revista guarulhos - edição 97

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Ano XII nº 97 / Fevereiro / 2015 Diretor Responsável: Valdir Carleto Márcio Monteiro Água rasa A temida seca chegou a São Paulo. O que ainda pode acontecer e o que pode ser feito para não deixar a água acabar? ENTREVISTA Afrânio de Paula Sobrinho, superintendente do Saae EU QUERO Produtos para decorar a mesa do escritório PERFIL Clécio Antonio Rodrigues, criador do Bike Style Courier

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Água rasa - A temida seca chegou a São Paulo. O que ainda pode acontecer e o que pode ser feito para não deixar a água acabar?

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Ano XII nº 97 / Fevereiro / 2015Diretor Responsável: Valdir Carleto

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Água rasaA temida seca chegou a São Paulo. O que ainda pode acontecer e o que pode ser feito para não deixar a água acabar?

ENTREVISTAAfrânio de Paula Sobrinho,

superintendente do Saae

EU QUEROProdutos para decorar

a mesa do escritório

PERFILClécio Antonio Rodrigues,

criador do Bike Style Courier

Page 2: Revista Guarulhos - Edição 97

Rua Josephina Mandotti, 158 - Jardim Maia - Guarulhos/SPwww.materamabilis.com.br • fone: 3809-2000

Aos alunos, professores e toda a equipe da família Mater Amabilis, o nosso muito obrigado por mais esta grande conquista repleta de dedicação. Aos pais, nosso eterno agradecimento pela confiança e por

acreditarem em nós. São vocês que fazem do nosso colégio a melhor escola de Guarulhos e uma das melhores do nosso país. Que nossa alegria e emoção sejam celebradas com muita intensidade, transmitindo

a todos a certeza de que estamos, juntos, cumprindo nossa missão e construindo um mundo melhor.

Font

e: U

OL/

MEC

RANKING GERAL DO ENEM GUARULHOS SÃO PAULO BRASIL

Mater Amabilis 1º (Média 667,5) 18º 69º

T Parthenon Colégio Unidade I 2º (Média 641,8) 62º 220º

T Parthenon Colégio Unidade II 3º (Média 619,8) 158º 540º

Guilherme de Almeida 4º (Média 617,6) 173º 578º

Julio Mesquita Colégio 5º (Média 603,1) 302º 941º

Novo Rumo Colégio 6º (Média 600,0) 333º 1049º

Augusto Ruschi Colégio 7º (Média 597,1) 364º 1150º

Almeida Gasparin Colégio 8º (Média 597,1) 366º 1153º

Carbonell Colégio 9º (Média 587,4) 491º 1517º

Elite Educandário 10º (Média 577,9) 644º 1957º

O NÚMERO 1 DE GUARULHOS e um dos 20 melhores do Estado de São Paulo

no ranking geral do ENEM.

MA_049_Anuncio 20.5x27.indd 1 2/12/15 2:37 PM

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índice

44passarela

O revival dos óculos escuros

redondos

10entrevistaAfrânio de Paula Sobrinho, superintendente do Saae

14capaA falta d’água já é fato consumado, por mais que o racionamento seja negado. Entenda como o colapso hídrico veio à tona, o que esperar para o futuro e como contorná-lo

48bem viver

Como a postura influencia

o comportamento

40perfil

Clécio Antonio Rodrigues, criador

do Bike Style Courier

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52eu quero

Produtos para decorar a mesa no ambiente

de trabalho

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54meu canto

Como decorar a varanda gourmet e deixá-la funcional

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58menu

Dicas da cena gastronômica

em Guarulhos

Már

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60acelera

Novidades sobre o universo das quatro rodas

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66lista 5

As profissões que dão

menos estresse

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62 currículoPrograma de empregabilidade

64 por aquiO que acontece em Guarulhos

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Sem título-1 1 30/01/15 17:07

índice

44passarela

O revival dos óculos escuros

redondos

10entrevistaAfrânio de Paula Sobrinho, superintendente do Saae

14capaA falta d’água já é fato consumado, por mais que o racionamento seja negado. Entenda como o colapso hídrico veio à tona, o que esperar para o futuro e como contorná-lo

48bem viver

Como a postura influencia

o comportamento

40perfil

Clécio Antonio Rodrigues, criador

do Bike Style Courier

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Dicas da cena gastronômica

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Novidades sobre o universo das quatro rodas

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As profissões que dão

menos estresse

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62 currículoPrograma de empregabilidade

64 por aquiO que acontece em Guarulhos

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O lado bom da secaAté de uma situação tão triste quanto esta falta d’água que nos abate

se pode tirar algo positivo, como bem destaca a sábia máxima de que toda crise traz em si uma oportunidade. Não faltam candidatos a culpa-dos, muito menos quem erga dedo para apontá-los. O choro é livre, mas pouco útil nessas horas.

Se é óbvio que faltou às autoridades o mínimo de competência para lidar com a tragédia anunciada, já deveria ter caído a fi cha de que os vi-lões maiores dessa história são aqueles que usam a água como se não houvesse amanhã: nós, o povo!

Somos uma gente muito mal acostumada por viver no tal país tropi-cal abençoado por Deus. Poucos de nós sabemos, mas o Brasil tem 12% de toda a água doce superfi cial do planeta. Talvez por isso nunca tenha-mos nos dado conta do quanto ela é rara e preciosa. Em muitos lugares do mundo, as pessoas têm hábitos muito mais racionais com relação à água por uma razão muito simples: eles não a têm com facilidade.

Aliás, pode-se observar que as nações mais desenvolvidas do mun-do, via de regra, estão submetidas a provações severas. Tsunamis, fura-cões, vulcões, terremotos, estiagem, temperaturas extremas e ausência de recursos dos mais diversos. É natural que a difi culdade forje pessoas e sociedades melhores, porque diante da necessidade de sobreviver em condições inóspitas, a criatividade emerge e a força se multiplica, o senso de solidariedade afl ora e tomamos contato com o profundo de nossa hu-manidade, e nos assenhoramos de nossa incrível capacidade.

Talvez seja utopia, mas acredito que o chacoalhão de ver torneiras secas e tantas privações que estes tempos impuseram a nós e àqueles com quem nos importamos tenha mexido com muita gente, que passou a pensar no que não pensava e a ter cuidados que não tinha.

As crianças de hoje, por exemplo, aprendem do jeito mais “didático” sobre a importância e o uso racional da água, muito diferente dos pe-quenos de cinco anos atrás. Por isso é possível que saiamos dessa crise melhores do que entramos: mais civilizados, atentos e comprometidos. E talvez esse aprendizado possa ter impactos em outros aspectos de nossa vida, notadamente sobre o combate a desperdícios de qualquer natureza. Quem sabe haveremos de dizer “Bendita seca!”

expedienteDiretor Responsável:

Valdir Carleto (MTb 16.674)[email protected]

Diretor Executivo:Fábio Roberto Carleto

[email protected]

Editora Executiva:Vivian Barbosa (MTb 56.794)

[email protected]

Assistente de EdiçãoAmauri Eugênio Jr.

Redação:Elís Lucas,

Michele Barbosa e Talita Ramos

Revisão:Gabrielle Carleto de Paulo

Fotografia:Márcio Monteiro e Rafael Almeida

Direção de arte:Cintia Brumatti

Design Gráfico:Aline Fonseca, Katia Alves

e Douglas Caetano

Comercial:Laila Inhudes, Maria José Gonzaga,Patrícia Matos,

Rose Gedra,Thais Cristine e Thaís [email protected]

Administrativo:Viviane Sanson e Saiummy Takei

DistribuiçãoLuiz Aparecido Monteiro

Impressão e acabamento:Grass Indústria Gráfica

Tel: (19) 3646-7070

Tiragem: 8.000 exemplares

A RG - Revista Guarulhos é umapublicação da Carleto Editorial Ltda.

[email protected]

34 anos de Jornalismocom Responsabilidade Social

Av. João Bernardo Medeiros, 74, Bom Clima,

Guarulhos. CNPJ: 10.741.369/0001-09Tel.: (11) 2461-9310

editorialPor Fábio Carleto

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O ano letivo de 2015 começou e é um novo tempo para o Colégio CLIP. O primeiro ano do Ensino Médio trouxe novos ares. Temos certeza de atingir os protagonistas desse desafio com a nossa filosofia e prepará-los para as novas conquistas que estão por vir.

Nossas expectativas vão além do âmbito educacional, pois contribuímos para a formação de cidadãos mais completos, conscientes, atuantes e felizes.

Sejam todos bem-vindos ao seu, ao nosso colégio.

11 2440.1038

facebook.com/colegioclip

www.colegioclip.com.br

Rua Conselheiro Antonio Prado, 323Av. Esperança, 1.038 - Vila Progresso | Guarulhos

COLÉGIO CLIP: UM NOVO CICLO SE INICIA

O lado bom da secaAté de uma situação tão triste quanto esta falta d’água que nos abate

se pode tirar algo positivo, como bem destaca a sábia máxima de que toda crise traz em si uma oportunidade. Não faltam candidatos a culpa-dos, muito menos quem erga dedo para apontá-los. O choro é livre, mas pouco útil nessas horas.

Se é óbvio que faltou às autoridades o mínimo de competência para lidar com a tragédia anunciada, já deveria ter caído a fi cha de que os vi-lões maiores dessa história são aqueles que usam a água como se não houvesse amanhã: nós, o povo!

Somos uma gente muito mal acostumada por viver no tal país tropi-cal abençoado por Deus. Poucos de nós sabemos, mas o Brasil tem 12% de toda a água doce superfi cial do planeta. Talvez por isso nunca tenha-mos nos dado conta do quanto ela é rara e preciosa. Em muitos lugares do mundo, as pessoas têm hábitos muito mais racionais com relação à água por uma razão muito simples: eles não a têm com facilidade.

Aliás, pode-se observar que as nações mais desenvolvidas do mun-do, via de regra, estão submetidas a provações severas. Tsunamis, fura-cões, vulcões, terremotos, estiagem, temperaturas extremas e ausência de recursos dos mais diversos. É natural que a difi culdade forje pessoas e sociedades melhores, porque diante da necessidade de sobreviver em condições inóspitas, a criatividade emerge e a força se multiplica, o senso de solidariedade afl ora e tomamos contato com o profundo de nossa hu-manidade, e nos assenhoramos de nossa incrível capacidade.

Talvez seja utopia, mas acredito que o chacoalhão de ver torneiras secas e tantas privações que estes tempos impuseram a nós e àqueles com quem nos importamos tenha mexido com muita gente, que passou a pensar no que não pensava e a ter cuidados que não tinha.

As crianças de hoje, por exemplo, aprendem do jeito mais “didático” sobre a importância e o uso racional da água, muito diferente dos pe-quenos de cinco anos atrás. Por isso é possível que saiamos dessa crise melhores do que entramos: mais civilizados, atentos e comprometidos. E talvez esse aprendizado possa ter impactos em outros aspectos de nossa vida, notadamente sobre o combate a desperdícios de qualquer natureza. Quem sabe haveremos de dizer “Bendita seca!”

expedienteDiretor Responsável:

Valdir Carleto (MTb 16.674)[email protected]

Diretor Executivo:Fábio Roberto Carleto

[email protected]

Editora Executiva:Vivian Barbosa (MTb 56.794)

[email protected]

Assistente de EdiçãoAmauri Eugênio Jr.

Redação:Elís Lucas,

Michele Barbosa e Talita Ramos

Revisão:Gabrielle Carleto de Paulo

Fotografia:Márcio Monteiro e Rafael Almeida

Direção de arte:Cintia Brumatti

Design Gráfico:Aline Fonseca, Katia Alves

e Douglas Caetano

Comercial:Laila Inhudes, Maria José Gonzaga,Patrícia Matos,

Rose Gedra,Thais Cristine e Thaís [email protected]

Administrativo:Viviane Sanson e Saiummy Takei

DistribuiçãoLuiz Aparecido Monteiro

Impressão e acabamento:Grass Indústria Gráfica

Tel: (19) 3646-7070

Tiragem: 8.000 exemplares

A RG - Revista Guarulhos é umapublicação da Carleto Editorial Ltda.

[email protected]

34 anos de Jornalismocom Responsabilidade Social

Av. João Bernardo Medeiros, 74, Bom Clima,

Guarulhos. CNPJ: 10.741.369/0001-09Tel.: (11) 2461-9310

editorialPor Fábio Carleto

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Por Valdir CarletoFotos: Rafael Almeida

RG: Qual o percentual que Gua-rulhos produz e quanto depende da Sabesp?APS: Produzimos 13% das necessi-dades da cidade; os outros 87% são comprados por atacado da Sabesp, sendo parte do sistema Cantareira e parte do Alto Tietê.

Na década de 1990, a construção de poços artesianos foi anuncia-da como panaceia. Quanto eles produzem hoje?Difícil imaginar como é que se che-gou a essa conclusão. A cidade vivia

em situação de extrema precarie-dade. Poços artesianos respondem por não mais de 5% do abasteci-mento, mas são de suma importân-cia em algumas regiões onde temos maior difi culdade. Esse percentual compõe os 13% da produção local, junto com o Tanque Grande e o Ca-buçu.

