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Vol. XIX • N° 328 • Montreal, 07 de maio de 2015 Cont. na pág 14 Foto Nuno Cansado/LusoPresse. Editorial O elefante invisível Por Carlos DE JESUS C ostuma-se dizer que não há pi- or cego do que aquele que não quer ver. Is- to aplica-se perfeitamente ao Parti Québé- cois (PQ) que vai de olhos fechados eleger para o dirigir aquele que ficará na história como o coveiro do partido de René Léves- que. Pierre Karl Péladeau, PKP tout court, não tem nada do que se espera dum líder. Sobretudo dum líder dum partido que aspi- ra a fazer do Quebeque um país indepen- dente. Dum líder de quem se espera altruís- mo, abnegação, força de caráter, constân- cia nas ideias, gestão responsável, transpa- rência, empatia e lealdade para com os ad- versários. PKP nasceu com uma colher de prata na boca, como dizem os franceses. Foi o pai dele quem criou a Québecor. Ele rece- beu a empresa em herança. Em jovem, era até comunista. Depois, quando se viu à frente da empresa familiar, virou capitalista. E dos mais assanhados. Capitalista e fede- Frango inteiro 10 99 com este cupão 4495 St-Laurent, Montréal 514.313.1080 MONTRÉAL affilié 8710 Pascal Gagnon, St-Leonard, Qc H1P 1Y8 www.eco-depot.ca 3204, rua Jarry Este 729-9494 www.ocantinho.ca RESTAURANTE Grelhados à portuguesa sobre carvão Grelhados à portuguesa sobre carvão Os nossos endereços 222, boul. des Laurentides, Laval 8989, rue Hochelaga, Montréal 8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal 6520, rue Saint-Denis, Montréal 10526, boul. Saint-Laurent, Montréal 6825, rue Sherbrooke est, Montréal 7388, boul. Viau, Saint-Léonard 10300, boul. Pie-IX - Esquina Fleury António Rodrigues Conselheiro Natália Sousa Conselheira CIMETIÈRE DE LAVAL 5505, Chemin Du Bas Saint-Francois, Laval Transporte gratuito –––––––– Visite o nosso Mausoléu SÃO MIGUEL ARCANJO Uma família ao serviço de todas as famílias Nós vos apoiamos com uma gama completa de produtos e serviços funerários que respeitam as vossas crenças e tradições. 514 727-2847 www.magnuspoirier.com Montréal - Laval - Rive-Nord - Rive-Sud 8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 10 PM 37 37 376-2652

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Vol. XIX • N° 328 • Montreal, 07 de maio de 2015

Cont. na pág 14

Foto

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ress

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Editorial

O elefante invisível• Por Carlos DE JESUS

Costuma-se dizer que não há pi-or cego do que aquele que não quer ver. Is-to aplica-se perfeitamente ao Parti Québé-cois (PQ) que vai de olhos fechados elegerpara o dirigir aquele que ficará na históriacomo o coveiro do partido de René Léves-que.

Pierre Karl Péladeau, PKP tout court,não tem nada do que se espera dum líder.Sobretudo dum líder dum partido que aspi-ra a fazer do Quebeque um país indepen-dente. Dum líder de quem se espera altruís-mo, abnegação, força de caráter, constân-cia nas ideias, gestão responsável, transpa-rência, empatia e lealdade para com os ad-versários.

PKP nasceu com uma colher de pratana boca, como dizem os franceses. Foi opai dele quem criou a Québecor. Ele rece-beu a empresa em herança. Em jovem, eraaté comunista. Depois, quando se viu àfrente da empresa familiar, virou capitalista.E dos mais assanhados. Capitalista e fede-

Frango inteiro

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www.os50anos.com A nossa gente de 1963-2013

75 Napoléon | Montréal [email protected] | 514 282-9976

Silva, Langelier & Pereira s e g u r o s g e r a i s

FICHE TÉCHNIQUE

LusoPresseLe journal de la Lusophonie

SIÈGE SOCIAL6475, rue Salois - AuteuilLaval, H7H 1G7 - Québec, CanadaTéls.: (450) 628-0125 (450) 622-0134 (514) 835-7199Courriel: [email protected] Web: www.lusopresse.com

Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:

• Carlos de Jesus• Norberto Aguiar• Osvaldo Cabral• Filipa Cardoso• Jules Nadeau• Nuno Cansado• Adelaide Vilela

Revisora de textos: Vitória FariaSocieté canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

LusaQ TVProdutor Executivo:• Norberto AguiarContatos: 514.835-7199

450.628-0125

Programação:• Segunda-feira: 21h00• Sábado: 11h00Telenovela: segunda, quarta esexta, 06h00, 12h00 e 17h00..(Ver informações nas páginas 7 e 12)

Bilhete de Lisboa

Um lagar e uma adega• Por Filipa CARDOSO

Estive recentemente no Baixo Alentejo com aintenção de fazer uma visita ao Lagar do Azeite Oliveirada Serra, em Ferreira do Alentejo.

Este lagar pertence à empresa Sovena que detémcerca de 10 mil hectares de olival distribuídos por maisde 57 quintas e herdades. Calcula-se que são mais de 10milhões de oliveiras.

As oliveiras são árvores resistentes, que gostamde água por baixo e calor por cima, e que se adaptampraticamente a qualquer solo.

Depois de colhidas, as azeitonas são transportadaspara a zona da receção do lagar onde são descarregadas.Aí são pesadas e lavadas e seguem para a fase da moendaonde são reduzidas a pasta sendo esta, de seguida, co-locada nas batedeiras que favorecem a separação daspartículas do azeite. Esta pasta é depois centrifugadapara retirar o caroço e o bagaço.

Depois de limpo, o azeite é posto em depósitos ondefica 24 horas. A partir daqui fica pronto para entrar na zo-na de armazenamento, constituída por 48 cilindros gigan-tes com capacidade para 80 mil litros cada um. Por fim, se-gue em camiões cisterna para a fábrica de embalamentono Barreiro onde é engarrafado e rotulado.

Todo este trabalho é realizado no magnífico edifí-cio que tem a assinatura do arquiteto Ricardo BackGordon. É um espaço equipado com o expoente máxi-mo da tecnologia.

A visita termina com uma prova de azeites. A degus-tação inclui Oliveira da Serra Gourmet, Lagar do Mar-melo, 1ª Colheita 2014-15 e Oliveira da Serra Ouro.

Gostei. Valeu a pena a visita, pelo que recomendoo sítio www.oliveiradaserra.pt/o-nosso-mundo/visita-ao-lagar.aspx.

Depois, parti das terras do azeite para as terras dovinho.

Fui visitar a Herdade do Rocim que se situa a poucosquilómetros de Ferreira do Alentejo, entre Cuba e Vidi-gueira.

Esta herdade adquirida em 2000 pela Terralis – em-presa destinada a equipamentos agrícolas e à produçãode vinho – com 60 hectares de vinha e adega própria,onde se cruza o saber e a paixão de várias gerações, temdesde 2002 Catarina Vieira a assegurar a sua atividade eo desenvolvimento do projeto que, ao que me foi dito,resulta de um manifesto desejo, e de um sonho...

Durante mais de seis anos foi desenvolvido umtrabalho de re-estruturação e qualificação da vinha.

A adega surge mais tarde, em 2007, pela mão doarquiteto Carlos Vitorino.

Esta adega terá sido construída a pensar no futuro.Aqui se encontra um conjunto de espaços com valên-cias diferenciadas e distintas, auditório, wine bar, espla-nadas e loja.

Na Herdade do Rocim a vindima é efetuada pormeios tradicionais, onde a mão humana tem o papelprincipal.

Com o saber do enólogo António Ventura a Her-dade do Rocim produz os vinhos “Grande Rocim”,“Olho de Mocho” (reserva e rosé) e “Rocim”.

Curioso o pormenor de nas paredes da adega teremsido projetadas frases atribuídas a Fernando Pessoa,como:

“Deus quer, o Homem sonha, a Obra nasce”“Dá-me mais vinho porque a vida é nada”“Boa é a vida, mas melhor é o vinho”...Atendendo à muita informação que sobre a

Empresa existe e que me parece de interesse partilhardeixo, para uma olhadela à distância, o sítiowww.herdadedorocim.com.

As condecorações banais• Por Osvaldo CABRAL

Mais um ano de condecorações e mais uma polémica com o chumbode personalidades propostas.

As comemorações do Dia dos Açores já se tinham tornado numa coisabanal, porque recheada de discursos políticos, numa romaria de funcionáriospúblicos e de partidos, sem qualquer adesão popular, mesmo aproveitando-sedos festejos do Espírito Santo.

Agora temos mais uma banalidade política a acrescentar ao foguetório: ascondecorações a eito cozinhadas nos gabinetes da Assembleia Regional.

A este ritmo, daqui a poucos anos não haverá população suficiente paraser condecorada.

Em vez de uma lista restrita e de elite de condecorados, as insígnias autonó-mica tornaram-se num compromisso partidário em que todos aceitam um fal-so consenso em nome de uma extensa lista de pessoas que contenta cada umadas áreas políticas de influência.

Por este mundo fora, as condecorações são uma manifestação de rigor eseriedade e escolhidas por comissões próprias, constituídas por pessoas idó-neas e de reconhecido mérito na sociedade, por sua vez escolhidas, geralmente,pelos magistrados da nação, como acontece no nosso país.

A nossa Região deve ser das poucas do mundo onde os partidos políticosé que apresentam listas de condecorados.

Provavelmente um pouco semelhante à Coreia do Norte...Sem desprimor para os condecorados, os “penduricalhos”, como dizia o

saudoso Jorge Nascimento Cabral, tornaram-se numa banalidade regional aque já ninguém dá importância.

É como ir à mercearia e comprarmos couves ao preço da uva mijona.

•••COFRES CHEIOS – Há no discurso do governo de Passos Coelho um

paradoxo desconcertante e sintomático.Por um lado quer dar a imagem de que o país já recuperou da crise, de que

saímos do fundo do poço e que terminou o ciclo da austeridade, mas logo a se-guir anuncia medidas de mais restrições, novos cortes e até já assume que serápreciso cortar mais 600 milhões de euros na Segurança Social, comprometendoo futuro de muitos reformados.

Não se percebe este discurso, ufano e arrogante, de um governo que pro-clama os “cofres cheios”, para logo a seguir ficar desvendado que, afinal, trata-se de um governo pobretanas, que continua a gastar à tripa forra e não tem asabedoria suficiente para reduzir despesas ou aplicar reformas profundas namáquina do Estado, em vez de aplicar cortes e prolongar a agonia dos cidadãos.

Os cortes nos salários, que eram para ser repostos no final da intervençãoda troika, afinal só terão a reposição concluída em 2020!

Nas pensões, vem agora propor a eliminação em dois anos da contribuiçãoextraordinária da solidariedade, mas logo a seguir aponta para mais cortes, des-ta vez no valor de 600 milhões de euros.

No plano fiscal, ao contrário do prometido, também só em 2020 é que oscontribuintes deixarão de pagar a sobretaxa do IRS.

Em resumo: este governo falhou nas metas que tinha proposto aos portu-gueses, apesar do discurso cor-de-rosa que os seus titulares pintam a toda ahora.

Em outubro saberemos como é que os eleitores responderão a este fa-lhanço.

