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UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO MESTRADO EM ORTODONTIA AVALIAÇÃO VOLUMETRICA DO CONDILO PELA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CONICO (TCCB) EM PACIENTES ORTODÔNTICOS DE CLASSES I, II E III MARLOS EURÍPEDES DE ANDRADE LOIOLA São Paulo 2012

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UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO

MESTRADO EM ORTODONTIA

AVALIAÇÃO VOLUMETRICA DO CONDILO PELA TOMOGRAFIA

COMPUTADORIZADA DE FEIXE CONICO (TCCB) EM PACIENTES

ORTODÔNTICOS DE CLASSES I, II E III

MARLOS EURÍPEDES DE ANDRADE LOIOLA

São Paulo

2012

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UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO

MESTRADO EM ORTODONTIA

AVALIAÇÃO VOLUMETRICA DO CONDILO PELA TOMOGRAFIA

COMPUTADORIZADA DE FEIXE CONICO (TCCB) EM PACIENTES

ORTODÔNTICOS DE CLASSES I, II E III

Dissertação apresentada em formato

alternativo ao Programa de Mestrado em

Ortodontia da Universidade Cidade de São

Paulo - UNICID.

Aluno: Marlos Eurípedes de Andrade Loiola

Orientadora: Profª.Drª.Karyna Martins do Valle-Corotti

São Paulo

2012

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Dedicatória

Dedico todos os frutos deste trabalho e jornada a Deus, a Nossa Senhora das

Graças, à minha mãe Elairdes Loiola(In memorian) que sempre me incentivou

e propciou a realização dos meus sonhos. A minha esposa Juniele pelo amor,

apoio e por sempre acreditar nos meus projetos de vida. A meu filho Henrique

por me alimentar sempre com sua alegria e amor. Ao meu sogro Walter Vilhena

pelo exemplo de profissionalismo e dedicação a profissão e a minha sogra

Cora Marques pelas orações e carinho.

Agradeço também ao meu Pai, a meu irmão e cunhada. Minhas referencias

Familiares.

A prima e amiga Ana Maria Braga e Dona Maria Nilza, pelo incentivo e pela

acolhida durante toda minha jornada em São Paulo

A todos: Muito Obrigado por tudo !!!

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Agradecimentos especiais

À minha Orientadora e Professora Doutora Karyna Martins do Valle-Corotti, que

me presenteou com esta linha de pesquisa pela qual me empenhei ao maximo

e procurei dentro das minhas limitações realizar de acordo com os conselhos

dados. Meus sinceros agradecimentos pela paciencia e orientação !

Ao Professor Doutor André Luiz pelos conselhos, artigos e ideias que ajudaram

substancialmente na elaboração e realização deste trabalho.

Ao Professor Flavio Vellini, pelo privilegio de poder conviver e aprender com

uma figura que tanto representa a orthodontia brasileira;

Ao Professor Flavio Cotrim, sempre presente neste processo de educação,

pela sua acessibilidade e oportunidades a mim concedida;

A amiga Professora Doutora Renata Cristina Castro por me indicar e

apresentar ao programa de Mestrado da UNICID.

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Agradecimentos

Aos Professores do programa de mestrado em Ortodontia da UNICID: Acácio

Fuziy, Ana Carla Nahás, Hélio Sacavone Jr, Rivea Inês Ferreira, Paulo

Eduardo Carvalho e Fernando Torres. Pelo o exemplo de profissionais capazes

e Mestres dedicados que são;

Aos inesquecíveis colegas e amigos: Alcéu Martins, Aldo Otazú, Andrea

Suster, Fernanda Meister, Fabiana Canevari, Luciana Lima, Luciana Lemos,

Marco Bonfim, Raphaela Biasutti, Saulo André e Soraya Rolim

Aos amigos Wendel Shibasaki, Liliane Shibasaki e Nina Shibasaki.

Companheiros de todas as horas !

Aos Professores Elisabete Marques e Gino Pulittini por me introduzirem e nesta

amada especialidade

À Dona Arlinda pelo o auxilio e pelo seu sorriso acolhedor com que sempre nos

tratou durante as Clínicas, meu muito obrigado.

Ao Dr. Diogo Frazão, Marcos Gribel e Bruno Gribel pela gentileza de viabilizar

o material e o software necessário para realizar o estudo deste trabalho.

Aos pacientes da clinica da Unicid e de minha clinica, que depositaram

confiança em meu trabalho.

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RESUMO

Esta pesquisa teve como objetivo analisar o volume e a superfície do côndilo

mandibular, em imagens de tomografias computadorizadas de feixe cônico, de

55 pacientes, de 19 a 59 anos, sendo composta por 21 do sexo masculino e 34

do feminino. As análises volumétricas e de superfície do côndilo foram

comparadas entre as más oclusões esqueléticas de Classes I, II e III (definidos

pelo ANB), entre os sexos e lados direito e esquerdo. A amostra não passou

pelo teste de normalidade Shapiro-Wilk e foi submetida aos testes não

paramétricos de Kruskal-Wallis One Way Analysis of Variance on Rank para

comparação entre as Classes, Mann-Whitney Rank Sum Test para

comparação entre os sexos e Wilcoxon Signed Rank Test para comparação

entre os lados. Todas as análises adotaram o intervalo de confiança de 95%.

