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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT DEPARTAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL: EDIFÍCIOS TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO SIMULAÇÃO DE PLANEJAMENTO EM UMA OBRA DE PEQUENO PORTE, NO MS PROJECT. MÁRCIO ALVES RAMOS JUAZEIRO DO NORTE, CE 2018

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT

DEPARTAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL: EDIFÍCIOS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO

SIMULAÇÃO DE PLANEJAMENTO EM UMA OBRA DE PEQUENO PORTE, NO

MS PROJECT.

MÁRCIO ALVES RAMOS

JUAZEIRO DO NORTE, CE

2018

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MÁRCIO ALVES RAMOS

SIMULAÇÃO DE PLANEJAMENTO EM UMA OBRA DE PEQUENO PORTE, NO

MS PROJECT.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Comissão Examinadora do Curso de Tecnologia de Construção Civil com habilitação em Edifícios, da Universidade Regional do Cariri – URCA, como requisito para conclusão de curso. Orientador: Orientador: Prof. Me. Jefferson Luiz Alves Marinho Co-orientador: Prof. Esp. Vangivaldo de Carvalho Filho

JUAZEIRO DO NORTE, CE

2018

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A minha família, razão de minha

existência. A Deus.

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Agradeço a meu orientador pela paciência

e grande ensinamentos.

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“...Não é a espécie mais forte que

sobrevive, nem a mais inteligente, é

aquela que melhor se adapta à

mudança....”

Charles Darwin

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RESUMO

Este estudo objetivou demostrar uma simulação de um planejamento de um galpão,

possibilitando o uso para profissionais e estudantes na área da construção civil, bem

como apresentação de técnicas especificas para a elaboração do planejamento,

apresentando planilhas e aplicando ao software de planejamento (MS Project). Para

tanto, foi utilizado como método de estudo, coleta de dados a pesquisa bibliográfica

aplicado ao um estudo de caso, utilizando os dados fornecidos pela empresa

responsável da construção do galpão. A partir da análise de dados foi possível

perceber a importância em planejar uma obra, pois o ganho em informação é muito

importante no desenvolvimento do projeto. O destaque principal é a previsão que o

profissional obtém em riscos, inconformidades e impactos positivos e negativos na

obra, lamentavelmente, o tempo é o maior problema para o planejamento, porque,

planejar requer um pouco de dedicação e isso faz com quer poucos o utilize, alegando

maior trabalho. Portanto, o estudo realizado ficou claro que o planejamento é uma

técnica que almeja organização obtendo resultados positivos com seus princípios. No

planejamento do galpão pode-se identificar os dias de início e término de cada

atividade, além do total de homens hora de trabalho e do custo total, possibilitando

uma visão mais ampla para o administrador.

Palavras-Chaves: Planejamento. Obras de Pequeno Porte. Galpão.

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LISTA DE SIGLAS

BDI: Benefício de Despesa Indireta;

EAP: Estrutura Analítica do Projeto;

PERT/CPM: Program Evaluation and Review Technique;

PMI: Project Management Institute;

WBS: Estrutura de Decomposição do Trabalho

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - EAP Analítica .............................................................................. .09

Figura 2 - Diagrama de rede ........................................................................ .13

Figura 3 - Exemplo de Caminho Crítico ........................................................14

Figura 4 - Tabela de Composição..................................................................17

Figura 5 - Planta Baixa do Galpão.................................................................22

Figura 6 - Cortes e Fachadas do Galpão.......................................................23

Figura 7 - Início do Projeto............................................................................ 25

Figura 8 - Período Útil ...................................................................................26

Figura 9 - Exemplo da EAP do Galpão .........................................................27

Figura 10 - Planilha de Duração e Dimensionamento de Equipes.................28

Figura 11 - Precedências da Pintura do Galpão............................................29

Figura 12 - Diagrama de Rede do Galpão.....................................................30

Figura 13 - Planilha de Recursos do Galpão..................................................31

Figura 14 - Orçamento do Galpão..................................................................31

Figura 15 - Atraso do Início do Piso Industrial................................................33

Figura 16 - Caminho Crítico............................................................................34

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Exemplo de Planilha de Produtividade..................................................10

Tabela 02 – Exemplo de Predecessoras....................................................................12

Tabela 03 – Exemplo de Cronograma de Gantt.........................................................15

Tabela 04 – Tipos de Recursos..................................................................................16

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SUMÁRIO

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1

1.1. JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 2

1.2. OBJETIVOS ........................................................................................................ 2 1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 2

1.2.2 Objetivos Específicos ..................................................................................... 3

2. PLANEJAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL ....................................................... 4

2.1 DEFICIÊNCIA DAS EMPRESAS .......................................................................... 5

2.2 ESTUDO DE VIABILIDADE DA OBRA, (PROJETOS) ......................................... 7

3. ESTUDO PARA O PLANEJAMENTO ................................................................... 8

3.2. IDENTIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES .................................................................. 8

3.3 DURAÇÃO ........................................................................................................... 9

3.3.1 DURAÇÃO – ESTIMATIVA PARAMÉTRICA .................................................. 10

3.4 PRECEDÊNCIA DAS ATIVIDADES ................................................................... 11

3.5 DIAGRAMA DE REDE ....................................................................................... 12

3.6 CRONOGRAMA ................................................................................................. 13 3.6.1 ELABORAÇÃO DO CRONOGRAMA ............................................................ 15

4. ORÇAMENTO DE OBRA, (COMPOSIÇÃO DE CUSTOS) ................................. 16

5. TECNOLOGIA E SEUS BENEFÍCIOS (MS PROJECT) ...................................... 18

6. METODOLOGIA .................................................................................................. 19

7. ESTUDO DE CASO ............................................................................................. 21

7.1 PROJETOS ARQUITETÔNICOS ....................................................................... 22

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7.2 SIMULAÇÃO DO PLANEJAMENTO DO GALPÃO ............................................ 25

8. RESULTADOS E DISCUSSÕES ......................................................................... 33

9. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 35

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 36

APÊNDICES ............................................................................................................ 39

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1. INTRODUÇÃO

As mudanças na indústria da construção civil, vêm passando por alterações

imprescindíveis, o aumento das obras e a crescente demanda de serviços multiplicam-

se as concorrências de mercado, com isso as empresas tentam evoluir buscando

novas técnicas para melhorar seus projetos e novas tecnologias para um

empreendimento mais lucrativo. A técnica de controle e planejamento é bastante

importante para um projeto, pois sem essa sistematização a empresa perde seus

principais indicadores: (prazo, custo e lucro).

