revista cnt transporte atual - set/2004

72
C NT REVISTA ÓRGÃO INFORMATIVO CNT - SEST/SENAT | ANO X | NÚMERO 109 | SETEMBRO 2004 UNIÃO CONTRA O CRIME POLÍCIA FEDERAL, BANCOS, TRANSPORTADORES E SEGURADORAS JUNTAM FORÇAS PARA COMBATER O ROUBO DE CARGAS

Upload: confederacao-nacional-do-transporte

Post on 23-Mar-2016

236 views

Category:

Documents


7 download

DESCRIPTION

A CNT, convicta de que a solução é de responsabilidade de toda a sociedade, está se articulando com órgãos de repressão ao roubo de cargas visando ações de formas integradas.

TRANSCRIPT

Page 1: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

CNTREVIS

TA

ÓRGÃO INFORMATIVO CNT - SEST/SENAT | ANO X | NÚMERO 109 | SETEMBRO 2004

UNIÃO CONTRA O CRIMEPOLÍCIA FEDERAL, BANCOS, TRANSPORTADORES E SEGURADORASJUNTAM FORÇAS PARA COMBATER O ROUBO DE CARGAS

Page 2: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004
Page 3: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

AGOSTO 2004 CNTREVISTA 3

CNTREVIS

TA

ALEXANDRE GARCIA 8

SEMANA DE TRÂNSITO 18

LOGÍSTICA 23

ESTRADAS PRECÁRIAS 44

NOVO CONFINS 46

RESPONSABILIDADE SOCIAL 50

PRODUTOS PERIGOSOS 53

MAIS TRANSPORTE 56

CONGRESSO DA ABTC 58

IDET 60

REDE TRANSPORTE 63

ARTIGO TÉCNICO 67

OPINIÃO 69

HUMOR 70

30

Seminário promovido pela Polícia Federal,com participação de empresários e doministro da Justiça, discute o roubo decarga e lança projeto de banco de dadospara combate ao crime

PORTO DO FUTUROItaqui (MA) planeja investirem seu terminal para setornar referência para ocomércio exterior e pontoestratégico de exportação

VENTO NO CERRADOO Distrito Federal e deGoiás querem implantarum trem da nova geraçãopara ligar Brasília a Goiâniacom velocidade superiora 200 km/h

ANO X | NÚMERO 109 | SETEMBRO 2004

CAPA RENATO COBUCCI/DIVULGAÇÃO

26

DINHEIRO CURTOAs linhas de crédito paracompra de caminhões ainda cobram juros fora darealidade do profissionalautônomo. Veja as alterna-tivas de financiameno

38

REPORTAGEM DE CAPA

UNIÃO DE FORÇAS

10

Page 4: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

4 CNTREVISTA JUNHO 2004

PRESIDENTEClésio Andrade

PRESIDENTE DE HONRAThiers Fattori Costa

VICE-PRESIDENTESSEÇÃO DO TRANSPORTE DE CARGAS

Newton Jerônimo Gibson Duarte RodriguesSEÇÃO DO TRANSPORTE AQUAVIÁRIO, FERROVIÁRIO E AÉREO

Meton Soares JúniorSEÇÃO DO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Benedicto Dario FerrazSEÇÃO DOS TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

José Fioravanti

PRESIDENTES EVICE-PRESIDENTES DE SEÇÃO

SEÇÃO DO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Otávio Vieira da Cunha Filhoe Ilso Pedro MentaSEÇÃO DO TRANSPORTE DE CARGAS

Flávio Benatti e Antônio Pereira de SiqueiraSEÇÃO DOS TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

José da Fonseca Lopes e Mariano CostaSEÇÃO DO TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

Renato Cézar Ferreira BittencourtCláudio Roberto Fernandes DecourtSEÇÃO DO TRANSPORTE FERROVIÁRIO

Bernardo José Figueiredo Gonçalves de Oliveirae Clóvis MunizSEÇÃO DO TRANSPORTE AÉREO

Wolner José Pereira de Aguiar

FALE COM A CNTSetor de Autarquias Sul, quadra 6, bloco J • Brasília (DF) • CEP 70070-916 • Telefone: (61) 315 7000Na Internet: www.cnt.org.br • E-mails: [email protected][email protected]

