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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT DEPARTAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL PÓS-GRADUAÇÃO EM GERENCIAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL AVALIAÇÃO ERGONÔMICA DAS ATIVIDADES DOS FUNCIONÁRIOS DE UMA EMPRESA DE CONSTRUÇÃO CIVIL NA CIDADE DE ICÓ CEARÁ ÉRICA SÍLVIA DE OLIVEIRA SILVA Juazeiro do Norte - CE 2017

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PROacute-REITORIA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO E PESQUISA

CENTRO DE CIEcircNCIAS E TECNOLOGIA - CCT DEPARTAMENTO DA CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM GERENCIAMENTO DA CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

AVALIACcedilAtildeO ERGONOcircMICA DAS ATIVIDADES DOS FUNCIONAacuteRIOS DE UMA EMPRESA DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL NA CIDADE DE ICOacute ndash CEARAacute

EacuteRICA SIacuteLVIA DE OLIVEIRA SILVA

Juazeiro do Norte - CE

2017

EacuteRICA SIacuteLVIA DE OLIVEIRA SILVA Aluna do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gerenciamento da Construccedilatildeo Civil

URCA

AVALIACcedilAtildeO ERGONOcircMICA DAS ATIVIDADES DOS FUNCIONAacuteRIOS DE UMA EMPRESA DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL NA CIDADE DE ICOacute ndash CEARAacute

Monografia apresentada como requisito parcial para obtenccedilatildeo do grau de Especialista em Gerenciamento da Construccedilatildeo Civil pela Universidade Regional do Cariri

Orientadora ProfordfMaJaneide Ferreira Alencar de Oliveira

Juazeiro do Norte - CE

2017

AVALIACcedilAtildeO ERGONOcircMICA DAS ATIVIDADES DOS FUNCIONAacuteRIOS DE UMA EMPRESA DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL NA CIDADE DE ICOacute ndash CEARAacute

Elaborada por Eacuterica Siacutelvia de Oliveira Silva Aluna do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gerenciamento da Construccedilatildeo

Civil ndash URCA

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________ Prof Ma Janeide Ferreira Alencar de Oliveira

Orientadora

________________________________________________ Examinador interno

_________________________________________________ Examinador interno

Monografia aprovada em _____ ______ _______ com nota _______

Juazeiro do Norte ndash CE 2017

Dedico este trabalho aos familiares em especial aos meus pais Joseacute Aderson e Ilaiacutede Eufraacutesia

AGRADECIMENTOS

A Deus pela vida e por tudo que ele tem me proporcionado

A minha famiacutelia por me dar apoio em todos os momentos que preciso

deles

Aos meus amigos principalmente a Eduardo Oliveira Vanessa de

Oliveira Wandenuacutesia Silva Fabiana Soares e Socorro Oliveira A todos que me

ajudaram direto e indiretamente

ldquoO uacutenico lugar aonde o sucesso vem antes do trabalho eacute no dicionaacuteriordquo

(Autor Albert Einstein)

RESUMO

A necessidade de se aplicar a Ergonomia dentro das empresas de construccedilatildeo civil vem se tornando um fator importante nos tempos atuais contribuindo para que o ambiente se adeque ao funcionaacuterio para que ele possa trabalhar de maneira mais proveitosa Com esse tema o presente trabalho se desenvolveu de maneira concreta tendo como principal objetivo avaliar a Ergonomia e suas consequecircncias no desempenho no trabalho de uma empresa de construccedilatildeo civil no municiacutepio de Icoacute ndash CE O trabalho estuda a importacircncia da anaacutelise ergonocircmica ligado diretamente aos fatores que possam causar danos aos funcionaacuterios dessa empresa tendo como objetivo uma pesquisa de campo de natureza qualitativa e quantitativa Quanto agrave metodologia aplicada agrave pesquisa de dados aconteceu atraveacutes de um questionaacuterio contendo 03 perguntas fechadas aplicado a 20 funcionaacuterios no qual apenas 80 responderam Os resultados comprovam que os itens ergonocircmicos na empresa estudada satildeo aceitos pelos entrevistados podendo adicionar algumas melhorias como um ambiente mais limpo despertando neles um melhor desempenho Palavras-chave Ergonomia Sauacutede no Trabalho Ambiente de Trabalho

ABSTRACT

The need to apply Ergonomics within civil construction companies has become an important factor in todays times helping the environment to adhere to the employee so that he can work more profitably With this theme the present work was developed in a concrete way having as main objective to evaluate Ergonomics and its consequences in the work performance of a construction company in the municipality of Icoacute - CE The paper studies the importance of the ergonomic analysis directly linked to the factors that can cause damages to the employees of this company with the objective of a field research of a qualitative and quantitative nature As for the methodology applied to data research a questionnaire containing 03 closed questions was applied to 20 employees in which only 80 answered The results confirm that the ergonomic items in the studied company are accepted by the interviewees and can add some improvements such as a cleaner environment resulting in better performance Keywords Ergonomics Health at Work Desktop

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresaacuterias 16

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada 36

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada 37

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta 38

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta 39

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada 40

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta 41

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada 42

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta 43

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios 45

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho 46

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios 47

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios 48

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 12

11 Justificativa 13

12 Objetivos 13

121 Objetivo Geral 13

122 Objetivos Especiacuteficos 13

13 Metodologia 14

2 ERGONOMIA 15

22 A origem da ergonomia 17

23 NR ndash 17 18

24 Ergonomia fiacutesica 21

25 Ergonomia cognitiva 22

26 Ergonomia Organizacional 23

27 Fatores que afetam as atividades produtivas 25

28 Fisiologia do Trabalho 26

29 Problemaacutetica da Ergonomia 27

210 Abordagens ergonocircmicas 27

2101 Anaacutelise de Sistemas 27

2102 Postos de Trabalho 27

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo 27

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo 28

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo 28

211 Postura 28

3 RISCOS ERGONOcircMICOS 29

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL 30

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil 31

43 Lombalgia 32

5 ESTUDO DE CASO 34

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades 34

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa 34

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 36

62 Pedreiro 36

63 Operador de Betoneira 40

64 Ajudante 41

65 Aspectos Expressivos 43

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute 43

67 Condiccedilotildees do trabalho 44

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico 45

69 Aspectos Natildeo Significativos 49

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 50

REFEREcircNCIAS 51

ANEXO A 55

APEcircNDICE 56

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto

suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para

concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho

das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas

atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os

elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando

no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de

conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento

da produccedilatildeo

A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e

nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em

apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a

espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da

inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por

exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de

melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os

papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de

referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego

Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das

empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para

o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse

contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos

ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas

fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no

campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra

Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada

que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a

produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado

pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos

13

referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se

sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados

11 Justificativa

Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos

organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de

aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo

fosse citado o nome da empresa no trabalho

Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os

fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses

cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se

conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que

eles poderatildeo trazer para o ambiente interno

Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de

trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas

atividades abstrusas que a empresa oferece

Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da

empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam

expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois

serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano

12 Objetivos

121 Objetivo Geral

Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos

funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o

alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses

trabalhadores nessa empresa

122 Objetivos Especiacuteficos

Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos

Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos

funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e

Organizacional

14

Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios

atraveacutes de atividades rotineiras

13 Metodologia

Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para

levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de

pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros

especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de

trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta

de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho

Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos

de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas

e pescoccedilo dos trabalhadores

A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo

ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo

postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem

contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas

ocupacionais e aumentar a produtividade

15

2 ERGONOMIA

Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande

meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras

mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho

de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para

realizaccedilatildeo do trabalho

No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida

no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam

suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por

exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando

apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e

desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito

A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico

implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no

ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com

prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010

p167)

A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas

alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica

cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o

ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou

sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser

evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar

os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem

Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador

Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute

interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida

teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da

atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia

fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute

16

Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento

Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash

(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)

ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo

Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano

e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o

trabalho agraves pessoas

Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede

das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a

qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas

encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e

individuais como mostra a figura 1

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais

Fonte o autor (2016)

17

A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos

corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores

ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees

captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre

mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos

interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes

seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida

cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)

22 A origem da ergonomia

A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do

movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs

Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a

Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia

ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta

primeira definiccedilatildeo estabelecia que

A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)

KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro

A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente

Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a

claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica

comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow

Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na

18

eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das

atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)

Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)

O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos

trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento

Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual

formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho

(Lida 2000)

Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a

eficiecircncia e as metas de produtividade

Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada

pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo

real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo

de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas

estruturas de postos de trabalho

A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)

23 NR ndash 17

Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre

digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em

Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP

contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando

recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)

19

A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela

Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando

surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo

do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar

recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)

Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos

ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho

com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por

produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi

constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por

esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e

luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar

as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)

Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento

de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de

Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da

DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de

trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem

estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o

mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)

Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho

assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova

redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751

infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica

pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL

2002)

A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia

(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item

171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees

de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta

Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma

Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender

a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas

20

as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral

devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da

NR 17 (BRASIL 2002)

Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo

estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia

de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho

(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta

quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem

estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela

CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do

trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante

instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a

produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel

avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas

brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram

de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era

considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da

empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado

por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador

De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a

mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute

recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem

quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada

Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos

postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme

estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador

na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica

do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um

problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida

para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a

produtividade exigidos (BRASIL 2002)

21

24 Ergonomia fiacutesica

Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)

ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana

antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos

relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais

movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho

projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede

Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a

anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que

estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a

biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave

atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho

como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos

relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho

Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema

musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico

confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de

movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais

importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com

as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho

A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades

musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a

fisiologia do trabalho

A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos

problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de

trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa

grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos

A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da

ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que

impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos

repetitivos

Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma

reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia

fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro

22

como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma

instalaccedilatildeo

No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da

ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em

um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores

condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia

da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo

tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura

iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil

normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da

adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de

conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma

regiatildeo de nebulosidade

Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados

para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos

funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos

proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu

aparelho de trabalho

25 Ergonomia cognitiva

Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos

processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora

conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um

sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho

tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador

estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres

humanos e sistemas

Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se

por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica

compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens

complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para

a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua

autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades

23

de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas

e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais

Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental

tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento

Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com

outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para

o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um

equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de

alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica

que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo

problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria

De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as

pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do

seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e

de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de

percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga

mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das

empresas

Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)

26 Ergonomia Organizacional

O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma

constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de

trabalho

Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)

24

A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas

soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos

Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo

temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do

trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-

trabalho e gestatildeo da qualidade

A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo

(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das

atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio

turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando

capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que

encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e

participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo

Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas

como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse

sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio

organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees

desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de

suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus

colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos

projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada

membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que

norteiam a organizaccedilatildeo

Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com

relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os

indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees

aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)

Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia

organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as

pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada

nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a

comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade

Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de

todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 2: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

EacuteRICA SIacuteLVIA DE OLIVEIRA SILVA Aluna do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gerenciamento da Construccedilatildeo Civil

URCA

AVALIACcedilAtildeO ERGONOcircMICA DAS ATIVIDADES DOS FUNCIONAacuteRIOS DE UMA EMPRESA DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL NA CIDADE DE ICOacute ndash CEARAacute

Monografia apresentada como requisito parcial para obtenccedilatildeo do grau de Especialista em Gerenciamento da Construccedilatildeo Civil pela Universidade Regional do Cariri

Orientadora ProfordfMaJaneide Ferreira Alencar de Oliveira

Juazeiro do Norte - CE

2017

AVALIACcedilAtildeO ERGONOcircMICA DAS ATIVIDADES DOS FUNCIONAacuteRIOS DE UMA EMPRESA DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL NA CIDADE DE ICOacute ndash CEARAacute

Elaborada por Eacuterica Siacutelvia de Oliveira Silva Aluna do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gerenciamento da Construccedilatildeo

Civil ndash URCA

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________ Prof Ma Janeide Ferreira Alencar de Oliveira

Orientadora

________________________________________________ Examinador interno

_________________________________________________ Examinador interno

Monografia aprovada em _____ ______ _______ com nota _______

Juazeiro do Norte ndash CE 2017

Dedico este trabalho aos familiares em especial aos meus pais Joseacute Aderson e Ilaiacutede Eufraacutesia

AGRADECIMENTOS

A Deus pela vida e por tudo que ele tem me proporcionado

A minha famiacutelia por me dar apoio em todos os momentos que preciso

deles

Aos meus amigos principalmente a Eduardo Oliveira Vanessa de

Oliveira Wandenuacutesia Silva Fabiana Soares e Socorro Oliveira A todos que me

ajudaram direto e indiretamente

ldquoO uacutenico lugar aonde o sucesso vem antes do trabalho eacute no dicionaacuteriordquo

(Autor Albert Einstein)

RESUMO

A necessidade de se aplicar a Ergonomia dentro das empresas de construccedilatildeo civil vem se tornando um fator importante nos tempos atuais contribuindo para que o ambiente se adeque ao funcionaacuterio para que ele possa trabalhar de maneira mais proveitosa Com esse tema o presente trabalho se desenvolveu de maneira concreta tendo como principal objetivo avaliar a Ergonomia e suas consequecircncias no desempenho no trabalho de uma empresa de construccedilatildeo civil no municiacutepio de Icoacute ndash CE O trabalho estuda a importacircncia da anaacutelise ergonocircmica ligado diretamente aos fatores que possam causar danos aos funcionaacuterios dessa empresa tendo como objetivo uma pesquisa de campo de natureza qualitativa e quantitativa Quanto agrave metodologia aplicada agrave pesquisa de dados aconteceu atraveacutes de um questionaacuterio contendo 03 perguntas fechadas aplicado a 20 funcionaacuterios no qual apenas 80 responderam Os resultados comprovam que os itens ergonocircmicos na empresa estudada satildeo aceitos pelos entrevistados podendo adicionar algumas melhorias como um ambiente mais limpo despertando neles um melhor desempenho Palavras-chave Ergonomia Sauacutede no Trabalho Ambiente de Trabalho

ABSTRACT

The need to apply Ergonomics within civil construction companies has become an important factor in todays times helping the environment to adhere to the employee so that he can work more profitably With this theme the present work was developed in a concrete way having as main objective to evaluate Ergonomics and its consequences in the work performance of a construction company in the municipality of Icoacute - CE The paper studies the importance of the ergonomic analysis directly linked to the factors that can cause damages to the employees of this company with the objective of a field research of a qualitative and quantitative nature As for the methodology applied to data research a questionnaire containing 03 closed questions was applied to 20 employees in which only 80 answered The results confirm that the ergonomic items in the studied company are accepted by the interviewees and can add some improvements such as a cleaner environment resulting in better performance Keywords Ergonomics Health at Work Desktop

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresaacuterias 16

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada 36

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada 37

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta 38

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta 39

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada 40

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta 41

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada 42

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta 43

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios 45

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho 46

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios 47

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios 48

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 12

11 Justificativa 13

12 Objetivos 13

121 Objetivo Geral 13

122 Objetivos Especiacuteficos 13

13 Metodologia 14

2 ERGONOMIA 15

22 A origem da ergonomia 17

23 NR ndash 17 18

24 Ergonomia fiacutesica 21

25 Ergonomia cognitiva 22

26 Ergonomia Organizacional 23

27 Fatores que afetam as atividades produtivas 25

28 Fisiologia do Trabalho 26

29 Problemaacutetica da Ergonomia 27

210 Abordagens ergonocircmicas 27

2101 Anaacutelise de Sistemas 27

2102 Postos de Trabalho 27

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo 27

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo 28

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo 28

211 Postura 28

3 RISCOS ERGONOcircMICOS 29

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL 30

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil 31

43 Lombalgia 32

5 ESTUDO DE CASO 34

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades 34

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa 34

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 36

62 Pedreiro 36

63 Operador de Betoneira 40

64 Ajudante 41

65 Aspectos Expressivos 43

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute 43

67 Condiccedilotildees do trabalho 44

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico 45

69 Aspectos Natildeo Significativos 49

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 50

REFEREcircNCIAS 51

ANEXO A 55

APEcircNDICE 56

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto

suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para

concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho

das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas

atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os

elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando

no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de

conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento

da produccedilatildeo

A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e

nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em

apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a

espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da

inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por

exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de

melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os

papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de

referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego

Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das

empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para

o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse

contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos

ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas

fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no

campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra

Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada

que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a

produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado

pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos

13

referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se

sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados

11 Justificativa

Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos

organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de

aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo

fosse citado o nome da empresa no trabalho

Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os

fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses

cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se

conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que

eles poderatildeo trazer para o ambiente interno

Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de

trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas

atividades abstrusas que a empresa oferece

Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da

empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam

expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois

serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano

12 Objetivos

121 Objetivo Geral

Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos

funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o

alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses

trabalhadores nessa empresa

122 Objetivos Especiacuteficos

Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos

Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos

funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e

Organizacional

14

Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios

atraveacutes de atividades rotineiras

13 Metodologia

Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para

levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de

pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros

especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de

trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta

de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho

Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos

de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas

e pescoccedilo dos trabalhadores

A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo

ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo

postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem

contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas

ocupacionais e aumentar a produtividade

15

2 ERGONOMIA

Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande

meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras

mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho

de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para

realizaccedilatildeo do trabalho

No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida

no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam

suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por

exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando

apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e

desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito

A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico

implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no

ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com

prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010

p167)

A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas

alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica

cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o

ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou

sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser

evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar

os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem

Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador

Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute

interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida

teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da

atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia

fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute

16

Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento

Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash

(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)

ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo

Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano

e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o

trabalho agraves pessoas

Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede

das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a

qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas

encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e

individuais como mostra a figura 1

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais

Fonte o autor (2016)

17

A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos

corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores

ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees

captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre

mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos

interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes

seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida

cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)

22 A origem da ergonomia

A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do

movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs

Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a

Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia

ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta

primeira definiccedilatildeo estabelecia que

A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)

KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro

A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente

Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a

claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica

comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow

Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na

18

eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das

atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)

Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)

O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos

trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento

Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual

formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho

(Lida 2000)

Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a

eficiecircncia e as metas de produtividade

Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada

pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo

real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo

de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas

estruturas de postos de trabalho

A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)

23 NR ndash 17

Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre

digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em

Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP

contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando

recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)

19

A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela

Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando

surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo

do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar

recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)

Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos

ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho

com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por

produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi

constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por

esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e

luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar

as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)

Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento

de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de

Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da

DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de

trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem

estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o

mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)

Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho

assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova

redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751

infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica

pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL

2002)

A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia

(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item

171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees

de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta

Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma

Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender

a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas

20

as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral

devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da

NR 17 (BRASIL 2002)

Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo

estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia

de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho

(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta

quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem

estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela

CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do

trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante

instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a

produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel

avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas

brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram

de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era

considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da

empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado

por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador

De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a

mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute

recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem

quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada

Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos

postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme

estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador

na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica

do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um

problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida

para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a

produtividade exigidos (BRASIL 2002)

21

24 Ergonomia fiacutesica

Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)

ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana

antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos

relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais

movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho

projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede

Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a

anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que

estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a

biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave

atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho

como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos

relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho

Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema

musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico

confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de

movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais

importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com

as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho

A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades

musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a

fisiologia do trabalho

A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos

problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de

trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa

grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos

A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da

ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que

impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos

repetitivos

Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma

reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia

fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro

22

como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma

instalaccedilatildeo

No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da

ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em

um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores

condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia

da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo

tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura

iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil

normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da

adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de

conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma

regiatildeo de nebulosidade

Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados

para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos

funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos

proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu

aparelho de trabalho

25 Ergonomia cognitiva

Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos

processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora

conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um

sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho

tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador

estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres

humanos e sistemas

Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se

por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica

compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens

complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para

a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua

autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades

23

de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas

e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais

Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental

tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento

Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com

outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para

o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um

equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de

alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica

que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo

problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria

De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as

pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do

seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e

de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de

percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga

mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das

empresas

Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)

26 Ergonomia Organizacional

O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma

constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de

trabalho

Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)

24

A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas

soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos

Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo

temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do

trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-

trabalho e gestatildeo da qualidade

A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo

(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das

atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio

turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando

capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que

encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e

participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo

Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas

como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse

sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio

organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees

desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de

suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus

colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos

projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada

membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que

norteiam a organizaccedilatildeo

Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com

relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os

indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees

aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)

Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia

organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as

pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada

nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a

comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade

Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de

todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 3: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

AVALIACcedilAtildeO ERGONOcircMICA DAS ATIVIDADES DOS FUNCIONAacuteRIOS DE UMA EMPRESA DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL NA CIDADE DE ICOacute ndash CEARAacute

Elaborada por Eacuterica Siacutelvia de Oliveira Silva Aluna do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Gerenciamento da Construccedilatildeo

Civil ndash URCA

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________ Prof Ma Janeide Ferreira Alencar de Oliveira

Orientadora

________________________________________________ Examinador interno

_________________________________________________ Examinador interno

Monografia aprovada em _____ ______ _______ com nota _______

Juazeiro do Norte ndash CE 2017

Dedico este trabalho aos familiares em especial aos meus pais Joseacute Aderson e Ilaiacutede Eufraacutesia

AGRADECIMENTOS

A Deus pela vida e por tudo que ele tem me proporcionado

A minha famiacutelia por me dar apoio em todos os momentos que preciso

deles

Aos meus amigos principalmente a Eduardo Oliveira Vanessa de

Oliveira Wandenuacutesia Silva Fabiana Soares e Socorro Oliveira A todos que me

ajudaram direto e indiretamente

ldquoO uacutenico lugar aonde o sucesso vem antes do trabalho eacute no dicionaacuteriordquo

(Autor Albert Einstein)

RESUMO

A necessidade de se aplicar a Ergonomia dentro das empresas de construccedilatildeo civil vem se tornando um fator importante nos tempos atuais contribuindo para que o ambiente se adeque ao funcionaacuterio para que ele possa trabalhar de maneira mais proveitosa Com esse tema o presente trabalho se desenvolveu de maneira concreta tendo como principal objetivo avaliar a Ergonomia e suas consequecircncias no desempenho no trabalho de uma empresa de construccedilatildeo civil no municiacutepio de Icoacute ndash CE O trabalho estuda a importacircncia da anaacutelise ergonocircmica ligado diretamente aos fatores que possam causar danos aos funcionaacuterios dessa empresa tendo como objetivo uma pesquisa de campo de natureza qualitativa e quantitativa Quanto agrave metodologia aplicada agrave pesquisa de dados aconteceu atraveacutes de um questionaacuterio contendo 03 perguntas fechadas aplicado a 20 funcionaacuterios no qual apenas 80 responderam Os resultados comprovam que os itens ergonocircmicos na empresa estudada satildeo aceitos pelos entrevistados podendo adicionar algumas melhorias como um ambiente mais limpo despertando neles um melhor desempenho Palavras-chave Ergonomia Sauacutede no Trabalho Ambiente de Trabalho

ABSTRACT

The need to apply Ergonomics within civil construction companies has become an important factor in todays times helping the environment to adhere to the employee so that he can work more profitably With this theme the present work was developed in a concrete way having as main objective to evaluate Ergonomics and its consequences in the work performance of a construction company in the municipality of Icoacute - CE The paper studies the importance of the ergonomic analysis directly linked to the factors that can cause damages to the employees of this company with the objective of a field research of a qualitative and quantitative nature As for the methodology applied to data research a questionnaire containing 03 closed questions was applied to 20 employees in which only 80 answered The results confirm that the ergonomic items in the studied company are accepted by the interviewees and can add some improvements such as a cleaner environment resulting in better performance Keywords Ergonomics Health at Work Desktop

