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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI URCA CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL CURSO DE TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL HABILITAÇÃO EM TOPOGRAFIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO TERRAPLANAGEM DAS VIAS DO CONDOMINIO CIDADE KARIRIS JUAZEIRO DO NORTE - CE WELLINGTON CORTEZ DE ALENCAR JUAZEIRO DO NORTE, CE 2015

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT

DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL CURSO DE TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

HABILITAÇÃO EM TOPOGRAFIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

TERRAPLANAGEM DAS VIAS DO CONDOMINIO CIDADE KARIRIS – JUAZEIRO DO NORTE - CE

WELLINGTON CORTEZ DE ALENCAR

JUAZEIRO DO NORTE, CE 2015

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WELLINGTON CORTEZ DE ALENCAR

TERRAPLANAGEM DAS VIAS DO CONDOMINIO CIDADE KARIRIS – JUAZEIRO DO NORTE CE

Monografia apresentada ao curso de Tecnologia da Construção Civil da Universidade Regional do Cariri (URCA), como requisito para obtenção do grau de tecnólogo em construção civil, habilitação em Topografia.

Orientador: Prof. Esp. Gilvan Luiz de Melo

JUAZEIRO DO NORTE

2015

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WELLINGTON CORTEZ DE ALENCAR

TERRAPLANAGEM DAS VIAS DO CONDOMINIO CIDADE KARIRIS – JUAZEIRO DO NORTE CE

BANCA EXAMINADORA

PROF. ESP. GILVAN LUIZ DE MELO (ORIENTADOR)

PROF. MsC JEFFERSON LUIS ALVES MARINHO (AVALIADOR)

PROF. ESP. VANGIVALDO DE CARVALHO FILHO (AVALIADOR)

Monografia aprovada em ____/____/2015, com nota_____.

JUAZEIRO DO NORTE 2015

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha família, Em especial a minha esposa Alana Roberta,

E a meus filhos pelo apoio e compreensão demostrado nesses anos de faculdade.

É por vocês que estou aqui, é por vocês que irei vencer E é a vocês que eu dedito essa vitória.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida e pela força espiritual para a

realização desse trabalho

A todos os professores do curso de tecnologia da construção civil pelos

ensinamentos. Em especial ao orientador professor Gilvan Luiz de Melo e aos

professores Jefferson Luiz Marinho e Vangivaldo pela colaboração e estimulo

fundamental para a realização desse trabalho

Aos meus pais: Antônio Cortez e Alaíde Cortez de Oliveira, hoje em outra

dimensão, mas continuam em minha vida. A minha esposa, Alana Roberta

Lustosa de Macêdo, que sempre esteve do meu lado me dando apoio e

estimulando para que concluísse esse curso, segurando sempre a barra com

nossas duas filhas, sempre que precisava me ausentar para realizar o sonho e

me formar.

Aos meus filhos, pois sem sombra de dúvida foram responsáveis por este

sucesso.

Aos funcionários da coordenação do curso de tecnologia da construção civil,

presença constante em nossa vida acadêmica.

Enfim, aos meus amigos que nunca estiveram ausentes, agradeço a amizade e

o carinho que sempre me disponibilizaram.

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“Quando nada parece dar certo, vou ver o cortador de pedras martelando sua rocha sem que uma única rachadura apareça. Mas na centésima primeira martelada a pedra se abre em duas, e eu sei que não foi aquela que coseguiu isso, mais todas as que vieram antes”.

Jacog Riis

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RESUMO

A execução de atividades de engenharia está em constante evolução

tecnológica, essa evolução é necessárias para o crescimento dessa atividade

que vem sendo cada vez mais solicitada. Neste trabalho foi acompanhada a

execução de uma obra de terraplanagem de um condomínio localizado na

cidade de Juazeiro do Norte, juntamente esse trabalho se desenvolvel com

uma revisão de bibliografia, foi abordado um histórico sobre a evolução da

topografia e dos equipamentos utilizados nesse ramo. De acordo com o estudo

de caso e a metodologia empregada que teve como base uma revisão de

literatura e confronto entre a teoria e a prática, pode-se observar com clareza

como é fundamental a execução de uma boa terraplanagem, pois são sobre

esses terrenos que a futura obra será desenvolvida, podendo assim se chegar

ao mais próximo possível dos objetivos desse estudo, sendo dentre eles o de

se poder confrontar teoria e prática.

Palavras-chave: terraplanagem, topografia, movimenta de terra,

equipamentos, loteamento, nivelamento planialtimétrico.

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ABSTRACT

The execution of engineering activities are in constant technological evolution,

this change is necessary for the growth of this activity is being increasingly

requested. This work accompanied the execution of an excavation work of a

condominium located in the city of Juazeiro along this work is desenvolvei with

a literature review, it was approached a history of the evolution of the

topography and the equipment used in this industry. According to the case

study and the methodology that was based on a literature review and

confrontation between theory and practice, it can be seen clearly how to run a

good leveling is essential, as they are on the subject of land that future work will

be developed, thus being able to get as close as possible to the objectives of

this study, and among them to be able to confront theory and practice.

Keywords: excavation, surveying, earthwork, equipment, subdivision, planialtimetric leveling.

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SUMÁRIO

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 11

1.1 INTRODUÇÃO 11 1.2 CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA 12 1.3 OBJETIVO GERAL 12 1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 13

2. LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS 14

2.1 NIVELAMENTO TOPOGRÁFICO 14 2.1.1 NIVELAMENTO TRIGONOMÊTRICO 15 2.1.2 NIVELAMENTO GEOMETRICO 15 2.2 O QUE É TOPOGRAFIA 16 2.2.1 A IMPORTANCIA DA TOPOGRAFIA 16 2.2.2 DEFINIÇÕES DO USO DA TOPOGRAFIA 16 2.3 APARELHOS UTILIZADOS 17 2.3.4 ESTAÇÃO TOTAL 17 2.3.5 NIVEIS 18 2.3.6 GPS 19 2.3 EVOLUÇÃO DOS EQUIPAMENTOS TOPOGRÁFICOS 19

3. DEFINIÇÃO DOS SOLOS 22

3.1 TIPOS DE SOLO 23

4. LOTEAMENTOS 24

5. TERRAPLENAGEM 26

5.1 ATIVIDADES PRELIMINARES 26 5.1.1 ABERTURA E MELHORIA DE CAMINHOS DE SERVIÇO 26 5.1.2 DESMATAMENTO, DESTOCAMENTO E LIMPEZA 26 5.2 EXECUÇÃO DA TERRAPLENAGEM 26 5.3 CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS ESCAVADOS 28 5.3.1 MATERIAL DE 1ª CATEGORIA 28 5.3.2 MATERIAL DE 2ª CATEGORIA 28 5.3.3 MATERIAL DE 3ª CATEGORIA 29 5.4 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL 29 5.5 COMPACTAÇÃO DOS SOLOS 30 5.6 PATOLOGIAS QUE PODEM OCORRER DEVIDO A TERRAPLANAGEM 31 5.6.1 FUNDAÇÕES SOBRE ATERROS 31 5.6.2 RECALQUE DO CORPO DO ATERRO 31 5.6.3 ATERRO SOBRE SOLOS MOLES 32 5.7 CASOS ESPECIAIS 32

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5.7.1 INFLUÊNCIA DE VEGETAÇÃO 32 5.7.2 COLAPSIDADE 33 5.7.3 EXPANSIBILIDADE 33

6. CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS 34

6.1 UNIDADES DE TRAÇÃO (TRATORES) 34 6.2 UNIDADES ESCAVO EMPURRADORAS 35 6.3 UNIDADES ESCAVO TRANSPORTADORAS 36 6.4 UNIDADES ESCAVO CARREGADORAS 37 6.4.1 CARREGADEIRAS 37 6.4.2 ESCAVADEIRAS 37 6.5 UNIDADES APLANADORAS 38 6.6 UNIDADES DE TRABSPORTE 39 6.7 UNIDADES DE COMPACTADORAS 40 6.7.1 ROLO PÉ DE CARNEIRO 40 6.7.2 ROLO DE PNEU 41 6.7.3 ROLO LISO 42

7. METODOLOGIA 43

7.1 USO DA TOPOGRAFIA EM OBRAS CIVIS 43 7.1.1 A FUNÇÃO DA TOPOGRAFIA NA OBRA CIVIL 43 7.2 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO DE CASO 43 7.2.1 A EMPRESA 44 7.2.2 O EMPREENDIMENTO 44 7.2.3 JUAZEIRO DO NORTE 44 7.3 EXECUÇÃO DA TERRAPLANAGEM 45

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS 49

8.1 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES 49

9. REFERENCIAS 51

10. ANEXOS 53

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1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

1.1 Introdução

A topografia é a ciência utilizada para determinar medidas de área e

perímetro, orientações, variações em relevo e outras aplicações dessa

natureza. Tem fundamental importância em vários ramos que necessitem da

sistematização de terrenos para a realização de seus projetos, como é o caso

da engenharia civil, que utiliza as ferramentas topográficas para levantamentos

planialtimétricos e determinação dos volumes de corte e aterro para realizarem

a terraplenagem nos projetos executados pela construção civil.

