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Vol. XVII • N° 281 • Montreal, 7 de fevereiro de 2013 Cont. na pág 14 EDITORIAL EUROPA EM VIAS DE MORRER Por Carlos DE JESUS «Europa ou o caos? Reconstruir a Europa ou perecer», foi o título duma carta aberta publicada no jornal «Le Monde» da França, no «Frankfurter Allgemeine Zei- tung» da Alemanha, no «El País» da Espa- nha e no «Corriere della Sera» da Itália, no passado dia 25 de janeiro, a qual era assinada por Bernard-Henri Lévy, Salman Rushdie, Umberto Eco, António Lobo Antunes, Claudio Magris, Fernando Savater, Julia Kristeva, Juan-Luis Cebrian, Peter Schein- der, Vassilis Alexakis, Hans-Christoph, e Foto de Paul-Antoine Taillefer. 8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 3 AM 376•BOLA 376•BOLA 376-2652 Os nossos endereços 222, boul. des Laurentides, Laval 8989, rue Hochelaga, Montréal 8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal 6520, rue Saint-Denis, Montréal 10526, boul. Saint-Laurent, Montréal 6825, rue Sherbrooke est, Montréal 7388, boul. Viau, Saint-Léonard 10300, boul. Pie-IX - Esquina Fleury António Rodrigues Conselheiro Natália Sousa Conselheira CIMETIÈRE DE LAVAL 5505, Chemin Du Bas Saint-Francois, Laval Transporte gratuito –––––––– Visite o nosso Mausoléu SÃO MIGUEL ARCANJO Uma família ao serviço de todas as famílias Nós vos apoiamos com uma gama completa de produtos e serviços funerários que respeitam as vossas crenças e tradições. 514 727-2847 www.magnuspoirier.com Montréal - Laval - Rive-Nord - Rive-Sud Azeite Olivenola Caixas 18 L. 75 00$ BACALHAU Preço Especial LES ALIMENTS C. MARTINS 123, Villeneuve Este MOSTO 100% PURO Tels: 845-3291 845-3292 Acesso a mais de 20 instituições financeiras para vos conseguir: *Fernando Calheiros B.A.A. Courtier hypothécaire - 514-680-4702 7879 rue St Denis, Montréal, Québec H2R 2E9 *Hélio Pereira CHA 8710, rue Pascal-Gagnon Saint-Léonard QC H1P 1Y8 [email protected] Affilié avec Éco Dépôt Carreaux de Céramique

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Vol. XVII • N° 281 • Montreal, 7 de fevereiro de 2013

Cont. na pág 14

EDITORIAL

EUROPA EM VIAS DE MORRER

• Por Carlos DE JESUS

«Europa ou o caos? Reconstruir aEuropa ou perecer», foi o título duma cartaaberta publicada no jornal «Le Monde» daFrança, no «Frankfurter Allgemeine Zei-tung» da Alemanha, no «El País» da Espa-nha e no «Corriere della Sera» da Itália, nopassado dia 25 de janeiro, a qual era assinadapor Bernard-Henri Lévy, Salman Rushdie,Umberto Eco, António Lobo Antunes,Claudio Magris, Fernando Savater, JuliaKristeva, Juan-Luis Cebrian, Peter Schein-der, Vassilis Alexakis, Hans-Christoph, e

Foto de Paul-Antoine Taillefer.

8042 boul. St-MichelSatellite - Écran géant - Événements sportifs

Ouvert de 6 AM à 3 AM

376•BOLA376•BOLA376-2652

Os nossos endereços222, boul. des Laurentides, Laval8989, rue Hochelaga, Montréal8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal6520, rue Saint-Denis, Montréal10526, boul. Saint-Laurent, Montréal6825, rue Sherbrooke est, Montréal7388, boul. Viau, Saint-Léonard

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Página 27 de fevereiro de 2013 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:

• Carlos de Jesus• Filipa Cardoso• Fernando Pires• Raquel Cunha• Lélia Nunes• Osvaldo Cabral• Norberto Aguiar• Onésimo Teotónio Almeida• Adelaide Vilela• Fabrício Carpinejar• Anália Narciso• Elisa Fonseca

Revisora de textos: Vitória FariaSocieté canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.

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Silva, Langelier & Pereira s e g u r o s g e r a i s

Porqueé bom visitar Portugal?

UP, a revista de bordo da TAP, publicou há a-nos uma série de artigos de autores diversos a quemfoi enviada a pergunta: “Porque é bom visitar Portu-gal?”. Recentemente, todos os textos foram recolhidosnum volume intitulado Portugal Vale a Pena, editadopela Oficina do Livro, de Lisboa. Aqui fica a mi-nha participação.

• Por Onésimo Teotónio ALMEIDA

Porque é bom. E diferente. Portugal é um labi-rinto de surpresas. Num retângulo tão pequeno elassurgem a cada esquina. As melhores não vêm nosmapas dos circuitos turísticos. Portugal é de peque-nos prazeres, não de espetacularidade. Fê-las há qui-nhentos anos, mas deixou-se disso. Passou a chamaolímpica a outros e recolheu-se à serenidade da suacasa, a contemplar o Atlântico como em aposenta-ção sábia e eterna. Portugal cultiva os recantos ínti-mos, a cor suave de uma tarde de luz serena e docesobre uma praça harmónica e antiga onde um copoconversa com um livro. Nenhum prospeto turísticopode captar a luz de Lisboa, clara e aberta, mas faguei-ra e cálida. Ou o prazer de subir no elétrico da Baixaaté à Graça, passear nas margens do Tejo Alcântarafora em direção ao pôr-do-sol, espraiar-se na ampli-dão da Lisboa dos Descobrimentos, entre os Jeróni-mos, o Padrão (não esqueça subi-lo) e a Torre deBelém. Sintra e o Castelo dos Mouros à tarde. Seguirviagem costa arriba até Azenhas do Mar, Ericeira esempre, sempre. Não venho duplicar os roteirosturísticos, antes lembrar decisões importantes. Pri-meira: quantos dias passar em Lisboa e quantos con-sumir fora dela. Segunda: optar pelo Norte ou peloSul. Terceira: No Sul, o Alentejo, ou o Algarve?

As cidades e aldeias alentejanas com a sua perso-nalidade ímpar de cal branca e luz ampla são lugaresonde o ritmo é para quem gosta de regressar ao pas-sado em beleza; Évora, Monsaraz, Marvão, Castelode Vide, Vila Viçosa. Chegue perto de Espanha masresista. Guarde essa visita para outra altura. Regressea Ocidente, que o Alentejo imenso não parará desurpreendê-lo. Se optar pelo Norte, avance Portoacima mas antes salte até Gaia para de lá contemplara cidade. Explore o rio Douro. De comboio, de barcoou de carro. As belas margens onde nasce o vinhodo Porto sabem tão bem como ele. Caminhe Norteacima. Amarante. Ponte de Lima, Braga, Guimarães,Valença, Monção, Viana, o Portugal matriz do má-gico barroco brasileiro está todo ali: o casario brancoornado de granito, com aquele toque leve, suave,gostoso de um português meigo que não se dá bemcom o exagero. E sempre que vir sinais para umapousada, entre. Mesmo que a sua bolsa não consigaesticar para cobrir a noite, sente-se no bar com umsimples cocktail. Ninguém vai incomodá-lo nemexigir cartão de hóspede. Descontraia e aprecie obom gosto da conversão de um castelo ou conventomedieval em espaço moderno que soube reter o tem-po. Portugal é para se tomar aos poucos, sem pressa.Deixe-a aos portugueses jovens que hoje queremultrapassar a modernidade.

Não falei dos meus Açores (por ser suspeito),nem da Madeira. Isso são outros mundos. Se temapenas uma semana, não aconselho misturá-los. Aotentar juntá-los todos no mesmo pacote perderá omelhor deles. A paisagem de Portugal não é para seengolir. Degusta-se devagar, aos goles. E isso requertempo. Na Madeira e nos Açores ainda mais temposerá preciso. Porque se estiver com pressa, siga paraNova Iorque ou Londres. Não convém atrapalharas ruas de Portugal. Para isso já bastam os condutoresportugueses.

Tiros de pólvora seca• Osvaldo CABRAL

L P

Abernarda que vai noPS nacional podevir a ter reflexosnos Açores.

Que CarlosCésar tenha umaadmiração – e justa ambição para outros vo-os – por António Costa, está no seu plenodireito, mas envolver todo o PS dos Açorese o líder da governação, Vasco Cordeiro, éjogada muito arriscada.

Foi notória a provocação no Congres-so do PS-Açores na cidade da Horta, queAntónio José Seguro certamente não se es-quecerá.

Já todos percebemos que, no PS nacio-nal, cheira a poder.

Quem quer que esteja à frente da estrutu-ra socialista, vai ser seguramente o próximoprimeiro-ministro.

A “entourage” de António Costa co-meça a ficar preocupada ao vislumbrar que ocargo vai cair nos braços de António JoséSeguro, sem que tenha que fazer muito porisso.

Era preciso fazer alguma coisa parasubstitui-lo por António Costa, até mesmocom o apoio da “tralha socrática”.

Só que o tiro foi de pólvora seca.António Costa, num registo que lhe é

habitual como político, hesita sempre à últi-ma da hora, deixando muita gente em estadode orfandade.

Se José Seguro for eleito primeiro-mi-nistro, como tudo indica, o relacionamentocom os Açores poderá não ser tão profícuocomo todos queremos que seja.

Seguro poderá deixar Vasco Cordeiro àporta de S. Bento, como este deixou-o pen-durado no aeroporto da Horta.

É por isso que o Presidente do Governonão se deve deixar enredar nestas disputasde grupos internos.

Os Açores têm que estar primeiro e àfrente dos partidos.

Deixe estas guerras para os outros, paraos que estão habituados nestas andanças dese apunhalarem pelas costas uns aos outros.

António Costa perdeu esta guerra e aregião não se deveria envolver nela.

Como escreveu o cronista Daniel Oli-

veira no “Expresso”: “Toda esta novela deAntónio Costa, toda esta indecisão, todaesta falta de clareza, obrigam-nos a pensarse ele tem o que o próximo primeiro-minis-tro precisa de ter. Em bom português: toma-tes”.

****ESCÂNDALOS – Anda toda a gente

escandalizada com a nomeação de Fran-quelim Alves, dirigente do ex-BPN, para Se-cretário de Estado. Com razão.

Mas não se escandalizaram com a no-meação de Vitor Constâncio para Vice-Pre-sidente do Banco Central Europeu? O talque, como governador do Banco de Portu-gal, não viu nada no BPN, não auditou, nãodescobriu nada, não regulou, e ainda foi“chutado” para cima?

E ninguém se escandaliza com a nomea-ção do ex-Secretário Regional da Saúde paraadministrador dos portos da Terceira e Graci-osa? O tal que deixou o setor em pantanas econtinua a administrar a coisa pública?

