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Vol. XIX • N° 331 • Montreal, 18 de junho de 2015 Cont. na pág 14 Foto de Jules Nadeau/LusoPresse. Cont. na pág 14 Editorial Congresso do PLQ Por Carlos DE JESUS No passado fim de semana, du- rante o 32º congresso do PLQ (Parti Libé- ral du Québec) cerca de 1500 militantes estiveram reunidos para discutirem as li- nhas do partido. Escusado é dizer que a grande maioria se sentia de vento em popa com o resultado positivo das duas últimas vitórias dos candidatos liberais nas elei- ções complementares da região de Quebe- que. Não obstante os grandes clamores dos partidos da oposição, secundados pela maioria dos órgãos de informação nacio- nais contra as medidas de austeridade do atual governo, os eleitores resolveram re- novar a confiança ao Partido Liberal num caso, e preferi-lo, no outro, ao partido da CAQ (Coalition Avenir Québec) que deti- nha o lugar anteriormente. Os novos deputados liberais Vérony- que Tremblay e Sébastien Proulx, no final do congresso, apresentaram-se ao lado do primeiro-ministro para avivar o ardor das tropas. Em relação à vitória dos novos Justin Trudeau: «É PRECISO INVESTIR NA IMIGRAÇÃO» T ORONTO, Ontário - O líder federal do Partido Liberal do Canadá, Justin Trudeau, disse à agência Lusa que “é preciso investir na imigração” para que o Canadá possa ser um país “produtivo e aberto”. “Além da atual política de Stephen Harper prejudicar as nossas comunidades, afeta tam- bém o nosso crescimento económico. É pre- ciso investir na imigração para que possamos ser um país produtivo e aberto, tendo em conta que a diversidade é uma força e não uma fra- queza, é algo que o Partido Liberal pode mu- dar”, afirmou Justin Trudeau, nas instalações do Centro Comunitário Arsenal do Minho, de Toronto. O dirigente liberal, candidato a primeiro- ministro nas próximas eleições legislativas de outubro, participou no domingo na Parada do Dia de Portugal, evento que leva milhares de pessoas todos os anos ao ‘Little Portugal’, na Dundas Street West, em Toronto. Justin Trudeau considerou ainda que na política de Otava nos últimos dez anos tem- se verificado “uma abordagem à imigração que não é aberta, é ainda pouco generosa, o que torna mais difícil a reunificação das famílias”. O novo sistema de imigração denominado Express Entry, em funcionamento desde 01 MONTRÉAL affilié 8710 Pascal Gagnon, St-Leonard, Qc H1P 1Y8 www.eco-depot.ca 3204, rua Jarry Este 729-9494 www.ocantinho.ca RESTAURANTE Grelhados à portuguesa sobre carvão Grelhados à portuguesa sobre carvão Os nossos endereços 222, boul. des Laurentides, Laval 8989, rue Hochelaga, Montréal 8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal 6520, rue Saint-Denis, Montréal 10526, boul. Saint-Laurent, Montréal 6825, rue Sherbrooke est, Montréal 7388, boul. Viau, Saint-Léonard 10300, boul. Pie-IX - Esquina Fleury António Rodrigues Conselheiro Natália Sousa Conselheira CIMETIÈRE DE LAVAL 5505, Chemin Du Bas Saint-Francois, Laval Transporte gratuito –––––––– Visite o nosso Mausoléu SÃO MIGUEL ARCANJO Uma família ao serviço de todas as famílias Nós vos apoiamos com uma gama completa de produtos e serviços funerários que respeitam as vossas crenças e tradições. 514 727-2847 www.magnuspoirier.com Montréal - Laval - Rive-Nord - Rive-Sud 8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 10 PM 37 37 376-2652

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Vol. XIX • N° 331 • Montreal, 18 de junho de 2015

Cont. na pág 14

Foto

de

Jule

s N

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esse

.

Cont. na pág 14

Editorial

Congresso do PLQ• Por Carlos DE JESUS

No passado fim de semana, du-rante o 32º congresso do PLQ (Parti Libé-ral du Québec) cerca de 1500 militantesestiveram reunidos para discutirem as li-nhas do partido. Escusado é dizer que agrande maioria se sentia de vento em popacom o resultado positivo das duas últimasvitórias dos candidatos liberais nas elei-ções complementares da região de Quebe-que. Não obstante os grandes clamoresdos partidos da oposição, secundados pelamaioria dos órgãos de informação nacio-nais contra as medidas de austeridade doatual governo, os eleitores resolveram re-novar a confiança ao Partido Liberal numcaso, e preferi-lo, no outro, ao partido daCAQ (Coalition Avenir Québec) que deti-nha o lugar anteriormente.

Os novos deputados liberais Vérony-que Tremblay e Sébastien Proulx, no finaldo congresso, apresentaram-se ao lado doprimeiro-ministro para avivar o ardor dastropas. Em relação à vitória dos novos

Justin Trudeau:«É PRECISO INVESTIR NA IMIGRAÇÃO»

TORONTO, Ontário - O líder federaldo Partido Liberal do Canadá, Justin Trudeau,disse à agência Lusa que “é preciso investir naimigração” para que o Canadá possa ser umpaís “produtivo e aberto”.

“Além da atual política de Stephen Harperprejudicar as nossas comunidades, afeta tam-bém o nosso crescimento económico. É pre-ciso investir na imigração para que possamosser um país produtivo e aberto, tendo em contaque a diversidade é uma força e não uma fra-queza, é algo que o Partido Liberal pode mu-dar”, afirmou Justin Trudeau, nas instalaçõesdo Centro Comunitário Arsenal do Minho,de Toronto.

O dirigente liberal, candidato a primeiro-ministro nas próximas eleições legislativas deoutubro, participou no domingo na Paradado Dia de Portugal, evento que leva milharesde pessoas todos os anos ao ‘Little Portugal’,na Dundas Street West, em Toronto.

Justin Trudeau considerou ainda que napolítica de Otava nos últimos dez anos tem-se verificado “uma abordagem à imigração quenão é aberta, é ainda pouco generosa, o quetorna mais difícil a reunificação das famílias”.

O novo sistema de imigração denominadoExpress Entry, em funcionamento desde 01

MONTRÉAL affilié8710 Pascal Gagnon, St-Leonard, Qc H1P 1Y8

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RESTAURANTE

Grelhadosà portuguesa sobre carvãoGrelhadosà portuguesa sobre carvão

Os nossos endereços222, boul. des Laurentides, Laval8989, rue Hochelaga, Montréal8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal6520, rue Saint-Denis, Montréal10526, boul. Saint-Laurent, Montréal6825, rue Sherbrooke est, Montréal7388, boul. Viau, Saint-Léonard

10300, boul. Pie-IX - Esquina Fleury

António RodriguesConselheiro

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CIMETIÈRE DE LAVAL5505, Chemin Du Bas Saint-Francois, Laval

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Visite o nosso MausoléuSÃO MIGUEL ARCANJO

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LusoPresseLe journal de la Lusophonie

SIÈGE SOCIAL6475, rue Salois - AuteuilLaval, H7H 1G7 - Québec, CanadaTéls.: (450) 628-0125 (450) 622-0134 (514) 835-7199Courriel: [email protected] Web: www.lusopresse.com

Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:

• Carlos de Jesus• Norberto Aguiar• Osvaldo Cabral• Filipa Cardoso• Fernando Pires• Rúben Pacheco Correia• Mª Patrão Neves• Luís Aguilar

Revisora de textos: Vitória FariaSocieté canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

LusaQ TVProdutor Executivo:• Norberto AguiarContatos: 514.835-7199

450.628-0125

Programação:• Segunda-feira: 21h00• Sábado: 11h00Telenovela: segunda, quarta esexta, 06h00, 12h00 e 17h00..(Ver informações nas páginas 7 e 8)

Acordar Portugal!• Ruben Pacheco CORREIA

Bilhete de LisboaRestaurante Descobre

• Por Filipa CARDOSO

A palavra restaurante, do francêsrestaurant, surgiu no século XVI com osignificado de “comida restauradora”, ereferia-se especificamente a uma sopa.

Restaurante hoje em dia é um estabe-lecimento comercial onde se prepara co-mida e servem bebidas mediante paga-mento.

Os primeiros restaurantes, com clien-tes, cardápios, mesas e cadeiras surgirampor volta de 1725, em Madrid, o Botin,ainda em funcionamento, e em 1728 oGrande Taverne de Londres, em Paris.

A partir de 1970, em França, as refei-ções nos restaurantes tornaram-se cadavez mais “gourmets”, cozinha mais ela-borada.

Surgiu então a “nouvelle cuisine” ca-racterizada pela leveza, delicadeza dos pra-tos, e a ênfase na apresentação.

Em Portugal, especialmente em Lis-boa e no Porto, tem-se assistido a umagrande alteração na maneira de cozinharos alimentos e da sua apresentação.

Depois de ter degustado vários pra-tos da chamada “nouvelle cuisine” fiqueicom a nostalgia da “vieille cuisine”.

Encontrei o restaurante Descobre,na Rua Bartolomeu Dias, em Belém, queme agradou muito, pois serve ótimos pe-tiscos utilizando ingredientes portugue-ses, de forma original, num espaço acolhe-dor e cativante.

O restaurante foi inaugurado em 2012e pertence a duas sócias, Susana e Fátima.

Está situado num banal edifício doséculo passado e combina a vertente derestaurante/mercearia estando aberto to-dos os dias da semana do meio-dia à meia-noite.

A entrada faz-se pela mercearia ondeestão expostos vários produtos para ven-da direta, como compotas, especiarias,conservas, queijos e vinhos.

A ementa é muito agradável de ler, fi-ca-se logo com vontade de experimentaros petiscos da secção da ementa apelidada“Pic’Aqui”, designadamente, o queijoovelha caramelizado com doce de mala-gueta, o pica cogumelos com gema deovo, o pica pato com laranja e o pica leitão-zinho.

Destaco ainda a espetadinha de sal-mão com pepino, a salada de beterrabacom frutos secos e queijo de cabra.

Na ementa do restaurante Descobrehá também as habituais listas das carnes epeixe.

Para terminar, figos em vinho tintocom gelado de baunilha...

Já jantei no restaurante várias vezes,e tenho ficado sempre muito satisfeita,não só com a qualidade e a apresentaçãodos pratos escolhidos, mas também como profissionalismo do serviço e com oambiente acolhedor que se respira.

L P

Hoje é Dia de Portugal e das Co-munidades.

Assinalamos as quatro centenas deanos sobre a morte de Luís Vaz de Camões.

Decidi refletir um pouco sobre o pre-sente do nosso país, quer da parcela geo-gráfica ao Ocidente do Continente Euro-peu, quer do território da saudade espalha-do por todo o globo.

Portugal foi um país de conquis-tadores. Demos novos mundos ao mundoe crescemos à custa do nosso esforço.

A Presidência da República assinalasempre esta data conferindo condecora-ções ao mais alto nível aos portuguesesque se distinguiram nos mais diversos se-tores da vida pública nacional. Escritores,escultores, investigadores e artistas plás-ticos, músicos ou atores, arquitetos ou ar-tífices, os portugueses deixam a sua marcapor onde passam.

Não somos muitos, mas somos mui-to bons. Nem todos aqueles que fazembem residem em Portugal, mas são conhe-cidos e acarinhados nos países de acolhi-mento pelas suas qualidades, por esteADN de se ser português, este destinocoletivo que nos diferencia dos outros po-vos.

A nossa cultura ancestral, tudo o quebebemos da miscigenação cultural perma-nente a que nos sujeitamos por força destanossa vontade de ir mais além, produziramo bom resultado que conhecemos.

Nem tudo são rosas num país inte-grado numa Europa diferente no estilo ena atitude. Mas, enquanto povo, não po-demos sucumbir a exigências vindas de fo-ra que, muitas das vezes, nos ferem o orgu-lho, enquanto nação. Temos, pois, que tra-çar um caminho para Portugal, que nãoexija do seu povo a submissão perante oscredores. É certo que temos uma dívidasem precedentes, que só sabe aumentar! Écerto que temos que continuar a respeitaros acórdãos, anteriormente assinados porGovernos sufragados por nós, cidadãosportugueses. Mas não é correto sacrificar-mos todo um povo, toda uma geração (daqual faço parte) e todo um futuro que tudotinha para ser promissor, devido aos errosdo passado.

