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  • 4Prezado Leitor, com satisfao que oferecemos aos nossos leitores e parceiros

    esta Edio Especial da Revista Indstria de Laticnios, que chega s suas mos em dose dupla. Alm do editorial convencional, trazemos outra capa O Guia Expomaq 2012, uma prvia do maior evento brasileiro dirigido ao setor laticinista. Em funo da importncia da feira e dos 40 anos de sua existncia, sempre levando conhecimento e novidades aos profissionais da rea, nossa publicao adiantou-se e abriu espao de destaque para o evento deste ano.

    O Guia Expomaq 2012 traz uma prvia do que ser apresentado na feira e no 29 Congresso Nacional de Laticnios. Alm de uma mostra das novidades que as empresas levaro para o Expominas Juiz de Fora, para orientao do pblico divulgamos as principais referncias do evento, como lista de expositores, Programao Cien-tfica de palestras e Minicursos do Congresso.

    Na edio convencional, procuramos trazer as ltimas novida-des da cadeia produtiva do leite e, para isso, inclumos entrevista exclusiva com Bernardo Macaya Trejos, que assumiu, em junho, a presidncia da Fepale (Federao Pan-americana do setor Leiteiro).

    Destacamos tambm na matria O primeiro passo, a importn-cia do tratamento e anlises da matria-prima leite para a qualida-de e segurana alimentar de produtos lcteos. Para aqueles que no puderam conferir as novidades da Fispal Tecnologia, Feira Interna-cional de Embalagens e Processos para as Indstrias de Alimentos e Bebidas, reunimos alguns lanamentos e os principais destaques do evento.

    Um dos pontos fortes desta edio est na qualidade e no con-tedo cientfico dos artigos tcnicos de acadmicos das principais universidades, centros de estudos e de empresas do setor laticinista, criteriosamente selecionados para nossos leitores. Temos certeza que o material disponibilizado na seo Fazer Melhor contribuir para ampliar o conhecimento dos profissionais da rea.

    Confira ainda nesta edio as novidades de produtos para o mercado de consumo e aes de empresas que atendem a rea de lcteos.

    Boa leitura! Luiz Souza

    Diretor e Editor

    Ano XVII n 97 julho/agosto 2012www.revistalaticinios.com.br

    ISSN 1678-7250

    Editorial

    Diretor e Editor Luiz Jos de Souza

    [email protected]

    RedaoJuara Pivaro

    [email protected]

    PublicidadeLuiz Souza

    Carolina [email protected]

    Daiane [email protected]

    AtendimentoAna Carolina Senna de Souza

    [email protected]

    CapaImagem de arquivo

    Diagramao Rafael Murad

    Assinatura Assinatura anual - R$ 105,00 (6 edies)

    Nmero avulso - R$ 18,00

    Comit EditorialAirton Vialta DG/Ital

    Ana Lidia C. Zanele Rodrigues Allegis ConsultoriaAntnio Fernandes de Carvalho UFV

    Ariene Gimenes Van Dender Tecnolat/ItalDarlila Aparecida Gallina Tecnolat/Ital

    Izildinha Moreno Tecnolat/Ital Jos Alberto Bastos Portugal Embrapa/CNPGL

    Mucio Furtado DuPont/Danisco Neila Richards UFSM

    Sebastio Csar Cardoso Brando UFV

    Outra publicao:

    SETEMBRO EDITORA

    Ed. Green Office MorumbiRua Domingues Lopes da Silva 890, Cj. 402

    Portal do MorumbiCEP 05641-030, So Paulo, SP, Brasil

    Tels.: (11) 3739-4385 / 8141-3274 / 2307-5561 / 2307-5563 / 2307-5568 / 2307-5574

    [email protected] opinies e conceitos emitidos em artigos assinados no

    representam necessariamente a posio da revista Indstria de Laticnios.

    Mantenha seus dados atualizados preenchendo os formulrios no site www.revistalaticinios.com.br

  • 5SUMRIO

    ANUNCIANTES

    u Entrevista: Fepale tem novo presidente ------------------------------------------------------------------------------------ 6u Empresas e Negcios: Veja quem movimentou os negcios lcteos no ltimo bimestre --------------------- 14u Evento Fispal Tecnologia ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 28 u Intercmbio Viagem ao conhecimento ---------------------------------------------------------------------------------- 36

    Matria de Capau O primeiro passo ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 22

    u Leite UHT O boom do leite UHT no Brasil -------------------------------------------------------------------------------- 39 u Legislao Legislao de produtos lcteos ------------------------------------------------------------------------------ 40u Painel --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 42

    Fazer Melhoru Problemas mais recorrentes dos Queijos Azuis (Estilo Gorgonzola) ----------------------------------------------- 52 u A quantificao seletiva de fermentos lticos e probiticos em produtos lcteos ----------------------------- 58 u Impacto da qualidade da matria-prima na indstria de laticnios ------------------------------------------------- 64 u Contagem de microrganismos mesfilos aerbios estritos e facultativos e contagem de microrganismos psicrotrficos em leite cru ------------------------------------------------------------------------------ 72 u Produo e aplicaes expolissacardeos microbianos em derivados lcteos ---------------------------------- 76u Produtos de Soro em Queijos Processados ------------------------------------------------------------------------------- 79u A evoluo das enzimas Coagulantes -------------------------------------------------------------------------------------- 80u Formao de olhaduras em Queijos ---------------------------------------------------------------------------------------- 82u Pesquisa em Cincias e Tecnologia do Laboratrio de leite e Derivados do DTA-UFV ------------------------ 84

    Akso 49 Fischer Term 49 M. Cassab 17

    Allegis 35 Fortitech 02 PZL 46

    Alphataste 45 Gold Pack 23 Quinabra 41

    Anhembi 31 Gail 11 Prover 42

    Brastkio 49 Vitafoods 19 3M 25

    Cargill 09 Hidrozon 29 SigCombibloc 13

    Entelbra 27 Horizonte Amidos 14 Tetra Pak 07

    Fortress 33 Intermarketing 15 Tate Lyle 21

    Feital 32 Nova Legislao 50 Tecnolat 89

    Sweetmix 18

  • 6Fepale tem novo presidenteDurante o 12 Congresso Pan-americano de Leite, o brasileiro Vicente Nogueira Netto passou a presidncia da Fepale (Federaco Pan-americana do Leite) para Bernardo Macaya Trejos, da Costa Rica, o primeiro membro da Amrica Central eleito para o principal cargo da entidade. Macaya Trejos tambm vice-presidente da Cooperativa Dos Pinos, reconhecido exemplo de sucesso do cooperativismo, e assumir a presidncia da Fepale pelos prximos

    dois anos. Em entrevista exclusiva Revista Indstria de Laticnios, o novo presidente fala das prioridades de sua gesto e da atual condio da Amrica Latina no setor de leite.

    Bernardo Macaya Trejos

    entrevista

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  • 8Revista Indstria de Laticnios Cules son sus proyectos prioritarios en el cargo de Presidente de Fepale? Bernardo Macaya Trejos La Fepale nace en noviembre de ao 1991, es una organizacin joven con un gran futuro por delante. Mi propsito es aportar mi esfuerzo y experiencia para que la Fe-pale siga consolidndose como la vocera de la lechera panamericana.Con esa misin he perfilado como reas prioritarias las siguientes: Defender los intereses convergentes del sector lcteo panamericano, en una coyuntu-ra donde la competencia internacional est actuando con mayor fuerza y no siempre de forma leal. A este campo de accin pienso dedicarle mucho pensa-miento estratgico; tenemos tambin el reto de fortalecer el consumo de la leche en todas las formas imaginables posibles, a partir de una produccin que sea amistosa con el ambiente. En esta direccin, la Fepale se convierte en una ventana facilitadora para desarrollar estrategias de cooperacin y trabajo conjunto con entes de impacto global en temas como nutricin, salud y medio ambiente. Es por ello que adquiere particular relevancia el desarrollo de agendas conjuntas con organizaciones como la FAO (Naciones Unidades) y la Organizacin Mundial de la Salud, entre otros.Por otra parte, la informacin y la capacitacin son dos vertientes para entender y aprehender el cambio que experimenta nuestra actividad. Estos elementos son dos pilares para trans-formar la realidad y precisamente en esa direccin, a travs de la FEPALE, buscamos fortalecer y diversificar las lneas de accin se han venido ejecutan-do, tales como la infoleche.com.

    RIL Cul es la importancia de Fepale la imagen actual de la economa de lasAmricas? Bernardo Macaya Trejos El crecimien-to econmico y los cambios demogrficos estn impulsando la demanda de todo tipo de productos lcteos en los pases desarrollados y en vas de desarrollo. Este cambio se refleja en una clase media emergente, que demanda productos sa-nos y envasados que se puedan adquirir

    en supermercados y pequeos comercios de las nuevas mega ciudades (India y Chi-na, por ejemplo).La Comisin Econmica para Amrica La-tina (CEPAL), en su reciente informe para Amrica Latina y El Caribe (junio 2012), proyecta un crecimiento para el presen-te ao de 3,7 por ciento, como se observa en el grfico 1.

    Grfico 1

    Aunque existen todava vulnerabilidades y los impactos externos han sido y conti-nan siendo crticos, la regin goza de muchas fortalezas y ha desarrollado un arsenal cada vez mayor de instrumentos de polticas pblicas.

    En este contexto, Amrica Latina est llamada a jugar un rol preponderante en la produccin de alimentos y en la promocin de la seguridad alimentaria. Nuestra regin tiene todos los ingredien-tes para convertirse en uno de los prota-gonistas principales del mercado mundial de alimentos (tierra, agua y conocimiento agropecuarios). No es de extraar enton-ces que durante el perodo 2001-2010 la produccin de leche en Amrica Latina creciera 34% y alcanzara ms de 81 millones de toneladas mtricas (10% de la produccin mundial).

    Por lo anterior es que desde Fepale vemos con optimismo el comportamiento reciente de la economa latinoamerica-na. El mayor crecimiento econmico es una oportunidad para incrementar el consumo per cpita de leche y dinamizar la produccin.

    RIL A medida que la organizacin pana-mericana puede contribuir a la evolucindel sector lcteo en los pases asociados con la Fepale? Bernardo Macaya Trejos Amrica La-tina mostr en el ao 2011 una produccin rcord de equivalente a leche fluida que alcanz cerca de las 84 millones de tone-ladas, para un crecimiento de 3,4%. Como se observa en el grfico 2, la tendencia ha sido creciente. Fepale busca ser un facilitador para los pases asociados y permitir que el potencial lechero que cada pas tiene pueda ser desarrollado en su mayor proporcin.

    Grfico 2

    En promedio la regin produce el 11%, exporta 8% e importa 14% de todos los lcteos a nivel mundial. Grfico 3

    Desde Fepale se pretende seguir desar-rollando instrumentos en materia de capacitacin, transferencia de conoci-miento y articulacin de polticas que dinamicen la actividad en Amrica Latina, teniendo claro que somos articuladores y facilitadores de los esfuerzos que cada uno de los pases hagan en cada uno de

    entrevista

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    sus territorios. Se debe considerar que el sector lechero latinoamericano es cada vez ms global. Cada vez, son menos los secretos y ms la necesidad de compartir experiencias, ello explica el proceso creciente de alian-zas entre los actores el cual pasa muchas veces por el aumento de la denominada coopetencia (mezcla de cooperar y com-petir de forma complementaria). Ante esta realidad dinmica, las organizacio-nes lcteas han optado por la flexibilidad para aprovechar las oportunidades y enfrentar las amenazas que el proceso de globalizacin trae consigo. Fepale se convierte en un puente para facilitar este tipo de intercambios, que a la postre impacta positivamente la actividad lctea panamericana como un todo.