Os resultados não demonstraram valores de volume (p= 0,588) e superfície

(p=0,830) estatisticamente diferentes para os grupos de Classe I, II e III. Foram

encontradas diferenças estatísticas, para volume (p<0,001) e superfície

(p<0,001) entre os sexos. Quando realizada a comparação entre os lados,

apenas a superfície (p=0,038) apresentou diferença estatística significante.

Conclui-se que o volume e a superfície condilar não influenciaram a definição

das características esqueléticas de Classes I, II e III.

Palavras Chaves: Condilo, Volume, Superfície, Tomografia Cone Beam

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ABSTRACT

This research had the purpose to analyze the volume and surface of the

mandibular condyle in images of cone beam CT scans of 55 patients, 19 to 59

years, composed of 21 males and 34 females. Volumetric analyzes and surface

of the condyle were compared between the skeletal malocclusion Classes I, II

and III (defined by ANB) between sexes and right and left sides. The sample did

not pass the test of normality Shapiro-Wilk and was subjected to nonparametric

Kruskal-Wallis One Way Analysis of Variance on Rank for comparison between

Classes, Mann-Whitney rank sum test for comparison between sexes and

Wilcoxon Signed Rank Test for comparison between sides. All analyzes

adopted the confidence interval of 95%. The results showed no volume values

(p = 0.588) and area (p = 0.830) significantly different for groups of Class I, II

and III. Statistical differences were found for volume (p <0.001) and surface (p

<0.001) between the sexes. When performed the comparison between the

sides, only the surface (p = 0.038) showed a statistically significant difference. It

is concluded that the volume and surface condylar not influence the definition of

the characteristics of skeletal Class I, II and III.

Key Words: Condyle, Volume, Surface, Cone Beam CT

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Lista de Figuras:

Figura 01 – Reconstrução volumetrica e mensuração dos côndilos direito e

esquerdo ...................................................................................................... 23

Figura 02 – Porção inferior do côndilo, delimitada pela linha paralela ao de

Frankfurt, que passa na porção inferior da chanfradura sigmóide............... 23

Figura 03 – Janela usada para o estudo do côndilo e todas as suas

delimitações.................................................................................................. 24

Figura 04 – Janela utilizada para a mensuração do angulo ANB

...................................................................................................................... 24

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Lista de Tabelas:

Tabela I – Dados referentes aos volumes condilares em relação aos padrões

esqueléticos (mm3).......................................................................................... 26

Tabela II – Dados referentes as superfícies condilares em relação aos padrões

esqueléticos (mm2).......................................................................................... 26

Tabela III – Dados referentes aos volumes condilares em relação aos sexos

(mm3).............................................................................................................. 27

Tabela IV – Dados referentes as superfícies condilares em relação aos sexos

(mm2).............................................................................................................. 27

Tabela V – – Dados referentes aos volumes condilares em relação aos lados

(mm3)............................................................................................................. 28

Tabela VI – Dados referentes as superfícies condilares em relação aos lados

(mm2)............................................................................................................ 28

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SUMÁRIO

1. REVISÃO DE LITERATURA............................................................... 11

2. ARTIGO CIENTIFICO......................................................................... 18

INTRODUÇÃO.....................................................................................18

MATERIAL E MÉTODOS ................................................................... 21

ANÁLISE ESTATISTICA .................................................................... 25

RESULTADOS ................................................................................... 25

DISCUSSÃO ...................................................................................... 29

CONCLUSÃO ..................................................................................... 32

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................. 33

3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................. 35

4. ANEXOS............................................................................................ 37

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1 – REVISÃO DE LITERATURA

A ATM faz parte do sistema estomatognático, que pode ser definido como

um conjunto de órgãos e tecidos, nos quais devem atuar integrados e

harmonicamente participando das funções como mastigação, respiração,

fonação, deglutição e postura. (BEHSNILIAN, 1974)

Os músculos que são responsáveis pelos movimentos da mandíbula são

os músculos elevadores e depressores. Os elevadores tem a função básica de

elevação da mandíbula, os principais são: temporal, masseter e pterigóideo

lateral. Já os depressores exercem a função de depressão da mandíbula são

eles: pterigóideo lateral, digástrico, genióideo e milóide. (DOUGLAS, 1988)

Em 1991 Ludlow, Nolan e McNamara realizaram um estudo avaliando o

espaço articular e posicionamento côndilar por meio de 3 técnicas tomográficas

em crânio seco com mensuração utilizando referencias das inclinações axiais

condilares padronizadas em 20 graus, concluiram que a correção vertical e

horizontal produziu mensurações significativamente mais exatas do espaço

articular. Os autores afirmaram que esse estudo fundamenta a indicação do

uso da tomografia como método de avaliação desta estrutura anatomica.

A articulação temporomandibular tem a anatomia e a função mais

complexa entre todas as articulações do corpo humano. Esse fato é explicado

pela duplicidade dos componente articulares (dois côndilos e duas fossas

Mandibulares) e ainda pode se somar um terceiro componente, a oclusão

dentária. A posição das articulações, cercada pelo denso osso da base do

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crânio, as torna de difícil exame clínico e por exames com imagens

convencionais bidimensionais. (MARTINS, 1993)

A ATM está localizada na região distal e superior da mandíbula e na

região inferior e lateral do osso temporal. Está delimitada posteriormente pela

espinha pós-glenóide, na região escamosa do temporal, no conduto auditivo

externo e na região posterior da fossa glenóide, estando anteriormente ao

tubérculo articular, medialmente pela espinha do esfenóide, lateralmente pela

parede lateral externa da fossa glenóide e ao músculo masseter, ficando

superiormente envolvida pelo osso temporal e arco zigomático. Isso está

relacionado às diferenças entre os dois gêneros no crescimento facial tardio.

