justin bieber – a febre

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Justin Bieber é um dos maiores popstars do mundo! Depois de ser descoberto no YouTube, virou o mundo da música de cabeça para baixo! Sua carreira foi ganhando cada vez mais força por causa de suas participações em programas de TV como o Saturday Night Live, e por ter estampado capas de revistas como a People e Billboad. Os fãs do mundo inteiro não se cansam dele e este livro responderá a muitas de suas dúvidas, incluindo: - Como foi a infância do garoto criado apenas por sua mãe? - Quanto sua vida mudou desde que ficou famoso? - Quais são as últimas novidades de seu próximo álbum? - Como ele aprendeu sozinho a tocar tantos instrumentos? - Quem são as celebridades que Justin gostaria de namorar? - Quais são os planos do cantor para o futuro? E muito mais!

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BieberJustin

MArc ShApiro

A Febre

S ã o P a u l o 2010

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introdução

Hora da soneca

Justin Bieber admite que adora cochilar. O cochilo é parte de sua rotina diária e pode se estender por mais de uma hora. Entretanto, dormir não é um passatem-po muito comum para um garoto de dezesseis anos. E sabemos que Justin Bieber não é um adolescente comum.

Enquanto a maioria dos meninos de dezesseis anos está tentando entrar no time de futebol da esco-la, mostrando interesse por garotas ou, ainda, se pre-parando para as provas finais de matemática, Justin passa seus dias em meio a uma aparente interminável vida de estrela e celebridade. E, ao contrário do que se pode imaginar, o estrelato é um trabalho duro. Por-tanto, não se pode realmente culpá-lo por gostar de tirar um cochilinho.

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Marc Shapiro

Gravações do álbum, gravações de vídeo, entre-vistas, aparições públicas e, desde o segundo semestre de 2010, sua primeira turnê de completo destaque – e claro, além de tudo isso, continuar a sua educação se-cundária. A vida de Justin Bieber é um turbilhão de obrigações de uma celebridade da música mundial-mente conhecida.

E isso tudo está acontecendo extremamente rápido. A história de Justin não é uma história incomum

no mundo da música. Na verdade, esse tipo de histó-ria parece acontecer com uma regularidade surpreen-dente nesse meio. Todas as gerações parecem ter o seu “Beatles”. Donny Osmond. Justin Timberlake. Usher. Bobby Sherman (pergunte a seus pais sobre o Bobby). A fórmula é bastante simples. Pegue um belo rosto e uma pessoa com uma imagem de “certinha”, adicione uma voz jovem, segura, emotiva, complete com can-ções pop sentimentais que atinjam os jovens, e também os jovens de coração, e então você terá uma estrela.

Entretanto, é raro ver esse tipo de estrelato nos últimos anos. Muitos ídolos da música pop atual sur-giram no American Idol (Ídolos), em programas de te-levisão da Disney e em outros programas que mistu-ram vários gêneros musicais. São estrelas fabricadas, sem qualquer senso verdadeiro de obrigação, reali-

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dade ou alma de um artista. Justin não surge dessa forma. Ele era um total desconhecido, um “joão- -ninguém” que veio do nada e teve de percorrer uma dura estrada.

E a trajetória de sucesso de Justin Bieber come-çou com um ato bastante ousado. Ninguém, além dos habitantes de sua cidade natal, Stratford, conheceria o jovem canadense se sua mãe não tivesse gravado várias de suas apresentações em shows de talentos e colocado-as na Internet. Graças à Internet e, principalmente, a sites como o MySpace e o Facebook, o mundo conheceu o ta-lento e o carisma de Justin bem antes de empresários e gravadoras. Mas, em algum momento, até eles ouviram falar do jovem, e a futura estrela foi descoberta.

Entretanto, ser descoberto e contratado era ape-nas o começo da história. Desde o início de sua tra-jetória, Justin se mostrou basicamente um garoto co-mum, legal e certinho que sempre trata seus fãs, os outros artistas e todos os que entram em contato com ele com muito respeito. “Gostaria de um autógrafo?”, o próprio Justin oferece e fica feliz se puder ajudar. Pare-o na rua, e ele terá o prazer de compartilhar algu-mas palavras e momentos com você. Justin não é um adolescente que apareceria nas páginas dos tabloides, como a Britney Spears ou a Lindsay Lohan, que são

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pessoas autodestrutivas. Ele é tudo o que uma estrela ou celebridade tem a oferecer, mas pelas razões certas.

“Basicamente, eu sou apenas uma criança nor-mal”, ele contou ao Toronto Sun. “Eu faço bons san-duíches de queijo grelhado. Gosto de garotas. Sou bom em Inglês, mas ruim em Química”. E, não es-queçamos, ele também usa aparelho ortodôntico. É meio invisível, mas, ainda assim, é um aparelho. Até mesmo os sites de celebridades tiveram que alterar sua abordagem para publicar notícias sobre Justin. Ao in-vés de pegá-lo em um momento embaraçoso, fazendo algum comentário estúpido ou um gesto obsceno, as constantes aparições de Justin na TV ou em tabloi-des sempre foram classificadas como apropriadas para todas as idades. “Aqui está Justin sorrindo enquanto se esconde dentro de sua limusine”. “Aqui está Justin dando autógrafos”. Notícias mais escandalosas? “Aqui está Justin sendo atacado e perseguido em várias ruas do mundo por uma multidão de garotas aos gritos”. É uma lembrança à altura da Beatlemania e de outras gerações de músicos bonitos.

