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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT DEPARTAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL BLOCOS DE GESSO: MATERIAL ALTERNATIVO PARA UTILIZAÇÃO COMO ALVENARIA OU DIVISORIAS JUAZEIRO DO NORTE-CE 2016

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT

DEPARTAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

BLOCOS DE GESSO: MATERIAL ALTERNATIVO PARA UTILIZAÇÃO COMO

ALVENARIA OU DIVISORIAS

JUAZEIRO DO NORTE-CE

2016

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JOSÉ LOURENÇO DA SILVA NETO

BLOCOS DE GESSO: MATERIAL ALTERNATIVO PARA UTILIZAÇÃO COMO

ALVENARIA OU DIVISORIAS

Trabalho de Conclusão de Curso.

Apresentado à Comissão Examinadora

do Curso de Tecnólogo da Construção

Civil, Edifício, da Universidade

Regional do Cariri – URCA, como

requisito parcial para obtenção do título

de tecnólogo em Edificações

Orientador: Paulo Ricardo Evangelista Araújo.

JUAZEIRO DO NORTE-CE

2016

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JOSÉ LOURENÇO DA SILVA NETO

BLOCOS DE GESSO: MATERIAL ALTERNATIVO PARA UTILIZAÇÃO COMO

ALVENARIA OU DIVISORIAS

Trabalho de Conclusão de Curso.

Apresentado à Comissão Examinadora do

Curso de Tecnólogo da Construção Civil,

Edifício, da Universidade Regional do

Cariri – URCA, como requisito parcial para

obtenção do título de tecnólogo em

Edificações.

Data da avaliação ___/___/___com nota____

BANCA EXAMINADORA:

. _________________________________________________

Professor/a Orientador/a:

Prof: Paulo Ricardo Evangelista Araújo

. __________________________________________________

Professor/a Avaliador/a:

Prof.Esp: Vangivaldo de Carvalho Filho

______________________________________________

Coordenador/a da UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA

Prof: Jefferson Luiz Alves Marinho

.

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AGRADECIMENTOS

A cada degrau de dificuldade, Deus me proporcionou o dobro de força e é por

isso que hoje, agradeço imensamente a Ele por mais essa conquista.

Aos professores que colaboram para o desenvolvimento deste curso

A todos que direta e indiretamente contribuíram para o alcance desta

conquista.

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O ensinamento de Deus nos mostra que

nada é impossível, desde que a nossa fé

seja inabalável e foi através dela que

cheguei até aqui e, por isso, hoje dedico o

meu diploma e o meu mais sincero

agradecimento a Ti Senhor.

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“Araripe ... De longe o vemos azulado, dando-

nos a impressão de um encontro do céu com o

mar. “Lugar das Araras” é o significado do seu

nome “Araripe”, originário da língua Tupi“.

LIMAVERDE (2007)

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RESUMO

O referido estudo busca de forma sucinta completar as análises obtidas que permita afirmar efetivamente que não existe um tipo de vedação que seja mais eficaz que outro, pois há uma série de fatores que determinam esta definição. Isso vai variar de região para região, qualificação da mão de obra empregada, tipologia da edificação, necessidade do cliente, mercado financeiro e também depender de uma boa compra. Diante deste contexto, o trabalho teve por objetivo, demonstrar a eficácia e a disponibilidade do bloco de gesso como material alternativo para levantamento de divisória, comprovando que o mesmo pode ser utilizado para substituir à técnica em alvenaria nos sistemas de vedação verticais internas. Assim, buscou-se através de algumas tabelas de quantitativos e de características dos materiais citados, apontando suas vantagens e limitações. Como também, demonstrar através de imagens tipos, e modelos adequados a cada ambiente, buscando desta forma apresentar os resultados a serem obtidos, atendendo aos requisitos mínimos da Norma NBR15575 no que refere aos critérios analisados. O tema “BLOCOS DE GESSO: MATERIAL ALTERNATIVO PARA UTILIZAÇÃO COMO ALVENARIA OU DIVISORIAS”. Veio apresentar possíveis reflexões sobre o assunto no intuito de suscitar o debate. Este também servirá como instrumento de gestão/comando de controle nas ações dos órgãos ambientais na região. O estudo teve uma relação com o gesso produzido na região. Considerado como atual conjuntura econômica nas mudanças culturais no mercado consumidor brasileiro, atreladas ao processo de globalização, repercutindo no setor de construção. Logo que as normas das alvenarias devem ser moduladas utilizando o maior número de componentes inteiros, adotando juntas verticais descontínuas (juntas em amarração) e posicionadas a fim de atender, de forma otimizada, os projetos de instalações e arquitetura.

Palavras – chave: Gesso; Divisória; Durabilidade.

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ABSTRACT The study seeks briefly complete the relevant analysis to enable effectively say that there is a type of seal that is more effective than another, because there are a number of factors that determine this setting. This will vary from region to region, qualification of the employed labor, the building type, customer need, financial market and also depend on a good buy. Given this context, the study aimed to demonstrate the efficacy and availability of gypsum block as an alternative material for partition survey, proving that it can be used to replace the technical masonry in internal vertical sealing systems. Thus, it sought through some quantitative tables and characteristics of the materials cited, pointing out its advantages and limitations. But also to demonstrate through images types and suitable for any environment models, seeking in this way to present the results to be obtained, meeting the minimum requirements of NBR15575 standard in relation to analyzed criteria. The theme "GYPSUM BLOCKS: ALTERNATIVE MATERIAL FOR USE AS MASONRY or partition." It came to present possible reflections on the subject in order to raise the debate. This will also serve as a tool for management / control command in the actions of environmental agencies in the region. The study had a relationship with the gypsum produced in the region. considered current economic situation in the cultural changes in the Brazilian market, linked to the globalization process, affecting the construction sector. Once the standards of the masonry must be modulated using the largest number of entire components, adopting discontinuous vertical joints (joints mooring) and positioned to meet, optimally, project facilities and architecture. Key - words: Gypsum; partition; Durability.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 9

2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 12

2.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 12

2.2 Objetivos Específicos....................................................................................... 12

3 MATERIAL ............................................................................................................. 13

3.1 Pesquisa qualitativa ......................................................................................... 13

3.2 Pesquisa descritiva .......................................................................................... 13

4 O PÓLO GESSEIRO DO ARARIPE ...................................................................... 14

4.1 A GIPSITA .......................................................................................................... 16

4.1.1 A fabricação do gesso .................................................................................. 19

4.1.2 Calcinação .................................................................................................... 19

4.1.3 Características e Propriedades do Gesso .................................................... 20

4.2 BLOCOS DE GESSO ......................................................................................... 22

4.2.1 O bloco branco ............................................................................................. 24

4.2.2 O bloco verde ............................................................................................... 24

4.2.3 O bloco azul .................................................................................................. 25

4.2.4 O bloco rosa ................................................................................................. 25

4.4 A segurança, a eficiência e a resistência do bloco de gesso ........................... 27

4.5 Resíduos de Entulhos ...................................................................................... 33

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 36

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 37

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1. INTRODUÇÃO

O gesso é conhecido há muito tempo, sendo um dos mais antigos materiais

de construção que exigem transformação no processo de obtenção, assim como

a cal e o barro. Escavações na Síria e na Turquia revelaram que o gesso é utilizado

há oito mil anos antes da era comum, ou também traduzido como a Era Cristã,

usado assim, na forma de rebocos que serviam de apoio a frascos decorativos, no

preparo do solo e confecção de recipientes. Escavações em Jericó revelaram uso do

gesso em moldagem há seis mil anos. A Pirâmide de Quéops, de aproximadamente

2800 a.C., preserva um dos mais antigos vestígios do emprego de gesso em

construção.

