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Vol. XX • N° 343 • Montreal, 4 de fevereiro de 2016 Cont. na pág 14 Cont. na pág 14 Editorial Presidente para quê? Por Carlos DE JESUS No próximo dia 9 de março os portugueses vão ter um novo Presidente da República. A sua eleição foi das menos excitantes de sempre ou pelo menos de- pois do 25 de Abril. Aliás, a campanha eleitoral presidencial desta feita foi curta e rápida – short n sweet, como dizem os ame- ricanos – tanto mais que o homem ganhou logo na primeira volta. Estamos a anos de luz duma presidencial americana que já co- meçou há dois anos e só daqui a um ano é que o novo presidente vai ter assento na Casa Branca. É certo que não se podem comparar os dois países e muito menos as duas fun- ções. Portugal é um país pequeno da perife- ria europeia, os Estados Unidos da Améri- ca são a maior superpotência mundial. Mas, a principal diferença está na função, o Presidente dos Estados Unidos tem um papel de executivo. É ele quem põe em prática a política interna e externa do país, o equivalente dum primeiro-ministro nas democracias parlamentares. Já o Presidente da República Portuguesa é praticamente uma figura protocolar, um pouco similar à da Rainha de Inglaterra, se não fora a prerrogativa de peso que é a de poder dis- solver o parlamento, coisa que a nossa rai- nha Isabel não tem. Esta prerrogativa só foi utilizada uma vez quando Jorge Sampaio assinou o de- creto de dissolução do Parlamento que sus- tentava o Governo de Santana Lopes (PSD) e provocou as eleições antecipadas que deram a vitória a José Sócrates (PS). Recorde-se que esta decisão foi de certo modo causada pela saída inesperada de Du- Prémios Juno de música Dois candidatos lusos TORONTO, Ontário - O lu- sodescendente Shawn Mendes foi no- meado para quatro categorias dos “Juno Awards”, os prémios da indústria disco- gráfica canadiana, anunciou a organiza- ção. O cantor natural de Pickering, no Ontário, está nomeado para o “Melhor Álbum do Ano”, com “Handwritten”, juntamente com “Purpose”, de Justin RYANAIR E EASYJET NOS AÇORES: SER MAIS VERDE E MAIS CULTURAL PARA APROVEITAR O BOOM TURÍSTICO Por Jules NADEAU, enviado especial N o seu magnífico isolamento azul, os Açores são o arquipélago onde a vida decorre pianissimo e pacificamente. Para o repórter, difícil de encontrar um ponto quente, exceto quando a Mãe Natureza faz rebentar um vulcão como o terrível Capelinhos no Faial (1957). Os homicídios acontecem so- bretudo nos romances de Francisco José Viegas, mas o criminoso acaba sempre a ver o sol aos quadradinhos. Leia artigo na página 6. 8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 10 PM 37 37 376-2652

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Vol. XX • N° 343 • Montreal, 4 de fevereiro de 2016

Cont. na pág 14

Cont. na pág 14

EditorialPresidente para quê?

• Por Carlos DE JESUS

No próximo dia 9 de março osportugueses vão ter um novo Presidenteda República. A sua eleição foi das menosexcitantes de sempre ou pelo menos de-pois do 25 de Abril. Aliás, a campanhaeleitoral presidencial desta feita foi curta erápida – short n sweet, como dizem os ame-ricanos – tanto mais que o homem ganhoulogo na primeira volta. Estamos a anos deluz duma presidencial americana que já co-meçou há dois anos e só daqui a um ano éque o novo presidente vai ter assento naCasa Branca.

É certo que não se podem compararos dois países e muito menos as duas fun-ções. Portugal é um país pequeno da perife-ria europeia, os Estados Unidos da Améri-ca são a maior superpotência mundial.Mas, a principal diferença está na função,o Presidente dos Estados Unidos tem umpapel de executivo. É ele quem põe emprática a política interna e externa do país,o equivalente dum primeiro-ministro nasdemocracias parlamentares. Já o Presidenteda República Portuguesa é praticamenteuma figura protocolar, um pouco similarà da Rainha de Inglaterra, se não fora aprerrogativa de peso que é a de poder dis-solver o parlamento, coisa que a nossa rai-nha Isabel não tem.

Esta prerrogativa só foi utilizada umavez quando Jorge Sampaio assinou o de-creto de dissolução do Parlamento que sus-tentava o Governo de Santana Lopes(PSD) e provocou as eleições antecipadasque deram a vitória a José Sócrates (PS).Recorde-se que esta decisão foi de certomodo causada pela saída inesperada de Du-

Prémios Juno de músicaDois candidatos lusos

TORONTO, Ontário - O lu-sodescendente Shawn Mendes foi no-meado para quatro categorias dos “JunoAwards”, os prémios da indústria disco-gráfica canadiana, anunciou a organiza-ção.

O cantor natural de Pickering, noOntário, está nomeado para o “MelhorÁlbum do Ano”, com “Handwritten”,juntamente com “Purpose”, de Justin

RYANAIR E EASYJET NOS AÇORES:

SER MAIS VERDE E MAIS CULTURALPARA APROVEITAR O BOOM TURÍSTICO

• Por Jules NADEAU, enviado especial

No seu magnífico isolamento azul, os Açores são o arquipélago ondea vida decorre pianissimo e pacificamente. Para o repórter, difícil de encontrarum ponto quente, exceto quando a Mãe Natureza faz rebentar um vulcãocomo o terrível Capelinhos no Faial (1957). Os homicídios acontecem so-bretudo nos romances de Francisco José Viegas, mas o criminoso acabasempre a ver o sol aos quadradinhos.

Leia artigo na página 6.

8042 boul. St-MichelSatellite - Écran géant - Événements sportifs

Ouvert de 6 AM à 10 PM

3737376-2652

Página 34 de fevereiro de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

IGREJA BAPTISTA PORTUGUESADomingos às 15H00 – Pregação do Evangelho6297 Ave. Monkland, (NDG) Montreal

http://www.madisonbaptistmontreal.com/portugues.htmlTel. 514 577-5150 – [email protected]

PORTUGUÊS AO RAIO XLuciana Graça (Leitora de português do Instituto Camões

na Universidade de Toronto)Rubrica produzida em colaboração com a Coordenação do

Ensino Português no Canadá/Camões, I.P.

Um novo mês tem agora início e com ele começa tam-bém esta nossa rubrica, que nasceu de um nosso grande sonho.O sonho de partilhar este nosso amor pela língua portuguesacom todos os portugueses. Foi enorme a emoção ao ver a mesmapela primeira vez publicada no Jornal de Notícias, em março de2009. E é de novo imensa a comoção, acreditem, ao poder agorapartilhá-la com todos vós. Mas avancemos, claro, para saber qualo erro tão comum, em língua portuguesa, hoje em análise.

À medida que envelhecemos, começamos a recordar, comuma particular saudade, algumas marcas por nós de imediato asso-ciadas à nossa infância… Ora, a «Olá» é, precisamente, e paranós, uma dessas marcas. E aqui trazemos então hoje um caso quemuita polémica gerou, em relação a esta mesma conhecida marcade gelados (e não só). Mais especificamente, foram identificados,em cartazes da «Olá», especialmente criados para o Dia da Criança,dois graves erros ortográficos… Quais são? Vamos já ver…

E, claro, uma excelente semana! – esperando, igualmente,poder merecer toda a vossa confiança.

Casos:• «Já experimentas-te os chocolates Olá?» (cartaz da «Olá»,

junho de 2014);• «Já experimentaste fazer um bolo de maracujá e leite conden-

sado?» (página de facebook dos «Gelados Nestlé», 2014-10-03);• «Ganhas-te um brinde Olá» (cartaz da «Olá», junho de

2014);• «Ainda não ganhaste um CD “As Boltas do Bira”?»

(página de facebook de «Azeituna – Tuna de Ciências da Uni-versidade do Minho», 2014-05-06).

Comentário:• «experimentaste» (e não «experimentas-te»!): «experimen-

taste» é a forma correta, que está no pretérito perfeito do indicativodo verbo «experimentar» (eu experimentei, tu experimentaste, eleexperimentou, nós experimentámos, eles experimentaram);

• «ganhaste» (e não «ganhas-te»!): «ganhaste» é também aforma correta, tratando-se igualmente do pretérito perfeito doindicativo do verbo «ganhar» (eu ganhei, tu ganhaste, ele ganhou,nós ganhámos, vós ganhastes, eles ganharam);

• sugestão: i) em caso de dúvida, podemos por vezes reformu-lar a frase na negativa, colocando o pronome antes do verbo; ii)logo, no primeiro caso em análise, temos, então, incorretamente,«Ganhas-te um brinde Olá?» e «Não te ganhas um brinde Olá?»,que não têm sentido; iii) mas temos já, corretamente, «Ganhasteum brinde Olá?» e «Não ganhaste um brinde Olá?», em que ambasfazem sentido.

Em síntese:• «experimentas-te os chocolates» - errado.• «experimentaste os chocolates» - correto.• «ganhas-te um brinde» - errado.• «ganhaste um CD/ brinde» - correto.

L P

Emigração para o Canadá

Quebeque com o melhor programaWINNIPEG, Manitoba – As pro-

víncias de Manitoba e Quebeque têm os melho-res programas de imigração para a residênciapermanente para trabalhadores estrangeirosqualificados no Canadá, disse uma especialistaem assuntos de imigração.

“No dia 1 de maio de 2015 foi criado,através do programa de Nomeação Provincialde Manitoba, o seu próprio ‘Express Entry’.As exigências para o teste de inglês são apenasde cinco valores, facilitando a integração dasfamílias”, começou por explicar Rosanna Pan-cotto.

