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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ ELZI CRIPPA DA SILVA PACOTE TURISTICO HISTÓRICO-CULTURAL E NATURAL PARA O MAR GROSSO HOTEL EM LAGUNA/SC. Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Comunicação, Turismo e Lazer São José 2008

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

ELZI CRIPPA DA SILVA

PACOTE TURISTICO HISTÓRICO-CULTURAL E NATURAL PARA O MAR

GROSSO HOTEL EM LAGUNA/SC.

Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI

Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Comunicação, Turismo e Lazer

São José

2008

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI – UNIVALI

ELZI CRIPPA DA SILVA

PACOTE TURISTICO HISTÓRICO-CULTURAL E NATURAL PARA O MAR

GROSSO HOTEL EM LAGUNA/SC.

Trabalho de Conclusão de curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Turismo e Hotelaria, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Comunicação, Turismo e Lazer – Campus São José.

Orientadora: Profª MSc.Renata Silva

São José

2008

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ELZI CRIPPA DA SILVA

PACOTE TURISTICO HISTÓRICO-CULTURAL E NATURAL PARA O MAR

GROSSO HOTEL EM LAGUNA/SC.

Este trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial para a obtenção

do título de bacharel em Turismo e Hotelaria, da Universidade do Vale do Itajaí, Centro

de Ciência Sociais Aplicadas – Comunicação, Turismo e Lazer e examinado pelos

seguintes professores:

Profª MSc.Renata Silva UNIVALI

Orientadora

Profª Vivian Staroski UNIVALI

Membro Examinador

Profª Flávia Deucher Sécca UNIVALI

Membro Examinador

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

Curso de Turismo e Hotelaria

José Roberto Provesi Reitor

Mário César dos Santos

Vice-Reitor

Valdir Cechinel Filho Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão

Amândia Maria de Borba

Pró-Reitora de Ensino

Mércio Jaconsen Secretário Executivo

Carlos Alberto Tomelin

Diretor do Centro de Ciências Aplicadas – Comunicação, Turismo e Lazer

Silvia Regina Cabral Coordenadora do Curso de Turismo e Hotelaria

Arno Minella

Responsável de Estágio – Curso de Turismo e Hotelaria

São José

2008

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Dedico este trabalho a minha família em especial a meus pais Walmecir e Viviane e meus irmão Peterson, Denise e Stewson, e meu namorado Ricardo pela compreensão durante estes meses de trabalho e por todo amor, carinho e incentivo, na realização deste curso.

v

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar a Deus, por ter me dado força e segurança para a realização

deste trabalho.

Ao meu anjo que esta no céu, que sei que esta sempre ao meu lado, meu avô

Alberto Crippa.

Aos meus pais Walmecir Jorge Rampinelli, Joelson da Silva (Ausente, mas amo

muito) e Viviane Catary Crippa, aos meus irmãos por mais que estavam ausentes, sei

que torciam por mim, Denise Crippa, Stewson Crippa e Peterson Crippa que estava ao

meu lado o tempo todo me incentivando ao estudo. A professora orientadora Renata

Silva pela dedicação e paciência.

A toda minha família, em especial a minha Dinda (Maria Helena) que por mais

que esteja passando por um problema de saúde, sei que tudo irá dar certo, e ela sempre

estará pensando positivo.

A turma do Hevillys sempre, principalmente minha amigona do coração Josiane,

que por mais que estávamos separadas, sempre acreditou em mim.

A minha grande amiga do coração que sempre puxando minha orelha me deu

muita força Lú Wilpert.

E sem duvida ao meu grande amor Ricardo que apesar de tudo esteve ao meu

lado, todo o momento deste período difícil e muito importante da minha vida.

A todos, MUITO OBRIGADO! E que Deus abençoe TODOS, SEMPRE!!!

vi

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"Nosso cérebro é o melhor brinquedo já criado: nele se encontra todos os segredos, inclusive o da felicidade."

[Charles Chaplin]

vii

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RESUMO

O turismo é um dos maiores segmentos da economia mundial, com considerável potencial de geração de emprego e renda. No município de Laguna, o turismo se desenvolve muito mais no período de alta temporada. Por esse motivo surgiu a proposta de pacote turístico no período de sazonalidade, nos aspectos histórico-cultural e natural na cidade. Este projeto destaca a importância dos turistas para o desenvolvimento da divulgação do município e do hotel, que tem como objetivo a satisfação dos clientes, otimização de tempo e custos. Os pacotes turísticos são meios para diminuir a sazonalidade no período na baixa temporada. Contudo, o diferencial do pacote, incluindo passeios, hospedagem e guias qualificados, possibilita ao cliente deste hotel ter um melhor final de semana em família. Além disso, foi aplicado questionário aos turistas, com intuito de analisar a oferta turística do município Assim propõe-se distribuição de folder’s e anúncios, além da adequação de pessoas qualificadas e capacitadas nesta área de divulgação, pois para o bom desempenho é preciso dispor de todos os recursos necessários para que sejam desenvolvidas da melhor forma possível. Mediante aos resultados obtidos, conclui-se que a região encontra-se na sua fase de consolidação, apresentando aspectos a serem melhorados, como por exemplo, a divulgação da região e de tudo de belo que tem a oferecer. O trabalho também analisa a situação atual da empresa, mostrando as diferentes etapas de sua operacionalização, e apresenta os orçamentos para a implantação de ações propostas. O intuito da implantação da proposta está relacionado com a melhora da lucratividade através do pacote turístico no hotel, consolidando a cidade de Laguna/SC. O projeto conta com a realização de quatro dias e três noites, as quais serão baseadas nas diversas visitações histórico-culturais e naturais e o grande espetáculo A República de Laguna. PALAVRAS-CHAVE: Pacote Turístico. Turismo (Histórico-cultural e natural). Mar Grosso Hotel e Laguna. viii

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LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Sistema do Turismo – SISTUR........................................................................ 47

Figura 2 – Mapa de Laguna............................................................................................... 66

Figura 3 – Laguna/SC........................................................................................................ 67

Figura 4 – Vista aérea da Praia do Mar Grosso Hotel....................................................... 68

Figura 5 – Pacote Turístico................................................................................................ 86

Figura 6 – Folder............................................................................................................... 89

Figura 7 – Anúncio no Jornal............................................................................................ 90

Figura 8 – Anúncio na Rádio............................................................................................. 90

Figura 9 – Anúncio no site do Mar Grosso Hotel.............................................................. 91

Figura 10 – Organograma.................................................................................................. 116

LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Cronograma.................................................................................................... 92

Quadro 2 – Tarifa Promocional......................................................................................... 115

Quadro 3 – Recursos Humanos......................................................................................... 116

LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Orçamento do material gráfico de divulgação (Folders)................................. 93

Tabela 2 – Orçamento dos Anúncios................................................................................. 94

Tabela 3 – Orçamento de outros serviços prestados aos clientes...................................... 94

Tabela 4 – Orçamento de custo do hotel........................................................................... 94

xi

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SUMÁRIO

PARTE I - PROJETO DE AÇÃO

DEDICATÓRIA.............................................................................................................. v

AGRADECIMENTOS...................................................................................................... vi

EPÍGRAFE........................................................................................................................ vii

RESUMO......................................................................................................................... viii

LISTA DE FIGURAS...................................................................................................... xi

LISTA DE QUADRO...................................................................................................... xi

LISTA DE TABELA....................................................................................................... xi

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................. 161.1 Justificativa................................................................................................................ 17 1.2 Objetivos..................................................................................................................... 18

1.2.1 Objetivo geral........................................................................................................... 18

1.2.1 Objetivo específicos.................................................................................................. 19

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................... 20

2.1 Hotelaria..................................................................................................................... 20

2.1.1 Hotelaria Mundial..................................................................................................... 20

2.1.2 Hotelaria Brasil......................................................................................................... 23

2.1.3 Hotelaria em Santa Catarina..................................................................................... 27

2.1.4 Tipologia hotelaria.................................................................................................... 28

2.1.5 Cargos e funções do hotel......................................................................................... 31

2.2 Histórico do turismo.................................................................................................. 33

2.2.1 Teoria e definição..................................................................................................... 37

2.2.2 Tipos de turismo....................................................................................................... 40

2.2.2.1 Turismo de lazer.................................................................................................... 41

2.2.2.2 Turismo de evento................................................................................................. 42

2.2.2.3 Turismo histórico-cultural e natural...................................................................... 43

2.2.3 Sistema de turismo – SISTUR.................................................................................. 45

2.2.3.1 Subsistema ecológico ............................................................................................ 48

2.2.3.2 Subsistemas econômico......................................................................................... 50

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2.2.3.3 Subsistema social................................................................................................... 51

2.2.3.4 Subsistema cultural................................................................................................ 52

2.3 Planejamento turístico............................................................................................... 53

2.3.1 Sazonalidade............................................................................................................. 56

2.3.2 Pacote Turístico........................................................................................................ 57

2.4 Marketing turístico.................................................................................................... 60

3 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA SITUAÇÃO ATUAL.............................................. 64

3.1 Laguna......................................................................................................................... 64

3.2 Hotel............................................................................................................................ 69

3.3 Verificação da importância do pacote turístico para os clientes do hotel.................... 70

4 PROPOSTA DE AÇÃO............................................................................................... 81

4.1 Definição da proposta.................................................................................................. 81

4.2 Operacionalização........................................................................................................ 81

4.3 Ações/etapas................................................................................................................ 82

4.4 Cronograma................................................................................................................. 92

4.5 Orçamento.................................................................................................................... 93

5 VIABILIDADE............................................................................................................. 96

6 REFÊNCIA................................................................................................................... 98

7 APÊNDICE................................................................................................................... 103

Apêndice A – Modelo de pesquisa para os turistas........................................................... 103

8 ANEXOS........................................................................................................................ 104

Anexo A – Fonte da Carioca............................................................................................. 104

Anexo B – Casa Pinto D’Ulisséa....................................................................................... 104

Anexo C – Casa de Anita................................................................................................... 105

Anexo D – Museu Anita Garibaldi.................................................................................... 105

Anexo E – Marco de Tordesilhas...................................................................................... 106

Anexo F – Estatua Nossa Senhora da Graça..................................................................... 106

Anexo G – Igreja Matriz Santo Antônio dos Anjos.......................................................... 107

Anexo H – Farol de Santa Marta....................................................................................... 107

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Anexo I – Pedra do Frade.................................................................................................. 108

Anexo J – Baleia Franca.................................................................................................... 108

PARTE II

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

1 IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E DO ALUNO....................................... 110

1.1 Identificação da empresa.......................................................................................... 110

1.2 Identificação do acadêmico....................................................................................... 110

2 JUSTIFICATIVA......................................................................................................... 111

3 OBJETIVOS................................................................................................................. 113

3.1 Objetivo geral............................................................................................................. 113

3.2 Objetivos específicos..................................................................................................

113

4 CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA................................................................. 114

4.1 Evolução histórica da organização........................................................................... 114

4.2 Infra-estrutura física da empresa............................................................................. 114

4.3. Infra-estrutura administrativa................................................................................ 116

4.4 Quadro de recursos humanos segundo o organograma......................................... 116

4.5 Serviços prestados ao cliente..................................................................................... 117

5 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS POR SETOR.................. 118

5.1 Recepção/ Reservas e Administrativo...................................................................... 118

5.1.1 Funções do setor....................................................................................................... 118

5.1.2 Infra-estrutura do setor............................................................................................. 119

5.1.3 Atividades desenvolvidas pelo acadêmico no setor.................................................. 120

5.1.4 Conhecimentos técnicos adquiridos......................................................................... 120

5.1.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas...................................... 121

5.2 Alimentos e Bebidas................................................................................................... 121

5.2.1 Funções do setor....................................................................................................... 121

5.2.2 Infra-estrutura do setor............................................................................................. 122

5.2.3 Atividades desenvolvidas pelo acadêmico no setor.................................................. 123

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5.2.4 Conhecimentos técnicos adquiridos......................................................................... 123

5.2.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas...................................... 123

5.3 Governança................................................................................................................ 124

5.3.1 Funções do setor....................................................................................................... 124

5.3.2 Infra-estrutura do setor............................................................................................. 125

5.3.3 Atividades desenvolvidas pelo acadêmico no setor.................................................. 125

5.3.4 Conhecimentos Técnicos Adquiridos....................................................................... 126

5.3.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas...................................... 126

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................... 127

7 REFERÊNCIA.............................................................................................................. 128

8 ASSESSORIAS TÉCNICAS E EDUCACIONAIS.................................................... 129

9 ANEXOS........................................................................................................................ 130

Anexo A – Hotel / Prédio.................................................................................................. 130

Anexo B – Entrada do Hotel.............................................................................................. 130

Anexo C – Mesa Café da Manhã Lateral........................................................................... 131

Anexo D – Mesa Café da Manhã Frente........................................................................... 131

Anexo E – Churrasqueira Coletiva.................................................................................... 132

Anexo F – Estacionamento................................................................................................ 132

Anexo G – Cozinha........................................................................................................... 133

Anexo H – Copa................................................................................................................ 133

Anexo I – Rouparia............................................................................................................ 134

Anexo J – Lavabo.............................................................................................................. 134

Anexo K – Apartamento Casal.......................................................................................... 135

Anexo L – Apartamento Solteiro....................................................................................... 135

Anexo M – Apartamento Triplo........................................................................................ 136

Anexo N – Escritório Proprietário..................................................................................... 136

Anexo O – Placa em Frente á Avenida Principal.............................................................. 137

Anexo P – Visual da Sacada – Praia do Mar Grosso......................................................... 137

Anexo Q – Praia – Molhes da Barra.................................................................................. 138

Anexo R – Laguna Antiga................................................................................................. 138

Anexo S – Folder............................................................................................................... 139

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Anexo T – Cartão de Visita............................................................................................... 140

Anexo U – Cartão Normativo............................................................................................ 140

Anexo V – Caderno de Entrada e Saída de Hóspedes....................................................... 141

Anexo X – Ficha de Hospedagem..................................................................................... 142

Anexo W - Avaliação do Desempenho do Estagiário pela Organização.......................... 143

Anexo Y – Declaração....................................................................................................... 144

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PROJETO DE AÇÃO

PACOTE TURISTICO HISTÓRICO-CULTURAL E NATURAL PARA O MAR

GROSSO HOTEL EM LAGUNA/SC.

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1 INTRODUÇÃO

O fenômeno turístico tem ganhado força a cada ano que passa, sendo importante fonte

de renda para vários destinos. Vários são os motivos em seus tempos livres ou de lazer.

Através disso, vários destinos desenvolvem ações para a captação dessa demanda, de acordo

com suas características. A região litorânea do sul de Santa Catarina desenvolve a atividade

turística através do recurso mais abundante que são as praias sendo que a maior procura dos

turistas é no período de veraneio, devido ao clima subtropical.

Entretanto nem todos procuram tais recursos e destinos somente quando o clima lhes é

agradável ou favorável, sendo esse um fator muito importante para o desenvolvimento de

atividades que atraiam turistas para esta região durante os meses da baixa temporada.

O Mar Grosso Hotel está localizado na principal praia (Mar Grosso) de Laguna/SC,

com cerca de 1500 m2 de área construída, equipado com 30 apartamentos, estacionamento

fechado e coberto, churrasqueira coletiva e uma sala com capacidade de 40 pessoas para

diversos eventos. Esta infra-estrutura conta com 08 funcionários suficientes para o

atendimento no período de sazonalidade, que compreende entre abril a outubro, mesmo com

alguns grandes eventos na cidade (Festa de Santo Antônio e A República em Laguna),

inserido nestes meses. Já na alta temporada os números de funcionários dobram para atender a

demanda que é muito maior de turistas no hotel.

Durante a realização do estágio supervisionado do Curso de Turismo e Hotelaria no

Mar Grosso Hotel foi possível observar como é a vivência na baixa e na alta temporada,

principalmente a diferença de público entre a baixa e a alta. Como pode ser observado no

relatório do estágio foi dado ênfase em três setores: Recepção/Reserva/Administrativo,

Alimentos & Bebidas e Governança.

É característico este empreendimento possuir uma infra-estrutura pequena, até por ser

um hotel mais antigo. Naquela época, há 40 anos atrás, não tinha tantas opções e tecnologia

como o Mercado tem hoje. Atualmente o Mar Grosso Hotel enfrenta alguns problemas e o

principal é o reflexo da baixa-temporada. Mesmo assim, possuem pouca divulgação o que

dificulta ainda mais a identificação do equipamento.

Foi dado destaque à sazonalidade pós verão e por isso a idéias para melhorar a baixa

deste período. Ao identificar esta situação foi possível trabalhar ferramentas que

proporcionem melhor divulgação do hotel assim como de toda a cidade de Laguna/SC,

tendendo a melhorar também a procura no período fraco.

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Por ser um hotel de menor porte, aconchegante e familiar e com diárias acessíveis é

possível observar que para o seu melhoramento, principalmente em época sazonal no hotel, se

faz necessário propor pacotes turísticos nos segmentos histórico-cultural e natural, para o Mar

Grosso Hotel na cidade de Laguna/SC.

Segundo dados da ABIH-SC (2008):

Atualmente Santa Catarina conta com cerca de 2.750 meios de hospedagem entre hotéis, pousadas, hotéis fazendas, albergues, hospedarias e outros. A predominância é de hotéis do tipo tradicional, com administração familiar, embora tenha crescido nos últimos anos a presença de hotéis de rede no Estado e a profissionalização da empresas do tipo familiar.

O objetivo primordial é aumentar o número de hóspedes no Mar Grosso Hotel,

mostrando as potencialidades, atratividades e diversão que o município dispõe para uma boa

estadia.

1.1 Justificativa

Há muitos anos existe a idéia de que Laguna é uma cidade que vive apenas do turismo

de verão, aquele que movimenta o município apenas entre o Natal e o Carnaval, época em que

o clima favorece a utilização das praias (Prefeitura Municipal de Laguna, 2008).

Hoje, Laguna está se modificando aos poucos para receber os turistas o ano todo, com

eventos tradicionais já existentes há alguns anos no período de sazonalidade.

É importante ressaltar, que, pela tradição de ser uma cidade calma, com excelente

qualidade de vida, onde a segurança é satisfatória do que nos grandes centros, como Rio de

Janeiro, São Paulo e muitas capitais do Nordeste brasileiro, muitos turistas acabam trazendo a

família, independente da época do ano, para uns dias de folga.

É pensando em cada um destes vários tipos de turistas que chegam à cidade – os de

verão, os de lazer, os de acaso, os que vêm visitar familiar e amigos – que está sendo

pensado/criado o pacote turístico na baixa-temporada, para atrair turistas para a cidade de

Laguna / SC, para conhecer as belezas naturais e histórico-culturais que a cidade tem a

oferecer e também que o turista sinta a satisfação de estar hospedado em um hotel como se

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fosse a sua própria casa fora de casa. Trata-se de uma ferramenta de turismo simples e mais

barata.

Levando todos estes aspectos em consideração, o autor Oliveira (2001, p.36) conceitua

turismo da seguinte forma:

Denomina-se turismo o conjunto de resultados de caráter econômico, financeiro, político, social e cultural, produzidos numa localidade, decorrentes da presença temporária de pessoas que se deslocam de seu local habitual de residência para outros, de forma espontânea e sem fins lucrativos.

Mas nem todos procuram tais recursos e destinos somente quando o clima lhe é

agradável ou favorável, sendo esse um fator muito importante para o desenvolvimento de

atividades que atraiam turistas para esta região durante os meses da baixa temporada.

Observando todo o funcionamento do turismo na cidade de Laguna percebem-se então

algumas deficiências, estando entre elas ás formas de desenvolvimento da atividade turística,

os tipos de público que freqüentam a cidade, o problema da sazonalidade que dificulta a vida

dos empreendedores na baixa temporada, e o mau aproveitamento de toda sua extensão com

seus diversos atrativos.

Laguna a mais de 40 anos recebe visitantes para turismo cultural, histórico, de lazer e

religioso. A praia Mar grosso é considerada a principal de Laguna e possui atualmente 11

estabelecimentos hoteleiros, sendo que o mais afastado está há 300 metros da sua orla. O Mar

grosso Hotel, com quase 40 anos, atravessa dificuldades de captação de novos clientes, já que

sua estrutura física, antiga, o desfavorece em relação aos outros equipamentos mais novos que

também buscam o mesmo publico.

Assim, o hotel esta oferecendo um diferencial que seria pacote turístico, além dos

clientes já fidelizados, também abre espaço para um novo publico que prefere um ambiente

mais casual, informal e caseiro. Esta proposta aumenta o potencial deste estabelecimento

dentro do Mercado nesta cidade.

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo geral

Propor pacote turístico histórico-cultural e natural, no período de sazonalidade dentro

do Mar Grosso Hotel, destacando a cidade de Laguna/SC.

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1.2.2 Objetivos específicos

- Identificar a importância do desenvolvimento do pacote turístico para os clientes do Mar

Grosso Hotel;

- Verificar os eventos que serão realizados na cidade no segundo semestre de 2008 e aliar aos

projetos do hotel;

- Definir data, atrações e acompanhamento aos turistas;

- Apresentar os serviços turísticos de alimentação, hospedagem e transporte para o pacote

turístico;

- Definir ações de marketing para divulgação de pacotes turísticos.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Hotelaria

2.1.1 Hotelaria Mundial.

Segundo Campos e Gonçalves (1998), não se sabe ao certo quando e como surgiu a

atividade hoteleira no mundo. De acordo com Costa (apud CANDIDO; VIEIRA, 2004, p.68),

“o que se conhece hoje da história da hospedagem no mundo, é que hospedar pessoas é uma

prática muito antiga”. Supõe-se que esta atividade tenha nascido da necessidade natural que

os viajantes têm de procurar abrigo, apoio e alimentação durante suas viagens. Para Barbosa e

Leitão (2005), há quem acredite que um turismo embrionário era praticado por povos

primitivos ainda na pré-história, quando decidiam viajar até o mar e retornavam.

Assim, foi na Grécia, alguns séculos antes da era cristã (mais precisamente no século

VII a.C.), que se teve a notícia do primeiro hotel construído.

“Num primeiro momento no Santuário de Olímpia, lugar onde eram realizados os

jogos olímpicos, foram construídos o estádio e o pódio, e então mais tarde foram

acrescentados os balneários e uma hospedaria capaz de abrigar os visitantes” (CAMPOS;

GONÇALVES, 1998, p.72) e os atletas que vinham para os eventos desportivos realizados a

cada quatro anos na cidade-estado de Olímpia. Os jogos olímpicos motivaram as primeiras

viagens de lazer.

Por isso, segundo Barbosa e Leitão (2005), a expansão do Império Romano fez surgir

um intenso intercâmbio comercial, dando origem também, a viagens de lazer em que não

faltavam atrações, como: espetáculos circenses e lutas de gladiadores. Desse modo,

comparado aos gregos, tem-se a mesma contribuição por parte das termas romanas, pois estas

se destinavam ao lazer, contribuindo com cômodos para os usuários descansarem.

Dependendo do status do cliente, poderiam ser oferecidos aposentos luxuosos e de grandes

dimensões ou aposentos menores, mais simples e até de uso coletivo. Tanto gregos, como os

romanos tiveram grande influência na evolução da hotelaria. No entanto, os romanos

destacaram-se mais por serem ótimos construtores de estradas, propiciando dessa forma, uma

expansão de viagem por seus territórios e o surgimento de abrigos para os viajantes Campos e

Gonçalves (1998). Todos os territórios europeus dominados por Roma adaptaram sua cultura

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à arte de hospedar, fazendo com que ao longo de suas estradas surgissem às pousadas.

Nessa época, todos os estabelecimentos deveriam obedecer a regras muito rígidas, como por

exemplo: não poderiam aceitar nenhum hóspede que não tivesse uma carta de recomendação

assinada por uma autoridade, mesmo estando a serviço do imperador. Com o uso do cavalo

como meio de transporte nas vias e estradas romanas, surgiram novos tipos de hospedagem: o

stabuluna (ofereciam hospedagem para o viajante e tratamento para a montaria); as

mutationes (mantidas pelo Estado, destinado à troca de animais e repouso dos viajantes); as

mansiones (destinados a abrigar tropas militares em marcha) e as tarbenae (lugares em que se

vendiam produtos da terra, comidas e bebidas), além de pequenas pousadas ao redor dessas

(BARBOSA; LEITÃO, 2005). De acordo com Campos e Gonçalves (1998), nas grandes e

refinadas mansiones (grandes hotéis situados ao longo da rodovia) essas regras eram seguidas

a risca, mas o mesmo não acontecia nas pequenas pousadas ao seu redor. Essas hospedarias

eram muito numerosas e davam nome a alguns lugares, como: Circus ou Via Appia, onde

ocorriam toda sorte de orgias, crimes e desordens. Em épocas de intrigas políticas e intensa

luta pelo poder, os magistrados mantinham essas pousadas sobre extrema vigilância, já que

civis, militares e funcionários do correio ali se hospedavam. Chegavam até a pagar certa

quantia para os donos de hotéis relatarem o que ouviam dos hóspedes.