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresaacuterias 16

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada 36

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada 37

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta 38

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta 39

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada 40

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta 41

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada 42

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta 43

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios 45

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho 46

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios 47

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios 48

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 12

11 Justificativa 13

12 Objetivos 13

121 Objetivo Geral 13

122 Objetivos Especiacuteficos 13

13 Metodologia 14

2 ERGONOMIA 15

22 A origem da ergonomia 17

23 NR ndash 17 18

24 Ergonomia fiacutesica 21

25 Ergonomia cognitiva 22

26 Ergonomia Organizacional 23

27 Fatores que afetam as atividades produtivas 25

28 Fisiologia do Trabalho 26

29 Problemaacutetica da Ergonomia 27

210 Abordagens ergonocircmicas 27

2101 Anaacutelise de Sistemas 27

2102 Postos de Trabalho 27

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo 27

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo 28

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo 28

211 Postura 28

3 RISCOS ERGONOcircMICOS 29

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL 30

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil 31

43 Lombalgia 32

5 ESTUDO DE CASO 34

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades 34

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa 34

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 36

62 Pedreiro 36

63 Operador de Betoneira 40

64 Ajudante 41

65 Aspectos Expressivos 43

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute 43

67 Condiccedilotildees do trabalho 44

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico 45

69 Aspectos Natildeo Significativos 49

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 50

REFEREcircNCIAS 51

ANEXO A 55

APEcircNDICE 56

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto

suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para

concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho

das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas

atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os

elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando

no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de

conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento

da produccedilatildeo

A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e

nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em

apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a

espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da

inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por

exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de

melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os

papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de

referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego

Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das

empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para

o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse

contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos

ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas

fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no

campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra

Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada

que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a

produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado

pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos

13

referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se

sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados

11 Justificativa

Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos

organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de

aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo

fosse citado o nome da empresa no trabalho

Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os

fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses

cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se

conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que

eles poderatildeo trazer para o ambiente interno

Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de

trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas

atividades abstrusas que a empresa oferece

Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da

empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam

expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois

serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano

12 Objetivos

121 Objetivo Geral

Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos

funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o

alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses

trabalhadores nessa empresa

122 Objetivos Especiacuteficos

Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos

Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos

funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e

Organizacional

14

Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios

atraveacutes de atividades rotineiras

13 Metodologia

Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para

levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de

pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros

especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de

trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta

de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho

Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos

de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas

e pescoccedilo dos trabalhadores

A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo

ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo

postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem

contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas

ocupacionais e aumentar a produtividade

15

2 ERGONOMIA

Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande

meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras

mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho

de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para

realizaccedilatildeo do trabalho

No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida

no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam

suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por

exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando

apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e

desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito

A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico

implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no

ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com

prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010

p167)

A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas

alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica

cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o

ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou

sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser

evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar

os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem

Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador

Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute

interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida

teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da

atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia

fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute

16

Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento

Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash

(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)

ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo

Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano

e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o

trabalho agraves pessoas

Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede

das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a

qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas

encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e

individuais como mostra a figura 1

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais

Fonte o autor (2016)

17

A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos

corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores

ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees

captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre

mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos

interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes

seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida

cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)

22 A origem da ergonomia

A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do

movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs

Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a

Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia

ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta

primeira definiccedilatildeo estabelecia que

A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)

KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro

A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente

Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a

claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica

comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow

Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na

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eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das

atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)

Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)

O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos

trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento

Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual

formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho

(Lida 2000)

Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a

eficiecircncia e as metas de produtividade

Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada

pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo

real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo

de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas

estruturas de postos de trabalho

A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)

23 NR ndash 17

Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre

digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em

Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP

contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando

recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)

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A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela

Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando

surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo

do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar

recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)

Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos

ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho

com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por

produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi

constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por

esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e

luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar

as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)

Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento

de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de

Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da

DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de

trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem

estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o

mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)

Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho

assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova

redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751

infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica

pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL

2002)

A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia

(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item

171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees

de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta

Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma

Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender

a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas

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as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral

devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da

NR 17 (BRASIL 2002)

Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo

estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia

de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho

(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta

quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem

estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela

CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do

trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante

instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a

produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel

avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas

brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram

de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era

considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da

empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado

por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador

De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a

mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute

recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem

quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada

Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos

postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme

estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador

na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica

do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um

problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida

para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a

produtividade exigidos (BRASIL 2002)

21

24 Ergonomia fiacutesica

Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)

ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana

antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos

relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais

movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho

projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede

Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a

anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que

estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a

biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave

atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho

como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos

relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho

Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema

musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico

confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de

movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais

importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com

as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho

A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades

musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a

fisiologia do trabalho

A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos

problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de

trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa

grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos

A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da

ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que

impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos

repetitivos

Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma

reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia

fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro

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como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma

instalaccedilatildeo

No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da

ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em

um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores

condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia

da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo

tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura

iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil

normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da

adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de

conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma

regiatildeo de nebulosidade

Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados

para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos

funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos

proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu

aparelho de trabalho

25 Ergonomia cognitiva

Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos

processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora

conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um

sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho

tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador

estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres

humanos e sistemas

Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se

por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica

compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens

complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para

a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua

autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades

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de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas

e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais

Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental

tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento

Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com

outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para

o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um

equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de

alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica

que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo

problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria

De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as

pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do

seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e

de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de

percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga

mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das

empresas

Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)

26 Ergonomia Organizacional

O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma

constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de

trabalho

Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)

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A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas

soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos

Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo

temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do

trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-

trabalho e gestatildeo da qualidade

A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo

(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das

atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio

turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando

capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que

encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e

participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo

Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas

como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse

sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio

organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees

desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de

suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus

colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos

projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada

membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que

norteiam a organizaccedilatildeo

Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com

relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os

indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees

aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)

Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia

organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as

pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada

nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a

comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade

Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de

todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 4: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

Dedico este trabalho aos familiares em especial aos meus pais Joseacute Aderson e Ilaiacutede Eufraacutesia

AGRADECIMENTOS

A Deus pela vida e por tudo que ele tem me proporcionado

A minha famiacutelia por me dar apoio em todos os momentos que preciso

deles

Aos meus amigos principalmente a Eduardo Oliveira Vanessa de

Oliveira Wandenuacutesia Silva Fabiana Soares e Socorro Oliveira A todos que me

ajudaram direto e indiretamente

ldquoO uacutenico lugar aonde o sucesso vem antes do trabalho eacute no dicionaacuteriordquo

(Autor Albert Einstein)

RESUMO

A necessidade de se aplicar a Ergonomia dentro das empresas de construccedilatildeo civil vem se tornando um fator importante nos tempos atuais contribuindo para que o ambiente se adeque ao funcionaacuterio para que ele possa trabalhar de maneira mais proveitosa Com esse tema o presente trabalho se desenvolveu de maneira concreta tendo como principal objetivo avaliar a Ergonomia e suas consequecircncias no desempenho no trabalho de uma empresa de construccedilatildeo civil no municiacutepio de Icoacute ndash CE O trabalho estuda a importacircncia da anaacutelise ergonocircmica ligado diretamente aos fatores que possam causar danos aos funcionaacuterios dessa empresa tendo como objetivo uma pesquisa de campo de natureza qualitativa e quantitativa Quanto agrave metodologia aplicada agrave pesquisa de dados aconteceu atraveacutes de um questionaacuterio contendo 03 perguntas fechadas aplicado a 20 funcionaacuterios no qual apenas 80 responderam Os resultados comprovam que os itens ergonocircmicos na empresa estudada satildeo aceitos pelos entrevistados podendo adicionar algumas melhorias como um ambiente mais limpo despertando neles um melhor desempenho Palavras-chave Ergonomia Sauacutede no Trabalho Ambiente de Trabalho

ABSTRACT

The need to apply Ergonomics within civil construction companies has become an important factor in todays times helping the environment to adhere to the employee so that he can work more profitably With this theme the present work was developed in a concrete way having as main objective to evaluate Ergonomics and its consequences in the work performance of a construction company in the municipality of Icoacute - CE The paper studies the importance of the ergonomic analysis directly linked to the factors that can cause damages to the employees of this company with the objective of a field research of a qualitative and quantitative nature As for the methodology applied to data research a questionnaire containing 03 closed questions was applied to 20 employees in which only 80 answered The results confirm that the ergonomic items in the studied company are accepted by the interviewees and can add some improvements such as a cleaner environment resulting in better performance Keywords Ergonomics Health at Work Desktop

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresaacuterias 16

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada 36

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada 37

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta 38

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta 39

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada 40

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta 41

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada 42

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta 43

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios 45

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho 46

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios 47

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios 48

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 12

11 Justificativa 13

12 Objetivos 13

121 Objetivo Geral 13

122 Objetivos Especiacuteficos 13

13 Metodologia 14

2 ERGONOMIA 15

22 A origem da ergonomia 17

23 NR ndash 17 18

24 Ergonomia fiacutesica 21

25 Ergonomia cognitiva 22

26 Ergonomia Organizacional 23

27 Fatores que afetam as atividades produtivas 25

28 Fisiologia do Trabalho 26

29 Problemaacutetica da Ergonomia 27

210 Abordagens ergonocircmicas 27

2101 Anaacutelise de Sistemas 27

2102 Postos de Trabalho 27

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo 27

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo 28

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo 28

211 Postura 28

3 RISCOS ERGONOcircMICOS 29

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL 30

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil 31

43 Lombalgia 32

5 ESTUDO DE CASO 34

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades 34

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa 34

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 36

62 Pedreiro 36

63 Operador de Betoneira 40

64 Ajudante 41

65 Aspectos Expressivos 43

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute 43

67 Condiccedilotildees do trabalho 44

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico 45

69 Aspectos Natildeo Significativos 49

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 50

REFEREcircNCIAS 51

ANEXO A 55

APEcircNDICE 56

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto

suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para

concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho

das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas

atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os

elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando

no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de

conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento

da produccedilatildeo

A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e

nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em

apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a

espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da

inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por

exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de

melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os

papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de

referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego

Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das

empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para

o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse

contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos

ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas

fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no

campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra

Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada

que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a

produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado

pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos

13

referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se

sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados

11 Justificativa

Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos

organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de

aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo

fosse citado o nome da empresa no trabalho

Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os

fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses

cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se

conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que

eles poderatildeo trazer para o ambiente interno

Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de

trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas

atividades abstrusas que a empresa oferece

Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da

empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam

expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois

serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano

12 Objetivos

121 Objetivo Geral

Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos

funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o

alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses

trabalhadores nessa empresa

122 Objetivos Especiacuteficos

Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos

Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos

funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e

Organizacional

14

Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios

atraveacutes de atividades rotineiras

13 Metodologia

Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para

levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de

pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros

especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de

trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta

de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho

Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos

de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas

e pescoccedilo dos trabalhadores

A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo

ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo

postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem

contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas

ocupacionais e aumentar a produtividade

15

2 ERGONOMIA

Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande

meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras

mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho

de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para

realizaccedilatildeo do trabalho

No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida

no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam

suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por

exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando

apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e

desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito

A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico

implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no

ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com

prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010

p167)

A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas

alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica

cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o

ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou

sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser

evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar

os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem

Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador

Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute

interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida

teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da

atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia

fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute

16

Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento

Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash

(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)

ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo

Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano

e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o

trabalho agraves pessoas

Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede

das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a

qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas

encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e

individuais como mostra a figura 1

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais

Fonte o autor (2016)

17

A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos

corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores

ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees

captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre

mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos

interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes

seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida

cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)

22 A origem da ergonomia

A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do

movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs

Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a

Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia

ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta

primeira definiccedilatildeo estabelecia que

A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)

KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro

A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente

Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a

claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica

comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow

Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na

18

eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das

atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)

Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)

O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos

trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento

Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual

formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho

(Lida 2000)

Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a

eficiecircncia e as metas de produtividade

Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada

pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo

real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo

de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas

estruturas de postos de trabalho

A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)

23 NR ndash 17

Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre

digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em

Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP

contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando

recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)

19

A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela

Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando

surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo

do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar

recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)

Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos

ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho

com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por

produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi

constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por

esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e

luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar

as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)

Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento

de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de

Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da

DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de

trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem

estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o

mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)

Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho

assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova

redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751

infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica

pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL

2002)

A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia

(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item

171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees

de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta

Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma

Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender

a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas

20

as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral

devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da

NR 17 (BRASIL 2002)

Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo

estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia

de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho

(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta

quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem

estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela

CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do

trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante

instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a

produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel

avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas

brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram

de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era

considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da

empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado

por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador

De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a

mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute

recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem

quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada

Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos

postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme

estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador

na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica

do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um

problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida

para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a

produtividade exigidos (BRASIL 2002)

21

24 Ergonomia fiacutesica

Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)

ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana

antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos

relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais

movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho

projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede

Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a

anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que

estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a

biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave

atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho

como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos

relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho

Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema

musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico

confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de

movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais

importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com

as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho

A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades

musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a

fisiologia do trabalho

A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos

problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de

trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa

grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos

A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da

ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que

impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos

repetitivos

Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma

reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia

fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro

22

como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma

instalaccedilatildeo

No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da

ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em

um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores

condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia

da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo

tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura

iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil

normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da

adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de

conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma

regiatildeo de nebulosidade

Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados

para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos

funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos

proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu

aparelho de trabalho

25 Ergonomia cognitiva

Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos

processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora

conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um

sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho

tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador

estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres

humanos e sistemas

Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se

por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica

compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens

complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para

a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua

autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades

23

de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas

e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais

Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental

tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento

Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com

outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para

o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um

equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de

alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica

que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo

problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria

De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as

pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do

seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e

de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de

percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga

mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das

empresas

Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)

26 Ergonomia Organizacional

O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma

constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de

trabalho

Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)

24

A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas

soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos

Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo

temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do

trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-

trabalho e gestatildeo da qualidade

A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo

(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das

atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio

turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando

capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que

encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e

participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo

Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas

como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse

sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio

organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees

desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de

suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus

colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos

projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada

membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que

norteiam a organizaccedilatildeo

Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com

relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os

indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees

aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)

Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia

organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as

pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada

nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a

comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade

Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de

todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 5: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

AGRADECIMENTOS

A Deus pela vida e por tudo que ele tem me proporcionado

A minha famiacutelia por me dar apoio em todos os momentos que preciso

deles

Aos meus amigos principalmente a Eduardo Oliveira Vanessa de

Oliveira Wandenuacutesia Silva Fabiana Soares e Socorro Oliveira A todos que me

ajudaram direto e indiretamente

ldquoO uacutenico lugar aonde o sucesso vem antes do trabalho eacute no dicionaacuteriordquo

(Autor Albert Einstein)

RESUMO

A necessidade de se aplicar a Ergonomia dentro das empresas de construccedilatildeo civil vem se tornando um fator importante nos tempos atuais contribuindo para que o ambiente se adeque ao funcionaacuterio para que ele possa trabalhar de maneira mais proveitosa Com esse tema o presente trabalho se desenvolveu de maneira concreta tendo como principal objetivo avaliar a Ergonomia e suas consequecircncias no desempenho no trabalho de uma empresa de construccedilatildeo civil no municiacutepio de Icoacute ndash CE O trabalho estuda a importacircncia da anaacutelise ergonocircmica ligado diretamente aos fatores que possam causar danos aos funcionaacuterios dessa empresa tendo como objetivo uma pesquisa de campo de natureza qualitativa e quantitativa Quanto agrave metodologia aplicada agrave pesquisa de dados aconteceu atraveacutes de um questionaacuterio contendo 03 perguntas fechadas aplicado a 20 funcionaacuterios no qual apenas 80 responderam Os resultados comprovam que os itens ergonocircmicos na empresa estudada satildeo aceitos pelos entrevistados podendo adicionar algumas melhorias como um ambiente mais limpo despertando neles um melhor desempenho Palavras-chave Ergonomia Sauacutede no Trabalho Ambiente de Trabalho

ABSTRACT

The need to apply Ergonomics within civil construction companies has become an important factor in todays times helping the environment to adhere to the employee so that he can work more profitably With this theme the present work was developed in a concrete way having as main objective to evaluate Ergonomics and its consequences in the work performance of a construction company in the municipality of Icoacute - CE The paper studies the importance of the ergonomic analysis directly linked to the factors that can cause damages to the employees of this company with the objective of a field research of a qualitative and quantitative nature As for the methodology applied to data research a questionnaire containing 03 closed questions was applied to 20 employees in which only 80 answered The results confirm that the ergonomic items in the studied company are accepted by the interviewees and can add some improvements such as a cleaner environment resulting in better performance Keywords Ergonomics Health at Work Desktop

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresaacuterias 16

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada 36

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada 37

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta 38

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta 39

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada 40

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta 41

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada 42

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta 43

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios 45

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho 46

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios 47

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios 48

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 12

11 Justificativa 13

12 Objetivos 13

121 Objetivo Geral 13

122 Objetivos Especiacuteficos 13

13 Metodologia 14

2 ERGONOMIA 15

22 A origem da ergonomia 17

23 NR ndash 17 18

24 Ergonomia fiacutesica 21

25 Ergonomia cognitiva 22

26 Ergonomia Organizacional 23

27 Fatores que afetam as atividades produtivas 25

28 Fisiologia do Trabalho 26

29 Problemaacutetica da Ergonomia 27

210 Abordagens ergonocircmicas 27

2101 Anaacutelise de Sistemas 27

2102 Postos de Trabalho 27

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo 27

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo 28

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo 28

211 Postura 28

3 RISCOS ERGONOcircMICOS 29

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL 30

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil 31

43 Lombalgia 32

5 ESTUDO DE CASO 34

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades 34

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa 34

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 36

62 Pedreiro 36

63 Operador de Betoneira 40

64 Ajudante 41

65 Aspectos Expressivos 43

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute 43

67 Condiccedilotildees do trabalho 44

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico 45

69 Aspectos Natildeo Significativos 49

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 50

REFEREcircNCIAS 51

ANEXO A 55

APEcircNDICE 56

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto

suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para

concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho

das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas

atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os

elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando

no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de

conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento

da produccedilatildeo

A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e

nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em

apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a

espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da

inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por

exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de

melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os

papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de

referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego

Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das

empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para

o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse

contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos

ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas

fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no

campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra

Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada

que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a

produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado

pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos

13

referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se

sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados

11 Justificativa

Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos

organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de

aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo

fosse citado o nome da empresa no trabalho

Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os

fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses

cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se

conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que

eles poderatildeo trazer para o ambiente interno

Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de

trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas

atividades abstrusas que a empresa oferece

Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da

empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam

expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois

serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano

12 Objetivos

121 Objetivo Geral

Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos

funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o

alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses

trabalhadores nessa empresa

122 Objetivos Especiacuteficos

Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos

Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos

funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e

Organizacional

14

Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios

atraveacutes de atividades rotineiras

13 Metodologia

Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para

levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de

pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros

especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de

trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta

de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho

Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos

de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas

e pescoccedilo dos trabalhadores

A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo

ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo

postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem

contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas

ocupacionais e aumentar a produtividade

15

2 ERGONOMIA

Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande

meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras

mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho

de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para

realizaccedilatildeo do trabalho

No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida

no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam

suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por

exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando

apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e

desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito

A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico

implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no

ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com

prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010

p167)

A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas

alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica

cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o

ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou

sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser

evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar

os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem

Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador

Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute

interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida

teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da

atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia

fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute

16

Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento

Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash

(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)

ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo

Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano

e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o

trabalho agraves pessoas

Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede

das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a

qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas

encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e

individuais como mostra a figura 1

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais

Fonte o autor (2016)

17

A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos

corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores

ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees

captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre

mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos

interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes

seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida

cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)

22 A origem da ergonomia

A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do

movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs

Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a

Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia

ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta

primeira definiccedilatildeo estabelecia que

A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)

KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro

A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente

Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a

claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica

comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow

Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na

18

eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das

atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)

Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)

O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos

trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento

Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual

formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho

(Lida 2000)

Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a

eficiecircncia e as metas de produtividade

Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada

pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo

real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo

de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas

estruturas de postos de trabalho

A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)

23 NR ndash 17

Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre

digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em

Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP

contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando

recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)

19

A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela

Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando

surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo

do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar

recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)

Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos

ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho

com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por

produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi

constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por

esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e

luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar

as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)

Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento

de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de

Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da

DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de

trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem

estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o

mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)

Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho

assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova

redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751

infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica

pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL

2002)

A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia

(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item

171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees

de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta

Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma

Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender

a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas

20

as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral

devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da

NR 17 (BRASIL 2002)

Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo

estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia

de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho

(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta

quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem

estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela

CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do

trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante

instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a

produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel

avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas

brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram

de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era

considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da

empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado

por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador

De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a

mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute

recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem

quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada

Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos

postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme

estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador

na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica

do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um

problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida

para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a

produtividade exigidos (BRASIL 2002)

21

24 Ergonomia fiacutesica

Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)

ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana

antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos

relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais

movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho

projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede

Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a

anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que

estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a

biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave

atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho

como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos

relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho

Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema

musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico

confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de

movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais

importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com

as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho

A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades

musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a

fisiologia do trabalho

A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos

problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de

trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa

grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos

A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da

ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que

impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos

repetitivos

Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma

reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia

fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro

22

como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma

instalaccedilatildeo

No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da

ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em

um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores

condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia

da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo

tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura

iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil

normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da

adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de

conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma

regiatildeo de nebulosidade

Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados

para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos

funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos

proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu

aparelho de trabalho

25 Ergonomia cognitiva

Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos

processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora

conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um

sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho

tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador

estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres

humanos e sistemas

Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se

por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica

compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens

complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para

a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua

autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades

23

de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas

e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais

Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental

tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento

Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com

outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para

o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um

equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de

alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica

que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo

problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria

De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as

pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do

seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e

de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de

percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga

mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das

empresas

Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)

26 Ergonomia Organizacional

O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma

constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de

trabalho

Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)

24

A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas

soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos

Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo

temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do

trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-

trabalho e gestatildeo da qualidade

A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo

(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das

atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio

turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando

capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que

encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e

participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo

Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas

como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse

sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio

organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees

desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de

suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus

colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos

projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada

membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que

norteiam a organizaccedilatildeo

Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com

relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os

indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees

aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)

Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia

organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as

pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada

nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a

comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade

Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de

todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 6: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

ldquoO uacutenico lugar aonde o sucesso vem antes do trabalho eacute no dicionaacuteriordquo

(Autor Albert Einstein)

RESUMO

A necessidade de se aplicar a Ergonomia dentro das empresas de construccedilatildeo civil vem se tornando um fator importante nos tempos atuais contribuindo para que o ambiente se adeque ao funcionaacuterio para que ele possa trabalhar de maneira mais proveitosa Com esse tema o presente trabalho se desenvolveu de maneira concreta tendo como principal objetivo avaliar a Ergonomia e suas consequecircncias no desempenho no trabalho de uma empresa de construccedilatildeo civil no municiacutepio de Icoacute ndash CE O trabalho estuda a importacircncia da anaacutelise ergonocircmica ligado diretamente aos fatores que possam causar danos aos funcionaacuterios dessa empresa tendo como objetivo uma pesquisa de campo de natureza qualitativa e quantitativa Quanto agrave metodologia aplicada agrave pesquisa de dados aconteceu atraveacutes de um questionaacuterio contendo 03 perguntas fechadas aplicado a 20 funcionaacuterios no qual apenas 80 responderam Os resultados comprovam que os itens ergonocircmicos na empresa estudada satildeo aceitos pelos entrevistados podendo adicionar algumas melhorias como um ambiente mais limpo despertando neles um melhor desempenho Palavras-chave Ergonomia Sauacutede no Trabalho Ambiente de Trabalho

ABSTRACT

The need to apply Ergonomics within civil construction companies has become an important factor in todays times helping the environment to adhere to the employee so that he can work more profitably With this theme the present work was developed in a concrete way having as main objective to evaluate Ergonomics and its consequences in the work performance of a construction company in the municipality of Icoacute - CE The paper studies the importance of the ergonomic analysis directly linked to the factors that can cause damages to the employees of this company with the objective of a field research of a qualitative and quantitative nature As for the methodology applied to data research a questionnaire containing 03 closed questions was applied to 20 employees in which only 80 answered The results confirm that the ergonomic items in the studied company are accepted by the interviewees and can add some improvements such as a cleaner environment resulting in better performance Keywords Ergonomics Health at Work Desktop