(MOLINA, 1995)

Na tomografia convencional, a visualização de uma estrutura é obtida

por meio do principio físico de formação de imagens pelo movimento circular da

fonte de raio X e do receptor de imagem. O tubo de raio X e o receptor de

imagem realizam um movimento de mesma amplitude, mas em direções

opostas, ao redor de um plano de fulcro, deste modo, estruturas localizadas no

plano de fulcro aparecem nítidas no receptor de imagem, enquanto que as

estruturas localizadas aquém e além do plano de fulcro aparecem borradas na

imagem, visto que são registradas em posições diferentes do receptor de

imagem durante a movimentação do conjunto. Desta forma, a imagem focada

destaca-se das demais realçando os detalhes anatômicos no plano pré-

selecionado. (WHITE, PHAROAH, 2000)

A tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) foi introduzida no

mercado europeu em 1998. Em 2001, esta tecnologia 3D foi introduzida no

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mercado Americano. Estima-se que mais de 3000 unidades já foram instaladas

nos Estados Unidos, possuindo em torno de 30 diferentes marcas de

aparelhos. Durante uma varredura da TCFC, o scanner (fonte de raio x e um

sensor acoplado) gira geralmente 360 graus em torno da cabeça para obter

imagens múltiplas. O software de digitalização coleta os dados brutos da

imagem e os reconstrói em formatos visíveis. O tempo de varredura pode variar

entre 5 a 40 segundos, dependendo da unidade e configuração do protocolo.

(HATCHER, 2010)

Em 2004 Tsiklakis, Syriopoulos e Stamatakis descreveram a tomografia

computadorizada por feixe cônico (TCFC) como uma nova técnica radiográfica

de reconstrução voltada para examinar a articulação temporomandibular

(ATM). A técnica favorece uma investigação radiográfica completa dos

componentes ósseos da ATM. As imagens reconstruídas são de qualidade

diagnóstica elevada. O tempo para o exame é mais curto e a dose de

exposição de radiação ao paciente é mais baixa do que aquela com tomografia

computadorizada convencional. Consequentemente pode ser considerada

como a técnica com imagem radiográfica de escolha para a investigação das

características e alterações ósseas da ATM.

Em um estudo foi avaliado por meio da tomografia computadorizada (TC)

a profundidade da fossa mandibular, a formação angular da parede posterior

da fossa articular, o relacionamento do côndilo com a fossa e a posição

cêntrica dos côndilos. A amostra foi composta por 30 indivíduos com idades

entre 12 anos e 8 meses a 42 anos, com a mesma característica de classe II

subdivisão. Foi observado que não existia nenhuma diferença entre os lados

no relacionamento côndilo-fossa. A avaliação da posição cêntrica do côndilo

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com suas fossas mandibulares foi mensurada a partir de pontos marcados no

condilo côndilo com a fossa articular (anterior, posterior e superior), o que

demonstrou um côndilo com um posicionamento anterior estatisticamente

significativo. Concluíram que não havia nenhuma diferença significativa entre

lados de classe I e classe II no relacionamento côndilo-fossa, na profundidade

da fossa mandibular, e na formação angular da parede posterior da fossa

articular. (VITRAL et al, 2004)

Foram observadas as doses de radiação em diferentes tipos de

aparelhos disponíveis para obtenção de imagens radiográficas do crânio. Uma

amostra preparada com dosímetros de fluoreto do lítio termo luminescente foi

exposta a radiação nas tomadas de quatro radiografias convencionais (vista

orbital, visão modificada de Waters, ortopantomografia, telerradiografias), e

dois diferentes tipos de tomografia computadorizada por feixe cônico (TCFC)

(NewTom 9000 e Siremobil Iso-C3D), e tomografia computadorizada multislice

(TC) (Somatom Volume Zoom e 16 de Somatom). A tomografia

computadorizada multislice mostrou valores de exposição mais elevados. Os

níveis de exposição dos sistemas de TCFC estão entre o TC e a radiografia

convencional. A medida da dose para 16 fatias de TCFC revelou quase a

mesma exposição de radiação que 4 fatias do sistema TC quando os

protocolos adaptados examinados foram usados. A escolha do tipo mais

apropriado de imagem radiográfica deve ser indicada de acordo com as doses

empregadas, a qualidade da imagem, a informação exigida e as circunstâncias

clínicas. (SCHULZE et al, 2004).