Segundo a con-sultora de imigração,a Manitoba tam-bém ”não discriminao nível de qualifica-ção”, remeten-do ”qualquer candida-to com um trabalhopermanente elegível”,exemplificando queum trabalhador daconstrução e compoucas competên-cias ”está qualificadopara se candidatar”.

O programa pro-vincial de Manitobafoi o primeiro pro-grama de nomeação aser criado no Canadáa seguir ao do Quebe-que.

Aquela provín-cia, localizada no cen-tro do país, foi pio-neira na seleção detrabalhadores estran-geiros por qualifica-ções, sendo o primei-ro e único programaflexível para candida-tos com poucas qua-lificações, e com umaespecial ênfase para areunificação familiar.

No Quebeque, o

programa de seleção provincial mantém as ca-racterísticas do programa federal original paratrabalhadores através de uma ocupação numalista de procura.

A lista de ocupações tem uma classificaçãodas categorias, como contabilistas ou enge-nheiros eletrónicos.

Para os trabalhadores qualificados no Que-beque, as escolhas são ligeiramente idênticasna flexibilidade, comparativamente com o pro-grama em Manitoba, com três programas clás-sicos em um.

“O primeiro é o Programa de EmpregoAssegurado, quando um trabalhador tem umaoferta de emprego oficial e financeiramenteseja autossuficiente. No entanto, não é exigida

nenhuma ocupação específica, apenas é exigidauma ocupação”, frisou Rosanna Pancotto.

A consultora em imigração disse que aatividade profissional requerida, neste flu-xo ”não é necessária ser no ramo da gestãocomo se verifica no Ontário”, apenas vai deencontro com a lista de ocupações específicas,dando aos profissionais ”opções que não sãonecessariamente relacionadas com a “gestão”.

O programa de mobilidade, ocupacionale de empregabilidade, vai ao encontro do perfilde ocupação básica de emprego para o Quebe-que, com os estudantes a ”poderem estar nacondição de elegibilidade antes da sua gradu-ação”.

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Página 44 de fevereiro de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

FICHE TÉCHNIQUE

LusoPresseLe journal de la Lusophonie

SIÈGE SOCIAL6475, rue Salois - AuteuilLaval, H7H 1G7 - Québec, CanadaTéls.: (450) 628-0125 (450) 622-0134 (514) 835-7199Courriel: [email protected] Web: www.lusopresse.com

Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Anália NARCISOContabilidade: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:• Carlos de Jesus• Adelaide Vilela• Osvaldo Cabral• Jules Nadeau• Luciana Graça• António da Silva Cordeiro• Daniel Bastos• Fernando Pires

Revisora de textos: Vitória Faria

Societé canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

LusaQ TVProdutor Executivo:• Norberto AGUIARContatos: 514.835-7199

450.628-0125Programação:• Segunda-feira: 21h00 às 22h00• Sábado: 11h00 ao meio-dia(Ver informações: páginas 5 e 16)

wwww.os50anos.com A nossa gente de 1963-2013

75 Napoléon | Montréal [email protected] | 514 282-9976

Silva, Langelier & Pereira s e g u r o s g e r a i s

SOLIDÃO…Um mal maior do século XXI

• Por Adelaide VILELA

Hoje, até a igreja reconhece que asolidão entrou em casa de ricos e pobres, calcu-lando-a como tragédia humana. É um mal ma-ior do século XXI, algo que renega a força, aluz, a felicidade e o direito de reconhecer o queé importante em si mesmo. A solidão é um bi-cho insignificante, com várias caras, e afeta aTerra lés a lés, sem distinção de cores ou de ra-ças. A primeira faceta da solidão reside na faltade coragem, de estimação, de mérito… E quan-tas vezes desaparecem os valores capazes deatulhar de energias positivas a arca vazia quebaila dentro do que se sente só e abandonado.

Solidão e melancolia têm barreiras em co-mum. Solidão é sinónimo de estar só, sozinho,triste, desamparado, e acontece essencialmenteporque falta espaço e vontade de gerar e de darà luz a alegria no olhar de cada dia. A melancoliaé um olhar ligado à tristeza e ao vazio tendo amorte, ao fundo do túnel, como um ato de co-ragem, a qual deliberará o sofrimento daquele(a) que observa o fim da vida como sinal depaz e de uma verdade reveladora, que trará aressurreição com um bem. Que ninguém caiana tentação sem encarar o medo e a sombrado seu próprio EU; que ninguém caia na tenta-ção sem encontrar momentos grandiosos depensar conseguidos, talvez, através das leiturasde sábios pensadores, tais como Confúcio:“Para quê preocuparmo-nos com a morte? Avida tem tantos problemas que temos de resol-ver primeiro”.

Durante o tempo em que moramos naTerra consideramos que todos nós temos quepassar por altos e baixos, seguir em frente edeparar-se com a malvadez, desconfiar do male encontrar caminhos floridos e de grande bele-za, onde possamos forjar vontades aumen-tando a fé, o querer, como significado de influ-ência.

Um dia destes estando eu e o meu esposoem frente do televisor vimos um ator conhe-cido, pelas luzes da ribalta, mandar uma mensa-gem aos seus amigos. O artista sofria de certademência e tinha presente apenas o passado ealgumas leituras do imediato. O Sr. pediu aosamigos que por favor não o abandonassem,pois estava a passar por uma fase crítica e invul-gar. Demo-nos conta de que o dito ator tinhauma coragem como muitos não podem acre-ditar. Pelos vistos tinha sido abandonado pelosdistraídos (antes seus amigos), e a partir daliteria que fazer o caminho a olhar para os des-confiados que confundem dor com solidão.Notamos tristeza no rosto daquele ser humanoe para nós foi como se alguém nos dilacerasseo coração. Por outro lado, pensamos em relerestes versos de Luís Vaz de Camões:

Mas, conquanto não pode haver desgostoOnde esperança falta, lá me escondeAmor um mal, que mata e não se vê.Que dias há que n’alma me tem postoUm não sei quê, que nasce não sei onde,Vem não sei como, e dói não sei porquê.

Dói, claro que sim, escrevo agora na pri-meira pessoa… Há um pouco mais de doismeses, fui submetida a uma grande cirurgia elogo notei que teria que ganhar asas de coragem,na raiz do coração, para resistir ao sofrimentoe não entrar nas veredas da solidão e do isola-mento. A grandiosidade de carater da minhafamília e dos bons amigos nunca me deixaramficar só, nos 45 dias de internamento.

Acima de tudo, a recuperação continualenta… ainda tenho momentos de desespero,sobretudo quando estou só, e as dores me aper-tam. Nestes casos lembro-me de duas ou trêspessoas que eu considerava amigas e nem se-quer me foram visitar ao hospital. Liberdade éa palavra imensa que admiro e respeito! Enten-do que a mudança de sentidos (para alguns) fa-

Farol de LuzDebruado numa nesga de terraergues-te altaneiro e vigilantesobre o mar calmo ou revoltosoirradiando a salvífica luz oscilante.Desde tempos imemoriaisresgatas do destino incertoa precária condição dos mortaisque ousam cruzar o mar aberto.O que seria de quemincessantementeprocura conhecer o mundosem o clarão preciosoda esperançade chegar a bom porto,finalmente.

Daniel Bastos, “Farol de Luz”, inTerra.

ça parte do crescimento, ou do decrescimento,quem sabe?

A verdade é que ainda me acontece chorar,por me dar conta que nem a todos incomodao facto de alguém estar doente ou num períodode solidão involuntária. Porquê dar sentido aoproblema do outro se o sofrimento é paramuitos uma insignificância qualquer.

Pela parte que me toca, consigo fazer deum saco vazio um lagar de energias positivas ealcançar a coragem que preenche a minha vidade luz e de amor. Mas quantos são os que nãoentendem a palavra coragem e se isolam, ca-vando a própria sepultura na solidão soberbaque lhes acaba com a vida.

Afinal, como vai este mundo em que cadaum pensa e vive por si só? William Shakes-peare apresenta a sua própria ideia: “Um palcoem que cada um deve recitar um papel, / e omeu é um papel triste”. Assim vai a Terra e osque nela habitam.

L P

Página 54 de fevereiro de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Feliz Natala todos!

Página 64 de fevereiro de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Ryanair e easyJet nos Açores:

Ser mais verde e mais cultural para aproveitar o boom turístico• Por Jules NADEAU, enviado especial

No seu magnífico isolamento azul,os Açores são o arquipélago onde a vida decor-re pianissimo e pacificamente. Para o repórter,difícil de encontrar um ponto quente, excetoquando a Mãe Natureza faz rebentar um vulcãocomo o terrível Capelinhos no Faial (1957).Os homicídios acontecem sobretudo nos ro-mances de Francisco José Viegas, mas o crimi-noso acaba sempre a ver o sol aos quadradi-nhos.

Uma exceção, o verão passado, durante anossa estadia em São Miguel, chegamos nomeio de uma pequena revolução no país dashortências. O afluxo repentino de turistas trazi-dos por duas companhias aéreas europeias.Um aumento de 33% de turistas no AeroportoJoão Paulo II em junho de 2015, ou seja, 21000 a mais que no mesmo período em 2014.Um maná inesperado para a economia localque luta contra uma taxa de desemprego crónicade mais de 15%. Gostaria de ter podido multi-plicar as entrevistas para melhor analisar esteboom turístico, mas não foi fácil em apenasduas semanas. Faço-o na mesma sob a formaduma nota – baseada nas minhas observações.Ninguém é profeta na sua terra? Vou sê-lo euem território lusófono?