O topógrafo trabalha com base para que qualquer projeto e de obra

realizada por engenheiros ou arquitetos se realize. Assim, é fundamental o

conhecimento pormenorizado do terreno no qual será construído tal obra,

podendo ser estas edificações ou pavimentações, e no campo, como é o caso

dos projetos de irrigação e plantios em curva de nível. O topógrafo conhece os

métodos e os instrumentos que permitem se conhecer o terreno e implantar a

futura obra, da melhor forma possível.

A terraplanagem também conhecida como movimento de terra é

uma atividade importante e fundamental para obras de engenharia, pois se

trata de preparar o terreno para materialização do projeto independente da

obra. Seu estudo se faz ainda mais relevante em um país de dimensões

continentais como o Brasil, onde há grande necessidade de ampliação da

infraestrutura de transportes (rodovias, ferrovias e aeroportos), diversas e

remotas áreas para exploração de atividades de mineração e com um amplo

potencial hidro energético e agroindustrial. Mediante isso se torna

indispensável um grande conhecimento sobre as aplicações das metodologias

desse serviço pelo profissional, para que assim a viabilidade da obra sejam

mantidos.

Ester trabalho está estruturado conforme as seguintes etapas,

apresentação do tema, e qual sua importância; suas definições, conforme

estudado na revisão de biografia, e o estudo de caso onde será abordado a

empresa, equipamentos de terraplanagem, e o acompanhamento da execução

da terraplenagem.

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1.2 Caracterização Do Problema

Estudos já realizados sobre o tema mostram que terrenos que

necessitam de terraplanagem apresentam características próprias depois da

execução desse serviço, e por isso necessita-se que o trabalho de

terraplenagem seja executado da melhor forma possível, evitando assim

futuras patologias.

Fundações executadas sobre terrenos aterrados podem apresentar

problemas, e essas características nem sempre são analisadas pelos

profissionais, Souza (2012).

Segundo Militisky, Consoli, Schnaid (2008), os recalques de

fundações assentamentos sobre aterros podem ter três causas distintas:

Deformação do corpo de aterro por causa do seu peso próprio,

bem como por carregamento provocado pela fundação ao

transferir a carga da superestrutura.

Deformação no solo natural localizado abaixo do aterro, em razão

do acréscimo de tensões ocasionado pelo peso próprio do aterro

e pelas cargas da superestrutura.

Nos casos de execução de aterros, ou carregamento externos

sobre lixões ou aterros sanitários desativados, os mesmos

estarão sujeitos a ações bioquímicas decorrentes da degradação

da matéria orgânica de seus componentes.

1.3 Objetivo geral

Este trabalho tem como objetivo mostrar a utilização apropriada dos

dispositivos de terraplanagem na construção das ruas do condomínio, Cidade

Kariris, relatando opiniões, possíveis soluções relacionados diretamente a

processos que envolvem um projeto de terraplenagem.

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1.4 Objetivos Específicos

Contribuir para um projeto de terraplanagem real;

Realizar revisão bibliográfica das teorias consagradas de

mecânica dos solos, bem como, os procedimentos para executar

terraplanagem.

Acompanhar a execução da respectiva obra de terraplenagem;

Apontar a importância de realizar terraplanagem;

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2. LEVANTAMENTOS TOPOGRAFICOS

2.1 Nivelamento topográfico

Ao abordar o assunto de levantamentos topográficos é importante

abordar quais os tipos de medição são necessárias para a realização do

levantamentos topográficos.

Atendendo à definição de campo topográfico - área da superfície

terrestre em torno dum ponto onde a esfera local pode ser aproximadamente

identificada ao plano tangente nesse ponto, podemos então, considerar a

Geometria Plana como a ferramenta matemática fundamental, que relaciona

aquilo que se mede - observação (relação geométrica entre pontos do espaço)

e aquilo que se pretende obter - coordenadas dos pontos, MILITITSKY (2008)

A medição direta surge quando se mede diretamente a grandeza

que se pretende obter (ex: medição de uma distância com fita métrica), a

medição indireta surge quando a grandeza que se pretende é obtida a partir de

uma outra grandeza medida (ex: medição de uma distância com um

distanciómetro, obtida a partir da comparação de fase de uma onda

eletromagnética ou a partir do tempo de percurso de um impulso), ou ainda,

quando o valor final da medição resulta de algum tratamento numérico sobre a

medição direta efetuada, como seja, a correção de erros associados às

medições.

Para a designação de medição é usado com frequência a

designação de observação, termo esse usado também por nós mais à frente

neste nesse mesmo contexto de medição. Para estabelecer entre nós a

diferença dos termos, podemos considerar a observação como o ato de

observar ou medir uma dada grandeza usando o equipamento apropriado,

incluindo em si as operações preliminares da própria mediação. Ao respectivo

valor numérico que resulta da observação, designamos por “observável” ou

“medida”, ou simplesmente, mas de forma menos correta, por observação.

O nivelamento é a operação de altimetria que permite determinar as

distâncias verticais entre planos horizontais, ou entre superfícies de nível

(superfícies equipotenciais). Permite ainda, a atribuição de valores de altitude

absoluta, por transporte de cotas (altitudes relativas ao nível médio das águas

do mar).

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Os diversos tipos de nivelamento baseiam-se em diferentes

princípios e, consoante o princípio, assim se define o método ou o tipo de

nivelamento. Os diferentes tipos de nivelamento iram ser descritos nos

próximos tópicos.

2.1.1 Nivelamento trigonométrico

É um tipo de medição indireta, onde o desnível é determinado à

custa da observação de um ângulo vertical (altura ou distância zenital) e da

distância linear que une os pontos, medidos sobre o plano vertical da estação e

que contém o ponto visado.

É evidente que quando se enreda pela repetitividade das

observações, os resultados obtidos são estatisticamente melhores. No caso do

nivelamento trigonométrico há ainda outra razão, mais importante que a

questão estatística, e que justifica a observação de distâncias zenitais

recíprocas e simultâneas para a melhoria da precisão dos resultados do

nivelamento; essa razão é o facto de com este tipo de observações estar-se a

eliminar os efeitos da refracção e da depressão do horizonte. Esta questão é

de extrema importância pois, as correções em causa são estimativas,

nomeadamente o efeito da refracção que resulta de um modelo, e por isso

encontram-se eivadas de erros.

2.1.2 Nivelamento geométrico

O nivelamento geométrico é um tipo de medição direta, cuja

precisão depende apenas do rigor do aparelho e da graduação da escala das

miras e obviamente, distância entre os pontos.

O desnível entre dois pontos é determinado à custa de uma

superfície de nível de referência, definida pelo plano horizontal que contém o

centro E’ do Nível, colocado num ponto intermédio dos pontos de cota, nos

quais são colocadas as miras.

Atualmente já existem miras de leitura electro-ópticas, munidos de

traços na forma de código de barras, para níveis electrónicos que procedem à

leitura e registo de dados automaticamente.

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Relativamente aos níveis, e em termos de erros de observação,

salienta-se o erro de colimação (linha de pontaria não paralela ao plano

horizontal ou de colimação) derivado a uma desretificação da nivela ou do

sistema de compensação, e que contribui para o erro final do desnível. Quanto

às miras, podem também contribuir para o erro final do desnível devido à sua

má graduação, ou desretificação da graduação.

2.2 O QUE É TOPOGRAFIA

2.2.1 A importância da topografia

A topografia é fundamental em várias áreas mais principalmente no

que se refere a sistematização de terrenos, sendo assim é imprescindível para

a execução de projetos sendo eles horizontais ou verticais. A topografia conta

com o auxílio de equipamentos que vem evoluindo cada vez mais, para que se

obtenha uma maior produtividade, manipulando dados mais precisos em um

menor espaço de tempo e com maior facilidade, visando à melhoria dos

projetos.

Segundo Pinto (2000), a topografia, através de levantamentos, tem

por finalidade determinar o contorno, dimensão e posição relativa de uma

porção limitada da superfície da terra, sem levar em consideração a sua

curvatura. Trata-se de uma ciência aplicada, baseada na Geometria e na

Trigonometria, de âmbito restrito e se incumbe da representação, por meio de

uma projeção ortogonal dos detalhes da configuração do terreno, sejam eles

naturais ou artificiais.

2.2.2 Definições do uso da topografia

A representação das informações planimétricas e altimétricas

obtidas dos levantamentos são descritas em plantas, com a finalidade de

fornecer o maior número possível de informações para efeitos de estudo,

planejamento e viabilização.

A planta planimétrica pode determinar a escolha do melhor traçado e

locação de estradas e vias urbanas.

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Através das plantas faz-se o estudo e largura da faixa de ruas,

estradas e linhas de transmissão.

Determinar áreas de desapropriação, melhores locais para

instalações de torres, postes, centrais de distribuição. É possível estudar

através de plantas o relevo para localização do projeto, determinar os pontos

onde é necessário a utilização de bombas e redução de escoamento.

A topografia da a informação, para o estudo, que futuramente não

venha a trazer danos futuros, com os estudos de levantamentos topográficos

podem ser feitos um planejamento urbano onde podemos estudar e planejar as

direções das vias, estudar e planejar áreas comerciais, residenciais, áreas de

lazer e recreação.

Todos esses processos usam-se de uma variedade de

equipamentos topográficos.