No século XVIII houve grande generalização no emprego do gesso em

construção, de tal forma que a maior parte das edificações foram construídas com

painéis de madeira tosca rebocados com gesso. Entretanto, nesta época a produção

do gesso ainda era rudimentar e experimental. Em 1768, Lavoisier apresenta

à Academia de Ciências o primeiro estudo científico acerca dos fenômenos

presentes no preparo do gesso.

No século XIX, vários autores realizaram trabalhos explicando

cientificamente a desidratação da gipsita, principalmente os de VantHoff e os de La

Chatelier. Estes trabalhos serviram de base para uma profunda transformação nos

equipamentos utilizados no processo. Apesar disto, apenas no século XX, devido à

evolução da indústria, é que as transformações mais profundas foram introduzidas,

resultando nos equipamentos atuais. (GALOPIM, 2002).

O gesso é uma rocha sulfetada, com a fórmula química Ca[SO4]•2H2O.

Como mineral cristaliza no sistema monoclínico, com um hábito prismático, em que

por vezes, aparecem cristais de hábito tabular. Ocasionalmente possui macas em

ferro de lança e/ou em cauda de andorinha. A gipsita é um material granular, por

vezes fino, em forma de maciço. Possui cores variáveis como o branco, cinza, verde

ou incolor.

Os blocos de gesso da mesma forma como é feito com a alvenaria

convencional, porém ao invés de se utilizar tijolo e argamassa se utiliza bloco de

gesso e massa de gesso. Contendo suas propriedades como resistência, fácil

aplicação, o isolamento térmico e acústico.

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De acordo com informações da SINDUSGESSO. (2006), na década de 60,

Pernambuco assumiu a posição de maior produtor nacional de gipsita e vem

mantendo sua liderança até hoje. Isso se explica por suas minas, localizadas na

chapada do Araripe, apresentarem melhores condições de lavra e maior pureza do

minério; mais adequada infraestrutura e proximidade do mercado consumidor.

O polo é considerado um Arranjo Produtivo Local-APL no âmbito estadual e

federal. Tem reserva estimada de 1,22 bilhões de toneladas de gipsita e representa

18% das jazidas do país, respondendo por 95% da produção nacional. As empresas

essencialmente de micro e médio porte, são responsáveis por 12 mil empregos

diretos e 60 mil indiretos, o que mostra sua importância econômica para a região

(SINDUSGESSO, 2006).

A Chapada do Araripe tem sua localização geográfica no nordeste brasileiro,

está inserida no semiárido, sendo formada por 88 municípios distribuídos da

seguinte forma: 25 no Ceará; 46 no Piauí e 17 em Pernambuco. Possui uma área

total de 71.672,1 km² e uma população estimada em um milhão e meio de

habitantes e parte da chapada é Área de Proteção Ambiental-APA, (IBGE, 2006).

Este estudo divide-se por partes, a primeira se dá com a introdução,

objetivos, a metodologia e o referencial teórico, o qual apresenta tópicos como: O

pólo Gesseiro do Araripe; A Gipsita; Blocos de Gesso.

A segunda será relatada algumas considerações finais relevantes a respeito

do aprendizado e sobre os resultados esperados neste trabalho. Seguindo com as

referências bibliográficas.

O método de pesquisa é qualitativo/descritiva, com análise de conteúdo. A

metodologia aplicada neste estudo é feita através de pesquisas, “bibliográfica”.

Neste sentido a metodologia de pesquisa é um caminho a ser trilhado pelo

pesquisador no processo de produção de conhecimentos sobre a realidade

estudada.

Daí surge à importância de abordar sobre tal tema, o qual visa uma

economia no mercado da construção civil, que cabe aos empreendedores e órgãos

inseridos na cadeia produtiva, maximizarem os benéficos.

A partir dessa reflexão, surge a problemática que vem indagar: Quanto custa

a mão de obra, conforme os sistemas construtivos adotados? Quais equipamentos

serão utilizados e como apropriar o seu custo? Como computar o custo do “jeito de

trabalhar” (ou “como construir”) sob cada sistema construtivo adotado?

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Porem na tentativa de responder tais questionamentos busca embasamento

nas teorias de autores como: Souza, (1998), Campello (2011) Teles, (1999), Silva

(2000). Tendo a contribuição da ABNT: TB02: 002-40-009, TB02: 002-40-010 e

TB02: 002-40-014.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Demonstrar a eficácia e a disponibilidade do bloco de gesso como material

alternativo para levantamento de divisória, comprovando que o mesmo pode ser

utilizado para substituir à técnica em alvenaria nos sistemas de vedação verticais

internas.

2.2 Objetivos Específicos

Caracterizar o Polo Gesseiro do Araripe.

Destacar a gipsita como principal, fonte de matéria prima para construção

civil.

Comprovar que o bloco de gesso pode ser usado na execução de alvenaria

nos sistemas de vedação verticais internas.

Verificar a resistência do bloco de gesso demonstrando a sua eficiência e

segurança.

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3 MATERIAL

No decorrer da execução dos trabalhos foram utilizados os seguintes

materiais: dados bibliográficos, cartas topográficas,

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que, segundo Fiorentini e Lorenzato

(2012), é uma modalidade que se propõe a revisar estudos tendo como material de

análise documentos escritos, garimpados em arquivos e acervos. Essa modalidade

é denominada também “pesquisa do estado da arte”, pois procura inventariar,

sistematizar e avaliar a produção científica numa determinada área (ou tema) do

conhecimento.

3.1 Pesquisa qualitativa

É o tipo de pesquisa apropriada para quem busca o entendimento de

fenômenos complexos específicos, em profundidade, de natureza social e cultural,

mediante descrições, interpretações e comparações, sem considerar os seus

aspectos numéricos em termos de regras matemáticas e estatísticas. A pesquisa

qualitativa observa o fato no meio natural, por isso é também denominada pesquisa

“naturalística” (LUDKE & ANDRÉ, 1995, p. 17).

3.2 Pesquisa descritiva

Que visa apenas a observar, registrar e descrever as características de um

determinado fenômeno ocorrido em uma amostra ou população, sem, no entanto,

analisar o mérito de seu conteúdo. Desse modo, as técnicas de investiga- ção não

constituem o método de investigação GIL, A. C. (1999).