Mas se for como vêm mostrando as sondagens, então é porque a oposiçãotem um discurso ainda pior, sem convencer ninguém.

De uma coisa parece haver a certeza: durante muitos anos, com políticosdestes, Portugal não sairá da cepa torta.

•••VERGONHA – A indiferença da comunidade internacional sobre os mi-

lhares de imigrantes que se afogam no Mediterrâneo é uma dor de alma.Já todos sabíamos que os líderes europeus eram de uma mediocridade a to-

dos os títulos incomparável, mas a indiferença com que agem perante o trágicocemitério em que se tornou o Mediterrâneo é simplesmente inqualificável.

Já não bastava o encolher de ombros das instituições internacionais faceaos genocídios e massacres provocados por grupos radicais e fundamentalistas.Agora soma-se a lamúria sobre os naufrágios dos imigrantes e não passa disto.

Como escrevi ainda esta semana, organizações como a ONU, essa institui-ção onde estão todos os países do mundo responsável, tornaram-se num re-canto confortável para diplomatas em fim de carreira, gozando os luxos dasavenidas de Nova Iorque.

Era colocá-los num daqueles barcos de papel e deixá-los à deriva no Mediter-râneo, para sentirem na pele o que é uma tragédia que envergonha a humanidade. L P

Página 37 de maio de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Liberdade de Imprensa

Como é na comunidade?• Por Norberto AGUIAR

A Federação Profissional dos Jornalistas do Quebequelançou aos seus filiados o desafio de falarem na liberdade deImprensa por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Impren-sa, comemorado a 3 de maio de cada ano. Aderimos ao apelo eaqui estamos.

Há liberdade de Imprensa na comunidade?Por princípio, diríamos que sim. Mas, escalpelizando um

pouco mais o dia-a-dia da nossa gente, daquela que faz da comu-nidade o seu poiso principal, chegamos à conclusão que não ébem assim... E eu que o diga, pois já sofri na pele essa falta deliberdade na comunidade quando selvaticamente fui agredido àbofetada por um dirigente associativo, mordido por não aceitara crítica sobre o seu desempenho sócio-comunitário. Felizmenteque esse dirigente já desapareceu da cena comunitária... Por in-competência, provavelmente.

Noutras ocasiões e por diversas vezes fomos insultados.Os energúmenos, na maior parte do tempo, provocavam paraque reagíssemos... Foi altura de engolir alguns sapos vivos. Es-se tempo coincidiu com a abertura do jornalismo à comunidade.Estávamos sós nessa safra, e ao percorrer esse caminho, fácilfoi constatar que não havia, na comunidade, a tradição de repor-tar os acontecimentos associativos e ou clubísticos. Cada entida-de ou personagem estava habituada a fazer, ou a não fazer, ascoisas a seu belo prazer.

Mas, de repente, sem avisar, aparecia alguém a questionaro que se dedilhava nas organizações lusas e isso passou a inco-modar alguns, os tais energúmenos que estão bem melhor lon-ge do grupo que formamos.

Entretanto, o tempo regula muita coisa. E essa do livreacesso aos organismos, entidades e afins comunitários estásubstancialmente melhor, apesar de aqui e ali ainda haver riscosde «recaída»...

Com quase 40 anos de jornalismo comunitário temosobrigação de saber do que falamos. E reparem que essa falta decompreensão, para não dizer outra coisa, pode vir de muitoboa gente; mesmo de gente com influência na comunidade,sem que no entanto cheguemos ao ponto de dizer que são ca-pazes de chegarem a vias de facto...

Estamos em 2015 e agora essa falta de liberdade, se faltahá, tem outros contornos. Tem mais a ver com questões econó-micas, onde a Imprensa, sobretudo a comunitária, nossa e deoutras comunidades, nem sempre se pode imiscuir, por razõesóbvias...

É caso para dizer que, ao nosso nível, sofremos de um malque é generalizado.

L P

Quando é que Portugal vai reconhecer o genocídio arménio?• Por Jules NADEAU

A comunidade arménia do Quebeque e outras coletividadesvítimas de genocídio através do mundo tinham razão de estar orgulhosasda sua imponente marcha de domingo passado nas ruas de Montreal.Uma multidão imensa marchou de forma recolhida e disciplinada paradenunciar todos os genocídios do século XX. A iniciativa partiu dosArménios que comemoram o 100º aniversário das exações sofridas àsmãos dos Turcos antes e depois de 1915.

O presidente da Câmara Municipal de Montreal, Denis Coderre,abria a marcha; podiam-se reconhecer outras personalidades comoGilles Duceppe e Bernard Drainville. Vários chefes religiosos arméniosde batina preta eram perfeitamente visíveis no desfile de vários milharesde pessoas, onde os jovens estavam fortemente representados – várioscom o uniforme de escuteiros. Apesar dum convite recebido do Partido

Liberal no LusoPres-se, e contrariamente ànossa expectativa, ochefe Justin Trudeaunão estava presente.

Nos últimos do-is anos, marchas se-melhantes diante doParlamento de Otavaforam mais ruidosascom slogans gritadosnos megafones e car-tazes muito explíci-tos. Em 2014, váriosTurcos apresentaram-se no mesmo local dacapital nacional parase oporem com gran-des gritos aos Armé-nios que eles acusamde mentir relativa-mente aos aconteci-mentos sangrentosda Anatólia. O quenão impediu os des-cendentes dos márti-res de benfazer passara sua mensagem dian-te da embaixada de Is-tambul. Os negacio-nistas turcos foramvivamente denuncia-dos.

Na Place desSpectacles alguns ora-dores insistiram so-bre o facto que os Ar-ménios não foram osúnicos a sofrer mas-sacres. Um Africanofalou do Ruanda. Namultidão, havia umpequeno grupo deKhmers exibindo abandeira vermelha e a-

zul. Os Khmers Vermelhos mataram um nú-mero de inocentes equivalente ao dos Armé-nios: mais de um milhão e meio. Também foiquestão dos Judeus, dos Ucranianos e do Dar-fur. Contudo, nem uma palavra sobre o genocí-dio cultural dos Tibetanos.

Sublinhemos, enfim, que o Canadá, oQuebeque e a cidade de Montreal reconheceramoficialmente o genocídio arménio. Os agradeci-mentos aos governos tendo feito este gesto

de solidariedade afixavam-se numa grande ban-deirola. Como os Estados Unidos e Israel, Por-tugal ainda não reconheceu oficialmente o ge-nocídio arménio. Para quando esta simplesadmissão dos factos? Milhares de cravos (quefaziam pensar no 25 de abril) foram distribuí-dos aos participantes desta marcha memoráveldo dia 3 de maio de 2015.

O «maire» Denis Coderre, ao centro, abre a marcha em nome da Câmara de Mon-treal, que reconheceu o genocídio arménio. Foto de Jules Nadeau/LusoPresse.

Uma jovem arménia distribue cravos aos manifestantes como se fosse o 25 de abrilportuguês. Foto de Jules Nadeau/LusoPresse.

L P

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Arlindo Vieira...

Nomeado comissário

LUSOPRESSE – O bem conhe-cido advogado da nossa comunidade, Ar-lindo Vieira, foi nomeado na semana pas-sada para fazer parte do Secretariado deConsultas Púbicas da cidade de Montreal– OCPM

Este organismo tem por missão rea-lizar consultas públicas relativas a todosos assuntos de competência municipalrelativamente ao urbanismo e à gestãodo território.

Estas consultas são encomendadaspelo Conselho Municipal ou pelo Conse-lho Executivo. A presidência deste secre-tariado e os comissários são nomeadospor votação dos membros do ConselhoMunicipal.

Os comissários, segundo o alvaráque criou este organismo, não podem serfuncionários, nem vereadores. Devem sercompletamente independentes e teremcompetências reconhecidas em termos deconsultas públicas.

Antigo presidente do Conselho dasRelações Interculturais do governo doQuebeque, e mais tarde juiz administra-tivo da Régie des alcools du Québec, Ar-lindo Vieira é natural da Serra de SantoAntónio, frequentou o seminário diocesa-no de Leiria e formou-se em Direito naUniversidade do Quebeque em Montreal.

Ao novo comissário o LusoPressedeseja os mais sinceros votos de bom su-cesso.

No Paolo’s Café

Café com letras de volta à comunidade• Reportagem de Nuno CANSADO, estagiário

Aberto a todos os montrealenses, detodas as nacionalidades, esta iniciativa teve co-mo objetivo promover a literatura lusófona ea mundialização da língua portuguesa. O even-to criado em Montreal e organizado por NisaRemígio, Ogmar Silva e Richard Simas, com oapoio do Paolo’s Café, já vai na sua 4ª edição.No ano passado foram convidados a participarnum festival de arte pública realizado nos Aço-res, designado por Walk&Talk.

Presentes estavam cerca de uma dúzia depessoas. Acompanhado do seu café e do pastelde nata, estava Luís Saraiva, o mais antigo atorportuguês em Montreal. Não só declamou umpoema sobre a primavera da autoria de Fernan-do Pessoa como também entoou, com o mes-mo entusiasmo, um original sobre os Açores.O poema acabava assim: “Pode-se tirar umapessoa dos Açores mas nunca se tira os Açoresde uma pessoa”…

Numa ambiente acolhedor, um cheiro sua-ve a café e decorado com objetos bem familia-res, ouviram-se poemas recitados em portu-guês, francês e inglês. Algumas pessoas quepassavam na rua, turistas, sentiam curiosidadee espreitavam timidamente pela porta comoquem quisesse também participar.

Curioso, o jornal LusoPresse falou comNisa Remígio para tentar saber mais sobre o“Café com letras”

Como surgiu esta ideia?– Nós éramos um grupo de 4 pessoas, eu

(Nisa Remígio), Richard Simas, Ana PaulaBurg, Jonhy Pereira.

– Conhecíamo-nos uns aos outros e em2012 tivemos a ideia de fazer qualquer coisa nodia de Camões, de Portugal e das Comunidades.Queríamos fazer algo que fosse feito muito àvontade sem grandes organizações e isso fi-zesse com que as pessoas que gostassem de lerliteratura lusófona pudessem compartilhar osseus escritores preferidos e lerem em voz alta.Criamos uma página no Facebook que se cha-ma “Café Lusófono”, o grupo, o evento deno-minamos de “Café com Letras”.

“No ano passado lançamos um livro deescritores de ascendência lusófona em Torontoe fizemos o lançamento aqui em Montreal no“Paolo´s Café”. O livro tem o título de “Me-moria: an anthology of Portuguese Canadianwriters”, e o nosso objetivo é divulgar literaturalusófona em qualquer língua”.

Walk&Talk“Não estávamos à espera de participar

num festival fora de Montreal”.– Jesse James é um dos fundadores desse

festival de arte pública que nasceu na ilha seSão Miguel nos Açores há 4 anos. É luso-des-cendente do lado de Vancouver e agora vivenos Açores. Veio a Montreal a um colóquiode festivais de rua e o Richard estava presente.O Jesse convidou-nos a aparecer com um pro-jeto e o Richard avançou com a poesia na rua.

Como é que os micaelenses receberam ovosso projeto?

– A receção dos micaelenses foi interes-sante porque estavam recetivos à poesia e à

mistura das artes, a formas alternativas de olhara poesia, de ler poesia e de a misturar comoutras artes.