CONSELHO FISCALWaldemar Araújo, David Lopes de Oliveira, Braz Paulo Salles,Éder Dal’Lago, René Adão Alves Pinto, Getúlio Vargas de MouraBraatz, Robert Cyrill Higgin e Luiz Maldonado Marthos

DIRETORIASEÇÃO DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS

Denisar de Almeida Arneiro, Eduardo Ferreira Rebuzzi, FranciscoPelucio, Irani Bertolini, Jésu Ignácio de Araújo, Jorge Marques Trilha,Oswaldo Dias de Castro, Romeu Natal Pazan, Romeu NerciLuft, Tânia Drumond, Augusto Dalçoquio Neto, Valmor Weiss,Paulo Vicente Caleffi e José Hélio Fernandes

SEÇÃO DO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Aylmer Chieppe, Alfredo José Bezerra Leite, Narciso Gonçalves dosSantos, José Augusto Pinheiro, Marcus Vinícius Gravina, OscarConte, Tarcísio Schettino Ribeiro, Marco Antônio Gulin, EudoLaranjeiras Costa, Antônio Carlos Melgaço Knitell, Abrão AbdoIzacc, João de Campos Palma, Francisco Saldanha Bezerra eJerson Antonio Picoli

SEÇÃO DOS TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

Edgar Ferreira de Sousa, José Alexandrino Ferreira Neto, JoséPercides Rodrigues, Luiz Maldonado Marthos, Sandoval Geraldinodos Santos, José Veronez, Waldemar Stimamilio, André Luiz Costa,Armando Brocco, Heraldo Gomes Andrade, Claudinei NatalPelegrini, Getúlio Vargas de Moura Braatz, Celso Fernandes Netoe Neirman Moreira da Silva

SEÇÃO DO TRANSPORTE AQUAVIÁRIO, FERROVIÁRIO E AÉREO

Luiz Rebelo Neto, Moacyr Bonelli, Alcy Hagge Cavalcante,Carlos Affonso Cerveira, Marcelino José Lobato Nascimento,Maurício Möckel Paschoal, Milton Ferreira Tito, Silvio VascoCampos Jorge, Cláudio Martins Marote, Jorge Leônidas Pinho,Ronaldo Mattos de Oliveira Lima, Glen Gordon Findlay e Bruno Bastos

CONSELHO EDITORIAL Bernardino Rios Pim, Etevaldo Dias, Hélcio Zolini, Jorge Canela,Lucimar Coutinho, Maria Tereza Pantoja e Virgílio Coelho

REDAÇÃOEDITORES-EXECUTIVOS

Ricardo Ballarine e Antonio Seara (Arte)REPÓRTER

Eulene HemétrioCOLABORADORES DESTA EDIÇÃO

Cláudio Antonio, Rogério Maurício e Ronaldo Almeida (reportagem), João Sampaio (edição), Soraia Piva (arte) e Duke (ilustração)DIAGRAMAÇÃO E PAGINAÇÃO

Antonio Dias e Wanderson Fernando DiasFOTOGRAFIA

Paulo Fonseca e Futura PressINFOGRAFIA

Agência Graffo • www.graffo.inf.brPRODUÇÃO

Rafael Melgaço Alvim • [email protected] CarvalhoENDEREÇO

Rua Tenente Brito Melo, 1341 – conjunto 202 Santo Agostinho • CEP 30.180-070 • Belo Horizonte (MG)

FALE COM A REDAÇÃO

Telefone • (31) 3291-1288 Envio de releases e informações • [email protected] do leitor • [email protected]

ASSINATURAS

Para assinar • 0800-782891Atualize seu endereço • [email protected]

PUBLICIDADERemar Representação comercial S/C Ltda Alameda Jurupis, 452, conjunto 71 - Moema (SP) - CEP 04088-001CONTATOS E REPRESENTANTES

Diretor comercial • Celso Marino • (11) 9141-2938Gerente de negócios • Fabio Dantas • (11) 9222-9247Telefone: (11) 5055-5570E-mail: [email protected] Publicação mensal da CNT, registrada no Cartório do 1º Ofício

de Registro Civil das Pessoas Jurídicas do Distrito Federal sob o número 053,

editada sob responsabilidade da AC&S Comunicação.