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4 O PÓLO GESSEIRO DO ARARIPE

O Pólo Gesseiro do Araripe localiza-se no extremo oeste do Estado de

Pernambuco, a cerca de 700 km da capital Recife, estando encravado na Chapada

do Araripe. A região do Araripe, localizada no extremo oeste de Pernambuco, é

composta pelos municípios de Araripina, Bodocó, Cedro, Dormentes, Exu, Granito,

Ipubí, Moreilândia, Ouricuri, Parnamirim, Santa Cruz, Santa Filomena, Serrita, Terra

Nova e Trindade, que juntos correspondem a 18% da área total de estado de

Pernambuco. É nessa região que fica o APL do gesso, denominado de Polo

Gesseiro do Araripe. E juntos representam uma extensão de 7.075 km² para um total

de 215.734 habitantes (IBGE, 2005). Sua representação geográfica pode ser vista

na figura 1.

Figura 01. Representação Geográfica do Pólo Gesseiro do Araripe – PE

Fonte: SINDUGESSO, (2014/2016)

Conforme as informações do (SINDUSGESSO, 2014), no Polo Gesseiro do

Araripe são gerados 13,9 mil empregos diretos e 69 mil indiretos, resultantes da

atuação de 42 minas de gipsita, 174 indústrias de calcinação e cerca de 750

indústrias de pré-moldados, que geram um faturamento anual na ordem de R$ 1,4

bilhões/ano

De acordo com informações do Albuquerque, (2002), polo conta com

aproximadamente 700 empresas, distribuídas pelos municípios de Araripina,

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Trindade, Ipubi, Ouricuri e Bodocó, gerando 12 mil empregos diretos. O Sindicato da

Indústria do Gesso do Estado de Pernambuco (Sindusgesso).

Devido à grande demanda de lenha exigida na calcinação da gipsita, o Polo

Gesseiro do Araripe se encontra sob severa ação antrópica que, consequentemente,

vem gerando alterações nas estruturas físicas e biológicas do ambiental, por esse

motivo, a matriz energética da indústria do gesso do Araripe é muito diversificada,

usa aproximadamente, 3% de energia elétrica, 5% de óleo diesel, 8% de óleo BPF

(baixo poder de fusão), 10% de coque e 73% de lenha (ATECEL, 2006).

Dados do IBAMA (2006) revelam que 97% da lenha consumida pelas

calcinadoras do polo gesseiro da região, são procedentes do extrativismo sem

reposição. Só no Município de Araripina, 22 mil hectares de caatinga são

desmatados por ano para serem usados como lenha. Segundo a (SECTMA-

PE/GEOPHOTO, 2009).

Quanto a produção 97% da gipsita e gesso no Brasil é produzido em

Pernambuco. A quantidade mundial de Gipsita (mil ton. métricas), entre os anos de

2006 a 2010, está estimada em: 2006 - 1.712; 2007 1.884; 2008 2.239; 2009; 2.348;

2010 2.350. De acordo com a demonstração abaixo, mostra-se as variantes do

crescimento dessa produção.

Variantes do crescimento dessa produção da gipsita

Crescimento Ano Porcentagem

2008 25%

2009 15%

2010 28%

2011 20%

2012 -4%

2013 4,5%

Fonte: SINDUGESSO, (2016)

Essas indústrias consomem em média 54.390 m³ de lenha por mês. Para o

período 2001–2010, considerando o comportamento do mercado nos últimos quatro

anos, bem como a perspectiva de pequeno crescimento para a economia do País

nos próximos anos, adotou-se uma estimativa para o crescimento do consumo e/ou

da produção da ordem de 3%. Vergolino (2006) faz uma síntese dessa região e

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afirma existir a ocorrência de espaços naturais distintos que se centraliza em

diversos municípios, dessa região que forma o Araripe.

Isso traz uma renda aos seus moradores. No início da década de 1990,

aproximadamente 20% da população possuíam 80% da renda mundial; enquanto

80% da população detinham apenas 20% da renda restante. Onde o crescimento é

considerado a produção média em 3.000 t./mês teremos produção anual de gesso

entre 6,2 mi de toneladas = 7,43 mil t. de gipsita p/gesso. Dados do Sindusgesso

(2014) indicam que o crescimento da produção de gesso entre 2008 e 2011, foi em

média 18% ao ano.

No Araripe esforços vêm sendo realizados na busca de alternativas para a

região, desde o segmento de transporte à superação da crise energética. Hoje a

ferrovia Transnordestina, ação solicitada como alternativa de escoamento da

produção do gesso é vista mais como uma ameaça em potencial do que a solução

de um problema, podendo transformar uma região de produtora de gesso à condição

de extrativista, devido as condições de transporte da gipsita para que seja calcinada

no Porto de SUAPE (SINDUSGESSO, 2010).

Portando, a conclusão a que se chega é que ainda os sistemas construtivos

com alvenaria (bloco cerâmico e bloco de concreto) são as melhores opções em

relação custo-benefício dentre todos os materiais para vedação existente.

4.1 A GIPSITA

O gipsito é, basicamente, composta por sulfato de cálcio hidratado. Apresenta

geralmente coloração de branca a translúcida. Outras características são os

aspectos micáceo, lamelar, o brilho nacarado, o tato untuoso (ou fibroso) e a dureza

baixa (2,0). É o sulfato mais comum na crosta terrestre, ocorrendo em evaporitos ou

na forma de camadas interestratificadas de folhelhos, calcário e argila, podendo

também ser encontrado em meteoritos. Gipsita (português europeu) ou Gipsito

(português brasileiro), também designada por pedra de gesso, Gesso (do grego

gypsos) ou sulfato de cálcio hidratado, é um minério de cálcio cuja composição

química corresponde à fórmula Ca(SO4) 2H2O. (FERREIRA, 1986 p. 851).

O minério gipsífero do Pólo Gesseiro do Araripe classifica-se, grosso modo,

como de excelente qualidade industrial, em face de uma consistente concentração

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de sulfatos, da ordem de 90 a 95%, enquanto as impurezas de origem terrígena se

apresentam em quantidades desprezíveis, raras vezes ultrapassando a 0,5% da

rocha total. Embora nesse minério a gipsita seja predominante, também se fazem

presentes quantidades subordinadas de anidrita, em geral de 4 a 7%, mas podendo,

às vezes, chegar até 14% (MENOR, 1995).

Através da calcinação, a gipsita perde sua água de cristalização, podendo,

então, ser transformada em gesso quando mantém água cristalizada (CaSO4 + 1/2

H2O), ou sulfato de cálcio (anidrita) quando perde totalmente a água cristalizada. É

usada principalmente na fabricação de cimento, como também na fabricação de

ácido sulfúrico, giz, vidros, esmaltes, gesso e na produção de cerveja. É usada

também como molde para fundição; desidratante; aglutinante e corretivo de solo

(fornecedor de cálcio e enxofre), além de possuir aplicação na metalurgia (na

formação de escória, entre outras aplicações.) (FERREIRA, 1986 p. 851).

