revista tecnologia gráfica 85

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A REVISTA TÉCNICA DO SETOR GRÁFICO BRASILEIRO Como Funciona Tudo o que você quer saber sobre web-to-print Gestão Lean production, quando menos é mais Tutorial Use o Photoshop para simular o estilo gráfico oriental Entrevista Diretor da Tetra Pak fala dos avanços da empresa no Brasil na reciclagem de embalagens ANO XVII Nº 85 VOL. I 2013 ISSN 1678-0965 ExpoPrint Digital/ Fespa Brasil 2013 Conheça os principais lançamentos do evento voltado para impressão digital e grandes formatos

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A revista técnica do setor gráfico brasileiro.

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A REVISTA TÉCNICA DO SETOR GRÁFICO BRASILEIRO

Como Funciona Tudo o que você quer saber sobre web-to-print

Gestão Lean production, quando menos é mais

Tutorial Use o Photoshop para simular o estilo gráfico oriental

Entrevista Diretor da Tetra Pak fala dos avanços da empresa no Brasil na reciclagem de embalagens

ANO XVII Nº 85VOL. I 2013ISSN 1678-0965

ExpoPrint Digital/ Fespa Brasil 2013Conheça os principais lançamentos do evento voltado para impressão digital e grandes formatos

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Volume I – 2013Publicação da ABTG – Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica e da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica, Rua Bresser, 2315 (Mooca), CEP 03162‑030 São Paulo SP BrasilISSN: 1678-0965 www.revistatecnologiagrafica.com.brABTG – Telefax (11) 2797.6700 Internet: www.abtg.org.brESCOLA SENAI – Fone (11) 2797.6333 Fax (11) 2797.6309Presidente da ABTG: Reinaldo EspinosaDiretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris: Manoel Manteigas de OliveiraConselho Editorial: Andrea Ponce, Bruno Mortara, Enéias Nunes da Silva, Manoel Manteigas de Oliveira, Plinio Gramani Filho, Reinaldo Espinosa, Simone Ferrarese e Tânia GalluzziApoio Técnico: Vivian de Oliveira PretoElaboração: Clemente e Gramani Editora e Comunicações [email protected] Responsável: Plinio Gramani FilhoRedação e Publicidade: Tel. (11) 3159.3010 [email protected] Responsável: Tânia Galluzzi (MTb 26897)Revisão: Giuliana GramaniProjeto Gráfico e Arte da Capa: Cesar MangiacavalliProdução: Rosaria Scianci e Livian CorrêaEditoração Eletrônica: Studio52Impressão: Premier AG Laminação Brilho e Hot Stamping: (fitas MP Brasil): UVPack Acabamentos EspeciaisAssinaturas: 1 ano (4 edições), R$ 40,00; 2 anos (8 edições), R$ 72,00 Tel. (11) 3159.3010

Esta publicação se exime de responsabilidade sobre os conceitos ou informações contidos nos artigos assinados,

que transmitem o pensamento de seus autores.É expressamente proibida a reprodução de qualquer

artigo desta revista sem a devida autorização. A obtenção da autorização se dará através de solicitação

por escrito quando da reprodução de nossos artigos, a qual deve ser enviada à Gerência Técnica

da ABTG e da revista Tecnologia Gráfica, pelo e-mail: [email protected] ou pelo fax (11) 2797.6700

Apoio

Ser digital virou moda, sinônimo de modernidade. Só que para nós, que vivemos da indústria gráfica, ser digital tem implicações mais profundas e complexas, muito além do que exibir o último modelo de smarthphone, ou carregar um tablet ou um ultrabook pra lá e pra cá.

Porém, muitos dos empresários que estão incorporando agora tal tecnologia e até mesmo aqueles que comandam empresas que já nasceram nessa seara embarcam nessa onda cool e incorrem no erro de acreditar que ao se tornarem “digitais” estão a salvo dos impactos das mudanças no universo da comunicação.

Um amplo estudo realizado pela Primir (Print Industries Market Information and Research Organization) e parcialmente divulgado pelo The Seybold Report em janeiro deste ano dá conta do tamanho desse choque. Mesmo tendo sido publicada em 2012, a análise Impact of Electronic Technologies on Print [O impacto das tecnologias eletrônicas na impressão] continua muito atual, uma vez que cobre o período entre 2009 e 2014 e vai além.

Calcado no mercado norte‑americano, ele mostra que no intervalo de cinco anos deverão ter deixado de ser impressas 3,9 trilhões de páginas. A maior perda, 47%, acontece no segmento jornal, seguido pelas revistas e catálogos, cada um com 15%. Depois estão os impressos promocionais (11%), listas telefônicas e similares (5%) e malas diretas (2%), com a mesma porcentagem perdida pelos livros (surpreendente, não?), sendo os impressos transacionais e os relatórios anuais os menos afetados (1%).

Salta aos olhos o fato de que entre as áreas menos atingidas estão justamente as mais beneficiadas pela impressão digital (transacional, transpromocional e livros). Contudo, em se tratando de mídia impressa, ninguém está a salvo, e as projeções do estudo sinalizam que até 2024 todos os segmentos, sem exceção, perderão até 50% de seu volume de páginas impressas.

O que mais me chama a atenção, contudo, são as razões para essa mudança. A computação em nuvem é uma delas, mostrando que o que tem levado as pessoas, e sobretudo as empresas, a migrarem da mídia impressa para a eletrônica é o desejo de serem mais eficientes em sua comunicação, de se comunicarem de forma mais racional e instantânea e, neste ponto, o quesito preço deixa de ser um fator decisivo. É uma mudança de hábito.

Ok, o Obama não é o nosso presidente, incontáveis previsões não se confirmaram e não me agrada apoiar prognósticos apocalípticos. No entanto, com esses números em mãos precisamos pensar nas oportunidades que estão aí e que, mesmo utilizando as mais modernas tecnologias, não se pode baixar a guarda. Digital ou analógico, é imprescindível ser o mais eficiente possível, principalmente tendo em vista a rápida obsolescência dos sistemas digitais. Do contrário, o tal lucro aparente pode ser simplesmente aparente e você pode acabar sentindo o peso das mudanças muito antes de as projeções se concretizarem.

Bruno Mortara, diretor da ABTG Certificadora

e superintendente do ONS27

Digital e moderninho

VOL. I 2013 TECNOLOGIA GRÁFICA 3

Page 4: Revista Tecnologia Gráfica 85

O estilo gráfico oriental no Photoshop

Tutorial

Lean ProductionGestão

Os ecos da EcoPrintGestão Ambiental

Uma breve história da Linotipo

Tipografia

18

22

26

32

Manual de Avaliação Técnica em

Impressão OffsetProdução Gráfica

Web‑to‑printGestão

Cartilha de Boas Práticas – Volume 2

Digitec

Medição de calço de cilindro

Impressão

36

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48

55

Notícias

Produtos

Literatura e sites

Cursos

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41

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10 Conheça os principais lançamentos da ExpoPrint Digital e Fespa Brasil

EvEnTos

A tecnologia Memjet para impressão digital jato de tinta

sPInDrIfT

CAPA: CEsAr mAnGIACAvAllIImAGEm: AGB PhoTo

Sumário

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A REVISTA TÉCNICA DO SETOR GRÁFICO BRASILEIRO

Como Funciona Tudo o que você quer saber sobre web-to-print

Gestão Lean production, quando menos é mais

Tutorial Use o Photoshop para simular o estilo gráfico oriental

Entrevista Diretor da Tetra Pak fala dos avanços da empresa no Brasil na reciclagem de embalagens

ANO XVII Nº 85VOL. I 2013ISSN 1678-0965

ExpoPrint Digital/ Fespa Brasil 2013Conheça os principais lançamentos do evento voltado para impressão digital e grandes formatos

Diretor da Tetra Pak discute a reciclagem de embalagens no Brasil

EnTrEvIsTA

Page 5: Revista Tecnologia Gráfica 85

PRODUTOS

Suzano lança Super 6 Plus

Em janeiro, a Suzano Papel e Celulose apresentou um

novo papel- cartão duplex, o Super 6 Plus, que chega ao mercado com menores gra-maturas e maior rigidez. A sex-ta geração da família Super 6, produzida na unidade de Su-zano (SP), é recomendada prin-cipalmente para o mercado alimentício e de hi gie ne e lim-peza. O Super 6 Plus apresen-ta o verso mais homogêneo e oferece melhor qualidade de impressão e rigidez su pe rior, sempre alinhadas à atua ção sustentável da companhia.

O novo produto está dis-ponível em 225 g/m², 240 g/m², 260 g/m², 275 g/m², 295 g/m²,

320 g/m² e 340 g/m², trazendo ganhos de área, ou seja, mais embalagens impressas por qui-lo de papel- cartão adquirido, sem perder a qualidade. “Este é mais um importante benefício que a Suzano traz para o mer-cado, desenvolvido com base em pesquisas, equipamentos de primeira linha e a seleção das melhores ma té rias- primas”, explica Lucimary Henrique, ge-rente executiva de estratégia e mar ke ting da Suzano Papel e Celulose. O papel- cartão Super 6 Plus está sendo co mer cia li za-do tanto no mercado interno quanto nos paí ses da América Latina onde a Suzano atua.www.suzano.com.br

Kodak anuncia nova série de escâneres i3000

No f inal de janeiro, a Ko-dak anunciou o lançamen-

to de sua nova série de escâne-res profissionais i3000, formada por equipamentos que cobrem formatos de página que vão do A4 ao A3 . A série engloba os modelos i3200 e i3400, ambos adequados para qualquer am-bien te cuja demanda seja pro-dutividade. “Ocupando uma área de apenas 43,2 × 38,1 cm, esses escâneres compactos de produção A3 pos suem recursos avançados que pro por cio nam maior produtividade para qual-quer negócio”, esclarece Vanilda Grando, gerente de vendas da Di-visão Kodak Document Imaging na América Latina.

Os modelos contam com um painel de usuá rio com visor LCD que exibe mensagens re la cio na-das ao nome ou status da tare-fa. As empresas e os integradores podem personalizar essas men-sagens de acordo com o fluxo de negócio de cada clien te, exi-bindo atalhos de tarefas pré- configurados, como cor, tipo e destino dos arquivos. São compa-tíveis com os drivers TWAIN, ISIS e com as plataformas Win dows e Linux. A facilidade de integração com a maioria das ferramentas

de digitalização e ge ren cia men-to de fluxo de documentos do mercado possibilita que a série i3000 seja a solução ideal para am bien tes de produção.

Os escâneres da série i3000 pos suem recursos avançados de tratamento de imagens por meio da tecnologia Perfect Page da Kodak, a qual as torna mais níti-das, permite a extração de dados de forma precisa e rápida e pro-por cio na maior produtividade.

Equipados com um alimen-tador automático de documen-tos (ADF) tipo elevador para até 250 folhas, o i3200 e o i3400 tra-cio nam os documentos a partir de um sistema de transporte de papel con fiá vel que po si cio na os documentos da forma ideal para obter a máxima clareza de ima-gem à medida que são captura-dos pelas câmeras de produção. A dupla iluminação LED também ajuda a pro por cio nar imagens mais nítidas e com estabilidade de cores, garantindo o início das digitalizações de forma mais rápi-da. Outro destaque é a possibili-dade de se trabalhar com digita-lização duplex (frente e verso) e velocidade de 80 folhas/minuto ou 160 imagens/minuto.kodak.com/go/docimaging

Akad oferece o novo Contex IQ 2490 como solução de

escâner profissional

A Akad está trazendo para o mercado na cio nal o es-

câner de grande formato IQ 2490 de 24 polegadas, equipado com Gigabit Ethernet e alimen-tação de folha solta. O produ-to traz a tecnologia pa ten tea-da CIS , com novos módulos. Oferece conexão direta para rede placa Gigabit ethernet e dá suporte às digitalizações de tamanho A1/D.

A resolução óptica é de 1.200 dpi, com fun cio na li da-de de captura de cores inteli-gente indexada de 8 bits, ideal para reduzir o tamanho dos ar-quivos de backup. O equipa-mento possibilita manuseio de documentos com até 24 pole-gadas (61 cm) de largura, digi-talização com face para cima e com um toque.www.akad.com.br

VOL. I 2013 TECNOLOGIA GRÁFICA 5

Page 6: Revista Tecnologia Gráfica 85

A Gomaq apresentou em fevereiro a nova linha de

impressoras e multifuncionais da Brother, mul ti na cio nal japo-nesa presente em mais de 100 paí ses. A empresa irá disponi-bilizar ao mercado oito mode-los de impressoras e 10 multi-funcionais. Os produtos são desenvolvidos focando em

Durst otimiza Gamma 75HD-R e lança impressora para tecidos

A Durst anunciou em feve-reiro um pacote de inova-

ções para o hard ware de sua impressora Gamma 75HD-R , equipamento jato de tinta pro-jetado especificamente para o segmento de revestimentos cerâmicos. Entre os novos re-cursos está o sistema de cabe-çote com dupla recirculação de tinta, que permite redu-ção nos tempos de parada de máquina para limpeza dos ca-beçotes, garantindo expressi-vo ganho de produtividade. Outra novidade é o sistema Gamma FX Module, módulo es pe cial men te desenvolvido para acrescentar duas barras adicionais (além das cinco já existentes como padrão) que possibilitam o uso de efeitos especiais de impressão, am-plian do a gama de aplicações que podem ser obtidas, com alta qualidade, em impressos sobre mídia cerâmica.

No mês an te rior a Durst apresentou a impressora Kappa 180, voltada para mí dias que não o papel, principalmente te-cidos. O equipamento utiliza o sistema de cabeçotes Qua droZ, o mesmo que equipa os demais modelos da série Durst, porém numa versão adaptada à pro-dução de tecidos e apta a pro-duzir com as tintas Kappa Inks, que oferecem padrão oito co-res (CMYK mais os padrões es-peciais azul, vermelho, laranja e cinza) com possibilidade de ajustes finos de densidade, per-mitindo a am plia ção do gamut tonal e a reprodução de tona-lidades mais difíceis.

A resolução máxima atingi-da é de 1.056 × 600 dpi e o ta-manho dos pontos pode va riar de 7 a 21 picolitros, dependen-do da necessidade de qualida-de e definição. A velocidade es-timada é de 600 m²/hora.www.durst.com.br

Nova linha de equipamentos da Brother chega à Gomaq

HL-6182DW

MFC-8712DW

DCP8112DN

diferentes perfis de consumi-dores e oferecem tecnologia compatível com as exi gên cias diá rias de todas as empresas, independente do porte. “Além disso, a Brother oferece através da Gomaq mo delos idea is para uso doméstico, que são práticos, eco-nômicos e muito com-pactos”, afirma Danilo Munhos, responsável pelo departamento de mar ke ting da Gomaq.

Entre os modelos mais sofis-ticados estão a DCP8112dn,

mul ti fun cio nal a laser com rede de tamanho compacto, combinan-do impressão mono-cromática com digi-talização em cores; a MFC-8712dw, mul ti-fun cio nal laser mono-cromática que pro por-cio na excelente custo/benefício; e a HL-6182dw, impressora a laser de alta velocidade com rede wi-reless e duplex automá-

tico, que imprime até 40 páginas por minuto.www.gomaq.com.br

6 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. I 2013

Page 7: Revista Tecnologia Gráfica 85

Pensando no futuro?Nós podemos ajudá-lo.Pós-graduação e extensão universitária

Novos cursos da faculdade SENAIExtensão universitária (ensino a distância):

Gestão da produção na empresa gráficaPós-graduação:

Desenvolvimento e produçãode embalagens flexíveis

Extensão universitáriaOtimização do processo offset para a qualidade e produtividade

Controle de processo na impressão offset

Gestão da qualidade na indústria gráfica

Green Belt estratégia lean-seis sigma

Gestão estratégica da indústria gráfica

Gestão estratégica de pessoas

Marketing industrial

Pós-graduaçãoTecnologia de impressão offset : qualidade e produtividade

Planejamento e produção de mídia impressa

Gestão inovadora da empresa gráfica

Faculdade SENAI de Tecnologia Gráfica e Escola SENAI Theobaldo De Nigris

Rua Bresser, 2315 - Tel: 2797-6300/6301/6303 - www.sp.senai.br/grafica

Page 8: Revista Tecnologia Gráfica 85

NOTÍCIAS

ABTG Certificadora é aprovada pelo Inmetro em mais uma norma

A ABTG Certificadora acaba de ser acreditada pelo In-

metro para certificar empresas que trabalhem em conformida-de com norma específica para o processo gráfico. Com isso, a ABTG Certificadora tornou-se o único organismo certificador no País habilitado a auditar as em-presas seguindo os parâmetros da norma ABNT NBR 15936 – Tec-nologia gráfica – Qua li da de no processo de reprodução.

Como explica Bruno Morta-ra, diretor da ABTG Certificado-ra, diferentemente da ISO 9001, que atesta a gestão da qualida-de das empresas de forma geral,

a norma NBR 15936 está focada na indústria gráfica, estabele-cendo parâmetros para requisi-tos produtivos como recepção de arquivos, sistemas de provas físicas e virtuais, confecção de chapas e impressão, comprovan-do a capacidade da empresa de produzir com qualidade e con-sistência todas as etapas do pro-cesso gráfico. “No trabalho de preparação para essa certifica-ção, as empresas acabam perce-bendo que pos suíam controles inadequados ou mesmo a ine-xistência deles, sendo obrigadas a se ajustarem, o que traz maior con fia bi li da de e previsibilidade

ao processo gráfico”, diz Bruno. As gráficas Pre mier e da Edito-ra Abril foram as primeiras a ser auditadas e receber a certi-ficação. Segundo o diretor, esta certificação agrega valor inter-namente, que é rapidamente percebida pelos clien tes e pelo mercado, crian do um impor-tante di fe ren cial competitivo às in dús trias do setor.

Outra novidade é a certifica-ção através da norma para pro-cessos de provas de validação, que entrou em vigor em dezem-bro do ano passado. Trata-se da norma ABNT NBR ISO 12647-8 – Tecnologia gráfica – Controle do processo de separações de cores em meios tons, prova e impres-são – Parte 8: Processos de pro-vas de validação a partir de da-dos digitais. Mais flexível que a Parte 7 (provas contratuais), a nova versão traz alvos e to le rân-cias para a produção de provas de verificação em impressoras à base de toner com controla-dor (máquinas eletrofotográfi-cas com RIP), geralmente equi-pamentos de produção, e não máquinas específ icas para a geração de provas. “O merca-do brasileiro é extenso e um

grande número de gráficas não possui sistemas sofisticados para a produção de provas de con-trato. Essa norma vem atender a esse público, possibilitando a existência de uma referência vi-sual padronizada que pode ser-vir como um documento míni-mo para os acordos comerciais com seus clien tes, assim como uma orien ta ção básica para os impressores do provedor gráfi-co”, comenta o diretor da ABTG Certificadora. Ele afirma que, a partir do momento que os clien tes começam a perceber o valor dessa prova, ela se torna um produto, alavancando seu valor unitário.

Também ganhou nova ver-são a norma ABNT NBR 15540 – Tecnologia gráfica – Análise de sistema de segurança – Requisi-tos, a qual a ABTG Certificadora já certificava. A norma especi-fica os requisitos para a gestão de segurança dentro de gráficas que produzam documentos de segurança. Agora mais robusta, a norma é utilizada por seis em-presas e o mercado já conseguiu que o requisito de conformidade faça parte dos principais editais públicos do setor.

Gráficas de nove estados conquistam o Prêmio Fernando Pini

O calendário da indústria grá-fica em 2012 foi mais uma

vez encerrado com a festa de en-trega do Prêmio Brasileiro de Ex-celência Gráfica Fernando Pini.

O evento aconteceu no dia 27 de novembro no Espaço das Américas, em São Paulo, que rece-beu para a 22 ‒ª edição do concur-so cerca de 2.000 pes soas. Além das 42 gráficas vencedoras, que

levaram 68 tro féus, 14 fornecedo-res foram pre mia dos em 16 ca te-go rias. Entre as gráficas vi to rio sas, 25 estão localizadas em São Pau-lo, sete no Rio Grande do Sul, três no Paraná, duas em Minas Gerais e as demais nos estados do Espíri-to Santo, Goiás, Pernambuco, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Nove gráficas conquistaram o conta- fios dourado pela primeira

vez. Entre as mais pre mia das não houve surpresas. Há três anos a paulista Ipsis e a pernambuca-na Facform se revezam na lide-rança. Desta vez a Ipsis recebeu cinco tro féus e a Facform qua-tro, mesmo número alcançado pela Log&Print (SP), que desde 2010 vem obtendo tal resultado. A GSA (ES) e a UVPack (SP) com-pletam o quadro das mais pre-

mia das, cada uma deixando sua marca em três ca te go rias.

A cerimônia encerrou-se com a apresentação do cantor Jor-ge Aragão. O evento foi patro-cinado pelo Sebrae, In ter na tio nal Paper, Agfa, Epson, HP, Kodak, Newmse/Xerox, Grupo Bignardi, Colacril, Goss In ter na tio nal, Hei-delberg, Henkel, Ibema, Muller Martini, Prolam e Real Graphics.

8 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. I 2013

Page 9: Revista Tecnologia Gráfica 85

Cursos regulares

Plano de resíduos sólidos: Como a gráfica pode atender os requisitos da política nacional – Lei n ‒º 12.305Data: 25 de março, 9h às 18hFormação de orçamentista gráficoData: 22 e 23 de abril, 18h45 às 21h45Produção gráficaData: 20 de maio, 9h às 18hComo administrar uma gráfica familiarData: 27 de maio, 9h às 18hComo aumentar as vendas no mercado competitivoData: 18 a 20 de junho, 18h45 às 21h45

Cursos integrados

Ciclo de gestão para formação e reciclagem de gestores gráficos – 27 horasData: 4 a 7 e 11 a 14 de março, 18h45 às 21h45Tudo o que você precisa saber para calibrar seu sistema de impressão offset com base na norma ISO 12647-2 – 27 horasData: 8 a 11 e 15 a 18 de abril, 18h45 às 21h45

Programação de cursos e seminários ABTG – 1-º semestre 2013

Sistema de segurança empresarial na indústria gráfica de segurança – 24 horasData: 6 a 9 e 13 a 16 de maio, 18h45 às 21h45Gestão PCP com produtividade + operação offset – 27 horasData: 3 a 6 e 10 a 14 de junho, 18h45 às 21h45

seminários téCniCos

Sustentar e ser sustentável na gráfica digital: como viabilizar seu negócio sem agredir o meio ambienteData: 29 de abril

PaCote de desConto Para emPresas

Pacote “Mais um”A cada 5 inscrições da mesma empresa, em qualquer curso da grade de 2013, a sexta inscrição é gratuita.Pacote Fidelidade 20Feche 20 inscrições em quaisquer cursos, até 31/5/2013, e ganhe 5 inscrições gratuitas em qualquer curso até o final do ano.Pacote Fidelidade 25Feche 25 inscrições em quaisquer cursos, até 31/5/2013, e ganhe 7 inscrições gratuitas em qualquer curso até o final do ano.

Pacote UniversitárioTurmas de universitários (Artes Gráficas, Publicidade e Propaganda, Mar ke ting, Desenho Industrial, Design e Comunicação) poderão contratar um curso fechado nas seguintes condições:a) A turma deverá ter um mínimo de 25 e máximo de 40 alunosb) Valor por aluno: R$ 190,00 a R$ 220,00c) O curso será realizado no Auditório da ABTG, com toda a estrutura para aulas.Descontos para inscrições antecipadas

5% de desconto para inscrições com 30 dias de antecedência* Obs.: os descontos não são cumulativos e estão sujeitos ao limite de alunos nas turmas.