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresaacuterias 16

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada 36

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada 37

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta 38

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta 39

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada 40

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta 41

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada 42

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta 43

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios 45

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho 46

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios 47

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios 48

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 12

11 Justificativa 13

12 Objetivos 13

121 Objetivo Geral 13

122 Objetivos Especiacuteficos 13

13 Metodologia 14

2 ERGONOMIA 15

22 A origem da ergonomia 17

23 NR ndash 17 18

24 Ergonomia fiacutesica 21

25 Ergonomia cognitiva 22

26 Ergonomia Organizacional 23

27 Fatores que afetam as atividades produtivas 25

28 Fisiologia do Trabalho 26

29 Problemaacutetica da Ergonomia 27

210 Abordagens ergonocircmicas 27

2101 Anaacutelise de Sistemas 27

2102 Postos de Trabalho 27

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo 27

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo 28

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo 28

211 Postura 28

3 RISCOS ERGONOcircMICOS 29

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL 30

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil 31

43 Lombalgia 32

5 ESTUDO DE CASO 34

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades 34

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa 34

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 36

62 Pedreiro 36

63 Operador de Betoneira 40

64 Ajudante 41

65 Aspectos Expressivos 43

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute 43

67 Condiccedilotildees do trabalho 44

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico 45

69 Aspectos Natildeo Significativos 49

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 50

REFEREcircNCIAS 51

ANEXO A 55

APEcircNDICE 56

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto

suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para

concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho

das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas

atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os

elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando

no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de

conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento

da produccedilatildeo

A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e

nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em

apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a

espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da

inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por

exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de

melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os

papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de

referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego

Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das

empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para

o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse

contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos

ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas

fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no

campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra

Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada

que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a

produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado

pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos

13

referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se

sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados

11 Justificativa

Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos

organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de

aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo

fosse citado o nome da empresa no trabalho

Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os

fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses

cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se

conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que

eles poderatildeo trazer para o ambiente interno

Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de

trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas

atividades abstrusas que a empresa oferece

Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da

empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam

expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois

serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano

12 Objetivos

121 Objetivo Geral

Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos

funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o

alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses

trabalhadores nessa empresa

122 Objetivos Especiacuteficos

Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos

Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos

funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e

Organizacional

14

Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios

atraveacutes de atividades rotineiras

13 Metodologia

Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para

levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de

pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros

especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de

trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta

de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho

Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos

de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas

e pescoccedilo dos trabalhadores

A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo

ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo

postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem

contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas

ocupacionais e aumentar a produtividade

15

2 ERGONOMIA

Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande

meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras

mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho

de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para

realizaccedilatildeo do trabalho

No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida

no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam

suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por

exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando

apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e

desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito

A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico

implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no

ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com

prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010

p167)

A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas

alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica

cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o

ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou

sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser

evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar

os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem

Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador

Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute

interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida

teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da

atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia

fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute

16

Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento

Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash

(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)

ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo

Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano

e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o

trabalho agraves pessoas

Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede

das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a

qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas

encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e

individuais como mostra a figura 1

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais

Fonte o autor (2016)

17

A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos

corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores

ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees

captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre

mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos

interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes

seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida

cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)

22 A origem da ergonomia

A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do

movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs

Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a

Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia

ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta

primeira definiccedilatildeo estabelecia que

A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)

KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro

A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente

Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a

claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica

comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow

Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na

18

eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das

atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)

Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)

O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos

trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento

Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual

formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho

(Lida 2000)

Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a

eficiecircncia e as metas de produtividade

Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada

pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo

real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo

de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas

estruturas de postos de trabalho

A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)

23 NR ndash 17

Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre

digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em

Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP

contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando

recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)

19

A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela

Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando

surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo

do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar

recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)

Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos

ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho

com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por

produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi

constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por

esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e

luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar

as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)

Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento

de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de

Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da

DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de

trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem

estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o

mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)

Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho

assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova

redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751

infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica

pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL

2002)

A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia

(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item

171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees

de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta

Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma

Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender

a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas

20

as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral

devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da

NR 17 (BRASIL 2002)

Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo

estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia

de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho

(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta

quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem

estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela

CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do

trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante

instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a

produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel

avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas

brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram

de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era

considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da

empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado

por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador

De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a

mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute

recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem

quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada

Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos

postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme

estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador

na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica

do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um

problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida

para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a

produtividade exigidos (BRASIL 2002)

21

24 Ergonomia fiacutesica

Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)

ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana

antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos

relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais

movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho

projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede

Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a

anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que

estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a

biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave

atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho

como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos

relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho

Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema

musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico

confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de

movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais

importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com

as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho

A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades

musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a

fisiologia do trabalho

A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos

problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de

trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa

grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos

A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da

ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que

impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos

repetitivos

Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma

reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia

fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro

22

como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma

instalaccedilatildeo

No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da

ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em

um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores

condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia

da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo

tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura

iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil

normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da

adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de

conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma

regiatildeo de nebulosidade

Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados

para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos

funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos

proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu

aparelho de trabalho

25 Ergonomia cognitiva

Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos

processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora

conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um

sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho

tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador

estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres

humanos e sistemas

Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se

por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica

compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens

complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para

a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua

autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades

23

de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas

e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais

Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental

tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento

Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com

outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para

o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um

equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de

alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica

que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo

problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria

De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as

pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do

seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e

de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de

percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga

mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das

empresas

Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)

26 Ergonomia Organizacional

O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma

constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de

trabalho

Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)

24

A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas

soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos

Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo

temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do

trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-

trabalho e gestatildeo da qualidade

A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo

(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das

atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio

turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando

capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que

encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e

participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo

Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas

como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse

sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio

organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees

desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de

suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus

colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos

projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada

membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que

norteiam a organizaccedilatildeo

Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com

relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os

indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees

aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)

Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia

organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as

pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada

nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a

comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade

Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de

todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 7: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

RESUMO

A necessidade de se aplicar a Ergonomia dentro das empresas de construccedilatildeo civil vem se tornando um fator importante nos tempos atuais contribuindo para que o ambiente se adeque ao funcionaacuterio para que ele possa trabalhar de maneira mais proveitosa Com esse tema o presente trabalho se desenvolveu de maneira concreta tendo como principal objetivo avaliar a Ergonomia e suas consequecircncias no desempenho no trabalho de uma empresa de construccedilatildeo civil no municiacutepio de Icoacute ndash CE O trabalho estuda a importacircncia da anaacutelise ergonocircmica ligado diretamente aos fatores que possam causar danos aos funcionaacuterios dessa empresa tendo como objetivo uma pesquisa de campo de natureza qualitativa e quantitativa Quanto agrave metodologia aplicada agrave pesquisa de dados aconteceu atraveacutes de um questionaacuterio contendo 03 perguntas fechadas aplicado a 20 funcionaacuterios no qual apenas 80 responderam Os resultados comprovam que os itens ergonocircmicos na empresa estudada satildeo aceitos pelos entrevistados podendo adicionar algumas melhorias como um ambiente mais limpo despertando neles um melhor desempenho Palavras-chave Ergonomia Sauacutede no Trabalho Ambiente de Trabalho

ABSTRACT

The need to apply Ergonomics within civil construction companies has become an important factor in todays times helping the environment to adhere to the employee so that he can work more profitably With this theme the present work was developed in a concrete way having as main objective to evaluate Ergonomics and its consequences in the work performance of a construction company in the municipality of Icoacute - CE The paper studies the importance of the ergonomic analysis directly linked to the factors that can cause damages to the employees of this company with the objective of a field research of a qualitative and quantitative nature As for the methodology applied to data research a questionnaire containing 03 closed questions was applied to 20 employees in which only 80 answered The results confirm that the ergonomic items in the studied company are accepted by the interviewees and can add some improvements such as a cleaner environment resulting in better performance Keywords Ergonomics Health at Work Desktop

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresaacuterias 16

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada 36

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada 37

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta 38

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta 39

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada 40

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta 41

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada 42

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta 43

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios 45

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho 46

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios 47

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios 48

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 12

11 Justificativa 13

12 Objetivos 13

121 Objetivo Geral 13

122 Objetivos Especiacuteficos 13

13 Metodologia 14

2 ERGONOMIA 15

22 A origem da ergonomia 17

23 NR ndash 17 18

24 Ergonomia fiacutesica 21

25 Ergonomia cognitiva 22

26 Ergonomia Organizacional 23

27 Fatores que afetam as atividades produtivas 25

28 Fisiologia do Trabalho 26

29 Problemaacutetica da Ergonomia 27

210 Abordagens ergonocircmicas 27

2101 Anaacutelise de Sistemas 27

2102 Postos de Trabalho 27

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo 27

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo 28

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo 28

211 Postura 28

3 RISCOS ERGONOcircMICOS 29

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL 30

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil 31

43 Lombalgia 32

5 ESTUDO DE CASO 34

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades 34

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa 34

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 36

62 Pedreiro 36

63 Operador de Betoneira 40

64 Ajudante 41

65 Aspectos Expressivos 43

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute 43

67 Condiccedilotildees do trabalho 44

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico 45

69 Aspectos Natildeo Significativos 49

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 50

REFEREcircNCIAS 51

ANEXO A 55

APEcircNDICE 56

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto

suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para

concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho

das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas

atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os

elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando

no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de

conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento

da produccedilatildeo

A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e

nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em

apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a

espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da

inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por

exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de

melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os

papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de

referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego

Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das

empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para

o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse

contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos

ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas

fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no

campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra

Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada

que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a

produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado

pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos

13

referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se

sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados

11 Justificativa

Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos

organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de

aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo

fosse citado o nome da empresa no trabalho

Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os

fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses

cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se

conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que

eles poderatildeo trazer para o ambiente interno

Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de

trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas

atividades abstrusas que a empresa oferece

Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da

empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam

expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois

serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano

12 Objetivos

121 Objetivo Geral

Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos

funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o

alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses

trabalhadores nessa empresa

122 Objetivos Especiacuteficos

Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos

Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos

funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e

Organizacional

14

Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios

atraveacutes de atividades rotineiras

13 Metodologia

Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para

levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de

pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros

especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de

trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta

de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho

Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos

de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas

e pescoccedilo dos trabalhadores

A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo

ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo

postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem

contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas

ocupacionais e aumentar a produtividade

15

2 ERGONOMIA

Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande

meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras

mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho

de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para

realizaccedilatildeo do trabalho

No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida

no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam

suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por

exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando

apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e

desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito

A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico

implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no

ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com

prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010

p167)

A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas

alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica

cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o

ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou

sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser

evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar

os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem

Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador

Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute

interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida

teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da

atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia

fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute

16

Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento

Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash

(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)

ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo

Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano

e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o

trabalho agraves pessoas

Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede

das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a

qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas

encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e

individuais como mostra a figura 1

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais

Fonte o autor (2016)

17

A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos

corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores

ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees

captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre

mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos

interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes

seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida

cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)

22 A origem da ergonomia

A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do

movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs

Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a

Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia

ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta

primeira definiccedilatildeo estabelecia que

A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)

KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro

A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente

Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a

claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica

comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow

Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na

18

eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das

atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)

Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)

O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos

trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento

Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual

formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho

(Lida 2000)

Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a

eficiecircncia e as metas de produtividade

Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada

pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo

real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo

de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas

estruturas de postos de trabalho

A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)

23 NR ndash 17

Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre

digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em

Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP

contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando

recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)

19

A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela

Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando

surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo

do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar

recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)

Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos

ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho

com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por

produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi

constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por

esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e

luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar

as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)

Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento

de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de

Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da

DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de

trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem

estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o

mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)

Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho

assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova

redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751

infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica

pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL

2002)

A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia

(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item

171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees

de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta

Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma

Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender

a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas

20

as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral

devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da

NR 17 (BRASIL 2002)

Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo

estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia

de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho

(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta

quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem

estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela

CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do

trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante

instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a

produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel

avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas

brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram

de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era

considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da

empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado

por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador

De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a

mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute

recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem

quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada

Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos

postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme

estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador

na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica

do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um

problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida

para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a

produtividade exigidos (BRASIL 2002)

21

24 Ergonomia fiacutesica

Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)

ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana

antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos

relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais

movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho

projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede

Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a

anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que

estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a

biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave

atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho

como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos

relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho

Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema

musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico

confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de

movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais

importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com

as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho

A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades

musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a

fisiologia do trabalho

A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos

problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de

trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa

grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos

A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da

ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que

impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos

repetitivos

Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma

reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia

fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro

22

como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma

instalaccedilatildeo

No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da

ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em

um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores

condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia

da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo

tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura

iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil

normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da

adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de

conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma

regiatildeo de nebulosidade

Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados

para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos

funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos

proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu

aparelho de trabalho

25 Ergonomia cognitiva

Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos

processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora

conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um

sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho

tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador

estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres

humanos e sistemas

Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se

por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica

compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens

complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para

a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua

autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades

23

de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas

e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais

Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental

tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento

Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com

outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para

o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um

equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de

alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica

que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo

problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria

De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as

pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do

seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e

de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de

percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga

mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das

empresas

Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)

26 Ergonomia Organizacional

O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma

constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de

trabalho

Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)

24

A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas

soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos

Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo

temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do

trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-

trabalho e gestatildeo da qualidade

A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo

(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das

atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio

turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando

capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que

encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e

participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo

Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas

como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse

sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio

organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees

desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de

suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus

colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos

projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada

membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que

norteiam a organizaccedilatildeo

Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com

relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os

indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees

aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)

Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia

organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as

pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada

nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a

comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade

Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de

todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 8: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

ABSTRACT

The need to apply Ergonomics within civil construction companies has become an important factor in todays times helping the environment to adhere to the employee so that he can work more profitably With this theme the present work was developed in a concrete way having as main objective to evaluate Ergonomics and its consequences in the work performance of a construction company in the municipality of Icoacute - CE The paper studies the importance of the ergonomic analysis directly linked to the factors that can cause damages to the employees of this company with the objective of a field research of a qualitative and quantitative nature As for the methodology applied to data research a questionnaire containing 03 closed questions was applied to 20 employees in which only 80 answered The results confirm that the ergonomic items in the studied company are accepted by the interviewees and can add some improvements such as a cleaner environment resulting in better performance Keywords Ergonomics Health at Work Desktop

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresaacuterias 16

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada 36

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada 37

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta 38

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta 39

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada 40

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta 41

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada 42

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta 43

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios 45

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho 46

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios 47

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios 48

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 12

11 Justificativa 13

12 Objetivos 13

121 Objetivo Geral 13

122 Objetivos Especiacuteficos 13

13 Metodologia 14

2 ERGONOMIA 15

22 A origem da ergonomia 17

23 NR ndash 17 18

24 Ergonomia fiacutesica 21

25 Ergonomia cognitiva 22

26 Ergonomia Organizacional 23

27 Fatores que afetam as atividades produtivas 25

28 Fisiologia do Trabalho 26

29 Problemaacutetica da Ergonomia 27

210 Abordagens ergonocircmicas 27

2101 Anaacutelise de Sistemas 27

2102 Postos de Trabalho 27

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo 27

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo 28

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo 28

211 Postura 28

3 RISCOS ERGONOcircMICOS 29

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL 30

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil 31

43 Lombalgia 32

5 ESTUDO DE CASO 34

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades 34

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa 34

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 36

62 Pedreiro 36

63 Operador de Betoneira 40

64 Ajudante 41

65 Aspectos Expressivos 43

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute 43

67 Condiccedilotildees do trabalho 44

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico 45

69 Aspectos Natildeo Significativos 49

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 50

REFEREcircNCIAS 51

ANEXO A 55

APEcircNDICE 56

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto

suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para

concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho

das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas

atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os

elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando

no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de

conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento

da produccedilatildeo

A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e

nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em

apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a

espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da

inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por

exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de

melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os

papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de

referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego

Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das

empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para

o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse

contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos

ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas

fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no

campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra

Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada

que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a

produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado

pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos

13

referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se

sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados

11 Justificativa

Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos

organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de

aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo

fosse citado o nome da empresa no trabalho

Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os

fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses

cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se

conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que

eles poderatildeo trazer para o ambiente interno

Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de

trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas

atividades abstrusas que a empresa oferece

Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da

empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam

expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois

serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano

12 Objetivos

121 Objetivo Geral

Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos

funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o

alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses

trabalhadores nessa empresa

122 Objetivos Especiacuteficos

Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos

Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos

funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e

Organizacional

14

Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios

atraveacutes de atividades rotineiras

13 Metodologia

Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para

levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de

pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros

especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de

trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta

de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho

Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos

de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas

e pescoccedilo dos trabalhadores

A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo

ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo

postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem

contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas

ocupacionais e aumentar a produtividade

15

2 ERGONOMIA

Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande

meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras

mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho

de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para

realizaccedilatildeo do trabalho

No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida

no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam

suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por

exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando

apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e

desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito

A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico

implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no

ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com

prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010

p167)

A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas

alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica

cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o

ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou

sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser

evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar

os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem

Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador

Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute

interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida

teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da

atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia

fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute

16

Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento

Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash

(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)

ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo

Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano

e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o

trabalho agraves pessoas

Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede

das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a

qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas

encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e

individuais como mostra a figura 1

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais

Fonte o autor (2016)

17

A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos

corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores

ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees

captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre

mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos

interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes

seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida

cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)

22 A origem da ergonomia

A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do

movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs

Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a

Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia

ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta

primeira definiccedilatildeo estabelecia que

A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)

KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro

A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente

Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a

claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica

comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow

Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na

18

eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das

atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)

Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)

O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos

trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento

Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual

formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho

(Lida 2000)

Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a

eficiecircncia e as metas de produtividade

Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada

pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo

real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo

de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas

estruturas de postos de trabalho

A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)

23 NR ndash 17

Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre

digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em

Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP

contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando

recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)

19

A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela

Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando

surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo

do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar

recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)

Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos

ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho

com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por

produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi

constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por

esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e

luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar

as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)

Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento

de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de

Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da

DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de

trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem

estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o

mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)

Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho

assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova

redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751

infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica

pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL

2002)

A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia

(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item

171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees

de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta

Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma

Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender

a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas

20

as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral

devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da

NR 17 (BRASIL 2002)

Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo

estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia

de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho

(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta

quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem

estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela

CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do

trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante

instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a

produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel

avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas

brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram

de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era

considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da

empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado

por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador

De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a

mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute

recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem

quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada

Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos

postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme

estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador

na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica

do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um

problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida

para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a

produtividade exigidos (BRASIL 2002)

21

24 Ergonomia fiacutesica

Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)

ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana

antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos

relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais

movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho

projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede

Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a

anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que

estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a

biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave

atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho

como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos

relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho

Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema

musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico

confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de

movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais

importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com

as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho

A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades

musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a

fisiologia do trabalho

A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos

problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de

trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa

grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos

A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da

ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que

impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos

repetitivos

Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma

reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia

fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro

22

como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma

instalaccedilatildeo

No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da

ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em

um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores

condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia

da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo

tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura

iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil

normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da

adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de

conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma

regiatildeo de nebulosidade

Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados

para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos

funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos

proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu

aparelho de trabalho

25 Ergonomia cognitiva

Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos

processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora

conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um

sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho

tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador

estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres

humanos e sistemas

Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se

por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica

compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens

complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para

a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua

autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades

23

de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas

e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais

Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental

tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento

Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com

outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para

o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um

equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de

alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica

que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo

problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria

De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as

pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do

seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e

de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de

percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga

mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das

empresas

Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)

26 Ergonomia Organizacional

O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma

constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de

trabalho

Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)

24

A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas

soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos

Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo

temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do

trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-

trabalho e gestatildeo da qualidade

A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo

(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das

atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio

turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando

capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que

encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e

participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo

Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas

como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse

sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio

organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees

desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de

suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus

colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos

projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada

membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que

norteiam a organizaccedilatildeo

Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com

relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os

indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees

aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)

Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia

organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as

pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada

nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a

comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade

Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de

todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 9: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresaacuterias 16

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada 36

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada 37

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta 38

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta 39

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada 40

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta 41

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada 42

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta 43

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios 45

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho 46

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios 47

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios 48

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 12

11 Justificativa 13

12 Objetivos 13

121 Objetivo Geral 13

122 Objetivos Especiacuteficos 13

13 Metodologia 14

2 ERGONOMIA 15

22 A origem da ergonomia 17

23 NR ndash 17 18

24 Ergonomia fiacutesica 21

25 Ergonomia cognitiva 22

26 Ergonomia Organizacional 23

27 Fatores que afetam as atividades produtivas 25

28 Fisiologia do Trabalho 26

29 Problemaacutetica da Ergonomia 27

210 Abordagens ergonocircmicas 27

2101 Anaacutelise de Sistemas 27

2102 Postos de Trabalho 27

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo 27

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo 28

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo 28

211 Postura 28

3 RISCOS ERGONOcircMICOS 29

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL 30

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil 31

43 Lombalgia 32

5 ESTUDO DE CASO 34

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades 34

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa 34

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 36

62 Pedreiro 36

63 Operador de Betoneira 40

64 Ajudante 41

65 Aspectos Expressivos 43

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute 43

67 Condiccedilotildees do trabalho 44

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico 45

69 Aspectos Natildeo Significativos 49

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 50

REFEREcircNCIAS 51

ANEXO A 55

APEcircNDICE 56

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto

suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para

concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho

das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas

atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os

elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando

no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de

conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento

da produccedilatildeo

A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e

nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em

apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a

espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da

inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por

exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de

melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os

papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de

referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego

Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das

empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para

o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse

contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos

ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas

fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no

campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra

Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada

que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a

produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado

pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos

13

referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se

sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados

11 Justificativa

Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos

organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de

aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo

fosse citado o nome da empresa no trabalho

Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os

fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses

cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se

conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que

eles poderatildeo trazer para o ambiente interno

Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de

trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas

atividades abstrusas que a empresa oferece

Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da

empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam

expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois

serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano

12 Objetivos

121 Objetivo Geral

Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos

funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o

alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses

trabalhadores nessa empresa

122 Objetivos Especiacuteficos

Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos

Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos

funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e

Organizacional

14

Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios

atraveacutes de atividades rotineiras

13 Metodologia

Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para

levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de

pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros

especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de

trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta

de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho

Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos

de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas

e pescoccedilo dos trabalhadores

A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo

ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo

postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem

contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas

ocupacionais e aumentar a produtividade

15

2 ERGONOMIA

Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande

meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras

mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho

de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para

realizaccedilatildeo do trabalho

No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida

no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam

suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por

exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando

apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e

desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito

A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico

implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no

ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com

prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010

p167)

A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas

alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica

cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o

ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou

sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser

evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar

os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem

Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador

Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute

interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida

teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da

atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia

fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute

16

Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento

Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash

(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)

ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo

Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano

e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o

trabalho agraves pessoas

Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede

das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a

qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas

encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e

individuais como mostra a figura 1

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais

Fonte o autor (2016)

17

A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos

corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores

ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees

captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre

mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos

interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes

seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida

cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)

22 A origem da ergonomia

A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do

movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs

Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a

Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia

ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta

primeira definiccedilatildeo estabelecia que

A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)

KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro

A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente

Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a

claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica

comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow

Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na

18

eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das

atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)

Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)

O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos

trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento

Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual

formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho

(Lida 2000)

Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a

eficiecircncia e as metas de produtividade

Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada

pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo

real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo

de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas

estruturas de postos de trabalho

A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)

23 NR ndash 17

Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre

digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em

Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP

contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando

recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)

19

A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela

Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando

surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo

do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar

recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)

Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos

ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho

com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por

produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi

constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por

esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e

luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar

as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)

Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento

de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de

Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da

DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de

trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem

estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o

mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)

Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho

assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova

redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751

infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica

pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL

2002)

A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia

(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item

171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees

de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta

Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma

Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender

a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas

20

as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral

devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da

NR 17 (BRASIL 2002)

Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo

estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia

de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho

(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta

quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem

estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela

CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do

trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante

instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a

produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel

avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas

brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram

de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era

considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da

empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado

por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador

De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a

mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute

recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem

quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada

Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos

postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme

estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador

na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica

do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um

problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida

para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a

produtividade exigidos (BRASIL 2002)