****FALHANÇOS – Raghuram Rajan é um

reputado economista internacional, Profes-sor de Finanças na Escola de AdministraçãoBooth da Universidade de Chicago e conse-lheiro económico principal do Ministériodas Finanças da Índia.

Ele escreveu o seguinte na sua últimacrónica internacional: “A pior coisa que osgovernos nos países desenvolvidos podemfazer para combater a crise é financiar empre-sas inviáveis ou sustentar a procura em in-dústrias inviáveis através do crédito fácil”.

Acham que ele visitou os Açores nosúltimos tempos?

****TABICO – Morreu António Tabico.

Era o canadiano mais açoriano que conheciaté hoje. Vivia em Toronto, mas era comose estivesse nos Açores. O seu restauranteera tipicamente açoriano, as suas cantigasao desafio eram sempre em homenagem aosAçores, trouxe inúmeros canadianos parafazer turismo na região e fundou o grupo deromeiros que se deslocava todos os anos doCanadá em romaria de saudade.

A Região, como vem sendo timbre comos seus emigrantes, pagou-lhe com longasfaturas de viagens na SATA que custam osolhos da cara.

É a sina da diáspora.L P

Natal Através da História...Disputado Pela Luta de Uma Hegemonia Religiosa Vaticanista

• Por Fernando PIRES

Decerto que não lhes vou falar deuma nova religião, que é a nova sociedade deconsumo dos “templos” modernos, os cen-tros comerciais.

Apenas farei um curto apanhado sobre oNatal, que muita gente não quer “desmistifi-car”, evitando tal assunto.

O Natal ao longo dos tempos foi e é pro-pício a textos de caráter católico religioso.

Os seus discursos e as suas mensagens

têm significados históricos religiosos simbó-licos diferentes, ligados a dois milénios de cris-tianismo, que ainda hoje está impregnado desimbolismo enigmático. Enigmático na suahistória, porque dominado por um império(Romano e Papal) durante séculos!

Será que isto foi (é) mesmo fé religiosa?Ou poder imperial da infalibilidade do Papa?Ou também desvio de conceitos para encon-trar um Deus idêntico? Diz-se que já há 3 500anos lendas davam conta de ter havido traçosde uma deusa “cristã”.

Cont. Pág. 14, Natal...

Página 37 de fevereiro de 2013 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Restaurante Solmar celebra São Valentim...

Com novo Chef, menu temático e artistas convidados• Reportagem de Raquel CUNHA

O Restaurante Solmar apresenta esteano mais uma edição da conhecida jornada deboa gastronomia e comida portuguesa, o“Abril em Portugal em Montreal”. Com o no-me baseado na popular canção francesa, esteevento nada tem de político, explica-nos o sim-pático proprietário David Dias. Mas esta nãoé a única novidade que nos apresenta este ano.Por isso, porque queremos saber mais, sentá-mo-nos à mesa e provámos o novo menumensal, este mês dedicado a São Valentim.

Já está com água na boca? Então sigam-nos nesta entrevista.

“A grande novidade é a vinda de um novoChef ”, explica-nos David Dias, proprietáriodo restaurante. Ricardo Mendes, formador culi-nário das Pousadas de Portugal e Chef expe-riente em conhecidos restaurantes parisienses,veio com o objetivo de “trazer a verdadeiracozinha portuguesa de volta à mesa, mas comum toque de inovação. Tento que as pessoas

gratin e puré de legumes verdes (vocês nãoimaginam o bom que é).

E, por fim, tem ainda direito à sobremesa,Muffin de chocolate com gelado servido comcoulis du mont (divinal) e café.

Com esta refeição, garanto-lhe que ficamais que jantado e que apreciará o melhor danossa cozinha, o que francamente vale a pena.Tudo isso enquanto pode assistir aos concer-tos e entretenimento ao vivo, numa das salasde jantar com a decoração mais característica,aqui em Montreal. Verdadeiramente um prazer.Se quiser saber a programação, ora cá vai:

Para a Semana de São Valentim pode con-tar com Toy e Kátia Pimentel na terça (dia 12),quarta (dia 13) e quinta (dia 14, dia dos Namora-dos). De resto, conte com José João e Joe Me-deiros, todas as sextas e sábados, Viviane aosábado e outros artistas convidados, durantetodo o ano.

“A ideia é trazer artistas diferentes de modoa realçar o menu e os eventos”, explica-nosDavid Dias, que abriu o seu primeiro restauran-te no blv. St-Laurent, com dois outros sócios,o Estoril Sol, em 1972. Um ano depois abre oSolmar na rua Peel com outros dois sócios di-ferentes. Passa-se mais um ano e recompra asinstalações do antigo Estoril Sol e abre-o so-zinho, o Solmar. “Fiquei sozinho porque aspessoas não tinham paciência para esperar pe-los resultados”, explica. “Fiz promoções, co-mecei a mandar vir cantores e músicos de Fadoconhecidos, inclusive a Amália Rodrigues”,continua. “Comecei a trazer artistas, a organi-zar festivais de música e gastronomia”.

Foi desde o princípio que introduziu ofestival Abril em Portugal em Montreal e con-fessa que “nessa altura foi muito difícil porqueas pessoas comparavam a comida portuguesacom a mexicana. Foi difícil distinguirmo-nosno mercado, fazer as pessoas identificarem acomida portuguesa”. Im-portante para issofoi a sua presença em programas de televi-são:“andei por todo o la-do do Canadá, nosprogramas de gastro-nomia, a representarPortugal”, sorri coma recordação.

David Dias foium promotor da co-mida e cultura portu-guesas. Formado poruma das melhores es-colas de hotelaria, oHotel Ritz Lisboa,David Dias veio paraMontreal com uma li-cença de dois anos,para treinar o francêse o inglês, como che-fe de turno, no HotelQueen Elizabeth.

É em 1978, há 34anos, que o Solmar semudou para o VelhoMontreal. O motivo?O proprietário queriatriplicar o preço darenda. Por isso DavidDias comprou o edi-fício que ainda hojealberga o Solmar. Ao

apreciem o sabor”, conclui sorridente este Chefque conhece de cor os “pratos tradicionais dasnossas províncias, de norte a sul e que tentarecuperá-los e pô-los outra vez na ordem dodia”.

Assim, Ricardo Mendes é responsável pe-la criação temática dos menus mensais, quepor 50 dólares, o cliente pode apreciar junta-mente com bom entretenimento. O menudeste mês é dedicado a São Valentim e contacom:

Entrada/Sopa Folhada de Camarão e Hor-telã: devo-vos dizer que a sopa em si é uma re-feição. De apresentação sublime, o folhadomistura-se com o caldo, e o sabor é magnífico,verdadeiramente bom.

De seguida, o cliente pode optar por umdos pratos de peixe; o tamboril crocante e a-mêndoa com molho de lagosta em cama defeijão-verde e coentros (supremo) ou o baca-lhau confitado em azeite com lulas e seu molhobalsâmico (idem).

A seguir, mais uma escolha, desta vez oprato de carne, em que pode optar por Lombi-nho de porco com orégãos, maçã assada emérable e puré de feijão branco (muito bom) ouPeito de pato com molho de figos, batata au

Ricardo Mendes, o novo Chef do Sol-mar. Foto Raquel Cunha/LusoPresse.

contrário dos outros restaurantes desse bairro, “o Solmar está aberto todo oano, não é só no verão”, explica, e a “clientela é sobretudo mista, entre portu-gueses e quebequenses”.

A palavra-chave para o sucesso “é boa comida e bom entretenimento”,conclui. E disto este mês não é exceção. Se não tem planos para o São Valentimpasse por lá, escute boa música e saboreie comida “que sabe a Portugal”. Nãoirá arrepender-se.

David Dias quando falava ao LusoPresse. Foto LusoPresse.

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Página 47 de fevereiro de 2013 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

800 euros para cantar às estrelas!• Por Osvaldo CABRAL

Os Açores estão transformados num deserto de investimentos.A extinção da APIA, a agência de investimentos que nos ia salvar do purgatório, é

o culminar de um imenso falhanço da estratégia económica regional.A crise não pode desculpar tudo.É verdade que estamos num período recessivo, mas há sinais de bons exemplos no

país que nos levam a interrogar a razão por que não se replicam nos Açores.Por que razão setores produtivos do nosso país estão em franca recuperação e ex-

pansão, enquanto nos Açores definhamos em tudo o que é produtivo?O setor do calçado registou em 2012 o melhor ano de sempre, com um crescimento

de 20%, tornando-se no segundo mais caro do mundo, numa recuperação notável quemotiva outras indústrias tradicionais; as conserveiras estão a recuperar ânimo e a Ramirezvai investir agora 18 milhões em novas unidades industriais; os vinhos estão numa enor-me pujança, aumentando as exportações e fomentando a entrada de milhões de eurossempre a crescer; a Portucel tornou-se no principal fabricante europeu do chamado pa-pel de escritório; somos líderes na construção de aparelhos autorrádios; em 2012 foramcelebrados contratos de investimento em Portugal no valor de 1 164 milhões de euros,que resultaram em 3 098 postos de trabalho.

E nos Açores, o que temos?Temos um aparelho produtivo a definhar e um “investimento político”, como o do

Casino, Hotel 5 estrelas e SPA nas Furnas, que é bem o emblema da estratégia açorianados últimos anos.

Não atraímos ninguém. Nas áreas mais atrativas, só complicamos. Não sabemoslegislar a nosso favor porque o nosso parlamento é uma paróquia. O discurso empresarialé provinciano. E a nossa massa crítica que ainda não emigrou, é abafada pela capa do vas-to aparelho público.

A APIA foi um desastre, com a nomeação de pessoas desajustadas à função, criaram-se gabinetes, fizeram-se “road shows” atamancados. Centenas de jantaradas depois ecartões de crédito ao desbarato para despesas de representação, o resultado é uma coisaconfrangedora.

Paralelamente, criou-se outra entidade “investidora” chamada “Ilhas de Valor”, estacoisa híbrida que congrega resmas de funcionários do orçamento regional, gerindo em-presas falidas numa atitude bíblica de fraternidade social, porque é preciso aguentar até àderrocada final, em vez de se re-estruturar, modernizar e viabilizar.

Uma economia assim não resiste.A economia regional está recheada de gente política, de amiguismos, de influências,

de partidos, em detrimento de gestores, investidores, conhecedores, visionários, estrategase apostadores.

À estratégia do arrojo no investimento, respondemos com subsídios.Até já se diz, no discurso político, que os apoios sociais são investimento!Precisamos urgentemente de investimentos com retorno e com sustentabilidade.É preciso direcionar todos os nossos recursos para os setores reprodutivos, retirando

máximo rendimento e as respetivas mais-valias.Precisamos de uma geração sem medo de desafios.As políticas de coesão falharam em toda a linha e o mercado regional tornou-se uma

miragem.Até a nossa maior riqueza geoestratégica, o mar, parece estar a saque. O potencial da

nossa Zona Económica Exclusiva, com cerca de um milhão de quilómetros quadrados,com uma biodiversidade fantástica e enormes riquezas hidrotermais, jaz esquecido noscompêndios das prioridades políticas.