    Los pases de las Amricas se encuentran en diferentes etapas de evolucinen el sector de productos lcteos. La competencia por nuevos mercados impide un mayor intercambio entre los pases de Amrica Latina? La Fepale tiene previsto intercambiar informacin y contribuir a estimular la evolucin de los pases que an no utilizan las tecnologas modernas en la produccin de leche?

    Desde Fepale tenemos claro que la agenda de polticas para enfrentar la coyuntura, debe reconocer dos aspectos fundamentales. Por un lado la heteroge-neidad existente entre los actores de la lechera mundial, que implica impactos diferenciados en la coyuntura. Por otro, tambin la agenda estratgica es clave porque ella define prioridades para se-guir impulsando la creacin de habilidades competitivas en el largo plazo, de manera que no se descuiden aspectos cruciales en el fortalecimiento de nuestras capa-cidades para garantizar la sostenibilidad del sector.

    Esa heterogeneidad y la presencia de diferencias en los estadios de desarrollo que se observa a lo interno del sector lcteo latinoamericano (entre pases y a lo interno de cada pas), han repre-sentado un reto para Fepale que se ha enfrentado trabajando en los puntos de convergencia donde todos ganan. Esto no significa que desaparezca la compe-

    tencia por los mercados, pero se esta-blece un espacio de dilogo para desar-rollar estrategias donde todos puedan desarrollarse, recordando que todava existe mucho espacio para fomentar los mercados internos, sobre todo en los pases donde existe an bajo consumo per cpita de leche.Por otras, Amrica Latina tiene pases que son superavitarios en la produccin de leche y tiene otros que son deficita-rios, esa realidad aunada a aspectos de precio, cercana geogrfica y la existen-cia de acceso preferencial en el marco de Acuerdos Comerciales prexistentes, definen en buena parte la direccin de los flujos de comercio de productos lcte-os que se observan en nuestra regin panamericana. Es precisamente a partir del comportamiento de estas variables, que los intercambios de productos lc-teos seguirn evolucionando en el futuro inmediato.

    RIL -Cules considera los mayores obst-culos de los pases latinoamericanospara aumentar la produccin y ganar ms mercados internacionales? Bernardo Macaya Trejos El merca-do lcteo internacional ha mostrado en los ltimos aos una importante vola-tilidad en los precios de los principales commodities. Esta coyuntura enva en algunas ocasiones seales confusas que crean incertidumbre y hacen que los productores prefieran esperar antes que tomar decisiones de expansin, por ejemplo. Esto se ve reflejado con mayor claridad en el comportamiento de una de las variables ms importantes para los productores, a saber, el precio que recibe por su produccin el cual se ve afectado por la volatilidad en los precios de los productos finales a nivel internacional. El comportamiento del precio al productor es la variable que ms roces genera a lo interno de la cadena lctea y es uno de los parmetros ms importante para que los productores produzcan ms o menos leche.

    A lo anterior se suma el comportamiento de los costos de produccin (muchos de los pases latinoamericanos son depen-dientes de la importacin de granos para la elaboracin de los piensos) y polticas

    productivas internas que muchas veces no estimular la produccin local, a pesar de tratarse de productos fundamen-tales en la seguridad alimentaria de nuestros pases.Por otras parte, las barreras comercia-les (arancelarias y no arancelarias) que muestran los mercados ms desarrolla-dos son a la postre el principal obstculo para que las exportaciones lcteas de los pases latinoamericanos pueda mantener un crecimiento sostenido, sin omitir el comportamiento de la demanda la cual se mueve, en mucho, al ritmo que evolucionen las condiciones econmicos de los pases.

    RIL Ahora, cules son los mayores productores de leche procedentes de los pases afiliados a Fepale? Bernardo Macaya Trejos Brasil es el productor ms grande de los pases afiliados a FEPALE, representando el 38 por ciento de la produccin de leche en Amrica Latina durante el lapso 2007-2011, de acuerdo a los estudios de Perspec-tivas Alimentarias que realiza la FAO. Le sigue Argentina con 14 por ciento, Mxico con igual porcentaje, Colombia con 9 por ciento, Ecuador con 7% y el Resto con 18 por ciento. El grfico 4 permite observar el com-portamiento reciente por pas en lo que respecta la produccin de leche, a partir de informacin de la FAO (no todos los pases incluidos son miembros de FEPALE)

    Grfico 4

    entrevista

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    RIL -En qu reas de los pases afiliados a Fepale tienen una mayordiscapacidad y necesidad de apoyo tecnolgico para hacer crecer la industria lctea? Bernardo Macaya Trejos De nuevo en este campo se impone la existencia de la heterogeneidad entre los pases y entre los sectores a lo interno de cada pas. Existen importantes oportunidades de mejorar en la gestin empresarial de las fincas, en las tcnicas para mejorar la calidad de la leche y la salud de los hatos, siendo este un campo frtil para apoyar con asistencia tcnica integral y con estmulo por parte de la industria, en las alternativas de alimentacin del ganado para mejorar los costos de produccin por este rubro, en el manejo del cambio climtico, en la infraestructura de cami-nos rurales y la oferta de servicios bsi-cos, en la formalizacin de los sectores informales y finalmente, pero no menos importante, en implementacin de polti-cas pblicas de estmulo de la actividad. Estas reas son un reto importante, su mejoramiento se traducira sin duda alguna en un fortalecimiento del sector a nivel panamericano.RIL En Brasil, el consumo de leche es an baja y varias campaas de alentar a losconsumidores a tomar leche. No es slo una cuestin de poder adquisitivo, perola costumbre de no beber leche. En otros pases de Amrica Latina el panorama es similar? Bernardo Macaya Trejos En el V ndice Lcteo elaborado por Tetra Pak se pone de relieve la oportunidad que supone cumplir las expectativas de los consumi-dores con bajos ingresos en pases en de-sarrollo. Un mercado que en los prximos tres aos crecer un 14% hasta alcanzar los 80.000 millones de litros, lo que implica retos para desarrollar productos de manera diferente, distribuirlos y ven-derlos tambin de forma diferente a fin de extender el acceso a una correcta nutricin en los pases en desarrollo. En grfico 5 se muestra el compor-tamiento del consumo per cpita de lcteos por pas, a partir de informacin de la FAO: Grfico 5

    Es claro que existen pases que consu-men menos leche de la que se consume en Brasil y en esta realidad tiene un peso importante el ingreso de los consumi-dores. Es por ello que el reto est en diversificar la oferta con productos y derivados lcteos que se adapten a presupuestos familiares ms estrechos. Mediante esta va se pueden incremen-tar los consumos per cpita, pero sobre todo impactar positivamente en la nutri-cin de nuestras poblaciones.Fepale desarrolla una campaa titulada Ms Leche, ms Salud, precisamen-te como estrategia para cambiar los hbitos de consumo. Esta iniciativa se ha visto complementada en muchos de los pases con programas del vaso escolar, donde intervienen las instituciones p-blicas relacionadas con la nutricin y la educacin de los nios.RIL Las cooperativas se han entregando una solucin a muchos pases. La Fepale tiene proyectos para estimular y contribuir a la formacin y / o mantenimiento de las cooperativas? Bernardo Macaya Trejos El mercado mundial de lcteos est dominado por un conjunto de cooperativas de gran escala. Su crecimiento y fortalecimiento se da en un marco de fuerte competencia interna-cional ejercida por empresas multinacio-nales.En grafico 6, se puede observar el impor-tante rol que juegan las cooperativas en la produccin de leche en Amrica Latina (una realidad similar e incluso an ms marcada se da a nivel mundial).La Fepale reconoce la importancia que tiene el modelo cooperativo en la pro-duccin y comercializacin de productos lcteos en la regin panamericana, no obstante, los programas existentes buscan el desarrollo de la actividad sin distingos sobre la modalidad de producci-n propiamente dicha, reconociendo que la oferta de servicios existente tiene un impacto positivo tanto empresas que son cooperativas como en aquellas que no son. Las polticas de fomento y creacin de Co-operativas propiamente dicha son resorte directo de la legislaciones de cada pas.

    Grfico 6

    RIL La cooperativa en la que son parte de la junta es uno de los mayoresejemplos de xito. Podra resumir los factores que llevaron al xito? Bernardo Macaya Trejos Entre los principales factores de xito de las Coo-perativas que forman parte de la Junta Directiva de Fepale, salvando las parti-cularidades en el desarrollo de cada uno de ellas, se encuentra: Marco Jurdico de estmulo y fomento del modelo cooperati-vo; Visin empresarial de los miembros que han conformado los diferentes Consejos de Administracin; Administracin profe-sional fundamentada en la existencia de capital humano capacitado, competitivo y bien remunerado; Integracin de los diferentes eslabones de la cadena de valor lctea, propiciando es establecimiento de sinergias y eficiencias a lo largo de la misma; Estmulos para lograr una materia prima ( la leche) de la mejor calidad, debida-mente remunerada (precio al productor); Innovacin en los procesos productivos y en la elaboracin de una oferta produc-tiva que supere las expectativas de los consumidores; Incorporacin de buenas prcticas en los procesos productivos e inversiones en la incorporacin en la tec-nologa de punta; Ampliacin de mercados mediante los procesos de exportacin; Equitativa distribucin de la riqueza entre los asociados y desarrollo de esquemas democrticos en el proceso de toma de decisiones por parte de la Asamblea de Socios.

    RIL Por favor, indique los mayores desafos de los productores de lechePanamericanos. Bernardo Macaya Trejos Entre los principales desafos de la actividad, destacan los siguientes: Volatilidad en los precios internacionales; Cambio Climtico y reordenamiento de los territorios; Com-petencia internacional y las distorsiones del mercado; Costo de los concentrados y alternativas de alimentacin; Aumento en el consumo de lcteos; Aumento en la presencia de sucedneos (falsos lcte-os); Estatus sanitarios y facilitacin del comercio; Mayor inversin en investigacin y desarrollo agropecuario; Calidad de la infraestructura, que no slo afecta los precios de las exportaciones sino tambin el de las importaciones (el Banco Mundial estima que los costos logsticos en Amri-ca Latina como porcentaje del PIB varan entre 16 y 26 por ciento, comparado con el nivel de referencia de la OCDE de 9 por ciento).

    entrevista

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    CaluLana nova linha de iogurtes light

    empresas & negcios

    J est no mercado a novidade que a Calu (Cooperativa Agropecu-ria Ltda. de Uberlndia), a linha de io-gurtes light. Sabor na medida certa e com baixa caloria, os novos produtos podem ser encontrados nos sabores ameixa e morango.

    De acordo com o gerente do de-partamento comercial da Calu, Ge-raldo Magalhes, o produto era uma solicitao antiga dos consumidores da marca. Preparamos um iogurte

    que mantm o sabor tradicional, mas com a vantagem de ter baixa caloria, o que contribui para uma dieta equi-librada, ressalta Magalhes.