Esse panorama foi seguido até final da Idade Antiga, pois com a queda do Império

Romano as estradas tornaram-se pouco seguras. As Guerras Sucessivas e a dificuldade do

comércio existir faziam com que se tivessem menos viajantes na estrada. Como não se tinha

tantos viajantes, não se tinha tantos hóspedes. Quando necessária, isto é, quando se tinha

viagens de caráter religioso (único turismo que passou a existir nessa época), a hospedagem

era oferecida pelos monastérios e outras instituições religiosas, pois estas eram mais seguras e

confiáveis. Essa hospitalidade tornou-se, mais tarde, uma atividade organizada, com a

construção de quartos e refeitórios separados e monges que atendiam exclusivamente aos

viajantes. Nesses abrigos, os hóspedes eram obrigados a cuidar da própria alimentação, da

iluminação (velas, lampiões, etc.) e das roupas de dormir, além de depender da boa vontade e

da acolhida dos responsáveis pelos estabelecimentos. As pousadas que, neste período também

atendiam somente aos viajantes religiosos, logo depois assumiram características de negócio

lucrativo diante do movimento intenso de soldados, peregrinos e mercadores (BARBOSA;

LEITÃO, 2005).

No século XIII, como relata Campos e Gonçalves (1998), as viagens pela Europa

voltaram a se tornar mais seguras, e com isso, as hospedarias puderam se restabelecer ao

longo das rodovias. Ainda neste século, com a mudança do perfil da hotelaria, que passou a

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ser olhada como uma atividade profissional tem-se a criação do Primeiro Grêmio dos

Proprietários de Pousadas, na Itália, em 1282 (BARBOSA; LEITÃO, 2005). Devido a essa

rápida expansão, países como França e Inglaterra implantaram leis e normas para

regulamentar a atividade hoteleira. Na França, o processo ocorreu mais rápido que na

Inglaterra, onde somente em 1514 (século XVI), os hoteleiros de Londres foram reconhecidos

legalmente, isto é, passaram de hospedeiros para hoteleiros. Em 1589, foi o ano em que foi

editado o primeiro guia de viagens de que se tem notícia. Neste guia, tinham-se bem definidos

os diferentes tipos de acomodações disponíveis para viajantes a negócios ou a passeios.

No século XVII, consolidavam-se na Europa as diligências, carruagens puxadas por

cavalos. Esse novo meio de transporte garantia um grande fluxo constante de hóspedes para

pousadas e hotéis das estradas. Muitos serviços de diligências eram oferecidos pelos hotéis.

Neles também ficava o terminal de rota e estábulos, diferenciais para poder assegurar clientes

para seu estabelecimento.

Segundo Campos e Gonçalves (1998), o surgimento das ferrovias (em 1840)

proporcionou a reforma e a reconstrução de velhos estabelecimentos e o surgimento de outros

em estradas que levavam à capital. As pousadas destinavam seus serviços a um tipo de

estação de chegadas e partidas, dispondo também de salas de espera, escritório de reservas

tanto de hospedagem como de passagens de diligencias de várias rotas.

Com o desaparecimento das diligencias, a rede hoteleira que dependia dela sofreu um

forte abalo: tinham-se novas regras de hospedagem e o tempo das viagens diminuirá com a

ferrovia, por ser um meio de transporte muito mais rápido. Segundo Costa (2004), foi após a

Revolução Industrial que a hospedagem tornou-se uma atividade rentável, de modo que, foi

iniciada sua exploração comercial.

Para Campos e Gonçalves (1998, p. 77)

No final do século XIX, os hóspedes tinham se tornado muito mais exigente o que fez com que surgissem hotéis de grande luxo, como os famosos: Savoy, Ritz, Claridge, Carlton, e outros, que acompanhavam a tendência dos fabulosos trens e navios de passageiros da época.

Dessa maneira, os hotéis ganharam forma e organização para atender aos clientes.

César Ritz revolucionou a hotelaria tradicional, introduzindo o conceito de apartamento, isto

é, quartos com banheiros privativos (COSTA, 2004).

Nas palavras de Campos e Gonçalves (1998), a hotelaria americana obedeceu aos

critérios europeus, principalmente, o dos ingleses. Devido à ocupação do Oeste do país, onde

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foi descoberto ouro, surgiram vilas que mais tarde se transformariam em grandes cidades.

Nessas cidades tinham-se os chamados saloons, lugares onde, primeiramente, se oferecia

comida, bebida e diversão, para depois ter também alojamento para os clientes.

As diligências tiveram grande importância nos Estados Unidos, pois incentivaram a

hospedagem em fazendas que ficavam no meio da rota para os viajantes. Mas, assim como na

Europa, a chegada das ferrovias fez os hotéis se adaptar aos novos tempos.

De acordo com Campos e Gonçalves (1998, p. 78), uma característica própria da

hospedagem nos EUA, foi o surgimento de hotéis ao longo dos rios navegáveis na forma de

grandes embarcações, que ofereciam hospedagem, cassinos e diversão aos clientes.

Os primeiros grandes hotéis norte-americanos surgiram na Costa do Atlântico, pois era

lá que se tinha grande navegação marítima, o que proporcionava intenso fluxo de passageiros.

No século XX, segundo Costa (2004), o trabalho nas indústrias começava a se tornar

profissional, de modo que, os profissionais adquiriram o direito às férias. Os hotéis passaram

a se ocupar desta nova clientela. Depois da II Guerra Mundial, o crescimento do turismo,

devido a uma expansão de renda da população e do aumento do tempo disponível para o lazer

(Costa, 2004), estimulou a construção de hotéis em grandes cidades, como nas capitais e nos

principais centros de atração turística de diversos países, como: Itália, Dinamarca, Noruega,

Espanha, Suécia. Desse modo, se teve o nascimento de grandes corporações hoteleiras, cujos

nomes são conhecidos no mundo todo: Accor, Holiday Inn, Hilton, Meridien, Manhattan,

entre outros. Por investirem bilhões de dólares e comandarem o mercado, essas grandes redes

ditam a evolução dos padrões de hospedagem, equipamentos e serviços, realizando um vasto

programa de modernização (CAMPOS; GONÇALVES, 1998). Na década de 70, o turismo

passa por inovações e há o aparecimento de hotéis voltados, exclusivamente, para o lazer: os

chamados Resorts (COSTA, 2004).

2.1.2 Hotelaria no Brasil

Segundo Campos e Gonçalves (1998), a enorme dimensão geográfica, a localização

privilegiada, e a grande variedade de climas permitem que o Brasil tenha uma exploração

turística muito variada, dispondo de grande extensão de litoral, cidades em regiões

montanhosas e áreas como o Pantanal Mato-grossense e a Amazônia.

A hospedagem é bastante diferenciada nas regiões brasileira, pois cada uma mantém

suas características e costumes próprios. Tais características fizeram com que o país tivesse

uma vantagem em termos de exploração do potencial turístico.

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De acordo com Barbosa e Leitão (2005), a carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei de

Portugal, Dom Manoel, é o primeiro registro de “hospedagem” no Brasil, pois nela era

relatado o contato entre duas tradições de hospitalidade: a indígena e a portuguesa. De um

lado, os índios compartilhavam com os navegantes a exuberância da terra em que viviam. De

outro lado, os portugueses que herdaram dos antigos a visão “sagrada” da hospitalidade.

Quando surgiram as expedições bandeirantes para explorar o interior do território

descoberto, tivemos o primeiro foco de hospedagem no interior do Brasil. Ranchos rústicos e

toscos, improvisados à beira da estrada para abrigar os viajantes, assemelhavam-se as antigas

estalagens européias, e vieram a se tornar, anos mais tarde, cidades.

O Brasil é considerado um país muito jovem, e nossa tradição em hospedagem foram

baseados em modelos europeus e, posteriormente, no modelo norte-americano (CAMPOS;

GONÇALVES, 1998). Segundo Costa (2004), no Brasil não houve demanda para hotelaria

durante muitos anos, pois não se tinham viajantes, nem comércio. No período colonial, os

viajantes que vinham ao país hospedavam-se nas casas grandes dos engenhos e fazendas, nos

casarões das cidades, ou nos conventos. A gentileza e a generosidade do anfitrião eram fatores

importantes de prestigio na sociedade (BARBOSA; LEITÃO, 2005).

A hotelaria, em São Paulo, foi impulsionada pelo bom período econômico no Segundo

Império. O hotel que marcou a hotelaria em São Paulo foi o Hotel Términus, que se

direcionava ao Turismo de Negócios. Já, o Rio de Janeiro caracterizava-se como pólo turístico

de lazer, com a construção do Copacabana Palace Hotel (considerado o grande marco da

hotelaria no Brasil), construído em 1923, e o Hotel Glória (COSTA, 2004).

Os primeiros grandes hotéis brasileiros foram construídos por imigrantes, que viam na

nova terra uma possibilidade de sucesso. Quase toda a estrutura desses hotéis era importada,

já que o Brasil ainda não era um país industrializado, e por isso não fabricava nenhum dos

materiais necessários na construção, como: telhas, azulejos, cerâmicas, móveis, roupas de

cama e mesa, etc.

De acordo com Campos e Gonçalves (1998), a hotelaria brasileira só começou a

crescer em meados do século XIX, quando muitas capitais e cidades grandes ganharam

grandes e elegantes hotéis. Foi também quando se intensificaram as viagens em busca de

cultura e recreação. A evolução dos meios de transporte (trens, navios) tornou as viagens mais

acessíveis para outros segmentos da população que não fossem da nobreza, pois se tem o

surgimento da classe média, com melhores salários e maior possibilidade de gastos com lazer

(BARBOSA; LEITÃO, 2005). Nas palavras de Barbosa e Leitão (2005), os hotéis de melhor

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categoria surgiram em antigas mansões, como o Hotel Ravot (na antiga residência do

Visconde de Cachoeira), ou fora do centro, em bairros afastados, que ofereciam maior

conforto, requinte e paisagens exuberantes, sem os inconvenientes da cidade, como a

confusão das ruas e a falta de saneamento. Inovações como o telefone e a eletricidade, vieram

trazer benefícios ainda no século XIX para os hotéis. Alguns deles tinham telefone à

disposição de público, para pedir transporte, e um tempo depois, disponibilizava-o para

ligações particulares dos hóspedes. A eletricidade veio trazer a iluminação para os cômodos

do hotel, e no caso de prédios mais altos, o uso de elevadores causava admiração aos

hóspedes. No Rio de Janeiro, a corte portuguesa trouxe o impulso para a realização de festas,

saraus artísticos, bailes, que garantiam o movimento dos hotéis aderentes a tais

comemorações.

Com a Primeira Guerra Mundial, veio o estímulo a Industrialização, que gerou um

grande surto de desenvolvimento no país. Mão-de-obra qualificada não faltava. Isto fazia com

que o perfil urbano e econômico da cidade tivesse que ser alterado, isto é, foi necessária uma

ampliação da infra-estrutura, inclusive no setor de hotelaria. Novos hotéis luxuosos se

instalaram, almejando abrigar os grandes barões de café, e os emergentes industriais

(BARBOSA; LEITÃO, 2005). Foi depois da década de 30, que se intensificou a hotelaria

nacional, numa evolução que permite que até hoje se tenha níveis bem próximos dos vigentes

na hotelaria internacional, pois foram implantados grandes hotéis na capital, nas instâncias

minerais e outras cidades mais importantes. Mesmo com essa evolução da hotelaria, as

peculiaridades regionais vêm sido mantidas.

Nos anos 40, o desenvolvimento da hotelaria estava atrelado aos incentivos do

governo, sendo que foram construídos vários hotéis que se direcionavam tanto para o Turismo

de Negócios como para o Turismo de Lazer, proporcionando maiores investimentos nesse

setor (AMAZONAS, 2008). Algumas das grandes redes hoteleiras foram grandes influentes

nessa época, como: Othon, Vila Rica e Luxor. De acordo com Costa (2004), em 1946, a

proibição do jogo desfavoreceu a hotelaria brasileira e seus agregados, pois a época, até então,

era dos Hotéis-Cassino, em regiões com certo potencial turístico.

No inicio dos anos 70, tem-se um grande crescimento no setor, pois com a criação da

Embratur (Empresa Brasileira de Turismo) viabilizou-se a aprovação de inúmeros projetos

ligados ao turismo e a hotelaria. Incentivos fiscais e financiamentos de longo prazo

possibilitaram a construção de novos hotéis, a entrada de redes internacionais de hotéis e o

aperfeiçoamento da capacidade de alguns hotéis em cidades onde se tinha uma mistura de

Negócios e Turismo. Hotéis como a Rede Othon, Rede Luxor e a Horsa (Hotéis Reunidos

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S/A) se expandiram, não deixando de citar o inicio da construção dos seguintes hotéis

luxuosos: Transamérica Hotel, em São Paulo e em seguida na região próxima a Ilhéus pelo

Banco Real. Nesta década, os hotéis de redes internacionais tiveram oportunidade de entrar no

país. São alguns deles: Rede Hilton (em São Paulo), Sherathon e o Meridien (Rio de Janeiro),

e ainda grupos como a Accor (França), Meliá (Espanha) conseguem consolidar sua marca. No

interior do país, surgem hotéis independentes, como o Hotel Jatuíca, em Maceió (Amazonas,

2008).

Segundo Barbosa e Leitão (2005, p.40):

A diversificação de serviços com perfil de luxo e o aumento da profissionalização no setor hoteleiro foram fatores decisivos a partir desse período, não apenas para a promoção da hotelaria Nacional, mas especialmente para o incremento da imagem do Brasil, como destino importante do Turismo Internacional.

Em meados dos anos 80, a crise econômica desanimou os pequenos e médios

investidores que pretendiam lucrar com os empreendimentos imobiliários. Além disso, o fim

dos financiamentos de longo prazo e dos incentivos fiscais não permitiu o ritmo de

crescimento de novos hotéis. Foi assim que esses fatores reunidos levaram ao surgimento dos

apart – hotéis ou Flat Services (primeiramente em São Paulo, por causa da vocação ao

Turismo de Negócios). Estes empreendimentos atendiam a nova realidade do mercado,

oferecendo a oportunidade de um negocio novo, seguro e viável, com custo relativamente

baixo. Os usuários, por sua vez, encontraram uma solução de hospedagem mais barata e com

boa qualidade de serviços hoteleiros.

Segundo Amazonas (2008), na década de 90, a indústria hoteleira passa a vislumbrar

uma nova fase de desenvolvimento. No início do Plano Real, o BNDES (Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social) começou a oferecer uma linha de crédito especial para

a construção de hotéis. Muitas propriedades hoteleiras foram construídas com esse beneficio,

mesmo que este apresentasse prazos e juros desfavoráveis.

Com a implantação do Plano Real, a estabilidade econômica gerou um grande

interesse dos investidores no bom retorno possibilitado pela construção de novos hotéis.

Vários hotéis de luxo foram inaugurados no Brasil essa época: Sol Meliá, Inter-Continental,

Renaissance e Sofitel, em São Paulo; Ouro Minas, em Belo Horizonte; Sheraton, em Porto

Alegre; Blue Tree Cabo de São Agostinho e Summerville, em Pernambuco. Alguns hotéis

foram reformados: Copacabana Palace, Lê Meridien e Sofitel, todos no Rio de Janeiro

(AMAZONAS, 2008).

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Em 1998, além das fontes de capital internas, a indústria hoteleira atraiu a atenção do

capital estrangeiro. Este, por sua vez, começou a investir em grandes hotéis no Brasil.

Conforme Amazonas (2008, p.87)

Em 2002, têm-se uma maior movimentação do setor hoteleiro relacionado com os efeitos da globalização, o aumento da competitividade, a internacionalização das empresas, aos custos mais acessíveis de passagens, ao aumento da longevidade, entre outros.

2.1.3 Hotelaria em Santa Catarina

Segundo Rates (2002), o primeiro hotel a ser construído em Santa Catarina foi o

Fischer Hotel, em Balneário Camboriú. Em seguida, foi construído o Marambaia Cassino

Hotel, também em Balneário Camboriú. Pouco tempo depois, as famílias Proschnow, Sievert

e Guns se transferiram para a cidade com suas famílias, passando a trabalhar como garçons e

as esposas nas cozinhas dos hotéis. Foi assim que resolveram construir hotéis. Para que isso

fosse possível, fizeram uso de financiamentos bancários através de um fundo do governo

federal para incentivar ao turismo. Assim, nasceram hotéis como o Blumenau, Guns,

Camboriu Palace e outros.

Em Joinville, o primeiro hotel a ser construído foi o Hotel Príncipe e o Colon,

seguidos da construção do Anthurium. Este último introduziu o conceito de requinte,

sofisticação e bom gosto na arte da hospedagem em Santa Catarina. Hoje em dia, o

Anthurium integra o seleto grupo dos hotéis do Roteiro do Charme, isto é, fazem parte de um

guia internacional com meios de hospedagem diferenciados (EMBRATUR, 2006).

Em Blumenau, o pioneiro na hotelaria foi o Hotel Glória. Este hotel continua em

atividade até hoje e tem como ponto forte e atrativo o seu restaurante, sendo que este ainda

cultiva a tradição germânica na produção de tortas, cucas e doces (EMBRATUR, 2006).

Na cidade de Florianópolis, com a abertura da onde Hercílio Luz, a hotelaria começou

a se desenvolver, sendo primeiramente direcionada a atender os comerciantes vindos do

interior do Estado. Em 1932 o Hotel La Porta, deu inicio as suas atividades, destacando-se por

ser o único a ter elevador, e por abrir as portas de seu restaurante para o público.

Segundo Santos e Pereira (2007, p.11) a rede hoteleira de Florianópolis, dentre os

empreendimentos existentes no período de 1940 a 1960, destaca-se:

Hotel Metropol (1940); Hotel Central (1948 gestões da família Pessi e, posteriormente, 1965, foi adquirido por Eduardo Rosa passando a se chamar Mário Hotel); Lux Hotel (1950); Hotel Majestic (1927 gestões iniciais da família Daux, 1940 da família Pessi, foi adquirido pela família Cordialli em 1960); Hotel Querência (1958); Hotel Royal (1960); Oscar Hotel (1960); City Hotel (1968); Hotel Cruzeiro (1968).

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A atividade prosperou, apresentou resultados positivos, e se profissionalizou sempre

incentivada pelas diversidades culturais, climáticas e geográficas, que proporcionam aos

turistas diversas opções a um curto espaço de tempo. A evolução e o crescimento da atividade

no Estado são comprovados com o surgimento de hotéis como, o Itapema Plaza Resort –

Itapema, inaugurado em 1973 e o Laguna Tourist Hotel – Laguna (1973), atuantes no

mercado até hoje.

Neste mesmo contexto surge o Costão do Santinho Resort & Spa, em Florianópolis, o

mais completo e luxuoso complexo turístico-habitacional do Brasil, o empreendimento

promove o destino (Santa Catarina) internacionalmente.

Vale destacar que foi o ano de 1978, que o primeiro hotel de grande porte de litoral de

Santa Catarina foi construído, o Itapirubá Hotel, hoje este ainda é o maior hotel de praia do

estado com 213 apartamentos, porém inativo e completamente depredado (DIARINHO,

2007).

É importante ressaltar que a administração, de grande maioria, dos meios de

hospedagem do Estado, é familiar.

A indústria hoteleira do Estado tem se expandido, cerca de 120% nos últimos seis

anos, e disponibilizando cerca de 150mil empregos diretos e indiretos, apresentando uma taxa

de 98% de aprovação, quando a satisfação de seus hóspedes (KAISER e ESPEZIN, 2006,

p.5).

Os dados anteriormente citados revelam uma extraordinária expansão da hotelaria

catarinense nos últimos anos, e é somente com a união entre o poder público com o trade

turístico, que este cenário permanecerá positivo, vindo a progredir ano a ano.

2.1.4 Tipologia hoteleira

Dentro da hotelaria, cada um dos empreendimentos, possui os chamados diferenciais.

Estes podem ser quanto à sua estrutura física, aos serviços oferecidos, ao público atendido,

dentre outros fatores. No que se refere à tipologia de um empreendimento, vários são os

aspectos que podem ser abordados, podemos analisar até mesmo quanto à classificação.

Rodrigues (1999) diz que se entende que o sistema de classificação hoteleira surgiu

com o objetivo de se estabelecer uma padronização que facilite o entendimento do tipo do

empreendimento. Entretanto, não existe uma classificação universal, cada localidade adota

sistemas e critérios distintos.

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Sendo assim, Campos e Gonçalves (1998) classificam os estabelecimentos hoteleiros

abaixo conforme a destinação dos seus serviços:

- Hotel – Padrão: È um estabelecimento comercial de hospedagem que oferece aposentos

mobiliados, banheiro privativo, para ocupação exclusivamente temporária, com serviços de

alimentos e outros;

- Hotel para Executivos ou Turista de Negócios: Este tipo de hotel destina-se ao

atendimento de empresas e homens de negócio. Sua localização é quase sempre urbana e em

grandes cidades. Os apartamentos possuem escrivaninha, mesa para pequenas reuniões,

instalações para microcomputadores pessoais, equipamentos disponíveis para aluguel e

pessoal treinado para atendimento. Dispõem, também, de áreas de eventos dimensionadas

para realização de congressos, reuniões e grandes comemorações empresariais. A área A & B

(alimentos e bebidas) é seleta e está em ambiente requintado. Oferecem algum tipo de lazer

(piscina, sala de ginástica, sauna, etc.);

- Pousada: São estabelecimentos inspirados nas hospedarias do passado, pois pode conjugar o

aconchego de um lar à isenção de tarefas proporcionadas pelo hotel. O setor A & B é

tipicamente regional, isto é, sem grandes inovações. Mesmo assim, este meio de hospedagem,

em alguns casos, pode ser comparado a um hotel 5 estrelas tanto pela comida, como pelo

serviço e pelo conforto. A localização se torna um atrativo, pois o cliente procura lugares

bonitos, arborizados, perto de rios, lagos e mar, além de lugares silenciosos e calmos. A

facilidade de acesso e a infra-estrutura da região são aspectos importantes que devem ser

considerados pelo empreendedor;

- Hotéis Econômicos: São estabelecimentos turísticos, com pouco ou sem banheiros

privativos, e com serviços limitados. Oferecem serviços mais simples e menos diversificados

que os outros tipos de hotéis. Operam com tarifas de baixo custo e o preço é o principal

elemento competitivo do segmento. Quanto ao setor A & B, oferecem poucas opções, às

vezes, somente um café da manhã completo ou mais simples. A localização preferencial deve

ser próxima a rodoviárias, junto à entrada de cidades ou junto a entroncamentos de onde

derivam acessos para mais de uma cidade;

- Hotéis-residência (flats): os hotéis-residência, conhecidos também como flats ou apart-

hotéis, caracterizam-se como edifícios em que são oferecidos serviços como limpeza,

arrumação e lavanderia, cujos custos são inclusos no condomínio. Os apartamentos são

dotados de cozinha e os serviços de alimentação costumam restringir-se ao coffee shop.

Diferenciam-se dos hotéis tradicionais por oferecerem serviços mais simples e menos

diversificados, e também por serem considerados mais impessoais e mais informais. No

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Brasil, a utilização dos flats como meios de hospedagens de curta duração esteve associada à

escassez de investimentos em empreendimentos hoteleiros ao longo da década de 80,

principalmente no segmento de hotéis intermediários. Com isso, os muitos empreendimentos

acabaram sendo utilizados como alternativas mais econômicas aos hotéis de luxo,

principalmente nas viagens de negócios. A diferença em relação aos hotéis tradicionais

restringiu-se à propriedade imobiliária do empreendimento.

A comercialização do flat ocorre, em geral, através de um pool de locação,

responsável também pelo rateio, entre todos os proprietários, do dinheiro arrecadado no mês

com as estadias de curta duração. A locação dos flats por períodos superiores há 30 dias está

sujeita à legislação tradicional de locação de imóveis;

- Hotéis de Turismo ou Lazer: É direcionada a recepção de turistas (individuais ou em

grupo). Sua localização geográfica é bastante variada, podendo ir de centros urbanos às praias

ou montanhas (turismo rural), porém, com certos méritos cênicos – paisagísticos. Tem uma

expressiva área de lazer esportivo e social. Os apartamentos são grandes, podendo caber até

quatro pessoas. A área A & B tem grandes restaurantes no estilo auto-serviço.

Para Campos e Gonçalves (1998), dentre os hotéis mais representativos na categoria

de Hotéis de Turismo e Lazer, destacam-se:

♣ Resort: são hotéis que estão localizados em áreas de conservação e equilíbrio ambientais.

Para tanto, sua construção deve ser feita depois de estudos de impacto ambiental e

planejamento da ocupação do solo. Sua estrutura de entretenimento e lazer deve ser superior à

dos empreendimentos semelhantes;

♣ Hotel Fazenda: este tipo de empreendimento apresenta características tipicamente rurais,

com plantações frutíferas, hortas, cultura de flores e plantas regionais, incluindo a criação de

animais, como: gado, ovelha, peixes, porcos, etc. Estes hotéis possibilitam ao cliente a prática

de atividades campestres e um contato maior com a natureza. A área A & B torna-se um dos

atrativos, pois está baseada na comida típica da região. Sua localização é sempre aprazível e

em regiões de clima ameno;

♣ Hotéis das Estâncias Hidrominerais: estes hotéis têm como principal atrativo as fontes e

as piscinas de água mineral, geralmente indicada como medicinais e coadjuvantes no

tratamento de determinados problemas de saúde.

♣ Hotéis Ecológicos: estes empreendimentos têm como principais clientes grupos de

estudiosos ou curiosos da natureza, que visam à preservação ambiental, pois se localizam em

lugares de acesso mais difícil.

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Conforme a deliberação Normativa nº 387 de 28 de Janeiro de 1998 da EMBRATUR

(apud CÂNDIDO; VIEIRA, p. 51):

Hotel de Lazer é o meio de hospedagem normalmente localizado fora dos centros urbanos, com áreas não edificadas, amplas e com aspectos arquitetônicos e construtivos, instalações, equipamentos e serviços especificamente destinados à recreação e ao entretenimento, que o tornam prioritariamente destinado ao turista em viagem de lazer.