Não sabemos proteger os nossos produtos, quanto mais desenvolvê-los.É tudo atamancado. Tudo subsidiado. Tudo facilitado.Politicamente, estamos confinados à gestão do auto reconhecimento, como aquela

dos políticos se pagarem a si próprios, com senhas de presença, pela participação emreuniões da Associação de Municípios.

Os voluntariosos das freguesias, das aldeias, das Casas do Povo, das associações cí-vicas, dos clubes populares, agradecem o manjar de trabalho voluntário.

E os ranchos que vão cantar às estrelas, não têm direito a senha de presença de 800euros?

****PS – O Congresso do PS-Açores cumpriu a sua função: apunhalar Seguro e “eleger”

António Costa futuro líder nacional. O cargo de César passou despercebido. Missãocumprida!

****RELVAS – O Ministro Relvas é um pontalhão. Falhou em toda a linha na privatização

da RTP e ainda tem a lata de dizer que tinha razão. Agora vai passar a Ministro dos Des-pedimentos. Este país não tem cura.

****DEVOLVIDO – Afinal os autarcas vão devolver tudo o que ganharam em senhas

de 800 euros. É um rebate de consciência. Mas foi preciso o Tribunal de Contas descobrira marosca e muita gente refilar. E os que ocuparam os mesmos cargos nos anos anteriores?E nas outras Associações de Municípios, passa-se o mesmo?

A maior tragédia de nossas vidas• Fabrício CARPINEJAR*

Morri em Santa Maria hoje. Quem não morreu? Morri na Rua dos Andradas,1925. Numa ladeira encrespada de fumaça.

A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul. Nunca uma nuvem foi tão ne-fasta.

Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia. Seguirá sozi-nha, avulsa, página arrancada de um mapa.

A fumaça corrompeu o céu para sempre. O azul é cinza, anoitecemos em 27 de janei-ro de 2013.

As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada.Morri porque tenho uma filha adolescente que demora a voltar para casa.Morri porque já entrei em uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio.Morri porque prefiro ficar perto do palco para ouvir melhor a banda.Morri porque já confundi a porta de banheiro com a de emergência.Morri porque jamais o fogo pede desculpas quando passa.Morri porque já fui de algum jeito todos que morreram.Morri sufocado de excesso de morte; como acordar de novo?O prédio não aterrissou da manhã, como um avião desgovernado na pista.A saída era uma só e o medo vinha de todos os lados.Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço. Não vão se lembrar de nada.

Ou entender como se distanciaram de repente do futuro.Mais de duzentos e quarenta jovens sem o último beijo da mãe, do pai, dos irmãos.Os telefones ainda tocam no peito das vítimas estendidas no Ginásio Municipal.As famílias ainda procuram suas crianças. As crianças universitárias estão eternamente

no silencioso.Ninguém tem coragem de atender e avisar o que aconteceu.As palavras perderam o sentido.

* Poeta e escritor

L P

Bilhete de LisboaCorredor do Parque Eduardo VII a Monsanto

• Por Filipa CARDOSO

Este ano como não tenho a responsa-bilidade da ceia de Natal, pois não é em minhacasa a consoada, tive todo o dia 24 de dezembrolivre, sem preocupações gastronómicas.

Resolvi ir andar a pé e nada melhor que irexplorar o recém-inaugurado (14 de dezembrode 2012) corredor verde, que liga o Parque Edu-ardo VII ao Parque Florestal de Monsanto.

O arquiteto paisagista Gonçalo RibeiroTelles idealizou esta obra em meados dos anos70 do século passado e agora, finalmente, foiconvidado para a sua inauguração. Este corre-dor, que une o coração da cidade com o seupulmão, pode ser percorrido a pé, a correr oude bicicleta.

Para lá chegar atravessei o Parque EduardoVII e o Jardim Amália Rodrigues, inauguradoem 1996, também da autoria do arquiteto Ri-beiro Telles, e desfrutei de fantásticas vistassobre Lisboa, do Marquês de Pombal à outrabanda.

Depois passei pela ponte ciclo-pedonal,financiada pela Vodafone, por cima da RuaMarquês de Fronteira e de repente fiquei ao la-do do enorme edifício do Palácio da Justiça,Tribunal Cível de Lisboa, construído entre1961 e 1969, com projeto do Arq. João Andre-sen. Continuei e passei por um parque de skatese logo a seguir subi a um miradouro onde sepode admirar algumas vistas de uns ângulospouco habituais, tais como as traseiras do Es-tabelecimento Prisional de Lisboa, a Universi-dade Nova e, evidentemente, o Parque Flores-tal de Monsanto. Para continuar tive que cruzara ponte arquiteto Ribeiro Telles, por cima daAvenida Gulbenkian, e cheguei a um espaço

muito agradável com um pequeno café, comesplanada, um parque infantil e um conjuntode pequenas hortas urbanas. A iniciativa quepartiu da Câmara Municipal de Lisboa leva aque os “hortelãos da cidade”, da área de Cam-polide, tenham a possibilidade de cultivaremem espaços arrendados ao município, por 50 a100 euros/ano, os seus legumes.

Infelizmente estava a chegar a hora doalmoço pelo que resolvi adiar por mais algumtempo a ida até ao Parque Florestal de Mon-santo.

Foi um passeio muito agradável e reco-mendo a todos, de todas as idades.

Nesse mesmo dia, mas já ao fim da tarde,fui ver a Fonte Monumental da Alameda D.Afonso Henriques, também conhecida por“Fonte Luminosa” que voltou a ser devolvidaà cidade com todo o seu esplendor, segundoafirmou o Presidente da Câmara de Lisboa, nodia 20 de dezembro, no momento que carrega-va no botão que despoletou o funcionamentodos jogos de água e luz.

Esta fonte foi inaugurada a 30 de maio de1948, na época de Duarte Pacheco, então Mi-nistro das Obras Públicas, para celebrar o abas-tecimento regular de água à zona oriental dacidade.

As esculturas são de autoria de MaximianoAlves e Diogo Macedo e os dois painéis late-rais, em baixo relevo, são de autoria de JorgeBarradas.

Ao ter voltado a ver a fonte luminosa afuncionar lembrei-me dos tempos já passadosem que o meu pai me levava e passear e a ad-mirar estas “maravilhas” do património cons-truído em Portugal, que no fundo fazem parteda nossa infância.

L P

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Página 57 de fevereiro de 2013 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Festeje a quadragésima primeira (41ª) edição de São Valentim de terça-feira,dia 12, ao domingo, dia 17 de fevereiro, escutando o grande artista internacional

TOY, assim como a grande cantora Viviane, o inconfundível fadista José João,acompanhados das guitarras nostálgicas de Portugal.

SEMANA DE SÃO SEMANA DE SÃO SEMANA DE SÃO SEMANA DE SÃO SEMANA DE SÃO VALENTIM:VALENTIM:VALENTIM:VALENTIM:VALENTIM:• Dia 12Dia 12Dia 12Dia 12Dia 12 (terça-feira)• Dia 13Dia 13Dia 13Dia 13Dia 13 (quarta-feira)• Dia 14Dia 14Dia 14Dia 14Dia 14 (quinta-feira)

Com a presença do romântico cantor Toy, vindo diretamente de Portugal,

e da talentosa CACACACACATHY PIMENTELTHY PIMENTELTHY PIMENTELTHY PIMENTELTHY PIMENTEL

Dia 15Dia 15Dia 15Dia 15Dia 15 (sexta-feira) - José João e Joe MedeirosJosé João e Joe MedeirosJosé João e Joe MedeirosJosé João e Joe MedeirosJosé João e Joe MedeirosDia 16Dia 16Dia 16Dia 16Dia 16 (sábado) - VivianeVivianeVivianeVivianeViviane,,,,, José João e Joe Medeiros José João e Joe Medeiros José João e Joe Medeiros José João e Joe Medeiros José João e Joe Medeiros

Enquanto isto,Enquanto isto,Enquanto isto,Enquanto isto,Enquanto isto, o no o no o no o no o novo Chefvo Chefvo Chefvo Chefvo Chef ,,,,, acabado de che acabado de che acabado de che acabado de che acabado de chegar de Pgar de Pgar de Pgar de Pgar de Pororororor tugal,tugal,tugal,tugal,tugal, lhe lhe lhe lhe lheprepara as melhores especialidades da cozinha porprepara as melhores especialidades da cozinha porprepara as melhores especialidades da cozinha porprepara as melhores especialidades da cozinha porprepara as melhores especialidades da cozinha por tuguesa.tuguesa.tuguesa.tuguesa.tuguesa.

SUGESTÃO:Sugerimos de degustar os especiais do nosso restaurante francês La Sauvagine, que oferece pratos decaça grossa do Quebeque e outras especialidades preparadas pelo nosso grande Chef francês entre omeio-dia e as 23 horas, 365 dias e noites, no ano.Horário: Todos os dias das 12h00 às 23h00. Localização: 115, rue St-Paul est (por baixo do Solmar).

Tel.: 514 861.4562 – Fax: 514 878.4764Site Web: www.solmar-montreal.com - Correio eletrónico: [email protected]

José JoãoCathy Pimentel

Gabriel Puga deixou-nos no passado28 de janeiro. Como bem disse o filho maisnovo: “Este pai maravilhoso que agora partiu,foi um grande homem na vida, um portuguêsespecial que dava imenso valor às suas tradiçõesaçorianas. Foi ainda um marido apaixonado a-té ao dia que nos deixou”.

Gabriel Puga nasceu na Ribeira Grandeno dia 22 de outubro de 1931. Era Filho deManuel Puga e de Maria da Conceição Pinheiro.

Muito cedo terminou a 4ª. Classe obriga-tória e, como gostava de trabalhar, logo cedoo pai lhe confiou a tarefa de moleiro, que o pe-queno Gabriel desempenhou muito bem. Aaproximação do Gabriel à arte de moer o grãofoi perentória, ainda rapazinho fez chegar àmesa de muitas famílias o bem mais essencialpara a alimentação, daqueles tempos, as fari-nhas para amassar e cozer o pão. Oh! BenditoGabriel, só por isso já estarás no Céu a comero pão do Anjos.

Nas suas paixões distinguimos a maisverde delas todas, o nosso homenageado, a tí-tulo póstumo, jogou durante anos na popularequipa Sporting Clube Ideal, da Ribeira Gran-de, nos Açores.

Depois chegou o amor verdadeiro! Tinhadezoito anos quando se enamorou pela suaprincesa. Águeda, não resistindo ao brilho dosolhos do Gabriel, sorriu para ele, é aí que se a-teia a fogueira do amor! Águeda tinha catorzeanos. A linda modista, cantadeira, encantou ocoração do Gabriel que a seguia, a cada semana,até ao coro da igreja – da Ribeira Seca de SãoPedro – onde ela emprestava a sua voz a Deus.