    Os lanamentos so ideais para a gerao sade. o que confirma a nutricionista Camila Rezende. Para ela, o benefcio do iogurte light est na menor quantidade de gordura e colesterol em relao ao iogurte nor-mal e, mesmo assim, fornece uma quantidade adequada de clcio. Ain-

    da segundo a especialista, a sugesto consumir em mdia trs pores de leite e/ou derivados por dia para garantir uma alimentao saudvel.

    A Calu atua h 50 anos no mer-cado de lcteos. Mais de 50 produtos compe o portflio da marca. Quei-jos, manteigas, leites, iogurtes, bebi-das lcteas e requeijes, entre outros, recheiam as mesas das famlias do Tringulo Mineiro e Alto Paranaba, Norte e Nordeste do Brasil.

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    Tirol

    Nestl

    Vigor

    Produo com sabor maturado

    Traz edio limitada de Moa Docinho Prestgio

    Apresenta nova frmula de Margarina Cremosa

    empresas & negcios

    Entre as linhas mais populares da Tirol est a de queijos provolone, com variedades que guardam sabor forte e levemente picante, caractersticos deste queijo maturado de origem ita-liana.

    A Tirol oferece seu queijo provo-lone fresco em diferentes formas e

    tamanhos, incluindo verses fracio-nadas e fatiadas, selecionadas para as mais variadas aplicaes culin-rias, desde aperitivos frios at o seu derretimento em cobertura de pizzas e pratos gratinados.

    O mtodo de fabricao do quei-jo provolone resulta em alimento de

    consistncia semidura, com textura fechada e filante. As peas so de-fumadas at obteno de casca de tom castanho, que preserva por mais tempo as to apreciadas proprieda-des originais deste queijo, que ofere-ce um aporte significativo de prote-nas e clcio.

    A empresa refora a linha Moa Docinhos com a edio limitada no sabor Prestgio. A novidade, que che-ga para todo o Brasil, uma delicio-sa combinao de leite condensado Moa, chocolate e pedaos de coco.

    O novo Moa Docinhos Prestgio possui consistncia adequada para o preparo de docinhos e sobremesas,

    alm de ideal para ser utilizado como cobertura e em recheios de bolos, tor-tas, rocamboles e, at mesmo puro, a qualquer hora do dia.

    A edio limitada chegou aos su-permercados de todo o Brasil junto com as tradicionais festas juninas, perodo que, assim como as festas de final de ano, responsvel por

    um grande aumento de consumo da categoria. Prtico e pronto para ser usado, o Moa Docinhos Prestgio pode ser encontrado em embalagem lata com 380 gramas, que apresenta cones visuais que remetem ao tradi-cional Prestgio aliados com a incon-fundvel imagem de Moa.

    A empresa lanou a Margarina Cremosa Vigor, que chega livre de gordura trans e apresenta 65% de li-pdios. A Vigor, presente no mercado h mais de 90 anos, pretende, com o novo reposicionamento, revolucionar o sabor dos momentos mais simples que esto presentes do dia a dia da maioria dos brasileiros. O lanamen-to faz parte de nova fase da empre-sa, que trouxe tambm a renovao das embalagens, alm de grandes novidades em suas categorias. Estas aes reforam a procura pela satis-

    fao do consumidor, alm de desta-car seus principais ingredientes, com muito appetite appeal, e sua tradi-cional cor azul presente nas emba-lagens.

    De acordo com Anne Napoli, di-retora de marketing da Vigor, o novo posicionando da empresa chega ao mercado com foco total nas necessi-dades de seus consumidores. A Mar-garina Cremosa Vigor ideal para o consumidor moderno, prtico e que preza por um estilo de vida e alimen-tao equilibrada, explica Anne.

    A tradicional marca de lcteos e queijos, em constante busca pela qualidade e satisfao de seus con-sumidores, investe na renovao de seus produtos e embalagens para atender as necessidades do seu p-blico-alvo. A nova linha, que pode ser encontrada nas variantes: 250g (ver-so sem sal) e 500g (verses com sal e sem sal), que podem ser encontra-das nos principais supermercados no Brasil.

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  • empresas & negcios

    UnioReceitas de vida por um

    mundo mais doce

    A Unio anuncia seu novo posi-cionamento: por um mundo mais doce, em campanha publicitria, criada pela agncia New Energy. A nova plataforma de comunicao traz a assinatura Receitas de vida por um mundo mais doce - Onde tem doce tem Unio. O conceito surgiu a partir dos valores da marca sabor, qualidade e confraternizao de-tectados por meio de pesquisa reali-zada com mais de 1 mil consumido-ras e que transmitem a dimenso da generosidade ao preparar um doce para agradar uma pessoa querida, ressaltar a felicidade de reunir a fa-mlia e amigos, alm de explorar ce-nas do cotidiano vividas com alegria, afeto e lembranas marcantes.

    A empresa est investindo cerca de R$ 15 milhes em marketing, que inclui desenvolvimento de novos pro-dutos, reformulao de embalagens com cores atraentes e vibrantes, ma-terial de PDV, criao e veiculao de peas de mdia on e off-line, pesqui-sas com os consumidores, shoppers, entre outras aes. As peas ficaro no ar por dois meses e tem como des-taque trs produtos da linha: Refina-do, Naturale e Fit.

    Para Mara Pezzotti, diretora de Marketing da Cosan Alimentos, a nova assinatura Onde tem doce tem Unio traduz o papel do A-car Unio na vida dos brasileiros. A campanha trabalha com o conceito criativo e afetuoso Receitas de vida

    por um mundo mais doce, constru-do a partir de apurao realizada com nossas consumidoras que trans-mitiram a forte ligao afetiva da marca com suas receitas. As peas trazem situaes onde as receitas esto relacionadas s demonstra-es de afeto, carinho, generosidade, amor, lembranas de infncia, alm de risadas gostosas com a famlia e amigos, acrescenta a executiva.

    A campanha multimdia com-posta por trs filmes para TV, ann-cios de pgina tripla nas principais revistas femininas, material de ponto de venda e mobilirio urbano (no Rio de Janeiro), alm de aes virtuais as-sinadas pela agncia VML.

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    Danubio Lana embalagem

    para solteiros

    Danone lana suplemento

    pioneiro para msculo, fora e mobilidade

    empresas & negcios

    Atenta s ltimas tendncias do mercado, a Danubio inova e apresen-ta linha de requeijo single, em co-pos de 140g. Nas verses Tradicional e Light, os produtos oferecem ao con-sumidor a opo de levar para casa uma embalagem no tamanho exa-to para as famliasmenores ou para quem solteiro.

    Desde o incio dos anos 90 o mer-cado single vem crescendo e um novo tipo de consumidor cria deman-das cada vez maiores por produtos adaptados ao seu estilo de vida. Com a nova linha Single, a Danubio inova o conceito no mercado de requeijo no Brasil apresentando uma poro ideal para o consumo rpido e sem desperdcio, uma tendncia crescen-

    te entre os solteiros e casais sem fi-lhos, resume Samuel Prado, Gerente de Marketing da Danubio.

    Assim como os demais Requei-jes Danubio, a linha single tambm produzida pelo processo de ultra-filtrao, que garante a consistncia cremosa e sabor suave que j so ca-ractersticas da marca.

    A Support Advanced Medical Nu-trition, diviso de nutrio mdica do grupo Danone, esteve presente no XVIII Congresso Brasileiro de Ge-riatria e Gerontologia, que aconteceu no Rio de Janeiro entre os dias 22 e 25 de maio. A empresa apresentou no evento e nesta ocasio junto comu-nidade mdica um novo suplemento alimentar, que chega s farmcias e drogarias a partir de julho: o FortiFit.

    FortiFit destinado a melhorar aspectos como fora, massa mus-cular e mobilidade, o que possvel graas sua formulao desenvolvi-da para proporcionar uma rpida ab-soro da protena pelo organismo, estimulando a sntese muscular. Por isso, este suplemento ser muito uti-

    lizado pelo pblico idoso, que atinge um nvel alto de reduo de fora e massa muscular sndrome deno-minada como Sarcopenia. Apesar de ter grande destaque nos congressos internacionais, a Sarcopenia ainda um tema pouco discutido no Brasil. Por isso, Support e FortiFit patrocina-ram um simpsio satlite ministrado pela equipe especializada da Unifesp, que discutiu a abordagem clnica e a interveno nutricional em pacien-tes com Sarcopenia. A participao macia dos congressistas, em torno de 1.100 participantes, demonstrou a importncia do assunto.

    De acordo com Fernando Lopes, gerente de produto da Support res-ponsvel pela marca, esse o maior

    investimento da companhia j feito no Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia. Queramos realmen-te chamar a ateno para o tema Sarcopenia e para o lanamento do FortiFit. Como a proposta do produto dar mais fora e movimento, trou-xemos para nosso estande algumas atividades que envolvem esses con-ceitos para os profissionais de sa-de. Estamos muito contentes com o resultado. Agora os profissionais da rea j sabem que podem contar com um produto pioneiro no merca-do, que pode proporcionar uma mu-dana real na qualidade de vida dos idosos, completa Lopes.

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    O processamento de alimentos envolve inmeros sistemas e tecnologias que garantem a segurana de consumo dos produtos, Boas Prticas de Fabricao (BPF), APPCC (Anlise de Perigos e Pontos Crticos de Controle), entre outros recursos, esto os sistemas utilizados mas a condio da matria-prima essen-cial para que o produto final atenda aos requisitos de segurana alimentar e, para isso, existem instrumentos de testes essenciais para anlise. A legislao vigente, associada a aes de rgos de defesa do consumidor e ao incremento de exportaes ampliam a necessidade das indstrias buscarem solues que garantam produ-o segura. As empresas do setor de leite e produtos lcteos esto entre os segmentos que utilizam matria-prima altamente sujeita a contaminao e que requer cuida-dos com manuteno de temperatura adequada, desde o produtor at a distribuio nos pontos de venda.

    O leite considerado um dos alimentos mais com-pletos e, por sua riqueza nutritiva, fundamental que tambm seja seguro. Mnica Maria Oliveira Pinho Cer-queira, professora associada da Escola de Veterinria da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e coorde-nadora geral do LabUFMG, destaca: Dentre as carac-tersticas que o tornam to suscetvel deteriorao e contaminao esto: sua composio, o elevado teor de gua e o pH neutro. Assim, em toda a cadeia produ-tiva, medidas preventivas devem ser implementadas para minimizar os perigos microbiolgicos, fsicos e qumicos. Desta forma, por ser um alimento muito consumido, especialmente por crianas, indispensvel que o leite e seus derivados apresentem baixa conta-gem bacteriana, ausncia de microrganismos patognicos ou de suas toxinas e de resduos de antimicrobianos, alm de compo-sio adequada. Nesse quadro, a seleo da ma-tria-prima pelas indstrias deve ser criteriosa e se torna importante adotar programas de pagamento por qualidade,

    visando obteno de leite seguro e com elevados teores de protena e gordura. Esses programas baseiam-se, nor-malmente, em critrios de bonificao e de penalizao.

