revista guarulhos - edição 85

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REVISTA GUARULHOS Ano XI - nº 85 - Fevereiro / 2014 Diretor Responsável: Valdir Carleto FOTO: DIVULGAÇÃO passarela Tendências para o Outono-Inverno 2014 gente Luiz Antonio Carvalho e Rolemberg Araújo mesa O aconchego do Empório 33 Novelas O universo da teledramaturgia que encanta os brasileiros

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Novelas: O universo da teledramaturgia que encanta os brasileiros. Gente: Luiz Antonio Carvalho e Rolemberg Araújo. Passarela: Tendências para o Outono-Inverno de 2014. Mesa: O aconchego do Empório 33.

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REVISTA GUARULHOSAno XI - nº 85 - Fevereiro / 2014 Diretor Responsável: Valdir Carleto

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o Outono-Inverno 2014

genteLuiz Antonio Carvalhoe Rolemberg Araújo

mesaO aconchego

do Empório 33

NovelasO universo

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Revista Guarulhos Janeiro 2014.pdf 1 22/01/2014 12:16:40

Page 4: Revista Guarulhos - Edição 85

8 entrevista Luiz Antonio Abrão de Carvalho, fundador do cursinho Cplac

64 aceleraNovidades do universo

das quatro rodas

30 bem viverComo evitar o surgimento de cálculos renais?

SHUTTERSTOCK

34 passarelaO que será tendência na moda Outono-Inverno e fará parte do look em 2014?

DIVULGAÇÃOM

ÁRCI

O M

ONTE

IRO

38 Currículo - O limite da ambição no emprego

46 Pet - Você sabe o que é hipertermia?

50 Solidariedade - O trabalho social da Remar Brasil

54 Culturada - O que há de novo no mundo cultural

58 Mesa - O ar aconchegante da fi lial do Empório 33

62 Por aqui - O que acontece na cidade

66 Lista 7 - As empresas mais poderosas do Brasil

26 perfi lRolemberg Araújo

MÁR

CIO

MON

TEIR

OHE

ALTH

HUB.

BRIG

HAM

ANDW

OMEN

S.OR

G

índice

42 meu cantoDeixe a casa parecida com uma casinha de boneca

DIVULGAÇÃO

12 capaPor que o brasileiro é apaixonado por novelas?

DIVULGAÇÃO

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8 entrevista Luiz Antonio Abrão de Carvalho, fundador do cursinho Cplac

64 aceleraNovidades do universo

das quatro rodas

30 bem viverComo evitar o surgimento de cálculos renais?

SHUTTERSTOCK

34 passarelaO que será tendência na moda Outono-Inverno e fará parte do look em 2014?

DIVULGAÇÃO

MÁR

CIO

MON

TEIR

O

38 Currículo - O limite da ambição no emprego

46 Pet - Você sabe o que é hipertermia?

50 Solidariedade - O trabalho social da Remar Brasil

54 Culturada - O que há de novo no mundo cultural

58 Mesa - O ar aconchegante da fi lial do Empório 33

62 Por aqui - O que acontece na cidade

66 Lista 7 - As empresas mais poderosas do Brasil

26 perfi lRolemberg Araújo

MÁR

CIO

MON

TEIR

OHE

ALTH

HUB.

BRIG

HAM

ANDW

OMEN

S.OR

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índice

42 meu cantoDeixe a casa parecida com uma casinha de boneca

DIVULGAÇÃO

12 capaPor que o brasileiro é apaixonado por novelas?

DIVULGAÇÃO

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Muitos noveleiros vivem reclamando que as histó-rias retratadas nos folhetins são sempre as mesmas: a mocinha, o bandido, o amor platônico, o casal que se apaixonou na juventude e se rencontrou na ma-turidade... só mudam os nomes dos personagens, a época em que a trama se passa e alguns detalhes.

Se, como dizem por aí, a vida imita a arte, ou se a arte imita a vida, tem certas coisas que se repetem todo ano, mas que muitas vezes a gente parece fazer de conta que nunca viu, mais ou menos como quan-do a gente se surpreende pela milésima vez com uma cena da novela em que o pai descobre que o filho que criou a vida toda não é biologicamente seu.

Esta época do ano, por exemplo, suscita todo tipo de teoria conspiratória sobre a economia: “estamos em crise!”, brada um; “a economia parou!”, vaticina outro; “vamos todos quebrar!”, apavoram-se alguns. Enquanto isso, os cinemas têm filas, as estradas es-tão lotadas aos fins de semana; os supermercados continuam movimentados; as lavanderias seguem sua rotina, as lojas de eletrodomésticos quebram re-cordes de vendas de celulares e televisores.

Muita gente se esquece de que, sim, janeiro e fe-vereiro, sobretudo quando o carnaval se arrasta para março, são meses de ressaca mesmo. IPVA, IPTU, ma-trículas, material escolar e outras despesas comuns à epoca (e outras que aparecem, como o conserto do imóvel ou do carro após a enchente ou granizo),

além do rescaldo do consumo menos calculado do fim de ano e do saldo de contas a pagar das férias, na-turalmente provocam alguma retração no consumo, de forma geral. Nada diferente de anos anteriores, e nada que não passe, como sempre.

Em vez de ficar reclamando e espalhando por aí que está tudo complicado, pensar positivo e evitar contaminar-se pelos profetas do apocalipse é bem mais útil. E ajuda, muito, a promover prosperidade, acredite!

Nós, da Carleto Editorial, estamos tendo um co-meço de ano bem razoável, pouco melhor que nos anos anteriores em termos de faturamento e bem melhor nos resultados, graças a ajustes da adminis-tração do negócio e à racionalização de recursos. É por isso que nesta época do ano, nossas revistas (e todos os produtos do mercado editorial, de forma ge-ral) saem com menos páginas.

Entre nossos clientes, muitos relatam que estão tendo bons resultados em seus negócios. Nada com-parado aos melhores meses do ano, claro, mas bons para o início de ano, quando a economia começa a se reaquecer.

Então, aproveite a leitura da sua RG e anime-se para o ano que está só começando, mas promete muito.

Obrigado por nos ler, beijo grande, e que Deus abençoe você, sua família e também seu trabalho e seus negócios.

editorialPor Fábio Carleto

Cenas do próximo capítulo

expediente

Diretor responsável: Valdir Carleto (MTb 16674)Diretor Executivo: Fábio CarletoEditora Executiva: Vivian Barbosa (MTb 56794)Assistente de Edição: Amauri Eugênio Jr.Redação: Elís Lucas, Michele Barbosa e Talita RamosRevisão: Simone CarletoDiagramação: Aline Fonseca, Cíntia Brumatti, Kátia Alves e Williane RebouçasFotos: Márcio Monteiro e Rafael AlmeidaComercial: Ana Guedes, Eliane Sant’Anna, Laila Inhudes, Maria José Gonzaga,

Patrícia Matos, Régia Gênova, Thais Cristine e Thaís Tucci.Administrativo: Érika Silva e Viviane Sanson A RG - Revista Guarulhos é uma publi-cação da Carleto Editorial [email protected] - www.revistaguarulhos.com.br

Redação e Comercial: Av. João Bernardo Medeiros, 74 - Bom Clima - Guarulhos/SPCEP 07197-010 - Telefone: (11) 2461-9310 - [email protected]ão e acabamento: HR Gráfi ca e Editora Ltda. Tel. (11) 3349-6444. Tiragem desta edição: 8 mil exemplares (Os anunciantes podem conferir)

Muitos noveleiros vivem reclamando que as histó-rias retratadas nos folhetins são sempre as mesmas: a mocinha, o bandido, o amor platônico, o casal que se apaixonou na juventude e se rencontrou na ma-turidade... só mudam os nomes dos personagens, a época em que a trama se passa e alguns detalhes.

Se, como dizem por aí, a vida imita a arte, ou se a arte imita a vida, tem certas coisas que se repetem todo ano, mas que muitas vezes a gente parece fazer de conta que nunca viu, mais ou menos como quan-do a gente se surpreende pela milésima vez com uma cena da novela em que o pai descobre que o filho que criou a vida toda não é biologicamente seu.

Esta época do ano, por exemplo, suscita todo tipo de teoria conspiratória sobre a economia: “estamos em crise!”, brada um; “a economia parou!”, vaticina outro; “vamos todos quebrar!”, apavoram-se alguns. Enquanto isso, os cinemas têm filas, as estradas es-tão lotadas aos fins de semana; os supermercados continuam movimentados; as lavanderias seguem sua rotina, as lojas de eletrodomésticos quebram re-cordes de vendas de celulares e televisores.

Muita gente se esquece de que, sim, janeiro e fe-vereiro, sobretudo quando o carnaval se arrasta para março, são meses de ressaca mesmo. IPVA, IPTU, ma-trículas, material escolar e outras despesas comuns à epoca (e outras que aparecem, como o conserto do imóvel ou do carro após a enchente ou granizo),

além do rescaldo do consumo menos calculado do fim de ano e do saldo de contas a pagar das férias, na-turalmente provocam alguma retração no consumo, de forma geral. Nada diferente de anos anteriores, e nada que não passe, como sempre.

Em vez de ficar reclamando e espalhando por aí que está tudo complicado, pensar positivo e evitar contaminar-se pelos profetas do apocalipse é bem mais útil. E ajuda, muito, a promover prosperidade, acredite!

Nós, da Carleto Editorial, estamos tendo um co-meço de ano bem razoável, pouco melhor que nos anos anteriores em termos de faturamento e bem melhor nos resultados, graças a ajustes da adminis-tração do negócio e à racionalização de recursos. É por isso que nesta época do ano, nossas revistas (e todos os produtos do mercado editorial, de forma ge-ral) saem com menos páginas.

Entre nossos clientes, muitos relatam que estão tendo bons resultados em seus negócios. Nada com-parado aos melhores meses do ano, claro, mas bons para o início de ano, quando a economia começa a se reaquecer.

Então, aproveite a leitura da sua RG e anime-se para o ano que está só começando, mas promete muito.

Obrigado por nos ler, beijo grande, e que Deus abençoe você, sua família e também seu trabalho e seus negócios.

editorialPor Fábio Carleto

Cenas do próximo capítulo

expediente

Diretor responsável: Valdir Carleto (MTb 16674)Diretor Executivo: Fábio CarletoEditora Executiva: Vivian Barbosa (MTb 56794)Assistente de Edição: Amauri Eugênio Jr.Redação: Elís Lucas, Michele Barbosa e Talita RamosRevisão: Simone CarletoDiagramação: Aline Fonseca, Cíntia Brumatti, Kátia Alves e Williane RebouçasFotos: Márcio Monteiro e Rafael AlmeidaComercial: Ana Guedes, Eliane Sant’Anna, Laila Inhudes, Maria José Gonzaga,

Patrícia Matos, Régia Gênova, Thais Cristine e Thaís Tucci.Administrativo: Érika Silva e Viviane Sanson A RG - Revista Guarulhos é uma publi-cação da Carleto Editorial [email protected] - www.revistaguarulhos.com.br

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Muitos noveleiros vivem reclamando que as histó-rias retratadas nos folhetins são sempre as mesmas: a mocinha, o bandido, o amor platônico, o casal que se apaixonou na juventude e se rencontrou na ma-turidade... só mudam os nomes dos personagens, a época em que a trama se passa e alguns detalhes.

Se, como dizem por aí, a vida imita a arte, ou se a arte imita a vida, tem certas coisas que se repetem todo ano, mas que muitas vezes a gente parece fazer de conta que nunca viu, mais ou menos como quan-do a gente se surpreende pela milésima vez com uma cena da novela em que o pai descobre que o filho que criou a vida toda não é biologicamente seu.

Esta época do ano, por exemplo, suscita todo tipo de teoria conspiratória sobre a economia: “estamos em crise!”, brada um; “a economia parou!”, vaticina outro; “vamos todos quebrar!”, apavoram-se alguns. Enquanto isso, os cinemas têm filas, as estradas es-tão lotadas aos fins de semana; os supermercados continuam movimentados; as lavanderias seguem sua rotina, as lojas de eletrodomésticos quebram re-cordes de vendas de celulares e televisores.

Muita gente se esquece de que, sim, janeiro e fe-vereiro, sobretudo quando o carnaval se arrasta para março, são meses de ressaca mesmo. IPVA, IPTU, ma-trículas, material escolar e outras despesas comuns à epoca (e outras que aparecem, como o conserto do imóvel ou do carro após a enchente ou granizo),

além do rescaldo do consumo menos calculado do fim de ano e do saldo de contas a pagar das férias, na-turalmente provocam alguma retração no consumo, de forma geral. Nada diferente de anos anteriores, e nada que não passe, como sempre.

Em vez de ficar reclamando e espalhando por aí que está tudo complicado, pensar positivo e evitar contaminar-se pelos profetas do apocalipse é bem mais útil. E ajuda, muito, a promover prosperidade, acredite!

Nós, da Carleto Editorial, estamos tendo um co-meço de ano bem razoável, pouco melhor que nos anos anteriores em termos de faturamento e bem melhor nos resultados, graças a ajustes da adminis-tração do negócio e à racionalização de recursos. É por isso que nesta época do ano, nossas revistas (e todos os produtos do mercado editorial, de forma ge-ral) saem com menos páginas.

Entre nossos clientes, muitos relatam que estão tendo bons resultados em seus negócios. Nada com-parado aos melhores meses do ano, claro, mas bons para o início de ano, quando a economia começa a se reaquecer.

Então, aproveite a leitura da sua RG e anime-se para o ano que está só começando, mas promete muito.

Obrigado por nos ler, beijo grande, e que Deus abençoe você, sua família e também seu trabalho e seus negócios.

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Se, como dizem por aí, a vida imita a arte, ou se a arte imita a vida, tem certas coisas que se repetem todo ano, mas que muitas vezes a gente parece fazer de conta que nunca viu, mais ou menos como quan-do a gente se surpreende pela milésima vez com uma cena da novela em que o pai descobre que o filho que criou a vida toda não é biologicamente seu.

Esta época do ano, por exemplo, suscita todo tipo de teoria conspiratória sobre a economia: “estamos em crise!”, brada um; “a economia parou!”, vaticina outro; “vamos todos quebrar!”, apavoram-se alguns. Enquanto isso, os cinemas têm filas, as estradas es-tão lotadas aos fins de semana; os supermercados continuam movimentados; as lavanderias seguem sua rotina, as lojas de eletrodomésticos quebram re-cordes de vendas de celulares e televisores.