O manancial que fornece água à fábrica da Ambev pode vir a ser utilizado?Aquela fonte é signifi cativa, seria muito importante se pudéssemos

utilizá-la, embora não tenhamos exato qual percentual representa-ria. Mas o Saae não tem poder nem de dar a outorga, nem de cassá-la ou reduzi-la. Quando se trata de uma fonte ou curso d’água que envolve mais de um estado, o poder de de-cisão é federal; quando se restringe a um estado, como é o caso desse manancial de Guarulhos, o poder é estadual, do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), que na época em que ainda era Skol fez essa outorga, que em algum mo-mento deve vencer.

O superintendente do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de Guarulhos, Afrânio de Paula Sobrinho, é engenheiro formado pela Escola Politécnica, da USP, com especialização em engenharia de controle da poluição ambiental, pela Faculdade de Saúde Pública da USP. Está no cargo desde outubro de 2010, após ter sido diretor do Departamento de Planejamento e Projetos da autarquia, desde 2001. Exerceu funções na área de saneamento desde 1986, na iniciativa privada e na área pública em Diadema e Santo André. Ele fala objetivamente sobre a crise atual no fornecimento de água.

“Não dá para exigir mais da população”

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Qual o percentual de perdas?Em 2001, as perdas chegavam a 55%, o que era absolutamente ca-ótico para o abastecimento. Depois de muito trabalho e investimento, estamos em 35%, o que ainda é muito, mas compatível com o pa-drão de São Paulo e do Brasil.

Por que tantos vazamentos?O sistema é antigo. Principalmen-te a região central tem tubulação muito antiga. Na época, o Saae tinha apenas três engenheiros. Muitas obras eram feitas sem a técnica adequada. Vimos tubos de PVC mal colocados, assentados sobre pedregulho ou com enco-brimento insuficiente; o peso do tráfego de caminhões e ônibus provoca deslocamentos e isso gera vazamentos. Esse percentual inclui perdas na tubulação e toda água que deveria ser faturada, mas não é, como os chamados “ga-tos”, frutos de ligações clandesti-nas e outros problemas.

O que é feito para reduzir as per-das?A tecnologia evoluiu muito de lá para cá, mesmo nos tubos metáli-cos. Em uma cidade onde ainda há muitas regiões que demandam ex-pansão, não dá para sairmos substi-tuindo toda a rede, mas temos feito trocas constantes, ainda mais onde se verifi ca maior incidência de vaza-mentos ou onde a Prefeitura vai fa-zer uma nova pavimentação. Não se

corrige isso em pouco tempo, vai-se fazendo à medida do possível.

No percentual que não é fatura-do incluem-se as ligações feitas em favelas?Guarulhos tem muitas favelas e temos de conviver com essa reali-dade. Precisamos de políticas pú-blicas para tratar essa questão. De uma forma ou outra, as comunida-des irão usar água. Há algumas nas quais conseguimos regularizar. Mas há outras em que há impedimento judicial de instalar legalmente. Não adianta cortar hoje, se amanhã irão religar ilegalmente. A solução é a ur-banização, construção de moradias, onde o abastecimento é regular, pois os gatos fragilizam o sistema e até provocam contaminação da rede. Talvez seja o caso de, enquan-to isso, cadastrar esses casos para ter algum controle e evitar, por exemplo, que alguém more em áre-as de risco, em beira de córregos... A sociedade precisa entender isso; não adianta fechar os olhos.

Fala-se muito na dívida do Saae com a Sabesp e que isso seria um fator que prejudica o forneci-mento de água para Guarulhos. É isso mesmo?Existe um litígio antigo. Acredito que não é mais possível que os dois poderes – municipal e estadual – si-gam assim. O prefeito já concordou que é preciso equacionar a questão. Para o usuário, não importa se o

fornecimento é de um ou outro ente público. A tendência é nego-ciar e resolver. A dívida vem sendo paga, mas pela quantia que o Saae considera correta, o que difere do que a Sabesp quer receber. Agora, seria incabível que o Estado deixas-se de fornecer a um município por causa de uma pendência.

A dívida vem desde o fi m dos anos 1990?Em 2001, avaliamos o quanto se-ria justo pagar. Pelo valor de água no atacado que a Sabesp cobra, ne-nhum município tem condições de pagar. São Caetano do Sul talvez seja a única exceção. Então, que se estabeleça qual é o valor razoável e se procure viabilizar quitar o passi-vo. Não dá para fi car convivendo o tempo todo lidando com o Judiciá-rio. Podemos ter nossas convicções, o Estado tem as dele, mas precisa-mos chegar a um consenso.

O que o governo estadual pode-ria ter feito para evitar a crise atual?Todos nós descuidamos dos sinais que a natureza enviou. Já passa-mos por momentos em que a situ-ação não esteve tão boa. O próprio Plano Metropolitano de Recursos Hídricos, do Governo do Estado, mostra que esses alertas vêm de longo tempo. Em 2004, faltou chu-va, mas no fi m do ano choveu; em 2005, choveu até demais, encheu as represas e aí acho que todos se

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acomodaram um pouco. Não gos-to de personifi car, apontar o dedo para esse ou aquele, mas creio que o fundamental é que houves-se mais transparência nas infor-mações. Prefeitos souberam pela imprensa sobre a possibilidade de São Paulo vir a ter rodízio de cinco dias sem água para dois com. Per-cebo que a nova gestão da Sabesp e da Secretaria de Saneamento é de pessoas da área, que são capazes de implementar uma nova menta-lidade em termos de diálogo com as cidades.

O que Guarulhos tem feito para di-minuir a dependência da Sabesp?O máximo que se pode procurar fazer é incorporar ao Cabuçu dois pequenos mananciais que soma-riam, embora um deles não se si-tue no município. Outra possibili-dade é tentar trazer água da bacia do Jaguari, também de fora. Gua-rulhos é uma região muito pobre em mananciais. O que vislumbro como solução é a água de reuso, mas não essa água de reuso que já vem sendo utilizada, pois nos-so consumo industrial não passa de 3%, porque muitas empresas já buscaram suas próprias fontes. Elas só usam do Saae a água que precisa ser potável. Muitas usam água de caminhão-pipa. A solução é transformar o esgoto em água potável. Califórnia já faz, Singa-pura já faz. Água que se devol-veria ao rio e que com um pouco mais de tratamento se tornaria potável. Seria possível reutilizar 60% da água; somando aos 15% que Guarulhos produz, teríamos bem menos dependência da Sa-besp. O próprio governador já fala em tratar a água do rio Pinheiros, lançar na represa Billings para usar no abastecimento. Isso ainda não se faz por um problema de le-gislação. Diante da realidade atual

e da distância cada vez maior para buscar água, isso tende a mudar. Precisa mudar.

Cogita ampliar o rodízio?Nao está definido. Dependemos do que a Sabesp fizer. Não dá para exigir mais da população de Guarulhos, que há muitos anos convive com o rodízio. Além do que é complicado alterar o rodí-zio a cada nova situação. Por isso, a Sabesp ainda não o implantou em São Paulo. A grande maioria já economiza. Sobretaxar quem eleva o gasto pode ser injusto, porque se uma família de quatro pessoas gasta dez metros cúbicos por mês e em um mês gastar doze não é desperdício; esse sim deve ser combatido.

Quanto Guarulhos trata de seu esgoto e quais as perspectivas de incremento desse percentual?Estamos chegando a 50%. Temos duas estações de tratamento em pleno funcionamento: São João e Bonsucesso. E a da Várzea do Palácio, próximo ao Cecap, depen-

dendo de alguns ajustes para ope-rar em plenitude. O compromisso assumido com o Ministério Pú-blico em 2007 é de chegar a 80% até 2017. Para cumprirmos, só quando pudermos tratar a região central. Por isso, fizemos a PPP (Parceira Público-Privada). Além de construir estações no Cabuçu e Angélica, a PPP fará os coletores--tronco para retirar os esgotos dos córregos do Centro da cidade. Pode ser que, se não for mesmo possível utilizar a estação da Sa-besp do Parque Novo Mundo, que está com a capacidade esgotada, tenhamos de construir uma, pos-sivelmente na região do Jardim Munhoz.

Como funcionam os coletores--tronco?As redes que coletam os esgotos das residências e dos prédios co-mericiais despejavam nos córre-gos. Agora, passam a despejar o esgoto nos coletores-tronco, em geral construídos ao longo dos córregos, e que levam o esgoto até as estações de tratamento.

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Parece que foi ontem quando a preocupação com a escassez de água era algo tão inacreditável como um fi lme de fi cção científi ca. Não faz muito tempo que era comum ver gente lavando as calçadas ou o carro com água jorrando de mangueiras, sem se preocupar com o mínimo de economia. Foi um dia desses que um certo líquido estava disponível em torneiras, não importando a qual hora. Já tivemos acesso pleno à água.

Por mais que cause estranheza e que alguns ainda não queiram admitir, estamos passando por um colapso hídrico. Mesmo que você ainda não tenha se dado conta, a sua rotina já foi afetada pela falta d’água. Os banhos já não podem mais ser demorados e transforma-dos em momentos para se pensar na vida. Armazenar água da chuva, que antes era atitude de pessoas engajadas em causas ambientais, passou a fazer parte da rotina de muitas famílias; da mesma forma, a água que foi usada na lavagem de roupas. E olhe que até a Sabesp pa-

rece concordar que o estilo de vida foi alterado, mesmo tendo respon-dido à reportagem da RG que não pratica racionamento, nem rodízio de água, assim como não tem pre-visão para implantar tais medidas. Afi nal, “gestão da pressão, de acor-do com a demanda, para minimizar eventuais intermitências no abaste-cimento” parece ser um eufemismo dos mais educados para dizer que não há mais água à vontade. Ah, vale observar: até o fechamento desta edição, em 20 de fevereiro, o nível da segunda cota de volume morto do Sistema Cantareira, que representa 65% do abastecimento em Guarulhos, estava em 9,5%.

Você lerá nas próximas páginas reportagens feitas sobre o panorama da água, abrangendo desde a origem, no que diz respeito à falta de obras de novos sistemas de abastecimen-to e de manutenção, assim como à corrida atrás do prejuízo e da água derramada – o que, justiça seja feita, envolve todas as esferas governa-mentais e, mais do que isso, toda a

sociedade. Além disso, você verá que alterações climáticas, em grande par-te causadas pelo estilo de vida que tínhamos, interferiram nesse pano-rama; e o que pode ser esperado para o futuro quase imediato. Mesmo as-sim, vale uma ressalva: algumas ini-ciativas e exemplos de outros países mostram que ainda há uma luz no fi m do túnel. Ou melhor: ainda há um fi lete de água na torneira.

Por fi m, o que se pode fazer ao menos por enquanto é economizar e cobrar grandes consumidores, não importando se a indústria e o agro-negócio, a procurarem alternativas para usar menos água potável em suas atividades, assim como pres-sionar o poder público a adotar me-didas para assegurar o acesso pleno ao elemento sem o qual não há vida. Aliás, há mais uma coisa a ser feita: mudar o estilo de vida e o modo de consumo para algo mais conscien-te e sustentável. O meio ambiente agradece. A vida agradece. Você agra-decerá a si próprio. E as próximas ge-rações também agradecerão.

Pane seca?

Foto: Márcio Monteiro

Por Amauri Eugênio Jr.

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Por Amauri Eugênio Jr.

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Márcio Monteiro | Infográfi cos: Douglas Caetano

Atribuir o colapso hídrico de São Paulo a um único fator não explica como a água na RMSP (Região Metropolitana de São Paulo), que antes existia em abundância, tornou-se um recurso es-casso por estas bandas. Vamos aos fatos: estamos passando por período em que tem chovido abai-xo da média; a população por aqui aumentou de modo para lá de vertiginoso – estamos falando de uma megalópole, afi nal –; os reservatórios não têm atendido à demanda populacional; o plane-jamento foi aquém do ideal e, na proporção in-versa, o consumo até então era desenfreado, não importando em qual setor. Ou seja, é necessário mudarmos para ontem a relação que temos com a água para não chegarmos ao caos pleno, ain-da mais levando em conta que previsões pouco otimistas projetam a recuperação do Cantareira, caso ocorra, para daqui a mais de uma década.

Contudo, para adotarmos novos hábitos de consumo, é necessário entender e pensar so-bre como as coisas chegaram a esse ponto para que não sejam repetidos os mesmos erros do passado. Mas não dá para fazer isso durante o banho, é claro.

A origem

O Sistema Cantareira, tal qual o conhecemos, en-trou em operação na década de 1970. Para se ter uma ideia do quão importante o sistema é para a RMSP, ele é responsável pelo abastecimento de 49% da região, cuja população é de cerca de 19 milhões de pessoas. Isso fi ca ainda mais evidente se for levado em conta que são tra-tados 33 mil litros de água por segundo pelo sistema.

Distribuição vital

Entre os 19 milhões de habitantes na Região Metro-politana, o Sistema Cantareira atende a 8,1 milhões na Zona Norte, Central, parte das Zonas Leste e Oeste, além de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba, São Caetano do Sul, e parte de Guarulhos, Barueri, Taboão da Serra e Santo André. As demais regiões são abastecidas pelos sistemas Alto Tie-tê, Guarapiranga, Alto Cotia, Rio Grande e Rio Claro.

