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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT
DEPARTAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL
TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL: TOPOGRAFIA E ESTRADAS
TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO
ANÁLISE DO USO DE SISTEMAS DE CAPTAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE
ÁGUA DA CHUVA EM COMUNIDADE DO SEMIÁRIDO RURAL, POR MÉTODOS
SIMPLIFICADOS
ALUANA MIZAEL DE SOUZA SILVA
JUAZEIRO DO NORTE – CE
2018
ALUANA MIZAEL DE SOUZA SILVA
ANÁLISE DO USO DE SISTEMAS DE CAPTAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE
ÁGUA DA CHUVA EM COMUNIDADE DO SEMIÁRIDO RURAL POR MÉTODOS
SIMPLIFICADOS
Monografia apresentada ao Curso de
Tecnologia da Construção Civil com
habilitação em Topografia e Estradas da
Universidade Regional do Cariri - URCA,
como requisito parcial para obtenção do
grau de tecnólogo.
Orientador: Prof. Dr. Eliakim Martins
Araújo.
JUAZEIRO DO NORTE - CE
2018
ALUANA MIZAEL DE SOUZA SILVA
ANÁLISE DO USO DE SISTEMAS DE CAPTAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE
ÁGUA DA CHUVA EM COMUNIDADE DO SEMIÁRIDO RURAL, POR MÉTODOS
SIMPLIFICADOS
Monografia apresentada ao Curso de
Tecnologia da Construção Civil com
habilitação em Topografia e Estradas da
Universidade Regional do Cariri - URCA,
como requisito parcial para obtenção do
grau de tecnólogo.
Aprovada em ______ /_______ /_________
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________
Prof. Dr. Eliakim Martins Araújo (Orientador)
Universidade Regional do Cariri (URCA)
___________________________________________
Prof. Antonio Nobre Rabelo
Universidade Regional do Cariri (URCA)
___________________________________________
Prof. Dr. Renato, de Oliveira Fernandes
Universidade Regional do Cariri (URCA)
A minha mãe e ao meu irmão,
obrigada pelo amor de vocês
e principalmente obrigada por
toda luz e toda força
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente ao meu papai do céu, obrigada Senhor por tudo
o que o senhor tem planejado para minha vida, e também a minha família, mas em
especial a minha mãe, que sempre lutou por mim e junto comigo, sem o amor e
dedicação da senhora eu não teria conseguido chegar até aqui, ao meu irmão que
eu tanto admiro, admiro principalmente a sua coragem e força, que com certeza vêm
de Deus e também muito obrigada ao meu tio Luiz, a pessoa mais bondosa que já
conheci.
Agradeço ao meu orientador Eliakim Araújo, por ter aceito ser meu
orientador e por ter me conduzido nesse trabalho, agradeço também a alguns
colegas acadêmicos, e principalmente aos mais chegados.
E a parte mais linda de mim que são os meus amigos do Espinheiros,
vocês me deram combustível para eu chegar onde cheguei, amo muito todos vocês,
obrigada Gerônimo (GG), Karine, João Carlos, Silvinha, Cicero Sereno, Renan,
Gerusa, Danusia e ao William.
E por fim e não menos importante a melhor amiga que Deus poderia me
dar, Carol Oliveira, a pessoa que sempre esteve comigo e me ajudou na realização
desse trabalho, obrigada pela sua bondade, paciência, e alegria eu amo muito você.
Agradeço também ao meu namorado, Cicero Bruno, que esteve comigo e me apoiou
no que precisei. Agradeço com todo o meu coração a Aldevania, você nem imagina
o quanto me ajudou nessa minha caminhada se não fosse pela sua amizade e sua
bondade comigo eu não teria conseguido. E por fim, sem o amor de vocês eu nada
seria.
“Sei que dois e dois são quatro, sei que a
vida vale a pena, mesmo que o pão seja
caro e a liberdade pequena! ”
(Ferreira Gullar)
RESUMO
A escassez de água no Nordeste preocupa o ser humano, onde o índice
pluviométrico é inferior a 800mm de chuva ao ano, cujo índice é suficiente para
suprir as necessidades de um povo sertanejo que parte de sua colheita depende da
quantidade de chuva, sendo importante preservar a água da chuva, para que o
homem do campo não tenha tanta preocupação no período de estiagem. O
presente trabalho implica em um levantamento sobre captação e manejo de água
pluvial e manejo na comunidade do Sitio Espinheiro, no município de Aurora,
localizado ao sul do Ceará. A preocupação com recursos hídricos existe em todo o
mundo, e principalmente, no Nordeste do Brasil, fez com que os governantes e a
população se inteire mais sobre esse assunto e busquem formas de melhorias na
captação de água de chuva, e nesse assunto o governo Federal implantou um
milhão de cisternas no Nordeste brasileiro, inclusive na comunidade do Espinheiro,
Aurora-CE. Pensando na conscientização e na colaboração das famílias
beneficiadas pelo programa P1CM, esse projeto teve como desígnio de apurar como
as famílias estão se comportando com o manejo da água da chuva, sobre a
economia do recurso hídrico, para esta não venha faltar no período seco. Sobre a
criação de animais, a comunidade também é beneciado do programa P1+2, que é
rotulada como cisterna calçadão que serve para suprir as necessidades na
plantação da pequena agricultura familiar, e também para suprir as necessidades
dos animais, (suínos, caprinos, aves).