Os conceitos emitidos nos artigos assinados não refletem

necessariamente a opinião da Revista CNT

IMPRESSÃO Esdeva - Juiz de Fora (MG)TIRAGEM DESTA EDIÇÃO 40 mil exemplares

CNT Confederação Nacional do Transporte

Revista CNT

Page 5: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

SETEMBRO 2004 CNTREVISTA 5

Não se tra ta mais de uma ação mar -gi nal iso la da. O rou bo de car gasga nhou o sta tus de cri me or ga ni -za do, com di ver si fi ca ções ou sa -das de mo dos de atua ção. O rou -

bo ago ra é en co men da do e mi nu cio sa men tepla ne ja do. Os tra ba lha do res em trans por te e ostrans por ta do res es tão atô ni tos com a au dá ciados ban di dos e la men tam a di fi cul da de do Es -ta do em re pri mir esse tipo de cri me. Es ti ma-se que, no ano pas sa do, hou ve 11

mil ocor rên cias nes sa mo da li da de, com pre juí -zos que che ga ram a R$ 800 mi lhões. Per das devi das tam bém trans tor na ram o se tor de trans -por te. Fo ram mor tos 165 ca mi nho nei ros, du -ran te as sal tos, en tre 1998 e 2003.O rou bo de car gas vi rou um tor men to para o

se tor de trans por te. Em ne nhu ma cir cuns tân cia,uma ati vi da de eco nô mi ca de sen vol vi da por 40 milem pre sas, 350 mil trans por ta do res au tô no mos eque gera 2,5 mi lhões de em pre gos pode atuar defor ma in se gu ra e acua da. O tra ba lho de trans por -tar as ri que zas do país não pode es tar sub me ti doao es tig ma do medo, im pos to por um tipo de cri -me que in sis te em de sa fiar a or dem.En tre 2001 e 2003, con for me apu rou a Co mis -

são Par la men tar Mis ta de In qué ri to do Con gres soNa cio nal, mais de 200 em pre sas de trans por tesfo ram à fa lên cia em con se qüên cia dos pre juí zospro vo ca dos pelo rou bo de car gas. As ações sis te -má ti cas de qua dri lhas es pe cia li za das es tão di mi -nuin do dras ti ca men te os já es cas sos atra ti voseco nô mi cos da ati vi da de trans por ta do ra.A CNT, con vic ta de que a so lu ção é de res pon -

sa bi li da de de toda a so cie da de, está se ar ti cu lan -do com ór gãos de re pres são ao rou bo de car gas

vi san do ações de for mas in te gra das. Tal po lí ti ca jáapre sen ta os seus pri mei ros re sul ta dos. Em se mi -ná rio rea li za do pela Po lí cia Fe de ral em Belo Ho ri -zon te e apoia do pela CNT, dis cu ti ram-se for masefe ti vas de com ba te ao rou bo de car gas e va lo res.A le gi ti mi da de e a ob je ti vi da de de ação fo ram osprin ci pais pon tos a se rem prio ri za dos, me dian teuma le gis la ção que de ses ti mu le a ação das qua -dri lhas. Nes se sen ti do, a Po lí cia Fe de ral e a CNTapóiam o Pro je to de Lei Com ple men tar 187/97 deau to ria do de pu ta do fe de ral Má rio Ne gro mon te(PP/BA), que es ta be le ce pro ce di men tos le gaispara ações po li ciais mais es pe cí fi cas e cria o Sis -te ma Na cio nal de Pre ven ção, Fis ca li za ção e Re -pres são ao Fur to de Veí cu los e Car gas.Ou tra ação dis cu ti da foi a que bra de um dos

im por tan tes elos da cor ren te do rou bo de car -ga: o re cep ta dor. Para esse caso, é ne ces sá riaa cria ção de uma des ti na ção le gal e di fe ren cia -da para o cri me de re cep ta ção. Na Ar gen ti na,por exem plo, a lei es ta be le ce que, se um pro -du to rou ba do for en con tra do em qual quer es -to que, pas sa a exis tir a su po si ção de que todoo es to que é re sul ta do de rou bo, e to dos os pro -du tos são to ma dos. Uma ex pe riên cia que deucer to e que deve ser se gui da.A CNT está em pe nha da na bus ca de so lu -

ções que pelo me nos in ter rom pam o cres ci -men to des se tipo de cri me. Não se tra ta de umob je ti vo mo des to. Sabe-se da gra vi da de dopro ble ma e que não será ape nas uma açãoiso la da que tra rá al gu ma boa nova nes se sen -ti do. É ne ces sá rio que haja ins ti tui ções for ta le -ci das, in te gra das e em ba sa das na prin ci pal re -gra so cial: a lei. Em be ne fí cio do trans por ta dor,em be ne fí cio do Bra sil.