11 MILHÕES

8 MILHÕES

Fonte seca: a origem

Represa Atibainha, que integra o Sistema Cantareira

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13% ÁGUA CONSUMIDA

87% VENDA SABESP

62% SISTEMA C

AN

TAREIRA

25% AUTO DO

TIETÊ

Voltando no tempo

Que tal fazermos uma regressão até 2010? Até en-tão, parecia que estava tudo bem, obrigado. À época, a capacidade do Sistema Cantareira chegou a 100%, ao ponto de as comportas terem sido abertas, pois não havia estrutura para armazenar a água excedente. Ou seja, antes sobrava. Já hoje... Vale registrar que a pau-ta “falta d’água” já estava em evidência há mais de dez anos, pelo menos.

Da lama ao caos

Na Região Metropolitana, um fator signifi cativo é o aumento populacional. Há relação direta entre quantida-de de habitantes e consumo de água na região. Tanto que 83% da água na região são para consumo residencial. Mas vale lembrar de que se trata de região urbanizada. Isso fi ca ainda mais evidente ao considerar que, em nível nacional, o consumo residencial representa 8% do total de água no País. “Hoje, é muito mais barato para uma empresa pagar pelo tratamento do que investir em novas tecnologias, pois o valor ambiental ainda não está agregado ao uso. No agro-negócio, em que grande parte desse consumo pode ser atri-buída à irrigação, um grave problema está na alteração da qualidade da água devido a diversos agentes químicos utili-zados nesse setor”, comenta o empresário, engenheiro am-biental e consultor em sustentabilidade Cledson Bernardo.

Logo, uma possível crise não deveria ser encara-da como novidade. “De 2010 para cá houve estiagem e ainda eram considerados os fatores climáticos, ao acreditarem nas chuvas. O fator climático sempre aju-dou, mas já deveria existir sistema de alerta. O últi-mo reservatório implantado foi o Sistema Alto Tietê, em 1992”, observa o advogado e consultor ambiental Alessandro Azzoni.

Anatomia do CantareiraO Sistema Cantareira é originado por quatro reser-vatórios: O primeiro está localizado em Bragança Paulista e é alimentado pelos rios Jacareí e Jaguari. A capacida-de de armazenamento é de 22 mil litros por segundo. O segundo, situado no rio Cachoeira de Piracaia, armazenava 5 mil l/s; O terceiro, em Nazaré Paulista, costumava arma-zenar 4 mil l/s; O quarto reservatório, situado em Mairiporã, é res-ponsável pela produção de 2 mil litros por segundo.

Em casa

Guarulhos está localizada em região com poucos mananciais e, por isso, produz aproximadamente 13% da água que consome – nada menos de 87%, vem da Sabesp, sendo 62% do Sistema Cantareira e os 25% res-tantes do Alto Tietê.

Consumo de água por segmento social na RMSP*

Residencial

Comercial

Industrial

Públicas

Total

83%

12%

2%

3%

100%

Consumo de água por segmento social no Brasil*

Residencial

Industrial

Agricultura

Total

8%

22%

70%

100%*Fonte: Sabesp

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Ocupações ilegais

Não dá para ignorar as ocupações ilegais feitas às margens de mananciais, como é o caso da Represa Billings, na RMSP, apontada como uma das fontes (!) de salvação da região, por estar com mais de 50% da ca-pacidade de armazenamento. Com consequência des-sa prática, lixo e esgoto são despejados lá. A situação é desesperadora ao ponto de, mesmo com o estado de poluição da represa, o uso da água dali ser seriamente considerado.

Pelo ralo

Outro fator importante no panorama atual da água em São Paulo é o percentual perdido. Em Guarulhos, a quantidade beira os 35%, sendo metade por perda físi-ca, que são os famosos vazamentos; e a outra parte por perda comercial, ou seja, pelos “gatos”. Já na Região Metropolitana, a Sabesp informa que o percentual per-dido é de 19,8%.

Mesmo ao se levar em conta que há esforços para reduzir os vazamentos de modo signifi cativo, não dá para isentar de culpa os órgãos de manutenção. “Va-zamentos ocorrem de modo displicente em qualquer município, o que mostra descaso de quem cuida do sistema. A preocupação com a manutenção [das tubu-lações] é baixa”, observa Jorge Giroldo, professor de engenharia mecânica do Centro Universitário da FEI e mestre em hidráulica.

Em obras

Em nota, a Sabesp informa que uma das obras em execução é a do Sistema São Lourenço, cuja capacida-de de produção, estimada em 4,7 mil m³/s, é sufi ciente para atender a 1,5 milhão de pessoas na Grande São Paulo. Contudo, a conclusão está prevista para 2017.

Outro projeto a ser colocado em prática é a interliga-ção entre as represas Jaguari (bacia do Paraíba do Sul) e Atibainha (bacia do Sistema Cantareira), cuja transferên-cia está prevista para começar a funcionar em 18 meses.

Tratamento alternativoNão faz muito tempo que o esgoto produzido na RMSP era depositado in natura em córregos e rios da região – Tietê, Pinheiros e Baquirivu não deixam mentir. No entanto, o colapso hídrico coloca o reuso de água como alternativa imediata e, para fins potá-veis, em um futuro não tão distante.Em Guarulhos são coletados 84% do esgoto pro-duzido na cidade, sendo metade tratada nas ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto) São João, Bon-sucesso e Várzea do Planalto. Estima-se que 80% do esgoto municipal seja tratado até 2017.Já na esfera metropolitana, a Sabesp informa em nota que as EPARs (Estações de Produção de Água de Reuso) situadas na Marginal Pinheiros e em Ba-rueri serão entregues em dezembro de 2015, sendo que ambas irão produzir, respectivamente, 2 mil l/s e 1 mil l/s.

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Agência Brasil / EBC

Divulgação

Represa Billings

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Por Amauri Eugênio Jr.

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Mídia Ninja

São Paulo já foi a terra da garoa. Hoje, chega a ser estranho referir--se à cidade pelo modo como foi eternizada, ao levar-se em conta a sequência de dias com tempera-turas cada vez mais elevadas, e os momentos em que chove ao ponto de haver alagamentos. Então, o que explica a relação entre o clima e a seca? Por que há tantas variações meteorológicas nos últimos tem-pos, até parecer que o clima está louco? E o que poderemos esperar para daqui a algum tempo?

Ação e reação

Aumento populacional, malha viária extensa, locais pavimen-tados, aumento da frota de carros nas ruas e o consequente cres-cimento da poluição do ar. Qual o efeito disso tudo? Sim, maior quantidade de ilhas de calor, nome dado ao fenômeno em que a temperatura média de uma região é superior à de regiões rurais próximas, e que interfere no microclima urbano. Coincidência ou não, trata-se de algo que acontece em cidades com alto grau de ur-banização. “O aumento da temperatura, associado aos poluentes, resulta em chuvas intensas, pois o calor favorece a ocorrência do ar aquecido, e as partículas em suspensão são fundamentais para a formação de gotas de chuva. Os extremos climáticos ocorrem nes-sas regiões”, explica Ana Maria Ávila, diretora associada do Cepa-gri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

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Page 21: Revista Guarulhos - Edição 97

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Para cima

A temperatura em São Paulo tem média anual entre 19ºC e 27ºC, sendo que aumentou 3ºC entre 1993 e 2009. Claro, isso foi refl exo do aumento das ilhas de calor, ainda mais ao conside-rar que a mancha urbana passou de 200 km², em 1930, para mais de 2,4 mil km², nos anos 1990.

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O que esperar?Com as mudanças intensas no clima, em grande parte causadas pelas ilhas de calor e pelo aqueci-mento global, já eram esperados períodos marca-dos pela estiagem e outros com predominância de chuvas fortes. “De certa forma, estamos vivendo de acordo com os modelos previstos para 2020. Daqui para a frente, precisamos conhecer quais serão, de fato, os nossos modelos. Entender a atmosfera fu-tura é um desafio. Entretanto, tudo leva a crer que já estamos vivendo sob esse novo padrão. Estamos em um ciclo com dois anos atípicos, o que não ha-via sido observado”, pontua a diretora associada do Cepagri, ao ressaltar que o período atual é relativo à parte inferior da curva climática, com poucas chu-vas. “Essa curva decrescente tende a se inverter e em determinado momento haverá mais chuvas.”

Então, por que alaga?

A resposta é simples: os alagamentos acontecem porque a maioria das áreas na região metropolitana é pavimentada e, por isso, há poucas áreas livres para absorção da água. Isso, somado ao sistema de escoa-mento pouco efi caz e aos poucos reservatórios, resul-ta em enchentes.

Chove chuva...

Assim como a temperatura média, a quantidade anual de chuva aumentou de modo signifi cativo. Na dé-cada de 1930, a média anual era algo em torno de 1.200 mm, passando para cerca de 1.600 mm na década de 2000. Mas, em 2014, choveu na região do Cantareira o equivalente a aproximados 1.100 mm, quase 500 mm abaixo da média. Além disso, choveu em 2014 cerca de 60% da quantidade esperada para o ano.

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Lá de cima?

Algumas linhas de pesquisa meteorológicas associam o des-matamento da Amazônia ao período de estiagem pelo qual esta-mos passando e, como consequência, ao colapso hídrico. A Flo-resta Amazônica é fundamental para o ecossistema brasileiro, mas não é muito provável que tenha grande infl uência no clima de São Paulo. “Há outros fatores, mas são necessárias muito mais pesquisas. O clima é interconectado com temperaturas de oceanos e é global. Difi cilmente, o desmatamento na Amazônia foi a causa da variação. São necessários anos de estudo para en-tender o que de fato aconteceu e como será daqui para a frente”, ressalta Ana Maria Ávila, diretora associada do Centro de Pes-quisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Plantando para colher

Chega a ser um lugar-comum dizer que áreas ver-des são fundamentais para a queda de temperaturas médias em determinadas regiões. Mas isso faz todo o sentido, ainda mais ao se levar em conta o aumento das ilhas de calor. Não acredita? Se algo em torno de 25% da área da Grande São Paulo fosse coberta por árvores, a temperatura média cairia cerca de 2,5ºC. Ainda não está convencido? Vamos lá: as árvores produzem som-bras, o que, óbvio, reduz o impacto imediato dos raios solares. Ah, as plantas – árvores incluídas – absorvem água pelas raízes e “transpiram” pelas folhas, o que re-tira o calor do ar. Mas é bom lembrar que é necessário haver planejamento para defi nir o tipo de arborização a ser feita, para evitar danos à rede elétrica. “Além disso, quando há arborização, a água cai na árvore e se infi ltra no solo, enquanto na área pavimentada, a água cai, não se infi ltra no solo e vai para as águas mais baixas, o que resulta em alagamento. A presença da arborização aju-da a reduzir esse impacto”, comenta Ana Maria.

O que esperar?De modo geral, não dá para saber, ainda mais após a perda de estabilidade do clima. Em algum momento a proporção de chuvas e de períodos de estiagem será invertida, mas não se sabe de qual forma e quando isso irá acontecer. No entanto, não dá apenas para o milagre cair do céu e, sendo assim, é neces-sário colocar a mão na massa. “A prevenção e o ma-nejo de nascentes do solo devem ser feitas para se manter e represar a água, e para mantermos o bom nível dos reservatórios. Dentro do que conhecemos, estamos no fim da fase das chuvas de Verão, que du-ram até meados de março, no máximo, e a tendência é de redução de chuvas após esse período, o que é esperado”, observa Ana Maria.Tais mudanças dependem também da relação que a sociedade tem com o consumo, inclusive de água. “Tudo indica que a quantidade de água para consu-mo reduzirá e que esse será um período bastante difícil. Isso não é ser pessimista, mas bem realista sobre o quadro atual”, completa a diretora associa-da do Cepagri.

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Por Talita Ramos

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Fotos: Banco de imagens

Mais do que preocupada com a fal-ta d´água no Sudeste, muita gente está aterrorizada sobre o cenário que pode se estabelecer na sociedade, caso os reservatórios realmente se esgotem. Com isso, estima-se que a sociedade, em geral, irá enfrentar grandes difi cul-dades nos próximos meses. “Vai acon-tecer um racionamento bastante drás-tico. Nós vamos perder produção na in-dústria e prestadores de serviços como hospitais, universidades, escolas e co-mércio irão fi car muito comprometidos com essa falta de água. Se não chover, realmente vamos passar por uma situ-ação extremamente complicada, como já estamos passando, só que muito pior”, explica o professor Reinaldo Ro-mero Vargas, docente do mestrado de análise geoambiental da Universidade de Guarulhos (UnG) e especialista em química orgânica.

Até aúltima gota

Mudanças

Apesar da indústria e o agronegócio serem os maiores consumi-dores de água no País, na região metropolitana de São Paulo quem sofrerá mais as consequências da crise será a população, que terá de adaptar-se a um novo estilo de vida, caso não surja uma salvação ime-diata nas próximas semanas. Em muitos lugares o racionamento já está acontecendo, mas a consciência de que o consumo de água terá de ser diminuído deve ser coletiva. Segundo o professor, todos os se-tores sociais serão afetados; então, é preciso se preparar. “No dia a dia vamos ter que nos adaptar à quantidade mínima de água para higiene pessoal e consumo. Os hábitos realmente terão de mudar. Em relação às empresas, a grande maioria já trabalha com água de reuso, mas ain-da utiliza grandes quantidades de água potável. Sendo assim, a crise irá comprometer a capacidade produtiva”, opina.

