim dos jornais e o futu-ro da informação. Edição Gallimard 2009.

No Restaurante SolmarSão Valentim com cantor de luxo!

LUSOPRESSE – Há quem digaque é o Julio Iglesias português! Estamosa referirmo-nos a José Alberto Reis, cantorpopular lusitano que estará em Montrealpara animar com as suas canções a Festade São Valentim do Solmar.

Serão duas noites de festa. A primeirana terça-feira, dia 11 de fevereiro, a outrana sexta-feira, dia 14, dia muito especialpara todos os namorados – diria, para to-dos os apaixonados!

Para os dois dias, os chefes do Solmarestão preparando uma ementa consentâ-nea com a data, que se prevê muito con-corrida. De resto, informam-nos do Sol-mar que as reservas estão a decorrer a bomritmo.

Para reservas ou outras informações,aqui fica o contacto do restaurante Solmar:(514) 861-4562.

FREGUESIAS DO CONCELHO DE LAGOAJoão Ponte apoia desenvolvimento

O Presidente da Câmara Municipalde Lagoa reuniu com a Junta de Freguesia doCabouco, acompanhado do seu executivo ca-marário, a convite do seu presidente César Pa-checo.

Para João Ponte, tratou-se de uma reuniãoimportante, que ocorreu ainda no início demandato, o que permite perspetivar o trabalhoa desenvolver nos próximos 4 anos, consoanteas necessidades da população da freguesia doCabouco e tendo em conta os compromissoseleitorais.

Durante a reunião, o autarca lagoense ma-nifestou que é pretensão da autarquia continuara apostar no desenvolvimento das freguesiasdo concelho, sabendo “a priori” que este será“um ano atípico em termos de investimento”,uma vez que agora terminou o quadro comu-nitário de apoio, existindo ainda alguma inde-cisão relativamente ao novo quadro, no querespeita ao início do mesmo e à natureza dosinvestimentos que serão comparticipados.

O presidente da Câmara Municipal de La-goa tomou conhecimento da carta de inten-ções do executivo da Junta para a freguesia doCabouco, para os próximos 4 anos, onde sãoexpostas algumas intervenções necessáriasonde se destacam as acessibilidades.

O presidente da Junta de Freguesia doCabouco teve ainda a oportunidade de apresen-tar o seu plano de atividades para o presente

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João Ponte em reunião na Junta de Freguesia do Cabouco, com o seu presidenteCésar Pacheco. À sua direita a vice-presidente da Câmara, Cristina Calisto.

ano e manifestou a sua satisfação por recebero executivo camarário na sede da Junta de Fre-guesia, mostrando-se bastante agradado peladisponibilidade da autarquia em continuar aapoiar a Junta do Cabouco.

Após a reunião, o presidente da Câmarateve a oportunidade de visitar vários locais dafreguesia e verificar “in loco” algumas das inter-venções necessárias.

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Centro de Ajuda à FamíliaEncontro da Amizade

Sexta-feira, dia 14 de fevereiro de2014, o Centro de Ajuda à Família (CAF)vai organizar um encontro da amizadepara todos!

Teremos um filme sobre a importân-cia da amizade e do amor nas nossas vidas,jogos e um sorteio com um prémio sur-presa!

Inscrições até dia 7 de fevereiro:[email protected]: 2414 Avenue Mont Royal Est

(Entre Chapleau e Franchère).Hora: às 14h.

Jean Rousselle, deputado liberal de Vi-mont.

Deputado de Vimont…

Com responsabilidades acrescidasO Partido Liberal do Quebeque e o

seu chefe Pilippe Couillard acabam de anunciara nomeação de Jean Rousselle, deputado deVimont, como porta-voz da Oposição oficialem matéria de Desporto e lazer. Jean Rousselleconserva ao mesmo tempo a responsabilidadeque já era sua no campo da habitação, que lhefora atribuída em Setembro de 2012.