Desta forma, o planejamento busca atrelar as necessidades que uma obra

necessita a engajar principais fatores de sucesso, capaz de desenvolver um sistema

de informações e conhecimento dos mais diversos tipos, que possa ser utilizado

posteriormente na construção. Com isso, as empresas tendem a diminuir prejuízos

com mão de obra e materiais, possibilitando um rendimento positivo.

Mesmo com o crescimento dos aparatos tecnológicos, dentro da cadeia

produtiva da construção civil, existem empresas que não estabelecem um

planejamento antes de iniciar uma obra, algumas por ausência de profissionais

qualificado, outras por não compreender a importância e os benefícios do

planejamento, acreditando que o conhecimento empírico de seus funcionários seja

suficiente para execução de algumas obras. esta última situação é bastante comum,

principalmente porque as empresas, normalmente, não costumam mensurar os

gastos decorrente de atrasos, desperdício de materiais, retrabalho e problemas com

mão de obra.

O objetivo desse trabalho é enfatizar a importância da gestão e do

planejamento de obra através de um estudo bibliográfico e da exemplificação,

demonstrada através de um estudo de caso feito em uma construção de um galpão.

Diante de um mercado altamente competitivo, se faz necessário utilizar a

técnica de planejamento, adquirindo credibilidade e a confiabilidade com seus

clientes, buscando-se destacar pela qualidade de seus serviços. Um dos meios de

diferenciação sem dúvida está na gestão da empresa voltada para o planejamento de

obra e detendo toda confiança no seu dia-a-dia. Assim as dificuldades e os imprevistos

tendem a diminuírem.

Esse trabalho de conclusão de curso estrutura-se em seis capítulos,

apresentando-se no primeiro a importância do planejamento, os conceitos e as

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deficiências que causam nas empresas. No segundo é mostrado as etapas do

planejamento baseado em vários autores. No terceiro é citado a importância da

composição de custo para o planejamento, pois é através da composição que se tem

o orçamento da obra. No quarto capítulo é feito uma breve explanação a respeito da

tecnologia na atualidade e o software MS-Project utilizado para facilitar o

planejamento. No quinto é mencionado a metodologia, e no sexto é caracterizado o

estudo de caso que é a simulação do planejamento de uma obra de um galpão através

de seus orçamento e composição de custo.

1.1. JUSTIFICATIVA

Devido as dificuldades de encontrar pessoas qualificadas, para a técnica

do planejamento, essa pesquisa busca através de estudo de caso, contribuir aos

estudantes e profissionais da construção civil, incentivando o controle de qualidade

através do planejamento.

O que impulsionou a realização deste trabalho, foi a enorme falta de

planejamento nas empresas, principalmente as de pequeno porte. Assim, veio a

intenção de apresentar de uma forma mais simplificada às etapas de um

planejamento, focado para estudantes e profissionais na área da construção civil,

como base em estudos bibliográfico, trabalhos científicos e aplicados em um estudo

de caso.

1.2. OBJETIVOS

Este tópico apresenta os objetivos geral e espécificos, necessários para o

desenvolvimento do presente trabalho.

1.2.1 Objetivo Geral

Apresentar simulação de planejamento de uma obra de pequeno porte

utilizando o software MS Project.

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1.2.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos são:

• Apresentar técnicas especificas de elaboração de planejamento;

• Elencar as etapas do planejamento;

• Elaborar um cronograma de Gantt através de um software de

planejamento (MS Project).

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2. PLANEJAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Através do planejamento é possível adquirir conhecimentos e habilidades

para alcançar uma margem de índice significativo no processo do trabalho de uma

obra, e prever acontecimentos para finalidades de organização e definir objetivos para

serem atingidos ao longo do prazo. Neste contexto, para Goldman (2004) fica claro

que o planejamento é um dos principais fatores de sucesso de uma empresa, capaz

de desenvolver um sistema de informações e conhecimentos dos mais diversos

setores e, posteriormente seja utilizado na construção civil. O mais preocupante,

contudo, é constatar que há empresas que não estabelecem o planejamento antes

de iniciar uma obra, pois falta profissional qualificado e muitos entendem que planejar

uma obra é desnecessário, e que seus conhecimentos empíricos já são bastante

eficazes, ocasionando atrasos, desperdício de materiais, refazimento de atividades e

problemas com mão de obra.

De acordo com Mattos (2010), pode-se dizer que o planejamento é uma

técnica importante para o gerenciamento de obra, que pode englobar orçamento,

compras e gestão de pessoas. Neste contexto, fica claro que ao planejar o gerente

dota a obra com ferramentas importantes para optar por suas ações para o

acompanhamento de seus serviços e providenciar em tempo hábil quando algum

desvio é detectado. Não é exagero afirmar que a deficiência do planejamento pode

ocasionar consequências desastrosas para uma obra, isso porque ao esquecer de

uma atividade pode ocasionar atrasos, aumentando os custos, e colocar seu serviço

em risco de sucesso.

É necessário, entender que para se obter êxito ao se executar uma obra,

deve-se realizar o planejamento. Mesmo assim, não são muitas obras que obtém

administradores que gerenciam com o planejamento, e esses tocam a obra com o

desenrolar do tempo. É sinal de que há, enfim, a dificuldade de encontrar profissionais

qualificados para esse setor. Conforme explicado acima, só poderá haver controle e

qualidade através do planejamento.

Para haver um controle em uma obra, é importante obter um planejamento.

Neste contexto, que Tozzi, Gallego e Tozzi, (2009) afirmam que a maioria dos atrasos

de uma obra são decorrentes de um mau planejamento e que sua falta pode ocasionar

riscos de atrasos nas atividades. O mais preocupante, contudo, é constatar que várias

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empresas não utilizam. Não é exagero afirmar que o autor deixa claro que é preciso

utilizar o planejamento antes de se iniciar qualquer serviço.