– Aquilo que acabamos por fazer foi umimproviso com bailarinos contemporâneos,com músicos de jazz, com um pintor a fazerum mural ao vivo e, de modo que, para eles foiinteressante ver misturar tudo isso.

Sei que nasceu aqui no Canadá. Viveusempre aqui?

– Os meus pais vieram da Maia, ilha deSão Miguel nos Açores. Eu partilhei a minhavida aqui e nos Açores. Cheguei a viver 10anos em São Miguel.

“O meu pai veio no primeiro barco quepartiu de Ponta Delgada em 1954”.

– Trabalhava na lavoura, por isso paraarranjar trabalho tinha que viver sempre forade Montreal. Passados 11 anos de aqui chegarcasou com a minha mãe, e eu nasci aqui. Todaa minha adolescência vivi-a nos Açores e todosos anos quando posso vou lá.

Outros projetos em que está envolvida?– Por ter vivido estas duas realidades e

L P

por ter feito parte dessa 1ª vaga de imigração,fiz um trabalho sobre as primeiras mulheresaçorianas que chegaram aqui ao Canadá. Façotambém pesquisa sobre as suas histórias devida. Tenho uma exposição permanente nomuseu da imigração de Ribeira Grande e outranos arquivos da Maia. Tenho feitoconferências e “Story Telling”. O próximoprojeto é reunir todo o material uma tese dedoutoramento na Universidade Concordia aquiem Montreal.

L P

Richard Simas e Nisa Remígio, da orga-nização do «Café com Letras», tambémleram poesia, aqui em dueto.

Manuel Carvalho, escritor comunitário,também foi citado no recital. Fotos deNuno Cansado/LusoPresse.

Página 57 de maio de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Karine Soares e Nancy LalibertéDuas estrelasem saúde e segurança no trabalho

• Por Adelaide VILELA

Caros leitores, no dizer do mundo, hoje, o que quer que sejanão é difícil, mas criticar os sistemas governamentais e as suas burocra-cias é um grande desafio. Então para quem conhece as leis, como é o ca-so das nossas estrelinhas de hoje, Karine e Nancy, ficarão com a sensaçãode que muitas coisas não foram ditas, apesar do turbilhão de ideias parapartilhar.

E cada uma destas joias decidiu trabalhar, por conta e risco, durantemais de 12 meses num projeto de prevenção e apoio para levar ajudaaos trabalhadores acidentados da região dos Appalaches. O objetivofoi escrever um livro, tendo a advogada Nancy Laliberté metido mãos àobra para reconhecer todas as leis e pô-las em funcionamento para finsde publicação. Por sua vez Karine Soares, pioneira na escrita (filha depeixe sabe nadar), como professora de história, fez toda a pesquisa ne-cessária e juntou os documentos, como mais-valia, para que o livrofosse um guia de planeamento perfeito para o trabalhador. O livro foiintitulado JEUNE TRAVAILLEUR POLYVALENT, prefaciado peloadvogado Marc Bellemare.

Não gostaríamos muito de falar do livro em si, o melhor seria quecada um de vós adquirisse um exemplar. Um guia destes é um bem e umvalor pois ensina como tratar vários assuntos, tais como: as doençasrelacionadas com a profissão, problemas sobre os acidentes de trabalho,lesões crónicas, etc. As leis existentes são consideradas no guia e o tra-balhador pode consultá-las, assim como aprender a tratar de muitosoutros assuntos, exemplo: questões jurídicas. Para que a missão tivesseuma abordagem de força e de paz, e em colaboração plena com as escri-toras, estiveram as CSST e a CATTARA que apreciaram o guia conside-rando-o útil.

O que é a CATTARA: é uma Comissão que foi fundada em 1983,para apoiar os trabalhadores acidentados da região de Chaudière-Ap-palaches. É um organismo que funciona benevolamente.

Quanto ao “Guide du Jeune Polyalent” foi pensado e escritopela nossa luso-canadiana Karine Soares, filha do poeta Laureano Soares,em colaboração com a colega advogada, para informar o trabalhadordo Quebeque de todos os seus direitos em matéria de saúde e segurançano trabalho e doenças profissionais.

Com os olhos a piscarem de cansados fiz uma passagem peloGOOGLE e vejam bem o que encontrei por lá, e com esta citação vouconcluir:

«Nancy Laliberté, directrice du CATTARA et Karine Soares, agentede prévention et de développement, ont travaillé un an sur ce projet deguide. Il est agrémenté de multiples exemples, graphiques, illustrationset a été tiré à 900 exemplaires. Tous les jeunes qui suivront la formationen santé et sécurité en recevront un exemplaire gratuit».

Quantos jovens das comunidades portuguesas terão direito a umexemplar do livro da nossa bela Karine? Mandem-me um sinal. Ficareisatisfeita.

Até breve leitores, vou segura, vou com Deus para terras de Por-tugal. L P

L P

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Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP

8 de maio de 2015, das 18 às 20 horas

Universidade de Montreal: Carrefour des arts et des sciences, sala C-3061

3150, rue Jean-Brillant, Montréal

Exposição Bilingue Português/Francês Potencial Económico da Língua Portuguesa / Potentiel économique de la langue portugaise

Comunicações, Alocuções e Concurso Linguístico

Página 67 de maio de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

ConviteFado de CoimbraCONCERTO GRATUITOSábado 9 de maio às 20hIgreja São João Batista309, Rachel Este – Montreal

MONTREAL – No próximodia 9 de maio, às 20h, será apresentado pe-la LUSOBEC um concerto gratuito de Fa-do, versão dos estudantes da Universidadede Coimbra, na Igreja São João Batista.

O fado, género musical português quetem a forma de um cântico melancólico,foi elevado a património cultural e imaterialda humanidade pela UNESCO em 2011.

Os maiores mestres da guitarra portu-guesa e os fadistas farão irradiar esta músicatípica do património cultural de Portugal:o Fado de Coimbra. Catthy Pimentel, Fili-pe Batista, Mário Giroux, Rui Pato, IngridHollrebach, Paulo Alexandre e Octávio Sér-gio irão partilhar o palco da Igreja São JoãoBatista.

Este evento não é somente realizadoem homenagem à música portuguesa. Temtambém o objetivo de divulgar os talentosquebequenses que interpretam, de maneiragrandiosa, o Fado de Coimbra.

Com mais de 2 000 lugares, a IgrejaSão João Batista possui uma arquitetura, eacima de tudo uma acústica, excecional. Emdezembro passado, o Cirque du Soleil esco-lheu-a para apresentação de um concertomusical celebrando o seu trigésimo aniver-sário.

Journal de Montréal diz que...

Os Açores são um arquipélago Gourmet…

LUSOPRESSE - O Journal de Mon-tréal publicou no passado dia 11 de abril umartigo a falar do arquipélago dos Açores.

O jornal refere-se ao nosso arquipélagocomo «Gourmet», e que foi ali que o piloto ca-nadiano Robert Piché aterrou de emergência,mas em segurança, com mais de 300 passagei-ros a bordo…

É com o título “UN ARCHIPEL GOUR-MAND” que os Açores vêm referidos no diá-rio Journal de Montréal. É dito que, na ilha deSão Miguel a oferta do alojamento é diversifi-cada e os preços são de amigo. Por cerca de 20dólares almoça-se na maioria dos locais e porum pouco mais é possível jantar à vontade.Como exemplo, falam na cerveja local que évendida por cerca de um dólar. – Oui, c’estvrai!

Os Açores, em pleno Oceano AtlânticoNorte estão apenas a quatro horas de Mon-treal.

Embora a ilha principal não seja muitogrande, uma área de aproximadamente 748km², é surpreendente a variedade de paisagensque por lá se encontra. É também uma ilhaagrícola: produz cereais, vários tipos de frutos,alguns tropicais e orgânicos como o ananás;o chá (único local da Europa onde se cultivadesde a sua introdução nos Açores, por voltade 1750), o milho doce, explorações pecuáriase, com certeza, a pesca. Ou seja, tudo o que épreciso para os amantes de culinária se senti-rem felizes.

Festival de GastronomiaA Escola de formação Turística e Hoteleira

dos Açores é referenciada como de alto nível.Muitos chefes vindos de várias partes do mun-do dão formação nesta unidade regularmente.

Durante a sua estadia nos Açores, ThierryDaraize assistiu ao Festival 10 Fest Açores –10 dias, durante os quais dez chefes com expe-riência internacional justificaram a sua presen-ça. Todas as noites durante o festival, um chefefoi convidado a colaborar com alunos e pro-fessores da escola de Ponta Delgada, sendo oobjetivo servir um menu exclusivamente comprodutos açorianos locais. Neste evento gas-tronómico considerado «Gourmet», a gastro-nomia portuguesa fez-se representar pela con-vidada de honra Helena Loureiro, chefe, emi-grante e proprietária de dois dos melhores res-taurantes na cidade de Montreal, o Portus Callee o Helena, e da mercearia fina Cantinho deLisboa.

NaturezaOs Açores oferecem um espetáculo a cada

momento. Os amantes da natureza irão desfru-tar das paisagens, dos parques e outras ativida-des ao ar livre: magníficos trilhos para cami-nhadas, golfe, surf, mergulho, geoturismo, au-las de culinária, degustação de vinhos, pesca…Pode-se também ir velejar.

É uma ilha turística, calma, com tempera-tura sempre agradável: perfeito para relaxar edeixar-se envolver pela natureza.

Desde sempre que os Açores serviram deescala às grandes expedições históricas de via-jantes ingleses, espanhóis e holandeses que seaventuravam nas chamadas rotas do algodão e

das especiarias.Perto de algumas localidades, geysers per-

mitem que os locais e mesmo os donos de res-taurantes cozinhem alimentos em grandes pa-nelas num buraco feito no solo, uma especia-lidade local mágica recomendada por ThierryDaraize.

Uma prova que há semelhanças com acozinha das Antilhas é a morcela. Pode-se tam-bém degustar o milho cozido na caldeira. “Umpiscar de olho ao nosso milho doce no for-no”…

Definitivamente, o arquipélago dos Aço-res é o destino ideal para os amantes do «gour-met» com vontade de «dépaysement» (algo quesó sentimos quando estamos fora da nossopaís).