Ryanair e easyJetO fenómeno verifica-se facilmente. Um

empregado de mesa antigo do venerável hotelTerra Nostra (oitenta anos de existência) con-firma-o sem hesitação, enquanto nós sabore-amos um incontornável cozido das Furnasregado com um Cabernet Sauvignon do Pico.A mesma coisa é confirmada em Porto For-moso onde José Soares (t-shirt de Che Gueva-ra), o sobrevivente de 42 invernos de Gatineau,acolhe agora muito mais estrangeiros no seurestaurante a cozinhar simples Hamburgos (há

muitos outros pratos no menu). Nas suas pági-nas, o Açoriano Oriental, de Paulo Simões, eo Diário dos Açores, de Osvaldo Cabral, vol-tam sempre a falar da presença de Alemães,Holandeses, Americanos, Ingleses, Suíços eCanadianos (estes em 6º lugar).

Vimo-los em fila indiana nas estradas pa-norâmicas. Saco às costas e garrafas do Lusona mão. Falei com muitos na Lagoa e na RibeiraGrande para registar os comentários. Numaesplanada no centro de Ponta Delgada conver-sei com um casal austríaco, cujo marido geó-grafo se dizia no paraíso: «Viemos para admirara botânica e os vulcões», lançou-me o anafadoseptuagenário enquanto saboreava a sua cer-veja Melo Abreu.

Depois dos intrépidos exploradores dascaravelas vindos se reabastecer na Madeira enos Açores, são agora duas companhias aéreasque exploram este circuito desde 29 de marçoúltimo. Primeiro, a irlandesa Ryanair, depois asua rival inglesa easyJet. O resultado da libe-ralização do céu do arquipélago. No caso daRyanair (o quarto dos passageiros trazidos aSão Miguel), trata-se duma das companhiasmais rentáveis do mundo, segundo a televisãoFrance 2. «Do nunca visto!» Destinações ren-táveis para 30 países europeus com 1600 voospor dia com os aviões cheios a 91%. Com lu-cros indecentes! O segredo da companhia quevale 19 biliões de euros na Bolsa (dez vezesmais que Air France)? Não há refeições gratui-tas! Nada de presentes! As mais pequenas op-ções são pagas em linha pelos 105 milhões deviajantes anuais. O mesmo para os emprega-dos: os uniformes e a formação. Nenhum salá-rio em caso de doença. Donde, impossível paraos competidores de ganharem contra a com-panhia azul e amarelo. A venerável SATA ou aTAP não podem baixar o preço dos bilhetestão radicalmente.

A réplica da SATA?

No capítulo da aviação, confesso que fa-lhei em termos de entrevistas. No dia 21 deagosto, com o chefe de redação Norberto Agui-ar e Anália Narciso, fomos à curta cerimóniamarcando o 74º aniversário da companhia. Ainauguração pelo pdg da época, Luís Parreirão,duma placa em honra dos fundadores de 1941.A atmosfera era festiva nesse domingo e erafácil conversar com todos os dirigentes. Gosta-ria de ter podido interrogar Luís Filipe Cabral,o responsável das comunicações da SATA.Ou então o seu colega de Toronto, o diretorCarlos Botelho. Este último aconselhou-me adirigir-me ao sr. Cabral para uma entrevista e osorridente comunicador disse-me estar «deacordo». Infelizmente, falta de tempo!

Ainda agora, gostaria de saber a reação daSATA face à uberisação estrangeira das compa-nhias a baixo custo. A sua estratégia para dimi-nuir os estragos e conservar a sua parte domercado no reino dos céus? Novos AirbusA330? Neste contexto, o atual slogan «O A-tlântico e vós» parece-me muito fraco. Tambémseria necessário fazer perguntas à TAP.

Mobilar os museusO grande desafio das infraestruturas de

acolhimento consiste em divertir e reter estesturistas por mais algumas noites. Fazer delesembaixadores. Propor-lhes atividades estimu-lantes, não somente no plano desportivo, mastambém cultural. No meu caso, poderia facil-mente passar dois meses em vez de duas sema-nas, mas as motivações não são as mesmaspara todos.

Para benefício dos novos turistas, sugirode mobilar, enriquecer e melhorar todos oscentros de exposição da cultura local. Vi e foto-grafei embriões de museus que ganhariam emoferecer mais aos visitantes curiosos. Por ex-emplo, o museu de Cabouco testemunha deuma boa intenção de nos informar sobre acultura camponesa, mas é difícil de lá ficar pormuito tempo. Na Ribeira Chã, a casa natal deMaria dos Anjos Melo, nascida em 1906, umacorajosa mulher que partiu para os EstadosUnidos e voltou com a idade de 17 para acabaros seus dias na terra que foi o seu berço, é umabela surpresa. O centro paroquial da terra é umoutro belo embrião de atividade cultural.

No meu recente artigo sobre a Gorreana,a mais antiga plantação de chá da Europa(1883), evocava a existência de uma exposiçãosobre o chá em 2012 no museu Carlos Macha-do. Também me falaram de um efémero museudo chá (D. Maria Mota) que infelizmente nãosobreviveu. A ligação com os Chineses de Ma-cau é excecional. Seria preciso ressuscitar essesítio para atrair turistas asiáticos (e tecer ligaçõescom os imigrantes chineses que são tão interes-sados pela história, sobretudo a que lhes toca).Bons exemplos de vitrinas suscetíveis de teste-munhar do génio dos empresários micaelensesdo ponto de vista botânico, comercial e cientí-fico.

Por que não fazer o mesmo com os ana-nases, o açúcar, o tabaco, os laticínios e o álco-ol? A sociedade Mulher Capote com os seuslicores de toda a espécie, tangerina, ginja, café,etc. oferece degustações. Também promoveros pratinhos de cerâmica Vieira como recorda-ções. Sem esquecer a pesca, que representa um

setor económico incontornável. Um apaixo-nado de história como o meu amigo RobertoMedeiros e Pedro Pascoal (boa pesquisa sobreo chá) estariam certamente interessados se lhesdessem os meios. (Ao pensar no soberbo se-rão organizado em Outremont pela comuni-dade sefardita do Quebeque – com a presençade Kátia Guerreiro – por que não pôr em evi-dência a história e a contribuição da grande fa-mília Bensaúde?)

Um belo projeto para Sainte-ThérèseSoube antes de partir de Montreal que to-

das as cidades e freguesias publicam magnífi-cos álbuns sobre o seu passado. Exemplo, umarica documentação sobre Água de Pau. Seriaentão preciso ir à caça a artefactos de toda a es-pécie. Depois imprimir folhetos e recrutar gui-as multilingues para visitas instrutivas. Implicaros colecionadores e dar provas de criatividadepara ilustrar a cultura local. Em matéria de emi-gração seria necessário procurar do lado da No-va Inglaterra e do Canadá. Além dos museólo-gos (especialidade quebequense), onde estãoos documentaristas portugueses? No caso dageminação Lagoa-Ste-Thérèse, eis um bom de-safio para as nossas dirigentes Cristina CalistoDeq Mota e Sylvie Surprenant.

O que precede implica peritos e orçamen-tos. A minha segunda recomendação situa-sea outro nível. Fazer dos Açores os campeõesdo meio ambiente e fazer deles uma regiãomodelo. Banir completamente os sacos deplástico, reciclar massivamente e transformarem adubo o excedente dos pratos (sempre adeitar por fora). De deixar os estrangeiros deboca aberta e cheios de admiração!

Turistas e crianças sobretudoPerto de 63% dos Micaelenses procedem

à separação do seu lixo em casa, segundo uminquérito realizado junto de 13 920 pessoas.Sobre este assunto, fiquei contente de ouvir asobrinha Carmen confiar-me que em casa dosNarciso, a reciclagem é uma prática obrigatória.Aliás, vi em Rosário grandes sacos transparen-tes arrumados na garagem deles. A jovem qua-dro da impressionante empresa de pescadoLurdes Narciso preocupa-se com a futura gera-ção: «Se não respeitarmos o mar, até quandovamos nós pescar bom peixe?», afirma-me elanum excelente inglês deitando um olhar enter-necido para o jovem Tomás. A mais vasta zonamarítima da Europa estende-se sobre 994000km2. (Aliás há razão de se inquietar. Tristerevelação, com uma foto de uma praia poluídado Faial, o Açoriano Oriental intitulava na suaedição de 31 de julho último: «Intensa agrega-ção de plásticos dá à costa na Região».)

Enfim, no conjunto, tal como já mencio-

A SATA comemora, em 2016, 75 anos. Em agosto passado, Luís Parreirão, entãopresidente do Conselho de Administração, na companhia do Comandante Afonso -o primeiro piloto da história da SATA! - descerrou a placa da efeméride no edifícioque serviu de primeira sede, na rua dos Mercadores. Foto LusoPresse/Jules Nadeau.

Museu do Cabouco.

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Página 74 de fevereiro de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Página 84 de fevereiro de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Obama:O discurso sobre o Estado da União

• Por António DA SILVA CORDEIRO

O Presidente Barack Obama pronunciou, na terça-feira,12 de janeiro passado, o seu último discurso sobre o “Estado daUnião”. Não foi ainda a sua despedida da Presidência nem foi ousual tipo de discurso em que o Presidente apresenta ao Congressoo programa que pensa executar no ano que agora começa. Obamaapresentou, antes, um retrato do país cheio de esperança, depoisdos sete anos da sua presidência, com uma economia em contínuamelhoria e com uma mais fortalecida posição dos EUA no mundo,apesar da desigualdade doméstica e do terrorismo no estrangeiroe no país.

Obama aceitou a sua parte da responsabilidade por não terconseguido o que prometeu quando foi eleito em 2008: “É umdos pesares da minha presidência o rancor e a desconfiança entreos partidos terem piorado em vez de melhorado; (...), um presi-dente com os dons de Lincoln ou Roosevelt talvez tivesse podidomelhorar esta ponte sobre a divisão”.