    No Brasil, h anos, instituies e entidades do setor vm trabalhando em aes para melhoria da qualidade do leite. Mnica M.O. P. Cerqueira afirma que: nos lti-mos anos, a qualidade do leite no Brasil tem melhorado em algumas regies e propriedades, como consequncia das aes de algumas indstrias de laticnios e tambm dos pro-dutores. No entanto, preciso evoluir muito mais, princi-palmente no que se refere manuteno desta quali-dade durante todo o ano. A sazonalidade ainda muito marcante, influenciando no apenas a CBT (Conta-gem Bacteriana Total), mas tambm a CCS (Contagem de Clulas Somticas) e a composio do leite.

    O primeiro passo

    Antes de chegar ao consumidor os

    produtos alimentcios passam por

    inmeros controles em suas vrias

    possibilidades de processamento, que

    garantem a segurana alimentar, porm

    todas as etapas dependem da qualidade

    da matria-prima.

    Segurana alimentar

    Equipamento Hexis

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    Em relao qualidade, a contaminao est nor-malmente ligada a falhas de procedimentos em vrias etapas relacionadas obteno e armazenamento do leite na propriedade. Estas falhas incluem, por exemplo: ordenha de animais com tetos sujos ou mal higieniza-dos (falhas na preparao e no predipping), falhas na limpeza e desinfeco dos equipamentos e/ou utenslios (baixa temperatura da gua para circulao do deter-gente alcalino clorado; no circulao de detergente cido e no desinfeco com cloro, alm de concentra-o errada dos produtos de limpeza) e uso de gua de baixa qualidade microbiolgica, ou seja, contaminada nos processos de limpeza e desinfeco dos equipamen-tos e utenslios. Para a professora da UFMG, a indstria deve ter sempre como objetivo, a captao de leite com a menor CBT e CCS.A indstria deve ter sempre como objetivo, a captao de leite com a menor CBT e CCS possvel, para garantir a maior eficincia de seus processos tecnolgi-cos. Quanto melhor a qualidade microbiolgica do leite cru, mais eficiente ser a pasteurizao, ou seja, menor ser a proporo de microrganismos que conseguiro sobreviver a este processo e, consequentemente, maior ser a vida de prateleira e a qualidade do produto final.

    Entre os microrganismos importantes relacionados ao leite, destaca-se o Staphylococcus aureus, bactria que importante agente envolvido na etiologia da mastite e tambm em casos de intoxicao alimentar. A bactria termo-lbil, mas suas enterotoxinas produzi

    das so termoestveis e resistem aos tratamentos trmicos como a pasteurizao lenta ou rpida. Neste sentido, muito importante o controle da mastite para evitar a multiplicao desse tipo de bactria no leite e alcance contagem suficiente para a produo de entero-toxinas e de outros metablitos.

    Equipamento Hexis

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    Controles Segurana alimentar

    Os principais controles que devem ser observados pelas indstrias de laticnios relativos matria-prima, segundo a Instruo Normativa N 62, publicada pelo Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA), incluem: contagem bacteriana total (CBT), contagem de clulas somticas (CCS), determinao dos teores de protena, gordura, extrato seco desengordura-do, extrato seco total e pesquisa de resduos de antimi-crobianos. A avaliao da qualidade do leite cru deve ser realizada em um dos laboratrios credenciados junto ao MAPA que compe a Rede Brasileira de Laboratrios de Qualidade do Leite (RBQL) em no mnimo, uma vez por ms. Desta forma, as indstrias devem coletar as amos-tras de leite de seus produtores e envi-las em caixas contendo gelo reciclvel, no mnimo, uma vez por ms.

    Como medidas de auto-controle nas propriedades rurais, recomendvel ainda, o monitoramento da qualidade microbiolgica da superfcie dos tanques refrigeradores e equipamentos de ordenha, por meio de swabs. Esta prtica permite identificar possveis pon-tos ou locais que apresentam falhas na higienizao e sanitizao e que contribuem, consequentemente, com o aumento da CBT do leite do tanque.

    Para a professora Mnica, outro controle importan-te refere-se avaliao da qualidade microbiolgica e fsico-qumica da gua utilizada na propriedade e que pode afetar direta ou indiretamente a qualidade do lei-te. O monitoramento da qualidade da gua deve ser re-alizado pelo menos duas vezes por ano ou toda vez que houver aumento expressivo na CBT do leite do tanque. Nas indstrias de laticnios, destacam-se como medidas de auto-controle importantes: contagem de microrga-nismos psicrotrficos do leite de tanques refrigerado-res e de caminhes ou carretas e o monitoramento da eficincia da higienizao e desinfeco da superfcie de mangotes e dos compartimentos dos caminhes para evitar recontaminao e aumento da CBT do leite durante o transporte.

    As contaminaes mais comuns durante a obteno e armazenamento do leite incluem microrganismos me-soflicos e psicrotrficos, a exemplo de Pseudomonas spp.

    A presena de coliformes, microrganismos comumente encontrados, relaciona-se a falhas no manejo de orde-nha e na higienizao e desinfeco dos equipamentos/utenslios alm do uso de gua contaminada.

    Entre os patgenos, Staphylococcus sp. representa um dos mais comumente encontrados. Como este microrga-nismo um dos mais envolvidos na etiologia da mastite e tem elevada prevalncia nos rebanhos, comum a sua presena no leite cru. Salmonella spp., Listeria spp., Yersinia enterocolitica, entre outros podem tambm contaminar o leite e representar risco sade pblica.

    A professora Mnica destaca as ferramentas utiliza-das para garantir segurana alimentar, tais como Boas Prticas Agropecurias (BPA), Boas Prticas de Fabri-cao (BPF), Procedimentos Padres de Higiene Opera-cional (PPHO), Programas de Reduo de Patgenos e Anlise de Perigos e Pontos Crticos de Controle (APPCC). Estas ferramentas so utilizadas com o objetivo prin-cipal de garantir a segurana alimentar em todas as etapas do ciclo produo x consumo. Para isso, durante o processamento tecnolgico, a pasteurizao lenta ou rpida extremamente importante para eliminao de 100% dos microrganismos patognicos e 99,99% dos saprfitas, sem alterar a composio fsico-qumica e qualidade sensorial do leite.

    Alm deste tratamento trmico, aquele usado no beneficiamento do leite UAT, conhecido como Ultra Alta Temperatura, tambm relevante, mas insufi-ciente para eliminar enzimas como proteases e lipases produzidas por bactrias psicrotrficas. Estas enzimas, quando presentes no leite podem desencadear defeitos tecnolgicos importantes na bebida UAT, conhecidos como geleificao e outros por off-flavours. Embora sejam fundamentais no processamento tecnolgico de leite e derivados, os tratamentos trmicos no garantem que o leite no veicule patgenos. Recontaminao aps o tratamento trmico pode ocorrer e por essa razo, todo o processamento tecnolgico deve ser monitorado e medidas preventivas associadas aos pontos crticos de controle devem ser implantadas para evitar os riscos.

    Os cuidados estendem-se tambm ao uso racional e responsvel de medicamentos veterinrios na atividade leiteira. Antibiticos e outros medicamentos veterin-rios, como as ivermectinas, tm elevada estabilidade trmica, no sendo eliminados em sua totalidade pelos tratamentos trmicos. Por isto e pelos riscos relaciona-dos sade pblica e tambm aos problemas tecnolgi-cos como interferncia no desenvolvimento de culturas lcteas usadas na fabricao de leites fermentados, preciso prevenir a sua ocorrncia no leite. A preveno inclui a adoo de medidas na fazenda para evitar que o leite do tanque veicule estes medica-mentos. No caso de deteco de resduos na fazenda, o leite no deve ser captado e, no caso de resultado positivo no caminho ou carreta, a indstria no pode receber este leite, que deve ser descartado e, caso isto no seja realizado pela indstria, medidas de autuao so impetradas pelo MAPA.

    Equipamento Hexis

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    Segurana alimentar

    Para o monitoramento da qualidade da matria--prima, os produtores podem utilizar vrias tecnologias, como mtodos rpidos (Placas Petrifilm Staph Express) para identificao rpida de vacas portadoras de Staphylococcus aureus na glndula mamria (mastite subclnica), placas Petrifilm para contagem de micro--organismos mesoflicos e para coliformes a 35C e E. coli e swabs de superfcie para avaliao da eficincia dos processos de limpeza e desinfeco do equipamento de ordenha e do tanque refrigerador.

    As indstrias tm disponveis tambm os mtodos rpidos e swabs para monitoramento da limpeza e de-sinfeco de equipamentos e caminhes, alm de indi-cadores de temperatura durante o transporte das caixas contendo as amostras de leite coletadas nas proprieda-des at os laboratrios da RBQL para monitoramento da qualidade visando atender IN 62.

    Entre as empresas que atendem o setor de leite com instrumentos de anlise e testes est a Hexis Cientfica, que fornece produtos utilizados desde o momento de recepo do leite at o monitoramento do produto final. Um dos produtos de destaque da empresa para garantir a segurana do produto final o Charm, Kits para de-teco de antibitico, nova plataforma de testes rpidos, que produz resultados de Beta-lactmicos em um minu-to e Combo, em dois minutos. Entre as inovaes dispo-nibilizadas pela empresa est tambm o Sistema Epic, metodologia baseada na deteco de bioluminescncia gerada pela presena de ATP Intracelular de uma clula de microrganismo em produto ultrapasteurizado (UHT). Aps apenas 36 horas de incubao se uma amostra a 35-37C em estufa estiver contaminada, em funo de ao dos reagentes EPIC, o equipamento ser capaz de identificar a presena de qualquer microrganismo (bac-trias, mofos e/ou leveduras). Este equipamento garante segurana na liberao das amostras, com um aumento

    no giro do estoque a baixo custo. Um novo produto chegou ao mercado para revo-

    lucionar a rea de testes e anlises nas indstrias de ali-mentos. A novidade vem pela diviso Food Safety da 3M, trata-se do Molecular Detection System (MDS), mtodo que traz agilidade e preciso de forma simples e com mais produtividade na deteco de patgenos como Salmonella, E.coli 0157 e Listeria. O MDS uma combina-o de tecnologias, envolvendo ampliao isotrmica de DNA com deteco por bioluminescncia.

    O sistema oferece resultados sensveis, focando e ampliando o cido nuclico em amostras enriquecidas. Antes do lanamento foram realizados testes com gran-de variedade de alimentos em diversos pases, incluin-do o Brasil, em amostras de lcteos, carnes, alimentos processados, vegetais, raes, entre outros, alm de amostras ambientais relacionadas ao processamento de alimentos.

    Maria Teresa Destro, professora associada da Facul-dade de Cincias Farmacuticas da USP (Universidade de So Paulo) informa que: o princpio do mtodo o da amplificao isotrmica do DNA bacteriano e, como emprega um maior nmero de primers para a amplifi-cao que nos demais testes existentes, existe menos riscos de resultados falsos. Alm de porttil, o equipa-mento pode mudar de lugar no laboratrio sem necessi-dade de calibraes.

    A nova soluo foi desenvolvida para atender as principais necessidades do mercado com um sistema compacto, simples e robusto, que oferece fcil implanta-o e baixa manuteno. O equipamento ocupa menos espao que um laptop, sendo porttil e adaptvel em qualquer laboratrio.