Palavra chave. Tecnologia de captação, Cisterna, convivência no sertão.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 01 Cisterna e sua área de captação ...............................................18
FIGURA 02 Mapa do Semiárido Brasileiro.....................................................22
FIGURA 03 Localização do Sitio Espinheiro Aurora – CE..............................23
FIGURA 04 Cisterna de Placa........................................................................24
FIGURA 05 Cisterna calçadão........................................................................24
FIGURA 06 Planta Irrigada da Cisterna Calçadão..........................................25
FIGURA 07 Percentual de quantas pessoas residem em cada residência….27
FIGURA 08 Percentual de residências com Cisterna na comunidade............27
FIGURA 09 Percentual do tipo de tecnologia..................................................28
FIGURA 10Percentual da quantidade da criação de animais.........................29
FIGURA 11 Percentual da água disponível para os animais..........................29
FIGURA 12 Percentual das atividades com a água da Cisterna....................30
FIGURA 13 Percentual de entrevistados se a água é suficiente na estiagem
..................................................................................................................... ...31
FIGURA 14 Percentual da disponibilidade de economia da água.................32
FIGURA 15 Percentual de outra tecnologia...................................................33
FIGURA 16 Percentual das tecnologias requeridas pela comunidade..........33
LISTA DE ABREVIATURAS
ANA - Agência Nacional de Águas
ASA - Articulação Semiárido Brasileiro
ASA - Articulação Semiárido Brasileiro
FIESP - Federação dos Industriais do Estado de São Paulo
IPECE - Instituto de Pesquisa no Ceará
ONU - Organizações das Nações Unidas
P1+2 - Programa Duas Águas
P1CM - Programa 1 Milhão de Cisternas
SUDENE - Superintendência do Desenvolvimento no Nordeste
SUMARIO
1. Introdução.............................................................................................................11
2. Objetivo.................................................................................................................13
2.1 Geral................................................................................................................ .....13
2.2. Específicos......................................................................................................... 13
3. ReferencialTeórico.............................................................................................. 14
3.1 Disponibilidade Hídrica....................................................................................... 14
3.2 Preservação da água ...................................................................................... ...15
3.1.3 Tecnologias Para Captação da água da chuva .............................................. 15
3.1.4 Parâmetros construtivos .................................................................................. 17
3.1.5 Políticas publicas sobre captação e manejo da ága de chuva..........................18
3.1.6 Convivencia no sertão ..................................................................................... 19
4.Metodologia........................................................................................................ ...21
4.1 Área de estudo ....................................................................................................21
4.2 Procedimentos de campo....................................................................................24
4.2.1 Levantamento de dados sobre a cisterna ........................................................ 24
4.1.2 Questionário sobre a coleta de dados...............................................................27 5. Resultados e Discussão......................................................................................29
6. Conclusão........................................................................................................... ..40
7. Referencias...........................................................................................................41
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1 INTRODUÇÃO
O Semiárido brasileiro ocupa 67% da região Nordeste, com área de
969.589,4 km², se estendendo do estado do Piauí ao Norte de Minas Gerais,
perfazendo 1.133 municípios. Sua delimitação tem por base três critérios técnicos,
os quais foram aplicados consistentemente a todos os municípios que pertencem à
área da Sudene, incluindo os municípios do norte de Minas Gerais (Brasil, 2005).
O semiárido brasileiro é refém da escassez de água potável, por possuir
características climáticas, econômicas e sociais peculiares, que dificultam o acesso
aos recursos hídricos, obstante um dos desafios é encontrar alternativas viáveis que
garantam o acesso digno à água de qualidade.
No Nordeste brasileiro as consequências da escassez hídrica são
notórias, as chuvas anuais variam entre os primeiros meses do ano, a precipitação
pluviométrica média anual é inferior a 800 milímetros, Índice de aridez de até 0,5
calculado pelo balanço hídrico que relaciona as precipitações e a evapotranspiração
potencial (SUDENE, 2003).
O Semiárido é uma região de precipitação pluviométrica cuja incerteza é
imposta por um nível considerado baixo. Assim, nesta região, a falta de água em
períodos de seca, tem sido há muito tempo um assunto de importância social,
econômica e política.
Pesquisas relacionadas a recursos hídricos indicam que sempre o ser
humano tem em vista a preocupação da captação da água da chuva para a sua
sobrevivência, já a algum tempo o assunto sobre a captação de água de chuva e
suas técnicas para armazená-la vem causando uma preocupação e discussões
mundiais, um aumento acerca do problema que preocupa as gerações atuais e
posteriormente futuras.
No Brasil, por exemplo, enquanto cerca de 80% da água existente
localiza-se na região Amazônica, onde vivem 5 % da população, o restante dos
recursos hídricos 20 % destina-se a abastecer 95% dos brasileiros. A situação é
mais grave na região Nordeste, onde a disponibilidade de água, por habitante é
menor. (ASA, 2010).
Para atenuar o problema da escassez hídrica, em muitos países incluindo
o Brasil, além de incentivarem programas de combates ao desperdício da água
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buscam a utilização de fontes alternativas de água, como o aproveitamento da água
das chuvas.
Na comunidade do Sitio Espinheiro, Aurora CE, há algumas políticas
públicas inseridas na comunidade, para melhor captação de água, como bombas de
água, o programa P1CM, do programa um milhão de cisternas, e pequenos
reservatórios de água.
A captação da água durante o período de chuva não é suficiente para
assegurar as necessidades do povo sertanejo, a temperatura influencia bastante na
evaporação da mesma, sendo mais um agravante que prejudica o armazenamento
de água.
Apesar da quantidade de tecnologias sociais, a comunidade ainda é muito
castigada e sofre nos períodos de seca com a falta de água para o uso doméstico e
subsistência dos animais, muita das vezes fazendo com que as famílias saiam de
seu lugar de origem para se aventurar em lugares diferentes, causando o êxodo
rural.
Esse trabalho tem por relevância abordar as captações de água de chuva
na comunidade do Sitio Espinheiro Aurora CE, e suas tecnologias já inseridas e
como a comunidade pode usufruir melhor dessas tecnologias para uma maior
segurança hídrica.
O Brasil, possui um grande percentual da água doce disponível no
mundo, entretanto, a distribuição no país é desigual em termos geográficos e
populacionais, o consumo de água a cada ano tende a aumentar, em decorrência do
uso na agricultura, na indústria e nas residências. (FREITAS; FREITAS, 2005).
Levando em consideração todos os fatores abordados, há uma
necessidade de promover uma intervenção no que diz respeito ao uso desordenado
dos recursos hídricos na comunidade do Sitio Espinheiro, Aurora CE, semiárido
brasileiro.
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2 OBJETIVOS
2.1 Geral
Apresentar a importância da captação de água de chuva em uma
comunidade do semiárido Nordestino, demonstrando a relevância do uso consciente
desse recurso a partir da aplicação de uma metodologia simples de análise.