Segundo Mattos (2010, p. 1), “A deficiência do planejamento pode trazer

consequências desastrosas para uma obra e, por extensão, para a empresa que a

executa”.

É importante ressaltar que independentemente do tipo de obra faz-se

necessário fazer um planejamento, baseado nisso, as pequenas empresas devem

utilizarem como exemplo, as empresas bem-sucedidas, pois, essas empresas tem

uma grande margem de sucesso por causa de suas habilidades organizacionais

através do planejamento.

O planejamento é um processo dinâmico de suporte à tomadas de decisões mais adequadas e racionais, permitindo a previsão e avaliação de cursos de ação alternativos e futuros e a otimização do uso dos recursos de produção. O planejamento, para o nível empresarial, tem como objetivos o aumento da rentabilidade, minimização dos custos, melhoria da qualidade, aumento da participação no mercado, otimização de desempenho, aumento da produção e produtividade e atendimento ao interesse social. (SACOMANO, GUERRINI, et al., 2004, p. 90).

Nesse contexto, o planejamento serve para dar suporte nas tomadas de

decisões. Essa é a razão que mostra a otimização do uso dos recursos, tanto no

presente, como no futuro, concordando com os outros autores citados, dando ênfase

que o planejamento aumenta o desempenho da produtividade, diminuição de custos

e o aumento da qualidade.

Dessa forma, o planejamento é de suma importância tanto para um

profissional como para uma empresa. Essa, porém, é uma tarefa difícil, pois muitas

das empresas não encontram profissionais qualificados ou não aplicam a técnica do

planejamento. vê-se, pois, que sem o planejamento as empresas aos poucos perdem

credibilidade com seus clientes.

2.1 DEFICIÊNCIA DAS EMPRESAS

A carência do planejamento, é geralmente encontrado em obras de

pequeno e médio portes, em maioria, são por profissionais freelance ou pequenas

empresas. A escassez do planejamento nas obras se manifesta por várias maneiras.

Há construtores que planejam, mas o fazem inadequadamente, outros que planejam

bem, mas não coordena com controle, e há aqueles que trabalham na base da

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improvisação. Vê-se, pois, que ao mesmo tempo que algumas construtoras se

empenham para elaborar cronogramas detalhados e aplicarem programações

semanais de serviços, porém outras supõe que a bagagem de seus profissionais é

suficiente para garantir a execução do prazo e do orçamento (MATTOS, 2010).

Mattos (2010) ainda afirma que a deficiência do planejamento pode

ocasionar várias consequências para uma construção, principalmente para empresa

que a executa, os casos mais conhecidos são de atrasos de prazo, estouros de

orçamento, e descrédito por falta de certeza nos parâmetros, isso porque sua falta

deixa a empresa sem instrumentos lógicos para manusear seus critérios técnicos,

como, informações consistentes que garanta a transmissão das informações

É interessante, aliás, acrescentar que a falta de planejamento pode causar

baixa produtividade e baixa qualidade dos seus produtos. Nesse sentido não parece

haver razão para que as empresas trabalhem em improviso. Por todas essas razões,

fica patente enxergar que a falta de planejamento deixa muitas deficiências,

principalmente para as empresas.

Sendo a obra um sistema mutável e dinâmico, um planejamento pode virar letra morta rapidamente se não for atualizado. Planejamento sem controle não existe, o binômio é indissociável. se um dos objetivos do planejamento é minimizar as incertezas da obra, é preciso um mecanismo de apropriação de dados de campo que permita ao gerente avaliar se seu planejamento está sendo frutífero ou se é melhor replanejar a obra. (MATTOS, 2010, p. 26).

Nesse ritmo, é apenas questão de tempo, de pouco tempo, para que as

empresas percebam que é muito importante adquirir conhecimento no planejamento,

e que a falta de um simples planejamento pode ocasionar sérios riscos. Sendo assim,

não basta acreditar que um empreendimento seja ele uma construção ou não,

permanecerá lucrando, pois, sempre faltará algo para melhorar seus objetivos.

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2.2 ESTUDO DE VIABILIDADE DA OBRA, (PROJETOS)

Segundo Kahn (2003) o projeto é a caracterização de um empreendimento

temporário que busca resultados únicos, todo projeto busca uma meta a ser cumprida

em determinado prazo e dentro de um orçamento preestabelecido. Como bem

assegura Vargas (2016), o projeto é um empreendimento que não se repete,

caracterizando sequências lógicas, com início, meio e fim, que por fim é destinado a

atingir um objetivo claro e definido, conduzido por pessoas que tem os parâmetros

predefinidos de tempo, custo, recursos envolvidos e qualidade.

O projeto facilita um esforço temporário empreendido para criar um serviço ou resultado exclusivo. O projeto indica que tem um início e um término, que será alcançado quando seus objetivos forem atingidos. A maioria dos projetos são para criar resultados duradouro. (PMI, 2013, P.02).

O projeto permite, uma maneira de alcançar metas e objetos

organizacionais, frequentemente no contexto de um plano estratégico. Embora um

grupo de projetos em um programa possa ter benefícios distintos, ele também pode

contribuir para benefícios do programa, para os objetivos do portfólio, e para o plano

estratégico da organização.

Como se pode verificar, o projeto é aplicado em várias áreas e nesse

contexto é aplicado na construção civil. Evidentemente a aplicação pode ser utilizada

para alcançar os objetivos dos seus planos de ação.

O projeto é usado para traçar objetivos que se pretende alcançar, pode ser

ele um projeto dos diversos tipos como; planejar uma obra, identificar suas atividades

que serão construídas e traçar objetivos para que possam ser atingidos no decorrer

da obra. Cita-se, como exemplo, a construção civil há diversos tipos de projetos como:

projeto de infraestrutura, superestrutura, elétrico, hidráulico e acabamento.

Os projetos e seu gerenciamento são executados em um ambiente mais amplo que o do projeto propriamente dito. A compreensão deste contexto mais amplo ajuda a garantir que o trabalho seja conduzido em alinhamento com as metas e gerenciado de acordo com as práticas estabelecidas pela organização. Nesse sentido, o Projeto permite que cada empresa crie um plano de ação através dos seus projetos e atender às suas necessidades. Normalmente esses projetos é moldado em função do tipo de trabalho, como: a construção de um galpão (PMI, 2013, p.19).