No dia 20 de novembro de 1954 os sinostocaram a rebate anunciando o casamento deÁgueda e de Gabriel Puga. Pouco tempo de-pois, fruto de amor a dois, viram a luz do mun-do 4 filhos.

No dia 22 de outubro de 1958, precisa-mente no dia do seu aniversário, Gabriel Pugaembarca para o Canadá, fixando residência emMontreal, em casa de seu irmão José.

Pouco anos depois chega a sua querida Á-gueda com os rebentos de ambos pela mão, oManuel, o Gabriel, a Angy e a Conny. Vierammatar saudades daqueles quatro anos de sepa-ração com a promessa de ficarem juntos até aque a morte os separasse.

O bonito aconteceu nove meses depois,é que através do novo aconchego, num quentee belo dia de agosto, chega à luz do mundo o

filho mais novo para trazer ainda mais felicida-de à querida família Puga. Nasceu o Joe, o cantorque viria a trazer tantas e tão belas alegrias aospais e a toda a família.

Gabriel Puga foi um homem especial.Sabemos quanto carinho nutrem pela memó-ria do seu nome: seus filhos, do mais velho aomais novo, suas noras, seus genros, seus netose seus bisnetos.

Não vamos chorar a morte daquele quepartiu para descansar num lugar onde não hásofrimento nem dor. Tentaremos sim abrir odiário, e regar com sorrisos aquelas páginas deouro! Frescas são ainda as recordações que apartir de agora se tornam em nobres saudades.

Vamos desejar um Reino de Paz ao GabrielPuga, e que Deus o receba em Seus braços. L P

Gabriel Puga, com grande parte da família, na festa promovida pelo seu filho, ocantor Joe Puga..

Gabriel Puga

No tempo gira o relógio da saudade…• Por Adelaide VILELA

Gabriel Puga, acompanhado da esposae filho mais novo, a caminho da festados seus 80 anos.

Página 67 de fevereiro de 2013 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Era uma vez na Achadinha…• Por Lélia Pereira DA SILVA NUNES

Enquanto escrevo, assalta-me aimagem do gigantesco painel, superior a15 m2, que cobre uma parede do Centro In-ternacional de Eventos do Costão do San-tinho. Sobre um fundo azul lápis-lazúli, embelíssima cartografia, está representado oarquipélago dos Açores com a inscrição:“Arquipélago dos Açores – Nossas raízes.Nosso orgulho.” A área “Açores” abriga a“Praça Açores”, “Salão Açores” e mais novesalas ou nove ilhas: Santa Maria, São Miguel,Terceira, Graciosa, Faial, Pico, São Jorge,Corvo e Flores. A história da Ilha e da cultu-ra açoriana está também presente em trêspainéis de mosaico do artista plástico Rodri-go de Haro. Uma notável homenagem aospovoadores açorianos? Sim, mas esta é sóuma introdução para mais contar…

O Costão do Santinho Resort, locali-zado no extremo norte da Ilha de SantaCatarina, na praia do Santinho, é fruto dosonho inabalável do ilhéu Fernando Mar-condes de Mattos. Professor, administra-dor, político, empresário e escritor.

O Costão do Santinho começou a seridealizado no final dos anos setenta, quandofoi apresentada a sua maquete, em 1989.Surpreendeu a ousadia da proposta e a extra-ordinária beleza arquitetónica inspirada nasedificações portuguesas, como os arcos pre-sentes nas fortalezas da Ilha, bem como ocuidado em preservar o habitat, a naturezaexuberante, os sítios arqueológicos e res-saltar o que era de mais significativo – aidentidade cultural. Desde o seu embrião, oCostão do Santinho assinalou como pontobasilar a identidade das nossas raízes.

Ocupando 1 500 000 m2 dos quais 200000 m2 de área já construída, o Costão do

Santinho Resort inaugurado em 1991 transfor-mou-se, quinze anos depois, num ícone doturismo nacional, considerado o maior Resortde Praia do País, com sete títulos entre 2005 e2012 e “Top of Mind” 2011/2012.

Creio que eu sempre tive tesão pela vida,afirma Fernando convicto da missão cumprida.A propósito, em “A saga de um visionário”(Edeme, 2007) ao explicar a escolha do título,sugerido por seu filho Felipe, confessa: “(…)porque tanto ele como eu sentimos ter um desti-no a cumprir num processo histórico que, nonosso caso, começou com a vinda do portuguêsAntônio Marcondes do Amaral, dos Açorespara o Brasil, em 1738, exatamente 200 anosantes do meu nascimento” (p.16).

É aqui que entra a Achadinha.Era uma vez a Achadinha, bonita freguesia

e uma das mais antigas do Concelho do Nor-deste, localizada ao norte da Ilha de São Miguel,emoldurada por luxuriante paisagem, os cam-pos amainados e o som cristalino das ribeiras.Ao longe, o mar, a apontar rotas e a aproximarvidas. É para este cenário que, lá pelo ano de1700, o cirurgião italiano Dionísio Marconefoi obrigado a emigrar por causa de uma malsucedida intervenção cirúrgica realizada na ci-dade de Veneza.

A Achadinha que acolheu o jovem médicoera um pequeno e isolado povoado, a popula-

ção vivia da lavoura e raros os que sabiam ler eescrever. Instalado, Dionísio Marcone aportu-guesa o sobrenome para Marcondes (In: Livrode Registros da Alfândega de Ponta Delgada,1732). Em 10 de abril de 1709, na igreja deNossa Senhora do Rosário, casou-se com Ma-ria Vieira, filha de Manuel Váz Cogumbreiro esexta neta de Duarte Galvão (1435-1517), se-gundo fontes genealogistas açorianas. O pri-meiro filho nasce em 1710 e recebe o nome deAntónio Marcondes acrescido do sobrenomeAmaral em homenagem ao padrinho de casa-mento do casal.

António Marcondes do Amaral, o sextoavô do ilhéu catarinense Fernando Marcondesde Mattos, parte para o Brasil no limiar de1738, comandando a sumaca São Boaventura,dez anos antes da epopeia açoriana, transpor-

tando soldados e alguns “cazaes” para oentão Continente do Rio Grande de SãoPedro. A sumaca naufragou na praia gaúchade Bojuru, salvando-se passageiros e carga.

O ilhéu açoriano da Achadinha, Antó-nio Marcondes do Amaral, se estabeleceem São Paulo na localidade de Pindamo-nhangaba e em 1741 casa-se com MariaMadalena de Jesus Cabral. Viúvo, em 1769,contrai núpcias com Ana Joaquina de Sá.Dois matrimónios e quinze filhos. Era oinício da saga da família Marcondes em ter-ras brasileiras. A desaguar uma enorme des-cendência pelas províncias de São Paulo,Rio de Janeiro, Paraná, alcançando SantaCatarina em 1934.

Deve-se ao Juiz de Direito, João Tho-maz Marcondes de Mattos, pai de Fernan-do, a disseminação da família em SantaCatarina a partir do seu casamento, em 1936,com Maria de Lourdes Abraham, de tradi-cional família da Ilha. Tiveram quatro filhose seus descendentes se espalham por SantaCatarina e por outros horizontes.

A história que aqui trago é como umamanta de retalhos em que vai se costurandopedacinhos de tecidos com cores e texturasdiversas. É na unidade das diferenças quereside a sua beleza. Assim, também é a his-tória de uma família sempre sendo escrita etecida por muitas gerações cada uma comseu jeito de ser e estar no mundo.

No ano de 2004, Fernando e IolandaMarcondes conheceram a Achadinha. Pe-netraram no universo dos personagens deGente Feliz com Lágrimas e Sorrisos porDentro da Noite, dos escritores João deMelo e Adelaide Freitas. Percorreram oscaminhos trilhados por Maria e DionísioMarcone, seu sétimo avô. Foram à desco-berta de suas raízes, do seu passado e deum tempo que ainda é presente aqui naIlha de Santa Catarina e ali na Achadinha,onde tudo começou.

L P

Festival Montréal en Lumière, a presença portuguesa• Reportagem de Raquel CUNHA

Realiza-se este ano mais uma ediçãodo Festival Montréal en Lumière, a decorrerentre o dia 21 de fevereiro e 3 de março. O co-nhecido festival que reúne Música, Dança eGastronomia, enche a cidade de novos sabo-res, novas gentes e muita criatividade. A ediçãodeste ano é dedicada a Buenos Aires, Argenti-

Carlos Ferreira no F-Bar, a sua última criação.

na. Se procura uma pausa para a monotoniainvernal, fique pois atento. É que o festivalpromete. O LusoPresse quis saber mais sobrea programação e participação portuguesa desteano, e por isso falou com quem lá vai marcarpresença.

Helena Loureiro: Helena & PortusCalle

Este ano tem sido o ano da nossa embai-xatriz. Se pensavamque o sucesso nãopodia ir mais longedo que os angariadosem 2012, desenga-nem-se, porque em2013 Helena Loureirovai surpreender-vos.

Comecemos pe-la sua participação nofestival. “É algo quefaço já há 5/6 anos eque me dá sempreimenso prazer. Temsido uma experiênciaenriquecedora”, con-ta. Este ano traz a

Montreal a reconhecida Chef argentina PaulaComparatore, que marcará presença nos dias25 e 26 no Restaurante PortusCalle, e nos dias27 e 28, no Restaurante Helena.

A escolha desta Chef não foi deixada aoacaso, explica-nos Helena. “Ela tem 2 restau-rantes de sucesso em Buenos Aires, é uma mu-lher empreendedora, que se foca na cozinhaargentina moderna” e continua, “a sua cozinhaintegra-se muito bem na minha”. Ou seja, am-

Helena Loureiro na apresentação do seu livro de receitas.

bas focam-se em pro-dutos frescos, peixese numa moderniza-ção da culinária local,mantendo as raízesculturais.

Escolheu-a por-tanto porque “tem aver comigo”, sorri eexplica, “quando fa-zemos a pesquisa,procuramos semprequem tenha a ver con-nosco. Que se integrena mesma linha, nãosó culinária, mas tam-bém um pouco pes-

soal”.Segundo Helena, esta será sem dúvida

“uma experiência enriquecedora para ambas”.Em relação ao Festival em si, Helena acha

que “é giro partilhar a cozinha com outrosChefes. Criar e aprender. Fazer sempre mais emais”. Para ela, é sobretudo uma “forma deinterculturalismo, de partilha de culturas, desabores e de tradições”, e confessa, “gostomuito”.

É também “uma forma de cortar o inver-no. Traz muita gente e reanima a cidade”.

Helena não só participa, como foi convi-Cont. Pág. 14, Festival...

Página 77 de fevereiro de 2013 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Paula de VasconcelosUne nouvelle création théâtre danse de

Lumières Stéphane Ménigot Avec Victoria Diamond Nicolas Patry Sebastian Mersch Marylin Perreault Hubert Proulx David Rancourt et plusieurs dizaines d'autres artistes sur scène (dont le nombre peut varier d’un soir à l’autre...)