    Com o MDS, diversos tipos de microrganismos po-dem ser verificados na mesma rodada de testes, contri-buindo para execuo rpida, reduzindo erros e ganhan-do produtividade.

    O kit de testes para deteco de Salmonella recebeu, no incio de 2012, certificao AOAC (Association of Official Agricultural Chemists), entidade cientfica sem fins lucrativos que testa e certifica mtodos de anlises. Outras aprovaes internacionais esto em andamento e devero ser publicadas em breve. O sistema j est disponvel para comercializao no Brasil.

    Com o 3M Molecular Detection System trazemos uma inovao para o mercado de segurana alimen-tar, que possibilita de maneira simples e confivel a realizao de testes, permitindo economia de tempo, agilidade na tomada de decises e maior produtividade na deteco de microrganismos patognicos. uma inovao que colabora ainda mais para o sucesso de nossos clientes e suas marcas e proteo da sade de seus consumidores, ressalta Marcelo Leonardo, gerente da diviso Food Safety da 3M.

    Solues

    Equipamento 3M

  • A inovao da 3M vem agregar mais segurana nas anlises do leite e no faltam instrumentos com tecnologia para atestar qualidade, mas o processo de melhoria no setor vem passando por adiamentos de normatizao, refletindo dificuldades do setor produtivo no Brasil.

    Embora a Instruo Normativa 51 tenha sido publi-cada em 2002, somente entrou em vigor compulsoria-mente em julho de 2005. No perodo de 2005 at julho de 2011, quando os novos padres legais para CBT e CCS deveriam entrar em vigor nas regies Sul, Sudeste e Centro-Oeste, houve a publicao de uma nova Ins-truo, prorrogando at dezembro de 2011, os padres vigentes de CCS mxima de 750.000 cls./mL e de CBT mxima 750.000 UFC/mL. Em dezembro de 2011, foi publicada nova Instruo (IN 62) que mudou os padres de CCS para 600.000 cls./mL e de 600.000 UFC/mL para CBT.

    Sobre possveis consequncias dessas medidas, fala a professora associada da Escola de Veterinria da UFMG: nos casos daquelas indstrias que j realiza-vam um trabalho de educao continuada junto aos seus produtores e que tm programas de pagamento por qualidade, acredito que a qualidade ir melhorar, independentemente, da mudana. No entanto, no caso das indstrias que no tm aes junto aos seus pro-dutores e que no valorizam a qualidade, as consequ-ncias sero de maior perda no rendimento industrial e tambm na qualidade sensorial dos produtos lcteos. Se no houver mudana de comportamento, a tendncia de a qualidade no melhorar e o pior, em 2014 e 2016, quando novos padres devero entrar em vigor, continu-aremos com um nmero expressivo de produtores cujo leite no atende os preceitos legais.

    A consequncia disto o risco de nova mudana e de perda de credibilidade. No podemos esperar pas-sivamente por isto. necessrio um trabalho de base e de orientao tcnica junto aos produtores cujo leite no apresenta qualidade para garantir que a qualidade melhore.

    Outro ponto importante destacado que durante o transporte, todo o esforo do produtor de leite com qualidade pode ser perdido, quando o produto sem qualidade de outros produtores adicionado ao mesmo caminho de coleta a granel. Desta forma, muitas vezes, o leite que a indstria paga, no o que ela recebe. O pagamento baseia-se nas anlises feitas no leite do tanque individualmente e o que a indstria processa, o que ela recebe a partir da coleta dos caminhes. necessria tambm a adoo de medidas complementa-res para monitorar a qualidade do leite dos caminhes e evitar perdas econmicas significativas em funo da baixa qualidade.

    O setor produtivo de leite est alinhado com exi-gncias e normas internacionais, porm as dimenses continentais do Brasil e heterogeneidade cultural dos produtores so grandes desafios do setor de leite e Monica O.P. Cerqueira acredita que a partir do momento em que a educao nortear as aes em mbito geral, ocorrer evoluo progressivamente para haver um s leite no pas, aquele que no tem uma letra, mas, sobre-tudo, qualidade e segurana.

    Normatizao

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    Fispal TecnologiaA hora da aposta

    no Brasil

    evento

    Neste ano, o evento contou com 146 expositores estrangeiros de 16 pases diferentes, representando crescimen-to de 35% em relao ao ano anterior. Vrios pavilhes internacionais trouxe-ram novidades da Alemanha, Blgica, Canad, Chile, China, Colmbia, Co-ria, Emirados rabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, Holanda, ndia, Itlia, Mxico, Taiwan e Turquia.

    A feira recebeu mais de 60 mil vi-sitantes do Brasil e do exterior, que puderam conhecer cerca de dois mil expositores. Durante a Fispal Tecno-logia foram realizadas 112 rodadas de negcios com 10 compradores interna-cionais e 25 empresas brasileiras trans-formadoras de plstico, associadas ao Programa ExportPlastic. De acordo com o INP (Instituto Nacional do Plstico) a projeo de negcios US$ 1,7 milho para os prximos 12 meses.

    Congresso Simultaneamente feira, foram

    realizados trs congressos tcnicos e

    um simpsio sobre Segurana Alimen-tar, iniciativa conjunta da BTS Informa e do IBC Brasil, empresa do Grupo In-forma especializada na realizao des-se tipo de evento. Entre os dias 12 e 14 de junho, 500 congressistas puderam trocar informaes e experincias so-bre tecnologias, tendncias e desafios para a indstria de alimentos.

    Alm de palestras sobre tecnologia em embalagens, entre outros, outros temas inerentes indstria de alimen-tos foram foco no congresso. Luiz Madi, presidente do ITAL (Instituto de Tecno-logia de Alimentos), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de So Paulo conduziu no congresso os debates sobre os Rumos da Indstria Alimentcia no Brasil. Entre os temas levantados durante o congresso, a sau-dabilidade foi destacada por Gino Di Domenico, presidente da Schincariol, como um bom exemplo de aes que vm sendo implementadas pela marca na melhoria dos produtos. Segundo ele, a empresa conseguiu nos ltimos anos

    trocar aromas artificiais por naturais, reduzir entre 15% a 20% a quantida-de de acar nas bebidas e cortou em cerca de 14% o consumo de gua nos processos industriais.

    Fabio Acerbi, diretor de assuntos corporativos da Kraft Foods salientou que no deve existir uma dualidade entre a indstria e rgos regulatrios, como a Anvisa, mas uma parceria. No estamos em plos opostos. A indstria tambm quer consumidores saudveis para que o consumo seja sustentvel. Dessa forma, a Kraft superou suas me-tas na eliminao de gordura trans, de-jetos slidos, entre outros.

    Entre outros pontos discutidos, fi-cou claro que os incentivos e polticas para a indstria de alimentos ainda so insatisfatrios, principalmente quando se leva em considerao a crescente demanda por alimentos no apenas no Brasil, mas em cenrio amplo, como a Amrica Latina.

    A presena de pblico qualificado e crescimento de empresas do exterior marcaram a 28 Fispal Tecnologia Feira internacional de embalagens e processos para as

    indstrias de alimentos e Bebidas. Realizada de 12 a 15 de junho, no Pavilho de Exposies do Anhembi, em So Paulo, o cenrio econmico internacional, principalmente o europeu, contribui para a vinda de fabricantes estrangeiros com objetivo de participar da mostra.

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    EVENTO

    ExpositoresEm geral, os expositores conside-

    raram que esta mostra refletiu ritmo normal de negcios em relao a 2011, um ano de crescimento significativo para a economia brasileira. Em 2012, voltamos ao ritmo normal, ou seja, h crescimento no setor, mas no nos pa-tamares do ano passado, afirmou Kle-ber Dreux Miranda, diretor operacional da Sunnyvale. Ele destacou ainda que devido ao desempenho da economia europeia, vrias companhias parcei-ras de sua empresa vieram do exterior para ajudar no incremento das vendas no Brasil.

    A Sunnyvale trouxe vrios lan-amentos para esta edio da Fispal Tecnologia, entre eles, a codificadora Domino A32Oi, que traz facilidade de manuseio e versatilidade e a verifica-dora de peso CWE, equipamento da multinacional alem Bizerba, com tec-nologia aplicada para maior preciso na pesagem, que tem entre suas fun-cionalidades possibitar correo auto-mtica da linha de produo de acordo com a verificao do peso paa que haja conformidade com as informaes do produto.

    A empresa lanou tambm sua prpria linha de detectores de metais, fabricados pela alem S+S. Parte da estrutura complementar dos equipa-mentos ser produzida no Brasil, na planta da Sunnyvale.

    A Geiger lanou na feira, sistema

    emulsificador a vcuo (GSEV), equi-pamento utilizado para emulsificar volumes de produtos em tempo redu-zido com controle confivel das condi-es do processo. Kelly Gonalves, da rea vendas da empresa, considerou o interesse do pblico nesta edio da Fispal semelhante a 2011. Recebemos clientes que j estvamos em contato e tambm novos profissionais do setor que nos visitaram na feira, comenta Kelly.

    Igor Guardino Machado, gerente OME Solution Products da Schneider Eletric, aposta a iniciativa do governo de incentivo ao crdito deve acelerar a

    economia e a Fispal costuma dar bons resultados ps-feira. Neste ano, a em-presa destacou o Pac Drive 3, aplicado em mquinas de embalagens de alta performance. O equipamento engloba servocontroladores, servodrives, servo-motores com drive integrado e robs, permitindo aumento de desempenho das mquinas,maior produtividade, reduo de custos em montagem e ma-nuteno, maior confiabilidade, alm de reduzir consumo de energia eltrica em at 30%.

    A empresa apresentou tambm so-lues para mquinas de baixa e mdia performance, demonstrada em rob do tipo Pick & Place, alternativa para con-trole e posicionamento de eixos, com-binando funes de movimento com padres de automao. A tecnologia foi desenvolvida especialmente para fabri-

    cantes de mquinas (OEMs) nas inds-trias de embalagens, transformadoras, txteis e madeireiras. A soluo possui caractersticas como controle de movi-mento para eixos sincronizados, con-trole de velocidade e contagem rpida.

    A Fibrav, presente h 35 anos no mercado na fabricao de fiberglass, mostrou na Fispal, solues para as trs reas atendidas pela empresa: alimentos, industrial e saneamento. Andrei Ribas, gerente comercial da em-presa, destaca que: esta feira foi muito importante na trajetria de nossa em-presa e constitui uma oportunidade de prospeco de clientes e encontro com nossos parceiros.

    EmbalagemTodos os segmentos relacionados a

    embalagens constituem ponto forte da Fispal Tecnologia. Nesta edio, tive-mos praticamente o dobro de visitan-tes em relao anterior e houve in-cio de alguns projetos bem promissores para futura negociao, mencionou Lucimara F.Paganini, coordenadora de vendas e marketing da Ulma.