Logo, é importante compreender que o projeto é uma forma de adquirir um

esforço temporário para criar um produto ou um objetivo para ser alcançado.

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3. ESTUDO PARA O PLANEJAMENTO

O planejamento segue roteiros bem definidos, que são elaborados por

ordem gradativa, obtendo o máximo de confiabilidade através de suas informações

coletadas. Além disso, é importante ter dados que possam estabelecer previsões do

empreendimento. Mattos (2010) traça o roteiro nos seguintes passos: identificação

das atividades, definição de duração, definição das precedências, montagem do

diagrama de rede, identificação do caminho critico, geração do cronograma e cálculo

de folgas.

3.2. IDENTIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES

O primeiro passo para o planejamento, é a identificação das atividades,

pois, com isso, será estruturado o cronograma da obra. A maneira mais adequada de

elaborar o escopo do projeto é por meio da implementação da EAP (Estrutura

Analítica do Projeto). "O processo de subdivisão das entregas e do trabalho do projeto

em componentes menores e de gerenciamento mais fácil.” (PMI, 2013, p. 535).

Para Mattos (2010), com a EAP o projeto se beneficiará de diversas

maneiras como: a ordenação lógica para a criação de uma matriz de trabalho

organizada, a permissão do agrupamento das atividades em famílias correlatas, além

disso, permite a facilidade da verificação final por outras pessoas, facilita a introdução

de novas atividades e facilita o trabalho de orçamento. Portanto, sem a utilização da

EAP, o planejamento não terá uma organização lógica para atribuir as atividades do

projeto.

A Figura 1 mostra a EAP no formato analítico de uma casa:

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Conforme é visto na figura 1, a estrutura que forma as atividades é a

analítica, que se subdivide em partes menores, que é chamado de decomposição, e

é a mais utilizada na construção civil. Vê-se, pois, que as atividades são elaboradas

de forma entrelaçada em relação as suas antecessoras, e esse formato são mais

utilizados em Software de planejamento, como o MS-Project. (XAVIER, VIVACQUA,

et al., 2014).

3.3 DURAÇÃO

O dimensionamento de tempo é uma das partes mais importante de um

planejamento, quando se tem as durações de todas as atividades com suas

sequências devidamente alinhadas, o cronograma começa a ganhar forma. A duração

das atividades é a quantidade que uma atividade leva para ser concluída, que pode

ser em horas, semanas ou meses. Xavier e Chueri, (2008) consolida que para estimar

a duração de uma atividade deve-se levantar os recursos físicos como; pessoas,

equipamento e materiais.

O processo de coleta de dados é a principal parte para ser ter a estimativa

da duração de uma atividade, e isso, depende muito de qual trabalho será feito, esse

Figura 1 - EAP Analítica Fonte: (MATTOS, 2010, p. 65)

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processo é muito comum para uma pessoa ou grupo que estiverem mais experiência

com o trabalho a ser executado (XAVIER, VIVACQUA, et al., 2014).

Segundo Mattos (2010), a duração irá depender da quantidade de serviço,

da produtividade e da quantidade de recursos alocados, exemplo:

Tabela 01 – Exemplo de Planilha de Produtividade

Fonte: (MATTOS, 2010, p. 91) Adaptado

Como é mostrado na tabela, para se obter a duração de uma atividade,

deve-se ter a quantidade de trabalho e dividir pela produtividade do trabalhador, que

nesse caso é o pedreiro, e depois multiplica para se obter os dias para conclusão da

atividade.

3.3.1 DURAÇÃO – ESTIMATIVA PARAMÉTRICA

Existem diversas maneiras para se estimar o tempo das atividades, a mais

usada por profissionais da construção civil é a paramétrica, que utiliza o conhecimento

de outras atividades para se basear. Como assegura Filho (2011) a estimativa

paramétrica, multiplica a quantidade de trabalho para ser realizado pelo tempo que

se deseja concluir para obter a quantidade de unidades para este trabalho.

De acordo com Mattos (2010) no planejamento de obra, é utilizado as

composições de custos unitário do orçamento, como fonte de fornecimento das

Planilha De Produtividade

Serviços Produtividade Produção/dia Quantidade Prazo

Alvenaria 1,88 m²/h 15,00 m²/dia 100 m² 6,67= 07 dias

Chapisco 2,5 m²/h 20,00 m²/dia 100 m² 5 dias

Emboço 2,5 m²/h 20,00 m²/dia 100 m² 5 dias

Reboco 2,5 m²/h 20,00 m²/dia 100 m² 5 dias

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durações. As composições são tabelas que contém os insumos dos serviços, com

seus respectivos índices (ou coeficiente de consumo).

Nas composições são encontrados os índices de cada insumo, que podem

ser expressos como unidade de trabalho (h/kg, h/m², min/un, dia/m³, semana/t etc).

Entretanto, a produtividade é o inverso do índice. A produtividade é definida como

taxa de produção de uma pessoa, que será o quanto que terá que trabalhar para um

determinado tempo (MATTOS 2010).

É evidente, que a composição de custo é de suma importância para o

levantamento paramétrico, assim, obtém-se as durações das atividades, e que cada

construtora possa criar sua própria composição de custo com base nas suas

experiencias, para se ter um maior acerto no índice de produtividade, pois cada obra

tem sua particularidade.

3.4 PRECEDÊNCIA DAS ATIVIDADES

Conforme Louzada, Borges, et al., (2006) para se estabelecer uma lógica

para a coordenação das atividades, é preciso determinar a sequência de cada

atividade em ordem em que ocorra a dependência existente entre elas, assim, serão

amarradas uma na outra formando-se uma corrente produzindo uma malha de

atividades, esse processo de sequenciamento das atividades requer a identificação e

documentar as dependências entre elas, para a elaboração de um planejamento

realista e viável.

Além das fases e etapas que compõem o cronograma, é visto como parte

do cronograma os marcos, que representam as finalizações de algumas fases do

planejamento, que são momentos específicos no tempo, pois, sua função é permitir o

controle do andamento do projeto (ORTH e PRIKLADNICKI, 2009).