2.3 APARELHOS UTILIZADOS

2.3.1 Estação total

Os instrumentos eletrônicos atualmente mais utilizados em

topografia são designados por estações totais eletrônicas. São constituídos por

um teodolito electrónico e um instrumento de medição electro-óptica (EDM). O

EDM é colocado numa posição concêntrica em relação à luneta do teodolito e

é, nos instrumentos mais recentes, incorporado na própria luneta, formando um

único bloco. Até há bem pouco tempo, era frequente o EDM ser acoplado à

luneta, o que permitia o seu uso quer nos teodolitos electrónicos quer nos

teodolitos ópticos, formando assim, uma estação total semi-eletrônica.

O conceito de estação total não apareceu, ao contrário do que se

possa pensar, na era dos instrumentos electrónicos, pois ele se define como

sendo um instrumento que permite medir, em simultâneo ou em tempo útil, os

ângulos vertical e horizontal e as distâncias. Nos instrumentos ópticos as

lunetas estavam dotadas de traços estadimétricos para possibilitar a medição

de distâncias com o auxílio de estádias (barras de comprimento fixo colocadas

no ponto visado) ou réguas graduadas. Existiam até, aparelhos que permitiam

a redução automática das distâncias ao plano horizontal, eram os chamados

teodolitos autorredutores, de que o RDS da Wild é um exemplo.

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Precisão da estação total utilizada na obra é de 9 segundos, e para

leitura direta de 1 segundo, a mesma tem um alcança de dois mil metros

utilizando um prisma, e de dois mil e setecentos metros, utilizando três prismas,

precisão linear de 3mm + 3ppm, memoria de 8 mil pontos com todos os

atributos, ou 16 mil pontos de coordenadas, ela define até 30 arquivos de obras

separados por arquivos.

O último grito de instrumentos deste gênero vem equipado com

acervo de motores que permitem uma automatização das observações. Foram

concebidos essencialmente para trabalhos de controle de obras de engenharia

e para outro tipo de trabalhos cuja função de instrumentos motorizados poderá

otimizar o trabalho. Nestes aparelhos é também possível introduzir um sistema

de comunicação rádio, ou GSM, e convertê-la numa estação remota,

comandada à distância por computador.

2.3.2 Níveis

O princípio do nivelamento geométrico baseia-se na diferença de

alturas de dois pontos próximos observadas através de uma visada

perfeitamente horizontal e definida por um nível situado entre os pontos. A

precisão do nível utilizado na obra é de 1,5 mm, com aumento de imagem de

32 vezes.

Um nível consiste numa luneta, cujo suporte permite a rotação em

torno do seu eixo principal (coincidente com a vertical) e está munido de três

parafusos calantes; paralelamente ao eixo de colimação (definido pela linha

que une o centro óptico com o cruzamento dos fios do retículo) está acoplada

uma nivela tórica ou um sistema de calagem cuja linha de apoio deve estar

paralela com o eixo de colimação. Sempre que o sistema está nivelado, a linha

de colimação ou de visada está horizontal, permitindo nessa condição proceder

à leitura correta.

O posicionamento das miras graduadas é feito sobre as marcas de

nivelamento em pontos de referências ou de cota, ou sobre sapatas em pontos

de passagem. As sapatas são bases, normalmente metálicas, que servem de

suporte da régua e permite uma justaposição estável para as duas visadas,

frente e retaguarda.

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2.3.3 GPS

O GPS (Global Positioning System) é um sistema de posicionamento

de cobertura global, isto é, possível de ser utilizado em qualquer ponto à

superfície da Terra ou nas suas imediações atmosféricas, e que se baseia na

medição de distâncias através de tempos de percurso e diferença de fase de

sinais eletromagnéticos emitidos por uma constelação de satélites artificiais.

Este sistema desenvolvido pelos Estados Unidos da América, teve

origem num sistema análogo, iniciado em 1960 pela Força Aérea dos E.U.A. e

pela NASA, o sistema TRANSIT. Ele foi concebido, para além dos interesses

de navegação e de estratégia militar, com o objectivo de estabelecer um datum

geodésico global e sua ligação aos data locais. Esta primeira aplicação no

campo da geodesia iniciou-se em 1967. Posteriormente, em 1974, e com o

objectivo de melhorar o sistema, a Secretaria de Estado da Defesa Norte

Americana avança com a ideia do atual sistema GPS, designado por

NAVSTAR GPS (Navegation Satellite Timing and Ranging), mais aperfeiçoado

e mais preciso do que o sistema anterior.

O GSP utilizado na obra foi um do tipo geodésico de marca CHC

X900 e RTK. (figura 16), precisão horizontal “10mm + 1ppm” RMS, e vertical de

“20mm + 1ppm” RMS, com tempo de 10 segundos.

2.4 Evolução dos Equipamentos topográficos

A topografia é uma arte que já é utilizada pelo homem há muito

tempo, mesmo que na sua forma mais rudimentar. Utilizando mecanismos

específicos de medição, os egípcios a aproximadamente 2000 A.C, já

desenvolviam técnicas de medida para descobrir dimensões de terrenos, bem

como desníveis, pois necessitavam disso para delimitar suas áreas.

De acordo com Espartel (1965), os egípcios, os gregos, os árabes e

os romanos nos legaram instrumentos e processos que, embora primitivos,

serviram para descrever, delimitar e avaliar propriedades rurais, com

finalidades cadastrais.

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Espartel (1965) nos diz que, os aperfeiçoamentos da mecânica de

precisão introduzidos nos instrumentos topográficos e o progresso realizado na

parte óptica dos instrumentos deram a topografia o valor que realmente tem

como ciência e como técnica no levantamento topométrico preciso do terreno e

na representação gráfica equivalente, servindo como apoio de qualquer

trabalho de Engenharia e Agrimensura.

De acordo com dados extraídos do Museu da Topografia (2008), a

evolução dos instrumentos topográficos aconteceu ao passo em que o homem

sentia necessidade de aperfeiçoar suas técnicas para obter informações sobre

os terrenos, como área, altitudes, perímetro e informações dessa natureza.

Ainda de acordo com informações do Museu da Topografia (2008), a 3000

A.C., os babilônicos e egípcios utilizavam cordas para a medida de distância,

esse passou por muito tempo sendo o método de medida até que Anaximandro

de Mileto introduziu o “Gnomon”, que era um instrumento constituído apenas

de uma estaca enfiada no chão que produzia uma sombra sobre o solo, e

através da análise dessa sombra foi possível determinar a direção do norte

além do cálculo da circunferência da terra. Seguindo a mesma referência, com

a evolução surgiu a Diopra que tinha seu princípio em um tubo em forma de “U”

com água, que servia para medir ângulos e o nivelamento do terreno.

Com o tempo começaram a ser utilizados equipamentos chamados

de “Chorobates”, ou primeira aproximação de um nível, mas consistia de uma

régua horizontal com sapatas nas quatro pontas, na parte superior da régua

havia um sulco aonde se vertia água para usá-la como nível. A partir daí

surgiram mais aparelhos que eram utilizados para a medição de ângulos como

é o caso do Quadrante, descrito por Ptolomeu, ainda antes de Cristo. Seguindo

os dados históricos do Museu de Topografia (2008), os romanos foram os

portadores dos conhecimentos gregos para a Europa, e usaram a “Groma”, que

consta de uma cruz excêntrica, com prumadas em seus extremos, fixadas a

uma barra vertical, a esse instrumento se atribuiu a medição de distância

através de voltas. Mais tarde, os Árabes apoiando-se nos conhecimentos dos

gregos e romanos usaram um instrumento chamado de “astrolábios”, divididos

em cinco minutos de arco. No ano de 1300, se conhece um mecanismo para

medida indireta da distância, mediante o movimento de uma barra

perpendicular (Balestilha) e outra principal graduada.

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Então finalmente a bússola, que passou por melhoria após ser

inventada pelos chineses em 1187, chega a ser a precursora do Teodolito.

Dessa forma no ano de 1576 com a aplicação da bússola a um semi-círculo

grudado com duas alidades, um fixa e outra móvel, Josua Habernel cria o

Teodolito-Bússola. Anterior a Galileu existe notícias de que um óptico

holandês, Hans Lippershey, idealizou uma espécie de óculos, sem contudo

chegar a montá-los; seguindo esta linha de trabalho, Galileu montou seu

telescópio, continuando com o telescópio de Kepler e deste, com uma melhora

introduzida por Christian Huygens, o qual colocou um retículo para realizar as

pontarias, com o avanço que este apresentou nos trabalhos sobre a alidade de

pínulas, usada desde a época. William Gascoigne ajuntou o parafuso

micrométrico nos teodolitos.

Contudo em 1610 aparece a Corrente de Agrimensor, utilizada para

medidas de distância. E finalmente em 1710 se constrói o primeiro teodolito

como tal, provido com parafusos niveladores. E já no ano de 1839 surge o

taqueômetro dando passo a taqueometria.

