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SEBRAE Tome nota 84 MAIS INFORMAÇÕES: Pesquisa sobre Comércio Justo: www.biblioteca.sebrae.com.br MAIS INFORMAÇÕES: Sebrae-AL: (82) 3216-1653 MAIS INFORMAÇÕES: www.prosaeviola.com.br www.alambiquesgauchos.com.br Comércio Justo no Canal Futura N o Brasil, 13 organizações têm acesso ao mercado externo por contar com certificado de Comércio Justo, um movi- mento ético internacional que há 40 anos valoriza os produ- tores rurais de países em desenvolvimento, a inclusão social e respeito ao meio ambiente. Para estimular a expansão desse nicho comercial no País junto a consumidores e empresas, o Sebrae firmou parceria com o Canal Futura e o Fórum de Articulação do Comércio Ético e Solidário (Faces do Brasil) para a produção e veiculação, em março deste ano, de 30 experiências do segmento. “Essa parceria é importante porque estamos levando infor- mação para milhões de pessoas", afirmou o diretor-técnico do Sebrae, Luiz Carlos Barboza, durante o lançamento da série de programas, realizado em dezembro, em São Paulo. Vídeos sobre alternativa comercial ética serão exibidos para estimular o interesse de consumidores e empresas N ATUCAPRI. É o nome da nova mar- ca dos produtos de beleza elabora- dos com leite de cabra no sertão de Alagoas. Lá já funciona a Associação de Produção Artesanal de Cosméticos de Maravilha, que gera renda extra para 38 mulheres, entre donas-de- casa, estudantes, agricultoras e empregadas domésticas. A marca será impressa nos 300 sabonetes produzidos men- salmente, além de xampus, condicionadores, hidratantes e sabo- netes líquidos, afirma a gestora do Arranjo Produtivo Local de Ovinocaprinocultura, Vânia Brito. O Sebrae apóia melhorias na produção da cachaça em 14 estados, e a certificação do produto no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais e na Bahia. Os investimentos somam 15 milhões de reais. Em dezembro, o pro- dutor mineiro José Antônio Souza ob- teve a certificação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) para duas ca- chaças artesanais, a Prosa & Viola (en- velhecida em tonéis de carvalho) e a Terra de Minas (branca e envelhe- cida em barris de jequitibá). Em 2007, cinco produtoras de cachaça da marca “Alambiques Gaúchos” deverão ser certificadas também pelo Inmetro. Os produtores afirmam que a cachaça de qualidade não causa dor de cabeça nem ressaca no dia seguinte. Série vai mostrar agricultores que seguem princípios éticos “Alambiques gaúchos” vão ganhar certificação DIVULGAÇÃO CACHAÇA SEM DOR DE CABEÇA Beleza se faz com leite de cabra FERNANDO BIZERRA JR./BG PRESS Gr_255_ Sebraeok 19/12/2006 9:08 PM Page 84

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SEBRAETome nota

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MAIS INFORMAÇÕES:Pesquisa sobre Comércio Justo:www.biblioteca.sebrae.com.br

MAIS INFORMAÇÕES:Sebrae-AL: (82) 3216-1653

MAIS INFORMAÇÕES:www.prosaeviola.com.brwww.alambiquesgauchos.com.br

Comércio Justo no Canal Futura

No Brasil, 13 organizações têm acesso ao mercado externopor contar com certificado de Comércio Justo, um movi-

mento ético internacional que há 40 anos valoriza os produ-tores rurais de países em desenvolvimento, a inclusão social erespeito ao meio ambiente.

Para estimular a expansão desse nicho comercial no País juntoa consumidores e empresas, o Sebrae firmou parceria com o CanalFutura e o Fórum de Articulação do Comércio Ético e Solidário(Faces do Brasil) para a produção e veiculação, em março desteano, de 30 experiências do segmento.