O processo da tomografia computadorizada foi baseado num principio

matemático, primeiramente apresentado em 1917 por Randon, um matemático

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australiano. Já a primeira técnica radiográfica foi anunciada cinquenta e cinco

anos depois por Godfrey N. Hounsfield, engenheiro eletrônico inglês cujo o

grande mérito foi a utilização do computador como elemento centralizador dos

complexos mecanismos relacionados a tomografia computadorizada. Sua

grande vantagem é não ser um método invasivo, ser rápido, fidedigno e de alta

precisão diagnóstica. Uma das suas indicações é na avaliação da articulação

temporomandibular, sendo considerada o melhor método de diagnostico e

indicada para condições patológicas como: anomalia congênita, trauma

maxilofacial, doenças do desenvolvimento, infecções e neoplasias envolvendo

o tecido ósseo. É recomendada também na avaliação da cortical óssea

podendo observar erosões ósseas, cistos subarticulares, esclerose e

osteófitos. Quando neoplasias estão presentes ocorre um alargamento

irregular do côndilo, destruição do côndilo ou na cavidade articular, e

calcificações do tecido mole. A imagem por ressonância magnética pode ser

requerida se houver necessidade de informação sobre a invasão neoplásica

nos tecidos moles. Em contra partida a tomografia computadorizada não é

indicada para observar a imagem do disco articular, pois ele aparece com

imagem semelhante à do ligamento tendinoso do músculo pterigóideo lateral. A

imagem por ressonância magnética permite uma acurada imagem do disco.

(RODRIGUES, VITRAL, 2007)

A tomografia computadorizada possui precisão e fidelidade suficientes

para ser utilizada na odontologia e o seu uso tende a crescer tanto na rotina

clínica como também em pesquisas. Ela tem possibilitado grande avanço na

prática ortodôntica, pois entre outros fatores possibilitou o desenvolvimento de

uma cefolometria 3D. (MAZZUTTI, BRUNETTO, BRUNETTO, 2008)

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Em 2009, Perrella, Marques e Cavalcanti relataram que a ATM é uma das

regiões corpóreas de maior dificuldade na obtenção de imagens devido ao seu

tamanho reduzido e por ser ao menos parcialmente encoberta pelas densas

estruturas ósseas do crânio, sobretudo o rochedo petroso temporal, o que gera

sobreposição de imagens. Ainda assim muito do conhecimento sobre a

anormalidades da ATM tem sido conquistado por meio dos avanços

tecnológicos dos exames de imagem como por exemplo a tomografia

computadorizada.

Em 2010, Neto e colaboradores investigaram as alterações morfológicas

do côndilo da infância à idade adulta utilizando a TCFC. Foi feito um estudo

transversal envolvendo 36 côndilos de 18 indivíduos com idades variando entre

3 e 20 anos. As imagens dos côndilos foram obtidas por meio do sistema i-CAT

e mesuradas com uma ferramenta de um programa específico para ATM, que

permite cortes perpendiculares à cabeça do côndilo com correção individual em

função das diferenças angulares de cada um. As maiores distâncias nas vistas

lateral e frontal foram consideradas tanto para os côndilos do lado direto como

para os do lado esquerdo. Observaram que a dimensão lateral do côndilo

mandibular parecia ser estabelecida de maneira precoce, sofrendo poucas

alterações com o passar dos anos, enquanto a dimensão frontal tenderia a

aumentar. Assimetrias entre o côndilo esquerdo e o direito foram comumente

observadas. No entanto, tais diferenças não apresentaram significância

estatística para as vistas lateral e frontal. Os resultados sugeriram que a TCFC

constitui-se numa ferramenta útil na mensuração e avaliação das dimensões

condilares.

Uma pesquisa foi realizada com o objetivo de determinar a variação

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morfológica condilar em pacientes com osteoartrite e assintomáticos de

disfunção temporomandibular. A análise radiográfica dessas alterações

degenerativas dos côndilos foram realizadas em secções transversais da TCFC

e foram interpretados por um radiologista. Seguindo a interpretação

radiológica, estudos preliminares foram realizados para validar a utilização de

modelos 3D de superfície (segmentações) e avaliar os valores dos modelos

condilares a partir de imagens de TCFC, utilizando correspondência de forma.

Foi observada que a morfologia condilar era estatisticamente significativamente

diferente entre os côndilos assintomáticos. Variação morfológicas dos côndilos

com osteoartrite foi significativamente correlacionada com a intensidade e

duração da dor. Concluiram que a quantificação da morfologia condilar revelou

profundas diferenças entre côndilos com Osteoartrite e assintomáticos.

(CEVIDANES et al, 2010)

Em 2011, um estudo foi realizado com 24 TCFC, divididas igualmente em

dois grupos de acordo com as características esqueléticas das más oclusões

de classes I e II, em pacientes com idades entre 09 anos e 3 meses e 23 anos

e 11 meses de ambos os sexos e não submetidos a tratamento ortodôntico.

Foram avaliadas imagens obtidas com o aparelho de tomografia feixe cônico I-

CAT e armazenadas no formato DICOM. Foi utilizado o software da Nemotec

Dental Studio 8.7 para a visualização das imagens e mensuração da posição

condilar. Os autores concluiram que não houve concentricidade absoluta do

côndilo em nenhum dos dois Grupos. O Grupo com má oclusão de Classe II

demonstrou maior espaço posterior entre côndilo e fossa articular, resultando

em côndilos mais anteriorizados nesse grupo. (CARINHENA, 2010)

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2. Artigo Científico

Introdução

A articulação temporomandibular (ATM) possui anatomia e função tidas

como das mais complexas entre todas as articulações do corpo humano e

apresenta uma duplicidade dos componentes articulares com dois côndilos e

duas fossas mandibulares. Além da função articular, o côndilo atua como um

local de crescimento adaptativo até mesmo sob carga funcional, que é

suportada por sua cartilagem (ENLOW, 1993). A morfologia do côndilo é

caracterizada por uma projeção óssea arredondada, com uma superfície

superior oval e biconvexa no plano axial. Tipicamente, a dimensão

anteroposterior (ou lateral) é menor do que a mediolateral (ou frontal), cujas

terminações são denominadas pólos lateral e medial (NETO, 2010). Variações

na normalidade da morfologia condilar ocorrem em função da idade, sexo,

padrão facial, carga funcional, força oclusal e tipo de má oclusão.