Na questão da energia, sabe-se que nosso País é fundamentado em hidrelétricas, mas com o problema de consumo, as termelétricas vão ter que entrar em ação para conseguir suprir a demanda da popu-lação, o que vai causar um custo maior no preço da energia.

Levando para o lado da agricultura, vamos passar pela difi culdade de abastecimento de alimentos, ou seja, a falta d´água irá afetar os mais diversos setores, desde os rotineiros, até os processos industriais e pro-dução de alimentos. Todos estão sofrendo”, explica Reinaldo.

Para evitar que aconteça o pior, o governo de SP está numa verdadeira corrida contra o tempo tentan-do concluir obras para a captação de águas mais dis-tantes, além de adquirir tecnologia para fazer reuso de águas contaminadas como as das represas Billings e Guarapiranga. “Quando falamos de água em termos de tecnologia temos duas variáveis que são: a quanti-dade de água e a qualidade dessa água. É preciso for-necer uma qualidade boa para consumo humano; com isso as pesquisas certamente vão se intensifi car mais agora, não apenas em termos de tecnologia para pu-

rifi cação, mas também em termos de aproveitamento de áreas de mananciais, só que consequentemente o preço da água vai aumentar.

O reuso de uma água da Billings, por exemplo, que é uma água mais degradada, tem o custo de tratamen-to muito maior do que a água que está no sistema Cantareira. Quanto mais for preciso buscar alternati-vas ou tratar uma água de qualidade inferior, o preço vai aumentar e infelizmente aqueles que têm menos recursos são os que mais irão sofrer, como já sofrem”, afi rma o professor.

A questão da qualidade

Segundo Reinaldo, em termos de quantidade de água, o que se tem hoje como solução imediata é o uso das represas Billings e Guarapiranga, que se encontram em áreas urbanas, mas com água de qualidade bastante degradada e que se não receber o devido tra-tamento certamente poderá colocar a vida da população em ris-co. “Esse tratamento que a Sabesp vai dar, vai depender muito da quantidade de água. A tecnologia para torná-la numa água boa eles têm, mas para evitar o pânico é muito importante que a Sabesp co-loque com transparência a qualidade dessa água para a população como um todo, porque a água tem parâmetros que são chamados de físicos ou químicos e microbiológicos de qualidade. Existe a por-taria 29.14 do Ministério do Meio Ambiente, que fala dos padrões de potabilidade da água, e então a Sabesp terá que fornecê-la para a população dentro desses padrões. Existem os sedimentos no fundo da represa, metais pesados, as cianobactérias, aquelas algas que se formam em cima da água e que liberam as cianotoxinas, prejudiciais à saúde humana, entre outras coisas. O tratamento de água vai remover isso? Sim, ele pode remover, mas como é que a gente vai saber se estamos consumindo uma água de qualidade? A Sabesp tem que falar isso pra população”, explica o especialista.

Corrida contra o tempo

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Por Talita Ramos

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Fotos: Banco de imagens

Mais do que preocupada com a fal-ta d´água no Sudeste, muita gente está aterrorizada sobre o cenário que pode se estabelecer na sociedade, caso os reservatórios realmente se esgotem. Com isso, estima-se que a sociedade, em geral, irá enfrentar grandes difi cul-dades nos próximos meses. “Vai acon-tecer um racionamento bastante drás-tico. Nós vamos perder produção na in-dústria e prestadores de serviços como hospitais, universidades, escolas e co-mércio irão fi car muito comprometidos com essa falta de água. Se não chover, realmente vamos passar por uma situ-ação extremamente complicada, como já estamos passando, só que muito pior”, explica o professor Reinaldo Ro-mero Vargas, docente do mestrado de análise geoambiental da Universidade de Guarulhos (UnG) e especialista em química orgânica.

Até aúltima gota

Mudanças

Apesar da indústria e o agronegócio serem os maiores consumi-dores de água no País, na região metropolitana de São Paulo quem sofrerá mais as consequências da crise será a população, que terá de adaptar-se a um novo estilo de vida, caso não surja uma salvação ime-diata nas próximas semanas. Em muitos lugares o racionamento já está acontecendo, mas a consciência de que o consumo de água terá de ser diminuído deve ser coletiva. Segundo o professor, todos os se-tores sociais serão afetados; então, é preciso se preparar. “No dia a dia vamos ter que nos adaptar à quantidade mínima de água para higiene pessoal e consumo. Os hábitos realmente terão de mudar. Em relação às empresas, a grande maioria já trabalha com água de reuso, mas ain-da utiliza grandes quantidades de água potável. Sendo assim, a crise irá comprometer a capacidade produtiva”, opina.

Na questão da energia, sabe-se que nosso País é fundamentado em hidrelétricas, mas com o problema de consumo, as termelétricas vão ter que entrar em ação para conseguir suprir a demanda da popu-lação, o que vai causar um custo maior no preço da energia.

Levando para o lado da agricultura, vamos passar pela difi culdade de abastecimento de alimentos, ou seja, a falta d´água irá afetar os mais diversos setores, desde os rotineiros, até os processos industriais e pro-dução de alimentos. Todos estão sofrendo”, explica Reinaldo.

Para evitar que aconteça o pior, o governo de SP está numa verdadeira corrida contra o tempo tentan-do concluir obras para a captação de águas mais dis-tantes, além de adquirir tecnologia para fazer reuso de águas contaminadas como as das represas Billings e Guarapiranga. “Quando falamos de água em termos de tecnologia temos duas variáveis que são: a quanti-dade de água e a qualidade dessa água. É preciso for-necer uma qualidade boa para consumo humano; com isso as pesquisas certamente vão se intensifi car mais agora, não apenas em termos de tecnologia para pu-

rifi cação, mas também em termos de aproveitamento de áreas de mananciais, só que consequentemente o preço da água vai aumentar.

O reuso de uma água da Billings, por exemplo, que é uma água mais degradada, tem o custo de tratamen-to muito maior do que a água que está no sistema Cantareira. Quanto mais for preciso buscar alternati-vas ou tratar uma água de qualidade inferior, o preço vai aumentar e infelizmente aqueles que têm menos recursos são os que mais irão sofrer, como já sofrem”, afi rma o professor.

A questão da qualidade

Segundo Reinaldo, em termos de quantidade de água, o que se tem hoje como solução imediata é o uso das represas Billings e Guarapiranga, que se encontram em áreas urbanas, mas com água de qualidade bastante degradada e que se não receber o devido tra-tamento certamente poderá colocar a vida da população em ris-co. “Esse tratamento que a Sabesp vai dar, vai depender muito da quantidade de água. A tecnologia para torná-la numa água boa eles têm, mas para evitar o pânico é muito importante que a Sabesp co-loque com transparência a qualidade dessa água para a população como um todo, porque a água tem parâmetros que são chamados de físicos ou químicos e microbiológicos de qualidade. Existe a por-taria 29.14 do Ministério do Meio Ambiente, que fala dos padrões de potabilidade da água, e então a Sabesp terá que fornecê-la para a população dentro desses padrões. Existem os sedimentos no fundo da represa, metais pesados, as cianobactérias, aquelas algas que se formam em cima da água e que liberam as cianotoxinas, prejudiciais à saúde humana, entre outras coisas. O tratamento de água vai remover isso? Sim, ele pode remover, mas como é que a gente vai saber se estamos consumindo uma água de qualidade? A Sabesp tem que falar isso pra população”, explica o especialista.

Corrida contra o tempo

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Consciente coletivo

Neste momento, a sociedade está discutindo o que pode ser feito para sanar a crise e também de quem é a culpa disso tudo, mas a questão toda é que a atual crise hídrica é fruto de um consciente coletivo de que no Bra-sil isso nunca poderia acontecer, já que o País reúne 12% de toda a água potável do planeta. É fruto também de toda uma falta de consciência am-biental, já que pesquisadores apontavam desde o início dos anos 2000 que problemas como esse poderiam ocorrer, mas ninguém deu atenção.

Se a fauna e a fl ora brasileira fossem respeitadas e levadas a sério, essa situação não chegaria aonde chegou. “Hoje as áreas de mananciais estão extremamente degradadas. Se o código fl orestal fosse respeitado, nós teríamos as águas de muitos rios com boa qualidade. Toda a parte de legislação ambiental tem que ser preservada e respeitada para que a gen-te tenha uma mata ciliar, para que a água que está afl orando não receba o esgoto, e todo esse equacionamento de saneamento básico, coleta e tra-tamento de esgoto, também tem que ser resolvido”, afi rma o professor. Posta essa situação, fi ca a lição para a sociedade brasileira: “Independente de amanhã ou depois, nossos reservatórios estarem cheios, essa política de uso correto da água tem que continuar existindo inclusive em épocas em que se tenha grande quantidade de água. Com tudo isso, espera-se que os governantes aprendam e comecem a trabalhar de forma efetiva na questão do saneamento básico”, completa Reinaldo.

E Guarulhos?Hoje a cidade de Guarulhos conta com afl uentes de qua-

lidade ainda pior do que a da represa Billings, e apesar de ter alguns pequenos reservatórios, como, por exemplo, o Tanque Grande, a maior parte da água distribuída na cidade vem da Sabesp, o que é um problema, visto que o sistema mal conse-gue suprir a Capital. Uma solução viável para a cidade seria também o reuso de água, mas as estações de tratamento cons-truídas por aqui ainda não funcionam de modo adequado. Se-gundo o professor Reinaldo, o rio Baquirivu Guaçu, principal da cidade e que deveria ser uma das principais fontes de água potável de Guarulhos, é praticamente um esgoto a céu aberto. Com isso, acaba-se entrando mais uma vez na questão de falta de saneamento básico e consciência ambiental. “Na verdade é toda uma questão de proteção dos mananciais e do sanea-mento básico, que infelizmente ainda é precário. Não basta ter a coleta de esgoto sem ter também o tratamento. É uma situação crítica e para sanar isso é preciso trabalhar de forma efetiva porque a cidade, apesar das estações de tratamento de esgoto estarem construídas, não está coletando todo o esgo-to. Ele não está chegando até as estações de tratamento e sim indo parar nos rios. Essa pouca água do município de Guaru-lhos que poderia ter uma qualidade melhor, não tem devido à falta de saneamento”, conclui o professor.

Rio Baquirivu Guaçu

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Por Talita Ramos

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Fotos: Banco de im

agens

Mediante a atual situação da crise hídrica, diversas possibili-dades estão sendo pensadas para conter o problema, mas acredi-tar que poderia haver um êxodo urbano devido à seca é uma ideia surreal para os especialistas. “Seria preciso primeiramente refl e-tir a respeito de como a nossa época é caracterizada pela insegu-rança ou incerteza, causadas pelo progresso industrial, urbano e tecnológico. Toda esta situação não ocorreria sem o progresso efetivado pelo conhecimento humano e sua tentativa de intervir sobre a natureza. O que vemos são efeitos colaterais, como se a natureza de um modo involuntário se voltasse contra a racionali-dade humana. Hoje, o risco de falta de água é claro, mas o êxodo urbano me parece uma alternativa fora de realidade. A Grande São Paulo possui mais habitantes que praticamente toda a Ar-gentina. Para onde deslocar tanta gente? Se houver êxodo, o mais provável é que ele seja realizado pelo setor industrial, o qual irá se instalar em locais onde se cobram menos impostos e há mais oferta de água”, explica o professor da Fundação Escola de So-ciologia e Política de São Paulo (FESPSP) Paulo Niccoli Ramirez.

“Esta discussão sobre o ‘êxodo urbano’ ocorreu a partir de um artigo isolado lançado na internet; não é de fato uma hipótese que deva ser levada a sério. O que ocorre é que vivemos historica-mente em uma cultura de abundância - em especial no Sudeste, onde chove muito - e estamos vivendo uma situação atípica de falta de chuvas, que não foi prevista por ninguém”, afi rma o ar-quiteto e urbanista André Goldman.

AdaptaçãoA população, de modo forçado, já está se

adaptando à realidade da falta d´água. Hoje é possível ver pessoas guardando água de chuva; estocando a pouca água que chega em baldes, diminuindo a quantidade e o tempo dos ba-nhos, entre outras atitudes, mas mesmo assim alguns setores têm sofrido mais do que outros. “É lamentável pensar como certos bairros que possuem população com maior poder aquisitivo vêm tendo privilégios em torno da manutenção da água nas torneiras, enquanto outros bair-ros menos favorecidos já vêm sofrendo com a falta de água há vários meses. Por ser um Es-tado burguês, administrado pelos interesses das elites (é o caso do Estado de São Paulo), é evidente que os mais prejudicados são as clas-ses trabalhadoras, os bairros periféricos e assim por diante”, explica Paulo. “Sempre quem sofre mais é quem não tem condições econômicas de se preparar e enfrentar a questão. No caso de o rodízio vir a ser implantado, será para pessoas que não podem instalar uma nova caixa d’água, ou construir um sistema de captação de água ou de reuso. É exatamente por isto que o rodízio será sempre a última alternativa”, explica André.