Para obter mais informações:Site: www.abtg.org.brTelefone: (11) 2797- 6700Fax: (11) 2797- 6716Atendimento: [email protected]: [email protected] nas redes sociais:Twitter: @abtg_graficaFacebook: www.facebook.com/abtggraficaRua Bresser, 2315 – Bloco G (Mooca)03162- 030 São Paulo SP

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VOL. I 2013 TECNOLOGIA GRÁFICA 9

Page 10: Revista Tecnologia Gráfica 85

Ninguém mais discute a qualidade e a apli­cabilidade da impressão digital. Para al­guns, a tecnologia já deixou até de ser tra­tada como di fe ren cial, incorporada que

está à produção. O foco agora está na construção de um conjunto de soluções que possibilite a cria­ção de peças exclusivas, desenhadas para o público que o prestador de serviços pretende atingir, com a máxima efi ciên cia. E esse pacote é in di vi dua li za­do, moldado segundo os objetivos de cada gráfi­ca, cada estúdio, cada bureau. Na esteira dessa de­manda caem os limites entre os fornecedores, cada vez mais próximos para incrementar os recursos da tecnologia digital. “Não veremos nas feiras grandes novidades, e sim o que foi lançado na Drupa 2012. O que é novo é esse diá lo go intenso, essa sinergia em toda a cadeia”, comenta Paulo Addair Da niel Filho, um dos coor de na do res do Digitec, grupo de impressão digital da ABTG.

Segundo o es pe cia lis ta, quem visitar a ExpoPrint Digital Latin America e a Fespa Brasil 2013, que acon­tecem de 13 a 16 de março em São Paulo, deve estar atento aos insumos para impressão. Pa péis especiais e finos com formatos específicos serão mostrados, vá rios já homologados pelos fabricantes de impresso­ras digitais. “O gráfico começa a entender o benefício

Tânia Galluzzi

Integração deve comandar ExpoPrint Digital/Fespa Brasil 2013

Feiras evidenciam a proximidade entre

fornecedores de soft wares, insumos,

sistemas de impressão e acabamento,

concentrados em oferecer soluções

eficientes e, sobretudo, que gerem produtos

mais rentáveis para seus clientes.

ESPECIAL

de trabalhar com insumos certificados.” Wi liam Cor­rea, também coor de na dor do Digitec, estende esse conceito para as tintas e substratos plásticos, rígidos e flexíveis. Ele destaca a tinta branca, antes restrita aos equipamentos com tecnologia electroink. Ela es­tará na feira na forma de toner seco em máquinas digitais com tecnologia eletrostática, podendo ser aplicada tanto sobre pa péis escuros quanto em mí­dias sintéticas transparentes. Numa evolução natural, as novas impressoras apresentam melhor resolução e menor custo unitário de impressão.

Po si cio na da por Die ter Brandt, presidente da As so cia ção dos Agentes de Fornecedores de Equi­pamentos e Insumos para a Indústria Gráfica (Afei­graf), como o maior evento da indústria de artes gráficas das Américas em 2013, a ExpoPrint Digi­tal, somada à Fespa Brasil, contará com 190 expo­sitores, que ocuparão os 14.700 metros quadrados do Pavilhão Azul do Expo Center Norte. A expec­tativa é de um público entre 10 e 12 mil profissio­nais. A ExpoPrint Digital é promovida pela Afeigraf, enquanto a Fespa Brasil 2013 é um evento da euro­peia Fespa, Fe de ra tion of Screen and Digital Prin­ters As so cia tion. Ambas são organizadas no Brasil pela APS Feiras & Eventos e contam com o apoio da Abigraf, ABTG e Sindigraf­SP.

ProDutoS E LAnçAmEntoSApresentamos em seguida os principais produtos e lançamentos que o visitante verá durante o evento. Todas as empresas expositoras da ExpoPrint Digital e da Fespa Brasil 2013 foram contatadas pela reda­ção e constam desta lista as que en via ram as infor­mações até a data de fechamento da publicação.

10 tECnoLoGIA GrÁFICA VoL. I 2013

Page 11: Revista Tecnologia Gráfica 85

Expoprint DiGitAL

AlphAprintAlphaprint Comércio importação e ExportaçãoA-4, rua 1, Av. AAv. Pedroso de Morais, 13105419- 000 São Paulo SPTel. (11) 2164- [email protected]ções de impressão digital colorida da HP Indigo, impressão digital P&B da Canon/Océ; equipamentos EFI Rastek e Epson para comunicação vi sual; mesa de corte Esko; linha de acabamento da Duplo e Ricall; con-sumíveis das marcas Alchemy Plastics, Cathay APP, Gil-man Brothers, Isoforma, Magnum Magnetics, Máxima, Oracal, Sihl, Silvatrim, Trian gle e Ultraflex.

[email protected] para acabamento de etiquetas autoadesi-vas da ABG; impressora offset digital da HP; impres-são jato de tinta DOD monocolor e sistema para per-sonalização de cartões da Atlantic Zeiser; sistemas para confecção de cartões de crédito, smart cards e smart labels da Melzer; jato de tinta para codificação, marcação e identificação da Hitachi; laser nas tec no-lo gias CO², YAG e fibra para marcação, identificação e codificação da Macsa.

EFi MEtriCsMetrics sistemas de informaçãoF-4, rua 1, Av. FR. Cincinato Braga, 340, 15º andar01333- 010 São Paulo SPTel. 2199- [email protected]

Tel. (11) 4146- [email protected] de segurança, ingressos com segurança, certificado de autenticidade, selos de autenticidade e cupons de sorteios.lAnçAMEntosIngressos com tinta de segurança invisível vermelha.

hEidElBErGheidelberg do Brasil sistemas Gráficos e serviçosE-4, rua 1, Av. EAlameda África, 734/ 75606543- 306 Santana de Parnaíba SPTel. (11) 5525- [email protected]

Expoprint DiGitAL

lAnçAMEntosImpressora digital Epson SureColor S30

CAlCGrAFCalcgraf informática e Consultoriad-6, rua 1, Av. dR. Teixeira da Silva, 660, 12º andar04002- 033 São Paulo SPTel. (11) 3885- [email protected]

produtosGPrint, sistema integrado de gestão (ERP) es pe cia li-za do para a indústria gráfica, que atende as áreas de mapa de custos, orçamentos, planejamento e contro-le da produção, pós- cálculo, CRM, suprimentos, fatu-ramento, NF-e, financeiro e ge ren cia men to. Webgraf, ERP em plataforma web (cloud computing ).lAnçAMEntosSistema de orçamento para comunicação vi sual, que contempla cálculo automático de emendas, cobran-ça de atividades por perímetro e va ria ções produtivas conforme a mídia.

CoMprintComprint indústria e Comércio de Materiais GráficosC-12, rua 1, Av. CR. Gilberto Sabino, 13505425- 020 São Paulo SPTel. (11) 3371- 3371

produtosSistema de gestão EFI Metrics.lAnçAMEntosIntegração do Sistema EFI Metrics com o servidor EFI Fiery. Soluções de web-to- print : a solução inclui um conjunto de ferramentas e módulos complemen-tares, além da integração com o Fiery, e opções de implantação flexíveis para atender as diversas ne-cessidades de impressão dos clien tes auxiliando no crescimento de receita.

ForMFlEXForm Flexografia indústria GráficaE-9, rua 1, Av. ER. Itajubá, 36006341- 160 Carapicuiba SP

produtosImpressoras Linoprint C 901 e Speed mas ter SX 52-4 Anicolor. Workflow Prinect mostrando a integração completa (es pe cial men te entre offset e digital) com Prinect Digital Print Manager, Prinect W2P Mana-ger, Prinect Scheduler, Prinect Prepress Manager e Prinect Mobile.

iCAlindústria e Comércio AuxiliadoraE-12, rua 2, Av. ERodovia BR- 470, km 141, nº 638089160- 000 Rio do Sul SCTel. (47) 3531- [email protected]

produtosMáquinas, equipamentos e insumos para encaderna-ção e cria ção de fotolivros e presentes personaliza-dos com fotos; soft wares que facilitam a elaboração destes produtos; álbuns fotográficos.lAnçAMEntosHot Book, máquina para montar blocos de fotos que

VoL. I 2013 tECnoLoGIA GrÁFICA 11

Page 12: Revista Tecnologia Gráfica 85

Expoprint DiGitAL

compõem o mio lo de um fotolivro, com capacidade máxima de fotolivros de até 30 × 45 cm (fechado) com 80 lâminas/fotos.

is supriMEntosis suprimentos importação e Comércio de Materiais XerográficosF-12, rua 2, Av. FR. Kabul, 28505301- 020 São Paulo SPTel. (11) 3832- [email protected]

Tel. (11) 3613- 1000info@mullermartini.com.brwww.mullermartini.com.brprodutosEncadernadoras de lombada quadrada de até 18.000 livros/h;. alceadeiras- grampeadeiras de até 14.000 revistas/h; encadernadoras de capa dura para livros e fotolivros; acabamento para livros e revistas impres-sos digitalmente, para tiragens de 1 até 500 exem-plares, com capacidades de até 8.000 livros/hora; dobradeiras MBO e acabamento Bograma.

oBJECtiF lunEMundimeta Consultoria e representação ComercialG-18, rua 2, Av. GAv. Nossa Senhora de Copacabana, 73, 7º andar22020- 002 Rio de Janeiro RJTel. (21) 3042- [email protected]

produtosOcé Arizona 460 GT, equipamento versátil para clien-tes que desejam am pliar suas aplicações UV; Océ Co-lorWave 650 para impressão de grandes formatos; Océ Va rioP rint 6250 Ultra, impressora duplex folha solta de alta produção, com velocidade de até 250ppm.lAnçAMEntosOcé Arizona 460 GT/XT, com mesa de vácuo inteli-gente, mais de seis zonas setorizadas. Este equipa-mento apresenta a mesma qualidade da pre mia da linha Arizona, além do di fe ren cial da impressão de verniz localizado.

riCohricoh do BrasilC-9, rua 1, Av. CAv. das Américas, 4.200, Bl.2, 4º andar22640- 102 Rio de Janeiro RJTel. (21) 2430- [email protected]

produtosPrensa 4 × 1, prensa multiuso 8 × 1, card system, hot stamping digital, encadernadora hotmelt.

KoniCA MinoltAKonica Minolta Business solutions do BrasilC-14, rua 2, Av. CR. Cubatão, 320, 10º andar04013- 001 São Paulo SPTel. (11) 3050- 5300patricia.otsuji@bs.konicaminolta.com.brwww.konicaminolta.com.br

produtosImpressoras da série bizhub C7000, C8000 e a 70 hc (todos modelos coloridos) e a impressora P&B bizhub Press 1250.lAnçAMEntosBizhub 70 hc, modelo que amplia o gamut de cores além de incorporar a tecnologia de impressão da Ko-nica Minolta, como toner Simitri HD e baixo consumo energético. Na área P&B, destaque para a bizhub Press 1250, que substitui o modelo 1200.

MullEr MArtiniMüller Martini Brasil Comércio e representaçõesF-8, rua 1, Av. FR. Iporanga, 13205036- 110 São Paulo SP

produtosSoft wares para captura de for mu lá rios inteligentes com código de barras, captura de assinatura em pa-pel em tempo real com a data e hora exata e geo lo-ca li za ção do momento da assinatura; web-to- print com módulos B2B e B2C, impressão sob demanda; transpromo; documentos promocionais di re cio na dos; mala direta personalizada; controle avançado de aca-bamento, incluindo código de barras para insersoras e envelopadoras.lAnçAMEntosPlanetPress Suite, PrintShop Mail Suite e Printsoft PReS Suite, com fun cio na li da des como cross media e work-flow em papel com captura de documento tran sa cio nal manuscrito sem utilização de escâneres.

oCÉ BrAsilocé- Brasil Comércio e indústriaB-8, rua 2, Av. BAv. das Nações Unidas, 11.857, 1º andar04650- 031 São Paulo SPTel. (11) 3053- [email protected]

lAnçAMEntosImpressora digital colorida Pro C901 Graphic Arts Edi-tion. Equipamentos de impressão digital monocromá-tica, Pro 907EX, e colorida Pro C751EX, com servido-res Fiery, que garantem uma elevada qualidade de impressão. Para mercado de pequenas tiragens, nova MP C5502 acoplada ao Fiery, com impressão em su-per A3 e algumas opções de acabamento. Duplicador DD4450, tamanho A3, para grande produção de mui-tas có pias do mesmo original; e impressora colorida de grande formato, MP CW2200SP, com tecnologia de tinta gel, que garante alta produtividade e resistência, além de secagem ultrarrápida.

sCAnsYstEMd-10, rua 1, Av. dR. Manoel da Nóbrega, 111, conj. 7104001- 080 São Paulo SPTel. (11) 3285- [email protected]

12 tECnoLoGIA GrÁFICA VoL. I 2013

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Expoprint DiGitAL

produtosEscâneres de grande formato a cores Colortrac, para documentos de 25 até 56 polegadas de largura (linha SmartLF SC e GX) e impressoras de grande formato Epson modelos SP 7700 e SP 9700.lAnçAMEntosNovos modelos de escâneres de grande formato Smar-tLF SC 25, para documentos com até 25 polegadas de largura (formato DIN A1), e SmartLF 36, para documen-tos com até 36 polegadas de largura (formato A0).

t&Ct&C treinamento Consultoria e ComercialA-10, rua 1, Av-AAv. Valdemar Ferreira, 15905501- 000 São Paulo SP

Tel. (11) 2177- [email protected] www.tecshopping.com.brprodutosImpressoras e sistemas Epson, Konica Minolta, Dai-nip pon Screen, Summa, Scodix e Amsky.lAnçAMEntosImpressora Epson SureColor SC-S30670, com tecnolo-gia de impressão Printhead Mi croPie zo Advanced TFP e tinta Epson UltraChrome GS2, quatro cores, largura máxima da mídia de 1,62 m e resolução máxima de 1.440 × 1.440 dpi. Bizhub Press C7000P, com tecnolo-gia de impressão de laser eletrostático, velocidade de 71 ppm (A4 Transversal), resolução de 1.200 × 1.200 dpi e formato de papel de até 330 × 487 mm.

tAKEloG uniMAstEr Grouptakelog logística de Comércio Exteriorpavilhão E-7, rua 1, Av. EAv. Indianópolis, 88204062- 001 São Paulo SPTel. (11) 3160- 9051mar ke [email protected]

produtosAssessoria completa (door to door ) para toda a lo-gística na cio nal e in ter na cio nal de aquisição de equi-pamentos, bem como matéria- prima e suprimentos, abrangendo consultoria em câmbio.lAnçAMEntosImportação e exportação de máquinas e equipamen-tos; armazenagem e distribuição; movimentação de equipamentos sensíveis ou pesados.

VoL. I 2013 tECnoLoGIA GrÁFICA 13

Page 14: Revista Tecnologia Gráfica 85

fEspA

3M3M do BrasilC-39, rua 5, Av. CRodovia Anhanguera, km 11013181- 900 Sumaré SPTel. (19) 3838- [email protected]

produtosPa péis para impressão digital jato de tinta, pa péis transfer para laser ou co pia do ra colorida e aplicação em tipos de tecidos diversos, pa péis transfer para la-ser para tecidos algodão na cor branca e colorido, em po liés ter e PV, filme de recorte de uma única cor.

produtosTintas pigmentadas com solventes leves para indústria de impressão digital de grande formato e para alta re-solução com certificado ecológico da Nutec Digital Ink.lAnçAMEntosTintas de cura ul tra vio le ta e à base de água (sublima-ção). Amethyst A50-MPUV, tinta para equipamentos de impressão digital com cura UV, capaz de produzir materiais em va cuum form sem quebra nem perda de cores na impressão.

EndutEX BrAsilBC-22, rua 3, entre avenidas B e CR. Frederico Ritter, 111195660- 000 Três Coroas RSTel. (51) 3546- [email protected]

produtosFilmes de PVC para impressão digital, para recorte ele-trônico e para envelopamento automotivo; lonas para impressão; fitas VHB e dupla face; aces só rios; espá-tulas; escovas para rebites; filme para mascaramento.lAnçAMEntosAdesivo da série 1080 Chrome para envelopamento au-tomotivo, novos filmes coloridos calandrados para re-corte eletrônicos e me lho rias nos filmes de PVC D1000 e D3000.

AMiCA sYstEMsAmica tecnologia digitalBC-18, rua 3, entre avenidas B e CR. dos Trilhos, 1512, sala 503168- 009 São Paulo SPTel. (11) 2268- [email protected]

produtosTecnologia e peças de impressoras digitais em regi-me OEM. Sistemas Morpho e Vênus de impressão di-gital in dus trial com tecnologia One- Pass para in dús-trias gráficas, de rótulos, de codificação e marcação e de embalagens.lAnçAMEntosSistema Morpho II 180: impressora one- pass, mono-cromática e UV, largura de 108 mm. Sistema Morpho C108P: impressora one- pass, quatro cores e secagem UV, largura de 108 mm.

Art hot trAnsFErArt hot transfer distribuidoraE-29, rua 4, Av. ER. Fortunato Ferraz, 84005093- 000 São Paulo SPTel. (11) 3831- [email protected]

lAnçAMEntosPapel AP17, Free Style, para camisetas escuras (im-presso com toner branco); papel AP17, Su bliart, para sublimação em tecidos escuros; insumos para fotopresentes.

dAnFEX diGitAlAnfegua industrial de laminaçãod-18, rua 2, Av. dAlameda Glete, 24901215- 000 São Paulo SPTel. (11) 2061- [email protected]

produtosLaminadoras térmicas e a frio, refiladoras, cortado-ra para substratos rígidos e semirrígidos. Impresso-ras UV híbridas, rolo a rolo e flatbed da marca Dilli, e impressoras têxteis do tipo Ggarment (impressão direta em camisetas) da Anajet.

diGi+soluçÕEs pArA CoMuniCAçÃo VisuAlrC Comércio de suprimentos para Comunicação VisualC-25, rua 4, Av. CR. Padre Adelino, 158803303- 000 São Paulo SPTel. (11) 2095- 4846mar ke [email protected]

produtosTêxteis técnicos revestidos em PVC e lonas 100% re-cicláveis para impressão digital até 5 metros de lar-gura para aplicações in door e outdoor. Materiais com-patíveis com tintas à base de solvente, ecossolvente, UV e látex.lAnçAMEntosRecytex e Terratex (100% recicláveis). Coleção E- Decorin, com soluções para decoração de in te rio-res. Coleção Sublitex, com opções de artigos têxteis para impressão por sublimação (direta ou transfer), tintas látex ou UV.

EpsonEpson do Brasil indústria e ComércioC-30, rua 4, Av. CAv. Tucunaré, 72006460- 020 São Paulo SPTel. (11) 3956- [email protected] Epson SureColor S30670, solvente, de alta resolução, rea li za impressões a velocidades de até 57 m²/h. Possui cabeça de impressão fotográfica mi cro-pie zo TFP, 1.440 × 1.440 dpi reais e a fórmula mais recente da tinta solvente ecoa mi gá vel.

lAnçAMEntosImpressoras sublimáticas SureColor F6070 e F7070, com tinta original e garantia de um ano.

F1 supriMEntosnFA Comércio importação e Exportação de produtos de informáticad-31, rua 4, Av. dRua dos Ferroviários, 17513572- 200 São Carlos SP

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Tel. (16) 3413- 9470atendimento@f1suprimentos.com.brwww.f1suprimentos.com.brprodutosSublimação e comunicação vi sual, com soluções com-pletas para impressão que vão desde equipamentos pequenos, mé dios e grandes formatos até suprimentos como tinta e mí dias.lAnçAMEntosGarment Print para 6 camisetas, impressão dire-ta sobre tecido. Prensa térmica plana 80 × 100 cm 100% automática. Plotter sublimático para produção / qualidade × velocidade.

FuJiFilMFujifilm sericol Brasil produtos para impressãoC-45, rua 5, Av. CAv. Vereador José Diniz, 340004604- 901 São Paulo SPTel. (11) 5091- [email protected]

cio nal em geral. Laminadora ma nual de pequeno formato U- Coa ter. Dobradeira de fôlder e ma te rial pro mo cio nal Aerofold.

iBFiBF – indústria Brasileira de FilmesA-24, rua 3, Av. AR. Lauro Muller, 116, 10º andar22290- 900 Rio de Janeiro RJTel. (21) 2103- 1025mar ke [email protected]

produtosTintas sublimáticas digitais, plotters Epson.lAnçAMEntosPlotter Epson com largura de 1,60 m para sublimação.

KonitA BrAsil E FAX CArGoletícia Candido Araújod-30, rua 4, Av. dR. José Nonato Ribeiro, 19738400- 066 Uberlândia MGTel. (34) 3214- [email protected]

FILIAL SÃO PAULO

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FILIAL SÃO PAULO

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produtosMáquinas de impressão digital de pequeno, médio e grande porte, tintas para impressão digital.lAnçAMEntosAcuity LED 1600, máquina de cura UV LED de alta de-finição com branco e verniz. UVistar Pró8, máquina de cura UV híbrida com alta velocidade no rolo a rolo (450 m²/h). Tintas para o segmento de sublimação, linha Subly+.

FurnAXFurnax Comercial e importadoraC-22, rua 3, Av. CR. Visconde de Parnaíba, 77103045- 000 São Paulo SPTel. (11) 3277- 5658mar ke [email protected] para corte e refile, dobradeiras, lami-nadoras, plotter de recorte Mimaki, encintadora Tapit e contadora de papel.lAnçAMEntosAerocut 4, equipamento para rea li zar corte e refi-le de cartões de visita, fôlderes e ma te rial pro mo-

produtosChapas ecológicas, térmicas e vio le tas.

itEM plAstiC Corp.E-26, rua 4, Av. ENo. 1-11, Lai- Kan Liao Chia-Li Dist.Tainan City 72261 Taiwan R.O.C.Tel. 886-6- [email protected]

produtosVinil adesivo, filme de laminação, mí dias para impres-são jato de tinta, película adesiva, película autoade-siva, fita de montagem, filmes metálicos, vinil colo-rido, filme glitter, filme de vinil, vinil autoadesivo, de laminação e de PVC transparente, adesivos.lAnçAMEntosMídia para impressão jato de tinta, filme adesivo e vinil colorido.

J- tECKJ- teck Global tintas sublimáticas digitaisC-33, rua 5, Av. CR. Panamá, 33388338- 185 Balneário Camboriú SCTel. (47) 3267- 8400vendas@j- teck3.com.brwww.j- teck3.com.br

produtosChapas de alumínio analógicas e digitais para impres-são offset e produtos químicos.lAnçAMEntosKTP II, chapa positiva térmica para CtP.

MArABuMarabu do Brasil Comércio e indústriaC-26, rua 4, Av. CR. Pierre Lafage, 14705163- 060 São Paulo SPTel. (11) 3901- [email protected]

produtosTintas serigráficas, tampográficas e digitais, lonas para impressão e sistemas de bulks para alimenta-ção de plotters.lAnçAMEntosDI-LS e DI-JV, tintas ecossolventes para impresso-ras Roland e Mimaki; DX-SHE, tinta sublimática para impressão direta e indireta de tecidos; e DUV-R, tin-ta para aplicação em equipamentos de impressão UV com cabeças Konica e Xaar.

