segurança para fazer farinha - globo...

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SEBRAE Tome nota 84 MAIS INFORMAÇÕES: Sebrae-AL: (82) 3216-1600 MAIS INFORMAÇÕES: Jesus Camargo - (64) 3671-1090 MAIS INFORMAÇÕES: www.valedosvinhedos.com.br VINHOS GAÚCHOS COM SELO EUROPEU A produção de leite da microrregião de São Luís de Belos Montes, em Goiás, está alcançando nível superior. Ao menos um paren- te de cada um dos 37 integrantes da entidade local do segmento, a Aproleite, participa de curso universitário em Agronegócios e Tecnologia em Laticínios ou curso técnico em bovinocultura de leite. Assim, eles solucionam um grave problema do pólo de lác- teos que envolve 5.000 produtores: a falta de técnicos especiali- zados para profissionalizar a produção local. Produzem 424 mil litros de leite por dia. Com capacitação permanente dos produto- res, a meta é o incremento de 30% na produtividade leiteira nos períodos de entressafra em 2007 e mais 30% em 2008. Produtores buscam universidade em Goiás Segurança para fazer farinha A idéia é fazer manuais semelhantes para outros segmentos T écnicos do Sebrae e da Fundacentro realiza- ram um estudo de campo em municípios do interior de Alagoas para a criação do Manual de Referência para Casas de Farinha. A publicação traz orientações e recomendações que irão possi- bilitar a melhoria da qualidade do produto e da vida dos trabalhadores. O projeto foi baseado em três pilares: saúde e segurança no trabalho, proteção do meio ambiente e segurança alimentar. Luiz Renato, tecnologista da Fundacentro, explica que a idéia é futuramente ampliar a expe- riência do Manual em mais segmentos. "Queremos buscar outros projetos dentro do Sistema Sebrae que tenham a necessidade de incluir saúde e segu- rança nas pequenas empresas. Nosso desafio para 2007 é disseminar em outras regiões do país o Manual para Casas de Farinha”, antecipa. Os vinhos brasileiros fabricados na região serrana do Rio Grande do Sul obtiveram da União Européia, no início deste ano, a denomi- nação de origem geográfica "Vale dos Vinhe- dos". Isso significa o reconhecimento interna- cional aos produtos elaborados nos municí- pios de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul – e, principalmente, a abertura do mercado europeu. A indicação de origem já mostrou resulta- dos na última Feira Nacional do Vinho realizada no mês de fevereiro. No evento, o Projeto Com- prador Nacional e Internacional reuniu as 20 vinícolas brasileiras que fecharam negócios que devem chegar a 1 milhão de dólares, o dobro das exportações de 2006. Produção com produtores capacitados Criadores de gado de leite bovino fazem curso especializado Publicação traz orientações para o trabalho Gr_257_ Sebrae 17/02/2007 5:20 PM Page 84

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SEBRAETome nota

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MAIS INFORMAÇÕES:Sebrae-AL: (82) 3216-1600

MAIS INFORMAÇÕES:Jesus Camargo - (64) 3671-1090

MAIS INFORMAÇÕES:www.valedosvinhedos.com.br

VINHOS GAÚCHOSCOM SELO EUROPEU

Aprodução de leite da microrregião de São Luís de Belos Montes,em Goiás, está alcançando nível superior. Ao menos um paren-

te de cada um dos 37 integrantes da entidade local do segmento, aAproleite, participa de curso universitário em Agronegócios eTecnologia em Laticínios ou curso técnico em bovinocultura de leite.

Assim, eles solucionam um grave problema do pólo de lác-teos que envolve 5.000 produtores: a falta de técnicos especiali-zados para profissionalizar a produção local. Produzem 424 millitros de leite por dia. Com capacitação permanente dos produto-res, a meta é o incremento de 30% na produtividade leiteira nosperíodos de entressafra em 2007 e mais 30% em 2008.