Quem falou emêxodo?

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ComportamentoUma vez que a crise afeta todos os setores sociais, o comportamento da população também tende a mudanças, o que gera certa preocupação. “Vivemos semanas com pouca comida, mas não sobrevivemos alguns dias sem água. O instinto de sobrevivência é poderoso e agressivo. É possível que as pessoas cheguem a cometer verdadeiras barbaridades para sobreviver e cuidar dos seus familiares”, afirma o médico pesquisador na área de neurociência do comportamento Jô Furlan. “O que mais me parece relevante é que a escassez de água é ao menos uma oportunidade para produzir o senso-crítico da popu-lação e fazer com que ela se revolte contra a incom-petência de seus governantes. O problema da falta de água é mais um dos aspectos da desastrosa ges-tão do atual governo de São Paulo, cujo partido está há 20 anos no poder”, conclui o professor.

IndústriasMuitas indústrias do estado estão ensaiando uma

possível retirada para outras áreas. Segundo uma pesquisa realizada em agosto do ano passado pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), 67,6% das 413 indústrias ouvidas admitiram preocupação com a pos-sibilidade de racionamento e 54,5% confessaram não ter fontes alternativas de água como sistemas de reuso ou poços artesianos. “Com a saída das indústrias, há muitas possibilidades. Muitos trabalhadores podem mudar de cidade, alguns podem fi car desempregados, enquanto outros iniciarão outras atividades econômi-cas. A Grande São Paulo é gigantesca e me parece que a crise hídrica da mesma forma que pode excluir postos de trabalho, pode gerar outros, porque serão necessá-rias obras hídricas além de demais serviços diante da falta de água”, afi rma Paulo.

O vazamento de áudioEm outubro de 2014, o áudio de uma reunião da

cúpula da Sabesp, na qual a então presidente da com-panhia, Dilma Pena, e o diretor Paulo Massato pon-deravam sobre a crise, vazou na internet. No material divulgado pela revista Fórum, a fala de Massato sobre a crise chocou a população. “Vamos dar férias para os 8,8 milhões de habitantes e falar ‘saiam de São Paulo’, tá certo? Porque aqui não tem água. Não vai ter água pra tomar banho, não vai ter água para limpeza da casa. Quem puder comprar garrafa, água mineral. Quem não puder, vai tomar banho na casa da mãe lá em Santos, Ubatuba, Águas de São Pedro... sei lá”, comentou o di-retor da Sabesp. “O argumento do diretor da Sabesp revela na verdade o seu  despreparo e pouco conheci-mento social. Gostaria que nos perguntássemos quais foram os critérios de seleção que os sucessivos gover-nos do PSDB utilizaram para escolher os últimos dire-tores da Sabesp. Foram critérios técnicos ou interesses econômicos? Se fossem técnicos, acredito que não es-taríamos passando pela crise hídrica hoje. Se são inte-resses econômicos, está claro que todo o Estado, suas leis e ações administrativas sempre favorecerão a classe economicamente dominante, de modo a prejudicar os menos favorecidos. Assusta saber como uma empresa tão lucrativa é incapaz de realizar o aperfeiçoamento da rede e investimentos no monitoramento da distri-buição. Algumas cidades no mundo monitoram a dis-tribuição de água por sistemas digitais, que localizam onde há vazamento, o que facilita as correções, obras e evita transtornos à população”, explica o professor.

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Por Michele Barbosa

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Fotos: Rafael Almeida e banco de imagens

Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), o ser humano precisa de 110 litros de água por dia para viver. Porém, não é isso o que acontece, e sem pensar nas consequências, a água é desperdiçada de diversas formas pelo homem. Com os reservatórios em mínimas históri-cas, a escassez hídrica faz parte do drama de quem vive em São Paulo: torneiras secas e muito racionamento de água. Em alguns condomínios, a saída tem sido o forne-cimento extra com caminhões-pipa, que têm se tornado cada vez mais caros. Pesquisa realizada pelo site “Último Segundo” revela que seis empresas relataram um aumen-to entre 30 e 50% pela procura de caminhões-pipa nos últimos dois meses. Os preços também subiram: dois meses atrás, o preço de mil litros era R$ 500, em média. Agora o valor está entre R$ 1,5 mil e R$ 2.250.

Terra, planeta

Desperdício x perdas

Segundo Peter Cheung, doutor em hidráulica com-putacional pela USP de São Carlos, é importante defi nir a diferença entre perdas e desperdício. Nos sistemas de abastecimento de água existem perdas que estão próxi-mas dos 40%. É possível contar com ações específi cas para combater as perdas reais (são perdas físicas decor-rentes de vazamentos na rede de distribuição e extra-vazamentos em reservatórios) e para perdas aparentes (não físicas decorrentes de submedição nos hidrôme-tros, fraudes e falhas do cadastro comercial). “No caso das perdas reais, o gerenciamento da pressão, a rapidez e qualidade dos reparos, o controle ativo dos vazamen-tos e o gerenciamento contínuo dos ativos físicos bem como os programas de manutenção são algumas das ações. No caso das perdas aparentes, as ações são: re-duzir os erros de submedição, identifi car os consumos não autorizados como fraudes em ligações para garan-tir a efi cácia entre o sistema de medição e o comercial”.

(sem) água

A crise lá fora

A seca não é um problema vivido apenas no Brasil. Algumas cidades de outros países sofrem com a crise, mas se safam graças ao forte planejamento. Albuquer-que, cidade no Sudoeste dos EUA, sofre consequências do quinto ano seguido de seca. Um setor muito afeta-do é o da agricultura, que usa águas subterrâneas para driblar a crise. Agricultores têm deixado de usar áreas de cultivo para algodão, que é menos lucrativo, apro-veitando a água economizada para manter plantações.O deserto do Atacama, no Chile, sofre com a falta de chuva, pois está situado a mais de 2 mil metros acima do nível do mar e com isso as nuvens que se formam no litoral não chegam até lá. Para conseguir água, morado-res usam redes para captar gotas da neblina, que caem em canos e vão para uma caixa que abastece a população.Enfrentando a mesma problemática de falta de chu-va, Cingapura, localizada no Sul da península Malaia, importa água da Malásia, restringe o uso, multa os que gastam além do permitido e investe pesado no tratamento de esgoto para reutilizar a água usada.Em Mendonza, cidade situada no Oeste da Argentina, o clima é árido com escassez de chuva. Mesmo assim é uma das maiores produtoras de vinho do mundo. Para irrigar os vinhedos, os agricultores utilizam uma técnica herdada dos incas, os primeiros habitantes da região, de aproveitamento da água do derretimento da neve das montanhas.

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Poço artesiano é a solução?Muito tem se falado sobre o poço artesiano como uma válvula de escape para fugir da seca, mas não é bem assim. Antes de sair cavando o quintal de casa, veja algumas perguntas importantes que Roberta Baptista Rodrigues, professora de Engenharia Ambiental e Sa-nitária e de Engenharia Civil da Universidade Anhem-bi Morumbi, respondeu e saiba tudo sobre o assunto:

Outra solução que vem sendo estudada é a dessa-linização da água do mar. Esta é uma das alternativas que alguns países, como Dubai, Estados Unidos, Espa-nha e China encontraram para suprir a falta de água. Israel fi ca no topo, pois é o país que mais investe nes-sa modalidade. Em 2010, inaugurou a maior usina do mundo e apenas com sua produção é possível abastecer um sexto da população.

A técnica, criada na década de 1960, capta a água sal-gada e, através do processo de osmose reversa: um sis-tema de fi ltros retira as moléculas de sal e impurezas da água tornando-a própria para o uso. Também são adicio-nados produtos químicos para deixar o gosto agradável.O Brasil trabalha com esse sistema há um tempo, desde 2011 uma usina abastece os 2.600 moradores do arqui-pélago de Fernando de Noronha com água do mar. 

Em São Paulo, Geraldo Alckmin e a iniciativa priva-da discutem a possibilidade de adotar o método no es-tado. O projeto está estimado em R$ 1, 5 bilhão e seria feito no modelo de PPP (Parceria Público-Privada).

Em Bertioga, cidade do litoral de São Paulo, um grupo de empresários criou um método próprio de dessalinização da água do mar que, além de remover o sal, consegue manter 63 minerais importantes para o organismo humano presentes no mar; é a 63 Water Vital Minerals. A água já foi até engarrafada, mas os empresários aguardam a liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para comercialização do produto no Brasil. Até o fechamento desta edição, nada foi divulgado sobre a liberação.

Apesar de grandes apostas no método, há inúmeras críticas sendo estudadas, dentre elas estão a extinção da vida marinha na área de captação e a poluição das águas por reagentes químicos. “O maior problema da dessalinização é a demanda de energia para tratamento da água. Além disso, só é possível aproveitar 30% de todo volume de água captado do mar, especifi camente na osmose reversa”, explica Peter.

Peixes pequenos e micro-organismos marinhos como o plâncton, acabam sendo sugados pelas usinas e mortos nos fi ltros. E a poluição das águas ocorre por causa dos produtos químicos e moléculas de sal que são despejados no mar e impedem que a água volte a ser usada.

Como é feito?Em um poço artesiano, as águas emergem natural-

mente de um aquífero confi nado; não existe a necessi-dade de bombeamento. De forma simplifi cada, pode-se dizer que o processo de construção ocorre mediante procedimentos de perfuração do solo até atingir o aquí-fero confi nado.

Pode ser feito em qualquer residência? Para saber o que existe abaixo do subsolo, existe

a necessidade de estudos geológicos na região. Como regra geral, empresas de perfuração de poços artesia-nos já apresentam estudos geológicos das regiões em que atuam. Num primeiro momento, o poço artesiano pode ser perfurado em qualquer residência, mas além do estudo geológico, é importante também fazer uma análise de custos e de benefícios.

É verdade que nem toda água de poço é potável?

Sim.  O aquífero pode ter sido contaminado e a água pode estar imprópria para consumo humano, fato que reforça a importância da água ser analisada em labo-ratório por um profi ssional especializado, não apenas no momento da perfuração, mas, principalmente se a fi nalidade da mesma for o consumo humano.

Adendo

Segundo Peter Cheung, doutor em hidráulica com-putacional pela USP de São Carlos, os poços artesianos precisam ser licenciados pelo órgão municipal respon-sável pelo meio ambiente. “Ter poço sem licenciamen-to é crime ambiental. Por outro lado, a partir da Lei 11.445/07, as residências que usarem água de outras fontes (p.ex. poços) não podem estar ligadas no sistema público de abastecimento, pois existem riscos de conta-minação cruzada”, afi rma Peter.

O sertão vai virar mar ouo mar vai virar sertão?

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Ideias que valem ouro, ou melhor: valem água

Mesmo as pequenas atitudes como fechar a tornei-ra ao escovar os dentes, acumular roupas sujas para la-var de uma vez só, desligar o chuveiro enquanto passa o xampu nos cabelos e não demorar no banho fazem muita diferença. Tereza Berta Lucinda Gorreri, dona de casa, conta que há tempos reutiliza a água o máximo que pode. “Tomamos banho e, quando a água do chuveiro escorre ela fi ca armazenada numa bacia abaixo dos pés e em seguida eu a uso para lavar o quintal e os carros”.Tereza explica que em sua casa a água da chuva é usa-da para regar suas plantas. “Eu deixo os baldes a pos-tos, aguardando a chuva, em seguida eu os tampo por causa da dengue, e aos poucos vou usando para regar as plantas e até mesmo deixar algumas roupas de molho”.A água da máquina não fi ca de fora. “Com ela eu também lavo o quintal, pois tenho cachorros e preciso manter a higiene. Desta forma minha casa fi ca limpa com bastante economia, já que a água está com sabão das roupas”.

Assim como Tereza, o designer húngaro Alberto Vasquez, pensando em aproveitar a água do banho, criou uma técnica simples, que permite que até 90% da água seja reaproveitada: o Gris, que é composto por uma plataforma antiderrapante formada por quatro reservatórios interligados que se inclinam ligeiramen-te para o centro, onde entradas permitem que a água se acumule em seu interior. Cada reservatório com-porta até dez litros, o mesmo que um balde comum. Quando estão cheios, a pessoa pode desconectá-los e usar a água armazenada para outros fi ns, como dar

descarga ou fazer a limpeza da casa. Para economizar água direto das “fontes” - canos e torneiras, a empre-sa W Energy, que atua no segmento energético e tem como foco a redução de custos em conta de energia/água e redução do consumo de água, trabalha com sistemas que visam economizar. A economia é obtida através da instalação de equipamentos economizado-res em todos os pontos de água. Do cavalete de entra-da a torneiras, válvulas de descargas, caixas acopladas.Em média, através da implementação destas soluções, junto à concessionária e/ou órgão regulador é pos-sível economizar de 20% a 40% na conta. O cliente não tem nenhum custo de investimento no projeto.Todas as etapas são gerenciadas: desde medição, pro-jeto, instalação, manutenção até o monitoramento.

