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Revista semanal do jornal de fato

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Page 1: Revista de Domingo
Page 2: Revista de Domingo

Jornal de Fato | DOMINGO, 19 de maio de 2013

ao leitor

• Edição – C&S Assessoria de Comunicação• Editor-geral – Wil liam Rob son• Editor – Nara Andrade• Dia gra ma ção – Rick Waekmann• Projeto Gráfico – Augusto Paiva• Im pres são – Grá fi ca De Fa to• Re vi são – Gilcileno Amorim e Stella Sâmia• Fotos – Carlos Costa, Marcos Garcia, Cezar Alves e Gildo Bento• In fo grá fi cos – Neto Silva

Re da ção, pu bli ci da de e cor res pon dên cia

Av. Rio Bran co, 2203 – Mos so ró (RN)Fo nes: (0xx84) 3323-8900/8909Si te: www.de fa to.com/do min goE-mail: re da cao@de fa to.com

Do MiN go é uma pu bli ca ção se ma nal do Jor nal de Fa to. Não po de ser ven di da se pa ra da men te.

Definidos pelo Conselho Internacional de Museus como uma instituição permanente a serviço da sociedade e do seu desenvol-

vimento, os museus abrigam parte da história do local onde estão localizados.

Em comemoração ao Dia Internacional dos Mu-seus, celebrado anualmente no dia 18 de maio, a re-vista DOMINGO traz um guia com alguns dos princi-pais museus potiguares.

Conheça a história de pessoas que garantem ter mudado de vida investindo em empresas de marketing multinível.

Entenda o negócio que está virando febre em Mos-soró, ap recrutar cada vez mais adeptos, prometendo ganhos altos e rápidos, trabalhando sem sair de casa. Representantes de empresas garantem que não se trata de pirâmides financeiras, prática ilegal.

Ainda nesta edição, uma matéria sobre um grupo de jovens potiguares que fundou a organização não governamental sem fins lucrativos Doe Sangue RN, que realiza um trabalho voluntário com o objetivo de estimular as doações de sangue.

DOMINGO traz, também, uma entrevista com o professor de Ciências Contábeis Auris Martins de Oli-veira, sobre o comportamento financeiro dos brasi-leiros, os principais erros e dicas para obter uma re-lação saudável com as finanças.

Boa leitura, Nara Andrade

editorial

Patrimônio histórico

2

Prof

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Ciê

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Vai arriscar?

Colunista Davi Moura: Fetuccine de pupunha com bisque e camarões grelhados

Em comemoração ao Dia Internacional dos Museus, confira um guia com alguns dos principais museus potiguares.

Rafael Demetrius:Entrevista de emprego: o que você precisa saber

Adoro comer

Patrimônio histórico

Coluna

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p 13

p8

Empresas de marketing multinível viram febre em Mossoró e recrutam cada vez mais adeptos.

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3Jornal de Fato | DOMINGO, 19 de maio de 2013

JOSÉ NICODEMOS*

conto

)( Envie sugestões e críticas para oe-mail: [email protected]

Camilo ainda se demorou algum tempo à varanda do aparta-mento, décimo andar, o olhar

parado. Um frio na espinha, à visão de tudo diminuído de tamanho lá embaixo. Não teve coragem para o salto mortal. A decisão suicida é sempre cega. Fora do foco da lucidez. Um momento dos neu-rônios, talvez se possa dizer assim.

E Camilo não estava no caso. Somen-te não encontrava mais razão para con-tinuar vivendo, coisa assim acidental. Era simplesmente uma coisa no mundo. Um vazio.

É verdade que tomara toda a garrafa de uísque que lhe fazia companhia ao pé do aparelho de som tocando músicas de Nelson Gonçalves e Dalva de Oliveira. E que bebera, além do habitual, nessa in-tenção. Três, quatro doses lhe bastavam. Problemas de enxaqueca.

Sem condições psicológicas e men-tais para o trabalho, petições e acórdãos, essas lidas da profissão, Camilo resolveu fechar o escritório pelas três da tarde, ir refugiar-se num bar qualquer. Seria me-lhor, pensou, trancar-se no seu aparta-mento, pelo menos até onde pudesse suportar a solidão do ambiente. Se não, poderia sair por aí. Um bar qualquer.

Ao entrar no apartamento, encheu-lhe os olhos o riso sensual de Margarida no retrato à parede principal da sala de visitas. Parou, como se lhe faltassem as pernas. Uma angústia oprimindo-lhe o

Momento sem momento

peito. Por que Margarida, que lhe jurava tanto amor, se decidira em deixá-lo por outro homem, demais disso, um tipo que se podia dizer desprezível? Não podia alcançar explicação nenhuma.

Tomou a que seria a última dose e, num quase ímpeto, dirigiu-se à varanda do apartamento, o suicídio. Olhou a vida lá embaixo, no entanto sem os olhos ce-gos dos que se decidem pela morte vo-luntária. Num movimento instintivo, recuou, apavorado. E, apavorado, cuidou de sair por aí, no rumo de coisa nenhu-ma.

Começo da noite. Uma rua pouco ilu-minada, a intervalos postes sem luminá-rias ativas. Nos olhos, o riso de Margari-da no retrato. Vontade de sair gritando rua afora. Um bar com toldos coloridos fincados na calçada. Ambiente recomen-

dável pelas presenças. Abancou-se. Ne-nhuma razão de viver, de novo pensou no suicídio. Sem convicção, porém. Era um covarde. Não servia nem para mor-rer.

Nisto, viu-se diante da varanda do apartamento, aquele fio de gelo regando-lhe a espinha. Nos olhos, o próprio corpo em salto mortal para a indiferença abis-mal do asfalto. A multidão de curiosos, a polícia tomando apontamentos. Trata-va-se do doutor Camilo.

