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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - GESTÃO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS EMANUELA DE MELO ELABORAÇÃO DO MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA REALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DO DEPARTAMENTO CONTÁBIL DA EMPRESA ORSITEC ASSESSORIA CONTÁBIL E EMPRESARIAL S/S LTDA. Biguaçu 2007

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - GESTÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

EMANUELA DE MELO

ELABORAÇÃO DO MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA

REALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DO DEPARTAMENTO CONTÁBIL DA

EMPRESA ORSITEC ASSESSORIA CONTÁBIL E EMPRESARIAL S/S LTDA.

Biguaçu

2007

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EMANUELA DE MELO

ELABORAÇÃO DO MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA

REALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DO DEPARTAMENTO CONTÁBIL DA

EMPRESA ORSITEC ASSESSORIA CONTÁBIL E EMPRESARIAL S/S LTDA.

Monografia apresentada ao Curso de Ciências Contábeis na Universidade do Vale do Itajaí, do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientador: Marisa Luciana Schwabe Morais, MSc.

Biguaçu

2007

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EMANUELA DE MELO

ELABORAÇÃO DO MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA REALIZAÇÃO

DOS SERVIÇOS DO DEPARTAMENTO CONTÁBIL DA EMPRESA ORSITEC

ASSESSORIA CONTÁBIL E EMPRESARIAL S/S LTDA.

Esta monografia foi apresentada como trabalho de conclusão de curso de Ciências Contábeis da Universidade do Vale do Itajaí e aprovada pela banca constituída pelo orientador e membros abaixo.

Biguaçu, 04 de Dezembro de 2007

Professores que compuseram a banca:

Profª Marisa Luciana Schwabe Morais, MSc

(Orientador)

Prof. Marialene Pereira

(Membro de Banca)

Prof. Luiz Carlos Wisintainer

(Membro de Banca)

4

O homem não pode descobrir novos oceanos até ter

coragem de perder a praia de vista.

Davi Novaes dos Santos

5

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pelo seu amparo e a minha família por ser à força da

minha vida. Agradeço a minha orientadora por sua dedicação e a todos da

Orsitec, que me ajudaram a concluir este trabalho.

6

RESUMO

Este estudo teve como objetivo elaborar um manual de procedimentos para realização dos serviços do departamento contábil da empresa Orsitec Assessoria Contábil e Empresarial S/S Ltda. A sua realização deu-se através de estudo de caso e pesquisa científica, resgatando conceitos que envolviam a realidade prática do departamento contábil. Pretendeu-se, com a elaboração do manual, apresentar à empresa uma ferramenta que pudesse orientar os colaboradores quanto aos processos e tarefas, dando-lhes uma visão de cada uma das rotinas, assim como uma visão do processo como um todo, oportunizando também, que estes colaboradores pudessem correlacionar os trabalhos realizados pelos outros departamentos. A escolha do tema foi baseada na necessidade da empresa de sistematizar procedimentos, visto que o departamento contábil centraliza uma gama de informações e interage com todos os demais. A elaboração do Manual ocorreu com a participação de todos os departamentos da empresa, principalmente o pessoal e o fiscal, os quais tem relação direta com as atividades do departamento contábil. Como parte da elaboração do Manual de Procedimentos foram mapeados todos os macro-processos, processos e sub-processos existentes no departamento contábil, detalhando e orientando quanto à realização dos mesmos. Através deste mapeamento, foram padronizados e formalizados os procedimentos que servirão como guia de orientação e que, quando utilizados, oportunizarão o melhor desempenho e maior segurança nos serviços prestados aos clientes, e como conseqüência, a prestação de serviços com mais agilidade e qualidade.

PALAVRAS CHAVES: Manual de Procedimentos; Processos; Departamento Contábil.

7

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................... 9

1.1 JUSTIFICATIVA........................................................................... 10

1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ...................................................... 11

1.3 OBJETIVOS................................................................................. 12

1.3.1 Objetivo Geral...........................................................................12

1.3.1.1 Objetivos específicos ........................................................12

1.4 SUPOSIÇÕES ............................................................................. 12

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO..................................................... 13

2 FUNDAMENTAÇAO TEORICA.......................................................... 15

2.1 CONTABILIDADE ........................................................................ 15

2.1.1 Organização Contábil ...............................................................15

2.1.2 Perfil do Profissional Contábil...................................................19

2.1.3 Responsabilidade Do Profissional Contábil ..............................21

2.2 ESTRUTURA DA ORGANIZAÇÃO CONTÁBIL........................... 23

2.2.1 Departamentos .........................................................................24

2.2.2 Departamento de Contabilidade ...............................................26

2.2.3 Escrituração..............................................................................28

2.2.4 Auditoria ...................................................................................31

2.2.4.1 Auditoria Interna ................................................................32

2.3 QUALIDADE NA PRESTAÇAO DE SERVIÇOS.......................... 32

2.3.1 Qualidade em Serviços ............................................................32

2.3.2 Processos.................................................................................37

2.3.3 Mapeamento de Processos......................................................39

2.3.4 Manual de Procedimentos........................................................40

3 METODOLOGIA ................................................................................. 42

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA........................................... 42

3.1.1 Estudo de Caso ........................................................................42

3.1.2 Caracterização da empresa objeto do estudo ..........................43

8

3.1.3 Procedimento metodológico .....................................................44

4 APLICAÇÃO PRÁTICA – ESTUDO DE CASO.................................. 45

4.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO DEPARTAMENTO CONTÁBIL46

4.2 CLIENTES.................................................................................... 46

4.3 DIAGNÓSTICO INICIAL .............................................................. 47

4.3.1 Estrutura tecnológica................................................................48

4.4 MANUAL DE PROCEDIMENTOS................................................ 50

4.4.1 Estrutura do manual de procedimentos....................................50

4.4.1.1 Formatação Gráfica...........................................................50

4.4.2 Símbolos utilizados...................................................................51

4.4.3 Siglas encontradas – manual e apostilas .................................51

4.4.4 Apostilas...................................................................................53

4.4.5 Manual de procedimentos para realização dos serviços do departamento contábil da empresa Orsitec Assessoria Contábil e Empresarial S/S Ltda. .................................................................................................54

4.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................... 88

4.5.1 O Manual de procedimentos.....................................................88

4.5.2 Sugestões para trabalhos futuros.............................................90

4.5.3 Limitações da pesquisa ............................................................90

5 REFERENCIAS................................................................................... 91

6 ANEXOS ............................................................................................. 94

6.1 ANEXO 1 – PLANILHA DIRF....................................................... 94

6.2 ANEXO 2 – PLANILHAS DIPJ......................................................... 95

6.3 ANEXO 3 – PLANILHA DCTF ......................................................... 96

6.4 ANEXO 4 - APOSTILA ORIENTAÇÃO E TREINAMENTO -

DEPARTAMENTO PESSOAL............................................................................ 97

6.5 ANEXO 4 - APOSTILA ORIENTAÇÃO E TREINAMENTO -

DEPARTAMENTO FISCAL................................................................................ 97

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1 INTRODUÇÃO

Diversas profissões possuem práticas determinantes para execução dos

serviços prestados, algumas delas são irremediáveis, pois em caso de erro ou

omissão, o profissional é responsável direto no destino de uma pessoa ou

empresa. Não diferente da medicina, engenharia ou odontologia a contabilidade

contempla uma complexidade de informações e procedimentos, os quais estão

diretamente ligados a sua responsabilidade e competência profissional.

Esta complexidade da prática contábil implica também na necessidade de

entendimento em diferentes áreas do conhecimento, como direito, economia e

administração. Isso faz com que o contador precise ser um “multiprofissional”

capaz de compreender e interpretar diferentes assuntos e áreas de negócios.

Por mais que os pressupostos contábeis permaneçam os mesmos desde o

seu surgimento, os fatores que envolvem as mutações do patrimônio, que

precisarão ser analisados e interpretados para aplicação da ciência contábil,

estão em constante evolução. Isso faz com que o profissional contábil precise

estar atento a essas mudanças sob pena de envolver riscos para a continuidade

dos negócios.

Ao se tratar de uma empresa contábil, onde há um grupo de profissionais

com diferentes habilidades e conhecimentos, é importante utilizar-se de

ferramentas que possibilitem uma padronização de procedimentos e de certa

forma criem (ao aplicar a ferramenta) um padrão de qualidade aceitável que

garanta a segurança na realização dos serviços prestados.

A elaboração e utilização do manual contribui para a padronização dos

procedimentos na medida em que representa um conjunto sistemático de normas,

funções, atividades, instruções e orientações a todo o corpo funcional da

entidade.

Desta forma este estudo buscará elaborar nestes moldes uma ferramenta,

que será um manual de procedimentos para realização dos serviços do

departamento contábil da empresa Orsitec Assessoria Contábil e Empresarial S/S

Ltda.

10

1.1 JUSTIFICATIVA

Alguns anos atrás, a prestação de serviços contábeis com

responsabilidade poderia ser considerada no mercado como um diferencial

competitivo. Isso porque os contadores envolvidos na sobrecarga de trabalho

buscavam priorizar os serviços mais urgentes (normalmente relacionados

exclusivamente as questões fiscais), não se atendo a outros trabalhos igualmente

importantes. Neste período o poder público não dispunha de muita tecnologia

para cruzar informações e cercar transações que identificassem divergências nos

serviços prestados pelos contadores.

Contudo, em pouco tempo, o avanço tecnológico atingiu todas as áreas e a

mudança no Código Civil Brasileiro, veio alertar os contadores quanto a sua co-

responsabilidade nos atos da administração das empresas, fazendo aumentar

ainda mais as responsabilidades do profissional.

Ao analisar as questões colocadas acima, pode-se concluir que uma

empresa contábil permanece no mercado por um longo período, mantendo um

crescimento sustentável, somente se tiver consciência da dimensão da sua

responsabilidade profissional. Foi com esta visão que a Orsitec (empresa objeto

deste estudo) cresceu nos seus 26 anos de existência, acreditando que o

relacionamento com o cliente é uma conquista de longo prazo e que deve ser

fortalecido pela segurança e tranqüilidade, transmitida e certificada pelo cliente

através do serviço tomado. Por mais que a competitividade se tornasse, em

muitas circunstâncias, desleal, ao ter como prática o cumprimento de todas as

obrigações profissionais, a Orsitec insistiu neste posicionamento e como retorno

tem conquistado a confiabilidade e fidelidade de seus clientes.

Voltada a esta visão, de segurança nos serviços prestados e de melhoria

contínua, este trabalho propõe elaborar um manual de procedimentos para

realização dos serviços no departamento contábil da empresa Orsitec.

11

Isto porque, a empresa entende que o departamento contábil é meio e fim

no processo de escrituração e por isso deve realizar um trabalho que, de certa

forma, audite1 os serviços realizados pelos outros departamentos.

A realização deste estudo é plenamente viável, pois as pessoas envolvidas

serão os próprios colaboradores da Orsitec. Todavia deve-se considerar que o

tempo empregado para elaboração do manual, servirá também como uma

oportunidade para adquirir e disseminar conhecimento. A viabilidade deste estudo

também se dará a longo do tempo, onde através da informação disponibilizada no

manual, supõe-se que serão evitados possíveis erros na execução dos serviços.

Contudo, o principal objetivo do manual de procedimentos é orientar os

colaboradores do departamento para uma correta escrituração contábil, de forma

que ele possa auditar os trabalhos realizados pelos outros departamentos. O

manual além de servir como um guia de orientação estará capacitando os

profissionais através da troca de experiências e conhecimentos com os outros

departamentos envolvidos, de forma que haja uma conscientização quanto a sua

importância.

1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

A realização das tarefas/atribuições do departamento contábil sem a visão

e o entendimento do processo como um todo, tende a contribuir para que se

criem diferentes métodos para execução dos mesmos trabalhos. A importância de

se ter procedimentos sistematizados ganha ênfase, quando considerados

aspectos, tais como: o não entendimento técnico para interpretação de alguns

fatos contábeis, desconhecimento de algumas ferramentas dos sistemas

utilizados, dificuldades para adaptação de novos colaboradores com pouca

1 Considere a palavra audite , voltada ao conceito da palavra auditoria que conforme Franco e Marra (2000, 2) é o exame a avaliação dos

registros e das demonstrações contábeis, e não a própria técnica em si, com suas ferramentas e instrumentos.

12

experiência prática e a falta de visão de todos os procedimentos que envolvem

uma escrituração contábil.

Face ao exposto, questiona-se: De que forma o Manual de Procedimentos

poderá auxiliar no melhor desempenho e maior segurança nos serviços prestados

pelo departamento contábil?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

Elaborar um manual de procedimentos para realização dos serviços do

departamento contábil.

1.3.1.1 Objetivos específicos

� Levantar os procedimentos atuais realizados;

� Fazer um estudo de todos os procedimentos necessários;

� Avaliar a melhor forma de realizar os procedimentos necessários;

� Sugerir melhorias na realização dos procedimentos;

1.4 SUPOSIÇÕES

Organizar é uma ação válida para qualquer atividade. Através do processo

de organização é possível, identificar, mensurar, modificar e adquirir

conhecimento sobre aquilo que está sendo realizado. Assim, padronizar e

formalizar os procedimentos existentes em um departamento, nada mais é do que

13

organizá-lo, de forma que sua estrutura operacional flua em concordância com os

objetivos e metas da empresa.

Neste caso, a ferramenta para organização será o manual de

procedimentos dos serviços realizados pelo departamento contábil da empresa

Orsitec, com vistas a esclarecer as dúvidas, corrigir os erros na realização dos

procedimentos, implementar melhorias, além de proporcionar tranqüilidade para

realização dos trabalhos.

Supõe-se que todos estes fatores e modificações advindas através da

elaboração do manual, terão como conseqüência a prestação de serviços com

mais agilidade e qualidade.

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO

O presente estudo foi motivado pela necessidade de sistematizar

procedimentos através da a elaboração de um Manual de Procedimentos para a

realização dos serviços do departamento contábil de uma empresa de serviços

contábeis. Este se constituiu de cinco capítulos que foram distribuídos da seguinte

forma:

O primeiro capítulo tem o objetivo de introduzir o tema, apresentar a

justificativa da escolha do tema, apontando os objetivos a serem alcançados, bem

como a metodologia utilizada para a realização do estudo.

No segundo capítulo são apresentados os referenciais teóricos que

sustentam a aplicação pratica. Neste ponto são abordadas as organizações

contábeis, o perfil e as responsabilidades do profissional contabilista. Destaca-se

também a estrutura das organizações contábeis, com ênfase no departamento de

contabilidade (foco da pesquisa) e finaliza com a qualidade na prestação dos

serviços com enfoque nos processos, mapeamento de processos e no manual de

procedimentos.

14

O terceiro capítulo versa dobre a aplicação pratica onde se apresenta o

histórico da empresa objeto do estudo, um diagnóstico inicial da referida empresa

e, finalmente, o Manual de Procedimentos.

O quarto capítulo abrange as considerações finais deste estudo, apontando

o objetivo geral, os específicos e as suposições propostas no mesmo,

determinando se foram atingidos os objetivos e se foram confirmadas as

suposições. Este capítulo refere-se ainda as limitações encontradas na realização

deste estudo, bem como, as sugestões para trabalhos futuros.

No quinto e ultimo capitulo são apresentadas as bibliografias consultadas e

referenciadas ao longo do estudo.

15

2 FUNDAMENTAÇAO TEORICA

2.1 CONTABILIDADE

A contabilidade é uma ciência muito interessante, pois ao mesmo tempo

em que apresenta uma complexidade de informações e conceitos, também

demonstra uma lógica harmoniosa.