2.2 Específicos
Apontar as tecnologias socias hídricas, identificando o tamanho de sua
área de captação e o tamanho das residências.
Avaliar a eficiência no uso da água na Comunidade do Sitio Espinheiro
Aurora CE, usando as tecnologias inseridas na mesma observando os
métodos de uso e do armazenamento da água.
Utilizar as políticas públicas já inseridas na comunidade com
responsabilidade e uso consciente, direcionando a água para as
principais atividades da agricultura familiar e para uso doméstico, não
sendo necessário o uso de água de outras regiões por meio de carro
pipa.
Aplicar questionário na comunidade, levantando os dados sobre o
manejo da água da cisterna e suas aplicações no cotidiano.
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3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Disponibilidade hídrica
O Brasil tem posição privilegiada no mundo, em relação à disponibilidade
de recursos hídricos. A vazão média anual dos rios em território brasileiro é de
cerca de 180 mil m³/s.. Esse valor corresponde a aproximadamente 12% da
disponibilidade mundial de recursos hídricos, que é de 1,5 milhão de m³/s
(SHIKLOMANOV et al., 2000).
Os brasileiros têm um dos maiores patrimônios hídricos do planeta,
entretanto, sua distribuição não é igualitária entre todos os estados. A região Norte
ocupa a maior parte dos recursos hídricos no pais, em contrapartida, a mesma
região é habitada pela menor quantidade de habitantes, em relação aos outros
estados, entretanto seus recursos hídricos não são compatíveis, principalmente na
região Nordeste, onde a população é relevante, em relação a quantidade de água
disponível.
O consumo de água no país divide-se da seguinte forma: 22% para uso
humano, 19% são destinados para as indústrias, e 59% para a agricultura (Manual
de Educação para o Consumo Sustentável, 2005). Como pode-se observar a
agricultura é o fator que mais consome água comparado as demais atividades
exercidas, sendo necessária uma intervenção diante desse dado.
SILVA et al. (2006), pontua que a preservação e o uso da água de
qualidade à população da região semiárida e a adoção dessa prática é facilitada
pela simplicidade de construção do sistema de captação e pela obtenção de
benefícios imediatos.
A disponibilidade dos recursos hídricos e seus métodos de captação e
armazenamento se faz necessária em alguns estados brasileiros, diante da
demanda por água, principalmente nos estados do Nordeste, onde a escassez se
mostra perceptível, sendo preciso inserir alternativas viáveis para esses ambientes
secos, fazendo com que a água seja usada para fins seguros de consumo humano e
animal.
15
Pensando nas dificuldades da obtenção dos recursos hídricos
disponíveis, cada vez mais as ideias de preservação e captação da água nos dias
atuais vêm ganhando força e se mostra uma atitude indispensável.
3.2 Preservação da água
A água influencia diretamente o nosso futuro, logo, precisamos mudar a
forma como avaliamos, gerenciamos e usamos esse recurso, em face da sempre
crescente demanda e da super exploração de nossas reservas subterrâneas (ONU,
2015).
O desperdício da água é um problema que merece destaque, a cobrança
pelo uso de recurso hídrico busca a diminuição do consumo da água ou a utilização
de forma consciente, a fim de evitar uma possível escassez deste recurso natural
essencial para a vida (MIRANDA, 2004).
É notável o uso desordenado desse recurso na atualidade e são vários os
fatores que denotam essa crise hídrica. Por isso é necessária a implementação de
métodos que possam auxiliar no manejo adequado das atividades que envolvam a
utilização desse recurso.
O consumo racional da água é uma atitude factível a todos os indivíduos,
a fim de que se evite a escassez deste bem essencial à vida. A água potável ou em
boas condições de uso pela população em atividades urbanas e rurais está em
decréscimo, por causa do uso inadequado deste recurso (SANTOS JÚNIOR et al.
2013).
Segundo Silva et al. (2006), a preservação e o uso das águas de chuvas
vêm se mostrando um importante alternativa para fornecer água de boa qualidade à
população da região semiárida e a adoção dessa prática é facilitada pela
simplicidade de construção do sistema e pela obtenção de benefícios imediatos.
Usando tecnologias de fácil acesso de instalação e de manuseio como as cisternas
do programa P1CM, sua simplicidade no manejo se enquadrou no modo de vida das
pessoas do campo.
No cenário em que as pessoas estão inseridas, se faz necessário o
acompanhamento e a orientação, sobre o uso responsável da água disponível para
o consumo, também conscientizando sobre a importância da preservação da água,
para futuramente não comprometer as necessidades das gerações.
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A utilização da água pluvial em regiões do semiárido já é uma técnica
consolidada e largamente utilizada, sendo que em áreas rurais a água pluvial pode
ser a única fonte acessível e o dimensionamento do sistema de captação utiliza o
princípio de coletar e armazenar a maior quantidade de água durante o período de
chuva para uso nos períodos de estiagem (ANDRADE NETO, 2004).
Em se tratando da coleta água no semiárido torna - se importante o
controle responsável, com ações que possam reduzir os gastos desnecessários,
fazendo um controle maior do consumo reduzido da água.
3.3 Tecnologias para captação de água de chuva
O aproveitamento de água de chuva, muitas vezes, é encarado como
sendo uma técnica bastante simples, barata, facilmente aplicável e que permite obter
água de boa qualidade (ZANELLA, 2012). A conservação da água está no Sertão
Nordestino sendo uma saída para a falta de água periódica, que causava problemas
no homem da roça, que precisa de subsídios para lidar com sua rotina, tanto na
agricultura, como em sua residência
As cisternas de placa padrão, que são usadas no P1MC têm capacidade
de 16 mil litros, e são feitas com placas de cimento, pré-moldados. Nelas toda a
água da chuva é captada através do telhado que desce pelas calhas e canos levam
até a cisterna (ASA, 2015).
As alternativas mais conhecidas e consagradas ao longo dos tempos são:
construção de açudes, construção de poços tubulares e amazonas, entre outros.
Existe também a alternativa básica de construção de cisternas para captação de
águas pluviais.
Essas tecnologias são de fácil acesso, geralmente implantadas a poucos
metros das residências fazendo com que o acesso seja simples, tornando um
complemento da água nas residências no sertão. Essas tecnologias estão sendo
uma alternativa eficiente para ajudar na segurança hídrica das famílias do semiárido.