Muita gente se esquece de que, sim, janeiro e fe-vereiro, sobretudo quando o carnaval se arrasta para março, são meses de ressaca mesmo. IPVA, IPTU, ma-trículas, material escolar e outras despesas comuns à epoca (e outras que aparecem, como o conserto do imóvel ou do carro após a enchente ou granizo),

além do rescaldo do consumo menos calculado do fim de ano e do saldo de contas a pagar das férias, na-turalmente provocam alguma retração no consumo, de forma geral. Nada diferente de anos anteriores, e nada que não passe, como sempre.

Em vez de ficar reclamando e espalhando por aí que está tudo complicado, pensar positivo e evitar contaminar-se pelos profetas do apocalipse é bem mais útil. E ajuda, muito, a promover prosperidade, acredite!

Nós, da Carleto Editorial, estamos tendo um co-meço de ano bem razoável, pouco melhor que nos anos anteriores em termos de faturamento e bem melhor nos resultados, graças a ajustes da adminis-tração do negócio e à racionalização de recursos. É por isso que nesta época do ano, nossas revistas (e todos os produtos do mercado editorial, de forma ge-ral) saem com menos páginas.

Entre nossos clientes, muitos relatam que estão tendo bons resultados em seus negócios. Nada com-parado aos melhores meses do ano, claro, mas bons para o início de ano, quando a economia começa a se reaquecer.

Então, aproveite a leitura da sua RG e anime-se para o ano que está só começando, mas promete muito.

Obrigado por nos ler, beijo grande, e que Deus abençoe você, sua família e também seu trabalho e seus negócios.

editorialPor Fábio Carleto

Cenas do próximo capítulo

expediente

Diretor responsável: Valdir Carleto (MTb 16674)Diretor Executivo: Fábio CarletoEditora Executiva: Vivian Barbosa (MTb 56794)Assistente de Edição: Amauri Eugênio Jr.Redação: Elís Lucas, Michele Barbosa e Talita RamosRevisão: Simone CarletoDiagramação: Aline Fonseca, Cíntia Brumatti, Kátia Alves e Williane RebouçasFotos: Márcio Monteiro e Rafael AlmeidaComercial: Ana Guedes, Eliane Sant’Anna, Laila Inhudes, Maria José Gonzaga,

Patrícia Matos, Régia Gênova, Thais Cristine e Thaís Tucci.Administrativo: Érika Silva e Viviane Sanson A RG - Revista Guarulhos é uma publi-cação da Carleto Editorial [email protected] - www.revistaguarulhos.com.br

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Page 8: Revista Guarulhos - Edição 85

Por Valdir Carleto

entrevista

Revista Guarulhos - Onde nasceu?Luiz Antonio - Em São Paulo, bairro da Parada Inglesa.

RG - Quando e por que veio para Gua-rulhos?LA - Foi em 1969. Vim por razões de trabalho, pois meu primeiro emprego foi na Camargo Corrêa, que � cava na via Dutra. Depois, surgiu a Faculdade Farias Brito, onde cursei letras. Fui inscrito no vestibular pelos colegas do terceiro ano da Escola Estadual Gabriel Ortiz, da vila Esperança; eles acharam que eu tinha chances e não deveria desperdiçá-las. Fiquei em terceiro lugar.

RG - Fixou residência aqui?LA - Nos primeiros anos de casamento, não. Em meados dos anos 1970, mu-damo-nos para cá. Cursei direito nas Faculdades Integradas, na vila Rosália, e lecionava em escolas estaduais daqui. Cursei também pedagogia, na Unifran, em Franca.

RG - De onde surgiu a ideia de montar uma escola para preparar alunos que desejam cursar o nível médio?LA - Pela necessidade dos alunos. Em 1980, eu lecionava inglês na EE Maria Leoni, no Paraventi, e não conseguia dar aula, porque eles não sabiam por-

tuguês. Em Guarulhos, só havia nível médio em escola pública no Conse-lheiro Crispiniano. Eu dizia a eles que iriam precisar de mais embasamento para entrar lá e que eu iria dar umas aulas extras para eles, e isso foi � can-do na promessa. Eles começaram a me cobrar. Perguntei quem queria fazer o curso. Eu estava atuando na advocacia aqui na rua Capitão Gabriel e tinha uma sala vazia. Pintei uma lousa na parede e convidei alunos para vir assistir a uma aula experimental. Consegui 30 cartei-ras emprestadas com o professor Takeo Futami, que era o mantenedor do Co-légio Progresso na época. No sábado,

Ensinandoo que o alunonão aprendeuNo início da década de 1980, o pro-fessor Luiz Antonio Abrão de Carva-lho fundou o Cplac (Curso Prepara-tório Luiz Antonio Carvalho), trei-nando alunos que desejam ingressar nas mais concorridas escolas de nível médio. Ele não poupa críticas ao sis-tema de ensino brasileiro.

Fotos: Márcio Monteiro

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Page 9: Revista Guarulhos - Edição 85

vieram 60 alunos. Liguei para o Takeo e pedi se poderia levar os alunos até lá; ele permitiu. Como já era agosto ou setembro, � quei até o � m do ano usan-do espaço do Progresso. Pouco depois, pedi ao meu cunhado para dar aulas de matemática. Resultado: todos que es-tudaram conosco passaram, ocupando boa parte das vagas do Conselheiro.Aí deslanchou...Assim, no ano seguinte todos alunos da escola queriam estudar aqui no Cplac. Começamos a pensar: por que só Con-selheiro? Por que não também a Escola Técnica Federal e outras grandes mui-to disputadas? Alugamos mais salas do prédio e fomos expandindo, trazendo outros professores e preparando alunos para os vesti-bulinhos.

RG - Como eram os resultados nessas outras escolas?LA - Em geral, todos os primeiros lugares eram de alunos nossos.

RG - Quais as di� culdades que os alunos mais apresentam quando chegam aqui?LA - Em quase todas as maté-rias. O ensino fundamental não consegue � xar os conteúdos na mente dos alunos. Inglês, por exemplo, eles estudam vários anos e, depois, o que sabem? O verbo to be! Essa tal progressão continuada tirou o interesse de-les e tirou o poder do professor, porque de uma maneira ou outra o aluno irá passar, o professor perdeu o incentivo e há escolas particulares que têm partido para o mesmo erro, adotando sistemas que dosam a matéria por bimestre e passam adiante, sem que o aluno tenha apren-

dido o bimestre anterior. Acabam fa-zendo de forma que o aluno passe, mas � ca sem saber. Quando chegam aqui, há uma enorme defasagem. E quando você vê os aprovados, muitos são da escola pública, que aqui se dedicaram e recuperaram o tempo perdido.

RG - E quem faz o ensino médio sem depender de vestibulinho?LA - Nem sei como faz o ensino mé-dio. Depois surgem na mídia as tais pérolas do Enem. A mídia não deveria falar do aluno, mas do sistema. Como é que ele chega ao � m do ensino mé-dio, depois de 11 ou 12 anos, sem sa-

ber escrever? E aí, para premiar o sis-tema, distribuem cotas nas faculdades públicas. Aluno que não sabe escrever acaba entrando na USP, tirando a vaga de quem sabe mais.

RG - E conseguirá acompanhar?LA - Fico pensando: para que ele acom-panhe, o professor terá de baixar o ní-vel. Vemos engenheiros derrubando prédios, médicos matando no hospital; temo que isso cresça em escala. Se cai o nível da principal universidade do País, o que se dirá das demais? Nos anos 1980, lecionei língua vernácula na Fa-culdade de Direito da FIG e deparei com

aluno de quarto ano que não sabia interpretar um artigo. Como iria passar na OAB?

RG - Qual chega a ser a re-lação candidato/vaga nos cursos mais concorridos de nível médio?LA - Multimídia, no Liceu de Artes e Ofícios, tem sido muito concorrido. Chega a ser de dez a 15 por vaga, até mais que eletrônica e edi� -cações.

RG - Há um percentual ele-vado de alunos que só que-rem o nível médio, não o superior?LA - Depois que conseguem entrar na Federal, no Liceu, sentem-se preparados para o pro� ssional e para o vesti-bular; então querem ir para a faculdade. Porém, entre os que cursam o médio em qualquer escola, a maioria � ca por aí, acomoda-se, contenta-se em empregos que remuneram mal, por-

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Page 10: Revista Guarulhos - Edição 85

entrevistaque não sentem perspectiva de conti-nuidade e sabem que não têm conte-údo para ir adiante. Boa parte dos jo-vens presos tem ensino médio, porque não viram chance de futuro. Enquanto isso, um aprendiz de 14 anos no Senai chegava a ter bolsa-auxílio de mais de mil reais. Esse tem incentivo. O siste-ma educacional precisa ser criticado. O governo está focando em dar chan-ce na faculdade a quem não tem con-dições de estar lá. Não tinha que dar cota para afrodescendente, para índio, tinha sim que dar qualidade no ensino médio para todos, dando-lhes condi-ções de conquistar uma vaga.

RG - Tem aumentado o número de es-colas técnicas públicas?LA - Os dois partidos dominantes apregoam vantagens. Um diz que ins-talou não sei quantas escolas federais, o outro que fez tantas Etecs. Quando surgiu a Federal na vila Rio, o Estado correu e pôs duas Etecs, sem nível mé-dio. O PT pôs a Unifesp no Pimentas, o PSDB pôs a Fatec aqui. Briga políti-ca, mas com quais cursos? Não têm os que seria importante que houvesse. Por que não trazem medicina? Aí vem o Skaf e centra a propaganda dele no Senai. O Sesi tem várias salas de fun-damental e uma só de médio. O aluno termina, tem de sair procurando. O Senai regrediu, porque antes tinha o médio e o pro� ssionalizante, depois tiraram o médio. Tudo é política, em-bora a qualidade do Senai seja indiscu-tível como pro� ssão, mas não para dar continuidade nos estudos.

RG - É comum o aluno começar um cur-so médio e ver que não é o que queria?LA - Procuramos dar orientação, leva-

mos para visitar as escolas, conversar com as coordenações, trazemos ex--alunos para conversar com eles, faze-mos pesquisa de mercado de trabalho e até psicológica. Mas aos 14 anos, só dá para avaliar tendências; orien-tação completa teria de ser ao longo do tempo. No entanto, tem sido raro alunos não se sentirem felizes com o curso que escolheram.

RG - Que conselho dá ao jovem que está concluindo o ensino fundamental?LA - Preparar-se para fazer um bom ní-vel médio. Fazer no primeiro ano só o médio e no segundo, com mais matu-ridade, escolher uma área pro� ssiona-lizante, na Federal por exemplo. No Li-ceu tem de de� nir desde o início. Outra ideia é fazer o médio e no segundo ano tentar entrar no Senai pro� ssionalizan-te. Aí sim estará bem preparado para uma carreira de sucesso. É difícil não sair do Senai empregado.

RG - Crê que as mudanças que o Estado anuncia na progressão continuada por ciclos serão positivas?LA - Infelizmente, não. Precisaria que o aluno tivesse maturidade para enten-der que o que ele não aprende hoje lhe fará falta no futuro, mas como querer maturidade em uma criança de 11 ou 12 anos? Aqui o aluno vê conteúdos que nunca havia visto ou aprende o que viu e não � xou. Nos Estados Unidos, o aproveitamento durante três anos do ensino médio vale como seleção para a faculdade. Isso valoriza o ensino e vale para a vida, não um exame como o Enem. Antigamente, o aluno tinha de estudar, respeitar o professor, respeita-va as instituições. Com o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), o profes-sor não pode fazer nada com o aluno que não o respeita. Como esperar bom resultado? Nós, do cursinho, agrade-cemos. Mas não é isso que desejamos para o Brasil.

Posse da atual diretoria, em 2009

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entrevistaque não sentem perspectiva de conti-nuidade e sabem que não têm conte-údo para ir adiante. Boa parte dos jo-vens presos tem ensino médio, porque não viram chance de futuro. Enquanto isso, um aprendiz de 14 anos no Senai chegava a ter bolsa-auxílio de mais de mil reais. Esse tem incentivo. O siste-ma educacional precisa ser criticado. O governo está focando em dar chan-ce na faculdade a quem não tem con-dições de estar lá. Não tinha que dar cota para afrodescendente, para índio, tinha sim que dar qualidade no ensino médio para todos, dando-lhes condi-ções de conquistar uma vaga.

RG - Tem aumentado o número de es-colas técnicas públicas?LA - Os dois partidos dominantes apregoam vantagens. Um diz que ins-talou não sei quantas escolas federais, o outro que fez tantas Etecs. Quando surgiu a Federal na vila Rio, o Estado correu e pôs duas Etecs, sem nível mé-dio. O PT pôs a Unifesp no Pimentas, o PSDB pôs a Fatec aqui. Briga políti-ca, mas com quais cursos? Não têm os que seria importante que houvesse. Por que não trazem medicina? Aí vem o Skaf e centra a propaganda dele no Senai. O Sesi tem várias salas de fun-damental e uma só de médio. O aluno termina, tem de sair procurando. O Senai regrediu, porque antes tinha o médio e o pro� ssionalizante, depois tiraram o médio. Tudo é política, em-bora a qualidade do Senai seja indiscu-tível como pro� ssão, mas não para dar continuidade nos estudos.

RG - É comum o aluno começar um cur-so médio e ver que não é o que queria?LA - Procuramos dar orientação, leva-

mos para visitar as escolas, conversar com as coordenações, trazemos ex--alunos para conversar com eles, faze-mos pesquisa de mercado de trabalho e até psicológica. Mas aos 14 anos, só dá para avaliar tendências; orien-tação completa teria de ser ao longo do tempo. No entanto, tem sido raro alunos não se sentirem felizes com o curso que escolheram.

RG - Que conselho dá ao jovem que está concluindo o ensino fundamental?LA - Preparar-se para fazer um bom ní-vel médio. Fazer no primeiro ano só o médio e no segundo, com mais matu-ridade, escolher uma área pro� ssiona-lizante, na Federal por exemplo. No Li-ceu tem de de� nir desde o início. Outra ideia é fazer o médio e no segundo ano tentar entrar no Senai pro� ssionalizan-te. Aí sim estará bem preparado para uma carreira de sucesso. É difícil não sair do Senai empregado.

RG - Crê que as mudanças que o Estado anuncia na progressão continuada por ciclos serão positivas?LA - Infelizmente, não. Precisaria que o aluno tivesse maturidade para enten-der que o que ele não aprende hoje lhe fará falta no futuro, mas como querer maturidade em uma criança de 11 ou 12 anos? Aqui o aluno vê conteúdos que nunca havia visto ou aprende o que viu e não � xou. Nos Estados Unidos, o aproveitamento durante três anos do ensino médio vale como seleção para a faculdade. Isso valoriza o ensino e vale para a vida, não um exame como o Enem. Antigamente, o aluno tinha de estudar, respeitar o professor, respeita-va as instituições. Com o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), o profes-sor não pode fazer nada com o aluno que não o respeita. Como esperar bom resultado? Nós, do cursinho, agrade-cemos. Mas não é isso que desejamos para o Brasil.