“Essa parceria é importante porque estamos levando infor-mação para milhões de pessoas", afirmou o diretor-técnico doSebrae, Luiz Carlos Barboza, durante o lançamento da série deprogramas, realizado em dezembro, em São Paulo.

Vídeos sobre alternativa comercial ética serão exibidos paraestimular o interesse de consumidores e empresas

NATUCAPRI. É o nome da nova mar-ca dos produtos de beleza elabora-

dos com leite de cabra no sertão deAlagoas. Lá já funciona a Associaçãode Produção Artesanal de Cosméticosde Maravilha, que gera renda extrapara 38 mulheres, entre donas-de-

casa, estudantes, agricultoras e empregadas domésticas.A marca será impressa nos 300 sabonetes produzidos men-

salmente, além de xampus, condicionadores, hidratantes e sabo-netes líquidos, afirma a gestora do Arranjo Produtivo Local deOvinocaprinocultura, Vânia Brito.

O Sebrae apóia melhorias na produção dacachaça em 14 estados, e a certificação doproduto no Rio Grande do Sul, em MinasGerais e na Bahia. Os investimentos somam15 milhões de reais. Em dezembro, o pro-dutor mineiro José Antônio Souza ob-teve a certificação do Inmetro (InstitutoNacional de Metrologia, Normalizaçãoe Qualidade Industrial) para duas ca-chaças artesanais, a Prosa & Viola (en-velhecida em tonéis de carvalho) ea Terra de Minas (branca e envelhe-cida em barris de jequitibá). Em2007, cinco produtoras de cachaçada marca “Alambiques Gaúchos”deverão ser certificadas tambémpelo Inmetro. Os produtores afirmamque a cachaça de qualidade nãocausa dor de cabeça nem ressacano dia seguinte.

Série vai mostrar agricultores que seguem princípios éticos

“Alambiques gaúchos”vão ganhar certificação

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““““XICO GRAZIANO, ex-presidente do Incra, durante o II Encontro do Programa Empreendedor Rural - Desenvolvimento de Lideranças, promovido em Curitiba

A agricultura brasileira precisa se comunicarmelhor. A opinião pública ainda acha que o produtor

é latifundiário e atrasado. Temos de acabar com essa imagem de chorão

MAIS INFORMAÇÕES:Aidson Ponciano (92) 3635-0845

Os apicultores da região do Alto Turi, noMaranhão, vão ganhar mais apoio como res-

ponsáveis em boa parte pela produção de 800toneladas em 2006, o que tornou o estado o ter-ceiro maior produtor do Nordeste, atrás do Piauíe do Ceará. No início de 2007, começa a cons-trução do Centro Tecnológico Apícola doMaranhão e de cinco casas de extração de melna região sob influência do município de SantaLuzia do Paruá, a 400 km da capital São Luís.Serão investidos cerca de 1 milhão de reais, peloBanco Nacional de Desenvolvimento Econômicoe Social (BNDES), pela Fundação Banco doBrasil e pelo governo estadual.

“Isso mostra que a regiãotem outras aptidões, não só a agro-pecuária”, afirma o padre José Ri-bamar Abas Filho, que também é apicul-tor, com 1,5 mil colméias. Ele introdu-ziu a apicultura, em 1990, para gerarrenda em uma área carente, e organi-zou a Associação dos Apicultores daRegião do Alto Turi – Turimel, quehoje exporta a maior parte da pro-dução. Com o apoio do Sebrae,apicultores de 1.100 famílias engros-sam a oferta de mel, que somava 380toneladas, em 2004.

Pescada, tambaqui e aruanã são excelentes na mesa.Mas suas peles e escamas caem bem em bolsas, cin-

tos e sapatos femininos. A fórmula vem sendo adota-da com sucesso pela empresa Green Obsession, queproduz as peças após o curtimento do couro de peixe deespécies amazônicas. Aidson Ponciano, o empreen-dedor desse negócio, diz que a durabilidade e o confor-to são semelhantes aos dos calçados feitos com courode gado. Cada um é vendido a R$ 100,00. A técnicafoi desenvolvidapela Coordenaçãode Pesquisas emTecnologia deAlimentos do Ins-tituto Nacional dePesquisas da Amazônia(CPTA/Inpa).