O Presidente tomou nota dos americanos que se sentem me-drosos e afastados do sistema político e económico, que pensamestar voltado contra os seus interesses. Repetidamente constatoua sua visão da Nação com a oposição republicana que insiste emmenorizar a posição do país, descarregar ódio sobre os imigrantes,os muçulmanos e os estrangeiros em geral – referências claras aDonald Trump e Ted Cruz.

O Presidente expressou-se com muito à vontade e até comalgum humor. Soube aproveitar bem o simbolismo da ocasião:no camarote da primeira-dama, havia uma cadeira vazia represen-tando as vítimas da violência das armas; os outros lugares foramocupados por uma mistura significativa, incluindo um refugiadosírio. Anunciou um esforço tipo moonshot para se encontrar a cu-ra do cancro nomeando Joe Biden para liderar esse esforço. Apon-tou os quatro assuntos mais importantes no futuro da nação: co-mo assegurar a oportunidade para cada cidadão; como usar e or-ganizar a contínua mudança da tecnologia; como manter o paísseguro; e como reparar as falidas políticas nacionais.

Como em todos os anos anteriores, Obama apelou a que setermine com gerrymandering – a delimitação artificial dos distritoseleitorais; que se facilite a todos o processo de votação; e que to-dos os cidadãos participem e se envolvam na política. Tambémpediu diálogo com os Republicanos na reforma do sistema dajustiça criminal, aprovação do acordo de comércio livre com paísesdo Pacífico, e nas iniciativas dirigidas à pobreza e à crise dosopioids nos Estados Unidos. Lamentou situações em que o com-promisso tem falhado: salário mínimo, reforma da imigração erestrições na compra de armas.

Não podia terminar o discurso sem recordar o que tem con-seguido na sua presidência: o colapso e recuperação da crise econó-mica de 2008; a passagem do Affordable Care Act - Obamacareno sistema de saúde; pactos sobre comércio livre e alteração doclima, e as tentativas, embora falhadas, da reforma da imigração eda legislação sobre as armas. Obama defendeu a sua tática de en-frentar o Estado Islâmico – é uma ameaça muito séria mas nãoexistencial e não força a necessidade de militares americanos noterreno, mas leva a alianças com outros países afetados.

Não posso deixar de acrescentar uma breve nota pessoal so-bre o comportamento de Paul Ryan, o novo “Speaker of theHouse” que, como os restantes Republicanos, nunca aplaudiu oPresidente. Na TV, dava a impressão de que estava a fazer umgrande frete a presidir, com Joe Biden, que é o Presidente do Sena-do, à Sessão Solene do Congresso. O seu sorriso sarcástico ofendequalquer pessoa, muito mais tratando-se de um discurso do Presi-dente. É sempre uma sessão muito solene quando se juntam asduas Câmaras: Congressistas e Senadores. Não há dúvida que osRepublicanos têm, neste momento, a maioria nas duas câmaras,mas boas maneiras não têm partido.

A reposta oficial do partido Republicano foi feita pela Go-vernadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, que se desempenhoumuito bem e demonstrou que poderá ter futuro no partido.

Whiting, New JerseyL P

SATA...Apostada em voos mais altos

PONTA DELGADA – O novo pre-sidente do Conselho de Administração dacompanhia aérea açoriana SATA, Paulo Me-nezes, que iniciou funções em dezembro, assu-miu que o maior desafio passa por “evitar so-bressaltos e garantir estabilidade”.

Num comunicado enviado à Comunica-ção Social, a SATA informou que Paulo Mene-zes foi eleito presidente do Conselho de Admi-nistração da SATA, empresa detida pela região,na assembleia-geral que decorreu em PontaDelgada.

O Governo Re-gional dos Açores a-nunciou a 30 de no-vembro, em comuni-cado, que Luís Parrei-rão ia abandonar apresidência da admi-nistração da trans-portadora “por ra-zões profissionais,relativas a um projetoempresarial privado”,sendo substituídopor Paulo Menezes.

Ouvido na Co-missão Permanentede Economia do Par-lamento dos Açoresno dia 7 de dezembro,Paulo Menezes afir-mou que aceitou oconvite do executivoaçoriano sem nadaimpor e por entenderque tem condiçõespara “abraçar mais es-te desafio”, com “com-promisso total”.

Paulo Menezes élicenciado em Enge-nharia Eletrotécnicae, entre 1997 e 2004,exerceu as funções dediretor regional dosTransportes e Co-municações, com atutela da área dostransportes aéreos edo grupo SATA, ten-do entre 2001 e 2004sido presidente da as-sembleia-geral da SA-TA Internacional.

No início destemês, o secretário regi-onal do Turismo eTransportes, VítorFraga, disse que PauloMenezes dá “todas asgarantias, pela suacompetência, de vir adesempenhar umbom papel e prosse-guir com o trabalhoque está a ser feito naempresa, nomeada-mente com a concre-tização do plano denegócios” que vigoraaté 2020. L P

Página 94 de fevereiro de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Um Pouco de História sobre a Índia...– A chegada de Vasco da Gama e outros navegadores portugueses!Em Jeito de Pequena Introdução (Parte I)

• Por Fernando PIRES

Antes de entrar diretamente no cer-ne do assunto que nos interessa, tentaremosdar um pequeno apanhado histórico da Ín-dia, antes do século XIV. Certos estudiososdebruçaram-se sobre as múltiplas formas eperíodos glaciários que ocorreram durantemilhões de anos nesse continente, e não sóaí, como, por exemplo, alguns duma duraçãode 600 milhões de anos na região do Saara.Do chamado éon Pré-Cambriano, que repre-senta 7/8 da história da Terra, pouco se sabe.Temos mais vestígios das eras que se segui-ram, como a era Pérmica ou Permiana, dumaduração de 200 milhões de anos, assim comodos períodos Mioceno e Plioceno, seguindo-se-lhe o Holoceno ou Holocénico, este omais recente, que se iniciou há 11 500 000anos e vem até ao presente. Há muito maisinformação pré-histórica, mas ela é longa eescapa a este vosso autodidata.

Vamos então entrar noutro paradigma,dado que os vários sistemas de milhões deanos dos mundos anteriores são complexos.Avancemos assim com mais datas do Conti-nente Indiano, englobando a era pliocénicados altos do Dekkan, que incluía a Cordilhei-ra do Himalaia, no Hemisfério Norte a 39

graus de latitude; isto no período interglacialGunz-Mindel, cerca de 6 000 000 anos, ondesegundo certos dados históricos avançam queuma cultura da indústria pré-histórica já estariapresente nos Himalaias!

A civilização do Vale do Indo, na fronteiracom o Paquistão, é conhecida como Civiliza-ção Harappiana, e tem datação do carbono 14como indo do ano 2900 a 2700 antes de Cristo.Cinco séculos mais tarde esta civilização setornaria uma sociedade urbana, mas durantemilénios teria sido dominada pela religião vé-dica e pela cultura ariana. Houve, no entanto,outros impérios e dinastias que durante 500anos reinaram entre estas datas. Segundo umapesquisa arqueológica e cronológica do histori-ador e arqueólogo francês Roman Girshman,a datação de 600 anos teria acontecido antesda era cristã, até aos 100 anos antes da mesmaera, segundo a interpretação dos megálitos en-contrados em Dekkan. Não abordaremos aquioutras datas históricas porque isso daria panopara mangas. As religiões neste complexo evasto subcontinente indiano foram semprefatores de predominâncias homogénicas de rei-nos ou invasões. Sobretudo no que diz respei-to ao comércio cobiçado por potências e inva-sores deste continente (diz-se até que Vascoda Gama, na sua primeira chegada à Índia, teriaraptado pescadores e autóctones). Algumas

dessas invasões provocaram a implantaçãode Persas, Turcos, Mongólicos e Indo-Gre-gos, que não conseguiram dominar todo oNorte da Índia. Mesmo se Alexandre oGrande esteve às portas do Norte, onde seteria encontrado com Darius, rei dos Persas.Estas ocupações mantinham-se já no “Nor-te e Oeste do Punjab e Saurashtra”, onde osânscrito se tornou “língua oficial” e religiãodos Pró-Drádivas (de raça branca) aí implan-tados. Isto, segundo a opinião unânime decertos historiadores. Ora o “reino de Ka-nishka”, situa-se entre os anos 78 e 144 daera cristã.

A língua sânscrita vinda do Ocidentetem a ver com uma língua parente da línguaelamita, língua importante e falada no Elam.Ou seja, nos confins da Pérsia e da Mesopo-tâmia durante o primeiro milénio, e inventadapela Suméria. Ainda segundo o mesmo ar-queólogo e historiador “as inscrições da se-gunda dinastia indicam que Kanishka, rei-nou do ano 1 até ao ano 29. Sabe-se tambémque Kanishka tinha sido o iniciador dumcalendário até à entrada na era cristã, em 144depois de Cristo”.

A pergunta que aqui se levanta: duranteeste período, em que ano a era cristã se situavano ano 1 da era Kanishka? Será que o ho-mem Cristo teria chegado a este continentena enxurrada da cultura indo grega e da religiãodos Drádivas? E que dizer da cultura elamita?

Entradas passam a ser gratuitasA presidente da Câmara Municipal de Lagoa, Cris-

tina Calisto, tornou público, em edital de 25 de janeiro,a aprovação da isenção de pagamento de entrada nosnúcleos museológicos Casa das Memórias – Conventodos Franciscanos e Mercearia Central – Casa Tradici-onal aos residentes no concelho.

Esta medida facilitará à população o livre acesso aosespaços que têm contribuído para o desenvolvimentocultural, pedagógico, formativo, cultural e turístico do con-celho, possibilitando, assim, um maior conhecimento dasua cultura, história e etnografia lagoense.