Todos nós, cidadãos, temos o deverde contribuir para o sucesso do País quenos viu nascer. Temos que nos empenharna recuperação de Portugal, incentivandoo crescimento das indústrias, apostandono aumento da produtividade, do investi-mento, criando, portanto, valor para o Paíse emprego para os Portugueses.

Mas também temos que nos adaptaraos dias de hoje, apostando nos bens tran-sacionáveis e na economia global. Temostodas as condições para que isso aconteça.Estamos integrados na União Europeia(UE), fazemos parte da Comunidade dosPaíses de Língua Portuguesa (CPLP) e te-mos, por todo o mundo, comunidadesemigrantes que tanto nos orgulham.

Portugal foi o criador da globalização.Foram os Portugueses quem “por maresnunca dantes navegados” se aventuraramà busca de novos horizontes. Fomos nósque apresentamos o mundo ao mundo. Ocontacto com as outras civilizações é, por-tanto, em nós, inato. Algo está a falharpara não nos termos, ainda, adaptado aomundo global do nosso tempo. Todosnós ganhamos se o país entrar no rumocerto. Temos é que ter políticas concretas,que devolvam a esperança aos Portuguesese que nos tragam crescimento e inovação.Mas não é com cortes salariais e nas pen-sões que motivaremos os Portugueses ainvestirem, produzirem e consumirem. Te-mos que entrar numa dieta orçamental.Não é cortando no pão e aumentando noaçúcar que iremos encontrar o equilíbriodesejado. Temos que exigir maior rigor nagestão dos dinheiros públicos, superio-rizando as receitas às despesas e cortandonos desperdícios do Estado, a todos osníveis, que são incalculáveis, e incentivandoao aumento da produtividade do setor pri-vado. Só assim teremos uma economiasustentável: não tirando dinheiro às famí-lias, para que elas possam contribuir parao normal funcionamento da economia epara que, daí, o Estado possa tirar os seusdividendos.

Camões também dizia que “o fracorei faz fraca a forte gente”. Não nos pode-mos deixar enfraquecer. Temos que cons-truir o nosso futuro em cima, chamandoaté nós todos aqueles que, contrariando asua vontade, saíram do seu País. Todossão insubstituíveis nesta caminhada.

Portugal é um País de futuro, basta osPortugueses acreditarem!

É urgente devolver o orgulho ao Po-vo que, de acordo com Camões, no passa-do, teve aos seus pés todos os Deuses daAntiguidade Clássica.

* Escritor

Nota: este texto foi escrito no passadodia 10 de junho.

L P

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Página 318 de junho de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

BY HEART – DE COR de Tiago Rodrigues• Por Luís AGUILAR

Tiago Rodrigues trouxe a Montreal oseu espetáculo, “By Heart” (De Cor), integra-do no Festival Transameriques, festival de gran-de prestígio mundial e o mais importante doQuebeque.

Tiago Rodrigues, “one man show”, drama-turgo (talvez, neste caso, se aplique melhor otermo dramaturgista), ator (talvez o termo co-municador cole melhor), encenador (talvez apalavra animador seja mais apropriada), cenó-grafo (aplicar-se-á melhor a expressão decora-dor de interiores), contador de histórias...

A peça já teria começado mesmo antesdo seu início. O intérprete, despido em cena,enquanto os espetadores, lentamente, começa-ram a entrar dez minutos antes da hora oficialpara o início do espetáculo. Despido de artefac-tos, de silêncios teatrais, de esgares, de autentici-dades falsas, nu de qualquer espécie de artefac-tos ou vestimentas teatrais. O Tiago estava(melhor seria dizer era) ali, em cena, como seestivesse na casa da avó. Era na casa da avó queestava, verdadeiramente, trazendo-lhe caixotescheios de livros. Realmente (e não realistica-mente). No programa anunciava-se que o espe-táculo contava apenas com um ator. O quetem ele para nos dizer, de que forma atuará,que história nos vai contar e tantas e tantasoutras questões, que afinal, se dissiparam.

Tiago anuncia (melhor, ameaça): o espetá-culo só começa quando houver dez espetadoresvoluntários sentados nas dez cadeiras aqui ins-taladas no palco. Em poucos minutos, dez es-petadores ocuparam as cadeiras, uns escolhe-ram as mais atraentes, outros evitaram as maishorrorosas (e havia umas de bradar à terra).Desconfia-se. Ali deve haver um ou dois atoresno meio daqueles outros voluntários. Tenta-mos descobri-los. Missão impossível, tão im-possível como encontrar um gato preto, viradode costas, num quarto escuro. Mais difícil en-contrá-lo, sobretudo, quando o gato não estálá. Não estavam lá atores para animar os ousa-dos espetadores aventureiros sempre prontosa participar em sessões do tipo “ligue d’im-pro”, tão popular em Montreal. Disto, porven-tura, (ou por ventura) o Tiago não sabia. Todosestavam no mesmo barco, leia-se, na mesmacena, na mesma situação. Todos no mesmo

diapasão, ou quase.Durante o espetáculo, vamos aprender de

cor, aqui e agora, um soneto de Shakespeare,diz Tiago Rodrigues. Estava lançado o desafio.

Começa por citar o teórico de literaturaGeorge Steiner numa entrevista ao programade televisão Beleza e Consolação: “Assim quedez pessoas souberem um poema de cor, nãohá nada que a KGB, a CIA ou a Gestapo pos-sam fazer. Esse poema vai sobreviverá”.

Uma série de histórias foram-se entrecru-zando durante todo o espetáculo, sem que oator perdesse o fio à meada, sem que o espeta-dor se dispersasse. E, foram desfilando autores,livros, considerações filosóficas, textos, cita-ções (uns lidos outros ditos de cor, porque docoração), numa espécie de caos difícil de apa-nhar o sentido, mas que, afinal, se ia descobrin-do pouco a pouco e, no final, toda essa tramaholística se organizava, subitamente, numa es-pécie de cascata que dava uma direção pujanteao denso conteúdo dos textos e, sobretudo, àligação que mantinham entre si. Os atores-es-petadores-voluntários ficavam suspensos, en-tregues à sua sorte. Sorte, também, de ali esta-rem “suspendurados”! E o poema que tinhamque aprender de cor até ao fim do espetáculo,com duração prevista de pouco mais de umahora, prosseguia.

deiramente, de teatro interativo.Na curta conversa que tivemos com Tiago

Rodrigues no fim do espetáculo, apercebemo-nos que ele rejeita a designação de teatro inte-rativo. No entanto, nada há de mais interativoque esta criação, dissemos-lhe. Aceita, mas sódepois de se certificar que o excluímos de pro-dutos de fraca qualidade e da mais que duvidosainteração com o público, porque artificial, pou-co espontânea e nenhuma autenticidade e que,muitas vezes, o termo interativo carrega.

Voltando à vaca fria (esta devia constarno momento do espetáculo em que se propu-nham expressões populares portuguesas ouadivinhas que o público tentava decifrar).

De retorno ao coração do poema: os 10espetadores-atores dizem de cor o soneto 30de Shakespeare e lê-se nos seus rostos o orgu-lho de o terem conseguido. De cor. Do coraçãotambém. “Par coeur, by heart”. Aqui as expres-sões equivalem-se. Mas dizer o poema de cor ecom ele decorar interiormente a pessoa é quenão há aproximação do português ao inglês eao francês, pois as preposições impedem ojogo de palavras. De cor, de coração e decora-ção. Matéria-prima para entrar no jogo de pa-lavras, ficando o francês “hors jeu” e o inglês“offside”.

Tiago Rodrigues diz de cor o poema dasua língua de coração, o português, e a deco-ração interior que o alberga brota para o exte-rior. Chega aos espetadores francófonos. Sen-tem-no os espetadores francófonos. Dois de-

les comentavam: – Não sabíamos que a línguaportuguesa era, simultaneamente, tão forte etão próxima do francês. Compreendemos to-das as palavras do poema. Pois. Gostámos deouvir.

Ah, a meada. Vamos lá encontrar o fioque nos conduz, agora ao fim, sem que antesnão aterremos na casa da avó do Tiago. Osatores são convidados a comer o poema queacabam de dizer de cor. Comem-no. Verdadei-ramente. É feito de algo parecido com umahóstia. “Hostie” diz Tiago Rodrigues despu-doradamente. Talvez já tenha descoberto queno francês quebequense “hostie” é um pala-vrão. “Hostie”, repete. Silêncio gordo! Há dife-renças entre o francês falado no Quebeque eem França. (Tiago tem um imaculado sotaqueparisiense).

Pensamos que a forma de aprendizagemde cor do poema poderia ter sido levada às úl-timas consequências, sem que, por isso, perdes-se necessariamente a espontaneidade ou que-brasse o ritmo do espetáculo ou fugisse à formade autenticidade proposta pelo comunicador.

O espetáculo funciona bem e constituiuma lufada de ar fresco na forma de comunicarcom o público, como, aliás, a imprensa francó-fona refere destacadamente: “L’exceptionnelTiago Rodrigues, passeur de culture plein decharme et d’humour, aura conjugué avec briophilosophie, histoire et pédagogie dans son ex-traordinaire By Heart, leçon de mémorisationshakespearienne pour dix volontaires”. In LeDevoir de 6 de junho de 2015.

L P

Consulado de Portugal

RecenseamentoO Consulado-Geral de Portu-

gal em Montreal informa que no próxi-mo dia 23 de junho irão decorrer na parteda manhã, sessões de recenseamento elei-toral nas instalações da Caixa DesjardinsPortuguesa, situada no 4244, BoulevardSaint-Laurent, em Montreal. Para se re-censearem, os cidadãos portugueses têmde apresentar o Cartão de Cidadão ou oBilhete de Identidade válidos, onde cons-te a residência no Canadá.

Tiago Rodrigues, à direita, em amenaconversa com o nosso colaborador LuísAguilar

“En attendant”,Tiago equilibra-se en-tre a corda bamba dassuas memórias passa-das e a corda imagé-tica das memórias atu-ais e futuras e, tal co-mo a cascata, as águastumultuosas do caosorganizam-se, plenade significações. Tudoisto com uma econo-mia de meios impres-sionantes e com umimpressionável rigor.

Nunca pensá-mos que uma fórmu-la, a de aprendizagemde cor, que utilizamosnas nossas aulas delíngua portuguesa eque havíamos expe-rienciado em váriassessões de formaçãode atores dirigidaspor Peter Brook paratreino da memóriapudesse inspirar umespetáculo, pudesseser uma peça, verda-

L P

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Página 418 de junho de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Emanuel Marques, 56 anosNatural de Porto FormosoCasado, pai de um filhoHá 35 anos no Quebeque (vive em Laval, cidadegeminada com a Ribeira Grande)Empresário de distribuiçãoÚltima vez que esteve nos Açores: 2014

«A nossa comunidade é muito maltratadapelos governantes portugueses. Estou cá há

No âmbito do Dia 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das ComunidadesPortuguesas, o jornal micaelense “Diário dos Açores”, pela voz do seu diretor e nosso colaboradorOsvaldo Cabral, pediu ao nosso chefe de redação, Norberto Aguiar, um trabalho na comunidade.O resultado foi este:

A comunidade açoriana do Quebeque, especialmente na cidade de Montreal,queixa-se neste Dia das Comunidades, da falta de ligação entre Portugal e oCanadá, especialmente na área dos investimentos e da promoção, nomeada-mente da parte dos Açores. O caso das ligações aéreas é o que merece mais crí-ticas, neste inquérito a algumas pessoas da comunidade açoriana, com a colabo-ração do jornalista Norberto Aguiar e de Jules Nadeau (fotos), num ser-viço exclusivo do jornal “LusoPresse” para o “Diário dos Açores”. Numaprimeira questão é perguntado se a comunidade sente o apoio dos governosportuguês e açoriano e, na segunda, se a SATA deveria fazer mais ligações paraMontreal.

35 anos e não vejo evolução. Pelo menos de-viam estabelecer maior intercâmbio connosco.Primeiro foi a TAP que nos abandonou parair para outras rotas, como as do Brasil, o queaté nem admira, pois o presidente da compa-nhia é brasileiro...».

«Depois, como é que podemos investirnos Açores se não há projetos concretos?Com a divulgação e promoção que se faz dosAçores aqui, é certo e sabido que nunca pode-

remos ter um fluxo de investidores para lá in-vestir, e muito menos turistas para visitar umalinda terra como a nossa.»