Estes hotéis têm como finalidade atender basicamente aos hóspedes que vem em férias

e lazer. Geralmente possuem instalações recreativas, áreas de lazer, áreas verdes, espaços

alternativos para a prática de esportes, as quais constituem seu principal atrativo. Em alguns

casos, as instalações podem incluir recursos naturais como praias e balneários e recursos não

naturais como parques temáticos.

Mas como em quase todos os tipos de negócio turístico, estes hotéis também sofrem

com a sazonalidade, que deve ser preenchido com outros segmentos de clientela, como o

público de eventos.

Os hotéis de lazer é uma boa opção para eventos por possuírem uma boa e grande

infra-estrutura, além de estarem localizados fora da área urbana, possibilitando uma maior

tranqüilidade aos participantes dos eventos.

De acordo com Oliveira (1998, p. 119):

Hotéis especializados em eventos estão totalmente equipados para tal. Salas de conferências, exposições, restaurantes e materiais de apoio. [...] Por reunirem num só local tudo àquilo que os participantes dos eventos necessitam estes hotéis obtém sucesso absoluto nos seus objetivos. Por trabalharem com venda por atacado, podem oferecer diárias com valores inferiores aos hotéis tradicionais de centro da cidade.

Para não sofrer com os impactos da sazonalidade é uma boa saída para os hotéis de

lazer investir também em infra-estrutura para eventos, podendo assim obter uma boa taxa de

ocupação durante o ano inteiro não sofrendo impactos com a falta de demanda, garantindo a

sua permanência no mercado.

2.1.5 Cargos e funções do hotel

A força da máquina pode construir e destruir; mas seu funcionamento depende do

homem que a programa e a manipula, quando sabe e quanto pode. No entanto em seu trabalho

diário, ele mesmo dela depende (ANDRADE 2000, p. 170).

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O mesmo acontece com a hotelaria. Sua base física só funciona na medida da atuação

dos funcionários e dirigentes em suas diversas funções e atribuições, especialmente naquelas

consideradas fundamentais, segundo a natureza, os objetivos e a classificação dos

estabelecimentos. Os serviços hoteleiros existem – com pequenas variáveis – em todos os

pequenos ou grandes hotéis, segundo o seguinte elenco discriminativo (ANDRADE, 2000, p.

177):

- a gerência tem a responsabilidade pelo funcionamento do hotel e pela coordenação geral;

- a administração funciona como setor especifico ligado á recepção e portaria social á qual

estimula, e pela qual é incentivado e impulsionado pelas informações técnicas que dela

recebe;

- a recepção tem por tarefa o atendimento permanente e direto aos hospedes, desde sua

chegada ao hotel até sua saída;

- a comunicação tem por finalidade atender aos hóspedes em suas necessidades de emitir e

receber informações e de estabelecer contatos com outras pessoas, no hotel e fora dele;

- a portaria da noite é pó responsável pelas medidas que facilitem o repouso do hóspede e

pelo desenvolvimento dos trabalhos noturnos, especialmente os de ronda e policiamento, cuja

deficiência, além de pública e notória, é perigosa;

- a governância prestam todos os serviços de atendimento aos aposentos e ás áreas reservadas

aos hóspedes. Além da chefia, o setor conta com os serviços de governanta, camareira;

- a lavanderia realiza a lavagem de todas as roupas enviadas pela governância e pela rouparia.

O serviço funciona com lavadeiras e passadeiras, sob a coordenação de um chefe de serviço.

A maioria dos hotéis das grandes cidades não possui o serviço: as roupas da casa e dos

hóspedes são enviadas a lavanderias conveniadas;

- o almoxarifado é o setor responsável por todo o material de consumo do hotel, enquanto

guardado em estoque ou em reserva;

- o bar que funciona no atendimento de bebidas engarrafadas, refrigerantes, sucos, entre

outros, também é do ramo de dependência do gerente de alimentos e bebidas;

- o gerente de alimentos e bebidas compete adquirir as mercadorias necessárias; supervisionar

seu armazenamento; preparar a comida, os serviços e os cardápios; coordenar a venda de

alimentos e bebidas no bar do hotel. Em suma: tudo o que é alimento ou bebida está sob sua

responsabilidade e administração, desde a emissão da ordem de compra até a prestação de

suas contas aos competentes setores da administração geral;

- a cozinha que tem por finalidade a preparação, a feitura e o fornecimento de comida para o

restaurante, também faz parte da jurisdição do gerente de alimentos e bebidas.

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2.2 Histórico do turismo

Para melhor se compreender a história do turismo, é importante se entender o conceito

de viagem, que implica apenas em deslocamento e o conceito de turismo, que implica a

existência de recursos e infra-estrutura (BARRETTO, 1995).

Também é necessário diferenciar viagem de outro tipo de deslocamento, já que o

homem primitivo deslocava-se atrás de alimentos, ás vezes permanecendo em um local se

esse lhe garantisse boas condições de sustento, sendo diferente das viagens de turismo, onde

esta se caracteriza pela volta ao lugar de origem (BARRETO, 1995).

O turismo, segundo pesquisadores, tem início na Grécia no século VIII a.C no ano de

776, onde as pessoas viajavam para ver os jogos olímpicos, e tempos depois, em busca dos

balneários de águas minerais e seus efeitos de cura (OLIVEIRA, 1998).

Há alguns pesquisadores que acreditam terem sido os fenícios, os primeiros a

desenvolverem tal atividade, por serem eles os inventores da moeda e do comercio

(OLIVEIRA, 1998).

Durante o Império Romano, do século II a.C. a II d.C., foram construídas muitas

estradas, o que ocasionou a intensificação das viagens. Os romanos viajavam por lazer, indo a

busca das praias e spas. Pelo comércio e para conquistarem outras regiões através das grandes

guerras (OLIVEIRA, 1998).

Com a queda do Império Romano, vários povos bárbaros ocuparam terras DE Roma e

várias estradas foram destruídas ocasionando um declínio no comércio e causando

insegurança para quem precisava se deslocar (OLIVEIRA, 1998).

Durante a idade média as sociedades eram de bases feudais, onde os feudos eram auto-

suficientes, não existindo comércio e assim não havendo deslocamento para fora dos feudos

(OLIVEIRA, 1998).

As escolas nessa época organizavam viagens para seus alunos, que eram

acompanhados por seus professores com o objetivo de aumentar o conhecimento dos alunos.

Era obrigação dos professores, conhecerem o idioma e alguns costumes do lugar visitado para

passar aos alunos e assim esses terem um maior proveito em conhecimento. Esses professores

foram considerados os antecessores dos guias de turismo (OLIVEIRA, 1998).

Com o novo impulso do comércio entre a Europa e o extremo oriente no século XVI

os mercadores retomaram suas viagens. Muitas novidades começaram a surgir, como o

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primeiro hotel no mundo, o Wekalet, Alghury no Cairo, as primeiras carruagens de luxo na

Itália e os spas espalhados por toda a Europa para pobres e doentes e aos poucos se

transformaram em spas só para ricos e nobres (OLIVEIRA, 1998).

Ainda nesse século, iniciavam-se na França, dois tipos de viagem de lazer que eram a

Petit Tour tendo com roteiro uma visita ao vale do Loire e retornando á Paris, e a Grand Tour

que ia a Bordeax, Provença e Lyon e retornando também a Paris (OLVEIRA, 1998).

No século XVII a progressão dos meios de transporte com a invenção da Belina e a

diligência foi importante, existindo serviços que apesar de esporádicos, lentos e rudimentares,

levavam as pessoas de Frankfurt á Paris e de Londres á Oxford. As estradas eram ruins e a

manutenção delas era realizada muitas vezes pelos próprios donos das terras, sendo cobrado

por isso um pedágio e o primeiro pedágio foi instalado em Hertfordhire, na Inglaterra em

1663 (OLIVEIRA, 1998).

Com a França em guerra durante o inicio do século XVII, por motivos de insegurança

os turistas começaram a procurar outros lugares, sendo a Itália o destino mais procurado,

principalmente Florença e Roma. Em Londres fundou-se o clube dos Dilettani em 1734,

reservado só para quem tivesse vigiado para a Itália, que segundo eles sentir-se-ia inferior

aquele que não tivesse a conhecido (OLIVEIRA, 1998).

Com uma mudança nas relações sociais e econômicas através da Revolução Industrial

em Manchester e a Reforma Protestante na Alemanha dá-se inicio ao capitalismo de forma

organizada, sendo que nessa nova sociedade, a grande arma seria a diplomacia e não a força.

A partir daí começa a existir uma preocupação com o lado humano. Essa revolução vai ser a

principal causa do turismo que se conhece hoje, e também da forma de sociedade e economia

que existe hoje. Nesse período o turismo fica conhecido como “turismo neoclássico” onde o

turismo tem caráter educativo e cultural, sendo a viagem uma busca de aprendizado

(OLIVEIRA, 1998).

Em 1785, mais de quarenta mil ingleses, visitaram o continente europeu, segundo o

historiador Gibbon, com o objetivo de adquirirem mais conhecimento e cultura (OLIVEIRA,

1998).

Os turistas que pernoitavam nessa época, permaneciam gratuitamente em residências

particulares, e em 1774 David Low criou o primeiro hotel familiar em Covent Garden na

Inglaterra (OLIVEIRA, 1998).

O final do século XVIII e inicio do século XIX é marcado pelo chamado “turismo

romântico”, onde as pessoas tendem a um novo comportamento decorrente da deterioração da

qualidade de vida nos grandes centros urbanos e industriais. As montanhas, os Alpes, rios e

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toda a natureza não são mais vistos como obstáculos ou coisas horríveis, são apreciados por

todos e começam a ser procurados também para a prática de alguns esportes da época como

esqui e alpinismo (OLIVEIRA, 1998).

Várias conseqüências da segunda fase do capitalismo (Revolução Industrial) foram

importantes para fortalecer o turismo. As principais foram ás pesquisas tecnológicas, que

deram á possibilidade de construção dos motores a vapor para equipar navios, locomotivas e

máquinas de produção industrial e os novos recursos de engenharia e arquitetura que

modificaram toda a construção civil, sendo criadas as torres de observação como as torre

Eiffel de Paris, as ferrovias e estações ferroviárias, portos, guindastes e edifícios para os mais

variados usos. (TRIGO, 1993).

Com o surgimento da classe média, através da Revolução Industrial e as facilidades

dos meios de transporte o turismo adquire nova cara. Em 1830 a ferrovia Liverpool-

Manchester na Inglaterra passa a dar mais atenção aos passageiros do que para as cargas.

Inicia-se a era das ferrovias e o período considerado de turismo moderno (OLIVEIRA, 1998).

Em 1841, Thomas Cook fundador da primeira agência de viagens, alugou um trem

para levar 570 pessoas a um encontro em Loughborough, comprando e revendendo os

bilhetes, sendo a primeira viagem agenciada. As inovações de Thomas Cook marcaram a

entrada do turismo na era industrial nos aspectos comerciais e sociais. No aspecto comercial

movimentou vários lugares, hotéis e os meios de transporte como navios e trens, gerando

muito serviços e movimentando a economia dos destinos visitados. No campo social

promoveu viagens mais acessíveis para a classe média, propiciando a estes entretenimento e

lazer (BARRETO, 1995).

Nos Estados Unidos, as distâncias eram muito maiores, sendo necessário mais

conforto, permitindo que Pullman inventasse o vagão leito. A colônia inglesa na América

tinha a necessidade de se manter em contato com sua corte, sendo mantida uma frota de

navios entre os dois continentes, transportando além de correspondências, passageiros

também, começando através disso os primeiros cruzeiros marítimos (BARRETTO, 1995).

No inicio do século XX, já se apresentava bem mais organizada a atividade turística,

com os holydays camps, acampamentos onde todas as atividades eram programadas com

todos os horários ocupados. Em 1915 o Governo inglês adotou o uso do passaporte, para um

maior controle do trafego de turistas (BARRETTO, 1995).

Com a Primeira Guerra Mundial, o automóvel passou a ser utilizado como meio de

transporte terrestre mais popular, sendo que as famílias viajavam grandes distâncias de forma

segura e mais econômica (OLIVEIRA, 1998).

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No período entre as duas grandes Guerras, as férias remuneradas impulsionaram ainda

mais o turismo, fazendo com que até as classes menos favorecidas tivessem a oportunidade de

viajar também. Na Itália e Alemanha acontecem as viagens dos operários financiadas pelo

Estado, sendo denominado de “turismo social”, que logo é aproveitado pelos nazistas e

fascista com uma conotação nacionalista (OLIVEIRA, 1998).

Durante a Segunda Guerra Mundial, o turismo sofreu uma queda total. A situação

econômica e clima de insegurança em toda a Europa e outros continentes também,

contribuíram com isso. Mas após o fim dela, surge uma novidade que mudou para sempre a

prática do turismo que foi a utilização do avião para as viagens. Em 1945 foi criada a primeira

associação, denominada IATA (International Air of Transport Association), que

regulamentava a atividade. Em 1949 é vendido o primeiro pacote de turismo que utiliza o

avião como meio de transporte (OLIVEIRA, 1998).

A partir de 1957 o turismo aéreo começou a ser muito procurado, mais que os

cruzeiros, pelo tempo ganho e por ser economicamente mais favorável (OLIVEIRA, 1998).

Essa é fase do turismo chamada de turismo contemporâneo. Em 1960 começaram a

existir as operadoras turísticas européias, que ofereciam pacotes para o Mediterrâneo,

proporcionando aos europeus do norte, inclusive do Reino Unido, fugir das baixas temporadas

(OLIVEIRA, 1998).

Em 1970, a atividade turística já oferecia um grande número de agencias de viagens,

de companhias aéreas e de grandes redes hoteleiras. Em razão desse crescimento ocorre uma

forte concorrência diminuindo mais os preços e tornando os serviços mais aperfeiçoados

(OLIVEIRA, 1998).

Hoje o turismo entra em um período de transição, muitas formas e práticas de turismo

descritas ao longo desse histórico já não mais utilizadas. Muitos lugares que atraíram os

turistas antes, hoje já não atraem mais. A preocupação em se obter lucro em curto prazo com

esse tipo de atividade trouxe impactos negativos de grande significância para os núcleos

receptores. A qualidade no produto turístico, é todo o conjunto que envolve a atividade

turística e que atrai o turista, caiu muito, sendo que é fundamental para o turismo dos tempos

de hoje a qualidade, porque cada vez mais essa atividade se baseia na busca por experiências

alternativas. Os serviços tornaram-se mais específicos segmentando cada vez mais essa

atividade.

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2.2.1 Teoria e definição

O turismo conhecido hoje é um fenômeno peculiar do século XX. Esse fenômeno

nasceu de uma mudança no nível de renda da população mundial em geral, que ocasionou

uma melhora na qualidade de vida da sociedade urbana e industrial, buscando cada vez mais o

tempo livre para desenvolver atividades prazerosas, e também a mudança de paisagem, ritmos

e estilos de vida diferentes do cotidiano. É neste contexto que o turismo torna-se uma das

opções de lazer, entre outros. Segundo os autores do quadro abaixo, conceituam turismo

como:

Autor Conceito

Hermann Von Schullern Zu Schattenhofen

(1911)

“turismo é o conceito que compreende todos os processos, especialmente os econômicos, que se manifestam na chegada, na permanência e na saída do turista de um determinado município, pais, ou estado.”

(ARRILLAGA, 1976 apud BARRETTO, 1995, p.12)

“O turismo é o conjunto de deslocamentos voluntários e temporais determinados por causas alheias ao lucro; conjunto de bens, serviços e organização que determinam e tornam possíveis estes deslocamentos e as relações e fatos que entre aqueles e os viajantes têm lugar.”

De La Torre (1992, apud BARRETTO, 1995, p.13)

“O turismo é um fenômeno social que consiste no deslocamento voluntário e temporário de indivíduos ou grupos de pessoas que fundamentalmente por motivos de reação, descanso, lazer ou saúde saem do seu local de resistência habitual para outro, no qual não exercem nenhuma atividade lucrativa nem remunerada, gerando múltiplas inter-relações de importância social, econômica e cultural.”

(GLUCKSMAN apud BARRETTO, 1995,

p.09).

“um vencimento do espaço por pessoas que vão para um local no qual não têm residência fixa.”

(BORMAN apud BARRETTO, 1995, p.09) [...] “conjunto de viagens cujo objeto é o prazer ou por motivos comerciais ou profissionais ou outros análogos e durante os quais a ausência da residência habitual é temporária. Não são incluídas em turismo as viagens realizadas para ir ao local de trabalho”

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Barretto (1995, p.61) “O lazer passará a ser considerada uma

necessidade das pessoas para recompor suas forças de trabalho, e, ao longo do século, passará a ser também um bem de consumo, na medida em que serão criados equipamentos e atividades especificas para direcionar o lazer e haverá um mercado se consumo para este.”

Theobald (2002) “O turismo também se interelaciona com várias outras disciplinas como geografia, sociologia, economia, antropologia, planejamento, entre tantas outras, podendo ser estudado ou analisado dentro de vários enfoques, como ressalta.”

OMT – Organização Mundial de Turismo (apud IGNARRA, 2003, p.11)

“aceita a seguinte definição de turismo: “[...] o turismo engloba as atividades de pessoas que viajam e permanecem em lugares fora de seu ambiente usual durante não mais do que um ano consecutivo por prazer, negócios ou outros fins”.

É dentro do tempo livre que a pessoas tem o seu tempo de lazer. Tempo livre é todo o

tempo que resta entre o temo de trabalho e de necessidades básicas. Lazer é o estado de

espírito em que o ser humano se coloca, instintivamente, não deliberadamente, dentro do seu

tempo livre, em busca do lúdico, Atividades lúdicas são aquelas realizadas para fins de

entretenimento, alegria etc.

O turismo é constituído por um conjunto de prestações de serviço que tem grande

importância e através da sua história ganha mais aceitação devido a seu forte impacto na

economia mundial. Devido aos impactos também em questões socioculturais e ambientais,

cada vez mais pesquisas e estudos aparecem, ganhando mais espaço como disciplina

acadêmica.

Uma definição de grande amplitude sobre o turismo, de fácil compreensão e aceita por

todos, tornou-se tarefa difícil. A sua natureza ampla e o fato de a indústria do turismo

compreender vários setores do mercado, todos inter-relacionados são os dois fatores

principais que dificultam uma definição consensual.

Na maior parte das definições sobre o turismo, fica clara a imaturidade desse

fenômeno, já que não se define um conceito que esclareça a todos o grande campo que é o

turismo. Essa dificuldade se reflete também na busca e comparação de dados estatísticos

sobre o turismo, pos existem em alguns países definições diferentes sobre o fenômeno em si e

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vários termos técnicos como viagem, turista, entre outros. A busca de dados sobre tudo que

envolve a atividade turística e a comparação dos mesmos é de grande importância para

qualquer medida que se pretenda tomar para um melhor desenvolvimento dessa atividade. A

padronização mundial de conceitos e de termos técnicos é vista por alguns pesquisadores

desse fenômeno como de suma importância para se avaliar de fato os reais efeitos dessa

atividade em questões econômicas, sociais e ambientais (THEOBALD, 1998).

Em 1963 a ONU (Organização das Nações Unidas) organizou um congresso sobre

viagens internacionais e turismo que definiu o turista com o tremo “visitante” sendo distinto

em duas classes, a dos turistas, que permanecem pelo menos 24 horas no país visitado com

objetivos de lazer, negócios, família ou reunião, e a classe dos excursionistas que

permanecem menos de 24 horas no destino visitado e não pernoitando. Esse congresso tinha

como objetivo traçar um padrão de definições de alguns termos técnicos para se obter dados

mais concretos do turismo internacional, e também para o turismo doméstico, turismo

praticado dentro do país (THEOBALD, 2002).

Segundo Theobald (2002), a maior parte das nações adota ainda três elementos, tanto

para o turismo internacional como para o domestico, com o objetivo de se compilar dados

estatísticos através de um sistema padrão, que são o objetivo da viagem, que incluirá os

componentes principais das viagens realizadas, a distância da ida e volta, e a duração da

viagem, que discrimina os tipos de visitantes de acordo com o tempo de permanência no

destino visitado. Mas em todos os três elementos encontram-se divergências que dificultam a

padronização e assim resultados concretos.

Theobald, 1998, p.33 ressalta que:

[...] existem inúmeras áreas de destino que incluem apenas as viagens não obrigadas ou discricionárias para definir o turista [...] excluem de propósito as viagens realizadas exclusivamente para fins de negócios [...] as viagens de negócios freqüentemente se fundem em certa medida com as viagens de lazer.

O autor ainda ressalta que a idéia de distância percorrida acaba criando padrões

artificiais e arbitrários, pois em alguns países não são considerados os deslocamentos com

distância abaixo de 160 km e a duração da viagem acaba não considerando os dados dos

excursionistas, excluindo assim as viagens sem pernoite, que geram muitos negócios como

atrações, restaurantes e algumas empresas de recreação.

Mas para se entender a atividade turística, é necessário saber diferenciar entre fazer

turismo e aproveitá-lo como meio de vida. De um lado esta a procura, que é conjunto que irá

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utilizar os serviços e os recursos turísticos de um determinado local, e do outro está á oferta

que é toda a infra-estrutura de equipamentos, bens e serviços, recursos naturais e artificiais

que um núcleo receptor apresenta.

As definições de procura ou demanda podem ter varias perspectivas, sendo que na

economia será a relação da quantidade de qualquer produto ou serviço que as pessoas queiram

comprar. Na Psicologia o enfoque é totalmente em cima de questões de motivação

comportamental, e na geografia a definem como sendo o número total de pessoas que queiram

viajar com fins turísticos, utilizando os serviços turísticos.

As motivações são as causas que vão fazer com que o turista decida sua viagem.

Segundo Arrilaga as motivações podem ser definidas como “desejo por viajar; desejo de fazer

coisas que implicam uma viagem; desejo de viver novas experiências para quebrar a

monotonia; busca da felicidade” (ARRILLAGA apud BARRETTO, 1995, p.64). Segundo ele,

as motivações obedecem a ás necessidades de evasão, fugindo do cotidiano em geral, para

fins de descanso e terapêuticos, sendo que esta última implica o conceito de turismo que leva

em conta atividades exercida de livre e espontânea vontade.

Existem ainda os fatores determinantes que também influenciarão na decisão do

turista, podendo ter um resultado positivo ou negativo para a concretização da viagem.

Fatores como saúde, dinheiro disponível, informação sobre o lugar, distância entre o núcleo

emissor e o receptor, catástrofes naturais e artificiais, qualidade dos serviços que vão ser

procurados, preços entre tantos outros (BARRETTO, 1995).

2.2.2 Tipos de turismo

O turismo é um fenômeno de múltiplas faces, tanto como disciplina como setor da

indústria. Como setor da indústria necessita da demanda de um lado e a oferta do outro,

sofrendo inovações constantes em face da competitividade e das exigências do fluxo turístico.

Cada região tem sua peculiaridade e atrativos. Dentro desses fatores a demanda opta pelo tipo

de turismo que deseja buscar e a oferta de acordo com as potencialidades existentes em

determinada região, cria um mercado de serviços e bem de consumo para satisfazer essas

demanda.

Devido a essa troca é que cada vez mais o turismo está se segmentando, sendo de

grande importância para as empresas prestadoras de serviços definirem claramente o grupo de

consumidores para os quais elas pretendem oferecer seus produtos e serviços.

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2.2.2.1 Turismo de lazer

O turismo de lazer, geralmente muito procurado, é motivado pelo desejo de

recuperação da capacidade física e mental, pela necessidade de relaxar do cansaço e das

tensões provenientes do cotidiano do trabalho, tendo em vista seu objetivo, é geralmente

organizado em grupos de interesse, que são dinamizados por brincadeiras que favorece a

descontração, o humor e o relaxamento durante toda a viagem, seja nos meios de transporte,

de hospedagem ou nos restaurantes. É considerado o tipo preferido por jovens e pelo público

de terceira idade, mantidas sua diferença.

É o tipo de turismo que pode ser praticado, em qualquer lugar. Esses clientes mudam

constantemente de local, durante a viagem, em busca de novas paisagens, novas atrações.

Viajam de carro com a família ou participam de excursões organizadas por agencias de

viagens. Muitos querem conhecer vários lugares, ou mesmo países, numa só viagem. Assim,

exigem boa infra-estrutura: estradas confortáveis e seguras, divertimentos, bons hotéis,

restaurantes, serviços turísticos e possibilidade de fazer compras. Antes de definir o roteiro,

escolhem e selecionam os lugares para visitar em função do produto turístico que melhor

atenda a seus objetivos.

Para Joffre Dumazedier, (apud PAIVA, 1998, p.35), considerado o pai da sociologia

empírica do lazer, este abrange todas as ocupações ás qual o individuo pode se dedicar, após

se desobrigar das suas tarefas familiares, profissionais e sociais. A condição de liberdade de

optar pelo que fazer seria inerente ao lazer.

Devido a esses fatos, o turismo aparece dentro dos hábitos modernos, como um desejo

de evasão, sendo que, para converter-se em atividade, necessita de dois fatores determinantes:

a facilidade nas comunicações e a conquista social de um nível de vida mais elevado.

O turismo é uma atividade econômica que tem no território, na paisagem, no

patrimônio natural e cultural suas principais matérias-primas. Assim, não é possível

produzir turismo sem que haja direta ou indiretamente uma participação do poder

público.