Produtores buscam universidade em Goiás

Segurança parafazer farinha

A idéia é fazer manuais semelhantespara outros segmentos

Técnicos do Sebrae e da Fundacentro realiza-ram um estudo de campo em municípios do

interior de Alagoas para a criação do Manual deReferência para Casas de Farinha. A publicaçãotraz orientações e recomendações que irão possi-bilitar a melhoria da qualidade do produto e da vidados trabalhadores. O projeto foi baseado em trêspilares: saúde e segurança no trabalho, proteção domeio ambiente e segurança alimentar.

Luiz Renato, tecnologista da Fundacentro,explica que a idéia é futuramente ampliar a expe-riência do Manual em mais segmentos. "Queremosbuscar outros projetos dentro do Sistema Sebraeque tenham a necessidade de incluir saúde e segu-

rança nas pequenas empresas. Nosso desafio para 2007 é disseminar emoutras regiões do país o Manual para Casas de Farinha”, antecipa.

Os vinhos brasileiros fabricados na regiãoserrana do Rio Grande do Sul obtiveram daUnião Européia, no início deste ano, a denomi-nação de origem geográfica "Vale dos Vinhe-dos". Isso significa o reconhecimento interna-cional aos produtos elaborados nos municí-pios de Bento Gonçalves, Garibaldi e MonteBelo do Sul – e, principalmente, a abertura domercado europeu.

A indicação de origem já mostrou resulta-dos na última Feira Nacional do Vinho realizadano mês de fevereiro. No evento, o Projeto Com-prador Nacional e Internacional reuniu as 20vinícolas brasileiras que fecharam negócios quedevem chegar a 1 milhão de dólares, o dobrodas exportações de 2006.

Produção com produtores capacitados

Criadores de gado de leite bovino fazem curso especializado

Publicação traz orientaçõespara o trabalho

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““Samuel Bodman, secretário americano de Energia,sobre o aumento da importação de álcool do Brasil anunciada por Bush para reduzir o consumo de gasolina nos EUA

MAIS INFORMAÇÕES:www.feinco.com.br

Provavelmente teremos de remover a tarifa para que

possamos importar mais

Chegou há um mês ao merca-do catarinense o primeiro

queijo de ovelha fabricado noBrasil. Batizada na Itália comoPecorino, essa delícia somentepoderia ser consumida por meiode importação da Europa. Issoabre novas perspectivas para osprodutores familiares do oeste deSanta Catarina. Em breve, o produto estará nos principais super-mercados do estado.

Responsável pela fabricação, a empresa Cedrense, de Chapecó(SC), fez um alto investimento. A atividade leiteira na região pro-porciona trabalho e renda para cerca de 6.500 famílias rurais de 160municípios gaúchos, catarinenses e paranaenses. O Sebrae-SC eoutras instituições do governo estadual procuram orientar o pro-dutor rural para o fato de que sua propriedade é uma empresa.

Queijo de ovelha em Santa Catarina

São Paulo vai sediar, de 13 a 17 de março, no Centro de Exposição Imi-grantes, a 4ª Feira Internacional de Caprinos e Ovinos. Patrocinado pe-

lo Sebrae, o evento objetiva aproximar produtores nacionais e internacionaispara troca de experiências, realização de negócios e fomento da produçãoe consumo interno de carne, leite e outros produtos derivados das espécies.

Espera-se a visitação de 25 mil pessoas e a participação de 3.500 ani-mais, inclusive exemplares geneticamente melhorados. Esse é um dosresultados já alcançados com a criação da Rede Aprisco – Grupo Gestor doSebrae de Apoio a Programas Regionais Integrados e Sustentados da CadeiaProdutiva da Ovinocaprinocultura.

No dia 13, será apresentada a peça teatral "A cabra e o consórciodo bode" sobre experiência de compra conjunta desenvolvida em Sergipe.No dia 16 haverá painel ciclo de palestras no auditório Aprisco. De acor-do com coordenador nacional de Ovinocaprinocultura da Unidade deAgronegócios do Sebrae, Enio Queijada, a criação de cabras e ovelhasé ideal para pequenos produtores.