«Apesar de tudo, a comunidade também éculpada porque não influencia o suficiente.Onde está a Casa dos Açores para nos repre-sentar junto das entidades competentes?»

«Bem sei que há crise em Portugal. Masacho que os governos português e açorianodeviam fazer mais pela nossa comunidade. Nãoé só pedir remessas...»

«A SATA está virada para o Ontário. OQuebeque pouco conta. Fala-se que não hápassageiros suficientes para que a SATA venhadurante o ano todo a Montreal... Eu não sei.O que posso dizer é que o período em que elavem cá é muito curto. De fins de junho à pri-meira semana de setembro é muito pouco tem-po... Nem sequer vem cá pelas festas do Se-nhor Santo Cristo...»

«Mas já houve tempo que os quebequen-ses quase enchiam os aviões da TAP. Daí paracá esse espaço foi abandonado e deixou de ha-ver turistas. É normal porque no Quebequesó se fala dos Açores em caso de catástrofes.Façam promoções nos órgãos de Informaçãocomunitários e canadianos e depois verão queos turistas vão aparecer.»

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Página 518 de junho de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

L P

Glenn Castanheira, 28 anosNatural de Montreal, onde vive (é filho de mãeribeiragrandense e pai continental)Solteiro(Tem cidadania portuguesa)É conselheiro político na Câmara Municipalde MontrealÚltima vez que visitou os Açores: 2014

«Eu acho que neste momento há vontadedas entidades colaborarem com a ComunidadePortuguesa. Isto tem-se visto ultimamentecom as promoções do 10 de junho. Pessoal-mente estou em contacto com o cônsul e soutestemunha dessa nova abertura. Acho que es-sa colaboração é para continuar. E nem estoupensando em dinheiro porque há muitas for-mas de colaborar. Se assim for, todos vão be-neficiar.»

«Acompanhei a recente visita (fim do anopassado) do presidente do governo dos Aço-res, Vasco Cordeiro, a Montreal, e acho que éum bom princípio para quem, como eu, temintenções de investir nos Açores.»

«Outra das iniciativas que se deve imple-mentar para uma maior aproximação governoscomunidades são as missões económicas quepossam abrir canais de investimento. Não que-remos dinheiro. Queremos é uma aproximaçãofacilitadora que possa terminar numa proble-mática de desenvolvimento económico paraambas as partes. Se assim for, há na comunida-de grandes empresários interessados em inves-tir nos Açores.»

«Absolutamente! E há que reforçar essasligações porque o potencial existe. O Quebequee as províncias marítimas podem ser um bommanancial turístico. Apesar de não ser um gran-de conhecedor em matéria de viagens, achoque há gente que não conhece os Açores masque no dia que souber que eles existem, poisvão querer lá ir. De resto, sei que dos que lá têmido, todos ficam com vontade de voltar. O queé preciso fazer é um estudo de mercado, investirem marketing e só depois saber se é viável ha-ver um voo semanal Montreal/Açores e vice-versa que sirva a nossa comunidade. Comoestá é que não está bem.»

«Seja como for. A verdade é que as coisasnão podem melhorar enquanto não houverpressão económica. Esta a que é a grande ver-dade.»

Leonardo Soares, 56 anosNatural de Rosário, LagoaCasado e pai de 1 filhoHá 50 anos no Quebeque (vive em Montreal)Engenheiro civilÚltima vez que visitou os Açores: 2014

«Não há dúvidas que os governos de Por-tugal e dos Açores têm que apoiar mais a comu-nidade. Até agora tem havido altos e baixos.Neste momento há apoios para o 10 de junho,uma novidade recente. Mas o que se está a fa-zer é pouco por ser virado para a própria comu-nidade. São só os portugueses que participam.Há que envolver as outras comunidades. Pode-mos e devemos fazer isso. Penso que isso pas-sará por um colóquio com representantes daComunidade Portuguesa, dos jovens aos diri-gentes de clubes, empresários e outros agentes.E o apoio, assim, poderá vir de todos. Nada deesmolas dos governos... Brevemente vai haveruma manifestação importante em Montrealcom a oferta de parte do acervo de Sisa Vieira

ao Centro Canadiano de Arquitetura. E quemvai colaborar nessa promoção? Eu, que con-videi o cônsul e mais uns amigos. Nem o go-verno português nem da comunidade há maisparticipação. É aqui que os governos têm de seimplicar porque está em jogo o nosso prestí-gio. Impliquei-me porque trabalhei como enge-nheiro na feitura do edifício e porque senti esinto que os portugueses têm que marcar umapresença.»

«Queremos fazer a diferença e apenas te-mos de contar connosco. Os governos nacio-nais não nos tratem da melhor forma. Veja-seo governo açoriano que ainda há pouco passoupor cá com muitas promessas e que desapare-ceu... Eles (governo) querem pessoas para in-vestir. Mas investir em quê? Onde estão osprojetos? Quem vai investir sem conhecer on-de se vai meter? Possibilidades no ar, apenas.»

«Eu acho que a SATA e os seus responsá-veis fazem apenas cálculos sobre a ComunidadePortuguesa do Quebeque para monitorar a fre-quência dos voos para Montreal. Nenhumestudo foi feito de maneira a saber se há ounão viabilidade para que Montreal tenha maisligações com os Açores. Por exemplo, não seconta com a aderência de outras comunidadesinteressadas nos Açores e mesmo no Conti-nente. Esquece-se, a esse nível, que o Quebequeaté tem uma camada de população muito inte-ressada no turismo de natureza. E onde o podereconómico não está em causa...».

«Na minha opinião a solução é encontraruma alternativa para este problema que já levatempo demais nas mesas de discussão. Não háoutra saída. De resto, quem quer viajar para osAçores, que ficam a pouco mais de quatro horasde Montreal e que terminada a época (curta) deverão, querem passar um dia inteiro até cha-garem aos Açores?»

José Teixeira, 66 anosNatural de S. Braz, Ribeira GrandeCasado e pai de 2 filhosHá 43 anos no Quebeque (vive em Laval, cidadegeminada com Ribeira Grande)ReformadoÚltima vez que visitou os Açores: 1988

«Os políticos portugueses têm poucaapetência pelo que se passa na ComunidadePortuguesa. De vez em quando um ou outrodá um salto cá. Depois, por longos períodos,esquecem-se de novo. Nem mesmo agora, quehá o 10 de junho e com as eleições à porta, seeles veem cá para nos ouvir, para que possamosquestionar sobre o que têm para nos oferecer...As exceções são raríssimas».

«Todos os anos, pelo Natal, apercebo-me que nem nos mandam a mensagem de boasfestas. Isso demonstra a consideração dos nos-sos dirigentes para com a nossa comunidade.Sabemos, no entanto, que há algumas comuni-dades privilegiadas. Mas, enfim, fiquemo-nospor aqui.»

«A Casa dos Açores, neste aspeto e relati-vamente aos Açores devia ter uma palavra a di-zer. Mas não tem. Porque é mais um clube co-mo tantos outros que existem na comunidade.Mas não devia ser assim. E porquê? Por faltade dirigentes. Em minha opinião, a Casa dosAçores devia ser um género de representaçãooficial que defendesse os interesses dos açori-anos no Quebeque. Mas não é. Os políticosregionais deviam aparecer com frequência parafalarem aos nossos luso-descendentes sobre

o que são os Açores hoje em dia. Falar daGeografia, da História, mesmo dagastronomia... Mas falta muito querer.»

«Eu direi que 75% da comunidade temvontade de visitar os Açores. Mas muitoshesitam porque as passagens são caras e outrosporque só podendo tirar férias no outono ouinverno não querem ter o inconveniente depassar horas de um lado para o outro. Eupróprio vou muitas vezes para o sul, paradescobrir mas também porque tudo é maisfacilitado. E não vendo maneira de melhorias,provavelmente que vou continuar a viajar parao sul.»

Merecíamos melhor sorte, é verdade.Estou a lembrar-me de que há muito que vernos Açores para além da paisagem. Há astouradas, as Sanjoaninas, o Senhor SantoCristo, mas tudo se torna difícil pelo preçodos bilhetes e o inconveniente de se perdermuito tempo para chegar aos aeroportos dosAçores. Enquanto não houver melhoriasnestes aspetos, vamos continuar a ter poucospassageiros com interesse de visitar a nossaterra».

Cipriano Tavares, 51 anosNatural de Achadinha, NordesteSolteiroHá 40 anos no Quebeque (vive em Montreal)Assistente técnico (Consulado de Portugal)Última vez que esteve nos Açores: 2014

«Do ponto de vista de cá, certamente queé visto como insuficiente. Mas do ponto devista dos dirigentes portugueses, eles devempensar que fazem o que está ao seu alcance.Mas, sim. Sou de opinião que poderiam marcaruma presença mais frequente. Sobretudo poresta altura. É. Até agora limitam-se a fazer astais visitas de cortesia e pronto. A Comunidadeé que faz o 10 de junho. É a comunidade queacaba por promover Portugal. Antigamenteainda apareciam por cá representações turísticase comerciais... Isso pelos vistos acabou. É aprópria comunidade que hoje em dia tem desaber o que é que quer e querendo como é quedeve fazer. Não estejam à espera que venhamcoisas de Lisboa ou Ponta Delgada... Adiáspora, cada vez mais, é que tem que contarconsigo.»

«Claro que merecia. Mas há mercado paraisso? Esta a que é a pergunta a fazer... Claroque no verão não faltam passageiros. Oproblema é depois, a partir de outubro/novembro. Que não há promoção? Não, nãohá. No entanto e em minha opinião a melhorpublicidade é aquela que é feita de pessoa parapessoa, daquelas que visitam os Açores e veemde lá convencidas pela beleza da paisagem, etc.Se preferia que houvesse publicidadeinstitucional? Obviamente que sim. Mas estãoos nossos dirigentes virados para o Quebequeturístico? Pode ser que a prioridade estejavoltada para outros mercados, quem sabe?»

Os profissionaisdo croquete...

• Por Osvaldo CABRAL

Há figuras nos Açores que custa aperceber para que servem.

O Representante da República é umadelas – sempre foi –, mas há muitas outras,que representam instituições nacionais, em-presas e organismos do Estado.

Há uns com elevada patente e outrosque são ilustres desconhecidos, mas têm emcomum o facto de passarem todo o santíssi-mo tempo nos salões dos croquetes, nasreceções oficiais, nos inúmeros ‘cocktails’do poder regional, e com tal profissionalis-mo que até alguns já levam na algibeira uten-sílios próprios para segurar o prato e copo,a fim de facilitar a circulação nos corredoresbafientos da alta sociedade falida.

De vez em quando ressuscitam publica-mente.

O caso dos Ministros da República, quevieram desembocar em Representante, sem-pre foi o mais gritante, pela evidente inutili-dade do cargo.

Alguns deles – poucos – aperceberam-se do papel ridículo que faziam e, no finaldo mandato, tiveram a coragem de concor-dar que a “excrescência constitucional” de-via ser eliminada.

Eram os mais pragmáticos e mais visio-nários.

O atual Representante da República,provavelmente por ser mais conservador ediplomata, habituado a estes tipos de corre-dores cheios de folhados, acha que nós, aço-rianos, precisamos de figuras como ele, gen-te em fim de carreira, mandada para cá emcomissão de resto de serviço, para que anossa Autonomia fie mais fino...

Depois de quase todos os partidos odispensarem, depois de ser praticamenteconsensual na sociedade açoriana que é umcargo perfeitamente dispensável, vir agoravitaminar a figura com o argumento de queé preferível mantê-la do que passar os pode-res para assessores e gabinetes em Lisboa,não convence ninguém.

Se o Representante da República é tãoimportante e influente, então que resolvesseo problema da cadeia de Ponta Delgada, dostribunais e edifícios do Estado a caírem depodre, dos prédios nacionais que estão entre-gues aos ratos, do problema da RTP-Açores,da Universidade dos Açores e por aí fora.

O balanço do mandato do Represen-tante da República é claro: não serviu paranada e ninguém deu por ele.

Será menos um para os croquetes.•••

SEM SAUDADES – Cavaco Silva estáno fim do seu ciclo. Sairá pela porta pequena.Mas antes quis deixar mais uma marca dasua presidência insalubre: 47 condecorados,onde há de tudo, desde o responsável peloguarda-roupa até ao ministro das Finançasque nos conduziu à bancarrota.