(KATSAVRIAS, HALAZONETIS, 2005; SACCUCCI et al, 2012).

A influência da morfologia da ATM na má oclusão tem sido estudada por

meio de diferentes metodologias como autópsia do crânio humano, histologia,

radiografias convencionais, tomografia computadorizada multislice, tomografia

computadorizada de feixe cônico (TCFC) e até mesmo ressonância magnética.

As imagens geradas por TCFC podem ser notavelmente precisas na realização

de mensurações lineares, geométricas e volumétricas das estruturas do

complexo maxilofacial (NETO, 2010) e por isso tem sido o método de escolha

para estudo das estruturas ósseas que compõem a face (HATCHER,

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ABOUDARA, 2004; SCARFE et al, 2006). Outro fator importante consiste em

que as imagens originais de TCFC em formato DICOM apresentam uma chave

de segurança ou numero associado, que impossibilita a sua modificação e lhe

provê valor legal (FERREIRA, 2010).

Um dos primeiros estudos que avaliou em imagens de TCFC a ATM em

pacientes com más oclusões demonstrou que os côndilos comumente não se

apresentam centralizados em suas fossas, e sim mais anteriorizados com

assimetrias entre eles. Outro resultado obtido nessa pesquisa foi que na má

oclusão de classe III os côndilos estavam mais anteriorizados que nas classes I

e II (COHLMIA et al, 1996). Posteriormente as características articulares foram

estudadas com imagens tomográficas em grupos separados de acordo com a

má oclusão. Em um grupo de má oclusão de classe I os côndilos

apresentaram-se mais anteriorizados, com maior espaço posterior no lado

direito (RODRIGUES, FRAGA, VITRAL, 2009). Os côndilos também estavam

mais anteriorizados em uma amostra de má oclusão de classe II subdivisão,

quando avaliados em cortes laterais porém sem diferença entre os lados

(VITRAL et al, 2004). Quando a mesma amostra teve as ATMs avaliadas em

cortes axiais os côndilos apresentavam-se simétricos nas posições antero-

posteriores e latero-laterais, bem como em suas dimensões (VITRAL, TELLES,

2002). Os côndilos também estavam anteriorizados nos grupos de más

oclusões de classe II, 1ª divisão e na classe III (RODRIGUES, FRAGA,

VITRAL, 2009). Esses estudos levaram em consideração as características

oclusais e encontraram resultados semelhantes independente da amostra

estudada.

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As formas do côndilo e da fossa articular foram comparadas entre grupos

de classes II, primeira e segunda divisão e de classe III em imagens de

tomografia computadorizada. Nesse estudo, além das características oclusais,

o ângulo ANB e a medida de Wits também foram consideradas, também foram

observados a fossa mandibular e côndilos com formas distintas ao comparar a

classe II com a classe III. O posicionamento condilar também foi avaliado e de

acordo com a amostra estudada, e estava mais anteriorizado na classe II

primeira divisão quando comparado a classe II segunda divisão. O côndilo na

classe III apresentou uma posição intermediária (KATSAVRIAS,

HALAZONETIS, 2005).

Com intenção de avaliar a posição condilar em pacientes com alterações

esqueléticas foi selecionada uma amostra divida em classe I e II de acordo com

as medidas de ANB e Wits, independente das relações oclusais. O estudo

demonstrou côndilos descentralizados em ambos os grupos, porém, com maior

espaço posterior entre côndilo e fossa no grupo de classe II. Não houve

diferença de posição entre os lados (CARINHENA, 2010). Esses achados

indicam que pacientes com comprometimento esquelético apresentam maior

risco de demonstrarem alterações nas posições condilares.

Além da posição condilar, outros fatores podem ser analisados e dentre

eles está o volume e a superfície condilares. Que foi avaliado em jovens

caucasianos dos sexos masculino e feminino com más oclusões e sem

sintomatologia de DTM, utilizando imagens geradas em TCFC com auxílio do

software MimicsTM 9.0 (Materialise NV Technologielaan, Leuven, Belgium). Os

resultados demonstraram uma variabilidade significativa no volume e na

superfície condilar entre ambos os sexos, e entre os dois lados da mandíbula

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(TECCO et al, 2010), porém em um grupo sem divisão entre as más oclusões.

Recentemente Saccucci e colaboradores em 2012 deram continuidade a esse

estudo para comparar os côndilos direito e esquerdo em uma amostra dividida

de acordo com os ângulos ANB e SNGoGn (ângulos do plano mandibular). A

amostra geral não apresentou diferenças entre os lados, no entanto, o grupo

com ângulo mandibular menor (tendência horizontal) demonstrou volume e

superfícies significativamente maiores que os grupos com SNGoGN médios e

altos (p<0,01). O grupo com relação de classe III apresentou côndilos maiores

em volume e superfície, porém os resultados não demonstraram diferenças

estatísticas.