O gesso encontra a sua maior aplicação na indústria da construção civil,

embora também seja muito utilizado na confecção de moldes para as indústrias

cerâmica, metalúrgica e de plásticos; em moldes artísticos, ortopédicos e dentários;

como agente desidratante; como aglomerante do giz e na briquetagem do carvão.

Por sua resistência ao fogo, se emprega gesso na confecção de portas corta fogo;

na mineração de carvão para vedar lâmpadas, engrenagens e áreas onde há perigo

de explosão de gases.

Concordando com Albuquerque (2002) que o Polo Gesseiro do Araripe é uma

área de grande pressão sobre a vegetação nativa, uma vez que a matriz energética

é extremamente dependente da lenha para calcinação da gipsita. A gipsita

secundária, ou gipsita química, é gerada como sub-produto dos processos

industriais de obtenção dos ácidos fosfórico, fluorídrico e cítrico, e da

dessulfurização de gases gerados em termelétricas movidas a carvão e linhito. A

gipsita química proveniente da produção de ácido fosfórico recebe a denominação

particular de "fosfogesso", enquanto a resultante da dessulfurização dos gases

denomina-se "dessulfogesso". No Brasil, e em muitos outros países, a gipsita

secundária vem substituindo a natural como retardador do tempo de pega do

cimento; no entanto, em alguns países, ainda enfrenta restrições na utilização para

confecção de pré-moldados.

Os produtores de gipsita, por virem operando com cerca de 20% a 30% de

capacidade ociosa, têm condições de atender ao crescimento, mesmo que inusitado,

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do consumo. A ampliação da capacidade instalada de produção, além de não

requerer investimento de vulto, é relativamente fácil de alcançar, haja vista que as

máquinas e equipamentos necessários existem disponíveis no mercado. A cadeia

produtiva do polo gesseiro incluindo a região do Araripe, encontra-se formada por

aproximadamente 49 mineradoras, 78 calcinadoras e 198 indústrias de artefatos

(SINDUSGESSO, 2006).

As expectativas do setor produtor de gesso são otimistas quanto à difusão e

ampliação do consumo, tanto para revestimento como para confecção de pré-

moldados, além de mercados não tradicionais. Neste contexto, pode-se ressaltar

que na APA do Araripe, situada no bioma caatinga tem por finalidade proteger a

fauna e flora, especialmente as espécies em extinção, e garantir a conservação dos

remanescentes de mata aluvial, dos leitos naturais das águas pluviais e das

reservas hídricas, bem como a proteção dos sítios cênicos, arqueológicos e

paleontológicas do Cretáceo Inferior, do Complexo Araripe (FUNCEME, 2006).

Campello (2011) afirma que um diagnóstico realizado pelas empresas

calcinadoras de gipsita do Araripe constatou que a lenha utilizada por essas

empresas tinha as seguintes origens: 11,75% provêm de á reais sob o regime de

manejo florestal sustentado, 0,1% vem de reflorestamentos energéticos, 23,49% são

Exóticas ou de podas de frutíferas e 52,94% é originada de áreas exploradas sem

licenciamento ambiental. Sabe-se que os produtores de gesso também utilizam

lenha de poda de caju e outras frutíferas advindas de regiões onde existem cultivos

comerciais, no entanto, aparentemente, a quantidade desse material não deve ser

significativa, já que não foi citada no referido diagnóstico.

É através da formação ética que se pensa em edificar uma nação voltada

para o respeito e dignidade, pois além da preocupação com a qualidade de vida, o

saber tornou-se mola mestra de todo o processo produtivo e, como afirmam Oliveira

& Castro (1999), há pouco tempo se discute as formas de construir uma ética que

construa o respeito pelo meio ambiente e a transformação da sociedade a partir de

tal ótica.

Hoje, o problema da preservação do meio ambiente é uma questão moral,

porque afeta a qualidade de vida e a sobrevivência dos seres vivos. Nesta

concepção, não se pode apenas discutir ideais, é preciso colocá-los em prática,

sabendo que quem pede socorro não é a humanidade em si, mas a natureza que

existe apenas para contribuir com a vida de cada ser. (SOUZA, 1998).

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4.1.1 A fabricação do gesso

O gesso pode ser fabricado em fornos chamados de marmita e também de

fornos rotativos (mais utilizados). Os depósitos de gipsita do Araripe são os mais

importantes do país porque apresentam uma reserva em cerca de 400 milhões de

toneladas, de alta pureza, e grandes horizontes. A espessura do corpo mineral e a

relação minério estéril permite uma extração bastante lucrativa.

A extração do minério na Região do Araripe é realizada a céu aberto e em

forma de bancadas. Na operação de desmonte, são normalmente utilizados

marteletes para perfuração, explosivos de média potência, bombas d’água,

caminhões, pás carregadeiras, etc.

Após o desmonte da bancada, os blocos maiores são fragmentados de modo

a ficar com o peso próximo a 40kg. Esses fragmentos de minério, matacões, são

então transportados para o pátio de estocagem das calcinadoras onde sofrem

beneficiamento de acordo com o processo de produção de cada uma.

4.1.2 Calcinação

O processo de calcinação da gipsita do tipo de forno utilizado que de uma

forma geral, os blocos de minério passam por diversas fases, a saber:

Britagem (britadores de mandíbulas e de martelos);

Calcinação; Moagem (moinhos de martelos);

Embalagem. São basicamente quatro os tipos de fornos utilizados pelas

indústrias gesseiras no Araripe:

Panela;

Marmita;

Rotativo tubular;

Marmitas rotativos.

Fornos tipo panela

Esses fornos, em processo de extinção no Araripe, caracterizam-se pela

forma de panelões de aço, são circulares, abertos, de grande diâmetro, e de

pequena altura. Esses equipamentos normalmente estão assentados sobre uma

fornalha de alvenaria, onde se utiliza lenha para combustão.

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Nos fornos panela, as pás agitadoras homogeneízam a calcinação e, os

controles de temperatura e do tempo de residência do material no forno são

realizados empiricamente, através da observação visual.

Fornos Tipo Marmita - Esses equipamentos caracterizam-se pela forma de

panelões fechados (cubas), onde o calor gerado na parte inferior é conseguido com

a queima de óleo BPF ou da lenha.

Nestes fornos a temperatura pode ser controlada através de pirômetros. Um

sistema de palhetas internas, na cuba, garante a homogeneidade do material.

Fornos Tipo Rotativo - Esses fornos caracterizam-se por terem a forma de um

tubo giratório, são de aço e material refratário, de grande extensão e com uma

pequena inclinação.

Nestes equipamentos, o minério moído entra em contato direto com a chama,

que sai do maçarico, no lado da alimentação. O minério sendo calcinado percorre,

por gravidade, toda a extensão do forno e o tempo de residência é controlado pela

velocidade de rotação do tubo.

Fornos Tipo Marmita Giratório -Tem a forma de um tubo giratório, são de aço

e material refratário, com extensão dependendo do volume de produção. Em alguns

casos, tem seus controles automatizados que seguem rigorosamente as instruções

preestabelecidas através de gerenciamento por computadores e em outros são

operadas empiricamente.