Ignarra (1998, p. 125) diz que:

O papel do poder público pode, portanto, abranger inúmeras atividades, conforme o grau de intervenção que o estado possui na atividade econômica”. Entre estas atividades estão: a) planejamento do fomento da atividade; b) controle de qualidade do produto; c) promoção institucional da destinação; d) financiamento dos investimentos da iniciativa privada; e) capitação de recursos humanos;

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f) controle do uso e da conservação do patrimônio turístico; g) captação, tratamento e distribuição da informação turística; h) implantação e manutenção da infra-estrutura urbana básica; i) prestação de serviços de segurança pública; j) captação de investidores privados para o setor; k) desenvolvimento de campanhas de conscientização turística; l) apoio ao desenvolvimento de atividades culturais locais, tais como o artesanato, o folclore, a gastronomia típica, etc.; m) implantação e manutenção de infra-estrutura turística voltada para a população de baixa renda; n) implantação e operação de sistemas estatísticos de acompanhamento mercadológico.

O turismo de lazer é praticado por pessoas que viajam por prazer, sem muitas

pretensões. Deseja apenas conhecer novos locais, mudar de ambiente, descansar, rever

amigos, visitar parentes, curtir paisagem, sair em férias com a família (OLIVEIRA, 1998,

p.53).

2.2.2.2 Turismo de evento

O Turismo de eventos, é entendido como o deslocamento de pessoas com interesse em

participar de eventos focados no enriquecimento técnico, cientifico ou profissional, cultural

incluindo ainda o consumo. Tendo como principais sub-categoria o Turismo de congresso e o

Turismo de convenção. O turista deste segmento caracteriza-se pela sua efetiva presença

como ouvinte, “participante” ou palestrante em congressos, convenções, assembléias,

simpósios, seminários, reuniões, ciclos, sínodos, concílios, feiras, festivais, encontros

culturais entre outras tipologias de evento. Esta modalidade de Turismo pode ser sub-

categorizada observando a relação da tipologia de evento e o seu público alvo, entidade

organizadora ou finalidade.

Classificação

- Congresso: sub-categoria que tem como público membros de uma entidade de classe,

profissional, setorial de uma mesma área do conhecimento.

- Convenção: O público focado neste segmento é exclusivamente interno. Participantes de um

partido, empresa, religião com o objetivo de motivar, treinar, integração de grupos ou mesmo

lazer.

- Feira: Tendo caráter comercial focado comumente em um específico segmento de mercado

consumidor.

-Festival: Evento artístico cujo expectador é atraído por um estilo artístico podendo ser

musical ou mesmo literário.

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Para Oliveira (1998, p. 53), turismo de eventos é aquele praticado por quem deseja

participar de acontecimentos promovidos com o objetivo de discutir assuntos de interesse

comum (profissionais, entidades associativas, culturais, desportivas) ou para expor ou lançar

novos artigos no mercado, ou seja, é o deslocamento de pessoas para a participação de feiras,

congressos, exposições, jogos, competições, entre outros. As pessoas participam de eventos

para adquirir conhecimento, ampliar relacionamentos com pessoas e empresas na sua área de

interesse.

Entre os segmentos que mais crescem no turismo mundial, estão as celebrações. Países

e cidades competem vigorosamente por megaeventos como as Olimpíadas, a Copa do Mundo

e as Exportações Mundiais. O turismo de eventos conhecido também como festivais de

eventos é difundido em todo o mundo. As sociedades estão sempre desenvolvendo algum tipo

de evento, seja uma feira, um festival, um mercado, um desfile, uma celebração, um

aniversário, em evento esportivo ou um empreendimento beneficente.

Os eventos e festivais são uma parte importante do setor turístico. Eles podem servir

como uma ferramenta poderosa para atrair visitantes fora de temporada e criar uma imagem,

divulgando a região.

Os patrocínios têm se tornado um ingrediente essencial dos festivais e eventos. A

maioria dos eventos sejam locais, nacionais ou internacionais, teria dificuldade de existir sem

eles. O patrocínio acontece quando alguém fornece fundo ou contribuições em espécie aos

promotores de eventos

2.2.2.3 Turismo histórico-cultural e natural

Os aspectos histórico e natural são os atrativos turísticos responsáveis por atraírem os

turistas a visitarem um local. Até mesmo alguns viajantes a negócios irão aproveitar os

atrativos turísticos se estes estiverem á sua disposição. Para atingirem sucesso, os atrativos

precisam ser cuidadosamente planejados e gerenciados. Especialmente importante é a

interpretação imaginativa dos atrativos, o que se tornam informativos e interessantes aos

visitantes. Deste modo, o atrativo justifica-se economicamente, embora não financeiramente.

Por fim, os rendimentos diretos do atrativo, quase sempre originários das taxas de entrada

pagam pelos visitantes, e muitas vezes, de outras taxas pagas pelos empresários locais, podem

saldar muitos, se não todos, os custos operacionais e talvez os custos associados á expansão

futura as instalações.

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Técnicas de interpretação da natureza, histórico, e outros locais relacionados ao

patrimônio devem ser aplicados de modo imaginativo para educar os visitantes e tornar o

local mais interessante para eles. A interpretação de pontos do patrimônio tem apresentado

um alto desenvolvimento nos últimos anos e inclui técnicas muito variadas, como serviços de

guia convencionais, apresentações audiovisuais, shows de cor e de luz, exposições interativas,

reencenação de lugares e eventos históricos, além de placas informativas ao longo de

percursos autoguiados para caminhadas e muito outros.

De acordo com Goeldner (2002 p. 151) os atrativos relacionados ao patrimônio (como

os locais históricos), também atraem os que querem aprender mais sobre as civilizações

contemporâneas e aquelas desaparecidas há muito tempo, já os atrativos naturais diz que a

“mola propulsora” que leva as pessoas a viajar, para visitação de jardins botânicos,

zoológicos, montanhas e litorais como praias. Assim, essas maravilhas da natureza atraem

viajantes que gostam da beleza natural, recreação e inspiração que elas proporcionam.

Outros atrativos culturais para o turismo, como as artes dramáticas e visuais, o

artesanato, os trajes tradicionais, as cerimônias, os estilos de vida e de arquitetura precisam

ser adequadamente utilizados, interpretados e gerenciados. São também aspectos

significativos do patrimônio cultural de uma área que devem ser preservados em beneficio

dos seus residentes. Em muitos lugares, as tradições culturais estão sendo perdidas por causa

das influencias do desenvolvimento moderno em geral. Por serem atrativos para os turistas,

esses elementos culturais podem encontrar no turismo um importante veículo de revitalização

e conservação, geralmente de forma seletiva. Ao observarem que os turistas apreciam suas

tradições, é mais provável que os residentes renovem seu orgulho em relação á cultura e

apóiem a sua conservação.

As artes visuais e o artesanato é um atrativo importante para os turistas e podem ser

uma grande fonte de renda para os residentes da área turística, incluindo as pessoas que

moram em vilarejos e em áreas rurais. Deve-se traçar uma distinção entre os itens de

suvenires e as artes e os artesanatos verdadeiros, entendendo o papel de ambos no

desenvolvimento turístico. A autenticidade das artes locais deve ser preservada em termos de

utilização de desenhos, materiais e habilidades artesanais locais. No entanto, os desenhos

geralmente podem ser modificados para atender aos interesses dos turistas (GUIA DE

DESENVOLVIMENTO DO TURISMO SUSTENTÁVEL, 2003, p.76, p.77).

Já os atrativos culturais de vários tipos, proporcionam atrativos poderosos para

milhões de visitantes a cada ano. Há passeios na maioria das cidades, que dão acesso a suas

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atrações. Teatros, museus, prédios especiais, zoológicos, aquários, eventos culturais, festivais,

comercio e restaurantes são alguns dos atrativos.

A expressão turismo cultural possui conotação restritiva e abrange exclusivamente as

atividades que se efetuam através de deslocamentos para a satisfação de objetivos de encontro

com emoções artísticas, cientificas de formação e de informação nos diversos ramos

existentes, em decorrência das próprias riquezas da inteligência e da criatividade humana. O

turismo cultural, pois se efetua maneira diversa dos demais tipos de turismo, que geralmente

se caracterizam pela permanência da preocupação e das atividades que se traduzem em lazer,

repouso e descompromisso.

De acordo com Andrade (2000, p. 71):

As características básicas ou fundamentais do turismo cultural não se expressam pela viagem em si, mas por suas motivações, cujos alicerces se situam na disposição e no esforço de conhecer, pesquisas e analisar dados, obras ou fatos, sem suas variadas manifestações.

Convêm ressaltar que a motivação do turismo cultural depende mais dos turistas como

elementos ativos do que da cultura dos respectivos que eles visitam, pois a simples

oportunidade de constatação de realidades estranhas pode ser insuficiente para que elas se

tornem de fato, conhecidas. Além disso, os baixos níveis cultural, intelectual ou mesmo

mental se constituem em elementos impedientes de formação de repertório lógico, por causa

das dificuldades e das impossibilidades da transformação de estímulos e de realidades e idéias

coerentes e convenientes.

Então o turismo cultural é viajar, buscando conhecer a forma de vida de pessoas que

vivem em outra região ou país. Para Barretto (2001, p 21), “[...] turismo cultural seria aquele

que tem como objetivo conhecer os bens materiais e imateriais produzidos pelo homem”.

2.2.3 Sistema de turismo (SISTUR)

O Sistur é um modelo criado com o objetivo de organizar o plano de estudo do

turismo, sendo composto por: elementos ou unidades (componentes do sistema); relações

(troca entre os elementos, atrações de ligações); atributos (qualidades dos elementos e

consequentemente dos sistema); entrada (tudo que o sistema recebe); saída (produto final dos

processos); realimentação (processo de controle para manter o sistema em equilíbrio); modelo

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(representação do sistema e meio ambiente (todos os elementos que não fazem parte do

sistema, mas exercem influência sobre a operação dos mesmos).

A visão sistêmica do turismo tem no Sistema de Turismo – Sistur elaborado por Beni

(2004, p.42), o principal modelo organizacional da área, o qual tenciona em:

[...] situar o Turismo, em toda a sua abrangência, complexidade, multicausalidade, em um esquema sintetizado dinâmico que demonstre as combinações multifacetadas de forças e energia, sem em movimento, de modo a produzir um modelo referencial. O sistema aberto tem caráter independente por realizar trocar com meio em que circunda. Desta forma, não pode se expandir indefinidamente.

Os elementos do Sistur são divididos em conjuntos, sendo eles: o Conjunto das

Relações Ambientais (subsistemas ecológico, cultural, social e econômico), da Organização

Estrutural (superestrutural e infra-estrutura) e das Relações Ações Operacionais (mercado,

oferta, demanda, produção, distribuição e consumo). Estes elementos interagem para

disponibilizar o produto turístico.

O ambiente do Sistur está presente no conjunto das relações ambientais. Cada

subsistema deste conjunto, na sua concepção maior, está fora do sistema. Ao mesmo tempo,

os subsistemas, como antecedentes e controladores, influenciam o fenômeno do turismo,

estando dentro do sistema.

Para que haja turismo, é fundamental o deslocamento de pessoas, que se motivam em

função de atrativos e elementos complementares. Assim, Beni (2001) destaca os subsistemas

ecológico, cultural, social e econômico. O “subsistema ecológico” (recursos naturais) e o

“subsistema cultural” (técnicas, valores, crenças para lidar com o meio ambiente) são os

responsáveis pela atração de pessoas. Dessa forma, esses elementos são tidos como os mais

importantes do turismo, pois só haverá a atividade, se houver algo que atraia pessoas para

determinado local. “O subsistema social” é a relação que o homem estabelece com as coisas,

sendo exemplificado através do deslocamento das pessoas de um local para outro –

mobilidade – e a relação que ela mantém como turista, com a comunidade do destino e vice-

versa. O elemento “subsistema econômico” consiste nas relações diretas e indiretas, pelas

quais os homens chegam a dispor de uma gama de bens, capazes de satisfazer suas

necessidades e desejos.

Esse subsistema pertencente ao Conjunto de Relações Ambientais que são combinados

com o Conjunto da Organização Estrutural formado pela infra-estrutura obra que oferecem

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condições de habilitalidade para um local, e, consequentemente, para a atividade turística e

pela superestrutura (tanto a organização pública, quanto privado, que permitem harmonizar a

produção e a venda dos serviços do Sistur, através de políticas e ordenação jurídica

administrativa). Essa combinação é oferecida ao consumo, sendo imprescindível e análise

constante qualitativa da oferta, da demanda, do mercado (o que produzir para quem produzir e

como produzir), da produção (como formatar o produto turístico, a partir dos recursos

turísticos), da distribuição (como disponibilizar o produto ao consumidor) e do consumo

(comportamento do consumidor e o processo de decisão de compra). Assim, a análise

sistêmica é fundamental para assegurar a qualidade na atividade.

Como análise, controle e planejamento constantes da atividade buscam-se o equilíbrio

do sistema, através do melhor aproveitamento dos recursos de forma sustentável. Vale

ressaltar, que o melhor aproveitamento dos recursos, não é deixar de usá-los, pois, assim,

estes perderão o status de recursos. Prima-se pela utilização, buscando a satisfação das

necessidades humanas que são ilimitadas, em contraposição aos recursos que são limitados.

O conjunto de relações ambientais é formado pelo ambientes: Ecológico, Social,

Econômico e Cultural, os quais serão utilizados na análise deste contexto. Nos próximos

tópicos, segue a apresentação dos ambientes.

Figura 1 – Sistema do turismo – SISTUR

Fonte: Beni (2001)

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2.2.3.1 Subsistema ecológico

Segundo Beni (2004), o ambiente ecológico baseia-se na contemplação e no contato

com a natureza. Nele são analisados os fatores: espaço turístico natural e urbano e seu

planejamento territorial; atrativos turísticos e conseqüências do turismo sobre o meio

ambiente; preservação da flora, fauna e paisagens, compreendendo todas as funções variáveis

e regras de consistência de cada um desses fatores.

A configuração do turismo vêm se modificando ao longo dos anos. Nos anos de 1950

a 1970, a atividade era marcada pela massificação, épocas que os vôos charters, e os “pacotes

turísticos” conduziram milhares de pessoas ás partes mais remotas do planeta. Nos anos 80, a

prosperidade econômica dos paises desenvolvidos fez com que a boa parte da população

tivesse férias duas vezes ao ano e as mais diversas categorias profissionais tiveram acesso ás

viagens turísticas empreendidas em grupos ou isoladamente. (RUSCHMANN, 1997).

A mudança dos hábitos na vida das pessoas, além do aumento do tempo livre em suas

vidas, e a modernidade do transportes e meios de comunicação, faz com que estas busquem

novas alternativas, como escaladas, dormirem ao relento, fazerem caminhadas, banho de rios

e cachoeiras, mergulhos, descobertas de novos lugares e outras atividades consideradas

saudável. (BENI, 2004).

De acordo com Ruschmann (1997), o consumo pela natureza teve sua evolução, nas

últimas duas décadas, em função da “busca pelo verde” e da “fulga” dos tumultos dos grandes

conglomerados urbanos. Assim as pessoas procuram recuperar o equilíbrio psicológico em

contato com ambientes naturais.

De acordo com Kinker (2002):

[...] um dos aspectos deste crescimento expressivo pelo turismo de natureza está relacionado á procura por melhor qualidade de vida, onde o homem procura um espaço fora do urbano e do caos para se acalmar e ter alívio do estresse diário. O outro aspecto a ser considerado é o surgimento e o fortalecimento de uma ética ambiental.

As atividades turísticas desenvolvidas nos espaços rurais e campestres podem ser

beneficiais através do conhecimento obtido pela ciência ecológica permitindo seu

desenvolvimento permanente (BENI, 2004).

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O turismo sustentável é um conceito que procura conciliar os objetivos econômicos do

desenvolvimento turístico com a manutenção da base de recursos indispensáveis á sua

existência. As características naturais e culturais de uma região, bem como, na maioria dos

casos, as suas características sociais e comunitárias representam a oferta potencial do

território que o desenvolvimento turístico procura. Desta forma a atividade turística só será

eficiente e viável num médio e longo prazo a partir do momento que garantir que, os recursos

de que depende, serão mantidos e melhorados. (PÁRTIDARIO, 1998).

Segundo Pearce (1989 apud BENI, 2004), há medidas que contemplam o turismo

sustentável, sendo a maximização e otimização da distribuição dos benefícios do

desenvolvimento econômico, baseado no estabelecimento e na consolidação das condições de

segurança sob as quais são oferecidos os serviços turísticos para que os recursos naturais

sejam mantidos, restaurados e melhorados. Considerando as medidas:

Educação ambiental: Fundamental para a conservação das áreas receptoras do Turismo

ecológico, deve atingir tanto a população residente como os turistas a fim de preservar a

atividade turística e garantir a oportunidade de emprego.

Capacitação profissional: A preservação e a utilização dos atrativos naturais para o turismo

também dependem da formação dos guias especializados para orientar e acompanhar a

permanência dos turistas no espaço natural.

Estudo de impacto ambiental: Análise imprescindível para a conservação da integridade dos

recursos naturais de interesse turístico, realizada por equipes multidisciplinares.

- Capacidade de carga. Número máximo anual de visitantes que o atrativo turístico natural

pode suportar sem sofrer alterações, considerando-se equilíbrio dinâmico entre ambiente,

quantidades de turistas e qualidades nos serviços instalados.

- Plano de manejo. Conjunto de normas de uso de uma área de interesse turístico e de gestão

de seus recursos ou atrativos. O plano de manejo, em harmonia com a implantação e a

administração da área, deve garantir sua proteção e aproveitamento de acordo com os

objetivos preservacionistas e conservacionistas.

- Controle ambiental. Todos os projetos, programas e empreendimento do turismo ecológico

devem ser fiscalizados tanto pelo agente público quanto pelas organizações não

governamentais.

Beni (2004) apoiar a idéia, na qual o crescimento do setor turístico ocorre em função

de uma série de variáveis, uma das quais é a capacidade de suportes do ecossistemas naturais.

Sendo que muitas vezes, a possibilidade de crescimento está atrelada á disponibilidade

qualitativa dos recursos naturais e não a quantitativa.

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2.2.3.2 Subsistema econômico

Nos sistemas econômicos, para Beni (2004), o homem destaca-se como sua

capacidade de trabalho, de organizar processos produtivos, realizar a distribuição e fazer o

intercâmbio nos meios materiais de vida na sociedade.

Visto como atividade econômica, o turismo compreende uma serie de serviços que são

oferecidos aos viajantes, que se desloca de sua cidade de origem e permanece em outra

destinação por motivos profissionais, férias, negócios, atividades esportivas, de saúde,

assuntos de família, culturais, ou qualquer outra razão. Para Beni (2004, p. 64) o turismo na

esfera econômica:

Analisa as alternativas de utilização dos recursos existentes para a produção turística nos destinos turísticos, a distribuição e circulação de renda gerada pela atividade e como por que se processam os períodos de expansão e retração dos fluxos nacionais e internacionais de turistas. Estuda, também, por um lado à lógica do comportamento econômico dos viajantes (a decisão de viajar, o deslocamento, a hospedagem, a realização dos motivos de viagem, a permanência dos gastos) e, por outro, o comportamento das empresas e agentes públicos que operam na localidade emissoras e receptoras. (BENI, 2004, p.24).

A atividade turística provoca, indiretamente, acentuada repercussões econômicas em

outras atividades produtivas através do efeito multiplicador. Para Lemos (1999), o efeito

multiplicador na atividade turística acontece quando há uma relação de compra e venda

entres os agentes econômicos. Com isso Fernandes e Coelho (2002), consideram que os

efeitos multiplicadores da renda, produção empregos são determinados pelo consumo de bens

e serviços.

Lage e Milone (2001, p.91), definem estes multiplicadores como sendo:

- Multiplicador de produção; relata o montante de produção adicional gerada na economia como conseqüência de um aumento no gasto turístico. - Multiplicador de renda; pode ser entendida como a mensuração da renda a adicional gerada na economia devido ao aumento no gasto turístico. - Multiplicador de empregos; mede o montante total de empregos criados em conseqüências de uma unidade adicional de gasto turístico.

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Nas atividades empresarias, os efeitos econômicos da atividade turística apresentam

por meio de investimentos realizados nas destinações, não apenas para atender os turistas, mas

também outros setores.

Os investimentos diretos na atividade relacionam-se com a construção de hotéis,

equipamentos de lazer e de entretenimento, restaurantes, centro de convenções, etc.

(RUSCHMANN, 1997).

Os impactos econômicos provocados pelo turismo podem ser caracterizados através do

turismo internacional e do turismo interno. O turismo internacional é uma exportação

invisível, no sentido que cria um fluxo de moeda estrangeira para economia de um país de

destino, e com isso contribui diretamente para a situação da balança de pagamentos. No

turismo interno redistribui espacialmente a moeda dentro de um país. (Archer e Cooper,

2001).

Palomo (1979, p.190 apud RUSCHMANN 1997), aponta os seguintes impactos

positivos para as populações receptoras: Incremento da renda dos habitantes; elevação dos

níveis cultural e profissional da população; expansão do setor da construção; industrialização

básica na economia regional; modificação positiva da estrutura econômica e social; atração de

mão-de-obra de outras localidades.

Os impactos negativos são apontados por Ruschmann (1997) são os seguintes:

- instabilidade da demanda turística, que pode, tanto comparecer em massa uma

destinação ou deixar de visitá-la em função de mudança política, moedas, preços, renda, entre

outras.

- A inflação e especulação imobiliária se caracterizam pelo aumento dos preços dos

produtos comercializados nas destinações, bem como pela valorização excessiva de terrenos,

dos preços de residências ou de aluguéis.

- A sazonalidade da demanda turística, que se caracteriza pela concentração de turistas

em certas localidades, em determinadas épocas do ano, e por sua ausência quase total em

outras, provoca transtornos e efeitos econômicos negativos nas localidades receptoras.

2.2.3.3 Subsistema social

As mudanças na sociedade fazem com que as ciências sociais busquem novos

paradigmas para explicar o novo processo de estruturação da sociedade global (BENI, 2004).

Diante do contexto globalizado, o turismo destaca-se como uma possibilidade de

participação que poderá levar ao desenvolvimento local, em contraposição ao

desenvolvimento globalizado (CORIOLABO, 1998).

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A mobilidade humana, segundo Beni (2004), deu ao mundo uma nova fisionomia, na

qual acarreta novas formas de vida, que modificam linhas conservadoras de pensamento. A

mobilidade põe em contato muitas pessoas, amplia e enriquece as maneiras de pensar e de

atuar, expandindo o acervo cultural. O turismo esta intrinsecamente ligada á mobilidade por

se influenciarem mutuamente.

Os impactos gerados pelo turismo através desta mobilidade social acarretam impacto

ás comunidades receptores. Conforme Doxey (apud RUSCHMANN, 1997), ocorrem cinco

estágios da crescente desilusão de uma comunidade receptora com a atividade turística.

- Estágio Inicial – Euforia com o desenvolvimento turístico. Há satisfação mútua quando a

população recebe o turista, isso, em função das oportunidades de empregos, negócios e lucro

que aumentam com o fluxo de turistas.

- Segunda Fase – Apatia com a consolidação da atividade. A rentabilidade do setor passa a ser

garantida e, o turista e considerado um meio para atingir esta segurança de renda, tornando os

contatos humanos mais formais que o estágio anterior.

- Terceira Fase – Irritação. Ocorre quando a atividade turística passa a atingir níveis de

saturação ou quando a localidade não tem capacidade de atender a demanda excessiva.

- Quarta Fase – Antagonismo. Os moradores passam a responsabilizar os turistas por todas as

mazelas existentes na localidade. Neste estágio, o turista passa a ser hostilizado pela

população.

- Quinta Fase – A população conscientiza-se de que as mudanças ocorrem, e que terá que se

habituar a elas, pois seu ecossistema não voltará a ser como era antes do avento do turismo.

Segundo Archer e Cooper (2001), não há pesquisas suficientes para esclarecer os

efeitos colaterais do desenvolvimento do turismo nas comunidades. Porém, entre os impactos

sociais, os autores apóiam que, em casos extremos, a população local pode ser impedida de

desfrutar das instalações naturais da sua proporias região.

Como aspectos positivos, a comunidade local pode ser impulsionada a trabalhar

arduamente para atingir os mesmos níveis educacionais, a fim de atingirem hábitos de

consumo e modo de vida semelhante aos dos turistas. Esse chamando de “efeito

confrontação” poderá ter o efeito contrario, gerando frustração pela dificuldade de atingir os

níveis de satisfação desejados. (ARCHER; COOPER, 2001).

2.2.3.4 Subsistema cultural

Para Lugo (1991 apud RUSCHMANN, 1997, p.50), os fatores que originam a cultura

de um povo constituem-se:

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De posicionamento geográfico, de seu lugar na historia, da época e das condições de encontro com outras culturas, e das organizações culturais previamente existentes. O homem é seu criador e transmissor formal ou informal, considerando sua posição na comunidade e o contexto da mesma.

Para Beni (2004, p. 88) é necessário considerar que não existe apenas uma cultura

tendo como cultural o “conjunto de crenças, valores e técnica para lidar com o meio ambiente,

compartilhando entre o contemporâneo e transmitido de geração a geração”.

Segundo este autor, o chamado turismo cultural se desdobra em diversos títulos como:

ecológico, antropológico, religioso, arqueológico, artístico, arqueoteosófico, entre outros.