Na década de 1970, chegaram ao mercado os famosos

Distanciômetros Eletrônicos 112 e, posteriormente 119. Não havia mais

necessidade de medir pelo processo de trena, nem a leitura da mira falante

(taqueometria). O Distanciômetro é um instrumento eletrônico capaz de realizar

medidas de distância através de um laser infravermelho disparado a um prisma

refratário que se localizava no ponto topográfico. Porém esse equipamento

tinha suas inconveniências, a bateria que alimentava o Distanciômetro pesava

mais de quarenta quilos e precisava de um veículo para transportá-lo. Além de

ser necessário um conjunto gerador para carregá-lo periodicamente, visto que

sua autonomia de carga era somente para um dia de trabalho. Com um tempo

esses equipamentos foram sendo substituídos por outros de firmas suíças,

japonesas, alemãs e outras nacionalidades, como por exemplo, o DKM 2.000,

DKM 5.000 e DC 4. Esses tinham maior aceitação, boa precisão e tinham

maior autonomia de carga (RODRIGUES, 2003).

As informações do Museu da Topografia mostram que, a partir daí

vieram surgindo, teodolitos cada vez mais modernos e inovadores, assim como

os níveis, que contaram com o avanço da automatização e tecnologias

envolvidas, até chegar a Estação Total que conhecemos hoje, onde a

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tecnologia permite à transmissão de dados por meio de um “modem” a linha

telefônica ou de satélite, estando o coletor a centenas de quilômetros do

ordenador que recebe os dados.

Para Coelho (2003), a constante evolução dos equipamentos e

softwares na área de topografia propiciou um ganho considerável em

produtividade e qualidade na confecção dos mapas que servem de base aos

projetos de engenharia.

De acordo com Braga (2010), visando suprir as necessidades de

orientação sobre o globo terrestre, no fim da década de 1950, foi idealizado o

sistema de posicionamento global (GPS), criado pelo governo dos Estados

Unidos, tinha por objetivo, localizar as tropas em qualquer lugar do globo

terrestre. Esse sistema também veio passando por evoluções, até chegar no

que conhecemos hoje, que é um sistema altamente eficiente e preciso,

dependendo da finalidade.

3. DEFINIÇÃO DOS SOLOS

Segundo Senço (2007), não é um tarefa fácil classificar determinado

tipo de solo, pois para cada tipo, conceitos próprios de cada pesquisador

podem ser empregados, gerando diferentes pontos de vista, e

consequentemente uma variação nos conceitos.

Uma definição que, de certa forma, atenderia a todas as aplicações

seria: “Solo é uma deformação natural, de estrutura solta e removível e de

espessura variável, resultante da transformação de uma rocha mãe pela

influência de diversos processos físicos, físico-químicos e biológicos” (Senço,

2007).

Quando for preciso se utilizar de material externo pra preenchimento

dos aterros, estudos prévios e rigorosos devem ser realizados, e o

acompanhamento rigoroso sobre o lançamento desse material. Os estudos

para a localização de jazidas e os complementares de estabilização, quer

utilizando aglutinantes, quer pela simples e conveniente distribuição dos

diâmetros dos grãos, representam hoje, em nosso meio, uma das mais

importantes atividades dos engenheiros de pesquisas, dadas as indagáveis

vantagens econômicas do uso crescente de materiais locais (senço, 2007).

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As propriedades de solo variam mesmo que sejam de um mesmo

local, tendo que vista que além de alterações anteriores na constituição do solo

Muitas dessas propriedades podem sofrer modificações radicais como

consequência do manuseamento, o que exige sejam conhecidas as

propriedades do solo natural (senço, 2007).

3.1 Tipos de solo

Dependendo diretamente do tipo de solo, a posterior terraplanagem

e compactação depende dos resultados desses estudos prévios, sendo assim

fica claro que cada tipo de solo tem suas exigências próprias, os solos são

comumente classificados devido ao tamanhão do grão, sendo esse tamanho

determinado de acordo com uma série de peneiras de diferentes tamanhos,

conhecida também como analise granulométrica, como pode ser visto na figura

• Pedregulho: é a fração do solo que passa na peneira de (3”) e é

retida na peneira 2,00mm(n°10);

• Areia: é a fração do solo que passa na peneira de 2,00(n°10) e é

retida na peneira de 0,075mm(n°200);

• Areia grossa: é a fração compreendida entre as peneiras de 2,00

mm (n° 10) e 0,42 mm (n°40); • Areia fina: é a fração compreendida entre as

peneiras de 0,42 (n°40) e 0,075 mm( n° 200);

• Silte: é a fração com tamanho de grão entre a peneira de 0,075

mm( n° 200) e 0,005 mm;

• Argila: é a fração com tamanho de grãos abaixo de 0,005 (argila

coloidal é fração com tamanhos de grãos abaixo de 0,001 mm). (DNER, 1996).

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Figura 1, Fonte: SOUSA PINTO (2006) exemplo de uma curva de distribuição granulométrica do solo.

4. LOTEAMENTO

O negócio de imóveis no Brasil é regido por legislações especificas,

os loteamentos segundo BESSONE (1997) são regidos pela Lei Federal

6766/79 a qual dispõe sobre o parcelamento do solo urbano e da outras

providencias.

O loteamento e o desmembramento tem em comum a operação

divisória da terra em lotes destinados a edificação, segundo Bessone (1997) o

loteamento é, ao lado do desmembramento, espécie de gênero parcelamento

do solo.

Dentre os vários tipos de loteamento, Diniz (1998) classifica:

loteamento fechado. Modalidade de condomínio especial que constitui um

bairro urbanizado para fins residenciais ou recreativos, dotado de vias públicas

particulares pertencentes ao domínio privado auto regulamentado por

convenções e assembleias. Loteamento rural. Processo de divisão de terras

em lotes para serem vendidos e destinados a colonização e a exploração

agrícola ou pecuária. Loteamento rural. Desmembramento de imóvel urbano

em áreas destinadas a edificação de qualquer natureza.

O loteamento poderá ser feito tanto por um proprietário privado, por

uma imobiliária ou o que é mais comum, por parceria entre o proprietário que

entra com a terra e uma imobiliária que entra com a execução das melhorias

necessárias.

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Bessone (1997) afirma que "todas as alterações de uso do solo rural

para fins urbanos dependerão de prévia audiência do Instituto Nacional de

Colonização e Reforma Agrária - INCRA, do Órgão Metropolitano, se houver:

onde se localiza o município, e de aprovação da prefeitura municipal, ou do

Distrito Federal quando for o caso, segundo as exigências da legislação

pertinente."

Antes da elaboração do projeto de loteamento Bessone (1997) diz

que "o interessado deverá solicitar a Prefeitura Municipal, ou ao Distrito Federal

quando for o caso, que defina as diretrizes para o uso do solo, tragado dos

lotes, do sistema viário, dos espaços livres e das áreas reservadas para

equipamentos urbanos e comunitários". Esta solicitação para a prefeitura do

município é feita apresentando a planta do imóvel e um requerimento, isto é,

um pedido por escrito para conceder esta informação.

Aprovado o projeto de loteamento este será submetido ao registro

imobiliário, segundo Bessone (1997) a área total de terra "não se fragmenta

antes do registro no Registro de Imóveis" e "constitui-se, através dele, uma

outra realidade jurídica, produzida pelo processo de fissiparidade, que a

decompõe em quadras e lotes."

Desta forma ele continua "desde a data do registro do loteamento,

passam a integrar o domínio do município as vias e pragas, os espaços livres e

as áreas destinadas a edifícios públicos e outros equipamentos urbanos,

constantes do projeto e do memorial descritivo". Essas áreas são repassadas

ao poder público e integram-se ao município, não se conservando no

patrimônio do loteador.

O loteador fará as obras necessárias de acordo com o cronograma

para execução das obras no loteamento, que pode ter duração máxima de dois

anos. As obras no loteamento incluem as vias de circulação, a demarcação dos

lotes, rede de esgotos, rede de distribuição de energia, abastecimento de água,

terraplenagem. As obras de melhoria são essenciais para que todo o

loteamento esteja em condições de uso.

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5. TERRAPLENAGEM

5.1 Atividades Preliminares

A técnica de execução de terraplenagem são as mesmas

independentemente do tipo de obra de engenharia a ser executada. Porem

para que seja feito o serviço é necessário que algumas etapas anteriores sejam

cumpridas.

As atividades preliminares são executadas em sequência ao longo

do trecho, vindo em seguida a execução da terraplenagem. Tem-se, portanto,

várias frentes de serviço simultâneas, cada uma executando uma tarefa

especifica.

5.1.1 Abertura e melhoria de caminhos de serviço

Essa etapa é realizada visando garantir o acesso seguro dos

equipamentos aos diversos cortes e aterros que venham a ser realizados.

Sendo está uma etapa é utilizada quando a obra ira ser realizada num território

não urbano, no caso para obras de rodovia e ferrovias.

5.1.2 Desmatamento, destocamento e limpeza

Após a locação de todo o terreno onde será feito a terraplenagem, o

primeiro serviço será o de desmatamento, destoca e limpeza. O serviço de

desmatamento consiste na retirada de toda a vegetação existente no território.

Após o desmatamento é necessário retirar todos os tocos de arvores, a limpeza

consiste na retirada de toda a camada de terra vegetal.

5.2 Execução de terraplenagem

Os serviços de terraplenagem são imprescindíveis em qualquer

empreendimento de construção civil. De forma geral, a terraplenagem é

conhecida como movimento de terra.

Segundo Ricardo e Cataline, (2007), terraplenagem é o conjunto de

operações necessárias a remoção do excesso de terra para locais onde esteja

em falta, tendo em vista um determinado projeto que vai vim a ser implantado.