Nestes equipamentos, o minério moído não entra em contato direto com a

chama, em alguns casos o forno tem controle de tempo, de temperatura e de perda

de massa. Alguns destes fornos podem apresentar o controle da pressão interna. O

material permanece na cuba e sua descarga é intermitente.

4.1.3 Características e Propriedades do Gesso

Algumas propriedades especificas do gesso garantem um excelente

desempenho quando este material é utilizado como aglomerante:

Elevada plasticidade da pasta;

Pega e endurecimento rápido;

Finura equivalente ao cimento;

Pequeno poder de retração;

Estabilidade volumétrica.

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A propriedade de absorver e liberar umidade confere aos revestimentos e

paredes em gesso uma elevada capacidade de promover, no ambiente, um

adequado equilíbrio higroscópico, além de funcionar como inibidor de propagação de

chamas, liberando moléculas d’água quando em contato com o fogo.

Por outro lado, devido a solubilidade do gesso e seus derivados (1,8 g/l), as

utilizações destes materiais ficam restritos a ambientes interiores e onde não haja

contato direto e constante com água (áreas molhadas) e desde que se considere a

aspectos relevantes como:

Alto poder oxidante do gesso quando em contato com componentes ferrosos;

Alto poder expansivo das moléculas de etringita, formada pela associação do

gesso com o cimento em fase de hidratação;

Diminuição da resistência, dos pré-moldados de gesso, com o grau de

umidade absorvida. A solubilidade e lixiviação com a percolação de água

constante. Isolantes para cobertura de tubulações e caldeiras são

confeccionados com uma mistura de gesso e amianto. Aspectos técnicos

apresentados em Thiébaut (1999) e Dominguez & Santos (2001), podem ser

tomados como referência.

Outras características diferenciais e bastante significativas do produto edificação,

referem-se à complexidade do produto que demanda significativas quantidades de

capitais e de tempo para sua execução, além do preço relativamente elevado do

produto implicar em importantes restrições a aquisição de imóveis pelos clientes

através de pagamento à vista ou em reduzido número prestações, fazendo com que

os negócios, no setor, necessitem de financiamentos de longo prazo para serem

viabilizados. A esse respeito Sabbatini (2012) ressalta que não existe material de

construção mais econômico (em todo mundo), considerando-se os investimentos

iniciais e de manutenção.

Pois em geral, os processos de extração e transformação de recursos naturais,

são fragmentados em uma grande quantidade de pequenas e médias empresas com

abrangências a mercados regionais, e com isso, as empresas buscam ampliar o seu

domínio técnico sobre seu processo de trabalho e ampliar os controles sobre os

insumos utilizados em obra, qualificando fornecedores e controlando o recebimento

de materiais e componentes.

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4.2 BLOCOS DE GESSO

São blocos pré-moldados de gesso especial, fabricado por processo de

moldagem, apresentando acabamento perfeito nas suas superfícies. Assim, os

blocos se encaixam perfeitamente e, após a montagem da parede, obtém-se uma

superfície plana e pronta para receber o acabamento. Os blocos construtivos

apresentam duas faces planas e lisas, e podem ser vazados, com dutos internos, ou

compactos. Os blocos vazados são utilizados quando se deseja diminuir o peso das

paredes, ou melhorar o isolamento acústico, enquanto os blocos compactos

permitem construir paredes com maior altura.

Suas características técnicas para atender a norma estão conforme as Norma

Diretriz SiNAT nº 008 - Diretriz para Avaliação Técnica de Vedações Verticais

internas em alvenaria não-estrutural de blocos de gesso. A figura a seguir apresenta

o bloco de gesso usado para divisórias internas, o qual varia de acordo com a cor.

Figura - 02 modelo do Bloco de Gesso

Fonte: SuperGesso S.A.

Sabe-se que a parede de gesso é uma das melhores maneiras para evitar o

desperdício da matéria-prima nos canteiros de obras. As paredes de gesso, tanto o

sistema de blocos quanto o sistema de divisórias acartonadas, surgiram como uma

das soluções construtivas racionalizadas, baseada no planejamento integrado e na

execução dirigida para o controle da qualidade da obra.

Segundo Placo (2006) “são constituídas de um núcleo de gesso natural

(CaSO4.2H2O) e aditivos, revestidas com duas lâminas de cartão duplex, para uso

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exclusivamente interno”. O gesso proporciona a resistência à compressão e o

cartão, resistência à tração. A união destes dois elementos torna a placa muito

resistente. Variam conforme o tipo de placa, tipo de borda, espessura, dimensão e

peso. Abaixo segue os tipos de blocos usados para divisórias, representados por

quatro cores.

Figura 03- as cores usadas para especificar os tipos de blocos

Fonte: SuperGesso S.A.

Observam-se através dessas figuras que o sistema é composto de blocos de

cores diferenciadas, cada uma com sua aplicação específica. Assim, isolantes

acústicos são obtidos pela adição de material poroso ao gesso.

Para o público em geral, os itens mais conhecidos são as placas que forram

os tetos das habitações, porém a linha de produtos de gesso para esse segmento é

bem mais ampla, existindo ainda blocos para paredes divisórias, até argamassa

para revestimentos manuais e de projetar, passando por contrapisos e massa

corrida para acabamentos. Para Teles, (1999), no que tange a produtividade e ao

desperdício, há muito que fazer, para que essas empresas se adaptem aos novos

tempos e à nova realidade, que tende a associar qualidade e produtividade com o

fim dos desperdícios.

De certa forma, essas transformações estão ligadas ao contexto econômico

brasileiro que vêm sofrendo profundas mudanças em virtude da abertura econômica

e da estabilização da moeda, impondo as indústrias brasileiras ou instaladas no país

um vigoroso processo de reestruturação produtiva visando atender as novas

condições de competitividade do mercado nacional e global (FABRÍCIO, 2000).

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4.2.1 O bloco branco

Bloco de gesso S ou Standard Branco. É utilizado em divisórias internas; em

divisórias separativas, ou ainda como divisórias em ambientes onde se necessite de

uma maior segurança.

Figura 04- bloco branco standard ou blocos simples Fonte: SuperGesso S.A.

Esse tipo de bloco de gesso na cor branca apresenta características

especificas pelas normas da Associação Brasileira de Normais Técnicas - ABNT.

Devem ser utilizados em substituição aos materiais convencionais, como blocos de

cimentos ou blocos cerâmicos, na construção de paredes internas.

4.2.2 O bloco verde

Figura -05

Fonte: SuperGesso S.A.

O bloco de gesso de cor verde, conhecidos pela sigla GRG (Glass Reinforced

Gypsum), são blocos de gesso especiais, com aditivos e fibras de vidros, e que

devem ser utilizados onde ocorrem aglomeração de pessoas, ou seja, em locais que

tem constantes movimentos, como por exemplo, cinemas, casas de lanche,

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corredores, hospitais, lojas, entre outros, além disso pode ser usado para parede

que apresente resistência à colocação de cargas suspensas, como armários, decks,

para circuito interno.