Du 5 au 23 février 2013, 20h

5e Salle de la Place des Arts

Página 87 de fevereiro de 2013 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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CAFÉ DA BOLA

Página 97 de fevereiro de 2013 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

AcepipesPimentos recheadosPastéis de bacalhau

Entradas (escolha)Sopa de mariscoPresunto e figosVieiras ao açafrãoLulas recheadas

Pratos principais (escolha)Atum em crosta de grãos de mostardaArroz de mariscoEscalopes de porco com Porto e queijo São JorgeMedalhão de vaca e camarão gigante

Sobremesas (escolha)Nougat de chocolateNatas do céuCafé

Menu Especial de São-Valentim

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A atmosfera que favorece o apetite!

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Página 107 de fevereiro de 2013 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Poesia e fado

Eco na voz de Euclides• Por Adelaide VILELA

Euclides Cavaco é fruto de uma semen-te de amor que floresceu um dia em terras deMira, ali bem perto da cidade dos doutores.Este nosso amigo leal é autor de vários livrosde poesia e uma vasta coleção de CDs, de récitase letras para fado. Hoje vimos aqui para home-nagear o poeta e participar aos nossos leitoresque, no passado verão, tanto London comoPortugal receberam Euclides Cavaco e seus no-vos lançamentos, Horizontes da Poesia e Ter-ras da Nossa Terra. O Poeta Euclides Cavaconão traz de Coimbra a cartola de doutor maspossui o mais fecundo dos doutoramentosem gentileza, respeito e amizade. Neste âmbito,assinalamos um percurso de grandes conheci-mentos em letras, artes e cultura. É bonito lerafirmações desta natureza na poesia do Eucli-des: Ser Português É amar a Pátria Portugue-sa/É tê-la sempre presente.../E gostar... Commuita firmeza,/Das nossas coisas e da nossaGente.

Vejamos como enriqueceu os seus “Teres”

e os Saberes ao longo da vida que agora avançapara a idade do amar mais e ser melhor. O Po-eta Euclides é um avô maravilhado, tal como oconhecemos. Verdade se diga, tem dois netosencantadores e uma boneca entre eles, é o Alex,a Vienna e seu irmãozinho gémeo, o Rafael.

Vamos ainda dar um pulo ao Concelhode Mira e saber um pouco mais sobre a vidadeste nosso compatriota. Com esta iniciativa,iremos descobrir a escola primária do EuclidesCavaco. Conferimos o lugar onde terminouos estudos, na primeira etapa, como aprendizda vida. Dali foi viver para Lisboa. Na capital,enquanto trabalhava, ainda menino e moço,sonhava que as letras lhe faziam cócegas nagarganta: “Tenho que estudar”, pensava ele.Se bem o disse melhor o fez. Concluiu o liceue frequentou os estudos superiores.

Romântico e apaixonado pela vida come-ça a escrever poesia ainda na sua infância. Tal-vez que já nem se lembre dos seus primeirosescritos. Por ele passa a voz do mar, do céu e a

da natureza mas é o eco do Fado que lhe fala àalma: música genuína e tão nossa a cançãoNacional! Muito jovem, fez-se um génio nes-tas lides. Ainda na velha Olisipo, conquistauma onda de fadistas e revela-se como bomdeclamador e letrista. O Fado é e será sempre asua alma mater. As poesias do Euclides Cavacosão hoje conhecidas a nível internacional, gra-ças à sua consagração às letras e ao modo signi-ficativo como trouxe do passado o nome dePortugal para o presente.

E como o sonho comanda a vida, acredi-tando em Gedeão, Euclides trocou a sua capitalportuguesa por outro ponto do planeta. De-pois de ter estado nas belíssimas terras morenasde África, em Angola – País que tantos de nósamamos, trancado no coração – talvez ele (co-mo tanta gente) não tenha coragem para recor-dar e assim abafe as imagens daqueles temposde ouro, inolvidáveis… Tempos que não maisvoltarão.

Mudamos de continente. Paramos parareceber o nosso Euclides Cavaco e a sua lindaMavilde, em 1970, no Canadá. Neste imensouniverso norte-americano, Mavilde e Euclidessão pais de duas lindas meninas. Provas que otempo dá, a Nancy e a Sandy trazem toda a ri-queza e a alegria que completa a felicidade docasal.

Poucos anos depois de se ter estabelecidona província do Ontário, em 1974, Euclidesingressa num curso de Gestão Administrativa.Posteriormente ganha uma força dinamizadorae produtiva e, assim é classificado como empre-sário de sucesso na região do Ontário. Na suavida empresarial passa a organizar e a apre-sentar inúmeros espetáculos. De profissiona-lismos em punho, sobe ao palco e anima oseu próprio programa de Televisão, Saudadesde Portugal, cujo canal foi lançado e fundadopelo Euclides e alguns dos seus amigos noano de 1976. Mais tarde lança-se na Rádio, naVoz da Amizade. De realçar e enaltecer esteprograma, vive de boa saúde, está no ar desdeos anos 80, em London, Ontário, e cobre umvasto auditório graças a este grande embai-xador da língua e da cultura portuguesas.

Sem nos dar cavaco o Euclides não para

de nos surpreender. Em 1995 foi declaradoComissário pelo Governo devido ao seu ladoempreendedor e eficaz. Nesta altura qualquercriação institucional que liderasse tinha pernaspara andar, damos como exemplo a AssociaçãoPortuguesa de Profissionais e Comércio na So-ciedade Portuguesa.

Euclides Cavaco tem sido alvo de exce-lentes elogios.

“Por mérito próprio, pela sua dignidade eintegridade recebe as maiores distinções hono-ríficas, quer em Portugal quer no Canadá”. Ma-ria Ivone Vilarinho, em notas de prefácio deHORIOZNTES DA POESIA.

“Enquanto presidente da APP, é umahonra enorme dar público testemunho da mi-nha admiração por um grande poeta que é umexemplo ímpar de Portugalidade e dignidade”.Assim deixou para a posteridade a Presidenteda Associação Portuguesa de Poetas.

Nestas décadas de experiências e muitossucessos deixamos aqui alguns exemplos dasdistinções e troféus recebidos por Euclides Ca-vaco:

Condecoração oficial com a medalha de

honra pelo Governo Federal do Canadá.Foi agraciado com medalha e diploma de

reconhecimento pelo Ministério da CulturaCanadiana. Foi-lhe ainda atribuído o prémiocom o PRECOM da literatura na cidade deToronto.

Destacado pelo “Free Press” numa ediçãoespecial em maio de 2000, como “The Kingof Little Portugal”.

Homenageado pela Assembleia da Repú-blica Portuguesa com a medalha de mérito.

Troféu “John McKenna Award” por de-dicação Comunitária à Rádio Voz da Ami-zade.

Distinguido com o troféu Prestígio e De-dicação das Comunidades Portuguesas pela Re-vista Portugal.

Certificado de Mérito pela dedicação de25 anos ao serviço da estação de rádio CHRW94.9 FM.

1º prémio no concurso literário da Asso-ciação Cultural Poética Mensageiro da Poesiaem Lisboa.

Selecionado para fazer parte dos dez rostosda poesia Lusófona.

Agraciado com o colar de mérito e distin-guido como membro honorário da Ordem Na-cional de Escritores.

Nomeado membro honorário da Associa-ção de Escritores da Madeira, aquando dolançamento no Funchal.

Criação do novo programa de rádio FA-DO E POESIA na Rádio Ondas Musi-cais.

Homenageado na Cidade de London emreconhecimento do seu percurso literário e cul-tural em prol da Lusofonia.

Já aqui o dissemos, foi pela sua competên-

cia e destacada personalidade, lembrando ocanto com que encanta as suas duas paixões, aPoesia e o Fado portugueses, que o convidarama fazer parte de inúmeras Associações em Por-tugal e no mundo. Com tudo isto, seria levaraos leitores um mar de letras, o descrever todosos nomes por onde passa ou passou o PoetaEuclides Cavaco.

Podem crer que não é fácil destacar umhomem de grande craveira tal como o homena-geado de hoje, e quão bem o aplaude o enge-nheiro José Seara Matias no prefácio do livroTerras da Nossa Terra: “Com mais de 40 anosde carreira dedicada à dignificação da nossa iden-tidade lusitana, das nossas gentes e do nossoPortugal no mundo”.

Euclides Cavaco tem o dom de saber ver-sejar e de conquistar corações. Aconselhamoso leitor a visionar a sua página na Web, e a deli-ciar-se com as suas récitas, poesias e fado. Po-rém não se esqueça de adquirir algumas das su-as obras. Se escolher Horizontes da Poesiatem oportunidade de sonhar e ganhar mais vi-da e alegria. Se o seu sentido lhe ditar Terras danossa Terra… bem, aí embarca numa viagempara Portugal continental e ilhas de encanto.Boas viagens e belas Poesias. Aqui por favor:www.euclidescavaco.com [email protected].

Ao concluir a tarefa de hoje, desejamosmuitos êxitos ao Poeta Euclides Cavaco.

Com renovados votos de um anoGRANDE em poesia e muito PRÓSPERO!

Caros Leitores, quem ama a arte de versarrenova a cada dia o Dom criativo que de graçarecebeu, e que as palavras apaziguadoras embar-quem de coração em coração por ares e mundos.Assim: Sem poesia não há paz. A poesia curaos sentidos doloridos e dá-lhes voz. A poesialimpa a lágrima furtiva, rompe silêncios e curao tempo e o espaço no leito da nostalgia. Apoesia alimenta a alma e revela, em mim, o mi-lagre do AMOR.

A poesia é a voz da partilha, aquela quevoa nas asas de um condor imaginário em bus-ca de paz no mundo: Voa, voamos, poeta, lei-tor, amigo, numa estrela sem a luz do mal, semo som da guerra.

Até ao próximo Eco poético leitores. L P

Página 117 de fevereiro de 2013 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Turismo do Canadá

Vasco Cordeiro destaca potencial

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O Presidente do Governo dos Açores,Vasco Cordeiro, manifestou-se terça-feira convicto dopotencial que o mercado do Canadá apresenta para oTurismo na Região, que não se deve limitar apenas àscomunidades açorianas emigradas naquele país.

“Saliento a importância e o potencial que omercado do Canadá apresenta para os Açores, nãoapenas em relação às comunidades emigrantes, mastambém para atrair turistas canadianos, tendo emconta as componentes de natureza e mar do produtoturístico Açores”, afirmou Vasco Cordeiro.

O Presidente do Governo, depois de ter recebido,em Ponta Delgada, a Embaixadora do Canadá, HeidiKutz, adiantou que, nesta matéria, há trabalho que jáestá em curso, desenvolvido pela Associação deTurismo dos Açores e, na componente dasacessibilidades aéreas, por parte da SATA.