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DNIT, (2010) define como sendo o conjunto de operações de

escavação, carga, transporte, descarga e compactação dos solos, aplicadas na

construção de terrenos e cortes, dando a superfície do terreno a forma

projetada para a construção.

Realizando um estudo sobre a execução desse tipo de atividade,

podemos observar que houveram grandes mudanças no que se diz respeito

aos equipamentos ulitizados. Antigamente, até meados do século XIX, os

serviços de terraplenagem eram realizados manualmente, através da utilização

de ferramentas tradicionais como pá e picareta, ou ainda com o emprego de

animais, que eram utilizados para o transporte de material. Esta terraplenagem

é conhecida como terraplenagem manual.

Diante do avanço tecnológico que ocorreu a partir da metade do

século XIX, surgiram as primeiras máquinas a vapor, possibilitando assim o

surgimento dos primeiros equipamentos mecanizados de terraplenagem. A

utilização dos equipamentos em obras de terraplenagem proporcionou grandes

benefícios aos gestores de obras no decorrer dos empreendimentos,

possibilitando uma redução significativa de custos com mão de obra (custos

como recrutamento de pessoal, transporte, alojamentos, alimentação, etc.). a

redução do uso de pessoas para a execução dessa atividade se deu pelo fato

do baixo rendimento do trabalho quando comparado a utilização de máquinas.

Outra grande diferença que veio com a substituição das máquinas,

foi a possibilidade de poder movimentar uma grande quantidade de material em

um tempo curto. Essa alta produtividade dos equipamentos mecanizados

possibilita a competitividade monetária com o modelo manual de

terraplenagem, compensando os altos investimentos na aquisição dos

equipamentos.

Nos dias de hoje não é viável que a execução da terraplanagem sem

a utilização de equipamentos mecanizados, equipamento estes que a medida

que ficam mais modernos se tornam mais indispensáveis.

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5.3 Classificação dos Materiais Escavados

Os Materiais escavados em terraplanagem são classificados em

função da dificuldade de escavação.

A classificação dos materiais de terraplenagem não é tarefa fácil,

ocorrendo frequentemente os três materiais em um mesmo corte, com

horizontes que não são muito bem definidos. Os materiais de 2º categoria são

o de maior dificuldade de classificação. Por exemplo: porcentagem do volume

de blocos de rocha, pois os mesmos estarão contidos em material de 1º

categoria; localização do horizonte entre rocha alterada, que necessitam do

uso esporádico de explosivos, e rocha sã, que necessita do uso contínuo de

explosivo.

5.3.1 Material de 1º categoria

Nesta categoria tem-se dois tipos de materiais:

Materiais escaváveis pela lamina de um trator de esteira.

Estão nesta categoria os solos normais, de predominância

argilosa, siltosa ou arenosa.

Os matacões (blocos de rocha) de até 1m³, que possam ser

facilmente carregados e transportados

5.3.2 Material de 2º categoria

Nesta categoria tem-se três tipos de materiais

Materiais que necessitam do uso do escarificador de um trator

de esteira para sua escavação, podendo, eventualmente ser

necessário o uso de explosivos. Estão nesta categoria os

solos sedimentares em processo adiantado de rochificação e

as rochas em processo adiantado de deteriorização.

Rochas com volumes superior a 1 m³, que necessitam de

fragmentação com explosivos para permitir o carregamento e

o transporte.

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5.3.3 Material de 3º categoria

Rochas sãs e duras, que precisam do uso continuo de

explosivos para serem escavadas.

5.4 Legislação Ambiental

Com a edição da Lei nº. 6.938/81, o Brasil passou a ter formalmente

uma Política Nacional do Meio Ambiente, uma espécie de marco legal para

todas as políticas públicas de meio ambiente a serem desenvolvidas pelos

entes federativos. Anteriormente a isso cada Estado ou Município tinha

autonomia para eleger as suas diretrizes políticas em relação ao meio

ambiente de forma independente, embora, na prática, poucos realmente

demonstrassem interesse pela temática (FARIAS, 2006).

As atividades humanas provocam alterações nos meio físico, biótico

e antrópico, as quais podem ser benéficas ou adversas. Tais alterações são

denominadas impactos ambientais (MOTA, 2010).

De acordo com a Resolução CONAMA nº. 001/1986, Art.1º,

considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades do meio,

sejam físicas, químicas ou biológicas, causada por qualquer forma de matéria

ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente.

Tais impactos podem ser diretos, quando se relacionam a uma

determinada ação inicial, ou indireto, quando decorre de uma consequência de

primeira ordem, sendo que uma ação pode desencadear uma cadeia de

impactos, uns decorrentes dos outros (MOTA, 2010).

Um empreendimento imobiliário ao interceptar um ecossistema

terrestre cria uma ruptura física em uma formação que exige continuidade,

quebrando a unidade característica do ecossistema além de provocar uma

migração obrigatória. Logo, têm-se como principais consequências ao

ecossistema a ruptura física, a interrupção de continuidade e a formação de

barreiras físicas (SENÇO, 2008).

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No diagnóstico ambiental devem ser caracterizadas duas áreas de

influência que devem estar presentes no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e

respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). As mesmas devem ser

caracterizadas quanto aos meios físico, biótico e socioeconômico (antrópico)

(BANDEIRA; FLORIANO, 2004).

5.5 COMPACTAÇÃO DOS SOLOS

Compactação do solo é a operação de reduzir os vazios desse solo

por meios mecânicos SENÇO (2007).

Os solos, para que possam ser utilizados nos aterros das obras de

terraplanagem, devem preencher certos requisitos, ou seja, certas

propriedades que melhoram o seu comportamento. Essas propriedades visam

principalmente:

Aumento da resistência de ruptura dos solos, sob ação de

cargas externas;

Redução de possíveis variações volumétricas;

Impermeabilização dos solos, resultante de um menor

números de vazios.

Já o aumento do atrito interno dependerá do atrito gerado entre as

partículas e do seu entrosamento, de forma que é fácil entender que a

aproximação dos grãos e do seu melhor arranjo são resultantes de um baixo

índice de vazios e de um teor de umidade adequado, que não cause o

distanciamento entre elas.

As variações de volume possíveis, isto, expansões ou contrações,

dependem diretamente do teor de umidade inicial. Quando se executa o aterro

com material úmido, haverá mais tarde a possibilidade de grande perda de

água por evaporação, favorecendo a contração que se manifesta através de

trincas, fissuras, etc. Ao contrário, quando se executa com solo muito seco,

haverá grande probabilidade de absorção de água e consequentemente

inchamento.

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A impermeabilização do solo do aterro, dependendo do seu

coeficiente de permeabilidade, diminui indiretamente com o índice de vazios,

isto é, quanto maior a redução deste, menor a permeabilidade.

5.6 Patologias decorrentes da terraplenagem

Apesar de justificativas quanto a dificuldades utilizadas no

desenvolvimento da atividade, o aterro jamais pode ser feito de forma

inadequadada. Seja qual for o volume de aterro, qual seja o solo do local e das

possibilidades de áreas de empréstimo (de onde se remove o solo), há um

procedimento executivo de engenharia civil geotécnica adequado, que

proporcionará economia e segurança.

Sem a devida aplicação dos conhecimentos geotécnicos na

execução destes aterros, muitos problemas poderão ocorrer, como

exemplificamos a seguir, recalques e afundamentos de piso, ruas, vias e

fundações; vazamentos de redes hidráulicas e sanitárias; deslizamento de

taludes.

5.6.1 Fundações sobre aterros

A execução de fundações em solo criado ou aterro constitui uma

fonte significativa de problemas, provocados pelos aspectos especiais do tema.

Os recalques de fundações assentes sobre aterros podem ter três

causas distintas (MILITITSKY, CONSOLI, SCHNAID, 2008): Deformação do

corpo do aterro, por causa de seu peso próprio; deformação do solo natural

localizado abaixo do aterro; nos casos de execução de aterros e carregamento

externo de lixões ou aterros sanitários.

5.6.2 Recalque do corpo do aterro

Recalques totais do corpo do aterro, causados pelo seu peso próprio

e/ou pelo seu peso próprio e/ou pelo carregamento provocado pela fundação,

ocorrem normalmente nos seguintes casos (MILITITSKY, CONSOLI,

SCHNAID, 2008): Quando a execução do aterro é feito sem a compactação ou

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sem a vibração; quando a disposição do solo por aterros hidráulicos; quando a

execução dos aterros tem a compactação deficiente devido a camadas muito

espessas, ou equipamento com capacidade inferior ao determinado tipo de

solo; quando se dá com materiais heterogêneos. (restos de construção e

troncos de árvores).

5.6.3 Aterro sobre solos moles

Aterros construídos sobre solos moles podem apresentar um

desempenho inadequado, na forma de ruptura ou magnitude dos recalques

(MILITITSKY, CONSOLI, SCHNAID 2008).

Os recalques definem o comportamento adequado ou não das

fundações. As patologias decorrentes de recalques ocorrem por um processo

gradual pelo qual, em argila saturada, observa-se uma redução de volume do

solo devido à compressão de esqueleto sólido, volume igual de água expulso

durante o processo. Tal fenômeno é denominado de adensamento e seu tempo

de duração é normalmente medido em anos (MILITITSKY, CONSOLI,

SCHNAID, 2008).