Contabilidade é uma ciência que estuda os fenômenos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a classificação, a demonstração expositiva e a interpretação destes fatos, com o fim de oferecer informações e orientação necessárias à tomada decisões sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico, decorrente da gestão da riqueza patrimonial (FRANCO, 1996, p.21)

Para Barreto (2003) a contabilidade é a ciência que tem como objetivo,

orientar, prestar informações, controlar e contabilizar os fatos ocorridos em um

patrimônio.

Crepaldi (1995) conceitua a contabilidade como sendo um instrumento da

função administrativa que tem como finalidade: controlar o patrimônio das

entidades, apurar o resultado das entidades e prestar informações sobre o

patrimônio, aos diversos usuários da informação.

A função da contabilidade de prestar informações é básica e fundamental

no exercício da profissão. Muitas decisões tomadas pela administração das

empresas estão baseadas nas informações repassadas pela contabilidade. Dessa

forma a realização da contabilidade deve sempre estar envolvida de muita

responsabilidade.

2.1.1 Organização Contábil

Segundo Maximiano (1992) a organização é uma combinação de esforços

individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. Há uma

16

concordância deste conceito ao relacioná-lo com as organizações contábeis, onde

existem diversas atividades realizadas por diferentes pessoas, de acordo a sua

especialização, que estão totalmente interligadas, finalizando em um único

resultado. A interação e o conhecimento da estrutura organizacional por parte

dos colaboradores, torna possível perseguir e alcançar objetivos que seriam

inatingíveis para uma única pessoa. Essa sinergia faz uma organização ser bem

sucedida.

O desempenho de uma organização é mais efetivo quando todas as atividades inter-relacionadas são compreendidas e geridas de forma sistemática e quando as decisões relacionadas aos processos correntes e ao planejamento de ações de melhoria são tomadas com base em informações confiáveis (MELO, 2003, p.41)

Figueiredo e Fabri (2000) afirmam que uma Organização contábil de

serviços é aquela que tem como missão prestar serviços de natureza contábil,

centralizando e executando o registro das mutações patrimoniais.

A organização contábil é uma instituição de fundamental importância para

economia de um país. Qualquer tipo de empresa, independente de sua atividade

ou porte, precisa dos serviços de uma empresa contábil. Barreto (2003) enfatiza

que uma empresa sem contabilidade é uma entidade sem memória, sem

identidade e sem a mínima condição de sobrevivência, ou de até mesmo, planejar

seu crescimento.

Além da importância da organização contábil para as empresas, como

fonte de informação gerencial, têm-se também a obrigatoriedade de manter a

contabilidade, pois a legislação brasileira, desde o Código Comercial de 1850 até

o Código Civil de 2002, obriga a contabilidade para todas as empresas. Assim

sendo uma profissão respaldada por lei, o campo de trabalho das organizações

contábeis é muito amplo, onde a terceirização de serviços torna-se uma ótima

oportunidade de negócio.

Horngren (2000) define as características de uma organização contábil,

como sendo: A mão de obra é intensiva, pois requer alto nível de qualificação e

acaba sendo um dos maiores custos da organização; O produto é em geral de

difícil definição , cada contador define o produto da contabilidade de acordo com

17

sua percepção; e o fato de não poder armazenar os principais insumos, pois a

mão de obra e o seu conhecimento é usada ou não em um determinado período.

A atividade da contabilidade dentro de uma organização contábil é

segmentada tendo em vista a gama de informações inerentes a cada setor. De

uma forma geral, os serviços prestados por um escritório contábil visam auxiliar o

cliente na administração de seus funcionários e na administração de seu negócio.

De acordo com Thomé (2001), os serviços contábeis podem ser segmentados da

seguinte forma:

� Contabilidade;

� Administração de pessoal;

� Escrituração fiscal;

� Expediente ou serviços comerciais;

� Auditoria, perícia e assessoria, e

� Consultoria.

Figueiredo e Fabri (2000, p.90) através de figura, também demonstram as

atividades da empresa contábil em um contexto operacional, desencadeado a

partir do primeiro contato com o cliente.

A figura que será apresentada a seguir segmenta os serviços em quatro

partes, sendo as atividades principais aquelas que iniciam desde o contado com o

cliente até o envolvimento de todos os departamentos, as secundárias e as de

outros serviços que atendem a departamentos auxiliares ou parceiros, além da

auditoria, consultoria, jurídico, tecnologia e treinamento. Destaca também as

atividades de apoio interno, identificadas, como as atividades de suporte ou de

forma geral atividades da área administrativa.

As atividades relacionadas pelos autores na grande maioria das

organizações contábeis são delimitadas em departamentos ou setores. Essa

delimitação auxilia na gestão e no controle da realização dos processos.

18

Figura 1: As atividades da empresa contábil

Fonte: Figueiredo e Fabri (2000, p. 90)

Face a importância das organizações contábeis e das atividades

desenvolvidas por estas organizações, sejam primárias, secundárias ou de apoio,

mostra-se então a necessidade de profissionais capazes de lidar com as

responsabilidades da função que ocupam, assim como de profissionais com

habilidades e competências suficientes para desenvolver tais atividades. O perfil

destes profissionais torna-se, portanto, determinante.

Necessidade

de clientes

ATIVIDADES PRINCIPAIS

Elaboração

da

proposta

Contrato

Prestação

de serviço

Execução da contabilidade obrigações

fiscais e trabalhistas

Assessoria e acompanha_mento e trabalhistas

Balanço, folha de pagto,

cálculos das obrigações

fiscais e trabalhistas e

etc.

Consultoria Auditoria

ATIVIDADES

Tecnologia e

informática Jurídico

OUTROS SERVIÇOS - PARCERIAS

Treinamento

Finanças Manutenção Segurança Recursos

Humanos

Controladoria Administração

ATIVIDADES DE APOIO INTERNO

19

2.1.2 Perfil do Profissional Contábil

A função do contador para um cliente, na maioria dos casos vai muito além

dos assuntos que envolvem a escrituração contábil. O contador é como um

consultor, atendendo e orientando aos mais diferentes assuntos de interesse do

cliente. Visto esta necessidade, destaca-se a importância do perfil do profissional

contábil.

O contador lida todos os dias com o que é apontado como um dos bens mais preciosos de uma economia: a informação contábil. Neste sentido, destaca-se o valor do contador perante a sociedade em geral e o sentido que torna um perfil profissional contextualizado, situado histórica, social e culturalmente (FARI e NOGUEIRA, 2007, p 25)

A colocação de Fari e Nogueira (2007) evidencia não só a importância da

contabilidade no cenário econômico, mas também a abrangência de

conhecimento necessário para o perfil de um profissional contábil.

Conceitos e definições de diferentes autores indicam que o perfil do

profissional contábil deve estar voltado não apenas a técnica e pratica contábil,

mas a todo o contexto que gira a sua volta, incluindo ainda a necessidade de um

bom nível cultural.

Iudícibus (1991, p. 7) corrobora tal aspecto quando diz que, para seu

benefício profissional e como cidadão, “o contador deve manter-se atualizado não

apenas com as novidades de sua profissão, mas de forma mais ampla, interessar-

se pelos assuntos econômicos, sociais e políticos que tanto influem no cenário em

que se desenrola a profissão”.

Franco apud Avelino (1999), destaca ainda que, os Contadores precisam,

atualmente, ser treinados de forma diferenciada. Além dos conhecimentos

técnicos essenciais, o Contador da atualidade precisa também desenvolver

habilidades relativas à comunicação, às relações humanas e à administração,

criando um balanceamento adequado entre a formação teórica e experiência

prática.

Neste sentido, Silva (2002) apresenta o conteúdo programático proposto

pelo Conselho Federal de Contabilidade, para formação acadêmica em ciências

20

contábeis, voltada a uma formação ampla e generalista a qual se relaciona

diretamente com as novas características do perfil do profissional contábil:

� Conhecer as atividades econômicas, de forma a atender entidades

privadas, governo e organizações não-lucrativas. Abrangendo o meio

ambiente onde elas operam, as forças econômicas, legais, políticas,

sociais, culturais a que estão sujeitas, tanto no plano regional, como

nacional e internacional;

� Conhecer da estrutura e funcionamento das empresas, considerando as

funções administrativas, financeiras, o gerenciamento operacional, e sua

posição no mercado;

� Dominar as finanças empresariais e o mercado de capitais;

� Ter habilidades práticas de técnicas organizacionais, programação e

controle da produção e estoques;

� Conhecimentos básicos de Economia e capacidade de analisar cenários

micro e macro econômico;

� Métodos quantitativos;

� Compreender as relações interpessoais nas organizações;

� Prática e entendimento sólido em sistemas e tecnologia de informação;

� Dominar dos conceitos e de legislação básica nas áreas do Direito; e

� Conhecer o ambiente legal onde atua as entidades.

Na medida em que a formação acadêmica dos futuros profissionais estiver

voltada para o desenvolvimento destes conhecimentos, habilidades e atitudes,

estará assegurada a formação de profissionais suficientemente próximos do perfil

exigido pelo mercado.

Fari e Nogueira (2007) reiteram também que o profissional da contabilidade

precisa ter um conhecimento amplo da economia, ter facilidade de comunicação e

simplicidade na geração de informações para que a sociedade possa

compreendê-las. É necessário que leia muito, que tenha a capacidade de

analisar, elaborar e interpretar informações gerenciais (FARI e NOGUEIRA,

2007).

21

Destaca-se, no entanto que, todas as características necessárias no perfil

de um profissional contábil somente serão válidas, se este tiver como base

profissional o comportamento ético. O conhecimento técnico desvinculado da

conduta ética pouco serve.

Na contabilidade a ética não está apenas na consciência individual de cada

profissional, mas a sua prática, traz de certa forma a segurança de um trabalho

com responsabilidade.

2.1.3 Responsabilidade Do Profissional Contábil

Toda a profissão está norteada de questões éticas e de responsabilidade

profissional. Na contabilidade não é diferente, a sua atividade está envolvida

diretamente com a continuidade dos negócios dos seus clientes. Por isso

destaca-se o conceito de responsabilidade do profissional contábil.

A confiabilidade por parte do cliente no profissional contábil torna-se um grande diferencial em relação aos seus concorrentes, mas para isso é necessário que o contador tenha uma postura e repasse seu conhecimento de uma forma que transmita e conquiste esta confiança (MELO, 2003, p.17).

Conforme mencionado na justificativa deste estudo, o Código Civil

Brasileiro (lei 10.406/02, de 10/01/2002) no seu artigo 1.178, trata da

responsabilidade do profissional contábil quanto a prestação dos seus serviços,

caracterizando o contabilista como o preposto encarregado da escrituração

contábil da empresa.

Dispõe o art. 1.177 do novo Código Civil:

Art. 1.177. Os assentos lançados nos livros ou fichas do preponente, por qualquer dos prepostos encarregados de sua escrituração, produzem, salvo de houver procedido de má-fé, os mesmos efeitos como o se fossem por aquele.

O registro nos livros e documentos de escrituração da empresa considera-

se realizados pelo próprio preponente (quem constitui o preposto), salvo se for

verificado que o preposto (representa o titular) agiu de má-fé. Isso significa dizer

22

que, salvo se o contabilista agiu na intenção ou a vontade consciente de lesar a

empresa.

O parágrafo único do mesmo artigo tem a seguinte redação: “No exercício

de suas funções, os prepostos são pessoalmente responsáveis, perante

preponentes, pelos atos culposos; e, perante terceiros, solidariamente com o

preponente, pelos atos dolosos”.

Neste caso, a culpa ocorre quando o contador sem intenção, causa o

prejuízo por não observar as regras básicas da sua profissão, apenas tenha sido

imprudente, negligente ou imperito nas suas ações. Já o dolo está voltado para a

vontade de obter o resultado em prejuízo de outro, como por exemplo, com o

cliente, fornecedor ou o Fisco (MARQUES, 2005).

Quanto às penalidades, Marques (2005) também esclarece que conforme o

novo Código Civil, em caso de culpa, o contabilista deve responder perante a

própria sociedade, tão somente. Em caso de ter agido com dolo, o profissional

contábil, deverá responder perante aos terceiros prejudicados solidariamente com

a empresa.

“Ser responsável solidariamente significa dizer que o prejudicado pode

acionar tanto o contador quanto a empresa para reaver seu prejuízo,

indistintamente” (MARQUES, 2005).

Contudo, a definição de dolo ou culpa, não dependerá somente das

evidencias, mas também da interpretação daquele que julga. Porém observa-se

que a grande problemática, em diversas situações, está relacionada ao dia a dia

do trabalho do contador, onde a rotina e confiança em alguns clientes, abre a

guarda dos contabilistas e estes acabam não identificando possíveis situações de

risco, ou mesmo não se resguardam de evidências a sua defesa.

Todavia, a regulamentação quanto a responsabilidade do profissional

contábil pelos serviços prestados, não iniciou em 2002, com o novo código civil.

Já em 1943, o Decreto-Lei 5.844, no artigo 39, § 1º e § 2º que dispunha sobre a

cobrança e fiscalização do importo de renda:

Art. 39. Os balanços, demonstrações da conta de lucros e perdas, extratos, discriminações contas ou lançamentos e quaisquer outros documentos de contabilidade, deverão ser assinados por atuários,

23

peritos-contadores, ou guardas-livros legalmente registrados, com indicação do número do respectivo registro.

§ 1º Êsses profissionais, dentro da âmbito de sua atuação e no que se referir à parte técnica, serão responsabilizados, juntamente com os contribuintes, por qualquer falsidade dos documentos que assinarem e pelas irregularidades de escrituração praticadas no sentido de fraudar o imposto de renda.

§ 2º Verificada a falsidade do balanço ou de qualquer outro documento de contabilidade, assim como da escrita dos contribuintes, o profissional que houver assinado tais documentos será pelo diretor do Imposto de Renda ou pelos delegados regionais, independentemente da ação criminal que no caso couber, declarado sem idoneidade para assinar quaisquer peças ou documentos contábeis sujeitos à apreciação das repartições do imposto de Renda.

Assim o profissional deve ter extremo cuidado no desempenho das suas

funções, a Lei não ampara alegação de desconhecimento por parte do

profissional, ficando este responsável pelo seu ato ilegal. Dessa forma é preciso

que os contadores investiguem a situação do cliente que possa representar risco,

e se assim for, rescindir o contrato de prestação de serviços.

No entanto os riscos não envolvem apenas os fatores externos, mas

também os fatores internos que se aplicam ao cumprimento da legislação, normas

e obrigações por todos aqueles que trabalham na organização contábil. Assim,

principalmente pelos riscos inerentes as atribuições cotidianas é que a empresa

contábil deve organizar, padronizar e criar controles internos de forma que ela

possa aplicar, em função desta padronização, a conferência nos serviços

realizados.

2.2 ESTRUTURA DA ORGANIZAÇÃO CONTÁBIL

Uma estrutura organizacional deve ser delineada de acordo com os

objetivos e as estratégias estabelecidas, ou seja, a estrutura organizacional é uma

ferramenta básica para alcançar as situações almejadas pela empresa

(OLIVEIRA, 2005)

24

A grande maioria das organizações contábeis tem como estrutura

organizacional o modelo departamentalizado. Isso porque esta formação

determina diferentes especializações e áreas de trabalho, as quais,

independentes do modelo, têm completa liberdade de interação entre os

departamentos, formando uma grande equipe de trabalho.

Para Oliveira (2005), a departamentalização é o agrupamento de acordo

com um critério específico de homogeneidade, das atividades e correspondentes

recursos em unidades organizacionais.