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MAIS INFORMAÇÕES:Sebrae-RS: (51) 3216-5123/82

GAÚCHOS NA MODA DO COURO

Produtores de couro bovino de Novo Hamburgoe Estância Velha, no Rio Grande do Sul, visita-

ram a feira Le Cuir à Paris, de 20 a 23 de feve-reiro, de olho no mercado europeu parao produto brasileiro.

O objetivo da missão foi verificar a pos-sibilidade de as empresas se tornarem expo-sitoras nas próximas edições da feira, expli-ca a gestora do Arranjo Produtivo Local (APL)de Componentes para Couro, Calçados eArtefatos do Vale dos Sinos, Mirian Fofonka,do Sebrae-RS.A Le Cuir à Paris tem duas edi-

ções por ano.A próxima ocorre em setembro.A feira apresen-ta uma mostra das tendências mundiais da moda em couro.

Feira mostra melhoriagenética de caprinos

Em 2006, evento atraiu 20 mil visitantes

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Feira emParis mostratendências

MAIS INFORMAÇÕES:Sebrae-SC: 0800-483300

Produto incentiva ovinocultores familiares

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SEBRAELei Geral

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Prefeituras valorizam os pequenos negóciosDuas prefeituras regulamentam a nova legislação; multiplicam-sepelo país ações municipais de apoio aos empreendedores

MAIS INFORMAÇÕES:www.leigeral.com.br

Desde criança, João Bosco daSilva, 38 anos, casado, quatrofilhos, fazia todo tipo de ser-

viço em fazendas de Coari, municípiono Amazonas. Cuidava de hortas,.dogado e, de quebra, comprava insumos.Hoje, ele produz e vende farinha etucupi, matéria-prima de pratos típi-cos, usando as ferramentas da Casa deFarinha, um espaço construído pelaPrefeitura para ser utilizado por pro-

dutores familiares para beneficiar amandioca. "Agora, eu sou patrão demim mesmo", comemora.

Silva é um dos milhões de em-preendedores do País que estão sendobeneficiados por ações desenvolvidasnos municípios sob inspiração da LeiGeral das Micro e Pequenas Empre-sas, que entrou em vigor em dezem-bro passado. "A Lei Geral é uma rea-lidade em Coari desde outubro, quan-do adotamos medidas, como a Casade Farinha, inspiradas nas propostasdo projeto da nova legislação", desta-

ca prefeito Adail Pinheiro. Experiência semelhante aconte-

ce com 30 costureiras da cidade queutilizam máquinas e a infra-estruturado prédio da fábrica de confecçõesCoari Moda, montada pela Prefeitura.No ano passado, a política munici-pal em favor dos pequenos negóciosrendeu a PInheiro o título de vence-dor nacional do Prêmio Sebrae Pre-feito Empreendedor na categoria"Utilização de Royalties e Com-pensações Financeiras na Promoçãodo Desenvolvimento Econômico". As

Agricultores de Coari utilizaram a Casa da Farinha montada pela Prefeitura para beneficamento de mandioca

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ações são financiadas porrecursos dos royalties repas-sados pela União por causada exploração de petróleo naBacia do Urucu, em área domunicípio.

TRABALHOA principal novidade da

Lei Geral é o pagamento uni-ficado de seis tributos fede-rais, um estadual e um muni-cipal, para micro e pequenasempresas que faturam até 2,4 milhõesde reais por ano. Mas o capítulo tribu-tário, já apelidado de Supersimples,só terá vigência a partir de 1º de julhode 2007. Mesmo assim, muito já podeser feito pelo governo federal, dosestados e municípios para tirar dopapel a Lei Geral.