5.7 Casos especiais

São exemplos dessas ocorrências a influência da vegetação,

presença de solos colapsáveis ou expansivos, materiais cáusticos, e a

presença de matacões ou regiões de mineração, que podem resultar em

patologias importantes e custos significativos de reparo. Outra possível

ocorrência é a de subsidência provocada pela extração de água ou

combustíveis fósseis do subsolo, que constituem casos especiais

(SCHREFLER e DELAGE, 2001 apud MILITITSK, CONSOLI, SCHNAID 2008)

5.7.1 Influência de vegetação

As raízes extraem agua do solo para manter seu crescimento,

modificando assim o teor de umidade do solo. Em solos argilosos as variações

de umidade do solo provoca mudanças volumétricas, consequentemente,

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qualquer fundação localizada na área afetada apresentará movimento e

provavelmente patologia da edificação por causa de recalques localizados.

(MILITITSKY, CONSOLI, SCHNAID, 2008).

5.7.2 Colapsidade

Outro problema é a ocorrência de solos com comportamento

especial, sensíveis a variações no grau de saturação do terreno. Nesta

classificação estão os solos colapsáveis.

O colapso ocorre por causa de um rearranjo das partículas, com

variações de volume, causado pelo aumento do grau de saturação do solo,

sendo dependente das seguintes condições (BARDEN ET AL., 1973 APUD

MILITITSKY, CONSOLI, SCHNAID 2008): Estrutura do solo parcialmente

saturada; tensões existentes para desenvolver o colapso; rompimento dos

agentes cimentados.

5.7.3 Expansibilidade

A presença de argilo-minerais expansivos em solos argilosos é

responsável por grandes variações de volume destes materiais, decorrentes de

mudanças do teor de umidade. Este tipo de comportamento provoca problemas

especialmente em fundações superficiais (MILITITSKY, CONSOLI, SCHNAID,

2008).

O controle de variações de umidade não é simples, uma vez que a

água pode ser deslocada vertical e horizontalmente abaixo das fundações

provocando mudanças nos níveis de sucção, e consequentemente de volume,

por movimentos alternados de expansão e compressão.variações sazonais no

nível do lençol freático, regime de chuvas e presença de vegetação podem

determinar a ocorrência de patologias (MILITITSKY, CONSOLI, SCHNAID

2008).

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6. CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

Para se ter uma melhor compreensão dos equipamentos utilizados

em uma obra de terraplenagem, foi dotado para o presente trabalho a

classificação adotada pelos autores Ricardo e Catalani (2007), sendo elas:

6.1 Unidades de Tração (tratores)

A unidade de tração é considerada a máquina matriz do

terraplenagem, pois é através de modificações e adaptações realizadas nesta,

que surgem novos equipamentos. Chama-se de trator, “a unidade autônoma

que executa a tração ou empurra outras máquinas e pode receber diversos

implementos destinados a diferentes tarefas.” (RICARDO e CATALANI, 2007).

Existem dois tipos de tratores, que se diferenciam entre si pelo

método de montagem, são os tratores de esteira (figura 2), montados sobre

esteiras, e os tratores pneumáticos (figura 3), que são montados em pneus.

A escolha da unidade tratora mais adequada deve ser feita

considerando-se as condições particulares de cada situação, objetivando

melhorias no serviço a ser desenvolvido.

Figura 2 Fonte: arquivo do autor, trator montado em esteiras Cartepilla D4.

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Figura 3, Fonte: arquivo do autor, Trator montado sobre pneus, da marca valmet 110 com

grade de arrasto utilizada na obra.

6.2 Unidades escavo-empurradoras

Estas unidades consistem em tratores, de rodas ou esteiras,

adaptados com uma lâmina frontal que os transformam em unidades capazes

de combinar tarefas de escavar e empurrar o material acumulado, daí a

designação de “unidades escavo-empurradoras”. Os tratores que recebem a

implementação desta lâmina frontal são conhecidos como tratores de lâmina

(figura 4) ou ainda como dolzers. Estas lâminas podem ser classificadas de

acordo com seu movimento realizado no momento da execução do serviço.

Existem também lâminas especiais, que são acopladas nas

unidades de tração com a finalidade de desempenhar outras atividades, como

por exemplo, empurrar outros equipamentos durante a execução do serviço

dos mesmos. Estas lâminas especiais são conhecidas como “placas” ou

“lâminas prato”, e os equipamentos incrementados por essas lâminas são

conhecidos como pushers, e têm como finalidade principal empurrar outros

equipamentos.

Além da capacidade de empurrar outros equipamentos, os tratores

de lâminas desenvolvem outras tarefas de terraplenagem, destacando-se:

Desmatamento e limpeza do terreno;

Abertura de caminhos de serviço;

Escavação e transporte do material no aterro;

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Espalhamento de material no aterro;

Acabamento de taludes e corte.

Figura 4, Fonte CARTERPILLAR (2013) trator com lamina U.

6.3 Unidades Escavo-transportadoras

As unidades escavo-transportadoras são as que escavam, carregam

e transportam e descarregam materiais a pequenas e médias distâncias.

Segundo Ricardo e Catalani (2007), as unidades escavo-

transportadoras classificam-se em dois tipos básicos: o scraper rebocado

(figura 5) e o scraper automotriz, também conhecido como motoscraper. (figura

6) Ambos apresentam a mesma a função, diferenciando-se entre si pela

necessidade ou não de serem rebocados por outros equipamentos.

Figura 5, Fonte: AGATTACH (2014) Scraper rebocado por trator de pneus.

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Figura 6, Fonte: CARTEPILLAR (2013) Motoscraper.

6.4 Unidades escavo-carregadoras

São unidades que escavam e carregam o material em outro

equipamento, que é responsável pelo transporte desse material até o destino

final de descarga. Estas máquinas podem ser representadas por dois tipos, as

carregadeiras e as escavadeiras. Ambos executam as mesmas operações de

escavação e carga, porém, apresentam algumas diferenças que analisaremos

a seguir.

6.4.1 Carregadeiras

Também conhecidas como pás-carregadeiras (figura 7), as

carregadeiras consistem em tratores, podendo ser de esteira ou de pneus, que

são adaptados com uma caçamba frontal por meio de dois braços laterais de

levantamento, por sua vez, acionados por comandos hidráulicos.

6.4.2 Escavadeiras

Também denominadas pás-mecânicas, as escavadeiras (figura 8)

consistem em um equipamento que trabalha parado, ou seja, sem

movimentação horizontal, apresentando apenas movimentos de rotação em

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torno do seu eixo. Assim como as carregadeiras, as escavadeiras podem ser

montadas sobre esteiras ou pneumáticos, trazendo para cada tipo, todas as

vantagens e desvantagens desses dois meios de montagem dos equipamentos

de terraplenagem, já analisadas no presente trabalho.

Figura 7, Fonte: CARTEPILLAR (2013) pá carregadeira de esteira.

Figura 8, fonte: CARTERPILLAR (2013) escavadeira.

6.5 Unidades aplanadoras

Também conhecidos como motoniveladoras (figura 9) ou patrol, as

unidades aplainadoras são equipamentos especialmente dedicados ao

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acabamento final da terraplenagem, isto é, aos ajustes finais realizados para

adequar o terreno às especificações de cotas exigidas no projeto.

Como principal característica, as unidades aplainadoras apresentam

grande mobilidade da lâmina de corte, o que possibilita uma diversidade de

posições de trabalho que ela pode assumir com a finalidade de realizar

diferentes serviços. Os movimentos possíveis da lâmina permitem ao operador

do equipamento modificar, por exemplo, o ângulo de ataque da lâmina sobre o

solo, ou ainda a altura da lâmina em relação ao solo.

Ricardo e Catalani (2007), Abram e Rocha (2009) e Barbosa (2012),

dentre as principais aplicações das motoniveladoras, destacam-se:

Realização de trabalhos de raspagens;

Espalhamento homogêneo de materiais;

Regularização de taludes;

Abertura de valetas de drenagem;

Remoção de vegetação rasteira.

Figura 9, Fonte: arquivo do autor, motoniveladora utilizada na regularização das camadas do material lançado.

6.6 Unidades de transporte

São unidades de transporte constituídas por uma caçamba metálica,

também conhecida como báscula, que é adaptada e montada sobre um

caminhão convencional. (Figura 10) São equipamentos destinados ao

transporte de solos e pedras, sendo que, no caso do transporte de pedras, a

caçamba deve ser reforçada por chapas de aço.

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Estas básculas possuem capacidade de volume variando entre 4,5

m³ a 6,0m³ e têm um sistema de funcionamento bem simples, baseado no

acionamento de pistões hidráulicos, que eleva a parte dianteira da caçamba,

permitindo por gravidade, a descarga do material através de uma abertura na

parte traseira. Já a operação de carregamento é realizada por outros

equipamentos, geralmente pelas carregadeiras mecânicas ou escavadeiras.

Para Abram e Rocha (2009) e Barbosa (2012), o uso dos caminhões

basculantes possui maior eficiência quando se tem distâncias de transporte

grandes, superiores a 1.000m.

Figura 10, Fonte: arquivo do autor, Caçamba utilizada no tranposte de material entre a jazidas e o local de trabalho.