L P

L P

Página 77 de maio de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

O novo programa de televisão em português!OOOOOOOOOOOOOOO nnnnnnnnnnooooooovvvvvvoooooooo pppppppppppprrrrrrrrroooooooogggggggggrrrrrrrrraaaaaaaaaammmmmmmaaaaaaa ddddddddddddddeeeeeeee tttttttttttteeeeeeeeeellllllllllllleeeeeeeeevvvvvvviiiiiiiiiiissssssssssãããããããããããããooooooooo eeeeeeeemmmmm ppppppppooooooorrrrrrrttttttttuuuuugggggggguuuuuuu

LE JOURNAL DE LA LUSOPHONIE

Éditeur et rédacteur en chef : Norberto AguiarDirecteur : Carlos de Jesus

Hora Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado Domingo6:00 Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Bloque Latino Le Grand Magh Arabe6:307:00 Metropoli Sportivi 360 Metropoli Sportivi 360 Metropoli Mandarin Russian7:30 Cantonese Flavors8:00 Il est ecrit Russian Mandarin German Le Grand Magh Arabe Il est ecrit Punjabi8:30 Flavors ESCU TV Cantonese Il est ecrit Hay Horizon Il est ecrit9:00 Punjabi German Bossbens Show Bloque Latino Russian German Bossbens Show9:30 Mabuhay Hay Horizon ESCU TV Flavors

10:00 Bossbens Show Flavors ESCU TV Russian Mandarin Veggie ESCU TV10:30 Le Grand Magh Arabe Hay Horizon Mabuhay Cantonese Âme D’Afrique RBTL11:00 Âme D’Afrique Punjabi ESCU TV Bloque Latino Lusaq TV Flavors11:30 Veggie RBTL Flavors Hay Horizon Mabuhay12:00 Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Bossbens Show Hay Horizon12:30 Âme D’Afrique13:00 Bloque Latino Mabuhay German Mandarin Hay Horizon Punjabi German13:30 Punjabi Âme D’Afrique Cantonese German Mabuhay Veggie14:00 German Bossbens Show Mabuhay Le Grand Magh Arabe Punjabi ESCU TV Bloque Latino14:30 Hay Horizon Veggie Flavors Russian15:00 Russian Âme D’Afrique Bloque Latino Punjabi Âme D’Afrique German Mandarin15:30 ESCU TV Veggie Flavors RBTL Flavors Cantonese16:00 Metropoli Sportivi 360 Metropoli Sportivi 360 Metropoli Hay Horizon Bossbens Show16:30 Âme D’Afrique17:00 Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Mandarin Lusaq TV17:30 Cantonese18:00 Mandarin German Le Grand Magh Arabe ESCU TV Bossbens Show Lusaq TV Mabuhay18:30 Cantonese ESCU TV RBTL Le Grand Magh Arabe19:00 Le Grand Magh Arabe Russian ESCU TV Bossbens Show Mabuhay Bloque Latino19:30 Flavors Hay Horizon Veggie Âme D’Afrique20:00 Metropoli Sportivi 360 Metropoli Sportivi 360 Metropoli Mabuhay Punjabi20:30 ESCU TV Hay Horizon21:00 Lusaq TV Mandarin Russian Hay Horizon Punjabi Le Grand Magh Arabe Russian21:30 Cantonese Mabuhay Âme D’Afrique ESCU TV RBTL22:00 Punjabi Bloque Latino Bossbens Show Mabuhay Russian Bossbens Show Bloque Latino22:30 Mabuhay German Hay Horizon23:00 Metropoli Sportivi 360 Metropoli Sportivi 360 Metropoli RBTL German23:30 Russian ESCU TV0:00 Bloque Latino Le Grand Magh Arabe RBTL Veggie Mandarin Bossbens Show Bossbens Show0:30 Punjabi Veggie Cantonese1:00 Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Punjabi Lusaq TV1:30 Mabuhay2:00 German Bossbens Show Mabuhay Bloque Latino Hay Horizon ESCU TV Mabuhay2:30 Hay Horizon Veggie German Russian Le Grand Magh Arabe3:00 Russian Âme D’Afrique Bloque Latino Russian Punjabi German3:30 ESCU TV Veggie Mabuhay Flavors Flavors Bossbens Show4:00 Metropoli Sportivi 360 Metropoli Sportivi 360 Sportivi 360 Hay Horizon4:30 Âme D’Afrique Punjabi5:00 Mandarin ESCU TV German Bossbens LeGrand Mandarin Hay Horizon5:30 Cantonese Russian Âme D’Afrique Show Magh Arabe Cantonese Russian

uuuuuuêêêêêêêêêêêssssss!!!!

chef : Norberto Aguiarsussus

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NOVO PROGRAMA SEMANAL

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8042, St-Michel514-376-2652

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GRILLADES PORTUGAISES

Página 87 de maio de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Portugal

Um país barato• Por Nuno CANSADO

O Journal de Montréalpublicou no passado dia 18 de abrilum artigo na secção «Weekend Va-cances» a falar sobre Portugal.

O jornal refere Lisboa comouma cidade que não é cara em compa-ração com outras cidades europeias,alemãs, francesas e inglesas. Atéquestionam se, visto ser tão acessível,a base de subsistência não será a agri-cultura e a pesca…

Falam do nosso longo relacio-namento como aliados dos ingleses,explicando assim quem mais nos vi-sita. Durante a 2ª Grande Guerra,em que Portugal se manteve comopaís neutro, serviu de refúgio a mui-tos espiões estrangeiros, entre elespró-nazis e alguns dos seus simpati-zantes. Com a paz de volta à Europaos espiões partiram, mas o bom vi-nho rosé e a boa comida vinda domar fizeram com que os estrangeirospermanecessem por terras lusitanas.

Foi no Museu dos Coches, on-de talvez a ideia da nossa atual subsis-tência se começou a desvanecer, queo canadiano Gilles Proulx, animadorde rádio e televisão, se tornou numfervoroso admirador de Napoleão.Resumindo, foi em Lisboa que inici-ou a sua peregrinação napoleónicacom paragens na Córsega, no Egito,Austerlitz, Moscovo, Elba e, no fimdo mundo, a ilha de Santa Helena –que também foi descoberta e ocu-pada originalmente por navegadoresportugueses.

Depois de folhear um jornal lo-cal, ritual que faz parte das suas via-gens, refere-se à nossa Língua comosendo semelhante ao Francês, espe-cialmente na escrita, que se decifra,muitas vezes, espontaneamente.

Fora da capital, no Algarve, en-contram-se picos rochosos queemergem do mar e as suas praias deareia clara convidam quem apreciarelaxar. E mais ao sul, existem ferriescom partida e regresso a Tânger,Marrocos… “Onde os preços sãoainda mais acessíveis!” L P

Página 97 de maio de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Festival Metropolis BleuFrancisco José Viegas marcou a presença portuguesa

• Reportagem de Nuno CANSADO, estagiário

Metropolis Blue - Na presença de José Guedes de Sousa, cônsul-geral de Portugal,os dois escritores, Francisco José Viegas e Patrice Lessard, trocam os seus respetivoslivros. Foto Nuno Cansado/LusoPresse.

O Dia Mundial do Livro e dos Direi-tos de Autor foi comemorado de forma criativano seio da comunidade portuguesa em Mon-treal. Com a presença do antigo secretário deEstado da Cultura Francisco José Viegas, queveio também para participar no Festival Inter-nacional de Literatura Metropolis Bleu, realiza-do de 20 a 26 de abril, o Centro de Estudos Lu-sófonos da Universidade de Montreal viu asua proposta ser a escolhida e apoiada na co-memoração desta data. Depois de nos últimos20 anos se ter visto todas as outras culturas re-presentadas, chegou a vez da literatura portu-guesa receber finalmente alguma atenção. Aproposta apresentada para aquele dia consistiaem incentivar as pessoas a comparecerem entreas 16 e as 19 horas, do dia 23 de abril, dia emque se comemorou o Dia Mundial do Livro edos Direitos de Autor, num dos 12 bancosexistentes no Boulevard Saint-Laurent que fo-ram construídos como símbolo da presençaportuguesa nesta cidade. Em conjunto com ogrupo «Lisez l’Europe» e com o apoio do«Fonds du Livre du Canada, de Patrimoine ca-nadien», da «Société de développement des en-treprises culturelles», do «Conseil des arts duCanada» e do «Ministère de l’Éducation, duLoisir et du Sport» e do Camões – Instituto daCooperação e da Língua, este encontro tinhacomo propósito a possibilidade das pessoastrocarem entre si um livro escrito na língua deCamões. Um gesto simples é verdade, mas sim-

bolicamente com valor acrescido para todosos membros da comunidade portuguesa queparticiparam.

Este encontro junto das peças de mobi-liário urbano com citações escritas em portu-guês/francês de escritores portugueses, contoutambém com a presença e participação na trocade livros do ex-secretário de Estado Portuguêsda Cultura, professor, romancista, radialista,jornalista e político, Francisco José Viegas; deManuel de Carvalho e Laureano Soares; da atrizIsabel dos Santos; do escritor quebequenseque escreveu três livros passados na cidade deLisboa Patrice Lessard; Mary Soderstrom; ocônsul-geral português em Montreal José Gue-des de Sousa; o chefe de redação do jornal Luso-Presse e produtor do programa LusaQ TVNorberto Aguiar, o diretor do jornal Luso-Presse Carlos de Jesus e sua esposa Vitória Fa-ria, Adelaide Vilela, Ana Paula Ribeiro, respon-sável do ensino de Língua portuguesa no Cana-dá, etc.

Se no dia 23 o objetivo fora a troca de li-vros, no dia 24 o professor Francisco José Vi-egas participou na «oficina de escrita» no Goe-the-Institut, Bureau 100, 1626 Boulevard Saint-Laurent, como indicava o programa do eventoMetropolis Bleu.

Durante duas horas, o romancista, polí-tico, jornalista, ou seja, o multifacetado escritor,esmiuçou perante cerca de uma dúzia de pesso-as como se constrói um romance policial.

Segundo Francisco José Viegas, “O medoda vida. Um medo de morte”, é a frase que sin-

tetiza a história do ro-mance policial. Refereque a história da Lite-ratura policial é um jo-go e toda a história es-tá feita em nome des-se jogo. “O romancepolicial é um romancemoral, aborda o inter-dito que é a morte e afunção do autor é pro-vocar pânico no leitor,é provocar medo demorte ao leitor”.

Como referên-cias da literatura poli-cial mundial, ouviu-sena sala nomes como:Agatha Christie, Car-ter Dickson, Carr Di-ckson ou Roger Fair-bairn, Dashiell Ham-mett, Philip Marlo-we, Raymond Chan-dler, Ross Macdo-nald, etc...

O programa Me-tropolis Bleu conti-nuou no dia 26 de a-bril com a Lecture-Es-presso na Livraria doFestival, no Hotel 10,sito em 10 Sher-brooke Ouest, Mon-treal e terminou coma «Eurapéro littérai-re», também no dia 26de abril, no Blu Il Ris-torante, 1112, rueSherbrooke Ouest,Montreal.

O jornal Luso-Presse tentou obterjunto de FranciscoJosé Viegas algumapista sobre o seu pró-ximo romance e, aoque parece, a próximaobra do romancistapolicial português te-rá como pano de fun-do a cidade de Mon-treal e as personagensprincipais serão figu-ras reais ou ficciona-das desta metrópoleda América do Norte.

L P

Isabel dos Santos:«Os bancos representama presença portuguesa em Montreal»

• Entrevista de Nuno CANSADO, estagiário

Com o evento Metropolis bleu a decorrer e no âmbito dasactividades realizadas no dia do livro e dos direitos de autor, o jornalLusoPresse entrevistou Isabel dos Santos, mentora do projecto que le-vou à construção dos bancos ao longo do Boulevard Saint-Laurent,que nos revelou alguns detalhes da elaboração e concretização desteprojecto aquando da sua passagem como vareadora na Câmara Municipalde Montreal.