A CNT, CONVICTA DEQUE A SOLUÇÃO ÉDE RESPONSABILI-DADE DE TODA ASOCIEDADE, ESTÁSE ARTICULANDOCOM ÓRGÃOS DEREPRESSÃO AOROUBO DE CARGASVISANDO AÇÕES DEFORMASINTEGRADAS

Sem medo

EDITORIAL

CLÉSIO ANDRADEPRESIDENTE DA CNT

Page 6: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

6 CNTREVISTA SETEMBRO 2004

MEDOSou trans por ta dor e te nho

mi nha em pre sa se dia da em Po -ços de Cal das, no Sul de Mi nasGe rais. Es cre vo para co men tarso bre a Pes qui sa Ro do viá ria2004, que a CNT rea li za, e di zerque sin to um mis to de ver go nhae preo cu pa ção com seus re sul -ta dos, pois é bem pro vá vel quea ro do via que liga nos sa ci da deà Lo re na (SP) vol te a fi gu rar en -tre as pio res do país. Es bu ra ca -da, sem acos ta men to, sem si na -li za ção, é real men te de darmedo tra fe gar por aque la via.Es pe ra mos que as au to ri da descom pe ten tes se er gam à rea li -da de e fa çam algo de con cre topara me lho rar as con di ções dali ga ção Po ços de Cal das-Lo re na.Os ten tar no va men te o tí tu lo depior tre cho ro do viá rio do paísnão pode mais con ti nuar a ser anos sa sina. E o meu medo éexa ta men te este!

Pau lo Ole gá rio Ma cielPo ços de Cal das (MG)

CON GRA TU LA ÇÕESEm pri mei ro lu gar, eu que ria

pa ra be ni zar a Re vis ta CNT peloex ce len te tra ba lho que vem rea -li zan do em prol dos nos sosmeios de trans por tes e em es pe -cial nos sas ro do vias. Eu sou ser -ven te, tra ba lho com Ur si ci moQuei roz, e foi atra vés des se meutra ba lho que co nhe ci essa im -por tan te re vis ta. De lá para cá,leio to dos os exem pla res queche gam aqui no ga bi ne te e fico

fe liz por ver um veí cu lo de co -mu ni ca ção tão preo cu pa do como bem es tar de quem de pen dedas nos sas ro do vias, fer ro vias,por tos e ae ro por tos. Se ria bomque to dos os go ver nan tes donos so país se es pe lhas sem nes -sa re vis ta, des sem um pou comais de aten ção às nos sas es -tra das e ti ves sem um pou comais de res pei to pe las vi das quepor elas an dam, para que aspes soas não mor ram dia apósdia por essa ir res pon sa bi li da dee to tal aban do no e des ca socomo é o caso da Cide. O meumais puro apre ço des se sim pleslei tor que lhes de se ja mui to su -ces so e co ra gem para que essaluta con ti nue sem pre em prol dequem mais pre ci sa, que é opovo bra si lei ro. Su ces so, essesão os meus mais sin ce ros.

Nil ton Pa di lha Mu nizSal va dor (BA)

USO DO GNVGos ta ria de elo giar a Re vis ta

CNT pela es cla re ce do ra re por ta -gem so bre o uso do Gás Na tu ralVei cu lar (GNV) como com bus tí -vel. Há mui to tem po vi nha pen -san do em ado tar o GNV em meucar ro, uma GM Bla zer, mas nãoob ti nha as in for ma ções de quene ces si ta va para fa zer a con ver -são. Ago ra, de pois que li a ma té -ria, fi ca ram bas tan te cla ras, pelome nos para mim, as van ta gensdo uso do GNV. Pa ra béns a todaa equi pe da re vis ta, e que con ti -nue as sim, com ma té rias e re -

por ta gens so bre o se tor detrans por te in te res san tes tam -bém para os sim ples usuá riosdos ser vi ços.