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Ideias que valem ouro, ou melhor: valem água

Mesmo as pequenas atitudes como fechar a tornei-ra ao escovar os dentes, acumular roupas sujas para la-var de uma vez só, desligar o chuveiro enquanto passa o xampu nos cabelos e não demorar no banho fazem muita diferença. Tereza Berta Lucinda Gorreri, dona de casa, conta que há tempos reutiliza a água o máximo que pode. “Tomamos banho e, quando a água do chuveiro escorre ela fi ca armazenada numa bacia abaixo dos pés e em seguida eu a uso para lavar o quintal e os carros”.Tereza explica que em sua casa a água da chuva é usa-da para regar suas plantas. “Eu deixo os baldes a pos-tos, aguardando a chuva, em seguida eu os tampo por causa da dengue, e aos poucos vou usando para regar as plantas e até mesmo deixar algumas roupas de molho”.A água da máquina não fi ca de fora. “Com ela eu também lavo o quintal, pois tenho cachorros e preciso manter a higiene. Desta forma minha casa fi ca limpa com bastante economia, já que a água está com sabão das roupas”.

Assim como Tereza, o designer húngaro Alberto Vasquez, pensando em aproveitar a água do banho, criou uma técnica simples, que permite que até 90% da água seja reaproveitada: o Gris, que é composto por uma plataforma antiderrapante formada por quatro reservatórios interligados que se inclinam ligeiramen-te para o centro, onde entradas permitem que a água se acumule em seu interior. Cada reservatório com-porta até dez litros, o mesmo que um balde comum. Quando estão cheios, a pessoa pode desconectá-los e usar a água armazenada para outros fi ns, como dar

descarga ou fazer a limpeza da casa. Para economizar água direto das “fontes” - canos e torneiras, a empre-sa W Energy, que atua no segmento energético e tem como foco a redução de custos em conta de energia/água e redução do consumo de água, trabalha com sistemas que visam economizar. A economia é obtida através da instalação de equipamentos economizado-res em todos os pontos de água. Do cavalete de entra-da a torneiras, válvulas de descargas, caixas acopladas.Em média, através da implementação destas soluções, junto à concessionária e/ou órgão regulador é pos-sível economizar de 20% a 40% na conta. O cliente não tem nenhum custo de investimento no projeto.Todas as etapas são gerenciadas: desde medição, pro-jeto, instalação, manutenção até o monitoramento.

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Muito bom saber que a água pode ser reutilizada e aproveitada de diversas formas, mas mesmo assim é preciso atenção. De acordo com Vinicíus Battistelli Le-mos, engenheiro ambiental na Optimale Engenharia e Soluções Tecnológicas, a água de chuva não é potável. Principalmente em regiões com grandes índices de po-luição atmosférica, a água da chuva carrega uma grande quantidade de poluentes e substâncias químicas noci-vas. Mesmo com aparência cristalina, não indica que é potável. Essa contaminação é agravada conforme o método de coleta da água da chuva. Há o termo técnico fi rst fl ush, que denota o primeiro volume de água que ‘lava’ a superfície de captação. Explicando melhor: ima-gine quando começa a chover, e as primeiras gotas que caíram no telhado vão escorrendo até chegar na calha. Essa água literalmente ‘lavou’ o telhado (superfície de captação), e com ela carregou os inúmeros poluentes que se acumularam ali. A água de fi rst fl ush pode estar mais contaminada que o esgoto bruto, por exemplo”. 

O engenheiro explica que para utilizar a água da chuva deve-se, antes, instalar dispositivos que des-cartem a água de primeira lavagem. Em seguida, de preferência, deve-se realizar algum tipo de tratamen-to, por mais simples que seja, passando pela cloração ou decantação, até sistemas de fi ltragem mais com-pletos. Conforme o tipo do tratamento realizado, são permitidas mais opções de uso, exceto para in-gestão humana, tanto beber ou preparar alimentos.

Outro fator importan-te que precisa ser lem-brado é quais os outros tipos de reutilização. “Tudo depende de como foi o uso prévio da água. Quando usada para la-var alimentos, como o arroz, por exemplo, pode servir para irri-gar os jardins e plantas (inclusive contribuindo com um adicional de nutrientes). Já a água da lavagem de roupas não pode ter o mesmo fi m, pois prejudica as plantas por causa dos produtos como sabão e cloro, entre outros. No entanto, é possí-vel aproveitá-la para limpar a casa, desde que não te-nha sido adicionado nenhum produto agressivo para lavagem das roupas, pois corre-se o risco de man-char ou descolorir alguns tipos de revestimentos”. E a água condensada dos aparelhos de ar condiciona-do também pode ser aproveitada, tanto para irrigação quanto para limpeza da residência.

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Nem tudo o que é “reuso” é ouro

Vaso inteligente

A empresa brasileira Acquamatic criou um vaso sani-tário que economiza mais de 50% da água. O sistema usa apenas 2 litros de água, enquanto os convencio-nais gastam de 6 a 10 litros. O vaso usa um bascu-lante que despeja os dejetos no canal de esgoto do edifício pela própria dinâmica da água, sem usar ele-tricidade. Tudo isso sem uso de sifonagem, método que usa um cano de plástico ou vidro com uma articu-lação capaz de escoar a água de um local para outro.Além de usar metade da água que um vaso sanitário comum, o vaso é feito em ABS, material mais leve e durável do que a louça. Por ser produzido com um polímero resistente, não polui o meio ambiente du-rante a produção ou no descarte.

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Por Amauri Eugênio Jr.

Clécio Antonio Rodrigues, 33, o cara à frente da Bike Style Courier, empresa de

transportes feitos com bicicleta, é do tipo de pessoa que abraçou a causa ciclística. Tanto que a sua atividade profi ssional também é,

pelo menos na forma, uma maneira para buscar diversão. Seja dando auxílio remoto

e orientações aos ciclistas que trabalham em sua empresa, em ação na rua, ou no tempo

livre, o seu mundo gira em duas rodas.

“Eu havia me inscrito para par-ticipar de uma ação voluntária para manutenção de bicicletas em comu-nidades carentes, conheci o concei-to de entregas com bicicletas e de-cidi trazê-lo para Guarulhos”, conta Clécio, enquanto se dividia para receber a reportagem da RG em sua casa, que também funciona como QG da Bike Style Courier, e orien-tar a equipe que estava na rua. “No começo foi mais difícil, por causa da desconfi ança do público, o que fez a aceitação ser mais difícil. Mas, após a ACE [Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos] divulgar o trabalho, a demanda e a aceitação dos clientes cresceram.” E o que parecia ser uma aposta ousada no início, há pouco mais de dois anos, ainda mais pelo fato de ele ter sido o pioneiro no serviço de entregas em bicicletas na cidade, deu certo. Tan-to que de cliente em cliente, hoje a empresa sobre duas rodas atende a sete escritórios de contabilidade. Dá para dizer que, sim, ele conquis-tou a confi ança do mercado.

Diáriode uma bicicleta

Fotos: Rafael Almeida

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 Trajetos futuros

“Já está acontecendo e já estão aceitando a ideia. Quanto mais gente, mais se chama a atenção. Somos iguais a qualquer um”, diz Clécio, sobre a relação de ciclistas no trânsito. Vá lá, ainda é algo que não é necessariamen-te a relação mais calma do mundo, mas a presença de ciclistas no trânsito é realidade, não dá para negar. E seu objetivo, quando o assunto são as vias públicas, é montar um grupo de pessoas para andar de bicicleta por lá, como o evento Massa Crítica – ou Bicicletada –, em que ciclistas se juntam em grupos para ocupar o espaço deles nas ruas. “Pretendo montar um gru-po, pouco a pouco, com quem quiser ocupar a via, e com quem gosta, mas tem medo. Com todos usando itens de segurança, como capacete, é claro.” Contudo, os seus planos não param por aí. Ele tem como meta profi ssional montar uma base da Bike Style Courier na região central, para atender a bairros ao redor.

Por fi m, seja a trabalho ou a diversão, Clécio mantém o estilo calmo, po-rém focado e determinado. “Eu me considero bem seguro, tranquilo, criativo e alegre.” E assim ele vai seguindo o seu rumo, pedalando, tentando superar seus limites e mostrar que há outros caminhos. Sobre duas rodas, é claro.

Diversão e seriedadePor um lado, a história de que

uma pessoa se diverte quando tra-balha com o que gosta vale para Clécio. Afi nal, desde que ele se en-tende por gente, já andava de bici-cleta: “comecei a andar aos 8 anos e antes de fazer entregas, eu tra-balhava em ofi cinas”. Por outro, o lado sério vem logo à tona ao falar sobre o respeito das leis de trânsito, o que ele faz questão de transmitir para o pessoal com quem trabalha. “Há treinamento e teste de aptidão. Nada de andar na contramão, por exemplo. É necessário trabalhar com cuidado e atenção”, relata, en-quanto faz o monitoramento do trabalho dos funcionários pelo ce-lular e no computador de seu escri-tório/casa. “Nunca houve nenhum acidente”, detalha, enquanto fala sobre a rotina. “O trabalho começa por volta das 8h, e são percorridos entre 50 km/h e 60 km/h por dia”, relata. “Quando há entregas para locais mais distantes, como o bair-ro Bonsucesso, elas são feitas após

agendamento prévio. E saio quando preciso ajudar o pessoal que está na rua a fazer alguma entrega ou na re-posição de peças da bicicleta.” E, ao ser questionado sobre desafi os do cotidiano, Clécio foi enfático: “Não há difi culdade. Ou melhor: há um pouco, mas é um desfi o diferente. Eu sempre me desafi o para ser mais rápido e fazer mais en-tregas.”

Além disso, o prin-cípio de que trabalho atrai trabalho pode ser aplicado nesse caso. “Já cheguei a fazer compras para clientes em padarias e acabou surgindo outro cliente lá.” Idem para o cui-dado com as tarefas exercidas. Para se ter uma ideia, enquanto eram feitas as fotos da reportagem, Clécio mostrava uma troca de roupa que carregava

na mochila, o que era necessário de acordo com o lugar onde seria feita uma entrega – em um escritório ou empresa, por exemplo. Idem para dias de chuva, quando os produtos são embalados e ele, assim como os demais entregadores, tinham de usar capas de chuva. “Só o tênis mo-lha, porque não há jeito.”

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Um dos ícones de moda que mais marcou a década de 70, sendo sucesso entre artistas como John Lennon, Janis Joplin e Jimi Hendrix, fo-ram os óculos de Sol com armação redonda. O item, que está de volta junto às demais peças da época, é hoje um dos principais acessórios deste Verão. “Os óculos de Sol redondos nunca saíram da moda, mas como foram ícones de uma gera-ção, explodiram naquele determinado momen-to para depois se tornarem algo mais comum com menor evidência. Recentemente algumas marcas usaram esses óculos como acessórios em seus desfi les e não demorou até que fossem adotados por celebridades e tomassem as ruas novamente”, explica a professora e consultora de moda e estilo Flávia Piña.

Fotos: banco de imagens

Por Talita Ramos

da era hippieOs óculos

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Para todos

Por ser um acessório fácil de combinar com demais peças, os óculos redondos po-dem ser usados por qualquer pessoa, mas é preciso fi car atento a alguns detalhes para não formar uma combinação inade-quada. “Esta é uma tendência que pode ser facilmente adotada tanto por homens quanto mulheres. O ideal é sempre tentar repetir a proporção de tamanho do rosto para o tamanho da armação. Ou seja, se o rosto for pequeno, o ideal é que a armação siga o mesmo tamanho”, explica Flavia. Segundo ela, pessoas com rosto arredon-dado ou ovalado também podem usar os óculos, mas tomando cuidado para não deixar a silhueta ainda mais redonda.

Estilo

Esse tipo de óculos é uma peça curinga, que cos-tuma combinar com qualquer tipo de roupa, mas normalmente é associado ao estilo hippie. “Os ócu-los redondinhos clássicos fi cam um charme com produções boho, compostas por um look clarinho, saia longa, blusa fl uída fl oral. Já em armações mais grossas, em tons de preto ou tartaruga, por exem-plo, tem uma pegada mais urbana, deixando os looks mais modernos”, afi rma a professora. Tam-bém é possível adequar os óculos no look diário. “Este é um acessório fácil de ser usado. Para o dia a dia, aposte num modelo mais básico e sofi sticado. Se gostar muito do acessório compre em diversas cores para variar”, completa Flávia.

Hoje é possível encontrar muita s variações dos óculos de Sol em armação redonda, como os de lentes espelhadas, os de lentes coloridas e até os de grau, mas segundo a consultora, o modelo clássico em armação fi na de metal é imbatível se-guido das versões mais grossas em acetato. Como o modelo é bastante democrático, vale investir.

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Fotos: banco de imagens

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Por Amauri Eugênio Jr.

Situação 1Uma pessoa parece estar bem à vontade no ambiente de traba-lho, como se aquele fosse o seu habitat natural. Contudo, a sua postura por vezes descontraída demais, como se estivesse em casa, ao sentar-se de modo “lar-gado” na cadeira, compromete a sua imagem quanto ao respeito que ele inspira em outros colabo-radores, por melhor que ele seja.