A estrutura de uma empresa departamentalizada é apresentada através de

um organograma. Apresentar-se-á como modelo de estrutura de uma organização

contábil a da empresa objeto deste estudo:

Figura 2- Organograma – Orsitec Assessoria Contábil e Emp. S/C Ltda.

Fonte: Dados primários (2007).

2.2.1 Departamentos

Os departamentos, também podem ser chamados de unidades

organizacionais, as quais representam uma forma de consolidar e representar,

formalmente, todas as responsabilidades do departamento considerado.

Destaca-se os departamentos da empresa Orsitec, sendo eles:

� Depto administrativo / financeiro: atendem a área de recursos humanos,

comercial, qualidade, marketing, controle de expedição de documentos e

Depto Pessoal

Diretoria

Adm/Finac

Depto Fiscal

Depto Jurídico

Depto Obrig. Acessória

Depto Contábil

Depto Registro

Depto TI

25

financeira. Realiza as atividades de gestão da empresa e está disposta

como linha de staff.

� Depto de Tecnologia e Informação: este departamento é linha de staff no

organograma da estrutura organizacional. É responsável por todo a área

tecnológica da organização. Tem como suporte os serviços terceirizados;

� Depto Fiscal: Atendimento, orientação e controle da aplicação dos

dispositivos legais vigentes, sejam federais, estaduais ou municipais;

� Depto Pessoal: Cumprimento e execução dos preceitos da Consolidação

das Leis do Trabalho, bem como aqueles atinentes à Previdência Social,

“PIS”, “FGTS” e outros aplicáveis às relações de emprego;

� Depto Contábil: Elaboração da contabilidade por unidade de negócio, de

acordo com as normas e princípios contábeis vigentes, atendendo a

apuração dos impostos federais, em conformidade com o regime tributário

da legislação do Imposto de Renda, de acordo com a Legislação vigente;

� Depto Jurídico: Orienta nos processos de constituição de sociedades,

realizando os primeiros atendimentos aos novos clientes e dá suporte a

todas as questões relacionadas ao direito comercial, civil e tributário;

� Depto de Obrigações Acessórias: Atende ao cumprimento de todas as

obrigações acessórias que envolvem a prestação dos serviços contábeis

com exceção da entrega da RAIS – Relatório Anual de Informações

Sociais, atendida pelo departamento pessoal.

� Depto de registro e documentação: acompanhamento nas questões de

ordem societária, alterações contratuais e estatutárias, aberturas de filiais e

sucursais, levantamento de balanços para inventário e dissolução

societária;

Além dos departamentos apresentados Domingos (2004) apresenta outros

departamentos, que podem ser criados pela separação de algumas atividades

agrupadas nos departamentos acima. Entre estes departamentos estão:

� Departamento comercial: captação de clientes, admissão do cliente,

manutenção do cliente e desligamento do cliente.

26

� Departamento de expedição e logística: Sistema de roteiro; retirada e

entrega de documentos e controle de protocolos.

� Departamento de recursos humanos: recrutamento e seleção de novos

funcionários; controle dos treinamentos, vestuário e aparência, transmissão

da conduta da empresa para os colaboradores, política de benefícios,

plano de carreira e plano de cargos e salários.

� Departamento da qualidade: descrição dos processos da empresa,

auditoria interna dos processos, serviço de atendimento ao cliente – SAC,

estabelecimento de controle e indicadores de desempenho, gerenciamento

das metas e objetivos da empresa, pesquisa de satisfação, entre outras

atividades relacionadas a qualidade.

A soma das tarefas desenvolvidas por todos estes departamentos, quando

envolvidas de qualidade, virão assegurar o desenvolvimento da atividade fim das

organizações contábeis.

Dado que, o objeto de trabalho deste estudo está voltado ao departamento

contábil da empresa Orsitec, cabe conceituar e descrever com mais detalhes este

departamento.

2.2.2 Departamento de Contabilidade

Para Thomé (2001) o departamento contábil de uma empresa de

contabilidade tende a ser o mais caro entre os outros departamentos. Isso porque

exige que os profissionais tenham formação acadêmica na área, pois a aplicação

prática da técnica contábil dificilmente seria adquirida de forma empírica. Esta

característica se difere de outros departamentos, os quais abrem possibilidade

para mais áreas de conhecimento, já que a realização dos trabalhos está voltada

principalmente para atualização continua da legislação e normas vigentes.

Dentre os trabalhos realizados pelo departamento de contabilidade, Thomé

(2001, p.63) classifica como sendo: escrituração contábil, conciliação de contas,

27

demonstrações financeiras, declarações fiscais, contabilidade gerencial, arquivo

magnético e arquivo de documentos.

Reinaldo (2004), classifica as atividades do departamento contábil, como

sendo: Escrituração dos livros contábeis, elaboração dos balancetes de

verificação e do balanço patrimonial, geração de impostos e contribuições,

consultoria a clientes na legislação de IRPJ e CSLL e validação contábil através

da importação de dados ou sistemas on-line.

O trabalho do departamento contábil, quanto ao tempo de realização, é

bastante influenciado pelo nível de organização do cliente. Dependendo do quão

ágil a empresa é com relação a entrega da documentação, o contador terá maior

ou menor nível de dificuldade para realizar a escrituração.

Figueiredo e Fabri (2000) ao definir um manual de orientação ao cliente

(que é uma boa alternativa de moldar o cliente conforme as necessidades dos

serviços a serem prestados), descreveu a relação de documentos que os clientes

devem encaminhar ao departamento contábil.

� Extratos bancários: verificar a seqüência da movimentação da conta, na falta de algum extrato, solicitar imediatamente o período faltante ou solicitar o extrato mensal;

� Depósito bancário: anexar cópias dos comprovantes da origem. Por exemplo, recebimentos de duplicatas, anexar cópia desta;

� Avisos de cobrança: anexar cópias as duplicatas;

� Enviar todos os avisos bancários, tais como: despesas, transferências, aplicações, débitos, créditos etc.

� Encaminhar contratos de seguros, empréstimos, financiamentos, etc.: enviar uma cópia do contrato e do pagamento das parcelas.

� Despesas com condução e correio: usar vales despesas para cada item;

� Despesas com refeições, gasolina, material de limpeza, brindes, conservação, manutenção e outras pequenas despesas somente poderão ser contabilizadas quando comprovadas com nota fiscal;

� Recebimentos de duplicadas por caixa: anexar cópia da mesma ao depósito ou anotar a data do recebimento no verso;

� Observações: ticket de maquinas registradoras, nota de pedidos, nota de controle interno, despesas particulares, não devem ser enviadas, pois não possuem valor contábil.

28

O complemento do trabalho do departamento contábil, para que sejam

feitas todas as conciliações e consolidações, depende dos serviços realizados

pelos outros departamentos. Somente com todo esse conjunto de informações

(clientes e outros departamentos) é que o trabalho do departamento contábil

poderá ser finalizado.

O ponto de partida, no entanto, para que todos os trabalhos/atividades dos

departamentos possam ser exercidos será uma estruturação sólida, que reflita de

forma fidedigna todas das transações realizadas.

2.2.3 Escrituração

De uma forma geral, todo trabalho realizado pelo departamento contábil,

pode ser definido em função da escrituração. A escrituração é a técnica base da

ciência contábil. Através dela são feitos os registro dos fenômenos patrimoniais. A

partir das informações geradas pela escrituração, é possível realizar outras

técnicas tais como elaboração das demonstrações, auditoria e analise de balanço.

Para Franco e Marra (2000, p.25) “a escrituração pode ser conceituada

como sendo o registro dos fatos que ocorrem no patrimônio obedecendo aos

princípios e normas contábeis”.

Crepaldi (1995) resumidamente define que escriturar é o ato de registrar as

operações exercidas e comprovadas pela empresa que ocorreram no decorrer do

período.

Barreto (2003) também segue a mesma linha conceitual e como

complemento informa que o registro de cada fato denomina-se lançamento e que

este possui os elementos essenciais, a saber:

� Local e data do registro;

� Conta (s) debitada(s);

� Conta(s) creditada (s);

� Histórico da operação;

29

� Valor da operação, e

� Encerramento do lançamento.

Contudo os lançamentos somente poderão ser efetivados se o documento

recebido da entidade para contabilização seja realmente válido. Crepaldi (1995)

informa que para que um documento seja hábil, é necessário que o mesmo seja:

idôneo, devidamente preenchido com a atividade da empresa e vinculado com a

atividade da empresa.

Barreto (2003, p.72) define ainda que o conjunto de lançamentos estão

incluídos dentro do processo contábil como segue:

Figura 3: Processo Contábil

Fonte: adaptado de Barreto (2003, p. 72)

A ilustração demonstra que os fatos (devidamente balizados por

documentação comprobatória) na medida em que são escriturados (através dos

lançamentos) se transformam na base para a seqüência do processo contábil que

perpassa pelo registro dos livros técnicos, pela verificação dos saldos (via

DIÁRIO

RAZÃO

BALNCETE DE VERIFICAÇÃO

Demonstrações Contábeis

RESULTADOS PARA TOMADA DE DECISÕES

Fatos

Livros Técnicos

Verificação

de saldos

DOCUMENTOS

30

balancete de verificação) e culminam com a elaboração das demonstrações

contábeis, peças determinantes para o processo de tomada de decisão de

qualquer entidade.

Os resultados dos trabalhos de escrituração poderão ser vistos naquilo que

podemos considerar como os produtos da escrituração, que são:

� Livro diário: é o único livro obrigatório por lei, que deve ser devidamente

registrado. Neste livro registram-se todos os fatos contábeis em partidas

dobradas na ordem cronológica do dia, mês e ano.

� Livro razão: O livro razão é facultativo, porém é de grande valia nas

consultas por conta específica. É o controle individualizado de cada conta

(patrimonial ou de resultado) onde dividi-se um campo para débitos e outro

para créditos. O razão é considerado como um livro auxiliar ao diário.

� Balancete de verificação: O balancete é uma forma de demonstração que

apresenta todas as contas com suas movimentações e seus respectivos

saldos (devedores ou credores). O total da coluna de saldos devedores

deve igualar-se ao total da coluna de saldos credores.

� Demonstrações: As demonstrações apresentam os fatos ocorridos em um

determinado período, representados de forma estruturada e atendendo ao

disposto na NBC-T 3 (Normas Brasileiras de Contabilidade) e no caso das

Sociedades Anônimas, também a Lei 6404/1976. São elas: Balanço

Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração dos

Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração das Mutações do

patrimônio Líquido e Demonstração das Origens e Aplicações de

Recursos.

A escrituração é, portanto, fruto da teoria que deu significativo avanço a

ciência contábil que foram as partidas dobradas e é o ponto de partida do estudo

na formação do profissional contábil.

O exame dos fatos escriturados, dos livros, balancetes e demonstrações

apresentam relação com as técnicas empregadas na auditoria e face a esta

relação, apresentar-se-á de forma resumida, alguns destes aspectos.

31

2.2.4 Auditoria

Ao analisar a justificativa desta pesquisa, é possível relacionar parte do seu

objetivo ao conceito de auditoria. Todavia, a prática que será obtida através deste

estudo não é caracterizada como o emprego da técnica na sua amplitude, mas

como uma fundamentação do trabalho que o departamento contábil estará

realizando com relação aos outros departamentos da empresa, assim como um

auditor interno.

Sá (2002), afirma que a auditoria é uma tecnologia contábil aplicada ao

sistemático exame dos registros, demonstrações e de quaisquer informes ou

elementos de consideração contábil, visando a apresentar opiniões, conclusões,

críticas e orientações sobre situações ou fenômenos patrimoniais.

Franco e Marra (2000, p. 31) em análise a respeito da pratica da auditoria

apontam alguns reflexos com relação a riqueza patrimonial, dentre eles pode-se

destacar o reflexo sob o aspecto técnico, o qual demonstra a idéia do conceito de

auditoria nesta pesquisa.

Sob o aspecto técnico: a auditoria contribui para a mais adequada utilização das contas, maior eficiência dos serviços contábeis, maior precisão das informações e a garantia de que a escrituração e as demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com os princípios e normas contábeis.

Entenda-se neste caso, normas em qualquer área (fiscal, previdenciária,

societária, etc.) que, neste caso, envolvem não apenas os princípios contábeis,

mas a toda uma legislação complexa e específica.

Nesta mesma linha Crepaldi (2000, 21), afirma que a “auditoria é um

elemento fundamental no sistema de informações e medição de desempenho”.

Esta afirmação é confirmada quando direcionada a este estudo, onde o

departamento contábil ao examinar os processos realizados pelos outros

departamentos obtém dados e informações que permitem avaliar o desempenho

dos trabalhos realizados, além de possibilitar uma visão do sistema que envolve a

prestação de serviços contábeis como um todo.

32

2.2.4.1 Auditoria Interna

Auditoria interna, segundo Crepaldi (2000, p.21), “constitui um controle

gerencial que funciona por meio de análise e avaliação da eficiência de outros

controles”. Ainda expõem que o objetivo da auditoria interna é auxiliar os

membros da administração (que este estudo pode ser identificado como o gerente

contábil da organização) no desempenho efetivo de suas funções e

responsabilidades , fornecendo-lhes analises, apreciações, recomendações e

comentários pertinentes as atividades examinadas.

Franco e Marra (2000) expõem que a auditoria interna é aquela exercida

por funcionários da própria empresa, em caráter permanente. Destacam também

que aquele que realiza a auditoria interna deve ter liberdade a acesso a qualquer

departamento da empresa, para fazer verificações, exames, levantamentos e

pedir informações e dados para suas conclusões.

Este trabalho de auditagem se aplicado na gestão da organização contábil,

irá trazer além da segurança (de que as normas e as legislações estão sendo

devidamente cumpridas), a visão do cliente da qualidade no serviço prestado.

Ainda que de forma sucinta (dado que são muitas as ferramentas e

variações que possibilitam a aplicação prática a este estudo), serão apresentados

alguns conceitos que envolvem o processo de qualidade nos serviços.

2.3 QUALIDADE NA PRESTAÇAO DE SERVIÇOS

2.3.1 Qualidade em Serviços

Alia-se a este estudo, a idéia de segurança nos serviços prestados como

garantia de sustentabilidade para a empresa contábil objeto do estudo, como

também a fidelidade do seu cliente, quando comprova através dos processos de

melhorias implantados a qualidade no serviço tomado.

33

Cabe primeiramente caracterizar a atividade da empresa em estudo, que é

a prestação de serviços, o qual tem a qualidade percebida pelo cliente de forma

bastante distinta de outras atividades como a de comercialização de produtos.

“As organizações têm três vezes mais probabilidade de perder um cliente

em função de um mau serviço do que de produtos ruins (HARRINGTON, 1997)”.

Para Casas (1997) os serviços apresentam as seguintes características:

são intangíveis, inseparáveis, heterogêneos e simultâneos. Harrington (1997)

afirma que o serviço é o trabalho útil que não proporciona uma comodidade

tangível. Ambos os conceitos estão voltados à intangibilidade que é característica

principal dos serviços, o qual vem se multiplicando ao longo dos anos de forma

bastante rápida e dinâmica.