Outro exemplo acontece em NovaMarilândia, Mato Grosso. Lá a hoje avi-cultora Eliana Pereira, 42 anos, casada,três filhos, vivia com o salário míni-mo como empregada doméstica.Atualmente coordena um dos 210 aviá-rios instalados com o apoio da Prefeiturapara abastecer o frigorífico da Perdigãoem Nova Mutum, município vizinho."A cada 45 dias, ganho cerca de 2.000reais", compara ela, que atualmente contacom casa, moto e carro próprios. "Canseide dar cesta básica. Hoje dou trabalho",afirma o prefeito José Aparecido dosSantos, vencedor do Centro-Oeste do

Prêmio Prefeito Empreen-dedor, em 2006.

CENTRO DE APOIOEm pelo menos dois

municípios, Maringá, noParaná, e Cariacica, noEspírito Santo, já foi regu-lamentada a Lei Geral comleis municipais. "Estão dei-xando a gente trabalhar",comemora o técnico emeletrônica William Patrício,

24 anos. Ele montou o primeiro dos 350novos empreendimentos que se forma-lizaram no município, desde agosto de2006, quando o prefeito Helder Salo-mão começou uma agressiva políticade desenvolvimento, com a criação doCentro Integrado de Apoio a Micro ePequena Empresa (Ciampe).

Em janeiro, o prefeito de Cariacicainstituiu o Programa de Incentivo àMicroempresa e Empresa de PequenoPorte para estimular a formalização eatrair novos empreendimentos. Háisenções do IPTU por até dez anos."Nosso desafio é diminuir o númerode informais e atrair novos negóciospara o município", afirma.

Em outubro passado, a Prefeiturade Maringá se antecipou à Lei Gerale editou duas leis complementarescriando o Alvará Provisório e o Certi-ficado de Registro Cadastral para fa-cilitar a vida dos empreendedores. Além

disso, as novidades municipaisprevêem uma série de incentivosfiscais para quem entrar na for-malidade e gerar empregos.

MOBILIZAÇÃO NACIONALO movimento para transfor-

mar a nova legislação em reali-dade já mobiliza também enti-dades empresariais, estados e opróprio governo federal, sem-pre com a participação doServiço Brasileiro de Apoio àsMicro e Pequenas Empresas(Sebrae), idealizador da LeiGeral, e das unidades estaduais

da instituição. Em seis estados, já foram organiza-

dos eventos para debater a regulamen-tação da Lei Geral – Mato Grosso,Sergipe, Pará, Rio Grande do Norte,Pernambuco e Maranhão. Em SãoPaulo, foi criado o Fórum Permanente'Realidade para os Pequenos Negócios',que vai promover nove seminários nointerior e na capital até maio.

"Quem cresce primeiro são asempresas, depois as cidades, os estadose o País, nessa ordem", destaca o geren-te da Unidade de Políticas Públicas doSebrae Nacional, Bruno Quick, que jáparticipou de eventos para discutir aimplantação da Lei Geral em Cuiabáe Aracaju. Segundo ele, a assinatura dalei encerrou um ciclo de lutas e iniciououtro para fazer chegar às novidadesa todos os municípios brasileiros.

DESTAQUES DA LEI GERALCONFIRA AS PRINCIPAIS MODIFICAÇÕES DA NOVA LEGISLAÇÃO:

SUPERSIMPLES- Pagamento único deimpostos. Esse capítulo só entra em vigorem 1º de julho deste ano.ABERTURA E FORMALIZAÇÃO- Apenas umnúmero de identificação, baseado no CNPJ.LICENÇAS- Para o funcionamento imediato, será emitido o Alvará Provisório.FECHAMENTO A baixa da empresa seráautomática.MAIS VENDAS PARA OS GOVERNOS-Preferência nas compras de bens e serviçosde até 80 mil reais.EXPORTAÇÕES- As micro e pequenasempresas serão desoneradas.CONSÓRCIOS- Criação do consórcio simples para compras e vendas.CRÉDITO- Reforço ao cooperativismo decrédito e ao microcrédito e acesso ao Fundode Amparo ao Trabalhador (FAT)INOVAÇÃO TECNOLÓGICA- No mínimo,20% dos recursos públicos da atividade deverão ser investidos no segmento.