Posse da atual diretoria, em 2009

Page 12: Revista Guarulhos - Edição 85

FOTO: BANCO DE IMAGENS

capaPor Amauri Eugênio Jr.

A novela como ela éAtire a primeira pedra quem nunca

se identi� cou com algum personagem, torceu pelo casal de mocinhos, riu com as tiradas sarcásticas do vilão ou � cou com raiva da bondade excessiva do protagonista. Também atire a primeira pedra quem não tem uma cena gravada na memória, seja por ter levado às lá-grimas, por ter feito você se apaixonar pelo(a) protagonista ou por tê-lo feito pensar melhor nos seus problemas.

O fato é que, seja conversando em casa, entre amigos ou xingando muito no Twitter e no Facebook, o brasileiro é apaixonado por novela e não perde nenhum lance. E até para tudo o que estiver fazendo e reúne a família inteira na sala ou em algum restaurante para assistir ao último capítulo da produção que parou o Brasil.

Há quem leve a novela tão a sério,

mas tão a sério, que a usa como refe-rência para falar, vestir-se, decorar a casa e até mesmo para agir no dia a dia. Há também quem a confunda com a realidade e desconte no ator toda a raiva nutrida pelo personagem inter-pretado por ele.

É verdade que a novela in� uencia o dia a dia e que tenha importância social ao trazer à tona temas atuais e polêmicos, mas é bom lembrar que ela é só baseada na realidade, o que signi-� ca que nem tudo precisa ser tão rea-lista assim. Por outro lado, a socieda-de a in� uencia, uma vez que o tempo atual e o contexto em que vivemos são matérias-primas para autores criarem suas histórias e personagens. Esse é o ponto de partida para tanta gente identi� car-se com ela.

E mesmo tendo a vida real como

base, alguns assuntos ainda não são abordados com frequência, e quando aparecem em cena, acontece de modo bem super� cial.

Para terminar, digo apenas que mesmo que as novelas façam parte da rotina da maioria dos brasileiros - até aqueles que não se assumem noveleiros -, é preciso enxergá-las como arte, e não se esquecer de que, apesar de cumpri-rem uma função social e todo o resto, as novelas servem, principalmente para entreter a família. E que, ao contrário do que acontece em cena, os vilões não são tão criativos – apesar de que algu-ma Carmem Lúcia pode cruzar o seu ca-minho -, e ninguém é 100% bonzinho, pois é condição básica do ser humano ter alguns defeitos também. Acompa-nhe os próximos capítulos, ou melhor, as próximas páginas.

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FOTO: BANCO DE IMAGENS

capaPor Amauri Eugênio Jr.

A novela como ela éAtire a primeira pedra quem nunca

se identi� cou com algum personagem, torceu pelo casal de mocinhos, riu com as tiradas sarcásticas do vilão ou � cou com raiva da bondade excessiva do protagonista. Também atire a primeira pedra quem não tem uma cena gravada na memória, seja por ter levado às lá-grimas, por ter feito você se apaixonar pelo(a) protagonista ou por tê-lo feito pensar melhor nos seus problemas.

O fato é que, seja conversando em casa, entre amigos ou xingando muito no Twitter e no Facebook, o brasileiro é apaixonado por novela e não perde nenhum lance. E até para tudo o que estiver fazendo e reúne a família inteira na sala ou em algum restaurante para assistir ao último capítulo da produção que parou o Brasil.

Há quem leve a novela tão a sério,

mas tão a sério, que a usa como refe-rência para falar, vestir-se, decorar a casa e até mesmo para agir no dia a dia. Há também quem a confunda com a realidade e desconte no ator toda a raiva nutrida pelo personagem inter-pretado por ele.

É verdade que a novela in� uencia o dia a dia e que tenha importância social ao trazer à tona temas atuais e polêmicos, mas é bom lembrar que ela é só baseada na realidade, o que signi-� ca que nem tudo precisa ser tão rea-lista assim. Por outro lado, a socieda-de a in� uencia, uma vez que o tempo atual e o contexto em que vivemos são matérias-primas para autores criarem suas histórias e personagens. Esse é o ponto de partida para tanta gente identi� car-se com ela.

E mesmo tendo a vida real como

base, alguns assuntos ainda não são abordados com frequência, e quando aparecem em cena, acontece de modo bem super� cial.

Para terminar, digo apenas que mesmo que as novelas façam parte da rotina da maioria dos brasileiros - até aqueles que não se assumem noveleiros -, é preciso enxergá-las como arte, e não se esquecer de que, apesar de cumpri-rem uma função social e todo o resto, as novelas servem, principalmente para entreter a família. E que, ao contrário do que acontece em cena, os vilões não são tão criativos – apesar de que algu-ma Carmem Lúcia pode cruzar o seu ca-minho -, e ninguém é 100% bonzinho, pois é condição básica do ser humano ter alguns defeitos também. Acompa-nhe os próximos capítulos, ou melhor, as próximas páginas.

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Roteiro davida real

Por Amauri Eugênio Jr.FOTOS: DIVULGAÇÃO

capa

Por que o brasileiro gosta tanto de novela? Por que, mesmo esperando pelo � nal feliz do casal de mocinhos e sabendo que as histórias não retratam a realidade nua e crua, o telespectador se inspira nela quanto ao compor-tamento ou até para formar sua visão de mundo? Até que ponto a abordagem de temas de utilidade pública e de temas polêmicos é bené� ca para a narrativa da novela e ajuda quem a assiste a � car antenado sobre tal assunto? Como a sociedade in� uencia a novela e vice-versa?

Há quem diga que a novela diverte e entretém quem a assiste, enquanto outros são categóricos e a� rmam que ela induz à distorção de valores morais e aliena o públi-co. Alguns aspectos, como a superexposição de crianças e

adolescentes a cenas de temática adulta e a exaltação do sucesso a todo custo, só para citar alguns, fazem muito crítico torcer o nariz para tais produções. Mesmo assim, deve-se levar em conta que se trata de uma obra de � cção e, sendo assim, não é necessário levar a novela tão a sério. “Ao colocar um tema no ar, a novela o ampli� ca, pois algo que estava escondido se torna explícito. Não se trata de conteúdos planejados para serem assim, pois, ao colocar o foco em questões polêmicas, elas ganham mais visibili-dade e isso aumenta o peso na pauta cotidiana”, explica Esther Hamburger, professora de cinema, rádio e TV da USP (Universidade de São Paulo) e coordenadora do Labo-ratório de Investigação e Crítica Audiovisual.

Sem fazer muito esforço, é possível citar diversos temas de utilidade pública e voltados à conscientização social que foram abordados em novelas. Por exemplo, questões como as de crianças desaparecidas, dependência alcoólica e química, de� ciência visual, esquizofrenia, vio-lência doméstica e trá� co de pessoas, só para citar alguns, ganharam visibilidade e a atenção do espectador.

Contudo, faz algum tempo que assuntos desse tipo dei-xaram de ser aspectos da narrativa e passaram a virar ele-mentos à parte da novela, como se fossem campanhas de conscientização. É o que se convenciona chamar de mer-chandising social, que visa a abrir os olhos do espectador sobre e questões diversas, mas que pode se tornar caricato e perder o viés de utilidade pública se for forçado, por mais que exerça in� uência na sociedade. Contraditório, não? Mas é o que se observa. Por exemplo, “América” (2005) retrata-va a de� ciência visual, mas perdeu o foco quando Jatobá (Marcos Frota) passou a fazer diversas atividades fora de seu contexto, como dirigir. Outro caso recente é o de trá� -co de pessoas, retratado em “Salve Jorge” (2012). Apesar de

servir como base para um dos principais núcleos da trama, não era raro ver espectadores fazendo piadas no trabalho e nas redes sociais a respeito de “viagens para a Turquia”. “O espectador dá muito crédito pedagógico [à novela]. O mer-chandising social soa pesado quando � ca muito ostensivo, o que o deixa muito caricato”, detalha Ricardo Tiezzi, colabo-rador da Rede Globo e professor do curso de roteiro para TV da AIC (Academia Internacional de Cinema).

Apesar da “forçação de barra”, é equivocado pen-sar que ela reduz a importância de certo tema ao melodrama. Voltando a falar sobre crianças desapa-recidas, campanhas do gênero ganharam muito mais visibilidade após “Explode coração” (1995), ao passo que aspectos como violência doméstica passaram a ser discutidos e combatidos com mais intensidade. Isso também vale para o tráfico de pessoas, pois, en-quanto “Salve Jorge” esteve no ar, centros de confina-mento foram descobertos e desmantelados em ações conjuntas entre consulados brasileiros e estrangeiros e autoridades internacionais.

Merchandising social

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Roteiro davida real

Por Amauri Eugênio Jr.FOTOS: DIVULGAÇÃO

capa

Por que o brasileiro gosta tanto de novela? Por que, mesmo esperando pelo � nal feliz do casal de mocinhos e sabendo que as histórias não retratam a realidade nua e crua, o telespectador se inspira nela quanto ao compor-tamento ou até para formar sua visão de mundo? Até que ponto a abordagem de temas de utilidade pública e de temas polêmicos é bené� ca para a narrativa da novela e ajuda quem a assiste a � car antenado sobre tal assunto? Como a sociedade in� uencia a novela e vice-versa?

Há quem diga que a novela diverte e entretém quem a assiste, enquanto outros são categóricos e a� rmam que ela induz à distorção de valores morais e aliena o públi-co. Alguns aspectos, como a superexposição de crianças e

adolescentes a cenas de temática adulta e a exaltação do sucesso a todo custo, só para citar alguns, fazem muito crítico torcer o nariz para tais produções. Mesmo assim, deve-se levar em conta que se trata de uma obra de � cção e, sendo assim, não é necessário levar a novela tão a sério. “Ao colocar um tema no ar, a novela o ampli� ca, pois algo que estava escondido se torna explícito. Não se trata de conteúdos planejados para serem assim, pois, ao colocar o foco em questões polêmicas, elas ganham mais visibili-dade e isso aumenta o peso na pauta cotidiana”, explica Esther Hamburger, professora de cinema, rádio e TV da USP (Universidade de São Paulo) e coordenadora do Labo-ratório de Investigação e Crítica Audiovisual.

Sem fazer muito esforço, é possível citar diversos temas de utilidade pública e voltados à conscientização social que foram abordados em novelas. Por exemplo, questões como as de crianças desaparecidas, dependência alcoólica e química, de� ciência visual, esquizofrenia, vio-lência doméstica e trá� co de pessoas, só para citar alguns, ganharam visibilidade e a atenção do espectador.

Contudo, faz algum tempo que assuntos desse tipo dei-xaram de ser aspectos da narrativa e passaram a virar ele-mentos à parte da novela, como se fossem campanhas de conscientização. É o que se convenciona chamar de mer-chandising social, que visa a abrir os olhos do espectador sobre e questões diversas, mas que pode se tornar caricato e perder o viés de utilidade pública se for forçado, por mais que exerça in� uência na sociedade. Contraditório, não? Mas é o que se observa. Por exemplo, “América” (2005) retrata-va a de� ciência visual, mas perdeu o foco quando Jatobá (Marcos Frota) passou a fazer diversas atividades fora de seu contexto, como dirigir. Outro caso recente é o de trá� -co de pessoas, retratado em “Salve Jorge” (2012). Apesar de

servir como base para um dos principais núcleos da trama, não era raro ver espectadores fazendo piadas no trabalho e nas redes sociais a respeito de “viagens para a Turquia”. “O espectador dá muito crédito pedagógico [à novela]. O mer-chandising social soa pesado quando � ca muito ostensivo, o que o deixa muito caricato”, detalha Ricardo Tiezzi, colabo-rador da Rede Globo e professor do curso de roteiro para TV da AIC (Academia Internacional de Cinema).

Apesar da “forçação de barra”, é equivocado pen-sar que ela reduz a importância de certo tema ao melodrama. Voltando a falar sobre crianças desapa-recidas, campanhas do gênero ganharam muito mais visibilidade após “Explode coração” (1995), ao passo que aspectos como violência doméstica passaram a ser discutidos e combatidos com mais intensidade. Isso também vale para o tráfico de pessoas, pois, en-quanto “Salve Jorge” esteve no ar, centros de confina-mento foram descobertos e desmantelados em ações conjuntas entre consulados brasileiros e estrangeiros e autoridades internacionais.

Merchandising social

Antes, temas polêmicos eram abordados na telinha sem o objetivo pretensamente pedagógico que pas-sou a ter. Isso aconteceu porque o universo em que autores e diretores viviam servia como base para a cons-trução de histórias retratadas. Logo, o modelo de família não tão centrali-zada na � gura do pai, separações e o sexo antes do casamento, que eram tabus nos anos 1970, eram aborda-dos com certa naturalidade. Coinci-dência ou não, um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimen-to (BID) feito com novelas gravadas entre os anos 1970 e 1990 constatou que o índice de divórcios passou de cerca de três a cada cem, em 1984, para quase 18 em 2002. Ou seja, tra-ta-se de um índice expressivo.

Há quem diga, com razão, que a novela influencia o comportamen-to social. Mas, mesmo sendo uma obra de ficção, a base das histórias vem – adivinha de onde? – da socie-dade. Logo, o espectador se iden-tifica com o que é abordado pelas histórias acontecerem, na maioria dos casos, na atualidade e em locais próximos à realidade de quem a as-siste. “Do mesmo modo que a no-vela nos faz conversar sobre temas polêmicos, ela puxa para outras coisas que estão na nossa realida-de, como trocar de carro, mobiliar a casa de acordo com as últimas tendências, cortar o cabelo, com-prar determinada marca e assim por diante. Ela faz parte disso tam-bém”, ressalta Esther.

Há assuntos que, de tão polêmi-cos, quase não são abordados sequer na mesa de jantar. Apesar de ter vi-sibilidade cada vez maior, aspectos como homossexualidade, aborto e consumo de drogas ilegais quase nun-ca são abordados em tramas. Outro ponto a ser destacado é a quantida-de de personagens afrodescendentes nos folhetins, uma vez que a popula-ção negra (pretos e pardos, segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Ge-ogra� a e Estatística) supera 100 mi-lhões de pessoas. “A ausência do tema revela o tabu. A sociedade brasileira é permissiva a algumas questões, mas há tabus em outras. A questão racial melhorou um pouco, mas continua limitada [na telenovela]”, � naliza Es-ther Hamburger.

Quem infl uencia quem? Quebrando o tabu?

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FOTOS: BANCO DE IMAGENS

capaPor Amauri Eugênio Jr.