“Necessitamos de trabalhar ainda mais para queeste potencial seja devidamente rentabilizado, para queseja possível aumentar o peso do Canadá no setorturístico açoriano”, defendeu Vasco Cordeiro.

No OntárioWynne chefia governo

• Por Elisa FONSECA, Agência Lusa

Na reunião com a Embaixadora doCanadá, o Presidente do Governo abordouainda a negociação na área do comércio entre aUnião Europeia e o Canadá, uma matéria emque os Açores têm alguns interesses e que, porvia das suas instituições representativas juntoda União Europeia, já foram devidamenteapresentados.

Vasco Cordeiro manifestou, por outrolado, a preocupação de fazer com que osAçorianos que possam tomar a decisão deemigrar o façam com o melhor conhecimentopossível de todos os requisitos necessáriospara isso.

“O Governo dos Açores não convidaninguém a emigrar, nem a deixar de emigrar,mas a grande preocupação que temos é que,quem tome a decisão de emigrar o faça beminformado relativamente aos requisitos queexistem para os países para onde,eventualmente, decide ir trabalhar”, concluiuo Presidente do Governo.

TORONTO - Kathleen Wynne é a nova líderdo Partido Liberal do Ontário, tornando-se na primeiramulher a chefiar um governo na província do Ontário.

A esta corrida apresentava-se também o luso-des-cendente Charles Sousa, que é deputado na província efoi ministro do Trabalho, e mais recentemente ministroprovincial das pastas da Cidadania e da Imigração e dosXVII Jogos Pan-Americanos e V Jogos Parapan-Ame-ricanos, a realizarem-se em 2015 no Ontário.

Foi na terceira volta que a nova líder da força par-tidária atualmente governo no Ontário foi escolhida,tendo contado com o apoio expresso de Charles Sousaquando este saiu da corrida.

Katheleen Wynne, deputada provincial e até agoraministra dos Assuntos Municipais e da Habitação eministra dos Assuntos das Nações Aborígenes, assumiuabertamente ser lésbica no discurso que dirigiu ao ple-nário de cerca de 2400 delegados liberais.

Por seu turno, Charles Sousa, que na convençãocontava mais de duas centenas de apoiantes, optoupor desistir a corrida no início da terceira volta, dando

o apoio a Wynne.Minutos depois, Gerard Kennedy fez o

mesmo.Nas duas rondas a que se apresentou a

votos, Sousa contabilizou com a fidelizaçãode duas centenas de votantes (222 na primeiravolta e 203 na segunda).

A derradeira volta opôs Wynne e Pupatte-lo, um combate cerrado, de resto, notório desdea primeira volta, com esta última a ter umavantagem de apenas dois votos - respetiva-mente 599 contra 597 votos, no total de 2084votos expressos válidos.

Pupattelo distanciou-se ligeiramente nasegunda volta, conseguindo 817 votos contra750 para Wynne em 2.073 votos válidos.

Todavia, na ronda final, Wynne, com osapois entretanto dados pelos candidatos quedesistiram, arrecadou 1.150 votos (precisavade 1009) e arrebatou a liderança do partido.Pupattelo teve 866 votos.

Na convenção Wynne obteve os apoiosde Hoskins, Sousa e Kennedy e Pupattelo tevea mão de Takhar.

A convenção terminou em festa, por opartido ter um novo líder e a primeira mulherPM da província.

L P

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Teve lugar no sábado, dia 26 de janeiroúltimo, a festa dos 25 anos dos Romeiros doQuebeque, uma tradição vinda da ilha de SãoMiguel, e que teve lugar na Igreja Nossa Se-nhora de Fátima e Centro Comunitário de La-val.

As comemorações dos 25 anos iniciaram-se no templo, com missa celebrada pelo padreCarlos Dias e que versou sobre todos aquelesque já não são deste mundo. A Igreja estavabem composta, na sua maioria com romeirose suas famílias; os romeiros também partici-param ativamente na homília, ao atuarem co-mo coro.

Terminada a Eucaristia, todos foram con-vidados a tomar parte no jantar/espetáculo,realizado na sala grande do Centro Comunitá-rio.

Com cerca de 400 pessoas, os dirigentesdos Romeiros, sob a supervisão do MestreAntónio Duarte Amaral, conseguiram promo-ver uma festa bonita, daquelas que vale a penapresenciar e por não ter sido nada monótona.Neste aspeto tiveram muita responsabilidadeos artistas Jordelina Benfeito, que alguém nosdisse já não pisava o palco daquele centro háanos, e Eddy Sousa, duas vozes, cada uma no

seu domínio, apreciadíssimas das gentes da nossa comunidade eque, por conseguinte, impressionaram as numerosas pessoas pre-sentes na sala. O zénite, de resto, foi atingido quando os dois deci-diram cantar em dueto. E embora fosse a primeira vez que tal tenhaacontecido entre ambos, como disse na ocasião Eddy Sousa, a ver-dade é que a sincronização foi quase perfeita, o que mereceu rasgadosaplausos da plateia.

No entremeio da música e das homenagens, como veremosmais adiante, e como já perceberam, houve lugar para o repasto,servido pelos voluntários do costume. Uma boa oportunidade pa-ra a troca de opiniões entre comparsas da mesma mesa. Na nossa,por acaso, até nos calhou gente conhecida, da minha vila, perdão daminha cidade – a Lagoa passou a cidade a 11 de abril de 2012, isto é,a dois meses de comemorar um ano. António Manuel Pires, sua es-posa Ana Maria, e Jeremias Pereira e sua esposa Eduarda «obrigaram-nos» a recordar tempos da nossa infância e adolescência. Soube-nos bem. Razão tivemos nós (o Norberto estava comigo) paranão querermos ir para a mesa dos convidados.

Entretanto, no palco, passou-se às homenagens da noite, complacas alusivas aos 25 anos e que foram entregues aos fundadores,e a alguns dos Mestres que dirigiram os romeiros neste último quar-to de século.

Para além das homenagens, também foram contadas algumashistórias próprias da vivência de um grupo como este. Neste aspetolevou a palma Manuel Luís, o primeiro Mestre, que oficiou durantealguns anos, sendo também músico e um bom contador de his-tórias...

Foram quatro os fundadores do rancho de Romeiros do Quebe-que. Domingos Rodrigues, Alberto Tomé, já falecido, José Teixeira,que não esteve presente, e o já citado Manuel Luís, que funcionouigualmente como seu primeiro Mestre. Todos receberam placas.Assim como receberam o Mestre atual, António Duarte Amaral, eo Mestre que o precedeu, João Vital. Foi de resto João Vital que adado momento discorreu uma vibrante e demorada prece que a to-dos comoveu. Foi a nítida demonstração de que o romeiro está to-talmente entranhado no ser do lagoense.

Depois, a festa prosseguiu com o tradicional e sempre esperadobaile.

As homenagens a António Duarte Amaral, Mestre atual, João Vital, precedente Mestre, Domingos Rodrigues, fundador,Manuel Luís, fundador e primeiro Mestre, e Minervina Tomé, substituindo o pai, Alberto Tomé, já falecido. Foto LusoPresse.

De cima para baixo, podemos ver os Romeiros na Igreja NossaSenhora de Fátima, quando faziam cor no decorrer da Eucaris-tia; Jordelina Benfeito e Eddy Sousa no dueto que muito ani-mou a sala; os convivas da mesa da nossa repórter; e, ao la-do, os primos Teresa e José Fernando Correia. Fotos Luso-Presse.

Romeiros do Quebeque

Já 25 anos!• Por Anália NARCISO

L P

Página 137 de fevereiro de 2013 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

TTTTTelevisão Pelevisão Pelevisão Pelevisão Pelevisão Portuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de Montrealortuguesa de MontrealVisione todos os acontecimentos da ComunidadeHorário

• Quinta-feira, 20h00• Sexta-feira, 01h00 (repetição)• Sábado, 09h00• Domingo, 01h00 (repetição)

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Na curta visita do secretário de Estado das Comunidades

Foi questão de medalha e cultura• Reportagem de Raquel CUNHA

O passado domingo, dia 27 de ja-neiro, foi marcado por intensas comemoraçõesna nossa Comunidade. Falámos, em primeirolugar, da visita do Secretário de Estado das Co-munidades, Sr. José Cesário, que aproveitandoa sua visita de três dias ao Canadá, “passou”por Montreal, com o objetivo de entregar amedalha de mérito ao Padre José Maria Cardoso,e também uma biblioteca infantojuvenil, à

de aliança com o Instituto Camões, que visapromover, por esse mesmo organismo, a ava-liação dos alunos de português no estrangeiro.

Segundo o Secretário de Estado, este pla-no que assenta na “entrega de uma biblioteca(leia-se livros infantojuvenis), de autores lusó-fonos, é pois um incentivo à leitura dos jovense das crianças”. Estas bibliotecas, como o Se-cretário de Estado denominou, vão ser entre-gues a “7 escolas ou instituições, a serem utili-zadas por professores e alunos, se possívelenvolvendo os pais”. O projeto não terminacom as bibliotecas, mas inclui também “a des-locação de escritores e profissionais ligados àleitura, de forma a trabalharem com os profes-sores no desenvolvimento de projetos de leitu-ra nas Comunidades”.

O que se quer aqui é “melhorar a qualidadedo ensino da nossa língua, o português, a 5ªlíngua mais falada no mundo”.

Conferência de imprensaApós a cerimónia de entrega das insígnias,

realizou-se ainda uma conferência de imprensa,entre os meios de comunicação da comunidadee o secretário de estado.

Esta conferência, diga-se de bom modo,foi uma batalha de egos, e que pouco resolveupara os esclarecimentos nem dos projetos dosecretário de estado, nem dos problemas e dúvi-das que abalam a Comunidade.

Neste sentido, a conferência, esteve as-sente em dois pontos principais; A divulga-ção/ incentivo da Língua e Cultura portuguesas

e a ação de tornar mais acessível certas tarefasconfinadas apenas ao espaço físico do Consula-do, ou seja, será possível fazer muito do traba-lho, via internet.

Na divulgação da Língua e Cultura portu-guesas as mudanças consistem em executar umprojeto que foi construído há alguns anos.Em 2009 o Ensino do Português no estrangei-ro ficou sediado no Instituto Camões. Nessesentido, o Ministério dos Negócios Estrangei-ros, está com a pasta da Divulgação da Línguae Cultura do Português no estrangeiro, o queacontece numa altura conturbada com os cor-tes orçamentais. Neste novo dossier, preten-de-se a centralização de novos programas edesenvolvimento de políticas de requalificaçãodo ensino do português no estrangeiro. Quaisem concreto? “Ainda estamos a estudar e oprojeto ainda está em desenvolvimento”.

Em relação ao segundo ponto da “agen-da”: “já começamos a levar a ação consular pa-ra fora das paredes do consulado, através dainternet”.