Sessa (1968 apud BENI, 2004), afirma que o turismo traz a contribuição direta para a

população visitada, através de sua própria experiência cultural ao mesmo tempo em que

adquire os valores culturais da localidade onde está visitando. Huntziker e Krapf (apud BENI,

2001): “sem cultura não há turismo”.

Sessa (apud BENI, 2001): “o turismo traz uma dupla contribuição – direta, como

resultado de uma experiência cultural que enriquece a população visitada e visitante com a

aquisição dos valores que ambas possuem; indireta, que consiste no planejamento (antes da

viagem) e na verificação natural de pontos de dúvida entre o turista e o estrangeiro”.

O turismo atua como instrumento de reabilitação e valorização das heranças culturais,

quando estimula através da demanda dos turistas pelos valores culturais.

Segundo Ruschmann (1997) os impactos culturais favoráveis são os seguintes:

valorização do artesanato; valorização da herança cultural e orgulho étnico, e, valorização e

preservação do patrimônio histórico. Enquanto os desfavoráveis são: descaracterização do

artesanato, vulgarização das manifestações tradicionais, arrogância cultural, e, destruição do

patrimônio histórico.

Wainberg (2002, p.54) destaca a importância do turismo como meio de cultural, em

“decorrência do massivo fluxo de viajantes, o turismo revela-se de fato como o cenário de

interlocução intercultural de maior porte do mundo”.

2.3 Planejamento turístico

O planejamento é uma atividade que envolve a intenção de estabelecer condições

favoráveis para alcançar objetivos propostos. Ele tem por objetivo o aprovisionamento de

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facilidades e serviços para que uma comunidade atenda seus desejos e necessidades ou, então,

o “desenvolvimento de estratégias que permitam a uma organização comercial visualizar

oportunidades de lucro em determinados segmentos de mercado” Harry e Spink 1990, p.33

(apud Ruschmann 1997, p. 83).

O planejamento turístico é um processo que analisa a atividade turística de um

determinado espaço geográfico, diagnosticando seu desenvolvimento e fixado um modelo de

atuação, mediante o estabelecimento de metas, objetivos, estratégias e diretrizes elaboradas

por profissionais da área – Bacharel em Turismo – pretendendo impulsionar e integrar o

turismo ao conjunto macroeconômico em que está inserido.

Ao utilizar o processo de planejamento em uma localidade, tem que haver a integração

dos órgãos públicos e privados e a comunidade.

Entende-se o planejamento como:

“um processo que consiste em determinar os objetivos de trabalho, ordenar os recursos materiais e humanos disponíveis, determinar os métodos e as técnicas aplicáveis estabelecer as formas de organização e expor com precisão todas as especificações necessárias para que a conduta da pessoa ou do grupo de pessoas que atuarão na execução dos trabalhos seja racionalmente direcionada para alcançar os resultados pretendidos” (ESTOL; ALBUQUERQUE apud RUSCHMANN, 1997, p.84).

No turismo, o plano de desenvolvimento constitui o instrumento fundamental na

determinação e seleção das prioridades para a evolução harmoniosa da atividade,

determinando suas dimensões ideais, para que, a partir daí, possa-se estimular, regular ou

restringir sua evolução.

Genericamente, os objetivos do planejamento conduzem a mudanças estruturais de

realidades existentes, visando, geralmente, ao crescimento econômico acelerado. Os objetivos

básicos indicam “aonde” se quer chegar e são expressos em termos qualitativos. No

planejamento econômico, e muitas vezes no turístico, os planos sofrem grandes influencia

política. Os objetivos do planejamento turístico podem envolver localidades, regiões, países e

até continentes, e envolvem tanto órgãos públicos e empresas privadas desse ramo de

atividade, como também fatores influenciadores em todos os níveis Bound e Bovy (1977, p.

133 apud (RUSCHMANN, 1997 p.85)

Para Petrocchi (1998), planejamento é a definição de um futuro desejado e de todas as

providências necessárias a sua materialização.

O planejamento turístico é um processo que analisa a atividade turística de um

determinado espaço, criando um diagnóstico em relação ao seu desenvolvimento e em

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conseqüência disto fixa um modelo que atua mediante metas, objetivos, estratégias e

diretrizes com as quais se necessita impulsionar, coordenar e integrar o turismo ao conjunto

econômico que está inserido. O diagnóstico encaminha para a sistematização de um acúmulo

de informações quantitativas sobre a situação atual e sua tendência, é através do diagnostico

que se procura saber com precisão o que está efetivamente ocorrendo, por que ocorrem assim,

que obstáculos impedem que ocorra melhor, como melhorar as coisas, que esforço exigiria um

crescimento mais rápido, quais as implicações políticas e como poderia modificar a

distribuição atual dos frutos desse crescimento.

De acordo com Ruschman (1997, p.160):

O diagnóstico descreve a situação atual da destinação com base nos fatos, nas estatísticas no seu histórico, obtida pelo inventário. Ele depende da amplitude do estudo, do tipo do turismo e do local onde ocorre. O fator mais importante do diagnostico reside na apresentação de uma visão analítica do fenômeno turístico na localidade, das variáveis que a determinam e das relações mais importantes.

O planejamento turístico, visando à integração de seus fatores de desenvolvimento,

surgiu como conseqüência e reação aos planos excessivamente voltados para aspectos

específicos como o econômico e o físico. O reconhecimento da amplitude do fenômeno e a

abrangência dos fatores, além de caractere interdisciplinar e convergente na atividade,

tomaram imprescindível o planejamento integrado nas localidades receptoras. E ele tem por

objetivo o desenvolvimento coerente dos elementos físicos, econômicos, sociais, culturais,

técnicos e ambientais, para satisfação de turistas e empresários, e deve, necessariamente, estar

inserido em uma política global, empreendida pelo governo.

A importância que se dá atualmente ao planejamento da atividade turística se vê

refletida no número de planos turísticos que foram realizados nos últimos anos. Como

apontou Pearce (1989), a OMT (2001) inventariou cerca de 1.600 planos turísticos, e 1980,

em diferentes níveis: internacional, nacional, regional e local. Ainda que a falta de

financiamento, de pessoal formado, de informação adequada, de legislação vigente, etc.

impeçam a aplicação e a concretização de um terço dos 1.600 planos. Apesar disso, o

reconhecimento da importância de planeja o desenvolvimento turístico se estendeu

consideravelmente durante as últimas décadas.

O planejamento turístico compreende várias etapas, segundo Petrocchi (1998):

- Inventário do patrimônio turístico: são levantamento de todo os recursos que têm algum tipo

de interferência na atividade, como já visto;

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- Diagnóstico turístico: é uma análise do inventário, uma posição técnica sobre a realidade

atual;

- Prognóstico: é uma suposição com base nas analises realizadas, é a visualização da realidade

futura;

- Estabelecimento de objetivos e metas: é o caminho necessário para se alcançar a realidade

futura almejada;

- Elaboração de plano de Desenvolvimento Turístico (PDT): que é composto de programa

(objetivos genéricos por temas, como por exemplo, o Programa de Conscientização Turística)

e de projetos que são as ações dos programas, como, por exemplo, no Programa de

Conscientização Turística, entre seus vários projetos, existir o projeto de Cartilhas Escolares

de Turismo;

- Implantação do PDT: é a operacionalização dos projetos e programas propostos;

- Acompanhamento do processo de implantação: que é o prazo necessário para que as ações

propostas sejam corretamente desenvolvidas, até serem totalmente absorvidas pela

comunidade.

2.3.1 Sazonalidade

As épocas das temporadas ou as estações altas ou mais aprazíveis do ano, cada qual

com suas características próprias, também se constituem em fatores importantes de

influencias no volume e na qualidade da demanda turística.

As condições climáticas favoráveis e as épocas reservadas às férias escolares (quando

as famílias, em geral, podem viajar completas) tanto quanto os feriados prolongados e os fins

de semana concentram os grandes fluxos de demanda que, nas demais épocas e circunstâncias

do ano, costumam diminuir de forma muito sensível.

A sazonalidade da demanda turística, que se caracteriza pela concentração de turistas em certas localidades e determinadas épocas do ano e por sua ausência quase total em outras provoca transtornos e efeitos econômicos negativos consideráveis nas localidades receptoras. (RUSCHMANN, 1997, p. 45)

As regiões tropicais quase não sofrem este problema: desconhecem inverno rigoroso e

outras severas alterações climáticas, que dificultam ou mesmo chegam a impedir melhor

aproveitamento do ar livre. Mas as regiões tropicais conhecem outros problemas com a

realidade sazonal e alguma circunstancia que causam declínio de fluxo turístico. Por isso, nos

trópicos e fora deles, devem ser criadas estratégias de mercado para garantir ocupação

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lucrativa dos recursos turísticos, que sem demanda suficientemente compensadora, sofrem

maiores prejuízos que trabalhando a preços mínimos necessários.

Como todos os demais empreendimentos que se dedicam à exploração ou

comercialização de bens e serviços que não são de primeira necessidade, o turismo não possui

demanda rígida permanente ou com periodicidade regular. Por isso, em todas as partes do

mundo, o fenômeno apresenta seus picos de maior rentabilidade ou de rentabilidade ideal, á

época das férias escolares ou de férias coletivas de classes trabalhadoras, que congregam

número significativo de pessoas que habitam o mesmo centro urbano ou a mesma região.

A sazonalidade da demanda turística, que se caracteriza pela concentração de turistas

em certas localidades em determinadas épocas do ano e por sua ausência quase total em

outras, provoca transtornos e efeitos econômicos negativos consideráveis nas localidades

receptoras.

Muitos hotéis chegam a fechar na chamada “baixa estação”, outros se mantêm com

índices de ocupação extremamente baixos, o que compromete sua rentabilidade, contribuído

também para o desemprego nessas épocas do ano.

2.3.2 Pacotes turísticos

A atividade turística enfoca predominantemente as viagens e os aspectos delas

decorrentes. As pessoas são motivadas a viajar, principalmente em busca de lazer, descanso,

sair da rotina, entre outros estímulos que as levam a procurar locais de interesse, chamados de

atrativos turísticos. Este deslocamento e permanência fora de seu local de residência geram a

necessidade de uma série de serviços e infra-estruturas.

As relações entre todos estes elementos, o espaço em que eles ocorrem e os efeitos

positivos e negativos que eles provocam fazem parte da complexidade do fenômeno turístico.

Tem-se normalmente utilizados nos estudos de turismo, adaptado do Ministério do

Turismo (BRASIL, 2005, p. 03) e de Boullión (2002, p. 39-41):

- Demanda turística - refere-se aos turistas que visitam uma região, país, zona, centro

turístico ou atrativo. É quantificada e analisada conforme seu perfil, preferências, e, na sua

relação com os centros receptores pode ser identificada como real, potencial, futura, histórica,

entre outras classificações;

- Atrativo turístico - local, objeto, equipamento, pessoa, fenômeno, evento ou manifestação

capaz de motivar o deslocamento de pessoas para conhecê-los;

- Serviços e equipamentos turísticos - conjunto de serviços, edificações e instalações

indispensáveis ao desenvolvimento da atividade turística. Compreendem os serviços e os

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equipamentos de hospedagem, alimentação, agenciamento, transporte, para eventos, de lazer

etc;

- Infra-estrutura de apoio ao turismo - conjunto de obras, de estrutura física, equipamentos

e serviços que proporciona boas condições de vida para a comunidade e dá base para o

desenvolvimento da atividade turística. Ex.: transporte, energia elétrica, abastecimento de

água, escolas etc;

- Oferta turística - conjunto de atrativos, serviços, equipamentos turísticos e infra-estrutura

de apoio ao turismo;

- Destino turístico - local, cidade, região, ou país, para onde se movimentam os fluxos

turísticos;

- Produto turístico - conjunto de atrativos, equipamentos e serviços turísticos acrescidos de

facilidades, ofertado de forma organizada por um determinado preço.

Roteiro da forma pertinente ao estudo de caso compreende vários atrativos dispostos

num determinado espaço, interligados por vias de acesso, normalmente sinalizadas de forma a

prestar orientações ao visitante.

Dentro da nomenclatura freqüentemente utilizada pelas agências de viagens, roteiro é

a designação dada à programação de uma viagem, responsável por ordenar e descrever os

locais a serem visitados e as atividades previstas dentro de um pacote turístico.

Para o Ministério do Turismo, o roteiro turístico é considerado um “itinerário

caracterizado por um ou mais elementos que lhe conferem identidade”, sendo “definido e

estruturado para fins de planejamento, gestão, promoção e comercialização turística”

(BRASIL, 2005. p. 03).

Esta definição de roteiro turístico deve ser compreendida dentro do contexto do

Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil, o qual apresenta a “roteirização

turístico” como uma diretriz operacional que visa à criação de novos produtos turísticos com

qualidade e, a ampliação, a diversificação e qualificação dos já existentes, contribuindo para o

objetivo do programa de regionalizar a oferta turística (BRASIL, 2005).

A regionalização é entendida como “a organização de um espaço geográfico em

regiões para fins de planejamento, gestão, promoção e comercialização integrada e

compartilhada da atividade turística” (BRASIL, 2004, p. 11). A região turística é definida

como um “espaço geográfico que apresenta características e potencialidades similares e

complementares, capazes de serem articuladas e que definem um território”. Ela pode ser

constituída por municípios, distritos e áreas de um ou mais estados ou países, não estando

vinculada aos limites geopolíticos preestabelecidos no país. Deve ser entendida

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diferentemente das macrorregiões brasileiras (Norte, Nordeste, Sul, Sudeste, Centro-Oeste)

(BRASIL, 2005, p. 03).

O programa prevê a integração entre as diversas esferas do poder público e da

sociedade civil, pois exige um esforço no sentido de construir coletivamente um novo modelo

de gestão de política pública descentralizada, coordenada e integrada.

A diretriz ‘Roteirização Turística’, é dirigida ao poder público, à iniciativa privada e à

comunidade, oferecendo orientações para a constituição de roteiros turísticos. Tais

orientações subsidiam a integração de atrativos, equipamentos, serviços turísticos e infra-

estrutura de apoio ao turismo (BRASIL, 2005, p. 01).

O programa enfatiza a finalidade mercadológica do processo de roteirização a ser

efetivado por meio da inserção de produtos diferenciados nos mercados nacional e

internacional, destacando a importância de um Plano de Marketing. A roteirização é

considerada como “o processo que estrutura a oferta de uma região, em um produto rentável e

comercialmente viável” (BRASIL, 2005, p. 05).

Associando este conceito com a idéia de região turística, prevê-se que um roteiro

turístico deverá ser planejado para que se torne um produto turístico, o qual pode estar

inserido dento de uma região turística entre outros produtos que façam parte dela.

O roteiro é um facilitador no momento de organizar a oferta turística e divulgá-la ao

público e às agências que vão comercializá-la. É uma forma de priorizar e direcionar

investimentos em infra-estrutura e serviços em um determinado espaço, por parte dos

promotores da atividade turística de um município, estado ou região, auxiliando como

instrumento de planejamento turístico.

Portanto a finalidade principal de um roteiro é a organização da oferta turística que

promove, envolvendo os atrativos como foco principal.

Os pacotes turísticos permitem que se obtenham viagens econômicas através da

redução de custos obtidas pela padronização. Juntem-se a isso as facilidades de pagamento e

poderemos entender porque os pacotes turísticos nacionais e internacionais tem se tornado a

principal opção para as viagens de lazer (BRASIL, 2005, p.08).

Os mecanismos de decisão de compra de uma viagem para um destino turístico são

complexos e desenvolvem-se segundo fases que dependem de vários fatores, os mais

importantes são: qualidade da oferta; sistema de divulgação; campanha de promoção;

distribuição do material promocional; comercialização do produto turístico oferecido pelo

local; comportamento das pessoas; idade das pessoas; capacidade financeira dos viajantes;

nível cultural; motivações; objetivo da viagem; imagens concebidas sobre os destinos;

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temperatura – verão, inverno, sol calor; hospitalidade (população receptiva, simpatia);

conforto; segurança; beleza da paisagem; simpatia dos profissionais do turismo local

(acolhimento); boa gastronomia – restaurantes qualificados; animação; preço trafega seguro e

organizado (BRASIL, 2005, p.17).

Algumas pessoas acham que organizar uma viagem é complicado, não se sentem

seguras em fazê-lo, acham que dá muito trabalho. Nesse caso, uma das opções existentes para

viajar é a aquisição de um pacote turístico, que normalmente inclui, por um preço fixo,

passagens, hospedagem e traslados, sendo que em alguns casos inclui também alguns

passeios. Porém, Rodrigues (2000, p.54) diz que antes de optar por um pacote, você deve

lembrar que “hospedagem em apartamento duplo” anunciado pelas agências não significa que

o preço inclua hospedagem para duas pessoas, mas sim que esse é o preço individual num

quarto para dois.

De acordo com Rodrigues (2000, p.55):

Para saber se o pacote vale a pena, o ponto de vista financeiro, compare o preço dos itens que ele inclui com a estimativa de preço da viagem por conta própria, fazendo o calculo por pessoa. Se você for viajar por conta própria, considere, por exemplo, que um quarto de hotel para dois é quase o mesmo preço de um quarto para um.

Independentemente da questão do preço, que terá de ser analisada caso a caso, as

vantagens de um pacote são praticidade (já está tudo organizado, reservado etc., sem você

precisar se mexer) e segurança para quem não está acostumado a viajar para o exterior.

A principal desvantagem é a falta de liberdade: comprando um pacote, se você não

estiver contente com o hotel, não é possível mudar para outro, nem alterar as datas de partida

e retorno. Rodrigues (2000, p.78), ainda diz que “não existem pacotes prontos para todos os

lugares do mundo, mas nada impede que você solicite ao seu agente de viagens que reserve

todos os vôos e hotéis do jeito que você quiser; isso nada mais é do que um pacote á la

carte!”. 2.4 Marketing turístico

O turismo é um produto intangível que depende muito do marketing para que possa

aproximar produtores de consumidores, ainda mais se considerando que o consumidor está

distante do produtor.

Marketing, segundo Kotler (2000, p.30) é o:

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Processo social por meio do quais pessoas e grupos de pessoas obtém aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros.

O objetivo do marketing é tornar a venda supérflua. É conhecer e compreender o

cliente muito bem, de modo que o produto ou serviço se ajuste a esse cliente e a venda

aconteça por si própria.

Os conceitos de necessidades e de desejos no turismo acabam se confundindo. O

conceito de necessidade é daquilo que é fundamental para a sobrevivência do consumidor,

enquanto o desejo está mais ligado a fatores psicológicos. No caso do turismo, pode-se falar

em necessidade, quando estamos tratando obviamente de viagens por obrigação (para

negócios, para tratamento de saúde, para estudar, etc.), mas também quando estamos tratando

de viagens de lazer.

Já Trigueiro (1999, p.11) estabelece marketing como:

Conjunto de atividades que uma organização planeja, implanta e controla orientada para atender ás necessidades de indivíduos ou grupos de indivíduos ou de outras organizações, oferecendo-lhe produtos ou serviços. A finalidade é, portanto, atingir os objetivos organizacionais por meio da satisfação dos clientes.

No momento em que um produto turístico é promovido como fundamental para o

status de uma pessoa estaria sendo criada uma necessidade. Na verdade o marketing desperta

desejo.

O marketing turístico possui algumas especificidades. A promoção de vendas no

turismo é complexa, considerando-se que o produto turístico não pode ser transportado até o

consumidor. É o consumidor que tem que ser atraído para o produto turístico.

Para isso são necessários vários elementos que permitam convencer um consumidor a

escolher uma destinação turística. Primeiramente o produto turístico deve contar com material

promocional que possibilite vender ao comprador a imagem deste produto, este material tem

duas funções básicas: motivar e informar.

O turista, na maior parte das vezes, primeiro escolhe o local para viajar para depois

escolher o hotel aonde se hospedar. Assim, não adianta o hotel promover seu produto se o

comprador não esta motivado para a localidade turística. Da mesma forma, uma localidade

turística não pode promover exclusivamente seu potencial de atrativos turísticos sem

promover os serviços turísticos disponíveis nessa destinação.

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Para atender á segunda função do material promocional é preciso levar em conta que o

turista, na maior parte das vezes, procura uma destinação completamente desconhecida por

ele, significando a necessidade de uma infinidade de informações.

Segundo Kotler (2000, p.77) Um material informativo de turismo deve conter

informações tais como:

- Atrativos naturais; atrativos culturais; calendário de eventos; hotéis; restaurante; locadora de

veículos; estruturas de entretenimento; localização de bancos; serviços médicos; locais de

comercio de artesanato e produtos típicos.

O material promocional tem que ser distribuído antes da decisão de compras do turista,

ele tem que ser diferenciado quando se destina ao público consumidor e quando se destina ao

público profissional.

Outro elemento do composto promocional é a propaganda. O turismo depende muito

dos investimentos em propaganda que pode ser feita através de vários veículos: jornais,

revistas, rádio, televisão, cinema, outdoors, Internet, painéis eletrônicos, etc. A propaganda

deve ser direcionada para o público alvo do produto a ser promovido.

Grande parte da propaganda boca-a-boca de uma empresa e seus produtos/serviços

está sob seu próprio controle. Uma organização pode tomar atitudes que façam com que essa

propaganda trabalhe a seu favor. Esse esforço pode ter um potencial enorme, pois a

propaganda de boca é diferente das outras formas de comunicação. No entanto, ela pode ferir

a imagem de uma empresa já que as mensagens da propaganda de boca ficam na mente das

pessoas.

Conforme Ignarra (1998, p.91) “de todos os meios de propaganda que o turismo pode

se utilizar o mais eficiente é o da propaganda boca a boca”.

Uma forma de propaganda, também bem eficiente no turismo, é o

merchandising,significa a promoção de vendas nos pontos de venda.

O marketing turístico é notório que seus maiores esforços estão nos turista e na

possibilidade de aumento nas receitas e imagem do estabelecimento com a sua presença. Com

as constantes mudanças no Mercado, cabe a organização fazem um estudo dos aspectos que

podem modificar ou prejudicar o setor e de como elevar o número dos turistas.

Segundo Cobra e Rangel (apud SERSON, 2000), o sucesso, em qualquer ramo de

negócios, depende do grau de relacionamento de uma empresa com seus clientes. Quando um

funcionário demonstra boa vontade para com o hóspede, orientando-o a respeito à relação

com este, aumentando o grau de confiança e proporcionando um reforço na fidelidade que

levará o cliente a utilizar os serviços dessa empresa sempre que necessitar.

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Com o grau de confiabilidade reforçado a organização acaba por ganhar um poderoso

agente de propagada, pois esse consumidor irá recomendá-lo a seus conhecidos e amigos para

que conheçam determinado lugar em suas viagens.

A política de vendas no setor de turismo é um elemento fundamental e ao mesmo

tempo complexo. Como, via de regra, o consumidor de turismo esta muito distante do

produtor, a distribuição dos produtos é mais complexa.

A política de vendas é composta pela equipe de vendedores, pelos canais de

distribuição e pelos pontos de venda.

Uma empresa turística, ou mesmo uma destinação turística, depende de um trabalho de

visita ao cliente para a oferta de seus produtos. Este trabalho se torna mais complexo na

medida em que o vendedor não pode apresentar uma amostra grátis do produto para o

potencial comprador.

Outro elemento do composto promocional é o trabalho de relações publicas, pode

compreender uma infinidade de ações. Entre elas pode-se citar a organização de fam trips, que

é uma forma reduzida de familiarization trip, ou seja, viagem de familiarização.

Deve-se fazer algumas divulgações em forma de propaganda eficiente para atrair os

turistas, neste caso elaboração dos seguintes produtos: folder do pacote turístico para melhor

apreciação dos turistas em toda a região, anúncios: jornal, rádio e no site do próprio hotel. As

distribuições e anúncios serão elaborados no período de melhor tempo e satisfazer a todos.

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3 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA SITUAÇÃO ATUAL

3.1 Laguna 1 Fundada em 1676, Laguna serviu como posto avançado da Coroa Portuguesa, utilizada

como ponto estratégico de apoio para o desbravamento da região sul, como local de

resistência nos conflitos existentes entre Portugal e Espanha pela posse do território não

explorado. Seu fundador, Domingos de Brito Peixoto, lançou as bases de um povoamento que

seria no futuro cenário de importantes acontecimentos da história brasileira.

Tendo alcançado projeção na Guerra dos Farrapos, onde abraçou o ideal republicano,

foi em Laguna que se instituiu pela segunda vez, em território brasileiro, uma república,

chamada de República Catarinense ou Juliana. Embora de curta duração, pois logo as forças

imperiais retomaram o território, a República Juliana permanece no decorrer dos anos, como

exemplo da cultura, do ideal e da coragem do povo lagunense, na defesa dos seus ideais de

justiça e igualdade. Mas Laguna também participou da guerra do Paraguai, destacando-se

mais uma vez a coragem e a bravura de seus filhos. Hoje suas ruas estreitas, seu casario, bem

como sua história, estão protegidos, tombados pelo Patrimônio Histórico Nacional. Laguna

conservará para sempre um passado altaneiro que sempre abrirá suas portas para um futuro

brilhante.

Localizada na extremidade Sul de uma península, ao redor dos morros, em área já

quase totalmente ocupada. Sua tendência natural de crescimento faz-se em direção ao norte,

área de expansão urbana natural. Em Laguna, temperatura e chuva são diretamente

proporcionais.