Ser-se condecorado, neste país, é tãobanal como esfregar as mãos à parede...

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Página 618 de junho de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Ministro Jason Kenney divulgapronunciamento sobre o Dia dePortugal

OOOOO tava, 10 de junho de2015 – O Sr. Jason Kenney, Ministropara o Multiculturalismo, divulgou oseguinte pronunciamento em celebraçãoao Dia de Portugal:

“Eu gostaria de desejar tudo de me-lhor para os canadianos de origem portu-guesa que estão celebrando o Dia de Por-tugal em eventos e desfiles através do Ca-nadá. O Dia de Portugal é uma homena-gem ao falecimento de Luís de Camões;aventureiro, poeta e autor da obra “OsLusíadas”, poema nacionalista português.

“Os laços do Canadá com Portugaldatam do início dos tempos de nossopaís, a partir da descoberta e mapeamentodo Labrador por exploradores portugue-ses do século XV.

“Nossas relações intrapessoais au-mentaram com mais força ainda no séculoXX, quando grandes levas de emigrantesportugueses fizeram do Canadá sua novacasa.

Montreal e Toronto hospedam atual-mente prósperas comunidades de portu-gueses que contribuem para a economiae diversidade do Canadá. De facto, as cele-brações do Dia e Semana de Portugal emToronto estão entre as maiores fora dePortugal com a participação de mais de200 mil pessoas.

“Neste dia, eu encorajo todos os ca-nadianos a aprender mais sobre as vibran-tes cultura e história portuguesas, assimcomo as importantes contribuições deLuso-canadianos para o nosso país.

“Feliz Dia de Portugal!”

Discurso do Cônsul-Geral de Portugal em Montreal por ocasião do Diade Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas(10 de Junho de 2015)

Caros Compatriotas,

Na minha qualidade de Cônsul-Geral de Portugal em Montreal,é com grande prazer que me dirijo a todos vós, pela primeira vez,por ocasião do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Por-tuguesas.

É minha convicção que para todos os portugueses, mas emparticular para as Comunidades Portuguesas espalhadas pelo mundo,esta é uma data de especial relevância que nos toca profundamente.Neste dia revivemos a nossa história comum, comemoramos anossa língua e celebramos a nossa cultura, sentindo um orgulhomuito especial em sermos portugueses.

Quero assim desde já agradecer a todos aqueles que deram o seutempo e o seu melhor para tornarem possível esta celebração, aquiem Montreal, do Dia de Portugal, começando pela filarmónica queacaba de atuar e pelos ranchos aqui presentes.

Dirijo também um particular agradecimento ao grupo de pes-soas, de associações, de instituições e comerciantes que se reuniramem torno da estrutura do “Festival Portugal Internacional de Mon-treal”.

Sendo um projeto cultural criado com a finalidade de unir a Co-munidade Portuguesa, e as suas diversas associações, por via de umevento cultural aglutinador que possa dar acrescida visibilidade àpresença dos portugueses no Quebeque, foi com particular satisfaçãoque o Governo Português apoiou, uma vez mais, esta importanteiniciativa.

A nossa união de esforços e a concretização de projetos con-juntos que possam ter impacto, não só no seio da nossa Comunidade,mas também junto da sociedade multicultural que hoje caracteriza oQuebeque, é cada vez mais essencial para um desafio que considerocrucial: a manutenção e a consolidação dos vínculos de pertença àcultura portuguesa dos jovens luso-canadianos.

Permitam-me assim aproveitar esta ocasião para salientar a im-portância de um maior envolvimento dos jovens luso-canadianosnas atividades da nossa Comunidade, particularmente no que dizrespeito às associações.

Numa época assinalada por mudanças a diversos níveis, importaencontrar soluções apelativas à participação dos elementos mais jo-vens da nossa Comunidade no movimento associativo. O papeldos jovens é essencial para assegurar a devida visibilidade da nossacultura e a continuidade das nossas tradições neste país.

Neste dia em que celebramos a vida e a obra do grande poetaLuís Vaz de Camões, deixo também uma mensagem relativa à apren-dizagem do português.

A nossa língua é uma das mais faladas no mundo, sendo o idio-ma oficial em oito países espalhados por quatro continentes. Oportuguês é sem dúvida uma das línguas do futuro, já hoje falada porcerca de 250 milhões de pessoas.

Recordando que o fenómeno global das migrações é hoje en-carado com naturalidade, num mundo onde a mobilidade é umaconstante, o domínio do português será assim uma mais-valia inest-imável para os nossos jovens, abrindo-lhes oportunidades não sóem Portugal, mas em muitos outros locais do mundo.

Quanto à ligação dos jovens luso-canadianos a Portugal, etambém no que diz respeito aos nossos compatriotas “de coração”que, por razões meramente formais, não têm a nacionalidade portu-guesa, deixo também aqui a boa nova que a Assembleia da Repúblicaacaba de aprovar uma alteração à Lei da Nacionalidade que permiteestender a nacionalidade portuguesa originária aos netos dos por-tugueses nascidos no estrangeiro.

Esta nova legislação é um exemplo, entre muitos outros, quan-to à importância das Comunidades Portuguesas participarem comvoz ativa na vida política do nosso país.

Nesse sentido, e tendo em conta o número muito reduzido deeleitores recenseados entre a Comunidade Portuguesa da área de ju-risdição do Consulado-Geral em Montreal (cerca de 1300 pessoas),renovo aqui o meu apelo ao recenseamento eleitoral.

Recordo que se aproximam três atos eleitorais muito impor-tantes para o futuro de Portugal, sendo que a eleição para a escolhado vosso (ou vossa) representante no Conselho das Comunidadesestá já marcada para o próximo dia 6 de setembro.

Caros Compatriotas,

Numa altura em que o nosso país acaba de ultrapassar uma fa-se particularmente difícil da sua existência, cabe-me também realçaro papel desempenhado pelas Comunidades Portuguesas no pro-cesso de recuperação económica que Portugal já iniciou.

Pelo que tenho constatado desde a minha chegada a Montreal,não podia assim deixar de assinalar o vosso contributo para a di-vulgação da imagem do nosso país, para a promoção dos nossosprodutos e para a visibilidade particularmente positiva que Portugalaqui goza enquanto destino turístico de excelência.

O vosso trabalho diário em prol do nosso país faz-me sentirparticularmente orgulhoso em ser, desde há 9 meses a esta data,também um membro da Comunidade Portuguesa do Canadá, e doQuebeque em particular.

Por isso enquanto representante oficial de Portugal aqui deixoum sincero obrigado a todos os portugueses no Quebeque e nasprovíncias marítimas do Canadá!

Quanto à nossa recuperação económica, queria também referiro facto de ela também se fazer já sentir aqui em Montreal.

Nesse sentido, e após o Consulado-Geral ter passado poruma fase particularmente difícil, com uma significativa escassez demeios humanos, posso adiantar que acabamos de ser reforçadoscom uma funcionária vinda de Lisboa, estando também em fase definalização a contratação local de um funcionário adicional.

Havendo ainda muito a fazer, podem contar com o meu totalempenho na melhoria dos serviços consulares tendo em vista, no-meadamente, uma relação de maior proximidade entre o Consulado-Geral e a Comunidade. Como exemplo desta maior proximidade,demos este ano início às presenças consulares na cidade de Quebequee iremos dar continuidade às deslocações consulares à província daNova Escócia.

Para terminar, gostaria de dirigir uma palavra de particular apre-ço e de incentivo aos dirigentes, funcionários e voluntários das as-sociações, filarmónicas, ranchos, instituições de apoio social e decariz cultural, entidades corporativas, Missões religiosas, EscolasComunitárias e aos órgãos da comunicação social da ComunidadePortuguesa. O vosso trabalho é fundamental para a afirmação dePortugal, dos seus costumes e da sua cultura no Quebeque e para aboa inserção de todos os nossos compatriotas neste país de aco-lhimento.

Comemoremos assim com cultura e música portuguesa esteDia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, nacerteza que juntos somos mais fortes!

Viva PORTUGAL!

José Guedes de Sousa,Cônsul-geral de Portugal

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Página 718 de junho de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Página 918 de junho de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Campeonato do Mundo de Futebol Feminino

Canadá apurado!• Por Norberto AGUIAR

A equipa de futebol feminino do Canadá está apurada para osoitavos-de-final do Campeonato do Mundo que se está a desenrolarno país desde o passado dia 6 de junho, e que termina a 5 de julho, quan-do se disputar o jogo final, no BC Place da cidade de Vancouver.

Fazendo parte do Grupo «A», que se instalou na cidade de Edmon-ton, em Alberta, a equipa do Canadá, à partida favorita nesta primeirafase em que tinha que defrontar a China, a Holanda e a Nova Zelândia,equipas representativas dos seus respetivos continentes, Ásia, Europae Oceânia, acabou por confirmar esse favoritismo, terminando esta fa-se grupal em primeiro lugar, com cinco pontos, pecúlio obtido mercêde uma vitória (contra a China) e dois empates (Nova Zelândia e Ho-landa).

O Canadá terminou em primeiro lugar mas suou as estopinhaspara que isso fosse possível, isto na medida em que as suas adversáriasderam uma réplica talvez superior ao que se esperava. Em três jogosdisputados, as canadianas apenas marcaram dois golos e não ganhar àHolanda (1-1), que surpreendeu pela qualidade das suas jogadoras, muitojeitosas a nível técnico e impressionantes a nível físico, e à Nova Zelândia(0-0), ex-formação do atual treinador canadiano, o inglês John Herdman,deixou um certo amargo de boca. E que dizer da vitória (1-0) sobre aChina já em tempo de descontos e através da marcação de uma grandepenalidade?

Para uma equipa, a canadiana, que está classificada em oitavo lugara nível mundial e que das suas adversárias a melhor é a Holanda na 12ªposição – a China é 16ª e a Nova Zelândia 17ª – até por jogar em casa,esperava-se realmente mais... De resto, ainda está na memória de todosos adeptos canadianos a magnífica presença desta equipa no últimoTorneio Olímpico quando conquistou a medalha de bronze diante dafavorita França! E se, na prova londrina não foi mais longe foi porqueuma certa árbitra sueca tudo fez para que o Canadá fosse afastado da fi-nal ao perder com os futuros campeões, os Estados Unidos, de formapolémica...

Mas, como sempre temos dito, o futebol é uma caixa de surpresas.E ainda bem porque é isso que faz a beleza deste desporto maravilhoso,onde uma equipa pequena, às vezes acaba por furar os prognósticos evence um conjunto mais forte. Não foi isso que aconteceu, mas estevelá perto. Dos três resultados conseguidos pela formação canadiana, emnenhum se pode dizer que o Canadá conquistou a seu belo prazer...

Neste aspeto é o futebol que sai vencedor, vis-to que isto só prova que também no futebolfeminino mundial, a paridade não começa aestar muito longe.

Vimos o último jogoCom credenciais para assistirmos ao Cam-

peonato do Mundo, vimos desde a primeirahora os desafios do Grupo «E», que tem assen-to em Montreal, mais precisamente no EstádioOlímpico, e que tem como equipa vedeta a Se-leção do Brasil. Foi dessa maneira que presen-ciamos os desafios Brasil x Coreia (2-0), CostaRica x Espanha (1-1), e Espanha x Brasil (0-1), Coreia x Costa Rica (2-2). A última jornadadeste grupo disputou-se porém em Otava.

Enquanto o último jogo do Grupo «E»se deslocou para a cidade capital do país, o jo-go derradeiro do Canadá veio disputar-se aMontreal. Foi assim que vimos o embate Ca-nadá x Holanda, que terminou com o empatea uma bola.

Em jogo de «nervos em pé», pois a nossaseleção não podia perder sob pena de estar de-pendente de outros resultados para seguir emfrente no torneio, felizmente que o Canadá lo-

Para renovaçõesO Ferreira Café encerradoLUSOPRESSE - Quando se aproximam os 20 anos do

Ferreira Café, um dos restaurantes mais famosos do Quebeque,a sua gerência decidiu renovar as suas instalações de forma aacompanhar a modernidade que se vive nestes tempos de con-corrência feroz. E sabe-se: quem não acompanha o progressoduma sociedade em constante evolução acaba por ficar paratrás...

É assim, neste preciso momento, o Ferreira Café está emobras de renovação. Mas já tem data marcada para a sua reabertura:o dia 22 de junho!