Todas as atividades e marcos, com exceção do primeiro e do último, devem ser conectados a pelo menos um predecessor com uma relação lógica término para início ou início para início e a pelo menos um sucessor com uma relação lógica término para início ou término para término (PMI, 2013, p. 153).

Para MATTOS (2010), cada atividade é atribuída suas predecessoras

sucessivas, isto é, aquelas atividades que são necessárias para que outras possam

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ser desempenhadas, uma atividade só pode ser iniciada quando sua predecessora

tiver sido concluída (relação término-início).

Tabela 02 – Exemplo de Predecessoras Fonte: (MATTOS, 2010) Adaptado

Na tabela 02, mostra um exemplo de sequenciação, o chapisco só pode

começar depois da alvenaria, o emboço depois do chapisco, e por último será feito o

reboco. Portando, é muito importante conhecer as sequências das atividades, para

não haver erro no cronograma do planejamento.

3.5 DIAGRAMA DE REDE

Depois de ser criado o quadro de sequências com as durações de cada

atividade a próximo etapa é criar a representação gráfica, conhecido como diagrama

de rede, e o mais usado e a PERT (Program Evaluation and Review Te-chnique). O

diagrama de rede permite a demonstração das tarefas de um projeto em sua ordem

de execução, de maneira que se construa a conexão visual em que elas serão

trabalhadas (HELDMAN, 2005).

Como bem assegura Spinola, Berssanti & Lopes (2014), o diagrama de

rede ou de flechas é também conhecido como CPM (Critical Path Method - técnica de

caminho crítico) tem uma grande importância no gerenciamento de projeto para os

prazos, a PERT/CPM possibilita as relações lógicas de precedência, em um projeto

QUADRO DE SEQUENCIAÇÃO

ATIVIDADES DURAÇÃO PREDECESSORAS

A Alvenaria 7 dias -------------------------

B Chapisco 5 dias Alvenaria

C Emboço 5 dias Chapisco

D Reboco 5 dias Emboço

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tem inúmeras atividades para serem relacionadas nas sequências e transmitir o

caminho crítico.

A figura 2 mostra que a atividade inicial é a (A) que abre caminho para a

realização de B e C, que só poderão iniciar depois que A terminar. Já a atividade F

(40-60) só poderá começar quando D e E forem concluídas, no evento 40 só é

considerado atingido quando 30-40 D e 20-40 E tiverem sido concluídos, nesse

instante, 40-50 F e 40-60 I poderão começar... (MATTOS 2010). Como é visto nesse

exemplo pode-se identificar que as atividades têm uma ordem lógica para serem

executadas, uma só pode começar depois que outra ser concluída.

3.6 CRONOGRAMA

Quando concluído o diagrama de redes, é feito a montagem do

cronograma, que irá conter o caminho crítico, que demostra quais atividades não

podem ser atrasadas, pois, poderá ocasionar um atraso em todo o projeto. Já as

outras atividades fora do caminho crítico irão conter as folgas, que poderão ser

utilizadas para conclusão de atividades mais urgentes. Martins (2010) diz que o

primeiro passo do cronograma é identificar as flutuações e o caminho crítico, que é a

Figura 2 - Diagrama de rede

Fonte: (MATTOS 2010, p. 118.)

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duração mais longa do cronograma, e se houver um atraso nas atividades desse

caminho, provocará um atraso no projeto inteiro.

De acordo com PMI (2013) o caminho crítico consiste na sequência de

atividades que representa o caminho mais longo de um projeto, essas atividades que

produz o tempo mais longo é aquela que define o prazo total do projeto. Uma atividade

no caminho crítico não terá folga, ocasionando uma importância de termino na

mesma.

Para Mattos (2010):

• O caminho crítico une as atividades críticas;

• O caminho crítico é o caminho mais longo da rede;

• Qualquer atraso em uma atividade crítica atrasa o final do projeto;

• Para o projeto ser antecipado, é preciso reduzir a duração de alguma

atividade crítica;

• O prazo não se reduz por ganho de tempo em atividades não críticas.

Figura 3 - Exemplo de Caminho Crítico Fonte: (PMI, 2013, p. 117).

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No exemplo pode-se ver que o caminho crítico se formou pelas durações

mais longas, caminho A-C-D= 30 dias, já o caminho A-B-D=25 dias terá uma folga de

05 dias.

3.6.1 ELABORAÇÃO DO CRONOGRAMA

No cronograma constitui-se todas as atividades previstas no decorrer do

projeto. Geralmente, busca-se equilibrar a realização das atividades ao longo do

tempo, ou seja, evitando ter meses cheios de atividades e outros com poucas. O

produto final do planejamento é o cronograma, representado na forma de gráfico de

Gantt.

O cronograma organiza uma importante ferramenta de gestão, porque

apresenta de maneira simples de ser lida a posição de cada atividade ao longo do

tempo. MATTOS (2010).

ATIVIDADE DUR

(DIAS)

DIA

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

A Alvenaria 7

B Chapisco 5

C Emboço 5

D Reboco 5

Tabela 03 – Exemplo de Cronograma de Gantt Fonte: (MATTOS, 2010) Adaptado.

Nessa tabela encontra-se um exemplo simples de como se elabora um gráfico

de Gantt. Primeiramente identifica as atividades e as durações e representa em uma

tabela o início e fim de cada uma, a cor vermelha representa um caminho crítico.

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4. ORÇAMENTO DE OBRA, (COMPOSIÇÃO DE CUSTOS)

A maior preocupação das empresas são os custos dos seus serviços,

esses mesmos são obtidos através dos recursos, que podem ser de diversas

categorias. O nome dos recursos também é conhecido como insumos, que são tudo

aquilo utilizado na construção. Segundo Leão (2008, p. 13) "O custo é a parcela

fundamental da formação do preço, composto pelos insumos empregados na

obtenção do serviço ou na fabricação do produto".

Dá-se o nome de composição de custos ao processo de estabelecimento dos custos incorridos para a execução de um serviço ou atividade, individualizado por insumo e de acordo com certos requisitos pré-estabelecidos. A composição lista todos os insumos que entram na execução do serviço, com suas respectivas quantidades, e seus custos unitários e totais (MATTOS, 2006, p. 62).