Ma cá rio Sou za LimaSal va dor (BA)

TU RIS MO FERROVIÁRIOFoi com mui to pra zer que nos

de pa ra mos com in for ma ções so -bre a Es tra da de Fer ro Cam pos doJor dão (EFCJ) na edi ção de 108da Re vis ta CNT, pá gi nas 25 e 27.Es tou cien te de que, em com pa -ra ção às de mais fer ro vias, te mosum tre cho até sin ge lo, no en tan to,há de se le var em con ta os de -mais atra ti vos que a EFCJ ofe re ce,como o par que Rei no das ÁguasCla ras e o par que Ca pi va ri, ondese en con tra ins ta la do o pri mei rote le fé ri co tu rís ti co do Bra sil. Porisso, re gis tra mos aqui nos so con -vi te para que uma equi pe des sare da ção agen de uma vi si ta co nos -co e, as sim, pos sa co lher in for ma -ções mais com ple xas so bre aEFCJ. Lem bran do que em no vem -bro pró xi mo es ta re mos com ple -tan do 90 anos de fun da ção.

Gló ria Bar rosCam pos do Jor dão (SP)

CAR TAS PARA ESTA SE ÇÃO

Rua Tenente Brito Melo, 1.341 - Conjunto 201Belo Ho ri zon te, Mi nas Ge raisCep: 30.180-070Fax: (31) 3291-1288E-mail: doleitor@re vis tacnt.com.br

As car tas de vem con ter nome com ple to, en de re çoe te le fo ne. Por mo ti vo de es pa ço, as men sa gensse rão se le cio na das e po de rão so frer cor tes

“OS TEN TARNO VA MEN TEO TÍ TU LODE PIORTRE CHORO DO VIÁ RIODO PAÍS NÃOPODE MAISCON TI NUARA SER ANOS SA SINA”

DO LEITORdoleitor@re vis tacnt.com.br

Page 7: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004
Page 8: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

Que crescimento é esse?

ALEXANDRE GARCIA

OPINIÃO

Bra sí lia (Alô) - Os nú me ros da Con fe -de ra ção Na cio nal da In dús tria le -vam ao oti mis mo. A ocio si da de nain dús tria vem di mi nuin do por seisme ses se gui dos. Quer di zer, au -

men tou a pro du ti vi da de e au men ta ram as ven -das, che gan do qua se a mais 20% nes te ano. Ain dús tria me tal-me câ ni ca cres ce mais de 15%em re la ção a 2003. Para o co mér cio, ven dastam bém em alta e ina dim plên cia cain do. Au -men ta o fa tu ra men to de veí cu los e de ele tro do -més ti cos. As ex por ta ções de vem atin gir US$90 bi lhões nes te ano. Os go ver nos gos tam... Aar re ca da ção de im pos tos vai ti lin tan do na má -qui na co le to ra es ta tal à ra zão de R$ 1,25 mi -lhão por mi nu to, 24 ho ras por dia. O oti mis moé tal que já se re fa zem as pre vi sões de cres ci -men to do PIB de 3,5% para 4% nes te ano.Será esse um cres ci men to real, “sus ten ta -

do”, como diz o jar gão da moda? Há sé rias efun da das dú vi das. Pes qui sa fei ta na Uni campmos tra que en tre 1981 e 2002 o nú me ro debra si lei ros com ren da de R$ 2.500 por mêscaiu de 13,5% para 11,7% da po pu la ção eco -no mi ca men te ati va. Os que ga nham en tre R$2.500 e R$ 5.000 por mês di mi nuí ram de 13%para 7,6%. Os que ga nham mais de R$ 5.000caí ram de 4,4% para 4,1%. Só au men tou a fai -xa dos que ga nham até R$ 500 por mês. Su biude 30,5% para 36%. Isso mos tra que di mi nuiuo po der aqui si ti vo. Sem ca pa ci da de de com pra,como sus ten tar o cres ci men to eco nô mi co? Comfi nan cia men to? De que jei to, com es ses ju rosain da as tro nô mi cos? Será que esse “cres ci -men to” só se deve às ex por ta ções?E se de pen der mos das ex por ta ções, como

fa zer com o gar ga lo do es coa men to, sem in ves -ti men tos nos por tos, em fer ro vias, nas ro do vias?Ah, a mi la gro sa Cide, que leva R$ 0,28 nos sospor li tro de ga so li na, cada vez que abas te ce -mos, e que já re co lheu uns bons R$ 20 bi lhões,onde anda ela, via jan do em co fres dis tan tes dosis te ma de trans por tes, ao con trá rio do quepres cre ve a lei que a criou? Ou será que es ta -mos pre pa ran do um ve xa me pla ne tá rio, o depro du zir, ven der e não con se guir en tre gar? Se o