A Casa das Memórias, inaugurada em 2013 e sediadano Convento dos Franciscanos, tem como intuito resgatare recordar a história da ordem religiosa albergada no espaçoentre os séculos XVII, XVIII e XIX; a Mercearia Central– Casa Tradicional, situada em Água de Pau, foi adquiridapela Câmara Municipal de Lagoa, em 2009, com o pro-pósito de recuperar e preservar a história do comércio lo-cal, solidificando a compreensão da história local e garan-tindo a sua herança às gerações futuras.

De referir que na sequência da inserção destes espa-ços na área da educação e cultura, a autarquia tem traba-lhado ativamente, quer na componente museológicada Casa Mercearia e Museu Etnográfico do Cabouco,quer na promoção dos diferentes núcleos, bem comode outros sediados no concelho de interesse culturalnão geridos pela autarquia, nomeadamente com a cria-ção de materiais informativos como a Rota Museoló-gica, que dá a conhecer ao público em geral os váriosnúcleos, o passatempo e desporto de ar livre Geoca-ching. A componente didática também tem sido umaaposta. Neste sentido, foi criado material informativoque facilita a leitura das peças e compreensão do acervodos diferentes espaços, quer em formato papel, querdigital, fichas pedagógicas para os mais jovens, e nestasemana serão desenvolvidos atelier “Terços dos Ro-meiros” quer no Museu Etnográfico do Cabouco, querna Casa Mercearia Central. L P

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“Gelo” tem estreia nacional marcada para 3 de marçoMarcelo Rebelo de Sousa...Agradece aos portugueses e promete presidência de proximidade

LISBOA – O Presidente da Repúblicaeleito, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou umanota de agradecimento aos portugueses na qualpromete uma presidência de proximidade, edefendeu que o povo ordenou a “abertura deum ciclo de renovação da esperança”.

Num e-mail que Marcelo Rebelo de Sousaassina com um “abraço amigo”, o Presidenteda República eleito nas presidenciais de domin-go, dia 24 de janeiro, começa com um “Obri-gado Portugal”, agradecendo “a todos aquelesque, seja em quem for que tenham depositadoo seu voto, participaram deste ato eleitoral”porque “o voto é a expressão da democracia”.

“Agradeço a confiança que o povo de Por-tugal depositou em mim ao votar para me ele-ger Presidente da República. O povo é quemmais ordena, e desta vez o povo ordenou eacreditou na abertura de um ciclo de renovaçãoda esperança e de proximidade. Ciclo esse queé da maior importância, ao prepararmos o paíspara a saída da crise”, sublinhou.

Marcelo Rebelo de Sousa deixa ainda umapromessa: “Darei tudo, darei o meu melhorpor Portugal. Portugal merece o meu melhor,e o melhor de todos nós”.

O Presidente da República eleito recordouas prioridades que definiu no discurso da vitóriade domingo à noite, que serão “restabelecerequilíbrios sociais, fazer pontes para unir umpaís fragmentado, sarar as feridas causadas pe-los tempos difíceis que atravessámos, e melho-rar a qualidade de vida dos mais desfavore-cidos”.

“Todas as portuguesas e todos os portu-gueses contam, e contarão sempre, com o meuafeto. Afeto para os ouvir, para os entender,para os ajudar a encontrar soluções”, vincou.

Marcelo garante assim que está e estará“sempre próximo de todos”, pois como afir-mou ao longo da campanha, vai exercer umapresidência “de proximidade e de afeto”. “Pro-ximidade não apenas geográfica, mas espiri-tual”, concretizou.

Marcelo Rebelo de Sousa foi no domingo,dia 24 de janeiro, eleito Presidente da Repúblicacom 52% dos votos, uma percentagem acimados 50,5% conseguidos na primeira eleiçãopelo seu antecessor, Cavaco Silva, em 2006.

O ex-líder do PSD e comentador políticotornou-se no quinto Presidente da RepúblicaPortuguesa desde o 25 de Abril de 1974, numaseleições em que se registou uma abstenção de51%.

Segundo os dados do Ministério de Admi-nistração Interna, Marcelo Rebelo de Sousaobteve 52%, seguindo-se Sampaio da Nóvoa(22,89%), independente apoiado por persona-lidades do PS, Marisa Matias (10,13%), apoiadapelo BE, Maria de Belém (4,24%), militantedo PS, Edgar Silva (3,95%), apoiado pelo PCP,Vitorino Silva (3,28%), Paulo de Morais(2,15%), Henrique Neto (0,84%), Jorge Se-queira (0,3%) e Cândido Ferreira (0,23%). L P

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LISBOA – A longa-metragem “Gelo”,realizada por Luís Galvão Teles e Gonçalo Gal-vão Teles, tem estreia nacional marcada para3-3-2016. O filme abre o Fantasporto a 26 defevereiro, onde está também em competiçãointernacional, e é um dos 15 filmes seleciona-dos para integrar a Official Narrative FeatureCompetition, a principal competição do pres-tigiado festival norte-americano Cinequest.

“Gelo” desenvolve-se numa narrativa en-volvente e inesperada, na qual as vidas de duasmulheres se cruzam nas histórias uma da outra.É um filme raro no panorama cinematográficoportuguês, que une o romance e o fantástico eleva o espectador a questionar-se sobre quantasvidas há numa vida.

Protagonizado pela atriz espanhola IvanaBaquero (O Labirinto do Fauno, de Guillermodel Toro, e As Crónicas de Shannara, série pro-duzida pela MTV que estreou com grande su-cesso em janeiro deste ano no canal MOV), ofilme conta ainda com um sólido elenco deatores portugueses, como Afonso Pimentel,Albano Jerónimo, Ivo Canelas, Inês Castelo-Branco, Carlos Santos, João Jesus e BeatrizLeonardo.

Para Luís Galvão Teles “Gelo” é um filmeque vai para além da realidade e da imaginaçãoe que mergulha num mundo onde o tempo, avida, o amor e a morte fundam e orquestram aHumanidade. É também a concretização dosonho antigo de realizar um filme em conjuntocom o meu filho Gonçalo.”.

“Há já algum tempo que queríamos fazerum filme juntos. Tal como acontece em “Ge-lo”, às vezes não somos nós que escolhemos

os filmes, mas são os filmes que nos escolhema nós.”, acrescenta Gonçalo Galvão Teles.

A produção de “Gelo” esteve a cargo daFado Filmes, também de Luís e Gonçalo Gal-vão Teles. Com quase 20 anos de existência, éuma das mais antigas e ativas produtoras de ci-nema em Portugal, tendo produzido filmescomo Elas, Jaime, Nha Fala, Dot.com, Fadosou O Grande Circo Místico.

O filme estará em exibição em várias salasde cinema espalhadas pelo país, sendo toda ainformação sobre a exibição e outros temasrelacionados com esta longa-metragem atuali-zada regularmente em www.facebook.com/gelofilm.Sobre o Cinequest:

O Cinequest é um festival independentede cinema que se realiza anualmente em S. José,na Califórnia e que em 2015 foi eleito pelosleitores do USA Today como o melhor festi-val de cinema dos Estados Unidos da América.Vai decorrer de 1 a 13 de março. Em 1999 LuísGalvão Teles ganhou o Prémio do Públiconeste festival com o filme “Elas”.Sobre o Fantasporto:

O Fantasporto – Festival Internacionalde Cinema do Porto existe desde 1981 e é umdos principais festivais de cinema de Portugal.A edição de 2016 vai ter início a 26 de fevereiroe terminar a 5 de março. Em 2007 galardooucom o Grande Prémio “O Labirinto do Fau-no”, que lançou Ivana Baquero, atriz principaldo filme “Gelo”.

Link para trailer: https://vimeo.com/fadofilmes/gelotrailerpt

Link para download de imagens e presskit(sinopse, ficha técnica, biografias dos realizadorese elenco principal): http://we.tl/wHYZtU7ifP

Página 124 de fevereiro de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

No jardim do Convento, em LagoaNoite dedicada ao «Cantar às Estrelas»

O jardim do Convento dos Franciscanos,na freguesia de Santa Cruz, foi palco de mais uma tra-dicional “Noite de Cantar às Estrelas”, que teve lugarno passado sábado, na cidade de Lagoa e que contoucom 21 grupos, perfazendo um total de 700 partici-pantes.

Este ano, a Noite do Cantar às Estrelas teve o seuinício e concentração de grupos no largo da igreja daMatriz de Santa Cruz, que assim prestaram cumprimen-tos à imagem de Nossa Senhora da Estrela expostanaquela igreja, seguindo-se até à escadaria interior dojardim do Convento dos Franciscanos, onde se deu aatuação de cada grupo participante.

Para a presidente da Câmara Municipal de Lagoa,Cristina Calisto Decq Mota, que também participounesta edição da Noite de Cantar às Estrelas, no Grupoda Associação de Funcionários da Câmara Municipalde Lagoa, demonstrou o seu agrado pela realização dainiciativa de índole cultural, que encheu e coloriu o jar-dim de um espaço nobre da cidade de Lagoa, com aparticipação prestigiosa e voluntária de mais de 20 gru-pos.

Refira-se que esta iniciativa está inserida no pro-grama de festas em honra de Nossa Senhora da Estrela,que a Câmara Municipal de Lagoa, em parceria com aParóquia da freguesia de Santa Cruz e Sociedade Filar-mónica Estrela D´Alva, têm levado a cabo, nos últimos8 anos, e que findou no dia 2 de fevereiro, com a medi-tação do terço na Ermida de Nossa Senhora da Estrela,seguido de uma missa, encerrando com o hino pelaSociedade Filarmónica Estrela D´Alva.

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Presidenciais:

Concluída contagem de votos dos emigrantes portugueses

LISBOA – A contagem de votos dosemigrantes portugueses nas eleições presiden-ciais ficou concluída segunda-feira com os da-dos dos consulados de Londres e Caracas: nototal, dos 301.775 inscritos, votaram 13.566,o que corresponde a uma abstenção de 95,5%.