“Os bancos representam a presença portuguesa na cidade”.Estão distribuídos ao longo de um quilómetro do Boulevard Saint-

Laurent, entre o 2855 e o Parque de Portugal, e são 12. Foram inau-gurados a 25 de abril de 2010, dia em que se comemorou 35 anos da Re-volução dos Cravos. Cada um dos bancos tem gravado em si uma cita-ção escrita em português, traduzida também em francês. Dom Dinis,Gil Vicente, Luís de Camões, Padre António Vieira, Manuel Maria Bar-bosa du Bocage, Antero de Quental, Eça de Queiroz, Fernando Pessoa,Miguel Torga, Natália Correia, José Saramago e António Lobo Antunes,são alguns dos mestres da literatura portuguesa e do mundo, que estãoali representados.

O projeto“É um projeto intelectual, artístico, profundamente demográfico

(arte+cidade), acessível a todos”Este projeto teve como mentora a atriz natural de Faro e a viver

no Canadá desde os anos 90 Isabel dos Santos, juntamente com doisgrupos de consultação que representaram o bairro português. Naqueladata, Isabel dos Santos tinha a seu cargo o posto de vereadora da Câ-mara Municipal de Montreal, presidida por Gérald Tremblay.

Segundo Isabel, “o projeto nasceu como forma de assinalar ocontributo e a presença da emigração portuguesa nesta cidade. – O

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Natércia Rodrigues...Honra o seu marido José e a sua mãe Cipriana Moita

• Por Jules NADEAU

Rodeada por algumas dezenas de ami-gos vindos manifestar-lhe o seu afeto, MadameNatércia Rodrigues prestou uma homenagembem merecida ao seu marido José Rodrigues e àsua mãe Cipriana Moita, por altura duma ceri-mónia que teve lugar no «Chez le Portugais».A ocasião foi bem escolhida para fazer um ba-lanço do trabalho, e sobretudo da devoção, des-tas três pessoas bem conhecidas.

«Quando o patrão Henrique Laranjo mepediu para expor os meus quadros aqui, comeceipor responder pela negativa, depois aceitei coma condição de fazer uma homenagem ao meumarido e à minha mãe. Já tive a honra dumaquarentena de vernissages um pouco por todoo lado», começou por explicar a modesta se-nhora da Ribeira Grande ao jornalista do Luso-Presse. De facto, nas paredes, várias fotografiasdescrevem o trabalho do fotógrafo José Rodri-gues (1948-2012) ao longo dos anos. Começa-mos por ver o bonito rapaz, depois o homemmaduro na companhia de diversas personali-dades – do presidente da Câmara de Montrealaté ao presidente dos Açores.

Henrique Laranjo ajuda-me a melhor situaro casal Rodrigues. A ambos ele se refere emtermos de «pessoas simples, alegres e pres-táveis. Natércia está sempre pronta a ajudar enunca espera nada de volta. Poucas vezes é pa-ga», diz o sociável restaurador sem hesitar. Boa

organizadora de eventos, devem-se-lhe entreoutras coisas uma festa portuguesa em Shawa-nigan, um desfile em Montreal, e assim de se-guida. Resumindo, tudo para difundir a culturaportuguesa no Quebeque. Lançou-se igual-mente na política com a equipa de Pierre Bour-que em Jeanne-Mance. O seu marido tambémera muito ativo na comunidade com, entre ou-tras coisas, a organização da festa do EspíritoSanto.

Nos poucos quadros expostos no restau-rante, pode ver-se uma cena de cabane à sucre,a prova que Natércia vive no Quebeque hámais de cinquenta anos. Também «O pastoralentejano» faz lembrar que a mulher da Ri-beira Grande foi criada na terra da sua mãe noBaixo Alentejo. Madame Moita adorava tudo

o que era cultural.Num texto em três línguas intitulado «A

vida é um caminho», Natércia escreveu:«Comecei pois há alguns anos atras a pin-

tar, e para alem das varias exposições de grupofoi com imenso orgulho que do dia 15 de Abrilao 9 de Maio de 2003, homenageei os nossospioneiros através da pintura a óleo. Esta expo-sição teve lugar no Consulado Geral de Portu-gal em Montreal e foi um prazer enorme aoter reunido ainda alguns desses pioneiros queainda se encontravam entre nós.

Acho que não há estilo para pintar nemcritério de perfeição: o artista utiliza meios paraexprimir certas sensações ou ideias e não deveser julgado pela maneira como os utiliza maspela capacidade de transmitir esse sentimento...

Tudo isto é o resultado do vulcão interiorque está dentro de mim e que começou a li-bertar algumas fumarolas.

Sou portuguesa, orgulhosa das minhasraízes e da gente que me rodeia e feliz ao mesmotempo por viver no Quebeque há 50 anos.»

Na Universidade de MontrealDia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP

A fim de celebrar o “Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da CPLP”, os Estudos Lusó-fonos da Universidade de Montreal e o Consulado-Geral de Portugal em Montreal decidiram organizaruma sessão comemorativa no dia 8 de maio de 2015, das 18 às 20 horas, na sala C-3061 do Carrefour desarts et des sciences de l´Université de Montréal, sita no 3150, rue Jean-Brillant.

É o quinto ano consecutivo que os países da CPLP comemoram esta data, instituída a 20 de julhode 2009, por resolução da XIV Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da organização, realizadana Cidade da Praia, Cabo Verde. Esta decisão fundamenta-se no facto de a língua portuguesa constituir,entre os povos da comunidade, “um vínculo histórico e um património comum resultantes de uma con-vivência multissecular que deve ser valorizada”. Esta sessão comemorativa visa celebrar, ainda, os 8 sé-culos da língua portuguesa, a sua valorização e a visibilidade do Português, “enquanto idioma oficial denove países inseridos em múltiplas matrizes geopolíticas e culturais”.

Do programa constam a exposição bilingue “O Potencial Económico da Língua Portuguesa /Le potentiel économique de la langue portugaise” e um conjunto de alocuções alusivas quer aos váriosaspetos temáticos que constam dos 17 painéis da exposição acima mencionada, quer a aspetos que ver-sam sobre as culturas da CPLP e da Língua.

O Dr. Juan Carlos Godenzzi, diretor do Departamento de Literaturas e de Línguas Modernas daUniversidade de Montreal e o Dr. José Guedes de Sousa, cônsul-geral de Portugal em Montreal, proferemas palavras de boas-vindas, seguindo-se três breves comunicações:

“O Potencial Universal e Económico da Língua Portuguesa” pelo Dr. Luís Aguilar, docente doCamões, Instituto da Cooperação e da Língua e Professor Convidado da Universidade de Montreal.

Breve História do Ensino da “Língua Portuguesa em Montreal e na Universidade de Montreal(1973-2015)” pela Dra. Apparecida de Almeida, professora de língua portuguesa e cultura brasileira daUniversidade de Montreal e pioneira do ensino do Português nestas paragens.

“A Língua Portuguesa no Quebeque e no Canadá” por Ricardo Costa, finalista do Curso de Es-tudos Lusófonos da Universidade de Montreal.

Haverá ainda um concurso intitulado, “Totolíngua” sobre aspetos da ortografia da língua portuguesa,cujo prémio será entregue no final da sessão por Francisco Salvador.

É de realçar, por fim, que a organização de algumas iniciativas que acabamos de descrever é da res-ponsabilidade de alguns estudantes finalistas do curso de Estudos Lusófonos.

A Caixa Desjardins Portuguesa patrocina a exposição supramencionada.Conta-se com a presença da Dra. Maria Elisa Theófilo de Luna, cônsul-geral do Brasil em Montreal.

Estarão, igualmente, presentes representantes de várias associações portuguesas, brasileiras e angolanas.

Ana Maria Rodrigues

P or ter sido publicado com algumasimprecisões, a direção deste jornal decidiu reto-mar a publicação do perfil de Ana MariaRodrigues, uma das Mulheres galardoadas peloLusoPresse no âmbito do 15° Dia da Mulherdo LusoPresse.

«Chegou ao Canadá com 3 anos de idade.Nessa altura ainda não havia escola portuguesaem Montreal e foi em casa com os pais queaprendeu a ler e escrever o português. Foi umadas primeiras da sua geração a fazer estudosuniversitários em linguística, educação e admi-nistração social. Depois de trabalhar como pes-quisadora em filologia, foi professora na Co-missão das escolas protestantes de Montrealo que não a satisfez porque os programas nãoestavam adaptados às necessidades das criançasimigrantes. Cedo descobriu que haviam muitasinjustiças na sociedade e também falta de apoioaos imigrantes. Começou então a trabalhar noantigo Centro Português de Referência e Pro-moção Social, onde ocupou a partir de 1985 ocargo de diretora-geral. Foi no Centro que de-senvolveu programas educativos destinados aclientelas como: pessoas de idade, crianças comproblemas de aprendizagem, defesa dos direi-tos e acesso ao mercado do trabalho. Fez tam-bém parte de vários conselhos de administra-ção e a partir de 2006 de uma comissão consul-tiva criada pelo governo do Quebeque sobre aluta contra a pobreza e a exclusão social. Oque lhe dá mais orgulho é ver o sucesso obtidopelos utentes do Centro, como é o caso deuma jovem com grandes dificuldades quandocriança que foi até a um pós-doutoramento.»

Natércia Rodrigues rodeada dos amigos Maria e Humberto Cabral (de Lagoa), àsua direita; e a Senhora Gisèle Lemay, sua vizinha de longa data. Foto de JulesNadeau/LusoPresse.

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Página 117 de maio de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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A vez de Bolieiro• Por Osvaldo CABRAL

D uarteFreitas fez com queas próximas elei-ções para a Assem-bleia da Repúblicasejam um referen-do à sua liderança.

Perante umpartido dividido, aestratégia adotada para a escolha dos candi-datos já era desastrosa, mas ao optar por umdos lados tornou-se suicida.

É óbvio que a lista do PSD, agora pro-posta ao Conselho Regional, não é a listados sociais-democratas açorianos.

É, sim, a lista de Passos Coelho.O líder regional e a sua equipa estão con-

fiantes que, até outubro, Passos e Portas vãodar a volta ao eleitorado, retirando daí umaparte do sucesso para a caminhada eleitoraldas regionais do próximo ano.

É um risco e a política faz-se de riscos.O problema é que a lista do PSD-Açores

é constituída por gente que só conhece derro-tas quando se submete ao eleitorado regional.

Berta Cabral não perdeu as eleições noséculo passado. Foi apenas há três anos. Oeleitorado açoriano foi claro. A que cargasde água iam agora reconsiderar? E com aagravante de ser agora o rosto de PassosCoelho na região, a mesma que perguntou,curiosamente, na última campanha eleitoral,“acham que tenho cara de Passos Coelho?”...

A jogada arriscada de Duarte Freitas sópoderá ser avaliada depois do julgamentodas eleições, mas sabendo-se que só um mila-gre poderá dar a vitória à coligação, é quasecerta a derrota dessa estratégia do líder regi-onal.

Esta será a campanha eleitoral que maisgozo vai dar a Carlos César, cheio de argu-mentos para fazer desta lista uma autênticarodilha.

Na noite das eleições não haverá argu-mento plausível para Duarte Freitas.

Por mais que se esforce na atribuição daderrota à conjuntura nacional, a sua liderançamorrerá ali mesmo.

Seguir-se-á o homem que está em fila deespera: José Manuel Bolieiro.

•••EXEMPLO? – Quando Passos Coe-

lho dispensa um político como Mota A-maral e logo a seguir vem dar-nos comoexemplo de vida Dias Loureiro, fica explica-do o caráter de que são feitos certos políti-cos deste país.