Com estas responsabilidades, o deputadode Vimont terá o mandato de explorar o talen-to e visão do Partido Liberal com objetivo deapoiar as empresas e organismos que traba-

lham nestes domínios, isto é, no desporto ena habitação.

Jean Rousselle, segundo a missiva recebidana nossa redação, tem vários anos de experi-ência como voluntário no mundo desportivo.Ele foi treinador de hóquei no gelo para a As-sociação Desportiva de Monteuil de Laval, as-sim como treinador de basebol para a Associa-ção Vimont-Auteuil. A sua implicação sociale o seu engajamento comunitário valem-lhe46 anos de bons serviços. A tudo isto, junta-se-lhe uma rica experiência profissional a títulode chefe de equipa pelos países doadores e res-ponsável do Comité de Acolho e de Partidapara a Organização das Nações Unidas, Haiti2005/2006. Além disso, Jean Rousselle é reci-piendário da Medalha do Jubileu de Diamanteda Rainha Elizabeth II, atribuída em 2012 pelasua importante implicação social.

Responsabilizando Jean Rousselle, o Par-tido Liberal do Quebeque aproveitará, quandose aproximam os próximos Jogos Olímpicosde Inverno 2014 em Sotchi, de um elementoprecioso que promoverá os atletas quebequen-ses através do mundo. O deputado de Vimontpassou a ser, graças à sua ética de trabalho, asua atitude face à adversidade, a sua simplicidadee notoriedade um modelo importante no seioda sua equipa.

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Vítor CarvalhoADVOGADOEscritórioTelef. e Fax. 244403805

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DESPORTOIMPACTO CONTINUA PREPARAÇÃO

• Por Norberto AGUIAR

À parte John Tavares, o outro lusodescendente da equipa de hóquei no gelo do Ca-nadá que toma parte nos Jogos Olímpicos é Drew Dougthy.

O Impacto de Montreal continua asua preparação com vista à época que se avizi-nha. Os treinos têm decorrido a bom ritmono ginásio/terreno do colégio Marie-Victorin,sob o comando do novo treinador americano,Frank Koplas.

Com apenas quatro novos recrutas, semfalar nos atletas oriundos da Academia que sejuntaram ao grupo, o Impacto espera poderanalisar o seu plantel nesta fase preparatóriade maneira a decidir, mais adiante no tempo,se precisa de mais jogadores; e que tipo de jo-gadores.

Eric Miller, George Malki, Pete Caringi eJordan Ongaro, este canadiano de Edmonton,são os jogadores recrutados nas fases da esco-lha anual entre todas as equipas, realizadas ameados de janeiro passado. São jovens, mastêm talento para lutar por um lugar ao sol, istose a equipa técnica montrealense quiser dar tem-po ao tempo. Ao invés, se não houver paciên-cia, pode ser que o destino deles possa ser al-gures.

Sem Nesta, jogador que dava prestígio aogrupo e que imponha responsabilidade, e semArnaud, seu ex-capitão, o Impacto terá de re-forçar fileiras para que em novembro próximopossa estar disputando a fase eliminatória, denovo o grande objetivo do clube para 2014.Vale que Nelson Rivas, que em duas tempora-das jogou pouco mais que meia dúzia de parti-das, está de regresso... E diz-se que poderá recu-perar a forma que fez dele um dos melhoresjogadores do Inter Milão!

Quando a nossa próxima edição estiverde volta, o Impacto estará na Florida, na se-gunda fase da sua preparação, onde por acasoparticipará no torneio de Orlando, com váriasequipas. Trata-se do mesmo torneio que venceuem 2013.

Estados Unidos vencemA Seleção dos Estados Unidos jogou a

semana passada contra a Seleção da Coreia doSul, formação também apurada para o Campe-onato do Mundo de Futebol Brasil 2014. Ojogo teve lugar em Los Angeles e o resultadofoi uma vitória americana por 2-0. Pode dizer-se que a vitória dos ianques foi justa e sem ape-lo, mesmo se os Estados Unidos apresentaramum leque de jogadores só proveniente da MajorLeague Soccer. A exceção foi Diskerud, quepor alinhar no Campeonato da Noruega, inter-rompido devido ao inverno rigoroso naquelepaís, pôde alinhar pela sua seleção.