21

24 Ergonomia fiacutesica

Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)

ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana

antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos

relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais

movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho

projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede

Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a

anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que

estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a

biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave

atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho

como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos

relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho

Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema

musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico

confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de

movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais

importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com

as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho

A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades

musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a

fisiologia do trabalho

A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos

problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de

trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa

grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos

A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da

ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que

impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos

repetitivos

Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma

reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia

fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro

22

como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma

instalaccedilatildeo

No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da

ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em

um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores

condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia

da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo

tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura

iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil

normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da

adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de

conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma

regiatildeo de nebulosidade

Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados

para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos

funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos

proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu

aparelho de trabalho

25 Ergonomia cognitiva

Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos

processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora

conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um

sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho

tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador

estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres

humanos e sistemas

Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se

por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica

compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens

complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para

a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua

autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades

23

de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas

e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais

Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental

tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento

Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com

outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para

o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um

equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de

alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica

que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo

problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria

De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as

pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do

seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e

de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de

percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga

mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das

empresas

Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)

26 Ergonomia Organizacional

O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma

constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de

trabalho

Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)

24

A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas

soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos

Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo

temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do

trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-

trabalho e gestatildeo da qualidade

A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo

(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das

atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio

turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando

capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que

encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e

participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo

Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas

como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse

sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio

organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees

desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de

suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus

colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos

projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada

membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que

norteiam a organizaccedilatildeo

Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com

relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os

indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees

aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)

Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia

organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as

pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada

nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a

comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade

Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de

todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 10: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

LISTA DE GRAacuteFICOS

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios 45

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho 46

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios 47

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios 48

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 12

11 Justificativa 13

12 Objetivos 13

121 Objetivo Geral 13

122 Objetivos Especiacuteficos 13

13 Metodologia 14

2 ERGONOMIA 15

22 A origem da ergonomia 17

23 NR ndash 17 18

24 Ergonomia fiacutesica 21

25 Ergonomia cognitiva 22

26 Ergonomia Organizacional 23

27 Fatores que afetam as atividades produtivas 25

28 Fisiologia do Trabalho 26

29 Problemaacutetica da Ergonomia 27

210 Abordagens ergonocircmicas 27

2101 Anaacutelise de Sistemas 27

2102 Postos de Trabalho 27

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo 27

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo 28

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo 28

211 Postura 28

3 RISCOS ERGONOcircMICOS 29

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL 30

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil 31

43 Lombalgia 32

5 ESTUDO DE CASO 34

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades 34

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa 34

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 36

62 Pedreiro 36

63 Operador de Betoneira 40

64 Ajudante 41

65 Aspectos Expressivos 43

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute 43

67 Condiccedilotildees do trabalho 44

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico 45

69 Aspectos Natildeo Significativos 49

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 50

REFEREcircNCIAS 51

ANEXO A 55

APEcircNDICE 56

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto

suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para

concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho

das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas

atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os

elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando

no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de

conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento

da produccedilatildeo

A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e

nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em

apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a

espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da

inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por

exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de

melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os

papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de

referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego

Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das

empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para

o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse

contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos

ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas

fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no

campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra

Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada

que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a

produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado

pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos

13

referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se

sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados

11 Justificativa

Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos

organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de

aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo

fosse citado o nome da empresa no trabalho

Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os

fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses

cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se

conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que

eles poderatildeo trazer para o ambiente interno

Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de

trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas

atividades abstrusas que a empresa oferece

Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da

empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam

expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois

serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano

12 Objetivos

121 Objetivo Geral

Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos

funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o

alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses

trabalhadores nessa empresa

122 Objetivos Especiacuteficos

Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos

Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos

funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e

Organizacional

14

Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios

atraveacutes de atividades rotineiras

13 Metodologia

Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para

levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de

pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros

especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de

trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta

de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho

Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos

de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas

e pescoccedilo dos trabalhadores

A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo

ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo

postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem

contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas

ocupacionais e aumentar a produtividade

15

2 ERGONOMIA

Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande

meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras

mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho

de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para

realizaccedilatildeo do trabalho

No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida

no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam

suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por

exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando

apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e

desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito

A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico

implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no

ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com

prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010

p167)

A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas

alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica

cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o

ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou

sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser

evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar

os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem

Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador

Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute

interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida

teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da

atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia

fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute

16

Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento

Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash

(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)

ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo

Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano

e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o

trabalho agraves pessoas

Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede

das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a

qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas

encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e

individuais como mostra a figura 1

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais

Fonte o autor (2016)

17

A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos

corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores

ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees

captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre

mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos

interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes

seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida

cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)

22 A origem da ergonomia

A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do

movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs

Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a

Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia

ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta

primeira definiccedilatildeo estabelecia que

A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)

KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro

A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente

Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a

claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica

comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow

Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na

18

eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das

atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)

Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)

O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos

trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento

Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual

formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho

(Lida 2000)

Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a

eficiecircncia e as metas de produtividade

Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada

pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo

real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo

de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas

estruturas de postos de trabalho

A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)

23 NR ndash 17

Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre

digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em

Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP

contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando

recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)

19

A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela

Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando

surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo

do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar

recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)

Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos

ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho

com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por

produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi

constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por

esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e

luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar

as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)

Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento

de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de

Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da

DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de

trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem

estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o

mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)

Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho

assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova

redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751

infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica

pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL

2002)

A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia

(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item

171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees

de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta

Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma

Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender

a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas

20

as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral

devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da

NR 17 (BRASIL 2002)

Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo

estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia

de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho

(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta

quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem

estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela

CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do

trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante

instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a

produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel

avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas

brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram

de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era

considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da

empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado

por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador

De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a

mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute

recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem

quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada

Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos

postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme

estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador

na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica

do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um

problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida

para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a

produtividade exigidos (BRASIL 2002)

21

24 Ergonomia fiacutesica

Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)

ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana

antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos

relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais

movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho

projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede

Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a

anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que

estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a

biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave

atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho

como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos

relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho

Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema

musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico

confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de

movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais

importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com

as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho

A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades

musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a

fisiologia do trabalho

A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos

problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de

trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa

grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos

A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da

ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que

impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos

repetitivos

Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma

reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia

fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro

22

como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma

instalaccedilatildeo

No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da

ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em

um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores

condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia

da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo

tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura

iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil

normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da

adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de

conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma

regiatildeo de nebulosidade

Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados

para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos

funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos

proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu

aparelho de trabalho

25 Ergonomia cognitiva

Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos

processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora

conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um

sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho

tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador

estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres

humanos e sistemas

Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se

por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica

compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens

complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para

a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua

autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades

23

de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas

e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais

Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental

tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento

Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com

outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para

o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um

equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de

alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica

que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo

problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria

De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as

pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do

seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e

de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de

percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga

mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das

empresas

Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)

26 Ergonomia Organizacional

O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma

constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de

trabalho

Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)

24

A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas

soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos

Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo

temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do

trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-

trabalho e gestatildeo da qualidade

A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo

(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das

atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio

turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando

capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que

encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e

participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo

Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas

como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse

sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio

organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees

desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de

suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus

colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos

projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada

membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que

norteiam a organizaccedilatildeo

Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com

relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os

indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees

aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)

Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia

organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as

pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada

nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a

comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade

Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de

todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 11: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 12

11 Justificativa 13

12 Objetivos 13

121 Objetivo Geral 13

122 Objetivos Especiacuteficos 13

13 Metodologia 14

2 ERGONOMIA 15

22 A origem da ergonomia 17

23 NR ndash 17 18

24 Ergonomia fiacutesica 21

25 Ergonomia cognitiva 22

26 Ergonomia Organizacional 23

27 Fatores que afetam as atividades produtivas 25

28 Fisiologia do Trabalho 26

29 Problemaacutetica da Ergonomia 27

210 Abordagens ergonocircmicas 27

2101 Anaacutelise de Sistemas 27

2102 Postos de Trabalho 27

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo 27

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo 28

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo 28

211 Postura 28

3 RISCOS ERGONOcircMICOS 29

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL 30

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil 31

43 Lombalgia 32

5 ESTUDO DE CASO 34

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades 34

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa 34

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 36

62 Pedreiro 36

63 Operador de Betoneira 40

64 Ajudante 41

65 Aspectos Expressivos 43

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute 43

67 Condiccedilotildees do trabalho 44

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico 45

69 Aspectos Natildeo Significativos 49

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 50

REFEREcircNCIAS 51

ANEXO A 55

APEcircNDICE 56

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto

suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para

concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho

das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas

atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os

elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando

no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de

conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento

da produccedilatildeo

A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e

nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em

apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a

espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da

inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por

exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de

melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os

papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de

referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego

Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das

empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para

o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse

contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos

ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas

fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no

campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra

Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada

que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a

produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado

pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos

13

referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se

sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados

11 Justificativa

Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos

organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de

aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo

fosse citado o nome da empresa no trabalho

Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os

fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses

cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se

conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que

eles poderatildeo trazer para o ambiente interno

Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de

trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas

atividades abstrusas que a empresa oferece

Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da

empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam

expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois

serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano

12 Objetivos

121 Objetivo Geral

Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos

funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o

alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses

trabalhadores nessa empresa

122 Objetivos Especiacuteficos

Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos

Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos

funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e

Organizacional

14

Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios

atraveacutes de atividades rotineiras

13 Metodologia

Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para

levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de

pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros

especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de

trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta

de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho

Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos

de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas

e pescoccedilo dos trabalhadores

A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo

ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo

postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem

contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas

ocupacionais e aumentar a produtividade

15

2 ERGONOMIA

Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande

meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras

mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho

de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para

realizaccedilatildeo do trabalho

No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida

no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam

suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por

exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando

apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e

desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito

A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico

implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no

ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com

prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010

p167)

A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas

alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica

cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o

ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou

sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser

evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar

os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem

Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador

Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute

interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida

teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da

atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia

fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute

16

Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento

Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash

(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)

ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo

Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano

e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o

trabalho agraves pessoas

Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede

das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a

qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas

encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e

individuais como mostra a figura 1

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais

Fonte o autor (2016)

17

A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos

corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores

ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees

captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre

mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos

interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes

seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida

cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)

22 A origem da ergonomia

A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do

movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs

Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a

Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia

ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta

primeira definiccedilatildeo estabelecia que

A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)

KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro

A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente

Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a

claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica

comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow

Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na

18

eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das

atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)

Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)

O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos

trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento

Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual

formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho

(Lida 2000)

Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a

eficiecircncia e as metas de produtividade

Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada

pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo

real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo

de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas

estruturas de postos de trabalho

A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)

23 NR ndash 17

Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre

digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em

Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP

contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando

recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)

19

A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela

Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando

surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo

do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar

recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)

Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos

ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho

com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por

produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi

constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por

esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e

luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar

as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)

Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento

de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de

Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da

DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de

trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem

estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o

mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)

Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho

assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova

redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751

infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica

pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL

2002)

A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia

(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item

171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees

de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta

Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma

Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender

a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas

20

as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral

devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da

NR 17 (BRASIL 2002)

Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo

estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia

de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho

(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta

quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem

estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela

CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do

trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante

instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a

produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel

avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas

brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram

de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era

considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da

empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado

por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador

De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a

mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute

recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem

quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada

Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos

postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme

estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador

na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica

do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um

problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida

para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a

produtividade exigidos (BRASIL 2002)

21

24 Ergonomia fiacutesica

Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)

ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana

antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos

relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais

movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho

projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede

Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a

anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que

estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a

biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave

atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho

como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos

relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho

Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema

musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico

confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de

movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais

importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com

as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho

A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades

musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a

fisiologia do trabalho

A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos

problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de

trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa

grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos

A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da

ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que

impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos

repetitivos

Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma

reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia

fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro

22

como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma

instalaccedilatildeo

No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da

ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em

um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores

condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia

da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo

tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura

iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil

normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da

adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de

conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma

regiatildeo de nebulosidade

Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados

para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos

funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos

proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu

aparelho de trabalho

25 Ergonomia cognitiva

Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos

processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora

conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um

sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho

tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador

estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres

humanos e sistemas

Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se

por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica

compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens

complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para

a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua

autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades

23

de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas

e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais

Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental

tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento

Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com

outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para

o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um

equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de

alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica

que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo

problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria

De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as

pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do

seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e

de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de

percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga

mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das

empresas

Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)

26 Ergonomia Organizacional

O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma

constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de

trabalho

Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)

24

A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas

soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos

Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo

temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do

trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-

trabalho e gestatildeo da qualidade

A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo

(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das

atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio

turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando

capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que

encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e

participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo

Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas

como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse

sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio

organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees

desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de

suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus

colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos

projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada

membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que

norteiam a organizaccedilatildeo

Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com

relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os

indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees

aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)

Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia

organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as

pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada

nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a

comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade

Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de

todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 12: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

67 Condiccedilotildees do trabalho 44

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico 45

69 Aspectos Natildeo Significativos 49

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 50

REFEREcircNCIAS 51

ANEXO A 55

APEcircNDICE 56

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto

suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para

concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho

das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas

atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os

elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando

no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de

conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento

da produccedilatildeo

A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e

nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em

apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a

espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da

inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por

exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de

melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os

papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de

referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego

Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das

empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para

o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse

contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos

ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas

fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no

campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra

Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada

que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a

produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado

pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos

13

referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se

sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados

11 Justificativa

Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos

organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de

aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo

fosse citado o nome da empresa no trabalho

Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os

fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses

cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se

conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que

eles poderatildeo trazer para o ambiente interno

Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de

trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas

atividades abstrusas que a empresa oferece

Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da

empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam

expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois

serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano

12 Objetivos

121 Objetivo Geral

Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos

funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o

alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses

trabalhadores nessa empresa

122 Objetivos Especiacuteficos

Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos

Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos

funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e

Organizacional

14

Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios

atraveacutes de atividades rotineiras

13 Metodologia

Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para

levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de

pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros

especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de

trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta

de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho

Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos

de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas

e pescoccedilo dos trabalhadores

A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo

ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo

postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem

contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas

ocupacionais e aumentar a produtividade

15

2 ERGONOMIA

Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande

meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras

mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho

de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para

realizaccedilatildeo do trabalho

No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida

no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam

suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por

exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando

apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e

desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito

A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico

implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no

ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com

prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010

p167)

A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas

alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica

cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o

ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou

sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser

evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar

os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem

Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador

Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute

interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida

teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da

atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia

fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute

16

Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento

Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash

(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)

ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo

Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano

e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o

trabalho agraves pessoas

Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede

das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a

qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas

encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e

individuais como mostra a figura 1

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais

Fonte o autor (2016)

17

A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos

corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores

ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees

captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre

mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos

interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes

seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida

cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)

22 A origem da ergonomia

A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do

movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs

Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a

Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia

ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta

primeira definiccedilatildeo estabelecia que

A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)

KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro

A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente

Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a

claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica

comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow

Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na

18

eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das

atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)

Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)

O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos

trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento

Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual

formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho

(Lida 2000)

Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a

eficiecircncia e as metas de produtividade

Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada

pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo

real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo

de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas

estruturas de postos de trabalho

A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)

23 NR ndash 17

Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre

digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em

Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP

contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando

recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)

19

A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela

Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando

surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo

do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar

recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)

Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos

ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho

com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por

produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi

constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por

esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e

luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar

as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)

Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento

de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de

Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da

DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de

trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem

estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o

mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)

Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho

assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova

redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751

infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica

pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL

2002)

A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia

(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item

171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees

de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta

Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma

Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender

a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas

20

as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral

devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da

NR 17 (BRASIL 2002)

Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo

estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia

de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho

(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta

quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem

estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela

CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do

trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante

instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a

produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel

avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas

brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram

de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era

considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da

empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado

por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador

De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a

mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute

recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem

quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada

Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos

postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme

estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador

na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica

do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um

problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida

para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a

produtividade exigidos (BRASIL 2002)

21

24 Ergonomia fiacutesica

Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)

ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana

antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos

relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais

movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho

projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede

Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a

anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que

estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a

biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave

atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho

como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos

relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho

Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema

musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico

confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de

movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais

importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com

as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho

A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades

musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a

fisiologia do trabalho

A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos

problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de

trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa

grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos

A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da

ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que

impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos

repetitivos

Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma

reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia

fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro

22

como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma

instalaccedilatildeo

No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da

ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em

um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores

condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia

da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo

tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura

iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil

normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da

adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de

conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma

regiatildeo de nebulosidade

Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados

para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos

funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos

proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu

aparelho de trabalho

25 Ergonomia cognitiva

Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos

processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora

conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um

sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho

tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador

estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres

humanos e sistemas

Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se

por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica

compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens

complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para

a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua

autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades

23

de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas

e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais

Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental

tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento

Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com

outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para

o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um

equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de

alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica

que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo

problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria

De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as

pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do

seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e

de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de

percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga

mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das

empresas

Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)

26 Ergonomia Organizacional

O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma

constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de

trabalho

Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)

24

A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas

soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos

Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo

temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do

trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-

trabalho e gestatildeo da qualidade

A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo

(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das

atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio

turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando

capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que

encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e

participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo

Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas

como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse

sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio

organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees

desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de

suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus

colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos

projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada

membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que

norteiam a organizaccedilatildeo

Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com

relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os

indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees

aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)

Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia

organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as

pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada

nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a

comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade

Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de

todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 13: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

12

1 INTRODUCcedilAtildeO

A evoluccedilatildeo de um bom trabalho depende definitivamente de um conjunto

suave composto pelo trabalhador aparelhos e lugares adaptados para

concretizaccedilatildeo dos trabalhos Estes fatores unidos iratildeo gerar um melhor desempenho

das atividades e melhor emprego dos recursos disponiacuteveis para a realizaccedilatildeo dessas

atividades Pois a importacircncia dessa relaccedilatildeo aplica-se ao fato de que todos os

elementos fazem parte desse sistema e satildeo influenciados mutuamente resultando

no condicionamento fiacutesico-psicoloacutegico do usuaacuterio proporcionando sensaccedilotildees de

conforto seguranccedila e bem estar contribuindo para uma boa atuaccedilatildeo e o aumento

da produccedilatildeo

A palavra ergonomia vem do grego no qual ergo significa trabalho e

nomos leis naturais Esse conceito tenta agrupar quatro naturezas distintas em

apenas uma a natureza fiacutesico-motora a esteacutetico-sensorial a mental-intelectual e a

espiacuterito-moral (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

O conceito de ergonomia surgiu no seacuteculo XIX poreacutem existem sinais da

inquietaccedilatildeo com o trabalho eficiente e adequado desde os primoacuterdios como por

exemplo os utensiacutelios como a pedra lascada que se adaptavam na tentativa de

melhoria da eficiecircncia de seus devidos fins na caccedila e na pesca Outro indiacutecio os

papiros egiacutepcios indicam a preocupaccedilatildeo ergonocircmica com a construccedilatildeo civil Aleacutem de

referencias com posturas inadequadas e deformaccedilotildees apontadas pelo filoacutesofo grego

Platatildeo (MAacuteSCULO VIDAL 2011 p9)

Hoje em dia a precisatildeo de se falar sobre a Ergonomia dentro das

empresas vem se tornando um fator presente nos tempos modernos trazendo para

o funcionaacuterio um ambiente beneacutefico e proporcionando um bom trabalho Nesse

contexto o presente trabalho tem por objetivo analisar os fatores ergonocircmicos

ligados diretamente aos funcionaacuterios de uma empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

O trabalho apresentaraacute um questionaacuterio contendo algumas perguntas

fechadas que seraacute aplicado aos funcionaacuterios da empresa Tambeacutem foi verificada no

campo a forma como o funcionaacuterio trabalha na obra

Existem algumas atividades que os funcionaacuterios fazem de forma errada

que no futuro causaraacute devidas consequecircncias que no entanto afetaraacute a

produtividade Investir com programas de Ergonomia nas empresas por um lado

pode ser um gasto muito elevado mas por outro haacute uma economia de encargos

13

referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se

sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados

11 Justificativa

Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos

organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de

aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo

fosse citado o nome da empresa no trabalho

Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os

fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses

cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se

conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que

eles poderatildeo trazer para o ambiente interno

Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de

trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas

atividades abstrusas que a empresa oferece

Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da

empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam

expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois

serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano

12 Objetivos

121 Objetivo Geral

Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos

funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o

alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses

trabalhadores nessa empresa

122 Objetivos Especiacuteficos

Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos

Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos

funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e

Organizacional

14

Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios

atraveacutes de atividades rotineiras

13 Metodologia

Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para

levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de

pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros

especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de

trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta

de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho

Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos

de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas

e pescoccedilo dos trabalhadores

A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo

ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo

postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem

contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas

ocupacionais e aumentar a produtividade

15

2 ERGONOMIA

Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande

meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras

mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho

de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para

realizaccedilatildeo do trabalho

No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida

no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam

suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por

exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando

apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e

desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito

A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico

implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no

ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com

prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010

p167)

A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas

alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica

cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o

ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou

sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser

evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar

os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem

Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador

Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute

interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida

teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da

atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia

fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute

16

Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento

Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash

(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)

ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo

Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano

e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o

trabalho agraves pessoas

Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede

das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a

qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas

encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e

individuais como mostra a figura 1

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais

Fonte o autor (2016)

17

A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos

corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores

ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees

captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre

mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos

interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes

seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida

cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)

22 A origem da ergonomia

A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do

movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs

Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a

Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia

ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta

primeira definiccedilatildeo estabelecia que

A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)

KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro

A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente

Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a

claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica

comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow

Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na

18

eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das

atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)

Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)

O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos

trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento

Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual

formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho

(Lida 2000)

Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a

eficiecircncia e as metas de produtividade

Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada

pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo

real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo

de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas

estruturas de postos de trabalho

A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)

23 NR ndash 17

Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre

digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em

Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP

contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando

recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)

19

A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela

Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando

surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo

do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar

recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)

Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos

ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho

com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por

produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi

constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por

esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e

luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar

as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)

Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento

de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de

Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da

DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de

trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem

estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o

mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)

Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho

assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova

redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751

infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica

pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL

2002)

A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia

(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item

171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees

de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta

Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma

Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender

a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas

20

as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral

devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da

NR 17 (BRASIL 2002)

Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo

estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia

de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho

(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta

quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem

estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela

CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do

trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante

instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a

produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel

avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas

brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram

de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era

considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da

empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado

por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador

De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a

mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute

recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem

quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada

Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos

postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme

estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador

na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica

do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um

problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida

para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a

produtividade exigidos (BRASIL 2002)

21

24 Ergonomia fiacutesica

Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)

ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana

antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos

relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais

movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho

projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede

Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a

anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que

estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a

biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave

atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho

como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos

relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho

Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema

musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico

confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de

movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais

importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com

as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho

A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades

musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a

fisiologia do trabalho

A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos

problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de

trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa

grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos

A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da

ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que

impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos

repetitivos

Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma

reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia

fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro

22

como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma

instalaccedilatildeo

No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da

ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em

um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores

condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia

da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo

tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura

iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil

normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da

adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de

conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma

regiatildeo de nebulosidade

Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados

para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos

funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos

proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu

aparelho de trabalho

25 Ergonomia cognitiva

Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos

processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora

conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um

sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho

tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador

estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres

humanos e sistemas

Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se

por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica

compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens

complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para

a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua

autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades

23

de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas

e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais

Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental

tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento

Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com

outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para

o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um

equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de

alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica

que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo

problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria

De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as

pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do

seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e

de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de

percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga

mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das

empresas

Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)

26 Ergonomia Organizacional

O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma

constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de

trabalho

Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)