Portanto, aqui ficam as últimas informações sobre o tão fa-moso Ferreira Café na certeza de que será muito interessante en-trar, como sempre, aliás, nas suas instalações, agora com elas re-novadas, o que, sabendo-se do requintado gosto do seu proprie-tário, só por isso deve motivar uma próxima passagem por lá.

Em primeiro plano, Ashley Lawrence, a melhor jodadora do Canadá contra a Holanda e quem até foia autora do magnifico golo.

go deu o tom de quequeria vencer a parti-da, impondo o seuritmo e dando mos-tras de que quemmandaria no jogo eraele. E foi assim que ra-pidamente (10m) ve-io o golo da espetacu-lar Ashley Lawrence.Antes já SophieSchmidt havia man-dado uma bola à tra-ve... Outras oportu-nidades foram criadasno decorrer de umaprimeira parte bas-tante conseguida, massem resultados prá-ticos.

Veio a segunda

parte e logo se viu que o andar do jogo não seria o mesmo. Agora, aperder e eliminada, a Holanda tinha de fazer qualquer coisa para não fi-car de fora e essa qualquer coisa era arriscar mais no ataque. Foi assimque aqui e ali as holandesas tiveram a possibilidade de chegar ao empate,pois o Canadá, agora com menos fulgor, continuava a não ser capaz dechegar ao segundo golo, que seria o da tranquilidade...

Estava-se numa de parada e resposta, com o jogo a caminhar parao fim e para uma vitória das da casa quando, a dois minutos do fim veioo golo da igualdade, marcado em contra-ataque, dando o ponto tão ne-cessário para que as holandesas possam continuar em prova, isto pormor do resultado do outro jogo, onde China e Nova Zelândia acabariampor empatar (2-2).

No cômputo da jornada, o Canadá sempre acabou como líder (5pontos), relegando a China para o segundo lugar, com quatro pontos,os mesmos da Holanda, mas com as chinesas a terem vantagem emgolos marcados e sofridos (3-3), já que as europeias, se bem que tambémtivessem um diferencial de zero entre golos marcados e sofridos, perde-

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DIA DE PORTUGAL, DE CAMÕES E DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS

VASTAS COMEMORAÇÕES EM MONTREAL• Por Norberto AGUIAR

As festividades do Dia de Portugal,de Camões e das Comunidades Portuguesasem Montreal tiveram, pelo segundo ano conse-cutivo, um variado leque de promoções musicais,com presença de muitos artistas, muitos da co-munidade e vários de outras procedências, comodo Ontário e de Portugal – continente e Açores.A organização, tal como em 2014, esteve a car-go do Comité responsável pelo Festival Portu-gal Internacional de Montreal.

Receção protocolarRecuando no tempo, o atual cônsul-geral

de Portugal em Montreal, José Guedes de Sou-sa, retomou o hábito de oferecer uma receção àcomunidade e entidades diversas em honra doDia de Portugal, de Camões e das Comunidades

Portuguesas, uma atividade abandonada háanos, mas que agora voltou. E essa receçãodesenrolou-se no passado dia 8 de junho, nasinstalações da organização internacional deaviação civil, ICAO (sigla internacional). Doconvite também fazia parte a cônsul de Portu-gal, Maria Helena Faleiro, destacada na ICAO.

De resto, foi mesmo Maria Helena Faleiroque abriu a matiné, dirigindo-se à vasta e seletaplateia, falando de Portugal, das suas epopeias,ao aflorar o nome do grande génio que foi Ca-mões; e falou sobre economia, cultura, língua,comunidades e por aí adiante. Antes, porém,houve espaço para se ouvir os hinos do Canadáe de Portugal.

De seguida, interveio o cônsul-geral dePortugal, José Guedes de Sousa. As suas pala-vras, como se compreende, focalizaram, sobre-tudo, a Comunidade Portuguesa do Quebequeque «... se eleva a cerca de 63 mil portugueses eestá muito bem integrada...», apontando parao exemplo de Carlos Leitão, atual ministrodas Finanças da província e ali presente. OCentro Canadiano de Arquitetura e Siza Vieiratambém foram mencionados, isto por forçado que está para vir ainda no decorrer de 2015,quando chegar o acervo daquele conceituadoarquiteto a Montreal..

O Dr. José Guedes de Sousa haveria determinar o seu discurso endereçando condo-lências à família de Jacques Parizeau, ex-primei-ro-ministro do Quebeque e entretanto faleci-do.

Dizendo-se lisonjeado por ter sido con-vidado para a cerimónia comemorativa do Dia10 de Junho, Carlos Leitão enalteceu a comuni-dade de que faz parte e elogiou o Quebequepor ser uma terra de oportunidades para osimigrantes, vide o seu caso: Ministro das Fi-nanças.

Terminada a parte protocolar, o convívioprosseguiria por mais umas horas, passadas adegustar um golo de vinho, a provar os acepi-pes e outras iguarias da responsabilidade dorestaurante PortusCalle e da pastelaria BelaVista.

Cerimónia no Parque de PortugalA cerimónia referente ao Dia 10 de Junho,

Dia de Portugal, de Camões e das Comunida-des Portuguesas foi efetuada no Parque de Por-tugal sob chuva incomodativa. Valeu que algu-mas dezenas de pessoas presentes não arreda-ram pé... Quem mais deve ter sofrido com atemperatura foi a banda de música e os ranchosfolclóricos... Mesmo assim, a Filarmónica Por-tuguesa de Montreal prestou-se à função detocar os hinos de Portugal e do Canadá. Seguiu-se-lhe os discursos, da vereadora local (distritoJeanne-Mance), aplaudida pelo facto de ler oseu texto somente em português, um esforçolouvável, e o cônsul-geral de Portugal. JoséGuedes de Sousa, no decorrer do seu discursoapelou para que os portugueses e luso-descen-dentes não deixam de falar a nossa língua «umadas mais importantes do mundo e falada por250 milhões de pessoas»; falou da ligação dosjovens a Portugal, da união que é preciso haverna comunidade entre o meio associativo – enão só, acrescentamos nós! – e reforçou o pe-dido para que a comunidade se recenseie. As

Shawn Desman, que grande atuação! Foto de Carlos Gouveia..

Carlos Leitão, ministro das Finanças,quando se dirigia à plateia. Foto JulesNadeau/LusoPresse.

suas últimas palavras foram dirigidas para osvoluntários de todas as organizações da Co-munidade, incluindo o comité do Festival Por-tugal Internacional de Montreal. «O vosso tra-balho diário em prol do nosso país faz-mesentir particularmente orgulhoso em ser, dehá nove meses a esta parte, também membroda Comunidade Portuguesa do Canadá, e doQuebeque em particular».

A cerimónia prosseguiu, apesar da chuva,com a participação das cantoras Viviana Lou-renço (Montreal) e Micaela, que veio de Por-tugal.

Melhor espetáculoA grande noite do Festival Portugal Inter-

nacional de Montreal deveria ser na sexta-feira,dia 12 de junho. E isto porquê? Simplesmenteporque subiu ao palco um dos melhores can-tores canadianos da atualidade. E para maiorregozijo nosso, ele é de origem portuguesa,dos Açores. Trata-se, como já adivinharam, deShawn Desman, natural de Toronto e comcarreira na música internacional, já com cen-tenas de milhares de discos vendidos. Para alémdisso, e mercê do seu enorme talento, ShawnDesman já ganhou vários prémios, incluindoJunos – os óscares da música canadiana.

Pois foi esse mesmo artista que veio atéMontreal e decidiu tomar parte nas festividadesdo 10 de Junho com o maior prazer, como te-ve oportunidade de dizer aos jornalistas doLusoPresse e da LusaQ TV. Ele cantou e encan-tou, com as suas extraordinárias melodias van-guardistas e ritmadas, de deixar, principalmentea juventude, extasiada, como vimos. As suasinterpretações, é verdade, não deixaram nin-guém indiferente, bastando para isso ver o en-tusiasmo do público presente, numa percetívelmaioria de jovens que não tiveram medo daágua que chovia. Shawn Desman, que aindahá dias foi homenageado pela comunidadeportuguesa do Ontário com o seu nome re-gistado no «Passeio da Fama», atuou no parqueda Igreja Santa Cruz acompanhado dos seusmúsicos. Mais um sinal do prazer e seriedadeque pôs ao atuar nas festividades do 10 de ju-nho da comunidade.

Completaram a soirée, o humorista MikeRita – explorou o falar das gentes dos Açorese o modo de vida dos portugueses – e o DJSousa, que veio dos Açores. Foi uma noiteque só não foi perfeita por causa da chuva.

Sábado: Noite virada para o fado

Muita gente na receção do 10 de Junho, na ICAO. Foto de Jules Nadeau/LusoPresse.

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Um Turista na China de Cravo Vermelho na Lapela!Introdução ao Reino dos Imperadores – Primeira Parte

• Por Fernando PIRES

A China é uma civilização milenáriaque data de cerca de 4000 anos de existência,antes de Cristo, e que teve a sua unificação na-cional em 221 AC.

Teve três dinastias entre 2100 AC e 221AC. Três reinos dinásticos que vão de 220 a581. Depois foi o reino do Imperador Huidide 1399 a 1403, tendo Chengzu reinado de 1403a 1424, seguido de Shizong de 1522 a 1526. Oreino dos Ming foi dos mais longos, de 1368 a1644. Houve a seguir a Dinastia dos King,1644-1911, que finalizou com a morte do im-perador Puyi em 1962.

Foi durante a dinastia Ming, 1366-1644,que o embaixador português Tomé Pires teriasido enviado à China durante o reino dos impe-radores Chengzu e Shizong, pelo rei D. Manuel,e que Lopo Soares teria designado Tomé Pirescomo embaixador para se encontrar com oimperador Chengzu. Isto no início de 1516segundo o Livro das Descobertas. O barco te-ria saído de Cochim, sendo Tomé Pires preso eque, segundo a história, por lá ficou morrendona prisão, “tendo casado e aí nascido uma filha”.

A estimativa do recenseamento da popu-lação em 2010 era de 1 338 612 968 habitantes.Farei agora um resumo sumário do nosso per-curso turístico de duas semanas neste país, queé o que aqui mais pode interessar os leitores.

Contudo, antes de mais devo dizer que foinuma outra vida que este vosso escriba se inte-ressou na altura, apenas como apologista daRevolução Chinesa do período doutrinário de1966-1973, sem que tenha enveredado por qual-quer dogma, mas que em tal contexto talvez ti-vesse sido o remédio necessário para conscien-tizar as massas dos trabalhadores chineses eespecificamente os camponeses, a quem MaoTse-tung dedicou a sua vida. Mesmo DurãoBarroso, um ex-maoista, oportunista, aderiu àcartilha do livro vermelho. No que me toca fo-ram especificamente conceitos filosóficos so-bre os quais me debrucei como autodidata, pro-curando outras leituras para além da cartilha dolivro vermelho de Mao Tse-tung, que ainda hojeguardo, apenas como relíquia.

Será que a Revolução Cultural dos anos1966-1967 não teria contribuído como um em-purrão para a libertação das mulheres na China?Deixo aqui ao leitor para reflexão esta pergunta.No entanto, o que mais me convenceu comoprincípio foi a filosofia de outros escritos dogrande timoneiro Mao. Pelo que conheço dooutro Mao, foram livros sobre a Literatura, aArte, e evidentemente a Filosofia, de Hegel,Marx, Confúcio, Darwin, Montesquieu e Rous-seau que teriam sido os filósofos de quem seinspirou, levando por diante o programa doPartido Comunista. O fenómeno da China dehoje foi um corte numa sociedade feudal à qualMao pôs fim, no sonho dos seus poemas dejuventude com uma visão de uma nova soci-edade transformada profundamente.

Assim, a China atual situa-se no prolonga-mento desse corte com a implantação da Revo-lução de 1 Outubro de 1949.

Mao Tsé-tung de origem camponesa mé-dia, depois de estudante, foi adjunto da Univer-sidade de Pequim, atravessando mais tarde asmontanhas da China de Norte a Sul, com uma

armada de camponeses para defender a Naçãodo regime corrupto de Chiang Kai-shek quemantinha o povo na miséria.