Motivados pela possibilidade de avaliar o volume e a superfície condilar

em indivíduos com diferentes características faciais, o presente estudo buscou

uma amostra com grupos de classes I, II e III definidos de acordo com a

literatura pelo ANB e não por características oclusais. Desse modo foi possível

refinar os recentes achados e definir novas características anatômicas do

côndilo em cada padrão facial em indivíduos brasileiros.

Material e Métodos

Este estudo foi realizado em conformidade com as normas e os preceitos

universalmente aceitos para a pesquisa envolvendo seres humanos, tendo sido

aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Institucional, sobre o protocolo nº.

13654991 (ANEXO).

A amostra foi composta por imagens de TCFC de 55 pacientes, sendo

21 do sexo masculino e 34 do feminino, com idades entre 19 e 59 anos,

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22

pertencentes ao acervo de um centro de serviços de diagnóstico e

planejamento odontológico (Compass3d em Belo Horizonte – MG, Brasil).

Para a realização do exame, o tomógrafo foi ajustado para funcionar

segundo as seguintes especificações: 120KvP, 8mA e tempo de exposição de

20 segundos. Os pacientes foram orientados a permanecer sentados no

aparelho com a cabeça posicionada com o plano de Frankfurt paralelo ao solo,

e plano sagital mediano perpendicular ao solo. As imagens da tomografia

computadorizada cone beam foram adquiridas em formato DICOM (Digital

Imaging and Communication in Medicine). Estas imagens adquiridas em

quaisquer tomógrafos, independentemente do processo de aquisição (single,

multislice, feixe cônico) podem ser lidas em softwares que analisam as

imagens volumétricamente.

A amostra foi definida de acordo com os seguintes critérios: Pacientes

sem tratamento ortodôntico prévio, presença de todos os dentes permanentes

irrompidos até os primeiros molares, pacientes sem histórico pregresso de

fraturas na região da face, ausência de síndromes e anomalias craniofaciais.

Foram excluídos os pacientes com histórico de bruxismo ou apertamento e

pacientes com histórico de sintomatologia dolorosa na articulação

temporomandibular.

As imagens de TCFC armazenadas no formato DICOM permitiram as

mensurações realizadas com o software Vistadent 2.1 (GAC Dentsply de New

York USA). O software tem a capacidade de mensurar tanto o volume (mm3),

como a superfície (mm2) através da quantificação dos voxels presentes nas

imagens dos côndilos, e posteriormente fornecer os valores exatos da estrutura

estudada. (Figura 01)

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Figura 01 – Reconstrução volumétrica e mensuração dos côndilos direito e

esquerdo

O limite inferior do côndilo foi determinado a partir de uma linha paralela

ao plano de Frankfurt tocando a porção mais inferior da chanfradura sigmóide

(SCHLUTER et al, 2008). (Figuras 02 e 03)

Figura 02 - Porção inferior do côndilo, delimitada pela linha paralela ao de

Frankfurt (Linha P), que passa na porção inferior da chanfradura sigmoide

(Linha A).

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Figura 03 – Janela usada para o estudo do côndilo e todas as suas

delimitações.

A amostra foi divida em 3 grupos de acordo com padrão esquelético de

classes I (0 a 2º), II (>2º) e III (<2º), determinados pelo ângulo ANB em

telerradiografias geradas a partir de imagens das tomografias

computadorizadas e mensuradas através do Software Vistadent 2.1 (GAC

Dentsply de New York USA). (Figura 04)

Figura 04 – Janela utilizada para a mensuração do angulo ANB

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Análise Estatística

A descrição geral dos dados referentes ao volume e superfície condilar

contemplaram os itens média, desvio padrão, mediana e quartis para os fatores

de estudo classe e sexo. Com a finalidade de eliminar os valores extremos da

amostra que interferem no valor da média, foi obtida a mediana dos primeiros e

terceiros quartis e os dados comparativos foram obtidos a partir das medianas

e não das médias.

Os dados obtidos foram comparados estatisticamente através dos

softwares SigmaPlot 12.0 e Statistica 11.0. As variáveis Classe, sexo e lados

não passaram pelo teste de normalidade de dados Shapiro-Wilk (P<0,050) e

foram submetidas, respectivamente, aos testes não paramétricos Kruskal-

Wallis One Way Analysis of Variance on Rank, Mann-Whitney Rank Sum Test

e Wilcoxon Signed Rank Test para as devidas comparações. Todas as análises

adotaram o intervalo de confiança de 95%.

Resultados

A amostra consistiu em 18 pacientes classe I, 19 pacientes classe II e 18

pacientes classe III, sendo 34 do sexo feminino e 21 masculino, com média de

idade de 32 anos +- 10,3 .

A mediana do volume dos côndilos, considerando o primeiro e terceiro

quartis, foi de 1819mm3 para a classe I, 1838mm3 para classe II e 1860mm3

para classe III (Tabela I). Os grupos foram comparados entre si pelo teste não

paramétrico Kruskal-Wallis One Way Analysis of Variance on Ranks, que não

demonstrou diferença estatisticamente significante entre os 3 padrões

esqueléticos (P=0,588).