Dizem, com razão, que o Brasil tem 200 milhões de técnicos de futebol. Afinal, mesmo acompanhando ou não com frequência os jogos e o desempenho da seleção brasileira ou do time de coração, cada torce-dor sabe ou diz saber qual o melhor esquema tático, qual jogador deve ser o camisa 9 e se é melhor jogar com o time recuado ou para o ataque. O mesmo prin-cípio vale quando o assunto é novela. O brasileiro é vidrado nela ao ponto de palpitar sobre tudo. Nada escapa dos olhos e da língua do espectador.

Logo, não é nenhum exagero dizer que cada um

tem um quê de diretor ou autor, mesmo que pouco as acompanhe. Por exemplo, quem nunca deu palpites sobre qual seria a atitude seguinte de certo persona-gem? Ou disse que daria um final diferente para o ca-sal de protagonistas e vilões?

Veja nos próximos blocos por que o espectador tem se sentido mais atraído pelos vilões do que pelos mocinhos, o que o motiva a dar pitaco sobre aspectos diversos de determinada história, e o que autores e roteiristas fazem para deixar qualquer enredo do jei-to que o telespectador gosta.

Nação noveleira

A novela usa a realidade como matéria-prima da nar-rativa, mas não tem obrigação de ser � dedigna à vida real. Isso acontece porque uma das essências de obras de � cção é o melodrama, em que as características dos personagens são intensi� cadas para enriquecer a parte dramática da história e o � nal feliz dos mocinhos é obrigatório.

Mesmo assim, cada autor tem o seu estilo e lida com a realidade à sua maneira. Por exemplo, as obras assinadas por Glória Perez retratam – ou tentam retratar – costumes e realidades de outros países, assim como temas polêmicos e de utilidade pública. Já Manoel Carlos, no ar com “Em

família”, é conhecido por retratar triângulos amorosos, o clima peculiar do Leblon (RJ) e sempre tem alguma Helena como protagonista. E assim por diante. A roteirista Carol Agabiti, que trabalhou como pesquisadora para a trama de “Máscaras”, novela da Record que foi ao ar em 2012, relata como foi trabalhar com Lauro César Muniz, autor da no-vela. “O Lauro é um autor realista e eu fazia um trabalho minucioso de pesquisa para ele. Algumas vezes, eu dizia: ‘Lauro, pesquisei pra caramba e o que você imaginou para o capítulo não acontece na vida real’. Então, ele mudava as cenas para aproximá-la ainda mais da realidade.”

Baseada na vida real

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FOTOS: BANCO DE IMAGENS

capaPor Amauri Eugênio Jr.

Dizem, com razão, que o Brasil tem 200 milhões de técnicos de futebol. Afinal, mesmo acompanhando ou não com frequência os jogos e o desempenho da seleção brasileira ou do time de coração, cada torce-dor sabe ou diz saber qual o melhor esquema tático, qual jogador deve ser o camisa 9 e se é melhor jogar com o time recuado ou para o ataque. O mesmo prin-cípio vale quando o assunto é novela. O brasileiro é vidrado nela ao ponto de palpitar sobre tudo. Nada escapa dos olhos e da língua do espectador.

Logo, não é nenhum exagero dizer que cada um

tem um quê de diretor ou autor, mesmo que pouco as acompanhe. Por exemplo, quem nunca deu palpites sobre qual seria a atitude seguinte de certo persona-gem? Ou disse que daria um final diferente para o ca-sal de protagonistas e vilões?

Veja nos próximos blocos por que o espectador tem se sentido mais atraído pelos vilões do que pelos mocinhos, o que o motiva a dar pitaco sobre aspectos diversos de determinada história, e o que autores e roteiristas fazem para deixar qualquer enredo do jei-to que o telespectador gosta.

Nação noveleira

A novela usa a realidade como matéria-prima da nar-rativa, mas não tem obrigação de ser � dedigna à vida real. Isso acontece porque uma das essências de obras de � cção é o melodrama, em que as características dos personagens são intensi� cadas para enriquecer a parte dramática da história e o � nal feliz dos mocinhos é obrigatório.

Mesmo assim, cada autor tem o seu estilo e lida com a realidade à sua maneira. Por exemplo, as obras assinadas por Glória Perez retratam – ou tentam retratar – costumes e realidades de outros países, assim como temas polêmicos e de utilidade pública. Já Manoel Carlos, no ar com “Em

família”, é conhecido por retratar triângulos amorosos, o clima peculiar do Leblon (RJ) e sempre tem alguma Helena como protagonista. E assim por diante. A roteirista Carol Agabiti, que trabalhou como pesquisadora para a trama de “Máscaras”, novela da Record que foi ao ar em 2012, relata como foi trabalhar com Lauro César Muniz, autor da no-vela. “O Lauro é um autor realista e eu fazia um trabalho minucioso de pesquisa para ele. Algumas vezes, eu dizia: ‘Lauro, pesquisei pra caramba e o que você imaginou para o capítulo não acontece na vida real’. Então, ele mudava as cenas para aproximá-la ainda mais da realidade.”

Baseada na vida real

Page 18: Revista Guarulhos - Edição 85

capa

Merchandising nas entrelinhas

Faz algum tempo que é comum ver algum personagem usando um carro, perfume, peça de roupa de alguma marca e indo a determinado banco. Alguns casos quase não são per-cebidos de tão discretos que são, mas outros chegam a pare-cer comerciais do Polishop. É bom lembrar que a novela tem custo e deve dar lucro, logo, a propaganda nas entrelinhas é compreensível. O problema surge quando o “merchan” salta aos olhos. “O ideal é ele ser discreto, inteligente e integrado à trama. Mas no dia a dia, algumas coisas � cam longe do ideal. O ritmo de produção é de 45 a 50 páginas por dia. O autor gostaria de fazer o merchandising esperto, mas, às vezes, ele tem algumas coisas prioritárias e acaba fazendo um mais pe-sado”, completa Tiezzi.

Versão do espectador

Toda e qualquer novela já tem a sua história básica de� nida, mas o insucesso de público pode in� uenciar em mudanças importantes no enredo. Caso os números do Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatísti-ca) sejam pouco ou nada satisfatórios, o autor transforma o estilo dos personagens, o desenrolar das histórias de cada núcleo, fazendo demais alterações na história conforme os indicadores e o retorno do público. “Até onde sei, os autores saem com várias cartas na manga para poder remodelá-la. A sinopse é o treino e está no papel, mas o jogo, mesmo, é quando começa a novela”, destaca Ricardo Tiezzi, colabora-dor da Rede Globo e professor do curso de roteiro para TV da AIC (Academia Internacional de Cinema).

Félix Khoury. Carmem Lúcia. Odete Roitman. Naza-ré Tedesco. Eles têm personalidades bem diferentes en-tre si e, se fossem reais, causariam repulsa em qualquer pessoa por causa de atitudes monstruosas. Mas algumas características comuns a eles, aliadas ao desempenho dos atores, os tornaram icônicos e até mesmo fazem o espec-tador torcer por eles ao invés dos mocinhos, que volta e meia são considerados insossos pela falta de atitude. Pa-rece estranho, mas enquanto os mocinhos são envoltos pelo caráter � rme e por um rígido código de ética que os deixam engessados, os vilões estão livres de normas de comportamento e podem trazer emoção à história.

Do ponto de vista moral, a atuação do personagem é condenável, mas é essencial para o autor desenvolver a tra-ma. Alguns casos emblemáticos são os de Carmem Lúcia (Adriana Esteves) em “Avenida Brasil” (2012), e o de Félix

(Mateus Solano), que teve momentos de vilania extrema no início, mas o teor polêmico e direto do personagem, e a atuação memorável de Solano, foram fundamentais para o sucesso da história criada por Walcyr Carrasco. “O ator explorou bem a comédia com seu carisma e timing de hu-mor. Mas, no � nal, o personagem teve de se redimir para ser perdoado pelo público. A forma como o autor e o ator transformam o personagem é o que conta”, explica Carol.

Há casos em que a atuação do ator é convincente ao ponto de ele “pagar” pelas maldades do personagem. Ja-ckson Antunes, que em “A favorita” (2008) interpretou o machista Leonardo, que batia na esposa, a submissa Cata-rina (Lilia Cabral), foi agredido por um espectador e � cou internado por três dias. Já Beatriz Segall, que encarnou Odete Roitman em “Vale tudo” (1988), volta e meia era xingada na rua por causa das maldades feitas pela vilã.

Vilões > mocinhos

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capa

Merchandising nas entrelinhas

Faz algum tempo que é comum ver algum personagem usando um carro, perfume, peça de roupa de alguma marca e indo a determinado banco. Alguns casos quase não são per-cebidos de tão discretos que são, mas outros chegam a pare-cer comerciais do Polishop. É bom lembrar que a novela tem custo e deve dar lucro, logo, a propaganda nas entrelinhas é compreensível. O problema surge quando o “merchan” salta aos olhos. “O ideal é ele ser discreto, inteligente e integrado à trama. Mas no dia a dia, algumas coisas � cam longe do ideal. O ritmo de produção é de 45 a 50 páginas por dia. O autor gostaria de fazer o merchandising esperto, mas, às vezes, ele tem algumas coisas prioritárias e acaba fazendo um mais pe-sado”, completa Tiezzi.

Versão do espectador

Toda e qualquer novela já tem a sua história básica de� nida, mas o insucesso de público pode in� uenciar em mudanças importantes no enredo. Caso os números do Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatísti-ca) sejam pouco ou nada satisfatórios, o autor transforma o estilo dos personagens, o desenrolar das histórias de cada núcleo, fazendo demais alterações na história conforme os indicadores e o retorno do público. “Até onde sei, os autores saem com várias cartas na manga para poder remodelá-la. A sinopse é o treino e está no papel, mas o jogo, mesmo, é quando começa a novela”, destaca Ricardo Tiezzi, colabora-dor da Rede Globo e professor do curso de roteiro para TV da AIC (Academia Internacional de Cinema).

Félix Khoury. Carmem Lúcia. Odete Roitman. Naza-ré Tedesco. Eles têm personalidades bem diferentes en-tre si e, se fossem reais, causariam repulsa em qualquer pessoa por causa de atitudes monstruosas. Mas algumas características comuns a eles, aliadas ao desempenho dos atores, os tornaram icônicos e até mesmo fazem o espec-tador torcer por eles ao invés dos mocinhos, que volta e meia são considerados insossos pela falta de atitude. Pa-rece estranho, mas enquanto os mocinhos são envoltos pelo caráter � rme e por um rígido código de ética que os deixam engessados, os vilões estão livres de normas de comportamento e podem trazer emoção à história.

Do ponto de vista moral, a atuação do personagem é condenável, mas é essencial para o autor desenvolver a tra-ma. Alguns casos emblemáticos são os de Carmem Lúcia (Adriana Esteves) em “Avenida Brasil” (2012), e o de Félix

(Mateus Solano), que teve momentos de vilania extrema no início, mas o teor polêmico e direto do personagem, e a atuação memorável de Solano, foram fundamentais para o sucesso da história criada por Walcyr Carrasco. “O ator explorou bem a comédia com seu carisma e timing de hu-mor. Mas, no � nal, o personagem teve de se redimir para ser perdoado pelo público. A forma como o autor e o ator transformam o personagem é o que conta”, explica Carol.

Há casos em que a atuação do ator é convincente ao ponto de ele “pagar” pelas maldades do personagem. Ja-ckson Antunes, que em “A favorita” (2008) interpretou o machista Leonardo, que batia na esposa, a submissa Cata-rina (Lilia Cabral), foi agredido por um espectador e � cou internado por três dias. Já Beatriz Segall, que encarnou Odete Roitman em “Vale tudo” (1988), volta e meia era xingada na rua por causa das maldades feitas pela vilã.

Vilões > mocinhos

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Memória

de noveleiroPor Vivian BarbosaFOTOS: DIVULGAÇÃO

capa

Muita gente diz que as novelas mexem com a imaginação das pes-soas. E é por isso que os brasileiros param tudo para acompanhar as cenas marcantes de uma novela. Pode ser para entreter e reunir a fa-mília, para esquecer-se dos problemas da vida real ou simplesmente porque as histórias aguçam a mente dos telespectadores que, assim como quando leem um livro, viajam na � cção.

Não importa o motivo, os brasileiros sentam-se, sim, em frente às TVs para saber o que aconteceu com a mocinha e qual será o grande � nal do vilão. Seria impossível fazer uma reportagem especial sobre novelas sem falar sobre as cenas mais fortes, mais cruéis, mais ro-mânticas, mais tristes, mais divertidas e as mais malfeitas que se tor-naram presentes na memória dos noveleiros de plantão.

Fizemos uma pesquisa pelas redes sociais para relembrar alguns dos momentos mais presentes nas memórias dos noveleiros.

VilaniasAs cenas de crueldade foram as mais citadas

nas pesquisas. Pode ser porque o mal marca mais do que o bem, mas pode ser também porque mui-tas delas foram tão bem produzidas que passam o sentimento de crueldade ao telespectador, que pega ódio do vilão graças às cenas mais densas. Entre as citadas estão:

1Em “Avenida Brasil”, Carminha enterrando Nina viva. “Foi forte, mas a fotogra� a da cena

passou muita realidade. Parecia um � lme”, comen-tou o fotógrafo Márcio Monteiro.

2Os momentos de Nazaré Tedesco, de “Senhora do destino” à beira da escada também marca-

ram a memória dos noveleiros. Pode-se dizer que o per� l trágico e ao mesmo tempo cômico da per-sonagem fez com que ela se eternizasse.

3Outro vilão que fez mal saiu do ar e já fez his-tória é Félix Khoury, de “Amor à vida”, que

chocou os telespectadores quando jogou sua so-brinha recém-nascida na caçamba de lixo.

4Em “A favorita”, a vilã Flora fez história com a cena em que matava Gonçalo, que sofria do

coração, apenas simulando uma cena de crime fria e violenta.

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Page 21: Revista Guarulhos - Edição 85

RomancesComo não se inspirar nos momen-

tos em que o amor perfeito é retrata-do em forma de dramaturgia? Aquele conto de fadas, que muitas vezes a gente sabe que é quase impossível de acontecer, mas que é tão bom de acompanhar enquanto a novela esti-ver no ar. Casais que combinaram tan-to, mais tanto, que muitas vezes dei-xaram a � cção e passaram a existir na vida real. Essas cenas marcaram... Ah! Como marcaram.

5Em “A viagem”, Dinah reencontra Otávio no plano espiritual depois

de viverem um lindo amor na Terra. A história mostra um reencontro apai-xonado, quando ela corre em direção ao amado, ao som da música tema “Crazy”, de Júlio Iglesias.