Patrício: alvará em quatro dias

Eliana, com o marido, trocou o emprego de doméstica por aviário erguido em área cedida pela Prefeitura de Nova Marilândia

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Uma nova forma de fazer negóciosCanal Futura e TV Globo vão apresentar vídeos sobre proposta que prega ética na produção e na comercialização

MAIS INFORMAÇÕES:www.bibliotecaonline.com.br

Vídeos marcam aentrada do Brasil

nesse nicho de negócios

Bonecos da fauna doPantanal:vendas em seis estados

SEBRAEComércio Justo e Solidário

Os moradores do município deValente, na Bahia, descobriram

no velho sisal com o qual sempre tra-balharam a fórmula do crescimentosustentado e da erradicação da pobre-za. Com organização em cooperati-vas, capacitação e coragem, estão pro-duzindo tapetes, confecções e biju-terias para todo o Brasil. E já exibi-ram peças nas passarelas chiques daFashion Rio, um dos maiores eventosde moda do país.

A reviravolta em Valente é uma das30 histórias que o Serviço Brasileiro deApoio às Micro e Pequenas Empresas(Sebrae) escolheu para iniciar um gran-

dos agricultores, avalia a coordenado-ra de Comércio Justo e Solidário noSebrae, Louise Machado. E comple-menta: "Essas pequenas iniciativas emprática gerariam emprego, renda edesenvolvimento sustentável".

No setor de artesanato, o progra-ma mostra a coleção "Amigo Bicho",produzida por artesãs da CooperativaDom & Arte, em Dom Aquino (MT).Com pedaços de pano, elas reprodu-zem araras, mutuns, garças, tuiuiús,tucanos e papagaios.

de projeto de inclusão do Brasil noComércio Justo e Solidário, um mode-lo ético e ecologicamente correto de pro-dução e comercialização que ganha cadavez mais adeptos em todo o mundo.

Um dos itens do projeto é a disse-minação do conceito e da prática. Éo objetivo da veiculação, a partir demarço, no Canal Futura e na TV Globo,de 30 casos de sucesso nos setores deagronegócios, artesanato e confecções,abrangendo toda a cadeia produtiva.

OPORTUNIDADESNos vídeos há casos de cooperati-

vas que exportam com o certificadointernacional de Comércio Justo,como a Coagrosol, de Itápolis (SP),que produz e vende suco de laranjapara a Europa, e a Cooperativa deAgricultores Familiares, de PoçoFundo (MG), que produz café orgâni-co, com certificado de selo verde.Também é relatada a experiência daRede Ecovida, que estimula a pro-dução orgânica em 170 municípios.

Surgido na Europa no final dadécada de 1960, o conceito de Comér-cio Justo é um contraponto à maneiratradicional de produção e comerciali-zação de gêneros e bens predominan-tes no mundo desde a Antiguidade.

"Cada vez mais os consumidoresquerem comprar uma causa e não ape-nas um produto", avalia Raissa

Rossiter, gerente da Unidade deAcesso a Mer-cados do SebraeNacional.

O Sebraejá identificou1.700 municí-pios brasileiroscom capacida-de para entrarno mercado jus-to. "Imagine setodas as escolaspúblicas com-prassem me-renda escolar

PROGRAMAÇÃOA partir do dia 5 de março, os pro-

gramas vão ser exibidos pelo CanalFutura, sempre nas segundas-feiras, às6h30 e às 11h30, e nos sábados, às12h30.A emissora transmite por parabóli-cas (banda C),TV por assinatura (Net, Skye DirecTV) e TV aberta. Na TV Globo, aestréia será às 6h15 de 17 de março enos sábados seguintes até 19 de maio.