Apicultura do Maranhãoganha Centro Tecnológico

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Serão beneficiados apicultores de Alto Turi, onde a atividade foi iniciada pelo padre José Ribamar há 15 anos

Ribamar: religioso e apicultor

Pele de peixe embolsas e sapatos

Beleza, conforto e durabilidade

Com o sucesso do projeto Horticultura,desenvolvido em parceria com a Embrapa,o Governo do Amapá e a Prefeitura de Ma-capá, o Sebrae-AP prepara-se para lançarem 2007 o projeto Hortas Urbanas.A novaproposta tem o mesmo objetivo da ante-rior – reduzir a dependência da capital edo estado em relação aos hortifrútis.

Será lançado também o manual Hor-ticultura em Macapá – Resultados e Pro-postas, com ênfase em boas práticas deprodução e associativismo rural envol-

vendo atualmente 64 produtores."A meta é trabalhar em escala comercial as hortaliças que não são pro-

duzidas no estado, como o tomate, o pimentão, a cenoura e o repolho" expli-ca Isana Figueiredo, da Unidade de Acesso a Mercados do Sebrae.

Produção abastece o mercado local

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MACAPÁ LANÇA HORTAS URBANAS

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SEBRAEInclusão

AGRICULTURA FAMILIAR NO CICLO DO BIODIESEL

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Na avaliação dele, o conceito-chaveque deve ser aplicado pelos agriculto-res familiares é a pluriatividade, inclu-sive em empregos não-agrícolas. “Daía necessidade de identificar ao longodas cadeias de bioenergia todos osnichos que podem ser ocupados pelosagricultores familiares e por empreen-dedores de pequeno porte na produçãoda biomassa, seu transporte e proces-samento, no aproveitamento dos sub-produtos, na prestação dos serviços deacompanhamento”, detalhou.

E recomenda: "É preciso definirtambém a participação da agricultura

Cerca de 200 mil agricultores serão beneficiados, mas eles podemtambém participar de outras etapas da cadeia produtiva da bioenergia

“O biodiesel representa uma gran-de oportunidade para os pequenos pro-dutores, já que o etanol (o álcool com-bustível) tem grandes produtores ins-talados”, compara o economista Igna-cy Sachs, estudioso do assunto, com60 livros publicados sobre desenvolvi-mento, inclusão social pelo trabalhoe políticas econômicas mundiais.Professor honorário da Escola de AltosEstudos em Ciências Sociais, de Paris,ele expõe sua opinião em palestras rea-lizadas no Brasil, como no semináriosobre “Agroenergia e Pequenos Ne-gócios”, realizado em outubro, emBrasília, pela Unidade de Agronegóciosdo Serviço Brasileiro de Apoio àsMicro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Somente na região de influência deSão Raimundo Nonato, no Piauí,exatos 4.464 agricultores familia-

res organizados em 23 entidades estãodescobrindo uma nova fonte de rendacom o plantio de mamona para forne-cer matéria-prima à unidade industrialda Brasil Ecodiesel. Em vários pontosdo País, iniciativas semelhantes apoia-das pelo Sebrae e parceiros assegurama participação desse segmento no pro-missor ciclo do biodiesel. Em todo oPaís, cerca de 200 mil agricultores fami-liares serão beneficiados até 2008, quan-do começa a mistura de 2% do biodie-sel no diesel mineral. Mas eles queremtambém participar de todas as etapas dacadeia produtiva da bioenergia.

MAIS INFORMAÇÕES: www.sebrae.com.brwwwbiodiesel.gov.br

Ignacy (à esquerda) e Juarez defendem o avanço da agriculturafamiliar na bioenergia

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familiar na produção do etanol e desen-volver contratos de fomento aos agri-cultores familiares para o fornecimen-to da madeira plantada para a produ-ção do carvão vegetal, ao mesmo tempoque se coíbem as práticas atuais de des-matamento das florestas nativas”.