Temos de reconhecer que, quando se trata de es-cândalo, Justin não é um alvo fácil. Ele é um jovem muito puro de coração, que faz suas orações nos bas-tidores antes de cada apresentação e sempre agradece

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pela grande sorte que teve. Uma vez, ele escondeu o telefone celular de seu tutor. Outra vez, ele disse que um operador de câmera de televisão tinha um jeito en-graçado, meio bobo. Isso é o mais pesado e escandalo-so quando se trata do Justin.

Justin é um produto da era Twitter. Quando faz uma aparição pública ou quando uma notícia sobre ele é publicada, geralmente é o primeiro a comentá-la por meio de mensagens de texto aos seus fãs. Mesmo que seja sobre algo simples, como o que ele planeja fazer durante um longo voo para o Japão, Justin uti-liza a tecnologia moderna para levar seus fãs junto com ele. Ele ajudou a impulsionar sua carreira levan-do, literalmente, seus fãs aonde quer que vá. E ele tem ido bem longe.

E qual é a ironia das ironias quando se trata de Justin Bieber? Talvez os seus pais estejam dispostos a admitir isso: até mesmo eles, os pais, gostam de Justin. Por quê? Porque ele não se comporta como a maioria dos ídolos do heavy metal, punk rock ou estre-las do rap. Você poderia levá-lo para sua casa. Você poderia levá-lo para a igreja. Sem dúvida, Justin Bieber é totalmente seguro.

Se você está procurando grandes conflitos, con-trovérsias e uma série de escândalos, este livro não é

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para você. Também não espere listas de suas comidas, cores preferidas e assim por diante. Há uma grande chance de você já ter todas as revistas e publicações sobre o Justin, afinal você deve ser um verdadeiro fã da “febre Bieber”.

No entanto, se você estiver a fim de ler um relato honesto do que acontece quando talento, sorte e um ga-roto legal se unem... Bem, esse final feliz estará bem aqui.

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Uma Cidade Descontrolada

Justin achava que era uma boa ideia fazer a apresentação. Seu primeiro álbum, My world, foi lançado no dia

17 de novembro de 2009 e, como o feriado de Ação de Graças se aproximava, ele aproveitou para continuar na estrada, promovendo o álbum com direito a roda-das intermináveis de entrevistas com a imprensa, nas rádios e em aparições na televisão.

No entanto, com tanto trabalho, tudo deve ter começado a ficar meio mecânico e pouco atrativo. O adolescente normal dentro de Justin provavelmente queria estar se divertindo com pessoas da mesma idade que ele. Enquanto comia refeições de hotel, jo-gava videogames e olhava distraído para a TV, e seus pensamentos sempre se mantinham naqueles que logo se tornariam um enorme grupo de fãs do mun-

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do inteiro. Ele achava que deveria fazer algo especial para os fãs.

Então, quando foi sugerido que talvez fosse uma boa ideia agendar uma sessão de autógrafos no Shopping Roosevelt Field, em Garden City, Nova York, Justin disse imediatamente que sim.

Até aí, nenhuma surpresa. Ser pé no chão sempre foi uma das característi-

cas mais encantadoras em Justin, mesmo antes de seu estouro no cenário da música pop. Ele sempre colocou e coloca – os sentimentos de outras pessoas antes dos próprios sentimentos, e não demorou a querer deixar a própria vida de lado para ajudar os outros. Em outras palavras, ele é apenas um garoto incrivelmente bom.

E essa foi uma atitude que permaneceu intacta, mesmo com o aumento de sua popularidade. As intermi-náveis rodadas de entrevistas e aparições públicas feitas durante o lançamento de My world teriam sido cansativas até mesmo para artistas mais adultos. Mas a resposta de Justin para tudo era um sorriso seguido da pergunta: “O que mais vocês gostariam que eu fizesse?”.

Sim, já aconteceram algumas coisas desagradá-veis. Garotas que o idolatram, choram e gritam até que seus pulmões quase explodam, fazendo todo o pos-sível para chegar perto de seu herói. Mas, até agora,

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Justin Bieber

essas cenas têm sido bastante controláveis. Desde que Justin tivesse uma equipe de segurança profissional, de primeira qualidade e sempre em estado de alerta, prin-cipalmente na possibilidade de haver grandes multi-dões, todos ligados ao jovem cantor achavam que essa aparição seria tranquila.

A notícia foi espalhada rapidamente pela impren-sa, e anúncios na Internet de que Justin estaria no shopping no dia 21 de novembro diziam: talvez ele faça uma apresentação ao vivo, mas certamente dará autógrafos em seu novo álbum. Os membros da equipe de segu-rança, que trabalham com ele em tempo integral, de-ram um sorriso amarelo quando tal aparição foi anun-ciada. Aparentemente era apenas mais uma aparição, nada muito importante ou difícil no mundo do show business. Mas eles sabiam que, na verdade, não era só isso. Eles acompanhavam Justin há tempo suficiente para saber o que estava por vir.