Segundo a Secretaria de Estado das Comu-nidades Portuguesas, a demora no escrutíniodos votos deveu-se a uma questão de logística,relacionada com a legislação que prevê que “emtodas as assembleias onde há menos de cemeleitores, os votos não podem ser contabiliza-dos no próprio local”.

“Os votos têm de ser concentrados nasecção mais próxima do Consulado e só depoisdisso é que o próprio Consulado também abreas urnas”, explicou à Lusa a mesma fonte.

Ao todo, votaram, portanto, apenas 4,5%dos emigrantes inscritos: dos 1.386 emigrantesregistados no consulado de Londres, votaram291, ou seja, 21%, e em Caracas, de um universode 9.254 inscritos, votaram 148, o que equivalea 2%.

Outro atraso no apuramento dos resulta-dos eleitorais ocorreu também em Washing-ton e Newark, onde a votação foi adiada devidoa fortes nevões e se realizou só no passadofim de semana.

Apesar de oficialmente confirmado o fimda contabilização dos votos das eleições presi-denciais, a página na Internet do Ministérioda Administração Interna não tem ainda a in-formação atualizada, indicando que falta aindacontar os votos de dois dos 73 consulados.

Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito a 24de janeiro Presidente da República com 52%dos votos em território nacional, uma percen-tagem acima dos 50,5% conseguidos pelo seuantecessor, Cavaco Silva, na primeira eleição,em 2006.

O ex-líder doPSD e comentadorpolítico tornou-se oquinto Presidente daRepública portu-guesa desde o 25 deAbril de 1974, numaseleições em que se re-gistou uma abstençãode 51%.

De acordo comos dados do Minis-tério de Administra-ção Interna, Marceloobteve 52%, seguin-do-se Sampaio daNóvoa (22,89%), in-dependente apoiadopor personalidadesdo PS, Marisa Matias(10,13%), apoiadapelo BE, Maria de Be-lém (4,24%), mili-tante do PS, EdgarSilva (3,95%), apoia-do pelo PCP, Vito-rino Silva (3,28%),Paulo de Morais(2,15%), HenriqueNeto (0,84%), Jorge

Sequeira (0,3%) e Cândido Ferreira (0,23%).

E no Quebeque?A afluência às urnas, instaladas no Consu-

lado-Geral, durante os dois dias em que estive-ram abertas (sábado e domingo), foi confran-gedora, mesmo se aumentou de cerca de 50%relativamente ao último ato eleitoral.

De cerca de 1 500 inscritos no Consulado,apenas se dignaram exercer o direito de votoum pouco mais de 120 pessoas, o que é miserá-vel, para uma comunidade que se diz interessadano dia-a-dia em Portugal...

Critica-se, barafusta-se, protesta-se... masquando é preciso marcar presença cívica, nadafeito. Não admira, pois, que como comunidadecontinuemos pouco menos do que abandona-dos. Mas a culpa, como se vê, é apenas nossa.

L P

L P

Na Lagoa, cantar às Estrelas às portasdo Convento dos Frades.

Página 134 de fevereiro de 2016 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

CONCURSO DE POESIA

Integrado na UTL- Universidade dos Tempos Livres (Montreal), o grup

, vai promover um concurso de quadras populares, iniciativa que tem como principal objectivo

encorajar o aparecimento de novos valores literários e, paralelamente, prestar homenagem ao poeta luso-

canadiano Fernando André, por ocasião do 10º aniversário do seu falecimento.

1. O concurso está aberto à participação de todas as pessoas residentes no Québec, com exclusão dos membros

da comissão organizadora e do júri.

2. As quadras devem ser escritas em língua portuguesa, subordinadas ao tema

(palavras que devem estar presentes em todas as quadras mas não

necessariamente nesta ordem).

3. Cada participante poderá concorrer com o máximo de duas quadras da sua autoria.

4. O prazo da entrega dos trabalhos termina do dia 10 de Março de 2016.

5. Entrega dos trabalhos:

a) Pessoalmente, na secretaria da Missão Santa Cruz.

b) Por correio:

Concurso de Quadras

60 Rue Rachel O. Montréal, Qué. H2W 1G3

c) Por email:

[email protected]

6. Os concorrentes devem identificar-se correctamente:

Nome completo, endereço e número de telefone

BREVEMENTE SERÁ DIVULGADO O REGULAMENTO COMPLETO. OS PRÉMIOS SÃO ALICIANTES

O SÉTIMO DEBATE REPUBLICANO• Por António DA SILVA CORDEIRO

Ted Cruz e Marco Rubio, mostravam na TV oque eles tinham dito anteriormente no Senado,ou mesmo na campanha eleitoral. As contradi-ções e as mudanças de opinião eram evidentesna sala e na transmissão. Tática interessante eefetiva. É de esperar que seja usada com fre-quência nos debates seguintes.

Tive a impressão de que Rubio, muitoaguerrido, falando muito alto e excitado, teráganho votos para a próxima segunda-feira, 1de fevereiro. Quando não tinha mais que dizer,voltava sempre ao Estado Islâmico e a garantirque iria destruí-lo e encher de novo Guantana-mo Bay.

Esta sede de guerra por parte de Trump,Cruz, Rubio e Christie é assustadora. Que elestenham esta ideia na sua cabeça, respeita-se;mas que estejam a espalhá-la cada vez maispor esta América é perigosíssimo, não só parao país, mas para todo o mundo.

Jeb Bush teve talvez o seu melhor debate,possivelmente por não estar lá Trump. Todavia,está muito longe de poder recuperar. Tem gastomais dinheiro do que ninguém e tudo chegaao seu fim. Tenho o hábito de dizer que soureligioso, mas na verdade, não acredito muitoem milagres e Jeb Bush precisa de um grandemilagre.

Ben Carson deu a impressão de estar no

Quando estas notas chegarem ao lei-tor, já se saberá os resultados das primárias deIowa e talvez também de New Hampshire. A26 de janeiro enviei, via e-mail, a um grupo deamigos, uma pequena nota sobre o Town HallDemocrata do dia anterior. Convém explicarque a TV tem vários modelos de debates eleito-rais, a saber: Forum – basicamente um modera-dor entrevista os candidatos individualmente,um depois do outro; Town Hall – encontrode um candidato ou vários consecutivamentecom um moderador a apresentar as perguntasque os cidadãos fazem pessoalmente, ou porescrito à entrada, ou por outros meios comoFacebook, e-mail, Tweeter, Skype, etc.; De-bates – o primeiro tipo de debate é a nível maisbaixo; até lhe chamaram “a mesa dos miúdos”,para acomodar os candidatos acima de 10 (ini-cialmente) ou 7 candidatos (presentemente) eusa o mesmo formato do Debate Formal: 10reduzido para 7 candidatos no partido Repu-blicano e 5 reduzido a 3 candidatos no partidoDemocrata. Este último formato é o mais usa-do. Depois desta explicação, que espero útil, a-qui vai o que enviei aos meus amigos:

“Não vou dizer nada de especial sobre o‘Town Hall’ de ontem entre os três candidatosdemocratas. Foi uma conversa muito interes-sante, bastante bem dirigida por Andy Cuo-mo, irmão do Governador de New York. Or-ganização da CNN que aconteceu num au-ditório duma Universidade de Iowa. Haviamuita gente jovem. A maioria das perguntasescolhidas foi apresentada por votantes que ain-da estão indecisos, mas, pareceu-me, todos demo-cratas. Perguntas interessantes e com valor.As respostas, principalmente por parte de Ber-nie Sanders e Hillary Clinton (já quase nin-guém presta atenção a Martin O’Malley) fo-ram muito boas, com os candidatos a revelarem-se entusiasmados, muito interessados e ativos.Basicamente já não dizem nada de novo, mascom a aproximação da primeira votação, oardor da batalha aquece. Por isso estão os doiscandidatos basicamente empatados. Recente-mente Hillary Clinton mostrou muita cora-gem declarando-se absoluta seguidora da orien-tação e política de Barack Obama. Afasta-secada vez mais da possibilidade de compromissoscom os Republicanos, mas também aponta asua distância do Tea Party.

À última da hora, nesta campanha presi-dencial aparece um independente muito respei-tado e respeitável: o bilionário ex-mayor deNew York City, Mike Goldenberg que, diz-se, no caso de Sanders ganhar a Clinton, se a-presentaria a concor rer como independente.Conseguiria mais votos do que qualquer outroindependente que tenha corrido anteriormente,mas duvido muito que consiga chegar à CasaBranca. Só se o Partido Democrata abandonas-se Sanders para o apoiar. Isso parece-me im-possível; seria acabar com o partido.

Vamos a ver o que acontece.”