6.7 Unidades compactadoras

Estas unidades destinam-se a execução da etapa de compactação,

que é o processo mecânico de adensamento do solo conferindo-lhe uma maior

estabilidade. São conhecidos como rolos compactadores ou, simplesmente,

compactadores.

6.7.1 Rolo pé-de-carneiro

Os rolos pé-de-carneiro (Figura 11) consistem de um tambor oco, no

qual se inserem saliências denominadas “patas”, daí a razão de como são

chamados. Estas saliências, penetrando na camada solta do solo, executam a

compactação de baixo para cima, até que, completado o adensamento,

praticamente não há mais penetração das patas.

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Este tipo de equipamento rolo compactador é utilizado na

compactação de solos finos e coesivos, argilosos ou siltosos (RICARDO e

CATALANI, 2007).

Figura 11, Fonte: CARTERPILLAR (2013) rolo compactador "pé-de-carneiro".

6.7.2 Rolo de pneu

Os rolos compactadores de pneus (Figura 12) são constituídos por

uma plataforma metálica apoiada em dois eixos com pneumáticos, sendo que,

o número de pneus em cada eixo é variável. A montagem dos pneus nos eixos

é feita de forma que os pneus dianteiros não fiquem alinhados com os pneus

traseiros, de forma que estes cubram os espaços deixados por aqueles

(RICARDO e CATALANI, 2007).

Figura 12, fonte: CARTERPILLAR (2013) Rolo compactador pneumático,

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Segundo Abram e Rocha (2009), os compactadores com rolos

pneumáticos são apropriados para solos coesivos e arenosos. Já o DNIT

(2010), no seu Manual de Implantação Básica de Rodovia, afirma que os rolos

pneumáticos são um pouco mais versáteis, podendo ainda, serem utilizados

em solos mais grosseiros e nos serviços de pavimentação.

6.7.3 Rolo liso

Estes podem ser classificados como dois tipos, os estáticos e os

vibratórios (figura 13). Os rolos lisos vibratórios são utilizados em solos não

coesivos, ou seja, com baixa porcentagem de argila (arenosos) (ABRAM e

ROCHA, 2009 e BARBOSA, 2012).

Estes compactadores constam de rolos lisos, com um motor

vibratório que provoca vibrações de certa frequência e amplitude, que se

propagam pelo tambor até o terreno, permitindo aplicar ao solo determinada

quantidade de golpes por um intervalo de tempo.

Os rolos lisos estáticos possuem pouca aplicabilidade em serviços

de terraplenagem. Sendo o efeito de compactação dado de cima para baixo,

provocando, em certos casos, o aparecimento de uma camada superficial

compactada, porém deixando a parte mais profunda parcialmente solta (DNIT,

2010).

Figura 13, Fonte: arquivo do autor, rolo compactador Liso,.

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7. METODOLOGIA

Este trabalho tem como objetivo mostrar a utilização apropriada dos

dispositivos de terraplanagem na construção das ruas do condomínio, Cidade

Kariris. Avaliando a ação do fluxo de veículos na estrutura pavimentada,

relatando opiniões, possíveis soluções nos casos de drenagem adequada a

cada tipo de solo, e relacionados diretamente a processos que envolvem um

projeto de terraplenagem.

E para isso o trabalho se desenvolveu de acordo com as seguintes

etapas:

Caracterização do estudo de caso;

Acompanhar a execução da obra in loco;

7.1 Uso de topografia em obras civis

7.1.1 A Função da topografia na obra civil

A topografia tem como função principal delimitar as concordâncias

do prédio, e estabelecer as diretrizes do projeto executivo para poder realizar,

posteriormente a marcação, do terreno e as partes primordiais de início das

obras que é a escavação com a determinação de níveis e gabaritos.

7.2 Caracterização do estudo de caso

7.2.1 A empresa

A empresa que realizou a terraplanagem da obra de estudo de caso

foi a VITTERRA (figura 14) uma empresa que atua em atividades relacionadas

a construção civil, localizada na avenida Leão Sampaio nº 3705, Bairro Mata na

cidade e Barbalha-Ce, que executou toda a terraplanagem do condomínio

Cidades Kariris. O engenheiro responsável pela obra é o Rafael Martins.

Já os serviços topográficos foram realizado pelo aluno Wellington

Cortez de Alencar do curso de tecnologia da construção civil, com habilitação

em topografia e estradas, matricula de número 20102102688, obedecendo o

projeto elaborado pela empresa total topografia, localizado na rua: Porteiras nº

132 bairro Bulandeiras, também em Barbalha-CE, sendo o responsável técnico

pelo projeto o tecnólogo Robson Cortez Lucena com CREA RN: 060282014-6.

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Figura 14, Fonte: arquivo do autor. Empresa que estar executando a terraplanagem da obra.

7.2.2 O empreendimento

A terraplanagem que foi escolhida como estudo de caso, é a de um

condomínio na cidade de Juazeiro do Norte, o Cidades Kariris esses tipos de

empreendimentos ditos como “condomínios residenciais” são regulamentados

pela lei 4591/64 onde tudo que está dentro da área do projeto é área privada. E

no Código Civil (Lei 10.406/2002), os artigos 1314 a 1326, nos quais a figura do

condomínio tem como característica básica o fracionamento da gleba em

partes ideais. O proprietário tem a obrigação de participar com as despesas de

conservação das áreas comuns e é permitida a barreira física, onde a

autorização para a entrada é dada pelos proprietários.

O condomínio cidades Kariris estar situado na Rua José Cardoso

Alcântara Nº 55, no bairro cidade universitário em Juazeiro do Norte, a planta

do mesmo pode ser observado no anexo 2 deste trabalho.

7.2.3 Juazeiro do Norte

Juazeiro do Norte é uma cidade do estado do Ceará. O município se

localiza na Região Metropolitana do Cariri no sul do estado, a 491 km da

capital, Fortaleza Sua área é de 248,832 km², a uma altitude média de 377

metros. A população do município em 2013, segundo a estimativa do IBGE, é

de 261 289 habitantes, que o torna o terceiro mais populoso do Ceará, a maior

do interior cearense e a 102ª do Brasil.

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A taxa de urbanização é de 95,3%. Juazeiro cresceu de forma

desordenada devido ao progresso rápido, em especial o Centro da cidade que

passou por rápidas transformações sendo poucos os prédios antigos

preservados. A arquitetura antiga ainda conta com a antiga Estação

Ferroviária, localizada na Praça dos Ourives; a Coluna da Hora, destaque

central da Praça Padre Cícero; O casarão da Família Bezerra de Menezes, e

dois casarões pertencentes ao Padre Cícero, onde atualmente funcionam

museus dedicados ao sacerdote.

A arquitetura moderna conta com um rápido processo de

verticalização. O urbanismo é limitado nas áreas já ocupadas, mas algumas

ruas ao longo dos últimos anos foram alargadas. Os bairros mais distantes e

planejados recentemente contam com avenidas largas ainda em

desenvolvimento. O parque Ecológico das Timbaúbas faz parte deste contexto

urbanístico com a preservação ambiental em perímetro urbano numa área

detentora de importante manancial hídrico, entretanto poluído por falta de uma

boa rede de esgotos. Tal área é conhecida como Várzea das Timbaúbas,

entretanto seu espaço preserva apenas pequena parte da área total desta

várzea.

7.3 Execução da terraplanagem

Após a realização dos serviços preliminares como o reconhecimento

da área, foi feita uma limpeza em torno de todo o terreno que seria levantado,

após essa etapa, ocorreu a implantação dos marcos para o levantamento

topográfico, levantamento planialtimétrico.

No dia 02/12/14, foi dado início aos serviços de levantamento

topográficos em uma área localizada na zona urbana da cidade de Juazeiro do

Norte, todos, os equipamentos utilizados são de alta precisão, estação total

Topcon CTS-3000 series (figura 15) precisão de 9 segundos e para leitura

direta de 1 segundo, a mesma tem um alcança de dois mil metros utilizando um

prisma, e de dois mil e setecentos metros, utilizando três prismas, precisão

linear de 3 mm + 3ppm, memoria de 8 mil pontos com todos os atributos, ou 16

mil pontos de coordenadas, ela define até 30 arquivos de obras separados por

arquivos. E GPS geodésico de marca CHC X900 e RTK. (figura 16), precisão

horizontal “10mm + 1ppm” RMS, e vertical de “20mm + 1ppm” RMS, com

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tempo de 10 segundos. Todos os serviços tiveram suas etapas definidas das

seguintes forma, primeiro foi feito o levantamento da área com os

equipamentos já citados acima, depois foram feitos os cálculos de todo o

levantamento, através de programas específico exemplos: Auto CAD e

topograph , com os quais conseguimos agilizar com precisão os desenhos

das plantas para que sejam encaminhadas ao engenheiro , para que seja

projetado de terraplanagem de acordo com as curvas de nível encontrada no

terreno, e para melhor aproveitamento da área levantada. Este foi um projeto

que foi acompanhado em todas suas etapas, inclusive há execução da

terraplenagem das alamedas, (Figuras 17, 18 e 19) nas quais foram utilizados

equipamentos como moto niveladora, trator de esteira, retro escavadeira,

caçambas, pipa (figura 20) e rolo compactador, todos os equipamentos

estavam sendo operados ou guiados por profissionais da área. As locações de

quadras e lotes, foram feitas através do sistema de coordenadas, pois este é o

sistema que nos dá uma alta precisão, no tocante a distância linear e angular.