Para Sachs, a exclusão da agricul-tura familiar pode ser causada pelo tipode matéria-prima a ser usada na produ-ção do biodiesel. Segundo ele, caso sepriorize a soja, é possível que a agroe-nergia não tenha o mesmo potencial degeração de empregos na agriculturafamiliar como têm a mamona, o pin-hão-manso, o girassol, o dendê, o baba-çu e até mesmo o amendoim.

“Se for a soja a principal e únicaalternativa de matéria-prima para pro-dução de biocombustíveis no Brasil,não vamos enxergar trabalhadores nocampo, mas apenas máquinas agríco-las”, afirmou Sachs.

AVANÇOSEm 2004, o governo federal criou o

Selo Combustível Social para concederincentivos fiscais às empresas produto-

ras que adquirem matéria-prima de agri-cultores familiares. Mas essa categoriarural pode ir mais adiante, na opiniãodo gerente da Unidade de Agronegóciosdo Sebrae, Juarez de Paula.

“O agricultor familiar não pode secontentar em participar apenas comofornecedor de matéria-prima, que é oelo da cadeia produtiva que detém amenor parte do valor agregado ao pro-duto", comparou o gerente. "Por meiodas associações e cooperativas, elespodem participar do esmagamento dassementes e de outras etapas da cadeia.É preciso ousar.”

Essa é a linha da recém-criada Car-teira de Agroenergia da Unidade deAgronegócios do Sebrae. “É um com-promisso construir uma carteira nacio-nal de projetos capaz de promover ainclusão da agricultura familiar nacadeia produtiva da agroenergia,gerando mais ocupação e renda paraos produtores”, assinalou. Para ele,o associativismo é o grande combus-tível para alimentar o aumento da par-ticipação dos agricultores na cadeiada bioenergia.

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Em São Raimundo Nonato, Piauí, os agricultores estão organizados em 23 entidades

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O economista Ignacy Sachs alista cincocondições para o sucesso da produção debiocombustíveis no Brasil:

1.Não considerar a produção dos biocom-bustíveis como uma panacéia, mas enqua-drá-la numa política energética que procu-ra reduzir o perfil da demanda e buscar aeficiência energética. Deve-se lançar mãode todas as energias renováveis e não ape-nas a agroenergia.

2. Privilegiar os sistemas integrados deprodução de alimentos e energia.A integra-ção pecuária-biodiesel pode liberar pastospara a produção agrícola, passando-se aformas menos extensivas de pecuária.

3.Dar destaque à recuperação das áreasdegradadas usando certas oleaginosas,como o pinhão-manso. A Índia aposta for-temente nessa solução.

4. Incrementar a produção de carvãovegetal de florestas plantadas.

5.Apostar fortemente nas tecnologias desegunda geração que permitem a produçãodo etanol celulósico. Essa tecnologia exis-te, é conhecida no Brasil, mas seus custosainda são altos. Ela permitirá produzir eta-nol a partir do bagaço, palhas e de todos osresíduos vegetais e florestais.

Mamona gera mais emprego do que a soja

RECEITA PARA O SUCESSO

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Sai nova safra de bons projetosRevistas e vídeos, apresentados em eventos, mostram experiênciasrurais de baixo custo e alto impacto social

energia, depois de cinco anos, compra-rá geladeira e televisor. “Também pode-mos estudar à noite e ter um compu-tador na propriedade”, planeja.

Fernandes é um dos prósperos só-cios da Cooperativa dos Produtores de

Frutas de Bom Jesus da Lapa(Coofrulapa), cuja trajetória,iniciada há dois anos, integraa nova safra de experiênciasbem-sucedidas que está sendodifundida pelo Serviço Bra-sileiro de Apoio às Micro ePequenas Empresas (Sebrae).