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Page 16: Revista Tecnologia Gráfica 85

fEspA

[email protected] offset planas, guilhotinas, guilhotinas tri-laterais, grampeadeiras, máquinas de corte- vinco, hot stamping, máquinas de costurar cadernos, dobradeiras, furador de chapa de alta precisão.lAnçAMEntosDobradeira e coladeira de cadernos

oKioki data do Brasil informáticaB-20, rua 3, Av. BAv. Alfredo Egidio de Souza Aranha, 100, Bloco C, 4º andar04726- 170 São Paulo SPTel. (11) 3444- [email protected]

MEttAlForMAMettalforma Comercial tecnologia em Máquinas e Equipamentosd-26, entre ruas 3 e 4, Av. dR. Falchi Gianini, 88603136- 040 São Paulo SPTel. (11) 5092- [email protected]

lAnçAMEntosXR-640, impressora de grande formato com 162 cm de largura e recorte integrado, duas cabeças de impres-são po si cio na das em linha, com a tinta Eco- sol MAX2, que pro por cio na alta definição. RE-640S, impressora sublimática de 160 cm, ideal para produzir bandei-ras, banners, painéis, estampas e vestimentas. Equi-pada com sistema de rebobinador de mídia integrado, velocidade de até 32,10 m/h.

WEKoWeko América latina Equipamentos industriaisC-29, ente ruas 4 e 5, Av. CR. Albany, 14089130- 000 Indaial SCTel. (47) 3333- [email protected]

produtosMáquinas de corte e de gravação para os segmentos metal e não metal; soft wares de simulação e usinagem.

MiMAKi BrAsilMimaki Brasil Comércio e importaçãoC-18, entre ruas 2 e 3, Av. CAv. General Valdomiro de Lima, 27504344- 070 São Paulo SPTel. (11) 3207- [email protected]

produtosImpressoras digitais para as áreas de comunicação vi sual, têxtil e in dus trial.lAnçAMEntosJFX500-2131, impressora jato de tinta com forma-to de mesa e cura UV LED de alta precisão, com área de impressão de 2.100 × 3.100 mm resolução de até 1.800 dpi, seis cabeças de impressão com três confi-gurações e velocidade de até 60 m²/h. UJF-6042, im-pressora de mesa plana com cura UV LED, com área de impressão de 610 × 420 mm, espessura de impres-são de até 15 cm, resolução de até 1.800 dpi e pode operar com até sete cores.

nEW sinonew sino Comércio de Máquinas e Materiais GráficosE-39, rua 5, Av. EAv. Rangel Pestana, 100003002- 000 São Paulo SPTel. (11) 3229- 7224

produtosImpressoras e multifuncionais.lAnçAMEntosImpressora digital colorida de pequeno porte, com car-tucho de toner na cor branca, que possibilita a utilização em mí dias de transferência para su per fí cies escuras.

opEn prEssopen press Comercial e EditoraE-44, rua 4, Av. ER. Cunha Gago, 17605421- 000 São Paulo SPTel. (11) 3853- [email protected]ência técnica, compra e venda de máquinas digitais usadas e consumíveis.lAnçAMEntosAssistência técnica 24 horas, backup de impressão.

rolAnd dGroland dG Brasil importação e ExportaçãoB-24, rua 4, Av. BR. San José, 74306715- 862 Cotia SPTel. (11) 3500- 2646michelle.fernandes@rolanddg.com.brwww.rolanddg.com.brprodutosEquipamentos para impressão solvente, impressoras sublimáticas, impressoras UV.

produtosSistema de aplicação de produtos químicos e umidifi-cação por rotores, cortador de ourelas de malhas e te-cidos, abridores/desenroladores de malhas e tecidos.lAnçAMEntosCond-it, con di cio na dor para preparação de tecidos e malhas para impressão digital, utilizando a nova tec-nologia Spectrum para aplicação dos produtos quími-cos; sistema de sensores Ires desenvolvidos para utili-zação no sistema de corte de ourelas automatizado da Weko e também para a introdução da rama.

ZÊnitEZênite sistemasBC-12, rua 2, entre avenidas B e CR. Itaguaí, 86630775- 110 Belo Horizonte MGTel. (31) 3419- [email protected]

produtosGWorks So lu tion 2.0, sistema integrado de gestão (ERP) es pe cia li za do em impressão digital e comunicação vi-sual: orçamentação, produção, financeiro e controles gerenciais. Estrutura modular que atende também os segmentos de offset, flexografia, serigrafia.lAnçAMEntosMódulo de PCP (planejamento e controle de produção), que possibilita um monitoramento em tempo real da produção e calcula com precisão o horário de entrega dos trabalhos. Módulo de CRM, responsável por aten-der uma completa gestão de re la cio na men to com os clien tes e fornecedores da empresa.

16 tECnoLoGIA GrÁFICA VoL. I 2013

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Page 18: Revista Tecnologia Gráfica 85

Oriente-se no Pho to shop

O estilo gráfico orien tal é uma grande fon-te de inspiração. No campo das artes, es pe cial men te na pintura, teve grande in fluên cia na construção do movimen-

to im pres sio nis ta, sendo nítida sua presença em obras de grandes mestres, como na de Van Gogh, por exemplo. Hoje vou mostrar como manipular imagens para que estas imitem o estilo gráfico das pinturas chinesas, que é muito próximo do modo de fazer da caligrafia chinesa de ideo gra mas. Este tu to rial vai explorar algumas características deste

TUTORIAL

Thia go Justo

estilo: pinceladas soltas e precisas, grandes áreas de cor e verticalidade do lay out.

Requisitos: Adobe Illustrator e Adobe Pho to shop.

Para ini ciar, se le cio ne uma imagem que vai compor seu trabalho. Será preciso tirar o fundo da imagem; para isso você pode usar as ferramentas de seleção do Pho to shop ou a ferramenta Pathfinder. Não se preo cu pe muito com a precisão nesta etapa, pois será aplicado o filtro de aquarela do Pho to shop que irá “borrar” as bordas da imagem utilizada.

18 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. I 2013

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Crie um novo documento. Para este trabalho eu abri um documento de 12 × 27 cm (1). O back-ground (a camada do plano de fundo) do arquivo será nosso papel, onde todas as demais coisas se-rão aplicadas por cima. Vamos aplicar uma cor e uma textura nesta camada. Utilizei um tom pastel amarelado e apliquei uma textura de canvas com pouco relevo, para imitar o papel usado para fazer aquarelas (2 e 3).

Abra a imagem do tema escolhido e tire seu fun-do; depois se le cio ne a imagem sem o fundo e copie

para dentro do arquivo com a textura de papel (4 e 5). Mude o estilo de mistura da camada (Blend) para Multiplicação (6).

Aplique o filtro de aquarela na imagem do tema. Eu deixei a intensidade das sombras em zero para não escurecer muito a imagem. Todavia, cada ima-gem pode ter o filtro configurado de acordo com o efeito desejado (7 e 8).

Agora é a vez das pinceladas. Como o efeito de-sejado é o de aquarela, podemos digitalizar algumas imagens de pinceladas feitas em aquarela ou utilizar

2

VOL. I 2013 TECNOLOGIA GRÁFICA 19

Page 20: Revista Tecnologia Gráfica 85

pin céis prontos que imitam pinceladas de aquare-la. Eu trabalhei com o pacote de pin céis Bittbox’s Watercolor Brushes II, que é gratuito e pode ser fa-cilmente encontrado no site www.bittbox.com. Para utilizar, faça o down load do arquivo e carre-gue os pin céis. Para isso se le cio ne a ferramenta pin-cel e, com o botão direito, abra a janela de pin céis do Pho to shop. Clicando no submenu aparecerá a opção de carregar pin céis (9 e 10).

Escolha um dos pin céis de aquarela e comece a fazer as manchas de cor. Eu escolhi a cor usando a ferramenta conta- gotas em cima de um tom de vermelho presente no tecido da imagem. Mas você também pode formular uma cor nova (11).

Antes de fazer as pinceladas, crie uma nova ca-mada no documento; só depois faça as pincela-das nesta nova camada. Trabalhe com diferentes

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20 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. I 2013

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pin céis, diferentes tamanhos e diferentes opacida-des. Se as manchas invadirem áreas indesejadas da imagem, você poderá utilizar a ferramenta borra-cha para apagar tais áreas de cor. Quan do termi-nar mude o blend da camada para Multiplicação também (12, 13 e 14).

Utilize os pin céis de aquarela também para aplicar algumas pinceladas de cor branca, com opacidade

em 10%, no plano de fundo, como se fosse criar manchas de água no papel da aquarela. Finalize apli-cando alguns textos na imagem. Eu utilizei o texto com o mesmo tom de vermelho que usei nas pin-celadas (15). Feito! Agora é explorar as dicas e criar seus pró prios lay outs, lembrando que é possível utilizar outros elementos da cultura orien tal, como ideo gra mas, texturas e padrões geo mé tri cos.

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13

14 15

ThIAGO JUsTO é instrutor de pré-impressão da Escola Senai Theobaldo De Nigris

VOL. I 2013 TECNOLOGIA GRÁFICA 21

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Jorge Correia, Miguel Delgado e Tânia Araújo

Lean Production: – é [=] a [+]

Nos dias atuais, as inovações da tec­nologia de impressão, internet e soft wares altamente sofisticados, assim como a si tua ção de crise

mun dial, levam muitas gráficas a pensar se­ria men te em se adaptarem ao presente para sobreviverem no futuro.

Neste contexto, no último encontro anual da Apigraf (As so cia ção Portuguesa das In­dús trias Gráficas de Comunicação Vi sual e Transformadoras de Papel) em Braga, um dos oradores do evento, Ricard Casals, levou o público a pensar numa questão: que organi­zação cria ría mos hoje, se ini ciás se mos nova­mente a nossa empresa? Ao parar para pen­sar nesta questão, a maioria dos em pre sá rios gráficos ficou sur preen di da, até mesmo in­dignada, com a ine fi ciên cia das suas pró prias empresas. Sem grandes dificuldades, todos chegaram à mesma conclusão de que, organi­zados e estruturados de forma diferente, até mesmo com menos recursos, se riam capazes de ter uma produtividade igual ou su pe rior.

Ao chegarem a uma conclusão que nem foi uma surpresa, por que os nossos gráficos não tomaram quase nenhuma medida para contornar a si tua ção? Provavelmente porque mentalidades são difíceis de mudar. Ao lon­go das últimas décadas, a produção gráfica tem sido as so cia da a um método produtivo em massa. Os em pre sá rios foram vivendo segundo o lema do “fazemos o que vende­mos”, diversificando a sua área de produção

GESTÃO

Less is only more where more is no good.

FRANK LLOYD WRIGHT

de acordo com as necessidades que o clien­te procurava, mesmo que para isso a sua ca­pacidade técnica não fosse a mais adequa­da. Isto lhes transmitia um falso sentimento de segurança, fazendo que ficassem confor­táveis num mercado em constante cresci­mento, mantendo boas margens (que per­mi tiam muitos erros), de forma a crescer e investir desmesuradamente.

Para termos uma noção do problema, en­tre 2006 e 2009 a capacidade produtiva na indústria europeia aumentou cerca de 30%. Contudo, a procura aumentou apenas 1%. Estima­se que na Europa, no mercado da im­pressão offset, a capacidade excedente seja de 15% a 20% (Apigraf, 2011). Dian te desses números, uma das consequências inevitáveis é a queda abrupta dos preços.

E como chegamos a este ponto? Para es­ses números con tri buí ram diversos elemen­tos, tais como uma enorme combinação de fatores econômicos; uma recessão sem pre­cedentes; as alterações tecnológicas que tor­naram a impressão muito mais fácil e com preparações muito mais rápidas e que origi­naram uma crescente substituição de meios impressos por meios digitais; a concorrência de produtos gráficos importados da China e de outros paí ses emergentes; o surgimento de plataformas web-to- print e a transferência de publicidade para a internet.

Dian te desses novos ce ná rios, neste mo­mento a grande questão para a esmagado­ra maioria das empresas da indústria gráfica é: como sobreviver? Uma possível solução é tentar con tra riar essa mentalidade de produção em massa.

Seguindo prin cí pios consagrados pela Toyota durante a Segunda Guer ra Mun dial, com a lean pro duc tion [produção enxuta], a gráfica, sem recorrer a grandes investimen­tos e reduzindo custos, tenderá a introduzir simplificações e me lho rias de produtivida­de e a es pe cia li zar­se num determinado se­tor de produção. Quan to mais es pe cia li za­da for a empresa, mais efi cien te ela poderá ser, con ti nuan do assim a satisfazer os clien­tes com va rie da de e qualidade nos produtos, sendo estes vendidos a baixo custo.

Se os japoneses, que saí ram devastados da Segunda Guer ra Mun dial, com uma eco­nomia débil, em desvantagem e quase sem recursos, com a sua grande força de vonta­de, espírito de so li da rie da de e organização, conseguiram desenvolver e aplicar esse mé­todo na indústria automobilística, por que não aplicar essa mesma metodologia na in­dústria gráfica (com as devidas adaptações e tendo em conta a sua especificidade)?

E o que é este conceito de lean pro duc-tion? Trata­se de uma forma mais abrangente de interpretar a produtividade, guiando­se pela utilização de apenas o que é necessário, nem mais cedo, nem mais tarde. Ela utiliza um conjunto de técnicas e es tra té gias que visam reduzir custos e gastos em todas as fases de produção, de forma a melhorar o desempe­nho da empresa, simplificando e eliminando o que não é necessário para satisfazer o clien­te, sem que para isso haja perda de qualidade.

Dentro de todo esse processo, os des per­dí cios, que chegam a representar até 95% do tempo total de produção, têm um grande peso que não acrescenta qualquer valor ao

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produto ou serviço final. Tendo essa no­ção, as empresas, equivocadamente, tentam orien tar o seu esforço de forma a maximi­zar os 5% restantes, ignorando as inúmeras vantagens de se otimizarem as atividades que geram os 95% de desperdício.

Assim, podemos afirmar que o objetivo do lean printing ou lean thinking é reduzir ou eliminar o dispensável, os des per dí cios. E o que pode ser feito para reduzir estas si­tua ções que são passíveis de ser dispensadas do processo produtivo?

1. Uma casa arrumada torna-se mais fun cio nal. Isto quer dizer que a gráfica deve começar por simplificar a sua orga-nização. O lay out da empresa deve ser es­truturado de forma a minimizar todo tipo

de transporte e movimentações des ne ces­sá rios: a entrega das ma té rias­ primas deve ser feita no local (ou muito perto de) onde vão ser utilizadas; as ferramentas e ma té rias­ primas ne ces sá rias a certa operação (quer produtiva ou de manutenção) devem estar perto do posto de trabalho, e não num ar­mazém afastado; o processo de produção deve estar en ca dea do (onde os processos e os equipamentos se riam otimizados para facilitar o fluxo contínuo do trabalho, e não organizados por seção ou tipo).

2. Uma gráfica não deve ter mais do que precisa. Assim, ela deve pensar em formar para reduzir os recursos produtivos. Essa re­dução pode incluir vender o equipamento mais antigo e que não é utilizado, mantendo

o equipamento mais produtivo trabalhando de forma mais contínua e eficaz, em mais turnos; desfazer­se de instalações obsoletas ou dispensáveis, que não são utilizadas na sua totalidade. No caso da impressão flexo­gráfica de etiquetas, há empresas que con­seguiram utilizar o seu próprio equipamen­to de forma a alterar a configuração/lay out das impressoras e combiná­lo com métodos lean para acelerar essa transição.

3. Uma gráfica não deve fazer “provi-sões”. Com uma perspectiva diferente, de­vemos reduzir também outro tipo de recur­so produtivo: suprimir excessos em tiragens e de consumíveis, ou seja, eliminar o exces­so de estoque e de produção. Para a gráfi­ca, não é viá vel (em termos financeiros e

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de espaço) ter grandes estoques de produ­tos por transformar, par cial men te transfor­mados ou já acabados. Assim, a empresa tem vantagem ao optar por uma carteira de fornecedores just in time que satisfaça rapidamente as suas necessidades ime dia­tas de ma te rial (evitando custos adicionais e eventuais de te rio ra ções do ma te rial). Ou­tra solução é ne go ciar com os clien tes um plano de entrega que seja viá vel para ambas as partes. Também é possível arranjar siste­mas que ajudem a controlar o estoque e a fazer estatísticas do gasto de consumíveis, de forma a tirar o melhor proveito das deci­sões de compra e, a cada trabalho, retificar os excessos e corrigir erros.

4. Se o clien te não precisa, por que pro-duzir? O excesso de produção é outro pro­blema gráfico que precisa ser so lu cio na do. Numa época em que a economia não per­mite excessos, não faz sentido con ti nuar a produzir algo quando a necessidade do clien te já se encontra satisfeita! A produ­ção deve ser sob medida, nem a mais nem a menos, e o estoque dos trabalhos em cur­so deve ser planejado e reduzido para um nível mínimo, de forma a não interferir na produtividade do operador.

5. Será que colocar a máquina para tra-balhar a uma velocidade maior faz que consigamos entregar o trabalho a tem-po? A redução dos tempos não produtivos abarca planejar con ve nien te men te um tra­balho, ou seja, ter uma ideia real dos tem­pos de preparação/ajuste das máquinas e dos tempos de produção efetiva em cada fase do processo; saber analisar as causas dos problemas que originam estes tempos não produtivos (reposição ou troca de ma­te rial, tempos de espera, ava rias, falhas hu­manas, erros de pré­ impressão) e tentar cor­rigi­ los; fazer que as ma té rias­ primas sejam entregues na hora certa e no local indica­do; fazer que o produto seja entregue e re­tirado das estações de trabalho sem haver interrupções no trabalho.

6. Pode ser que o clien te não note! Um dos lemas que todas as gráficas de ve riam

seguir é o da redução de erros e defeitos, já que estes estão na origem dos des per dí cios mais frequentes em qualquer processo de produção. Estes defeitos podem acontecer por conta de transporte ou armazenamento de fi cien te ou de problemas internos de qua­lidade, por isso cada fun cio ná rio deverá ter o máximo de cuidado nas suas tarefas visan­do evitar qualquer tipo de defeito, uma vez que isso poderá significar ter de refazer todo o trabalho produzido an te rior men te. Uma solução seria detectar eventuais problemas logo na pré­ impressão, crian do manuais de procedimentos e documentos com recomen­dações de boas práticas. Pode ser inclusive necessário explicar alguns detalhes técnicos diretamente ao clien te, para que ele decida o que pretende fazer. No caso do departa­mento produtivo, o fun cio ná rio deverá ter certeza de que dispõe de toda a informação necessária para rea li zar o trabalho, verifican­do se tem todo o ma te rial para a produção.

7. As va ria ções na qualidade podem sig-nificar a perda de um clien te e por isso os profissionais devem conhecer e com preen der as especificações de cada trabalho, dos ma­teriais a serem usados e do processo de pro­dução. As empresas também devem formar profissionais com mais autocontrole e poder de decisão, de forma a saberem onde e quan­do atuar para produzir o efeito pretendido.

8. Se o trabalho pode ser executado em três etapas, por que complicar? A redução das etapas de produção pode gerar resul­tados bastante interessantes. Essa redução pode envolver reduzir (ou eliminar) as ope­rações repetitivas (como os ajustes de ima­gem na pré­ impressão e na impressão; evitar trabalho dobrado nas repetições de produ­tos ao guardar os dados). Pode também sig­nificar apenas planejar linhas de produção mais eficazes (ligar um CtP ou linhas de aca­bamentos a uma máquina de impressão).

9. A gráfica deve fun cio nar como um bailado, em que todos dançam sincroni-zados. A redução do pes soal indireto e das che fias in ter me diá rias pode ser interpreta­da como uma filosofia lean. Uma gráfica

burocrática, com uma hierarquia altamente confusa, tenderá a complicar todo o proces­so, fazendo que haja falhas de comunicação e, even tual men te, erros de produção. Todos os fun cio ná rios devem sentir­se motivados em contribuir para o objetivo pri mor dial da empresa: servir o clien te da melhor forma.

10. Os trabalhos precisam ser planeja-dos como um todo. Os processos inade­quados dão origem a todos os des per dí­cios e inadequações, e isto pode resumir­se a si tua ções com design mal concebido, fa­lhas nas instruções das ordens de traba­lho ou instruções pouco claras; requisitos dos clien tes que não são definidos a prio-ri ou que são pouco específicos. Para con­tra riar um processo que não se adequa ao objetivo final do produto, a empresa deve apostar na padronização do trabalho, com indicações claras e concisas.

Com isto, verificamos que a implementa­ção sustentável da filosofia lean pode trans­formar uma empresa gorda numa empresa magra, permitindo reduzir custos, melho­rar processos e manter as equipes motiva­das e empenhadas. Estas características per­mitem que se utilizem melhor os recursos e que se encontrem ferramentas para tor­nar o fluxo de trabalho mais fluido e pro­dutivo, exigindo para isso uma constante atua li za ção por parte de todas as pes soas envolvidas no processo.

Contudo, a maior dificuldade de um em­presário que não tenha começado ainda a desenvolver o sistema lean na sua empre­sa é mesmo o começar. Pequenas coisas ou pequenos ajustes podem ter resultados ime­dia tos. Mas é fundamental fazê­lo com for­mação e estar preparado para seu desenvolvi­mento, ser claro nos objetivos e ter a certeza de que toda a equipe com preen de as vanta­gens destas alterações no longo prazo.

JORGE CORREIA, MIGuEL DELGADO e TâNIA ARAúJO são alunos do curso de mestrado em Tecnologias Gráficas do Instituto Superior de Educação e Ciências (Isec), localizado em Lisboa, Portugal. Julho 2012.

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SUA GRÁFICA PODE ESTAR SAUDÁVEL, MAS É SEMPRE BOM FAZER UM EXAME.

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Page 26: Revista Tecnologia Gráfica 85

Laurel Brunner

Ecos da EcoPrint

Por que alguém iria promover um novo

evento voltado para artes gráficas com o

atual clima econômico do setor? Esse era o questionamento

que muitas pessoas estavam fazendo no último ano quando

os organizadores britânicos FM

Brooks anunciaram a EcoPrint 2012.

Dada a queda nos números em todas as feiras do segmento gráfico nos mer­cados desenvolvidos, a adição de um evento específico ao calendário euro­peu foi uma loucura cu rio sa, es pe cial­

men te em um ano de Drupa. Ou não foi? A Eco­Print 2012, rea li za da nos dias 26 e 27 de setembro, em Berlim, atingiu suas metas em número de ex­positores e, mais importante, atendeu a uma mul­tidão de profissionais de todos os paí ses, com inte­resses ao longo de toda a cadeia de suprimento do setor. Alguns visitantes eram concorrentes es pian do o movimento de seus ad ver sá rios, mas o evento foi re chea do de reuniões entre gráficas de toda a Euro­pa. A EcoPrint 2012 marcou o início de uma nova série de conversações dentro da indústria.

Essas conversas foram a principal atração para a maioria dos profissionais que participaram do pro­grama de dois dias. Os corredores podem ter esta­do tranquilos, mas as con fe rên cias estavam lotadas. O programa abrangeu o impacto am bien tal e a sus­tentabilidade dos materiais de impressão a partir de praticamente todos os ângulos e ideias. Com inú­meras palestras si mul tâ neas não foi surpresa o fato de o evento não ter tido um movimento pesado.

No entanto, havia sempre um burburinho. As pes­soas iam às sessões oferecendo ideias básicas para melhorar a sustentabilidade das empresas, identifi­cando preo cu pa ções­ chave enfrentadas pela indús­tria gráfica e apresentando sugestões para ajudar as empresas a reduzirem seus impactos ambientais.