DramáticasAs cenas de drama geralmente têm uma dose

de negatividade, porém mostram muitas situações que podem acontecer do lado de cá da telinha. En-tre lágrimas e revolta, as cenas mais citadas foram:

9Em “Viver a vida”, a cena que parou o País e deixou todo o mundo de lencinhos na mão foi

quando Luciana descobre que está tetraplégica. A atuação da atriz Alinne Moraes foi fundamental para emocionar os telespectadores com o drama da personagem.

10A notícia da suposta morte de Morena, em “Salve Jorge”, fez com que até os que não

acompanhavam a trama se emocionarem. Dira Paes, na pele de Lucimar, mostrou sentimentos re-ais que chegaram aos noveleiros.

11Impossível falar de emoção e não falar de “Laços de família”, quando Camila, que

está com leucemia, decide cortar e raspar seus ca-belos. Embalada pela música tema “Love by grace”, de Lara Fabian, a cena � cou eternizada como um triste momento da personagem, mas que ao longo da trama conseguiu se curar.

CômicasMuitas novelas deixam o drama e o romance

em segundo plano e envolvem os telespectadores com a veia cômica. Cenas engraçadas também fa-zem parte do arquivo de noveleiros:

12A cena clássica de “Guerras dos sexos”, em que Charlô e Otávio jogam comida um no

outro na mesa do café da manhã inspira autores e atores até hoje em outras obras.

13A explosão de dona Redonda, em “Saraman-daia”, foi um momento triste, já que a perso-

nagem explode de tão gorda e morre. Mas não pode deixar de ser engraçada. O momento em que ela in� a e a cidade toda se desespera foi um dos eleitos como mais marcantes.

14Catarina e Petruchio, em “O Cravo e a rosa”, viviam como cão e gato. E as cenas

em que ela quebrava vasos e mais vasos na cabeça dele eram hilárias.

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6Félix e Niko mal saíram do ar, em “Amor à vida”, e já são lembrados

pelo primeiro beijo gay global e tam-bém pela ternura que o casal mostrou na cena que fez história.

7Em “Caminho das Índias”, a cena que Raj vai buscar Maya no viuvá-

rio e a perdoa pela traição marcou por mostrar a força do amor dos protago-nistas. Maya, que estava vivendo livre de vaidades e luxo, volta a ser uma in-diana linda e radiante ao reencontrar seu amor.

8A cena � nal de “Alma gêmea” tam-bém marcou. Serena e Rafael mor-

rem e se encontram na eternidade em várias formas e várias vidas, provando que o amor que os une pode ultrapas-sar vidas e vidas.

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Page 22: Revista Guarulhos - Edição 85

FOTOS: BANCO DE IMAGENS

capaPor Michele Barbosa

Vale a penaver de novo:versão turbinada

Se uma trama fez sucesso em uma versão, por que não tentar ou-tra? Um remake, palavra inglesa que signi� ca re� lmagem e/ou refeito, é uma aposta de grandes emissoras que fazem uma releitura de uma obra já veiculada. Provavelmente existam tramas que muita gente nem imagina que foram transmitidas nas telinhas, algumas até mesmo em preto e branco e que hoje aparecem repaginadas e cheias de cor.

SaramandaiaA história gira em

torno de um tumultuado plebiscito sobre a troca do nome da cidade. Persona-gens bem exóticos, dentre eles a popular dona Re-donda (Wilza Carla), que “morreu pela boca” e, de tanto comer, explodiu. A minissérie teve sua primeira versão em 1976. No remake da trama, Vera Holtz dá vida a dona Redonda, casada com Encolheu, personagem vivido por Matheus Nachtergaele. O remake é de autoria de Ricardo Linhares e foi veiculado em 2013.

19762013

GabrielaAdaptada do romance de Jorge

Amado, “Gabriela, cravo e canela” teve a primeira versão escrita por Walter George Durst. A trama retra-ta a cidade de Ilhéus, na Bahia, du-rante a década de 1920 e teve Sônia Braga como protagonista.

Na segunda versão, escrita por Walcyr Carrasco e exibida em 2012, Juliana Paes deu vida à protagonista Gabriela, uma jovem ingênua e sensual que precisa se adaptar aos costumes de uma cidade conservadora.

19752012

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Page 23: Revista Guarulhos - Edição 85

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FOTOS: BANCO DE IMAGENS

capaPor Michele Barbosa

Vale a penaver de novo:versão turbinada

Se uma trama fez sucesso em uma versão, por que não tentar ou-tra? Um remake, palavra inglesa que signi� ca re� lmagem e/ou refeito, é uma aposta de grandes emissoras que fazem uma releitura de uma obra já veiculada. Provavelmente existam tramas que muita gente nem imagina que foram transmitidas nas telinhas, algumas até mesmo em preto e branco e que hoje aparecem repaginadas e cheias de cor.

SaramandaiaA história gira em

torno de um tumultuado plebiscito sobre a troca do nome da cidade. Persona-gens bem exóticos, dentre eles a popular dona Re-donda (Wilza Carla), que “morreu pela boca” e, de tanto comer, explodiu. A minissérie teve sua primeira versão em 1976. No remake da trama, Vera Holtz dá vida a dona Redonda, casada com Encolheu, personagem vivido por Matheus Nachtergaele. O remake é de autoria de Ricardo Linhares e foi veiculado em 2013.

19762013

GabrielaAdaptada do romance de Jorge

Amado, “Gabriela, cravo e canela” teve a primeira versão escrita por Walter George Durst. A trama retra-ta a cidade de Ilhéus, na Bahia, du-rante a década de 1920 e teve Sônia Braga como protagonista.

Na segunda versão, escrita por Walcyr Carrasco e exibida em 2012, Juliana Paes deu vida à protagonista Gabriela, uma jovem ingênua e sensual que precisa se adaptar aos costumes de uma cidade conservadora.

19752012

Page 24: Revista Guarulhos - Edição 85

capa

Sinhá MoçaBaseada no romance de Maria

Dezonne, “Sinhá Moça” foi escrita por Benedito Ruy Barbosa e teve sua versão original exibida em 1986. A novela se passa em 1886 e retrata as di� culdades da campanha para a abo-lição da escravatura e a paixão entre Sinhá Moça (Lucélia Santos) e Rodolfo (Marcos Paulo). O remake de 2006 foi escrito por Edmara Barbosa e Edilene Barbosa e os personagens principais vividos por Débora Falabella e Danton Mello.

19862006

Guerra dos SexosA primeira versão da novela foi

ao ar em 1983, escrita por Sílvio de Abreu e Carlos Lombardi. A trama apresenta a disputa entre homens e mulheres a partir da briga dos pri-mos Charlô (Fernanda Montenegro) e Otávio (Paulo Autran).

Em 2012, Silvio de Abreu � cou responsável pela adap-tação da trama. Irene Rava-che e Tony Ramos viveram o casal protagonista, enquanto as estrelas da primeira ver-são, Fernanda Montenegro e Paulo Autran, participaram da novela como os tios dos personagens principais, que eram lembrados através de um retrato ex-posto no hall de entrada da mansão.

19832012

ParaísoExibida no ano de 1982, a primeira versão da novela foi escrita por Bene-

dito Ruy Barbosa. Trata-se da história do romance proibido entre o peão José Eleutério (Kadu Moliterno), conhecido como o “Filho do Diabo”, e Maria Rita (Cristina Mullins), conhecida como “Santinha”. Adaptado por Edmara Barbosa, o remake de Paraíso foi exibido em 2009 e o casal protagonista foi vivido por Nathália Dill e Eriberto Leão.

19822009

19761997

Anjo MauEscrita por Cassiano Gabus Men-

des, “Anjo Mau” foi ao ar em 1976. A trama mostra a vida de Nice (Su-sana Vieira) que, buscando ascensão social, se torna babá na casa da rica família Medeiros e tenta conquistar o filho mais velho, Rodrigo (José Wilker). Adaptada por Maria Ade-laide Amaral, o remake da novela foi exibido em 1997. Glória Pires interpreta Nice que tenta conquistar o filho dos seus patrões (Kadu Moliterno) por dinheiro, mas acaba se apaixonando de verdade.

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Page 26: Revista Guarulhos - Edição 85

Por Amauri Eugênio Jr.FOTOS:MÁRCIO MONTEIRO

perfi l

Fazendo a vida com as próprias

mãos

O tom de voz calmo de Rolemberg Araújo, 48, não dá sinais de que ele é multitarefas. Por outro lado, a habilidade para escolher palavras e saber quando dizê-las mostra que ele é uma pessoa estra-tegicamente importante nas atividades das quais participa. E não se poderia esperar algo diferente disso, pois ele é gerente-geral do Hotel Slaviero Executive e presidente do Guarulhos Convention & Visitors Bureau. Mesmo assim, só conversando um pouco mais para descobrir que a vida dele não se resume à gestão de pessoas e projetos.

“Gosto de trabalhar com gente. Gosto de con-duzir um problema, resolvê-lo e conseguir man-ter o cliente � el ao serviço”, relata Rolemberg, durante a entrevista com a equipe da RG, com naturalidade e calma tão peculiares aos baianos. E esse é o caso dele, que veio a São Paulo há cerca de 20 anos, trazendo consigo a vontade de vencer na capital paulista. Vontade, mesmo: nos primei-ros meses na cidade, ele chegou a fazer faxina e a vender marmitas. Detalhe: os pratos eram pre-parados em uma quitinete no Edifício Copan, no Centro de São Paulo.

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Page 27: Revista Guarulhos - Edição 85

“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua

própria produção ou a sua construção.”

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Page 28: Revista Guarulhos - Edição 85

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“Sou movido por desafi os e procuro sempre acrescentar algo meu no que faço.”

Com o passar do tempo, ele in-gressou na rede hoteleira, o que se tornaria determinante para a sua vida profissional. Primeiro, ele atuou como telefonista; depois, se tornaria assistente de reservas, re-cepcionista, chefe e gerente-geral. Na sequência, ele mudou-se para o Hotel Meliá e há nove anos veio a Guarulhos, para trabalhar no Ho-tel Monaco. “Optei por morar aqui após três meses trabalhando na cidade”, conta, sobre como o trân-sito que enfrentava para vir a ci-dade o motivou a mudar para cá. E assim foi por quatro anos, quando se desligou do Monaco e, após al-gum tempo, ingressou no Slaviero – “sou movido por desafios e pro-curo sempre acrescentar algo meu no que faço”, detalha.

Jogando nas 11Além de gerente-geral do Sla-

viero, Rolemberg participa há oito anos do Guarulhos Convention & Visitors Bureau, entidade criada

para atender e melhorar o merca-do hoteleiro na cidade. E assumiu há alguns dias a presidência do GC&VB, cargo que ocupará pelos próximos quatro anos. Entre os objetivos traçados para os próxi-mos anos, uma das metas é enten-der o que Guarulhos precisa nas áreas hoteleira e de turismo de negócios. “É preciso também fazer a população saber que o Bureau existe e divulgar muito o destino, para torná-lo conhecido”, ressalta.

Engana-se quem pensa que o lado multitarefas de Rolemberg parou por aí. Psicólogo de forma-ção, ele chegou a trabalhar como psicanalista e a atender pacientes à noite, após o expediente hotelei-ro. Faz algum tempo que ele tem se dedicado a artes manuais após o expediente e, acredite, a fazer bonecas de silicone, que lembram bebês de verdade. “O cabelo é feito fio a fio e há riqueza de detalhes. Certa vez, fiz uma para uma pes-soa querida, que havia perdido o filho pouco tempo antes, e conti-nuei a fazê-las”, explica, ao dizer que leva em média uma semana para produzir uma delas.

Uma coisa é fato: o baiano ra-dicado em Guarulhos, adepto da filosofia de que o conhecimento expande horizontes e que não tem medo de trabalhar, sente-se orgu-lhoso de sua trajetória. “Vim para cá há vinte anos, comecei do zero e conquistei tudo [o que pude]. Considero-me um homem forte e correto”, finaliza.

Jogo rápido

Livro: “A cabana”, William P. Young;Filme: “Sociedade dos poetas mortos”, dir.: Peter Weir;Pessoas inspiradoras: Mahatma Gandhi, Dalai Lama, Chico Xavier e Walt Disney;Viagem inesquecível: Disney.

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Page 29: Revista Guarulhos - Edição 85
Page 30: Revista Guarulhos - Edição 85

Por Amauri Eugênio Jr.FOTOS: BANCO DE IMAGENS

bem viver

Expelindo o

mal-estarSó de ouvir em falar na litíase

urinária, popularmente conhe-cida como cálculo renal ou pedra nos rins, já dá vontade de tomar água, reduzir a quantidade de sal na comida e repensar demais há-bitos relacionados à saúde. Não é para menos: o acúmulo de cristais no canal urinário, que resulta em incômodos diversos quando vêm à tona, é um tormento. Pese ainda que os casos de litíase aumentam em 30% nas épocas mais quentes do ano, em especial no Verão. Tam-bém, pudera: a quantidade reco-mendada para ingestão do líquido tende a ser insuficiente por causa da transpiração e do aumento da produção de vitamina D, resultan-te da exposição à luz solar. Logo, para evitar o acúmulo de cristais na urina, é essencial tomar mais água e consumir alimentos com alto teor líquido. “Quando inge-rimos líquido em quantidades sa-tisfatórias, a urina está em cons-

tante movimento e é rapidamente eliminada”, explica o urologista Marcelo Bendhack, presidente da Associação Latino-Americana de Uro-oncologia (Urola). Outros aliados na prevenção de “pedras” no sistema urinário são vegetais; alimentos que previnam o surgi-mento do sobrepeso; sucos cítri-cos; como os de laranja e limão, e o controle de doenças crônicas, como a hipertensão arterial.

Por outro lado, quem não abre mão de um bom churrasco ou de porções generosas de carne verme-lha deve prestar mais atenção aos hábitos alimentares. Aconselha--se a redução de proteína animal, em especial carne vermelha. Falar sobre o sal, então, chega a ser re-dundante: o consumo deve variar entre 3g e 5g diários, incluindo a quantidade usada no preparo das refeições. Para se ter uma ideia, um estudo feito em 2012 demons-trou que o consumo moderado de

tais alimentos reduziu em quase 50% a formação de cálculos no sis-tema urinário.

Quem corre o risco?Estima-se que 15 a cada cem

pessoas ao redor do mundo pos-sam ter litíase renal em algum momento da vida. Dentro desse grupo, a proporção de pessoas afe-tadas é de dois homens para cada mulher. Isso é explicado porque o estrogênio, hormônio sexual fe-minino, serve como fator de pre-venção contra o surgimento dos cálculos. Ainda pesa a faixa etária, pois o surgimento das “pedras” é incomum antes dos 20 anos, en-quanto tem maior incidência en-tre pessoas com idade entre 40 e 60 anos. Além da idade, fatores como casos de litíase na família e o IMC – índice de massa corpórea – podem aumentar as chances do surgimento do problema.