Estão bons uns para os outros.•••

AUDITE-SE! – O PSD ficou nervosocom o documento apresentado pelo grupode economistas do PS.

Pedir que o conjunto de propostasseja auditado por organismos técnicos é omesmo que, a partir de agora, remeter a de-mocracia e o regime para grupos de buro-cratas instalados em gabinetes.

Desde quando as propostas das forçaspolíticas, ou de outros grupos de cidadãos,precisam de ser analisadas por organismosnão-eleitos, antes de serem submetidas aoveredicto popular?

Então dispensa-se agora o voto dopovo para estas decisões, em nome de quê?

Estes meninos saídos das jotas, sempreparação política e sem experiência devida, acham que esta coisa da democraciapopular é uma enorme maçada que deveser dispensada, ficando a gerência do regi-me entregue aos tecnocratas do reino.

Os partidos tradicionais não sãoexemplo para ninguém e muito menos essatribo de fato e gravata que vive no rodopiodos gabinetes da alta tirania financeiraconspirando negócios e negociatas nascostas do eleitorado.

Eles sonham com um país onde a de-mocracia seja suspensa e dirigida sob o pa-trocínio dos iluminados do negócio dooffshore.

Seríamos todos uma espécie de DiasLoureiro.

É preciso muita lata.•••

SOCRATISMO – António Costa ain-da agora começou a liderar o PS e já revelao pior dos tiques da tralha socrática.

Esta de enviar uma SMS a um jornalis-ta, a cacetá-lo por ter escrito um artigo deque não gostou, só faz lembrar os velhostempos do “quem se mete com PS, leva!”.

Não vai longe um político que nãosabe lidar com a liberdade de opinião. L P

COMUNICADOAviso de abertura de concurso para o preenchimento de um (1) posto de trabalho, na cate-

goria de Assistente Técnico, para exercer funções no Consulado-Geral de Portugal em Montreal(extrato).

Faz-se público que se encontra aberto, pelo prazo de 10 dias úteis a contar da data de publi-cação do presente aviso, concurso externo para o preenchimento de um (1) posto de trabalho,na categoria de Assistente Técnico, para exercer funções no Consulado-Geral de Portugal emMontreal, que compreende um período experimental com a duração de 180 dias. O prazo paraapresentação de candidaturas termina no dia 19 de maio de 2015.

Entre outros requisitos, os candidatos deverão ter, no mínimo, o 12.º ano de escolaridadeou curso que lhe seja equiparado. O(A) candidato(a) selecionado(a) deverá igualmente possuirautorização/estatuto de residente no Canadá e ter a sua situação regularizada junto das entidadesfiscais e de segurança social locais, no momento da respetiva contratação.

A versão completa do Aviso de Concurso, no qual consta toda a informação relevante,nomeadamente a relativa às condições remuneratórias e aos elementos necessários para a for-malização das candidaturas, deverá ser solicitada pelo seguinte endereço eletrónico: [email protected]; com a menção “Concurso Assistente Técnico” na área doAssunto das mensagens a remeter. Montreal, 6 de maio de 2015.

Página 127 de maio de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Le processus du SAAL:A habitação em Portugal entre 1974 e 1976

De 12 maio a 11 de outubro 2015 (salas principais)

Vem a ser a primeira exposição importante sobre a SAAL (ServiçoAmbulatório de Apoio Local, ou Service ambulante de soutien local), um processotanto político como arquitectónico criado alguns meses depois da Revoluçãodos Cravos de 25 de abril de 1974, que permitiu a mudança do estado de ditadurapara o chamado Estado Novo. Elemento essencial das políticas de habitaçãonuma república recentemente restaurada, o SAAL propõe um novo modelo detransformação urbana, por meios de um processo de participação democráticana qual as comunidades locais e as associações de bairro estão envolvidas no ter-reno, para resolver os problemas de habitação precária em todo o país. Apesardo fim inesperado do projecto em 1976, este caracteriza-se pelo seu exemplo e asua influência à escala internacional. Esta exposição é organizada pelo Museu deArte Contemporânea Serralves, Porto, em colaboração com o Centro Canadianode Arquitectura.

Comissário de exposição: Delfim Sardo (Comissário do Museu Serralves),que marcará presença no dia da inauguração, terça-feira, dia 12 de maio, às 14h00.

Em GenebraEscritor Daniel Bastos apresentou “Terra”

No passado sábado (2 de maio), oescritor português Daniel Bastos apresentouo seu novo livro de poesia “Terra” na LivrariaCamões em Genebra.

A apresentação da obra, uma edição bilin-gue em Português e Francês, que conta comilustrações do artista plástico português Orlan-do Pompeu, cuja obra consta de variadas cole-ções particulares e oficiais em Portugal, Espa-nha, França, Alemanha, Inglaterra, Brasil, Esta-dos Unidos, Japão e Dubai, e prefácio de GéraldBloncourt, Cavaleiro da Ordem das Artes eLetras de França, contou com a presença demuitos conterrâneos e compatriotas do autorque encheram a livraria portuguesa em Gene-bra.

No decurso da sessão de apresentação oescritor, natural de Fafe, que agradeceu a receçãocalorosa da comunidade lusófona radicada emterras helvéticas, lamentou a ausência por mo-tivos de saúde de Benjamim Ferreira, conhecidorepresentante da comunidade portuguesa emGenebra, mostrou enorme satisfação porapresentar a sua obra num espaço cultural poronde já passaram nomes como José Saramago,Fernando Campos, Nuno Júdice ou VascoGraça Moura.

Segundo Daniel Bastos, o seu percursoliterário, quer no campo da história, como agorano campo da poesia onde faz a sua estreia lite-

rária, tem sido alicerçado junto das comunidades lusófonas, refletindouma relação umbilical com a sua terra, e com a história, memória e iden-tidade cultural portuguesa que nos une a todos.

Refira-se que esta sessão cultural na Livraria Camões em Genebraincluiu uma prova de vinho verde, um produto vínico característico daregião minhota de onde é natural o escritor, e que estão previstas aolongo dos próximos meses novas apresentações oficiais do livro emterritório nacional e no espaço francófono europeu. L P

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Louvores para João Ponte

Em sessão da Assembleia Municipalrealizada no dia 28 de abril, foi aprovadopor unanimidade, o voto de louvor ao Eng.João António Ferreira Ponte pelo seu de-sempenho enquanto presidente de Câmarade Lagoa.

Tratou-se de uma forma de reconhecero importante contributo e trabalho desen-volvido por João Ponte, enquanto autarca,em prol da sua terra e das suas gentes, umavez que os seus 10 anos de poder autárquicoconsubstanciaram um progresso infraes-trutural, ambiental, cultural, social e humano,sem precedentes em todo o município.

Ao longo dos seus mandatos, investiu-se de forma equilibrada, integrada e estraté-gica no concelho. Investiu-se fortementeem áreas tão diversificadas como o sanea-mento, o ambiente, as acessibilidades, o des-porto, a educação, a cultura, a modernizaçãoadministrativa, a requalificação e a regene-ração urbana, a saúde e a proteção civil. Des-tacando-se claramente a “obra social”, ondeprocurou direcionar a sua ação para o âmbitode uma política mais social, no sentido deminimizar as dificuldades sentidas por mui-tas famílias, devido à conjuntura atual.

Segundo se pode ler no voto de louvor,“a Lagoa mudou e desenvolveu-se muito e aprova mais evidente disso foi a sua elevaçãoa cidade, que comprova precisamente o re-conhecimento do seu progresso no passadorecente”.

Para o executivo camarário da Lagoa éjusto, pois, reconhecer o seu extraordináriodesempenho em prol das populações, ser-vindo a sua autarquia e dando corpo ao exer-cício da democracia e da participação ativana vida das comunidades.

Câmara Municipal...Assina protocolos com instituições locaisA Presidente da Câmara Municipal

de Lagoa, Cristina Calisto Decq Mota, assinoumais 27 contratos-programa dos quais cincosão instituições sociais, dezoito são institui-ções recreativas e culturais e quatro de naturezadesportiva. A cerimónia teve lugar no salãonobre do edifício dos Paços do Concelho.

Segundo a edil lagoense, estas assinaturasrepresentam um dos compromissos da autar-quia para com estas instituições que trabalhamem prol do desenvolvimento social, cultural edesportivo da Lagoa.

Cristina Calisto Decq Mota reconheceu,na ocasião, “que todas as Instituições têm umpapel importante e desenvolvem atividades quehoje em dia seriam impensáveis não contarmoscom elas, realçando também que a elas tambémse deve o nosso estatuto de cidade”. Aliás obom trabalho que tem sido feito nessas áreasdeve-se precisamente ao empenho destas ins-tituições e dos seus dirigentes mas também daestreita ligação que a Autarquia mantém comas mesmas e que não se resume a um apoio fi-nanceiro, mas também resulta do apoio logís-tico e operacional no dia-a-dia das suas ativida-des”.

Envolvendo um montante global de cercade 80 mil euros, a Câmara Municipal de Lagoaassinou protocolos com Associação Huma-nitária de Bombeiros Voluntários de PontaDelgada; Centro Social e Paroquial da RibeiraChã; Paróquia de Nossa Senhora dos Anjos –Água de Pau; Paróquia de Nossa Senhora dasNecessidades – Atalhada; Lions Clube de La-goa; ACRA – Associação de Consumidoresda Região Açores; Associação Cultural GrupoJovem Pauense; Associação de Jovens da Ri-beira Chã; Grupo de Escoteiros n.º 97 – Águade Pau; Agrupamento de Escuteiros n.º 1290– Santa Cruz; Agrupamento de Escoteiros n.º798 – Cabouco; Agrupamento de Escuteirosn.º 1333 – Ribeira Chã; Grupo de CantaresTradicionais de Santa Cruz; Sociedade Filar-mónica Lira do Rosário; Banda Filarmónica

Fraternidade Rural –Água de Pau; Grupode Jovens Som doVento; AssociaçãoMusical Novos Cria-tivos; Grupo MusicalNova Geração; Or-feão Nossa Senhorado Rosário; OS QUI-RIDOS – AssociaçãoCriativa e Promotorade Eventos; EscolaSecundária de Lagoa;Instituto Cultural Pa-dre João José Tavares;Associação MotardGravediggers; Centrode Karaté de Lagoa;Judolag – Judo Clube

Lagoa; Clube de PescaDesportiva de Lagoa;

Clube de Ténis de Lagoa.No final da cerimónia, a Presidente da Câ-

mara Municipal de Lagoa deixou os votos desucesso, e frisou que da parte do Municípiocontinuaremos sempre disponíveis para cola-borar naquilo que for necessário”.

L P

Página 147 de maio de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

EDITORIAL...Cont. da pág 1

ralista.Segundo os registos do Diretor das Elei-

ções do Quebeque, entre 2005 e 2008 fez váriosdons ao Partido Liberal do Quebeque e ao an-tigo partido Action Démocratique, num totalde 8 000$, e 1 500$ ao Partido Conservadordo Canadá. Nunca fez nenhum dom para opartido independentista Bloc Québécois. Aprimeira contribuição que fez para o PQ foiem 2010, no valor de 3 000$. O ano passadosó fez um dom de 200$ para o partido queagora quer dirigir.