Situação 2Uma pessoa tem a postura des-contraída e relaxada, mas sem transmitir a sensação de fal-ta de comprometimento com suas atividades cotidianas. Acaba deixando qualquer pes-soa ao seu redor bem à vonta-de, ao ponto de ela parecer al-guém da família.

sobre você?O que o seu corpo diz

Pode não parecer, mas os exemplos à esquerda, por mais isolados que se-jam, têm algo em comum: a postura de cada um dessas pessoas, a imagem que elas passavam para quem estivesse ao redor e, como consequência, as reações que elas causavam.

A postura tem relação direta com o modo como pensamos e tendemos a agir, pois o cérebro se organiza ao redor dela. Isso sem contar que a pri-meira impressão que causamos nas pessoas é a que fi ca quando o assunto é a postura. “Ela é determinante em nossa forma de pensar. Quando temos essa consciência utilizamos essa forma de comunicar a nosso favor. O cérebro se organiza de acordo com a postura fí-sica. Então, naturalmente, isso favore-ce ou bloqueia o acesso a nossa mente e vice-versa”, explica a coach e psicóloga Márcia Dolores Resende, diretora do Instituto de � alentos.

Situação 3Um indivíduo anda cabisbai-xo, com passos curtos, e tem a postura arqueada, como se ele tivesse medo de se relacio-nar com qualquer um e com o mundo ao seu redor. Como con-sequência, sua postura retraída inibe as pessoas de tentarem qualquer aproximação.

Situação 4Uma pessoa tinha, inconscien-temente, o tórax erguido, a postura física próxima demais de quem estivesse por perto e o olhar direto, quase penetran-te. Ao juntar gestos e o modo como ela falava, ela parecia transmitir a sensação de es-tar bem consigo mesma, o que acabava afastando quem qui-sesse conversar com ela.

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Fotos: banco de imagens

BEM

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Por Amauri Eugênio Jr.

Situação 1Uma pessoa parece estar bem à vontade no ambiente de traba-lho, como se aquele fosse o seu habitat natural. Contudo, a sua postura por vezes descontraída demais, como se estivesse em casa, ao sentar-se de modo “lar-gado” na cadeira, compromete a sua imagem quanto ao respeito que ele inspira em outros colabo-radores, por melhor que ele seja.

Situação 2Uma pessoa tem a postura des-contraída e relaxada, mas sem transmitir a sensação de fal-ta de comprometimento com suas atividades cotidianas. Acaba deixando qualquer pes-soa ao seu redor bem à vonta-de, ao ponto de ela parecer al-guém da família.

sobre você?O que o seu corpo diz

Pode não parecer, mas os exemplos à esquerda, por mais isolados que se-jam, têm algo em comum: a postura de cada um dessas pessoas, a imagem que elas passavam para quem estivesse ao redor e, como consequência, as reações que elas causavam.

A postura tem relação direta com o modo como pensamos e tendemos a agir, pois o cérebro se organiza ao redor dela. Isso sem contar que a pri-meira impressão que causamos nas pessoas é a que fi ca quando o assunto é a postura. “Ela é determinante em nossa forma de pensar. Quando temos essa consciência utilizamos essa forma de comunicar a nosso favor. O cérebro se organiza de acordo com a postura fí-sica. Então, naturalmente, isso favore-ce ou bloqueia o acesso a nossa mente e vice-versa”, explica a coach e psicóloga Márcia Dolores Resende, diretora do Instituto de � alentos.

Situação 3Um indivíduo anda cabisbai-xo, com passos curtos, e tem a postura arqueada, como se ele tivesse medo de se relacio-nar com qualquer um e com o mundo ao seu redor. Como con-sequência, sua postura retraída inibe as pessoas de tentarem qualquer aproximação.

Situação 4Uma pessoa tinha, inconscien-temente, o tórax erguido, a postura física próxima demais de quem estivesse por perto e o olhar direto, quase penetran-te. Ao juntar gestos e o modo como ela falava, ela parecia transmitir a sensação de es-tar bem consigo mesma, o que acabava afastando quem qui-sesse conversar com ela.

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AutoanáliseO primeiro passo para mudar e melhorar a postura

do corpo é conhecer-se bem, para transmitir imagem compatível à sua personalidade. O mesmo vale para valorizar suas próprias singularidades e ter em mente que cada pessoa é única, ao evitar comparações com outras. “Tentar reproduzir a imagem de outra pessoa pode ser um erro muito grande, pois a comunicação é inconsciente e o trabalho para isso é muito grande. O ideal é conhecer o próprio corpo e trabalhar sobre isso”, completa Mônica Hauck.

Ah, sabe aquela história de ter simpatizado ou não com uma pessoa, mesmo não a conhecendo? Pois bem, isso tem a ver com a postura física dela. “A comunica-ção não verbal é determinante. Não ‘ir com a cara de alguém’ é sinal de que a leitura corporal da pessoa não passou algo legal pra mim. Mas será que vale a pena confi ar na primeira impressão sobre alguém? Pode ha-ver equívocos”, pontua Mônica Hauck, CEO da empre-sa Solides e especialista em mapeamento de comporta-mento humano.

Você se sente confortável?Pensemos no seguinte exemplo: Luiz trabalha na

área de criação em uma agência de publicidade e, cer-to dia, ele foi convidado a representar a empresa em que atua em um evento grande. Ele estava sentindo-se deslocado em meio a pessoas que ele julgava ser mais importantes do que ele e, com isso, a sensação de des-conforto era nítida.

O conforto (ou a falta de) tem relação com a auto-estima. Isso acontece porque uma pessoa com boa au-toestima está encaixada com o seu próprio ser, ou seja, sente-se confortável consigo mesmo e, com isso, os seus gestos são mais espontâneos e tranquilos – isso é visível, por exemplo, na expressão facial, movimentos de braços e pernas e no tom de voz. Em contrapartida, uma pessoa com baixa autoestima tem difi culdades de se expor e acaba por fi car mais voltada a si própria, ape-nas observando outras pessoas para ver se elas a estão olhando. Isso faz com que ela fi que na defensiva quan-do tenta interagir com alguém.

Personalidade em movimentoHá quatro tipos de perfis, cujas predisposições pos-turais estão logo abaixo: Executor: uma pessoa com esse perfil tende a sentar-se com o corpo mais à frente, como se esti-vesse inclinada. Além disso, tende a gesticular com frequência; Comunicador: pessoas com esse perfil são mais descontraídas e relaxadas, e por isso tendem a se sentar como se estivessem “esparramadas”. Assim como pessoas com o perfil executor, tendem a ges-ticular muito; Planejador: são indivíduos mais estáveis e tranqui-los, o que é refletido na hora em que se sentam, com a postura equilibrada; Analítico: pessoas com esse perfil são mais detalhis-tas e introvertidas, e tendem a sentar-se de modo mais correto, o que as fazem preferir sentar-se em cadeiras mais estruturadas. Em contrapartida, elas podem se sentir desconfortáveis em pufes, por exemplo.

Treino é treinoVeja abaixo as perguntas para autoa-nálise, feitas por Márcia Dolores Re-sende, para descobrir se a sua postura condiz com o modo como gostaria de ser visto por outras pessoas: Como a pessoa se vê e sente o pró-prio corpo? A pessoa tem a sensação de “encaixe” e se sente bem com o corpo que tem? Há conforto? O que se quer transmitir com a co-municação por meio do próprio cor-po? Quais são os sentimentos que costu-ma ter com frequência e como os de-monstra? Como o corpo os expressa?

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Por Talita Ramos

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Quem trabalha em locais fechados como escritórios, home offi ce, entre outros, normalmente passa a maior parte do tempo em seu ambiente de ofício. Sendo assim, uma boa maneira de animar o espaço deixando-o mais aconchegante e inspirador é redecorando com pequenos objetos que podem colorir a rotina e trazer à tona a personalidade de cada um. Pensando nisso, selecionamos produtos úteis que vão dar mais graça para o dia a dia no local de colocar as mãos na massa. Confi ra!

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Bárbara Dundes

Por Michele Barbosa

Churrasco na laje?

Como criar um espaço gourmet para todos os bolsos e gostos

Ambiente que vem ganhando espaço e sendo o “queridinho” na escolha de um imóvel, o espaço gour-met é o cômodo indispensável para quem gosta de re-ceber os amigos para descontrair e cozinhar. Mas, não pense que o espaço gourmet é algo cheio de requin-tes em um local de grande espaço: pequenas varandas também entram na onda.

Para planejar o cômodo é preciso levar em conta muitos fatores, pois se trata de um ambiente externo e a mobília fi ca exposta ao Sol, chuva, umidade, vento e ca-lor. “A escolha de materiais duráveis faz toda a diferença. Opte por pisos e revestimentos fáceis de limpar; móveis de madeira ou resina, que não amarelam ou têm resis-tência à água ou Sol; cuidado com tecidos de estofados e almofadas, não escolha o branco, mas caso opte por um,

prefi ra o linho ou sarja e faça impermeabilização. Uma boa escolha são peças de fi bra sintética, sua estrutura é de alumínio que deixa a peça leve se quiser mudá-la de posição”, enfatiza Bárbara Dundes, arquiteta.

Como em qualquer cômodo da residência, o projeto da varanda ou terraço gourmet deve pri-meiramente atender às necessidades dos mora-dores, sempre considerando a dimensão do espa-ço disponível. Porém, neste ambiente social, cozi-nhar e comer são os determinantes de todo o resto.Para o preparo dos alimentos, uma área livre para a ins-talação de uma bancada equipada com, ao menos, uma cuba e cooktop elétrico é essencial. “Além dela, uma mesa para as refeições com cadeiras confortáveis, bu-ff et ou aparador são também indispensáveis”.

Não, na varanda

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Pouco espaçoAmbientes pequenos, depen-

do da metragem, não comportam muitos móveis, mas o básico como puff s, bancos e até mesmo mesa re-trátil dão o charme de uma varanda gourmet. E, em vez de uma bancada do tipo ilha, no centro do ambiente, opte por posicioná-la junto à parede, equipe-a somente com um cooktop.

Outra saída à falta de espaço é usar a cozinha principal como área de suporte para o preparo das re-feições: na varanda gourmet, fi cam apenas um charmoso aparador - em que a comida pode receber os toques fi nais -, e a mesa com poucos luga-res. Sem abrir mão da churrasqueira é bom apostar nas elétricas.

Para dar uma sensação de am-plitude ao local, uma boa ideia é ter como peça decorativa um espelho na parede que refl ita a paisagem exter-na. “O bom senso é indispensável na escolha da mobília e adequá-la ao ambiente, pois a passagem precisa estar livre para trânsito das pessoas”.

Churrasquinhocom classe

As churrasqueiras são muito pro-curadas para compor o espaço gour-met, afi nal é sempre bom receber os amigos e familiares assando aquela “carninha”. A fumaça e o cheiro ge-rados nas churrasqueiras, presentes na maioria das varandas dos aparta-mentos mais novos, também pedem materiais resistentes e de fácil limpe-za. O granito, por exemplo, está pre-sente em grande parte das pias de espaços gourmet. Segundo Bárbara existem churrasqueiras com dutos que contam com ventilação forçada eliminando o cheiro de churrasco. Muito indicada para apartamentos. “Sua coifa pode ser revestida, ou aparente, que fi ca muito bonita. Já para quem não quer fazer grandes reformas, uma dica é usar as chur-rasqueiras portáteis”.

Muito espaçoSe a dimensão do espaço per-

mitir, projete armários e gavetas para guardar os aparelhos de jan-tar, talheres, jogos americanos e guardanapos. Sendo assim, mais prático é evitar sair do local várias vezes para ir à cozinha buscar os utensílios. “Claro que, para deixar os convidados mais aconchegados, sofás específi cos para áreas exter-nas, puff s, mesas para refeições devem fazer parte da mobília”.Outra dica é instalar uma televisão na parede para reunir os amigos e assistir eventos esportivos, musi-cais e o que mais quiserem.

CoresTons claros como o bege,

creme, entre outros, casam com qualquer cômodo e são mais indicados para revestir o espaço gourmet, que pre-cisa de cores que conversem com o restante da casa. Para incrementar a decoração, peças coloridas, móveis em fi bra ou madeira mais rústica e vasos com fl ores e plantas fi cam alegres e convidativos.

IluminaçãoComo a varanda faz parte da

fachada do empreendimento, nor-malmente os pontos de iluminação no teto já vêm defi nidos. Para com-plementar, pontos focais podem ser embutidos em gesso ou ins-talados em diferentes locais para valorizar paineis, bancadas, prate-leiras e nichos e destacar objetos e plantas, que também podem ser iluminadas por espetos de luz posi-cionados nos próprios vasos.

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Pouco espaçoAmbientes pequenos, depen-

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com uma entrada (salada ou sopa do dia) e um acompanhamento à escolha do cliente.

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Márcio Monteiro

Baião de DoisComposto por feijão-de-corda, arroz, carne-seca desfi ada, bacon, linguiça calabresa, cubos de queijo coalho, pimenta-de-bico e pedaços de torresmo, o prato ainda é acompanhado de carne-seca acebolada puxada na manteiga de garrafa.