Cada empresa deve ter sua própria composição de custos, pois, uma casa

não terá o mesmo valor sendo feita em outra região ou em outra cidade, por causa

que os recursos poderão variar de preço, como material e mão de obra. Os insumos

que uma obra precisar são de diversos tipos como visto na tabela abaixo:

Tabela 04 - Tipos de Recursos

Fonte: (MATTOS, 2010, p. 229)

“A alocação de recursos consiste na atribuição de recursos às diversas

atividades do planejamento, A alocação tanto é qualitativa (pedreiro, trator, perfil

metálico) quanto quantitativa (3 pedreiros, 2 tratores, 50 t de perfil metálico)”

(MATTOS, 2010, p 229).

A composição de custos é constituída de 05 colunas: insumo, unidade,

índice, custo unitário e custo total.

Segundo Mattos (2006):

CATEGORIA EXEMPLO

Mão de obra Pedreiro, Servente, Carpinteiro, eletricista

Material Concreto, Madeira, Ferro, Tijolos

Equipamento Betoneira, Retroescavadeira, Carro de Mão

Dinheiro Reais (R$)

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• Insumo - é material, mão-de-obra e equipamento que entram na

execução direta do serviço;

• Unidade - é a unidade de medida do insumo: Kg, m³, m², m, un, para

mão de obra é homem-hora e equipamento hora-máquina;

• Índice - é a incidência de cada insumo na execução de uma unidade do

serviço;

• Custo unitário - é o custo de aquisição ou emprego de uma unidade do

insumo;

• Custo total - é o custo total do insumo na composição de custos

unitários.

Para a execução de uma parede de bloco de concreto de 14x19x19cm, a

tabela demonstra quais insumos será preciso e a quantidade de cada um para se

fazer 1m² o valor unitário e o custo total, e ainda os encargos sociais e os Benefícios

de Despesas Indiretas (BDI), que será de 20% para todos os subtotais pela

construtora/administradora.

Figura 4 - Tabela de Composição

Fonte; (GIULIANO, 2011)

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5. TECNOLOGIA E SEUS BENEFÍCIOS (MS PROJECT)

As atuais empresas de construção civil estão preocupadas com a

qualidade dos seus serviços prestados, e buscam melhorias através da tecnologia

que possibilita a facilidade de execução de seus projetos. Para o planejamento de

obra não é diferente, os softwares utilizados para o planejamento são muito

produtivos, pois, ganha agilidade no processo e armazenamento de informações e

compartilhamento com equipes (PIMENTEL, 2008).

Conforme verificado por Salim, Kleinberger e Ferreira, (2013), as

ferramentas de planejamento organizam de forma sequencial ou em paralelo a lista

de tarefas necessárias para execução de qualquer projeto, atribuindo-lhes estimativas

de duração, custos unitários para horas trabalhadas ou materiais aplicados. Segundo

Martins (2010), a sistemática de gerenciamento de projeto através do MS-Project traz

benefícios para as empresas como: melhor posição de competitividade no mercado

em virtude de resultados mais rápidos e menor custo.

É interessante, ressaltar que para se ter um bom proveito dos softwares, o

profissional terá que conhecer tanto do programa como do trabalho que ele está

criando, pois, os softwares de computador ainda não têm essa capacidade de

trabalharem sozinhos, ficam dependentes das pessoas para fornecerem as

informações para seu sistema funcionar. Diante disso, o ganho de agilidade no

processo é enorme quando se inclui a tecnologia a seu favor, não se pode mais

trabalhar sem a ajuda dessas ferramentas.

Sem uma boa ferramenta para auxiliar no trabalho, acarretaria muita

dificuldade de elaboração de um bom projeto. Neste contexto, para Bakos (2014), o

MS Project se comporta como um gerente auxiliar no planejamento, desde os casos

mais simples até os mais avançados, e é uma ferramenta muito utilizada por

gerenciadores de projetos na construção civil.

Pode-se dizer que para um bom planejamento deve haver uma boa

ferramenta, pois, ao planejar com o auxílio do software, o ganho de agilidade será

significativo melhorando seu desempenho. Segundo Sabino (2015), "O MS Project é

um dos produtos da Microsoft, sendo o mais popular para criação de cronogramas".

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6. METODOLOGIA

Segundo Gil (2002), pode-se dizer que a pesquisa é definida quando não

se tem uma resposta para um problema. Neste contexto, fica claro que a pesquisa é

a eficácia para a elaboração de uma resposta quando a mesma não se tem uma

informação esclarecedora. O mais preocupante, contudo, é constatar que é preciso

bastante convicção para distingui a verdadeira informação.

A pesquisa aplicada busca gerar novos conhecimentos, com enfoque

numa realidade que possui interesses locais e pontuais, (PARANHOS e RODOLPHO,

2014).

Já a pesquisa exploratória busca aplicar práticas ou diretrizes para a

modificação de conhecimentos existentes e tem como preocupação central demostrar

fatores que determinam para a contribuição das ocorrências dos fenômenos, explicar

a razão e o porquê das coisas e proporciona maiores informações sobre o tema,

auxilia a delimita-lo e definir seus objetivos, que podem ser feitos através de

documentos, bibliografias, observações e visitas web sites (CIRIBELLI, 2003).

Para a exploração desta pesquisa, observou-se que ela é classificada

como pesquisa exploratória, devido ao estudo bibliográficos, sites e artigos para a

complementação das ideias centrais, e reforçar a base da pesquisa.

Devido a utilização de uma revisão literária com base em vários autores de

livros, será feito uma abordagem qualitativa para apresentação dos dados, que será

interpretada pelas fontes bibliográficas exploradas. Assim, como a sustentação da

pesquisa é um problema, tem-se o tipo raciocínio hipotético-dedutivo para que a partir

de uma hipótese possa chegar a uma possível solução ao problema.

Segundo Rampazzo (2005, p. 55), “O estudo de caso é a pesquisa sobre

um determinado individuo, família, grupo ou comunidade para examinar aspecto

variados de sua vida”.

Devido ao uso de documentos e pesquisa de uma empresa, notou-se que

a pesquisa será um estudo de caso, dessa forma será possível elaborar o

levantamento do caso para se realizar a análise de desenvolvimento da pesquisa.