Quanto ao futuro, falou-se em geral danecessidade de criação de lobbying, de forma adivulgar a cultura portuguesa, numa clara as-sociação ao “Conselho da Diáspora Portugue-sa”, presidido pelo empresário Filipe de Bottonapresentado por Cavaco Silva e Paulo Portas,no mês passado.

Quanto a coisas específicas, as respostasforam sempre dar ao mesmo. “Apresentemprojetos e veremos a viabilidade de os financiar,seja na dita divulgação da língua/cultura portu-guesa, seja nas comemorações dos 60 anos daComunidade no Canadá”. Foi sobretudo umaquestão de apresentação de objetivos, de inten-ções, mas sem planos concretos de futuro. Pelomenos para já.

Escola e Missão de Santa Cruz.

A consagração de uma ObraEsta medalha é entregue pelo reconheci-

mento do envolvimento do Padre José MariaCardoso na criação e desenvolvimento da UTL,Universidade dos Tempos Livres, assim comodo seu envolvimento com a Comunidade emgeral. Segundo Antero Branco, membro doconselho administrativo da Missão de SantaCruz, “o Padre José Maria apercebeu-se da ne-cessidade de integração da nossa comunidadena sociedade de acolhimento, e por isso deuinício à criação de atividades que se inscrevemnesse princípio, nomeadamente o ensino dofrancês e do inglês, em horário pós-laboral.

Hoje em dia, a UTL dispõe de mais de 30 cur-sos” sorri, orgulhoso da obra, à qual tambémpertence.

Segundo o Padre José Maria Cardoso, re-ceber esta medalha “É uma honra. É o reconhe-cimento de um trabalho começado há 9 anoscom um grupo de pessoas”. Este trabalho se-gundo o Padre, “nasceu de uma necessidade daComunidade e felizmente tem havido pessoaspara dar corpo a este projeto”. Neste sentido,esta medalha “é uma forma de agradecimentoa todas essas pessoas”, conclui.

Quanto aos projetos futuros, existemmuitos e passam sem dúvida por continuarcom a UTL, com “a criação e manutenção decursos que respondam às expectativas da Co-munidade, com pessoas imaginativas que nosajudem a responder a essas necessidades”. “Ve-lhos são os trapos” é uma das novas atividadesa ser posta em marcha. Uma atividade que jun-tará “modelos de mais de 65 anos” com costu-reiras e que culminará num desfile coletivo. Estaatividade tem obviamente um caráter lúdico,mas foca também a integração, autoestima einteração de quem nela participe”, sorri. Háainda “atividades que se vão criando como ade lançar um espaço para pessoas com necessi-dades especiais. De momento, vamos começarpelo levantamento das famílias com casos des-ses, analisar as suas necessidades e mobilizaras pessoas”, conclui. E, com entusiasmo, con-tinua, “o desafio é não parar. É estar sempre àescuta. A UTL é, de facto, um grande projeto”.

O Padre José Maria Cardoso agradeceuainda ao Secretário de Estado que “habituou-nos a uma proximidade com a nossa Terra.Com Vossa Excelência, sentimo-nos maispróximos do nosso Portugal”, discursou onosso sacerdote.

A ULT foi “um projeto amoroso e nãouma ideia do passado, mas uma maneira de es-tar nesta Comunidade” explicou e ainda realçouque “estas insígnias devem ser partilhadas pelosprofessores, alunos e voluntários da UTL. Semeles este projeto não seria possível. Isto é,pois, o reconhecimento de um projeto de mui-tos para todos”, concluiu.

Entrega da BibliotecaSegundo o Secretário de Estado das Co-

munidades, José Cesário, a entrega “da bibliote-ca”, foi uma das principais razões da sua vindae da sua agenda política, deixando a sensaçãode que a entrega da medalha e o reconhecimen-to da obra do Padre José Maria Cardoso nãofoi mais que encaixada nessa mesma agenda.

Esta ideia traça-se na base de um projeto

O padre José Maria e a medalha. FotoRaquel Cunha/LusoPresse.

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A mesa de honra e o discurso de José Cesário, secretário de Estados das ComunidadesPortuguesas. Estranha-se a ausência do cônsul-geral. Foto Raquel Cunha/Luso-Presse.

Página 147 de fevereiro de 2013 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

NATAL...Cont. da pág 2

Próximo do século VI, antes da era cristã,já a palavra Mitra figurava como Deus na Pérsia,na Índia, perante deuses menores do sistemaZoroastro, que na altura os povos da Pérsia oadoravam como Deus do sistema solar. Ora,foi a partir desta data, e muito antes do filosofoPlatão inspirador do cristianismo, que o concei-to de Deus não era o Deus monoteísta do fi-losofo Tales, e muito menos da trilogia da San-tíssima Trindade! Na Grécia, Tales de Mileto,astrónomo e geómetra, teria trazido do Egitoo conhecimento e, como astrónomo, teria pre-visto um eclipse do Sol em 1585, assim comotambém Heraclito, outro filósofo grego, admi-tiu que o fogo como princípio universal arrui-nava indiferentemente os seres e as coisas.

Mais, no século V antes de Cristo, a “di-nastia persa do arianismo Aqueménides, apa-receu com o Deus Uno, como personagembíblica. Ora, até aqui, o arianismo foi considera-do como heresia, contestando a trilogia doPai, do Filho e do Espírito Santo! Depois danossa era, em 43 d.C., os coptas do Egito, re-jeitaram o Concílio de Calcedónia, seguindo-se outro concílio em 49 d.C., com desavençasentre cristãos e judeus, tais como, São Paulo eSão Pedro, onde se afirmava que os convertidosnão judeus não tinham necessidade da circun-cisão para serem cristãos. E, só, os novos con-vertidos judeus tinham que respeitar a Tora,que era a lei de Moisés!

Adriano, imperador romano, depois de terarrasado Jerusalém, proibiu todos os judeus ecristãos de penetrarem na vila santa, sob penade morte. Foi só durante o Concílio de Micelaem 325, depois da era cristã, aquando do batis-mo do imperador Constantino que, segundoo decrépito do código Da Vinci, este imperadorfez desaparecer, até aí, todos os documentosexistentes!

Seguiu-se o Concilio de Efésia reunindona Grécia os bispos em 431, onde conseguiramestabelecer a Virgem Maria, na altura conhecidapelo nome grego “theotokos” – “mãe deDeus”, sendo no ano seguinte (em 432) que oPapa São Celestino confia a São Patrice a evan-gelização da Irlanda.

A partir daí, o catolicismo instituído peloVaticano, impõe-se como religião universal depoder, de conivência com impérios, monar-quias, principados, cruzados, Templários, e aSanta Inquisição. E mais, no século XI e XIIcomeça a chacina dos Cátaros (chamados he-reges, em nome de Deus), porque não obede-ciam ao poder celeste e temporal!

Durante séculos sabe-se o que foram asintrigas no interior do chamado poder espiri-tual do Vaticano, implicado em guerras e sangriade muitos povos, que depois fazia passar pormártires uma vez que ascendessem à santifica-ção de Roma!

Só ultimamente, de 1958-1963, no curtoreinado do papa João XXIII, Angelo Roncallitentou aliviar o Vaticano do jugo papal e dafunção obscura da Santa Madre de Deus a Igre-ja. João XXIII, homem de bem, queria porum travão numa doutrina milenária dogmática,que perdura desde São Paulo. Mas isso “foi umfalhanço histórico”. Veio depois o “santo pa-dre político”, João Paulo II, que em 1982, fa-lando em nome de uma cultura maioritaria-mente de origem católica afirma: “As raízesculturais de uma grande parte dos migrantesdevem construir um baluarte contra a “seculari-zação” das sociedades mais desenvolvidas”.

Esta afirmação, como discurso semântico, atépode impressionar muitos mas, o que fez, faz,a igreja contra a subida cada vez maior da injus-tiça do descalabro da riqueza entre ricos e po-bres? Este discurso foi entregue de mão beijadaa João Paulo pelo cardinal Ratzinger, responsá-vel pela fé, hoje Bento XVI.

Hoje os sinos tocam a favor de uma “tau-maturgia” para que as cenas da peste pedófilanão contaminem as dioceses da Guarda, mastambém as destas paragens, como por exem-plo os “Irmãos de Santa-Cruz” do ColégioNotre-Dame, de Montreal.

A virgem Maria como modelo da fé, emnada pode ajudar o primaz Arcebispo de Braga,D. Jorge Ortiga, que ultimamente no Sameirose lhe referiu, rezando por ela!

Espera-se agora outra estratégia de Rat-zinger para o novo papa, que pode convenceralguns, mas o osso de Hans Kung, seu com-patriota teólogo, que estudou com ele será durode roer, tão pouco o grande filósofo alemãoJurgen Habermas, seu compatriota e colega deuniversidade, que ambos não o apoiaram nasua eleição papal do último sínodo!

À força de me repetir, para aqueles que di-zem que política e religião não se discutem,apenas lhes digo que, dois cidadãos alemães“mandam atualmente” na Europa, e em parteno mundo! São eles: a Sra. Merkel e o PapaBento XVI!

Em relação à intriga milenária dos já “pas-sados Natais”, deixemos a solução desse eni-gma, que esteve, está, entre as mãos do dito“Priorado Militar de Sião” e da santa OpusDei.

Ref.: Le Code Da Vinci Décrypté, Si-mon Cox. Éditions Pokete 2005.

Dicionário de Filosofia, Gérard Durozi,André Russell. Nathan 1997.

Almanach du Peuple de Dieu 1985. L´Équipe de Jésus Marie et Notre Temps.

João Paulo II – A Identidade Culturaldos Migrantes, 8 a 15 de agosto 1982.

Le Déclin et La Chute de L’Église Ro-maine (Histoire et Avenir du Vatican).

Malachi Martin. Éditions Exergue1981.

Mensagem do Papa e da Rainha da Ingla-ter ra.

The Globe And Mail, 26 de dezembrode 2012. “Le Devoir”, 4-01-2013.

EDITORIAL...Cont. da pág 1

Gÿogy Konrád, ou seja, a elite mais representa-tiva da literatura e do pensamento europeu co-evos.

«A Europa não está em crise, está morren-do». Assim abre o texto da carta, à laia de tra-tamento de choque para moribundo à beirado abismo. Trata-se de um manifesto dirigidoclaramente às elites políticas do continente, asquais, para satisfazerem (acalmarem) as massasinquietas com a crise económica e a sua conse-quente crise social, se encolhem no interiordas suas fronteiras, levantando novas barreirasque a Europa supostamente tinha suprimido.

O texto, depois de analisar a situação críti-ca a que a União chegou vaticina que, se nadafor feito, a Europa corre à sua perda. A soluçãopassa por uma união política, pelo federalismo.