Bar e Restaurante do CompadreRua Silvânia, 86, Gopoúva.Tel.: 2443-4533

Márcio Monteiro

Márcio Monteiro

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Autotal, por Luiz Fernando Lovik Fotos: divulgação

A linhagem mais nervosa da Audi vai ga-nhar um novo representante no Brasil este ano. O RS3, baseado no A3 de terceira ge-ração, desembarca no segundo semestre no mercado brasileiro para encarar o Mercedes--Benz A45 AMG e o BMW M235i. Como não poderia deixar de ser, o atrativo do hatch é o motor 2.5 TFSI capaz de gerar 367 cv de potência e 47,4 kgfm de torque. Vale lembrar que a tração é integral.

O propulsor, que também equipa o uti-litário esportivo RSQ3, leva o RS3 aos 100 km/h partindo da imobilidade em 4,3 segun-dos e a máxima é limitada eletronicamente em 250 km/h. A transmissão é a S-Tronic, nome adotado pela Audi para o câmbio de dupla embreagem e sete marchas.

A McLaren vai levar para o Salão de Genebra, na Suíça, no próximo mês, uma versão ainda mais api-mentada de seu híbrido P1. O bólido P1 GTR, proje-tado para as pistas, traz o motor tradicional V8 3.8 litros, de origem Nissan, configurado para 800 cv. Associado a ele, um propulsor elétrico que adiciona 200 cv para atingir redondos 1.000 cv – o P1 original

tem “apenas” 916 cv.Além da cavalagem de quatro dígitos, a versão

GTR ainda pesa 50 kg a menos. A redução de peso foi obtida a partir do uso intensivo de materiais mais leves na montagem do modelo – desde policarbonato nas janelas até titânio no sistema de exaustão, além de fibra de carbono em inúmeras peças.

Acerto no milhar

anunciadaFera

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Injeção de ânimo

A Nissan mostrou no Salão de Chicago, nos Esta-dos Unidos, o 370Z Nismo Roadster Concept. A ver-são mais invocada do conversível traz um motor V6 3.7 litros com 350 cv de potência e suspensão reforçada produzida pela divisão esportiva da marca japonesa. Por fora, o modelo conta com a adição de peças aero-dinâmicas inspiradas no GT-R, incluindo um aerofólio traseiro feito em fi bra de carbono exclusivamente para

o conceito, além de saias laterais e para-choques mais agressivos. Já o interior tem bancos Recaro.

O desenho sinuoso das linhas lembra bastante o do Ja-guar F-Type e contraria a tradição de objetividade do espor-tivo da Nissan. O 370Z Nismo Roadster Concept, se apro-vado para se tornar modelo de produção, expandirá a gama de carros da divisão esportiva para cinco – já são comerciali-zados o 370Z Nismo Coupé, o GT-R, o Juke e a Pulsar.

A Bentley vai ao Salão de Genebra, que abre as portas no dia 3 de março, na Suíça, com a gama do Continental GT de cara nova. As carrocerias cupê e conversível ganharam pequenas modifi cações nos para-choques, grade e para-lamas. No interior, a mar-ca britânica alterou o quadro de instrumentos, painel central e o acabamento dos bancos.

Na onda desta renovação, a Bentley aproveitou para dar mais potência ao esportivo de superluxo. Nas versões GT e GTC, o poderoso motor W12 de 6.0 bi-turbinado passou de 575 para 590 cv e o torque foi a 73,4 kgfm – 2 kgfm a mais em relação ao anterior. A fabricante ainda anuncia que o propulsor fi cou 5% mais econômico, graças ao sistema de desligamento seletivo de cilindros, nos momentos em que não há exigência de tanta força. A confi guração Speed conti-nua com 635 cv e 83,6 kgfm de torque, assim como as

versões V8 e V8S, que usam um propulsor 4.0 litros e permanecem com 500 cv com 67,3 kgfm e 528 cv com 69,3 kgfm, respectivamente.

Sintonia fina

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Por Michele Barbosa

Foto: Márcio M

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Empregabilidade é a capacidade de um indivíduo entrar ou manter--se no mercado de trabalho. Em ou-tras palavras, é possível dizer que a pessoa precisa estar adequada ao que o mercado de trabalho exige. Saber o grau de empregabilidade é importante para recolocação pro-fi ssional. Portanto, para iniciar tal jornada, o primeiro passo é refl etir sobre a importância de se preparar profi ssionalmente.

Pensando nisso, o CEBRAC (Centro Brasileiro de Cursos) criou o Programa de Empregabilidade para auxiliar pessoas que estão em busca de recolacação ou que vão entrar no mercado de trabalho. “A metodologia das aulas prevê mo-mentos de refl exão e de aplicação.

Assim, em todos os encontros, o aluno é convidado a refl etir sobre um tema, conhecer as ferramen-tas e fundamentos teóricos que o compõem e ainda vivenciar situa-ções que o farão aplicar os conhe-cimentos teóricos adquiridos”, ex-plica Luiz Carlos Zanotti, gestor do CEBRAC- Guarulhos.

O programa promove oito en-contros que abordam os seguintes temas: descobrindo o autoconheci-mento; currículo; estratégias para a conquista de um emprego; prepa-rando-se e participando de uma en-trevista de emprego; participando de uma dinâmica de grupo; estabe-lecendo metas e objetivos; postura empreendedora é o diferencial que o mercado quer; e a hora da ver-

dade: dicas para o primeiro dia de trabalho.

Segundo Luiz, o programa ofere-ce uma série de dicas e um roteiro de ações que permitirão que o aluno de-senvolva sua empregabilidade. Sem contar que atende desde o jovem, que busca seu primeiro emprego, até o profi ssional que já está no merca-do, mas busca uma melhor coloca-ção. “Este programa coloca os alunos em grande vantagem na disputa por um emprego. Além disso, este aluno vai adquirir autoconfi ança e conhe-cimentos para trilhar um caminho de sucesso em sua vida profi ssional”, fi naliza Zanotti.

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Projeto do CEBRAC visa a preparação do indivíduo para o mercado de trabalho

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CEBRAC – Centro Brasileiro de Cursos.Rua João Gonçalves, 254 – Centro.

Tel.: 4964-2222.

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Por Amauri Eugênio Jr. e Valdir Carleto

Bicampeonato da Escola de Samba Parque Cecap

A Escola de Samba Parque Cecap sagrou-se bicam-peã do Grupo Especial do carnaval 2015 de Guarulhos ao apresentar o enredo “Samba, magia e sedução”. O título veio de modo acirrado, ao derrotar a Império do Samba do Cocaia. Enquanto a Parque Cecap chegou a 179 pontos, a vice-campeã obteve 177,25. Na terceira posição fi cou a Escola de Samba Tok Final Pimentas, seguida pela Renascer de São Domingos.

A Liesg (Liga Independente das Escolas de Samba de Guarulhos), responsável pelo carnaval no município, op-tou por não haver descenso, em virtude de problemas téc-nicos durante os desfi les, realizados em 16 de fevereiro. Além disso, a Caprichosos da Vila e a Unidos de Vila Ti-juco, respectivamente campeã e vice do Grupo de Acesso, subiram ao Grupo Especial para o carnaval de 2016.

Inauguração da Maple Bear

Foi inaugurada, em 31 de janeiro, a unidade Guarulhos da Maple Bear Canadian School, esco-la bilíngue de educação infantil. O evento, reali-zado na sede da escola, contou com presenças de pais e alunos; do diretor acadêmico associado da instituição, Don Farrow; do cônsul canadense, Stéphane Larue; e da equipe da escola.

A Maple Bear Canadian School está locali-zada na avenida Salgado Filho, 516, Centro. In-formações: 4574-1114 ou [email protected].

Divulgação

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Conquistas de 2014 do Sindicato dos Metalúrgicos

Durante coletiva de imprensa organizada em 30 de janeiro, o Sindicato dos Metalúrgicos divulgou as conquistas obtidas pela categoria em 2014, no que diz respeito a aumentos salariais, avanços na PLR (partici-pação nos lucros e resultados), lutas por melhorias de condições de trabalho e qualidade de vida. Tais aspec-tos foram relatados em minilivro editado pela entidade.

Além disso, o Sindicato está mobilizado para combater mudanças divulgadas pela equipe do governo federal. “Os trabalhadores não podem ser penalizados, para resolver problemas de gestão dos governantes”, declarou o presi-dente, José Pereira dos Santos, durante a coletiva.

Márcio Lino / PMG

Esquerda para a direita: Fernando Cofiel, diretor de operações da Maple Bear Latin America; Stéphane Larue, cônsul-geral do Canadá em São Paulo; e Luciana Cofiel, diretora da Maple Bear Guarulhos

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Por Amauri Eugênio Jr. e Valdir Carleto

Bicampeonato da Escola de Samba Parque Cecap

A Escola de Samba Parque Cecap sagrou-se bicam-peã do Grupo Especial do carnaval 2015 de Guarulhos ao apresentar o enredo “Samba, magia e sedução”. O título veio de modo acirrado, ao derrotar a Império do Samba do Cocaia. Enquanto a Parque Cecap chegou a 179 pontos, a vice-campeã obteve 177,25. Na terceira posição fi cou a Escola de Samba Tok Final Pimentas, seguida pela Renascer de São Domingos.

A Liesg (Liga Independente das Escolas de Samba de Guarulhos), responsável pelo carnaval no município, op-tou por não haver descenso, em virtude de problemas téc-nicos durante os desfi les, realizados em 16 de fevereiro. Além disso, a Caprichosos da Vila e a Unidos de Vila Ti-juco, respectivamente campeã e vice do Grupo de Acesso, subiram ao Grupo Especial para o carnaval de 2016.

Inauguração da Maple Bear

Foi inaugurada, em 31 de janeiro, a unidade Guarulhos da Maple Bear Canadian School, esco-la bilíngue de educação infantil. O evento, reali-zado na sede da escola, contou com presenças de pais e alunos; do diretor acadêmico associado da instituição, Don Farrow; do cônsul canadense, Stéphane Larue; e da equipe da escola.

A Maple Bear Canadian School está locali-zada na avenida Salgado Filho, 516, Centro. In-formações: 4574-1114 ou [email protected].

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Conquistas de 2014 do Sindicato dos Metalúrgicos

Durante coletiva de imprensa organizada em 30 de janeiro, o Sindicato dos Metalúrgicos divulgou as conquistas obtidas pela categoria em 2014, no que diz respeito a aumentos salariais, avanços na PLR (partici-pação nos lucros e resultados), lutas por melhorias de condições de trabalho e qualidade de vida. Tais aspec-tos foram relatados em minilivro editado pela entidade.

Além disso, o Sindicato está mobilizado para combater mudanças divulgadas pela equipe do governo federal. “Os trabalhadores não podem ser penalizados, para resolver problemas de gestão dos governantes”, declarou o presi-dente, José Pereira dos Santos, durante a coletiva.

Márcio Lino / PMG

Esquerda para a direita: Fernando Cofiel, diretor de operações da Maple Bear Latin America; Stéphane Larue, cônsul-geral do Canadá em São Paulo; e Luciana Cofiel, diretora da Maple Bear Guarulhos

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Por Talita RamosFotos: banco de imagens

Como a qualidade de vida, além do salário e da aptidão, tem sido cada vez mais um item decisivo na hora de escolher uma profi ssão, o site de empregos norte-americano, CareerCast, divulgou uma lista com as dez profi ssões me-nos estressantes do mercado, que ainda foi replicada na revista Forbes, famosa por suas listagens curiosas. Dentre as dez profi ssões, se-lecionamos cinco, para inspirar os profi ssionais que pretendem mudar de vida em 2015.

Projeção de crescimento até 2022: 13%.

Projeção de crescimento até 2022: 22%

Projeção de crescimento até 2022: -10%.

Projeção de crescimento até 2022: 19%

Projeção de crescimento até 2022: 34%

2. OtorrinolaringologistaMédia salarial anual: US$ 69.700.

1. CabeleireiroMédia salarial anual: US$ 22.800.

5. JoalheiroMédia salarial anual:US$ 35.400

4. Técnico em registros médicosMédia salarial anual: US$ 34.200

3. Professor universitárioMédia salarial anual:US$ 69.000

As cinco profissõesmenos estressantes

Fonte: Forbes Brasil.

Page 67: Revista Guarulhos - Edição 97

LIST

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Por Talita RamosFotos: banco de imagens

Como a qualidade de vida, além do salário e da aptidão, tem sido cada vez mais um item decisivo na hora de escolher uma profi ssão, o site de empregos norte-americano, CareerCast, divulgou uma lista com as dez profi ssões me-nos estressantes do mercado, que ainda foi replicada na revista Forbes, famosa por suas listagens curiosas. Dentre as dez profi ssões, se-lecionamos cinco, para inspirar os profi ssionais que pretendem mudar de vida em 2015.

Projeção de crescimento até 2022: 13%.

Projeção de crescimento até 2022: 22%

Projeção de crescimento até 2022: -10%.

Projeção de crescimento até 2022: 19%

Projeção de crescimento até 2022: 34%

2. OtorrinolaringologistaMédia salarial anual: US$ 69.700.

1. CabeleireiroMédia salarial anual: US$ 22.800.

5. JoalheiroMédia salarial anual:US$ 35.400

4. Técnico em registros médicosMédia salarial anual: US$ 34.200

3. Professor universitárioMédia salarial anual:US$ 69.000

As cinco profissõesmenos estressantes

Fonte: Forbes Brasil.

Page 68: Revista Guarulhos - Edição 97

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