Como instrumento para coleta de dados foi utilizado documentos cedidos

pela empresa para ser utilizados como fonte de demonstração para o trabalho como:

orçamento, projetos e composição de custo utilizada como memorial descritivo.

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De acordo com Rampazzo (2005, p. 51):

Toda pesquisa implica o levantamento de dados de várias fontes. Quando o levantamento ocorre no próprio local onde os fenômenos acontecem, temos uma documentação direta (por exemplo, na entrevista). E, quando o pesquisador procura o levantamento que outros já fizeram, temos a documentação indireta.

Para a realização desta pesquisa utilizou-se tanto fonte primárias como

secundárias, visto que foi obtido dados ainda não estudados e pesquisa e coleta de

informações bibliográficas no objeto do estudo.

A pesquisa foi realizada na Construtora X, o estudo foi feito com base em

vários autores considerados fundamentais para o estudo. A intenção da pesquisa é

buscar demostrar o planejamento de obras de pequeno porte para incentivo de

estudantes e profissionais da construção civil.

O estudo foi composto por literatura relacionada ao tema de estudo,

compostos no banco de dados do Google Livros, quanto à amostra foi utilizado uma

variável de interesse. As publicações foram somente as que respondia as questões

do estudo publicados do ano de 2002 a 2018, no idioma português.

A pesquisa possui um grau de confiabilidade baseado na escolha de

autores de grande relevância. Uma vez que a apresentação dos resultados tem como

base do tema que são consideradas importante para esse tema de estudo. É

importante destacar os autores principais como Aldo Dórea, Pedrinho Goldman, PMI.

Muitos outros autores estão presentes para reforçar o embasamento dos autores

principais. No capítulo I é perceptível que Goldman deixa claro a concepção do

estudo, onde foi possível através do mesmo realizar um bom embasamento

igualmente a obra do Mattos.

Portanto, foi elaborado um planejamento da obra de um galpão, organizado

através de projetos e planilhas relacionadas ao mesmo, visando alcançar o objetivo

da pesquisa, cuidando dos aspectos literários embasados, buscando a melhor forma

para o entendimento para quem irá utiliza-lo posteriormente.

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7. ESTUDO DE CASO

O local escolhido para o desenvolvimento desta pesquisa foi uma obra de

um galpão na cidade do Juazeiro do Norte-CE, sendo realizado pela Construtora x,

no ano de 2017/2018.

O galpão de estudo tem uma área de 764,00 m², com 26 salas para

laboratórios como: mecânica dos solos, metais e cerâmicas, incluindo sala de aula,

banheiros tanto masculinos como femininos e para deficientes.

Assim, o estudo contou como base, a execução do galpão para o

desenvolvimento da simulação do planejamento, demostrando as principais etapas

para seu desenvolvimento. Portanto, a simulação será das fases construtivas

demonstração como seria a execução da obra com base no planejamento feito no

software MS Project, demostrando início e término de todas as atividades e as

equipes de funcionários utilizados em cada etapa.

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7.1 PROJETOS ARQUITETÔNICOS

Figura 5 - Planta Baixa do Galpão

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Figura 6 - Faixadas e Cortes do Galpão

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Os projetos arquitetônicos representam a visualização gráfica ou escrita da

construção do galpão, para melhor entendimento do dimensionamento dessa obra,

mostrando suas divisões. É do projeto arquitetônico onde parte as outras etapas

construtivas como: projeto executivo compatibilizando com outros projetos

complementares.

Divisão do Galpão:

• Hall na entrada de área = 10,78m²

• WC masculino de área = 9,21m²

• WC feminino de área = 10,41m²

• WC acessível masculino de área = 3,3m²

• WC acessível feminino de área = 3,3m²

• Circulação de área = 87,00m²

• 03 Salas para técnicos, com áreas respectivas de 8,90m², 10,00m² e

9,12m²

• 09 Salas para gabinetes onde 08 são com áreas de 9,40m² e 01 com

10,00m²

• Sala de ensaios para impacto, área = 16,30m²

• Sala de ensaios para Microdurômetro, área = 13,63m²

• Sala de aula, área = 21,90m²

• Sala de ensaios para flexão, área = 16,38

• Sala para ensaios universais, área = 16,38

• Câmara úmida, área = 7,30m²

• Sala de moinho, área = 7,28m²

• Sala de ensaio para tratamento térmico, área = 13,90m²

• Laboratório de Cerâmica, área = 123,40m²

• Laboratório de Metais, área = 123,40m²

• Laboratório de Mecânica dos solos, área = 123,40m²

Área total de 764,00m²

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7.2 SIMULAÇÃO DO PLANEJAMENTO DO GALPÃO

Para criação do planejamento foram coletadas as informações de projeto

da obra como; duração, dia de início e término, para se ter a cronologia do projeto no

planejamento da obra. A obra tem duração de 480 dias, sendo que iniciou-se no dia

13 de fevereiro de 2017 e previsão de entrega para o mês de outubro de 2018.

Para o planejamento inicial não foram considerados os aditivos de prazo

uma vez que se trata de uma operação de controle e não de planejamento. Para se

planejar adota-se o projeto inicial, sendo que os aditivos surgem no decorrer da obra

e acarretam apenas adequações do planejamento.

Figura 7 - Início do Projeto Fonte: o autor

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Depois de ser obtido a duração do projeto, foi feito um levantamento dos

feriados do período em que a obra será construída e os horários de trabalho semanal,

que nesse caso será de segunda à sexta das 07:00 as 17:00, com isso o

dimensionamento do tempo será mais assertivo.

Figura 8 - Período Útil Fonte: O Autor

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Para a identificação das atividades, foi utilizado o orçamento da obra, pois

nele contém todas as atividades do projeto. O software MS Project, foi utilizado para

a criação do cronograma e elaborado a EAP, que irá mostrar as subdivisões em

ordem lógica com a correlação das atividades. Portanto foi feito uma composição de

tarefas para tornar mais fácil a atribuição da duração.