As médias temperaturas correspondem a baixos índices pluviométricos. Seu clima

sofre nítida influência marítima e está condicionado ao relevo local, possuindo um clima

subtropical marítimo único, com verões e invernos relativamente amenos. No verão a

temperatura máxima chega a 32o C e a mínima a 16,5o C, entretanto no inverno a mínima

registrada é de 5,2oC e a precipitação pluviométrica anual se eleva a 1.200 mm. A umidade

relativa do ar é de 80% em média. Os ventos predominantes são pela ordem: nordeste, sul e

leste.

Dos sambaquis à Anita: A história de Laguna começou há seis mil anos com os

primeiros registros de comunidades pré-históricas, os sambaquis, chamado pescador-

coletores, formações elevadas compostas de conchas, ossos, restos de fogueiras e artefatos,

alguns com 35 metros de altura. 1 Informações coletadas no site da Prefeitura Municipal de Laguna, no dia 13 de Maio de 2008.

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O povo dos sambaquis, de acordo com estudos, teve contato com os xoklengs e carijós

vindos do oeste, e absorveu a cultura de outras tribos. Os índios se adaptaram a região devido

à proximidade com a lagoa, uma fonte de alimentos.

De acordo com levantamento do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) o

município conta com 43 sítios arqueológicos, de artefatos do povo sambaqui e dos guaranis.

Laguna nasceu em terras de disputa colonial. Durante os séculos XVII e XVIII, as

disputas de terras entre as metrópoles portuguesa e espanhola resultaram no Tratado de

Tordesilhas (1494). Desse conflito entre metrópoles, uma extensa colônia passava a se formar.

De 1500 a 1700, mas de 100 mil portugueses se deslocaram para o Brasil - Colônia.

Portugal temia invasões espanholas no Sul do Brasil, principalmente em Santa Catarina e Rio

Grande do Sul, áreas estratégicas para se chegar ao Rio da Prata.

O litoral permitia o abastecimento de água e alimentos às embarcações. Na disputa, a

necessidade de alargar as fronteiras da colônia Brasil. Contudo, somente no século XIX,

foram dados os primeiros passos para uma ocupação mais efetiva do território, com políticas

de povoamento para o Sul.

Segundo o historiador Antônio Carlos Marega, Laguna foi colonizada em duas etapas:

a primeira, no século XVIII, meados de 1740, desbravou a região costeira da Lagoa Santo

Antônio dos Anjos, região que vai do Bananal até a Madre, passando por Ribeirão Pequeno.

Esses primeiros colonizadores, conhecidos como Portugueses dos Açores, procuraram habitar

o local em busca da pesca e do solo produtivo.

Já na segunda etapa da colonização, na primeira metade do século XIX, com o

crescimento do porto, os chamados Portugueses do Continente, trouxeram o desenvolvimento

econômico para a cidade. "Foram eles que injetaram dinheiro no local, formando a cadeia

genealógica (famílias tradicionais) e a cultura lagunense", acrescenta o historiador.

Laguna é considerada o berço da cultura catarinense. A cidade foi fundada em 29 de

julho de 1676.

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FIGURA 2 - MAPA DE LAGUNA

Fonte: Litoral de Santa Catarina, 2008.

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Segue abaixo algumas fotos, mostrando a cidade de Laguna:

Localizada a 120 km ao sul de Florianópolis, Laguna possui uma população de 70 mil

habitantes, na sua grande maioria de origem açoriana. Na temporada, essa população triplica

com a vinda de turistas de todo o Brasil e exterior. Por sua história, seus casarões antigos e

monumentos, foram tombados pelo Patrimônio Histórico Nacional.

FIGURA 3 - LAGUNA/SC

Fonte: Prefeitura Municipal de Laguna, 2008

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Possuem 12 praias, algumas ainda em estado virgem, muitas delas ideais para a prática

de surf. As mais conhecidas são praia do Mar Grosso com 2,5 km de extensão, a praia do Iró

conhecida pela beleza de suas pedras vermelhas, Galheta, Itapirubá e praia do Farol. Na praia

do Gí encontra-se a Pedra do Frade, um monumento megalítico de 9 m de altura por 5 m de

diâmetro esculpido pela natureza ou por povos primitivos.

FIGURA 4 - VISTA AÉREA DA PRAIA DO MAR GROSSO

Fonte: Prefeitura Municipal de Laguna, 2008

Região com potencial turístico ímpar, Laguna possibilita atender a demanda de todos

os turistas que, além de um lugar tranqüilo e com segurança, curtam belezas naturais,

religiosidade, cultura e história. Isto é, abrange uma gama variada de potenciais visitantes.

Porém, a realidade atual é diferente. O município e principalmente o trade turístico e/ou todos

que trabalham com o turismo, sofrem com a sazonalidade e com a oscilação de dias entre toda

as temporadas. Isto por que todos os anos, o “verão” sofre influência da quarentena, ligado a

Páscoa, dando a tendência de como será a alta-temporada. Este ano foi exemplo típico do

controle negativo que esta questão religiosa implica no turismo local. Visto que o carnaval é a

data que finaliza, praticamente, o período de alta, como a quarentena deste ano fez com que a

quarta-feira de cinzas fosse ao dia 6 de fevereiro, a maioria dos hotéis passaram, já no dia 7

deste mês, a aplicar diárias de baixa-temporada. Numa comparação com o próximo ano, onde

o carnaval terminará em 24 de fevereiro, estes praticamente 20 dias de diferença entre as

temporadas de 2008 e 2009, demonstrará a perda em 2008 de cerca de 25% a 30% de

faturamento, em relação ao próximo ano.

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Fator que implica diretamente na sobrevivência do hotel durante a baixa, onde força

ainda mais a abertura de novos projetos. Dentre eles, os pacotes turísticos personalizados.

Estes, são ferramentas saudáveis que além de remediar a sazonalidade inerente da baixa-

temporada, ainda possibilita o aumento da carteira de clientes.

3.2 Hotel 2

O Mar Grosso Hotel conta com uma pequena infra-estrutura física, localizada em um

terreno de 1500 m2 de área construída, na praia do Mar Grosso.

Possui 30 unidades habitacionais, sendo que todos os apartamentos podem ser

acomodados de 1 á 7 pax´s (hóspedes) dependendo; assim o hotel suporta 75 hóspedes. Possui

estacionamento coberto e fechado, churrasqueira coletiva e uma sala que para 40 pessoas

sentadas para uso de qualquer tipo de evento. Atualmente conta com 08 funcionários em

vários setores (governança, recepção, administrativo e A & B).

Na alta temporada o Mar Grosso Hotel tem uma ocupação média de 80% chegando a

100% em alguns dias. O problema enfrentado pelo empreendimento nos outros meses do ano,

considerados baixa-temporada, é a ocupação baixa tendo uma média de 20% á 30%. Estes

números dependem bastante das excursões, que atualmente o hotel recebe uma a cada

bimestre.

A formação da idéia em questão visa melhorar o aumento de hóspedes no Mar Grosso

Hotel, que dentro do turismo e hotelaria é extremamente importante. O hotel sempre foi um

lugar tranqüilo e aconchegante para desempenhar esse papel na cidade de Laguna/SC; recebe

e integra todos os turistas, sejam eles temporários ou não, desenvolvendo sentimentos de

identidade, orgulho, cidadania e garantindo assim o bem estar a todos.

No Mar Grosso Hotel não existe um padrão, uma rotina nem um cronograma para

realização de pacotes/roteiro turísticos. Assim, quando os clientes/turistas mandam e-mail ou

telefonam é repassado ao proprietário do hotel, para ele dar as devidas informações. A

proposta do Mar Grosso Hotel é elaborar pacotes turísticos no período de baixa taxa de

ocupação, para diminuir a sazonalidade.

Algo que é muito importante no hotel, mas que este empreendimento não possui é um

sistema de informática de hotelaria, para que facilite o trabalho de check-in. Nesta questão

usam programa do excel. Usam também site do hotel com links para recados, reservas e o

endereço de e-mail.

2 Informações coletadas no site do Mar Grosso Hotel e entrevista com proprietário do Hotel Sr. Peterson Crippa.

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Foi observado que o Mar Grosso Hotel funciona dentro de suas limitações em todos os

setores, deixando mais a desejar na captação de novos clientes. Problema que deve ser

amenizado com os projetos turísticos.

A pesquisa foi aplicada nos municípios de Laguna e Tubarão (com turistas das cidades

de Urussanga, Imbitura, Criciúma e Capivari de Baixo) com objetivo de identificar a demanda

turística na baixa temporada. Realizada por meios de questionários aplicados no centro e nos

pontos turísticos. A pesquisa buscou levantar as seguintes informações sobre o turista:

a) Caracterização do informante (residência permanente, sexo, faixa etária, ocupação e

renda);

b) Informações sobre a viagem (se costuma viajar, motivo da viagem, se conhece ou

gostaria de conhecer a cidade de Laguna, freqüência da visita,);

c) Avaliação do produto visitado (atrativo histórico-cultural e natural), eventos,

hospedagem com meia pensão, serviços (pacotes turísticos).

3.3 Verificação da importância do pacote turístico para os clientes do hotel.

Os questionários foram aplicados nas cidades de Laguna e Tubarão no período de

24/03/2008 a 10/04/2008 e atingiram 100 turistas.

Os gráficos seguintes permitem visualizar a realidade turística do município de

Laguna e Tubarão (com turistas das cidades de Urussanga, Imbitura, Criciúma e Capivari de

Baixo). Os dados foram extraídos da tabulação dos questionários aplicados e cruzados em

tabelas de forma a avaliar variáveis distintas que servirão como instrumento de políticas de

fortalecimento da atividade.

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22%

40%

23%

15%

15 a 30 anos31 a 40 anos41 a 50 anos51 em diante

Gráfico 1 – Faixa Etária Fonte: gráfico elaborado pela autora com base nos dados do formulário de pesquisa.

Dos 100 questionários aplicados a faixa etária com maior representatividade está

situada no intervalo de 31 a 40 anos (40%), seguidas dos intervalos de (24%) 41 a 50 anos e

(22%) 15 a 30 anos. O maior número da população visitante da cidade de Laguna em época

sazonal possui meia idade, visto a maior diversidade de atrativos de interesse deste público.

Como motivos religiosos, histórico-cultural por exemplo.

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47%

53%

Masculino Feminino

Gráfico 2 – Sexo Fonte: gráfico elaborado pela autora com base nos dados do formulário de pesquisa.

A maior parte dos entrevistados, com 53%, foi do sexo feminino, sendo elas as que

mais tiveram aceitação em responder as perguntas; o restante, 47%, foi respondida por

homens.

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3% 12%

83%

2%

Até R$ 500,00R$ 501 á 800,00R$ 801,00 á 1.000,00Mais de R$ 1.000,00

Gráfico 3 - Renda Fonte: gráfico elaborado pela autora com base nos dados do formulário de pesquisa.

No que se refere à faixa de rendas, a característica predominante é a do entrevistado

que ganha entre R$ 801 á R$ 1000,00, com 83% entre os pesquisados. Número muito superior

aos 2% que ganham mais de R$ 1000. Como o questionário foi aplicado em um período

sazonal, à maioria dos entrevistados que freqüentam a cidade de Laguna/SC nesta época

ganham em média 02 salários mínimos. Aproveitam para tirar férias na baixa temporada.

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15%

25%

38%

10%

12%

UrussangaImbitubaTubarãoCriciúmaCapivari de Baixo

Gráfico 4 – Cidade Fonte: gráfico elaborado pela autora com base nos dados do formulário de pesquisa.

De todos os pesquisados, 38% têm procedência da cidade de Tubarão e 25% na cidade

de Imbituba. Com minoria entre os entrevistados, a cidade de Capivari de Baixo teve 12% das

pessoas que visitam Laguna.

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90%

10%

SimNão

Gráfico 5 – Costuma viajar com sua família

Fonte: gráfico elaborado pela autora com base nos dados do formulário de pesquisa.

. A maioria dos turistas, 90%, costuma viajar com a família e 10% saem sozinhos a

trabalho ou lazer. Os entrevistados viajam com suas famílias no mesmo período, pelo motivo

do “país”, na sua maioria, estar de férias dos seus trabalhos e os filhos dos estudos.

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74%

9%

17%

PasseioTrabalhoOutros (visitar a familia)

Gráfico 6 – Motivo da viagem

Fonte: gráfico elaborado pela autora com base nos dados do formulário de pesquisa.

O principal motivo de visita apontado nas entrevistas foi passeio (74%) e sempre em

busca dos atrativos que Laguna oferece. Com 17% são pessoas que vêem a cidade para visitar

parentes e/ou amigos. 9% foram os entrevistados que chegam em Laguna a trabalho.

Já na pergunta sete da pesquisa, a cidade de Laguna é conhecida pelos 100

entrevistados. O fator mais comentado foi à beleza natural do município. Motivo mais

procurado na baixa temporada e que atraem mais visitantes, famílias para descansar e

aproveitar o que á bom na cidade.

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57%

11%0%

32%1 á 3 meses3 á 6 meses6 meses á 01 anosemanalmente

Gráfico 7 – Freqüência de idas/vindas a Laguna Fonte: gráfico elaborado pela autora com base nos dados do formulário de pesquisa.

Do total entrevistado, a freqüência de visita em 12 meses a Laguna é de a cada 1 á 3

meses tendo 57% do total. Com 32%, são os que semanalmente vêem para cidade para

pernoitar e a minoria, com 11%, entram no município entre 3 á 6 meses durante o ano para

diversas atividades.

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73%

27%

SimNão

Gráfico 8 – Evento “A República em Laguna”

Fonte: gráfico elaborado pela autora com base nos dados do formulário de pesquisa.

O espetáculo “A República em Laguna” é conhecida por 73% dos entrevistados. O

restante, 27%, não conhecem e nunca ouviram falar anteriormente. O espetáculo é bem

conhecido na região e por alguns estados, mas está aumentando e melhorando sua divulgação

ampliando o reconhecimento das pessoas.

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69%

31%

SimNão

Gráfico 9 – Hospedagem – Mar Grosso Hotel

Fonte: gráfico elaborado pela autora com base nos dados do formulário de pesquisa.

A maioria dos entrevistados, com 69% conhecem ou já ouviram falar sobre o Mar

Grosso Hotel. Já com 31%, são as pessoas que nunca tiveram oportunidade de conhecer o

estabelecimento. Por ser um hotel mais antigo e os equipamentos não serem sofisticados, o

hotel não tem 100% de conhecimento.

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93%

7%

SimNão

Gráfico 10 – Participação de Pacotes Turísticos no Mar Grosso Hotel Fonte: gráfico elaborado pela autora com base nos dados do formulário de pesquisa.

A participação em pacotes turísticos e a hospedagem na baixa temporada no Mar

Grosso Hotel tiveram a aceitação de 93% dos 100 entrevistados. Por outro lado, 7% dos

entrevistados não gostariam de participar de um pacote turístico no Hotel, pois acreditam

sê-lo um estabelecimento simples. O pacote turístico é um meio muito eficaz e fácil de ser

adquirido e mais em conta também. Sendo simples ou sofisticado, agrada diferentes tipos de

turistas. Motivo que o Mar Grosso Hotel oferece este pacote.

E por fins a décima segunda pergunta disse que os pacotes turísticos nesta região são

pouco procurados e também divulgados. Além disso, as cidades são muito perto uma das

outras o que dificulta a visita e a permanência dos visitantes da região. Mas mesmo assim,

todos os 100 entrevistados gostariam de participar do pacote oferecendo meia pensão,

passeios cultural (casario antigos, museus, etc) e natural (pesca com ajuda dos botos, passeio

de escuna e praias), na baixa temporada em Laguna para apreciar ainda mais a cidade.

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4 PROPOSTA DE AÇÃO

4.1. Definição da proposta

O projeto em questão tem como principal intenção desenvolver ações que viabilizam o

desenvolvimento nos segmentos histórico-cultural e natural, destacando a cidade de

Laguna/SC, no período de sazonalidade dentro do Mar Grosso Hotel com o objetivo de

promover a cidade e o hotel como destino turístico, elevando assim sua imagem e

consequentemente os seus produtos, nos seus principais Mercados emissores.

Na cidade foi observado que o fluxo de pessoas abundante são nos meses de outubro á

março, pelo motivo de estar rodeada de praias maravilhosas e eventos (festas), como boates,

bares e shows na praia de segunda á segunda, principalmente o carnaval que traz para a cidade

mais de 200 mil foliões.

Para que o pacote turístico no hotel seja efetuado para um público alvo, de famílias

com idades diversas como, pais, mães, avos e filhos é necessária maior divulgação no site da

do Hotel, rádio e jornal catarinense. Para isso, será apresentada neste trabalho a proposta de

conscientização no período de sazonalidade.

A eficiência do projeto será alcançada se houver um planejamento específico das

ações com o hotel e a cidade, no sentido de estruturar a atividade, o que possibilitará a

projeção de resultados.

Neste sentido, esta proposta de ação diversifica mais os serviços oferecidos pelo hotel

e contribui ainda para o aumento de turistas neste período sazonal, além de incrementar a

lucratividade dos setores turístico e hoteleiro.

4.2 Operacionalização

O primeiro passo para realização do projeto é o planejamento das ações seguido a

divulgação do pacotes turísticos nos segmentos histórico-cultural e natural, destacando a

cidade de Laguna/SC, no período de sazonalidade dentro do Mar Grosso Hotel, para que os

turistas fiquem sabendo nas regiões.

Para que o projeto em questão seja totalmente viável é necessário também levantar a

hipótese de aumento de clientes/turista no Mar Grosso Hotel para minimizar a sazonalidade.

A qualidade dos produtos e serviços nos hotéis se torna essencial, tanto para os

clientes que necessitam destes, quanto para o próprio empresário que através da implantação

de normas de qualidade total, consegue se destacar no mercado.

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Conforme Castelli (2000), a gestão da qualidade total é um verdadeiro achado para as

empresas, ou seja, é a solução encontrada para que determinado hotel consiga se destacar

perante os concorrentes.

4.3 Ações/etapas

Algumas ações serão desenvolvidas e primordiais para o inicio deste

desenvolvimento, e que serão descritas a seguir:

1º Ação

A importância dos pacotes turísticos para o desenvolvimento do Mar Grosso

Hotel.

O pacote turístico é apresentado como um dos meios mais econômicos para uma

viagem, importância dele é estabelecer critérios favoráveis ao cliente para que eles sintam o

prazer de conhecer os locais e os atrativos que a região tem a oferecer. Por este motivo o Mar

Grosso Hotel propõe pacotes turísticos nos segmentos histórico-cultural e natural aos seus

clientes já fidelizados e também abre espaço para novos clientes para que tenha uma

satisfatória estada.

Na baixa temporada a cidade de Laguna/SC apresenta uma queda absurda de

turistas, pois a maioria deles conhece e vem em busca apenas dos atrativos naturais (praias),

esquecendo assim todos atrativos histórico, cultural e eventos que a cidade tem de mais

admirável.

Criar este pacote turístico em Laguna/SC de atrativos histórico-cultural e natural

dentro do Mar Grosso Hotel tem como objetivo despertar a todos os turistas e a comunidade

da região que a cidade além de ter a capacidade de atrair turistas no verão, também tem no

período de sazonalidade.

O pacote turístico será oferecido em um fim de semana que terá como objetivo

destacar o evento deslumbrante “A República em Laguna” que fala sobre Anita Garibaldi e

Giuseppe Garibaldi que é muito importante neste período de sazonalidade na cidade de

Laguna/SC.

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2º Ação

Evento realizado na cidade no segundo semestre de 2008, aliando os projetos no Hotel.

Um grande evento tradicional realizado no período de sazonalidade na cidade de

Laguna/SC é chamado de “A República em Laguna”, que é trazido todos os anos no mês de

julho, Laguna revive a epopéia dos bravos farrapos e a historia de amor de Giuseppe e Anita,

no espetáculo (Prefeitura Municipal de Laguna, 2008).

Uma importante encenação teatral ao ar livre com centenas de artistas e figurantes

dá vida a um apaixonante pedaço da historia do Brasil, no cenário onde efetivamente tudo

acontece.

Tem-se como objetivo com a criação e realização deste evento, despertar a todos

que vem ter mais conhecimento sobre a história de Anita Garibaldi e Giuseppe Garibaldi, com

encenação de artista global. Neste ano na cidade terá os atores Thiago Lacerda (Giuseppe

Garibaldi) e Vanessa Loes (Anita Garibaldi).

Os principais fatos que formaram a Republica Juliana:

- 04/07/1807 – Nizza (Itália): Nasceu Giuseppe, filho do Capitão de Mar, domingos Garibaldi

e Rosa Raimundi;

- 30/08/1821 – Laguna SC (Brasil): Nasce Ana Maria de Jesus Ribeiro, filha de Bento Ribeiro

da Silva e Maria Antonia de Jesus Antunes;

- 12/06/1831 – Gênova (Itália): Giuseppe Garibaldi é condenado á morte por atos

considerados subversivos e foge da Europa. Passa um tempo na áfrica do Norte e depois ruma

para América do Sul, já com a patente de Capitão Marítimo Mercantil.

- 30/08/1835 – Laguna SC (Brasil): Aos 14 anos, casa-se Ana Maria de Jesus Ribeiro com o

sapateiro Manoel Duarte de Aguiar, diante do altar-mor da Igreja Santo Antonio dos Anjos;

- 09/03/1838 – Lages SC (Brasil): As tropas farroupilhas, em sua primeira invasão em

território catarinense, tomam a cidade de Lages, no planalto;

- 27/04/1838 – Piratini RS (Brasil): O revolucionário Giuseppe Garibaldi e seu companheiro

Luigi Rosseti apresentam-se ao governo Farroupilha, após viagem por mar do Rio de Janeiro.

Garibaldi, pouco mais tarde, é nomeado Comandante da Marinha Farroupinha;

- 05/07/1839 – Tramandai RS (Brasil): O comandante Giuseppe Garibaldi inicia a travessia

por terra dos barcos Farroupilha e Seival, sobre pranchões com rodados, puxando por cem

juntas de bois. O destino da expedição, iniciada em Capivari, era Laguna;

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- 15/07/1839 – Campo Bom SC (Brasil): Já no oceano atlântico com seus dois barcos, o

comandante Garibaldi enfrenta violenta tempestade, onde ocorre o naufrágio do Farroupilha

nos parcéis de Campo Bom, próximo á Laguna. Quatorze homens morrem no naufrágio.

Garibaldi e outros companheiros nadam até o barco Seival que conseguira abrigar-se na

Lagoa do Camacho, assumindo assim o comando.

- 22/07/1839 – Laguna SC (Brasil): As forças terrestres de Teixeira Nunes e Canabarro

iniciam o combate com o exército imperial, na Ponta da Barra. Garibaldo e seus homens

atacam a vila desguarnecida, vindos pelo Rio Tubarão, surpreendendo os soldados imperiais

(caramurus). Os rebeldes vencem a batalha e entram na vila triunfante;

- 29/07/1839 – Laguna SC (Brasil): é proclamada, pelos oficiais do exercito farroupilha e a

câmara de vereadores, a Republica Catarinense, que por ser fundada no mês de julho, passa

para a historia como Republica Juliana. Giuseppe Garibaldi conhece Ana Maria de Jesus

Ribeiro, quando a moça vinha buscar água na fonte, dando origem ao maior romance épico da

historia.

- 03/11/1839 – Imbituba SC (Brasil): As tropas da República Catarinense continuam sua

jornada rumo á capital da província. Ana Maria de Jesus Ribeiro, agora é “Anita” a mulher de

Garibaldi. Neste dia, ocorre o combate naval de Imbituba, onde Anita luta pela primeira vez

ao lado de Giuseppe, demonstrando sua força e coragem.

- 15/11/1839 – Laguna SC (Brasil): Em mais uma ferrenha batalha naval. Garibaldi comanda

os navios republicanos e Frederico Mariath as embarcações imperiais, em maior número.

Anita demonstra mais uma vez o heroísmo que passaria a marcar sua vida, ao atravessar o

canal transportando munição para as forças republicanas. Os imperiais vencem a batalha.

Garibaldi consegue sobreviver e com Anita e o restante dos oficiais e os soldados farroupilhas

partem em retirada para o Rio Grande do sul.

Por fim o evento é tradicional na região, trazendo turistas de toda a parte do país.

3º Ação

Definição: data, atrações, e locais a serem visitados e acompanhamento aos

turistas.

A realização desta ação será na data do final de semana do dia 17/07/2008 a

20/07/2008, para a divulgação do evento tradicional que é realizado todos os anos que é o

espetáculo, A República em Laguna com elenco de atores global.