24

A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas

soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos

Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo

temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do

trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-

trabalho e gestatildeo da qualidade

A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo

(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das

atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio

turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando

capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que

encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e

participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo

Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas

como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse

sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio

organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees

desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de

suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus

colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos

projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada

membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que

norteiam a organizaccedilatildeo

Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com

relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os

indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees

aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)

Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia

organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as

pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada

nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a

comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade

Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de

todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

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APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 14: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

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referentes a problemas futuros relacionados agrave sauacutede do trabalhador e este se

sentiraacute mais determinado havendo assim satisfaccedilatildeo de ambos os lados

11 Justificativa

Esse trabalho tem como intuito analisar os fatores ergonocircmicos

organizacionais tais como posturas incorretas atividades rotineiras e uso de

aparelhos incorretos dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade

de IcoacuteCE

A empresa forneceu todos os dados possiacuteveis no entanto pediu que natildeo

fosse citado o nome da empresa no trabalho

Para a empresa a anaacutelise se tornou importante pelo fato de verificar os

fatores ergonocircmicos da mesma e como fazer para melhorar cada vez mais esses

cuidados que ela precisa ter para com seus funcionaacuterios No entanto deveraacute se

conscientizar mais e ouvir dos proacuteprios funcionaacuterios os possiacuteveis benefiacutecios que

eles poderatildeo trazer para o ambiente interno

Para os funcionaacuterios nota-se a necessidade de seu valor no mercado de

trabalho seu desenvolvimento como profissional e seu enquadramento em certas

atividades abstrusas que a empresa oferece

Esse trabalho sobre Ergonomia corresponde agrave anaacutelise externa da

empresa estudada ligada diretamente aos funcionaacuterios para que eles possam

expor suas necessidades uma vez que esse tema nunca foi estudado no local pois

serve como teacutecnica para melhorar o funcionamento entre aparelho e ser humano

12 Objetivos

121 Objetivo Geral

Esse trabalho tem como objetivo o levantamento da situaccedilatildeo dos

funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil na cidade de IcoacuteCE e analisar o

alcance da ergonomia e seu impacto para a execuccedilatildeo do trabalho desses

trabalhadores nessa empresa

122 Objetivos Especiacuteficos

Fazer uma revisatildeo bibliograacutefica sobre ergonomia a problemaacutetica e os riscos

Analisar o acomodamento do ambiente ergonocircmico agraves necessidades dos

funcionaacuterios tendo como base a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e

Organizacional

14

Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios

atraveacutes de atividades rotineiras

13 Metodologia

Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para

levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de

pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros

especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de

trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta

de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho

Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos

de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas

e pescoccedilo dos trabalhadores

A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo

ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo

postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem

contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas

ocupacionais e aumentar a produtividade

15

2 ERGONOMIA

Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande

meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras

mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho

de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para

realizaccedilatildeo do trabalho

No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida

no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam

suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por

exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando

apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e

desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito

A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico

implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no

ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com

prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010

p167)

A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas

alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica

cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o

ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou

sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser

evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar

os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem

Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador

Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute

interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida

teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da

atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia

fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute

16

Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento

Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash

(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)

ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo

Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano

e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o

trabalho agraves pessoas

Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede

das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a

qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas

encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e

individuais como mostra a figura 1

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais

Fonte o autor (2016)

17

A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos

corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores

ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees

captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre

mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos

interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes

seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida

cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)

22 A origem da ergonomia

A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do

movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs

Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a

Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia

ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta

primeira definiccedilatildeo estabelecia que

A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)

KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro

A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente

Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a

claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica

comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow

Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na

18

eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das

atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)

Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)

O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos

trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento

Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual

formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho

(Lida 2000)

Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a

eficiecircncia e as metas de produtividade

Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada

pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo

real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo

de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas

estruturas de postos de trabalho

A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)

23 NR ndash 17

Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre

digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em

Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP

contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando

recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)

19

A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela

Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando

surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo

do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar

recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)

Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos

ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho

com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por

produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi

constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por

esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e

luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar

as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)

Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento

de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de

Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da

DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de

trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem

estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o

mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)

Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho

assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova

redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751

infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica

pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL

2002)

A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia

(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item

171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees

de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta

Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma

Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender

a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas

20

as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral

devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da

NR 17 (BRASIL 2002)

Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo

estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia

de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho

(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta

quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem

estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela

CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do

trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante

instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a

produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel

avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas

brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram

de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era

considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da

empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado

por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador

De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a

mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute

recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem

quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada

Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos

postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme

estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador

na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica

do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um

problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida

para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a

produtividade exigidos (BRASIL 2002)

21

24 Ergonomia fiacutesica

Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)

ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana

antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos

relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais

movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho

projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede

Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a

anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que

estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a

biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave

atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho

como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos

relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho

Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema

musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico

confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de

movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais

importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com

as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho

A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades

musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a

fisiologia do trabalho

A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos

problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de

trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa

grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos

A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da

ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que

impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos

repetitivos

Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma

reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia

fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro

22

como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma

instalaccedilatildeo

No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da

ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em

um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores

condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia

da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo

tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura

iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil

normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da

adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de

conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma

regiatildeo de nebulosidade

Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados

para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos

funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos

proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu

aparelho de trabalho

25 Ergonomia cognitiva

Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos

processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora

conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um

sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho

tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador

estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres

humanos e sistemas

Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se

por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica

compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens

complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para

a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua

autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades

23

de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas

e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais

Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental

tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento

Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com

outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para

o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um

equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de

alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica

que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo

problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria

De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as

pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do

seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e

de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de

percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga

mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das

empresas

Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)

26 Ergonomia Organizacional

O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma

constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de

trabalho

Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)

24

A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas

soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos

Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo

temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do

trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-

trabalho e gestatildeo da qualidade

A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo

(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das

atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio

turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando

capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que

encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e

participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo

Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas

como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse

sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio

organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees

desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de

suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus

colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos

projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada

membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que

norteiam a organizaccedilatildeo

Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com

relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os

indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees

aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)

Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia

organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as

pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada

nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a

comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade

Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de

todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 15: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

14

Identificar possiacuteveis doenccedilas ocupacionais adquiridas pelos funcionaacuterios

atraveacutes de atividades rotineiras

13 Metodologia

Depois da escolha do tema foi realizada uma pesquisa bibliograacutefica para

levantar informaccedilotildees e unir dados a respeito do tema abordado atraveacutes de

pesquisas em diversas fontes como sites da web artigos teses e livros

especializados Em etapas posteriores um questionaacuterio de avaliaccedilatildeo do posto de

trabalho foi entregue aos funcionaacuterios (Apecircndice) Tambeacutem foi realizada uma coleta

de dados por observaccedilatildeo para identificar e registrar as maacutes posturas no trabalho

Foram tiradas fotografias e com observaccedilatildeo direta verificou-se os tempos

de permanecircncia de diferentes combinaccedilotildees das posiccedilotildees do tronco braccedilos pernas

e pescoccedilo dos trabalhadores

A partir dos resultados do questionaacuterio e da aplicaccedilatildeo do meacutetodo

ergonocircmico de avaliaccedilatildeo postural foram determinadas medidas de correccedilatildeo

postural e de adequaccedilatildeo do posto de trabalho ao operador que se adotadas podem

contribuir para o conforto dos operadores evitarem o desenvolvimento de doenccedilas

ocupacionais e aumentar a produtividade

15

2 ERGONOMIA

Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande

meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras

mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho

de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para

realizaccedilatildeo do trabalho

No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida

no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam

suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por

exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando

apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e

desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito

A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico

implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no

ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com

prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010

p167)

A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas

alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica

cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o

ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou

sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser

evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar

os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem

Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador

Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute

interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida

teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da

atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia

fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute

16

Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento

Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash

(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)

ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo

Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano

e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o

trabalho agraves pessoas

Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede

das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a

qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas

encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e

individuais como mostra a figura 1

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais

Fonte o autor (2016)

17

A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos

corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores

ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees

captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre

mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos

interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes

seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida

cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)

22 A origem da ergonomia

A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do

movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs

Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a

Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia

ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta

primeira definiccedilatildeo estabelecia que

A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)

KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro

A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente

Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a

claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica

comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow

Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na

18

eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das

atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)

Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)

O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos

trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento

Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual

formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho

(Lida 2000)

Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a

eficiecircncia e as metas de produtividade

Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada

pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo

real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo

de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas

estruturas de postos de trabalho

A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)

23 NR ndash 17

Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre

digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em

Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP

contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando

recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)

19

A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela

Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando

surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo

do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar

recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)

Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos

ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho

com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por

produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi

constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por

esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e

luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar

as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)

Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento

de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de

Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da

DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de

trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem

estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o

mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)

Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho

assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova

redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751

infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica

pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL

2002)

A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia

(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item

171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees

de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta

Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma

Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender

a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas

20

as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral

devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da

NR 17 (BRASIL 2002)

Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo

estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia

de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho

(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta

quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem

estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela

CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do

trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante

instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a

produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel

avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas

brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram

de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era

considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da

empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado

por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador

De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a

mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute

recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem

quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada

Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos

postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme

estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador

na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica

do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um

problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida

para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a

produtividade exigidos (BRASIL 2002)

21

24 Ergonomia fiacutesica

Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)

ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana

antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos

relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais

movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho

projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede

Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a

anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que

estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a

biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave

atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho

como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos

relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho

Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema

musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico

confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de

movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais

importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com

as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho

A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades

musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a

fisiologia do trabalho

A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos

problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de

trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa

grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos

A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da

ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que

impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos

repetitivos

Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma

reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia

fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro

22

como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma

instalaccedilatildeo

No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da

ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em

um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores

condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia

da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo

tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura

iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil

normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da

adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de

conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma

regiatildeo de nebulosidade

Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados

para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos

funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos

proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu

aparelho de trabalho

25 Ergonomia cognitiva

Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos

processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora

conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um

sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho

tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador

estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres

humanos e sistemas

Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se

por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica

compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens

complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para

a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua

autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades

23

de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas

e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais

Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental

tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento

Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com

outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para

o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um

equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de

alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica

que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo

problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria

De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as

pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do

seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e

de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de

percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga

mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das

empresas

Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)

26 Ergonomia Organizacional

O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma

constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de

trabalho

Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)

24

A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas

soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos

Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo

temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do

trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-

trabalho e gestatildeo da qualidade

A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo

(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das

atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio

turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando

capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que

encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e

participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo

Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas

como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse

sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio

organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees

desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de

suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus

colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos

projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada

membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que

norteiam a organizaccedilatildeo

Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com

relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os

indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees

aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)

Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia

organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as

pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada

nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a

comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade

Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de

todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

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15

2 ERGONOMIA

Hoje em dia a concorrecircncia vem se tornando um desafio e uma grande

meta para as empresas sendo que as mesmas devem se adaptar as inuacutemeras

mudanccedilas que acontecem no mercado Deste modo determinando mais empenho

de seus funcionaacuterios sem proporcionar as proacuteprias condiccedilotildees adequadas para

realizaccedilatildeo do trabalho

No ambiente organizacional bem como na ergonomia a condiccedilatildeo de vida

no trabalho estaacute relacionada a condiccedilatildeo do trabalhador para que eles desenvolvam

suas atividades sem prejudicar sua sauacutede (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Quando eacute motivado o trabalhador fica contente e se sente bem Por

exemplo quando as empresas dispotildeem de boas condiccedilotildees de trabalho e quando

apresenta uma boa remuneraccedilatildeo Sendo assim o funcionaacuterio atrairaacute mais clientes e

desenvolveraacute suas atividades com mais ecircxito

A capacidade de administrar o conjunto das accedilotildees incluindo diagnoacutestico

implantaccedilatildeo de melhorias e inovaccedilotildees gerenciais tecnoloacutegicas e estruturais no

ambiente de trabalho alinhada e construiacuteda na cultura organizacional com

prioridade absoluta para o bem-estar das pessoas da organizaccedilatildeo (FRANCcedilA 2010

p167)

A organizaccedilatildeo do trabalho eacute definida na NR-17 vagamente com apenas

alguns elementos observaacuteveis poreacutem eacute de boa compreensatildeo Por ser geneacuterica

cabe ao engenheiro de produccedilatildeo ou ao chefe direto administrar e organizar o

ambiente Com relaccedilatildeo agraves lesotildees por esforccedilos repetitivos sempre que houver dor ou

sobrecarga muscular devem ser incluiacutedas pausas para o descanso e deve ser

evitada a avaliaccedilatildeo por desempenho individual (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

A Ergonomia eacute composta por um conjunto de ciecircncias que mira adaptar

os postos de trabalho agraves caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees do homem

Proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e rendimento do trabalhador

Esta adequaccedilatildeo eacute possiacutevel devido agrave ajuda de vaacuterias ciecircncias A ergonomia eacute

interdisciplinar interatua com vaacuterias disciplinas no campo das ciecircncias da vida

teacutecnica humanas e sociais centrando-se no objeto de estudo que eacute o conceito da

atividade de trabalho Para Lida (2000 p1) uma definiccedilatildeo concisa de Ergonomia

fornecida pela ldquoErgonomics Resarch Societyrdquo da Inglaterra eacute

16

Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento

Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash

(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)

ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo

Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano

e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o

trabalho agraves pessoas

Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede

das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a

qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas

encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e

individuais como mostra a figura 1

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais

Fonte o autor (2016)

17

A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos

corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores

ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees

captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre

mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos

interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes

seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida

cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)

22 A origem da ergonomia

A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do

movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs

Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a

Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia

ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta

primeira definiccedilatildeo estabelecia que

A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)

KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro

A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente

Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a

claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica

comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow

Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na

18

eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das

atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)

Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)

O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos

trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento

Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual

formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho

(Lida 2000)

Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a

eficiecircncia e as metas de produtividade

Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada

pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo

real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo

de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas

estruturas de postos de trabalho

A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)

23 NR ndash 17

Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre

digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em

Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP

contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando

recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)

19

A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela

Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando

surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo

do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar

recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)

Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos

ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho

com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por

produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi

constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por

esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e

luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar

as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)

Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento

de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de

Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da

DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de

trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem

estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o

mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)

Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho

assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova

redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751

infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica

pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL

2002)

A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia

(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item

171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees

de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta

Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma

Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender

a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas

20

as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral

devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da

NR 17 (BRASIL 2002)

Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo

estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia

de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho

(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta

quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem

estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela

CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do

trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante

instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a

produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel

avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas

brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram

de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era

considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da

empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado

por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador

De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a

mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute

recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem

quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada

Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos

postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme

estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador

na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica

do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um

problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida

para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a

produtividade exigidos (BRASIL 2002)

21

24 Ergonomia fiacutesica

Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)

ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana

antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos

relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais

movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho

projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede

Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a

anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que

estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a

biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave

atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho

como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos

relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho

Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema

musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico

confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de

movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais

importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com

as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho

A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades

musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a

fisiologia do trabalho

A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos

problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de

trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa

grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos

A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da

ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que

impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos

repetitivos

Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma

reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia

fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro

22

como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma

instalaccedilatildeo

No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da

ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em

um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores

condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia

da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo

tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura

iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil

normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da

adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de

conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma

regiatildeo de nebulosidade

Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados

para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos

funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos

proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu

aparelho de trabalho

25 Ergonomia cognitiva

Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos

processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora

conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um

sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho

tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador

estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres

humanos e sistemas

Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se

por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica

compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens

complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para

a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua

autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades

23

de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas

e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais

Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental

tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento

Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com

outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para

o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um

equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de

alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica

que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo

problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria

De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as

pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do

seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e

de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de

percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga

mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das

empresas

Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)

26 Ergonomia Organizacional

O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma

constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de

trabalho

Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)

24

A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas

soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos

Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo

temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do

trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-

trabalho e gestatildeo da qualidade

A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo

(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das

atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio

turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando

capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que

encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e

participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo

Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas

como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse

sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio

organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees

desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de

suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus

colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos

projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada

membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que

norteiam a organizaccedilatildeo

Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com

relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os

indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees

aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)

Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia

organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as

pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada

nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a

comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade

Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de

todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

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APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 17: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

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Ergonomia eacute o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho equipamento e ambiente e particularmente a aplicaccedilatildeo dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na soluccedilatildeo de problemas surgidos desse relacionamento

Em agosto de 2000 a IEA (International Ergonomics Association ndash

(Associaccedilatildeo Internacional de Ergonomia) adotou a definiccedilatildeo oficial de ergonomia)

ldquoA ergonomia eacute uma disciplina cientiacutefica relacionada ao entendimento das interaccedilotildees entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas e agrave aplicaccedilatildeo de teorias princiacutepios dados e meacutetodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistemardquo

Para Couto (2002) a ergonomia busca o ajuste muacutetuo entre o ser humano

e seu ambiente de trabalho de forma confortaacutevel e produtiva procurando adaptar o

trabalho agraves pessoas

Assim pode-se afirmar que a Ergonomia estaacute relacionada para a sauacutede

das pessoas na organizaccedilatildeo e determina os padrotildees necessaacuterios para melhorar a

qualidade de vida das pessoas ajuntando a elas as soluccedilotildees diante dos problemas

encontrados pelos contribuintes no transcorrer dos processos organizacionais e

individuais como mostra a figura 1

Figura 1 - Ergonomia Condiccedilatildeo de Vida e Soluccedilotildees Empresariais

Fonte o autor (2016)

17

A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos

corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores

ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees

captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre

mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos

interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes

seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida

cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)

22 A origem da ergonomia

A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do

movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs

Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a

Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia

ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta

primeira definiccedilatildeo estabelecia que

A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)

KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro

A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente

Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a

claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica

comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow

Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na

18

eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das

atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)

Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)

O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos

trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento

Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual

formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho

(Lida 2000)

Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a

eficiecircncia e as metas de produtividade

Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada

pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo

real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo

de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas

estruturas de postos de trabalho

A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)

23 NR ndash 17

Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre

digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em

Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP

contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando

recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)

19

A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela

Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando

surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo

do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar

recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)

Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos

ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho

com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por

produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi

constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por

esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e

luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar

as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)

Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento

de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de

Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da

DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de

trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem

estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o

mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)

Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho

assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova

redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751

infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica

pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL

2002)

A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia

(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item

171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees

de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta

Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma

Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender

a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas

20

as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral

devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da

NR 17 (BRASIL 2002)

Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo

estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia

de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho

(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta

quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem

estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela

CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do

trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante

instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a

produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel

avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas

brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram

de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era

considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da

empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado

por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador

De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a

mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute

recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem

quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada

Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos

postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme

estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador

na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica

do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um

problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida

para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a

produtividade exigidos (BRASIL 2002)

21

24 Ergonomia fiacutesica

Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)

ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana

antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos

relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais

movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho

projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede

Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a

anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que

estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a

biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave

atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho

como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos

relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho

Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema

musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico

confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de

movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais

importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com

as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho

A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades

musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a

fisiologia do trabalho

A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos

problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de

trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa

grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos

A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da

ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que

impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos

repetitivos

Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma

reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia

fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro

22

como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma

instalaccedilatildeo

No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da

ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em

um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores

condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia

da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo

tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura

iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil

normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da

adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de

conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma

regiatildeo de nebulosidade

Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados

para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos

funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos

proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu

aparelho de trabalho

25 Ergonomia cognitiva

Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos

processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora

conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um

sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho

tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador

estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres

humanos e sistemas

Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se

por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica

compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens

complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para

a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua

autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades

23

de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas

e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais

Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental

tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento

Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com

outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para

o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um

equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de

alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica

que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo

problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria

De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as

pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do

seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e

de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de

percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga

mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das

empresas

Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)

26 Ergonomia Organizacional

O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma

constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de

trabalho

Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)

24

A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas

soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos

Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo

temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do

trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-

trabalho e gestatildeo da qualidade

A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo

(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das

atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio

turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando

capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que

encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e

participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo

Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas

como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse

sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio

organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees

desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de

suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus

colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos

projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada

membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que

norteiam a organizaccedilatildeo

Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com

relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os

indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees

aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)

Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia

organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as

pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada

nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a

comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade

Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de

todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 18: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

17

A ergonomia tem o empenho no estudo das posturas e os movimentos

corporais (sentado em peacute empurrando puxando e levantando pesos) fatores

ambientais (ruiacutedos vibraccedilotildees iluminaccedilatildeo clima agentes quiacutemicos) informaccedilotildees

captadas pela visatildeo audiccedilatildeo e outros sentidos controles relaccedilotildees entre

mostradores e controles bem como cargos e tarefas (tarefa adequada cargos

interessantes) A conjugaccedilatildeo adequada desses fatores permite projetar ambientes

seguros saudaacuteveis confortaacuteveis e eficientes tanto no trabalho quanto na vida

cotidiana (DUL WEERDMEESTER 2004)

22 A origem da ergonomia

A primeira definiccedilatildeo de Ergonomia foi feita em 1857 na eacutegide do

movimento industrialista europeu Esta definiccedilatildeo foi feita por um cientista polonecircs

Wojciech Jastembowsky numa perspectiva tiacutepica da eacutepoca de se entender a

Ergonomia como uma ciecircncia natural em um artigo intitulado ldquoEnsaios de ergonomia

ou ciecircncia do trabalho baseada nas leis objetivas da ciecircncia sobre a naturezardquo Esta

primeira definiccedilatildeo estabelecia que

A ergonomia como uma ciecircncia do trabalho requer que entendamos a atividade Introduccedilatildeo agrave Ergonomia Paacutegina 8 Prof Mario Cesar Vidal GENTE - Grupo de Ergonomia e Novas Tecnologias CESERG - Curso de Especializaccedilatildeo Superior em Ergonomia humana em termos de esforccedilo pensamento relacionamento e dedicaccedilatildeo (Jastrzebowski 1857)

KARWOWSKI (1991 p8) assim descreve o texto pioneiro

A partir de que Wojciech Jastrzebowski da Polocircnia (1857) definiu ergonomia juntando dois termos gregos ergon= trabalho e nomos= leis naturais os pesquisadores tecircm procurado estabelecer as leis fundamentais baseadas nas quais este disciplina em desenvolvimento pode ser classificada como uma ciecircncia O conceito de Jastrzebowski para esta proposta trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza aniacutemica quais seriam a natureza fiacutesico-motora a natureza esteacuteticosensorial a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral Esta ciecircncia do trabalho portanto significava a ciecircncia do esforccedilo jogo pensamento e devoccedilatildeo Uma das ideacuteias baacutesicas de Jastrzebowski eacute a proposiccedilatildeo chave de que estes atributos humanos deflacionam-se e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente

Duas abordagens se consolidaram no que diz respeito agrave ergonomia a

claacutessica sustentada pelos americanos e britacircnicos e a francesa A vertente claacutessica

comeccedilou a ser consolidada em 1911 quando o norte-americano Frederick Winslow

Taylor instituiu a Escola da Administraccedilatildeo Cientiacutefica visando um progresso na

18

eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das

atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)

Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)

O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos

trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento

Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual

formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho

(Lida 2000)

Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a

eficiecircncia e as metas de produtividade

Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada

pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo

real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo

de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas

estruturas de postos de trabalho

A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)

23 NR ndash 17

Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre

digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em

Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP

contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando

recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)

19

A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela

Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando

surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo

do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar

recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)

Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos

ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho

com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por

produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi

constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por

esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e

luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar

as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)

Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento

de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de

Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da

DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de

trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem

estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o

mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)

Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho

assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova

redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751

infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica

pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL

2002)

A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia

(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item

171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees

de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta

Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma

Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender

a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas

20

as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral

devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da

NR 17 (BRASIL 2002)

Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo

estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia

de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho

(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta

quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem

estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela

CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do

trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante

instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a

produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel

avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas

brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram

de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era

considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da

empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado

por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador

De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a

mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute

recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem

quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada

Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos

postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme

estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador

na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica

do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um

problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida

para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a

produtividade exigidos (BRASIL 2002)

21

24 Ergonomia fiacutesica

Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)

ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana

antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos

relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais

movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho

projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede

Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a

anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que

estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a

biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave

atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho

como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos

relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho

Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema

musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico

confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de

movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais

importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com

as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho

A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades

musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a

fisiologia do trabalho

A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos

problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de

trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa

grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos

A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da

ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que

impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos

repetitivos

Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma

reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia

fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro

22

como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma

instalaccedilatildeo

No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da

ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em

um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores

condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia

da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo

tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura

iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil

normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da

adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de

conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma

regiatildeo de nebulosidade

Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados

para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos

funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos

proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu

aparelho de trabalho

25 Ergonomia cognitiva

Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos

processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora

conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um

sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho

tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador

estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres

humanos e sistemas

Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se

por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica

compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens

complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para

a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua

autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades

23

de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas

e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais

Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental

tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento

Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com

outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para

o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um

equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de

alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica

que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo

problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria

De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as

pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do

seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e

de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de

percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga

mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das

empresas

Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)

26 Ergonomia Organizacional

O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma

constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de

trabalho

Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)

24

A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas

soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos

Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo

temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do

trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-

trabalho e gestatildeo da qualidade

A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo

(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das

atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio

turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando

capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que

encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e

participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo

Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas

como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse

sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio

organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees

desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de

suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus

colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos

projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada

membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que

norteiam a organizaccedilatildeo

Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com

relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os

indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees

aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)

Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia

organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as

pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada

nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a

comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade

Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de

todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 19: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

18

eficiecircncia da organizaccedilatildeo e para tal valeuse do meacutetodo de racionalizaccedilatildeo das

atividades operaacuterias (CHIAVENATO 2003)

Taylor considerava que o trabalho deveria ser cientificamente observado de modo que para cada tarefa fosse estabelecido o meacutetodo correto de executaacute-la com um tempo determinado usando as ferramentas corretas Haveria uma divisatildeo de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerecircncia da faacutebrica cabendo a esta determinar os meacutetodos e os tempos de modo que o trabalhador pudesse se concentrar unicamente na execuccedilatildeo da atividade produtiva (IIDA 2005 p8)

O taylorismo atribuiacutea o baixo rendimento agrave tendecircncia de vadiagem dos

trabalhadores e os acidentes a negligecircncia dos mesmos Com este pensamento

Taylor despertou nos trabalhadores uma resistecircncia e por meio da revolta individual

formaram-se movimentos coletivos e sindicais para questionar a forma de trabalho

(Lida 2000)

Denis (2002) sustenta que a vertente claacutessica tem como ecircnfase a

eficiecircncia e as metas de produtividade

Outra diretriz da ergonomia despontou em territoacuterio europeu impulsionada

pelo cenaacuterio resultante apoacutes a Segunda Guerra Mundial A observaccedilatildeo da situaccedilatildeo

real configurada na destruiccedilatildeo de seus parques industriais direcionou a um processo

de reconstruccedilatildeo voltada para as condiccedilotildees de trabalho e elaboraccedilatildeo de novas

estruturas de postos de trabalho

A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisioloacutegicos do projeto do trabalho isto eacute com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente Isso envolve dois aspectos primeiro como a pessoa confronta-se com os aspectos fiacutesicos de seu local de trabalho onde local de trabalho inclui mesas cadeiras escrivaninhas maacutequinas computadores e assim por diante segundo como uma pessoa relaciona-se com as condiccedilotildees ambientais de sua aacuterea de trabalho imediata Com isso queremos dizer a temperatura a iluminaccedilatildeo o barulho do ambiente etc Ergonomia eacute algumas vezes referida como engenharia de fatores humanos ou simplesmente fatores humanos (SLACK CHAMBERS JOHNSTON 2002 p 290)

23 NR ndash 17

Em 1986 diante dos numerosos casos de tenossinovite ocupacional entre

digitadores os diretores da aacuterea de sauacutede do Sindicato dos Empregados em

Empresa de Processamento de Dados no Estado de Satildeo Paulo ndash SINDPDSP

contataram a Delegacia Regional do Trabalho em Satildeo Paulo ndash DRTSP buscando

recursos para prevenir as referidas lesotildees (BRASIL 2002)

19

A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela

Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando

surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo

do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar

recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)

Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos

ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho

com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por

produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi

constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por

esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e

luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar

as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)

Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento

de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de

Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da

DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de

trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem

estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o

mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)

Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho

assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova

redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751

infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica

pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL

2002)

A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia

(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item

171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees

de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta

Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma

Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender

a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas

20

as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral

devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da

NR 17 (BRASIL 2002)

Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo

estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia

de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho

(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta

quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem

estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela

CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do

trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante

instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a

produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel

avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas

brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram

de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era

considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da

empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado

por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador

De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a

mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute

recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem

quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada

Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos

postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme

estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador

na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica

do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um

problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida

para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a

produtividade exigidos (BRASIL 2002)

21

24 Ergonomia fiacutesica

Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)

ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana

antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos

relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais

movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho

projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede

Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a

anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que

estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a

biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave

atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho

como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos

relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho

Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema

musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico

confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de

movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais

importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com

as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho

A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades

musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a

fisiologia do trabalho

A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos

problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de

trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa

grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos

A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da

ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que

impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos

repetitivos

Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma

reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia

fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro

22

como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma

instalaccedilatildeo

No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da

ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em

um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores

condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia

da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo

tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura

iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil

normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da

adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de

conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma

regiatildeo de nebulosidade

Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados

para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos

funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos

proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu

aparelho de trabalho

25 Ergonomia cognitiva

Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos

processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora

conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um

sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho

tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador

estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres

humanos e sistemas

Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se

por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica

compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens

complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para

a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua

autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades

23

de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas

e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais

Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental

tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento

Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com

outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para

o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um

equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de

alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica

que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo

problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria

De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as

pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do

seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e

de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de

percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga

mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das

empresas

Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)

26 Ergonomia Organizacional

O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma

constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de

trabalho

Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)

24

A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas

soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos

Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo

temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do

trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-

trabalho e gestatildeo da qualidade

A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo

(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das

atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio

turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando

capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que

encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e

participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo

Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas

como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse

sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio

organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees

desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de

suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus

colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos

projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada

membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que

norteiam a organizaccedilatildeo

Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com

relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os

indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees

aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)

Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia

organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as

pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada

nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a

comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade

Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de

todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 20: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

19

A NR-17 eacute uma Norma Regulamentadora do Ministeacuterio do Trabalho e

Emprego especiacutefica para ergonomia criada em 23 de novembro de 1990 pela

Portaria nordm 3751 O processo de criaccedilatildeo da norma comeccedilou em 1986 quando

surgiram casos de tenossinovite ocupacional uma espeacutecie de inflamaccedilatildeo do tendatildeo

do polegar comum entre digitadores o que levou o sindicato da categoria a buscar

recursos para a prevenccedilatildeo de tais lesotildees (VIEIRA 2011)

Atraveacutes de uma equipe constituiacuteda por meacutedicos e engenheiros estudos

ergonocircmicos foram realizados nos quais foram verificadas as condiccedilotildees de trabalho

com relaccedilatildeo agrave sauacutede de trabalhadores como o pagamento de precircmios por

produccedilatildeo a ausecircncia de pausas a praacutetica de horas extras entre outros Foi

constatada a presenccedila de fatores que favoreciam o aparecimento de lesotildees por

esforccedilos repetitivos (LER) Com exceccedilatildeo de aspectos como ruiacutedos temperatura e

luminosidade o Ministeacuterio natildeo tinha regulamentaccedilatildeo alguma que pudesse melhorar

as condiccedilotildees de trabalho referentes agrave ergonomia (VIEIRA 2011)

Durante 1988 e 1989 a Associaccedilatildeo de Profissionais de Processamento

de Dados (APPD nacional) realizou reuniotildees com representantes da Secretaria de

Seguranccedila e Medicina do Trabalho ndash SSMT em Brasiacutelia da FUNDACENTRO e da

DRTSP para elaborar um projeto de norma que estabelecesse limites agrave cadecircncia de

trabalho e proibisse o pagamento de precircmios de produtividade tambeacutem

estabelecendo criteacuterios de conforto para os trabalhadores de sua base incluindo o

mobiliaacuterio conforto teacutermico ambiecircncia luminosa e o niacutevel de ruiacutedo (BRASIL 2002)

Em 1990 por interferecircncia do SindpdSP o Ministeacuterio do Trabalho

assinou a Portaria com redaccedilatildeo atualizada da NR 17 Apoacutes a assinatura a nova

redaccedilatildeo foi publicada em 23 de novembro de 1990 pela Portaria ndeg 3751

infelizmente comprometendo em parte o seu entendimento e aplicaccedilatildeo praacutetica

pois a nova redaccedilatildeo continha questotildees especiacuteficas de cada profissatildeo (BRASIL

2002)

A Normativa que rege a ergonomia no Brasil eacute a NR 17 Ergonomia

(BRASIL 1990) do Ministeacuterio do Trabalho que tem como objetivo conforme o item

171 o estabelecimento de conjuntos de especificaccedilotildees para adaptar as condiccedilotildees

de trabalho agraves caracteriacutesticas psicoloacutegicas e fiacutesicas do profissional Aleacutem desta

Normativa o Ministeacuterio do Trabalho criou em 2002 o Manual de Aplicaccedilatildeo da Norma

Regulamentadora Nordm 17 (BRASIL 2002) para ajudar as instituiccedilotildees a compreender

a norma e realizar a sua aplicaccedilatildeo natildeo se propondo a fornecer soluccedilotildees para todas

20

as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral

devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da

NR 17 (BRASIL 2002)

Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo

estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia

de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho

(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta

quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem

estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela

CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do

trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante

instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a

produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel

avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas

brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram

de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era

considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da

empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado

por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador

De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a

mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute

recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem

quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada

Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos

postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme

estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador

na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica

do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um

problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida

para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a

produtividade exigidos (BRASIL 2002)

21

24 Ergonomia fiacutesica

Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)

ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana

antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos

relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais

movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho

projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede

Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a

anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que

estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a

biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave

atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho

como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos

relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho

Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema

musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico

confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de

movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais

importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com

as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho

A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades

musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a

fisiologia do trabalho

A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos

problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de

trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa

grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos

A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da

ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que

impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos

repetitivos

Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma

reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia

fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro

22

como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma

instalaccedilatildeo

No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da

ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em

um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores

condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia

da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo

tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura

iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil

normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da

adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de

conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma

regiatildeo de nebulosidade

Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados

para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos

funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos

proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu

aparelho de trabalho

25 Ergonomia cognitiva

Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos

processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora

conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um

sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho

tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador

estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres

humanos e sistemas

Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se

por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica

compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens

complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para

a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua

autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades

23

de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas

e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais

Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental

tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento

Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com

outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para

o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um

equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de

alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica

que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo

problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria

De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as

pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do

seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e

de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de

percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga

mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das

empresas

Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)

26 Ergonomia Organizacional

O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma

constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de

trabalho

Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)

24

A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas

soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos

Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo

temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do

trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-

trabalho e gestatildeo da qualidade

A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo

(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das

atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio

turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando

capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que

encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e

participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo

Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas

como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse

sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio

organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees

desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de

suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus

colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos

projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada

membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que

norteiam a organizaccedilatildeo

Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com

relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os

indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees

aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)

Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia

organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as

pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada

nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a

comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade

Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de

todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 21: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

20

as diferentes condiccedilotildees de trabalho existentes As condiccedilotildees de trabalho em geral

devem estar adequadas a todos os aspectos que atendem as recomendaccedilotildees da

NR 17 (BRASIL 2002)

Segundo a NR-17 o criteacuterio principal para o manuseio de materiais natildeo

estaacute ligado diretamente agrave quantidade de carga maacutexima mas sim voltada agrave ausecircncia

de recursos que facilitem essa tarefa Segundo a Consolidaccedilatildeo das Leis do Trabalho

(CLT) a carga maacutexima que pode ser levantada por um homem eacute de sessenta

quilogramas enquanto por uma mulher eacute de vinte quilogramas poreacutem existem

estudos realizados no exterior com limites de toleracircncia abaixo dos indicados pela

CLT De qualquer forma o mais importante eacute natildeo comprometer a sauacutede do

trabalhador independentemente de seu gecircnero (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

O objetivo da NR 17 eacute caracterizar a ergonomia como um importante

instrumento para garantir a seguranccedila e a sauacutede dos trabalhadores bem como a

produtividade das empresas (BRASIL 2002) A atual NR 17 representa consideraacutevel

avanccedilo na estruturaccedilatildeo das condiccedilotildees dos postos de trabalho nas empresas

brasileiras Antes de sua elaboraccedilatildeo as alteraccedilotildees na organizaccedilatildeo do trabalho eram

de iniciativa exclusiva das empresas Ateacute entatildeo a organizaccedilatildeo do trabalho era

considerada intocaacutevel e passiacutevel de ser modificada apenas por iniciativa da

empresa muito embora os estudos comprovassem o papel decisivo desempenhado

por ela na gecircnese de numerosos comprometimentos agrave sauacutede do trabalhador

De acordo com NR 17 com relaccedilatildeo agrave postura o mais indicado eacute a

mudanccedila constante Natildeo existe nenhuma postura fixa que seja adequada Eacute

recomendada a alternacircncia sendo que ateacute mesmo trabalhar em peacute eacute aceito poreacutem

quando a maior parte do trabalho eacute realizada sentada

Atualmente ao empregador cabe realizar a anaacutelise ergonocircmica dos

postos de trabalho considerando no miacutenimo as condiccedilotildees de trabalho conforme

estabelecido pela NR 17 A NR 17 tambeacutem privilegia a participaccedilatildeo do trabalhador

na soluccedilatildeo dos problemas existentes nos postos de trabalho A anaacutelise ergonocircmica

do trabalho eacute um processo construtivo e participativo para a resoluccedilatildeo de um

problema complexo e exige o conhecimento das tarefas da atividade desenvolvida

para realizaacute- las e das dificuldades enfrentadas para atingir o desempenho e a

produtividade exigidos (BRASIL 2002)

21

24 Ergonomia fiacutesica

Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)

ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana

antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos

relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais

movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho

projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede

Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a

anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que

estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a

biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave

atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho

como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos

relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho

Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema

musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico

confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de

movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais

importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com

as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho

A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades

musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a

fisiologia do trabalho

A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos

problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de

trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa

grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos

A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da

ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que

impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos

repetitivos

Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma

reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia

fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro

22

como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma

instalaccedilatildeo

No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da

ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em

um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores

condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia

da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo

tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura

iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil

normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da

adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de

conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma

regiatildeo de nebulosidade

Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados

para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos

funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos

proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu

aparelho de trabalho

25 Ergonomia cognitiva

Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos

processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora

conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um

sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho

tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador

estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres

humanos e sistemas

Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se

por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica

compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens

complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para

a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua

autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades

23

de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas

e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais

Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental

tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento

Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com

outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para

o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um

equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de

alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica

que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo

problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria

De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as

pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do

seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e

de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de

percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga

mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das

empresas

Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)

26 Ergonomia Organizacional

O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma

constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de

trabalho

Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)

24

A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas

soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos

Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo

temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do

trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-

trabalho e gestatildeo da qualidade

A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo

(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das

atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio

turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando

capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que

encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e

participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo

Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas

como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse

sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio

organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees

desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de

suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus

colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos

projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada

membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que

norteiam a organizaccedilatildeo

Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com

relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os

indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees

aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)

Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia

organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as

pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada

nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a

comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade

Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de

todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 22: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

21

24 Ergonomia fiacutesica

Segundo a ABERGO - Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia (2000)

ergonomia fiacutesica estaacute relacionada com as caracteriacutesticas da anatomia humana

antropometria fisiologia e biomecacircnica em sua relaccedilatildeo agrave atividade fiacutesica Os toacutepicos

relevantes incluem o estudo da postura no trabalho manuseio de materiais

movimentos repetitivos distuacuterbios muacutesculo-esqueletais relacionados ao trabalho

projeto de posto de trabalho seguranccedila e sauacutede

Segundo Lida (2005 p 3) ergonomia fiacutesica tem como preocupaccedilatildeo a

anatomia do homem antropometria (que estuda o corpo humano) a fisiologia (que

estuda as funccedilotildees dos seres humanos em relaccedilatildeo ao seu ambiente) e a

biomecacircnica (estudo da mecacircnica dos organismos vivos) Tudo isso pertinente agrave

atividade fiacutesica Sendo que eacute dado um olhar mais proeminente agrave postura no trabalho

como se utiliza os materiais movimentos repetitivos distuacuterbios dos muacutesculos

relacionados ao trabalho seguranccedila e sauacutede no trabalho

Em inicial na caracterizaccedilatildeo verifica se o corpo tem um sistema

musculoesqueleacutetico movido por uma central energeacutetica O sistema esqueleacutetico

confere ao corpo suas dimensotildees altura tamanho dos membros aptidotildees de

movimentaccedilatildeo limitadas alcances miacutenimos e maacuteximos Um dos fatores mais

importantes da ergonomia eacute que seus utensiacutelios e elementos fiquem de acordo com

as dimensotildees do trabalhador do posto de trabalho

A atividade de trabalho deve estar de acordo com as possibilidades

musculares e do metabolismo humano e isso incide da ergonomia fiacutesica a saber a

fisiologia do trabalho

A utilidade da ergonomia fiacutesica estaacute na ajuda crucial que fornece a muitos

problemas verificados nos aparelhos de trabalho No ambiente dos postos de

trabalho problemas antropomeacutetricos e posturais efetivamente se processam numa

grande quantidade sejam eles industriais agriacutecolas ou de serviccedilos

A praticidade do ambiente dos postos de trabalho as particularizaccedilotildees da

ergonomia fiacutesica se dirigem para mutaccedilotildees do contexto fiacutesico do trabalho que

impeccedilam a produccedilatildeo de esforccedilos excessivos ou inadequados como os movimentos

repetitivos

Essas particularizaccedilotildees alocam como exigecircncia no geral uma

reconstituiccedilatildeo do posto de trabalho que iratildeo implicar em mudanccedilas na tecnologia

fiacutesica que muitas vezes podem se tornar irrealizaacuteveis do ponto de vista financeiro

22

como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma

instalaccedilatildeo

No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da

ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em

um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores

condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia

da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo

tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura

iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil

normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da

adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de

conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma

regiatildeo de nebulosidade

Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados

para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos

funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos

proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu

aparelho de trabalho

25 Ergonomia cognitiva

Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos

processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora

conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um

sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho

tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador

estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres

humanos e sistemas

Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se

por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica

compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens

complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para

a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua

autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades

23

de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas

e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais

Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental

tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento

Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com

outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para

o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um

equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de

alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica

que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo

problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria

De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as

pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do

seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e

de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de

percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga

mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das

empresas

Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)

26 Ergonomia Organizacional

O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma

constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de

trabalho

Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)

24

A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas

soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos

Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo

temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do

trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-

trabalho e gestatildeo da qualidade

A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo

(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das

atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio

turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando

capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que

encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e

participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo

Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas

como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse

sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio

organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees

desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de

suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus

colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos

projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada

membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que

norteiam a organizaccedilatildeo

Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com

relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os

indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees

aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)

Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia

organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as

pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada

nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a

comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade

Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de

todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 23: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

22

como por exemplo elevar ou abaixar uma plataforma ou ainda modificar toda uma

instalaccedilatildeo

No ambiente de trabalho as medidas a ser em providenciadas da

ergonomia fiacutesica vazam em sugestotildees relativas agrave higiene - conservar o ambiente em

um estado que natildeo ataque a integridade do organismo - procurando as melhores

condiccedilotildees aceitaacuteveis para o desempenho da atividade Em certos casos a aparecircncia

da eficiecircncia ambiental se torna terminante Normalmente esse tema vem sendo

tratado pelo estabelecimento que estabelecem niacuteveis de ruiacutedo temperatura

iluminamento qualidade do ar e demais aspectos aparentemente de faacutecil

normalizaccedilatildeo Contudo eacute enorme a dificuldade de se trabalhar sob a dificuldade da

adequaccedilatildeo com limites de toleracircncia a agentes agressores jaacute que entre as faixas de

conforto e as faixas de toleracircncia de um paracircmetro ambiental se estabelece uma

regiatildeo de nebulosidade

Nas aplicaccedilotildees estudos e propostas de ergonomia tecircm sido mobilizados

para sensibilizaccedilatildeo dos campos dirigentes conscientizaccedilatildeo e envolvimento dos

funcionaacuterios e mesmo orientaccedilotildees especiacuteficas sobre o agenciamento do posto pelos

proacuteprios trabalhadores tal como um trabalhador mais qualificado regula seu

aparelho de trabalho

25 Ergonomia cognitiva

Segundo a ABERGO (2000) a ergonomia cognitiva refere-se aos

processos mentais tais como percepccedilatildeo memoacuteria raciociacutenio e resposta motora

conforme afetem as interaccedilotildees entre seres humanos e outros elementos de um

sistema Os toacutepicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho

tomada de decisatildeo desempenho especializado interaccedilatildeo homem-computador

estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres

humanos e sistemas

Para Moraes e Montrsquo Alvatildeo (2003) a Ergonomia Cognitiva caracteriza-se

por aspectos relacionados com as questotildees da compreensatildeo loacutegica

compatibilizaccedilatildeo de repertoacuterios e informaccedilotildees significaccedilatildeo de mensagens

complexidade da tarefa dentre outros aspectos que resultam em perturbaccedilotildees para

a seleccedilatildeo de informaccedilotildees para as estrateacutegias cognoscitivas e comprometem sua

autonomia na resoluccedilatildeo de problemas e tomada de decisotildees como as dificuldades

23

de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas

e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais

Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental

tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento

Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com

outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para

o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um

equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de

alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica

que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo

problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria

De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as

pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do

seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e

de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de

percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga

mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das

empresas

Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)

26 Ergonomia Organizacional

O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma

constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de

trabalho

Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)

24

A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas

soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos

Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo

temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do

trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-

trabalho e gestatildeo da qualidade

A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo

(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das

atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio

turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando

capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que

encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e

participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo

Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas

como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse

sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio

organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees

desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de

suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus

colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos

projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada

membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que

norteiam a organizaccedilatildeo

Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com

relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os

indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees

aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)

Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia

organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as

pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada

nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a

comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade

Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de

todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

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APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

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de decodificaccedilatildeo aprendizagem e memorizaccedilatildeo em face de inconsistecircncias loacutegicas

e de navegaccedilatildeo dos subsistemas comunicacionais e dialogais

Segundo Lida (2005 p 3) a ergonomia cognitiva prioriza a carga mental

tomada de decisatildeo interaccedilatildeo homem-maacutequina estresse e treinamento

Ergonomia cognitiva compromete a influecircncia muacutetua do indiviacuteduo com

outros elementos de um sistema encontrando assim sendo respostas motoras para

o desenvolvimento mental Sendo assim torna-se importante a procura por um

equiliacutebrio mental adepto no desenvolvimento de tais tarefas precavendo-se de

alguma doenccedila desenvolvida pelo consumo da capacidade intelectual e psicoloacutegica

que venha gerar futuramente integridade no raciociacutenio do trabalhador ou ateacute mesmo

problemas mais seacuterios como a perda total de memoacuteria

De uma forma geral a Ergonomia Cognitiva trata o fato de como as

pessoas avaliam e processam informaccedilotildees absorvidas em situaccedilotildees decorrentes do

seu trabalho dentre as competecircncias cognitivas estatildeo agrave capacidade de abstraccedilatildeo e

de raciociacutenio O individuo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de

percepccedilatildeo absorccedilatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilotildees se submetido a fatores como carga

mental estresse pressatildeo psicoloacutegica entre outros que fazem parte do cotidiano das

empresas

Ergonomia Cognitiva conhecida tambeacutem como engenharia psicoloacutegica trata-se do aspecto mental (percepccedilatildeo atenccedilatildeo armazenamento e recuperaccedilatildeo de memoacuteria etc) Estuda a capacidade e os processos de formaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimentos em sistema em geral Incluem carga mental de trabalho desempenho de habilidades erro humano interaccedilatildeo entre o ser humano e a maacutequina (VIDAL 2007 apud ALMEIDA 2008)