Acrescentarei outra nota, antes de me de-dicar ao Sétimo Debate Republicano, agorasobre a decisão de Donald Trump se recusar aparticipar no debate, alegando que foi maltra-tado pela Fox News. Trump queria e exigia

que a moderadora, Megyn Kelly, fosse retiradado debate porque ele não gostou duma per-gunta dela num debate anterior (creio que noprimeiro de todos). Ele queixa-se de ter sidomaltratado por ela, uma jornalista sem catego-ria e que o terá classificado como antifeminis-ta. Obviamente a Fox News nunca poderiaaceitar essa proposta porque nenhum candida-to poderá controlar ou violar a liberdade deimprensa duma cadeia de televisão. Tendo fa-lhado essa tentativa, e como Trump está con-vencido que é o melhor negociador do mundo,terá ameaçado não participar se Fox News nãooferecesse 4 ou 5 milhões de dólares para or-ganizações de veteranos de guerra, que ele afir-ma estão a ser muito maltratados por Obama.Supõe-se que a lógica da negociação de Trumpseria a seguinte: se ele não participar no debate,Fox News terá menos alguns milhões de teles-pectadores, o que daria um prejuízo de 5 a 6milhões de dólares. Portanto, se querem queele participe, deverão dar a organizações de ve-teranos esse lucro de, pelo menos, 4 a 5 mi-lhões de dólares. Se não aceitarem essa propos-ta, ele não participará e organizará uma grandefesta para angariar dinheiro a favor dos vete-ranos à mesma hora do debate. Foi precisa-mente o que aconteceu. Diz-se que ele angariouos tais 6 milhões que agora vai distribuir porvárias organizações de veteranos. Momentosantes de se iniciar o debate, Rupert Murdoch,fundador e dono da Fox News, enviou o se-guinte Tweet: “Os candidatos Republicanosdevem estar ansiosos pelo debate desta noite.Poderão falar sem Donald receber toda a aten-ção”. O facto é que o resultado final desta deci-são é que ele conseguiu ganhar com ela. Comonas sondagens ele está à frente de todos, seriao bombo da festa, atacado pelos moderadorese por todos os outros concorrentes. Assim,libertou-se da possibilidade de erros e de pre-juízos para si próprio. Trump, que tem dito àboca cheia, no seu estilo sempre exagerado,que tem ganho todos os seis debates anterio-res, na manhã seguinte afirmava que, mesmoausente, ganhou o sétimo debate.

É este o homem que tem possibilidadesde ser o candidato Republicano à Presidênciados EUA. Quer se queira quer não, é ele que re-presenta a maioria da base do Partido Republi-cano e o partido nada pode fazer. É caso de seperguntar se esta decisão acabou por ser sui-cídio político, ou foi um golpe de génio. O fu-turo responderá.

Algumas observações sobre o debate.Sim, a Fox News teve muito menos audiência,não há dúvida. Também é certo que havia, nasala, o elefante de que pouquíssimo se falou.Foi com esta intenção com que o debate seiniciou, mas acabou-se falando dele e, mesmosem se ver, ele estava lá. Como é norma, oscandidatos todos atiraram-se a Ted Cruz por-que, entre os presentes, está em primeiro lugar.Um dos momentos mais interessantes foi aluta entre Ted Cruz e Marco Rubio em todosos assuntos, mas principalmente sobre imigra-ção. Chamaram-se mentirosos um ao outrovárias vezes. Pela primeira vez os moderadores– que, há que concordar, comportaram-se bas-tante bem, não só controlando o tempo e de-cidindo, com força suficiente, quem falava equem tinha que ficar calado – usaram uma téc-nica interessante: no início das perguntas a

debate porque parecia não ter outro lugar paraestar. Não deve durar muito, até porque o di-nheiro deve estar chegando ao fim.

Ron Paul, chamado à última da hora paraocupar o lugar de Trump, não fez mais do queisso: ocupar o lugar vazio. Esteve calmo e,porque não tem hipóteses presidenciais, é tem-po de se concentrar na campanha senatorialem Kentucky.

John Kasich esteve calmo e moderadocomo sempre. Tem uma experiência interes-sante e variada: foi Congressista vários anos,depois envolveu-se em negócios trabalhandonum grande banco como executivo, sendo go-vernador de Ohio com sucesso. O jornal TheNew York Times acaba de declarar-lhe apoiooficial como o melhor candidato Republicano.Todavia penso que, precisamente por ser mo-derado, não será eleito pela base do partidoRepublicano.

Chris Christie está a repetir-se dando aimpressão de que iria para Washington apenaspara manter Hillary Clinton a, pelo menos, 10milhas da Casa Branca. Declara-se o melhorProcurador-Geral para investigar Hillary atéconseguir levá-la à cadeia por muitos anos.Quem tem telhados de vidro não atira pedrasao vizinho.

Whiting, New Jersey L P

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QUEBEQUE...Cont. da pág 3

EDITORIAL...Cont. da pág 1

“As melhores áreas profissionais (para seemigrar para o Canadá) é terem uma profissãoque não seja regulada. Todas as profissões quetenham um órgão regulador estão sujeitasa regras, complicando o processo dos candida-tos. O melhor conselho que posso dar é que,antes de virem para o Canadá, devem solicitarao Word Education Services (WES) a avaliaçãodas credenciais para saberem os passos a tomarnessa transição”, sugeriu Rosanna Pancotto.

O ‘Express Entry’ arrancou a 1 de janeirode 2015, trata-se de um sistema eletrónico deimigração para o Canadá, envolvendo diversosprogramas federais.

O potencial candidato deve preencher oformulário online disponibilizado pelo site doMinistério da Cidadania Refugiados e Imigra-ção do Canadá (IRCC, sigla em inglês), cum-prindo com os critérios exigidos, sendo esco-lhidos os candidatos mais qualificados, que vãoficar registados numa tabela online, para queas empresas canadianas os possam selecionar,nomeadamente aqueles que não tenham o con-vite de uma companhia.

Os candidatos com a melhor pontuaçãoserão convidados a efetuar o requerimento paraa residência permanente, tendo 60 dias para ofazerem.

O ‘Express Entry’ concentra programascomo a ‘Classe de Experiência Canadiana’(CEC), tanto para os trabalhadores qualificadoscomo trabalhadores com competências em co-mércio, no entanto desde a sua entrada em vi-gor, o programa coloca algumas barreiras paraque os estudantes internacionais se qualifiquempara o CEC.

Esta é uma barreira que brevemente deveser ultrapassada, tendo o governo liderado porJustin Trudeau prometido efetuar alterações quepossam “permitir aos estudantes internacio-nais simplificar os seus pedidos e ultrapassaremos atuais impedimentos”.

Para a especialista em assuntos de imigra-ção, o programa ‘Express Entry’, que pretendetrazer para o Canadá candidatos com sucessoe com altas qualificações para integrarem plena-mente o mercado de trabalho, “não tem sidoum programa muito bem-sucedido”.

“A tabela dos candidatos é avaliada semtransparência. Alguns estudos vierem revelarque apenas os candidatos com a Avaliação Ini-cial do Mercado de Trabalho (LMIA), autori-zação de trabalho, ou um certificado de nomea-ção provincial, têm as melhores hipóteses deserem selecionados”, explicou.

Segundo Rosanna Pancotto, um dos ma-iores obstáculos com o programa de trabalha-dores estrangeiros “é o teste obrigatório deinglês”, onde os candidatos devem “atingir onível sete no exame”, situação que para muitosdos pretendentes ao estatuto de residência per-manente “é como jogar na lotaria”.

“A minha opinião profissional é que oprograma esteja centrado para os candidatosque se encontrem já no Canadá e não estejaacessível aqueles que residam fora do Canadá.Esperamos que isso seja alterado com o atualgoverno”, sublinhou a especialista.

Segundo a consultora de imigração, o On-tário é a província mais difícil no Canadá parase ter autorização de trabalho, pois o Programade Nomeação Provincial “não permite flexibili-dade para todos os trabalhadores”.

Embora a imigração esteja sob a coorde-nação federal, o Programa de Nomeação Pro-

rão Barroso para a chefia da Comissão Euro-peia, em 2004. Durão Barroso tinha liderado acampanha eleitoral de 2002 que dera a maioriaabsoluta ao PSD e ao CDS. Ao deixar vazio olugar de primeiro-ministro obrigou o Presiden-te da República de então, Jorge Sampaio, a to-mar uma decisão entre duas alternativas: dis-solver o Parlamento e convocar eleições; ouescolher outro primeiro-ministro e dar possea um novo Governo. Foi esta a decisão que eletomou nomeando Santana Lopes que era en-tão vice-presidente do PSD. Passados poucosmeses, no entanto, dada a instabilidade gover-nativa, com várias remodelações ministeriais edemissões em várias magistraturas da Admi-nistração Pública, Sampaio dissolve a Assem-bleia da República, seguindo-se a demissão deSantana Lopes.

Mas o facto de o poder constitucional doPR abarcar esta dimensão justifica que a suaeleição tenha de ser feita por sufrágio universal?

A avaliar pelo empenho que os eleitoresmostraram nesta votação onde mais de metadevotou com os pés – 51.6% de abstenções – éum sinal mais que significativo da pouca impor-tância que o eleitorado dá à escolha do Presi-dente da República.

Não falta quem aponte para este desinte-resse a forma mais que criticável como CavacoSilva, Presidente cessante, tem vindo a desem-penhar o lugar. Desde a vergonhosa declaraçãode se queixar perante as câmaras da televisãoque a pensão de reforma (cerca de 12 mil eurospor mês) não vai dar para as despesas – quando80% dos pensionistas recebem uma reformade 364 euros por mês – até às tergiversaçõespor altura da crise governamental de julho de2013, passando pelos seus inefáveis discursose a sua incapacidade de se afirmar como o Presi-dente de todos os portugueses para continuara dar descaradamente a sua preferência aos par-tidos da sua cor.

Realmente Cavaco Silva não vai deixarboas lembranças na maioria dos portugueses.

A este papel medíocre que o PR atual de-sempenhou, vem juntar-se a estratégia do desin-teresse do Partido Socialista para não apoiarclara e decisivamente o candidato mais confor-me com o seu ideário político, sob o argumen-to de que o PR não deve estar enfeudado a ne-nhum partido político.

Perante este desinteresse dos partidos po-líticos e dos eleitores e a justificável críticaquanto ao papel do atual Presidente da Repú-blica na cena política, é caso para nos pergun-tarmos porque é que se há de gastar tanto di-nheiro e tanta energia para escolher um presi-dente que pouca ou nenhuma importância temno coração da esmagadora maioria dos portu-gueses – a soma dos que não votaram e dosque votaram por outros candidatos.