Durante esta visita dei-me conta, comoobservador turístico durante duas semanas, oque implicou a deslocação para três cidades deavião, quatro dias e quatro noites passadasnum grande barco de cinco andares e duasgrandes deslocações em autocarro, um per-curso de 700 km através do segundo maior riodo mundo, depois do Rio Amazonas. Em Pe-quim visitamos as Muralhas, com 6 700 km, aCidade Proibida (antigo Palácio dos Ming), oTemplo do Céu, um mais belos monumentoshistóricos da Dinastia Ming e Qing, sepulturasMing onde estão enterrados treze impera-dores, e a Praça Tiananmen, terminando o diacom um jantar do tradicional pato laqueadode Pequim.

No dia seguinte viajamos de avião para acidade de Xian, visitando aí o Palácio de Verãoda Dinastia Tang e passeando pela antiga ci-dade. Foi nesta cidade que foram encontradasas ossadas e as incríveis estátuas dos soldadosde terracota, assim como uma carroça de bron-ze com o imperador sentado.

Paragem na vila de Jingzhou, antigo cen-tro de transporte e de distribuição de merca-dorias. Depois de uma noite passada no hoteltomamos outro voo para Wuhan, com umaparagem de visita à cidade de Jingzhou antesda transferência para uma estadia num barco edepois, finalmente, o momento de aí nos ins-talarmos. Foram quatro noites e quatro diasnum barco hotel, com cabines individuais, na-vegando ao longo do Rio Yangtzé, que atra-vessa o país, com paragens em cidades e vilas.A estadia nas cidades, foi em hotéis de cincoestrelas com todo o luxo habitual desses ho-téis.

A navegação do grande rio Yangtsé deu-nos a oportunidade de conhecer cidades, devisitar a maior barragem do mundo, onde seencontram as chamadas “Três Gargantas”, ouseja, Xiling, Wu e Qutang. Ao mesmo tempo,durante este percurso tivemos oportunidadede ver na outra margem do rio pequenas vilasdurante os 700 km navegados, visto que a velo-cidade do navio não ultrapassaria os 30 km.Na confluência dos rios das Três Gargantasfoi construída a grande barragem com váriosaçudes. Uma obra que é de admirar, com enor-mes espaços exteriores de verdura para prote-ção do meio ambiente, incluindo uma planta-ção de árvores. Foi aí que vi pela primeira vez,num espaço da barragem, oh surpresa minha,uma plantação de nespereiras!

(A continuar...)

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Machado Pires, Memórias e Reflexões• Por M. Patrão NEVES

O convite para fazer a apresentaçãode Memórias e Reflexões chegou-me sob a for-ma de um telefonema que recebi primeiro comexpectativa – qual o motivo deste contactopouco habitual? –, de seguida com surpresa –perante o convite de apresentar publicamenteesta obra –, e depois com um crescente senti-mento de uma honra recebida à medida que in-teriorizava a distinção de me tornar a primeiraleitora de uma obra do Prof. Machado Piresque o próprio acarinhava.

Por instantes, e enquanto o telefonemaprosseguia, recuei a 16 de maio de 1984, dataem que cheguei aos Açores, para ingressar nocorpo docente da Universidade, por convitedo saudoso Prof. Gustavo de Fraga. Este, nodia imediatamente a seguir, levou-me a apre-sentar cumprimentos ao Magnífico Reitor. Erao Prof. Machado Pires. Eu era apenas uma jo-vem assistente estagiária prestes a iniciar umacarreira universitária. Sentia-me apreensiva eintimidada perante a expectativa de conhecerpessoalmente o Reitor. Sentia-me mesmo algoreceosa… Saberia dizer o que convinha notempo certo…? A primeira impressão é sem-pre tão importante… Fui recebida com afabili-dade e senti-me acolhida. O Reitor tambémme deu alguns conselhos que, na ocasião, mepareceram desproporcionados mas cuja juste-za se foi impondo ao longo dos anos, transmi-tindo-os hoje eu própria a quem tem aspiraçõesa uma carreira académica.

E o telefonema continuava… Sim, sim,Sr. Professor, é um privilégio poder apresentara obra do meu Reitor – comecei a balbuciarainda incrédula perante o convite mas deter-minada na sua aceitação.

E o meu pensamento persistia em divagarenquanto o telefonema prosseguia: seria eucapaz de ser uma leitora e apresentadora deuma obra de literatura, sem ter formação espe-cífica na área…? E ia ouvindo o autor: é umaobra despretensiosa, feita de memórias e re-flexões. Uma obra intimista?! – pensei – masentão não me posso escudar em análises aca-démicas…, é como “trabalhar sem rede”. SimSr. Professor, fico na expectativa de receber aobra.

A expectativa durou pouco tempo. Algunsdias depois já tinha uma cópia do volume an-terior à sua impressão final. Esperei pelo fimdo dia para, no sossego da minha casa, me en-contrar com o texto.

Tinha-me sido dito tratar-se de uma nar-rativa intimista, feita de memórias várias e dereflexões a propósito, mas não sabia bem oque esperar.

Comecei a ler ansiosa e também hesitante.Primeiro a contracapa, depois a introdução…e ambas falavam da geração, da geração a quecada um pertence, como “a maior e mais deter-minante realidade das nossas vidas”. Interro-guei-me em silêncio. É que sempre rejeitei aideia de ficar cativa de um tempo, do “meutempo” – como as pessoas mais velhas sem-pre invocam –, como se o “meu tempo” nãofosse o presente de cada dia: todos os meusdias fazem parte do “meu tempo”. Mas nãoera apenas a um tempo cronológico que Ma-chado Pires se referia, mas principalmente aohistórico, ao social, ao existencial, a uma escolade vida e a um ponto de vista sobre o mundo.

A nossa geração informa a nossa identidadepessoal e dá-nos uma perspetiva específica so-bre o mundo.

Este é, sem dúvida, um introito excelentepara um livro que invoca acontecimentos e vi-vências que, temporalmente situadas, suscitamreflexões perenemente atuais e significantes.Eis no que consiste Memórias e Reflexões. E éprecisamente esta combinação feliz de umanarrativa de realidades vividas na primeira pes-soa, e por isso historicamente circunscritas esubjetivas, com um pensamento que vai emer-gindo a par e passo com a profundidade e den-sidade que só a cultura e a maturidade conce-dem, projetando-se num horizonte de univer-salidade e intemporalidade, que tornam estaobra tão meritória e cativante. Li-a pratica-mente de um fôlego, pois quando tinha de in-terromper a leitura ficava na inquietude de a re-tomar para saber como ia prosseguir e a quenovos pensamentos me iriam conduzir.

Os factos relatados são muitos, sob a for-ma de instantâneos ou fotografias que privile-giam momentos do fieri de uma existência sin-gular, “flagrantes da vida” como o autor poeti-camente se lhes refere: o seu nascimento, numanoite de blackout, em Angra, e alguns episódiosdispersos da sua juventude na Terceira; a par-tida para Lisboa para estudar e algumas experi-ências universitárias, como aluno e como do-cente, antes e depois do 25 de Abril; encontroscom grandes mestres da cultura portuguesa, emuito particularmente com Vitorino Nemésiode quem foi assistente (mas também com Da-vid Mourão-Ferreira, Jacinto Prado Coelho,Lindley Cintra, Maria de Lourdes Belchior, Del-fim Santos, Orlando Ribeiro – entre outrospor vezes apenas nomeados), ou com outraspersonalidades da vida pública portuguesa, co-mo José Hermano Saraiva ou Jaime Gama, oua convivência com personalidades que se nota-bilizaram primeiro nos Açores, como sejamMartins Garcia; e ainda o convite para regressaraos Açores, para integrar o então InstitutoUniversitário dos Açores, a tomada de possecomo Reitor, o incêndio da Reitoria…, 13 anosde reitorado… É uma narrativa feita de muitosdiferentes episódios ao longo de um tempovivido pelo autor e que o leitor acompanhacom uma curiosidade entusiástica e atenta, que-rendo sempre avançar, perguntando-se sempre“e depois…?” Os acontecimentos que fazemuma vida interessam-nos e o seu entrelaçar nu-ma narrativa dão-nos a conhecer novas facetasdo outro, transportando-nos simultaneamen-te nessa viagem em que nos descobrimos tam-bém um pouco, sobretudo quando cruzamosespaços ou tempos. Mas mesmo que a vida doleitor, porventura, não se cruze com a do au-tor, encontrará neste livro uma visão históricae social que o conduzirá àquela época e o ajudaráa compreendê-la como se, através do olhar doautor, a experienciasse também. Assim acon-tece com o modo de vida nos Açores, a suainexorável insularidade (que já foi “embarca-diça” – nas palavras de Nemésio –, mas quehoje é “voadiça”, nas palavras de Machado Pi-res), a realidade telúrica do arquipélago que pre-cede a política no moldar da vida das gentes, ogoverno à distância da República antes da auto-nomia da região. Assim acontece também coma vida na ilha Terceira, como esta foi marcadapela II Guerra Mundial que, não obstante,“passou ao largo”, o exercício da diplomacia ea prática da espionagem, a base das Lajes para

onde “emigravam” os de S. Miguel e onde osterceirenses faziam compras acedendo a ummundo “quase mítico” para a maioria. Aponta-se: a “mentalidade de competição, de fecha-mento e de ignorância mútua” entre as ilhas,apanágio das “terras pequenas”, e que não serestringe a ontem mas vai prevalecendo hojeainda; sublinha-se as distâncias “dentro dailha” (três horas de Angra à Praia; “e para ir aoNordeste em São Miguel?”) e a perceção dasdistâncias “fora da ilha”:

“Um praiense, em conversa com um emi-grado em visita de saudade, diz-lhe, aí pelosprimeiros anos da década de 50:

– Olha – se vires o João lá nas ruas daAmérica, fala-lhe de mim e daquele dia dostoiros de Agualva.

As “ruas da América” – podia ser Bos-ton, Fall River, Chicago…”

A perceção que se tem da realidade, mesmoquando equívoca, é também real para o próprio.Simultaneamente, essa sua perceção subjetivaé reveladora da realidade objetiva em que o pró-prio se insere, mesmo que totalmente desajus-tada da realidade a que se queria referir, como éo caso: a perceção de qualquer espaço é condici-onada pelo espaço que cada um habita, peloque, quem está confinado a uma ilha, não alcan-ça a imensidão de um país que vai do Atlânticoao Pacífico…

Nos equívocos das distâncias medrava omessianismo com que o açoriano se relaciona-va com a América e também com o continen-te, polos onde se formaram duas mentalidadesdiferentes que se viriam a confrontar “quandoos Açores constituem um governo autónomona região, quando possuem uma universidadee quando entram no jogo democrático da vidamoderna”. Sempre houve dois modelos de de-senvolvimento nos Açores cujo peso relativoa nossa integração europeia foi capaz de alterarde um pendor americano para um europeu,sem todavia suprimir o primeiro. E este preva-lecimento de ambos pode contribuir para oenriquecimento da nossa sociedade, se sou-bermos adotar o norte-americano sem o im-portar acriticamente, se soubermos flexibilizaro europeu sem infringir as suas regras, princi-palmente, se soubermos em relação a ambos

assumir uma postura de parceiro que dispõeigualmente de bens a partilhar e não apenas devítima que reclama dos outros sem oferecerqualquer retorno.

E os retratos da sociedade sucedem-se.Um quotidiano português e sobretudo univer-sitário, tanto antes como depois do 25 de Abrilcomo se verifica com a “caça às bruxas” tantono Estado Novo como no PREC. Um retratoainda das exigências do ensino universitário,como por exemplo as virtualidades da aprendi-zagem do latim, ou o papel formativo da uni-versidade que “não é uma fábrica de diplomas”,mas “um lugar de aperfeiçoamento do saber”,com professores cuja exemplaridade era a suaforça principal:

“Uma vez [numa aula de História daCultura Clássica do Padre Manuel Antunes]atrevi-me a fazer-lhe uma pergunta, relacio-nando mito e psicanálise freudiana. Ele res-pondeu-me:

– Olhe – não sei bem. Só estudo Freudhá seis anos…

[…] Seis anos? Era mais do que euiria precisar para tirar todo o curso! Para umjovem de 18 anos, o tempo tem outra fun-dura…”

A carreira universitária não é só feita deinteligência, mas também de resiliência e depersistência: selecionando um problema, umtema, circunscrevendo-o, focalizando-o, apro-fundando-o, relacionando-o, contextualizan-do-o, ampliando-o, recriando-o, transmitindo-o no curso de um tempo que se vai desenrolan-do, e ganhando fundura...