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SEBRAECaso de sucesso

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Artesã ensina a pescar cidadaniaWânia Lima deu uma reviravolta na própria vida, após participar de curso sobre aproveitamento da pele de peixe

Foi em um curso de reciclagem depele de peixe que a dona-de-casa

Wânia Alecrim de Lima vislumbrou aoportunidade de mudar de vida.Realizado em 2002, pelo Governo deMato Grosso do Sul para famílias quetiravam o sustento do rio, o curso per-mitiu que ela iniciasse uma trilha queacabou lhe rendendo o Prêmio SebraeMulher Empreendedora 2005, na cate-goria Cooperativas e Associações, e aindicação para o Prêmio Cláudia 2006,na categoria Trabalho Social. A traje-tória dela é contada no livro Históriasde Sucesso, que será lançado este mês,quando serão conhecidas as vencedo-ras nacionais da edição 2006.

O artesanato em pele de peixe fezsucesso também na Fashion Rio, maiorevento de moda do país, realizado noRio de Janeiro (RJ), em junho de 2006.Na ocasião, foi apresentada a produçãode diversas peças artesanais con-feccionadas pela Amor-Peixe, como roupas,bolsas, carteiras,dentre outras.Atualmente, osprodutos estão sen-do apresentados paraalguns empresários noexterior, mas a primei-ra remessa ainda nãoestá confirmada.

Mulher de pescador,Wânia Alecrim, 38 anos,casou jovem e abandonoua escola para cuidar dacasa. Após fazer o curso dereciclagem, ela incentivou

algumas colegas a fazer confecção debolsas, roupas e carteiras utilizandopeles de peixes regionais, que são cur-

tidas, amaciadas e tingidas."A perda, a fome e o

preconceito sempre meacompanharam, mas, pormeio do trabalho que trazdignidade para o serhumano, reverti a mi-nha situação e estoutentando passar issopara as minhascompanheiras. Osobstáculos come-çaram a ser supe-rados gradativa-mente", revelaWânia.Em maio de

2003, com o apoio doWWF-Brasil, foi inau-gurada a Associação

Mulheres Organizadas Reciclando oPeixe de Corumbá, organização não-governamental com sede na Casa doArtesão, no centro da cidade. As dezintegrantes da Amor-Peixe já fizeramcursos de design, costura, empreende-dorismo e faturam, cada uma, cerca de400 reais por mês com a venda de seusprodutos para empresas e turistas.Wânia, que é presidente da ONG, dápalestras e cursos – recentemente capa-citou pescadoras da Bolívia.

Dos peixes, as associadas reapro-veitam tudo: carne, pele e ossos.Produzem cerca de 20 tipos de produ-tos artesanais, todos feitos de courode peixe e tecido natural, bordadoscom palha de buriti. Desde sua cria-ção elas já venderam 3 mil itens.

Atualmente a Amor-Peixe é apoia-da pelo WWF-Brasil, Sebrae, Embra-pa Pantanal, Casa do Artesão e Pre-feitura Municipal de Corumbá.

MAIS INFORMAÇÕES:Associação Amor-Peixe: (67) 3232-2325e-mail: [email protected]

Wânia virou palestrante e dá cursos para estimular novas empreendedoras

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As peles de peixes viram30 produtos artesanais

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CUSTOS DO NEGÓCIOEstou pensando em colocar em prática

uma idéia que tive há algum tempo – a deabrir um mercadinho onde seriam vendidosapenas produtos típicos do interior.Ou seja,produtos da roça, como fubá, pé-de-mole-que,artesanato, frutas e verduras.Para quetudo dê certo,gostaria que vocês me orien-tassem sobre como calcular os custos.