Felizmente, essa feira não foi mais uma série de con fe rên cias dominadas por expositores empurran­do o “verde” de suas tec no lo gias. Em vez disso, os organizadores reuniram um conjunto vasto e eclé­tico de palestras, destinado a fomentar discussões, argumentações e encorajar novas formas de pen­sar sobre as questões verdes. Em uma das palestras, por exemplo, o público foi convidado para o “Think Pink” por uma empresa de consultoria es pe cia li za­da no segmento de mar ke ting direto e impressão de dados variáveis, que trabalha para reduzir o des­perdício e obter maiores taxas de resposta. Segundo Gerhart Maert te rer, fundador da Schwarzspringer­ direkt e cria dor do conceito “Think Pink” (aparen­temente decorrente de uma preferência da moda pela cor rosa), estima­se que a impressão de dados estáticos produza uma resposta de 2% e gere des­perdício de 98%, em comparação com a resposta de 29% e 61% de re sí duos para impressão de dados

GESTÃO AMBIENTAL

Em quase todas as várias sessões houve interação entre apresentadores e público.

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variáveis. Matemática não parece ser o ponto forte de Maert te rer, mas ele está certo quando se trata de taxas de retorno mais atrativas dos dados vari­áveis. Os retornos (e os des per dí cios) ob via men te va riam de acordo com a “saú de” dos dados. Cada vez mais os dados estão se tornando localizados e os meios para entregá­ los mais diversificados, de anexos de e­ mail até pendrives.

Nessa e em outras apresentações da EcoPrint a mensagem foi de que a redução do impacto am­bien tal depende do aumento das taxas de retorno e do corte de des per dí cios. A redução dos re sí duos não está re la cio na da apenas ao corte dos excessos na impressão, mas ao aumento da efi ciên cia do pro­cesso, em outras palavras, à eficácia dos dados. Exis­tem exemplos de empresas de impressão digital cujo sucesso é ba sea do neste principio, com dados total­mente aproveitados em todos os canais e com a im­pressão no coração das campanhas. Como Gerhart Maert te rer colocou na EcoPrint: “Gráficas não ga­nham o su fi cien te na impressão; elas precisam de ganhos adicionais, para além da impressão”.

MESMA MúSICA, NOVOS TIMBRESAté aí já sa bía mos. O problema é conhecido, mas como podem as gráficas fazer jus ao seu po ten­cial assim como tantos outros provedores de mí­dia ao seu redor? Nós estamos debatendo isso há anos e vemos que a questão se resume a educação, atua ção proa ti va e comunicação, coisas em que as gráficas não são muito boas. Segundo Eric van den Bruel, diretor de mar ke ting da Sappi, as gráficas não devem repetir o mesmo erro da indústria papeleira e precisam ouvir seus clien tes. Ele lembrou ao pú­blico da EcoPrint que “nunca nos comunicamos o su fi cien te com nossos clien tes” e isso tem levado a vá rias fa lên cias na indústria de papel. “Em fun­ção disso, achamos que as gráficas precisam olhar para além de seu próprio quintal para conseguir ver e entender o que está acontecendo no planeta e nestes tempos difíceis”.

Van den Bruel tinha uma massa de estatísticas para apoiar seu argumento principal, de que a im­pressão em papel é sustentável. Não há novidade nisso, no entanto é preciso insistir porque a men­sagem ainda não chegou a todos. Muitas pes soas na plateia da EcoPrint não sa biam que o papel e a impressão con tri buem apenas com 0,6% do to­tal de emissões da Europa. Ou que 540 milhões

de toneladas de CO₂ são sequestradas em produ­tos de papel e madeira por ano, e que a indústria de papel gera 27% da energia da bio mas sa euro­peia. Aprendemos, ainda, que 45% mais árvores são plantadas a cada ano do que são cortadas e que apenas 11% das árvores derrubadas na Europa se destinam à fabricação de papel. É esse o tipo de informação que precisa ser compartilhada e que as gráficas precisam levar aos seus clien tes.

Também é importante que a indústria opere de forma coe sa, a fim de avançar. Uma opção são ini cia ti vas como o Programa Carbono Impressão Equilibrada da Ricoh ou o projeto de impressoras neutras de carbono da HP. Outra solução é a indús­tria estabelecer algumas metas em seu próprio rit­mo, como uma redução de 10% por ano em emis­sões. No entanto, isso requer uma direção comum, coor de na ção e coleta de dados responsável, além de uma liderança forte.

A EcoPrint pode estar po si cio na da de forma a li­derar esse processo. Contudo, precisa atingir as ba­ses da indústria e trabalhar em estreita colaboração com as as so cia ções da indústria gráfica. Trabalhar junto a organizações como a Intergraf (federação in ter na cio nal de as so cia ções gráficas) e as so cia ções locais. Será que eles podem desenvolver programas para seus membros com o objetivo de ajudar na re­dução do impacto am bien tal? Como esse tipo de programa tem um benefício econômico claro, fica­mos perplexos e frustrados sem entender por que esses esforços ainda não foram feitos.

O hOMEM COM uM pLANODe longe, a apresentação mais significativa da Eco­Print veio do doutor Hans Joa chim Schellnhuber, fundador do Instituto Potsdam para Pesquisa de Impacto Climático. E esse homem tem um currícu­lo im pres sio nan te: Prêmio Nobel da Paz 2007, como parte do Painel Intergovernamental sobre Mudan­ças Climáticas, e comenda da Rainha da Inglaterra. Ele é também conselheiro da chanceler alemã An­gela Merkel e da administração Obama. A expli­cação calma e lúcida de Schellnhuber sobre o que está acontecendo com o nosso planeta foi inequí­voca e assustadora, mas ele tem algumas ideias de como a catástrofe pode ser evitada.

Os analistas do Instituto Potsdam trabalham ex­clusivamente para entender os impactos ambien­tais e modelar uma solução de desenvolvimento

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O debate sobre a importância das normas e certificados ambientais para os relatórios de impacto ambiental e de conformidade deu aos participantes muito o que pensar.

sustentável em nível mun dial. A apresentação de Schellnhuber mostrou por que o ano de 2020 é tão importante para as metas de redução das emissões: trata­se do momento em que se espera o auge das emissões e que se atinja um ponto crítico e irrever­sível no meio ambiente. Schellnhuber, que também dirige a reunião anual sobre sustentabilidade glo­bal, da qual participam os 20 últimos vencedores do Nobel nessa área, diz que é preciso “uma revolução in dus trial que mude tudo em nossa vida”. O grupo apresentou sete inovações cardeais que são a base possível dessa revolução.

AS SETE INOVAçõES CARdEAIS1. Integração de fontes de energia renovável, com base em redes com tecnologia supersmart grid (re­des inteligentes de transmissão e distribuição de energia com base na comunicação interativa en­tre todas as partes da cadeia de conversão de ener­gia), como um meio de reduzir subs tan cial men­te as emissões de combustível e de fazer com que seja fornecida a energia necessária com o mínimo de desperdício. Isso requer o desenvolvimento de fontes de energia renováveis, como a energia eó li­ca, solar e das marés, bem como alguns meios de armazenar energia.

2. Plus Energy Houses , edi fí cios que produzem energia em vez de consumi­la. O revestimento do edifício pode ser um gerador de energia, por exem­plo, com painéis solares com base em células so­lares orgânicas transparentes. Telhados e facha­das também podem ser pintados com materiais fotovoltaicos para geração de energia.

3. E- mobilidade modular, conceito que visa a não termos de ligar os veí cu los elétricos à rede. Eles po­dem obter sua energia a partir de fontes alternati­vas, como as rodas ou a Transferência Indutiva de Potência (IPT) em pavimentos ou a partir de célu­las solares em estradas. Isso já está sendo testado em Turim e Genova, na Itália, onde micro­ ônibus estão sendo carregados com energia tipo IPT. Estra­das solares transformam entradas em redes power grid descentralizadas, de autoprovisão de energia, que podem gerar energia, manter­se limpas de neve e gelo e ge ren ciar fluxos de tráfego.

4. Sistemas otimizados de produção in dus trial com uma abordagem cradle-to- cradle, nos quais não só nos preo cu pa mos com os insumos e seu descarte, mas com seu reú so como matéria­ prima na produ­ção in dus trial. Este é um território fa mi liar para a in­dústria gráfica, que tem uma longa história de reci­clagem de papel. O conceito aplica­se igualmente aos têxteis, por exemplo, com tecidos como algodão ou camisetas a partir de garrafas de plástico.

5. Planejamento urbano holístico, que combi­na prin cí pios de planejamento rural e urbano para reduzir o impacto am bien tal. A arquitetura mul ti fun cio nal usa edi fí cios como torres de con­venção, além de fornecer habitação, es cri tó rios e lojas de varejo.

6. Gestão sustentável de bio mas sa, meio de decar­bonização ba sea do no maior plantio de árvores, vi­sando à captura do carbono equivalente às emis­sões. Produtores de celulose e papel já são muito ativos nessa área. Na Austrália, o governo criou a Ini cia ti va de Agricultura de Carbono para fornecer incentivo econômico para pro prie tá rios de terras que reduzam a poluição de carbono, seja através de redução de emissões ou sequestro de carbono por meio do plantio e recuperação de pastagens.

7. O abastecimento regenerativo de água e a uti­lização de turbinas de vento para transformar ven­to em água é a última das sete inovações sugeri­das. A dessalinização solar é uma tecnologia que usa a energia solar para dessalinizar a água do mar. A Miracle Turbine desenvolvida pela Eole Water colhe energia do vento e também extrai umida­de, com um condensador que usa a condensação recolhida para produzir água fresca. Essa tecnolo­gia está sendo testada no deserto de Nager, em Is rael, e no Qatar.

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O evento inaugural da EcoPrint gerou um público satisfatório e contou com apoio internacional.

O ponto mais importante levantado por Schellnhuber é que no mundo pós­ fóssil precisa­mos de um novo contrato entre a ciên cia e so cie­da de. Para esse fim, o Instituto Potsdam criou o programa Artistas em Residência, para obter inte­ração entre artistas e cien tis tas. Ian McEwan, autor de Reparação e Amor sem fim, é o primeiro artista a participar do programa.

pRóxIMOS pASSOS dA ECOpRINTA intenção da FM Brooks com a EcoPrint 2012 era criar algo diferente, um novo espaço em que os pro­fissionais de mídia pudessem aprender mais sobre o impacto am bien tal da impressão. Ao invés da ex­pansão ha bi tual, e altamente lucrativa, do número de estandes e apresentações de tecnologia, a ênfa­se da EcoPrint estava nas ideias e debates. Isso nos faz lembrar as primeiras edições do Seminário Sey­bold, quando não havia literalmente nenhuma pes­soa visitando os estandes por horas a fio, pois esta­vam nas palestras do seminário.

Como agora, há 30 anos os profissionais da in­dústria gráfica estavam confusos, inseguros quan­to ao que de ve riam estar se perguntando. Hoje em dia, as questões referentes à pré­ impressão e à tec­nologia nas artes gráficas foram em grande parte respondidas e a indústria está se concentrando na sua sustentabilidade e sobrevivência. A EcoPrint 2012 representou um marco, uma base sólida so­bre a qual questões podem con ti nuar sendo feitas e as conversas con ti nuam.

MITOS E MÁGICAS dO dESTINTAMENTO (deinking)Vamos ser claros: os consumidores não se preo cu­pam como os materiais são reciclados, contanto que eles possam ser reciclados. O ponto importante para todos nós na indústria gráfica é que qualquer coisa que amea ce a credibilidade da reciclagem de papel impresso é pre ju di cial à sobrevivência desta indústria a longo prazo. Os de sa fios para a recicla­gem de materiais impressos com tecnologia digital prejudicam a credibilidade da sustentabilidade da impressão, em todos os sentidos da palavra.

A reciclagem do papel ob via men te ajuda a im­pressão a ter um impacto am bien tal cada vez me­nor. No entanto, com a mistura de substratos, tintas e toners, mudanças de métodos convencionais de destintamento estão sob pressão. Novas tec no lo­

gias são ne ces sá rias para processar a diversidade de pa péis impressos que entram nas cadeias de forne­cimento de reciclagem. Esta é a questão no centro da disputa entre os representantes da indústria de destintamento e os grandes fabricantes, es pe cial­men te os de impressoras digitais. A briga se resume a um problema de tecnologia e método.

Usinas de destintagem basicamente lavam os pa péis impressos de modo a remover os corantes. Quan do se trata de remover tintas offset e toners para produzir celulose de menor qualidade, como é o caso, por exemplo, do papel jornal, o processo é estabelecido, comprovado e rentável. Mas a indús­tria está mudando. Agora temos volumes cada vez maiores de impressos com novos toners e tec no­lo gias entrando no ciclo de reciclagem das usinas de destintagem. Isso inclui toners líquidos, tintas com cura UV, tintas convencionais para flexogra­fia e tintas à base de água. Todos esses insumos re­querem tec no lo gias de destintagem mais agressi­vas do que aquelas que são utilizadas para retirar a tinta offset e o toner seco. Os compostos quími­cos da tinta e do substrato, assim como o volume de impressão, estão mudando con ti nua men te, cau­sando uma alteração na qualidade dos insumos que estão entrando nas usinas de destintagem. A ne­cessidade de novas tec no lo gias de destintamento é inegável e fundamental.

Felizmente, existem novas usinas de reciclagem sendo cons truí das para a produção de celulose ade­quada à fabricação de pa péis de alta qualidade, bem como papel jornal. Tais usinas estão liderando o ca­minho para o futuro da nossa indústria. Elas apoiam

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a crescente necessidade da produção de substratos de alta qualidade a partir de ma té rias­ primas reci­cladas, adequados para impressão digital e con ven­cio nal. Elas podem destintar praticamente qualquer coisa, incluindo impressos digitais. O ponto aqui é que os rumores de que a destintagem é difícil ou

cara causam medo de forma totalmente equivocada. Com a tecnologia correta é possí­vel, embora possa não ser tão rentável, destintar as tintas di­gitais, flexográficas e com cura UV. A indústria deve reconhe­cer que confundir o mercado com argumentos er rô neos so­bre a possibilidade de destin­tagem de materiais impressos digitalmente mina a credibili­dade da sustentabilidade da impressão. Dá aos consumi­dores uma razão para ques­tionar o impacto am bien tal da impressão digital e afastar­se dela. Isso não pode, de ne­nhuma forma, ser bom para a indústria gráfica. É hora de discutir não sobre o que não pode ser feito, mas sobre o que pode ser feito.

O dRAMA dO dESTINTAMENTOO fato de alguns tipos de im­pressão serem adequados para a maioria dos processos de re­ciclagem e outros não, é muito vago para a maioria dos com­pradores de produtos im­pressos. Eles tendem a procu­rar con ve niên cia sem culpa e, como regra, de não se interes­sar por detalhes técnicos e di­ferenças entre a impressão com

toner ou jato de tinta. Mas não de ve ría mos dar mais crédito aos consumidores e compradores de impressão, ou, pelo menos, incentivá­ los a pensar mais? Afinal, é um problema coletivo e não apenas dos fabricantes de tinta, recicladores ou fabrican­tes de papel. O lado bom da reciclagem de papel

impresso é que não há problema com a remoção de toners de impressão digital, assim como nos mate­riais advindos da impressão offset. A parte que ain­da precisa de um pouco de pesquisa e desenvolvi­mento é a destintagem dos impressos que utilizam certos tipos de jato de tinta.

Po de ría mos fazer mais com uma comunicação positiva. O novo site da Digital Printing Deinking Al lian ce (www.thedpda.org) vai ajudar a educar o mercado e fornecer um meio de compartilhar no­vas ideias. Os departamentos de mar ke ting dos fa­bricantes também po de riam divulgar mais o tra­balho que está sendo desenvolvido para melhorar a reciclagem dos impressos. Nós temos uma res­ponsabilidade coletiva porque, no final, a alegação de que algumas impressões digitais não podem ser recicladas prejudica todas as formas de impressão, incluindo a própria digital.

Será que o problema é na verdade econômico e não tecnológico? Se as empresas estão dispos­tas a investir em tec no lo gias de destintamento e as pes soas estão dispostas a pagar pa péis recicla­dos como premium com base em ma té rias­ primas pro ve nien tes de pa péis impressos com tecnologia jato de tinta e toner líquido, não há problema. Mais usinas de reciclagem com tecnologia de ponta vão entrar em fun cio na men to para processar volumes crescentes enquanto os consumidores estiverem dispostos a pagar o preço. Even tual men te, o cus­to do processamento do ma te rial deve cair seguin­do as regras básicas de oferta e procura. Enquan­to isso, podemos estar dian te de uma si tua ção na qual os fabricantes de celulose estejam esperando por impressões digitais e tintas totalmente des tin­ta véis, enquanto os fabricantes de equipamentos digitais estão aguardando mais investimentos em usinas de destintagem com tecnologia de ponta. Isso realmente não é bom.

A destintagem está madura para receber inven­ções e inovações. Suas limitações atuais estão levan­do o mercado para um novo futuro. Espera­se que nele todas as formas de impressão possam ser des­tintadas com sucesso. Do contrário, o futuro para o ma te rial impresso pode parecer sombrio.

Tradução autorizada do boletim Spindrift, publicação produzida pela Digital Dots, empresa de consultoria na área gráfica, publicado em novembro de 2012.

ALGuMAS dAS COISAS quE ApRENdEMOS NA ECOpRINT

Sustentabilidade, reciclagem, redução do ◆◆

impacto ambiental e pegada de carbono são problemas de todos.A indústria gráfica precisa de liderança e bases ◆◆

de engajamento se deseja explorar suas forças de sustentabilidade.Gráficas devem se transformar em provedores ◆◆

de mídia.Certificações, tal como a EcoEtiqueta da União ◆◆

Europeia, têm valor apenas se tiverem critérios de medição sólidos e responsáveis.Fabricantes de sucesso colocam a reciclagem ◆◆

e a redução do impacto ambiental como questão central do desenvolvimento de seus produtos.Normas são um meio para melhorar o ◆◆

desempenho do negócio.A política ambiental e sua comunicação devem ◆◆

estar no centro do negócio.Gráficas e seus clientes precisam de educação ◆◆

e consciência das normas e selos ambientais.É preciso ouvir os clientes e responder às suas ◆◆

necessidades.O meio ambiente e a economia da indústria ◆◆

gráfica andam de mãos dadas.A diminuição dos custos através da redução de ◆◆

desperdícios e maior eficiência são os primeiros passos para a diminuição do impacto ambiental.Associações internacionais do setor estão bem ◆◆

colocadas para tomar a iniciativa da liderança.Se continuarmos a ignorar o aquecimento global, ◆◆

o planeta começará a entrar em colapso até o final do século.

30 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. I 2013

Page 31: Revista Tecnologia Gráfica 85

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ANO XVI Nº 82VOL. II 2012ISSN 1678-0965

ANO XVI Nº 82VOL. II 2012

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82

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Gestão Não venda preço. Venda valor.

Normalização O uso de XML para controle de processos em tecnologia gráfica

Sacolas plásticas Há bandidos e mocinhos nessa história? Entramos na polêmica do banimento das sacolas nos supermercados de São Paulo

Tutorial Entrevista Gestão

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Page 32: Revista Tecnologia Gráfica 85

UMA BREVEHISTÓRIADA LINOTIPO

Os primeiros experimen-tos com a composição me-cânica de textos ocorreram a partir da década de 1820, mas a engenhosa e com-plexa invenção de Ottmar Mergenthaler, em 1886, foi

a primeira a obter êxito comercial. Graças à sua praticidade e qualidade técnica, conseguiu se impor ao mercado tipográ�co, especialmente para a pro-dução de jornais e livros.A segunda metade do século XIX assistiu a uma sucessão de inventos, com a crescente busca pela mecanização e aumento da produtividade, em pesquisas com materiais e processos que desem-bocavam necessariamente no empreendedorismo. A Linotipo é considerada uma das mais impor-tantes contribuições para o avanço das artes grá-�cas desde o surgimento dos tipos móveis, desen-volvidos por Gutenberg há quase 560 anos. O inventor, cientista e empresário norte-america-no Thomas Edison quali�cou a Linotipo como

“a oitava maravilha do mundo”.

O relojoeiro alemão Ottmar Mergenthaler (1859-1899) emigrou para os EUA em 1872 e o seu primeiro emprego foi em uma loja de instrumentos científicos, na cidade de Washington. Uma das atividades ali desen-volvidas era a confecção de protótipos para as invenções dos clientes, para atender a uma exigência do departamento de paten-tes norte-americano. Mergenthaler logo se destacou nessa função.Em 1883, ele foi encarregado de desen-volver o protótipo de uma máquina de escrever, que compunha linhas de tex-to com tinta litográfica em tiras de papel para serem transferidas diretamente para

TIPOGRAFIA

Claudio Rocha

CLAUDIO ROCHAé tipógrafo, editorda revista Tupigrafiae diretor da OTSP,Oficina TipográficaSão Paulo

a pedra litográfica. O projeto se mostrou problemático e foi solicitado a Mergen-thaler uma outra solução. Ele começou a trabalhar em um novo projeto, batiza-do como Rotary Matrix Machine, que uti-lizava punções para gravar letras em bai-xo-relevo sobre fitas de cartão umedecido (papier-mâché), que serviriam como matri-zes para estereotipia.Esse projeto também não chegou a resulta-dos satisfatórios, mas gerou o conceito de produzir linhas de texto inteiras. Finalmen-

A Linotipo é um equipamento de composição mecânica que compreende quatro partes fundamentais:os magazines, ou depósitos de matrizes;o teclado, o mecanismo de fundição e o mecanismo de distri-buição das matrizes.Basicamente, a sua operação consiste em: reunir as matrizes emuma linha de texto; espaçá-la automatica-

posicionar a linha composta no mecanismo de fundição; transferir a imagem dos caracteres das matrizes para uma

devolver as matrizesàs suas posições originais nos magazines, para nova utilização.

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32 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. I 2013

Page 33: Revista Tecnologia Gráfica 85

te, o projeto foi abandonado e Mergentha-ler iniciou suas próprias pesquisas, em um caminho diverso.Em 1885, ele finalizou a construção de um equipamento que utilizava barras metálicas com matrizes do alfabeto completo, em bai-xo-relevo, e produzia linhas de texto fundi-das em metal. Esse equipamento ficou co-nhecido como Band Machine.Enquanto os equipamentos de composição mecânica inventados até então produziam linhas com tipos já fundidos, sua invenção combinava a composição de textos com a fundição de tipos – por meio de matrizes de metal – em uma única operação.Logo ele intuiu que poderia agilizar o processo de composição utilizando ma-trizes de metal separadas, cada uma com um único caractere. Assim, no mesmo ano, ele iniciou a construção de um novo modelo, que realizava as operações de composição, fundição e distribuição de uma maneira bastante veloz (era possível compor uma linha enquanto outra estava sendo fundida e uma terceira estava sen-do distribuída).Mergenthaler afirmou, em uma palestra na-quele período: “A não ser que seja inventado algum sistema de impressão, no qual os tipos não sejam necessários, estou convencido de que o mé-todo empregado em nossa invenção será domi-nante no futuro, não apenas por ser econômico, mas principalmente por sua qualidade superior”.

O início da produção

Esse equipamento recebeu o apelido de “blower” (ventilador ou ventoinha) por cau-sa do jato de ar comprimido que conduzia

as matrizes pelos canais que as levavam para o reunidor. A Blower Linotype foi colocada em funcionamento pela primeira vez em 3 de julho de 1886, no jornal New York Tri-bune. O nome Linotype é derivado da ex-pressão line-of-type, cunhada por Whitelaw Reid, editor do jornal, durante a apresen-tação do equipamento. Além de compor as páginas do diário no-vaiorquino, a Blower foi utilizada pela em-presa para compor o primeiro livro em li-notipo, o The Tribune Book of Open-Air Sports, em 1887. Mais de 200 Blowers foram produzidas, sendo que 10 delas foram ven-didas para a Inglaterra.Ottmar Mergenthaler dedicou-se, então, a aperfeiçoar a Blower. Assim, em 1890, che-gou ao mercado a Linotype Model 1 Square Base, com mudanças importantes. Além de solucionar definitivamente o sistema de dis-tribuição de matrizes, ele eliminou o siste-ma de ar comprimido: no novo modelo, as matrizes desciam em direção ao reunidor pela ação da gravidade, acondicionadas em

Acima, a LinotypeModel 1 Square Base, produzida a partir de 1890, e a primeira a apresentar o aspecto visual que caracterizou o equipamento nas décadas seguintes.