4.2.3 O bloco azul

Bloco de gesso hidro Azul claro. Utilizado em áreas úmidas, pois repele a

água. Sua absorção em água após duas horas de imersão é inferior a 5%. É

recomendado em divisórias, para todos os locais que possam estar expostos à

umidade.

Figura - 06

Fonte: SuperGesso S.A.

São blocos de gesso especiais e aditivos hidrofugantes, conhecidos como

HIDRO, que devem ser utilizados para a construção de paredes internas em áreas

molhadas, como cozinhas, lavabos, áreas de serviço, banheiros, copas, etc., ou na

execução das primeiras fiadas de paredes construídas em áreas normais, mas

sujeitas a lavagens periódicas como ante-salas de consultórios, áreas comuns de

condomínios, corredores, etc.

4.2.4 O bloco rosa

Figura 07 Fonte: SuperGesso S.A.

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Bloco de gesso de cor rosa, são blocos de gesso especiais, com fibra de vidro

e aditivos hidrofugantes, conhecido GRGH, que devem ser utilizados para

construção de paredes internas em áreas que necessitam de desempenho especial,

somando as características dos blocos reforçados em fibras de vidro GRG, as dos

blocos idrofugos, como banheiros de cinema, shopping centers, áreas de serviços

de hospitais, etc.

Quanto ao processo do material é bem simples. Primeiro, mistura-se o pó de

gesso puro com 20% de água. Tudo vai para um molde e para a prensa. A secagem

é feita em uma estufa ou em até três horas em ambiente natural. (SuperGesso S.A.)

Com a nova tecnologia, as paredes não precisam mais de reboco, basta

apenas pintar. Segundo os pesquisadores, existem ainda outras vantagens. O gesso

oferece mais segurança, não pega fogo e a sensação térmica é mais agradável.

http://g1.globo

O bloco é vazado e possui as seguintes dimensões: 68 x 50 x 7,5 cm. Os

blocos são encaixados um a um sendo utilizado gesso com sizal ou gesso cola para

sua colocação. No gesso oficial utiliza-se apenas gesso cola por se tratar de um

produto melhor, dando mais produtividade, segurança e principalmente deixando o

serviço mais rápido para o ponto de pintura.

Para a utilização desse material, como divisória, há algumas premissas

importantes a serem consideradas no desenvolvimento de uma alvenaria de blocos

de gesso são elas:

Faz-se necessário conhecer as deformações potenciais da estrutura para

evitar concentrar esforços demasiados (acima do limite de serviço) e/ou localizados

nas paredes. De posse desses dados, torna-se possível dimensionar elementos de

fixação e a capacidade resistente das alvenarias.

Modular as alvenarias de forma a: aproveitar o maior número de blocos

inteiros, evitando amarração inferior ao mínimo necessário; iniciar a disposição dos

blocos pelos vãos de porta; determinar a utilização de vergas, quando necessário;

indicar interface com as redes de instalações.

Estudar as formas de ligações entre paredes de blocos de gesso com

alvenaria de contorno e com elementos estruturais (pilares, vigas e lajes).

Utilizar tipos de blocos com características hidrofugantes para a primeira fiada

e áreas molhadas, detalhando a impermeabilização.

Detalhar a forma de fixação de esquadrias, quadros de instalações e shafts.

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Definir forma de locação das paredes, conforme eixo de estrutura ou eixo

próprio para alvenaria.

Diante deste contexto, chega-se ao entendimento que as alvenarias internas

em blocos de gesso apresentam um grande avanço. Apesar dessas vantagens

existem poucas empresas que utilizam este tipo de alvenaria nas vedações internas

das edificações. As alvenarias em blocos de gesso são mais leves, variando entre

0,6 KN/m2 à 1,0 KN/m2. No que se refere à resistência e módulo de deformação,

ensaios realizados com paredinhas de 0,6m x 1,2m x 0,10m em blocos de gesso

assentados com gesso cola. (PIRES SOBRINHO 2007).

Conclui-se a respeito do bloco de gesso, que o mesmo é um produto muito

utilizado no mercado da construção civil para a execução de nichos, estantes,

paredes normais, curvas e paredes detalhadas. Atualmente é mais utilizado em

edificações comerciais tendo em vista sua rápida execução e que sua utilização é

restrita apenas em áreas secas.

4.4 A segurança, a eficiência e a resistência do bloco de gesso

O gesso para construção civil é um material pulverulento (pó) branco, obtido

pela calcinação de uma rocha chamada gipsita. O Pólo Gesseiro do Araripe vem

enfrentando uma crise em sua matriz energética, desde a energia elétrica para

setores da mineração, dos derivados de combustíveis fósseis como, gasolina, diesel,

óleo BPF aos biocombustíveis lenhosos, usados na calcinação da gipsita.

Como se sabe a gipsita é um mineral encontrado em abundância na natureza

e existem jazidas em vários países do mundo. Ela é um sulfato de cálcio hidratado

que quando submetida a uma temperatura acima de 160º desidrata-se parcialmente

transformando-se num hemi-hidrato conhecido comercialmente como gesso. Pode,

entretanto, ser usado em áreas internas úmidas, como banheiros por exemplo,

desde que convenientemente protegido.

Assim como o cimento, o gesso tem propriedades aglomerantes, isto é, após

misturado com água, endurece depois de um certo tempo, adquirindo características

ligantes (de “cola”) e resistência. De acordo com Silva (2000), para executar uma

atividade é necessário que uma das faces de uma divisória esteja fechada, além da

conclusão das instalações e reforços, o que facilita a execução. Desta forma o uso

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do gesso na construção civil é conveniente por causa de propriedades que o fazem

ser bastante utilizado na construção, a saber:

Facilidade de moldagem, o que o faz um material excelente para fabricação de ornamentos utilizados como acabamentos e efeitos decorativos, como molduras e sancas; Boa aparência: o gesso depois de endurecido apresenta superfície lisa e branca, dando ótimo acabamento, tanto em revestimentos de argamassa como em painéis ou adornos (veja as fotos a seguir). Os revestimentos em gesso eliminam a necessidade de massa corrida na pintura, que precisa ser aplicada nos revestimentos com argamassa convencional; Boas propriedades térmicas e acústicas, sendo um excelente isolante contra propagação de fogo;

Na opinião de Silva (2000), para execução desta etapa devem ser observados

os mesmos itens do fechamento da primeira face, com dois cuidados a mais a serem

verificados.

Quanto a resistência, do produto, busca-se um entendimento de forma

concreta, nos estudos de João Ailton Brondino, engenheiro civil e pós-graduando do

programa de Estruturas e Construção Civil da UFSCar que trabalha na aplicação e

uso do gesso mineral e químico. Que ao exibir a resistência de uma mostra de 40

gramas, as trincas só aparecem após uma pressão de 16 toneladas. Diz que: “Você

pode produzir blocos mais resistentes ou não de acordo com o tipo de edificação”. A

figura abaixo faz parte do estudo do referido autor.