Claudiana de Barros AfonsoS. Sebastião do Sacramento – MG

RESPOSTA

Claudiana,A primeira coisa é pensar nos cus-

tos que independem de você faturar umreal ou não. Ou seja: mesmo que vocênão venda nada, você vai ter de pagar.É água, aluguel, energia elétrica, tele-fone, contador, os salários dos funcioná-rios, o teu pró-labore, que é o nome doteu salário, e ele tem de estar separa-do das outras contas e você tem de rece-ber isso de tua empresa. No teu caso, nóstemos que separar direitinho esses cus-tos dos custos das mercadorias. É aí queé o pulo-do-gato do teu negócio. Na nego-ciação com os fornecedores, aqui vocêpode ter um diferencial do teu negócio.Então vamos pensar com quais fornece-dores você pode ter uma negociação dife-rente, para que possam aceitar de voltaprodutos que não vendem muito, e que

ENVIE PERGUNTAS [email protected]

??? ?A partir deste mês, esta seção vai passar a reproduzir resumo das cartas enviadas para o programa

de rádio "Sebrae Responde", elaborado pela Unidade de Atendimento Individual do Sebrae Nacional. O endereço é Caixa

Postal: 9902 CEP: 70001-170. Os leitores podem também enviar perguntas para [email protected].

RESPONDESEBRAESEBRAERESPONDE

você possa negociar prazos e condiçõesespeciais, principalmente no início. Issovai dar saúde financeira para tua empre-sa logo de cara. O cálculo de custos servepara você ter uma base sólida na tuaempresa para poder crescer depois. Entãovamos pensar certinho, usar o cálculo decustos e quem sabe vamos ver esse mer-cadinho vendendo produtos para o Brasilinteiro.

Consultor Celso Garcia

ESCOLHER SÓCIOSTemos uma pequena fazenda no Vale

do Mucuri, norte de Minas. Tem um bomregime de chuvas, energia elétrica, masa região é esquecida pelo governo e empre-sários. Pensamos em parcerias para plan-tar cana-de-açúcar, eucalipto ou outra cul-tura que fosse própria para a região.Acredito em algo que gere renda,empregoe que contribua para a nossa cidade.Parceria ou sociedade são boas opçõespara o empreendedor?

Doracy Ornelas Alves

RESPOSTA

Doracy,Há três possibilidades de fazer negó-

cio com alguém. Primeiro, abrir empre-sa agropecuária com um sócio. Segundo,arrendar sua terra.Alguém vai pagar umaluguel mensal. O risco é mínimo. E porfim firmar contrato de parceria. Nessecaso, você pode entrar com a terra e osócio, com o trabalho. O resultado donegócio deve ser dividido entre vocês.Manter uma sociedade empresária é maisdifícil do que um casamento. Na empre-sa, o lucro ou o prejuízo podem abalara relação entre os sócios. Confiança, res-peito e comprometimento são essenciaispara o sucesso do negócio. Evite que

entusiasmos exagerados tomem contade você. Estabeleça com antecedência afunção de cada sócio na empresa.

Consultor Paulo Melchior

ENFRENTAR A CONCORRÊNCIAEstou começando com uma pequena

granja. Mais ou menos 200 frangos decorte. Não tenho experiência, principal-mente para lidar com um mercado tão con-corrido como o de hoje. Como devo fazer?

Luciene da Piedade Ferreira, deItaguaraçu de Minas.

RESPOSTA

Luciene,O primeiro caminho é procurar desen-

volver as competências como empreen-dedora. Procure o Sebrae, procure os trei-namentos necessários para você se sen-tir confiante. Depois, é conhecer os con-correntes.Pegue a caderneta e vá pra rua.Veja como eles operam, quais os preçosque praticam, como colocam os produtosno mercado. A partir daí você pode esta-belecer um diferencial para seu produ-to. Pesquisa de mercado é coisa simples,mas é fundamental para identificar aqui-lo que pode ser feito e que os outros nãofazem. Vá ouvir o seu cliente. Em Triunfo,no interior de Pernambuco, um rapaz faziarapadura igual a todo mundo. E aí ele pro-curou ouvir seus clientes e eles disse-ram que a rapadura era muito grande. Eentão ele começou a fabricar rapadurapequenininha. Sucesso total. Só tem umcaminho: perguntar pro cliente.

Consultor Marco Túlio

PUBLICAÇÕESGANHE

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