A Blower Linotype, de 1886 (mostrada nas duas imagens no alto à esquerda), é considerada a primeira “line-o-type”, executando automaticamente as operações que a tornaram um sucesso comercial: composição, fundição e distribuição.

Embaixo, à esquerda,o selo comemorativodo centenário de nascimento de Ottmar Mergenthaler, que viveu apenas 45 anos.

Na página à esquerda,a Band Machine, que teve somente dois protótipos produzidos: um se encontra no Smithsonian Institute, em Washington e o outro, no Museum of Printing, em North Andover.

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VOL. I 2013 TECNOLOGIA GRÁFICA 33

Page 34: Revista Tecnologia Gráfica 85

um novo magazine, colocado em posição elevada, na parte frontal do equipamento.Foram produzidas 360 Linotipe Square Base, mas poucas sobreviveram. Uma delas en-contra-se no International Museum of Printing, em Carson, na California.Em 1892 surgiu a Simplex Linotype Model 1,e já no ano seguinte fez sucesso na Feira Mundial de Chicago. Foi também a primei-ra a usar matrizes com dois caracteres. Na extensa lista de equipamentos produzi-dos pela Linotype Company, em constan-te renovação, sempre buscando aumentar a eficiência operacional e os recursos téc-nicos, encontramos os seguintes modelos: Linotype Square Base, modelos 1 (Simplex), 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 (magazine simples e maga-zine duplo), 9, 10, 11, 12, 14 (com magazi-ne simples e magazine duplo), 14 (com três magazines laterais), 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 24, 25, 26 e 26 (com três magazines la-terais), 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35 e 36.Foram produzidos também, os modelos K, L, M, Ideal, Special, Comet, Junior Linotype, Lead and Rule Caster, Elektron,Elektron II, Elektron Mixer e Elektron Ace, All-Purpose Linotype, modelo 13 (Alemanha) e os mo-delos 48 e 50 (Inglaterra). Os modelos 6, 7, 11 e 12 eram idênticos aos modelos 4, 5, 8 e 9, respectivamente, com a diferença que os primeiros fundiam linhas mais largas.A Linotype Model 3, de 1898, trouxe novos recursos: fundia linhas com tamanhos até corpo 14 e possuia dois magazines para uso simultâneo, por intermédio de uma chave no teclado. Também foi aperfeiçoado o uso das matrizes com duas letras, permitindo

A Linotipo Modelo 14 possuía, além dos três

magazines principais, com 90 canais, três

magazines auxiliares com 34 canais, que

permitiam acomodar fontes completas até corpo 60. Os

diversos magazines eram operados por

um único teclado, compondo linhas com

30 ou 42 paicas de medida máxima.

Embaixo, à direita, capa de material promocional da

Modelo 31, o equipamento standard

da Linotype. Foi produzida desde o final da década de 1930 até a

década de 1970.

Embaixo, na página à direita, capa de

material promocional da Linotype Elektron,

da década de 1960.

combinar as variações regular, com a bold, italic ou versalete em uma mesma linha.A Elektron, lançada em 1964, foi a última, mais avançada, mais rápida e mais produti-va máquina de composição a quente lança-da pela Linotype Company. Produzia até 15 linhas de jornal por minuto, sendo operada por fita de papel codificada, com a opção de funcionamento manual. Foi idealizada para proporcionar todas as facilidades de opera-ção, com aumento sensível de produtividade.Entre os aperfeiçoamentos, estão o teclado com teclas de pressão, sensíveis ao toque; o disparo das linhas para fundição, antes feito por meio de uma alavanca, passou a ser feito por um botão de pressão; in-corporação de sistemas hidráulicos, tanto na movimentação dos magazines quanto na justif icação das linhas, garantindo um funcionamento silencioso e suave, mes-mo em altas velocidades; um sistema de reunião contínua de matrizes eliminou o movimento do componedor e a con-sequente interrupção da digitação. Antes, nessa operação, o linotipista era obrigado a aguardar o despacho das linhas para re-tomar a digitação do texto.

etaoin shrdlu

Em 2012, foi lançado um documentário de 72 minutos, celebrando a trajetória da Lino-tipo, dirigido e produzido por Doug Wilson (www.linotypefilm.com). No filme podemos ver diversas Linotipos ainda operacionais, fun-cionando da mesma maneira que fizeram por

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34 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. I 2013

Page 35: Revista Tecnologia Gráfica 85

History of Composing Machines - A Complete Record of the Art of Composing Type by Machinery, John S. Thompson, 1904.

O Manual Oficial da Linotype, Mergenthaler Linotype Company, traduzido e editado pela Linotypo do Brasil S.A., 1940.

Intellectual Property Law for Engineers and Scientists,Howard B. Rockman, 2004.

mais de cem anos, em pequenas gráficas ou em museus, por todo o mundo. Em algumas passagens, o aspecto emocional é evidenciado, revelando a estreita ligação dos profissionais com esse equipamento centenário.Uma dessas passagens marcantes é a repro-dução de um trecho do antigo documentá-rio Farewell, Etaoin Shrdlu, dirigido por Carl Schlesinger, que registrou a noite da últi-ma edição do jornal The New York Times no sistema tipográfico de impressão, compos-to em linotipo, no dia 2 de julho de 1978.O estranho título se refere a uma antiga

Acima, um orgulhoso mecânico de linotipo.

Acima, à esquerda: imagem de uma peça promocional mostrando um telecompositor acoplado, à direita do teclado. Esse sistema permitia que o texto a ser composto fosse transmitido a distância, por uma linha

com a medida da linha e outros comandos para as diversas funções da Linotipo, fosse processada a uma velocidade de digitação constante.

praxe: quando um linotipista cometia um erro de digitação, ao invés de substituir manualmente as matrizes erradas, a so-lução mais rápida era fundir a linha com problema e compô-la novamente. E, como uma linha só podia ser fundida depois de completa, o modo mais rápido de finalizá-

-la era correr o dedo sobre o teclado, digi-tando a sequência de teclas. Dessa maneira, era composta a sequência “etaoin shrdlu”, que corresponde às duas colunas verticais à esquerda, no teclado.A presença da expressão etaoin shrdlu tor-nou-se um “código” para assinalar ao re-visor que a linha deveria ser descartada na montagem da fôrma tipográfica.Ocasionalmente, uma linha com a sequên-cia etaoin escapava à revisão e era impres-sa inadvertidamente. A sequência comple-ta do teclado – etaoin shrdlu cmfgyp wbvkxj qz – era usada para testar o equi-pamento, sendo considerada uma linha de teste e, portanto, também não deveria ser impressa...O equívoco ocorria com certa frequência e a expressão acabou sendo incorporada ao Oxford English Dictionary e ao Webster's Unabridged Dictionary.

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VOL. I 2013 TECNOLOGIA GRÁFICA 35

Page 36: Revista Tecnologia Gráfica 85

O que é um produto de qualidade?

Há muito tempo o quesito qualidade dei-xou de ser um di fe ren cial. O mercado, cada vez mais exigente e competitivo, anseia por produtos com excelentes pa-

drões de qualidade. Mas você sabe especificar o que é um produto gráfico de qualidade?

A Comissão de Estudo de Processos em Impressão Offset do ABNT/ONS-27 elaborou o Ma nual de ava­lia ção técnica de não conformidade em impressão off­set para auxiliá-lo nesta tarefa. A sua função é apon-tar possíveis defeitos que comprometam o impresso e classificá- los de acordo com os níveis de qualidade dos produtos previstos nesta cartilha, procurando au-xiliar clien tes e fornecedores na ava lia ção de não con-formidade de materiais impressos em sistema offset.

O ABNT/ONS-27 é o Organismo de Normaliza-ção Se to rial, con fia do pela As so cia ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) à As so cia ção Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG), que visa coor de nar as atividades de normalização do mercado gráfico brasileiro e participar das discussões internacionais das normas pertinentes ao setor.

A ABNT é a representante ofi cial do Brasil na Organização In ter na cio nal de Normalização (ISO), cuja missão é promover o estabelecimento de nor-mas e padrões globalmente aceitos, com o objetivo de facilitar a troca in ter na cio nal de bens e serviços e auxiliar o intercâmbio in te lec tual, cien tí fi co, tec-nológico e econômico entre as nações. As normas técnicas, tanto nacionais como internacionais, con-têm especificações técnicas, cri té rios, regras e defi-nições de características para garantir que materiais, produtos, processos e serviços atendam aos obje-tivos a que se propõem. Na área gráfica, estas nor-mas definem desde especificações para insumos até cri té rios de qualidade para produtos finalizados.

Nesta edição publicamos os cinco primeiros itens da cartilha (nível de qualidade do produto, atribu-tos de impressão, falta ou sobra de elementos da arte, registro e diferença de cor). Acompanhe os demais na próxima edição.

NÍVEL DE QUALIDADE DO PRODUTO (NQP)O nível de qualidade do produto classifica os va ria-dos tipos de impressos segundo a exigência do grau

de conformidade de reprodução em relação à pro-va con tra tual. Os níveis de qualidade do produto estão classificados conforme segue:

Nível I: alta qualidadeSão classificados como nível I os produtos que exi-gem absoluta conformidade entre a prova con tra-tual e o impresso de produção. A informação trans-mitida requer elevada aproximação na reprodução de detalhes e cores. Podem ser citados como exem-plos anún cios de páginas inteiras e catálogos de luxo, entre outros.

Nível II: boa qualidadeSão classificados como nível II os produtos que exi-gem um bom grau de conformidade entre a prova con tra tual e a produção impressa. A informação transmitida requer boa aproximação na reprodu-ção de detalhes e cores. Podem ser citados como exemplos publicidade de produtos, livros de arte, catálogos de moda e arquitetura, entre outros.

Nível III: qualidade básicaSão classificados como nível III os produtos que exi-gem conformidade média na reprodução em rela-ção às provas contratuais. A informação transmiti-da requer aproximação aceitável na reprodução de detalhes e cores. Podem ser citados como exemplo seções editoriais de revistas, publicações das áreas de via gens e carreiras, entre outros.

CLASSIFICAÇÃO DE DEFEITOSA classificação de defeitos qualifica a importância da não conformidade para cada nível de qualidade do produto. O grau do defeito determinará a acei-tação ou a rejeição do produto final. Os defeitos são classificados em duas ca te go rias:Va ria ção aceitável: são des vios da conformidade que, embora graves, não impedem a utilização do produto ou afetam a informação. Por exemplo: registro, tonalidade e outros.Va ria ção não aceitável: são des vios da conformi-dade que impossibilitam a utilização do produ-to ou afetam a informação. Por exemplo: troca de cor, falta de texto e impossibilidade de leitura, entre outros.

PRODUÇÃO GRÁFICA

36 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. I 2013

Page 37: Revista Tecnologia Gráfica 85

ATRIBUTOS DE IMPRESSÃO

SerrilhadoÉ o contorno irregular de uma imagem reproduzi-da em baixa resolução.

Método de avaliaçãoAva lia ção vi sual.

Tolerâncias

FIQUE POR DENTRO

Resolução de imagemAs imagens exibidas na tela do computador são for-madas por bilhões de partículas denominadas pixel. Pixel é a abre via tu ra de picture element; é o menor elemento que constitui uma imagem digital, seja ela capturada por uma câmera fotográfica digital ou obtida por meio do es ca nea men to de um ori-ginal. A quantidade de pixels por polegada li near (ppi) que constitui uma imagem digital é chamada de resolução de entrada.

Em artes gráficas, a resolução de entrada está diretamente ligada à li nea tu ra que uma imagem terá quando impressa. Isto quer dizer que o va-lor da resolução de entrada deve ser configurado de acordo com o valor da li nea tu ra a ser emprega-da. Um arquivo utilizado para imprimir um ma te-rial com 70 lpi, por exemplo, não terá a mesma re-solução de um arquivo utilizado para imprimir um ma te rial com 300 lpi.

Existe um cálculo, amplamente utilizado e acei-to no mercado, que determina que a resolução de entrada de uma imagem deve ser duas vezes maior que o valor da li nea tu ra com a qual ela será reproduzida, e multiplicada pelo fator de am plia-ção ou redução, caso a imagem tenha sido es ca-nea da. O produto deste cálculo é a resolução de entrada mínima que o arquivo digital deve possuir. Resoluções abaixo do valor obtido reproduzem imagens com bordas serrilhadas, as populares esca-dinhas, o que acaba comprometendo a qualidade da imagem impressa.

FALTA OU SOBRA DE ELEMENTOS DA ARTEEm relação ao arquivo original, é a ausência ou a pre-sença de imagens, ilustrações, gráficos ou textos per-tinentes ou estranhos à arte, respectivamente. Ge-ralmente este problema está re la cio na do a falhas de interpretação do RIP (Raster Image Processor).

Método de avaliaçãoAva lia ção vi sual.

Tolerâncias

REGISTRORegistro é o po si cio na men to correto da sobrepo-sição entre todas as lâminas das cores da impres-são. A falta de registro pode ser entre dois ou mais componentes de uma imagem ou texto impresso.

Método de avaliaçãoAva lia ção vi sual auxiliada por um conta- fios com escala gra dua da em 0,05 mm.

ProcedimentoEscolher uma área com a maior densidade de cor e medir o maior dis tan cia men to entre as cores que compõem a imagem. Textos vazados facilitam a medição.

Tolerâncias

DIFERENÇA DE CORDiferença de cor é a va ria ção de cor entre dois im-pressos idênticos analisados sob condições de vi-sua li za ção padrão. Por meio da diferença de cor é possível ava liar o grau de fidelidade da folha padrão em relação à prova con tra tual e a oscilação de cor durante o processo.Diferença perceptível: é a diferença entre a prova con tra tual e o impresso que, analisada sob condições de vi sua li za ção padrão, apresenta va ria ções oca sio-na das somente pela diferença entre os substratos utilizados e/ou processos de impressão.Diferença objetiva: é a diferença entre a prova con-tra tual e o impresso que, analisado sob condições de vi sua li za ção padrão, apresenta alterações de cor sem pre juí zo da informação. Por exemplo: um gra-mado que se apresenta mais amarelado ou mais azu-lado em relação à prova; uma roupa marrom que

NQP Não conformidade

Não aceitável

Todos os níveis

Imagens ou textos serrilhados

NQP Não conformidade

Não aceitável

Todos os níveis

Falta ou sobra de elementos

NQP Variação

Aceitável

Nível I e II Até 0,1 mm

Nível III De 0,2 mm a 0,3 mm

NQP Variação

Defeito crítico

Nível I e II Maior que 0,1 mm

Nível III Maior que 0,3 mm

VOL. I 2013 TECNOLOGIA GRÁFICA 37

Page 38: Revista Tecnologia Gráfica 85

se apresenta mais amagentada ou mais amarelada em relação à prova.Diferença crítica: é a diferença entre a prova con-tra tual e o impresso que, analisado sob condições de vi sua li za ção padrão, apresenta alteração de cor com pre juí zo da informação. Por exemplo: tons de pele que se tornam verdes; um gramado que se torna marrom.

Método de avaliaçãoAva lia ção vi sual sob condições de vi sua li za ção padrão.

Tolerâncias

Quan do a diferença de cor é detectada, convém que o impresso seja ava lia do com o uso de um es-pectrofotômetro, de acordo com os cri té rios de medição da norma ABNT NBR NM ISO 13.655. Nes-te caso, o impresso deve conter uma tira de con-trole e as to le rân cias passam a ser controladas pela va ria ção do DE.

TOLERâNCIAS

FIQUE POR DENTRO

Padrões de cor para o processoO sistema colorimétrico CIE Lab foi desenvolvi-do pela Com mis sion In ter na tio na le de L’Eclairage para quantificar cores e compará- las numerica-mente entre si.

O espaço cromático do sistema de cor CIE Lab é um espaço tri di men sio nal que com preen de três ei-xos determinantes: o primeiro (L) define os valores de luminosidade; o segundo (a) define as va ria ções entre o vermelho e o verde e, por fim, o terceiro (b) define as va ria ções entre o amarelo e o azul vio le ta.

Desta forma, uma cor é expressa por um conjun-to único de três coor de na das que representam a mesma cor em qualquer parte do mundo.

Pelo sistema colorimétrico CIE Lab é possível comparar duas cores distintas calculando-se a dis-tância geo mé tri ca entre uma e outra dentro do es-paço cromático. Esta distância é denominada di-ferença de cor ou DE . Tanto as coor de na das CIE Lab como o DE podem ser facilmente conhecidos utilizando-se um espectrofotômetro.

A Norma ABNT NBR NM ISO 12.647-2 traz as coor de na das CIE Lab correspondentes aos sólidos das cores CMYK e suas sobreposições impressas so-bre cinco tipos de pa péis diferentes. Normalmente, uma prova de cor, e, por conseguinte, a produção impressa, é ava lia da adotando-se as coor de na das CIE Lab da ABNT NBR NM ISO 12.647-2 como alvo com uma tolerância de até 5 para o DE.

As coor de na das CIE Lab correspondentes às de-mais porcentagens de cores CMYK podem ser en-contradas nos datasets Fogra, desenvolvidos de acordo os cri té rios da ISO 12.647-2 para diferentes tipos de pa péis:

Os datasets Fogra estão disponíveis no endere-ço eletrônico http://www.fogra.org/

GLOSSÁRIOAtributos de qualidade: são aqueles que têm a pro-prie da de de afetar a qualidade de um produto im-presso quando fogem da especificação. Exemplo: registro, formato, carga de tinta e outros.Prova de contrato: prova que tem a capacidade de mostrar todas as possibilidades cromáticas do processo final da impressão, conforme normas ISO 12.647. As provas precisam ser calibradas e carac-terizadas conforme a norma ISO 12.647-7 em vigor. Nos casos em que não forem fornecidas provas, a gráfica manterá as especificações para o proces-so conforme a norma ISO 12.647 do processo de destino com suas to le rân cias.Condição de vi sua li za ção padrão : padrão de vi sua li za ção nas condições definidas pela norma ISO 3664:2000.Folha padrão: folha impressa, aprovada pelo clien-te ou responsável da gráfica, cujo resultado se iguala à prova de pré- impressão e, por isso, é usada como referência para o resto da tiragem (Graphos).

NQP Variação

Aceitável

Todos os níveis Diferença perceptível

Nível II e III Diferença objetiva

NQP Variação

Não aceitável

Nível I Diferença objetiva

Todos os níveis Diferença crítica

NQP Variação

AceitávelTodos os níveis E até 5

NQP Variação

Não aceitávelTodos os níveis E acima de 5

Recomendação simplificada baseada na noRma nbR iso 12.647-2 dataset

Papel tipo 1 e 2: couché (brilho ou fosco) e cartão revestido Fogra 39L

Papel tipo 3: LWC Fogra 45L

Papel tipo 4: offset sem revestimento Fogra 47L

Grupo Elaborador do Manual de Avaliação Técnica de Não Conformidade em Impressão OffsetCoordenador: Amauri Costa, Editora Abril – [email protected]

Secretária: Maíra da Costa Pedrom, ABTG – [email protected]

Membros: Alan Wigmir, Log & Print – [email protected] Antonio G.C. Menezes, Day Brasil – [email protected] Guedes, Editora Abril – [email protected] Paulo Rodrigues Fernandez, Senai – [email protected] Aparecido D. de Oliveira, IGB – [email protected] Cleber de Souza Mello, Suzano – [email protected] Gisele Ambrósio dos Santos, ABTG – [email protected] José Luiz Solsona da Silva, Senai – [email protected] Marcelo Sartori, Senai – [email protected] Ligia L. Domene, Innovapack – [email protected] Vaz Paschoal, Colorprint – marta@graficacolorprint. com.br Silvio Nicola Silva, Senai – [email protected]

38 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. I 2013

Page 39: Revista Tecnologia Gráfica 85

A pesquisa é sobre o mercado, mas os resultados vão aparecer na sua gráfica.

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O material contém apresentação, metodologia, relação das empresas participantes e distribuídas por porte e segmento, gráficos analíticos, medidas estatísticas, além de análise de política de RH.

São 67 empresas participantes, 266 cargos setoriais descritos e pesquisados (veja relação no verso), 6 segmentos analisados, cerca de 16.789 profissionais de amostra.

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Associadas SINDIGRAF-SP e ABIGRAF-SP - R$ 650,00 (Desconto de 50%)

RAZÃO SOCIAL/ EMPRESACNPJ ENDEREÇOBAIRRO CIDADE UFSOLICITANTE

PREÇO POR EXEMPLARASSOCIADAS SINDIGRAF-SP/ ABIGRAF-SP (e demais regionais) ( ) R$ 650,00NÃO-ASSOCIADAS ( ) R$ 1.300,00

RECIBOS EM NOME ( ) DA EMPRESA ( ) SOLICITANTE BANCO Nº AGÊNCIA CHEQUE Nº

CARTÃO DE CRÉDITO ( ) VISA ( ) MASTERCARD

Nº DO CARTÃO VÁLIDO ATÉ

ASSINATURA

PREENCHA, DESTAQUE E ENVIE PELO FAX 11 3232-4507 OU PELO CORREIO PARA: RUA DO PARAÍSO, 529 – PARAÍSO – SÃO PAULO – SP – CEP 04103-000 – BRASIL

Para mais informações ligue para (11) 3232-4500 ou escreva para [email protected] www.sindigraf.org.br

RealizaçãoExecução

Page 40: Revista Tecnologia Gráfica 85

ÁREA DE PRÉ-IMPRESSÃOGERENTE DE PRODUÇÃO, GERENTE DE PRÉ-IMPRESSÃO, SUPERVISOR/COORDENADOR DE PRÉ-IMPRESSÃO, LÍDER DE PRÉ-IMPRESSÃO, OPERADOR DE TRÁFEGO, OPERADOR MONTAGEM ELETRÔNICA, OPERADOR TRATAMENTO IMAGEM DIGITAL, OPERADOR DE CTP E/OU CTF, OPERADOR DE SCANNER, OPERADOR DE MONTAGEM CONVENCIONAL, COPIADOR (CHAPAS, CLICHÊS, ETC.), ARQUIVISTA DE FILMES E/OU FORMAS DE IMPRESSÃO, REVISOR DE PRÉ-IMPRESSÃO – FOTOLITO/DIGITAL, PROJETISTA GRÁFICO, DESIGNER GRÁFICO, OPERADOR DE SISTEMA DE PROVA DIGITAL, OPERADOR DE IMPOSIÇÃO ELETRÔNICA, AUXILIAR DE PRÉ-IMPRESSÃO, LÍDER DE SCANNER OPERADOR IMPOSIÇÃO ELETRÔNICA, MONTADOR DIGITAL.

PREMEDIAGERENTE DE PRODUÇÃO (PREMEDIA), LÍDER DE RECEPÇÃO DE FOTOLITO, RECEPTOR DE PRÉ IMPRESSÃO JR. RECEPTOR DE PRÉ IMPRESSÃO PL., RECEPTOR DE PRÉ IMPRESSÃO SR., AUXILIAR DE PRE IMPRESSÃO (PREMEDIA), LÍDER DE OPI, REVISOR DE PRE IMPRESSÃO (PREMEDIA), OPERADOR DE SCANNER, FINALIZADOR, LÍDER DE MONTAGEM ELETRÔNICA, OPERADOR DE MONTAGEM ELETRÔNICA JR.,OPERADOR DE MONTAGEM ELETRÔNICA PL., OPERADOR DE MONTAGEM ELETRÔNICA SR., ASSISTENTE DE MONTAGEM ELETRÔNICA, OPERADOR 3D, ASSISTENTE DE CRIAÇÃO 3D, OPERADOR DE TRATAMENTO DE IMAGEM JR., OPERADOR DE TRATAMENTO DE IMAGEM PL., OPERADOR DE TRATAMENTO DE IMAGEM SR., OPERADOR DE RETOQUE ELETRÔNICO JR., OPERADOR DE RETOQUE ELETRÔNICO PL., OPERADOR DE RETOQUE ELETRÔNICO SR.