A cidade possui atrativo histórico-cultural e natural a ser visitado o ano inteiro,

mas isso ocorre mais no período de alta temporada, unindo o verão com a cidade histórica, no

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entanto o período sazonal também é excelente para estas visitações que são elas histórico-

cultural: Fonte da carioca (ANEXO A), que também e chamada de fonte dos namorados, foi

construída por escravos em 1863. Diz o ditado popular que “Quem bebe desta água sempre

retorna a Laguna e seus amores”; Casa Pinto D”Ulisséa (ANEXO B) é uma réplica de uma

quinta portuguesa, totalmente revestida com azulejos importados de Portugal. Uma casa de

muito luxo para a época, 1866; Casa de Anita (ANEXO C) restaurada na década de 70 e

transformada em relicário histórico. Ali Anita vestiu-se para casar a primeira vez. Contém

uma urna com terra da sepultura de Anita Garibaldi, do cemitério de Ravena, Itália; Museu

Anita Garibaldi (ANEXO D) prédio histórico construído em 1747 com a denominação de

Paço do Conselho. Neste lugar foi proclamada a República Juliana em 1839; Marco de

Tordesilhas (ANEXO E) 7 de Junho de 1494, foi assinado entre Portugal e Espanha o

Tratado de Tordesilhas, que fixava uma linha divisória a 370 léguas a oeste de Cabo Verde,

passando ao norte no Pará e ao sul em Laguna; Estátua Nossa Senhora da Glória (ANEXO F)

do alto do Morro da Glória, tenha uma vista panorâmica das praias e da cidade; Igreja Matriz

Santo Antônio dos Anjos (ANEXO G) substituiu a capela de pau-a-pique construída pelo

fundador Domingos de Brito Peixoto em 1696, que está enterrado sob o altar-mor. A imagem

de Santo Antônio dos Anjos foi esculpida na Bahia em cedro enviado de Laguna. A pia

batismal é feita de um só bloco de pedra gnaisse. A Imaculada Conceição "La Madonna" do

pintor catarinense Victor Meirelles, executada em Roma 1856, repousa no interior da igreja.

Natural Farol de Santa Marta (ANEXO H) considerado o maior das Américas, é o 3o do

mundo em alcance, distante 17Km do centro da cidade; Pedra do Frade (ANEXO I) localizada

na ponta norte da Praia do Gi, a composição intriga os visitantes, seja pela origem ou pelo

desafio à gravidade. Trata-se de uma pedra retangular com 9 metros de altura por 5 de

diâmetro, inclinada em relação ao solo rochoso onde esta em pé. No alto desta pedra, outro

pedaço de rocha, menor, que curiosamente se equilibra sobre a primeira; Por fim a baleia

franca (ANEXO J), que Laguna está situada no limite sul da Área de Proteção Ambiental da

Baleia Franca, que se estende do sul da Ilha de Santa Catarina até o Cabo de Santa Marta.

Entre os meses de junho e novembro, as baleias procuram as águas quentes do litoral

catarinense para procriar e amamentar os filhotes. Essa visita ilustre chama a atenção dos

turistas, atraídos por uma modalidade diferente de ecoturismo, o whale watching (observação

de baleias). Apesar de estar dentro da área de proteção, os melhores pontos para observação

das baleias estão nos municípios de Imbituba e Garopaba, onde se encontram as empresas

especializadas nesse tipo de turismo.

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O acompanhamento dos hóspedes será por um guia local qualificado neste tipo de

visitação, pois ele saberá responder todas as perguntas e duvidas que os hóspedes possam ter

no trajeto do passeio.

PACOTE TURÍSTICO

Os pacotes turísticos permitem que se obtenham viagens econômicas através da redução de

custos obtidas pela padronização. Com facilidades de pagamento, contudo tem se tornado a principal

opção para as viagens de lazer. Por esta facilidade, o Mar Grosso Hotel, está oferecendo 04 dias e 03

noites em nosso hotel:

Incluído no pacote: Lazer (vários locais, histórico-culturais e naturais da cidade), meia

pensão (café da manhã), almoço de boas vindas, incluído no pacote e guia turístico local e ônibus

para locomoção (ida e volta) dos hóspedes.

Pacote para o final de semana do dia 17/07/2008 á 20/07/2008 – 40 pax’s.

Valor por pax: 150,00 (Cento e cinqüenta reais).

Guia Turístico: Sr. Rogério Menezes

ROTEIRO:

HORÁRIO DESCRIÇÃO 17/07/2008 Apartir das 8:00 horas Ckeck-in

10:00 horas Visitação no Centro Histórico-Cultural: Casa de Anita, Igreja Santo Antônio dos Anjos, Museu Anita Garibaldi

12:30 horas Almoço (Buffet – Restaurante Praça de Anita) – Incluído no Pacote 14:30 horas Visitação a Estátua Nossa Senhora da Glória 16:00 horas Retorno ao Mar Grosso Hotel 20:00 horas Jantar (Alacarte - Restaurante Arrastão)

xxxxxx Tempo Livre

HORÁRIO DESCRIÇÃO 18/07/2008

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07:30 ás 09:30 horas Café da Manhã 10:00 horas Escuna - Visitação da pesca com auxilio dos Botos 12:30 horas Almoço (Alacarte – Restaurante Boião) 14:30 horas Visitação ao Farol de Santa Marta 18:30 horas Retorno ao Mar Grosso Hotel 21:00 horas Jantar (Buffet Livre ou Peso - Restaurante Atlântico Sul)

xxxxxx Tempo Livre

HORÁRIO DESCRIÇÃO 19/07/2008 07:30 ás 09:30 horas Café da Manhã

10:00 horas Visitação das praias próximas ao Hotel – Molhes da Barra e Mar Grosso 12:30 horas Jantar (Buffet Livre ou Peso - Restaurante Shop Freezer) 14:30 horas Visitação Histórico-cultural: Fonte da Carioca e Casa PintoD´Ulisséa e

Marco de Tordesilhas 17:00 horas Retorno ao Mar Grosso Hotel 18:00 horas O Espetáculo – Síntese cronológica dos principais fatos que formaram a

República Juliana. Encerramento do

Espetáculo Retorno ao Mar Grosso Hotel

xxxxxxxx Tempo Livre

HORÁRIO DESCRIÇÃO 20/07/2008 07:30 ás 09:30 horas Café da Manhã

10:30 horas Check-Out 12:00 horas Saída do Ônibus

OBS – Não estão incluso no pacote: Almoços (apenas o de boas vindas), Jantares e o

Ingresso para o espetáculo.

Ps: Os preços alacarte e buffet-livres são diversos, dependendo do prato solicitado.

MAR GROSSO HOTEL “BEM VINDO A SUA CASA FORA DE CASA”

Agradecemos a sua preferência.

FIGURA 5 – PACOTE TURÍSTICO

Fonte: Autora, 2008

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4º Ação

Apresentação dos serviços turísticos de alimentos, hospedagem e transporte

para o pacote turístico.

O hotel irá oferecer meia pensão (café da manhã) com produtos coloniais para os

hóspedes, e também um almoço no restaurante com nome praça de Anita de boas vindas. Os

restaurantes que serão servidos os almoços e jantares indicado no pacote turístico, são os

melhores da cidade e os que farão preços especiais aos nossos hóspedes, além de tudo que

ficam nas proximidades dos passeios de cada dia.

A gastronomia de Laguna baseia-se em frutos do mar, principalmente camarões,

que pela abundância e qualidade são conhecidos e admirados em todo Brasil. O crustáceo,

além do oceano, vem das lagoas, o chamado camarão nativo.

Aos camarões, somam-se na produção de pratos típicos, espécies de peixes, como

a tainha e anchova, siris, mariscos e lulas que podem ser facilmente encontrados no Mercado

Público e peixarias da cidade.

Os pratos considerados mais saborosos em Laguna são os caldos de peixe

acompanhado de pirão, a maionese de camarão, camarão à parmeggiana, camarão ensopado e

outros pratos que conquistam pelo sabor e aroma. O visitante pode encontrar o peixe assado

na brasa, risotos de camarão e siri.

As casquinhas de siri e a cachaça de butiá são as melhores opções como aperitivos.

O butiá é uma fruta de coloração amarela e sabor marcante, fruto do butiazeiro, vegetação

nativa encontrada facilmente em Laguna, símbolo do município.

A hospedagem será no Mar Grosso Hotel para 40 pax’s, 04 dias e 03 noites

(quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo) e meia pensão.

O transporte dos hóspedes para todos os locais indicados no pacote turístico, terá a

maior segurança e conforto para que todos se sintam satisfeitos e será por conta do hotel pela

empresa Lagunatur.

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5º Ação

Definição do plano de marketing para divulgação do pacote turístico

Foi aplicada pela acadêmica uma pesquisa (APÊNDICE A) com 100 pessoas nos

municípios de Laguna e Tubarão (com turistas das cidades de Urussanga, Imbitura, Criciúma

e Capivari de Baixo) para ter a estatística dos turistas que freqüentam e gostariam de

freqüentar todo o atrativo histórico-cultural e natural que a cidade de Laguna oferece, além de

abrir o Mercado do hotel através de pacote turístico.

Para a realização desta ação será elaborado folder´s do pacote turístico, a serem

distribuídos juntamente com o material do hotel. Para esta atividade será produzidos 1000

folder. Serão distribuídos nas secretarias de turismo das cidades de Laguna, Urussanga,

Criciúma, Tubarão, Imbituba e Capivari de Baixo para melhor divulgação.

FIGURA 6 - FOLDER Fonte: Autora, 2008

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As divulgações também serão feitas, anúncio no jornal diário catarinense

apenas uma vez no dia 06/07/2008 e na rádio tubá 730khz de tubarão, mas atinge as cidades

vizinhas – Laguna, Urussanga, Criciúma, Imbituba, Capivari de Baixo com objetivo de

divulgar o pacote turístico com suas respectivas informações por quinze dias durante o mês do

pacote, com duração 30 segundos de propaganda 01 vez por dia.

FIGURA 7 - ANÚNCIO NO JORNAL Fonte: Autora, 2008

(vinheta mais trilha sonora) Venha passar dias maravilhosos na

histórica cidade de Laguna. O Mar Grosso Hotel oferece pacote

turístico para você e sua família com os melhores preços. Um

ambiente familiar e a 50 metros do mar. Laguna e o Mar Grosso

Hotel, esperam por você (vinheta).

FIGURA 8 - ANÚNCIO NA RÁDIO Fonte: Autora, 2008.

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O anúncio do pacote turístico no site do Mar Grosso Hotel ficará por dois meses e

meio (Maio, Junho e Julho) até um final de semana anterior do pacote turístico 17/07/2008,

gratuitamente.

FIGURA 9 - ANÚNCIO NO SITE DO MAR GROSSO HOTEL Fonte: Autora, 2008

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4.4 Cronograma de ação

O cronograma a seguir encontra-se um planejamento de todas as ações do projeto

descrito anteriormente, sendo que os mesmo exigem um trabalho constante de propor na baixa

temporada conscientização que neste período á possibilidade de melhoramento de turistas na

cidade e no hotel.

2008

Ações Maio Junho Julho 1 - A importância dos pacotes turísticos para o desenvolvimento do Mar Grosso Hotel.

x

2 - Evento realizado na cidade no segundo semestre de 2008, aliando os projetos no Hotel.

x

3 - Definição: data, atrações, e locais a serem visitados e acompanhamento aos turistas.

x x x

4 - Apresentação os serviços turísticos de alimentação, hospedagem e transporte para o pacote turístico.

x x x

5 – Definição do plano de marketing para divulgação do pacote turístico

x x x

Quadro 1 - CRONOGRAMA Fonte: Autora, 2008

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4.5 Orçamento

Para a realização do pacote turístico no Mar Grosso Hotel, custos são necessários para

uma boa divulgação, pois exigem materiais para serem feitos e divulgados.

Os orçamentos apresentados a seguir foram projetados para o atendimento de 40

pessoas, que é considerado o mínimo de PAX para a realização do pacote turístico em Laguna

considerando o retorno financeiro.

O quadro a seguir é referente á produção dos folders que serão distribuidos, nas

secretarias de turismo das cidades de Laguna, Urussanga, Criciúma, Imbituba e Capivari de

Baixo.

Tabela 1: Orçamento do Material Gráfico de divulgação (Folders)

Fonte: Gráfica Reis – Laguna/SC, 2008.

Peça

Valor Total Quantidade

Folder 1.000 R$ 300,00* TOTAL R$ 300,00

* Este valor já inclui a arte do folder

O pacote turístico será divulgação no site do Mar Grosso Hotel, ficará por dois meses

e meio (Maio, Junho e Julho) até um final de semana anterior do pacote turístico 17/07/2008,

gratuito, o anuncio no jornal – Diário Catarinense – terá o tamanho de 10 x 6cm e será feito

uma vez no 06 de Julho. Pesquisada que a grande parte da população Catarinense possui

assinatura do jornal. Já a inserção na rádio será gravada na rádio tubá 730khz ela é de tubarão,

mas atinge as cidades vizinhas – Laguna, Urussanga, Criciúma, Imbituba e Capivari de Baixo,

com objetivo de divulgar o pacote turístico com suas respectivas informações por quinze dias

durante o mês do pacote, com duração 30 segundos de propaganda 01 vez por dia.

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Tabela 2: Orçamento dos Anúncios

Veículos

Valor Total Quantidade

Anúncio Rádio 15 inserções R$ 150,00 Anúncio Jornal 01 R$ Z* Anúncio Site A partir de Maio R$ Z**

TOTAL R$ 150,00 Fonte: Rádio tuba 730khz, 2008.

* A divulgação será gratuita, com patrocínio da Prefeitura Municipal de Laguna.

** Como o site é do Mar Grosso Hotel, a divulgação será gratuita.

Para melhor atendimento e conforto dos turistas, foi orçado um valor total dos 3 dias,

sendo este custo dividido igualmente para cada dia.

Tabela 3: Orçamento de outros serviços prestados aos clientes

Veículos

Quantidade

Dias

Valor Unitário

Valor Total

Guia 01 03 R$ 50,00 R$ 150,00 Ônibus 01 03 R$ 283,33 R$ 850,00

TOTAL R$ 1.000,00 Fonte: Prefeitura Municipal de Laguna e Laguna Transporte e Turismo Ltda - Lagunatur, 2008.

O quadro a seguir é referente o custo que o hotel terá para a realização do pacote

turístico dos dias 17/07/2008 á 20/07/2008 (04 dias e 03 noites) para 40 pessoas.

Tabela 4: Orçamento de custo do hotel

Produtos

Dias

PAX

Valor Unitário

Valor Total

Diária 4 dias e 3 noites 40 60,00 2.400,00 TOTAL

Fonte: Mar Grosso Hotel, 2008. R$ 2.400,00

* Incluso na diária, café da manhã, almoço de boas vindas e a bebida (água ou refrigerante)

estão incluso no pacote.

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Os orçamentos apresentados foram projetados para a comercialização de 40 pacotes,

obtendo-se um custo total de R$ 96,25 por pessoa. Tendo em vista a realidade do Mercado da

região, a sugestão do valor de venda do produto é de R$ 150,00. Valor este viabilizado a

partir do acréscimo de 60% (política de rentabilidade do hotel) sobre o valor final do custo. O

consumo do frigobar do hotel é considerado uma renda extra.

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5 VIABILIDADE

A instalação de grandes redes de hotéis na cidade faz com que a indústria hoteleira

enfrente uma competitividade cada vez mais acirrada, o que leva os hotéis a buscar

alternativas para enfrentar essa grande concorrência. Hoje, a tendência é oferecer cada vez

mais serviços com qualidade total, a fim de satisfazer seus clientes, que estão se tornando

cada vez mais exigentes, e, além disso, conseguir manter seu negócio rentável.

A revista Hotelnews (2001), diz em um de seus artigos, que “a necessidade de superar

as expectativas dos clientes, é um dos fatos mais importante a ser considerado”.

Com a viabilidade do projeto, os pacotes turísticos possibilitarão uma melhora

significativa ao Mar Grosso Hotel e o município, pois irá oferecer aos clientes/turistas,

oportunidades de conhecimento dos melhores atrativos, histórico, culturais e naturais da cidade de

Laguna/SC, além de assistir o espetáculo mais belo da cidade “A Republica em Laguna”, com um

custo acessível. Isto trará resultados positivos, pois proporcionará maiores informações aos

seus clientes.

Para que o projeto seja totalmente viável se faz necessário um pacote turístico, com

preços acessíveis, qualidade das atrações, um atendimento qualificado e entendimento sobre

os segmentos históricos, culturais e naturais no município. Cada melhoria é necessária para

facilitar e atender as dificuldades do cliente/turista.

Será necessário um investimento, como contratar guias qualificados, transporte (vans)

para locomover dos hóspedes com segurança, e divulgações, que irão trazer retorno garantido

para a diminuição da sazonalidade neste período.

Por outro lado, o Mar Grosso Hotel se manter a estrutura e serviços como estão o hotel

corre risco de não conseguir permanecer no Mercado, pois a qualidade dos serviços

inadequado trará prejuízos, pois o cliente insatisfeito não retorna e ainda faz a propaganda

negativa.

[...] o faturamento deve corresponder ao pagamento pela satisfação de necessidades. Ou seja, corresponder ao reconhecimento daquilo que a empresa está fazendo em prol da satisfação de seus clientes. O faturamento e o lucro resultam dessa satisfação (CASTELLI, 2000, p. 37).

Portanto, o Mar Grosso Hotel, sentiu a necessidade de qualificar alguns pontos para a

melhoria do hotel, propondo pacotes turísticos nos segmentos históricos, culturais e naturais,

destacando a cidade de Laguna/SC, no período de sazonalidade no Mar Grosso Hotel, á

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necessidade de uma conscientização por parte dos responsáveis pelo Mar Grosso Hotel,

referente à sazonalidade.

[...] a cultura compreende o conjunto da combinação dos produtos materiais e espirituais que uma sociedade cria, abrangendo modo de vida, sistema alimentar e opções de lazer. “O turismo como opção de lazer estaria dentro da cultura [...] “ (BARRETO, 1990, p.17)

E a conquista dos clientes sobre os inúmeros benefícios que estas trarão para o

empreendimento, tais como: aumento de hóspedes nos períodos de baixa temporada,

divulgação do hotel nas regiões para ter mais conhecimento, além, é claro, de conquistar

clientes novos e continuar com os antigos.

A viabilidade deste projeto torna-se realidade ao se considerar os recursos humanos,

materiais e financeiros, ou seja:

Os recursos humanos o hotel possui uma equipe qualificada para atender esta categoria

de turismo.

A cidade possui com uma infra-estrutura adequada e recursos materiais necessários

para receber este tipo de turista. Uma vez que conta com empresas especializadas no ramo.

Quanto aos recursos financeiros, considerando-se que o projeto está apresentando uma

projeção de 40 pax, observa-se que o pacote turístico apresentou uma rentabilidade de 60%.

Este lucro não dimensiona as vendas de bebidas do bar do hotel.

Sendo os objetivos do projeto alcançados na medida em que foi realizado o

levantamento dos segmentos, turístico, evento e hospedagem, sugerido no pacote, considera-

se que desta forma o projeto estará contribuindo para o desenvolvimento da cidade e do hotel.

Tendo em vista o custo/beneficio, o aumento da lucratividade, o planejamento

estratégico dos setores e os gastos considerados como investimento, torna viável a proposta.

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7 APÊNDICES

APÊNDICE A – MODELO DE PESQUISA PARA OS TURISTAS Fonte: Autora, 2008

1 - Qual sua idade? 15 á 30 anos ( ) 31 á 40 anos ( ) 41 á 50 anos ( ) 51 anos em diante ( ) 2 – Sexo? ( ) masculino ( ) feminino 3 – Renda? ( ) até 500,00 ( ) 501,00 á 800,00 ( ) 801,00 á 1.000,00 ( ) mais de 1000,00 4 – Cidade onde mora? _________________________________________________________________________ 5 – Você costuma viajar com sua família? ( ) sim ( ) não 6 – Qual o motivo da viagem? ( ) passeio ( ) trabalho ( ) outros _____________ 7 – Conhece ou gostaria de conhecer a cidade de Laguna? ( ) conhece ( ) gostaria 8 – Qual a freqüência de idas/vindas a Laguna? ( ) 1 á 3 meses ( ) 3 á 6 meses ( ) 6 meses á 01 ano ( ) semanalmente 9 – Conhece ou já ouviu falar O Espetáculo “A Republica em Laguna” apresentado na cidade de Laguna? ( ) sim ( ) não 10 - Você conhece ou já ouviu falar no Mar Grosso Hotel? ( ) sim ( ) não 11 – Gostaria de participar de um pacote turístico no período na baixa temporada no Mar Grosso Hotel? ( ) sim ( ) não 12 - Já participou de algum pacote turístico, oferecendo meia pensão, passeios turístico-cultural (casarios antigos, museus) e natural (pesca com ajuda do boto, passeio de escuna e praias), na baixa temporada em Laguna? ( ) sim ( ) não

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8 ANEXOS

ANEXO A – FONTE DA CARIOCA Fonte: Prefeitura Municipal de Laguna, 2008.

ANEXO B – CASA PINTO D’ULISSÉA Fonte: Prefeitura Municipal de Laguna, 2008.

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ANEXO C – CASA DE ANITA

Fonte: Prefeitura Municipal de Laguna, 2008

ANEXO D – MUSEU ANITA GARIBALDI Fonte: Prefeitura Municipal de Laguna, 2008

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ANEXO E – MARCO DE TORDESILHAS Fonte: Prefeitura Municipal de Laguna, 2008.

ANEXO F – ESTATUA NOSSA SENHORA DA GLORIA Fonte: Prefeitura Municipal de Laguna, 2008.

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ANEXO G – IGREJA MATRIZ SANTO ANTÔNIO DOS ANJOS Fonte: Prefeitura Municipal de Laguna, 2008.

ANEXO H – FAROL DE SANTA MARTA Fonte: Prefeitura Municipal de Laguna, 2008.

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ANEXO I – PEDRA DO FRADE

Fonte: Prefeitura Municipal de Laguna, 2008.

ANEXO J – BALEIA FRANCA Fonte: Prefeitura Municipal de Laguna, 2008.

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PARTE II

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

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1 IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E DO ALUNO

1.1 Identificação da empresa

• Razão Social: Dasmas Comércio de Conf. Ltda-ME

• Localização: Hotel Mar Grosso está localizado em uma área de fácil acesso a praia

do Mar Grosso (ANEXO P) e também nas principais praias da região de Laguna

(ANEXO Q) e ficam situado 5 minutos do centro historio o seu endereço: Rua

Criciúma 36 – Mar Grosso, Laguna, SC, Cep 88790-000.

• Telefone: 048 – 3647-0298

• E.-mail: [email protected]

• Site: www.hotelmargrosso.com.br

• CGC/MF n.º07.124.150/0001-56

• Inscrição Municipal: 342550

• Inscrição Estadual: não possui na Embratur, pois por motivos burocráticos o local

não está estabelecido como prestador de serviços turísticos.

• Nome Fantasia: Mar Grosso Hotel

• Proprietário e Supervisores de Estágio: Peterson Crippa da Silva.

1.2 Identificação do acadêmico

• Elzi Crippa da Silva

• RG n.º 3810.990

• CPF 003.863.549-60

• Endereço: Rua Criciúma 36 – Mar Grosso, Laguna, SC, Cep 88790-000

• Telefone: 048 -9962.5767

• Acadêmica do curso de Turismo e Hotelaria da Universidade do Vale do Itajaí

• E-Mail: [email protected]

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1 JUSTIFICATIVA

As atividades do Estágio Supervisionado estão fundamentadas na Lei no 6.494, de

07/12/1977, regulamentada pelo Decreto no 87.497, de 18/08/1982, Pareceres normativos

CST no 326, de 06/05/1971, Resolução 062/CONSUN/CaEn/02 da Universidade do Vale do

Itajaí e pelas normas administrativas aprovadas pela Coordenação do curso de Turismo e

Hotelaria.

Sendo requisito obrigatório para conclusão do curso, o estágio supervisionado

proporciona a vivência dentro do setor hoteleiro. Com isto a qualificação profissional tende a

aumentar, pois pode-se prestar, quando formados, um melhor e eficiente serviço á empresa

que tiver fornecendo o trabalho. A profissionalização depende de vários motivos, dentre os

quais pode destacar o treinamento, aumentando desta maneira seu desempenho de serviço.

Por ser empreendimento funcional, somente em equipe, o hotel necessita treinar

exaustivamente os profissionais em cada área, a fim de atualizar sempre o quadro de

funcionários tendo em vista, a evolução constante do Mercado, na busca da excelência dos

serviços em todos os setores e para isso a competência é fundamental.

Além da formação técnico-científica, deve-se pôr em evidência também as qualidades humanas na formação do profissional especializado. O profissional hoteleiro trata diretamente com gente e busca através da prestação dos seus serviços a satisfação das necessidades e desejos de outros seres humanos. Isto exige um engajamento pessoal total, muita iniciativa e criatividade. É da análise das aptidões físicas, intelectuais, sociais, de caráter e de trabalho que se pode forjar o verdadeiro profissional, isto é, um homem vocacionalmente voltado para a hotelaria. (CASTELLI, 2003, p. 37).

O estágio curricular é de grande valor para o estudante, por proporcionar um avanço

de conhecimento, alem de dar oportunidade de observar e participar da rotina do Mercado,

podendo ver e vivenciar a prática da teoria ensinada durante os cinco anos do curso, dentro da

Universidade.

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Hoje o bom atendimento se destaca, pois é uma das mais valorizadas essências do

Turismo e Hotelaria. Não ter uma boa qualidade no atendimento, significa a insatisfação do

cliente e o risco de perder o mesmo. A partir do momento em que o cliente adentra o hotel, os

serviços prestados devem ser primorosos, pois com o bom atendimento as vendas se

realizarão com mais sucesso.

Segundo Cândido e Vieira (2003, p. 37):

A preocupação nos dias de hoje é a realidade no atendimento e a diversificação nos serviços oferecidos aos hóspedes dos bons hotéis. Os funcionários são treinados e qualificados com base em modernas técnicas e direcionados especificamente para o atendimento setorial, o que não ocorria em épocas passadas onde os serviços domésticos eram requisitados para o atendimento sem padrão de qualidade e sem experiência e costumes próprios.

Assim, como em qualquer outro setor, o empresário desse setor no Brasil também está

tendo que se adaptar às mudanças decorrentes da concorrência e da globalização. Para tanto,

os hoteleiros estão tendo que se atualizar e rever os conceitos de operacionalização do

negócio.