«Antigamente dizia-se: o socialismo ou abarbárie. Hoje devemos dizer: a união políticaou a barbárie. Melhor dito: o federalismo oucolapso e como consequência deste, a regres-são social, a precariedade, a explosão do

desemprego, a miséria.»Para terminar os autores afirmam: «A Eu-

ropa vai sair da História. De uma maneira oudoutra, se nada for feito, ela sairá. Não se tratade uma hipótese, de um vago receio, nem dumpapão agitado diante do olhar recalcitrante doseuropeus. É uma certeza absoluta. Um hori-zonte fatal a não ultrapassar. Tudo o demais –votos beatos de uns, arranjinhos de outros,fundo turco de solidariedade, bancos de estabi-lização coiso e tal – não servem senão para a-trasar o fim derradeiro e entreter o moribundona ilusão duma esperança». (1)

Face a uma tomada de posição tão sinistra,de tão mau agoiro, sobretudo vinda da partedos espíritos mais afinados da nossa geração,somos forçados a constatar que a hora é grave.Porque, queiramos ou não, o Europeu que noshabita, mesmo nestas longínquas paragens daoutra margem do oceano, sente um calafrio sóde pensar que o sonho da Europa unida, daEuropa que servia de exemplo a todos quantosse batem com ódio contra o vizinho, contra adiferença da língua, da cor da pele ou da religião,que este exemplo que enalteceu as gerações dopós-guerra, e se propunha ser a muralha contrauma terceira guerra, se venha a desmoronar.

(1) Tradução da casa.

FESTIVAL...Cont. da pág 6

dada como porta-voz do Festival, sentando-se na mesa de abertura e respondendo às per-guntas dos jornalistas durante a conferênciade imprensa. O que para Helena “foi uma hon-ra”. Sente-se orgulhosa “que gostem das suasideias” e confessa-se sempre “disposta a apren-der e a dar mais e mais”. Quanto ao facto de tersido escolhida como representante do Festival,Helena pensa que contribuiu muito no seudomínio do “portunhol” de modo a poderresponder às perguntas dos “jornalistas sul-americanos”.

Ainda e porque há sempre muito que falarquando se trata de Helena, realçamos que orestaurante PortusCalle faz 10 anos no próxi-mo dia 7 de março, data que será comemoradacom 10 eventos diferentes, um por cada mês.Mas sobre isso falaremos mais detalhadamentena próxima edição do jornal.

Helena é também Chef convidada na Ca-bane à Sucre deste ano, entre 8 de março e 14de abril, onde de certeza não nos deixará ficarmal. Sobre isso falaremos também nas próxi-mas edições do jornal.

Carlos Ferreira: F-BarApesar de Carlos Ferreira estar “implicado

na organização do Festival desde o começo” ede ter sido ele “que trouxe Portugal ao Festival”no ano de 2010, o empresário português épragmático na participação do F-Bar no eventodeste ano. “Eu sei que há uns Chefes convida-dos, que este ano é dedicado à Argentina, masnão me tenho ocupado disso. Por isso não te-nho notícias nenhumas, mas também não te-nho estado cá”.

Sem muito a dizer, o LusoPresse sabe queo Chef Gilles Herzog receberá o Chef Pol Ly-kan, esperado no respetivo restaurante, nosdia 26 e 27 de fevereiro, partir das 18 horas.

Franklim Gomes: Restaurante TascaPara Franclim Gomes, o festival é uma

forma de “atrair clientela e divulgar a comidaportuguesa”. Há já muitos anos que “o restau-rante participa no festival”, confessa o Chef

empresário. “É uma boa promoção para a casa” econfirma que os resultados “têm sido positivos”.

“Este ano, oferece os especiais do meio-dia, ouseja, três ou quatro pratos à escolha de comida tradicio-nal, bem portuguesa. Os pratos variam conforme omenu, passando por peixe, bacalhau, lulas, coelho,carne de porco à alentejana e outras especialidades.

Tudo isso só por 14,95$, do meio-dia até às trêsda tarde. No restaurante A Tasca, entre os dias 25 defevereiro e 1 de março. Um lugar a visitar.

«Humanity Project»Nova obrade Paula de Vasconcelos

• Por Carlos DE JESUS

Animada pela sua constante paixão pela dançae pelo teatro, Paula de Vasconcelos oferece-nos um es-petáculo de poesia e reflexão sobre a condição humanasob os traços e os movimentos de 40 intérpretes, nopalco da «5ème salle» da Place des Arts desde o passadodia 5 (e até ao dia 23).

O LusoPresse esteve lá e recomenda vivamenteaos seus leitores que se despachem para não perderema oportunidade de ver o trabalho cenográfico excecionalda Paula de Vasconcelos, que desde 1987 tem vindo aanimar, de forma marcante, a vida cultural de Montrealcom a companhia Pigeons International que ela fun-dou, naquele ano, com o marido, Paul-Antoine Taillefer.

Sob os matizes envolventes da música e dos pro-jetores que sublinham e focalizam o trabalho dos atorese bailarinos, o espetáculo apresenta-se como uma epo-peia da humanidade, em constante evolução, ora em a-poteose de glória ora em desespero de solidão, massempre como uma maré eterna, que ora cresce em tsu-nami ora se abate em cansaço.

Para os montrealenses que somos, é como se «AMultidão Iluminada» do artista Raymond Tower – quedecora a entrada da Torre do BNP na avenida McGillCollege – tivesse sido assoprada pelo fogo da vida e setivesse transportado, com os estropiados em menos,para aquele palco da Place des Arts.

Esta nova obra da Paula de Vasconcelos segue aspegadas da anterior «Dieu ton corps», a primeira criaçãodesta artista feita só de movimentos, som e luz, e quemantém o espectador em suspenso, entregue ao seupróprio imaginário e sentir como se estivesse diantedum quadro em movimento que o interpelasse.

Não é de somenos sublinhar o trabalho da encena-dora que conseguiu a colaboração de várias dezenas debenévolos para participarem nesta peça e que atuaramcomo se de verdadeiros profissionais se tratasse. Estesparticipantes não serão sempre os mesmos todas asnoites pelo que o espetáculo terá algo de original emcada representação. Na primeira estiveram no palco 30participantes, assim como quatro bailarinos e doisatores. L P

«Humanity Project», mais uma excelente peçada Pigeons International, dirigida por Paulade Vasconcelos. Foto de Paul-Antoine Taillefer

Página 157 de fevereiro de 2013 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Na Florida...

Impacto nos acertos finais• Por Norberto AGUIAR

Depois de duas semanas de treinosintensivos em Montreal, o Impacto parte ama-nhã para o sol da Florida, para um «séjour» deduas semanas, onde conta acertar as agulhaspara a nova época, que começa, já o dissemosem artigo anterior, no dia 2 de março, em Se-attle, diante da poderosa formação local.

É, pois, assim que toda a comitiva, joga-dores, staff técnico e alguns dirigentes se des-locam com armas e bagagens para o Sul dosEstados Unidos de maneira a beneficiarem dobom clima da Florida – em Montreal aindanão se pode treinar no exterior devido às nos-sas condições climatéricas adversas – propíciopara o futebol. Além disso, o Impacto tambémpode beneficiar da presença de outras equipasda MLS, que pelas mesmas razões, ou outras,escolheram a Florida para local de pré época.

Assim sendo, a equipa quebequense, queterá como parceiro os rivais do Toronto FC,disputará vários jogos amigáveis de maneira apôr os seus jogadores em forma, assim comoconstruir um novo fio de jogo já que o treina-dor é outro, vindo da Europa e naturalmentecom outra filosofia, para muitos a léguas doseu antecessor, mais virado para o estilo norte-americano, não fosse ele fruto do próprio fu-tebol da MLS, mais físico e veloz.

Agora, com Marco Schällibaum, que to-dos querem ver triunfar, o Impacto terá respon-sabilidades acrescidas, como ter de se apurarpara a fase final da Taça MLS, isto na medida

em que a equipa, que ficou com praticamentetodos os jogadores de 2012, terá mais experi-ência da Liga e onde os jogadores se conhece-rão melhor, fruto de trinta e tal jogos de campe-onato nas pernas, e mais alguns de outras pro-vas, já para não falar nos encontros (vários)amigáveis.

De 9 a 23 de fevereiro, o Impacto estaráem Orlando (Florida) preparando o início deépoca que tem lugar no dia 2 de Março no Es-tado de Washington, no Oeste dos USA. Entre-tanto, ali, o time montrealense tomará parteno torneio Classique Pró Soccer Walt DisneyWorld, onde terá como adversários os com-patriotas do Toronto FC e os americanos doColumbus Crew, Philadelphia Union, DC Uni-ted, Sporting Kansas City, da Major LeagueSoccer, e os Orlando City Soccer Club e TampaBay Rowdies, da NSL (National Soccer Lea-gue), esta representativa da Segunda Divisãodo futebol norte-americano.

O torneio Classique Pró Soccer, que anu-almente se disputa em Orlando, tem como ob-jetivo primeiro fazer rodar as equipas que oprocuram no período de pré temporada, já queos vários conjuntos que nele participam, a mai-oria vinda do norte este dos Estados Unidos,não têm neste momento tais condições nassuas regiões.

Vejamos, entretanto, os primeiros jogosque serão disputados naquele torneio.

Sábado, dia 9 de fevereiroColumbus Crew – Toronto FCImpacto de Montreal – Sporting

Kansas CityOrlando City Soccer Club – Philadelphia

UnionDC United – Tampa Bay Rowdies

Quarta-feira, dia 13 de fevereiroPhiladelphia Union – Columbus CrewTampa Bay Rowdies – Impacto de

MontrealSporting Kansas City – DC UnitedToronto FC – Orlando City Soccer Club

Sábado, dia 16 de fevereiroImpacto de Montreal – DC UnitedPhiladelphia Union – Toronto FCOrlando City Soccer Club – Columbus

CrewTampa Bay Rowdies – Sporting Kansas

City

Interessante será observar qual vai ser ocomportamento do Impacto neste torneio queconta com duas equipas que lutaram em 2012por figurar na lista da Taça da MLS, no presen-

te caso, o Sporting Kansas City – foi mesmocampeão da Zona Este, onde se incorporava(incorpora) o Impacto – e o DC United, porsinal segundo classificado da mesma série eque, depois, nas eliminatórias, só foi batidonas meias-finais pelo Dynamo de Houston,que viria, por sua vez, a ser o vencido da final– ganhou o Galaxy de Los Angeles, por 3-1.

Também interessante será ver até que pon-to o Toronto FC, de novo remodelado de altoa baixo, estará suficientemente preparado parafazer uma melhor época do que a do ano passa-do, onde foi último no lote das 19 equipas queformam a Major League Soccer.

Seja como for, no final deste torneio querMarco Schällibbaum quer Ryan Nelsen – dei-xou esta semana o Queen Park Rangers daPremier League (Inglaterra), como jogador parapassar a treinador da formação ontariana, istodepois de ter alinhado no DC United duranteanos – têm que ter, no final desta competição,escolhido os seus respetivos onzes, sob penade terem problemas no futuro.

L P

Ryan Nelsen, que depois de deixar o futebol inglês na semana passada, está agorana liderança do Toronto FC.

Página 167 de fevereiro de 2013 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e