Figura 15, Fonte arquivo do autor, utilização da estação total na obra.

.

Figura 16, Fonte: arquivo do autor, GPS geodésico

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Figura 17, Fonte: arquivo do autor, regularização da rua.

Figura 18, Fonte: arquivo do autor. Estaqueamento e demarcação do offset da rua.

Figura 19, Fonte: arquivo do autor, rua com a terraplanagem pronta pra receber a camada de asfalto.

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Figura 20, Fonte: arquivo do autor. Pipa utilizado na obra.

Todos os equipamentos aqui citados são indispensáveis, o pipa por

exemplo, tem a função de deixar o solo que estar sendo compactado na

umidade ótima, para que a compactação do material fique boa. A tabela

geométrica dos volumes dos materiais utilizados na obra pode ser vista no

anexo 1, deste trabalho.

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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

8.1 Conclusões

Após o término deste trabalho ficou claro como é fundamental a

execução da terraplanagem para o desenvolvimento das próximas frentes de

trabalho de qualquer que seja a obra.

Com isso a qualidade desses serviços devem ser as melhores

possíveis, pois as informações colhidas em campo devem corresponder

exatamente ao que precisa ser alterado no terreno, para isso é importante o

uso de aparelhos de alta precisão, como estações totais, níveis e demais

equipamentos citados no decorrer desse trabalho.

Com o uso de equipamentos de melhor precisão é menos provável

que as informações coletadas em campo sejam projetadas de forma errada,

principalmente para obras de grande porte, os equipamentos menos precisos,

não precisão ser descartados, mais reservados para quando o levantamento a

ser feito se trate de uma obra pequena.

Na fase de terraplanagem do terreno o cuidado é o mesmo,

nenhuma etapa deve ser menosprezada, ou realizada de maneira irregular, o

não cumprimento de alguma destas pode acarretar em danos difíceis de ser

reparados. Neste trabalho foi apresentado os principais tipos de equipamentos

utilizados em obras de terraplanagem em geral, e especificado os

equipamentos utilizados no estudo de caso, desde as maquinas de escavação

compactação, como também as mais delicadas utilizadas para marcação de

pontos como: estação total, nível e GPS, e suas aplicações nos diversos

serviços de obras de construção civil.

Ao termino desse trabalho pode ser observado que os objetivos

iniciais do mesmo foram alcançados, em especial no que se diz respeito ao

acompanhamento de uma obra de terraplanagem real, onde se pode confrontar

a teoria e a prática, onde pode ser observado que na obra do estudo de caso,

todas as etapas foram obedecidas e executadas de acordo com as normas.

Sendo assim concluímos que terraplanagem é o movimento de terra

necessário para que o terreno natural se molde para que assim fique adequado

a receber a posterior obra, sendo este um conjunto de operações sendo elas:

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escavação e transporte, disposição e compactação, resultando assim nos

cortes e aterros do projeto.

Tendo em vista a importância dessa atividade na construção civil,

fica apropriado propor sugestões para pesquisas futuras, estudos

aprofundados sobre a relação custo benefício em obras de terraplanagem.

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ANEXOS

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CORTE ATERRO

AVENIDA PROJETADA 01 1.921,33 m³ 2.881,67 m³ 800,814 m³ 3.203,257 m³ 2.288,041 m 16.016,287 m²RUA PROJETADA 01 131,85 m³ 59,33 m³ 50,267 m³ 201,067 m³ 182,788 m 1.005,334 m²RUA PROJETADA 02 224,927 m³ 83,98 m³ 61,855 m³ 247,42 m³ 224,927 m 1.237,099 m²RUA PROJETADA 03 185,68 m³ 79,82 m³ 61,84 m³ 247,36 m³ 224,873 m 1.236,802 m²RUA PROJETADA 04 171,55 m³ 70,68 m³ 52,398 m³ 209,592 m³ 190,538 m 1.047,959 m²RUA PROJETADA 05 83,66 m³ 59,02 m³ 40,059 m³ 160,235 m³ 145,668 m 801,174 m²RUA PROJETADA 06 334,97 m³ 1,17 m³ 34,924 m³ 139,698 m³ 126,998 m 698,489 m²RUA PROJETADA 07 194,56 m³ 3,61 m³ 34,924 m³ 139,698 m³ 126,998 m 698,489 m²RUA PROJETADA 08 245,46 m³ 2,04 m³ 34,938 m³ 139,754 m³ 127,049 m 698,77 m²RUA PROJETADA 09 52,26 m³ 2,04 m³ 40,269 m³ 161,075 m³ 146,432 m 805,376 m²RUA PROJETADA 10 72,57 m³ 103,49 m³ 44,711 m³ 178,844 m³ 162,585 m 894,218 m²RUA PROJETADA 11 68,31 m³ 39,63 m³ 46,973 m³ 187,892 m³ 170,811 m 939,461 m²RUA PROJETADA 12 62,74 m³ 96,11 m³ 53,625 m³ 214,5 m³ 195, m 1.072,5 m²RUA PROJETADA 13 60,66 m³ 23,92 m³ 30,907 m³ 123,627 m³ 112,388 m 618,134 m²RUA PROJETADA 14 62,96 m³ 43,72 m³ 36,443 m³ 145,771 m³ 132,519 m 728,855 m²RUA PROJETADA 15 83,52 m³ 66,96 m³ 38,121 m³ 152,482 m³ 138,62 m 762,41 m²RUA PROJETADA 16 127,34 m³ 226,89 m³ 39,991 m³ 159,963 m³ 145,421 m 799,816 m²RUA PROJETADA 17 81,49 m³ 593,55 m³ 44,121 m³ 176,484 m³ 160,44 m 882,42 m²RUA PROJETADA 18 238,44 m³ 58,6 m³ 42,221 m³ 168,885 m³ 153,532 m 844,426 m²RUA PROJETADA 19 85,33 m³ 40,82 m³ 33,97 m³ 135,88 m³ 123,527 m 679,399 m²RUA PROJETADA 20 37, m³ 253,75 m³ 19,804 m³ 79,214 m³ 72,013 m 396,072 m²TRAVESSA 01 18,94 m³ 76,16 m³ 24,563 m³ 98,252 m³ 39,817 m 491,26 m²TRAVESSA 02 20,52 m³ 43,71 m³ 25,209 m³ 100,835 m³ 42, m 504,173 m²TRAVESSA 03 47,33 m³ 5,85 m³ 25,214 m³ 100,855 m³ 42, m 504,276 m²TRAVESSA 04 43,14 m³ 31,93 m³ 25,207 m³ 100,83 m³ 42, m 504,149 m²TRAVESSA 05 89,37 m³ 2,41 m³ 24,615 m³ 98,461 m³ 39,817 m 492,303 m²TRAVESSA 06 , m³ 195,61 m³ 25,207 m³ 100,826 m³ 42, m 504,132 m²TRAVESSA 07 6,61 m³ 75,13 m³ 25,212 m³ 100,847 m³ 42, m 504,237 m²TRAVESSA 08 28,58 m³ 53,88 m³ 25,214 m³ 100,855 m³ 42, m 504,277 m²TRAVESSA 09 206,64 m³ 8,69 m³ 24,882 m³ 99,529 m³ 40,586 m 497,644 m²TRAVESSA 10 81,28 m³ 97,03 m³ 27,603 m³ 110,41 m³ 50,763 m 552,051 m²TRAVESSA 11 22,92 m³ 125,9 m³ 27,603 m³ 110,41 m³ 50,709 m 552,051 m²TRAVESSA 12 35,54 m³ 80,02 m³ 24,778 m³ 99,111 m³ 40,347 m 495,553 m²

Vol. Apurados ........................................................................ 5.127,477 m³ 5.587,12 m³ 1.948,48 m³ 7.793,918 m³ 5.865,207 m 38.969,592 m²

Volume de Corte Efetivo Útil..........................................................................................4.101,982 m³

Volume de Aterro + Sub Base ................................................ 5.587,12 m³

MATERIAL PARA USO DA CONFORMAÇÃO DE PASSEIO/QUADRAS -1.485,138 m³

COLCHÃO BASE AVENIDA RUA0,05 0,2 7 5,5

BASEAREIA

DO HORTOe= 0,20

TABELA GEOMÉTRICA DE QUANTIDADES

DESCRIÇÃO

Vol. Seções TranversaisCOLCHÃO

PÓ DE BRITAe= 0,05

EXTENSÃOARRUAMENTO

ÁREA APROXIMADADO PAVIMENTO

RESUMO DOS DADOS APURADOSRESUMO CUBAÇÃO PARA EXECUÇÃO OBS.:

CONSIDERADO 0,8% DO MATERIAL IN SITTU PARA O ATERRO

* Em seções de corte terá que ser tratado 15cm do fundo para dar suporte à base, a um grau de compactação de 100% PN;* Em Seção de aterro, antes de iniciar o aterro terá que ser efetuado o sêlo da plataforma umidecida, a última camada de 15cm terá que atingir um grau de compactação de 100% PN.

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24/30ROBSON CORTEZ

INDICADA

DETALHE RUASSEM ESCALA

DETALHE AVENIDASEM ESCALA

LEGENDA