A razão da não participação de jogadoresamericanos a disputarem campeonatos na Eu-ropa teve a ver com o facto de esta não seruma data FIFA, que antes do Mundial do Brasilsó vai acontecer duas vezes, a primeira já nodia 5 de março.

Com os 23 jogadores da MLS neste jogoe os mais de uma dúzia que podem ser recruta-dos na Europa, os Estados Unidos que, não

se esqueçam, estão no grupo de Portugal, po-dem e devem fazer uma equipa poderosa, capazde dar boa luta no Mundial.

FPF festeja 100 anosA Federação Portuguesa de Futebol festeja

100 anos no dia 31 de março. E vai daí, decidiuconvidar o presidente da República, AníbalCavaco Silva, para presidir ao evento. Foi Fer-nando Gomes, presidente do organismo quedirige o futebol em Portugal, que em nome dasua direção, convidou o mais alto dignitário danação para aquele efeito.

Mas Fernando Gomes não se ficou poraí. Também convidou Cavaco Silva para estarpresente na final da Taça de Portugal, no Jamor,a 18 de maio, e na final da Liga dos Campeões,no Estádio da Luz, no dia 24 de maio.

Não satisfeito, Fernando Gomes aindaabordou o presidente da República para a pos-sibilidade dele estar presente num dos jogosda Seleção Nacional no Campeonato do Mun-do do Brasil.

Jogos OlímpicosOs Jogos Olímpicos de Inverno começa-

ram hoje em Sotchi, na Rússia. Na delegaçãodo Canadá, país que acolhe uma comunidadeportuguesa avaliada em 600 mil pessoas, estãodois luso-descendentes, os jogadores de hó-quei no gelo John Tavares, do Islanders deNova Iorque, e Drew Dougty, dos Kings deLos Angeles.

Depois da participação de Meaghan Ben-feito nos Jogos Olímpicos de Verão de Lon-dres 2012, são agora mais dois dos «nossos» aestarem na Rússia para representar o Canadá eque, tal como Meaghan Benfeito, com bastaspossibilidades de regressarem ao país que osviu nascer de medalha ao pescoço.

Ambos são oriundos da província do On-tário.

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L P

A Seleção dos Estados Unidos,contra a Coreia, fez um bom jogo e o seu capitão,Landon Donavan, teve papel preponderante ao preparar os dois golos de Wondo.

Página 166 de fevereiro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Apresentadores: Carlos do Rio e Ludmila Aguiar

1446, rue Peel – Montréal Telefone: 514.848-0988Fax: [email protected]

Patrocínio do Restaurante

Onde prima a alta qualidade gastronómica!

Carlos do Rio e Ludmila Aguiar quando

se preparam para entrevistar Norberto Aguiar,

produtor executivo da LusaQ Tv.

Carlos de Jesus, comentador da LusaQ Tv, quando

se prepara para intervir na companhia dos dois

apresentadores, Carlos do Rio e Ludmila Aguiar

Horários de difusão: segunda-feira das 22h00 às 23h00 e sábados das 11h00 ao meio-dia.

Telenovela (Bem-vindos a Beirais): de segunda a sexta-feira, das 17h00 às 18h00. Repetição: de segunda a sexta-feira, das 06h00 às 07h00 e das 12h00 às 13h00.

Informação : 450.628-0125 - 514.835-7199 - [email protected]

Início: Segunda-feira, dia 16 de dezembro, pela primeira vez em vossas casas, com ICI International (no ar a partir do dia 11 de Dezembro)

Canal 47 (sinal aberto)Canal 16 ou 616 em alta definiçãoCanal 216 Fibe ou 1216 em alta definição

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LE JOURNAL DE LA LUSOPHONIE

Éditeur et rédacteur en chef : Norberto AguiarDirecteur : Carlos de Jesus