Por meio de vídeos e darevista Sebrae Agronegócios,os projetos foram apresentados

durante o 1º Salão Nacional de TerritóriosRurais, o 1º Fórum Nacional da Rede deTecnologia Social e a 5ª Expo BrasilDesenvolvimento Local. Os eventos fo-ram realizados em novembro e dezem-bro, em Brasília e em Salvador.

ALTO IMPACTOTrês experiências nacionais do Sebrae

estão na Rede de Tecnologia Social (RTS),criada em 2005 para difundir e reapli-

car métodos e fórmulas de baixo custocom alto impacto social – a ProduçãoAgroecológica Integrada e Sustentável(Pais); as minifábricas de beneficiamen-to de castanha de caju; e os Agentes deDesenvolvimento Rural (ADRs).

“Junto com várias parcerias, esta-mos ajudando a difundir métodos debaixo custo extremamente eficazes emáreas de pouco dinamismo empresarial”,afirma o presidente do Sebrae, PauloOkamotto, no editorial da revista.

“O nosso diferencial é ser uma redede ação”, reforça, em entrevista, a secre-tária-executiva da RTS, Larissa Barros.“O foco principal é a geração de traba-lho e renda”, atesta Jacques Pena, pre-sidente da Fundação Banco do Brasil.

A revista também mostra dez pro-jetos acompanhados pela Gestão Estra-tégica Orientada para Resultados (Geor),metodologia desenvolvida pelo Sebraepara monitorar, com os parceiros, os efei-tos alcançados pelas ações conjuntas.

MAIS INFORMAÇÕES:www.sebrae.com.brwww.coofrulapa.com.br

SEBRAEFertilidade

Em 2001, o baiano Wagner CastroFernandes, 32 anos, largou o salá-

rio de 400 reais recebido co-mo técnico agropecuário emPetrolina, em Pernambuco,para ir atrás do sonho de umavida melhor. Migrou paraBom Jesus da Lapa, a 800quilômetros de Salvador, àsmargens do rio São Fran-cisco. Em seu pedaço deterra, plantou um bananal,que hoje dá bons lucros einclusão social de agricultores familia-res. Este ano, Fernandes lucrará 180mil reais com seis lotes produzindobananas prata e cavendish.

Com o dinheiro, investirá em maisterras, na melhoria da qualidade das fru-tas e na economia de água, mudandoo sistema de irrigação para microasper-são. Já construiu casa nova para a famí-lia, que agora pode andar de carro, motoe falar pelo celular. Com a chegada da

EMPREGOS A MAIS”Enquanto a soja ocupa uma pessoa acada cem hectares, a fruticultura emmédia emprega de três a cinco pessoaspor hectare. A atividade é distribuidorade renda”, compara Emerson Cardoso,coordenador do Sebrae do Oeste e Mé-dio São Francisco baiano.

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Fernandes trocou o baixo salário pelo cultivo de banana em Bom Jesus da Lapa (BA)

Fruticultura gera ocupação e renda

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SEBRAE

Dorinha, o filho e o marido recebem o técnico William Souza, do Projeto Educampo

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Caso de sucesso

Tapera virou empresa ruralLivro do Sebrae conta como a professora Dorinha transformou a fazenda herdada do pai

Na língua tupi, Tapera significahabitação ou aldeia abandonada,

lugar ruim e feio, casa arruinada ou pes-soa a quem falta um olho ou dois. Esseera o nome da fazenda deixada, em1973, pelo pai da professora DorinhaRios, em Araxá, a 375 km de Belo Ho-rizonte. Em 2000, mudou o nome e operfil da propriedade. A Fazenda Gi-rassol virou sinônimo de negócio lu-crativo e foi incluída na coletânea deCasos de Sucesso 2006, elaborada peloServiço Brasileiro de Apoio às Microe Pequenas Empresas (Sebrae).