A venda de serviços é bastante diferenciada da manufatura, pois há certas

propriedades inatas que envolvem o processo dos serviços como:

� Os serviços são intangíveis. Eles não podem ser medidos, testados os verificados antes da entrega;

� Os serviços refletem o comportamento do fornecedor;

� Uma vez que uma oportunidade é perdida não há segunda chance;

� O cliente faz parte do processo;

� Um serviço não pode ser devolvido como ocorre com o produto tangível;

� As atividades de garantia da qualidade devem ser concluídas antes que o produto seja produzido. Não se pode inspecionar a qualidade num serviço;

� Quanto mais pessoas interagem com o cliente, menos probabilidade ele tem de ficar satisfeito. (HARRINGTON, 1997, p. 383)

Corroborando em alguns aspectos, Scarpin (2004) conceitua os serviços

como sendo abstratos, variáveis, inseparáveis e perceptíveis e apresenta as

características dos serviços de forma comparativa com a manufatura, onde

ressalta:

� Os serviços são mais intangíveis que tangíveis, pois o produto é um bem

palpável, que possui uma forma física e pode claramente ser visto. Já o

serviço é um resultado, um esforço para atender uma necessidade, por

isso intangível;

34

� Não existe linha de produção para o serviço, pois eles são baseados pela

soma de competências e equipamentos. O ser humano é que prevalece e

por isso existe a dificuldade de padronização e uniformidade;

� Não existe estoque de serviços, ele é personalizado, específico e único.

Uma vez produzido precisa ser consumido;

� Não pode ser protegido por patentes, não existe a exclusividade em

serviços. Os serviços são facilmente copiados, ainda que de formas

variadas com algumas diferenciações, mas é difícil protegê-los;

� Ë difícil estabelecer preços aos serviços, pois existe a dificuldade de

distinção dos custos, a dependência ao ser humano e as diferentes

percepções dos clientes.

Através de um esquema, Kotler e Armstrong apud Scarpin (2004)

destacam as características já apresentadas sobre os serviços.

Figura 4: Características dos serviços

Fonte: Kotler e Armstrong apud Scarpin (2004, p.24 )

A intangibilidade faz com que os prestadores de serviços, precisem definir

variáveis que tornem o serviço evidente. Talvez apresentar e descrever

sucintamente os processos que envolvem a realização de serviços torne estas

evidencias visíveis.

INTANGIBILIDADE

Serviços que não podem

ser vistos, provados,

sentidos, ou cheirados

antes de comprar.

INSEPARABILIDADE

Os serviços não podem

ser separados de seus

fornecedores.

VARIABILIDADE

A qualidade dos serviços

depende de quem os

proporciona, de quando,

onde e como são

PERECIBILIDADE

Os serviços não podem

ser estocados para venda

ou uso posterior.

SERVIÇOS

35

Quanto a inseparabilidade, a pessoa encarregada de prestar o serviço é

parte dele, assim o profissionalismo, a conduta e até a aparência contribuirá no

bom desempenho e demonstração do serviço.

A característica da variabilidade impõe a necessidade imprescindível do

controle da qualidade, pois como ocorre em quase todos os casos, o cliente ao

buscar serviços, informa-se com outros compradores antes de decidir a opção

pelo fornecedor.

Em serviços o controle da qualidade está diretamente relacionado com a

competência profissional, conhecimento, habilidade e atitudes, são os itens que

completam o conceito de competência e que devem fazer parte do perfil de cada

colaborador da empresa fornecedora de serviços. Dessa forma, enfrentar a

variabilidade dos serviços é manter um padrão de qualidade já apresentado a

outros clientes.

Já a característica de perecibilidade varia muito de acordo com o serviço

prestado. No caso da contabilidade a perecibilidade está ligada com momento

oportuno, onde a contabilidade apresentará ao cliente o serviço pronto, conferido

e com qualidade e espera-se que seja no momento exato da sua necessidade,

como na providencia de um balanço, balancete, calculo de índices etc. Em uma

visão de logo prazo, enfrentar a perecibilidade está em descobrir os componentes

que o cliente mais valoriza nos serviços prestados, para que ele se sinta satisfeito

e tenha interesse em manter-se fiel.

Os serviços, portanto são as atividades, necessidades ou benefícios que

uma parte oferece a outra, sendo essencialmente intangíveis e não propiciando a

posse de um bem.

Dada a características dos serviços cabe expor segundo Casas (1997), os

atributos identificados pelos clientes como um sinônimo de serviço de qualidade:

� Confiabilidade: Está em fornecer o que foi prometido de forma segura e

precisa. A imagem da empresa que será transmitida ao cliente deve passar

a idéia de eficiência e rapidez;

� Segurança: Prestadores de serviços com habilidade de transmitir

segurança e confiança caracterizada pelo conhecimento e cortesia dos

36

funcionários. É preciso que haja um número de funcionários suficientes

para atender a demanda de trabalho;

� Aspectos tangíveis: Os aspectos físicos que circundam a atividade de

prestação de serviços, neste sentido estão às instalações, equipamentos,

aparência dos funcionários, etc.;

� Empatia: Envolve a receptividade, capacidade de se colocar no lugar do

cliente e a disposição de auxiliar o cliente e fornecer serviços com

presteza.

Em se tratando de qualidade, tem-se que a qualidade é gerada através das

expectativas dos clientes. Paladini (1995) afirma esta idéia quando define que a

qualidade é o compromisso de sempre atender o consumidor da melhor forma

possível e o esforço de otimizar todas as ações de um processo que, de uma

forma ou de outra, contribuam para esse fim.

Para Victorino (1999) a qualidade também está voltada diretamente para o

cliente, dessa forma expõe que a qualidade é a totalidade de aspectos e

características de um serviço que irão influenciar na sua capacidade de satisfazer

as necessidades explícitas ou implícitas do cliente.

Em uma empresa prestadora de serviços, a qualidade está relacionada aos

profissionais que realizam o trabalho. Assim ao buscar a qualidade é preciso

entender que esta não é apenas um resultado, mas é a forma de realização das

atividades que se inicia no posto de trabalho de cada funcionário. O seu

desempenho em conhecer e aplicar os padrões de qualidade, a nível individual e

de equipe, é que irá identificar a qualidade final dos resultados de uma

organização no seu todo. (FRABO 2002)

Fabro (2002) ainda destaca que em uma empresa contábil a prática da

qualidade também pode se dar em diversos níveis de atuação: Em nível de

indivíduo, e para isso é primordial mantê-lo sempre atualizado, com qualificação e

motivado para que, o tempo todo, ele saiba como bem atender às necessidades

dos clientes. Em nível de grupo, onde deve haver o entendimento de todos quanto

ao objetivo da empresa, um consenso na busca dos resultados desejados, de

forma a manter a organização sempre em busca de melhorias. Em nível de

empresa, onde todos os níveis hierárquicos da organização devem estar

37

integrados, perseguindo a busca da eficiência e da eficácia, visando um melhor

padrão de atendimento dos seus clientes.

Já a nível prático, ao se avaliar o desenvolvimento e implantação da

qualidade, Paladini (1997) orienta que a empresa precisa estar voltada a seus

processos, visto que o serviço prestado é o resultado de um processo produtivo.

Assim a estratégia básica para tanto consiste, exatamente, na melhor

organização possível desse sistema. Ressalta também que a própria noção da

qualidade total conduz a idéia que se trabalha com um conjunto de elementos,

partindo-se assim da organização dos processos.

2.3.2 Processos

Muitas empresas trabalham com enfoque na divisão de trabalho, esta

divisão é estabelecida através de processos, os quais irão auxiliam na realização

das tarefas com maior desempenho e eficiência.

Em lugar do trabalho individual e voltado a tarefas, a organização por processos valoriza o trabalho em equipe, a cooperação, a responsabilidade individual e a vontade de fazer um trabalho melhor. Ela projeta e mensura cuidadosamente seus processos e faz com que todos os funcionários entendam e se responsabilizem por eles, possibilitando o desenvolvimento de um sentimento de propriedade do processo. (GONÇALVES, 2000, p.11)

Vilella (2000) aborda que a estrutura organizacional permite a realização

dos fluxos de trabalho através de processos até que o produto, ou serviço esteja

disponível ao consumidor. Para se mudar a estrutura, de modo que o consumidor

perceba no resultado final, deve-se entender o trabalho e o modo como este flui

através dos processos da organização.

Este entendimento dos processos constitui-se em uma parte vital da

mudança planejada, pois nenhuma equipe de projeto pode mudar aquilo que não

entende e nenhuma mudança será colocada em prática se não houver um porquê

para tal (VILLELA 2000).

38

Assim ao entender que a organização através de processos trará a

empresa maior conhecimento e qualidade nos serviços prestados, destacam-se

conceitos de processos de alguns autores.

Um processo, para Davenport (1994), seria uma ordenação específica das

atividades de trabalho no tempo e no espaço, com um começo, um fim, inputs e

outputs claramente identificados, enfim, uma estrutura para ação.

Já Harrington apud Villela (2000), define processo como sendo um grupo

de tarefas interligadas logicamente, que utilizam os recursos da organização para

gerar os resultados definidos, de forma a apoiar os seus objetivos.

De forma sucinta processo pode ser definido como um conjunto de causas

que tem como objetivo produzir um determinado efeito, o qual é denominado

produto do processo (WERKMA, 1997).

Nas empresas de serviços, por exemplo, o conceito de processo é de

fundamental importância, uma vez que a seqüência de atividades nem sempre é

visível, nem pelo cliente, nem por quem realiza essas atividades. Para o pessoal

de serviços, os processos são seqüências de atividades que são necessárias

para realizar as transações e prestar o serviço (Ramaswamy,1996).

No contexto de uma empresa contábil, processos são os meios pelos quais

se organizam as atividades que serão executadas por uma ou mais pessoas,

estabelecendo a rotina contábil. Assim a gestão de uma empresa contábil está no

ato de dominar e controlar os processos a serem seguidos (DOMINGOS, 2004)

Os conceitos apresentados deixam clara a idéia de conjunto ou grupo ao

definir processos. Ramaswamy alerta quanto a dificuldade de se visualizar os

processos dentro de uma empresa de serviços. Assim, para poder estruturar a

empresa ou departamento por processos, considerando as características

apresentadas, aplica-se a ferramenta de mapeamento de processos, a qual

apresenta e defini a forma de trabalho que findará na visualização dos processos

como um todo e em partes.

39

2.3.3 Mapeamento de Processos

Este conceito é a chave principal para construção do objetivo geral deste

estudo. Através do mapeamento de processos é que será possível identificar

todos os processos existentes no departamento contábil.

O mapeamento de processos é uma ferramenta gerencial analítica e de comunicação que têm a intenção de ajudar a melhorar os processos existentes ou de implantar uma nova estrutura voltada para processos. A sua análise estruturada permite, ainda, a redução de custos no desenvolvimento de produtos e serviços, a redução nas falhas de integração entre sistemas e melhora do desempenho da organização, além de ser uma excelente ferramenta para possibilitar o melhor entendimento dos processos atuais e eliminar ou simplificar aqueles que necessitam de mudanças (HUNT, 1996 apud VILLELA p. 51).

O mapeamento de processos trás a idéia de hierarquia, apontando primeiro

os processos essenciais e após os processos complementares, os quais deverão

ser detalhados de forma a orientar a sua execução.

Harrington (1997) apresenta esta hierarquia da seguinte forma:

� Macroprocesso – são os processos essenciais, geralmente envolve mais

que uma função na estrutura organizacional, sua realização é

caracterizada pelo modo como a empresa funciona;

� Processo – é a subdivisão do macroprocesso, um conjunto de atividades

conectadas, e seqüenciais, onde inicia a descrição da sua

operacionalização;

� Subprocesso – é a parte que, interrelacionada de forma lógica com outro

subprocesso, realiza um objetivo específico em apoio ao macroprocesso e

contribui para a missão deste;

� Atividades – são coisas que ocorrem dentro do processo ou subprocesso.

São geralmente desempenhadas por uma unidade (pessoa ou

departamento).

� Tarefa – é uma parte específica do trabalho, é micro enfoque do processo,

podendo ser um único elemento e/ou um subconjunto de uma atividade.

40

Resumidamente, conclui-se que, após organizar os processos, agregam-se

as atividades indiretas que oferecem suporte ao seu desenvolvimento e as

complementares que são relevantes para que se atinja a atividade fim do sistema

o qual tem como objetivo a plena satisfação do cliente.

Esta ferramenta ganha relevância neste estudo, na medida em que para a

elaboração do manual de procedimentos contábeis (objetivo geral) será

necessário primeiramente mapear os processos do departamento contábil.

2.3.4 Manual de Procedimentos

O objetivo geral deste estudo é a elaboração de uma manual de

procedimentos dos serviços realizados pelo departamento contábil da empresa

Orsitec. Para tanto, já foram identificados e conceituados o conteúdo (processos)

e uma das formas de se elaborar um manual (mapeamento de processos). Assim,

cabe neste ponto, conceituar um manual e qual a sua finalidade em um sistema

de gestão.

Oliveira (2005) define um manual como todo e qualquer conjunto de

normas, procedimentos, funções, atividades, políticas, objetivos, instruções e

orientações que devem ser obedecidos e cumpridos pelos executivos e

funcionários da empresa, bem como a forma como estes devem ser executados,

quer seja individualmente, quer seja em conjunto.

Os manuais também podem ser conceituados como o conjunto sistemático

de normas que indicam as atividades a serem cumpridas pelos indivíduos que

mantêm relações de trabalho com a empresa e a forma pela qual as mesmas

deverão ser realizadas (SIMCSIK, 1992).

No entendimento de Rocha (1996) o manual é um documento, capaz de

adquirir, preservar e identificar perfeitamente informações para o fim a qual se

destinam. O autor aponta também que a necessidade da criação de manuais está

diretamente relacionada com a perda da visão sistêmica por parte dos dirigentes

e integrantes das organizações.

41

Oliveira (2005, p.52) descreve algumas vantagens para o uso dos manuais

entre elas estão:

� Correspondem a uma importante fonte de informações sobre os trabalhos da empresa;

� Facilitam o processo de efetivar normas, procedimentos e funções administrativas;

� Ajudam a fixar critérios e padrões;

� Possibilitam treinamento aos novos e antigos funcionários da empresa;

� Possibilitam o efetivo crescimento na eficiência e eficácia dos trabalhos realizados;

� Representam um instrumento específico de consulta, orientação e treinamento da empresa;

� Representam uma restrição para a improvisação;

� Aumentam a predisposição do pessoal para assumir responsabilidades, uma vez que aquilo que tem que ser feito está claramente estabelecido por escrito.

O mesmo autor apontou algumas desvantagens em relação aos manuais,

as quais estão voltadas aos perigos da sua má elaboração, que poderá distorcer

toda a orientação aos processos envolvidos. Para que isso não ocorra, destacam-

se alguns requisitos básicos para se obter êxito com a implantação de manuais:

diagramação estruturada e adequada para as suas finalidades; redação simples,

curta, eficiente, clara e inteligível; descrição autêntica necessária e suficiente e

distribuição a todos os funcionários.

Entre os tipos de manuais classificados, o manual de procedimentos está

colocado como sendo um manual administrativo, que tem como objetivo

descrever e detalhar a forma de realização das atividades que envolvem os

diversos departamentos de uma organização.

Oliveira (2005) destaca ainda os principais elementos que fazem parte de

um manual de normas e procedimentos, entre eles pode-se destacar: normas,

procedimentos, formulários e fluxogramas.

Conclui-se, que o manual de procedimentos será um documento de

normatização e orientação quanto aos procedimentos de um departamento.

Através dele serão veiculadas as corretas instruções a cada departamento, com o

objetivo de auxiliar a empresa na gestão de seus negócios.

42

3 METODOLOGIA

O método concretiza-se nas diversas etapas ou passos que devem ser

dados para solucionar um problema. Com o intento de atingir os objetivos

propostos neste estudo, defini-se, através da metodologia científica as ações

necessárias para a realização do mesmo.