– Doutor Camilo, a que se deve a no-vidade! Era o vizinho de apartamento. De bem com a vida, se bem que também já vivera um dia a mesma situação. Com o mesmo pensamento de sair da vida pela mesma porta.

Estabeleceu-se a conversa em torno do “nem tudo está perdido”.

Somente não encontrava mais razão para continuar vivendo, coisa assim acidental. Era simplesmente uma coisa no mundo. Um vazio.

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entrevista

AURIS MARTINS

Por nara andradePara a Revista Domingo

“Mais de 40% dos brasileiros gastam mais do que ganham”

Formado em Ciências Contábeis, pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), e mestre em Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, o contador mossoroense Auris Martins de Oliveira, é pro-fessor da Uern há 19 anos e responsável pela Diretoria de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente

da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) da instituição. Auris Martins conversou com a revista DOMINGO sobre o comportamento financeiro e a necessidade de uma maior educação em relação ao uso das finanças, já que atu-almente mais de 40% dos brasileiros gastam mais do que ganham e 30% das pessoas compram por impulso. Ele também dá dicas de como obter uma vida financeira saudável.

DOMINGO – Qual o maior erro do comportamento financeiro dos brasi-leiros?

AURIS MARTINS – Pesquisas com-provam que 30% dos brasileiros com-pram por impulso, ou seja, a pessoa não sai de casa com o objetivo de comprar, mas acaba comprando aquilo que não está precisando. Compra sem qual-quer planejamento, por impulso mes-mo, compra porque está triste ou por-que está alegre demais. E quando você compra por impulso, você pode comprar uma geladeira, pode trocar o carro.

E QUAIS as consequências de fazer compras por impulso?

COM certeza, a inadimplência é

uma das principais consequências des-se comportamento impulsivo. A pes-soa vai comprando impulsivamente, até chegar ao ponto de comprometer o orçamento familiar. Outro dado inte-ressante mostra que mais de 40% dos brasileiros gastam mais do que o que ganham.

A FACILIDADE de acesso ao crédito influencia negativamente na vida fi-nanceira das pessoas?

NA REALIDADE, essa facilidade pode influenciar, mas não é a única ra-zão do problema. Veja bem: quando a pessoa compra por impulso, se não tiver crédito, ela compra no nome de um vi-zinho ou de um parente. Nós não temos

dados que comprovem que sim, mas acreditamos que a facilidade de acesso ao crédito, as pessoas lhe abordando na rua com panfletos para você pegar di-nheiro emprestado, pode lhe estimular, influenciar a gastar mais. Para fazer essa afirmação, é preciso ter dados que mos-trem que há um maior endividamento a partir do momento que começou no Brasil uma maior facilidade de acesso ao crédito. Se fizéssemos uma pesqui-sa sobre isso, possivelmente a respos-ta seria sim. Mas, o problema é mais comportamental, porque se alguém me oferecer um empréstimo eu não re-cebo; eu recebo o panfleto, leio e jogo fora, porque isso não vai me influenciar. Agora, se eu tenho o comportamento

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entrevista

de comprar o que eu não preciso, esses panfletos promocionais me estimulam a comprar por impulso. Então, essa é mais uma questão comportamental do que de acesso ao crédito.

PARCELAMENTOS muito longos atrapalham na relação com as finan-ças?

TODO brasileiro sabe que, se com-prar algo em 12 meses, em 24 meses ou mais parcelas, na verdade está pa-gando duas vezes ou mais por um único produto. Então, você está trabalhando para pagar juros. Essa é uma questão de conhecimento e comportamento. Se você utilizar o conhecimento que tem, sabendo que vai pagar juros altos e que pode comprar o produto em um momen-to seguinte à vista, você vai protelar a compra até juntar o dinheiro. Tem gen-te que anda a pé, mas quando arranja um emprego, no outro dia compra um carro fiado, comprometendo boa parte de sua renda. O problema é que muitas pessoas não sabem esperar o melhor momento para comprar. Nesse caso, o melhor seria passar mais um tempo an-dando a pé, depois comprar uma moto, depois comprar um carro usado, e só depois comprar um carro novo.

EXISTE diferença no comportamen-to financeiro do homem e da mulher? Quem gasta mais?

ISSO é um mito da sociedade. O homem faz as mesmas besteiras que a mulher nessa questão de compra; o que muda é o tipo dos produtos consumi-dos. Mas, não existe nada que assegure que as mulheres são mais gastadeiras. Esse é um problema que independe de renda, gênero e escolaridade.

UMA pesquisa divulgada nesta se-mana pelo Serasa Experian sobre o in-dicador de educação financeira mostra que, apesar de a maioria dos brasilei-ros saber como deve se comportar, na prática não utiliza os conhecimentos e se atrapalha com as finanças. Por que isso acontece?

PELO que eu tenho acompanhado sobre esse assunto, eu comparo isso com aquele discurso do falso sacerdo-te: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. O brasileiro tem um bom conhecimento sobre finanças, sobre riscos, sobre juros, mas realmente não utiliza. Isso é uma influência da nossa vida em sociedade, do modelo consu-mista. Isso vem sendo visto frequen-temente e discutido em várias áreas, a gente vê juristas falando sobre isso, sociólogos dão palestras sobre isso, pessoas da área ambiental levando para a vertente dos recursos do meio ambiente, todo mundo fala sobre isso, que de fato nós temos na nossa socie-

dade um consumismo exacerbado, que é confundido com a felicidade. Ou você consome, mesmo que a duras penas, ou você não é feliz. Há realmente toda uma questão cultural que pode ser cha-mada de comportamental, em que não importa como, mas é preciso ter algu-ma coisa. Hoje, não importa se você é rico ou pobre; a postura é a mesma, de comprar por impulso, se endividar. E a gente observa que quem se prejudica é a pessoa que ganha uma renda menor, porque quem ganha uma renda maior, acima de 10 salários mínimos, geral-mente, está respaldado por uma reser-va, uma poupança, enquanto a pessoa que ganha menos se endivida e não tem como cobrir porque não tem poupança, aí fica anos e anos pagando juros em cima de juros, de cheque especial, car-tão de crédito, ficando em uma situação extremamente complicada.