ÁREA DE IMPRESSÃOGERENTE DE IMPRESSÃO, SUPERVISOR/COORDENADOR DE IMPRESSÃO, LÍDER DE IMPRESSÃO, ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS JR., ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS PL., ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS SR., ANALISTA DE DADOS VARIÁVEIS JR., ANALISTA DE DADOS VARIÁVEIS PL., ANALISTA DE DADOS VARIÁVEIS SR., OPERADOR IMPRESSÃO ELETRÔNICA / DIGITAL, IMPRESSOR FORM. CONTÍNUOS - 4 A 6 CORES, IMPRESSOR FORM. CONTÍNUOS - 6 CORES, IMPRESSOR FORM. CONTÍNUOS - 8 CORES, IMPRESSOR FORM. CONTÍNUOS - 10 CORES, IMPRESSOR OFFSET PLANA MONOCOLOR (OFICIAL), IMPRESSOE OFFSET PLANA BICOLOR (OFICIAL), IMPRESSOR OFFSET PLANA 4 CORES (OFICIAL), IMPRESSOR OFFSET PLANA 6 CORES (OFICIAL), IMPRESSOR OFFSET PLANA 8 CORES (OFICIAL), IMPRESSOR OFFSET PLANA 10 CORES (OFICIAL), IMPRESSOR OFFSET ROTATIVA – MONOCOLOR, IMPRESSOR OFFSET ROT. 4 CORES (H. SET/SEC.QUENTE), IMPRESSOR OFFSET ROT. 6 OU MAIS CORES (C.SET/SEC.FRIO), IMPRESSOR FLEXOGRAFIA, IMPRESSOR FLEXOGRAFIA (1/2 ODICIAL), IMPRESSOR OFFSET PLANA (1/2 OFICIAL), IMPRESSOR OFFSET ROTATIVA (1/2 OFICIAL), IMPRESSOR OFFSE 6 OU MAIS CORES (HEAT SEAT), 1º AJUDANTE IMPRESSOR OFFSET PLANA, 1º AJUDANTE IMPRESSOR OFFSET ROTATIVA, 2º AJUDANTE IMPRESSÃO OFFSET, REBOBINADOR, BOBINADOR, COLORISTA, IMPRESSOR DE SERIGRAFIA, OPERADOR DE GUILHOTINA.

ÁREA DE ACABAMENTOGERENTE DE ACABAMENTO, SUPERVISOR/COORDENADOR DE ACABAMENTO, LÍDER DE ACABAMENTO, OPERADOR CORTE E VINCO AUTOMÁTICO, OPERADOR CORTE E VINCO MANUAL, OPERADOR PROCESSO INTEGRADO, OPERADOR MÁQUINA COSTURA, OPERADOR DE ALCEADEIRA, OPERADOR DE DOBRADEIRA, OPERADOR MÁQUINA COLAGEM (EMBALAGEM), OPERADOR DE GRAMPEADEIRA, OPERADOR GUILHOTINA, OPERADOR MÁQUINA MONT. CAPA AUTOMÁTICA, PLASTIFICADOR, OPERADOR MÁQUINA COSTURA (1/2 OFICIAL), OPERADOR MÁQ. ACAB. PROC. INTEGRADO (1/2 OFICIAL), AJUDANTE GERAL / AUXILIAR DE ACABAMENTO, BLOQUISTA, AJUDANTE DE ACABAMENTO, OPERADOR DE ACABAMENTO, 1/2 OFICIAL DE ACABAMENTO.

MANUTENÇÃOGERENTE DE MANUTENÇÃO, SUP. MANUTENÇÃO MECÂNICA/ELÉTRICA/ELETRÔNICA, LÍDER MANUTENÇÃO ELETRÔNICA, LÍDER MANUTENÇÃO MECÂNICA, TÉCNICO ELETRÔNICO, ELETRICISTA DE MANUTENÇÃO (OFICIAL), MECÂNICO DE MANUTENÇÃO (OFICIAL), MECÂNICO DE MANUTENÇÃO (1/2 OFICIAL), ELETRICISTA DE MANUTENÇÃO (1/2 OFICIAL), AUXILIAR DE MANUTENÇÃO, ENCANADOR DE MANUTENÇÃO, LÍDER DE MARCENARIA, MARCENEIRO, AJUDANTE DE MARCENEIRO, SOLDADOR DE LONA, AJUDANTE DE SOLDADOR DE LONA, PINTOR, SERRALHEIRO.

PRODUÇÃO/PCPGERENTE DE PCP, SUPERVISOR/COORDENADOR DE PCP, ANALISTA DE PCP JR OU I, ANALISTA DE PCP PL OU II, ANALISTA DE PCP SR OU III, ASSISTENTE DE PCP, PROGRAMADOR DE PRODUÇÃO, APONTADOR DE PRODUÇÃO, GERENTE DE TI SUPORTE E PRODUÇÃO, OPERADOR DE EMPILHADEIRA GARFO, OPERADOR DE EMPILHADEIRA CLAMP, LUBRIFICADOR, EMBALADOR.

CONTROLE DE QUALIDADEGERENTE DE CONTROLE DE QUALIDADE, SUPERVISOR/COORDENADOR DE CONTROLE DE QUALIDADE, ANALISTA DE SISTEMA DA QUALIDADE JR., ANALISTA DE SISTEMA DA QUALIDADE PL., ANALISTA DE SISTEMA DA QUALIDADE SR., INSPETOR DE CONTROLE DE QUALIDADE.

ALMOXARIFADOSUPERVISOR/COORDENADOR DE ALMOXARIFADO, ALMOXARIFE JR., ALMOXARIFE PL., ALMOXARIFE SR., AUXILIAR DE ALMOXARIFADO.

COMERCIALGERENTE COMERCIAL, SUPERVISOR/COORDENADOR COMERCIAL, ANALISTA DE VENDAS JR., ANALISTA DE VENDAS PL., ANALISTA DE VENDAS SR., EXECUTIVO DE CONTAS JR., EXECUTIVO DE CONTAS PL., EXECUTIVO DE CONTAS SR., ASSISTENTE DE VENDAS, SUPERVISOR/COORDENADOR DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO, ANALISTA DE IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO JR., ANALISTA DE IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO PL., ANALISTA DE IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO SR., ASSISTENTE DE IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO.

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃOGERENTE DE SISTEMAS, SUPERVISOR/COORDENADOR DE SISTEMAS, ANALISTA DE SISTEMAS JR.ANALISTA DE SISTEMAS PL., ANALISTA DE SISTEMAS SR., ANALISTA DE SUPORTE JR., ANALISTA DE SUPORTE PL., ANALISTA DE SUPORTE SR., ASSISTENTE DE SUPORTE.

FINANCEIROGERENTE FINANCEIRO, SUPERVISOR/COORDENADOR FINANCEIRO, ANALISTA FINANCEIRO JR., ANALISTA FINANCEIRO PL., ANALISTA FINANCEIRO SR., ASSISTENTE FINANCEIRO, AUXILIAR FINANCEIRO, ANALISTA DE CRÉDITO E COBRANÇA JR., ANALISTA DE CRÉDITO E COBRANÇA PL., ANALISTA DE CRÉDITO E COBRANÇA SR. ASSISTENTE DE CRÉDITO E COBRANÇA, AUXILIAR DE CRÉDITO E COBRANÇA.

SUPRIMENTOSGERENTE DE SUPRIMENTOS, SUPERVISOR/COORDENADOR DE COMPRAS, COMPRADOR TÉCNICO JR., COMPRADOR TÉCNICO PL., COMPRADOR TÉCNICO SR., COMPRADOR (MATERIAL NÃO PRODUTIVO) JR., COMPRADOR (MATERIAL NÃO PRODUTIVO) PL., COMPRADOR (MATERIAL NÃO PRODUTIVO) SR., TÉCNICO DE MATERIAIS.

RECURSOS HUMANOSGERENTE DE RECURSOS HUMANOS, SUPERVISOR/COORDENADOR DE RECURSOS HUMANOS, ANALISTA DE RECURSOS HUMANOS JR., ANALISTA DE RECURSOS HUMANOS PL., ANALISTA DE RECURSOS HUMANOS SR., ASSISTENTE DE RECURSOS HUMANOS, AUXILIAR DE RECURSOS HUMANOS, ANALISTA DE PESSOAL JR., ANALISTA DE PESSOAL PL., ANALISTA DE PESSOAL SR., ASSISTENTE DE PESSOAL, AUXILIAR DE PESSOAL, MÉDICO DO TRABALHO (4 HORAS), ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO, TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO JR., TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO PL., TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO SR., TÉCNICO DE ENFERMAGEM DO TRABALHO, AUXILIAR DE ENFERMAGEM DO TRABALHO.

MEIO AMBIENTESUPERVISOR/COORDENADOR DE MEIO AMBIENTE, ANALISTA DE MEIO AMBIENTE JR., ANALISTA DE MEIO AMBIENTE PL., ANALISTA DE MEIO AMBIENTE SR., TÉCNICO DE MEIO AMBIENTE.

CONTABILIDADEGERENTE DE CONTABILIDADE, SUPERVISOR/COORDENADOR DE CONTABILIDADE, CONTROLLER, ANALISTA CONTÁBIL JR., ANALISTA CONTÁBIL PL., ANALISTA CONTÁBIL SR., ASSISTENTE DE CONTABILIDADE, AUXILIAR DE CONTABILIDADE, ANALISTA FISCAL JR., ANALISTA FISCAL PL., ANALISTA FISCAL SR., ASSISTENTE FISCAL, AUXILIAR FISCAL, ANALISTA DE CUSTOS JR., ANALISTA DE CUSTOS PL., ANALISTA DE CUSTOS SR., ASSISTENTE DE CUSTOS, AUXILIAR DE CUSTOS.

ORÇAMENTOSSUPERVISOR/COORDENADOR DE ORÇAMENTOS GRÁFICOS, ORÇAMENTISTA GRÁFICO JR., ORÇAMENTISTA GRÁFICO PL., ORÇAMENTISTA GRÁFICO SR., ASSISTENTE DE ORÇAMENTOS, AUXILIAR DE ORÇAMENTOS.

EXPEDIÇÃO/FATURAMENTOSUPERVISOR/COORDENADOR DE EXPEDIÇÃO, LÍDER DE EXPEDIÇÃO, ASSISTENTE DE EXPEDIÇÃO, AUXILIAR DE EXPEDIÇÃO, SUPERVISOR/COORDENADOR DE FATURAMENTO, FATURISTA JR., FATURISTA PL., FATURISTA SR., ASSISTENTE DE FATURAMENTO, AUXILIAR DE FATURAMENTO.

LOGÍSTICAGERENTE DE LOGÍSTICA, SUPERVISOR/COORDENADOR DE LOGÍSTICA, ANALISTA DE LOGÍSTICA JR.ANALISTA DE LOGÍSTICA PL., ANALISTA DE LOGÍSTICA SR., ASSISTENTE DE LOGÍSTICA, AUXILIAR DE LOGÍSTICA.

ATENDIMENTO AO CLIENTEGERENTE DE ATENDIMENTO AO CLIENTE, SUPERVISOR/COORDENADOR DE ATENDIMENTO, ANALISTA DE ATENDIMENTO JR., ANALISTA DE ATENDIMENTO PL., ANALISTA DE ATENDIMENTO SR., ASSISTENTE DE ATENDIMENTO.

ADMINISTRATIVAASSISTENTE ADMINISTRATIVO, AUXILIAR ADMINISTRATIVO, SECRETÁRIA DE DIRETORIA, ASSISTENTE DE DIRETORIA, RECEPCIONISTA, TELEFONISTA (6 HORAS), MOTORISTA DE DIRETORIA, MOTORISTA DE VEÍCULOS LEVES, MOTORISTA DE VEÍCULOS PESADOS.

TOTAL 266 CARGOS

RELAÇÃO DOS CARGOS PESQUISADOS

Para mais informações ligue para (11) 3232-4500 ou escreva para [email protected]

RealizaçãoExecução

Page 41: Revista Tecnologia Gráfica 85

SITES LITERATURA

Theobaldo de NigrisA Escola Senai Theo bal do De Nigris está com novo site. Além de mais bonito e

dinâmico, ele traz novas seções e possibilidade de matrículas online nos cursos

de Formação Ini cial e Con ti nua da. Aproveite todas as possibilidades e vantagens

oferecidas por esse canal de comunicação. http://grafica.sp.senai.br

PaNToNeO único site certificado da Pantone no Brasil está de cara nova. Bem mais

completo e com novas seções, o site está mais leve e adaptado para smar-

tphones. A página possibilita interatividade do usuá rio com toda a linha de pro-

dutos e ten dên cias segmentados por ca te go rias, con teú do publicitário direto e

com cuidado es pe cial na qualidade das imagens. Desenvolvido com alta tec-

nologia (compatibilidade com todos os navegadores e dispositivos) e avançado

em recursos para web, o novo site apresenta design moderno e com diversos

elementos para navegação. www.pantone.com.br

dursTO novo site mantém as características do site- matriz corporativo da Durst, po-

rém também traz con teú do inédito para clien tes e imprensa do Brasil. A princi-

pal novidade é a disponibilização de alguns perfis de cores para as máquinas da

Durst co mer cia li za das no País. Uma vez que os clien tes e técnicos estejam devi-

damente “logados” na página, é possível fazer down load desses perfis para ca-

libração das máquinas e, assim, obter a qualidade total da tecnologia de impres-

são dos equipamentos das linhas Rho e Omega. Os perfis estão disponíveis no

link Down load e in cluem dados dos equipamentos Rho 320R e 350R, Rho 700,

Rho 750, Rho 800 e 800 HS, Rho 900 e Rho 1000. www.durst.com.br

PDF explicadoJohn Whitington

Livro conciso, oferece uma apresentação prática da principal linguagem de des-

crição de página utilizada por programadores, usuá rios avançados e profissionais

nos ramos de pesquisa, publicação eletrônica e impressão. Ilustrado por muitos

exemplos, o livro mostra, entre outras dicas, como criar um arquivo PDF simples

a partir do zero utilizando um editor de texto e como trabalhar com o lay out e o

con teú do de um arquivo PDF, assim como com a sintaxe de seus objetos e cria-

ção de gráficos vetoriais e imagens rasterizadas em PDF, lidando com elementos

de transparência, espaços de cores e padrões.Editora Novatec www.novatec.com.br

Design de embalagem – do mar ke ting à produçãoCelso Negrão e Eleida Pereira Camargo

Esta obra aborda três áreas fundamentais no desenvolvimento de embalagens:

mar ke ting, projeto e produção, re la cio nan do-as de maneira acessível, sem, con-

tudo, deixar de esclarecer especificidades fundamentais de cada uma delas. Por

essa razão, não se destina apenas a profissionais, mas também a estudantes de

áreas correlatas, interessados em obter conhecimentos sobre um dos segmentos

industriais que mais cresce no país: o universo da embalagem.Editora Novatec www.novatec.com.br

VOL. I 2013 TECNOLOGIA GRÁFICA 41

Page 42: Revista Tecnologia Gráfica 85

Tetra Pak Brasil, referência mundial

em reciclagem

Engenheiro químico formado pela Uni­camp, com mestrado em Engenharia Am bien tal, Fernando von Zuben co­manda a área de meio am bien te da

Tetra Pak no Brasil, hoje referência mun dial. Ele iniciou sua carreira na Monsanto, passan­do pela Shell e Nestlé, onde ocupou cargos nas áreas de pesquisa e desenvolvimento, in­clusive de embalagens e produção, e sempre esteve envolvido nas atividades da área am­bien tal. Em 1995 foi convidado pela Tetra Pak para criar a gerência de meio am bien te. Foi transferido para a Sué cia em 1999, atuan do na área atual men te denominada “Global Envi­ronment”. Retornou ao Brasil em 2002, quan­do assumiu a diretoria de meio am bien te.

ENTREVISTA

Informações da própria Tetra Pak dão conta de que 28% da produção brasilei-ra de embalagens Tetra Pak é reciclada. Qual é esse per cen tual na Europa e nos Estados Unidos?Fernando von Zuben – Na Europa 34% do volume da produção é reciclado e nos Esta­dos Unidos esse montante representa 8%.

Qual país lidera o ranking de reciclagem de embalagens Tetra Pak? Quais fatores determinam esse resultado?FZ – Os paí ses que lideram o ranking são Bélgica e Alemanha, justamente por te­rem um sistema de coleta seletiva bem estruturado.

O que a Tetra Pak tem feito para ele-var esse per cen tual no Brasil? Há algu-ma prática que possa ser trazida de fora para cá?FZ – Visando criar alternativas para reciclar a embalagem longa vida, a Tetra Pak inves­tiu no desenvolvimento de tec no lo gias que transformam os materiais em caixas de pa­pelão, telhas e placas para construção civil, canetas, vassouras etc. Atual men te, cerca de 33 empresas brasileiras reciclam os materiais das embalagens da Tetra Pak, gerando em­pregos e renda em uma cadeia de recicla­gem que cresce ano a ano no País. No Bra­sil, a área de meio am bien te da Tetra Pak se tornou referência mun dial, principalmen­te pelo desenvolvimento destas tec no lo­gias de reciclagem. Uma delas é a primeira tecnologia do mundo capaz de separar as camadas de plástico e alumínio das emba­lagens. O conhecimento desenvolvido no País está sendo compartilhado com as ou­tras unidades da empresa no mundo e já é considerado um dos principais desenvolvi­mentos ambientais da história recente. Além disso, a Tetra Pak foi pioneira na ação de aproximar as coo pe ra ti vas de catadores e as empresas recicladoras. Com o objetivo de aumentar a quantidade de ma te rial dessas ini cia ti vas e qualificar o trabalho, a Tetra Pak também promove a doa ção de materiais e prensas para as coo pe ra ti vas, além de acom­panhá­ las para que consigam efetivamente es coar o ma te rial que recebem. Essa ini cia ti­va contribuiu de forma significativa para que muitas consolidassem o seu trabalho.

Pensando no Brasil, quais são os princi-pais de sa fios para elevar a reciclagem?FZ – A reciclagem de embalagens longa vida pós­ consumo gera emprego e renda, além de promover a conservação am bien tal e a cidadania. No entanto, atual men te os maio­res obstáculos na cadeia de reciclagem são promover a coleta seletiva nos mu ni cí pios e fazer o ma te rial separado pelas coo pe ra ti­vas chegar aos recicladores, seja por falta de ações do poder público, seja por falta de in­formação e participação da população. Des­de 2002, a Tetra Pak, afora as ações de apoio a prefeituras e coo pe ra ti vas, rea li za um tra­balho de campo para fomentar a cadeia de reciclagem de suas embalagens.

Tânia Galluzzi

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Page 43: Revista Tecnologia Gráfica 85

um mercado cada vez maior, graças a sua alta durabilidade e seu valor agregado. Ou­tra vantagem é que elas são leves, flexíveis e pos suem boa absorção acústica. No caso das telhas, elas são mais resistentes à degra­dação e oferecem melhor conforto térmi­co em comparação com as telhas comuns; o am bien te fica mais confortável, uma vez que o alumínio reflete os raios infraverme­lhos do sol, diminuindo a absorção de calor. Já a técnica de peletização foi desenvolvida no Brasil pela Tetra Pak e vem sendo aplica­da desde 1998. A transformação da mistu­ra de plástico e alumínio em grãos permitiu am pliar a forma de utilização do ma te rial, que hoje é matéria­ prima para a fabricação de peças plásticas, como vassouras, bolsas, sacolas, embalagens, canetas, capas de ca­dernos, pastas e objetos de escritório, en­tre outras. Hoje, mais de dez empresas fa­bricam peças a partir dos pellets, que, por sua vez, são produzidos por duas reciclado­ras no Estado de São Paulo.

A Tetra Pak tem algum controle sobre os produtos fabricados a partir da recicla-gem de suas embalagens?FZ – Todo o conhecimento e técnicas de reciclagem desenvolvidos são repassados para empresas parceiras; no entanto, a Te­tra Pak não tem qualquer controle sobre a cadeia.

O uso de plástico verde desenvolvido a partir de cana-de- açúcar nas embalagens Tetra Pak será am plia do? Outras ma té-rias- primas estão sendo desenvolvidas?FZ – Em dezembro de 2009 a Tetra Pak assi­nou um acordo com a Braskem, petroquími­ca líder na América Latina e sua fornecedora global de plástico, para ser a primeira em­presa fabricante de embalagens cartonadas

Os maiores obstáculos na cadeia de reciclagem são promover a coleta seletiva nos municípios

e fazer o material separado pelas cooperativas chegar

aos recicladores.

Como a Tetra Pak vê a nova Política Na-cio nal de Re sí duos Sólidos? Qual o papel da empresa nesse cenário?FZ – A Tetra Pak é uma das maiores apoia­doras da Política Na cio nal de Re sí duos Só­lidos, já que desde muito cedo tivemos a coragem de inovar, investindo em uma lide­rança forte na área am bien tal. O desenvol­vimento de ações para fomentar a recicla­gem de suas embalagens tem sido um dos principais focos da Tetra Pak nos últimos anos. Elas envolvem todas as partes da ca­deia: a cons cien ti za ção da população para fazer a separação dos materiais recicláveis em suas re si dên cias, o fomento às ini cia ti­vas de coleta seletiva, a orien ta ção e cessão de equipamentos e ferramentas de traba­lho às coo pe ra ti vas de catadores, o acom­panhamento da destinação de ma te rial aos recicladores e o desenvolvimento de tec­no lo gias para transformar as embalagens em novos produtos.

No Brasil, quais são os principais subpro-dutos da reciclagem das embalagens Te-tra Pak? Os três materiais que a compõem são igualmente aproveitados?FZ – A embalagem longa vida é formada por três materiais: papel, alumínio e po lie ti le no. A primeira etapa da reciclagem consiste em separar o papel dos demais elementos. O tra­balho é feito em um equipamento denomi­nado Hidrapulper, uma espécie de grande liquidificador que solta as fibras de papel com água. Elas seguem para processamen­to, onde se transformam em bobinas para a fabricação de caixas, tubetes (utilizados em bobinas de papel nas duas fábricas da Tetra Pak) e papel para impressão, feito a partir da mistura de uma porcentagem das fibras recicladas com papel sulfite. O que sobra é uma massa de plástico e alumínio. O ma­te rial é enfardado e encaminhado para em­presas que irão transformá­lo em produtos como telhas, placas, pellets (grãos) para in­jeção ou para laminação de peças plásticas e parafina, recuperando o alumínio na forma metálica. No primeiro caso, a mistura é tri­turada e prensada até a eliminação de toda a água. Em seguida, o ma te rial é fundido e depois res fria do para, então, adquirir o for­mato desejado: telhas ou placas para cons­trução civil. Essas peças vêm conquistando

para alimentos líquidos no mundo a utilizar o po lie ti le no verde de alta densidade, pro­duzido a partir da cana­de­ açúcar. A fábri­ca da Braskem começou a ser cons truí da no Rio Grande do Sul em 2009 e iniciou suas atividades em 2010. A partir de fevereiro de 2011, a Tetra Pak passou a utilizar o ma te rial na produção de tampas plásticas, e, em um futuro próximo, talvez seja possível inseri­lo na própria composição das embalagens, uma vez que a Braskem planeja desenvol­ver projetos para fabricar também o po lie­ti le no verde de baixa densidade, empregado nos filmes plásticos que integram as cama­das internas das embalagens da Tetra Pak. O processo de fabricação do “plástico ver­de” da Braskem contribuirá para a redução global das emissões de gases de efeito es­tufa em relação aos processos tradicionais e para a formalização do trabalho na área rural. Além disso, o po lie ti le no será obtido de uma matéria­ prima renovável, rea fir man­do o compromisso da Tetra Pak de buscar sempre a utilização de fontes renováveis. Cada tonelada de po lie ti le no verde produ­zida elimina 2,5 toneladas de gás carbôni­co (CO₂) da atmosfera.