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Classe Volume

Médio

Volume

N

Volume

Min

Volume

Max

Volume

Q25

Volume

Mediana

Volume

Q75

Classe I 1804,72 36 990,00 3616,00 1303,00 1819,00 2089,50

Classe II 1920,36 38 966,00 3616,00 1489,00 1838,50 2203,00

Classe III 1893,19 36 1219,00 3128,00 1541,50 1860,00 2160,00

Todos 1873,62 110 966,00 3616,00 1504,00 1835,50 2144,00

Tabela I – Dados referentes aos volumes condilares em relação aos padrões

esqueléticos (mm3)

O valor da mediana para a superfície dos côndilos considerando o

primeiro e terceiro quartis, foi de 961,5mm2 para a classe I, 931,5mm2 para a

classe II e 962,5mm2 para a classe III (Tabela II). Os grupos foram comparados

entre si pelo teste não paramétrico Kruskal-Wallis One Way Analysis of

Variance on Ranks, que não demonstrou diferença estatisticamente

significante entre os 3 padrões esqueléticos (P=0,830).

Classe Superfície

Média

Superfície

N

Superfície

Min

Superfície

Max

Superfície

Q25

Superfície

Mediana

Superfície

Q75

Classe I 957,72 36 649,00 1428,00 776,00 961,50 1069,00

Classe II 948,86 38 585,00 1428,00 793,00 931,50 1058,00

Classe III 966,13 36 690,00 1404,00 855,50 962,50 1068,00

Todos 957,41 110 585,00 1428,00 813,00 958,00 1066,00

Tabela II – Dados referentes as superfícies condilares em relação aos

padrões esqueléticos (mm2)

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As medianas, dos valores de volume dos côndilos, com relação ao sexo

foram de 1626mm3 para o feminino e 2089,5mm3 para o masculino (Tabela III).

Os grupos foram comparados entre si pelo teste Mann-Whitney Rank Sum

Test, que demonstrou diferença estatística significante (P<0,001).

Sexo Volume

Médio

Volume

N

Volume

Min

Volume

Max

Volume

Q25

Volume

Mediana

Volume

Q75

Feminino 1679,13 36 966,00 3128,00 1301,50 1626,00 1988,00

Masculino 2188,52 38 1044,00 3616,00 1701,00 2089,50 2476,00

Todos 1873,62 110 966,00 3616,00 1504,00 1835,50 2144,00

Tabela III – Dados referentes aos volumes condilares em relação aos sexos

(mm3)

As medianas da superfície dos côndilos em relação ao sexo foram de

888,5mm2 para o feminino e 1041mm2 para o masculino (Tabela IV). Os

grupos foram comparados entre si pelo teste Mann-Whitney Rank Sum Test,

que demonstrou diferença estatística significante (P<0,001).

Sexo Superfície

Média

Superfície

N

Superfície

Min

Superfície

Max

Superfície

Q25

Superfície

Mediana

Superfície

Q75

Feminino 896,36 36 585,00 1404,00 753,50 888,50 999,00

Masculino 1056,26 38 701,00 1428,00 958,00 1041,00 1137,00

Todos 957,41 110 585,00 1428,00 813,00 958,00 1066,00

Tabela IV – Dados referentes as superfícies condilares em relação aos sexos

(mm2)

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As medianas dos valores referente ao volume condilar para os lados

direito e esquerdo foram, respectivamente, 1842mm3 e 1802mm3 (Tabela V).

Os grupos foram comparados entre si pelo teste Wilcoxon Signed Rank Test,

que não demonstrou diferença estatisticamente significante entre os 2 lados

(P=0,139).

Lado Volume

Médio

Volume

N

Volume

Min

Volume

Max

Volume

Q25

Volume

Mediana

Volume

Q75

Direito 1889,87 36 1018,00 3616,00 1489,00 1842,00 2171,00

Esquerdo 1857,38 38 966,00 3497,00 1504,00 1802,00 2144,00

Todos 1873,62 110 966,00 3616,00 1504,00 1835,50 2144,00

Tabela V – Dados referentes aos volumes condilares em relação aos lados

(mm3).

As medianas das superficies condilares foram de 957mm2 para o lado

direito e 961mm2 para o lado esquerdo (Tabela VI). Os grupos foram

comparados entre si pelo teste Wilcoxon Signed Rank Test, que demonstrou

diferença estatisticamente significante entre os 2 lados (P=0,038).

Lado Superfície

Média

Superfície

N

Superfície

Min

Superfície

Max

Superfície

Q25

Superfície

Mediana

Superfície

Q75

Direito 966,63 36 636,00 1428,00 824,00 957,00 1085,00

Esquerdo 948,20 38 585,00 1347,00 800,00 961,00 1058,00

Todos 957,41 110 585,00 1428,00 813,00 958,00 1066,00

Tabela VI – Dados referentes as superfícies condilares em relação aos lados

(mm2)

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Discussão

A busca por definir a relação entre a Articulação Temporomandibular e

as más oclusões tem impulsionado estudos com imagens de alta qualidade

como as obtidas pela tomografia computadorizada. A visualização das

estruturas articulares em 3D possibilitou novos estudos a respeito da relação

côndilo-fossa, anatomia articular e recentemente do volume e superfície

condilar, sendo esse último o objetivo principal do presente estudo.