Em Memórias e Reflexões encontramostambém retratos da emergência das autonomiasregionais, sempre ao abrigo de um discursosobre a construção da democracia portuguesae a estruturação da Universidade dos Açores“criada por decreto mesmo antes de haver auto-nomia consagrada num governo oficial da Re-gião” – processos que foram progredindo para-lelamente.

E são as reflexões que esta panóplia dememórias suscitam que mais nos fazem quererler este livro. Reflexões cuja lição permanecepor aprender cabalmente. Sobre estes dois últi-

Nota de AgendaMachado Pires, Memórias e Reflexões

Esta obra foi lançada no dia 18 de maio, pelas 18h30, na Biblioteca Pública e Ar-quivo de Ponta Delgada a obra MACHADO PIRES, MEMÓRIAS E REFLEXÕES, cu-ja apresentação esteve a cargo da Doutora Maria do Céu Patrão Neves, contando aindacom uma intervenção da jornalista Ana Carvalho Melo. A obra tem chancela da LetrasLAVAdas.

Memórias e Reflexões de A.M.B. Machado Pires espelham algumas ideias e conceitosfundamentais para o autor: o conceito de geração, que situa definitiva e irremediavelmentecada um de nós no tempo e no espaço, a preocupação com o fluir do tempo, o históricoe o psicológico, a exigência de ética na vivência e aplicação do conceito de democracia, areflexão sobre questões universitárias (antigas e atuais), um breve ensaio sobre o senti-mento e a ideia de decadência nos dias de hoje. Algumas memórias estão mesmo em “es-tado puro”, até evocadas com diálogos, procurando dar maior feição literária ao livro, quetambém contém uma memória do sismo de 1 de janeiro de 1980 na Ilha Terceira e uma“Carta” ao Primeiro-ministro sobre o 1.º de dezembro. O autor não esquece as marcas dainfância na Ilha Terceira, as suas vivências de estudante e de assistente na Universidade deLisboa e o seu papel à frente da Universidade dos Açores.

Ponta Delgada, maio de 2015Letras LAVAdas

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Missão de Santa CruzHomenagem a quatro professores

LUSOPRESSE – Com a presença do Secretário de Estado dasComunidades Portuguesas, José Cesário, do Cônsul-Geral de Portugalem Montreal, Dr. José Guedes de Sousa e do Pároco da Missão SantaCruz, Pe. José Maria Cardoso, numa cerimónia realizada numa das salasdaquela missão, foi prestada uma vibrante homenagem a quatro pro-fessores e pioneiros do ensino da língua portuguesa em Montreal. Parao efeito o governo português galardoou-os com uma medalha de louvorem reconhecimento do trabalho que têm vindo a fazer em prol do en-sino da nossa língua nestas terras de emigração.

Antes da entrega das medalhas, o secretário de estado tinha feitoum eloquente discurso sobre a pujança da língua portuguesa no mundoe também sobre o aumento do turismo e das exportações portuguesasque, segundo ele, em muito se devem aos próprios emigrantes portu-gueses que não se cansam de louvar a qualidade da produção portuguesae dos encantos das terras lusitanas junto dos seus colegas e vizinhosdos países de acolhimento.

No mesmo discurso o Dr. José Cesário lembrou que ele, pessoal-mente, se considera em primeiro lugar como um professor de escolaque é essa a sua verdadeira profissão e que é para ela que voltará no diaem que deixar a política. Daí que sinta um carinho especial pela home-nagem aos professores que ali foi prestar.

Os homenageados foram o Professor José de Barros, diretor daEscola Santa Cruz e fundador da Escola Lusitana, que chegou ao Canadá,Montreal, em 1968; a Professora Iria Ramos que emigrou para Vancou-ver no mesmo ano e que em 1973 se veio estabelecer em Montreal. Le-cionou primeiro na Escola Nossa Senhora de Fátima em Vancouver edepois, a partir de 1975, na Escola de Santa Cruz; a Professora Iria daConceição Araújo, que chegou ao Canadá em 1989 e que continua a daraulas na Escola de Santa Cruz desde 1990; e, por fim, a Professora Zul-mira Ribeiro de Barros que chegou a Montreal em 1978, ano em quecomeçou a lecionar até 2014.

Todos os homenageados, vieram individualmente, testemunhar do reco-

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nhecimento que agoralhes foi feito e deram con-ta, não sem uma contidaemoção, quanto enrique-cedora foi (ou continua aser) esta experiência demanter viva a nossa línguajunto das novas gerações.

Momentos antesdesta cerimónia, o secre-tário de Estado tinha des-cerrado uma placa numadas paredes da entrada dosalão nobre da MissãoSanta Cruz na qual se agra-dece a deferência do Dr.José Cesário.

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Mas antes houve a bela atuação de SuziSilva, uma fadista que agora virou jazzista. Epode dizer-se que virou e bem, tal a qualidadedo jazz que apresentou na companhia do seutrio musical.

Depois, sim, vieram os fadistas. Primeiro,o Paulo Filipe, que costumava vir (de Toronto)a Montreal com mais frequência. Depois, aMarta Raposo local, logo seguida de Zé Perdi-gão, fadista vimaranense que desconhecíamosmas que mostrou muita qualidade. Zé Perdigão,para gozo dos presentes, trouxe de Portugaltrês guitarristas de fina qualidade.

Cantando (bem!), ao mesmo tempo quedialogava com o público, não há dúvida queZé Perdigão ficará na mente das pessoas queassistiram ao seu espetáculo. Para mais, numaprova de real simpatia, elogiou os cantores lo-cais e até convidou a Marta para um fado adois.

O serão musical de sábado foi encerradopela jovem e talentosa Michelle Madeira, umaluso-descendente mesclada de açoriana e mi-nhota.

EncerramentoNo domingo, dia de encerramento do Fes-

tival, o programa foi preenchidíssimo. Come-çou ao meio-dia, com um desfile nas ruas àvolta da Igreja Santa Cruz e prosseguiu noitedentro, com Rui Madeira, que veio de Portugal,a ter a primazia de concluir as festividades. Noentremeio, houve danças folclóricas e atuaçãodos vencedores do recente concurso de Kara-

DIA DE PORTUGAL...Cont. da pág 10

mos temas, em particular – a democracia e aUniversidade dos Açores –, a reflexão é amplae profunda, retomando as origens de cada ume projetando-se para uma dimensão intemporalde que nos urge beneficiar no presente. Nasmemórias de um passado vivido por MachadoPires multiplicam-se reflexões para o presenteque todos nós partilhamos.

E entre estes dois temas de destaque, per-mitam-me que retome primeiramente as pala-vras de Machado Pires sobre a Universidadeporque é a razão de ser do autor estar aqui en-tre nós, de muitos de nós estarmos aqui tam-bém, é um dos mais fortes impulsos do desen-volvimento social e económico dos Açores eque atravessa atualmente uma situação de crise.

“Senhor Reitor, para quando uma Uni-versidade ao serviço da Região? [Foi sempreuma pergunta insistente da comunicação social,por reflexo da sociedade açoriana].

Basta a existência de uma universidadepara já estar a ser prestado um serviço. […]Mas nem todos estavam preparados para com-preender o papel conceptual de uma universi-dade das ilhas [e estarão hoje? – pergunto eu]Com o tempo logo vem a elevação do nível inte-lectual. E o nível intelectual faz tudo: eleva asconversas, promove curiosidades científicas e filo-sóficas, atrai congressos, promove eventos […].”

Mas que Universidade é esta a que se refereMachado Pires?

Não certamente “uma fábrica de diplo-mas”, nem tão pouco uma “empresa do saberaplicado” a que governos as reduziram ao obri-gá-las a “lutar pelo financiamento”, ao obrigá-las a sair “da velha torre de marfim para a com-petição de feira, onde, no entanto, sobrevivempela força da massa cinzenta. Negócio – etimo-logicamente nec-otium: a negação do ócio. Nãohá lugar para ‘ócios’, de reflexão estética e filo-sófica. O que era nobre da Universidade tor-nou-se um subproduto, uma coisa tolerada, osublime na gaveta, um clube de esotéricos.”

“Uma universidade é um ‘fermento’, nãoum supermercado de soluções imediatas de pro-gresso”, “é um lugar de aperfeiçoamento dosaber”. E prossigo citando: “Para ser Universi-dade, por detrás da eficiência do planeamentoe da adequação dos financiamentos, tem de es-tar a adâmica pergunta, inquietante, construti-va – mas ‘que é a verdade?’ E respondo recor-rendo mais uma vez às palavras do autor: essaverdade que a Universidade procura constitui asua própria alma ou, como escreveu uma vezo autor “’uma universidade é um estado de es-pírito’. Também precisa de dinheiro. Não fun-ciona sem este. Mas também não funcionasem aquele… Não é só de legislação e de refor-mas no papel que as universidades precisam.Nem é só de dinheiro. É de uma alma própriae de muito bom senso.” – e esta lição do sempreReitor Machado Pires precisa de ser urgente-mente aprendida para que a aurora que a Uni-versidade dos Açores constitui desde 1976 edeveria constituir, permanentemente, e hojetambém, não veja o seu crepúsculo. “Sicut Au-rora, Scientia Lucet”, “Assim como uma auro-ra, a ciência brilha” – é a divisa da Universidadedos Açores. Não apaguemos esta “aurora”.

Sobre a democracia destaco, como moteda reflexão de Machado Pires, a afirmação deque esta “deve existir para criar igualdade deoportunidades para todos ou para o maior nú-mero possível. Mas o esforço e o mérito têmde fazer o resto.” É verdade – prossegue – o“’elitismo’ é a defesa exacerbada e arrogante de

MACHADO PIRES...Cont. da pág. 12

elites na sociedade e no poder, mas a ausênciade elites ou de seleção dos melhores é a quedana vulgaridade, na mediocridade. E da mediocri-dade só se pode esperar mais mediocridade.”

E o raciocínio prossegue: “[...] A vulgari-dade, a promoção da mediocridade são efeitosperversos da liberdade democrática. […] Conti-nuo a pensar que os dois maiores erros da de-mocracia contemporânea são o pensar que ‘to-dos sabem ou podem fazer tudo’ e o ‘ter medode dizer que há diferenças’. Há que ter a coragemde promover os melhores, de dizer que há sem-pre elites.” E remata, inspirando-se em Hercu-lano, “a igualdade à força é a pior das tiranias.”

À coragem destas palavras acrescenta-sea de que “quanto mais pequena é uma socie-dade, mais difícil é o exercício da democracia: ateia de conhecimentos e interesses, constran-gendo a livre expressão de doutrinas, leva ainibições, a pressões, a jogos de influência, achantagens morais, à defesa de interesses ins-talados.” E prossegue: “as sociedades pequenastendem a endeusar ou a ostracizar com dema-siada facilidade.” Esta é uma visão bipolar par-ticularmente comum dos poderes políticos emrelação a todos os demais cidadãos – acrescen-to eu – que forja imagens manipuladamentedeturpadas das pessoas e distorce a realidadesocial sobre a qual importava agir, transformar,melhorar.

E Machado Pires sintetiza a sua crítica aoexercício mais comum e menos nobre da de-mocracia invocando um mestre da nossa litera-tura: “’Em terra de cegos, quem tem um olhoé rei’ não! Como ensina Jorge de Sena: ‘em ter-ra de cegos, quem tem um olho…tira-se-lho, erapidamente, antes que ele incomode muito!’Ficam todos democraticamente cegos.”

Não prosseguirei! Reconheceram já comoMemórias e Reflexões, que aqui apresento, meenvolveu; mas, sobretudo, descobriram já cer-tamente como esta obra vos inspirará tambémna recuperação de um passado vivenciado, poralguns, e histórico para todos, bem como naprojeção de um passado que nos competeconstruir beneficiando do passado e do pre-sente. Toda a obra vale pelo que nos dá a co-nhecer, mas também pelo que nos faz desco-brir.

Em síntese, Memórias e Reflexões de Ma-chado Pires oferece-nos um “flagrante” da aço-rianidade”. E termino com as palavras do au-tor: “A Açorianidade […] exprime a identidadedo ser açoriano, dentro ou fora dos Açores.”

Bem-haja!M. Patrão Neveswww.mpatraoneves.ptPonta Delgada, maio de 2015

EDITORIAL...Cont. da pág. 1

deputados, Philippe Couillard sublinhou queos “cidadãos de Quebeque [ao votarem liberal]disseram-nos que estamos a fazer o que deviaser feito e que devemos continuar nesta via.Sobretudo, não desistam! [Os quebequenses]disseram sim ao rigor orçamental e ao relance[económico] do Quebeque”.