    Na feira, a empresa demonstrou li-nha completa de embalagem, contem-plando a automatizao e integrao dos processos de embalagem primria e secundria com posterior paletizao constitudo por: Empacotadora Flow Pack Ulma, modelo Atlanta para a em-balagem primria; Ordenao e gesto do produto vindos da empacotadora Flow Pack; Gesto do processo de qua-

    SunnyvaleSchneider Eletric

    Sunnyvale

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    EVENTO

    lidade e garantia da integridade do pro-duto por meio de detector de metais e controladora de peso Thermofisher; Encaixotadora Automtica Ulma com carga automtica tipo Pick & Place; Paletizao Robotizada. Outro equipa-mento que recebeu um destaque es-pecial no evento foi a Termoformadora Ulma, higienizvel, modelo TFS 300, fabricada no Brasil. Verstil, eficiente e extremamente robusta, este equipa-mento tem excelente custo benefcio para empresas que buscam a automa-o de seus processos com ganhos de apresentao e economia de insumos.

    Empresa que comemorou bons ne-gcios durante o evento foi a Milainox, revelou Rafael Granato, da diviso de laticnios. Neste ano, a companhia est trabalhando em projetos especiais e trouxe equipamentos para realizar as-sepsia antes do envase com cabine que utiliza oznio nos copos para garantir segurana alimentar.

    A Milainox veio com novidade em seu portflio e anunciou lanamento,

    fruto de parceria com a Metler Toledo, passando a disponibilizar ao mercado balana de preciso para envases de 5 a 200 kg. O equipamento executa a operao de acordo com o tamanho da embalagem e pode ser utilizado para leite, iogurte, manteiga e alimento pas-tosos, sucos, gua, entre outros.

    Certamente muitos negcios sero concludos nos prximos meses, calcu-lamos que teremos vendas superiores a R$ 5 milhes, em decorrncia da Fispal e de outras feiras de negcios que par-ticipamos no mesmo perodo, como a FCE Pharma e a Fenagra, comenta Ro-berto Weiss, diretor comercial da Con-solid. Recentemente, a empresa anun-ciou aquisio da conceituada empresa nacional Rodrinox e as parcerias inter-nacionais com a Littleford Day (EUA) e Vmeca (Coria), a feira confirmou a tima aceitao do pblico, proporcio-nando mais de 300 novos contatos para a Consolid.

    Weiss afirma que alm dos negcios firmados, a Fispal foi uma tima opor-

    tunidade para consolidar as parcerias internacionais, fomos prestigiados pela presena dos executivos destas empresas, que estiveram conosco du-rante o evento e ministraram treina-mentos para o pessoal tcnico e de vendas afirma.

    A Fispal tambm trouxe novas opor-tunidades de contatos com empresas internacionais que buscam parceiros confiveis no Brasil, no momento que o pas comea a ter seu mercado aber-to para o mundo. Weiss ainda anuncia que j confirmaram presena no pr-ximo ano e sem dvidas teremos ainda mais novidades.

    A Sig Combibloc apresentou no evento estratgia de inovao, que tem como base o trip: inovao atravs da plataforma tecnolgica atual, alta escala de diferenciao e menor custo total de produo.

    Um dos pilares, a inovao, utiliza a plataforma tecnolgica atual da em-presa. Luciana Galvo, gerente de ma-rketing para a Amrica do Sul, explica:

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    este pilar ser ilustrado pelas tecnologias drinkplus, combibloc EcoPlus e pela nova ge-rao de mquinas para alimentos com pe-daos de 25 mm.

    A embalagem combiblocEcoPlus tem sus-tentabilidade como foco e reduz em 28% a emisso de CO2, quando comparada com uma embalagem convencional de 1 litro do mesmo formato. O segredo est no uso de uma composio de carto e em uma cama-da especial de poliamida ultrafina. A novida-de para 2012 o lanamento da embalagem ecolgica com tampa combiCap, que pesa apenas 1,85 g, utilizando menos matria--prima em sua produo.

    Entre os lanamentos da empresa est a embalagem combiblocXSlim, disponvel nos volumes de 80, 90, 100, 110, 125, 150 e 180 ml. As embalagens pequenas facilitam, por exemplo, lanar produtos com proposta de baixo desembolso unitrio.

    A Sig deve trazer ainda formatos diferen-ciados e solues, como a garrafa cartonada, que ser lanada na Europa nos prximos meses, baseada em alta escala de diferencia-o, o segundo pilar da empresa. O terceiro pilar, ou seja, menor custo total de produo, a ideia , em futuro prximo, oferecer mqui-nas com velocidades de envase superiores a 15 mil unidades/hora para embalagens de 1 litro e superiores a 24 mil embalagens/hora para tamanhos pequenos.

    Crescimento acima de 50% em 2011 foi anunciado pela Sig Combibloc na Fispal, no-vas parcerias e antecipao da expanso de sua fbrica no Brasil tambm foram pontos destacados no evento pela empresa.

    Ainda no segmento de embalagens, a Verallia, diviso de embalagens de vidro da Saint Gobain, que fabrica potes e garrafas para bebidas e alimentos, participou da Ilha do Leite, possibilitando aos visitantes revi-ver os tempos do leite em garrafa de vidro. A ao foi apoiada pela produtor de leite Xan-d, Avery Denninson, empresa de tecnologia em adesivos, Alphacolor - Solues em pro-cessos, produtos e sistemas diferenciados de impresso e CSI Tampas Plsticas.

    Fornecedores de outros materiais para embalagens tambm tiveram espao espe-cial na Vila do Ao, que trouxe novidades da Brasilata, CSN, Prada, Rimet, Rojek, Silgan e Litografia Valena. Com o tema sustenta-bilidade, o stand mostrou de forma criativa como funciona a cadeia de reciclagem, desde a separao da embalagem ps-consumo at o retorno para a usina.

    As embalagens de ao e alumnio recebe-ram recentemente diferenciao pela Unio Europeia, que classificou esses metais em posio de liderana sustentvel entre as embalagens. O Parlamento Europeu reco-nheceu a condio de reciclagem infinita dos metais, sem degradao e sem depauperar

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    EVENTO

    os recursos ambientais. Desta forma, a Europa atesta oficialmente que as em-balagens metlicas esto inseridas na categoria dos materiais permanentes que contribuem de forma relevante com o desenvolvimento sustentvel. O avano deve-se campanha da nova entidade Metal Packaging Europe, que rene fabricantes de embalagens de ao e de alumnio na Unio Europeia. Tanto o ferro (FE) como o alumnio (AL), so elementos qumicos infinitamente reciclveis que se renovam conservan-do suas qualidades, sem riscos de esgo-tar os recursos do planeta.

    No Brasil, 97% das latinhas de alu-mnio para bebidas so recicladas. Nas latas de ao, o percentual de recicla-gem de 50%. Este ndice ser eleva-do rapidamente com a criao da As-sociao Prolata Reciclagem, iniciativa de 15 empresas do setor de embalagem de ao afiliadas a Associao Brasileira de Embalagem de Ao (Abeao). Que-remos inaugurar centros de reciclagem em todo o pas. Esta ser a primeira instituio no Brasil a trabalhar for-malmente dentro das normas da PNRS (Poltica Nacional de Resduos Sli-dos), promulgada recentemente pelo governo federal, explica Thais Fagury, gerente executiva da Abeao, Thais Fa-gury.

    A ideia da Prolata conscientizar a populao sobre a importncia da reci-

    clagem de embalagens de ao ps-con-sumo e estimular a coleta seletiva, completa Fernando Mouro, presidente da Prolata e diretor da Abeao.

    Os metais ao e alumnio - so os nicos de todos os materiais cuja logs-tica reversa lucrativa, ou seja, o cus-to de trazer de volta as latas metlicas usadas menor do que o valor delas, isso porque so insumos e no res-duos para serem reaproveitados na metalurgia do alumnio e do ao, sa-lienta Antnio Carlos Teixeira lvares, presidente do Siniem (Sindicato Nacio-nal da Indstria de Estamparia de Me-tais) e presidente da IPA ( International Packaging Association).

    Novos mercados e mais tecnologia

    A Tetra Pak veio para o evento com notcias dos resultados da inaugurao da primeira planta da Amrica Latina para testes de alimentos em embala-gens cartonadas. A companhia j vis-lumbra novos negcios decorrentes da planta instalada. Desde julho de 2011, mais de 30 receitas foram desenvol-vidas na fbrica piloto, instalada em Mau (SP). Alm disso, diversos testes foram realizados em conjunto com quatro clientes de trs pases sul-ame-ricanos.

    De acordo com Fernando Varella, diretor executivo de vendas de contas

    Food da Tetra Pak, a estrutura dispon-vel localmente foi fundamental para firmar a parceira com a Agro Andina SAPEM, que inaugurou recentemente a primeira fbrica na Argentina equi-pada com a linha Tetra Recart para embalagens de alimentos em pedaos. Alm deste primeiro negcio, temos trs grandes projetos na Amrica Lati-na, que devem resultar em oito novos produtos nas gndolas at o final deste ano, afirma Varella.

    Atualmente 10% do mercado bra-sileiro de vegetais em conserva j uti-liza a Tetra Recart e, em 2012, cerca de 130 milhes de embalagens devem ser comercializadas em toda a Amri-ca Latina. Alm do milho, ervilha, soja, lentilha e feijo, outros produtos dife-renciados esto sendo desenvolvidos no pas. Na planta de testes j foram preparadas saladas de frutas, massas com molhos e at feijo com linguia na caixinha, afirma Varella.

    A unidade fabril localizada em Pon-ta Grossa (PR) recebeu investimento de R$ 144 milhes e o projeto para produ-o das embalagens Tetra Recart ,em Ponta Grossa, dever ser validado em julho de 2013, quando ser concluda a primeira fase do projeto de expan-so. Paulo Nigro, presidente da Tetra Pak, complementa: Temos o objetivo de continuar crescendo no pas para acompanhar a meta global de multipli-

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    EVENTO

    car por oito as vendas de embalagens para alimentos at 2020.

    No stand da empresa, os visitantes tambm puderam conhecer nova solu-o, que vem ao encontro de parme-tros de sustentabilidade das indstrias a Tetra a Tetra LactensoR Aspetic com tecnologia OneStep, que permite a pro-duo de leite UHT por meio de um nico passo de processo, maximizando a produtividade

    A tecnologia OneStep, que ainda vai passar por validao no Brasil, eli-mina a necessidade do pr-tratamento de pasteurizao e o armazenamento intermdio do leite. Atravs de um pro-cesso contnuo, o leite pr-aquecido, clarificado, uniformizado e homoge-neizado antes de ser submetido ao tratamento UHT e ao arrefecimento obtido por regenerao; sendo ento transferido para os tanques asspticos. Este encadeamento de operaes num nico passo contnuo reduz o tempo de processamento, que habitualmente demora dois dias, para apenas algumas horas diminuindo tambm os custos

    em at 50%, quando comparado com as solues convencionais.

    Isso significa que a nova tecnologia permite que as operaes UHT sejam completamente automatizadas e con-tnuas, com menos pausas e menores desperdcios de produto.

    De acordo com Bengt Eliasson, di-retor da Diviso de Solues Asspti-cas para Lcteos da Tetra Pak, todo o processo muito mais eficiente que as solues convencionais, oferecen-do considerveis redues de custos e reduzindo bastante o impacto am-biental. Os custos de operao tam-bm so mais baixos porque, ao usar a OneStep, necessrio menos equipa-mento e menos espao, conclui Bengt.