Hoje, todas as empresas do mundo, preocupam-se com a qualidade de seus serviços.

Na competição acirrada vence o melhor. No ramo de hotelaria não podia ser diferente. O

desafio da competitividade global já começou.

A realização do estágio supervisionado em Hotelaria, bem como a apresentação de um

detalhado relatório sobre o mesmo, será de grande auxílio, para conjugar os conhecimentos

teóricos através da experiência prática; aspecto cada vez mais fundamental na formação do

profissional que o Mercado e, consequentemente, o Turismo necessita.

O Mar Grosso Hotel surgiu como opção para eu realizar meu estágio, e me interessou

pela sua estrutura ser antiga, estar em uma ótima localização e ter uma infra-estrutura

qualificada para atender os turistas no período da sazonalidade da cidade, ou seja, o hotel por

ter todas estas especificações e por ser da família, foi uma oportunidade para o aumento de

turistas neste período.

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3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo geral

Desenvolver atitudes e hábitos profissionais, bem como adquirir, exercitar e aprimorar

conhecimentos técnicos nos campos do Turismo e da Hotelaria.

3.2 Objetivos específicos

- Identificar na literatura especializada os fundamentos teóricos de hotelaria.

- Identificar/reconhecer a estrutura administrativa e organizacional do Mar Grosso Hotel.

- Empregar os conhecimentos teóricos nos diferentes setores a serem percorridos durante a

realização do Estágio.

- Reunir as informações observadas e vivenciadas no campo de Estágio para fins de relatório e

compreensão.

- Processar o Relatório de Estágio

- Identificar uma situação com potencial de mudança ou melhoria a ser planejada no Projeto

de Ação ou desenvolver um Projeto de Pesquisa, exigência parcial para obtenção do título de

bacharel em Turismo e Hotelaria.

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4 CONTEXTUALIZAÇÃO DA EMPRESA3

4.1 Evolução histórica da organização

O Mar Grosso Hotel (ANEXO A) foi inaugurado no dia 02 de Dezembro de 1969,

localizado em local privilegiado na Senador Gallotti, onde consta nossa placa principal

(ANEXO O). O hotel fica na principal Avenida do Mar Grosso com a entrada da recepção ao

lado (ANEXO B). O estabelecimento fica apenas a 100 metros do mar, além de estar também

próximo do calçadão, área destinada ao entretenimento em Laguna. O hotel fica em um ponto

estratégico para quem gosta de alegria e diversão, principalmente em datas especiais como o

carnaval, que em Laguna acontece por toda a Av. Senador Gallotti, onde passam os principais

blocos carnavalescos da cidade. Após 33 anos de atividades ininterruptas o Mar Grosso Hotel

passa por uma grande reforma, visando o melhoramento de sua estrutura tanto interna quanto

externa. Tem por objetivo modernizar as instalações para oferecer mais conforto e qualidade

aos hóspedes. A intenção é adaptar aos novos conceitos de hotelaria, proporcionando aos

clientes o que se tem de melhor neste ramo.

4.2 Infra-estrutura física da empresa

O Mar Grosso Hotel possui estacionamento (ANEXO F) com capacidade para 30

veículos. Os 03 andares com 30 u.h's, sendo que todos as u.h's podem acomodar de 1 á 7

pax´s (hóspedes) dependendo, o hotel suporta 75 hóspedes no total. Em cada andar possui

equipamentos contra incêndios, como extintores.

Hotel possui as seguintes características:

- Cada u.h's possui aproximadamente de 16m2 a 18m2, e as u.h's (ANEXOS K, L, M)

oferecem ao hóspede minibar (friigobar), ventilador de teto, televisor com canais abertos,

Wirelless (Internet a rádio) e banheiro próprio.

- Recentemente reformadas as u.h's, com pintura, troca de enxovais, cortinas,

colchões, edredons e ventiladores de teto.

3 Informações coletadas – Através de conversa informal com o proprietário Sr. Peterson Crippa no dia 18 de

maio de 2008 e através do site do Mar Grosso Hotel.

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Área para lazer que possui churrasqueira coletiva (ANEXO E), salão para que possa

fazer alguns eventos, como reuniões e jantares que suportam 40 pessoas. Na recepção possui

dois ambientes sendo que um balcão para check-in, check-out com exposições de folders de

restaurantes, pizzarias, lanchonetes, bares, passeios de escuna, cartão de visita (ANEXO T),

Cartão Normativo (ANEXO U) e outro ambiente de leitura e espera com revistas diversas,

jornais diversos e televisão e um confortável e amplo sofá.

Na baixa temporada o hotel possui uma porcentagem de ocupação variando entre 20 %

a 30%, e na alta temporada esta taxa varia de 80% á 95%. Devido a baixa temporada o hotel

lançou uma tarifa promocional, podendo ser modificada a qualquer tempo:

Quadro 2 – TARIFAS

TARIFA PROMOCIONAL

U.H (1 á 7 pax´s) R$ 20,00 reais para 2 (duas) ou mais noites

U.H (1 á 7 pax´s) R$ 25,00 reais para 1 (uma) noite.

Fonte: Mar Grosso Hotel, 2008.

Observação:

• Café da manhã incluso na diária;

• Isento de taxa de serviço.

Sendo assim, os outros ambientes são:

Área de Alimentos e Bebidas: Sala do café da manhã (ANEXOS C e D).

Área de Lazer: Churrasqueira e sala de eventos.

Área Administrativa: Recepção e Escritório (ANEXO N) .

Área de Serviços: Rouparia (ANEXO I), Cozinha (ANEXO G), Copa (ANEXO H) e Lavabo

(ANEXO J).

Área habitacional: São 30 u.h´s com capacidade de 01 (uma) á 07 (sete) pessoas, equipados

com:

• Minibar (Frigobar);

• Televisão;

• Ventilador de Teto;

• Banheiro próprio.

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4.3 Infra-estrutura administrativa

Para melhor ilustrar a estrutura da empresa hoteleira, abaixo, o organograma

simplificado do Mar Grosso Hotel da infra-estrutura administrativa.

Figura 10 - Organograma

Fonte: Autora, 2008.

O Mar Grosso Hotel é uma empresa simples e de pequeno porte, suportada por um

contigente mínimo de mão de obra. As funções peculiares deste ramo estão compostas pelos

oito funcionários que a Hotel possui. Além do Diretor Geral, existem mais o responsável pelo

setor de A&B, governanta, camareira e os recepcionistas que compreendem os três turnos de

trabalho. 4.4 Recursos humanos segundo o organograma

A seguir relação dos setores, funções e números de funcionários por setor para que

seja mais fácil de visualização referente o organograma:

SETOR FUNÇÃO NUMERO DE FUNCIONÁRIOS

Direção Diretor Geral 01

A & B Coordenador de A&B 01

Recepção Recepcionista 04

Governanta 01 Governança

Camareira 01

TOTAL DE FUNCIONÁRIOS 08

Quadro 3: Recursos Humanos Fonte: Autora, 2008.

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O setor financeiro, departamento de pessoal e de aquisição ficam sob a

responsabilidade do proprietário.

A segurança e serviços de lavanderia são terceirizados.

4.5 Serviços prestados ao cliente

O Mar Grosso Hotel possui 30 apartamentos e disponibiliza aos seus clientes áreas de

lazer, como churrasqueiras, salão para reuniões e jantares, além da localização privilegiada, á

100 metros da principal praia de Laguna – Mar Grosso. Oferecendo ainda ao nossos hóspedes:

• Serviços de arrumação de quarto, serviço de despertar e Café da manhã;

• Oferece um cantinho na sala de café da manhã com papel e caneta para que todos os

hóspedes tenham vontade de deixar recados, nisso os recados são molduramos e

colocamos na parede para que na próxima vez que estiverem em nosso hotel, sintam

motivados e satisfeitos

• Cabo para Internet.

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5 DESCRIÇÕES DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS POR SETOR

5.1 Setor: Recepção/Reservas e Administrativo

Responsável pelo setor: Elzi Crippa da Silva

Período: 17/03/2008 á 08/04/2008

Horário: 08:00 ás 12:00h e 13:00 ás 18:00h (160 horas)

5.1.1 Funções do setor

Como o “front-desk”, ou seja, o primeiro contato direto do cliente com o hotel, e

sendo o setor primordial da infra-estrutura hoteleira, o estabelecimento deve ter a

responsabilidade de contratar bons profissionais, pois com um serviço primoroso o hóspede

terá a primeira impressão do atendimento oferecido. Neste setor os numero de funcionários e

horários são: 04 (quatro), distribuídos da seguinte maneira: 01 (Matutino 07:00 ás

14:00horas), 01 (Vespertino 14:00 ás 18:00 horas), 01 (Noturno 18:00 ás 23:00horas), 01

(Madrugada 23:00 ás 08:00horas).

As principais atividades do setor são:

• Conferência do Fundo de Caixa;

• Leitura do caderno de ocorrências (verificar se há alguma informação importante para

o setor);

• Recepcionar o hóspede (suprindo todas as necessidades);

• Check-in: solicitar o cliente que preencha a ficha, verificar a u.h reservada, informar

todos os serviços como: Café da Manhã e horário (07:30 ás 09:30 horas), cabo da

Internet (para ser utilizado com o próprio computador do hóspede), entrega da chave

com o controle remoto da TV, guardar a ficha na pasta e anotar o nome do hóspede no

caderno (o hotel ainda não possui no momento sistema (programa) de reservas).

• Check-out: perguntar ao hóspede se ouve algum consumo no bar do hotel que está

localizado na recepção, se houver lançar consumo na ficha, fazer a cobrança, emitir

nota fiscal, se tiver interesse (se for á vista entregar a primeira via ao cliente), limpar a

pasta.

• WALK-IN: Verifica-se a disponibilidade de U.H., informa os serviços oferecidos pelo

hotel e as tarifas, caso o cliente solicite, negociar a tarifa. Verifica qual apartamento

esta disponível, entrega a ficha de hospedagem para o hóspede preencher, entrega a

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chave ao mesmo e lhe passa as informações sobre o café da manhã, localização da

U.H. Efetua check-in e anotar no caderno o nome do hóspede.

• Atendimento de reserva: Se for solicitada uma reserva individual ou de um grupo

pequeno via telefone, o recepcionista está apto a efetuar a reserva, após verificar se há

disponibilidade para a data solicitada.

• Os produtos consumidos no bar e as guloseimas: são anotados e colocados na ficha de

cada hóspede.

• Serviço de despertar: solicitado pelo hóspede e anotado em uma planilha, o horário

solicitado com a respectiva u.h. Lembrar que o hóspede esta acordando, não podendo

ser usada uma linguagem rápida, falar com calma, desejando um bom dia;

• É feito um rascunho das u.h´s que necessitam de limpeza, como saída e manutenção.

Atendimento telefônico: ser gentil, não mostrar intimidade, muito menos falar no

diminutivo, sempre que se dirigir ao cliente tratar como Senhor ou Senhora, atender

rapidamente o chamado do telefone, se o hóspede ou funcionário não estiver,

perguntar se quer deixar recado;

• Conferencia do fundo de caixa;

• Informação de números de hóspedes para o Café da manhã.

• Registro das informações: Cada turno da recepção registra no caderno de ocorrência

tudo o que ocorreu durante seu período, todas as informações importantes tem que

ficar registradas no caderno para que os funcionários dos próximos turnos tenham

acesso ás mesmo, para que as não sejam esquecidas.

5.1.2 Infra-estrutura do setor

Na recepção constam os seguintes equipamentos: 01 computador, 01, impressora, 01

telefone, 01 balcão, 04 cadeiras, 01 mesa, 02 armários e materiais: arquivos, caixa para

guardar chaves, material de escritório (lápis, caneta, papel A4, grampeador, furador, cola, fita

adesiva, borracha, clipes, grampos, carimbo, régua, agenda telefônica, lista telefônica entre

outros).

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5.1.3 Atividades desenvolvidas pelo acadêmico no setor:

As atividades realizadas foram básicas de rotina do setor, ressaltando que cada um dos

funcionários de períodos diferentes tem um jeito de mostrar seu trabalhando. As atividades

desenvolvidas foram:

• Check-in;

• Check-out;

• Walk-in;

• Atendimento ao telefone;

• Preenchimento das fichas dos hóspedes;

• Mostrar o hotel e Uh´s ao cliente;

• Atender pedidos dos hóspedes como: táxi, verificar se existia algum eventos cultural

na cidade, farmácia e lavanderia;

• Requisitada para servir cafezinhos;

• Fazer compras para o Café da manhã;

• Serviço de despertar;

• Conferência do fundo de caixa;

• Comunicação com a camareira, para saber se as Uh´s já estavam prontas para uma

nova estada;

• Informar ao responsável número de hóspedes para o café da manhã;

• Conferir a caixa onde ficam as chaves das Uh´s se está todas em seus respectivos

lugares.

5.1.4 Conhecimentos técnicos adquiridos

Através deste setor, pode-se ter uma visão abrangente, da importância da recepção na

chegada de um visitante/turista em um hotel. Foi possível adquirir o conhecimento prático de

algumas funções como check-in, check-out, walk-in, que até o momento eram apenas de

conhecimento teórico. Tendo acompanhado todas as rotinas da recepção, observei que os

ensinamentos em sala de aula foram valiosos, pois sem os mesmos a prática teria sido difícil.

Destaca-se que os funcionários possuem um enorme receio de perder sua função para alguém

mais qualificado.

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5.1.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas

Aspectos Positivos:

• Relacionamento profissional é excelente, devido á alta comunicabilidade dos

funcionários;

• Agilidade em atendimento;

• Organização do setor.

Aspectos limitadores e Sugestões administrativas

• No setor não existe nenhum tipo de sistema de reservas para facilitar o atendimento na

hora do check-in e check-out. Sugestão seria instalar o Software HMAX é a principal

solução desenvolvida pela empresa em atendimento às necessidades dos meios de

hospedagem. Trata-se de um sistema informatizado totalmente integrado que reduz

custos, melhora as condições de trabalho e agiliza o processo de atendimento aos

clientes.

• A recepção onde fica a parte de reservas e administrativo, e também por ser o primeiro

contato do cliente com o hotel, é necessário que o clima e a estrutura fique mas

adequada para o cliente no primeiro instante, o ideal seria instalação de um ar

condicionado quente e frio na recepção, devido a estação ser muito quente ou muito

frio e a estrutura física a reforma do teto, pois esta com infiltração.

5.2 Setor: Alimentos & Bebidas

Responsável pelo setor: Peterson Crippa da Silva e Elzi Crippa da Silva

Período: 09/04/2008 á 30/04/2008

Horário: 08:00 ás 12:00h e 13:00 ás 18:00horas (160 horas)

5.2.1 Funções do setor

Cozinha/Copa: é um setor importante para a preparação dos alimentos, nela é

necessária conservação, limpeza e higienização diária, pois é nela que são armazenados e

conservados todos os alimentos. No Mar Grosso Hotel a preparação, montagem e reposição

do café da manhã são feitos na cozinha juntamente com a copa, para que os hóspedes tenham

uma agradável e boa alimentação a ser servida na sala do café. Tem como função: comprar e

receber alimentos e bebidas, anotações de materiais faltantes a serem comprados, limpeza e

higienização das louças e equipamentos e limpeza do salão de café. Neste setor o numero de

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funcionário e horários: 01 (um), distribuídos da seguinte maneira: 01 (Matutino 08:30 ás

12:00 e Vespertino 13:00 ás 17:00 horas.

5.2.2 Infra-estrutura do setor

A infra-estrutura de um setor de alimentos e bebidas é necessária um ambiente arejado

e limpo para a conservação dos produtos, nele consta os seguintes produtos:

Equipamentos:

• 3 Geladeiras;

• 1 Fogão;

• 2 Microondas;

• 1 Máquina para suco.

Material:

• 01 latão para lixo;

• 03 panelas médias;

• 02 chaleiras;

• 02 bules;

• 02 garrafas térmicas;

• 80 Copos;

• 50 colheres de sopa;

• 40 colheres de cafezinho;

• 02 colheres grandes;

• 01 concha;

• 60 garfos de mesa;

• 70 facas de mesa;

• 70 xícaras;

• 70 pires;

• 100 pratos de sobremesa;

• 30 pratos;

• 07 Bandeja;

• 02 Cinzeiros;

• 01 Pia de inox;

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• 03 Armários para guardar alimentos (cozinha);

• 10 Toalhas brancas;

• 10 Toalhas laranja.

Alimentos

• Frutas; biscoitos, pães, achocolatado, iogurtes, frios, doces, mel, margarina, granola,

aveia, bolos, leite, café, melado, tortas, sucos, chás, entre outros.

5.2.3 Atividades desenvolvidas pelo acadêmico no setor

Este setor foi o mais fácil a ser praticado, pois ele é pequeno e sempre organizado, o

serviço é somente pela manhã e não é complicado, apenas precisa de uma limpeza eficiente de

agilidade e atenção na hora de pedir, anotação ou repor os alimentos. As atividades

desenvolvida foram:

• Serviço de café da manhã;

• Montagem e retirada da mesa do café da manhã;

• Reposição dos produtos faltantes do café da manhã;

• Contagem das mercadorias no almoxarifado;

• Compra de alimentos do café da manhã;

• Compra de bebidas para o bar;

• Anotação de materiais faltantes a serem comprados;

• Limpeza e higienização das louças e equipamentos;

• Limpeza do salão do café.

5.2.4 Conhecimentos técnicos adquiridos

A experiência neste setor foi interessante, e foi possível observar técnicas de preparo

de alimentos, como melhor conservá-los e aproveitá-los. Como proceder na reposição do café

da manhã, procurando sempre mantê-lo limpo e em ordem para que seja fácil no manuseio no

outro dia e também a estocagem das bebidas.

5.2.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas

* Aspectos Positivos:

• A sala de café da manhã fica em um lugar privilegiado e arejado, localizado em frente

á recepção com acesso à rua;

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• 01 funcionário neste setor é suficiente para a baixa temporada já na alta temporada é

contratado mais um pelo motivo da demanda de hóspedes serem maiores.

Aspectos limitadores e Sugestões administrativas

• A falta de um local mais arejado para a estocagem das bebidas, devido a esse

problema sugere estrados de plástico (durabilidade) para que as embalagens das

bebidas não fiquem diretamente no chão e também um armário sem portas para

facilitar o manuseio das bebidas que não ficam em fardos.

• Reciclagem de lixo. No hotel existem vários tipos de lixos, como papel, vidros,

plásticos e restos de comida, a sugestão seria ter 04 latões de lixo e identificados com

cores diferente para a colocação dos mesmo para facilitar a reciclagem e a empresa

que recolhe o lixo.

5.3 Setor: Governança

Responsável pelo setor: Eduarda de Souza Oliveira

Período: 01/05/2008 á 21/05/2008

Horário: 08:00 ás 12:00h e 13:00 ás 18:00horas (160 horas).

5.3.1 Funções do setor

É o departamento que supervisiona arrumação, faxina, contagem do enxoval e limpeza

dos apartamentos e áreas sociais do hotel das áreas de estacionamento, com número de

funcionário e horários: 02 (Matutino 08:30 ás 12:00horas e Vespertino 13:00 ás 17:00horas)

por isso:

• Limpeza e arrumação de Uh´s: de responsabilidade da camareira que já possuem

conhecimento do padrão de arrumação e limpeza: banheiro, toalhas, posição dos

objetos, cama, janelas, móveis, retirada de lixos e troca de enxoval que é feita

diariamente durante a permanência do hóspede.

• Limpeza das áreas sociais e de serviço: de responsabilidade da camareira que também

tem como função manter todas as áreas e demais dependências do hotel limpas e

organizadas como recepção, escritório, corretores, lavabo, estacionamento,

churrasqueira.

• Controle de Material: o controle do material é de responsabilidade da camareira e o

pedido de material é feito pela mesma ao responsável do almoxarifado.

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5.3.2 Infra-estrutura do setor

A infra-estrutura do setor é conservada, pois é nela que constam todos os produtos que

são feitos às manutenções e saídas em todos os ambientes do hotel, que são:

• Material para higienização;

• Enxoval completo (lençol, sobre lençol, fronha, edredom, cobertor, travesseiro, toalha

de banho, toalha de rosto e piso);

• Papel Higiênico;

• Sabonetes, Shampu, Condicionador com o logo do hotel;

• Vassoura mágica (Enceradeira) e vassoura;

• Desorizador de ambientes;

• Panos para limpeza;

• Saco para lixo;

• Chaves da U.h´s;

• Rodo;

• Baldes;

• Papel toalha;

• Sabonete liquido.

5.3.3 Atividades desenvolvidas pelo acadêmico no setor

O setor de governança é o mais pesado e o mais complexo do hotel, nele mostra a

valorização que temos que ter para que as atividades a ser desenvolvidas sejam cada vez mais

valorizadas e organizadas por isso foram realizadas as seguintes atividades:

• Substituição dos enxovais das U.h´s;

• Limpeza dos banheiros;

• Limpeza dos móveis da U.h´s;

• Retirada de lixos do setor de recepção;

• Limpeza do balcão da recepção;

• Contagem do enxoval do hotel;

• Supervisão de U.h´s.

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5.3.4 Conhecimentos técnicos adquiridos

O conhecimento neste setor foi muito gratificante, pois na teoria tudo é pratico e

funcional, mas realizar esta função na prática é muito diferente, requer muita força de

vontade, higiene e muita organização, porém o que mais me agradou no estágio.

5.3.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas

Aspectos Positivos:

• Número de enxoval é suficiente para atender as necessidades do hotel;

• O número de funcionário para baixa temporada é suficiente.

Aspectos limitadores e Sugestões administrativas

• Nos dias de mais movimentação como na alta temporada e feriados prolongados, foi

observado que as camareiras ficam sobrecarregadas. Seria necessário contratar mais

uma funcionária para ser suficiente dos dias de movimentação, pois o hotel consta

com apenas duas na alta temporada e uma na baixa temporada que é o suficiente.

• A falta de estrutura para o recolhimento do enxoval das uh´s, seria pratico e higiênico

que cada andar tivesse um cesto ou carrinho para o armazenamento dos mesmo para

que no final da limpeza a camareira levasse ate a rouparia e logo após a lavanderia

(terceirizada) viesse recolher.

• Falta estrutura física para guardar os enxovais e os produtos de limpeza, pois todos

eles ficam na rouparia no primeiro andar. Seria necessário e pratico que cada andar

possuísse um armário para armazenamento dos produtos e enxovais a baixo da escada

para facilitar o trabalho da camareira.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O tempo dedicado ao estágio foi bastante aproveitado, pois foi possível ver com

abrangência como funciona a Hotelaria e as dificuldades que são encontradas pela falta de

conhecimento no setor hoteleiro e também pelos próprios funcionários, em virtude disso foi

possível observar que o Mar Grosso Hotel enfrenta um problema no período da sazonalidade

que seria pos verão.

A realização do estágio supervisionado em Hotelaria, bem como a apresentação de um

detalhado relatório sobre o mesmo, é de grande auxilio ao aluno para conjugar os

conhecimentos teóricos com a experiência prática, aspecto cada vez mais fundamental na

formação dos profissionais que o mercado necessita. Sendo considerado assim em todos os

sentidos de aprendizado e conhecimentos, tanto o específico e genérico, quanto os teóricos e

os práticos adquiridos ao longo de toda a faculdade de Turismo e Hotelaria. A orientação de

cada setor foi bastante clara, pois proporcionou conhecimentos práticos. No desenvolvimento

do censo crítico e peculiar sobre as atividades realizadas no interior no hotel. Com esta

oportunidade pode constatar, a partir do conteúdo conhecido na sala de aula, diversos erros na

administração e que me permitiram provocar mudanças com o objetivo de melhora.

Tendo que conciliar teoria e prática, a busca por leituras especializadas foi

fundamental, para se ter um embasamento teórico de todos os métodos e procedimentos

padrões a serem seguidos dentro de um hotel. Todas as orientações foram essenciais para o

desenvolvimento do relatório e do projeto de ação, pois mostraram caminhos a serem

seguidos para a obtenção de um bom trabalho, assim como foi sugerido algumas literaturas e

materiais para o conhecimento especifico na área de atuação.

Como futuro bacharel em turismo e hotelaria foi possível ter noção como foi produtivo

o curso em todos os sentidos, como ensinamento na teoria e principalmente na prática, ou

seja, com este estágio de 450 horas no Mar Grosso Hotel, pôde observar que foi mais uma

base de conhecimento e aproveitamento que adquiri.

E por fim, constatou-se que o empreendimento ao qual foi realizado o estágio, no

estabelecimento Mar Grosso Hotel, precisa de uma reorganização em alguns setores, seja uma

reforma física ou uma reforma funcional. Como acadêmica foi um aprendizado, ou seja, um

conjunto de aulas práticas, um exercício sobre Mercado e sobre hotelaria com amplo

repertório de subsídios e dados para reflexão.

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7 REFERÊNCIAS

CASTELLI, Geraldo. Administração hoteleira. 9. ed. Caxias do Sul: EDUCS, 2003.

CÂNDIDO, Índio e VIERA, Elenara Viera de. Gestão de Hotéis, Técnicas, Operações e

Serviços. Caxias do Sul: Educs, 2003.

MAR GROSSO HOTEL. Informações gerais da empresa. Laguna: 2008.

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Coordenadora de Estágio: Prof. MSc. Carlos Tomelin

Orientadora de conteúdo: Prof a MSc. Renata Silva