Isto quanto à constância das suas opi-niões e da sua ideologia.

Em 1998 resolveu investir quase mil mi-lhões de dólares nos órgãos de comunicaçãoingleses do resto do Canadá, adquirindo a cadeiaSun Media que contava com 75 jornais, enteos quais o Toronto Sun, conhecido pela linhaeditorial antinacionalista quebequense. Em2007 investiu mais de meio milhão de dólaresna criação duma cadeia de televisão ultra conser-vadora, à imagem da Fox News americana, cu-jo moto de predileção era o Québec Bashing.

O ano passado, quando se decidiu pelapolítica nacionalista quebequense, resolveuvender os jornais e a televisão fora do Quebe-que por 316 milhões. Ou seja por menos dumquinto do que lhe custou.

Em 2008, a tipografia fundada pelo seupai onde eram impressos todas as publicaçõesdo grupo, Québecor World, foi à falência.

Isto quanto à sua capacidade de ges-tor financeiro.

Na noite final da campanha eleitoral emabril do ano passado, que levou o PQ a mordera poeira, enquanto a líder derrotada, PaulineMarois, não chegava ao palco para agradecer otrabalho dos militantes, PKP veio tentar levan-tar os ânimos da assistência que se ia esvazian-do da sala gritando palavras de ordem como‘comunidade’ e ‘solidariedade’ – isto da bocade um homem que tinha feito 16 lock-outsdurante a sua gerência de Québecor e fechadoum infantário na sede da companhia para fazerdiminuir as despesas com o pessoal.

Isto quanto à sua noção de altruísmo.No ano 2000, com o apoio do governo

do Parti Québécois, sob a direção de LucienBouchard, que abriu as mãos largas à Caisse deDépôt, PKP compra a Videotron e a rede detelevisão TVA, criando deste modo o maiorempório mediático do Canadá. Nesta transaçãoa Caisse ainda hoje tem muitos anos à frenteaté poder recuperar os 3,2 mil milhões de dóla-res que investiu nesta compra cujos lucros sóbeneficia à família Péladeau. Sim, PKP é ummultimilionário mas graças ao dinheiro doscontribuintes de todo o Quebeque.

Isto quanto à sua noção de solidarie-dade.

Até ao momento de entrar na política,PKP tudo fez para deitar abaixo a Radio-Cana-da utilizando os seus próprios mídia para de-nunciar o que ele considerava uma concorrên-cia desleal da emissora nacional do Canadá.Foi mesmo ao ponto de pedir a exclusividadea vários artistas e de por na lista negra todosaqueles que trabalhassem para a concorrência.

Agora, quando foram anunciados os cor-tes nos orçamentos da R-C, veio a terreiro adefender a R-C como um bem comum impres-

cindível para a cultura francesa.Isto quanto aos verdadeiros interessesque o animam.

Durante a corrente campanha para a dire-ção do PQ, não tem olhado a meios para arre-dar os adversários. O mais recente incidentede que tanto se tem falado deu-se no domingono debate em Rimouski, durante o qual nãohesitou em puxar pelos colarinhos do seu ad-versário Pierre Céré e de o apostrofar – «Toi,mon tabarnak, je vais t’acheter. Combien tucoûtes?»

Esta saída intempestiva não é única comobem sublinhou o jornalista do Maclean’s PierrePatriquin. Antes pelo contrário. Faz parte dasua atitude normal quando o contrariam, comofoi o exemplo que aquele jornalista relata noseu artigo «Citizen Péladeau: What will the PQdo with their Péladeau moment?». Duranteum encontro para recolha de fundos para ummuseu de Montreal, onde se encontravam tam-bém Jean Chrétien, Lucien Bouchard e BernardLandry, um dirigente da companhia rival Astral,Pierre Rodrigue, estendeu-lhe a mão para ocumprimentar. Também neste caso, PKP pu-xou pela camisa do outro e gritou-lhe à face«Tens muitos tomates para me vires cumpri-mentar. Que ninguém da Bell ou da Astral seatreva a vir dar-me os bons dias»...Isto pela empatia e lealdade para comos adversários.

Com a compra de Videotron e TVA assimcomo os demais jornais e revistas que se lheseguiram, 44 porcento de toda a informaçãoque se faz no Quebeque é feita por jornalistasque trabalham para a Québecor, e que mais ce-do ou mais tarde terão de responder por qual-quer crítica que façam ao ‘patrão’.

No passado domingo, durante o progra-ma «Tout le monde en parle» a questão da inde-pendência dos jornalistas da Québecor veio àbaila quando chegou a vez de falarem do DiaMundial da Liberdade de Imprensa. A jornalistaveterana Chantal Hébert não hesitou a dizerbem alto o que pensa quando o animador per-guntou: se «PKP pode continuar a controlaro império Québecor e ser ao mesmo tempo lí-der do PQ e provavelmente primeiro-ministro,quem sabe?»

« Y’a pas de réponse autre que de se dépar-tir d’un empire médiatique quand on devientchef de parti ou premier ministre. Pas besoinde passer un test de personnalité pour savoir sion est fin ou pas fin. Moi, je suis journalistepolitique et je n’écrirais pas pour une entreprisede presse sur la politique dont le propriétaireest le chef d’un parti. C’est même pas le jouroù il est premier ministre. C’est une situationimpossible dans un environnement où c’est déjàdifficile pour les journalistes de durer – parcequ’on est dans un marché précaire – l’idéeque quelqu’un va se sentir libre d’écrire surquelqu’un qui est chef d’un parti qui est aussile propriétaire de son entreprise et donc, sonboss, moi, je crois pas à ça.»

O único jornalista da Québecor alipresente evitou a questão e limitou-se a dizerque era uma boa questão.

Logicamente, no dia seguinte, a jornalistado Jornal de Montreal que se ocupa de fazer oresumo desta emissão, falou de tudo menosdo que se disse sobre PKP.Isto quanto à transparência.

E é neste homem, com tão poucas quali-dades, que os nacionalistas independentistasveem o salvador, o messias que lhes vai trazera terra prometida!

Mas, como se diz na nossa terra, a estahora ainda a procissão vai no adro…

ISABEL...Cont. da pág. 9

bairro chinês está assinalado, o italiano tam-bém. Porque não o português!?”

“Na altura faziam-se obras na Saint-Lau-rent e não fazia sentido não fazer nada quevincasse a nossa presença, já que para além docontributo português na construção desta ci-dade, foi ali que os primeiros emigrantes portu-gueses se instalaram quando chegaram aqui aoCanadá”.

Para uma representação portuguesa maisjusta na hora de decidir e para que fosse umavoz que soasse mais alto, foi formado um gru-po de consultação representado pelas seguintespessoas: Maria de Andrade, Luís de Moura So-bral, Carlos Ferreira, Frederico Fonseca, Ema-nuel Linhares, Francisca Marques, ManuelMoura, Miguel Rebelo, Márcia Ribeiro, Leonar-do Soares, Carolina Oliveira Soulié e ArlindoVieira.

“Surgiu a ideia de fazer-se uma frase porséculo. A opção dos azulejos foi para tornarmais artístico e fugir um pouco ao comercial”.

Depois de surgir a ideia de se gravar as ci-tações nos bancos, também foi elaborado umgrupo para a pesquisa das frases. Luís Aguilar,Joaquim Eusébio, Clementina Santos e Caroli-na Oliveira Soulié foram os escolhidos parapesquisarem sobre as frases a citar e os seusrespetivos autores que estão representados porordem cronológica.

Joseph Branco foi quem tomou as rédeasdo projeto que teve como objetivo a produçãoe decoração de azulejos que iriam decorar osbancos, não esquecendo a sintonia com as ci-tações já escolhidas. Foram tomadas algumasprecauções, visto que os azulejos teriam queresistir às baixas temperaturas a que estariamsujeitos mas, os artistas, portugueses e luso-descendentes, cada um teve «carta-branca» paraconjugar o «dêcor» com a frase.

“É um projeto acessível a todos que trans-forma a nossa presença em arte pública. En-quanto o projeto Itália, por exemplo, é fechado,o português abre-se aos outros”.

Para Isabel dos Santos o bairro pertencea todos. “Não é um projeto original, há mui-tos bancos por aí. Queríamos encontrar algoque estivesse ao alcance das verbas disponibi-lizadas e respeitasse a opinião de todos. Algoque comunicasse com todas as pessoas, indepen-dentemente da sua origem”.

Manutenção dos bancos“A única coisa que tenho pena é de não

Isabel dos Santos e os bancos que marcam uma presença portuguesa na cidade.

ter lutado para que fosse considerado arte pública”.Embora os bancos fossem idealizados por

pessoas ligadas ao mundo das artes, decoradas porartistas e representando artistas, portugueses e domundo, não são reconhecidos como arte pública.São consideradas apenas mais umas peças de mobi-liário urbano, o que não beneficia a sua preservaçãoe o seu devido reconhecimento. Como parte inte-grante de uma das artérias que mais marca a cidadede Montreal, é triste que não estejam sinalizadosnem com referência aos seus autores. Se fossemconsiderados arte pública, como realmente são, ha-veria meios disponíveis para a sua preservação eassim podíamos garantir que não caíssem no esque-cimento…

“Eles vão encontrar os defensores deles peloaquilo que são.”

Mestres das críticas“Os projetos diferentes tendem a levar tempo

a serem aceites. Com o tempo a oposição aos ban-cos irá diminuir e a compreensão vai fazer com quesejam aceites.”

Desde a sua construção que tem havido quemdaqui e dali opine em relação ao desempenho dosartistas e do grupo de consultação responsável. –Que a tradução não está boa; Que a imagem nãodiz com a frase; Que parece um caixão; Que deviater sido este em vez daquele; Ou pior: – que a formados bancos tem semelhanças ao logótipo do Ban-co Nacional Canadiano, etc. – É preciso ser-se cria-tivo.

Segundo a atriz, os bancos não ganhavam na-da de novo se ela voltar a defendê-los, têm que viroutros. Dá o exemplo dos engenheiros que cons-troem as pontes não são quem faz a manutenção.“É preciso cortar o cordão umbilical.”

Todas as 12 citações gravadas nos 12 bancosforam as citações escolhidas de 12 escritores portu-gueses. Dos 12, só já cá está um entre nós. Por is-so, foi a citação escolhida e que transcrevemos aqui:

“Um Povo que lê nunca será um povo de es-cravos”, António Lobo Antunes.

...Projetos no futuro

Aqui no Canadá a atriz está a trabalhar numapeça intitulada “Si les oiseaux” que será exibidano teatro Prospero em outubro deste ano. A peçafala da violência que vivem as mulheres durante asguerras.

Juntamente com a ATA (Associação de Teatrodo Algarve) e num projeto de Michael Mckinsey, aadaptação da sopa de pedra em francês como fábulaintercultural, será levada até ao Algarve em Portugal.

“No fundo o que interessa é o futuro dos bancosindependentemente de onde vem a ajuda”, Isabeldos Santos.