    O Tetra LactensoR Aseptic com tec-nologia OneStep pode reduzir o con-sumo de energia em at 40% e reduzir o consumo de gua em at 60%. Estas economias correspondem a uma redu-o da pegada de carbono do proces-so de tratamento de leite de at 40%. Alm disso, o processo contnuo reduz a perda de produto em at 33% quando

    comparado com as solues UHT con-vencionais.

    Com a capacidade para alterar o contedo de matria gorda nos produ-tos lcteos sem parar a produo e processar leite com diferentes nveis de matria gorda em simultneo a tecnologia OneStep garante uma linha assptica de enorme flexibilidade, per-mitindo um planejamento de produo mais eficiente e a otimizao das m-quinas de envase usando at 100% da sua capacidade.

    Alm da forte presena de empresas estrangeiras, foi possvel observar que os expositores da Fispal chegam, a cada ano, com solues com mais tecnologia e maior consistncia para sustentabilidade na produo das indstrias e para reciclagem, demons-trando que meio ambiente no mais pano de fundo para muitas indstrias, mas objetivo prioritrio.

    Tetra Pak

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    Viagem ao conhecimento

    INTERCMBIO

    O I Intercmbio Tcnico promovi-do pela Cap-Lab contou com a parti-cipao de 40 profissionais convidados pela empresa que, durante sete dias de intensa atividade, puderam verificar como os argentinos conseguem ofere-cer produtos de qualidade e tambm incorporar inovao para conquistar seus consumidores. A primeira visita aconteceu Funesil (Fundacin Cultu-ral de Profesores y Amigos de la Escue-la Superior Integral de Lechera de Villa Mara) - Escola de Laticnios de Villa Maria, localizada a 150 km de Buenos Aires. A entidade atende alunos desde cursos para crianas, que ao chegarem idade adequada podem ou no opta-rem por cursar o nvel tcnico na rea de lcteos da instituio. Alm de for-

    mao tcnica, a fundao conta com curso superior para o setor de lcteos.

    A planta instalada na Funesil considerada modelo e conta com labo-ratrio que utiliza equipamentos com alta tecnologia, tornando-se referncia para o setor. No local, o grupo brasileiro foi recebido por Carlos Berra, subsecre-trio da Secretaria da Agricultura da Provincia de Crdoba e por professores, que mostraram as instalaes indus-triais e laboratrios.

    Uma das profissionais que compu-nham o grupo visitante, Maria Cristi-na Mosquim, professora e consultora tcnica da Abiq (Associao Brasileira da Indstria de Queijos), ressaltou a satisfao de conhecer a Funesil: l, os engenheiros so formados, esta-

    giam, trabalham nas empresas lcteas argentinas e at em pases vizinhos. Dos recursos dessa escola, cuja men-salidade est em torno de R$ 200, 00, 80% vem da venda de seus produtos, do desenvolvimento de produtos para vrias empresas, de testes com novos aditivos, culturas, entre outros, e do la-boratrio credenciado.

    Na cidade de Esperanza, os brasi-leiros puderam conhecer tambm o trabalho e equipamentos utilizados no laboratrio da Alecol (Associacin del Litoral de Entidades de Control Le-chero), onde so realizadas anlises de amostras de leite, semelhante ao que faz o RBQL no Brasil. Alm de anlises de rotinas para empresas, o Alecol cer-tifica outros laboratrios oficiais.

    Com objetivo de proporcionar atualizao em tecnologias e tendncias de mercado ao laticinista, a Cap-Lab organizou viagem a circuito lcteo na Argentina, que passou pelas cidades de Crdoba, Villa Maria, Rafaela, Santa F e pela capital, Buenos Aires. Os participantes puderam conferir como o pas

    vizinho trata a qualidade do rebanho e produo leiteira, industrializao de lcteos, processos, controle de qualidade, entre outros aspectos da produo argentina.

  • 37

    O grupo de viajantes teve ainda in-formaes sobre os resultados mdios verificados em Contagem Total de Bac-trias e de Clulas Somticas, dados que estimularam os brasileiros a conti-nuarem a busca pela melhoria da qua-lidade do leite brasileiro.

    Segundo Maria Cristina Mosquim, na Argentina, o pagamento do leite por qualidade j uma realidade e as empresas enviam pelo menos qua-tro amostras de leite mensalmente com custo inferior aos nossos. Na-quele pas, o governo no participa, como aqui, comprando equipamentos e mantendo muitos empregados, mas tem acesso a todas as anlises que qui-ser ver e avaliar. Os laboratrios fazem tambm crioscopia e testes de antibi-tico, complementa a consultora.

    Pesquisa e indstrias

    Uma das paradas importantes do circuito lcteo aconteceu em Rafaella, onde fica a sede do Inta (Instituto Na-cional de Tecnologia Agropecuria), entidade semelhante Embrapa Gado de Leite. Os profissionais brasileiros pu-deram conhecer algumas pesquisas e o programa de extenso rural realizado pela instituio junto aos produtores de leite e suas principais dificuldades com pecuaristas da regio. O grupo co-nheceu ainda o tambo experimental da fazenda e tambm participaram de debate com pecuaristas da regio sobre a cadeia produtiva do leite e suas prin-cipais dificuldades. A troca de informa-es gerou discusso, transformando o encontro em momento marcante para os participantes. Na passagem pela ci-dade de Rafaella, os profissionais bra-sileiros conheceram a moderna tecno-logia da Sucesores de Alfredo Williner , fabricante do famoso doce de leite Ilo-lay, que possui uma das mais moder-nas plantas industriais da Argentina

    para processamento de queijos frescos, produtos desidratados, leite longa vida e doce de leite.

    As visitas a indstrias foram pontos altos do roteiro do Intercmbio Tcnico Cap-Lab. Entre os fabricantes visitados na Argentina est a Noal, localizada na cidade de Villa Maria, que produz queijos frescos, semi-duros e duros. O laticnio recebe 600 mil litros de leite por dia e, alm do consumo interno, parte de seus produtos so exportados. No local, os brasileiros ficaram impres-sionados com a automao da planta instalada, que se destaca pela utiliza-o de formas microperfuradas e de salmouras mecanizadas.

    Na rota dos laticnios, estava tambm uma das maiores empresas de lcteos da Argentina, a Sancor Co-operativa Tamberos Central, localizada na cidade de Sunchales. Em suas 14 f-bricas, a indstria processa quatro mi-lhes de litros de leite por dia.

    Os visitantes puderam conhe-cer ainda a filial argentina da multi-nacional da Arla Foods Ingredientes, empresa totalmente dedicada ao pro-

    cessamento de soro lquido e em p, com produo de concentrado proteico de soro para exportao.

    Carlos Hegg, diretor do Laticnios Ti-rolez, que fez parte do grupo de viajan-tes, conclui que: ficou claro para todos a competitividade dos argentinos na produo de leite. No entanto, acredi-to que com o trabalho realizados pelos laticnios brasileiros junto aos produ-tores de leite na orientao, visando ganhos de qualidade e produtividade, nosso pas ainda ser altamente com-petitivo, passando a ocupar importante espao no mercado nacional.

    Os argentinos provaram que pos-suem um grande know-how em pro-dutos lcteos e ganharam o respeito da maioria dos visitantes, que voltaram com outro olhar sobre a produo ar-gentina. Percebemos que h espao para todos e s temos a ganhar com esse intercmbio, principalmente pela motivao em aprimorarmos cada vez mais os nossos produtos. Parabenizo a Cap-Lab pela iniciativa que proporcio-nou grande aprendizado complemen-ta Nanci Harumi Ohata Santana, dire-

    Arla Foods Ingredientes

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    Viagem ao conhecimento

    INTERCMBIO

    tora da Fermentech. Os convidados destacaram a impor-

    tncia do roteiro percorrido na viagem e a diretora da Fermentech, ressaltou o alto nvel dos profissionais do grupo, que realmente estavam interessados em trocar experincias e aprender com um mercado, que apesar de to prxi-mo, to diferente.

    Para conhecer os produtos do mer-cado argentino, os brasileiros visita-ram supermercados, onde puderam ver produtos inovadores do setor de lcteos, suas embalagens atrativas e as chamadas em gndolas sobre valo-res nutricionais de queijos, experincia que serviu para dar ideias de possveis novos desenvolvimentos no Brasil.

    Alm de aumentar seus conheci-mentos e verem in loco como os ar-gentinos lidam com esse importante setor da economia do pas, os brasilei-ros tambm tiveram a oportunidade de descontrao em passeios pela noite de Buenos Aires e conferir os saborosos pratos da culinria argentina.

    Sobre esta primeira experincia de

    intercmbio tcnico, Vinicius Capelleto, diretor da Cap-Lab afirma: Consegui realizar um sonho profissional e pes-soal. H muito tempo tinha a vontade de levar um grupo de profissionais do setor para conhecer como funcionam os processos fora do pas. O I Intercm-bio tinha como o principal objetivo ex-pandir o conhecimento dos laticinistas brasileiros com o intuito de atender o mercado que est cada vez mais exi-gente e diversificado e, com muita sa-tisfao, posso afirmar que esse objeti-vo foi alcanado. Passamos por diversas cidades e pelas empresas Noal, Coo-perativa de Arroyo Cabral, Arla Foods, Sancor, Williner e Alecol e, nessas visi-tas, observamos a preocupao com a atualizao constante e modernidade das fbricas e dos processos, alm do controle da qualidade e da produo leiteira, sem falar dos profissionais que obtm uma excelente base e formao junto a FUNESIL, escola de ensino tc-nico e superior. Diante dessa realidade foi possvel perceber que existe muito a mudar no Brasil e nos tornarmos ainda

    mais competitivos.Capeleto ressaltou tambm a re-

    ceptividade que encontrou na Argenti-na: no posso deixar de citar tambm toda a hospitalidade com que fomos recepcionados em todas as visitas e pela Subsecretara de Lechera da Ar-gentina. Realmente fomos surpreendi-dos pelo acolhimento e disponibilidade dispensada a ns, sem exceo. Outro ponto importante foi o prazer em con-viver por uma semana com parceiros e amigos de longa data, estreitando la-os que so to importantes. S tenho a agradecer a todos que embarcaram com a Cap-Lab neste projeto e o fize-ram to especial.

    A iniciativa da Cap-Lab, certamen-te, ter repercusso nas empresas e entidades dos profissionais partici-pantes desta experincia, que pode-ro replicar os conhecimentos para outros profissionais do mercado, contribuindo para o aprimoramen-to da produo de lcteos brasileira. Que venham novos intercmbios!

  • 39

    O boom do leite UHT no Brasil

    O leite UHT foi introduzido no Brasil na dcada de 70, e, at o incio da dcada de 90, representava menos de 10% do mercado de leite fludo. Atu-almente, representa 83,4% do consumo de leite fluido no pas e a tendncia que a participao do leite longa vida aumente.

    No Brasil, o UHT ganhou espao na cesta de compras dos consumidores pelas vantagens que apresenta em re-lao ao leite pasteurizado ou leite de saquinho.

    O leite pasteurizado, submetido a tratamento trmico na faixa de tem-peratura de 72C a 75C, durante 15 a 20 segundos, em equipamento de pas-teurizao a placas, seguindo-se de resfriamento imediato at temperatu-ra igual ou inferior a 4C e envase em circuito fechado sob condies que mi-nimizem contaminaes.