Costa et al. (2007) cita que para manter uma boa qualidade da água da
chuva devem ser descartados no sistema de aproveitamento de águas pluviais os
primeiros milímetros de chuva, para que seja feita a limpeza do telhado devido à
elevada concentração de poluentes e matéria orgânica encontrados no mesmo.
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Do ponto de vista da FIESP/ CIESP (2004), a conservação da água (uso
racional) são práticas, técnicas e tecnologias que proporcionam a melhoria e a
eficácia do seu uso. As cisternas representam a solução de melhor custo-benefício
em relação a outras alternativas de combate à escassez de água na região (poços,
barragens subterrâneas). Do ponto de vista da segurança hídrica nos anos de seca,
é uma alternativa eficaz.
Andrade Neto (2004) afirma que apesar de milenar, a captação e
utilização de água de chuva, é uma tecnologia moderna quando associada a novos
conceitos e técnicas construtivas e de segurança sanitária.
3.4 Parâmetros construtivos
Segundo Cohime (2009) a construção de cisternas deve seguir os dados,
de um modo geral, os itens apontados a seguir:
Evitar construir o reservatório em um ponto demasiadamente afastado
da residência, para evitar longos trechos de tubos condutores,
causando dificuldade nas instalações e na condução da água do
telhado até a cisterna;
Superfície de captação (telhado área de contribuição); o tamanho dos
telhados está diretamente relacionado ao potencial da água captada da
chuva, que está sendo aproveitado pelas cisternas;
Calhas e Tubulações: utilizados para transportar a água da chuva
coletada para as cisternas, geralmente o material usado na
transposição das águas pelos canos são de PVC;
Reservatórios: são aterrados, sua capacidade de armazenamento de
água é de 16 mil litros, sua viabilidade econômica é acessível aos
padrões da construção da tecnologia;
Área de captação: A quantidade de água que poderá ser captada é
função da área disponível, sendo este um dos parâmetros necessários
para cálculo do reservatório;
Demanda: A quantidade e o tipo de demanda são fundamentais para
determinar o tamanho do reservatório. Vários fatores devem ser
18
observados: população residente, hábitos de usos e tipos de consumo
aos quais será destinada a água pluvial; A seguir está a demonstração
da cisterna e sua área de contribuição.
Figura 01. Foto da cisterna e sua área de contribuição
Fonte: O próprio autor (2018).
3.5 Políticas públicas sobre captação e manejo de água de chuva
Para uma melhor convivência com o sertão Nordestino o Governo Federal
implementou um milhão de cisternas, no programa água para todos no Nordeste.
Esse sistema de captação de água ajudou muitas famílias a conviver nos períodos
de estiagem com água armazenada em suas casas. Esse compromisso ficou
instituído pelo decreto 7.535 de 26 de junho de 2011, que reforçou a importância da
captação de água como meio de desenvolvimento.
O Governo Federal criou o programa de 1 milhão de cisternas (P1MC)
para a região semiárida do nordeste brasileiro. Este programa realizou um estudo,
levando em consideração uma precipitação pluviométrica de 400 mm, uma área de
telhado (captação) de 40 m² e que deveria atender a uma família de cinco pessoas.
O P1MC determinou que a cisterna a ser construída deveria ter capacidade para
armazenar 16 m³ (ANA, 2007).
19
O desenvolvimento de novas tecnologias se faz necessário, podendo ser
uma alternativa importante diante da demanda da água, cada vez maior, seja pelo
aumento do seu consumo de forma inadequada ou pelo seu desperdício.
(AUGUSTO et al., 2012).
Em resposta a problemática originada pela seca, algumas medidas vêm
sendo tomadas para amenizar os impactos desta, que tem levado a falta d’água por
lares brasileiros a fora, especialmente, no Semiárido nordestino, estando dentre,
estão a captação das águas das chuvas para consumo humano, durante o tempo de
escassez (ALVES et al., 2012).
A utilização de cisternas para a captação de água já é utilizada a mais de
2 mil anos; é uma forma simples e intuitiva de se armazenar água da chuva (CIRILO
et. al., 2010 apud GNADLINGER, 2000). O aprimoramento das tecnologias sociais
deve se fazer responsável pelos moradores das comunidades beneficiadas pelo
programa, ficando responsável por coletar a água, armazena – lá e ter um controle
no uso da água, para que não venha desperdiçar futuramente.
É consenso que as cisternas são as formas mais baratas e mais simples
de se obter água e, se tomado os devidos cuidados com a limpeza do telhado e das
calhas, haverá água de qualidade tanto para o consumo, quanto para a produção
durante o tempo de seca (CIRILO et. al., 2010).
3.6 Convivência no Sertão
A convivência com o semiárido, vem se caracterizando como uma
perspectiva cultural, orientadora de um desenvolvimento, cuja finalidade é a melhoria
das condições de vida e a promoção da cidadania, por meio de iniciativas
socioeconômicas e tecnológicas ambientalmente apropriadas (SILVA, 2006).
Para suprir a deficiência de água para diferentes usos no meio rural, como
consumo humano, animal e produção agrícola, diferentes alternativas tecnológicas
têm sido desenvolvidas ou adaptadas às condições, visando o armazenamento e
uso das águas de chuva.
No nordeste brasileiro a falta de água nos açudes, lagoas e nos rios, que
são temporários na região, e a salinidade das águas subterrâneas são
fatores que levam parte da população nordestina a utilizar a água da chuva
para suprir as necessidades de uso doméstico e das atividades na
20
agricultura, no semiárido nordestino, agricultores familiares tentando manter
o seu sustento na zona rural capta águas pluviais por meio das tecnologias
de baixo custo e garantem água para os animais domésticos e hortas
caseiras (CARDOSO, 2010).
Conforme evidencia Lima (2013), essa característica típica tem
contribuído para que grande contingente de população se deslocasse para os
centros urbanos, principalmente com destino aos estados de São Paulo e Rio de
Janeiro. Em resposta ao deslocamento da estrutura produtiva, a população passou
também a buscar fixação de residência, para onde a economia mostrava-se mais
dinamizada, alterando a composição territorial do país (NASCIMENTO; OLIVEIRA,
2015).