Página 157 de maio de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Final da Liga dos Campeões da CONCACAF

Impacto perde para clube superior• Por Norberto AGUIAR

Campeonato Canadiano de Futebol

Quem será o Campeão de 2015?• Por Norberto AGUIAR

Há poucos dias acabou a prova que integra todos os campeões dos países quecompõem a CONCACAF, a chamada Liga dos Campeões. E com a Taça, já todos sa-bem, ficou o Clube América, da cidade do México, que na derradeira jornada, correspondenteà final, bateu o Impacto de Montreal, por 5-3 no conjunto dos dois jogos.

Agora, pouco mais de uma semana depois da final perdida, o Impacto já aí está paradefrontar o Toronto FC, numa meia-final que muito promete, pois a equipa da cidademetrópole do Canadá não vai querer ficar arredada de disputar a final, possivelmentecontra o Whitecaps de Vancouver, que com mais ou menos dificuldades se deve desem-baraçar do Edmonton FC, formação que, numa eliminatória preliminar, deixou pelo ca-minho o Fury de Otava, time que é orientado, como todos sabem, pelo nosso jovemcompatriota Marc dos Santos, ex-treinador do Impacto.

O primeiro jogo deste sui-generis Campeonato, que conta com apenas cinco equipas– Impacto de Montreal, Toronto FC, Whitecaps de Vancouver, Edmonton FC, da cida-de do mesmo nome, e o Fury de Otava – começa hoje, quarta-feira – vésperas da saídadesta edição – em duas cidades: em Montreal, onde medem forças o Impacto e o TorontoFC, e em Edmonton, cuja formação local defronta o Whitecaps.

Jornada disputada em duas mãos, os respetivos vencedores avançarão para a final,também disputada em dois jogos e tudo estará pronto, isto é, o campeão encontrado, nodia 26 de agosto.

Quanto a resultados, bravo para o Edmonton FC que bateu o Fury de Otava por 3-1 em casa e fora, avançando desta maneira para medir forças com o Whitecaps, este anouma das melhores formações da MLS, pelo menos até agora... Foi assim que a equipa deMarc dos Santos se viu eliminada sem contestação, pela marca de 6-2 no conjunto dosdois embates.

A primeira-mão das meias-finais Impacto x Toronto FC e Edmonton FC x White-caps estão a decorrer no momento de alinhavar estas linhas. Já a segunda mão, de ambosos confrontos, disputar-se-á quarta-feira, dia 14 de março, em casa dos agora visitantes.

De notar que este ano não é o campeão desta prova que irá representar o Canadá naLiga de Campeões da CONCACAF... Por razões que desconhecemos, a equipa qualificadapara tal é desde já o Whitecaps de Vancouver, por ter sido a equipa melhor classificada nocampeonato da MLS da época passada.

L P

Na verdade, ninguém esperava queuma equipa que acaba a época em último lugarda sua liga, no caso a MLS (Major League Soc-cer), seis meses depois possa estar a disputar aprova máxima (Liga dos Campeões) do seucontinente, chegando mesmo à etapa derradei-ra... E não a ganhou, esta é a nossa opinião,por demasiados erros próprios, que adianteiremos esclarecer. Aqui não se tira, como é ló-gico e evidente, nenhum mérito ao vencedor,o Clube América, o mais rico e poderoso clubede toda a América do Norte, Central e Caraíbas,regiões que formam a CONCACAF...

Comecemos pelo princípioDe 2014 para 2015, há que assumir, o Im-

pacto reforçou-se com alguns jogadores. Baka-ry Soumare (29 anos, maliano), Laurent Ciman(29 anos, belga), Nigel Reo-Coker (30 anos,inglês), Marco Donadel (32 anos, italiano),Dominic Oduro (29 anos, ganês), os mais co-nhecidos, e ainda com os jovens americanosCameron Porter (21 anos) e Donny Toia (22anos), o argentino Victor Cabrera (22 anos) eo jamaicano Romario William (20 anos). Mes-

mo se os americanos Eric Alexander (27 anos)e Eric Kronberg (31 anos) foram contratadospara esta época, eles não entram nestas contasda Liga dos Campeões visto terem participadonesta mesma prova na fase de grupos, aindaem 2014, ao serviço do Nova Iorque Red Bulle Sporting Kansas City, respetivamente.

Já o avançado americano Kenny Cooper,contratado a todo o vapor e disponível paraos dois jogos da final, acabou no banco, semser utilizado... No jogo do México percebeu-se, pois acabava de chegar... Mas no jogo deMontreal, quando foi preciso atacar, o que fa-zia (fez) Kenny Cooper no banco dos suplen-tes?...

Mas se foi buscar jogadores novos, tam-bém é verdade que o Impacto ficou sem algu-mas peças que a continuarem, em nossa opini-ão, ainda poderiam ajudar a equipa. Estão nestecaso Marco Di Vaio, que foi para a reforma, eFelipe, que ingressou no Nova Iorque Red Bullpor troca com dois jogadores (o citado EricAlexander e Oyongo, internacional senegalen-se de 23 anos), principalmente.

Isto para dizer que o Impacto tem umaequipa sensivelmente do mesmo calibre queem 2014. Então, dirão alguns, como se percebeeste desempenho do Impacto ao chegar à final

desta Liga de Campeões?

Muito equilíbrioA MLS é uma liga onde o equilíbrio preva-

lece. Para o espetador atento salta logo à vistaos resultados apertados, onde as goleadas, queno entanto também aparecem, como é lógicodo futebol em qualquer lugar, não são frequen-tes, além de que ganhar fora tem muito que selhe diga... É desta maneira que uma equipa tantopode ser última num determinado momentodo ano como, depois, ser campeã de zona oumesmo da liga. Há casos frequentes do que ficadito. Por exemplo, em 2013 o DC United aca-bou a temporada em último lugar com apenastrês escassas vitórias... O ano passado, o DCUnited venceu o Campeonato da Zona Este!

Com este exemplo queremos demonstrarporque é que o Impacto apesar de último da ta-bela classificativa em 2014 acaba de fazer carreirana Liga de Campeões. Porque o nível futebolís-tico dos países com melhores campeonatosna zona da CONCACAF, Costa Rica, EstadosUnidos – onde se inclui, claro, o Impacto – eMéxico são muito equivalentes. De resto, nestacompetição, que mudou de nome e de formatoa partir dos anos 2000, os seus vencedores sãocosta-riquenhos (6 troféus), Estados Unidos(2 troféus) e os restantes pertencem todos aosmexicanos. Não esquecer que a Major LeagueSoccer só existe a partir de 1996...

Porquê a derrota?...Primeiramente porque o Clube América é

melhor! Quem tem avançados como Oribe Pe-ralta, titular da seleção mexicana, e o argentinoDario Benedetto, a mais cara transferência dofutebol asteca da última época, a juntar ao cen-tral Ventura Alvarado, novo internacional dosEstados Unidos, tem condições, como equipa,para se bater contra qualquer adversário, comose verá em dezembro, no Japão, quando se dis-putar o Mundial de Clubes.

É nesta perspetiva que se aceita perfeita-mente que o Clube América seja o novo cam-peão da CONCACAF, rendendo o seu rivalCruz Azul. Por ser melhor que os seus antago-nistas canadianos; por ter mais experiência nes-tas andanças – igualou em títulos, seis, o CruzAzul – e por ter beneficiado de alguns errosprimários cometidos pelo Impacto...

Falta de condição física!...Quanto a nós, foram três as condições

que levaram o Impacto à derrota numa final deque nem nos seus melhores sonhos pensouque seria possível.

Tudo começou na arbitragem que, no jogodo México privou o conjunto canadiano de fa-zer um possível segundo golo, que tudo pode-ria ter mudado, para mais com a expulsão, maisdo que merecida e não concretizada, do faltosodefesa mexicano. Não expulsou o mexicanoem flagrante delito, mas mostrou um amareloao guarda-redes azul e preto que o fez não poderalinhar na segunda-mão da final... Porque sabiaque Evan Bush não jogaria em Montreal se le-vasse um cartão amarelo, soube-o da própriaboca do guardião americano do Impacto, o ár-bitro hondurenho não se livra da especulação.Errou de novo o árbitro, pois que a haver cartãoamarelo era para o avançado Peralta, agressivono final do jogo, quando a todo o custo queriaretirar a bola das mãos de Bush...

Sem guarda-redes credível – o reforço parao posto de guarda-redes, Eric Kronberg, nãopôde ser utilizado por já ter alinhado nestaprova no fim da época passada –, o Impactovirou-se então para um guardião alemão de 34

anos, Kristian Nicht, a jogar no Indy Eleven,da Segunda Divisão americana, para alinharno jogo decisivo... Mesmo se jogou na PrimeiraDivisão alemã (no Estugarda), Kristian Nichtnão esteve à altura do papel que foi chamado adesempenhar... E isto desde os primeiros mi-nutos da partida, em que várias vezes esteveperdido no meio da sua área, valendo-lhe aprontidão com que os seus companheiros pu-seram cobro aos problemas. Na segunda parte,quando se sabia que o América tudo ia tentarpara mudar o rumo das coisas, pois perdidopor um, perdido por mil, logo na primeira di-ficuldade que teve, Kristian Nicht, falhou...Não que o remate de Benedetto não tivesse si-do espetacular, numa tesoura a fazer lembraros grandes golos de Artur Jorge ao serviço doBenfica e de Portugal em tempos idos, masporque a bola lhe fez a «barba», ao entrar entreo seu corpo e o poste do lado direito.

Com a igualdade na eliminatória, o Impac-to ainda tentou resistir, indo para o ataque jásem... ataque. Ao abrir-se na procura do mila-groso tento que lhe voltasse a dar a dianteirana eliminatória, cá está mais um frango do gi-gante alemão, que não conseguiu prever ondea bola ia cair, numa mudança de trajetória dabola, a um metro da baliza, que foi aproveitadaagora por Peralta. Tudo fácil. Diga-se, no en-tanto, que outros jogadores falharam, a começarpor Nigel Reo-Coker, adaptado a lateral direi-to, numa má decisão do seu treinador. Miller,que jogou no México na segunda parte em su-bstituição de Camara, que fazia no banco desuplentes?

A partir do segundo golo deu pena ver osjogadores do Impacto a arrastarem-se pelocampo... Percebe-se a descrença, mas o que fi-cou evidente foi a falta de pernas dos seus joga-dores. Então uma equipa que está em início deépoca, que beneficia das benesses da sua liga,que adia três jogos do campeonato para queela se concentre na final, e essa equipa demons-tra que um dos seus maiores problemas é pre-cisamente a condição física, como aliás reco-nheceu o seu próprio treinador? Ao invés doImpacto, o Clube América disputou todos osseus jogos, um deles no domingo anterior edecisivo para a disputa do primeiro lugar daLiga Mexicana; viajou na segunda-feira e aindateve de se adaptar ao piso sintético, desconhe-cido da maioria dos seus atletas...

Portanto, resumindo e concluindo, má ar-bitragem, guarda-redes fraco para as necessi-dades e condição física periclitante fizeramcom que a bela aventura do Impacto na Ligados Campeões 2014/15 terminasse em derrotadolorosa. Ainda se os resultados tivessem sidofeitos ao contrário (derrota lá e empate cá)...Se assim fosse, a derrota era muito mais «co-mestível...».

L P

Nigel Reo-Coker, o capitã.

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LE JOURNAL DE LA LUSOPHONIE

Éditeur et rédacteur en chef : Norberto AguiarDirecteur : Carlos de Jesus

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