Figura 08 - mostra de 40 gramas, de trincas sob pressão de 16 tonelada

Fonte Brondino - ITEP (2008)

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Para montar os blocos, basta usar alguns pingos de cola branca. A economia

com o produto de gesso pode ser superior a 30% se comparada ao uso do concreto.

“Nós estamos falando de alta tecnologia na construção civil. Você consegue acelerar

o processo de produção e reduzir o custo dessa obra”. (BRONDINO). De acordo

com as informações do ITEP (2008). Os testes de desempenho foram realizados em

paredes de alvenaria de blocos de gesso vazado de 7mm de espessura, construídas

em ambientes internos de apartamentos em edifício residencial.

Por se tratar de um produto inovador, não existiam no mercado máquinas

para produção de peças em sulfato de cálcio com alta resistência mecânica.

Nosso primeiro desafio foi criar esse equipamento. Adaptamos um aparelho

existente no mercado e hoje a empresa domina o processo para dimensionar

os equipamentos necessários para a produção de blocos e placas de sulfato

de cálcio em escala comercial, reproduzindo as peças com as resistências

obtidas em laboratório”, diz Brondino. “Nosso objetivo é usar os blocos para

produzir edificações verticais, com vários pavimentos, e também casas

térreas, principalmente as de interesse para reduzir o déficit habitacional no

país. Estimamos que a economia média do metro quadrado construído será

superior a 30%. Novogesso 2007 (projeto, nº 2004/02900-0).

Com a globalização da economia mundial, a abertura do mercado nacional, a

privatização das estatais, a crise econômica que se instalou nos países em

desenvolvimento e os consumidores cada vez mais conscientes dos seus direitos,

deparamo-nos com um cenário econômico agressivo e competitivo. (LIMA, 1995).

Onde somente as empresas preparadas poderão acompanhar estes novos padrões.

As Paredes divisórias são formadas por Blocos e Colas. São blocos pré-

moldados de gesso especial, fabricados por processos de moldagem, apresentando

acabamento perfeito nas suas superfícies E, como não haverá reboco, economiza-

se também energia e água e possível aluguel de betoneira. Dependendo do tipo da

casa, concretos e ferragens dos pilares e amarrações são eliminados, já que o bloco

de gesso é autoportante. Para Peres, (2001), as divisórias em blocos de gesso para

montar paredes internas também oferecem um custo bem mais baixo, em relação às

paredes de alvenaria convencionais.

No orçamento geral a economia é gigantesca e os benefícios enormes. É sem

dúvida uma ótima solução para quem quiser poupar no tempo e no dinheiro. Pois o

seu uso reduz as perdas de 30% para 5%. Esse produto além de quadruplicar a

produção por homem hora, elimina o desperdício e agiliza a conclusão da obra,

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diminuindo drasticamente o uso de massa corrida, uma vez que oferece um

acabamento com excelente planicidade.

E, se previsto ainda em planta, reduzirá o dimensionamento das estruturas,

pois diminui o peso dos pavimentos, e essa redução pode chegar a 30% do valor da

estrutura. A nova tecnologia pode gerar uma economia superior a 30%. O material é

resistente, barato e fácil de ser produzido e aplicado. E, quanto as principais

características técnicas do uso de blocos de gesso, são:

Dimensões grandes (três blocos forma um metro quadrado de área),

elevando a produtividade;

Precisão milimétrica, com superfícies planas e encaixe do tipo macho-fêmea,

facilita a elevação das paredes, a conferência do alinhamento e planicidade;

A união dos blocos se faz com fina camada de cola de gesso, não

necessitando de controle de espessura de junta;

Possibilita corte com serrote/serra com praticidade e precisão, as sobras são

facilmente reaproveitadas na própria elevação, gerando pouco resíduo;

Instalações elétricas podem seguir os vazios dos blocos ou em rasgos na

alvenaria;

As alvenarias podem ser aplicadas sobre piso pronto sem necessitar de

apicoamento, possibilitando sua remoção. Aumentando a produtividade e

redução de trinchos em pisos;

A cola de gesso possui excelente aderência entre blocos de gesso e com

outros materiais (concreto, cerâmica, madeira, materiais fibrosos, entre

outros);

Seguindo estas características, ouso dos blocos se encaixam perfeitamente e,

após a montagem da parede, obtém-se uma superfície plana e pronta para receber

o acabamento. A redução do tempo de execução, que reduz essencialmente os

gastos laborais de uma obra. Segundo Peres (2001) é possível obter uma

produtividade de 50 m2/dia/homem na sua aplicação. As principais vantagens desses

sistemas são: economia de tempo na construção, maiores espaços internos, além

disso, a sua assimilação quanto aos compradores tem sido bastante facilitada pelo

fato de que as pessoas não trocam tanto de residência como antes, o que as levaria

a considerar a facilidade de mudança de layout e instalações possibilitando a

realização de atividades econômicas sem o desmatamento, o que possibilita o

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acesso a esse novo mecanismos que busca diminuir o desmatamento com benefício

financeiros aos produtores.

Para um melhor entendimento, a figura abaixo mostra, os tamanhos e

espessuras, do bloco de gesso para que eles se adequarem, ao ambiente desejado.

Figura 09 - Blocos de Gesso quanto as suas espessuras

Os blocos de gesso apresentam duas faces planas e lisas, e podem ser

vazados, (com dutos internos cilíndricos – horizontal/vertical com diâmetro de 50

mm), ou compactos. Os blocos vazados são utilizados quando se deseja diminuir o

peso das paredes, ou melhorar o isolamento acústico, enquanto os blocos

compactos permitem construir paredes com maior altura. São blocos standard ou

blocos simples que apresentam as características especificadas pelas normas

ABNT: TB02: 002-40-009, TB02: 002-40-010 e TB02: 002-40-014.

Outras economias de custo e tempo produzidas com a opção tecnológica de

se utilizar paredes internas em alvenaria de blocos de gesso em substituição às

alvenarias tradicionais também podem ser avaliadas. Observa-se que as alvenarias

em blocos de gesso apresentam rigidez 69%. Por outro lado, a resistência das

alvenarias em blocos de gesso de 10cm de espessura apresenta o dobro da

capacidade resistente das paredes, respondendo satisfatoriamente no

comportamento global.