Onde antes a água potável era um problema que preocupava as pessoas
da zona rural, hoje as tecnologias hídricas se tornaram uma solução para a maioria
do povo nordestino, esse manejo de água é uma alternativa viável, econômica e
segura.
Não se faz mais necessário o sacrifício do deslocamento de quilômetros
para buscar água para fazer um café, cozinhar e beber” (ASA, 2015). O método de
captação de água é indispensável, visto que é usado e desenvolvido há muito tempo
por diversos países desenvolvidos e subdesenvolvidos.
Pensando em uma melhor convivência com o semiárido nordestino e suas
peculiaridades características da região, a criação de animais de pequeno porte, se
tornou mais fácil na região semiárida, usando-se das tecnologias sociais, pois esses
animais não necessitam de água em grandes quantidades para sobreviver, em
relação aos animais de maior porte.
O desenvolvimento de novas tecnologias se faz necessário, podendo ser
uma alternativa importante diante da demanda da água, cada vez maior, seja pelo
aumento do seu consumo de forma inadequada ou pelo seu desperdício.
(AUGUSTO et al., 2012)
21
4 METODOLOGIA
Para a realização desse trabalho, foram realizados instrumentos de coleta
documental, observações, análise de conteúdo contemplando pesquisa de artigos
científicos, também foi feito um esclarecimento educacional acerca dos assuntos
relacionados a gestão da água captada, além da aplicação de questionário.
4.1 Área de estudo
A região Nordeste ocupa 18,27% do território brasileiro, com uma área de
1.561.177,8 km². Deste total, 962.857,3 km² situam-se no Polígono das Secas,
conforme a Lei 175, abrangendo oitos Estados nordestinos – exceto o Maranhão – e
uma área de 121.490,9 km², em Minas Gerais. O Semiárido ocupa 841.260,9 km² de
área no Nordeste e outros 54.670,4 Km² em Minas Gerais, caracterizando-se por
apresentar reservas insuficientes de água em seus mananciais SUDENE (2003)
Como reflexo das condições climáticas dominantes de semiaridez, a
hidrografia é pobre, em seus amplos aspectos. As condições hídricas são
insuficientes para sustentar rios caudalosos que se mantenham perenes nos longos
períodos de ausência de precipitações. Constitui-se exceção o rio São Francisco,
devido às características hidrológicas que possui, as quais permitem a sua
sustentação durante o ano todo, o rio São Francisco adquire uma significação
especial para as populações ribeirinhas e da zona do Sertão (IBGE, 2005).
Segundo Brasil (2005) os conhecimentos acumulados sobre o clima permitem
concluir não ser a falta de chuvas a responsável pela oferta insuficiente de água na
região, mas sua má distribuição, associada a uma alta taxa de evapotranspiração,
que resulta no fenômeno da seca, a qual periodicamente assola a população da
região.
23
O município de Aurora é localizado no estado do Ceará, possuindo uma
área territorial de 885,8 km ², estando a uma distância de 358 km da capital. Possui
uma pluviosidade média de 884,9 mm, temperatura média de aproximadamente 27º
o período chuvoso de fevereiro a abril (IPECE, 2016).
A comunidade do Espinheiro Aurora - CE, abrange 108 famílias. Em
quase todas as casas tem uma cisterna de placa, totalizando na comunidade 92
cisternas de placa e cinco cisternas calçadão, como também tecnologias coletivas
como açudes, bomba de água, tendo as cisternas como financiadores o Programa
um milhão de cisternas (P1MC) parceria ASA e Ministério do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome (MDS).
Figura 03. Localização do Sitio Espinheiro, Aurora - CE
Localização do Sitio Espinheiro, Aurora - CE
Fonte: Google Earth (2018).
24
4.2 Procedimento de campo
A partir da realização de campanhas à área de estudo foi realizado
levantamentos dos dados das cisternas (área de captação) e das residências (área
de contribuição), triagem de fotos do local estudado e aplicação de questionário com
dez perguntas para obtenção de dados.
4.1.2 Levantamentos de dados sobre as cisternas
Para identificar as tecnologias sociais e sua implementação foram
levantados que, na comunidade estão implementados dois tipos distintos de
cisternas, uma domiciliar com 1,80 metros de altura e 10 metros de diâmetro, com
capacidade para a subsistência hídrica de uma família de no máximo cinco pessoas.
As cisternas de placa padrão que são usadas no P1MC têm capacidade
de 16 mil litros demostrado na figura 03, feitas com placas de cimento, pré-
moldados. Nessas cisternas toda a água da chuva é captada através do telhado que
desce pelas calhas e canos levam que conduz até a cisterna (ASA, 2015).
25
Figura 04. Cisterna de Placa.
Fonte: O próprio autor (2018).
O tamanho das residências na comunidade varia, e consequentemente
sua área de contribuição também, foi levantado o tamanho das casas e obteve-se os
seguintes dados, uma casa consideravelmente pequena com 45 m² casa media com
70 m², e casa grande com 200 m².
A cisterna calçadão figura 04, com capacidade armazenamento de 52 mil
litros com 1,80 m de altura e um diâmetro de 20 m, essa cisterna é planejada para a
captação de água da chuva, que escoa pela calçada e deságua na cisterna que faz
o armazenamento, na figura 05, a água da cisterna é mais utilizada para irrigação de
plantas.
26
Figura 05. Cisterna calçadão.
Fonte: O próprio autor (2018).
Figura 06. Cultivo utilizando água da Cisterna Calçadão
Fonte: O próprio autor (2018).
27
Como o volume de água é limitado, ressalta-se a importância se atentar a
alguns cuidados no manejo da água, como não utilizar a água para outras
finalidades, dimensionar adequadamente a quantidade de plantas para que não falte
água no período mais crítico, utilizar para dessedentação de animais.
4.2.1 Questionário sobre a coleta de dados
A pesquisa de campo foi feita na comunidade do Sitio Espinheiro, Aurora -
CE, a 20 km do município de Aurora, o questionário possui 10 (dez) perguntas, os
gráficos foram feitos de forma estruturada, onde o entrevistado respondeu
verbalmente sendo as respostas transcritas a ficha demonstrada abaixo.