A nova embalagem Tetra Pak que pode ser desmontada já está em uso no Bra-sil? Em caso negativo, qual a perspectiva para que isso aconteça?FZ – A embalagem Tetra Evero com topo re­movível ainda não foi lançada no País e por enquanto não há previsão de lançamento.

Quais os principais projetos da Tetra Pak na área de reciclagem para os próximos cinco anos?FZ – No Brasil, as práticas de gestão da Te­tra Pak demonstram que é possível con ci­liar sucesso em pre sa rial com uma postu­ra so cial e am bien tal men te responsável. A empresa pretende dar continuidade ao trabalho fundamental de fomento às ini­cia ti vas de coleta seletiva das embalagens pós­ consumo, em consonância com a Polí­tica Na cio nal de Re sí duos Sólidos, ao desen­volvimento de tec no lo gias de reciclagem e sua transferência para empresas reciclado­ras, à educação am bien tal e à busca pela utilização de fontes de energia limpas e ma té rias­ primas renováveis.

VOL. I 2013 TECNOLOGIA GRÁFICA 43

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Hamilton Terni Costa

As plataformas web-to- print (W2P), aque-las que permitem a geração de impressão a partir de sites específicos na internet, vêm ganhando importância nos últimos

anos como geradoras de novos ne gó cios para mui-tas gráficas. Ainda que estejam na fase ini cial de as-censão no Brasil, é im pres sio nan te o que já represen-tam no mercado norte- americano. Segundo dados da InfoTrends, a co mer cia li za ção ou geração de ne-gó cios através dessas plataformas já ultrapassa 23% de toda a produção gráfica naquele país, devendo atingir 30% até 2014.

Seu crescimento anual é estimado em 20%, con-tra 1,1% do crescimento total do mercado. São nú-meros robustos, que mostram a força e a importân-cia desse tipo de aplicação. Além disso, reforçam a tese de que as gráficas hoje devem usar a internet como parte integrante de seus ne gó cios, até como sua principal fonte de novas oportunidades.

GESTÃO

W2PW2PWeb-to- print: afinal, que negócio é esse?

No senso comum costuma-se entender web-to- print basicamente como comércio eletrônico, e- commerce. Ledo engano. Essa é só uma das face-tas de sua utilização. Há muito dizemos que W2P é um guarda- chuva onde cabem diversas possibi-lidades de aplicação, de acordo com os objetivos e es tra té gias das empresas. Ele é, na verdade, a pon-ta de lança da comunicação da empresa com seus clien tes e parte de seu fluxo ope ra cio nal, em que o clien te se envolve na origem do processo a partir da definição do que e como fazer.

Costumamos definir pelo menos cinco es tra té-gias que atendem a objetivos específicos quando se utilizam essas plataformas:

1. Aumento de vendas. Essa am plia ção se dá atra-vés de comércio eletrônico aberto ao público em geral. É o que se chama de B2C, ou seja business-to- consumer, ou venda ao consumidor, com disponibi-lização de um conjunto de produtos como cartões de visita, folhetos, etiquetas, ma te rial de papelaria, documentos e uma infinidade de opções de acor-do com cada fornecedor. Em geral são produtos predeterminados, com um conjunto definido de opções de formatos, tipo de papel, quantidade de cores etc. A empresa mun dial men te mais exitosa nessa operação é a VistaPrint (vistaprint.com), que, com fábricas na Holanda e no Canadá, atende mais de 20 paí ses, exclusivamente pela web, tendo mais de 10 milhões de clien tes. Ela explora o mercado de empresas individuais e mi croem pre sas unica-mente atendendo em todas as suas necessidades de ma te rial impresso. São pequenos pedidos, mas processados de forma automatizada, o que permi-te a produção de mais de 30.000 ordens de serviço por dia. Mais do que a oferta, seu segredo está no foco e automatização da produção. Outra ini cia ti-va bem sucedida é a mimeo.com. No Brasil já há vá rias como a zocprint.com.br, paperexpress.com.br, joox.com.br e printi.com.br. Esta última é nova, mas vem com uma proposta interessante.

2. Fidelização do clien te. Acontece por meio de acessos individuais por senhas dentro do site da gráfica, no qual o clien te encontra seus produtos já predefinidos junto ao seu fornecedor, somente

44 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. I 2013

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ordenando sua execução e/ou even tual personali-zação de acordo com seus interesses. Esse modo de venda é o que se chama de B2B, business-to- business, referindo-se ao re la cio na men to entre empresas. É o que faz, por exemplo, a Ford Caminhões, que dis-ponibiliza através de um site montado pela AG Di-rect (agdirect.com.br) todos os materiais promo-cionais para sua rede de revendas em todo o Brasil. As revendas entram nesse site, escolhem o ma te-rial que vão utilizar, personalizam com seu logo e endereço e mandam imprimir na gráfica ao qual o site está plugado.

3. Portal do clien te. Essa ferramenta, via bi li za da pelo web-to- print, facilita a disponibilização de an-tigos e novos trabalhos do clien te. Dentro do site da gráfica, com acesso via senha, o clien te abre um portal com seu nome e com recursos para o de-senvolvimento de trabalhos a serem en via dos para a impressão. Podem ser trabalhos pré- ajustados ou mesmo novos trabalhos, pois os recursos onli-ne permitem esse desenvolvimento. É também um sistema B2B que facilita a interface entre o clien te e a gráfica com o envio de arquivos, especificações e provas; agiliza a produção e o tempo de entrega e elimina bu ro cra cias.

4. Velocidade. Tanto no B2C como no B2B a estraté-gia aqui é diminuir o tempo entre a cria ção e a en-trega do ma te rial gráfico, permitindo ao clien te deci-dir na última hora o que quer, quando quer e como quer, dentro de parâmetros estabelecidos. O clien te é um vendedor ativo da gráfica nas 24 horas do dia, sete dias por semana. Dependendo do fluxo de pro-dução e do sistema da gráfica, a ordem e produção são automáticas. É o caso de sites de autoedição de livros, como o clubedosautores.com.br ou de fotos, como a uniko.com.br ou digipix.com.br. Nesses si-tes, abertos, o clien te passa a ser o autor e editor de seu livro ou quem determina de que forma quer suas fotos e em que tipo de mídia: álbum, revista e outras aplicações, como canecas e camisetas.

5. Segurança. Quan do o objetivo é segurança, o web-to- print permite uma va ria ção dentro das pla-taformas B2B, em que os clien tes podem en viar e controlar seus arquivos de dados, em es pe cial para impressões com dados variáveis, ou mesmo esta-belecer sequências de produção de diferentes itens que compõem kits como manuais de carro e outros. É uma va ria ção dos antigos sistemas EDS, ou inter-câmbio eletrônico de dados, com as vantagens das interfaces gráficas que podem permitir até o contro-le de produção de ma te rial customizado por meio

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da checagem de diferentes modelos dos lotes a se-rem impressos, com o objetivo de identificar se o texto corresponde à ilustração etc.

Hoje no Brasil já estão disponíveis vá rias plata-formas mundiais para a implementação de solu-ções web-to- print: Pageflex, PTI, B2Cprint, XmPie, EFI, Pressero e OnPrintShop são algumas das que já têm algum tipo de suporte local. Nem sempre é uma escolha fácil. Menos pelas plataformas em si, mais pela própria definição prévia das empresas sobre o que efetivamente querem fazer com tal sis-tema. Essa indefinição leva, muitas vezes, a gastos des ne ces sá rios e poucos resultados. Por isso orien-ta mos as empresas a responderem pelo menos sete questões antes de se aventurarem a oferecer soluções web-to- print:1. Para quem se vai vender? Para empresas, consu-midores finais ou para ambos? B2B ou B2C?2. O que se vai vender? É comum vermos empresas correrem para colocar o sistema no ar, mas ficam indecisas sobre que tipo de produtos ofertar.3. Para onde vender, geo gra fi ca men te? É fundamen-tal ter essa resposta para que sejam estabelecidos

W2PW2P

custos locais como fretes, tipo de faturamento e impostos incidentes, que podem va riar por país ou re gião.4. Como a empresa vai querer pagar o sistema? Por aluguel, nos moldes dos chamados SaaS, soft-ware as a service, em que o sistema está no servi-dor da empresa que aluga, ou através da compra da licença, permitindo a instalação nos servidores da gráfica ou do prestador de serviços? Esses cus-tos são determinantes no retorno da operação, es pe cial men te na fase ini cial.5. Como se dará a ava lia ção, montagem e lide-rança da equipe interna? Se não houver foco para isso, pouco irá acontecer. Para ter foco é preciso ter gente envolvida e com responsabilidades de-finidas. É necessário, muitas vezes, vender essa ideia internamente para que ela possa prosperar sem atritos ou mesmo boicotes. Essa é uma etapa delicada e es sen cial.6. Quem será seu parceiro tecnológico? Qual o sis-tema? O que ele oferece para os clien tes? Mais do que o ponto de vista da produção de materiais, o que deve predominar é a visão do clien te quanto à facilidade de uso do sistema. Se a relação do clien te com o sistema não pro por cio nar boas ex pe riên cias, será muito difícil avançar com essa oferta.7. Já definiu como será a gestão de mudanças? É es-sen cial traçar um plano que permita à empresa se preparar e se adequar às novas opções de trabalho que virão a partir do momento em que o sistema estará no ar. O processo de adaptação interna é fundamental para o sucesso ou fracasso da ini cia-ti va. Também acrescento aqui o planejamento da comunicação e da promoção do novo sistema im-plantado. Como as pes soas e as empresas vão en-contrá-lo no vasto mundo da internet? Como vão operá-lo e como o sistema vai atendê-lo?

Em linhas gerais, os sistemas web-to- print mere-cem atenção es pe cial das gráficas brasileiras e da-queles que podem criar novos modelos de co mer-cia li za ção e re la cio na men to com os clien tes. Será inevitável que sua utilização cresça no Brasil e, se não tão fortemente como nos Estados Unidos, tampouco será desprezível, muito pelo contrário.

HAmILTON TERNI COSTA, [email protected], é diretor geral da ANconsulting, www.anconsulting.com.br, ex- presidente da ABTG e Abraform, e é também um dos criadores e coordenadores do curso de pós- graduação em Gestão Inovadora da Empresa Gráfica na Faculdade Senai Theobaldo De Nigris, onde ministra a matéria de Gestão Estratégica.

46 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. I 2013

Page 47: Revista Tecnologia Gráfica 85

UMA SEMANA QUE VAI

MUDAR SUAS IMPRESSÕES

networking

Veja como foi a primeira edição:

Personalidade do AnoReconhecimento a uma personalidade que tenha trabalhado em prol de um Brasil mais competitivo em 2011.

Evento EducacionalVisita de alunos do SESI-SP à praça Victor Civita.

Encerramento da SIGRA 2012com uma Corrida de Rua.

5º Ciclo de SustentabilidadeDestaque Sustentabilidade na Cadeia Produtiva.

INFORMAÇÕESwww.abigraf.org.br

REALIZAÇÃO

Page 48: Revista Tecnologia Gráfica 85

ara darmos continuidade ao ma te rial pu-blicado na edição an te rior, o Digitec dis-ponibiliza o con teú do da segunda carti-lha, Boas práticas para a arte- finalização

e geração de arquivos para impressão digital – Vo-lume 2. Neste volume, elencamos as principais re-comendações e boas práticas para a arte- finalização e geração de arquivos para impressão digital com tecnologia eletrostática.

Arte- finAlizAção dos Arquivos digitAis

Produção gráficaAo produzir impressos sangrados, disponha os ele-mentos po si cio na dos a pelo menos 5 mm além dos limites de corte da página a fim de evitar filetes brancos quando o ma te rial for guilhotinado.

espaços de coresParte das impressoras digitais pode simular a im-pressão offset e outros processos analógicos. Con-tate seu prestador de serviços gráficos para saber qual espaço de cor (RGB ou CMYK) é o mais indicado para arte- finalizar seus arquivos e se o equipamen-to consegue simular a impressão de cores especiais (spot colors como, por exemplo, Pantones).

Preenchimentos e efeitos especiaisComo regra geral, a carga máxima de sobreposição de tinta não deve ultrapassar o valor de 320% de cobertura, sob pena de perda de qualidade na im-pressão. O per cen tual mínimo de retícula com im-pressão garantida na maioria dos tipos de papel e impressoras digitais gira em torno dos 4%.

Grandes áreas de cores chapadas podem vir a ser impressas com manchas. Evite-as sempre que possível. O uso de efeitos especiais como sombras, trans pa rên cias e dégradés também deve ser evita-do e, se for inevitável, eles devem ser rasterizados (convertidos para imagens bitmap).

AplicativosUtilize aplicativos profissionais para editoração ele-trônica tais como InDesign, QuarkXP ress, Page-Maker, Pho to shop, Illustrator e CorelDraw para criar os arquivos que serão utilizados na impressão.

Evite utilizar aplicativos de escritório como Mi-crosoft Office, Lotus SmartSuite, Corel WordPer-fect, StarOffice, pois estes não geram arquivos bons o su fi cien te para produzir impressos com qualida-de nas impressoras digitais de tiragem co mer cial e in dus trial.

fontesUse pre fe ren cial men te fontes de padrão Post Script – Type1 ou OpenType que tenham boa procedência. Evite utilizar fontes de padrão TrueTy pe, sobretudo as que acompanham os sistemas operacionais.

Todos os arquivos PDF obri ga to ria men te têm de estar com as fontes utilizadas na dia gra ma ção em-butidas internamente. Isto é obtido ao se marcar a opção “Embed All Fonts” no momento de se gerar um EPS, PS ou PDF. Evite, dentro do possível, con-verter os textos em curva. Se utilizar essa opção, certifique-se de que o texto manteve a legibilidade.

Nunca aplique a cor preta composta nos tex-tos (cor composta por C100 M100 Y100 e K100 ou porcentagens semelhantes), pois isso dificulta se ria men te o registro na impressão.

imagens bitmapSugerimos prio ri ta ria men te a utilização de formatos TIFF ou PSD para salvar suas imagens. Caso prefira salvar suas imagens no formato JPG, é recomendável que se utilize o fator de qualidade máximo.

A resolução mínima das imagens é de 250 ppi e a recomendada 300 ppi. Arquivos do tipo Li neart (alto contraste ou traço) devem estar a pelo me-nos 600 ppi. A imagem deve ser gerada no mesmo tamanho de sua utilização final, aplicada a 100%.

ilustrações vetoriaisEvite o uso de objetos vetoriais muito complexos (excesso de nós).

formatos de arquivos de impressãoApesar de os servidores de impressão do equipa-mento suportarem vá rios formatos, tais como TIFF e JPEG, é altamente recomendável que o usuá rio dê preferência por arquivos no formato PDF, se pos-sível em conformidade com as normas ISO 15.930 (PDF/X-1a ou PDF/X-3).

48 teCnologiA grÁfiCA vol. i 2013

Page 49: Revista Tecnologia Gráfica 85

gerAção de Arquivos Pdf

indesign Cs4 ou superiorConfigure as telas de acordo com as sugestões a seguir.

1) Arquivo — Exportar

Opções GeneralNo campo Adobe PDF Preset, se le cio ne a opção High Qua lity Print. Nos campos Standard e Compatibility, respectivamente, escolha op cio nal men te a norma e a versão do PDF que deseja gerar.

2) Opção General

3) Opção Compression

4) Opção Marks and bleeds

5) Opção Output

vol. i 2013 teCnologiA grÁfiCA 49

Page 50: Revista Tecnologia Gráfica 85

Cursos DigiteCComo tirar maior proveito da ID sob demanda para sua empresaData: 19 e 20 de março, das 18h às 22h

Como desenvolver uma venda assertiva na impressão digitalData: 2 e 3 de abril, das 18h às 22h

Mídias para impressão digital: Como obter melhores resultadosData: 21 e 22 de maio, das 18h às 22h

Como expandir seus negócios utilizando comunicação visual e impressão digital para grandes formatosData: 25 de junho, das 9h às 18h

Acabamentos/ Enobrecimentos para impressão digitalData: 16 e 17 de julho, das 18h às 22h

Local: ABTG Rua Bresser, 2315 (Mooca) 03162- 030 São Paulo SP Tel. (11) 2797.6333

6) Opção Advanced

7) Opção SecurityFinalize exportando o arquivo

8) Opção Summary

Na próxima edição, seguimos com as sugestões para geração de arquivos PDF em CorelDraw XS ou superior.

MeMbros do digiteC elAborAdores dAs CArtilhAs

Autor e editor: Ricardo Minoru Horie, Bytes & Types – [email protected]: André Liberato, Konica Minolta – [email protected]: Lara Venegas Vargas, Kodak Brasil – [email protected] Paulo Addair, Thomas Greg & Sons – [email protected]

50 teCnologiA grÁfiCA vol. i 2013

Page 51: Revista Tecnologia Gráfica 85

A SUA PARTE PODE PARECER PEQUENA,

MAS FAZ TODA A DIFERENÇA

NO MUNDO

O Prêmio ABIGRAF de Responsabilidade Socioambiental foi criado para estimular e reconhecer práticas corretas e inteligentes nas áreas social e ambiental para toda indústria grá�ca brasileira.

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REALIZAÇÃO

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

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Page 52: Revista Tecnologia Gráfica 85

Nessan Cleary

Memjet, observando a cachoeira

Um das tecnologias de impressão jato de

tinta mais interessantes no momento é a da

Memjet. Essencialmente, a Memjet vende uma cabeça de impressão térmica, que é muito

rápida, tem qualidade de imagem muito boa e é significativamente

mais barata que a maioria de suas

concorrentes. A tecnologia está

por aí já há alguns anos, principalmente

em impressoras de etiquetas para

escritórios, mas agora estamos começando

a ver algumas impressoras comerciais interessantes com essa tecnologia embarcada.

A tecnologia Memjet foi desenvolvida pela Sil ver brook Re search, liderada por Kia Sil­ver brook, que tinha sido o responsável pela área de pesquisa e desenvolvimen­

to da Canon na Austrália. Ele começou a trabalhar no projeto em 1994 e, em 2002, montou um pro­jeto separado, a Memjet, li cen cian do a tecnologia para essa empresa co mer cia li zá­la. Mas a tecnolo­gia demorou mais tempo do que o esperado para desenvolver­se e ganhar espaço de mercado e Sil­ver brook desentendeu­se com seus investidores, le­vando a uma série de ações judiciais. Elas já foram resolvidas, deixando a Memjet no controle do seu portfólio de patentes e de seu próprio destino. Sil­ver brook permanece como consultor do conselho diretivo e continua a dirigir a Sil ver brook Re search como uma entidade completamente separada.

A cAbeçA de impressão WAterfAllA cabeça de impressão Memjet tem um design do tipo drop on demand térmico, com o codinome Wa-terfall. É cons truí da utilizando a tecnologia MEMs, ou Micro Electro Mechanical Systems, que gera dispo­sitivos muito pequenos, com apenas alguns milíme­tros. A cabeça em si tem 222 mm de largura e contém 70.400 bicos ejetores de tinta, número significativa­mente maior do que o da maioria das outras cabe­ças de impressão. Ela pode disparar até 700 milhões de gotas por segundo, o que contribui para a rapi­dez dos sistemas que utilizam tal tecnologia. Cada gota tem apenas 1,1 picolitro de volume, e a Memjet afirma que a redução na quantidade de tinta utili­zada ajuda a diminuir o tempo de secagem. A reso­lução é 1.600 × 1.600 dpi a uma velocidade de nove metros por minuto, ou 1.600 × 800 dpi a 18 metros por minuto. No entanto, a Memjet não está apenas

spiNdrift

A cabeça de impressão Memjet é concebida como uma matriz da largura de uma página, 222 mm, contendo cinco canais de tinta. É considerada um consumível e é de fácil substituição nos equipamentos.

vendendo a cabeça: ela desenvolveu um sistema de impressão completo, que inclui a cabeça, todos os componentes eletrônicos as so cia dos e os canais de tinta, tornando extremamente fácil para qualquer OEM começar a utilizar essa tecnologia.

O ponto fraco do cabeçote atual é sua vida útil relativamente curta, assim como em outras soluções térmicas. Isto, ob via men te, depende de vá rios fato­res, desde o tipo de aplicações e da cobertura de tinta usada até o quão bem a máquina é mantida. Jeff Bean, gerente de mar ke ting da Memjet, estima que cada cabeça deva durar 18 meses ou 50.000 páginas sob uso típico de escritório, com base nas normas ISO (20% de tinta colorida e 5% de tinta preta). Ele acrescenta que, para impressoras de eti­quetas, cada cabeça deve durar o equivalente à eje­ção de cinco litros de tinta, considerando uma co­bertura de 70% da página. É mais difícil determinar a vida do cabeçote para impressos de grande for­mato, porque algumas implementações são para projetos de CAD e outras para sinalização.

A Memjet está desenvolvendo uma segunda ge­ração de cabeças, que deverá estar disponível no início de 2014. Con ti nua rá a ser uma cabeça térmi­ca, mas vai levar tintas pigmentadas e oferecer uma vida útil maior. Há uma terceira geração sendo pes­quisada, embora possa estar a mais ou menos cin­co anos de distância do consumidor. Essa cabeça da terceira geração será uma cabeça de impressão mecânica, de modo que deve ter uma gama mais ampla de tintas, incluindo solvente e UV.

A Memjet também fornece tinta para seu ca­beçote, que atual men te é uma tinta aquosa à base de corantes. As tintas são otimizadas para a apli­cação, seguindo cri té rios como secagem, caracte­rísticas de brilho e densidade óptica. Por enquan­to todas as implementações Memjet imprimem CMYKK, mas o quinto canal pode ser usado para cores especiais ou até para uma tinta transparen­te para envernizamento. O presidente da empresa, Len Lauer, diz que não é difícil produzir cores espe­ciais, mas acrescenta: “Nós ainda não tivemos uma alta demanda para isso”.

impressorAs de etiquetAs e eNvelopesAtual men te, a Memjet é dividida em aplicações para escritório e co mer cial, que se subdivide em etiquetas e grande formato. Cada unidade pega os mecanismos

52 tecNoloGiA GrÁficA vol. i 2013

Page 53: Revista Tecnologia Gráfica 85

básicos de impressão e constrói uma solução em tor­no disso. Os produtos iniciais visavam aos segmen­tos corporativo e de etiquetas. A empresa Lomond, por exemplo, agora possui uma segunda geração da sua impressora colorida EvoJet Office, que tem uma nova bandeja de alimentação ma nual. A velocida­de de impressão é de 60 ppm em 1.600 × 800 dpi, e 30 ppm em 1.600 × 1.600 dpi de resolução. Have­rá também uma EvoJetOffice Pro, dispositivo mul­ti fun cio nal com um alimentador de documento automático de 20 ppm e um escâner de 1.200 dpi.

A Toshiba Tec disse que está avaliando a tecnolo­gia Memjet para etiquetas e logísticas de impressão, em decorrência de um acordo para o desenvolvi­mento de uma gama de impressoras multifuncionais capazes de produzir 60 páginas por minuto.