COMO a renda mensal deve ser uti-lizada?

A PRÁTICA da poupança é necessá-ria. Pensar no futuro é fundamental. E pesquisas mostram que, quanto mais jovem, menos se pensa no futuro. Tem gente que sequer é contribuinte da Previdência. As pessoas dizem: eu sou autônomo, eu não preciso. Precisa. É preciso pensar como vai ser na velhice. Há um livro que fala muito sobre esse assunto, intitulado “Casais inteligentes enriquecem juntos”, de Gustavo Cerba-si. Não gosto de definir porcentagens; você deve guardar o que pode, sabendo que quanto mais você guardar, melhor. Nos primeiros meses do ano, é pratica-mente impossível guardar alguma coi-sa, porque tem os colégios dos filhos, os impostos, nesses meses que não dá para guardar é importante economizar para não utilizar a reserva que você vem fazendo. A educação financeira deveria ser mais divulgada. Existe um trabalho da professora Adriana Martins de Oliveira, que está fazendo Doutora-do em Administração na PUC do Para-ná, sobre educação financeira, muito interessante. A professora foi chamada pela Prefeitura de Areia Branca, para ministrar o curso para os beneficiários do programa Bolsa Família, porque a grande maioria estava com o cartão do Bolsa Família entregue nas mãos de agiotas.

O SENHOR falou sobre a impor-

tância de se ter uma poupança. Além disso, existe mais alguma medida que pode ser tomada para se ter uma vida financeira saudável?

NÃO creio que a gente possa esta-belecer percentuais de despesas com educação, lazer e outras coisas. Uma coisa a gente pode afirmar com con-vicção: cada um sabe de si, sabe onde

aperta o sapato. Mas, se você ganha 10 salários mínimos, você não pode ter um padrão de quem tem 20 salários míni-mos. Se você ganha um salário mínimo, não posso querer acompanhar o padrão de meu amigo que ganha 10 salários; tenho que ter um padrão de quem ga-nha um salário. É preciso estabelecer prioridades. É preciso ser consciente do que você tem, com a profissão que esco-lheu, e tentar administrar os rendimen-tos da melhor forma possível. Por isso, a educação financeira é tão importante, porque forma cidadãos mais conscien-tes. O seu descontrole financeiro só prejudica a você. É a causa do estresse, de doenças, do término de casamentos. É importante, inclusive, que esse fosse o tema de disciplinas em escolas, por-que até as crianças hoje são muito con-sumistas. Se uma não tem um telefone ou qualquer outro objeto igual ao da coleguinha da escola, ela vai pressionar o pai para comprar; essa é uma questão de responsabilidade social.

ANOTAR os gastos, inclusive aque-les que parecem irrelevantes, ajuda no controle das finanças?

ESSA é uma questão muito interes-sante. A prática de fazer contas é ne-cessária. Na contabilidade isso, é cha-mado controle do livro caixa. Eu tenho que ter um controle de tudo o que en-tra no meu caixa, ou seja, o salário e se houver rendas extras, e anotar todas as despesas, que é o que sai, não importa se eu sou autônomo. É preciso calcu-lar as despesas com aluguel, impostos, energia, telefone, combustível. É sim-ples, não é um cálculo de engenharia; são as operações mais simples de adi-ção e subtração. A palavra controle que a gente usa na academia, nos cursos de administração, economia e ciências contábeis, nada mais é do que ter uma previsão do que você vai ganhar, menos o que você vai gastar. Se eu tenho uma previsão de que vou ganhar dez e gas-tar oito, meu lucro vai ser dois; se isso não acontecer, eu tenho que procurar descobrir onde eu errei, para não co-meter o mesmo erro no próximo mês. Existe em todas as famílias uma pessoa que ganha muito, mas não tem nada e tem a vida financeira toda desorgani-zada, enquanto na mesma família tem outro parente que ganha 30% do que esse primeiro, mas tem casa própria, um carrinho bom, os filhos em colégio particular e uma vida controlada. A di-ferença de um para o outro é apenas o controle financeiro. Quando você faz contas, você não tem aquelas surpresas desagradáveis, você sabe quando um mês vai ser mais apertado e que é hora de economizar um pouco mais, para não passar aperto ou entrar em uma si-tuação mais complicada.

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Guia dos Museus

Em comemoração ao Dia Internacional dos Museus, DOMINGO traz um guia com alguns dos principais museus potiguares

Patrimôniohistórico

O mês de maio, que é tradicio-nalmente conhecido como o mês das noivas e das mães,

também é marcado pelas comemorações em torno do Dia Internacional dos Mu-seus, celebrado anualmente no seu 18.º dia. Para lembrar a data, está sendo re-alizada em todo o País a 11.ª Semana de Museus, que se encerra neste domingo, 19. A programação, realizada com o ob-jetivo de mobilizar os museus brasileiros a partir de um esforço de concentração das programações em torno de um mes-

mo tema – Memória + Criatividade = Mudança Social – teve início no último dia 13.

No Rio Grande do Norte, o evento te-ve como sede a capital do Estado, Natal, sendo realizado no Salão Nobre do Palá-cio Potengi/Pinacoteca do Estado. Du-rante toda a semana, foram promovidas palestras, debates e mesas-redondas, tendo como tema central os museus po-tiguares.