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Dispõe-se nesta pesquisa uma abordagem predominantemente qualitativa,

por ter como objetivo situações complexas e estritamente particulares que

segundo Oliveira (2001) são os fatores que conceituam este tipo de abordagem.

Seu estudo é do tipo exploratório descritivo, pois tem o objetivo de

aumentar o conhecimento e compreensão em torno das tarefas rotineiras do

departamento contábil, para assim poder descrevê-los e com isso determinar uma

padronização que irá auxiliar na realização dos serviços.

3.1.1 Estudo de Caso

Segundo Cervo e Brevian (1996), O estudo de caso é a pesquisa sobre um

determinado indivíduo, família, grupo ou comunidade para examinar aspectos

variados de sua vida. Assim, quanto ao seu procedimento este estudo se trata de

um estudo de caso, pois a problemática em questão é de uma empresa

específica.

43

3.1.2 Caracterização da empresa objeto do estudo

A Orsitec Assessoria Contábil e Empresarial S/S Ltda, completa neste ano

de 2007, vinte e seis anos de existência. Constituída com ousadia e

determinação, sobreviveu nos primeiros anos em função de muito trabalho e

perseverança.

Seu empreendedor, José Carlos da Silva, traçou seus objetivos envolvendo

a “organização técnica contábil” que acabará de constituir, com a certeza de que

seu primeiro empreendimento se transformaria em uma empresa contábil

conceituada e de grande sucesso no mercado.

Os trabalhos se iniciaram com o auxilio de quatro profissionais e a empresa

estava localizada no bairro do estreito na grande Florianópolis. Atualmente depois

de passados três anos localizada na cidade de São José a Orsitec está

novamente no bairro do estreito na Rua Afonso Pena nº 493 com um quadro de

cinqüenta e quatro colaboradores, dentre eles, muitos contadores,

administradores e advogados.

Na sua carteira de clientes a Orsitec conta com muitas empresas parceiras

desde a sua constituição. Ao longo deste período, como conseqüência do

dinamismo e competência empregada na prestação dos seus serviços a Osritec

conquistou muitos outros clientes entre eles grandes empresas de renome

nacional.

Sua missão

“Buscar a satisfação plena de nossos clientes, através da prestação de

serviços com total qualidade, auxiliando no seu crescimento de forma tranqüila e

segura”.

Quanto aos valores, tem-se:

“A responsabilidade e a ética profissional, norteiam todas as ações da

Orsitec. Oferecemos excelência nos serviços prestados por meio de aprendizado

contínuo e valorização profissional. Primamos pela confiança e pela total

transparência na realização dos nossos trabalhos”.

44

A estrutura organizacional da Orsitec está definida em diretoria, linha de

staf e departamentos, onde cada qual possui um encarregado e seus auxiliares.

A linha de staf que fornece suporte a diretoria e aos departamentos, encontra-se

na área administrativa/financeira.

3.1.3 Procedimento metodológico

Os instrumentos de coleta de dados abrangem dados primários e

secundários. Os dados primários foram obtidos através de observações diretas e

assistemáticas no local de trabalho durante a realização das tarefas. Já os dados

secundários foram obtidos através de relatórios e planilhas fornecidas pelos

funcionários dos departamentos.

Conforme Roesch (1999, p.169), a pesquisa de caráter qualitativo,

proporciona uma infinidade de dados para serem coletados e conseqüentemente

analisados e interpretados. Os dados coletados através de observação direta

assistemática permitem ao pesquisador uma avaliação com mais profundidade e

detalhes dos eventos que ocorrem. Portanto para melhor analisar estes dados

deve-se usar como instrumento, a análise de conteúdo, que possibilitou identificar

a freqüência e a relação com que os fenômenos acontecem.

45

4 APLICAÇÃO PRÁTICA – ESTUDO DE CASO

Um dos grandes desafios das universidades atualmente está em conseguir

aproximar o máximo possível a teoria apresentada nas salas de aula com a

prática aplicada no dia a dia das atividades profissionais.

Esta necessidade se dá principalmente nas graduações em ciências

sociais aplicadas, visto que não há um número expressivo de recém formados

que não são oportunizados (ou não manifestam interesse) por projetos de

pesquisa e desenvolvimento da ciência. Neste caso, a prática profissional

implicaria na continuidade e aprofundamento dos estudos acadêmicos, buscando

maior entendimento, aprimoramento e novos olhares sobre as teorias científicas.

No que tange a graduação em ciências contábeis, especificamente, onde a

aplicação da teoria na prática é imprescindível, é preciso considerar que, os

novos profissionais em muitas circunstâncias, deparam-se com situações

bastante adversas e mais complexas do que aquelas vivenciadas nas

universidades.

De fato em contabilidade, seria tarefa difícil trazer todas as vivências

práticas para a vida acadêmica, dada a complexidade de fatos e conhecimentos

que envolvem a profissão. Assim, cabe a instituição, orientar o acadêmico da

importância de buscar essa proximidade com a pratica da profissão, de forma que

este adquira um conhecimento mais consistente, dinâmico e principalmente

valorize e perceba a responsabilidade da sua profissão.

Dado o exposto, e considerando essa necessidade do conhecimento

prático, este estudo propôs elaborar um manual de procedimentos para realização

dos serviços no departamento contábil da empresa Orsitec Assessoria Contábil e

Empresarial S/S Ltda.

O manual irá orientar os colaboradores a realizar a prática contábil com

mais facilidade e entendimento, pois com esta ferramenta, será possível visualizar

o processo como um todo e em partes, além de normatizar e assegurar um

padrão de qualidade nos serviços, ao realizar os processos conforme

estabelecido no manual.

46

4.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO DEPARTAMENTO CONTÁBIL

O departamento contábil realiza suas atividades de forma a atender as

normas e princípios contábeis vigentes, como também as legislações federais,

estaduais e municipais.

Atualmente sua estrutura, conta com um grupo de 25 colaboradores, entre

estes 6 estão cursando a graduação em ciências contábeis, sendo os outros 19

contadores.

A distribuição dos trabalhos se dá conforme a complexidade e volume da

movimentação contábil do cliente, ficando cada colaborador com um número

determinado de empresas sobre seu controle. Cada colaborador mantém contato

direto com seu cliente e realiza todos os processos que envolvem os serviços do

departamento, sendo os trabalhos sempre orientados pela gerência.

A gerência contábil é quem responde e assina pelas escriturações

contábeis dos clientes. Há também a supervisão contábil, que atende e

supervisiona os clientes que possuem um grupo de empresas.

4.2 CLIENTES

Atualmente a Orsitec, presta serviços mensais para 177 clientes. Entre eles

estão ainda, os primeiros contratos fechados para escrituração contábil em 1981.

A prospecção de novos clientes se dá principalmente por indicações dos clientes

atuais, criando parcerias e uma cadeia de relacionamentos.

Os perfis dos clientes da Orsitec são bastante diferenciados. Em sua

carteira estão empresa de pequeno, médio e grande porte. Essa diversidade está

também nos tipos de atividades, entre elas tem-se: Empresas de comunicação,

tecnologia, clínicas médicas, faculdades, comércio a varejo, distribuidoras,

escritórios de advocacia, consultorias, imobiliárias, restaurantes, hotéis,

47

revendedoras de automóveis, importadoras, empresas do terceiro setor, entre

outras.

Existem alguns contratos onde o colaborador da Orsitec (geralmente do

departamento contábil e departamento pessoal), atua diretamente no cliente,

criando-se uma estrutura na própria empresa e o acesso na base de dados da

Orsitec é feito remotamente. Esta forma de atuação se dá principalmente nas

empresas de grande porte.

Como perfil de cliente a Orsitec busca empresas que entendam a

necessidade de se ter uma correta escrituração contábil, que consiga associar a

contabilidade como uma grande ferramenta gerencial e principalmente, saibam

das responsabilidades e atribuições legais do empresário e do contador ao

manter uma empresa em funcionamento.

4.3 DIAGNÓSTICO INICIAL

Ao iniciar a pesquisa verificou-se a inexistência de um modelo qualquer de

manual de procedimentos do departamento da empresa objeto deste estudo.

Todavia, a necessidade de elaborar o manual, deu-se por uma decisão em

conjunto dos departamentos da empresa e esta necessidade foi determinante

para realização deste estudo.

Dessa forma o seu conteúdo é bastante distinto e personalizado. Está

posto de forma a criar uma melhoria na realização dos serviços da empresa em

estudo e garantir um melhor controle, qualidade e segurança na realização dos

serviços.

Ao levantar a idéia de elaboração do manual, os departamentos da

empresa buscavam melhorar a sua integração, tanto no relacionamento para

resolução de problemas, quanto na conexão entre os mesmos para realização

dos processos existentes. Julgou-se que estas melhorias se dariam, pois no

processo de elaboração do manual, estavam programados encontros/reuniões,

onde as rotinas que integrassem um departamento ao outro seriam detalhadas,

48

discutidas e explicadas entres os envolvidos e estes procedimentos detalhados

seriam colocados no manual do contábil como uma apostila de orientação aos

outros departamentos.

4.3.1 Estrutura tecnológica

A Orsitec ao mudar-se para sua nova sede (em novembro de 2006)

modernizou sua estrutura tecnológica, que foi projetada de acordo com suas

necessidades atuais e também prevendo um crescimento futuro de 30% em sua

estrutura.

O projeto de rede e telefonia foi desenvolvido de acordo com os padrões da

ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e IEEE – Institute of Electrical

and Electronic Engienees (padrão americano) seguindo a concepção de

cabeamento estruturado. No projeto também foi prevista uma rede sem fio (Wi-Fi)

para ser utilizada como contingência ou para futura expansão da rede atual.

Foi projetada uma sala especifica de TI (Tecnologia da Informação) onde

ficam concentrados os principais equipamentos da rede: switch principal, no

break, roteador e servidores.

O principal software utilizado é o RADAR da WK Sistemas, o qual atende a

toda parte contábil e fiscal. Já o Departamento pessoal, utiliza o software RUBI da

Senior Sistemas.

Segue informações sobre os softwares utilizados:

� Radar Conciliação: É o módulo responsável pela conferência e

conciliação dos lançamentos contábeis e de tesouraria. Em conjunto com o

Radar Contábil, permite o acompanhamento e verificação da

movimentação das contas bancárias, contas de clientes e fornecedores,

conciliando os lançamentos nelas efetuados.

� Radar Contábil: Integrado automaticamente com os demais módulos do

Radar Empresarial que geram informações para a contabilidade, porém,

49

também pode ser utilizado de forma independente, sem os demais

módulos. Algumas de suas funcionalidades são: Integração com outros

sistemas via importação e exportação de dados com formatação livre e

automática; Lançamentos normal e em Lotes e via gerador de

lançamentos; Controles gerenciais com centros de resultados, simples e

compostos; Implantação e importação de saldo anterior independente dos

lançamentos; Zeramento automático das contas de resultados, com

possibilidade de desfazer o efeito do zeramento; Consolidação de

informações entre matriz e filiais ou grupo de empresas; Automatização

para criação de demonstrativo de resultados e balanço patrimonial;

Alteração múltipla de lançamentos e controles de vencimentos de registros

com órgão públicos.

� Radar Patrimonial: Visa apurar o tempo de vida útil de cada bem,

controlar o seu uso, perecimento e obsolescência. Mantém sob controle os

cálculos exigidos legalmente, tais como a correção monetária da

depreciação, correção do valor original, depreciação do valor original e

demais cálculos necessários ao controle patrimonial de uma empresa

(amortizações, exaustões e etc.).

� MT Fiscal: Visa efetuar a escrituração fiscal e gerenciamento da

movimentação de entradas e saídas das Empresas: comercial, industrial,

agropecuária, prestadora de serviço, de transportes rodoviário, ferroviário e

marítimo, ou de qualquer atividade geradora de riqueza e passível de

tributação. O sistema faz as apurações dos impostos PIS, COFINS,

Simples, IRPJ-LP, CSLL-LP, ICMS, IPI, IRRF. Gera guias de recolhimento

Darf, ICMS, ISS; Fichas CIAP e os arquivos magnéticos Sintegra, Guias,

Declarações Municipais, DCTF, DIPJ, PJ-Simples, DIRF.

� RUBI: Gerencia os colaboradores nos aspectos legais e gerenciais,

abrangendo todo o departamento de pessoal, tratando desde admissão,

transporte, férias, folha de pagamento e recolhimento de impostos até

rescisão contratual.

50

4.4 MANUAL DE PROCEDIMENTOS

A elaboração do manual de procedimentos criou normas e descreveu os

processos existentes no departamento contábil da empresa em estudo. Ao

basear-se no manual, o colaborador estará direcionado para a realização de um

trabalho em perfeita ordem e de acordo com o padrão de qualidade exigido pela

empresa.

4.4.1 Estrutura do manual de procedimentos

A estrutura do manual de procedimentos tem como base a fundamentação

teórica apresentada neste estudo. Dessa forma, segue uma hierarquia que auxilia

na melhor identificação e entendimento dos serviços realizados pelo

departamento.

A hierarquia da estrutura está subdividida conforme a fundamentação

teórica abordada neste estudo:

� Macroprocesso;

� Processo;

� Subprocesso;

� Atividades e,

� Tarefa.

4.4.1.1 Formatação Gráfica

A formatação gráfica a ser identificada no manual de procedimentos,

considerando, fonte, espaçamento, numeração e etc, é a seguinte:

51

1 MACRO PROCESSO

1.1 PROCESSOS

1.1.1 Sub-processos

1.1.1.1 Tarefas

4.4.2 Símbolos utilizados

Para identificar as informações e caminhos para realização das atividades

via sistemas, utilizou-se o símbolo que se reporta a um mouse (����).

4.4.3 Siglas encontradas – manual e apostilas

NF: Nota Fiscal

IRRF: Imposto de Renda Retido na Fonte

CSLL: Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido

IR: Imposto de Renda

PIS: Programa de Integração Social

COFINS: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social

ISS: Imposto sobre Serviços

IPI: Imposto sobre Produtos Industrializados

IRPJ: Imposto de Renda Pessoa Jurídica

CSLL: Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido

ICMS: Imposto Sobre Circulação de Mercadoria

FUST: Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações

FUNTEL: Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações

52

ANATEL: Agencia Nacional de Telecomunicações

LALUR: Livro de apuração do lucro real

DCTF: Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais

DIRF: Declaração Imposto Retido na Fonte

DACON: Demonstrativo de Apuração das contribuições sociais

DIPJ: Declaração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica

SRF: Secretaria da Receita Federal

DIME: Declaração do ICMS e do Movimento Econômico

INSS: Imposto Nacional da Seguridade Social

FGTS: Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

SAT: Seguro Acidente de Trabalho

RAIS: Relação Anual de Informações Sociais

GEFIP: Guia de recolhimento do FGTS e Informação a Previdência

GRRF: Guia de recolhimento rescisório do FGTS

CLC: Código de lançamento contábil - Rubi

DRNC: Departamento Nacional de Registro do Comercio

NSU: Número Seqüencial Único

TI: Tecnologia da informação

CFOP: Códigos Fiscais de Operações e Prestações

SAT: Sistema de Arrecadação Tributária

APUD: Autorização para Uso de Sistema de Processamento de Dados

DANFE: Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica

COPETE: Comissão Técnica Permanente do ICMS

SINIEF: Sistema Nacional Integrado de Informações Econômico-Fiscais

PTEC: Projeto, Turismo, Esporte e Cultura

SEITEC: Sistema Estadual de Incentivo à Cultura, ao Turismo e ao Esporte

53

REFIS: Programa de Recuperação Fiscal

PAEX: Pagamento e Parcelamento Excepcional

PAES: Parcelamento Especial de Débitos

DARE: Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais

DARF: Documento de arrecadação de Receitas Federais

DRE: Demonstração Resultado do Exercício

DLPA: Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados

DOAR: Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos

DMPL: Demonstração das Mutações o Patrimônio Líquido

CFC: Conselho Federal de Contabilidade

JUSESC: Junta Comercial do Estado de Santa Catarina

NIRE: Número de identificação do registro da empresa

4.4.4 Apostilas

Aa apostilas constantes nos ANEXOS (3 e 4) deste estudo, foram

construídas ao longo da pesquisa, e tem como objetivo servir de suporte aos

procedimentos apresentados no Manual. Nela estão contidas informações

detalhadas das atribuições mais relevantes dos departamentos fiscal e pessoal,

que possuem relação direta nos processos do departamento contábil.