26 Ergonomia Organizacional

O campo da Ergonomia Organizacional se forma a partir de uma

constataccedilatildeo simples a de que toda atividade de trabalho ocorre nas organizaccedilotildees de

trabalho

Ergonomia Organizacional concerne agrave otimizaccedilatildeo dos sistemas soacutecio teacutecnicos incluindo suas estruturas organizacionais poliacuteticas e de processos Os toacutepicos relevantes incluem comunicaccedilotildees gerenciamento de recursos projeto de trabalho organizaccedilatildeo temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-trabalho e gestatildeo da qualidade (ABERGO 2000)

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A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas

soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos

Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo

temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do

trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-

trabalho e gestatildeo da qualidade

A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo

(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das

atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio

turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando

capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que

encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e

participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo

Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas

como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse

sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio

organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees

desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de

suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus

colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos

projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada

membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que

norteiam a organizaccedilatildeo

Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com

relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os

indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees

aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)

Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia

organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as

pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada

nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a

comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade

Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de

todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 25: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

24

A ergonomia organizacional diz respeito agrave organizaccedilatildeo dos sistemas

soacutecio teacutecnicos incluindo suas construccedilotildees organizacionais poliacuteticas e de processos

Os temas relevantes estatildeo incluiacutedos comunicaccedilatildeo projeta de trabalho organizaccedilatildeo

temporal do trabalho trabalho em grupo projeto participativo novos paradigmas do

trabalho trabalho cooperativo cultura organizacional organizaccedilotildees em rede tele-

trabalho e gestatildeo da qualidade

A Ergonomia Organizacional eacute caracterizada por Moraes e MontrsquoAlvatildeo

(2003) atraveacutes dos problemas ligados a falta de parcelamento adequado das

atividades participaccedilatildeo gestatildeo jornada de trabalho com avaliaccedilatildeo de horaacuterio

turnos e escalas bem como a falta de seleccedilatildeo e treinamento de pessoal visando

capacitaccedilatildeo para as atividades produtivas A implementaccedilatildeo dessas accedilotildees que

encontram-se em falta viabiliza a objetividade responsabilidade autonomia e

participaccedilatildeo dos colaboradores envolvidos no processo produtivo

Moura (2011 p15) afirma que ldquoo trabalho ganha a atenccedilatildeo das pessoas

como prioridade essencialidade e assume o controle da vida humanardquo Nesse

sentido o indiviacuteduo percebe que ele ganha uma representatividade tanto no meio

organizacional quanto no conviacutevio social interferindo portanto nas concepccedilotildees

desenvolvidas num contexto competidor No entendimento de Cardoso (2012) eacute de

suma importacircncia salientar o grau de preocupaccedilatildeo das empresas com seus

colaboradores no que diz respeito agrave comunicaccedilatildeo de subordinados e gerentes nos

projetos desenvolvidos dentro do ambiente laboral na cultura individual de cada

membro e a inclusatildeo de novos paradigmas voltados para o crescimento que

norteiam a organizaccedilatildeo

Eacute necessaacuterio que as empresas reavaliem seu comportamento com

relaccedilatildeo aos colaboradores visando criar um melhor ambiente de trabalho onde os

indiviacuteduos tenham a liberdade de expressar ideias compartilhar e propor soluccedilotildees

aos problemas comuns na empresa como um todo (CARVALHO 2011 p 15)

Com o objetivo de criar ambientes mais cooperativos a ergonomia

organizacional busca finalidades de aperfeiccediloar um equiliacutebrio soacutecio teacutecnico entre as

pessoas envolvendo poliacuteticas processos e a estrutura organizacional Eacute utilizada

nos trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo operacional taacutecito e estrateacutegico incluindo a

comunicaccedilatildeo trabalho cooperativo e a gestatildeo da qualidade

Percebe-se assim que a ergonomia organizacional prioriza a inclusatildeo de

todos os trabalhadores da empresa para que aconteccedila uma interconexatildeo de clima

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 26: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

25

organizacional favoraacutevel e satisfatoacuterio para o aperfeiccediloamento de um trabalho eacutetico

eficaz constituiacutedo de limites aos aspectos ergonocircmicos do ser humano

27 Fatores que afetam as atividades produtivas

Existem alguns fatores que podem afetar diametralmente as atividades

produtivas dos indiviacuteduos em seus ambientes de trabalho provocando de forma

positiva ou negativa os resultados esperados Satildeo eles

Carga e atividade mental - A carga mental estaacute relacionada agrave aptidatildeo

mental do indiviacuteduo O conceito de atividade mental eacute definido por Grandjean (1998)

como a elaboraccedilatildeo da informaccedilatildeo fornecida ao ceacuterebro O trabalho mental nas

perspectivas do autor estaacute dividido em duas atividades a Mental que corresponde

aos niacuteveis de exigecircncia da criatividade associado aos conhecimentos teacutecnicos para

o desenvolvimento intelectual e a de Processamento de informaccedilotildees que consiste

em perceber interpretar e elaborar mentalmente informaccedilotildees fornecidas pelos

oacutergatildeos dos sentidos relacionando-as com os conhecimentos dando origem as

decisotildees

Ambiente de Trabalho e Humanizaccedilatildeo - Ao ambiente de trabalho estaacute

vinculado o bem estar dos indiviacuteduos que realizam a tarefa ou seja as condiccedilotildees

ambientais quando favoraacuteveis contribuem para o bom desenvolvimento do trabalho

eacute no ambiente que estatildeo presentes estiacutemulos e frustraccedilotildees que acometem os

trabalhadores interferindo na sua produtividade Intriacutenseco ao ambiente de trabalho

estaacute a questatildeo da humanizaccedilatildeo Para Guimaratildees (2006) a humanizaccedilatildeo do trabalho

eacute a permissatildeo para que cada pessoa exercite suas habilidades com sentimento e

auto-realizaccedilatildeo

Organizaccedilatildeo no Trabalho - Para Couto (2002) ldquoorganizaccedilatildeo do trabalho

eacute todo o conjunto de accedilotildees feitas pelo gestor e pelos facilitadores para que a

prescriccedilatildeo de trabalho objetivos planos e metas ditada pela direccedilatildeo da

organizaccedilatildeo sejam cumpridosrdquo A organizaccedilatildeo do trabalho tem o objetivo de

estabelecer regras procedimentos e um fluxo ordenado das tarefas visando motivar

o rendimento e a qualidade das atividades produtivas bem como atender as

necessidades de sequumlenciamento das tarefas para aliviar a sobrecarga de trabalho

No contexto organizacional eacute necessaacuterio que seja adotada uma poliacutetica de gestatildeo

capaz de conciliar produtividade seguranccedila e satisfaccedilatildeo que atendam aos anseios

do trabalhador e do empregador

26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

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26

Fatores Humanos - Satildeo caracteriacutesticas humanas que interferem no

desempenho de atividades produtivas no trabalho Guimaratildees (2006) salienta que se

forem considerados os fatores humanos e organizacionais envolvidos no trabalho eacute

possiacutevel alterar aspectos como ambiente fiacutesico ambiente psicossocial jornada de

trabalho rigidez organizacional e remuneraccedilatildeo visando gerar maior satisfaccedilatildeo com

o trabalho

Satildeo fatores humanos que interferem nas atividades produtivas

a) Ritmo circadiano e as diferenccedilas individuais para Guimaratildees (2006) o

ritmo circadiano corresponde agraves oscilaccedilotildees das funccedilotildees fisioloacutegicas do organismo

num ciclo de aproximadamente 24 horas Aspectos ligados as diferenccedilas individuais

podem classificar os indiviacuteduos como matutinos e vespertinos a partir dos estudos

sobre ritmo circadiano eacute observado que os indiviacuteduos matutinos apresentam melhor

disposiccedilatildeo e eficiecircncia na parte da manhatilde enquanto que os vespertinos apresentam

essa mesma disposiccedilatildeo na parte da tarde (LIDA 2003)

b) Fadiga Lida (2003) ldquofadiga eacute o efeito de um trabalho continuado que

provoca uma reduccedilatildeo reversiacutevel da capacidade do organismo e uma degradaccedilatildeo

qualitativa desse trabalho A fadiga eacute causada por um conjunto complexo de fatores

cujos efeitos satildeo cumulativosrdquo

c) Estresse para Selye (1956 apud Grandjean 1998) estresse eacute a reaccedilatildeo

do organismo a uma situaccedilatildeo ameaccediladora proveniente de causas externas O

estresse prejudica ou impede a realizaccedilatildeo normal do trabalho

d) Motivaccedilatildeo motivaccedilatildeo eacute o processo pelo qual se manteacutem ativado e em

funcionamento um sentimento de determinaccedilatildeo impulso objetivo e necessidade

(IIDA 2003)

28 Fisiologia do Trabalho

A fisiologia do trabalho tem como objetivo estudar os fenocircmenos do corpo

humano nas situaccedilotildees de trabalho Esses movimentos voluntaacuterios satildeo comandados

pelo ceacuterebro que utilizam a medula espinhal como meio de comunicaccedilatildeo entre os

muacutesculos e o ceacuterebro Esse mecanismo eacute chamado de sinapse Entre as

propriedades da sinapse encontra-se a fadiga como a reduccedilatildeo da capacidade de

transmissatildeo da sinapse (MAacuteSCULO VIDAL 2011)

Entre as possiacuteveis causas da fadiga fiacutesica estatildeo agrave monotonia a duraccedilatildeo e

intensidade do trabalho fiacutesico o ambiente inadequado relacionado agrave temperatura

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 28: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

27

elevada agrave baixa iluminaccedilatildeo ou ao alto niacutevel de ruiacutedo o comprometimento da

alimentaccedilatildeo assim como a deficiecircncia de oxigecircnio e o esforccedilo fiacutesico superior agrave

capacidade muscular

29 Problemaacutetica da Ergonomia

Estudar sobre Ergonomia vem sendo um fator de grande valor para as

organizaccedilotildees pois esse contribui para um aperfeiccediloamento das pessoas a fazerem

apenas o que podem e substituir por aquelas que estatildeo com melhores condiccedilotildees

para realizar tal tarefa

ldquoSeja qual for o trabalho sempre implicaraacute pessoas interagindo com

recursos fiacutesicosrdquo (CORREcircA CORREcircA 2009 p 357) As empresas natildeo precisam

somente de equipamentos mas tambeacutem de pessoas para alcanccedilarem seus ideais

ou seja satildeo elas que estatildeo agrave frente de todo maquinaacuterio para a realizaccedilatildeo de

atividades por isso eacute de suma importacircncia agrave preocupaccedilatildeo com o bem estar fiacutesico e

mental dos colaboradores

210 Abordagens ergonocircmicas

De acordo com Lida (1998) a abrangecircncia eacute classificada em anaacutelise de

sistemas e anaacutelise dos postos de trabalho

2101 Anaacutelise de Sistemas

Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho

partindo de aspectos mais gerais como a distribuiccedilatildeo de tarefas entre o homem e a

maacutequina podendo se aprofundar gradativamente ateacute chegar ao niacutevel de cada um

dos postos de trabalho

2102 Postos de Trabalho

Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador analisando as

questotildees direcionadas ao tipo de tarefa postura movimentos e suas exigecircncias

fiacutesicas e psicoloacutegicas

2103 Ergonomia de Concepccedilatildeo

Ocorre na fase inicial do projeto do produto maacutequina ou ambiente

exigindo muito conhecimento e experiecircncia porque as decisotildees satildeo tomadas com

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 29: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

28

base em situaccedilotildees hipoteacuteticas ainda sem uma existecircncia real Atua portanto como

uma medida preventiva de modo que as caracteriacutesticas habilidades e limitaccedilotildees de

cada pessoa sejam levadas em conta (CRUZ 2010 PRATES 2007)

2104 Ergonomia de Correccedilatildeo

Eacute a modificaccedilatildeo de situaccedilotildees de trabalho jaacute existentes portanto o estudo

ergonocircmico soacute e feito apoacutes a implantaccedilatildeo do posto de trabalho e aplicado em

situaccedilotildees reais para solucionar questotildees de seguranccedila e fadiga excessiva doenccedilas

do trabalhador quantidade e qualidade na produccedilatildeo Eacute a ergonomia mais praticada

devido agrave possibilidade de alteraccedilotildees mais raacutepidas e de faacutecil acesso (CRUZ 2010

PRATES 2007)

2105 Ergonomia da Conscientizaccedilatildeo

Consiste na capacitaccedilatildeo das pessoas nos meacutetodos e teacutecnicas de anaacutelise

ergonocircmica do trabalho

Os sistemas e os postos de trabalho podem sofrer mudanccedilas constantes

Isso exigiraacute novos treinamentos em que o trabalhador deveraacute saber como agir de

forma segura no ambiente em que estaacute inserido (CRUZ 2010 PRATES 2007)

211 Postura

Sintomas como desconfortos corporais estresse e fadiga podem ter sua

origem em um mau posicionamento postural no desenvolvimento de uma atividade

Amadio (1996) referenciado por Moro (2000) declara que uma postura

correta resulta da dinacircmica muscular coordenada e dos ligamentos que ao serem

acionados elevam conservam e daacute base as partes esqueleacuteticas especiacuteficas

utilizadas em determinada tarefa A postura assumida pelo operaacuterio muitas das

vezes inadequadas eacute resultado do trabalho desenvolvido e das exigecircncias para a

execuccedilatildeo da atividade

29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

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29

3 RISCOS ERGONOcircMICOS

Existem muitos riscos ergonocircmicos dentro de um ambiente de trabalho

principalmente da construccedilatildeo civil onde os mesmos afetam diretamente o setor

econocircmico da empresa e a sauacutede e seguranccedila do trabalhador Entre os principais

riscos pode-se citar

Esforccedilo fiacutesico intenso

Levantamento e transporte manual de peso

Exigecircncia de postura inadequada

Controle riacutegido de produtividade

Imposiccedilatildeo de ritmos excessivos

Trabalho em turno e noturno

Jornada de trabalho prolongada

Monotonia e repetitividade

Os riscos ergonocircmicos natildeo satildeo considerados como riscos ambientais por

natildeo estarem presentes na NR 09 ndash Programa de Prevenccedilatildeo de Riscos Ambientais

mas eles devem ser considerados do ponto de vista prevencionista e podemos

observa-se que esses riscos estatildeo bastantes presentes na aacuterea da construccedilatildeo civil

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 31: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

30

4 ERGONOMIA NAS EMPRESAS DE CONSTRUCcedilAtildeO CIVIL

A construccedilatildeo civil apesar de sua grande evoluccedilatildeo abarca atividades que

necessitam de alto esforccedilo fiacutesico do empregado devido a uma rotina de trabalho

pesado e muitas vezes em situaccedilotildees improacuteprias Problemas com relaccedilatildeo agrave

ventilaccedilatildeo luminosidade umidade e vibraccedilotildees satildeo corriqueiros nos canteiros de

obras A maioria dos acidentes neste setor satildeo decorrentes da natildeo utilizaccedilatildeo de

Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual ndash EPIs - luvas capacetes oacuteculos de proteccedilatildeo

botas etc que muitas vezes provocam sequelas irreversiacuteveis

Entre os principais riscos ergonocircmicos os mais comuns na construccedilatildeo

civil satildeo

Esforccedilo fiacutesico alto

Elevaccedilatildeo e transporte manual de carga

Excesso de horas de trabalho

Outros fatores que provocam stress fiacutesico e psicoloacutegico

As doenccedilas ocupacionais adquirida pela exposiccedilatildeo a estes riscos

danificam a sauacutede fiacutesica e mental dos trabalhadores intervindo na sua produtividade

e qualidade de vida

O manejamento e o levantamento de cargas satildeo as fundamentais causas

de lombalgia ocupacional Deste modo o levantamento e transporte manual de

cargas devem ser desempenhados de modo que o esforccedilo fiacutesico exercido pelo

trabalhador seja compatiacutevel com a sua capacidade de forccedila

Natildeo se deve admitir que o trabalhador maneje cargas cujo peso possa

afetar sua sauacutede e seguranccedila Quanto mais leve for a carga menor eacute a

probabilidade de o empregado ter a sua sauacutede comprometida diminuindo os iacutendices

de falta ao trabalho e afastamento do emprego As lombalgias constituem um

problema grave para a previdecircncia social e vincula bastante a economia nacional

O objetivo da ergonomia eacute diminuir as lesotildees ocupacionais e acidentes

colaborando com a reduccedilatildeo dos riscos trabalhistas e gerando melhorias nas

condiccedilotildees de trabalho mantendo a integridade fiacutesica e mental dos trabalhadores

A ergonomia poderaacute atuar atraveacutes de accedilotildees preventivas e corretivas

Normalmente haacute um aumento do niacutevel de qualidade de vida do empregado

Com a Anaacutelise Ergonocircmica do Trabalho eacute possiacutevel apontar as falhas do

sistema produtivo e apresentar recomendaccedilotildees tendo em vista as melhorias

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 32: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

31

necessaacuterias Assim sendo de acordo com as normas regulamentadoras e legislaccedilatildeo

vigente o ajustamento ergonocircmico do local de trabalho eacute uma maneira de garantir a

seguranccedila e o bem-estar do trabalhador acrescentando a sua satisfaccedilatildeo e

produtividade

Um dos problemas que ocorre com a maior parte dos trabalhadores eacute o

fato de natildeo darem seriedade aos riscos presentes no local de trabalho Logo para a

completa prevenccedilatildeo das lesotildees ocupacionais entre os trabalhadores da construccedilatildeo

civil eacute importante e necessaacuterio o treinamento e a educaccedilatildeo apropriada dos

empregados quanto aos riscos existentes em cada situaccedilatildeo de trabalho e sobre as

formas corretas de prevenir os acidentes e doenccedilas ocupacionais

Segundo a Norma Regulamentadora Ndeg 18 (NR-18) do Ministeacuterio do

Trabalho e Emprego (MTE) todos os trabalhadores da construccedilatildeo civil devem

receber treinamentos admissionais e perioacutedicos buscando garantir a realizaccedilatildeo de

suas atividades com seguranccedila Este treinamento deve conter

Informaccedilotildees sobre as condiccedilotildees e ambiente de trabalho

Riscos relativos agraves tarefas realizadas

Uso adequado dos Equipamentos de Proteccedilatildeo Individual (EPIs)

Informaccedilotildees sobre os Equipamentos de Proteccedilatildeo Coletiva (EPCs) existentes

no canteiro de obra

A intervenccedilatildeo ergonocircmica deve ainda abranger mudanccedilas fiacutesicas e

organizacionais no local de trabalho Pois quando o trabalho eacute realizado de maneira

errada afeta inteiramente a sauacutede do trabalhador atraveacutes de diversas doenccedilas

muacutesculo-esqueleacuteticas Mas quando os motivos que prejudicam uma boa ergonomia

satildeo suprimidos o risco de ocorrecircncia de lesotildees eacute miacutenima

42 Jornada de trabalho na construccedilatildeo civil

A jornada de trabalho dos trabalhadores da atividade da construccedilatildeo civil eacute

ampla podendo-se chegar ateacute 12 horas ao dia principalmente quando eacute necessaacuterio

fazer hora extra a fim de cumprir metas impostas pelos seus superiores

Existem trecircs relaccedilotildees sociais que submete o trabalhador a aceitar as

condiccedilotildees de trabalho existentes Elas satildeo classificadas como as relaccedilotildees sociais de

organizaccedilatildeo gerecircncia e recompensa Nesse sentido satildeo

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 33: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

32

Relaccedilatildeo de organizaccedilatildeo envolve a contrataccedilatildeo de indiviacuteduos com baixa

qualificaccedilatildeo aleacutem de debater a rotina e desorganizaccedilatildeo do ambiente que

pode levar os sujeitos a um estado de monotonia e desatenccedilatildeo do que

estaacute fazendo

Relaccedilatildeo de comando aborda as relaccedilotildees de autoritarismo (ameaccedila de

puniccedilatildeo pra diminuir a autoridade do trabalhador) desintegraccedilatildeo de

grupo de trabalho (dificulta a comunicaccedilatildeo e interaccedilatildeo entre eles) e

servidatildeo voluntaacuteria (contrataccedilatildeo de trabalhadores necessitados que

aceitem qualquer tipo de trabalho para possuir o emprego)

Relaccedilotildees de recompensa discutem os incentivos financeiros oferecidos

pelos patrotildees aos empregados para que os mesmos aumentem a sua

jornada de trabalho intensificando o trabalho e assim submetendo-os a

irem aleacutem de suas capacidades fiacutesicas (DWYER 2006 p 165-166)

O jeito de produccedilatildeo no qual um grupo estaacute submetido determina a relaccedilatildeo

existente entre trabalho ambiente e sauacutede Dessa forma os sujeitos que

compartilham das mesmas relaccedilotildees sociais culturais e produtivas apresentam

semelhantes perfis de adoecimento e morte (DIAS 2009 p2061-2070)

43 Lombalgia

Lombalgia eacute considerada uma doenccedila ocupacional que gera os mais altos

custos relacionados com o trabalho Nos Estados Unidos (EUA) satildeo gastos

anualmente mais de 16 bilhotildees de doacutelares com tratamento e afastamento por

lombalgia O custo indireto pode tambeacutem ser estimado no total de 50 a 80 bilhotildees de

doacutelares por ano (ANDERSON et al 2000)

A dor na regiatildeo lombossacra pode ser decorrente de inflamaccedilatildeo

processo degenerativo neoplasia alteraccedilotildees ginecoloacutegicas traumatismo alteraccedilotildees

metaboacutelicas ou de outras disfunccedilotildees Entretanto a grande parte das lombalgias eacute de

origem natildeo especiacutefica e de causa idiopaacutetica (ANDERSON et al 2000)

Entre as doenccedilas ligadas ao trabalho uma das mais graves eacute a

lombociaacutetica presente em um grupo profissional da aacuterea da construccedilatildeo civil nela se

pode estabelecer o viacutenculo de agente nocivo determinado e o fenocircmeno patoloacutegico

no trabalhador O fenocircmeno causa e efeito permite revelar o risco e induz agraves accedilotildees

preventivas( WISNER 1994)

Pode-se verificar a alta incidecircncia da dor nas costas sendo possiacutevel

encontrar estudos que relatam a frequecircncia deste acometimento em mulheres

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 34: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

33

principalmente no setor hospitalar Isto acontece devido agrave proacutepria caracteriacutestica do

serviccedilo o qual sempre teve uma alta proporccedilatildeo de mulheres no seu quadro pessoal

(OGUISSO 1998)

Entende-se que esta situaccedilatildeo ocorre pelo fato dos profissionais dessa

aacuterea realizarem tarefas que incluem flexatildeo do tronco posturas estaacuteticas aleacutem de

manuseios de objetos pesados o que pode favorecer a lombalgia no decorrer da

vida laborativa (ROCHA 1997)

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 35: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

34

5 ESTUDO DE CASO

Esse estudo de caso foi realizado em uma empresa de construccedilatildeo civil

situada na cidade de Icoacute no centro sul cearense A empresa fica localizada no centro

da cidade A estimativa da populaccedilatildeo da cidade no ano de 2016 era de 67345

habitantes de acordo com (IBGE 2016) Foi analisado o trabalho com funcionaacuterios

em obra

52 Caracterizaccedilatildeo das atividades

Ajudante Tambeacutem conhecido como servente eacute responsaacutevel pela limpeza

da obra e pelas ferramentas Geralmente para cada seis pedreiros haacute cerca de trecircs

ajudantes O ajudante de pedreiro eacute algueacutem que embora natildeo precise saber tanto

como um pedreiro ainda assim deve possuir alguns conhecimentos baacutesicos do

ofiacutecio em questatildeo A sua funccedilatildeo principal eacute a de dar serventia ou ajudar o pedreiro

naquilo que este solicitar As tarefas do servente de pedreiro incluem

Fazer a massa

Carregar a massa os tijolos a areia o cimento etc

Buscar as ferramentas que o pedreiro vai pedindo para que este natildeo precise

de se deslocar

Trata-se de um serviccedilo pesado que implica bastante forccedila fiacutesica mas que

permite ao servente observar e aprender todos os dias mais um pouco

Pedreiro Eacute o profissional que coloca a matildeo na massa Suas habilidades

satildeo usadas em inuacutemeras funccedilotildees durante toda a obra desde o sarrafeamento dos

blocos e baldrames no iniacutecio ateacute a colocaccedilatildeo de soleiras e baguetes no

acabamento

Operador de Betoneira Prepara mistura para argamassas e concretos

utilizando misturador mecacircnico tanto com alimentaccedilatildeo eleacutetrica ou a combustatildeo

Cuida da manutenccedilatildeo preventiva do equipamento e suas condiccedilotildees de trabalho e

seguranccedila

53 Caracterizaccedilatildeo da Obra e da empresa

Trata-se da casa residencial composta por uma sala uma cozinha dois

quartos dois banheiros uma suiacutete e uma aacuterea de serviccedilo aleacutem de ser toda rodeada

de alpendre como mostra o ANEXO A A casa possui uma aacuterea de 26060msup2 sendo

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 36: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

35

que apenas 19290msup2 de aacuterea construiacuteda A obra no momento da pesquisa possuiacutea