Em meio às comemorações envol-vendo o tema, a revista DOMINGO traz

um roteiro com alguns dos principais museus potiguares, principalmente os da região Oeste do Estado, abordando a seguir um pouco da história de cada um desses estabelecimentos, definidos pelo Conselho Internacional de Museus como "uma instituição permanente, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público e que adquire, conserva, investiga, di-funde e expõe os testemunhos materiais do homem e de seu entorno, para edu-cação e deleite da sociedade".

De acordo com o Guia dos Museus Brasileiros, no Rio Grande do Norte exis-tem mais de 65 museus, distribuídos entre os vários municípios potiguares. No entanto, o número dessas instituições que abrigam parte da história do Estado é maior, já que muitos não estão cadas-trados no guia.

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7Jornal de Fato | DOMINGO, 19 de maio de 2013

Guia dos Museus

Editoria de Arte: Neto Silva

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Prometendo altos lucros, pouco trabalho e – melhor ainda – re-torno rápido. É assim que a

maioria das empresas que trabalham com o chamado marketing multinível está recrutando, casa vez mais, um nú-mero maior de adeptos ao redor do mun-do.

O negócio também está virando febre em Mossoró, que já se tornou alvo de representantes de diversas empresas do segmento.

A revista DOMINGO conversou com representantes de duas empresas pre-sentes em Mossoró e com pessoas que

já aderiram à onda e garantem já estar tendo o tão esperado retorno financeiro. No entanto, a maioria dos mossoroenses ainda desconfia da legalidade dessas empresas e teme fazer investimentos, por acreditar tratar-se de pirâmides fi-nanceiras, prática ilegal que se configu-ra crime contra a economia popular.

A principal diferença entre marketing multinível e esquema de pirâmide é que o marketing multinível é um sistema de marketing caracterizado pela formação de uma rede de contatos em que os lucros são gerados pela venda do produto ou serviço ofertado e ele é repassado para

todos os membros, enquanto a pirâmide financeira é um modelo comercial não sustentável que envolve basicamente a permuta de dinheiro pelo recrutamento de outras pessoas para o esquema sem que qualquer produto ou serviço seja entregue.

A grande questão é que algumas em-presas mascaram a prática de pirâmide financeira, utilizando nomes de outros modelos comerciais, sendo o principal o marketing multinível.

colhEnDo FRUtosPessoas que não tiveram medo de

Representantes de empresas de marketing multinível garantem que empresas são legais e desmentem esquema de pirâmide

Marketing multinívelMarketing multinívelou pirâmide financeira?

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Vai arriscar?

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Vai arriscar?

investir garantem que já estão colhendo os frutos, ou seja, conseguindo o retorno rápido, tão esperado.

Um exemplo é a história de Luzia Car-los, que hoje chega a receber cerca de R$ 16 mil por mês e diz que sua vida mudou. Com o retorno financeiro obtido, ela afir-ma que já viajou, quitou o carro finan-ciado, comprou um terreno em uma praia, além das melhorias no padrão de vida.

“Eu trabalhava em uma clínica parti-cular e ganhava cerca de R$ 750,00 por mês, passei em um concurso e saí da em-presa, mas o concurso foi anulado, então fiquei desempregada. Conheci a empre-sa pela internet, através de um conheci-do do meu esposo, que depois nos fez uma visita, e meu esposo comprou um pacote para mim. Logo no primeiro mês comecei a ter retorno financeiro”, co-menta.

Hoje, Luzia Carlos, que entrou para

a empresa em agosto do ano passado, já é líder de uma rede que já conta 400 participantes.

DOMINGO também conversou com outras pessoas que participam da maior rede de marketing multinível em atuação em Mossoró, que preferiram ter sua iden-tidade preservada.

Uma dessas pessoas afirma que foi convidada várias vezes, mas tinha medo porque achava tratar-se de esquema de pirâmide. No entanto, um parente mos-trou como a empresa funcionava e quan-to já estava ganhando, então se conven-ceu a entrar, investindo inicialmente cerca de R$ 2.800,00.

“Entrei na empresa no final de feve-reiro, já recuperei o valor investido e já estou lucrando. A pessoa que me indicou recebeu cerca de R$ 26 mil no mês pas-sado. O melhor é que não preciso sair de casa para trabalhar; escolho o meu ho-rário”, conta.

MEDo Dos RIscosMesmo ouvindo sobre as mudanças

na vida de quem decidiu apostar em umas dessas empresas de marketing multinível, algumas pessoas continuam com o pé atrás, pensando nos riscos ine-rentes ao negócio.

É o caso do funcionário Antônio Fer-nandes, de uma empresa prestadora de serviços à Petrobras, que afirma que es-se é um tipo de negócio não sustentável. “Um dia esse mercado vai ficar saturado, mesmo que passe muito tempo funcio-nando, e quando isso acontecer, inevita-

velmente as pessoas do nível inferior perderão o dinheiro investido. Além dis-so, não sei se todas, mas grande parte dessas empresas são pirâmides finan-ceiras e vendem a imagem de marketing multinível; aí, é difícil saber qual é a em-presa correta ou a ilegal”, comenta.

No entanto, quem participa dessas redes e os representantes das empresas garantem que não se tratam de pirâmide, que são empresas legais e registradas, e que pagam todos os tributos, além de recolherem anualmente os impostos de renda de seus clientes.

EMPREsas Uma das empresas com grande nú-

mero de adeptos em Mossoró é a Tele-xfree, que, segundo a representante, Luzia Carlos, já conta mais de 1.500 in-tegrantes.