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Page 31: Revista Guarulhos - Edição 85

É TEMPO DEECONOMIZAR

ÁGUA.

C O M U N I C A D O D O S A A E

• DIMINUA O TEMPO NOS BANHOS• NÃO USE MANGUEIRAS PARA LAVAR CARROS E CALÇADAS

• NÃO DEIXE TORNEIRAS ABERTAS POR MUITO TEMPO• UTILIZE CAIXAS D’ÁGUA DENTRO DOS PADRÕES ESPECIFICADOS*

*Para, pelo menos, 24 horas de consumo

Os pontos de abastecimento, como descargas, torneiras e chuveiros, devem estar ligados à caixa d`água e não à rede pública. A sua colaboração é muito importante. Se cada um �zer a sua parte, todo mundo só tem a ganhar.

Guarulhos, como toda Grande São Paulo, vem enfrentando problemas com o abastecimento de água. Isso porque, além do índice de chuva ser o menor dos últimos 84 anos, as altas temperaturas fazem com que o consumo se eleve. O SAAE tem se empenhado para distribuir a água disponível da forma mais justa. No entanto, é necessário que toda a população economize com medidas simples, como por exemplo:

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Page 32: Revista Guarulhos - Edição 85

bem viverLendas urbanas

Há quem pense que o con-sumo de isotônicos e até mes-mo de água mineral possam condicionar o surgimento da litíase, pois ambos podem al-terar características da urina, como a eliminação de cálcio, magnésio e citrato. Mas eles não aumentam a incidência do problema. “O status atual mais aceito é de que essas be-bidas têm menor importância na origem da litíase renal. O benefício do líquido ingerido supera o malefício de seus poucos componentes”, com-pleta Marcelo Bendhack.

Já o cálcio não precisa, por regra, ser restrito. É indicado o consumo de 1g por dia, em es-pecial nos pratos consumidos.

Como eliminar os cálculos?

Há casos em que a pessoa com litíase consegue expelir “pedras” pequenas – inferiores a 5 mm -, que tendem a ser eliminadas es-pontaneamente. Mesmo assim, o paciente deve passar por acom-panhamento médico regular, para verificar se pode tornar-se sinto-mático e se novos cálculos podem surgir tempos depois.

Caso as “pedras” não possam ser eliminadas por meio da urina, a pessoa deve ser submetida à lito-tripsia extracorpórea, em que uma fonte de energia produz onda de choque capaz de fragmentar o cál-culo, sem necessidade de cirurgia ou internação. Mas, dependendo da posição, tamanho ou densi-dade do cálculo, o paciente será submetido à cirurgia endoscópica, feita através do ureter ou da pele, a laser, ou à intervenção cirúrgica propriamente dita. “A experiência do médico com as técnicas e desejo do paciente devem sempre ser le-vados em consideração na escolha do método”, ressalta Bendhack.

Bebeu água?Recomenda-se o consumo de

dois a três litros de água por dia, assim como o consumo de sucos e frutas cítricas.

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Page 33: Revista Guarulhos - Edição 85

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Há quem pense que o con-sumo de isotônicos e até mes-mo de água mineral possam condicionar o surgimento da litíase, pois ambos podem al-terar características da urina, como a eliminação de cálcio, magnésio e citrato. Mas eles não aumentam a incidência do problema. “O status atual mais aceito é de que essas be-bidas têm menor importância na origem da litíase renal. O benefício do líquido ingerido supera o malefício de seus poucos componentes”, com-pleta Marcelo Bendhack.

Já o cálcio não precisa, por regra, ser restrito. É indicado o consumo de 1g por dia, em es-pecial nos pratos consumidos.

Como eliminar os cálculos?

Há casos em que a pessoa com litíase consegue expelir “pedras” pequenas – inferiores a 5 mm -, que tendem a ser eliminadas es-pontaneamente. Mesmo assim, o paciente deve passar por acom-panhamento médico regular, para verificar se pode tornar-se sinto-mático e se novos cálculos podem surgir tempos depois.

Caso as “pedras” não possam ser eliminadas por meio da urina, a pessoa deve ser submetida à lito-tripsia extracorpórea, em que uma fonte de energia produz onda de choque capaz de fragmentar o cál-culo, sem necessidade de cirurgia ou internação. Mas, dependendo da posição, tamanho ou densi-dade do cálculo, o paciente será submetido à cirurgia endoscópica, feita através do ureter ou da pele, a laser, ou à intervenção cirúrgica propriamente dita. “A experiência do médico com as técnicas e desejo do paciente devem sempre ser le-vados em consideração na escolha do método”, ressalta Bendhack.

Bebeu água?Recomenda-se o consumo de

dois a três litros de água por dia, assim como o consumo de sucos e frutas cítricas.

Page 34: Revista Guarulhos - Edição 85

Vem que vem com tudoSegundo a consultora de estilo Danyla Borobia,

uma das tendências mais fortes para o Inverno é a franja, que vai continuar � rme e forte nos dias mais frios. “As franjas vão aparecer tanto em roupas quan-to em sapatos, em couro ou camurça, e em tecidos mais nobres, como as sedas. A sacada para não pare-cer uma fantasia ou que você saiu diretamente de um � lme da década de 1920, é saber misturar as peças com outras texturas e estilos”, explica a consultora.

Para não � car com o aspecto de melindrosa, as franjas podem ser coordenadas com peças mais ca-suais como o jeans, fazendo a mistura de estilos. Isso torna o look atual.

Bolsas ou sapatos nesta tendência são melhores quando usados com peças básicas, mix de texturas ou estampas.

passarelaPor Michele Barbosa

FOTOS: DIVULGAÇÃO

O Verão ainda não terminou e, antes que ele acabe, o mundo da moda já programa o que será tendência no Inverno. Algumas peças ainda serão coringas no look da mulherada, outras saem de cena. Além de saber o que usar, o jeito de montar uma com-posição é fundamental para não errar na hora de se vestir.

Tendências para o

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Page 36: Revista Guarulhos - Edição 85

passarela

O cropped continua, porém o que antes era usado com saia, agora no Inverno é combinado com calças mais amplas, no estilo pantalona, e cropped que são mais cur-tas, no geral bem acima do tornozelo. Essas peças garan-tem um look contemporâneo quando usadas com saltos e ankle boots.

O ideal é usar a calça marcando a cintura bem alta, com top cropped, mostrando a barriguinha, e nos pés sapatos mais claros ou que deixem o peito do pé à mostra. Para as mais altas, a coordenação pode ser com bota preta cano alto ou até mesmo ankle boots. Lembrando que é preciso estar com o corpo em dia para aderir a esta tendência.

Para dar um ar fashionista a qual-quer mulher, as mochilas “moderno-sas” voltaram. O ideal é procurar as que tenham uma cara mais adulta com couro, ferragens, estampas de animal print, ente outras. “Alguns looks que podem ser coordenados com a mochi-la vão desde saias longas com tecidos mais nobres até o jeans, tudo irá variar conforme o evento. Vale lembrar que quanto mais so� sticado o item, mais elegante � ca.”

As peles de animais fake serão as vedetes da estação e poderão ser usadas em casa-cos, coletes e botas. Quando combinadas com peças mais confortáveis, conseguem imprimir um ar de glamour para o dia a dia.

Como em todos os In-vernos, o couro continua, mas o diferencial está nas aplicações de pedras, que darão um toque mais gla-moroso à peça, além das tachas e spikes com a pe-gada Rock and Roll.

Os tecidos metalizados que já vi-nham sendo usados por aí continuam, mas a novidade da estação será a busca pelo prateado, que irá aparecer em ves-timentas e calçados. As roupas saem do “universo noite” e desembarcam nos looks do dia a dia, sempre com a coor-denação de peças mais simples. “A com-binação pode ser com moletons, cami-

setas, blazers, shorts, saias e vestidos. Para os mais formais, in-serir saltos; para os informais, coordenar com tênis.”

A cor predominante do Inverno é a púrpura, que é tom do pantone 2014 e que tem grandes variações de tonalida-des para satisfazer o gosto de todos.

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passarela

O cropped continua, porém o que antes era usado com saia, agora no Inverno é combinado com calças mais amplas, no estilo pantalona, e cropped que são mais cur-tas, no geral bem acima do tornozelo. Essas peças garan-tem um look contemporâneo quando usadas com saltos e ankle boots.

O ideal é usar a calça marcando a cintura bem alta, com top cropped, mostrando a barriguinha, e nos pés sapatos mais claros ou que deixem o peito do pé à mostra. Para as mais altas, a coordenação pode ser com bota preta cano alto ou até mesmo ankle boots. Lembrando que é preciso estar com o corpo em dia para aderir a esta tendência.

Para dar um ar fashionista a qual-quer mulher, as mochilas “moderno-sas” voltaram. O ideal é procurar as que tenham uma cara mais adulta com couro, ferragens, estampas de animal print, ente outras. “Alguns looks que podem ser coordenados com a mochi-la vão desde saias longas com tecidos mais nobres até o jeans, tudo irá variar conforme o evento. Vale lembrar que quanto mais so� sticado o item, mais elegante � ca.”

As peles de animais fake serão as vedetes da estação e poderão ser usadas em casa-cos, coletes e botas. Quando combinadas com peças mais confortáveis, conseguem imprimir um ar de glamour para o dia a dia.

Como em todos os In-vernos, o couro continua, mas o diferencial está nas aplicações de pedras, que darão um toque mais gla-moroso à peça, além das tachas e spikes com a pe-gada Rock and Roll.

Os tecidos metalizados que já vi-nham sendo usados por aí continuam, mas a novidade da estação será a busca pelo prateado, que irá aparecer em ves-timentas e calçados. As roupas saem do “universo noite” e desembarcam nos looks do dia a dia, sempre com a coor-denação de peças mais simples. “A com-binação pode ser com moletons, cami-

setas, blazers, shorts, saias e vestidos. Para os mais formais, in-serir saltos; para os informais, coordenar com tênis.”

A cor predominante do Inverno é a púrpura, que é tom do pantone 2014 e que tem grandes variações de tonalida-des para satisfazer o gosto de todos.

Page 38: Revista Guarulhos - Edição 85

currículoPor Talita Ramos

Até que ponto ter ambição no trabalho é bom?

FOTOS: BANCO DE IMAGENS

Segundo o dicionário da língua portuguesa Michaelis, ambição, pa-lavra que deriva do latim ambitione, signi� ca desejo de riqueza, poder, glória ou honra, aspiração; desejo veemente, pretensão ou cobiça. Já para o professor do Curso de Psico-logia e Coordenador de Campos de Estágio em Psicologia da Universi-dade Guarulhos (UnG), Luiz Fer-nando Bacchereti, ambição é o de-sejo do indivíduo de conseguir con-quistar algo que para ele mostra-se importante.

No mercado de trabalho, um

profissional ambicioso nem sem-pre é bem visto, mas há maneiras de contornar a situação, fazendo da ambição algo positivo. Para Rose Barbosa, psicóloga e selecionadora da New Partner Recursos Huma-nos, o profissional ambicioso é visto como uma pessoa dinâmica, atuante, que está constantemente interessado em conquistar metas e objetivos. “A ambição pode ser bem favorável ao individuo no mercado de trabalho, sim, desde que não o torne agressivo ou lhe falte ética profissional”, afirma Rose.

Porém toda ambição deve ser dosada, para não ultrapassar o li-mite e tranformar-se em ganância. Bacchereti explica que “quando são abordadas questões relativas à am-bição, o indivíduo mostra-se foca-do em conseguir conquistar algo que para ele é importante. Já o in-divíduo ganancioso apresenta ca-racterísticas bem diferentes. Vejo o ganancioso como alguém que se mostra muito egocêntrico e associa este desejo não apenas aos desejos pessoais, mas a um desejo associa-do ao poder”.

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Page 39: Revista Guarulhos - Edição 85

currículoPor Talita Ramos

Até que ponto ter ambição no trabalho é bom?

FOTOS: BANCO DE IMAGENS

Segundo o dicionário da língua portuguesa Michaelis, ambição, pa-lavra que deriva do latim ambitione, signi� ca desejo de riqueza, poder, glória ou honra, aspiração; desejo veemente, pretensão ou cobiça. Já para o professor do Curso de Psico-logia e Coordenador de Campos de Estágio em Psicologia da Universi-dade Guarulhos (UnG), Luiz Fer-nando Bacchereti, ambição é o de-sejo do indivíduo de conseguir con-quistar algo que para ele mostra-se importante.

No mercado de trabalho, um

profissional ambicioso nem sem-pre é bem visto, mas há maneiras de contornar a situação, fazendo da ambição algo positivo. Para Rose Barbosa, psicóloga e selecionadora da New Partner Recursos Huma-nos, o profissional ambicioso é visto como uma pessoa dinâmica, atuante, que está constantemente interessado em conquistar metas e objetivos. “A ambição pode ser bem favorável ao individuo no mercado de trabalho, sim, desde que não o torne agressivo ou lhe falte ética profissional”, afirma Rose.

Porém toda ambição deve ser dosada, para não ultrapassar o li-mite e tranformar-se em ganância. Bacchereti explica que “quando são abordadas questões relativas à am-bição, o indivíduo mostra-se foca-do em conseguir conquistar algo que para ele é importante. Já o in-divíduo ganancioso apresenta ca-racterísticas bem diferentes. Vejo o ganancioso como alguém que se mostra muito egocêntrico e associa este desejo não apenas aos desejos pessoais, mas a um desejo associa-do ao poder”.

Page 40: Revista Guarulhos - Edição 85

currículo

O lado bom da ambição

Ambição na medida certa pode ajudar na hora de conseguir a vaga tão deseja-da. Para isso, não tenha medo de sugerir melhorias, dar novas ideias ou opinar em algum assunto, quando for solicitado, sem esquecer-se de que dentro de uma empresa há uma hierarquia. “Quem não é ambicio-so corre o risco de ser visto como uma pes-soa mais passiva, apática e sem objetivos, podendo vir a perder oportunidades em seu ambiente de trabalho,” explica Rose Barbosa.

Cuidado para não ultrapassar os limites

Mostrar iniciativa e proatividade é bom? Sim, mas quando as necessidades e desejos pessoais se sobrepõem às questões morais e sociais do grupo em que se está inserido, como quando alguém estabelece conquistar seus desejos a qualquer custo não importando o “preço” dessas conquis-tas, há uma quebra de barreira com a ética.