Porque é que não se segue o exemplo deoutros países de democracia parlamentar, emque a escolha do Presidente da República é en-

vincial permite às províncias selecionar os in-divíduos que pretendam imigrar para o Canadá,sendo um passo importante para adquirirem aresidência permanente.

Para este ano, como meta do Ministérioda Imigração, o Canadá pretende acolher emtodos os programas para residência perma-nente, cerca de 300 mil recém-chegados, o quecorresponde a um por cento da população dopaís (36 milhões de habitantes). Em 2015, osnúmeros rondaram os 285 mil.

tregue ao voto do Parlamento? Não são osdeputados, por definição, representantes davontade do eleitorado? Sendo assim, haveriamenos divisões, menos despesas e menos lutapartidária na praça pública para se escolher osenhor que vai figurar nas fotografias oficiaisque decoram as nossas chancelarias consulares.

DOIS LUSOS...Cont. da pág 1

Bieber, “Beauty Behind the Madness”, dosThe Weekdn, e “ À Paridis City”, de Jean Le-loup.

Na categoria de “Artista do Ano”, Mendestambém está entre os candidatos a arrebatar ogalardão, tendo como ‘adversários’ de novoJustin Bieber, The Weekdn e City and Colour.

“Handwritten”, de Shawn Mendes, estáainda nomeado para o “Álbum Pop do ano”,ao lado de “Purpose”, de Justin Bieber, “SingIt All Aways”, dos Walk off the Earth, “Au-gusta”, de Scott Helman, e “Hello”, dos He-dley.

Este é o primeiro álbum de originais deShawn Mendes, atingindo, pouco tempo apósa sua edição, o primeiro lugar do Top Billboard200, sendo o mais jovem artista a consegui-lo.

O luso-canadiano, filho de pai português,está nomeado também para o “Prémio Escolhados Fãs”.

O cantor vai estrear-se nos palcos portu-gueses, a 08 de maio, na Sala Tejo do Meo Are-na, na sua digressão internacional.

Também a banda The Tenors, do luso-canadiano Remígio Pereira, de Otava, está no-meada para o “Álbum do Ano Contemporâ-neo Adulto”, com “Under One Sky”, junta-mente com “Wallflower”, de Diana Krall, “Re-fined”, de Don Amero, “A Jann Arden Chris-tmas”, de Jann Arden, e “What Love Is AllAbout”, de Johnny Reid.

A gala dos Prémios Juno realiza-se nopróximo dia 03 de abril, em Calgary, em Alberta,com as atuações, entre outros, de Bryan A-dams, Allessia Cara, e Dean Brody.

RYANAIR...Cont. da pág 6

nado, a hospitalidade é natural. Pelo menos,em São Miguel tudo está limpo, as grandes es-tradas são impressionantes, as pessoas são aco-lhedoras e a gastronomia não deixa ninguémindiferente com os seus produtos frescos. Vivao polvo, o atum, o pampo e o boca-negra! So-bre este último ponto, apesar de certas diver-gências, continuo positivo. Teria gostado deconcluir com uma apreciação sobre a qualidadedo Royal Garden ou do Marina Atlântico, masem cada uma das minhas incursões tive semprea honra de ter sido recebido em casa dos habi-tantes (no sentido nobre do termo). E porquenão oferecer dormidas em casa do campo?

Aliás, como na Terceira, os outros insula-res reclamam porque também querem apro-veitar do euro-maná turístico. Também euaproveito para exprimir a minha frustração.Um destes dias bem gostaria de ir explorar asoutras oito ilhas. Com a SATA Internacional.Porque logo que há um atraso com este trans-portador, como no nosso voo S4 327, e quenos oferecem a refeição graciosidade, no pró-prio aeroporto João Paulo II, o tinto e o bran-co locais são servidos à vontade. E não é dovinho de missa, low cost. Não estou a exagerar.Tenho testemunhas. Maneira de fazer subiros retardatários ao 7º céu e de prolongar a nos-sa estadia no país da Felicidade. «O paraíso evós».

Dra. Carla Grilo, d.d.s.

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Torneio MundialitoVILA REAL DE SANTO ANTÓNIO,

Faro – Benfica, FC Porto, Sporting, FC Barcelona,Liverpool, AC Milan, Inter Milão, Juventus, Ajaxe Vasco da Gama estão entre os clubes já confirma-dos para o Mundialito infantil de futebol, a decorrerem março, em Vila Real de Santo António.

O Mundialito 2016, organizado sob aégide da FIFA e tido como o maior torneio infantildo mundo, irá decorrer novamente em Vila Real deSanto António, de 20 a 26 de março, com 200 equi-pas oriundas dos cinco continentes e mais de qua-tro mil atletas.

Benfica, FC Porto, Sporting, Belenensese Olhanense são os emblemas nacionais que jáconfirmaram a presença no Mundialito, que irá con-tar com equipas representantes de importantes clu-bes a nível mundial.

FC Barcelona, Atlético de Madrid, Valên-cia e Sevilha, de Espanha, Inter Milão, AC Milan eJuventus, de Itália, Liverpool, de Ingçlaterra, Ajax,da Holanda, Borussia Dortmund, da Alemanha,Vasco da Gama, do Brasil, América, do México, eKashima Antlers, do Japão, contam-se entre osclubes participantes.

O Complexo Desportivo de Vila real deSanto António e os estádios do Lusitano FutebolClube e do Grupo Desportivo Beira-Mar são, umavez mais, os palcos escolhidos para receber a prova,perfazendo um total de 17 campos de jogo.

Ao todo, participam na competição maisde quatro mil crianças, entre os 6 e os 12 anos deidade, divididas por quatro categorias de futebol de7 e uma categoria de futebol de 6.

A primeira fase jogar-se-á no sistema deliga, classificando-se as duas primeiras equipas parao ‘Torneio de Ouro’ e as seguintes para o ‘Torneiode Prata’. As restantes ficam apuradas para o ‘Tor-neio de Bronze’ e ‘Fair Play’.

Organizado pela Escola Internacional deFutebol Ricardo Godoy, com o apoio da CâmaraMunicipal de Vila Real de Santo António, os pro-motores do Mundialito 2016 preveem um retornofinanceiro de cerca de sete milhões de euros para aeconomia local. L P

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Escolas ligadas ao FC do Porto

Depois de Toronto vem o Quebeque

TORONTO – O Dragon Force Brad-ford-Toronto, escola de futebol internacionalcriada pelo FC Porto, chegou ao Canadá para“deixar a sua marca de qualidade e conquistarnovos adeptos”, disse à Lusa um dos respon-sáveis do projeto.

“Alguns alunos já eram portistas mas ago-ra, com este projeto, o número de adeptos au-mentou. Esta é também uma maneira de seformarem, e de terem conhecimento do que sepassa em Portugal, pois muitos canadianosnão tinham ligação ao FC Porto”, afirmouLuís Andrez, da direção da Dragon Force Brad-ford-Toronto.

O professor de educação física, de 34 anos,reconheceu que a liga inglesa tem tido maisprojeção do que a liga portuguesa, com clubesque atraem muitos jovens, como é o caso doManchester United, mas com o projeto da es-cola no Canadá, o futebol português, e o pró-prio FC Porto, ficam como uma “maior pro-jeção” no continente norte-americano.

A Dragon Force Bradford-Toronto, umprojeto dedicado à formação de novos atletas,tem já no país norte americano cerca de 150atletas, tendo arrancado com os seus trabalhosem setembro de 2015, mas a abertura oficial

teve lugar em janeiro, em Bradford, a norte deToronto.

“Pretendemos formar jogadores profissi-onais, mas acima de tudo, queremos dar umaoportunidade para que os nossos atletas te-nham aquela paixão para o futebol. Inicial-mente, não os queremos enviar para as escolasdo FC Porto, mas sim pretendemos que cres-çam e façam a diferença no Canadá”, sublinhouo luso-canadiano.

Luís Andrez pretende um dia “ter um cra-que luso-canadiano ou canadiano” formadono Canadá, para o poder enviar para Portugal,também para crescer como jogador.

Para já, aquela escola de futebol “não pre-tende ‘exportar’ jogadores para a Europa”, po-is os atletas canadianos são “especiais”, e sóquando estiverem prontos é que irão para oPorto.

“Estamos a fazê-lo muito cuidadosa-mente, com tempo, porque os jogadores cana-dianos têm características diferentes, mas falta-lhes alguma experiência. Quando lhe incutir-mos isso, então eles estarão prontos”, frisou.

A seguir vem o Quebeque

MONTREAL – Criada a estrutura em Toronto,

o Dragon Force prepara-se para chegar a Mon-treal, o que acontecerá ainda este mês, com avinda a esta cidade de três treinadores do Staffportista, que vêem ajudar na implementaçãoda escola local, que tem como dirigentes máxi-mos António Carvalho, jovem empresário desucesso no ramo imobiliário, e Luís Timóteo,jovem treinador já com um currículo muito

interessante no futebol juvenil desta província.Com muita coisa ainda entre mãos, os or-

ganizadores da Dragon Force Quebeque pro-metem, atempadamente, informar como tudose vai desenrolar, até porque neste momentoeles estão atarefados com o período de inscri-ções que, ao que sabemos, está a decorrer deforma muito positiva. L P

O Benfica no Mundo! – Há quem diga que o Benfica está onde estiver um português.Aqui, na foto, o ditado parece querer confirmar isso mesmo... Estava o Blue Jays,em grande, na corrida ao título do seu campeonato e, alguém, naturalmente quefervoroso adepto benfiquista, estava expondo o emblema do Glorioso no suporteda bancada para que todo o mundo o visse. A fotografia, que correu mundo, ficaaqui registada para alegria de todos os benfiquistas da comunidade.

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