A amostra geral foi composta por imagens de TCFC de indivíduos, de

ambos os sexos, com padrões esqueléticos de Classes I, II e III definidos pela

medida do ângulo ANB, como já realizado em outros estudos (KATSAVRIAS,

HALAZONETIS, 2005; CARINHENA, 2010; SACCUCCI et al, 2012), o que

parece ser uma nova tendência em relação aos estudos que definiram suas

amostras apenas pelas características oclusais (COHLMIA et al, 1996; VITRAL

et al, 2004; VITRAL, TELLES, 2002; RODRIGUES, FRAGA, VITRAL, 2009).

Os valores médios de volume e superfície condilar para a amostra geral

foram, respectivamente, 1835,50mm3 e 958,00mm2, valores superiores aos

encontrados na literatura de 691,26mm3 e 406,02mm2 para homens e

669,65mm3 e 394,77mm2 para mulheres (TECCO et al, 2010). Essa diferença

se deve ao fato da delimitação do côndilo ser diferente nesses estudos. Na

literatura o limite inferior do côndilo foi baseado na porção inferior do meato

acústico interno, enquanto no presente estudo foi baseado na chanfradura

sigmóide da mandíbula.

Um dos principais objetivos desse estudo foi comparar o volume condilar

entre os padrões faciais que definem as classes I, II e III. De acordo com os

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resultados, os valores médios foram respectivamente, 1804,722mm3,

1920,368mm3 e 1893,194mm3. Ao considerar as medianas de 1819mm3 (I),

1838mm3 (II) e 1860mm3 (III), pode se observar que o volume foi crescente

iniciando na classe I até a classe III. No entanto, quando comparadas entre si,

não apresentaram diferença estatística (p=0,588). Em um estudo com uma

população mediterrânea, o volume e a superfície condilar também

apresentaram-se maiores, porém, como nesse estudo, sem diferença

estatística (SACCUCCI et al, 2012). Esses resultados diferem do presente na

literatura (KATSAVRIAS, HALAZONETIS, 2005) que evidenciou diferenças

anatômicas da ATM entre grupos de classes II, divisões 1 e 2 e classe III, no

entanto, a avaliação realizada nessa pesquisa foi a respeito da forma

anatômica da ATM e não de volume e superfície.

Os resultados referentes à superfície condilar de 961,50mm2 (I), 931,50

mm2 (II) e 962,50 mm2 (III), não demonstraram esse padrão de valores

crescentes e nem considerados estatisticamente diferentes entre si (p=0,830).

Pode-se concluir que embora a forma do côndilo seja diferente de acordo com

cada má oclusão (KATSAVRIAS, HALAZONETIS, 2005), isso não influencia no

volume e nem na superfície condilar.

Na comparação entre os sexos foi encontrada uma diferença estatística

com valores maiores de volume (p<0,001) e superfície (p<0,001) para os

homens (2089,50mm3 e 1041,00mm2) em relação às mulheres (1626,00 mm3 e

888,50 mm2). Esse resultado era esperado, visto que as estruturas anatômicas

tendem a ser maiores em indivíduos do sexo masculino. Essa diferença foi

também demonstrada por Tecco et al., no entanto, com diferença estatística

apenas para o volume (p<0,001).

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No estudo comparativo entre lados, foi observado que os valores dos

volumes condilares não apresentavam diferença estatística (p=0,139), com as

medianas de 1842mm3 para o lado direito e de 1802mm3 para o lado esquerdo.

No entanto, os valores encontrados para as superfícies apresentaram diferença

estatisticamente significante (p=0,038), com as medianas de 957mm2 para o

lado direito e 961mm2 para o lado esquerdo. Tecco et al., em 2010, que de

forma semelhante avaliaram volume e superfície condilar, também encontraram

diferença estatística significativa entre os lados direito e esquerdo (p<0,01),

diferente de Saccucci et al (2012) que não evidenciaram diferenças estatísticas

para volume e superfície. A literatura demonstra ainda diferenças entre os

lados para variáveis como diâmentro médio-lateral (VITRAL et al, 2011) e

espaço posterior do côndilo com a fossa mandibular (RODRIGUES, FRAGA,

VITRAL, 2009). Esses achados confirmam que o ser humano não apresenta

simetria perfeita entre os lados direito e esquerdo, até mesmo na articulação

temporomandibular.

De acordo com a amostra avaliada, evidenciou-se que o volume condilar

não interfere nas características esqueléticas sagitais, porém, esta estrutura

varia morfologicamente de acordo com o sexo de cada paciente. Apesar dos

volumes não variarem quando comparados entre os lados, a superfície pode

sofrer alterações, podendo assim esta estrutura possuir superfícies diferentes

comparando os lados no mesmo indivíduo.

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Conclusão

O volume e a superfície condilar, avaliados em imagens de tomografia

computadorizada de feixe cônico, não demonstraram valores estatisticamente

diferentes para os grupos de classe I, II e III. Foram encontradas diferenças

estatísticas, para volume e superfície entre os sexos. Quando realizada a

comparação entre os lados, apenas a superfície apresentou diferença

estatística significante.

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4. Anexos