As apostilas também apresentam parte da legislação pertinente às

atividades que integram os departamentos como também, informações relativas

as obrigações acessórias e atualizações.

Para elaboração das apostilas (assim como para elaboração do próprio

Manual de Procedimentos) foram organizadas diversas reuniões de trabalho que

poderiam ser apresentados, de maneira que pudessem complementar as

informações que compuseram o Manual.

54

A elaboração do referido material ganhou relevância em função e

especialmente, das discussões geradas em torno dos conteúdos e, como

conseqüência, o significativo crescimento por parte dos colaboradores acerca dos

processos.

4.4.5 Manual de procedimentos para realização dos serviços do

departamento contábil da empresa Orsitec Assessoria Contábil e

Empresarial S/S Ltda.

55

56

� MANUAL DE PROCEDIMENTOS: É um conjunto sistemático de normas que

indicam as atividades a serem cumpridas pelos colaboradores do

Departamento contábil e a forma pela qual as mesmas deverão ser realizadas

� OBJETIVO: Ser um guia de orientação e definição de normas e

procedimentos a serem cumpridos, de forma a auxiliar a segurança e

qualidade nos serviços prestados pelo Departamento contábil da empresa

Orsitec.

� ABRANGÊNCIA: Departamento contábil

� AÇÕES

- Firmar a missão do departamento;

- Mapear e descrever os Macro-processos; Processos e Subprocessos;

- Elaborar um Check list com as atribuições mensais de uma escrituração

contábil correta e completa;

� MISSÃO DO DEPARTAMENTO

“Oferecer aos nossos clientes serviços contábeis com eficiência e

credibilidade, e aos nossos colaboradores um ambiente profissional e harmonioso

buscando sempre superar as expectativas de todos”.

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Departamento Contábil

Código: Emitido por: Aprovado por:

Mapa Emanuela

Data da 1º versão: Data da última versão: Folha 1 de 3

Setembro / 2007 Novembro / 2007

Título:

MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO DEPARTAMENTO CONTÁBIL

57

� ESTRUTURA DO MANUAL

� Macroprocesso – são os processos essenciais, geralmente envolvem

mais que uma função na estrutura organizacional, sua realização é

caracterizada pelo modo como a empresa funciona;

� Processo – é a subdivisão do macroprocesso, um conjunto de atividades

conectadas, e seqüenciais, onde inicia a descrição da sua

operacionalização;

� Subprocesso – é a parte que, interrelacionada de forma lógica com outro

subprocesso, realiza um objetivo específico em apoio ao macroprocesso e

contribui para a missão deste;

� Atividades – são fatos/situações que ocorrem dentro do processo ou

subprocesso. São geralmente desempenhadas por uma unidade (pessoa

ou departamento).

� Tarefa – é uma parte específica do trabalho, é microenfoque do processo,

podendo ser um único elemento e/ou um subconjunto de uma atividade.

58

MAPEAMENTO DOS PROCESSOS DO DEPARTAMENTO CONTÁBIL

MACRO PROCESSO PROCESSOS SUB-PROCESSOS

Importação MT fiscal Impostos – apuração e

lançamentos Impostos – retidos serviços

tomados e prestados FISCAL

PIS e COFINS – Lucro Real

Declaração de ISS DCTF DIRF

OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

DIPJ Importação da folha de

pagamento TRABALISTA E PREVIDENCIÁRIO Encargos – lançamento e

conciliação Lançamentos Conciliações

Provisões Estoque

Encerramento

ESCRITURAÇÃO

Patrimonial Constituição

Alterações contratuais REGISTRO DE EMPRESA E

DOCUMENTAÇÃO Baixa de Empresa Cadastros e declarações

Livros contábeis Demonstrações contábeis

DEPARTAMENTO CONTÁBIL

DIVERSOS

Arquivo

59

ESTRUTURA

0 MACRO PROCESSO

0.0 PROCESSOS

0.0.0 Sub-Processos

0.0.0.0 Tarefas

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Departamento Contábil

Código: Emitido por: Aprovado por:

Mapa Emanuela Data da 1º versão: Data da última versão: Folha 1 de 2

Setembro / 2007 Novembro / 2007 Título:

MAPEAMENTO DOS PROCESSOS

INDICE

1.1 ESCRITURAÇÃO FISCAL .................................................................61

1.1.1 Importação.................................................................................61 1.1.1.1 Parametrização....................................................................61 1.1.1.2 Importação mensal...............................................................61

1.1.2 Impostos ....................................................................................62 1.1.2.1 Conferência e pagamento dos impostos..............................62 1.1.2.2 Apuração dos impostos no Lucro Real ................................62

1.1.3 Impostos Retidos ......................................................................63 1.1.3.1 Impostos retidos – Serviços Tomados .................................63 1.1.3.2 Impostos Retidos – Serviços Prestados...............................63 1.1.3.3 PIS e COFINS – Lucro Real ................................................63

1.2 OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS...........................................................64

1.2.1 Declaração de ISS .....................................................................64 1.2.2 DCTF...........................................................................................64 1.2.3 DIRF............................................................................................64 1.2.4 DIPJ ............................................................................................65

1.3 ESCRITURAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA...................66

1.3.1 Importação da folha de pagamento.........................................66 1.3.2 Conciliação dos encargos........................................................67

1.4 ESCRITURAÇÃO...............................................................................68

1.4.1 Lançamentos .............................................................................68 1.4.2 Provisões ...................................................................................68 1.4.3 Conciliações ..............................................................................69

1.4.3.1 Bancos .................................................................................69

60

1

1.4.3.1 Bancos .................................................................................69 1.4.3.2 Outras Conciliações .............................................................69

1.4.4 Estoque ......................................................................................70 1.4.5 Patrimonial.................................................................................71

1.4.5.1 Efetuar a contabilização do MT Patrimonial.........................71 1.4.5.2 Depreciação.........................................................................71

1.4.6 Encerramento ............................................................................72

1.5 REGISTRO DE EMPRESAS E DOCUMENTAÇÃO...........................73

1.5.1 Constituições ............................................................................73 1.5.2 Alterações..................................................................................73 1.5.3 Baixas.........................................................................................73

1.6 DIVERSOS.........................................................................................75

1.6.1 Cadastros e declarações ..........................................................75 1.6.1.1 Cadastros bancários e outros ..............................................75 1.6.1.2 Declarações de faturamento ................................................75

1.6.2 Emissão de livros contábeis ....................................................75 1.6.2.1 Livro Diário ...........................................................................75 1.6.2.2 Livro Razão..........................................................................76 1.6.2.3 Termos de abertura e encerramento....................................77

1.6.3 Demonstrações contábeis........................................................79 1.6.3.1 Balanço Patrimonial .............................................................79 1.6.3.2 DRE – Demonstração Resultado do Exercício ....................79 1.6.3.3 DLPA-Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados. 80 1.6.3.4 Balancete de verificação ......................................................80

1.6.4 Arquivo.......................................................................................81

1.7 CHECK LIST ......................................................................................82

1.8 VENCIMENTOS (IMPOSTOS, CONTRIBUIÇÕES E ENCARGOS). .84

61

5 DEPARTAMENTO CONTÁBIL

5.1 ESCRITURAÇÃO FISCAL

5.1.1 Importação

5.1.1.1 Parametrização

Ao receber um novo cliente, providenciar a parametrização do MT Fiscal,

conforme as características da empresa. Este processo deve ser realizado com o

acompanhamento da gerencia, visto haver vários detalhes a serem observados.

5.1.1.2 Importação mensal

Fazer a importação das notas fiscais lançadas no MT fiscal para o Radar

contábil:

���� MT fiscal / movimentos / contabilização / contabilizar

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Departamento Contábil

Código: Emitido por: Aprovado por:

Mapa Emanuela Data da 1º versão: Data da última versão: Folha 1 de 3

Setembro / 2007 Novembro / 2007 Título:

PROCESSO – ESCRITURAÇÃO FISCAL

62

OBS 1: Em caso de alteração pelo departamento fiscal no lançamento de

alguma nota, deve-se fazer novamente a importação. A nova importação irá

subscrever a anterior.

OBS 2: Conferir todas as naturezas por CFOP das Entradas, Saídas,

Serviços Prestados, Consumo, Devoluções e Imobilizado neste caso, lançar a NF

no patrimonial. Os códigos dos CFOP’s mais utilizados estão dispostos na

apostila do departamento fiscal.

OBS 3: Verificar se há casos de brindes, doações, bonificações

(contabilizar manualmente).

5.1.2 Impostos

5.1.2.1 Conferência e pagamento dos impostos

Antes de lançar o pagamento das guias dos impostos, levantar a base de

cálculo dos impostos (soma dos CFOPS de faturamento, diminuindo IPI – se

houver e diminuindo as devoluções – se houver) e aplicar na tabela de cálculo

para verificar se há alguma diferença nos Impostos Federais.

���� D: / arquivos pessoais / Fátima / tabela imp 2007

Para conferência do ICMS, imprimir o livro.

���� MT Fiscal / relatórios / apuração / ICMS / colocar período

Conferir Débitos e Créditos; Saldo devedor ou credor com Saldo contábil.

Para conferência do IPI (se houver) Imprimir livro.

���� MT Fiscal / relatórios / apuração / IPI / colocar período

Conferir débitos, créditos e saldo devedor/credor com saldo contábil.

63

5.1.2.2 Apuração dos impostos no Lucro Real

Preencher LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real

Buscar a base de cálculo, lançando o saldo do lucro apresentado no

Balanço Patrimonial, as adições e exclusões. Após aplicar a alíquota do IR e CS,

observando sempre se haverá adicional de IR.

���� Explorer / dados em controller / lucro real/ 2007 / abrir arquivo da empresa

5.1.3 Impostos Retidos

5.1.3.1 Impostos retidos – Serviços Tomados

Verificar nas NF de serviços profissionais, administrativos e de cessão de

mão de obra, as retenções de PIS, COFINS, CS, IR, INSS, ISS, IRRF. No final do

mês, emitir razão dos impostos retidos na fonte, verificar no site - ORSITEC, se

todos os valores foram enviados para o cliente.

���� www.orsitec.com.br/adm

Login: orsitecadm

senha: xxxx

64

5.1.3.2 Impostos Retidos – Serviços Prestados

Lançar o recebimento de todas as notas fiscais (com as respectivas

retenções, se houver), para informar ao departamento fiscal o saldo da conta de

PIS e COFINS a compensar, para apuração dos impostos.

5.1.3.3 PIS e COFINS – Lucro Real

Fazer os lançamentos na planilha de cálculo do PIS e COFINS das

empresas tributadas pelo Lucro Real.

���� Explorer / dados em controller / PIS / 2007 / abrir arquivo da empresa

65

5.2 OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

5.2.1 Declaração de ISS

Mensalmente, deve-se separar e encaminhar todas as notas fiscais dos

serviços tomados para o departamento fiscal, para que este providencie a entrega

das obrigações acessórias junto as prefeituras.

5.2.2 DCTF

Alimentar as planilhas de DCTF - Declaração de Débitos e Créditos

Tributários Federais, mensalmente. O modelo poderá ser obtido, com o

departamento de obrigações acessórias.

OBS 1: Modelo - Anexo 1

OBS 2: A alimentação da planilha mensalmente implicará na não

acumulação de tarefas e evitará a busca de documentos já arquivados ou

devolvidos para os clientes.

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Departamento Contábil

Código: Emitido por: Aprovado por:

Mapa Emanuela Data da 1º versão: Data da última versão: Folha 1 de 2

Setembro / 2007 Novembro / 2007 Título:

PROCESSO – OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

66

5.2.3 DIRF

Preencher os dados constantes da Planilha da DIRF - Declaração Imposto

Retido na Fonte, que será enviada, via e-mail pelo departamento de obrigações

acessórias.

OBS: Modelo – Anexo 2

5.2.4 DIPJ

Preencher os dados constantes da Planilha da DIPJ - Declaração do

Imposto de Renda Pessoa Jurídica, que será enviada, via e-mail pelo

departamento de obrigações acessórias.

OBS: Modelo – Anexo 3

67

5.3 ESCRITURAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA

5.3.1 Importação da folha de pagamento

Fazer a importação da folha de pagamento para o Radar contábil.

���� Rubi / selecionar cálculo (figura menu) / clicar sobre data de competência /

Cálculo / relatórios / contabilizar / processar / visualizar / salvar arquivo /

ao fechar irá abrir o relatório da folha para conferência do total de débitos e

créditos – devem estar iguais.

���� Radar contábil / lançamentos / arquivo / importar / procurar arquivo salvo /

OK

OBS 1: Observar se a empresa tem filiais, se tiver é preciso desativá-las

antes de iniciar a importação da folha.

���� Radar contábil / exibir / empresas-filiais / Clicar na seta < / OK

OBS 2: Ao efetuar a importação conferir o total líquido dos salários, INSS,

FGTS, provisões de 13º e férias, conforme explicação detalhada na apostila do

departamento pessoal, anexa a este manual – Anexo 4.

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Departamento Contábil

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PROCESSO – ESCRITURAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA

68

OBS 3: Conferir também o débito e crédito total no final do relatório da

folha, se houver diferenças, estas também poderão ocorrer devido a criação de

um novo evento na folha de pagamento (descontos, adicionais, etc). Assim, deve-

se cadastrar o novo evento como também a conta contábil. É preciso verificar se

os históricos combinam com os eventos, caso contrário, alterar no Rubi ao lado

da conta contábil e colocar o histórico da contabilidade da empresa em questão.

Cadastrar evento

���� Rubi / empresa / contábil / conta contábil / cadastrar CLC / preencher com

dos dados do lançamento e inserir – após é preciso assinalar o evento

Assinalar evento

���� Rubi / empresa / contábil / conta contábil / centro de custo / clicar no centro

de custo / assinalar / escolher o evento e OK

OBS: Após importação, fazer transferência dos valores de pró-labore e

distribuição de lucros da conta salários a pagar, como também fazer transferência

da conta salário família para INSS a recolher.

5.3.2 Conciliação dos encargos

Conciliar guia paga de FGTS e INSS com o saldo da conta. Este

obrigatoriamente deverá fechar com as guias pagas. Não deixar estes impostos

abertos, salvo se o cliente deixou de pagar. As orientação para auxílio na

conferência das provisões dos impostos com as guias pagas devem ser

observadas na apostila do departamento pessoal, anexa a este manual – Anexo

4.

���� Rubi / Cálculos / relatórios / operacionais/ relação de eventos 004

69

5.4 ESCRITURAÇÃO

5.4.1 Lançamentos

Contabilizar os documentos verificando sempre as cópias de cheques com

as faturas, boletos ou notas fiscais. Os cheque ou débitos bancários, que não

tiverem documentação ou comprovação hábil, deverão ser relacionados e

encaminhado aos clientes para cobrança dos documentos.