A mudança se deve ao projeto decapacitação rural Educampo, do Sebraeem Minas Gerais, que começou a serimplantado na área em 1996. Antesdisso, a produção de leite operava sem-pre no vermelho, o que levava o mari-

do de Dorinha, Flausino, a afirmar que“não era possível ter uma fazenda ren-tável”. Como ele era funcionário doBanco do Brasil e não tinha afinidadecom o ramo rural, Dorinha deixou 15anos de magistério em 1980 e foi “tocar”a fazenda. Sua maior meta era não per-mitir que o salário do marido cobrisseas despesas da fazenda, que “ia de mala pior”, segundo a proprietária.

Hoje, a produção atinge 1.600 litrosdiários com eficiência e controle de qua-lidade. É o dobro da produção de oitoanos atrás, com o mesmo número de140 vacas. “Com a assistência técnicado Educampo, constatamos que o pro-blema era gerencial”, reconhece a pro-dutora de leite. “Mudamos o nome dafazenda porque a propriedade já po-deria ser chamada de empresa rural,pois não era mais 'tocada', mas admi-nistrada com resultados, com qualida-de, com produtividade”, explica.

INDICADORESDorinha mudou o rumo da anti-

ga fazenda Tapera por meio da Coo-perativa Agropecuária de Araxá (Ca-pal), que adotou o Educampo paraos associados. A nova assistência téc-nica serviu para estabelecer um diag-nóstico da fazenda e 47 indicadoreseconômicos e técnicos.

“A idéia de ser um simples tiradorde leite, para mim, é coisa do passa-do. Hoje sou um empreendedor”, afir-ma Alexandre Rios, de 43 anos, filhode Dorinha, que atualmente adminis-tra o negócio.

De acordo com o livro Casos deSucesso, Dorinha venceu o desafio detornar o negócio rentável e entrar emum ramo pouco trilhado por empreen-dedoras. “Sua história de produtora deleite sempre se confundiu com a rea-lidade de ser mãe, esposa e mulher”,relatam Priscilla Lins e Heloísa Tinoco,consultora e técnica do Sebrae-MG.

MAIS INFORMAÇÕES:www.casosdesucesso.sebrae.com.brwww.sebraemg.com.br

EDUCAMPO EM EXPANSÃOO projeto Educampo ultrapassou suas fronteiras. Em Minas Gerais,a consultoria atende 50 projetos epode ser encontrada também nas unidades do Sebrae no Espírito Santo,em Goiás, em Mato Grosso do Sul,em Alagoas, em Pernambuco e no Tocantins. Além do leite, tambémforam contemplados outros ramos dos agronegócios, a exemplo de café, cana-de-açúcar e fruticultura.

Projeto de capacitação já está em váriosestados e outras atividades

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ENVIE PERGUNTAS [email protected]

??? ?Suas perguntas serão respondidas por consultores especializados. Envie nome e endereço.

Além das respostas, você receberá publicações do Sebrae e concorrerá a brindes.Você pode também procurar o Sebrae mais próximo para obter melhores informações.

RESPONDESEBRAESEBRAERESPONDE

EMPRESA RURALSolicito informes sobre como abrir peque-

na empresa rural, criação de novilhas, deleite, galináceos e animais silvestres.

Jesus Jácomo [email protected]

RESPOSTAJesus,

Quando se pretende montar um negó-cio, é fundamental que o empreende-dor planeje a futura atividade.A elabora-ção do plano de negócio é imprescindí-vel, pois levanta informações sobre oempreendimento pretendido a fim deverificar a viabilidade e os riscos da ini-ciativa. Serão levantadas informaçõesestratégicas, a exemplo de mercado con-sumidor, fornecedor, concorrente, lay-out,matéria-prima, estrutura física, custos,projeção de receita, legislação, impos-tos, dentre outros.