“Atualmente as organizações buscam pessoas que possam agregar e não compe-tir. Pessoas que tenham competências téc-nicas e interpessoais bem desenvolvidas como, por exemplo, formação acadêmica consistente, proatividade, � exibilidade, criatividade, capacidade de organização, comunicação, foco em resultados, entre outras”, completa o professor.

Para manter uma relação de compati-bilidade com a ética é preciso considerar não apenas as demandas pessoais, mas também os valores do grupo ou empresa, tendo consciência de que o trabalho é fru-to da realização coletiva e não individual. Então, faça seu trabalho sempre cuidando para não atravessar a área limítrofe entre ambição e ganância.

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O livro propõe métodos simples e e� -cazes para você aumentar sua credi-bilidade junto a seu chefe, gerenciar melhor o seu tempo, fazer suas metas da empresa e tornar-se valioso de-mais para ser dispensado.

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A obra discute, de maneira clara, os desafios da busca de uma colocação no mercado de trabalho. Como con-seguir o primeiro emprego? Como retornar ao trabalho após ter pas-sado um período desempregado? E, ainda, como estar permanentemen-te preparado e com chances maio-res que os concorrentes? Ao mesmo tempo em que Rodrigues apresenta o funcionamento do processo seleti-vo e as estratégias de avaliação utili-zadas pela maioria das empresas, faz recomendações sobre planejamento da carreira.

Livros sobre o assunto

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currículo

O lado bom da ambição

Ambição na medida certa pode ajudar na hora de conseguir a vaga tão deseja-da. Para isso, não tenha medo de sugerir melhorias, dar novas ideias ou opinar em algum assunto, quando for solicitado, sem esquecer-se de que dentro de uma empresa há uma hierarquia. “Quem não é ambicio-so corre o risco de ser visto como uma pes-soa mais passiva, apática e sem objetivos, podendo vir a perder oportunidades em seu ambiente de trabalho,” explica Rose Barbosa.

Cuidado para não ultrapassar os limites

Mostrar iniciativa e proatividade é bom? Sim, mas quando as necessidades e desejos pessoais se sobrepõem às questões morais e sociais do grupo em que se está inserido, como quando alguém estabelece conquistar seus desejos a qualquer custo não importando o “preço” dessas conquis-tas, há uma quebra de barreira com a ética.

“Atualmente as organizações buscam pessoas que possam agregar e não compe-tir. Pessoas que tenham competências téc-nicas e interpessoais bem desenvolvidas como, por exemplo, formação acadêmica consistente, proatividade, � exibilidade, criatividade, capacidade de organização, comunicação, foco em resultados, entre outras”, completa o professor.

Para manter uma relação de compati-bilidade com a ética é preciso considerar não apenas as demandas pessoais, mas também os valores do grupo ou empresa, tendo consciência de que o trabalho é fru-to da realização coletiva e não individual. Então, faça seu trabalho sempre cuidando para não atravessar a área limítrofe entre ambição e ganância.

• Os Sete Pecados do Mundo CorporativoLigia Marques/ Editora Vozes – R$23,00

A obra se divide em sete capítulos denominados 'pecados'. Es-ses capítulos englobam temas da Eti-queta Corporativa e seus correlatos, procurando preparar o leitor para os desa� os diários do pro� ssional.

• Como Salvar o Seu EmpregoPaul R. Timm/ Editora Makron – R$39,00

O livro propõe métodos simples e e� -cazes para você aumentar sua credi-bilidade junto a seu chefe, gerenciar melhor o seu tempo, fazer suas metas da empresa e tornar-se valioso de-mais para ser dispensado.

• Emprego – Vencendo Desa� osLuiz Alberto de Paula Rodrigues/ Editora Planeta do Brasil – R$34,90

A obra discute, de maneira clara, os desafios da busca de uma colocação no mercado de trabalho. Como con-seguir o primeiro emprego? Como retornar ao trabalho após ter pas-sado um período desempregado? E, ainda, como estar permanentemen-te preparado e com chances maio-res que os concorrentes? Ao mesmo tempo em que Rodrigues apresenta o funcionamento do processo seleti-vo e as estratégias de avaliação utili-zadas pela maioria das empresas, faz recomendações sobre planejamento da carreira.

Livros sobre o assunto

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meu cantoPor Michele Barbosa

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Cada casa tem na decoração as características de seu dono, uns contemporâneos, outros clássicos, mas um estilo que vem ganhan-do força é o romântico. A proposta tem como objetivo deixar o am-biente acolhedor, confortável e visualmente delicado. Esse estilo é marcado por alguns traços especí� cos de mobiliário, cor, tecidos, iluminação e itens decorativos.

Casinha de boneca:como deixar a casa no estilo romântico

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meu canto

Em termos de mobiliário, o estilo romântico é marcado por traços curvilíneos, pés arredon-dados e peças trabalhadas com alguns detalhes vistosos. Para um quarto romântico, a cama é sempre o carro-chefe, com destaque para estru-turas em ferro ou então para camas de madei-ra. O guarda-roupa é o segundo elemento mais importante, tanto na funcionalidade como na decoração.

Nas salas de estar e de jantar, as cadeiras e poltronas são sempre elegantes e quase sempre estofadas ou então equipadas com uma almofa-da condizente. Os sofás são aconchegantes e em algumas salas o uso de poltronas dá mais estilo.

Por � m, o banheiro pode entrar no clima também. Mesmo com espaço e opções de mó-veis reduzidos, é possível decorá-lo ao estilo romântico. Basta pegar um gabinete e espelho com moldura, ambos provençais, que o aspecto já tem diferença.

Agora, se a casa não tem móveis provençais, alguns objetos são su� cientes para incremen-tar e fazer sua casa entrar no clima romântico. Candelabros, abajures com cúpulas em tecido, vasos com � ores, almofadas � oridas, caixas em porcelana antiga são alguns itens que ajudam a compor o cenário romântico.

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meu canto

Em termos de mobiliário, o estilo romântico é marcado por traços curvilíneos, pés arredon-dados e peças trabalhadas com alguns detalhes vistosos. Para um quarto romântico, a cama é sempre o carro-chefe, com destaque para estru-turas em ferro ou então para camas de madei-ra. O guarda-roupa é o segundo elemento mais importante, tanto na funcionalidade como na decoração.

Nas salas de estar e de jantar, as cadeiras e poltronas são sempre elegantes e quase sempre estofadas ou então equipadas com uma almofa-da condizente. Os sofás são aconchegantes e em algumas salas o uso de poltronas dá mais estilo.

Por � m, o banheiro pode entrar no clima também. Mesmo com espaço e opções de mó-veis reduzidos, é possível decorá-lo ao estilo romântico. Basta pegar um gabinete e espelho com moldura, ambos provençais, que o aspecto já tem diferença.

Agora, se a casa não tem móveis provençais, alguns objetos são su� cientes para incremen-tar e fazer sua casa entrar no clima romântico. Candelabros, abajures com cúpulas em tecido, vasos com � ores, almofadas � oridas, caixas em porcelana antiga são alguns itens que ajudam a compor o cenário romântico.

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Conheça os riscos da

Hipertermia

Por Talita RamosFOTOS: BANCO DE IMAGENS

meu pet

Durante o Verão todos sofrem com as altas temperaturas. Para os animais, essa realidade não é diferente. E pode ser até ainda pior. Expostos ao excesso de calor, eles correm o risco de desen-volver hipertermia, uma doença carac-terizada pelo aumento excessivo da temperatura corporal do animal, que varia de 37° a 39°, o que nos humanos assemelha-se à insolação.

Em dias muito quentes, nem

sempre os bichos de estimação con-seguem fazer uma troca satisfatória de calor, principalmente ao praticar exercícios físicos com intensidade, se estiverem em locais muito quentes (como em carros fechados), ou em uma casa exposta ao Sol e sem ven-tilação. Animais presos a correntes, sem poder buscar por proteção ou água fresca, também correm perigo.

O risco é ainda maior para os bra-

quicéfalos, cães e gatos com os ossos da face mais curtos e achatados, como bulldog inglês, bulldog francês, shih--tzu e lhasa apso; gato persa e hima-laia, pois a formação óssea desses ani-mais di� culta seu processo de respira-ção. A hipertermia também pode ser desenvolvida facilmente em animais de grande porte e naqueles que apre-sentam um histórico de problemas cardíacos, diabetes ou obesidade.

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Por Talita Ramosmeu pet

Identifi cando os sintomas

Os principais sintomas da hipertermia são: respira-ção rápida, hipersalivação, saliva espessa, mucosas de coloração vermelho-escuro, tremores musculares, vômi-tos, diarreia, falta de coor-denação motora, desmaios e convulsões.

CuidadosA veterinária Vivian Mayumi Obi,

da clínica Pet Company, em Guaru-lhos, dá algumas dicas de como evi-tar a doença. “Deve-se evitar passear com o animal nas horas mais quentes do dia e nunca deixar seu bichinho so-zinho dentro de carros com os vidros fechados, mesmo em dias não tão quentes”, explica Vivian.

Optar por caminhar em áreas com sombra é sempre a melhor op-ção, pois em áreas ensolaradas o chão pode estar muito quente e cau-sar queimaduras nas patas.

A médica ainda completa: “Ofereça sempre água fresca ao longo do passeio e durante todo o dia, podendo colocar gelo. Evite colocar roupas no animal nessa época do ano e procure tosá-los sempre que possível, principalmente os animais que têm subpêlo (pelagem cheia em volta do pescoço). Se possível, ligue o ar-condicionado ou ventilador nos ambientes muito quentes”.

Primeiros socorros

Caso seu animal de estima-ção apresente algum sintoma de hipertermia, a primeira ati-tude a ser tomada é retirá-lo do ambiente quente, resfriar as pa-tas, a região do pescoço e cabe-ça com toalhas molhadas, mas com o cuidado de secá-los em seguida para evitar a formação de fungos. Ofereça água, mas sem forçá-lo a tomar líquidos, principalmente se estiver desa-maiado ou convulsionando. Em seguida, leve-o ao veterinário.

A hipertermia pode ocorrer em animais de qualquer idade, sejam eles � lhotes, adultos ou idosos. A temperatura alta, fal-ta de água e má circulação do ar podem gerar diversas compli-cações no animal, podendo até chegar a óbito. Fique de olho e aproveite o Verão.

MÁRCIO MONTEIRO/FOTOBICHO

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solidariedade

Fé que liberta

Por Talita RamosFOTOS: MÁRCIO MONTEIRO

Conheça a instituição que atua há mais de 22 anos ajudando vidas a se libertarem do vício das drogas

De uma iniciativa voltada a ajudar todo tipo de pessoas neces-sitadas, surgiu em 1982, na cida-de de Vitória, Espanha, a Remar (Reabilitação de Marginalizados), uma casa de apoio que viria a se espalhar pelos cinco continentes do planeta até chegar ao Brasil em 1992, tendo sede na cidade de Guarulhos, São Paulo.

Durante seus 22 anos de atu-ação no País, a Remar Brasil, que aqui atua com foco na recuperação de dependentes químicos (maiores de idade), já recebeu cerca de 25 mil internos, exercendo um trata-mento diferenciado, com base na fé cristã.

Primeiro é feita uma triagem para direcionar os dependentes às

unidades de desintoxicação (cháca-ras), onde o ingresso é voluntário, com apoio de psicólogos e assisten-tes sociais, iniciando-se o processo de laborterapia, em que os internos fazem trabalhos manuais como ar-tesanato, serralheria, carpintaria, entre outros. Em seguida, são en-caminhados ao Centro de Forma-ção Cristã. Nesta etapa eles apren-dem valores morais e espirituais. “A Organização Mundial de Saúde diz que o dependente químico não tem cura, que ele seria dependen-te das drogas pela vida inteira, e que não tem como recuperá-los. O mundo interpreta assim. Pela luz da fé, nós cremos que tem solução: Jesus Cristo. O encontro com Je-sus permite a libertação das vidas”,

afirma Paulo Andrade, presidente da instituição.

A maior procura por ajuda da casa de apoio vem de jovens de baixa ren-da, em suma consumidores de drogas como crack e cocaína. A instituição não atua com uso de medicamentos ou atendimento psiquiátrico. “Nós cremos que a pessoa precisa experi-mentar um novo nascimento, criar uma estrutura interna para dizer não às drogas. Nós trabalhamos em cima disso, de que o jovem conheça algo melhor que a droga, para poder dizer não, porque a droga parece lhe boa. Eu fui dependente de drogas por dez anos. A droga produz sensações boas. Tem que haver uma troca, porque aí a pessoa diz: ah isto é melhor que se drogar”, conta o presidente.

Sede mundial da Remar, em Guarulhos Bazar Bene� cente

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solidariedade

O tratamento, gratuito, é ofe-recido para homens e mulheres separadamente. Cada casa possui um diretor terapêutico, supervi-sionado pelo presidente da insti-tuição, que a� rma que, em termos de estatísticas, cerca de 30% dos internos são completamente recu-perados durante todo o processo.

A Remar se � nancia por meio de doações, bazares bene� centes e prestação de serviços como: car-reto, pintura, artesanato, entre outros. A instituição ainda distri-

bui folhetos por todo o Brasil, para que as pessoas saibam que há ajuda e para que possam ajudar também. Eles aceitam qualquer tipo de doação que seja aproveitada. Paulo Andrade conta: “Aceitamos coisas que possa-mos vender ou usar em nossas casas, porque todos os móveis que chegam são usados em benefício do próprio projeto. Nós não compramos nada. As camas, colchões, móveis, sofás, televisões, geladeiras, fogões, tudo é fruto das doações que chegam gentil-mente à nossa central”.

ApoioNas noites de domingo, voluntários da Remar vão até a região da praça da Sé, em São Paulo, com o projeto Anjos da Noite, quando levam alimentos, roupas e oferecem ajuda para a internação. “De 40 jovens aos quais doamos alimentos lá, dez aceitam ajuda para se internar voluntariamente”, a� rma o presidente da Remar.

CuriosidadeDurante o tratamento, algumas pessoas acabam se casando. Eles se conhecem no processo da recuperação indo à igreja. “A igreja é o corpo de Cristo e todas as unidades congregam na igreja. Eles se olham, surge um interesse e logo vão dizer ao pastor ‘gostei daquela’. Aí o pastor diz: ‘vamos orar durante um ano inteiro para ver se realmente é de Deus, ou se é fruto da dependência química que leva a carências’”, comenta Paulo.

CustosConfrontado com informações que a Redação recebeu de fami-liares de ex-assistido pela casa de apoio, o presidente da Remar Brasil admitiu que a instituição procura obter, por meio de um apelo durante a triagem, o pagamento de uma taxa, em torno de R$ 700, para suprir despesas iniciais. Mas garantiu que não há mensalidades e que, se a família não tiver mesmo condições, não é necessário efetuar o pagamento.