    As vantagens do leite UHT em re-lao ao pasteurizado so: reduo no custo de transporte, pela embalagem de fcil armazenamento, que supor-ta maior peso e ocupa menor espao (devido ao seu formato) e no neces-sita refrigerao; praticidade para o consumidor, que pode adquirir leite para perodos maiores (maior tempo de prateleira do leite longa vida em relao ao pasteurizado) e tambm porque os laticnios conseguem au-mentar a rea de atuao, vendendo o produto para mercados distantes.

    Figura 1.Total de leite fluido consumido no

    Brasil, total de UHT (eixo da esquerda em bilhes de litros) e fatia de mercado do leite UHT (eixo da direita - em %).

    * estimativa

    Fonte: Associao Brasileira da Indstria de Leite Longa Vida (ABLV) / Compilado por Scot Consultoria

    Brasil x Austrlia Em outros pases, como na Austr-

    lia, o mercado de leite fluido diferen-te por vrios fatores. Entre eles, est a durao do leite pasteurizado na pra-teleira, que ultrapassa uma semana, enquanto que no Brasil de trs dias. Essa diferena ocorre devido quan-tidade de microrganismos iniciais do leite brasileiro. A pasteurizao um processo de reduo da carga micro-biana, ou seja, quanto menor for a carga microbiana inicial, menor ser a carga final, fazendo com que o tempo de prateleira do produto seja superior. O principal fator responsvel pela car-ga microbiana do leite a condio de higiene e sanidade na ordenha e no caso da Austrlia essa condio permi-te que o shelf life do produto final seja maior. Naquele pas, o leite pasteuriza-do comercializado em garrafas pls-ticas de um, dois e trs litros. (Observe na figura 2 a participao do leite UHT na Austrlia)

    Figura 2Total de leite fluido consumido na

    Austrlia, total de UHT (eixo da esquer-da em bilhes de litros) e participao do leite UHT (eixo da direita)

    * estimativasFonte: Dairy Australia /

    Compilado e adaptado por Scot Consultoria

    Nos ltimos dez anos, o consumo de leite UHT no chegou a representar 10 % do consumo de leite fluido na Aus-trlia. A estimativa para este ano que o UHT seja responsvel por 7,6% deste mercado. (Observe na figura 2 que nos ltimos trs anos houve queda no con-sumo de leite UHT.)

    Pases com consumo per capita de lcteos elevado, como Finlndia, Irlan-da, Inglaterra e Holanda tambm no tm tradio de consumo de leite UHT.

    J na Frana, o mercado de UHT res-ponsvel por 95% das vendas, j que h maior aceitao dos consumidores por esse tipo de leite.

    TendnciaAs tendncias apontam ganho de

    espao no mundo para o leite UHT, mas ainda existem mitos que fazem com que os consumidores prefiram o leite pasteurizado*. Alguns exemplos so: que a caixa seja reciclada ou reu-tilizada e que h conservantes prejudi-ciais sade no leite e acreditam que por esse motivo o produto dure tanto tempo sem refrigerao.

    H tambm quem prefira o leite pasteurizado alegando que seja mais saboroso. Fato que se deve ao sabor de cozido que o processo de UHT confere ao produto.

    Nos ltimos cinco anos, o consumo de leite UHT no mundo cresceu entre 3 % e 4% ao ano. As expectativas so de que, em 2012, o leite UHT corresponda a 72, % do consumo mundial de leite fluido.

    Fonte: Jssyca Guerra ZootecnistaScot Consultoria (www.scotconsultoria.com.br)

    Encontro de leiteA Scot Consultoria reuniu a nata

    dos especialistas da pecuria leiteira do pas para compartilhar as melhores prticas e informaes do mercado lei-teiro. Para ver a teoria discutida na pr-tica, haver ainda uma visita fazenda Agrindus, uma das maiores e melhores produtoras de leite do Brasil. O evento acontecer nos dias 21 e 22 de agosto de 2012 no Centro de Convenes de Ribeiro Preto-SP e, o dia de campo, em Descalvado-SP.

    Mais informaes:(17) 3343 5111

    www.scotconsultoria.com.br/ encontrodeleite

    LEITE UHT

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    Legislao de Produtos Lcteos

    LEGISLAO

    Por que conhecer?

    Existe um grupo restrito de pessoas nas empresas de laticnios que traba-lha em departamentos denominados Assuntos Regulatrios. Em algumas empresas, este departamento no exis-te e a tarefa, normalmente, fica sob responsabilidade de um profissional ligado rea de qualidade. Estes profis-sionais pesquisam o Dirio Oficial dia-riamente e, rotineiramente, acessam os sites do MAPA, ANVISA, MIDIC, CODEX, FIL, CFR, CE e outras siglas j incor-poradas ao seu vocabulrio. De uma maneira geral, tm funo de orientar o marketing de forma que somente se-jam utilizadas chamadas legalmente permitidas nos rtulos dos produtos. Por no participarem das inmeras dis-cusses de propostas de regulamentos tcnicos, portarias e de outros assuntos relativos s normas tcnicas e de rotu-lagem, acreditam que muito fcil pe-dir e conseguir colocar nos mesmos, as frases e nomes bonitos que criaram para um novo produto. Isto tambm ocorre com os profissionais de desen-volvimento.

    Os profissionais de assuntos regu-latrios trabalham tambm no sentido de apoiar e auxiliar os profissionais de P&D a utilizarem ingredientes e adi-tivos que estejam previstos na legis-lao e a encontrar alternativas para registrar produtos sem regulamentos tcnicos. Auxiliam tambm na criao de novas nomenclaturas para produ-tos, que ainda no foram lanados no mercado e se diferenciam dos outros. O desconhecimento de como se pro-cessa o setor regulatrio leva a ques-tionamentos como: produtos so nos-sos ningum tem que dar opinio! Este pessoal de legislao no tem o que fazer! Esto emperrando o desenvolvi-mento do pas!. Isto no verdade e preciso viver o dia a dia deste processo para valorizar, tanto os profissionais das indstrias que trabalham nesta rea, como aqueles que atuam em as-sociaes e no rgo do governo.

    Pensando nisto, decidi fazer um re-sumo das principais discusses desta rea no ltimo ano. Sei que algumas pessoas no lero, pois consideram o assunto indigesto, mas tenho certeza que os que lerem comearo a valo-rizar a rea da legislao para o setor.

    importante compreender que

    nada feito por acaso ou para punir as empresas. O foco maior o consu-midor e as legislaes mundiais cada vez mais procuram a sua defesa. No desconhecido pelos rgos governa-mentais, a dificuldade em fazer o con-sumidor ler e atingi-lo com o propsito dos procedimentos legais. No entanto, necessrio ter a conscincia do dever cumprido e de que foi feito o possvel para esta defesa ou cuidado.

    Por outro lado, quando o setor pri-vado faz solicitaes contrrias a pro-postas oficiais, no significa que que-rem prejudicar o consumidor, mas sim modernizar aes, permitindo novos desenvolvimentos e cada vez mais se-tor produtivo e pblico trabalham jun-tos no pas, em prol de sua moderniza-o e crescimento.

    O difcil ainda fazer com que cada cidado se envolva neste sistema, par-ticipando de todas etapas do processo e conscientiza-lo de que at como um nico indivduo pode opinar nas con-sultas pblicas e colocar o que pensa, antes que as legislaes sejam publica-das, pois comumente muitos s ficam alertas depois destas entrarem em vi-gor, quando nada mais pode ser feito, alm de obedec-las.

    As alteraes geralmente so fei-tas quando oriundas do MERCOSUL ou para modernizao/aperfeioamento de aes legislativas de mbito nacio-nal ou para padronizar alimentos/pro-dutos lcteos que existem no mercado, mas que ainda no tm seu prprio re-gulamento. Normalmente, a prioridade dada aos produtos mais comerciali-zados.

    Segue abaixo, resumo das legisla-es publicadas no ltimo ano.

    ANVISA de julho do ano passado para este ano, a Anvisa discutiu e colo-cou em consulta pblica as seguintes legislaes:

    Consulta pblica 04 aprovao de uso de aditivos e coadjuvantes de tecnologia para a fabricao de produ-tos de frutas e vegetais. Embora esta consulta parea distante dos produtos lcteos, esta uma leitura errnea. As polpas de frutas para iogurtes/leites fermentados, petit suisse, bebidas lc-teas, gelados comestveis esto inclu-das nesta discusso. Caso os corantes, espessantes, estabilizantes e conser-

    vantes, que precisamos para os produ-tos acima citados, no fossem aprova-dos no poderamos mais empregar as polpas que, hoje, usamos. Da a impor-tncia de se estar atento ao Dirio Ofi-cial. Hoje, tambm muitas empresas de lcteos trabalham com sucos de frutas e esta CP tambm normatizou os aditi-vos/coadjuvantes para estes produtos.

    Consulta pblica 52 estabeleceu procedimentos para o registro sanit-rio/notificao de produtos isentos de registro sanitrio na rea de alimentos e outras providncias: por produtos da rea de alimentos, leia-se alimentos, ingredientes alimentcios, matrias pri-mas alimentares, coadjuvantes de tec-nologia, embalagem e outros materiais em contato com alimentos, nacionais ou importados sob competncia da vigilncia sanitria. Por esta consulta moderniza-se a insero de documen-tao que passar a ser online e foram criadas taxas para produtos, que antes eram isentos.

    Consulta pblica 21 Informao Nutricional Complementar INC: vem substituir atual portaria 27/98 Anvisa. Foram alterados vrios parmetros de claims e frases referentes a chama-das, que passam a ter destaque maior, alm da mudana dos valores de 100 gramas/ml para poro, que alterou bastante as chamadas j existentes. O termo light passou a ser considerado apenas para o claim de reduzido e, fe-lizmente aps consulta pblica, na dis-cusso de fechamento no MERCOSUL, este valor passou de 30 para 25%, que beneficiou bastante os queijos. Entra em vigor a partir de janeiro de 2014.

    Lista Geral de Aditivos foi discuti-da, harmonizada e modernizada frente s novas resolues Codex. Importante salientar que um aditivo s pode entrar num regulamento tcnico se for apro-vado pelo GEFCA/CODEX.

    MAPA embora no tenha ocorrido consultas pblicas, foi um ano de am-plo avano em temas de muita impor-tncia:

    RIISPOA foi reapresentado, redis-cutido e reavaliado pelo setor produ-tivo. O novo documento foi bastante modernizado, necessitando apenas de alguns retoques que ajudaro sua aplicabilidade tais como: retirada de definies de produtos, isonomia de

    *Maria Cristina Mosquim

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    terminologias, permisso de transvase do leite, como j usado em todos pa-ses do Mercosul. O setor produtivo vem aguardando ansiosamente sua publi-cao.

    IN 62 veio substituir a IN 51. Trou-xe novos prazos e padres fsico-qumi-cos e microbiolgicos. Esclareceu sobre as anlise de resduos microbianos e deixou dvidas sobre a excluso do lei-te B, por isto est sendo revista, embora os padres j estejam em vigor.

    Reviso de Nomenclaturas foi so-licitado que as empresas verifiquem as nomenclaturas de produtos lcteos para alterao das mesmas no sistema SIGSIF. Esta unificao visa atender o registro de produtos e estabelecimento, publicao de esta