20 funcionaacuterios no total

36

6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

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7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

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6 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

Adiante seratildeo apresentados os resultados das anaacutelises ergonocircmicas dos

postos de trabalho na obra

62 Pedreiro

Na situaccedilatildeo exposta na figura 2 o pedreiro estaacute aplicando argamassa de

reboco na parede pegando a massa diretamente de um carrinho de matildeo que estaacute

muito baixo em relaccedilatildeo agrave sua altura e estaacute em um local inadequado ou seja a

massa deveria estaacute aproximadamente na altura dos joelhos e ao seu lado Aleacutem de

que o funcionaacuterio natildeo estaacute usando luvas de laacutetex a sua coluna estaacute em uma

posiccedilatildeo desconfortaacutevel

Figura 2 Pedreiro atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

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REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 38: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

37

Na situaccedilatildeo indicada da figura 3 o pedreiro estaacute assentando a primeira

fiada de tijolos sobre uma sapata de tijolo deitado muito proacuteximo do chatildeo Ele se

encontra com as pernas bem esticadas e com a coluna bem curvada

Figura 3 Funcionaacuterio atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Nas situaccedilotildees abaixo representadas pelas figuras 4 e 5 estaacute indicada agrave

forma correta de posiccedilatildeo dos trabalhadores de acordo com os conceitos da

ergonomia

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

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APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 39: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

38

Figura 4 Profissional pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 40: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

39

Figura 5 Pedreiro atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

No ponto de vista da ergonomia fiacutesica o acesso agrave caixa de argamassa

evita que o pedreiro flexione o tronco para pegar a argamassa (Figura 4) e na figura

5 o pedreiro realiza a flexatildeo de joelhos a fim de minimizar a flexatildeo de tronco devido

agrave frequecircncia de rotaccedilatildeo nos movimentos de flexatildeo no troco

Na ergonomia cognitiva seria a implementaccedilatildeo de teacutecnicas mais

modernas e equipamentos que auxiliem na execuccedilatildeo do trabalho

Jaacute na ergonomia organizacional a acomodaccedilatildeo no local de trabalho nas

metas a serem cumpridas e o funcionamento operacional satisfatoacuterio Outra forma eacute

investir na capacitaccedilatildeo dos profissionais

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 41: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

40

63 Operador de Betoneira

Na situaccedilatildeo da figura 6 demonstra que o operador de betoneira estaacute

erguendo a padiola do chatildeo de maneira errada inclinando a coluna de forma errada

Figura 6 Operador de betoneira atuando de forma errada

Fonte O autor (2016)

Na figura 7 demonstra como o movimento executado pelo operador de

betoneira pode ser melhorado quando os dois operaacuterios realizam o movimento de

curvatura dos joelhos para levantar a padiola Sendo assim eles diminuem a

sobrecarga da coluna lombar e musculatura e exigida durante a jornada de trabalho

41

Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

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REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

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Figura 7 Operador de betoneira atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

64 Ajudante

A figura 8 mostra o ajudante levantando um saco de cimento de 50kg

concentrando um esforccedilo na musculatura das costas e na coluna

42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

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REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

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42

Figura 8 Ajudante atuando de forma errada

Fonte Proacuteprio autor

De forma bem simples essa questatildeo pode ser resolvida com ajuda de

outro ajudante ou outra pessoa para que possa dividir o peso do saco de cimento

sendo assim garantindo a postura correta como eacute demonstrado na figura 9

43

Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 44: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

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Figura 9 Ajudante atuando de forma correta

Fonte RODRIGUES 2012

65 Aspectos Expressivos

Entre os aspectos significativos seraacute verificado o trabalho em peacute devendo

ser evitado a antropomeacutetrica e o trabalho sentado obedecendo aos conceitos

apresentados na NR-17 Aleacutem disso seraacute abordada a fadiga no que diz respeito agrave

fisiologia do trabalho

66 Anaacutelise do Trabalho em Peacute

Posiccedilatildeo de peacute a posiccedilatildeo parada em peacute eacute altamente fatigante visto que

exige muito esforccedilo da musculatura envolvida para manter essa posiccedilatildeo O coraccedilatildeo

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 45: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

44

encontra maiores resistecircncias para bombear sangue para os extremos do corpo

Neste caso as atividades dinacircmicas geralmente provocam menos fadiga em relaccedilatildeo

agraves atividades estaacuteticas A posiccedilatildeo sentada possui vantagens sobre a postura ereta

O corpo fica mais bem apoiado em diversas superfiacutecies piso assento encosto

braccedilos da cadeira mesa Portanto a posiccedilatildeo sentada eacute menos cansativa que a de

peacute Entretanto deve-se evitar a permanecircncia por longos periacuteodos na posiccedilatildeo

sentada Muitas atividades manuais executadas quando se estaacute sentado exigem

um acompanhamento visual Isso significa que o tronco e a cabeccedila permanecem

inclinados para frente O pescoccedilo e as costas ficam submetidos a longas tensotildees

que podem provocar dores As tarefas manuais geralmente satildeo feitas com os braccedilos

suspensos sem apoio o que causa dores nos ombros (DUL WEERDMEESTER

2004)

Foi observado que em um dia comum dos funcionaacuterios passam a maior

parte de seu tempo em peacute O que toma cerca de 80 da carga horaacuteria o que

significa mais de trecircs horas Essa posiccedilatildeo como mencionado anteriormente dificulta

a circulaccedilatildeo do sangue nas pernas

67 Condiccedilotildees do trabalho

Para verificar as condiccedilotildees de trabalho foi distribuiacutedo um questionaacuterio em

forma de texto apresentado no Anexo B Dos vinte funcionaacuterios dezesseis

responderam atingindo o total de 80 dos funcionaacuterios

Primeiramente buscou-se elaborar o perfil dos funcionaacuterios nesse estudo

Nesse sentido as questotildees a seguir tecircm a intenccedilatildeo de proporcionar um

conhecimento inicial sobre o funcionaacuterio

Foram elaborados vaacuterios graacuteficos para cada item a seguir O graacutefico 1 foi

observado a faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

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45

Graacutefico 1 Faixa etaacuteria dos funcionaacuterios

Fonte o autor (2016)

Comparando os dados encontra-se um percentual mais elevado dos

funcionaacuterios que tem idade entre 30 e 35 anos tendo um percentual de 32 do

total enquanto que nas idades entre 25 e 30 anos corresponde 26 e entre 35 e 40

tem um percentual tem 16 e os que tem menos de 25 e mais que 40 anos ficaram

empates na porcentagem correspondendo a 13 do total de pessoas Assim

percebe-se que na empresa haacute uma grande variedade de pessoas em diferentes

idades o que pode enriquecer os dados referentes ao problema analisado

68 Adequaccedilatildeo do Ambiente Ergonocircmico

As instituiccedilotildees diante da modernizaccedilatildeo natildeo podem se preocupar apenas

com as tecnologias inovadoras elas precisam enxergar e oferecerem boas

condiccedilotildees de trabalhos para que aconteccedila uma melhor influecircncia muacutetua no mercado

entre matildeo de obra e produtividade ou seja focalizar no vital humano

A procura por uma jornada de trabalho digna com melhores condiccedilotildees

possiacuteveis tornou-se uma luta constante por numerosos sujeitos em diversos

lugares

Quando perguntados sobre o que era bom e ruim no trabalho os

funcionaacuterios tiveram liberdade para desenvolver seus conceitos De acordo com a

46

pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

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pesquisa alguns pontos mais interessantes foram dados para o desenvolvimento de

ideias na qual as mais diversas respostas foram dadas

Bom relacionamento organizacional

Horaacuterio flexiacutevel

Faacutecil acesso

Realizaccedilatildeo profissional

Seguranccedila

Falta de estrutura

Cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

Comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer

Baixa remuneraccedilatildeo

De acordo com essas respostas foi elaborado o graacutefico 2 para mostrar a

as opiniotildees dos funcionaacuterios

Graacutefico 2 Pontos Bons e Ruins no Trabalho

Fonte autor (2016)

0

5

10

15

20

25

30

Bom

Ruim

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

52

CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 48: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

47

Verificando o graacutefico percebe-se que os pontos positivos com maior

porcentagem foram faacutecil acesso com 90 81 horaacuterio flexiacutevel e 58 diz que a

seguranccedila eacute boa

Da mesma forma foram analisadas as porcentagens dos pontos ruins do

trabalho que foram Bom relacionamento organizacional (71) realizaccedilatildeo

profissional (68) falta de estrutura (61) cobranccedilas frequentes dos supervisores

(74) comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para o

lazer (81) e (90) dos funcionaacuterios disseram que o ponto mais ruim eacute a baixa

remuneraccedilatildeo

Quando foi perguntado se eles sentem dores e quais as dores que

sentem com mais frequumlecircncias obteve-se as seguintes respostas Dos (80) dos

entrevistados apenas (2) responderam que natildeo sentem dor nenhuma O restante

afirma sentir dores nos mais diversos lugares e com variadas frequecircncias De

acordo com o graacutefico 4 os funcionaacuterios declararam sentir as seguintes dores dor de

cabeccedila dor nos braccedilos dor no ombro dor nas costas dor nas pernas e dor na

garganta

Graacutefico 3 Dores apresentadas pelos os funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

14

21

9

12

23

21

Dor de garganta Dor de cabeccedila Dor nos braccedilos

Dor no ombro Dor nas costas Dor nas pernas

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 49: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

48

A dor mais mencionada entre os funcionaacuterios eacute a dor nas costas 23

dos funcionaacuterios citaram ter dor nas costas seguidos empatados (21) com dores

de cabeccedila e dores nas pernas logo depois vem a dor de garganta com 14

seguido de 12 de dores nos ombros e apenas 9 nos braccedilos

O uacuteltimo ponto do questionaacuterio indaga se funcionaacuterios sentiam-se

estressado com o trabalho e o motivo disso O graacutefico 4 mostra alguns dos motivos

dos estresses relatados pelos trabalhadores

Graacutefico 4 Motivos de estresse dos funcionaacuterios

Fonte autor (2016)

Apenas 4 dos entrevistados afirmaram natildeo sentir estresse Os demais

afirmaram sentir estresse com alguns dos itens do graacutefico acima 28 dos

funcionaacuterios afirmam que cobranccedilas frequentes dos supervisores eacute o que dar mais

estresse logo em seguida vem o cansaccedilo com 21 problemas pessoais 20 13

49

sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 50: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

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sentem-se insignificantes 8 atribuiacuteram o estresse agrave falta de integraccedilatildeo dos

colegas e 6 ao envolvimento com problemas da empresa

69 Aspectos Natildeo Significativos

Natildeo foram analisados nesse trabalho os aspectos teacutermico luminoso

sonoro ou cognitivo das situaccedilotildees de trabalho

Segundo Saliba e Correcirca (2011) o iacutendice de temperatura efetiva natildeo

deve ultrapassar o valor de 28ordmC Poreacutem esse valor natildeo analisa a sobrecarga

teacutermica como fatores de tempo de exposiccedilatildeo calor radiante e o que diz respeito agrave

atividade do trabalhador Nem tampouco as vestimentas a idade a cor da pele a

obesidade etc Dessa forma considera-se somente o calor artificial para fins que

possam caracterizar insalubridade (SALIBA E CORREcircA 2011)

Segundo a NR-17 (2012) no item 52-b eacute considerada iacutendice de

temperatura efetiva entre 20ordmC e 23ordmC Para manter essa faixa de temperatura eacute

indicado em dias quentes que ventiladores sejam ligados aleacutem da abertura de

janelas e portas para a circulaccedilatildeo do ar Nos dias frios roupas adequadas devem

ser utilizadas

Com relaccedilatildeo agrave luminosidade a NR-17 cita em seu item 53 ldquoEm todos os

locais de trabalho deve haver iluminaccedilatildeo adequada natural ou artificial geral ou

suplementar apropriada agrave natureza da atividaderdquo Apesar de natildeo ter sido medido

esse fator para ser comparada agrave Norma foi considerado uma luminosidade

adequada pois existe luminosidade natural Aleacutem da importacircncia do campo visual

durante a realizaccedilatildeo do trabalho eacute relativamente baixa (NR-17 2012)

Segundo Saliba e Correcirca (2011) apud Anexo Nordm1 ndash Limites de Toleracircncias

para Ruiacutedo Contiacutenuo ou Intermitente se um empregador trabalhar sem protetor

auricular em local com ruiacutedo de 90 dB(A) a insalubridade seraacute caracterizada

quando o tempo de exposiccedilatildeo diaacuterio for superior a 4 horas Levando em

consideraccedilatildeo que em uma conversa normal a intensidade oscila entre 60 e 75 dB

quando alta o ambiente sonoro natildeo causa danos agrave audiccedilatildeo dos trabalhadores

(AUDICcedilAtildeO 2012)

50

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

51

REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

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APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

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7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Um dos grandes interesses no ambiente do trabalho eacute a ergonomia dos

indiviacuteduos humanos que pode contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos

colaboradores no seu dia a dia podendo ser os benefiacutecios notados tanto no

desempenho fiacutesico como psicoloacutegico os benefiacutecios tambeacutem poderatildeo ser notados

nos lucros da empresa

Diante dos resultados dessa pesquisa pode-se afirma que os objetivos

foram alcanccedilados Por tanto foi verificado a adaptaccedilatildeo no ambiente ergonocircmico

adequando agraves necessidades dos funcionaacuterios da empresa de construccedilatildeo civil em

IcoacuteCE tendo como fundamento a Ergonomia Fiacutesica Cognitiva e Organizacional

A partir desse foco foi avaliada a Ergonomia fiacutesica detectando-se uma

mal estrutura fiacutesica do trabalho

Voltando-se para a Ergonomia cognitiva a empresa precisa proporcionar

melhoras para os funcionaacuterios um local adequado para descanso e lazer podendo

evitar decepccedilotildees futuras que possam afetar o psicoloacutegico no expediente diaacuterio

Tendo em base agrave Ergonomia organizacional percebe-se que no ambiente

da obra deve existir uma comunicaccedilatildeo mais efetiva ou planejar accedilotildees capazes de

proporcionar aos indiviacuteduos em geral uma valorizaccedilatildeo no instante de apresentar

projetos voltados a ergonomia que possam vir a ser vigorados na empresa

No final a pesquisa apontou que os entrevistados avaliaram a Ergonomia

como normal sendo que precisa haver uma melhoria no compromisso entre

empresa e funcionaacuterio tratando em seguir de maneira correta para o

desenvolvimento de atividades

Os resultados conseguidos nessa pesquisa demonstram que os

funcionaacuterios desenvolvem um papel importante dentro da empresa Portanto eacute

necessaacuteria a existecircncia de um auxiacutelio ergonocircmico que ajude no beneficio dos

funcionaacuterios frente agrave empresa assim proporcionando uma satisfaccedilatildeo no conjunto

total

Ao fim dessa pesquisa acredita-se que os dados obtidos venham a

contribuir para novas discussotildees em futuros estudos em torno da Ergonomia

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REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

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APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 52: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

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REFEREcircNCIAS

ABERGO 2000 - A certificaccedilatildeo do ergonomista brasileiro - Editorial do Boletim 12000 Associaccedilatildeo Brasileira de Ergonomia ALMEIDA Joelma dos Santos Em busca de uma melhor produtividade no trabalho Disponiacutevel emlthttpwwwartigoscomartigossociaisadministracao ergonomia Acessado em 17 de marccedilo de 2017 ANDERSON GBJ Fine LJ Silverstein BA Musculoskeletal Disorders In Levy BS Wegman DH Occupational health recognizing and preventing work related disease and injury Philadelphia Lippincoh William 2000 p503-35 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRAS DE NORMAS TEacuteCNICAS ndash ABNT - NBR 54131992 Disponiacutevel em lthttpwwwlabconufscbranexos13pdfgt Acessado em 30 de novembro de 2016 ______ NR171990 ndash Norma Regulamentadora ndash Ergonomia Disponiacutevel em lt httpportalmtegovbrdatafilesFF8080812BE914E6012BEFBAD7064803nr_17pdf gt Acessado em 10 de outubro de 2016 ______ Ministeacuterio do Trabalho Secretaacuteria de Inspeccedilatildeo do Trabalho Manual de aplicaccedilatildeo da Norma Regulamentadora nordm 17 2 ed Brasiacutelia MTE SIT 2002 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ERGONOMIA O que eacute ergonomia Disponiacutevel em lthttpabergoorgbrinternasphppg=o_que_e_ergonomia Acesso em 02 de novembro de 2016 Audiccedilatildeo Disponiacutevel em httpwww2uolcombrvyaestelaraudicao_surdezhtm gt Acessado em 02 de janeiro de 2017 BRASIL MINISTEacuteRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR 17 - Ergonomia Brasiacutelia MTESIR sd Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em 20 de out 2016 ______ NR 9 - programa de prevenccedilatildeo de riscos ambientais Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt acessado em 18 de marccedilo de 2017 ______ NR 18 condiccedilotildees e meio ambiente de trabalho na induacutestria da construccedilatildeo Brasiacutelia DF 2008d Disponiacutevel em lthttpwwwmtegovbrgt Acesso em acessado em 18 de marccedilo de 2017 CARDOSO Bianca da Silva Prevalecircncia de Distuacuterbios Osteomusculares em Bancarios da Regiatildeo de Campos Novos 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwfisiowebcombrportalartigoscategorias47-art-eumatologia1235-reva lencia-de-disturbios-osteomusculares-em-bancarios-da-regiao-de-ampos-novoshtml Acesso em 16 de setembro de 2016 CARVALHO Simone Maria de Como a motivaccedilatildeo influencia na produtividade um estudo na Induacutestria de Cimento Nassau Fronteiras ndash PI 2011 65p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em Administraccedilatildeo) Universidade Federal do Piauiacute Picos ndash PI 2011

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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

54

SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

55

ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

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CHIAVENATO IDALBERTO Introduccedilatildeo agrave teoria geral da administraccedilatildeo uma visatildeo abrangente da moderna administraccedilatildeo das organizaccedilotildees Idalberto Chiavenato ndash 7ordf ed rev e atual - Rio de Janeiro Elsevier 2003 CORREcircA Henrique L CORREcircA Carlos A Administraccedilatildeo de Produccedilatildeo e Operaccedilotildees manufatura e serviccedilos uma abordagem estrateacutegica 2 ed - Satildeo Paulo Atlas 2009 COUTO Hudson de Arauacutejo Como Implantar a Ergonomia na Empresa - A Praacutetica dos Comitecircs de Ergonomia Belo Horizonte ERGO Editora 2002 CRUZ Janete Araujo Anaacutelise dos fatores ergonocircmicos do ambiente e sua relevacircncia para a melhoria das condiccedilotildees de trabalho e do clima organizacional um estudo de caso no Foacuterum da Comarca de Gloria ndash BA 2010 Monografia (Graduaccedilatildeo) ndash Faculdade Sete de Setembro Bahia 2010 DENIS R C Uma introduccedilatildeo agrave histoacuteria do design Satildeo Paulo Egard Bluumlcher 2002 DIAS EC RIGOTTO R M LIA G da S A CANCIO J GRACcedilA L H M da Silva Sauacutede ambiental e sauacutede do trabalhador na atenccedilatildeo primaacuteria a sauacutede no SUS oportunidades e desafio Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva vol 14 ndeg6 p2061-2070 2009 DUL J WEERDMEESTER B Ergonomia Praacutetica Traduccedilatildeo de Itiro Iida 2 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2004 DWYER T Vida e morte no trabalho (Resenha do Livro) Revista Brasileira de Sauacutede Ocupacional Satildeo Paulo vol32 nordm115 p 165-166 2007 FRANCcedilA Ana Cristina Limongi Praacuteticas de Recursos Humanos-PRH conceitos ferramentas e procedimentos 1 ed ndash Satildeo Paulo Atlas 2010 GRANDJEAN Etienne Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 ed Porto Alegre Artes Meacutedicas 1998 GUIMARAtildeES Lia Buarque de Macedo Ergonomia de Processo Macroergonomia e Organizaccedilatildeo do Trabalho 5 ed Vol 2 ndash Porto Alegre 2006 IBGE CIDADES Disponiacutevel em httpcidadesibgegovbrxtras perfil php lang = amp codmun=230540ampsearch=ceara|ico Acessado em 27 de outubro de 2016 JASTRZEBOWSKI W (1857) An outline of ergonomics or the science of work Central Institute for Labour Protection Varsoacutevia KARWOWSKI W International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors New York Taylor Boston Mass Harvard Business School Press 1991

53

LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

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LIDA ITIRO Ergonomia projeto e produccedilatildeo Itiro Iida ndash 2ordf ediccedilatildeo rev e ampl - Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2005 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2003 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Blucher LTDA 2002 ______ Ergonomia Projeto e Produccedilatildeo 6 ed Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 2000 ______ Ergonomia projeto e produccedilatildeo Satildeo Paulo Edgard Bluumlcher 1998 MAacuteSCULO Francisco Soares VIDAL Mario Cesar (org) Ergonomia Trabalho Adequado e Eficiente 1ordm ediccedilatildeo Rio de Janeiro ElsevierABEPRO 2011 648 p MORAES Anamaria MONTrsquoALVAtildeO Claacuteudia Ergonomia Conceitos e Aplicaccedilotildees 2 ed Rio de Janeiro 2AB 2003 MORO A R P Anaacutelise biomecacircnica da postura sentada uma abordagem ergonocircmica do mobiliaacuterio escolar 2000 102f Tese (Doutorado) ndash Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncia do Movimento Humano Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria 2000 MOURA Leila Luz Fontes de Qualidade de vida no trabalho uma aplicaccedilatildeo praacutetica do modelo de Walton no contexto de uma empres em Picos-PI 201159p Monografia(Graduaccedilatildeo em Bacharelado em administraccedilatildeo) ndash Universidade Federal do Piauiacute ndash PI 2011 MOURA ROBERTO AURES A Apresentaccedilatildeo de Criteacuterios Qualitativos Empiacutericos para a Formalizaccedilatildeo dos Processos de Negoacutecios na Automaccedilatildeo da Gestatildeo Estrateacutegica Roberto Aures A Moura - Satildeo Paulo 2009 OGUISSO T A mulher na forccedila da mulher enfermeira Rev Enf UERJ 1998 6(1)309-16 PRATES Glaucia Aparecida Reflexatildeo sobre o uso da ergonomia aliado agrave tecnologia Propulsores do aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalhoRacre ndash Revista Cientiacutefica Eletrocircnica de AdministraccedilatildeoEsp Sto do Pinhal ndash SP v 07 n 11 jandez2007 Disponiacutevel em lthttpwwwrevistainf bradm09pagesartigosADM-edic09-anov-art01pdfgt Acesso em 16 de marccedilo de 2017 ROCHA AM Fatores ergonocircmicos e traumaacuteticos e traumaacuteticos envolvidos na ocorrecircncia de dor nas costas em trabalhadores de enfermagem [Dissertaccedilatildeo] Belo Horizonte Escola de Enfermagem da UFMG 1997 SALIBA Tuffi Messias CORREcircA Maacutercia Angelim Chaves Insalubridade e Periculosidade ndash Aspectos Teacutecnicos e Praacuteticos 10ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo LTr 2011 284 p

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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

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SLACK N Administraccedilatildeo da produccedilatildeo Nigel Slack Stuart Chambers Robert Johnston traduccedilatildeo Maria Teresa Correcirca de Oliveira Faacutebio Alher revisatildeo teacutecnica Henrique Luiz Correcirca -- 2 ed -- Satildeo Paulo Atlas 2002 VIEIRA Jair Lot Manual de Ergonomia 2ordm ediccedilatildeo Satildeo Paulo Edipro 2011 110 p WISNER A A inteligecircncia no trabalho textos selecionado de ergonomia Satildeo Paulo Fundacentro 1994

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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

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ANEXO A PLANTA DA CASA (EM OBRA)

56

APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________

Page 57: UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA PRÓ-REITORIA DE …wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=avaliacao_ergonomica_das... · funcionários da empresa de construção civil na

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APEcircNDICE

QUESTIONAacuteRIO

O que eacute bom e ruim no seu no trabalho Marque B para bom e R para ruim

( ) bom relacionamento organizacional ( ) horaacuterio flexiacutevel

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores ( ) faacutecil acesso

( ) realizaccedilatildeo profissional ( ) seguranccedila

( ) falta de estrutura ( ) baixa remuneraccedilatildeo

( ) o comprometimento com o trabalho que acaba deixando pouco tempo para

o lazer

Outra(s)

___________________________________________________________________

Que dor vocecirc sente com mais frequumlecircncia

( ) dor de cabeccedila ( ) dor no ombro ( ) dor nas pernas

( ) dor nos braccedilos ( ) dor nas costas ( ) dor na garganta

Outra(s)

___________________________________________________________________

Vocecirc se estressa com que

( ) problemas pessoais

( ) cansaccedilo

( ) cobranccedilas frequumlentes dos supervisores

( ) envolvimento com problemas da empresa

( ) falta de integraccedilatildeo dos colegas

( ) por se sentirem insignificantes (baixa autoestima)

Outra(s)

___________________________________________________________________