Copa decorada pelos internos

Dormitório da unidade principal

Sala de estar

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culturada

“Breaking bad”Foi lançado um box especial com todas as

temporadas da série mais aclamada de 2013. Produzida nos Estados Unidos pela AMC e televisionada no Brasil pelo canal AXN e Rede Record, conta a trajetória de Walter White (Bryan Cranston), um químico falido, pai de família e professor. Ao descobrir que está com câncer no pulmão, ele resolve produzir e tra� car metanfetamina como forma de deixar uma renda póstuma à sua família. Walter White acaba se consagrando como Heisenberg, “o poderoso chefão”, em meio ao crime de Albuquerque, Novo México. O box inclui cenas sem cortes, além de � nal alternativo.

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Hugh Laurie em São PauloO ator e músico Hugh Laurie, protagonista da série House

(televisionada pela Fox e Rede Record), fará duas apresentações de blues no Citibank Hall em São Paulo, nos dias 29 e 30 de março, acompanhado da banda Copper Bottom Band. Laurie, além de tocar piano e guitarra é também vocalista. O preço dos ingressos varia de R$80 a R$450, por setor.

Citibank Hall São PauloEndereço: Avenida das Nações Unidas, 17.955, vila Almeida, São Paulowww.citibank.com.br.

“De graça”, Marcelo JeneciO Cantor Paulistano lançou no � nal do ano passado seu

segundo disco. Gravado no Rio de Janeiro, “De graça” é um álbum maduro e inovador, � nanciado pelo projeto Natura Musical, em que todas as faixas estão dispostas em apenas uma. Nos vocais, Jeneci ainda conta com a doce voz de Laura Lavieri. Os destaques � cam para as canções ‘De graça’, que é o primeiro, single; e ‘A vida é bélica’. Trata-se de CD para ouvir com calma.

Slap (Som Livre)/Marcelo JeneciR$27,90 (ou você também pode ouvir de graça).

DVD

SHOW

FOTOS: DIVULGAÇÃO

CD

Por Talita Ramos

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David Bowie no MISAté dia 20 de abril é possível conferir no Museu da Imagem

e do Som, em São Paulo, a mostra David Bowie, organizada pelo Victoria and Albert Museum (V&A) de Londres. A exposição inclui 47 � gurinos, trechos de � lmes, shows ao vivo, videoclipes e fotogra� as do cantor britânico, de modo que os visitantes possam entender o processo criativo de Bowie. Ainda é possível participar do Estúdio David Bowie, um karaokê exclusivo que o Museu criou para os fãs cantarem seus grandes sucessos.

MIS: Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo.Informações: 11 2117 4777.Ingressos: R$25,00 pelo site www.ingressorapido.com.br.Bilheteria: Na recepção do MIS R$ 10(inteira) e R$ 5 (meia).Às terças-feiras a entrada no MIS é gratuita.

EXPOSIÇÃO

À queima-roupaDireção: Mário Bortolotto/ 50 minA peça, exibida no teatro Cemitério de Automóveis em São Pau-

lo, conta a história de Cardan, um homem que sai da cadeia após 20 anos de prisão, em busca de um amigo que está tentando se acertar na vida. Porém, Cardan tem outros planos para o tal amigo.

Teatro e Bar Cemitério de AutomóveisRua Frei Caneca, 384, Bela Vista - São Paulo.Informações: 2371-5744www.cemiteriodeautomoveis.com.br.Em cartaz às sextas e sábados, 21h30.Domingo, 20h30.Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). Recomendado para maiores de 16 anos.

TEATRO

culturada

“Walt nos bastidores de Mary Poppins”Baseado em fatos reais, ‘Walt nos bastidores de Mary

Poppins’ mostra como foi a busca de Walt Disney pelos direitos para adaptação de � lmagem dos oito livros da série ‘Mary Poppins’, da escritora australiana P.L. Travers (Emma � ompson). Quando o acordo é fechado, o � lme de 1964 se transforma em um dos maiores clássicos da Disney, porém a autora odeia o resultado e proíbe a � lmagem da sequência.

Disney/Buena Vista.Diretor: John Lee Hancock.Comédia, 125min. Estreia em 7 de março.

CINEMA

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Page 58: Revista Guarulhos - Edição 85

Por Michele BarbosaFOTOS: RAFAEL ALMEIDA

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Empório de delícias

Lugar aconchegante com mobília antiga e adornos diferenciados, cada qual com uma história. Da porta para dentro, o ar de casa do campo toma conta do ambiente. Uns identi� cam como lar da vovó e outros se lembram de suas casas na época de criança. As refeições são realizadas com tranquilidade. A comida é caseira e feita na chapa no fogão a lenha, tempero simples e saboroso. O atendimento é o mesmo de chegar à casa de um amigo. Tudo isso é feito para que os clientes sintam-se à vontade.

Empório 33

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Page 59: Revista Guarulhos - Edição 85

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Page 60: Revista Guarulhos - Edição 85

Unidade I: Rua Maria Godinho, 33, Jardim Santa Francisca. Tel.: 2441-2339Unidade II: Avenida Salgado Filho, 552, Jardim Maia Tel.: 4964-2339A casa aceita cartões de crédito e débito e funciona das 8h às 23h, de segunda a sábado e também aos feriados.

mesa

Nova unidadeSe um já é bom, dois então... O Empório 33 abriu uma nova

unidade que � ca na avenida Salgado Filho, 552, no Jardim Maia. É a mesma proposta de comida caseira e atendimento diferenciado, só que com uma opção a mais de localização para o guarulhense. As duas unidades oferecem café da manhã, almoço, chá da tarde e jantar, com muitas delícias a semana toda. Atenção especial às quintas-feiras, com bu� et de massas variadas e, aos sábados, o café da manhã é mais caprichado, com pães caseiros feitos pela casa, que dispõe de bolos, tor-tas, frutas, entre outras opções. No almoço é servida, também, uma feijoada light que é muito pedida pelos frequentadores. Entre as especialidades da casa, os destaques vão para o bo-linho de arroz e o ravióli verde, que não podem faltar. Para a sobremesa, algumas sugestões: torta caramelizada de banana assada no forno a lenha acompanhada de sorvete, doce de abó-bora com sorvete de coco, abacaxi grelhado com mel e sorvete, creme de manga com calda de maracujá e pudim.

O local é arejado e é uma boa opção para se frequentar com a família e amigos. Aceita reservas para eventos.

Boa pedidaNa primeira foto acima, o prato é um salmão grelhado na

chapa a lenha ao molho shoyo com gengibre, acompanhado de brócolis alho e óleo e purê com duas guarnições a escolher. Na segunda imagem, � lé mignon com legumes grelhados e creme de espinafre com duas opções de guarnições e molho a escolher.

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Page 61: Revista Guarulhos - Edição 85

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Page 62: Revista Guarulhos - Edição 85

Por Valdir Carleto

FOTOS: LUCIANO GROSSO

FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

Devanildo Damião recebe título de Cidadão Guarulhense

No dia 19, em sessão solene na Câmara Municipal, o professor Devanildo Damião recebeu o título de Cidadão Guarulhense pelas mãos do vereador Geraldo Celestino (PSDB), autor do decreto legislativo que concedeu o título. Damião, mestre e doutor em gestão da inovação tecnológica na USP (Universidade de São Paulo), é coordenador do núcleo acadêmico da Agende Guarulhos (Agência de Desenvolvimento de Guaru-lhos) e atua na Incubadora de Empresas. A solenidade foi presidida pelo vereador em exercício Cícero Mossoró (PSDB). Repre-sentantes de entidades empresariais e po-pulares prestigiaram o evento.

50 anos de arte

A artista plástica, poetisa e pia-nista Jandilisa Grassano festejou seus 50 anos de carreira, no dia 8 de fevereiro, no Espaço Novo Mun-do (Livraria Nobel Maia), recebendo amigos e familiares de várias cida-des, inclusive do Paraná. Ela relançou seu livro "Minha vida, uma arte só" e o evento contou com performances poéticas e musicais.

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Page 63: Revista Guarulhos - Edição 85

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Page 64: Revista Guarulhos - Edição 85

À moda antigaMesmo com reestilização programada para os próximos meses, a

Renault apresenta uma nova edição limitada do Sandero. Depois da Tech Run, vem aí a Tweed. Baseada na versão Stepway, a linha traz de-talhes diferenciados de design e pacote de itens de série mais completo. A suspensão foi elevada em 50 mm e o exterior terá apenas duas op-ções de cores: branca com detalhes em preto e preta com detalhes em branco, para estabelecer um contraste moderno em itens como a grade frontal, as maçanetas das portas, retrovisores, barras de teto e rodas.

No interior, a inspiração “vintage” e padrões clássicos de xadrez aparecem nas laterais dos bancos, nas portas e no painel de instru-mentos, com fundo branco no conta-giros e preto no velocímetro. Ao todo, serão produzidas 1.900 unidades do carro, que custa R$ 47.390 na con� guração com câmbio manual e R$ 51.640 com transmissão automática. O Sandero Tweed traz de série direção hidráulica, ar con-dicionado, freios ABS, airbags duplos, faróis de neblina, vidros elétri-cos nas quatro portas, sistema Media NAV, retrovisores externos elé-tricos, alarme perimétrico e volante com revestimento de couro.

Por Luiz Fernando Lovik, Autotal

acelera

Bola dentroA Hyundai inicia em março a pro-

dução de seus modelos comemorativos da Copa do Mundo Fifa 2014. Patroci-nadora o� cial do torneio, a fabricante coreana já mostrou seus HB20 hatch e sedã que homenagearão o campeo-nato mundial de futebol. Com o nome o� cial de HB20 Copa do Mundo Fifa, ambas as opções de carroceria serão completas, ou seja, terão tudo que um HB20 pode ter. A marca ainda prome-te que, caso o Brasil seja hexacampeão, toda a sua gama de veículos no país que conta com cinco anos de garantia terá esse prazo estendido para seis anos – e isso vale para todos os compradores de 2014, desde o primeiro dia do ano.

Visualmente, o modelo comemo-rativo traz a grade em preto brilhan-te, em contraste com o carro, e rodas de liga leve diamantadas e na cor cin-za escuro na parte de dentro – além de discretos logotipos da principal competição futebolística do mundo nas laterais. No interior, o compacto ganha o novo sistema BlueMediaTV, com sinal de TV digital, tela de sete polegadas e nova interface grá� ca. Os bancos são de couro e têm cos-tura vermelha, com a logo o� cial da Copa 2014 no banco traseiro e tape-tes em carpete que trazem o nome da série bordado. Disponíveis nas cores metálicas Azul Sky e Prata Metal e na sólida Branco Polar, o hatch cus-tará R$ 41.465 na versão de entra-da 1.0 litro e chegando a R$ 50.225 com motor 1.6 litro e câmbio auto-mático. Já a carroceria sedã partirá de R$ 44.330, com motor 1.0 litro, e chegará a R$ 53.110 com o 1.6 e câmbio automático. Quem adquirir a edição especial do modelo levará de brinde uma bola e uma mochila o� ciais da Copa, além de um chavei-ro com a miniatura da cobiçada taça.

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Page 65: Revista Guarulhos - Edição 85

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Page 66: Revista Guarulhos - Edição 85

Por Talita Ramoslista7

As empresas mais poderosas do Brasil

Fonte: Forbes Brasil

Telefônica S.A.Setor: telecomunicaçõesPaís de origem: EspanhaPoder econômico total: R$ 187,46 bilhõesControlada por: Banco Bilbao Vizcaya Argentaria, Caja de Ahorros y Pensiones de Barcelona e Blackrock

PreviSetor: fundo de pensãoPaís de origem: BrasilPoder econômico total: R$ 145,8 bilhõesControlada por: Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil

Telemar ParticipaçõesSetor: telecomunicaçõesPaís de origem: BrasilPoder econômico total: R$ 112,1 bilhõesControlada por: AG Telecom, LF Tel S.A., BNDES, Bratel Brasil, Fundação Atlântico de Seguridade Social, Previ, Funcef e Petros

BBD ParticipaçõesSetor: � nanceiroPaís de origem: BrasilPoder econômico total: R$ 102,4 bilhõesControlada por: Lázaro de Mello Brandão

GerdauSetor: siderúrgicaPaís de origem: BrasilPoder econômico total: R$ 70,8 bilhões

Wilkes ParticipaçõesSetor: varejoPaís de origem: Brasil/FrançaPoder econômico total: R$ 67,6 bilhões

Blessed HoldingsSetor: alimentícioPaís de origem: Brasil/Estados UnidosPoder econômico total: R$ 61,7 bilhões

O poder � nanceiro do Brasil está dividido, em grande parte, entre os maioresconglomerados comerciais do País. Por meio de pesquisa feita pela Forbes Brasil,

selecionamos as sete empresas com maior capital. Pode-se ver que a questãoda desigualdade não é um problema apenas social.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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Page 67: Revista Guarulhos - Edição 85

Por Talita Ramoslista7

As empresas mais poderosas do Brasil

Fonte: Forbes Brasil

Telefônica S.A.Setor: telecomunicaçõesPaís de origem: EspanhaPoder econômico total: R$ 187,46 bilhõesControlada por: Banco Bilbao Vizcaya Argentaria, Caja de Ahorros y Pensiones de Barcelona e Blackrock

PreviSetor: fundo de pensãoPaís de origem: BrasilPoder econômico total: R$ 145,8 bilhõesControlada por: Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil

Telemar ParticipaçõesSetor: telecomunicaçõesPaís de origem: BrasilPoder econômico total: R$ 112,1 bilhõesControlada por: AG Telecom, LF Tel S.A., BNDES, Bratel Brasil, Fundação Atlântico de Seguridade Social, Previ, Funcef e Petros

BBD ParticipaçõesSetor: � nanceiroPaís de origem: BrasilPoder econômico total: R$ 102,4 bilhõesControlada por: Lázaro de Mello Brandão

GerdauSetor: siderúrgicaPaís de origem: BrasilPoder econômico total: R$ 70,8 bilhões

Wilkes ParticipaçõesSetor: varejoPaís de origem: Brasil/FrançaPoder econômico total: R$ 67,6 bilhões

Blessed HoldingsSetor: alimentícioPaís de origem: Brasil/Estados UnidosPoder econômico total: R$ 61,7 bilhões

O poder � nanceiro do Brasil está dividido, em grande parte, entre os maioresconglomerados comerciais do País. Por meio de pesquisa feita pela Forbes Brasil,

selecionamos as sete empresas com maior capital. Pode-se ver que a questãoda desigualdade não é um problema apenas social.

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