A Telexfree é uma empresa norte-americana que atua no Brasil desde mar-ço de 2012, vende planos de minutos de Telefonia Voz sobre Protocolo de Internet (VoIP - na sigla em inglês) que permitem ligações ilimitadas para 41 países por US$ 49 mensais. As empresas, no entan-to, também oferecem promessas de ga-nho para quem atuar como promotor do serviço, postando diariamente anúncios em sites de classificados e redes sociais e recebendo comissão sobre as vendas.

Outra empresa atuante em Mossoró é o BBOM, que, segundo o representan-te, Christian Duarte, trabalha com a ven-da de rastreadores e já conta mais de 100 mil integrantes no Brasil.

)) Representante da BBom, christian Duarte, diz que todo negócio tem margem de risco

)) Divulgadora da telexfree mostra depósitos feitos pela

empresa e diz que sua vida mudou

)) Divulgadora da telexfree mostra depósitos feitos pela

empresa e diz que sua vida mudou

Page 10: Revista de Domingo

10 Jornal de Fato | DOMINGO, 19 de maio de 2013

Voluntariado

Organização não governamental fundada por jovens potiguares realiza trabalho voluntário com o objetivo de estimular a doação de sangue

Sangue RNDoe

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11Jornal de Fato | DOMINGO, 19 de maio de 2013

Voluntariado

Inspirados no trabalho realizado pelo projeto Doe Sangue PB, atu-ante no Estado da Paraíba, jovens

potiguares decidiram fundar o grupo Doe Sangue RN, com o objetivo de incentivar a prática da doação de sangue no Esta-do.

O grupo é coordenado pelos jovens voluntários Auklley Cabral, Pedro Rocha, Fabiano Gomes, Policarpo Dantas e João Vitor de Oliveira Lopes, todos com idade entre 17 e 22 anos.

A organização não governamental e sem fins lucrativos, fundada em maio de 2012, atua principalmente por meio das redes sociais, divulgando pedidos de do-ações e informações sobre a importância da doação de sangue, além de dar dicas e publicar notícias relacionadas ao as-sunto.

“Tudo é feito por meio das mídias so-ciais, site, Facebook e Twitter. Os volun-tários se revezam o dia todo postando as atualizações”, afirma Auklley Cabral.

A ideia de criar um movimento no Rio Grande do Norte semelhante ao atuante na Paraíba surgiu dos idealizadores, Auklley Cabral e Pedro Rocha.

Os integrantes afirmam que a ONG é formada por membros da Ordem DeMo-lay, um grupo de jovens patrocinado e apoiado pela Maçonaria desde 1919, criada nos Estados Unidos da América, que tem por objetivo criar bons cidadãos, que respeitam as leis, que convivem em harmonia com a sociedade, que auxiliam o próximo em suas necessidades básicas e educacionais e que, por meio do exem-plo, sirvam como modelo a ser seguido por todos os jovens.

Eles ressaltam que o movimento não foi criado e não pertence à Ordem De-Molay, mas tem essa organização como uma das principais parceiras nas ativi-dades e campanhas desenvolvidas no Rio Grande do Norte.

Auklley Cabral explica que as campa-nhas são idealizadas de forma a atender a demanda dos bancos de sangue no pe-ríodo de pouca doação. “Nossa primeira campanha foi o ‘Sangue Junino’, em ju-nho de 2012, em uma parceria com o Doe Sangue PB. A segunda foi a campanha nacional ‘Doe Sangue Brasil’, em dezem-bro de 2012, em parceria com outros grupos”, diz.

Outra campanha realizada pelo gru-po aconteceu em fevereiro de 2013 e teve como tema "Doação de sangue em conjunto - Operação carnaval". Essa ação foi desenvolvida em parceria com o Mo-vimento Zeitgeist - RN, a Marcha Contra a Corrupção - RN e Bicicletada RN.

Os idealizadores do grupo Doe San-

gue RN afirmam que, como todos são DeMolays, no momento não estão soli-citando a entrada de outras pessoas que não sejam da Ordem.

“Acreditamos que todos aqueles que nos seguem nas redes sociais, de certa forma, são voluntários, uma vez que es-tes compartilham e divulgam nossas postagens, para que nossas mensagens sejam visualizadas por uma grande quantidade de pessoas”, frisa.

Para ajudar ao grupo, basta seguir suas páginas nas redes sociais, compar-tilhando as postagens, além, é claro, de se tornar doador de sangue regular em uma das unidades do Hemocentro mais próximo. As pessoas podem solicitar ou entrar em contato com o grupo através do site www.doesanguern.com.br, na

seção “Fale Conosco”. Também é possí-vel fazer um pedido de doação de sangue para alguém conhecido, por meio do si-te da ONG, pelo link “Pedidos de doa-ções", preenchendo o formulário do pe-dido.

“A população precisa realizar o ato de doar sangue com mais frequência, pois o sangue é uma necessidade praticamente diária no período de férias e festividades. O Brasil todo tem apenas 2% de doadores de sangue, que o fazem regularmente, e em virtude desse baixo número, os esto-ques nunca são suficientes. Por isso, cria-mos por iniciativa própria esse movimen-to aqui no Rio Grande do Norte e conta-mos com a colaboração de todos para fazer a diferença pelo nosso Estado”, con-clui o representante do grupo.

)) apenas 2% dos doadores brasileiros doam sangue regularmente

)) Voluntários do grupo Doe sangue Rn

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12 Jornal de Fato | DOMINGO, 19 de maio de 2013

artigo

ENTENDA A MÍDIA – WILLIAM ROBSON *

Teorias da Mediação e da Mediatização na América Latina

Parte 8

Os temas midiatização e mediação já foram abordados nesta série, a par-tir da visão de alguns teóricos, mas

cabe fazer uma nova reflexão a partir de uma análise mais resumida destes conceitos e abor-dagens. Observando o texto de Muniz Sodré, “Eticidade, Campo Comunicacional e Midiati-zação”, onde estas questões foram incluídas no livro “Antropológica do Espelho”, é impor-tante fazer uma relação do conceito de midia-tização com a ideia de espelho. O autor mostra uma alteração na mídia tradicional (ou “line-ar”, a exemplo da TV e do cinema) onde as imagens são representadas realisticamente para a audiência externa. Na nova mídia digi-tal, o usuário pode inserir-se nesta realidade, trocando a contemplação da representação pela participação direta.