A Memjet também demonstrou a AstroJetM2, da Astro Machine Corps. Desenvolvida a partir da AstroJet M1, a M2 é uma impressora colorida que possui um alimentador com capacidade de 5.000 folhas e pode imprimir acima de 3.600 páginas no tamanho A4 ou 9.000 envelopes por hora.

memjet e o GrANde formAtoAs impressoras corporativas e para etiquetas uti­lizam somente uma cabeça, mas para o mercado de grandes formatos o mecanismo de impressão Memjet envolve uma matriz de cinco cabeças de impressão juntas, resultando em uma única linha com largura de impressão de 1.067 mm e capacida­de de ejetar cerca de 3,5 bilhões de gotas de tinta por segundo. No entanto, como a Memjet utiliza tinta à base de água, a tecnologia é adequada ape­nas para aplicações in door, enquanto a maior par­te do mercado de grande formato é voltado para materiais que vão ficar ao ar livre. O sistema tam­bém não tem a qualidade de imagem equivalen­te ao nível das melhores máquinas de grande for­mato da Epson e Canon, utilizadas em aplicações fotográficas e de prova.

Não obstante, a Océ tem trabalhado com a Me­mjet para desenvolver um dispositivo inteiramen­te novo de grande formato, com o codinome Pro­ject Velocity. Exibido pela primeira vez na Drupa, foi fortemente derivado do portfólio CAD da Océ, mas Paul Whi tehead, gerente in ter na cio nal de desen­volvimento de ne gó cios da Océ, diz que, devido ao retorno depois da sua apresentação, o projeto está agora mais focado no mercado de sinalização. Whi­tehead explica: “O mercado de sinalização e imagens de grandes formatos gostou do fato de que, apesar de utilizar materiais diferentes aos usados nas suas aplicações normais, o equipamento conseguia dar saí da em 500 folhas A0 por hora”.

Este é o sistema da Memjet para impressão de etiquetas, que usa uma única cabeça Memjet, contendo cinco canais de tinta e comandos eletrônicos necessários.O Velocity utiliza configurações padrão de gran­

de formato da Memjet, com cinco cabeças alinha­das juntas, pro por cio nan do uma largura de impres­são de 106 cm. Possui cinco canais de cor, com a Océ utilizando o conjunto de tintas CMYKK pa­drão por enquanto, mas Whi tehead diz que não há razão para não oferecer cores especiais, ou ou­tras combinações de cores no futuro, dependendo das necessidades do mercado. O sistema pode im­primir até 500 folhas formato A0 a 1.600 × 800 dpi, ou metade desse número a 1.600 × 1.600 dpi.

A Fuji Xerox também demonstrou uma solução de grande formato para a Memjet em conjunto com a Caldera, uma vez que o sistema usa um RIP Cal­dera. Ele estava programado para ser lançado pri­meiro no mercado Ásia­ Pacífico, até o final de 2012. O sistema utiliza o padrão Memjet para mecanismos de impressão de grande formato, tendo largura de impressão de 106 mm, rodando a 300 mm por se­gundo a 1.600 × 800 dpi, ou 150 mm por segundo a 1.600 × 1.600 dpi. É um dispositivo de alimenta­ção a bobina, destinado, sobretudo, aos mercados técnicos e de produção gráfica. É uma máquina de quatro cores, utilizando tintas aquosas à base de corante padrão, da Memjet.

A companhia húngara Own­X também possui uma máquina de grande formato, a WideStar 2000, com o mecanismo Memjet padrão de cinco cabe­ças com um tamanho de impressão de 1.067 mm. A Own­X possui igualmente um dispositivo de im­pressão de etiquetas a bobina, a Speeds tar 3000, que utiliza apenas uma cabeça para uma largura de im­pressão de 220 mm. Tanto a Speeds tar 3000 quan­to a WideStar rodam a 30 cm por segundo com uma resolução de 1.600 × 1.600 dpi em preto, ou 1600 × 800 dpi em cor. Há também uma impresso­ra de envelope, a Pagestar, que pode produzir uma página A4 ou dois envelopes por segundo.

A Xanté foi o primeiro sistema para grandes for­matos OEM a utilizar cabeças Memjet, apresentando

vol. i 2013 tecNoloGiA GrÁficA 53

Page 54: Revista Tecnologia Gráfica 85

a Excelagraphix 4200 na Graph Expo em 2011. É um dispositivo com um alimentador de folhas ma nual que possui a mesma velocidade e resolução que os outros dispositivos.

impressorAs comerciAisEntretanto, em 2012 a Memjet começou a entrar no mercado de impressão co mer cial. Na Drupa, a Del­phax mostrou a Élan, uma impressora SRA2 de alta velocidade voltada para o mercado de malas dire­tas, transpromo e impressão de livros. A Élan usa 16 cabeças Memjet, utilizando uma matriz de oito ca­beças de cada lado para impressão duplex. Aceita folhas do formato máximo de 450 × 640 mm, atra­vés da soma de cabeças em linha. Ela pode produ­zir até 500 páginas A4 coloridas a 1.600 × 800 dpi ou 250 páginas a 1.600 × 1.600 dpi.

Ex cep cio nal men te para uma impressora Me­mjet, possui seis ao invés das cinco cores habituais, dando ao CMYK mais duas cores especiais. A Del­phax também desenvolveu uma tinta MICR para o equipamento (magnética para controle de segu­rança de documentos) que a Memjet está testando atual men te. Ela inclui aplicação de verniz em linha op cio nal, que permite imprimir em uma va rie da­de de substratos, de 60 a 350 g/m². É provável que tenha um preço extremamente baixo, menos de 500.000 euros, de sa fian do os fabricantes já consoli­dados neste mercado maduro, onde as impressoras normalmente custam mais de um milhão de euros.

A Delphax Élan é uma das impressoras mais marcantes

mostradas na Drupa. Trata‑se de um sistema jato de tinta, mas na família das

impressoras voltadas para os mercados transacionais

e de mala direta, custando cerca de metade

do preço da maioria dos produtos concorrentes.

O projeto Velocity da Océ foi mostrado

como protótipo na Drupa, principalmente visando ao mercado de

desenho técnico. Mas seguindo o feedback

da feira, a Océ está agora centrando‑se no

mercado gráfico.

A Élan deve estar disponível em 2013, enquanto a Delphax vai con ti nuar a desenvolver outras im­pressoras Memjet, incluindo uma versão B1 da Élan alimentada a folha e uma impressora de alimenta­ção contínua. A Delphax também vende impres­soras de etiqueta ba sea das na Memjet, fabricadas pela Colordyne, assim como a Colordyne tem um acordo para vender a Élan.

A Colordyne usou a cabeça Memjet em uma nova etapa para o seu mais recente dispositivo, o CDT1600 PC Sprint, uma impressora bobina a bobi­na de banda estreita. É uma máquina colorida, com uma cor es pe cial. Ela utiliza cinco cabeças, mas com as cabeças empilhadas uma após a outra através de uma largura de bobina de 220 mm. O nome do có­digo interno para essa configuração é Ham merhead, atingindo velocidade de 48,7 mpm. A Delphax tam­bém pode usar esse arranjo para suas impressoras. A resolução é de 1.600 × 1.200 dpi.

A última a anun ciar um dispositivo com tecno­logia e cabeçotes Memjet é a SuperWeb Digital, empresa americana que faz impressoras rotativas. Ela tem uma nova série DCOMM que será destina­da a mala direta, etiqueta/flexo e mercado de im­pressões comerciais. Existem quatro modelos, co­meçando com a base DCOMM 100. Ele imprime quatro cores mais uma es pe cial em um único lado, roda a uma velocidade de 48,7 mpm a 1.600 × 1.200 dpi e imprime uma mancha no tamanho A4 em até 216 × 355 mm. Há também uma versão A3 no for­mato até 439 × 558 mm e há versões duplex de am­bos. Existem vá rias opções, incluindo uma unidade de revestimento em linha para revestimentos UV ou aquosos, perfuração em linha e corte. A SuperWeb também vai adi cio nar uma linha de cabeças Memjet às suas impressoras offset atuais para uma solução híbrida capaz de personalização da cor.

coNclusãoInevitavelmente, já que todos os OEMs estão utili­zando a mesma cabeça de impressão básica, todos os dispositivos em uma determinada classe têm es­pecificações semelhantes em termos de produtivi­dade e resolução. O principal di fe ren cial é que cada OEM desenvolve o seu próprio sistema de transpor­te de mídia. No entanto, agora estamos começan­do a ver alguma va ria ção, como os OEMs jogando com o número de cabeças em uso, o que a Mem­jet está ativamente encorajando. Len Lauer afirma: “Gos ta ría mos de fazer cada vez menos sistemas de impressão, nos concentrando nas cabeças”.

Claramente, veremos fabricantes fazendo muito mais uso dessas cabeças por elas oferecerem uma maneira relativamente barata de desenvolvimento de dispositivos de impressão, conquistando uma fatia do mercado de impressão jato de tinta.

Tradução autorizada do boletim Spindrift, publicação produzida pela Digital Dots, empresa de consultoria na área gráfica, publicado em novembro de 2012.

54 tecNoloGiA GrÁficA vol. i 2013

Page 55: Revista Tecnologia Gráfica 85

Juergen Seidel

IMPRESSÃO

Medição de calço de cilindro, definindo a métrica de pressão

Para garantir a qualidade na impressão, o controle do aumento do valor de transfe-rência de tom ou tone value in crea se (TVI) está ganhando cada vez mais importância.

Uma das causas para um aumento incorreto de va-lor tonal pode ser uma configuração errada e/ou um cálculo errado do calço das blanquetas e cha-pas. Neste artigo, vamos tratar dos métodos para determinar a espessura dos calços e sua aplicação prática na montagem dos cilindros.

InfORMaçõES gERaIS SObRE a EStRutuRa dO cIlIndROOs cilindros de chapa e de blanqueta são equipa-dos com anéis guia em ambos os lados: no lado do sistema de movimento e no lado do operador. São discos de metal que rolam em contato ou não (de-pende do fabricante), mantendo constante a distân-cia entre os cilindros da chapa e da blanqueta (1). O anel guia equilibra pequenas imprecisões dos ci-lindros e irregularidades no sistema de engrenagens

VOl. I 2013 tEcnOlOgIa gRÁfIca 55

Page 56: Revista Tecnologia Gráfica 85

de propulsão de entrada e saí da da impressora. A limpeza regular e manutenção dos anéis guia são muito importantes.

Os anéis guia do porta- chapa e do porta- blanqueta têm exatamente o mesmo diâ me tro, idêntico ao da circunferência primitiva, relativa ao ponto médio de contato entre as engrenagens dos cilindros. Isto assegura velocidade neutra de rolamento dos anéis guia entre si.

O objetivo é conseguir extrema precisão, sem de-formações dimensionais, na transferência dos pon-tos da retícula, a partir da chapa para a blanqueta. Para tanto, a velocidade de superfície de ambos os cilindros, considerando-se o diâ me tro total, tem de ser idêntica. A montagem da chapa, assim como da blanqueta, pode requerer um calço subjacente entre a chapa ou blanqueta e o respectivo cilindro, fruto do rebaixo do cilindro. Neste quesito deve-se cuidar para que a diferença entre o anel guia e o re-baixo do cilindro seja preen chi do totalmente pelo calço. Para uma impressão perfeita, limpa e sem manchas, que se riam aceitáveis em termos de TVI, as áreas de contato entre os dois cilindros devem

ter uma pressão (penetração) de 0,1 a 0,15 mm (2). Essa pressão é conse-guida com o uso de pa péis calibrados de calço sob a blanqueta, até que o conjunto atinja o nível do anel guia. Se necessário, na montagem de cha-pas, pa péis de calço podem ser usa-dos até que as chapas ultrapassem o anel guia em aproximadamente 0,10

a 0,15 mm (acima do seu nível). A espessura total da montagem pode ser verificada com o auxílio de um relógio comparador (3).

1

2

3

PCCilindro porta-chapa

PBCilindro porta-blanqueta

Pressão métrica

Calço de cilindro

0,10 mm – 0,15 mm

Cili

ndro

e d

iâm

etro

pri

mit

ivo

Diâ

met

ro p

rim

itiv

oD

iâm

etro

pri

mit

ivo

Ane

l gui

a

reba

ixo

Ø 2

19

Ø 2

20Ø

220

Ø 2

13.6

0.35

Ø 2

19.4

Ø 2

19.3

Ø 2

20

3.2

0.5

(reb

aixo

)

0,1

a 0,

15 m

m0,

00 a

0,0

5 m

m

Ane

l gui

a

Ane

l de

med

ição

Chapa

Blanqueta

Calço

CalçoCalço

Cilindro porta-chapa

Cilindro porta-blanqueta

Superfície metálica

Cilindro de Impressão ou Contrapressão

56 tEcnOlOgIa gRÁfIca VOl. I 2013

Page 57: Revista Tecnologia Gráfica 85

O RElógIO cOMPaRadORExistem re ló gios compara-dores analógicos e digitais. Ambos são usados para medir a diferença de altu-ra entre a blanqueta/cha-pa montada e seu anel guia. As montagens devem seguir rigorosamente as especifica-ções encontradas nas ins-truções de fun cio na men to da impressora utilizada.

Como foi descrito an te-rior men te, as cir cun fe rên-cias dos cilindros de chapa e de blanqueta devem ser idênticas. No entanto, du-rante a impressão podem ocorrer problemas re la-cio na dos ao processo e os mesmos devem ser corri-gidos. Por exemplo, na im-pressão offset con ven cio nal com sistema de molhagem,

o problema da expansão de papel não pode ser evitado. Especificamente trabalhos de grande for-mato em materiais não revestidos são propensos a problemas de expansão de papel (alterações nas dimensões). Isso porque o substrato se expande paralelamente à direção das fibras do papel assim que entra em contato com a solução de molha e a tinta. A expansão resultante pode ser de até vá-rios décimos de milímetro. Essa expansão pode ser compensada de diferentes maneiras:

O uso de um 1. soft ware es pe cial na pré- impressão (compensando na forma).Alongamento da chapa de impressão na unidade 2. da cor que tem uma separação de cor mais curta (é difícil e consome muito tempo).Aumento da circunferência do cilindro da chapa 3. na unidade em questão, o que resulta em uma diminuição do comprimento da imagem im-pressa. Isto significa que são aumentadas as fo-lhas calibradas de calço sob a chapa, por exem-plo, na primeira unidade de impressão de uma máquina (4).A adição de calço encurta a imagem impressa em

aproximadamente três vezes a espessura do calço (por exemplo: um calço adi cio nal de 0,10 mm en-curta a imagem impressa em aproximadamente 0,30 mm em relação ao formato máximo da folha). Para se controlar o alongamento do papel recomenda-se o uso de papel de banda estreita (com orien ta ção de fibra paralela ao eixo do cilindro).

SLURSLUR

SLURSLUR

No entanto, a utilização de calço adi cio nal pode resultar também em diferentes diâ me tros de cilin-dro e, por consequência, em velocidades superfi-ciais diferentes entre dois cilindros. Isso provoca um defeito de impressão chamado de slurring (5), que são manchas causadas pelo deslizamento do papel. A causa é o fato de os cilindros de chapa e blan-queta não rolarem entre si com a precisão neces-sária, e sim um cilindro rolar com uma velocidade cir cun fe ren cial um pouco maior que a do outro.

O slurring, é claro, também causa um aumento de valor tonal na unidade de impressão em questão. Por isso ele precisa ser verificado pe rio di ca men te e mantido dentro de to le rân cias conhecidas e admi-tidas. A extensão do slur pode ser facilmente veri-ficada por meio do patch de controle slur na tarja de controle de impressão.

JuERgEn SEIdEl, do Centro de Formação Poligráfica em Chemnitz, Alemanha.

Tradução autorizada do Printers’ Guide n-º 90, distribuído pela PrintPromotion em agosto de 2012.

Retícula desejada (ponto sem distorção)

Retícula com slur (ponto com distorção)

O patch de controle, em geral, contém linhas verticais e horizontais, linhas estas que, após serem impressas, devem ser claramente reconhecíveis (6). Se ficarem borradas ou não puderem ser vistas de forma clara, indicam que houve problemas de slur-ring durante a impressão, o qual deve, na medida do possível, ser examinado e so lu cio na do.

Além disso, uma folha de calço adi cio nal sob a blanqueta não causa uma redução do comprimen-to da imagem impressa, somente acaba resultando em um aumento excessivo do valor tonal. O cilin-dro de impressão (contrapressão) não tem um anel guia, uma vez que a folga entre o mesmo e a blan-queta deve ser va riá vel, dependendo da espessura do ma te rial.

6

5

4

teb

teb

teb

Rebaixo e montagem

fe = início da folhate = fim da folha

Retícula desejada (ponto sem distorção)

Retícula com slur (ponto com distorção)

tea

tea

tea

fe

a

b

fe

fe

VOl. I 2013 tEcnOlOgIa gRÁfIca 57

Page 58: Revista Tecnologia Gráfica 85

CURSOS

Senai

CurSoS GratuitoS 2013Técnicas de Vendas (40h)2 ‒ª a 6 ‒ª: 22/4 a 8/5, 18/3 a 1/4, das 8h às 12h. Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino fundamental concluído.

Técnicas de Negociação (20h)2 ‒ª a 6 ‒ª: 25/2 a 1/3, 20/5 a 24/5, 17/6 a 21/6, das 8h às 12h. Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino fundamental concluído.

Rotina de Departamento Pessoal (60h)2 ‒ª a 6 ‒ª: 3/6 a 21/6, 24/6 a 12/7, das 8h às 12h. Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino fundamental concluído.

Técnicas Contábeis (60h)2 ‒ª a 6 ‒ª: 25/3 a 15/4, 24/6 a 12/7, das 8h às 12h. Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino fundamental concluído.

Impressor de Corte e Vinco Automático para Deficientes Auditivos (80h)2 ‒ª a 5 ‒ª: 11/3 a 11/4, 22/4 a 28/5, das 13h às 17h. Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino fundamental concluído e ter deficiência auditiva.

iniCiaÇÃo ProFiSSionaLAplicação em Hot Stamping (40 h) – R$ 950,002 ‒ª a 5 ‒ª: 18/3 a 9/4, 10/6 a 2/7, 26/8 a 17/9, 18/11 a 10/12, das 19h às 22h. Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino fundamental concluído e ter concluído o curso de impressor de corte e vinco automático.

Copiador de Chapas Offset (28h) – R$ 411,00Sábados:4/5 a 22/6, 19/10 a 14/12, das 8h às 12h. Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino fundamental concluído.

Desenho de Faca de Corte e Vinco (40h) – R$ 658,00Sábados: 16/3 a 20/4, 4/5 a 8/6, das 8h às 17h. Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino fundamental concluído

Encadernador Manual de Livros (32h) – R$ 336,00Sábados: 27/4 a 22/6, 20/7 a 14/9 e 5/10 a 14/12, das 8h às 12h ou das 13h às 17h. Requisitos de acesso: 14 anos completos e ensino fundamental concluído

Impressor de Corte e Vinco Automático (80h) – R$ 848,00Sábados: 6/4 a 15/6, 6/7 a 14/9 e 21/9 a 14/12, das 8h às 17h. 2 ‒ª a 6 ‒ª: 15/4 a 4/6, 8/7 a 21/8, 23/9 a 11/11, 19/8 a 1/10, 28/10 a 11/12, das 19h às 22h. Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino fundamental concluído.

Impressor de Corte e Vinco Manual (32h) – R$ 492,00Sábados: 23/3 a 20/3, 11/5 a 8/6, 20/7 a 10/8, 14/9 a 5/10 e 23/11 a 14/12, das 8h às 17h. Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino fundamental concluído.

Impressor de Serigrafia (64h) – R$ 678,00Sábados: 13/4 a 8/6, 20/7 a 14/9 e 28/9 a 7/12, das 8h às 17h. 2 ‒ª a 5 ‒ª: 6/5 a 11/6, 29/7 a 3/9 e 4/11 a 10/12, das 19h às 22h. Requisitos de acesso: 14 anos completos e ensino fundamental concluído.

Meio Oficial Impressor Flexográfico Banda Larga (80h) – R$ 925,00Sábados: 20/4 a 29/6, 6/7 a 14/9 e 21/9 a 14/12, das 8h às 17h. Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino fundamental concluído.

Meio Oficial Impressor Offset em Máquina Monocolor (60h) – R$ 743,00 Sábados: 6/4 a 25/5, das 8h às 17h. 2 ‒ª a 5 ‒ª: 11/3 a 11/4, 22/4 a

28/5, 3/6 a 4/7, das 19h às 22h. 2 ‒ª a 5 ‒ª: 17/6 a 27/6 e 1/7 a 11/7 das 8h às 17h. Requisitos de acesso: 16 anos completos e ensino fundamental concluído.

aPerFeiÇoaMento ProFiSSionaL

Colorimetria Aplicada aos Processos Gráficos (32h) – R$ 510,00Sábados: 20/4 a 15/6, das 8h às 12h. Requisito de acesso: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à produção gráfica, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.

Colorista Gráfico (Preparação de Tintas Líquida e Pastosa) (40h) – R$ 464,00 Sábados: 11/5 a 15/6, 10/8 a 14/9 e 19/10 a 30/11, das 8h às 17h. Requisitos de acesso: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à impressão offset, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.

Densitometria Aplicada aos Processos Gráficos (32h) – R$ 510,00Sábados: 20/4 a 15/6, 20/7 a 14/9 e 5/10 a 14/12, das 13h às 17h. Requisito de acesso: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à produção gráfica, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.

Fluxo de Caixa (40h) – R$ 270,00Sábado: 20/4 a 15/6, das 8h às 12h. Requisitos de acesso: 16 anos completos, ensino médio concluído.

Ilustrator para Pré‑Impressão (32h) – R$ 561,00Sábados:20/4 a 15/6, 20/7 a 14/9 e 5/10 a 14/12, das 8h às 12h. 2 ‒ª a 5 ‒ª: 17/6 a 1/7, das 19h às 22h. Requisitos de acesso: 16 anos completos, ensino fundamental concluído e comprovar conhecimentos e experiências anteriores referentes à editoração eletrônica, adquiridos em outros cursos, no trabalho ou por meios informais.

Para todos os cursos: o (a) aluno (a) deverá comprovar ter 16 anos completos e ensino fundamental con cluí do (verificar exceções). Alunos menores de idade deverão comparecer para matrícula acom-panhados por responsável.

Apresentar cópia do histórico ou certificado do ensino fun-damental, RG, CPF, comprovan-te de residência e comprovantes do pré-requisito para simples conferência.

A Escola Senai reserva- se o di rei-to de não ini ciar o programa se não hou ver o número mínimo de alunos inscritos. A programação, com as datas e valores pode ser alterada a qualquer momento pela escola.

A Escola atende de 2‒ª a 6‒ª, das 8h às 21h, e aos sábados das 8h às 14h.Escola Senai Theobaldo De Nigris Rua Bresser, 2315 (Moo ca) 03162-030 São Paulo SP Tel. (11) 2797.6333 Fax: (11) 2797.6307 Senai-SP: (11) 3528.2000 [email protected] www.sp.senai.br/grafica

58 TECNOLOGIA GRÁFICA VOL. I 2013

Page 59: Revista Tecnologia Gráfica 85

A UVPACK acaba de lançar a novidade que vai além dos tradicionais acabamentos, o PROMOTION 3D.

O PROMOTION 3D traz ao seu impresso o efeito tridimensional perfeito sem a utilização de óculos, e o efeito pode ser percebido

acima ou abaixo do impresso.

Telefone: (11) 3838-1855 | Fax: (11) [email protected]

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Page 60: Revista Tecnologia Gráfica 85

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