Na região do Araripe pernambucano, a demanda por energéticos florestais é

influenciada, diretamente, pela indústria do gesso. Dos 1.901.554 metros ésteres de

lenha que foram utilizados em 2007. Para atender as demandas industriais e

domesticas na região do Araripe analisando o contexto do Polo Gesseiro do Araripe,

depara-se com uma situação conflitante. No caso especifico do Araripe as

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características próprias da vegetação predominante a Caatinga, possibilita diversas

intervenções agrosilvopastoris em sistemas de manejo de uso múltiplo. A Caatinga

com vegetação de rara biodiversidade vem sustentando a economia da região

Nordeste ao longo dos anos por meio de duas vertentes: (a) pelo fornecimento de

energia: 33% da matriz energética da região é oriunda da lenha obtida por meio da

exploração não sustentável e 70% das famílias da região utilizam lenha para suas

demandas domésticas; (b) pelo fornecimento de uma série de produtos florestais

não madeireiros (CAMPELLO, 2008)

Em relação ao quantitativo de custos dos blocos de gesso, a tabela abaixo

representa uma análise na economia que depende da redução do desperdício, que

será menor, dependendo do tipo de sistema adotado e, principalmente do bom

emprego do mesmo. MENDONÇA (2008)

Quantitativos e de análise de custos e produtividade nas atividades internas

Material usado

Dimensões do bloco

Assentamento

Revestimento

Espessura final

Carga ruptur

a KN

Tensão na

ruptura

MPa

Rigidez* KN.m/m

Blocos de

gesso

10,0cm x 66,67cm x

50,0cm

Gesso cola Pasta de gesso

10 cm 21,40 3,57 81.000

Serviços envolvidos

Produtividade

(hora / m2

Tempo de serviço acabado

(hora / m2)

Custos unitários

Elevação

0,36

Colocação de tubulação

e cxs elétricas

0,20

0,68

45,51

Aparelhamento e pintura

0,12

Fonte: MENDONÇA (2008)

Além disso, as divisórias de gesso não geram os entulhos muito comuns nas

obras que utilizam as paredes de alvenaria. Oferecendo isolamento térmico e

acústico e são incombustíveis devido à água incorporada no processo de

cristalização do gesso. Vale ressalta que os dados apresentados na tabela, foram

extraídos de um levantamento feito por MENDONÇA, (2008).

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4.5 Resíduos de Entulhos

Entulho é considerado um conjunto de fragmentos e restos de construção

civil, provenientes de reformas, ou demolição de estruturas (prédios, residências,

pontes, etc.). Compõe-se de restos (concretos e argamassas, ou seja, aqueles que

contem cimento, cal, areia e brita) e fragmentos de materiais (elementos pré-

moldados, como materiais cerâmicos, blocos de concreto, e outros). Todas as

utilizações do gesso (paredes, forros e revestimentos) geram resíduos. Estes, ao

contrário do que se imaginava até pouco tempo, não é lixo, mas materiais que

podem ser reaproveitados de diferentes formas (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO

DRYWALL, 2011).

Figura 10 - Resíduos de restos de recortes de gesso que foram empregados nas obras. Fonte: (CONAM, 2002. multilix).

Resíduos da Construção Civil, tipos de resíduos transportados, destinação

dos mesmos, além de focar na coleta, transporte e destinação final do resíduo de

gesso. Ainda segundo o mesmo autor, o gesso merece cuidado, nas diversas

formas em que é aplicado na construção civil, desde sua especificação correta,

passando pelo treinamento da mão de obra responsável por sua aplicação e pelo

cumprimento das normas técnicas relacionadas à sua utilização, até a fase de

coleta, segregação, transporte e destinação final dos seus resíduos. A reciclagem do

entulho tem como destino peças não estruturais, pois geralmente não apresenta

característica de homogeneidade de resistência e de outras propriedades para ser

usado em concretos estruturais. No revestimento de pasta de gesso, a geração de

resíduos ocorre tanto na operação de aplicação quanto no posterior nivelamento da

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superfície do revestimento. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2011).

Assim, os entulhos, podem ser reutilizados em forma de agregados na própria obra:

aterramento e bases (obras de edificação e infraestrutura) ou encaminhados para

usinas de reciclagem. O Ibama e a SECTMA, desenvolveram esforços conjuntos

numa ação denominada Programa Mata Nativa. Conforme dados do Sindicato

SINDUSGESSO (2011), os resíduos de gesso em revestimento geram maior

proporção de resíduo gerado em obras da indústria da construção civil.

O processo de gestão de resíduos que deve ser iniciado nos canteiros de

obra, com a triagem e o acondicionamento diferenciado dos resíduos, completa-se

com a participação de uma equipe experiente, qualificada e especializada. A figura

abaixo representa como se da o ciclo de resíduos.

Figura 10 – Demonstração de um ciclo de resíduos FONTE: CONAMA no 307/2002

Resíduos da construção civil: são os provenientes de construções, reformas,

reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e

da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral,

solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros,

argamassa, gesso, telhas, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc.,

comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha. (CONAM, 2002.

Art. 2º I – multilix).

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A partir da edição da Resolução CONAMA no 307/2002 que estabeleceu as

regras para a gestão sustentável dos resíduos da construção no ambiente urbano

brasileiro, uma série de iniciativas muito positivas da cadeia produtiva foram

iniciadas e consolidou-se a formação de um importante conjunto de instrumentos

jurídicos e técnicos, com destaque para leis e regulamentos nas esferas municipal,

estadual e federal e para as normas técnicas aplicáveis ao tema. A classificação dos

resíduos da construção é feita pela Resolução CONAMA no 307/2002 considerando

os aspectos primordiais de risco ambiental e potencial de valorização dos resíduos,

discriminando 04 (quatro) classes conforme representado abaixo.

Fonte: CONAMA no 307/2002

Os resíduos de amianto foram acrescentados no rol de resíduos perigosos

(classe D) pela Resolução CONAMA no 348/2004 e os resíduos de gesso deixaram

de ser considerados classe C (não recicláveis) e foram classificados como classe B

(recicláveis) quando da edição da Resolução CONAMA no 431/2011.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O referido estudo buscou proporcionar um demonstrativo do uso do bloco de

gesso em divisórias internas como material facilitador para a construção civil,

buscando dessa forma, corresponder aos requisitos mínimos da Norma NBR15575

no que refere aos critérios analisados. Deste modo as alvenarias devem ser

moduladas utilizando o maior número de componentes inteiros, adotando juntas

verticais descontínuas (juntas em amarração) e posicionadas a fim de atender, de

forma otimizada, os projetos de instalações e arquitetura.

No requisito economia, notou-se que tanto os custos como as características

variam de obra para obra e são vários os fatores que interferem no desempenho e

no custo das construções. Em relação ao comparativo de custos, podem ser

observados por diferentes aspectos: custo direto com materiais da opção, custo para

execução do sistema, custo durante vida útil (manutenção), custos indiretos relativos

à redução de prazos, valorização dada pelo cliente e confiabilidade do sistema.

O que se constatou também, foi que categoricamente afirmado por vários

autores, devem-se elevar os índices de qualidade dos materiais do setor civil, assim,

a medida que as empresas buscarem à padronização de produtos decorrerá a

melhoria dos processos de confecção e de aspectos financeiros, bem como a gestão

de geração e reaproveitamento de entulhos.

Vale ressaltar que crescem também no meio técnico, estudos que visam o

reaproveitamento de resíduos desse material. Visando então, a garantia do produto

final e a busca do desenvolvimento sustentável.

Fica como sugestão, que também, é importante conhecer as garantias

oferecidas e verificar se o produto atende à norma da ABNT – 13207 – Gesso para

Construção Civil, e à Diretriz 08 do Sistema Nacional de Avaliações Técnicas (Sinat)

do Ministério das Cidades.

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