Figura 9 - Exemplo da EAP do Galpão Fonte: O Autor

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Depois de identificar todas as atividades e elaborar a EAP, a próxima etapa

é encontrar a duração de todas as atividades composta no orçamento, e para obter

essa duração foi feita uma tabela com o dimensionamento de equipe para cada

atividade. A duração pode ser feita através da composição SEINFRA obtidas pela

obra, pois a empresa não possuía sua própria composição. Na composição foram

Figura 10 - Planilha de Duração e Dimensionamento de Equipes

Fontes: O Autor

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identificados os índices de cada trabalhador e depois foi elaborada uma planilha de

duração e recursos de trabalho.

Na planilha fica mais fácil de identificar as durações e os recursos de

trabalho, para dimensionamento de equipes para cada atividades. É importante

salientar que as durações foram feitas em dias e algumas que não atingiram o dia

foram colocadas em horas, mas essas atividades identificadas em horas só serão

encontradas no Project.

As precedências é a parte mais complicada de se fazer, pois precisa do

conhecimento de uma pessoa com mais experiência de obra, isso, para identificar as

precedências de cada atividade e saber se elas são término início (TI), início à início

(II) ou término, término (TT) as mais utilizadas. Então, boa parte das predecessoras

foi o mestre da obra e o encarregado das instalações elétricas e hidráulicas que

informou, como por exemplo; o forro só poderia iniciar depois que a instalação elétrica

for concluída, piso industrial depois da compactação do piso, esquadrias de madeira

Figura 11 - Precedências da Pintura do Galpão Fontes: O Autor

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depois do revestimento e os outros exemplos serão anexados na planilha do MS

Project.

Depois das precedências estarem ligadas umas nas outras, o Software

automaticamente cria o diagrama de rede, a PERT/CPM e gera o caminho critico que

no gráfico de Gantt, estará representado em cor vermelho para melhor se identificar.

Figura 12 - Diagrama de Rede do Galpão Fonte: O Autor

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Para se fazer o orçamento no Project, deve-se cadastrar os recursos da

composição de custo do orçamento da obra, e ele irá fazer o cálculo do valor da obra

e de cada atividade, ficando até mais fácil de compreender o planejamento como visto

na figura 14.

Figura 13 - Planilha de Recursos do Galpão Fonte: O Autor

Figura 14 - Orçamento do Galpão Fonte: O Autor

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E por último foi colocada a composição em cada atividade para que o

software, mostrasse o custo que precisaria para fazer cada atividade, e o valor total

que seria gasto na obra.

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8. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A obra em estudo foi contratada para ser executada em 480 dias ou 16

meses, até o momento, se encontra na fase de execução do piso industrial, segundo

a simulação realizada (figura 15), essa etapa deveria ter sido iniciada no mês de

outubro de 2017.

Este atraso de dois meses pode ser associado às modificações ocorridas

com frequência, nos projetos.

Atualmente a obra é composta por 08 funcionários, porém, para ser

executada no prazo deveria estar trabalhando com 12 funcionários, totalizando 06

pedreiros, 04 serventes, 01 metalúrgico e um ajudante de metalúrgico.

A simulação foi elaborada de acordo com o prazo estipulado da construção

do galpão totalizando 332 dias corridos, pois o software estipula a duração em dias

reais trabalhados retirando os finais de semanas e os feriados, assim fica um total de

16 meses de obra trabalhados.

Com os resultados da simulação do planejamento foi observado que a

obra teria um total de horas trabalho de 27.902 horas, total de 10 pedreiros, 17

Figura 15 - Atraso do Início do Piso Industrial Fonte: O Autor

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serventes, 03 eletricistas, 03 carpinteiros, 03 armadores/ferreiros, 02 pintores, 02

metalúrgicos e 03 gesseiros.

Atualmente a estrutura da empresa conta com 03 pedreiro, 02 serventes, 02

eletricistas e 01 metalúrgico.

Essa diferença de funcionário acarretará atraso em algumas atividades. A

figura – 16 apresenta o caminho crítico dessa fase das atividades.

É possível perceber que a redução de funcionários incidirá sobre as atividades

críticas, fato esse que tornará inviável a execução da obra no prazo de 16 meses,

estipulado pelo contrato, gerando a necessidade de um aditivo de prazo para a

conclusão.

Figura 16 - Caminho Crítico Fonte: O Autor

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9. CONCLUSÃO

O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma compreensão mais

ampla sobre o conteúdo, para mostrar como deve ser elaborado um planejamento de

uma obra com conformidade com as referências bibliográficas, que possibilitou a

ilustração para o estudo de caso.

Conforme esses resultados o que importa, portanto, é que o planejamento é

um trabalho que tende a ser minucioso para evitar muitos problemas, imprevistos e

atrasos. Essa, porém, é uma tarefa que leva bastante tempo e que acarretará mais

trabalho para o profissional que executa a obra e seus encarregados. Vê-se, pois,

que muitas das empresas evitam mais trabalho porque acham que não tem tempo e

que só em empresas grandes deve haver o planejamento, infelizmente, essa é a

realidade no Brasil.

Dada à importância do tema, torna-se necessário as empresas terem uma

visão do futuro para fazerem a diferença no mercado, mas, o problema de muitas

empresas é continuar fazendo o mesmo e esperar que atinjam resultados melhores.

Aí entra o erro da mesmice de achar que tudo irá melhorar sem haver mudanças.

Planejar é criar um caminho novo para os mesmos objetivos, e se entregar a uma

nova evolução.

Nesse sentido, a utilização desse recurso didático, ajudará tirar dúvidas e

enriquecer conhecimentos para o planejamento, e ter uma contribuição para os

profissionais e alunos da construção civil, pois essa aprendizagem é realmente

significativa.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Capítulo São Paulo, Brasil, 2014. Disponivel em:

<https://pmisp.org.br/slideshow/1789-aprenda-a-usar-a-ferramenta-ms-project-e-

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CIRIBELLI, M. C. Como Elaborar uma Dissertação de Mestrado através da

pesquisa científica. Rio de Janeiro: 7 letras, 2003.

FILHO, S. L. M. Gerenciamento de Projetos através da extraordinária

expedição de Shackleton à Antártida. Rio de Janeiro: Brasport, 2011.

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APÊNDICES

Apêndice 01 -Planilha da Duração com os Dimensionamentos das

Equipes

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Apêndice 02 - Planejamento no MS Project

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