O espelho midiático não é uma mera re-produção, reflexo, porque envolve uma nova forma de vida, onde os indivíduos são incluí-dos, com características diferentes de espaço e tempo, em relação à mídia linear. Não pode esquecer: a nova vida apontada por Sodré es-tá diretamente ligada à intervenções na di-mensão espaço-tempo (como no conceito pós-modernista). Uma nova configuração social a partir da bios virtual, uma realidade não-con-flitante com a real-histórico, o real tradicio-nal.

O espelho midiático não traduz-se em re-flexo puro da realidade, mas há condicionan-tes que agem sobre esta reflexão e que esta por sua vez, agem no campo da vida social. Ou seja, o espelho também se configura como um processo de mediação na sociedade. Esta “mi-diatização”, com base na atual tecnologia, está inserida num campo social de “interati-vidade absoluta e conectividade permanente” (SODRÉ, 2006, p.24). A midiatização é o quar-to bios, além dos três exemplificados por Aris-tóteles, uma “tecnologia de sociabilidade”, uma nova forma de vida, intensamente tec-nológica. E não esquecer: com influências diretas de relação tempo e espaço.

O princípio de midiatização de Sodré se alinha ao pensamento de Fausto Neto, que observou o processo de evolução da sociedade dos meios para a sociedade midiatizada. E pa-ra o autor este é o resultado que provocou alterações nas composições sociais e nas in-terações, por fatores tecnológicos (que reme-tem à linha tecnodeterminante proposta por Bernard Miège). Fausto Neto oferece no texto “Fragmentos de uma analítica da midiatiza-

ção”, conceitos que servem para esclarecer o que ele chama de “fenômeno” da midiatização: Sodré considera um novo bios – o bios midiá-tico. Gomes estabelece uma “nova ambiência” também assinalada por Sodré. Braga é citado acerca da “processualidade interacional de referência”, o sistema de resposta, e Verón trata das “complexas interações entre mídias, instituições e indivíduos, resultando em pro-cessos de afetações não-lineares”.

O ponto inicial do texto de Fausto Neto é seguido por exemplificações da “analítica da midiatização”, considerando sempre disposi-tivos tecno-discursivos inseridos na cultura midiática. Como por exemplo, as “transforma-ções da “topografia jornalística” como espaço organizador do contato”, com exposições dos atores do processo produtivo e de fases das rotinas do jornal; a “auto-referencialidade do processo produtivo, na intenção das organi-zações de produzir um discurso auto-referen-cial; a “auto-reflexividade posta em ato”; e por fim, as “estratégias de protagonização do lei-tor”, utilizando os receptores como co-opera-dores da enunciação e do trabalho

José Luiz Braga, em “Sobre Mediatização como processo interacional de referência” aponta que o conceito pode se relacionado tanto no âmbito da midiatização dos processos sociais seguindo lógicas da mídia, quanto da midiatização da própria sociedade. É seguindo a primeira que observo espaço para estudar o processo de “midiatização” nas empresas jor-nalísticas, que provocou transformações na produção e no uso dos infográficos em jornais latino-americanos. A midiatização neste pro-cesso também se deve a fatores técnicos, uso de novas tecnologias na produção e necessi-dade de leitores de utilizar de tecnologias de comunicação para ter acesso ao conteúdo des-tes infográficos.

O estudo obedeceria a parâmetros de evo-lução da infografia interativa nos jornais lati-no-americanos tanto sob aspectos de mudan-ças de produção nas empresas quanto na in-clusão de elementos multimidiáticos neste instrumento.

Ao deixar as midiatizações e seguir para as mediações, é importante aplicar a visão de Martin-Barbero. Ao me aprofundar um pouco mais sobre os seus estudos e o seu maior re-ferencial teórico-epistemológico acerca do deslocamento de uma análise metodológica comunicacional não a partir dos meios, mas das mediações, notei maior clareza quando o

próprio Barbero deixa evidente em seu livro: “A comunicação se tornou para nós questão de mediações mais do que meios, questão de cultura e, portanto, não só de conhecimentos, mas de reconhecimento”. E torna-se mais compreensível este processo de descentrali-zação ao observar o conceito de cultura abor-dado pelo autor.

O deslocamento proposto é o diferencial dos estudos apresentados por Martin-Barbero na comunicação latino-americana. E tais es-tudos culturais, cujo deslocamento sinaliza para o campo das recepções, têm influenciado outros autores (não apenas na América Lati-na), mas também em outros continentes. Sig-nates, no entanto, mostra que a principal obra de Barbero, “Dos Meios às Mediações”, não define claramente o conceito de mediações. Mesmo caminhando por outros autores como Raymond Williams e Orozco Gomes, Signates conclui que “permanece a dúvida inicial sobre o grau de precisão teórica e de aplicabilidade empírica ao conceito de mediação”.

* a série EntEnDa a MÍDIa se propõe a oferecer aspectos reflexivos para estudantes e admiradores dos estudos da comunicação, com aplicações acadêmicas e exemplos do cotidiano.

MaRtÍn-BaRBERo, Jesús. América latina e os anos recentes: o estudo da recepção em co-municação social. In:SOUSA, Mauro Wilton de. Sujeito, o lado oculto do receptor. São Paulo: USP Brasiliense, 1995, p. 39-68.