Entre as várias medidas que foram discuti-das neste congresso o que mais deu que falarfoi o de se prolongar a data da reforma, dos 65para os 67 anos, medida que o ministro das Fi-nanças Carlos Leitão considera como inevitá-vel, mas que o primeiro-ministro, PhilippeCouillard rejeitou de imediato afirmando quenão é intensão do governo de promulgar umalei para obrigar os quebequenses a trabalharemmais tempo para terem direito à reforma.

Em relação aos últimos projetos de lei

propostos pelo governo na Assembleia Naci-onal do Quebeque, houve uma franja dos mili-tantes que se mostrou crítica sobre o alcancede alguns diplomas, como foi o caso do novoprojeto de lei sobre a neutralidade religiosa doestado que obriga todos os funcionários a tra-balharem de rosto a descoberto mas que nãointerdita a utilização de símbolos religiososna função pública. Mesmo se as novas disposi-ções do projeto de lei da ministra da Justiça,Stéphanie Vallée, permitem aos praticantes decerta regiões de trabalharem com a ovale da ca-ra a descoberto, houve quem propusesse nestecongresso a interdição pura e simples do tacha-dor ou de qualquer outra forma de vestimentaque cubra o corpo todo. A lei já proíbe o usoda burca e do nicabe. Vários militantes insisti-ram no facto de que o novo projeto de lei de-via inspirar-se das recomendações da Comis-são Bouchard-Taylor que proscrevia a utili-zação de qualquer símbolo religioso para todosos funcionários que representam a autoridadedo Estado.

Da parte da ala da juventude liberal, a prin-cipal crítica ao partido foi relativamente aoscortes feitos nos orçamentos da Educação. Al-guns militantes das regiões criticaram tambémo facto de terem sido eliminados os CLD (Cen-tres locaux de développement) que foram atin-gidos pelas restrições orçamentais do governo.

No seu discurso no fecho do congresso,Philippe Couillard não deixou de enviar algu-mas setas para o partido independentista dePierre Karl Péladeau. «A palavra “Québécois”não é propriedade dum partido político. Háquem pense que o projeto independentista é asolução mágica, querem tirar-nos a nossa cida-dania canadiana em vez de pensarem construira nossa herança comum. Mas nós, o PartidoLiberal, sabemos que os quebequenses cons-truíram este país, o país real. Não o país dasilusões».

oke promovido na comunidade.O Festival Portugal Internacional de Mon-

treal ainda teve, no domingo, um lamiré de lu-sofonia com as atuações de Sango One, oriun-do de Angola, e Jully Freitas, natural do Brasil.

ram por os números (2-2) serem inferiores.Agora a Holanda deve passar aos oitavos-

de-final na condição de um dos melhores ter-ceiros...

Nos outros grupos já estão apuradas paraos oitavos-de-final os Estados Unidos e a Aust-rália, que passa em favor da Suécia, para já agrande deceção, na poule «D»; a Alemanha, eNoruega, no grupo «B»; o Japão e os Camarões,grande surpresa, na série «C»; e o Brasil nogrupo «F».

Entretanto, e no momento de escrevereste texto, tudo ainda por definir no Grupo«F» e quem acompanha o Brasil na poule «E».Das terceiras classificadas, neste momento, sómesma a Holanda está nos oitavos-de-final...

Num breve comentário aos possíveis fa-voritos, diremos que a Alemanha, os EstadosUnidos, o Brasil e a Noruega nos parecem seras equipas que melhor conta têm dado do reca-do. Já o Japão, que é o atual campeão mundial,a França e a Inglaterra não parecem estar naforma ideal para poderem discutir o título.

Entretanto, para casa já foi a Suécia, equipaque tinha muitas ambições, agora que é trei-nada por Pia Sundhage, uma treinadora cheiade êxito enquanto dirigiu os Estados Unidos.De resto, foi ela que levou as americanas a cam-peãs olímpicos nos últimos Jogos, em Lon-dres, em 2012.

CANADÁ...Cont. da pág 9

de janeiro de 2015, e que pretende selecionar os candi-datos com mais qualificações, também mereceu críti-cas do liberal.

“O problema é que sempre que um governolança novos programas de imigração não fala dasbarreiras e dos problemas que são criados com isso.Os conservadores estão constantemente a dizer umacoisa, mas depois tem outra atitude nas ações prati-cadas. Não se pode confiar neste Governo, no sentidode lhe ser dada a responsabilidade de uma políticaaberta de imigração que o Canadá necessita”, disse.

Justin Trudeau acrescentou que compreende a“necessidade de integração e das competências afe-tivas”, referindo-se ao difícil exame linguístico obri-gatório aos candidatos à cidadania canadiana e resi-dência permanente.

Alguns trabalhadores estrangeiros temporáriosque reprovaram no exame linguístico processaramjudicialmente o Governo canadiano por discrimina-ção comparativamente com imigrantes provenientesde países anglófonos, no caso do inglês, e francófo-nos, no caso do francês, ambas línguas oficiais doCanadá.

“Precisamos de trabalhar com as comunidadespara nos certificarmos de que o teste não será dema-siado exigente quando se fala de pessoas idosas e noprocesso para a cidadania canadiana”, frisou.

Justin, filho de Pierre Trudeau, antigo primeiro-ministro do Canadá (1968 a 1979), fez-se acompanharna visita à associação minhota pelo deputado federalAdam Vaughan e pela candidata Julie Dzerowicz,esquipa com que espera trabalhar para “responder àspreocupações da comunidade portuguesa”.

O Canadá terá eleições legislativas em outubropróximo, em que Justin Trudeau vai tentar a eleiçãopara o cargo de primeiro-ministro, ocupado desde2006 pelo conservador Stephen Harper.

JUSTIN TRUDEAU...Cont. da pág. 1

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O Impacto na MLS...

Derrota diante do City FC• Por Norberto AGUIAR

Depois de duas vitórias encorajado-ras diante do Whitecaps de Vancouver, em casa,e do Columbus Crew, fora, ambas por 2-1, oImpacto voltou aos desaires, agora diante doNova Iorque City FC, a segunda equipa de ex-pansão deste ano na Major League Soccer.

Com efeito, sábado passado, em NovaIorque, o Impacto foi incapaz de ombrear comos rivais locais, que chegaram este ano à MajorSoccer League e que estão, neste momento,apesar desta vitória sobre o Impacto, na últimaposição da tabela classificativa, com apenas14 pontos em 15 jogos disputados...

Bem sabemos que isto de pontos, muitasvezes, não quer dizer muita coisa. É o que sepassa nesta liga, que prima pela paridade. Porexemplo, se pegarmos na Zona Este, bastaver que o primeiro classificado, o DC United,já tem averbadas no seu currículo cinco derro-tas, só menos duas do que os homens do Cityde Nova Iorque...

Tudo isto para dizer que apesar de estarem último, o conjunto liderado pelo atacanteespanhol de nível mundial, David Villa, aindaestá muito a tempo de subir na tabela classifica-tiva e chegar-se aos da frente. Até aos lugares –seis primeiros – que dão acesso às eliminatóriasde fim de temporada? Não diremos tanto, masque nada disso é impossível, lá isso é.

Como vêm, a derrota do Impacto em No-va Iorque não é assim tão dramática, sobretudoporque outros clubes mais credenciados tam-bém vão deixar lá pontos.

É verdade que o Impacto, ainda com ape-nas onze encontros realizados, vinha de umaboa sequência de resultados, com vitórias, co-mo já dissemos, sobre o Whitecaps, que fazparte do cimo da tabela (2°) da Zona Oeste, esobre o Columbus Crew – 6° da Zona Este.Mais atrás, o Impacto também havia batido oDallas FC, que na altura encimava a Zona Oesteda MLS...

Mas, como se sabe, o futebol tem destascoisas. Às vezes esperam-se vitórias e aconte-cem derrotas, ou empates. Noutras ocasiões,

como neste jogo City x Impacto, esperava-seque a vitória pendesse para o lado dos de Mon-treal... Pela maior experiência e porque os no-va-iorquinos marcavam passo no último lugarcom apenas duas vitórias... Mas, se os analistasapreciassem, friamente, o valor intrínseco dosdois conjuntos, temos de admitir que o favori-tismo atribuído aos homens de Frank Klopas,sofreriam um golpe. Esta opinião baseia-sena apreciação do conjunto de jogadores emambos os plantéis, onde a balança, quanto anós e sinceramente, pende de alguma maneirapara os americanos. A começar pela presençade dois mundialistas, Villa e Diskerud, no City,enquanto Montreal nem um sequer tem. De-pois, nos restantes atletas, se é bem verdadeque o Impacto tem um jogador da classe dePiatti, não é menos verdade que os Cityzensacabam por ter nas suas fileiras jogadores domesmo nível dos de Montreal.

Por tudo o que fica dito, o Impacto e oCity FC acabam por se equivaler. Agora venceuo Nova Iorque, amanhã, isto é, no próximojogo, pode ser Montreal a vencer... Para ambosclubes, o mais importante ainda é ganhar pon-tos suficientes que dê para que, em fim de épo-ca, o clube possa marcar presença nas elimina-tórias de acesso ao título de campeão da MajorLeague Soccer. E neste aspeto o Impacto temmuito mais a perder, pois é a equipa mais expe-riente, por mais anos na liga, daí que a sua res-ponsabilidade seja muito maior.

É o que se vai ver em novembro próximo.

ResultadosImpacto x Whitecaps, 2-1Columbus x Impacto, 1-2New York City FC x Impacto, 3-1

Próximos jogos:Estádio SaputoSábado, dia 20, às 20h00Impacto x Orlando City SCQuarta-feira, dia 24, às 20h00Toronto FC x ImpactoSábado, dia 27, às 19h00Union x Impacto.

Na caminhada rumo às eliminatórias de fim de temporada, o grande objetivo doImpacto, Piatti tem papel importante a desempenhar... Mas para isso é preciso quese ponha em forma rapidamente.

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ANTÓNIO DE MEDEIROS1942 – 2015

Faleceu em Montreal, no dia 6 de ju-nho de 2015, com 73 anos de idade, Antó-nio de Medeiros, natural de Vila Franca doCampo, São Miguel, Açores, esposo de Ma-ria Natália Furtado Rebelo.

Deixa na dor a sua esposa Maria Natá-lia, a sua irmã Maria Ilda (falecido AntónioFirmínio Arruda), o/a cunhado/a Maria Fur-tado (falecido Armando Chibante) e Fabi-ano Rebelo (Maria da Estrela Moniz), os/as sobrinhos/as Silvino Arruda (Maria Fer-nanda), António Arruda, João Arruda (Zé-lia), Maria de Fátima Arruda (António), Olgade Melo (Fernando), Zenaida Oliveira (Val-dir), Fabiano Chibante (Maria de Fátima),Ana Paula Chibante (Martin), Carlos Alber-to Chibante, Margarida Chibante, FabianoRebelo Jr (Teresa), Nathalie Rebelo, NancyRebelo (Tony), assim como restantes fami-liares e amigos.

Os serviços fúnebres estiveram a cargode:MAGNUS POIRIER Inc.10300 Boul. Pie-IX, Montréal-NordTel.: 514-727-2847 www.magnuspoirier.comAntónio Rodrigues

Cel. 514-918-1848

O velório teve lugar na segunda-feiradia 8 de junho de 2015, das 14h às 17h edas 19h às 22h, e na terça-feira dia 9 de ju-nho de 2015 a partir das 8h.

Seguiu-se a missa de corpo presente,na terça-feira dia 9 de junho de 2015, às10h na Igreja Santa Cruz, situada no 60rue Rachel Ouest, Montréal. Foi sepultadoem cripta, no Mausoléu Portas do Paraísono Cemitério de Laval, situado no 5505Ch. Bas St-François, Laval.

A família vem por este meio agradecera todas as pessoas que, de qualquer forma,se lhes associam neste momento de dor.A todos o nosso obrigado pelo vossoconforto. Bem Hajam.

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Página 1618 de junho de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Em meu nome e em nome da Altapex quero felicitar toda a Comunidade Portuguesa pela festiva

passagem do Dia 10 de Junho.A todos os voluntários, um bem-haja pelo meritório

trabalho realizado!Leonardo Soares, Presidente