OBS: Procurar orientar sempre o cliente quanto ao envio de documentos

hábeis e quanto à distinção da pessoa física da jurídica (Princípio da Entidade,

Resolução, nº 750/93 – CFC).

IMPORTANTE: Todo mês antes de emitir um balancete, verificar se o

saldo diário do Caixa é positivo. Não pode, em hipótese alguma, ficar com

saldo negativo.

5.4.2 Provisões

O sistema importa (via importação das notas do MT) as provisões de PIS,

COFINS, CS, IRRF e ISS, através da parametrização. Porém, caso alguma

empresa ainda não esteja parametrizada, deve-se fazer as provisões

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PROCESSO – ESCRITURAÇÃO

70

manualmente dos impostos federais, sempre considerando as bases para tal

(observar item 1.2.12 importação mensal – conferência CFOP), após, conferir

com os valores do departamento fiscal.

OBS 1: É preciso fazer sempre a conciliação dos valores provisionados,

com valores pagos. Caso tenha divergências, contatar com departamento fiscal

para compensar ou pagar as diferenças. Evitar deixar impostos abertos, somente

no caso do cliente ter deixado de pagar.

OBS 2: Sempre respeitar a competência dos fatos provisionando contas,

tais como: aluguel, luz, água e NFs do mês, pagas mês seguinte.

5.4.3 Conciliações

5.4.3.1 Bancos

Conciliar contas bancárias com os extratos recebidos. Na conta cheques

pendentes, nunca deixar cheques antigos lançados. Todos os cheques lançados

do mês deverão ser baixados no mês seguinte.

Para conciliação bancária pode-se utilizar o Radar Conciliação, através da

importação ou lançamento do extrato.

���� Radar conciliação / movimentos / extrato bancário.

Após lançamento/importação do extrato emitir o relatório de conciliação

para conferência:

���� Radar conciliação / relatório / conciliação contábil banco / conciliação

bancária contabilidade / visualizar / indicar período, Cta banco e clicar em

“listar resumo do período” / OK

71

5.4.3.2 Outras Conciliações

� Conciliar financiamento com extratos recebidos.

� Conciliar Clientes: O saldo apropriado é somente o que foi faturado no

mês, assim caso tenham saldos pendentes, enviar um razão ao cliente,

para que este confirme os recebimentos futuros ou confirme os saldos com

o financeiro da empresa.

� Conciliar Fornecedores - o saldo que deverá ficar na contabilidade, é

apenas as compras e serviços tomados no mês. Em caso de saldos de

fornecedores com mais de um mês, enviar um razão para o cliente para

confirmar os fornecedores em aberto.

Estas outras conciliações também poderão ser feitas via Radar

Conciliação, sendo:

Fornecedores

���� Radar Conciliação / relatório / conciliação de fornecedores / indicar data

código da cta do fornecedor / adicionar / OK

Clientes

���� Radar Conciliação / relatório / conciliação de clientes / indicar data código da

cta do fornecedor / adicionar / OK

OBS: Outras contas poderão ser conciliadas através do Radar Conciliação,

basta ao indicar o código da conta de interesse.

72

5.4.4 Estoque

Para empresa Lucro Real, deverá vir mensalmente do cliente, o relatório de

estoque com valor do custo.

Para empresa de lucro Presumido e Simples a obrigatoriedade é para o

final do exercício.

5.4.5 Patrimonial

5.4.5.1 Efetuar a contabilização do MT Patrimonial

Antes de efetuar qualquer cálculo no Patrimonial, verificar na contabilidade

se existe alguma aquisição ou baixa de bens. Se houver, fazer o lançamento do

bem ou baixa, efetuar o cálculo da depreciação e fazer a importação. Após a

importação conferir os saldos dos bens, bem como saldo das depreciações.

(contábil x patrimonial).

Cadastrar bem

���� Radar Patrimonial / movimento / bem / ⊕ adiciona / plano patrimonial (para

ver a ordem – nº do bem) / lançar – conta contábil – não colocar taxa – valor

original do bem / OK

Cadastrar conta patrimonial

���� Radar patrimonial / cadastro / plano de contas / administração do plano

patrimonial / ...

73

Na pasta Principal / colocar nº da conta contábil / clicar em conta sujeita

a correção monetária

Na pasta / Contabilização / movimentação – valor do mês / grade – 001

para depreciação / colocar conta crédito (cta do bem) / consolidado / aplica

5.4.5.2 Depreciação

Mensalmente, deve-se fazer a depreciação dos itens no ativo permanente.

A importação é feita via Radar Patrimonial. Primeiro é feito a depreciação, e após

os lançamentos para o radar contábil.

Cálculo da Depreciação

���� Radar patrimonial / movimentos / atualização / cálculo / colocar período OK

Transferência dos lançamentos

���� Movimentos / contabilização / radar contábil / lançar / colocar período e data

da contabilização OK.

OBS: Sempre fazer a conferência após depreciar.

5.4.6 Encerramento

No final do exercício, após todas as contas conciliadas, fazer o zeramento

das receitas e despesas. Criar um histórico novo para o zeramento a cada

74

exercício, sendo o texto: Transferência p/ apuração do resultado de exercício de

“ano”.

���� Radar contábil / cadastro / histórico

���� Radar contábil / movimentos / zeramento

OBS 1: Após, transferir o resultado para lucros ou prejuízo do exercício, zerar

a conta de lucros distribuídos.

OBS 2: No dia 01/01 do ano seguinte, transferir o saldo do lucro do

exercício que sobrou para lucros acumulados. Caso o resultado seja prejuízo do

exercício, transferir este saldo para Prejuízos acumulados.

OBS 3: Os livros Diário e Razão não são emitidos pelo departamento

contábil, este deverá encerrar a escrituração conforme o prazo definido pela

gerência contábil e informar ao departamento de obrigações acessórias que irá

providenciar a emissão e registro dos livros.

75

5.5 REGISTRO DE EMPRESAS E DOCUMENTAÇÃO

5.5.1 Constituições

Ao receber um novo cliente, observar se os dados cadastrais foram

inseridos de forma correta e completa no sistema. Caso o novo cliente não esteja

cadastrado, deve-se confirmar com o departamento administrativo a efetivação do

contrato de prestação de serviços e solicitar ao departamento de registro e

documentação inclusão do novo cliente no sistema para iniciar os trabalhos.

OBS: Neste cadastro estão informações como: forma de tributação, quadro

societário, cadastro de filiais, as quais interferem diretamente na escrituração.

5.5.2 Alterações

Acompanhar as alterações dos contratos sociais, informadas via e-mail

pelo departamento de Registro e Documentação, como mudança de sócios,

alteração de valores do capital, abertura de filiais, mudança de endereço, etc.,

para deixar o cadastro da empresa atualizado como também os procedimentos

conforme definições da empresa.

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PROCESSO – ESCRITURAÇÃO REGISTRO E DOCUMENTAÇÃO

76

5.5.3 Baixas

Ao receber informação de baixa do cliente ou rescisão do contrato de

prestação de serviços, priorizar o encerramento do mês da contabilidade desta

empresa. Após encerramento, separar e protocolar toda a documentação para

devolução ou envio ao novo contador, inclusive dos livros fiscais e contábeis.

77

5.6 DIVERSOS

5.6.1 Cadastros e declarações

5.6.1.1 Cadastros bancários e outros

Efetuar o preenchimento dos cadastros bancários conforme a solicitação

de clientes e bancos. Atender também as solicitações para preenchimento de

pesquisas e cadastros, como por exemplo, a “Pesquisa Anual de Serviços”

solicitada pelo Serasa.

5.6.1.2 Declarações de faturamento

Providenciar e encaminhar ao cliente quando solicitado a declaração de

faturamento de sua empresa.

���� MT fiscal / relatórios / operacionais / totais / 003 – resumo do faturamento

mensal

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PROCESSO – DIVERSOS

78

5.6.2 Emissão de livros contábeis

5.6.2.1 Livro Diário

O livro diário é composto das seguintes partes:

Empresas do Simples, Lucro Presumido e Isentas:

� Termo de abertura

� Diário

� Balanço

� DRE

� Termo de encerramento

Empresas do Lucro Real:

� Termo de abertura

� Diário mês a mês, com balancete mês a mês intercalados: diário janeiro,

balancete Janeiro, diário fevereiro, balancete fevereiro e assim

sucessivamente)

� Balanço

� DRE

� Termo de encerramento

Gerar o livro diário:

���� Radar Contábil / Relatórios / Contábeis / Diário / Simplificado / Abrirá uma

nova janela, na qual o relatório padrão já estará selecionado. Basta somente

clicar em Visualizar. Na próxima janela, na aba “contas”, colocar o período da

79

escrituração do livro, por exemplo, 01/01/2006 à 31/12/2006. Ao lado, há a

aba “detalhes”, na qual informa-se o número do livro (opcional, pode deixar

em branco se não quiser que o número do diário apareça no livro), o tamanho

do livro (500 folhas é o padrão que geralmente usamos) e o número da

página inicial ( sempre nº 2) / OK e o diário aparecerá na tela.

OBS: Se for um livro de empresa do Lucro Real, fazer esse processo mês

a mês, intercalando após cada diário o balancete do respectivo mês.

5.6.2.2 Livro Razão

O livro razão é sempre composto das seguintes partes:

� Termo de abertura

� Razão

� Balancete

� Termo de encerramento

Gerar o livro razão:

���� Radar Contábil / Relatórios / Contábeis / Razão / Abrirá uma nova janela, na

qual o relatório padrão já estará selecionado. Basta somente clicar em

Visualizar / Na próxima janela, na aba “contas”, colocar o período da

escrituração do livro, por exemplo, 01/01/2006 à 31/12/2006. Ao lado, há a

aba “detalhes”, na qual informa-se o número do livro (opcional, pode deixar

em branco se não quiser que o número do razão apareça no livro), o tamanho

do livro (500 folhas é o padrão que geralmente usamos) e o número da

página inicial ( sempre nº 2) / Além disso, clicar no campo que diz: repetir no

cabeçalho o nome da conta da página anterior / OK

80

OBS 1: Para gerar o balancete que vai ao final do razão, é preciso antes

desativar o histórico de zeramento, da mesma forma como é feito na DRE.

OBS 2: No livro diário gerado mês a mês, o balancete do mês de

dezembro também tem que estar com o histórico de zeramento desativado.

5.6.2.3 Termos de abertura e encerramento

Gerar os termos:

���� Radar Contábil / Relatórios / Contábeis / Termo de Abertura ou Encerramento

/ Na janela seguinte, preencher com as informações:

� modelo: abertura ou encerramento

� tipo do livro: diário ou razão

� número do livro

� número da página da folha de encerramento

� local e data

Clicar em OK e o termo aparecerá na tela.

É importante sempre conferir os dados da empresa. Os termos são

editáveis, portanto é possível alterar/incluir/excluir alguma informação se

necessário.

OBS: De acordo com a instrução normativa da JUCESC, devem constar

nos termos os seguintes dados:

a) Nome da empresa, completo (como está registrado na JUCESC).

81

b) NIRE (Número de Identificação do Registro de Empresas), lembrando

que o NIRE de todas as empresas tem 11 dígitos).

c) Data do arquivamento dos atos constitutivos ou do ato de

conversão de sociedade simples em sociedade empresária pela Junta

Comercial:

d) Endereço da empresa (deve ser descrito de forma completa, tal qual

consta no contrato social ou alteração posterior que o tenha alterado);

e) a finalidade a que se destina o instrumento de escrituração (trata-se

do nome do livro: Exemplo: Livro Diário, Livro Razão

f) o número de ordem do instrumento de escrituração (01, 02, 03...).

Numeração crescente;

g) a quantidade de folhas (se numeradas apenas no anverso), páginas

(se numeradas no anverso e verso), fotogramas (se microfichas) e registros (se

livro digital);

h) CNPJ (se for livro da sede, CNPJ da sede, se for de filial, da respectiva

filial).

i) o período a que se refere a escrituração: Exemplo: Período da

Escrituração: de 01/01/2006 a 31/01/2006. Se houver mais de um livro no mesmo

exercício, tomar cuidado, pois não serão permitido intervalos, mesmo tratando-

se de feriados ou fins de semana. Deverá ser feito da seguinte forma: Período da

Escrituração: 01/01/2006 a 25/05/2006. No livro seguinte obrigatoriamente o início

deverá ser no dia imediatamente seguinte, ou seja, deverá ser feito assim:

Período da Escrituração: 26/05/2006 a 31/12/2006.

j) o nome, CPF e CRC do contador e nome, CPF e função do

representante legal da empresa

l) local e data: de acordo com o período de escrituração.

82

5.6.3 Demonstrações contábeis

As orientações quanto a emissão das demonstrações contábeis serão

colocadas de forma a anexá-las aos livros contábeis e cumprir com as normas do

DNRC.

5.6.3.1 Balanço Patrimonial

���� Radar contábil / Relatórios / Contábeis / Balanço / Abrirá uma nova janela, na

qual o relatório padrão já estará selecionado. Basta somente clicar em

Visualizar / Na janela seguinte, informar o mês e ano ao qual o balanço se

refere (12/2006, por exemplo), o número da página inicial (dependerá do

número da última folha do diário) e o número do livro (opcional, porém se for

colocado no livro também vai no balanço). No tipo de valor para o saldo, eu

sempre escolho: entre parênteses (0,00) / OK e o balanço aparecerá na tela.

5.6.3.2 DRE – Demonstração Resultado do Exercício

Antes de gerar a DRE é preciso sempre desativar o histórico primeiro de

zeramento.

Para desativar o histórico:

���� Radar contábil / Exibir / Históricos Desativados / colocar o número do

histórico de zeramento do período do livro que está sendo gerado (ex.: valor

transf. apuração do resultado 2006) / Clicar em Adicionar e OK.

83

Para emitir a DRE

���� Radar Contábil / Relatórios / Contábeis / Demonstração do Resultado / Abrirá

uma nova janela, na qual o relatório padrão já estará selecionado. Basta

somente clicar em Visualizar / Na janela seguinte, informar o mês e ano ao

qual a DRE se refere (12/2006, por exemplo), o número da página inicial

(dependerá do número da última folha do balanço) e o número do livro

(opcional, porém se for colocado no livro e no balanço, também vai na DRE).

No tipo de valor para o saldo, eu sempre escolho: entre parênteses (0,00) /

OK.

5.6.3.3 DLPA-Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.

Para emitir a DLPA

���� Radar Contábil / Relatórios / Contábeis / DLPA / Abrirá uma nova janela, na

qual o relatório padrão já estará selecionado. Basta somente clicar em

Visualizar / Na janela seguinte, informar o mês e ano ao qual a DLPA se

refere (12/06, por exemplo), o número da página.

OBS: O software contábil não apresenta opções para elaboração da DMPL –

Demonstração das Mutações o Patrimônio Líquido e DOAR - Demonstração das

Origens e Aplicações de Recursos. Quando necessário (por opção da empresa ou

dispositivo legal), essas demonstrações são elaboradas em planilha do Excel.

5.6.3.4 Balancete de verificação

Os balancetes são freqüentemente solicitados pelos clientes, antes do

envio os balancetes devem ser assinados pela gerência contábil. A sua emissão

poderá ser por períodos acumulados, mensais ou diários.