Os resultados para cada item do questionário foram tabelados e
apresentados em forma de gráficos.
28
QUESTIONÁRIO APLICADO
QUANTAS PESSOAS RESIDEM?
______________________________________________________________
EM SUA RESIDÊNCIA TEM CISTERNA?
( ) SIM ( ) NÃO
QUAL O TIPO DE CISTERNA?
( ) CISTERNA DE PLACA (P1CM) ( ) CISTERNA CALÇADÃO(P1+2)
( ) OUTRA FONTE DE ÁGUA?
______________________________________________________________
CRIAÇÃO DE ANIMAIS: ( ) GRANDE PORTE ( ) PEQUENO PORTE
UTILIZA A AGUA PARA DAR DE BEBER A ESTES ANIMAIS?
( ) SIM ( ) NÃO
PRINCIPAIS ATIVIDADES DOMESTICAS ÚTILIZANDO A ÁGUA DAS
CISTERNAS?
( ) CONSUMO HUMANO ( ) COZINHAR ( ) LIMPEZA
( ) FORNECER AOS ANIMAIS ( ) AGUAR PLANTAS OUTRA FINALIDADE
_____________________________________________________________
A ÁGUA DAS CISTERNAS É SUFICIENTE PARA ABASTECIMENTO EM ÉPOCA
DE SECA?
( ) SIM ( ) NÃO
EM QUAL ATIVIDADE VOCÊ ACHA QUE PODERIA ECONOMIZAR A ÁGUA?
( ) CONSUMO HUMANO ( ) COZINHAR ( ) LIMPEZA
( ) FORNECER AOS ANIMAIS ( ) AGUAR PLANTAS ( ) OUTRA
FINALIDADE
_____________________________________________________________
SE HOUVESSE A POSSIBILIDADE, VOCÊ GOSTARIA DE TER OUTRA
CISTERNA?
( ) SIM ( ) NÃO
CASO SIM, QUAL TIPO? CASO NÃO? QUAL SERIA OUTRA ALTERNATIVA PARA
FORNECIMENTO DE ÁGUA?
____________________________________________________________
29
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nos gráficos 06, 07, estão apresentando os resultados das duas primeiras
perguntas coletados na comunidade relacionados ao questionário onde foi aplicado
na comunidade, com a participação dos moradores residentes na localidade do Sitio
Espinheiro Aurora-CE.
Gráfico 07. Percentuais de quantas pessoas residem em cada residência
Na coleta de dados 35% responderam que vivem 2 pessoas em cada
residência, 32% responderam que vivem 4 pessoas, 22% responderam que vivem 3
moradores, e enquanto que 10% responderam 5 ou mais pessoas.
0%
35%
23%
32%
10%
1 2 3 4 5 ou mais
30
Gráfico 08. Percentuais de residências com cisterna na comunidade
O gráfico representa que todas as pessoas que participaram do
questionário 100% responderam que tem cisterna em suas casas. O processo de
implementação da tecnologia na Comunidade do Espinheiro Aurora-CE, foi
desenvolvido no ano de 2005, pelo programa um milhão de cisternas. A tecnologia
A captação direta de água de chuva através de cisternas para o abastecimento
familiar rural difuso no semiárido brasileiro é uma alternativa viável, tanto do ponto
de vista tecnológico como econômico, e é socialmente desejável (ANDRADE NETO,
2014).
Gráfico 09. Percentuais do tipo de tecnologia
31
Todas as pessoas entrevistadas responderam que usam a cisterna de
placa (P1MC) figura 06, 9% usam a captação por poço, e 3% usa a cisterna
calçadão (P1+2). A comunidade é beneficiada com poço profundo que os moradores
também usam como uma forma de captação de água. Essa forma de conter água
sempre foi muito usada pelos moradores da comunidade.
Na figura 09 dos entrevistados oitenta e sete por cento, responderam que
criam animais de pequeno porte (galinhas, porcos, cabras), enquanto que 10%
afirmaram que criam animais de maior porte. A criação de pequenos animais se
torna mais viável do ponto de vista que eles consomem menos água do que os
animais de maior porte.
Figura 10. Percentuais da quantidade da criação de animais
32
Noventa por cento falaram que usam a água para dar de beber a esses
animais, e 10 % responderam que não usam da água da cisterna para
dessedentação de animais.
Figura 11. Percentuais da água disponível para os animais
O próximo gráfico refere-se à captação de água proveniente para os
animais é de poços existentes na comunidade. A figura 11 está apresentado o
destino dado à água da cisterna, aproximadamente 80,6 % fornece aos animais,
90,3 % utilizaram para cozinhar, 3,2% outros fins, e 93,5 % consumo humano, 29%
limpeza, 35,5% aguar plantas, contrariando as recomendações de uso, ao
preconizar, que a água da cisterna deve ser usada de forma consciente e gerida, por
conta da quantidade de água armazenada.
SIM 90%
NÃO10%
33
Figura 12. Percentual do uso da água captada.
Os sistemas de captação de água para múltiplos fins podem ser
realizados por meio da captação de água superficial e de água subterrânea, com a
utilização de pequenas barragens, poços e cisternas, entre outros (MARTINS, 2015).
No gráfico seguinte consta que os dados revelam que aproximadamente
97 % dos entrevistados consideram que a cisterna não promove a segurança
alimentar de suas famílias gráfico 12. A principal justificativa da maioria dos
entrevistados foi que a água da cisterna serve somente para fins, domésticos, devido
ao pequeno volume da cisterna, desta forma não abastece todo o período de seca.
0
5
10
15
20
25
30
CONSUMOHUMANO
COZINHAR LIMPEZA FORNECERAOS
ANIMAIS
AGUARPLANTAS
OUTRAFINALIDADE
34
Figura 13. Percentuais de entrevistados se a água é suficiente na estiagem
Pôde-se perceber que as famílias relataram que a água da cisterna é
insuficiente durante o período de estiagem, precisando usar outra fonte de captação
como poços profundos para suprir suas necessidades domésticas, consumo humano
e demais atividades, no gráfico seguinte discute-se sobre a economia de água na
comunidade estudada.