MaRtIn-BaRBERo, Jesús. Dos meios as me-diações: comunicação, cultura e hegemonia. Traduzido por Ronald Polito; Sérgio Alcides. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2003

sIGnatEs, Luiz. Estudo sobre o conceito de mediação e sua validade como categoria de aná-lise para os estudos de comunicação. IN: SOUSA, Mauro W. Recepção mediática e espaço público. São Paulo: Paulinas, 2006, p. 55-79.

soDRÉ, Muniz. Eticidade, campo comunica-cional e midiatização. IN: MORAES, Denis (org.). Sociedade Midiatizada. Rio de Janeiro: Mauad, 2006, p. 19-49.

SODRÉ, Muniz. Antropológica do espelho. Uma teoria da comunicação linear e em rede. Petrópolis: Vozes, 2009.

FaUsto nEto, Antonio. “Fragmentos de uma ‘analítica’ da midiatização”, In: Matrizes, São Paulo, Vol 1, No 2, pp. 89-105, 2007.

BRaGa, José Luiz . Sobre mediatização como processo interacional de referência. In: 15º En-contro Anual da Compós, 2006, Bauru/SP. Anais. XV Encontro Anual da Compós – Associação Na-cional dos Programas de Pós-Graduação em Co-municação, 2006. v. 1. p. 1-16.

Para saber mais!

Page 13: Revista de Domingo

13Jornal de Fato | DOMINGO, 19 de maio de 2013

sua carreira

RAFAEL DEMETRIUS

xAentrevista de emprego é o diálogo entre o em-pregador e o candidato a emprego, a ocasião de demonstrar que é o candidato ideal. É uma co-

municação essencialmente de caráter verbal, tanto que os gestos, as expressões, a própria aparência exterior dos interlocutores, bem como o seu comportamento, consti-tuem igualmente formas de comunicação que reforçam, alteram ou acrescentam algo ao significado das palavras. Durante a entrevista, trocam-se informações, ideias e opiniões, por isso é preciso estar antenado em alguns pontos que são cruciais para o desenvolvimento da sele-ção. Esteja atento a nossa coluna de hoje e prepare-se para as próximas entrevistas de emprego.

Tipos de entrevistaEntrevista face a face: É o tipo de entrevista mais frequen-te, consiste na presença somente de duas pessoas: entre-vistador e entrevistado. Entrevista de painel: O candidato é entrevistado por várias pessoas em conjunto. Normal-mente é conduzida por um responsável superior (ex.: pre-sidente) e duas ou mais pessoas com responsabilidades em diferentes áreas. Entrevistas em série: Quando o candida-to é entrevistado sucessivamente por várias pessoas. En-trevista em grupo: São entrevistas em que existem vários candidatos. O empregador procura avaliar essencialmen-te a capacidade de liderança, a flexibilidade, a organização, etc.. Antes de ir à entrevista, o(a) candidato(a) deve pre-parar-se cuidadosamente. Durante a entrevista, deve ter um comportamento adequado; depois da entrevista, deve proceder à avaliação dela.

Como se preparar para a entrevista Procure obter o máximo de informação sobre a empresa e a função a que se candidata (ramo de atividade, dimensão, tipo de produtos ou serviços que presta, sua organização e funcionamento, tipo de qualificações existentes, tipo de produtos). Prepare-separa responder as questões mais fre-quentes. Releia o anúncio, a carta de candidatura/apresen-tação e o currículo. Seja pontual (apresente-se com uma antecedência de cerca de 10 minutos). Apresente-se de forma cuidadosa, vestuário, calçado, cabelo, barba e unhas com uma aparência física, hábitos de higiene e cuidados pessoais.

Entrevista de emprego: o que

você precisa saber

Como se comportar durante a entrevistaNão se esqueça de desligar o telefone. Perante o entrevis-tador, cumprimente-o e apresente-se, sorrindo. Aguarde que o convidem a sentar-se e mantenha uma postura cor-reta, mas descontraída. Escute atentamente e olhe dire-tamente para o entrevistador – mostre-se interessado. Responda claramente e com precisão às questões que lhe são postas. Concretize as ideias, se necessário, com exem-plos práticos. Delicadamente, peça explicações sobre o posto de trabalho e condições de emprego. Tenha senso de humor. Encare a entrevista como um desafio que vai ven-cer. Realce os seus pontos fortes e evite realçar os mais fracos. Mostre-se empenhado(a), com vontade de aprender e interessado(a) pelo posto a que se candidata. Mostre-se atento e interessado. Olhe o entrevistador nos olhos. Res-ponda com determinação às perguntas. Aguarde que seja o entrevistador a dar por terminada a entrevista.

O que o entrevistador avaliaO entrevistador verifica seus estudos e a sua formação profissional; experiência; apresentação pessoal e postu-ra; capacidade de comunicação (fluência verbal, estrutu-ração do raciocínio, etc.); sociabilidade; estabilidade e maturidade emocional; dinamismo; flexibilidade; senso de responsabilidade e capacidade de liderança.

O que perguntar durante a entrevistaDurante uma entrevista de emprego, é natural que seja o próprio entrevistador a controlar todo o processo, mas é importante que se faça as perguntas certas, no momento certo. Demonstre algum conhecimento e interesse sobre a atividade e posicionamento da empresa para impressio-nar o entrevistador, e faça perguntas como: Quais os ob-jetivos em curto e longo prazo da empresa? Como é que a empresa se distingue das concorrentes? Quais são os pla-nos da empresa para crescer no futuro? A empresa desen-volve planos de carreira? A empresa realiza algum tipo de atividade sociocultural ou de voluntariado? A empresa costuma apostar na formação dos colaboradores?