O Sebrae-DF dispõe do Programa Pró-prio, voltado para quem pretende mon-tar um negócio, assim como cursos epalestras gerenciais, biblioteca com umextenso acervo de publicações para con-sulta e venda, biblioteca on-line e vídeos,que podem auxiliá-lo no seu planeja-mento, além do atendimento presencialagendado. É interessante pesquisar emnosso site www.df.sebrae.com.br, no link“Planeje sua empresa”.

Quanto a informações específicasdessa área, acesse a Biblioteca On Line(www.biblioteca.sebrae.com.br), queconta com coleções digitais interessan-tes, tais como: Manual do EmpreendedorRural, Ponto de Partida, Frango de Corte,Frango de Pos-tura, Criação de Galeto,Criação de Co-dorna. Há também vídeossobre o tema. Para mais esclarecimen-tos, telefone para (61) 3362-1640.

Sebrae-DF

CULTIVO DE ROSASGostaria de informações sobre cultivo de

rosas. Quero plantar algumas mudas so-mente para meu prazer, mas quero cuidardelas com técnica e carinho. Por favor, meenviem informações a respeito de ondeposso consultar sobre isso.

Guassalin [email protected]

RESPOSTAGuassalin,

Para obter informações sobre o cultivode rosas, sugerimos consulta ao site doSebrae Minas Gerais.Acesse www.sebrae-mg.com.br e clique no link “Ponto de Par-tida”. Lá você encontrará um arquivo emPDF com o título “Cultivo de Rosas”, con-tendo as informações desejadas, além dedados sobre o Perfil Empreendedor eAspectos Legais, se desejar iniciar um ne-gócio no ramo. Nesse caso, recomenda-mos um contato com a Unidade Sebrae/RJmais próxima a fim de ser orientado pornossos técnicos quanto ao planejamen-to, legalização e desenvolvimento daempresa. Os endereços das unidadespodem ser localizados por meio do sitewww.sebraerj.com.br, no link “Central deRelacionamento”. Se preferir, ligue parao nosso Teleatendimento: 0800-782020.

Vale ressaltar que a floricultura é umnegócio em franca expansão no Brasil.Além do prazer,é possível fazer parte dessemercado. A Unidade de Agronegócios doSebrae Nacional tem uma publicação espe-cífica sobre o setor, que pode ser aces-sada pelo site http://www.sebrae.com.-br/br/revista%5Fagro/.

Ayumi VellosoAtendimento - Sebrae-RJ e

Boletim do Empreendedor Rural

FLORES CAPIXABASGostaria de ter o e-mail e o telefone dos

produtores de flores no Espírito Santo.Rosângela Santos Lopes

[email protected]

RESPOSTARosângela,

Seguem as entidades que trabalham dire-tamente com os Produtores de Flores:Acaflor - Associação Capixaba de Flo-ricultores - (27) 3288-3333 e (27) 3288-3303Asflores - Associação de Flores e PlantasOrnamentais do Estado do Espírito Santo- (27) 3259-1370 e (27) 3259-1312Asseflori - Associação dos Produtores deFlores e Plantas Ornamentais da RegiãoSerrana do Estado do Espírito Santo - (27)3263-2823

Mais informações, entre em contato co-nosco,por meio do telefone 0800-399192.

Atenciosamente,Jaqueline C. Louzada

[email protected] ao Cliente: 0800 399192

Visite o nosso site: http://www.sebraees.com.br

CRIAÇÃO DE PEIXESGostaria de receber orientações sobre

o valor do investimento e técnicas paracriação. Sou do norte da Bahia, onde oclima é quente. Isso é um problema?

Manoel dos Santos [email protected]

RESPOSTAManoel,

Como o senhor não especificou o tipode peixe, estamos encaminhando diver-sos materiais sobre o assunto. Veja-osno link abaixo:http://sbrt.ibict.br/lista_respostas.php.

Atenciosamente,Joana Sá

Analista do Núcleo de OrientaçãoEmpresarial/Sebrae-BA (71) 3320-4508

PUBLICAÇÕESGANHE

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