Os dados demonstrados a seguir em forma de gráficos demostram que
as atividades exercidas, 25,8% responderam que é usada para o consumo humano,
3,2% para cozinhar, 35,5% por limpeza, 9,7% dessedentação dos animais, 16,1%
regar-se plantas, 9,7 % para outra finalidade.
3%
97%
SIM NÃO
35
Figura 14. Percentuais da possibilidade de economia de água
Uma realidade e a necessidade evidente é a disponibilidade de outra
tecnologia de captação com capacidade de armazenamento destinado à produção
de agricultura familiar e também consumo doméstico.
Apesar da cisterna não promover segurança alimentar para a maioria das
famílias, todas alegam melhoria na qualidade de vida.
Figura 15. Percentuais da possibilidade de outra tecnologia
8
1
11
3
5
3
0
2
4
6
8
10
12
CONSUMOHUMANO
COZINHAR LIMPEZA FORNECERAOS ANIMAIS
AGUARPLANTAS
OUTRAFINALIDADE
29%
71%
SIM NÃO
36
A figura 14 demostra o percentual das tecnologias requeridas na
comunidade, onde 71% dos entrevistados responderam que gostariam de ter outra
cisterna em casa, e apenas 28% responderam que não. A água da cisterna de placa
com 16 mil litros não supre as necessidades de uma família durante o período de
estiagem, sendo necessária outra forma de captação, ou uma nova cisterna para
que a água seja suficiente durante todo o ano.
Figura 16. Percentuais das tecnologias requeridas pela comunidade
Quanto às melhorias a serem realizadas, 71% das famílias entrevistadas
acreditam que poderiam ser instaladas mais cisternas e poços profundos, para
ampliar a disponibilidade de água em tempo de escassez, não utilizando apenas
para consumo alimentar, mas também para outros fins voltados as atividades
cotidianas da vida rural.
Consta-se na pesquisa apurada na comunidade do Espinheiro Aurora -
CE, que a água da cisterna não é suficiente para as atividades domésticas e
consumo humano durante o período de estiagem, sendo necessário recorrer para
outro meio de captação de água, como poço profundo, esse método é usado em
coletividade entre as pessoas da comunidade. Alves (2016), reafirma em seu
trabalho sobre esses aspectos, onde a água captada não é suficiente para consumo
durante o período de estiagem.
2
3
4
1
2
C I S T E R N A C I S T E R N A C A L Ç A D Ã O
P O Ç O P R O F U N D O
T A N Q U E O Q U E J Á T E M É
S U F I C I E N T E
37
Cruz (2016), discorre sobre a utilização de cisternas como uma fonte
captadora de água e tanto uma solução para a problemática hídrica da região como
também uma facilitadora de desenvolvimento, visto que o tempo e energias gastos
com a procura de água muitas vezes exaustivos se tornam eliminados com a
presença da mesma, ganhando assim tempo para atividades diárias, como trabalho
em culturas alimentícias. Tal aspecto enquadra-se nos dados levantados neste
trabalho, onde os dados alcançados em campo abordaram esses aspectos
relacionados as dificuldades de encontrar água de boa qualidade no semiárido em
épocas de estiagem, com a política pública de captação de água, proporcionou-se
mais conforto as famílias do Semiárido em relação aos recursos hídricos.
Segundo o trabalho de Palmeira (2006), as famílias informaram que
estão abastecendo as cisternas com água de outras fontes quando não há água da
chuva, em seu trabalho 23% das famílias informaram que a água da chuva não dura
todo o período da estiagem, enquanto 18% disseram não saber se a água é
suficiente. Esses dados são similares aos coletados neste trabalho, pois mais da
metade das pessoas entrevistadas declararam que a água da cisterna de placa não
é suficiente para o período de estiagem, sendo necessário recorrer para outro meio
de captação de água.
Consta na pesquisa de Araújo (2009), que em muitos casos não existe
outra fonte de água no período seco, é essencial que a cisterna consiga armazenar
água suficiente para que a população consiga ter segurança alimentar até que o
próximo período chuvoso chegue. A cisterna é entendida como uma necessidade
básica e que antecede a qualquer outra iniciativa de desenvolvimento sustentável.
Sua pesquisa corresponde a aos dados levantados nesta pesquisa, onde a
necessidade pelo uso da cisterna é evidente, obstante a comunidade estudada
também dispõe de poços profundos que é usado no período de estiagem, se
tornando uma opção paliativa nos períodos mais preocupantes, ou seja, nos
períodos secos.
Sobre o trabalho de Santos (2008), o estudo aponta para a necessidade
de mais políticas públicas de orientação e formação, a fim de possibilitar maiores
avanços no aspecto organizativo, nas tecnologias sociais e produção agrícola sob
bases agroecológicas, fortalecendo o aspecto de convivência com a semiaridez.
Neste trabalho, referente a pesquisa levantada em campo as famílias deixaram
muito claro o anseio por outra forma de captação de água, ou até mesmo na
38
implementação de uma segunda cisterna de placa, onde a captação de água seria
mais eficiente, segundo os moradores da comunidade do Espinheiro, Aurora-CE.
Na comunidade a captação da água pluvial é geralmente utilizada para
consumo doméstico, dessedentação de animais e irrigação, dada a falta de outras
fontes.
No trabalho de Vieira et al., (2012), avaliação do questionário no bairro
Planalto Renascer, revelou que apenas 12,72% das residências armazenam água
da chuva destas 54,14% utilizavam como reservatório cisternas e 42,86% utilizavam
potes de barro ou reservatórios plásticos, A captação das águas de chuvas em
cisternas é uma ferramenta imprescindível para evitar a carência hídrica no
semiárido. Em controvérsia, no presente trabalho 91% das famílias beneficiadas do
programa P1CM, alegaram que fazem o armazenamento da água da chuva na
cisterna, enquanto que 9% armazena a água na cisterna por poços profundos. A
pratica de captação por poços profundos e usada em coletividade entre as pessoas
da comunidade.