O que perguntar durante a entrevista sobre a funçãoQual será a minha função dentro da empresa? Que res-ponsabilidades estão inerentes a esta função? Quais os problemas e os desafios inerentes à função? Qual o grau de autonomia e de responsabilidade da função? Com quem vou trabalhar? O trabalho será desenvolvido mais em equipe ou individualmente? Em que departamento serei inserido? E quais são os planos para o futuro desse de-partamento? Quais as possibilidades de progressão na carreira profissional?

Page 14: Revista de Domingo

DAVI MOURA

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adoro comer

Já tinha falado aqui na coluna, há um tempo atrás, que o Tenda estava reformulando o cardápio. Pois bem: trouxe novidades! Além do Tenda Gastronomia e Lazer ter sido o único restaurante de Mossoró a ser agraciado com o selo ouro “turismo melhor” do SEBRAE, o restaurante apresenta alguns dos seus novos pratos que, além de contemplar a gastronomia regional, apresentam opções mais requintadas. Entre eles: carne de sol nordestina, cordeiro grelhado, es-condidinho de carne de sol, talharim à carbonara, picanha grelhada à moda Tenda, salmão à Belle Meu-niere, camarão gratinado, drumet a passarinho e vários outros. Vou marcar uma visitinha e conto pra você se os pratos são tão gostosos quanto bonitos!

A última segunda-feira (13.05) foi a noite do glamour em moda, presença e bom gosto! O Memorial da Re-sistência foi o local escolhido para a blogueira de moda Lilianne Oliveira reunir imprensa e convidados para festejar os 2 anos do seu blog Beauty & Frufrus. Na parte das comidinhas, Jailson Fernandes, o líder lá do 144 Lounge Bar, cuidou do buffet, numa mesa com vários quitutes. Destaque para o minissanduíche com alface, peito de peru e geleia de menta. O Brown-ie e Cia., da parceira Tásia Galvão, deixou a noite mais doce com os seus mais deliciosos brownies. A mesa era exposta para quem quisesse provar. Pra fechar, a Society Cafeteria ainda agraciou os presentes com uma caneca de brinde com algumas de suas delicinhas. Ponto positivo para um cartãozinho que eles disponibi-lizaram, que dá direito a um café lá na Society – já um motivo para visitar. Aprovado!

Novos pratos do Tenda

2 anos de Blog FruFrus

Tramontina Lyon no Espaço Maia

VillaOeste recebe o SPA Catu

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aproveite e acesse o http://blogadorocomer.blogspot.com para conferir esta e outras delícias!

No mês das mães, a Manjericão Pizza Gourmet, das irmãs Herleila e Helaine Lopes, está com a pro-moção “Minha super mãe merece uma Manjericão”. Consiste em 30% de desconto em qualquer pizza inteira, válido para terças, quartas e quintas, du-rante toda a noite. Sua pizza diferenciada vem con-quistando cada vez mais o público e esta foi uma forma de presentear os fãs assíduos do local. Quan-do você for conferir a promoção, não deixe de pro-var a pizza de bacon com champignon e a de palm-ito. Na hora da sobremesa, peça a de cartola com chocolate. A Manjericão fica na Praça da Convivên-cia! Mais info na Fan Page: https://www.facebook.com/ManjericaoPizzaGourmet. É top!

Promoção da Manjericão Há algum tempo atrás, mais ou menos 1 mês, Edson

Júnior, representante da Tramontina no RN, ligou-me explicando que eles organizariam um evento aqui em Mossoró para demonstração de uma das suas panelas da linha Design Collection e o local foi justamente o Espaço Maia, que comercializa as panelas. Por sinal, são os únicos na cidade. A novidade sobre as panelas Lyon é que elas funcionam como um forno. Suas pare-des e sua tampa contam com uma espessura bem mais grossa que o normal, além de um sistema de vedação bem eficiente. A facilitadora da demonstração foi a Carol Correia, uma pernambucana mega simpática que tirou todas as dúvidas sobre a panela. O legal é que Carol é administradora e trabalhava em outra área, mas nos contou que se apaixonou pela Lyon e aprendeu até a cozinhar para poder realizar as suas viagens demonstrativas. Boa ação!

O SPA Catu (CE) em parceria com Hotel VillaOeste promoveu um dia saudável no sábado, 18.05, em Mos-soró. Uma equipe do SPA composta por fisioterapeu-ta, podólogo, massoterapeuta e professor de educação física recebeu a imprensa, agentes de viagem e con-vidados durante todo o dia para momentos de relaxa-mento e descontração. O objetivo do evento foi demon-strar as atividades oferecidas pelo SPA e proporcionar aos que participam hábitos de uma vida saudável, além de um cardápio superleve, especialmente pre-parado para o evento. Delícia!

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adoro comer adoro comer

Chef Joyce Francisco (Joy Joy Bistrot – Florianópolis/SC)

Fetuccine de pupunha com bisque e camarões grelhados

INGREDIENTES MODO DE PREPARO

• Faça a bisque e deixe reduzir bem, misture a glace de bisque com a manteiga pomada, faça balotines e reserve a frio. Descasque o palmito, passe na mandolina e faça os spaghettis. Grelhe os camarões no azeite, reserve a quente. Branqueie a pupunha e passe para uma sartém, seque-a ligeiramente e disponha a manteiga de bisque em pomada, tempere (sal e pimenta) e sirva com os camarões grelhados e o chantilly de coco.

(para 1 porção)• 150g pupunha fatiada• 150g camarões rosa limpos• 50g manteiga de bisque

PaRa o PEsto:• 25ml de azeite extra virgem• 5g de castanhas do pará• 10 g de salvia• 1 dente de alho• sal e pimenta a gosto

PaRa o chantIlly DE coco:• 50g de clara de ovos (2 claras)• 100 ml de leite de coco• sal a gosto