84

���� Radar Contábil / Relatórios / Contábeis / Balancete / Abrirá uma nova janela,

na qual o relatório padrão já estará selecionado. Basta somente clicar em

Visualizar / Na próxima janela, na aba “contas”, colocar o período do

balancete, por exemplo, 01/01/2006 à 31/01/2006. Ao lado, há a aba

“detalhes”, na qual informa-se o número do livro (opcional, porém se foi

informado o número no livro, também se informa no balancete) e o número da

página inicial (dependerá da última página do livro) / OK

5.6.4 Arquivo

Organizar os documentos contábeis, em embalagens, separados

mensalmente. Colocar uma capa na frente identificando a empresa e o mês/ano a

qual se refere aquele documento. Colocar dentro da caixa de arquivo também

identificada com o nome da empresa e o período com os meses e ano. Separar

impostos e encargos para arquivar no departamento Fiscal e Pessoal.

85

5.7 CHECK LIST

1 Fazer a importação das informações fiscais do MT;

2 Lançar recebimentos das notas fiscais com impostos retidos para apuração

do PIS e COFINS não cumulativo;

3 Fazer levantamento do PIS e COFINS a compensar das empresas

tributadas pelo lucro presumido e repassar informação ao Departamento

Fiscal (observar vencimento dos impostos);

4 Fazer os lançamentos na planilha de calculo do PIS e COFINS para as

empresas tributadas pelo Lucro Real (observar vencimento dos

impostos);

5 Lançar conforme extrato todas as receitas referentes as aplicações

financeiras e juros sobre capital próprio (se houver), para passar ao

Departamento fiscal para apuração do IR e da CS (observar vencimento

dos impostos);

6 Quando do fechamento do trimestre, das empresas do lucro presumido,

levantar os valores a compensar de IR e Contribuição Social e repassar ao

Departamento Fiscal (observar vencimento dos impostos);

7 Fazer os Lançamentos no LALUR para apuração do IR e CS das empresas

tributadas pelo Lucro Real (observar vencimento dos impostos);

8 Fazer o lançamento dos valores compensados na apuração dos impostos

do mês que está sendo escriturado, quanto não importado;

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Departamento Contábil

Código: Emitido por: Aprovado por:

Mapa Emanuela Data da 1º versão: Data da última versão: Folha 1 de 3

Setembro / 2007 Outubro / 2007 Título:

CHECK LIST E VENCIMENTO DOS IMPOSTOS

86

9 Lançar as guias de impostos pagos;

10 Conciliar as contas dos impostos;

11 Alimentar planilha da DCTF;

12 Fazer a importação da folha de pagamentos – Rubi;

13 Fazer transferência dos valores de pró-labore e distribuição de lucros da

conta salários a pagar;

14 Fazer transferência da conta salário família para INSS a recolher;

15 Fazer lançamento dos pagamentos da dos salários, férias, rescisões e

encargos;

16 Lançar os documentos contábeis recebidos – despesas;

17 Lançar despesas bancárias e CPMF, conforme extratos;

18 Conciliar contas referentes à área de pessoal: salários a pagar, férias,

adiantamento de salário; convênios; rescisões, FGTS, INSS e IRRF s/

eventos da folha;

19 Conciliar clientes e fornecedores, como também outras contas do ativo e

passivo;

20 Fazer depreciação do ativo imobilizado;

21 Separar e arquivar guias dos impostos, contribuições e encargos nos seus

respectivos departamentos;

22 Arquivar documentos contábeis do mês escriturado.

87

5.8 VENCIMENTOS (IMPOSTOS, CONTRIBUIÇÕES E ENCARGOS).

DESCRIÇÃO VENCIMENTO

SIMPLES NACIONAL Último dia útil do mês subseqüente ao fato gerador

(não sendo dia útil antecipa).

PIS e COFINS Até o dia 20 do mês subseqüente ao fato gerador

(não sendo dia útil antecipa).

REAL - Último dia útil do mês subseqüente ao fato gerador (não sendo dia útil antecipa).

IR e CS PRESUMIDO - Último dia útil do mês subseqüente

ao fechamento do trimestre (não sendo dia útil antecipa).

IPI Dia 15 do mês subseqüente ao fato gerador (não

sendo dia útil antecipa).

ICMS – Real e Presumido Até o dia 10 do mês subseqüente ao fato gerador

(não sendo dia útil antecipa).

ISS – Conforme Município Observar município

Florianópolis Dia 15 do mês subseqüente ao fato gerador (não

sendo dia útil posterga).

São José Dia 20 do mês subseqüente ao fato gerador (não

sendo dia útil posterga).

Tijucas Dia 10 do mês subseqüente ao fato gerador (não

sendo dia útil posterga).

Joinville Dia 15 do mês subseqüente ao fato gerador (não

sendo dia útil posterga).

INSS – FOLHA Até o 10º dia útil do mês subseqüente ao fato gerador (não sendo dia útil antecipa).

FGTS Até o dia 07 do mês subseqüente ao fato gerador

(não sendo dia útil antecipa).

IMPOSTOS RETIDOS

INSS – RETIDO Até o dia 10 de cada mês (não sendo dia útil

posterga).

PIS - RETIDO 1º quinzena vence no último dia útil da 2º quinzena

/ 2º quinzena vence o último dia útil da 2º quinzena subseqüente.

IRRF – FOLHA

Gerado no mês – vence no dia 10 do mês seguinte (não sendo dia útil antecipa). Excepcionalmente em

dezembro tem-se: gerado 1 a 10 – vence no dia 13 / gerado 11 a 31 – vence 10/01

88

5.9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao decorrer deste estudo, foram apresentadas diversas considerações

quando a importância, necessidade e viabilidade da elaboração de uma manual

de procedimentos para realização dos serviços o departamento contábil da

empresa Orsitec.

Pretendeu-se, com a elaboração do mesmo, apresentar à empresa uma

ferramenta que pudesse orientar os colaboradores do departamento contábil

quanto aos processos e tarefas, oportunizando também que estes colaboradores

pudessem correlacionar os trabalhos realizados pelos outros departamentos.

Assim, em resposta ao problema abordado no início deste estudo, serão

feitas algumas considerações, as quais relacionam a teoria e a prática

desenvolvida na elaboração do manual de procedimentos, como também os

resultados que poderão ser obtidos ao implantar um manual de procedimentos no

departamento contábil da empresa objeto do estudo.

5.9.1 O Manual de procedimentos

Padronizar e formalizar os procedimentos existentes em um departamento,

nada mais é do que organizá-lo. Pelo processo de organização, é possível

identificar, mensurar, modificar e adquirir conhecimento sobre aquilo que está

sendo realizado. Ao propiciar uma visão de entendimento do processo como um

todo, entende-se estar inibindo a criação de diferentes métodos para execução

dos mesmos trabalhos.

Trata-se de um guia de orientação, que ao ser elaborado, veio atender o

objetivo geral deste estudo: Elaborar um manual de procedimentos para

realização dos serviços do departamento contábil, de forma que a sua utilização

auxilie na correta escrituração contábil.

89

A importância de se ter procedimentos sistematizados ganha ênfase,

quando considerados que em muitas circunstâncias, não há o perfeito

entendimento por parte dos colaboradores quanto a interpretação de alguns fatos

contábeis, quando há o desconhecimento de algumas ferramentas dos sistemas

utilizados e também, quando considera que existe dificuldades naturais para

adaptação de novos colaboradores.

A elaboração do manual de procedimentos implicou na realização de

algumas etapas de trabalho, que podem ser subdivididas em dois grupos. O

primeiro trata do levantamento dos procedimentos atualmente realizados e o

estudo de todos os procedimentos necessários. A conclusão destas etapas pode

ser claramente identificada na estrutura do manual.

O outro grupo, trata das possíveis mudanças, sendo a avaliação da melhor

forma de realizar os procedimentos necessários e a sugestão de melhorias na

realização dos referidos procedimentos. A realização desta segunda etapa não é

visível no manual, visto que, os processos ali desenhados já passaram pela

mudança e melhoria. Porém este resultado se deu, principalmente pela troca de

experiências entre os departamentos através dos treinamentos realizados para

apresentação e orientação, quanto às apostilas anexas ao manual. Desta forma,

entende-se terem sido atendidos também os objetivos específicos desta pesquisa.

Algumas vantagens quanto a utilização de manuais, apresentadas ao longo

deste estudo, indicam que os manuais correspondem a uma importante fonte de

informações dos processos e tarefas realizados, auxiliando na fixação de critérios

e padrões, que possibilitam treinamento aos novos e também antigos

colaboradores, representam um instrumento de consulta e orientação,

representam uma restrição a improvisação e auxiliou no crescimento e na

eficiência dos trabalhos realizados.

Considerada tais vantagens, pode-se concluir (embora não se possa

mensurar pontualmente) que a padronização e formalização dos procedimentos

para realização dos serviços do departamento contábil, poderão, tal como se

supôs inicialmente, auxiliar no melhor desempenho e maior segurança nos

serviços prestados aos clientes, dado que a utilização rigorosa deste guia de

90

orientação, tende a trazer como conseqüência, a prestação de serviços com mais

agilidade e qualidade.

O processo de construção do Manual de Procedimentos, além de

sistematizar os procedimentos, viabilizou a capacitação de diferentes

colaboradores, através da troca de experiências e conhecimentos entre os

diversos departamentos envolvidos. Ademais, a efetiva utilização do “produto”

resultante deste estudo (o manual), seguramente, revestem esta pesquisa da sua

mais expressiva relevância: a aplicabilidade.

5.9.2 Sugestões para trabalhos futuros

Sugere-se que no desenvolvimento de futuros estudos nesta linha de

pesquisa, se possa aperfeiçoar o material complementar (apostilas)

acrescentando-as de forma mais compacta, facilitando o seu manuseio.

Todavia cabe colocar, que as apostilas apresentadas ainda não

contemplam, todas as situações e procedimentos de interesse do departamento

contábil.

5.9.3 Limitações da pesquisa

O Manual de Procedimentos foi elaborado com base na estrutura

organizacional e nos softwares contábeis utilizados especificamente na empresa

objeto deste estudo. Portanto, não se poderia generalizar os resultados obtidos às

demais empresas deste ramo de atividades.

Destaca-se também que se a empresa passar a utilizar outros softwares

serão necessárias adaptações no Manual. Da mesma forma, com a constante

evolução tecnológica, é natural que estes mesmos softwares venham apresentar

modificações o que também poderá implicar na necessidade de atualizações.

91

6 REFERENCIAS

BARRETO, Gualter Alves. Manual do contador. Belo Horizonte: Líder, 2003.

BRASIL. Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Lei de introdução ao código civil. Novo código civil comentado – coordenador Ricardo Fiuza, São Paulo: Saraiva, 2002.

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WERKMA, Maria C. C. As ferramentas da qualidade no gerenciamento de processos. Belo Horizonte: Fundação Christiano Ottoni, escola de engenharia da UFMG, 1997.

94

7 ANEXOS

7.1 ANEXO 1 – PLANILHA DIRF

IR PIS Cofins CSLL 4,65%1708 5979 5960 5987 5952 cod: valor

JAN - -

FEV - -

MAR - -

ABR - -

MAI - -

JUN - -

JUL - -

AGO - -

SET - -

OUT - -

NOV - -

DEZ - -

TOTAL - - -

** OUTROS: Exemplos 0588 - Rend. Trabalho sem vinculo empregatício; 3208 - Aluguéis pagos a pessoa física; 8045 -

Cartão Crédito

DIRF / 2007

CNPJ EMPRESA

CPF NOME DO RESPONSÁVEL

MÊS 2006

REND. TRIBUT.

Outros **

CNPJ/CPF NOME DO BENEFICIÁRIO (COMPLETO)

95

7.2 ANEXO 2 – PLANILHAS DIPJ

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

101.Receita da Venda de Produtos de Fabricação Própria

- - - - - - - - - - - -

2 02.Receita da Revenda de Mercadorias - - - - - - - - - - - -

303.Receita das Unidades Imobiliárias Vendidas

- - - - - - - - - - - -

4 04.Receita da Atividade Rural -

5 05.TOTAL DA RECEITA DE VENDAS - - - - - - - - - - - -

6 06.Receita da Prestação de Serviços - - - - - - - - - - - -

707.(-)Vendas Canceladas, Devoluções e Descontos Incondicionais

- - - - - - - - - - - -

8 08.RECEITA BRUTA - - - - - - - - - - - -

909.Lucro Real - Receita Bruta Sujeita ao Percentual Mínimo de 1,2%

- - - - - - - - - - - -

1010.Lucro Real - Receita Bruta Sujeita ao Percentual Mínimo de 1,5%

- - - - - - - - - - - -

11 11.Receitas Financeiras - - - - - - - - - - - -

1212.Resultados Positivos em Participações Societárias

- - - - - - - - - - - -

13 13.Resultados Positivos em SCP - - - - - - - - - - - -

1414.Receita de Locação ou Arrendamento de Bens

- - - - - - - - - - - -

15 15.Outras Receitas Operacionais - - - - - - - - - - - -

1616.Receitas de Alienações de Bens e Direitos do Ativo Permanente

- - - - - - - - - - - -

17 17.Outras Receitas Não Operacionais - - - - - - - - - - - -

DIPJ 2006 - REFIS (FICHA 54 A)

DIGITAR O NOME DA EMPRESA AQUI

EMPRESA:

CNPJ Fonte Pag. Nome: O.PCód.

ReceitaRendimento Bruto IRRF CSLL

DIPJ 2007 - LUCRO PRESUMIDO E LUCRO REAL

Ficha 53 - Demonstrativo do Imposto de Renda Retido na Fonte (LR, LP e LA)

DIGITAR O NOME DA EMPRESA DIGITAR CNPJ

96

7.3 ANEXO 3 – PLANILHA DCTF

Empresa CNPJ :

IMPOSTO CÓD M / T APURAÇÃO VENCIMENTO VLR DÉBITODECOMP ou

OBS PRINCIPAL

DARF MULTA JUROS TOTAL

PG S/N

PISCOFINSC. SocialIRPJIRRFIRRF / SAL

IMPOSTO CÓD M / T APURAÇÃO VENCIMENTO PRINCIPALDECOMP ou

OBS PRINCIPAL MULTA JUROS TOTAL

PG S/N

PIS - - COFINS - - C. SocialIRPJIRRFIRRF / SAL

IMPOSTO CÓD M / T APURAÇÃO VENCIMENTO PRINCIPALDECOMP ou

OBS PRINCIPAL MULTA JUROS TOTAL

PG S/N

PIS - - COFINS - - C. SocialIRPJIRRFIRRF / SAL

IMPOSTO CÓD M / T APURAÇÃO VENCIMENTO PRINCIPALDECOMP ou

OBS PRINCIPAL MULTA JUROS TOTAL

PG S/N

PIS - COFINS - C. Social - IRPJIRRFIRRF / SAL

IMPOSTO CÓD M / T APURAÇÃO VENCIMENTO PRINCIPALDECOMP ou

OBS PRINCIPAL MULTA JUROS TOTAL

PG S/N

PIS - COFINS - C. Social - IRPJIRRFIRRF / SAL

IMPOSTO CÓD M / T APURAÇÃO VENCIMENTO PRINCIPALDECOMP ou

OBS PRINCIPAL MULTA JUROS TOTAL

PG S/N

IMPOSTO CÓD M / T APURAÇÃO VENCIMENTO PRINCIPALDECOMP ou

OBS PRINCIPAL MULTA JUROS TOTAL

PG S/N

PIS -

COFINS -

C. Social -

IRPJ

IRRF

IRRF / SAL

MAIO

JUNHO

ABRIL

MARÇO

FEREVEIRO

DCTF -1º SEMESTRE/2007

JANEIRO

97

7.4 ANEXO 4 - APOSTILA ORIENTAÇÃO E TREINAMENTO -

DEPARTAMENTO PESSOAL

7.5 ANEXO 4 - APOSTILA ORIENTAÇÃO E TREINAMENTO -

DEPARTAMENTO FISCAL