Na pesquisa de Oliveira et al., (2013), pode-se evidenciar um ponto
similar referente nesta pesquisa quanto á falta de informação da população, pois
está ainda dispõe de um conhecimento baseado nos moldes tradicionais e de toda
forma, isto interfere diretamente no aproveitamento apropriado da cisterna de placas,
ou seja, na própria utilidade desta técnica.
No trabalho de Alves et al., (2006), as principais formas de consumo de
água são: regar plantas, higiene pessoal e fornecimento aos animais, em
contrapartida no presente trabalho foram obtidos dados de que a utilização da água
das cisternas está ligada ao consumo humano, cozinhar e limpeza.
Ainda no mesmo trabalho, Alves (2006), citou que cerca de 20% das
famílias não tinham nenhuma fonte de abastecimento de água antes das cisternas,
40% eram abastecidas por córregos (os córregos desta região são denominados
intermitentes, secando em época de estiagem), 20% por meio de represas e 20%
por meio de poços tubulares não profundos. Neste trabalho os resultados são
condizentes, onde antes das cisternas serem implementadas as famílias passavam
por sérios problemas hídricos, sem meios de onde encontrar água para os trabalhos
na vida cotidiana no campo.
Para Barbosa et al., (2010), conclui-se assim que, na junção das técnicas
para captação de água de chuva consegue-se manter tanto os processos diários
39
familiares, como os pequenos processos da agricultura e da pecuária, a água que foi
captada durante o período chuvoso for bem armazenada e bem distribuída durante o
período de seca. Tal pesquisa condiz com os dados apurados na análise desse
trabalho, parte dos moradores da comunidade dispõe da cisterna calçadão, que tem
por finalidade captar e armazenar a água da chuva, para suprir a sede dos animais e
auxiliar em regar as plantas da pequena agricultura familiar. O autor ainda ressalta
que a captação da água de chuva é um meio viável para se viver bem ao longo do
ano, na época da estiagem.
Este estudo evidencia aspectos semelhantes com a obra de Castilho et
al., (2015), onde discorre sobre ações que locais podem ter um efeito global, se
considerarmos o atingimento de resultados de longo prazo, inclusive de gerações
futuras.
Através do estudo de Lima (2009), conclui-se que apesar da estiagem, o
volume precipitado mesmo em um ano com baixo índice pluviométrico, é suficiente
para viabilizar a permanência da população na região semiárida, sendo assim a
construção de cisternas com capacidade para captar e armazenar 16.000 litros de
água de chuva é uma alternativa inteligente que garante o abastecimento de água
potável a população.
O autor ainda ressalta que a construção das cisternas de placas de
16.000 litros de água permite a captação e armazenamento de água que possibilita
garantia hídrica, a população além de proporcionar, à redução de problemas de
saúde relacionados com a falta de água, e incentiva à população do uso racional da
água, buscando uma melhor qualidade de vida no meio rural. Esses dados
enquadram-se no referente estudo, onde ressalta a importância da cisterna e como a
vida das pessoas melhoraram com o auxílio da água da cisterna nos períodos secos,
essa água sendo bem gerenciada pode gerar uma segurança hídrica ainda maior.
Para carvalho (2016), o estudo aponta para a necessidade de mais
políticas públicas de orientação e formação, a fim de possibilitar maiores avanços no
aspecto organizativo, nas tecnologias sociais e produção agrícola sob bases
agroecológicas, fortalecendo o aspecto de convivência com a semiaridez. Nesta
pesquisa observou-se que algumas famílias estão utilizando água da cisterna para
outras finalidades, além das preconizadas para a Ação (beber, cozinhar e escovar os
dentes), o que pode estar contribuindo para que a água da chuva acabe antes do
previsto e para que a cisterna passe a ser utilizada como reservatório.
40
No trabalho de Miranda (2011), faz-se imprescindível considerar que as
comunidades rurais possuem um arcabouço cultural que precisa ser conhecido,
avaliado e respeitado antes da inserção de qualquer projeto de educação, seja
ambiental ou de outra natureza.
Pode não ser a falta de chuvas a responsável pela oferta de água
insuficiente na região, mas a ausência de informações, meios, recursos e de
políticas públicas adequadas de apoio à população rural para captar, armazenar e
utilizar a água no período seco (SILVA et al., 2010).
41
7 CONCLUSÃO
Resultados mostram que as famílias ainda enfrentam um problema, tanto
da falta de água nos períodos mais críticos, como na forma de lidar adequadamente
com as tecnologias e sua forma de manejo, políticas públicas sobre educação de
uso dessas tecnologias tem que ser um dos focos principais para que esse método
aconteça e seja gerido da melhor maneira possível, com os resultados esperados
colhidos, pois o que se observa é que as famílias não lidam com a água
armazenada, devidamente, e muitas das vezes isso acontece por falta de
informações que faria com que essa tecnologia fosse melhor administrada.
A cisterna de 16.000 litros foi planejada para suprir as necessidades de
uma família de no máximo cinco pessoas, contudo a realidade do consumo em
período seco onde a demanda de água se torna maior, em muito dos casos a água
captada não é suficiente e não supre as necessidades de uma família, sem a devida
administração de economia evitando desperdícios e gastos dispensáveis.
A água da cisterna calçadão é planejada justamente para auxiliar as
famílias na pequena horta familiar, pois a água captada da chuva deve ser
gerenciada também para esses fins rurais, propiciando uma melhor convivência no
semiárido, pois as famílias têm um meio de gerirem sua colheita no período de
estiagem, tal método facilita a vida do agricultor nos períodos mais secos.
A água captada da cisterna tem que ser usada com responsabilidade e
controle, visando que no período da estiagem a situação hídrica se torna um tanto
crítica, e essa situação deva fazer com que as pessoas pratiquem o quanto antes
um método de economia de água.
Dentre a água coletada, parte dela seria de grande serventia a economia
relacionada ao uso no ambiente doméstico, fazendo algumas moderações nos
gastos domésticos, essa pratica viabiliza um melhor manejo da água captada, e os
moradores não necessitam, buscar água de outra localidade para suprir suas
necessidades no período de estiagem. Embora diante de alguns percalços, com a falta de esclarecimento e
melhorias na forma de manejo, as famílias se mostram muito alegres e satisfeitas
com as cisternas implementadas.
42
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