Sua chegada ao shopping foi marcada para as 4 ho-ras da tarde. Porém, milhares de fãs, literalmente, co-meçaram a chegar ao local horas antes do evento. Às 6 horas da manhã do dia 21, crianças, acompanhadas de seus pais que, pelo olhar, diziam que prefeririam estar em qualquer lugar menos ali, já eram vistas em gru-pos ao redor do shopping. Era evidente em seus olhos

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cansados, cabelos bagunçados e roupas amarrotadas, que muitos tinham, na verdade, passado a noite lá, em um esforço para conseguir os primeiros lugares na fila para conhecer Justin.

Os pais que estavam lá e outros adultos que pas-savam não estavam muito certos sobre o que pensar da situação. Parecia legal, uma simples diversão ino-fensiva. Eles tiveram seus Beatles e Donny Osmond. Provavelmente era a mesma coisa. Mas as meninas viam aquilo como um desafio, uma missão. Você teria que ter quatorze anos para compreender a importân-cia que Justin Bieber tinha para elas.

O shopping foi alertado sobre a multidão que po-deria aparecer. A segurança estava no local. Uma área no segundo nível do shopping, bem longe das lojas, foi preparada para o evento. Ainda em seu quarto de ho-tel, Justin sorriu ao ouvir comentários de que cerca de 3 mil pessoas já estavam lá esperando sua aparição. O evento seria um sucesso, um estouro.

A multidão, até então, estava bem-comportada. Mais tarde, no mesmo dia, foi confirmado que mais de 10 mil fãs estavam realmente “amontoados” no shopping. Eles começaram a ficar impacientes, mas ainda não esta-vam fora de controle. No entanto, isso mudou por volta das 2 horas da tarde...

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As coisas de repente ficaram caóticas. As pessoas começaram a empurrar e a se acoto-

velar. A multidão começou a seguir em direção à área cercada e protegida em que Justin estava prestes a che-gar. As pessoas estavam gritando o nome de Justin e agitando cartazes feitos à mão. Várias delas foram jo-gadas no chão e pisoteadas. Os olhares nos rostos dos seguranças revelaram que eles não estavam mais tão confiantes como há poucas horas.

E, quando parecia que as coisas não podiam piorar, alguém gritou que tinha visto Justin em uma das lojas do shopping, o que não era verdade. A jo-vem estrela ainda estava muito distante. Mas isso foi o suficiente para incitar a multidão, que agora era um mundaréu incontrolável. Eles entupiram as escadas rolantes que conduziam ao segundo nível. Uma onda de corpos empurrou as faixas de segurança e come-çou a pressionar os trilhos de metal. De repente, ha-via o perigo real de que o peso dos corpos tirasse os trilhos do lugar e, assim, centenas de crianças cairiam no andar de baixo.

Reforços foram chamados. Naquele momento, mais de trinta e cinco uni-

dades dos departamentos de polícia de Nassau e de Garden City foram chamados e um grande tumulto

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começou. Justin lembrou em entrevista à revista J-14 o que aconteceu a seguir:

“Foi tão louco que eu não conseguia nem entrar no prédio. Eu queria ver os meus fãs. Mas me disseram que, se eu aparecesse, minha mãe e eu seríamos presos.”

Dentro do shopping Roosevelt Field, a polícia fazia o seu melhor para parar a multidão que estava fora de controle. Cinco pessoas ficaram feridas e foram leva-das para hospitais da região. Durante a confusão, o vice-presidente sênior da Island Records, James A. Roppo, foi preso por supostamente interferir nos es-forços da polícia para controlar a multidão, pois se recusou a enviar uma mensagem no Twitter para in-formar aos fãs que o evento tinha sido cancelado. O empresário de Justin, Scott Braun, foi indiciado pelo mesmo crime.

Justin começou a se sentir culpado quando a no-tícia da confusão começou a ser divulgada. Ele ficou particularmente preocupado com o fato de algumas pessoas terem ficado feridas. Mais tarde, enviou uma mensagem no Twitter para todos os seus fãs, pedin-do desculpas pelo que havia acontecido e prometendo que iria se redimir com eles.

Sua preocupação com seus fãs nessa situação caótica representa bem suas atitudes. Desde o início

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Justin Bieber

de sua jornada até o topo do estrelato, ele sempre fez questão de reconhecer a importância do apoio de seus fãs e também sempre manifestou sua preocupação com o bem-estar de todos. Essas atitudes ficaram mais evidentes nesse momento, quando ele se viu envol-vido em algo que fugia ao seu controle. E situações “sem controle” foram rapidamente se tornando parte constante do caminho de Justin até o estrelato.

Três dias depois, Justin apareceu em um progra-ma de televisão local para explicar sua versão do que tinha acontecido. Ele sorriu envergonhado e disse: “Foi uma loucura e um pouco injusto com os fãs. É a ‘Biebermania’. O que mais posso dizer?”