go ver no não ou vir o aler ta de “apa gão” nostrans por tes, é o que pode acon te cer. E aí, quan -do re cu pe rar o mer ca do per di do?A Ar gen ti na, de pois da cri se, cres ceu 5%

em pou co tem po. Mi la gre eco nô mi co? Nadadis so. Es ta va no fun do do poço, ape nas se re -cu pe rou. É o que está acon te cen do com o Bra -sil, de pois da me dio cri da de do de sem pe nhoeco nô mi co nas úl ti mas duas dé ca das. Qual -quer cres ci men to ago ra é ape nas re cu pe ra çãodo que foi per di do. Tan to que fo mos a oi ta vaeco no mia do mun do e hoje so mos a 15ª, per -den do para o Mé xi co, que é me nor que o Bra -sil em ter ri tó rio e po pu la ção.A gran de per gun ta é: que con di ções há para

no vos in ves ti men tos, de pois que for reo cu pa daa ca pa ci da de da in dús tria? A ocio si da de di mi -nuiu, ocu pan do de novo as má qui nas. Masquan do se com pra rão má qui nas no vas e se ins -ta la rão no vas in dús trias? Tudo bem, uma novagran de si de rúr gi ca em Ca ra jás já está na ca be -ça de in ves ti do res ou sa dos. Mas quem ou sa ráin ves tir num país que não tem re gras es tá veis?Está aí a lei das agên cias re gu la do ras sen domu da da para pro var isso. De Gaul le não dis se,mas qual quer in ves ti dor mais des con fia do po -de ria di zer que não so mos um país sé rio, semu da mos re gras a toda hora.Para ter cres ci men to sus ten ta do, re co nhe -

ceu há pou co o mi nis tro do Pla ne ja men to, épre ci so ter in ves ti do res. Há al guns anos, en tra -ram US$ 30 bi lhões num ano, no Bra sil. Hoje,os in gres sos são me ta de dis so. E como não te -mos pou pan ça in ter na su fi cien te, te ría mos quees ti mu lar o in ves ti dor. Não se es ti mu la per den -do cin co me ses para re gis trar uma nova em pre -sa – um re cor de mun dial. Nem co bran do 40%do PIB em car ga fis cal, nem co brin do o in ves ti -dor com uma teia bu ro crá ti ca que fa ria in ve ja aoHo mem-Ara nha, se ele exis tis se. Quem vai in -ves tir, ar ris car, quer pelo me nos ter cer te za dees ta bi li da de de re gras por uns dez anos. En -quan to isso não acon te cer, nos so cres ci men tovai ser ape nas uma bo lha, in cha da pelo ar daca pa ci da de ocio sa es va zia da e pe las va gas dosde sem pre ga dos que vol tam a ser preen chi das.

A ARGENTINAESTAVA NO FUNDODO POÇO, APENASSE RECUPEROU. ÉO QUE ACONTECECOM O BRASIL.QUALQUERCRESCIMENTO ÉRECUPERAÇÃO DOQUE FOI PERDIDO

8 CNTREVISTA SETEMBRO 2004

Page 9: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004
Page 10: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

SEMINÅRIO DA PF REÚNE SOCIEDADE PARA

A es pe cia li za ção do cri me de rou bo decar gas e va lo res no Bra sil tem as sus ta doas au to ri da des po li ciais e cau sa do pre -juí zos aos em pre sá rios do se tor de

trans por tes. As per das che gam a R$ 800 mi lhões,quan do so ma das as ocor rên cias do trans por te ro -do viá rio, dos por tos e ae ro por tos. Até mes mo bo -bi nas de aço de 38 to ne la das es tão na mira dosban di dos, que, a cada dia, des co brem no vas ma -nei ras de mo der ni zar sua ação e já pos suem“clien tes” gran des e fiéis. En tre 2001 e 2003, es ti ma-se que mais de 200

trans por ta do res te nham ido à fa lên cia em con se -qüên cia das di fi cul da des e pre juí zos pro vo ca dospelo rou bo de car gas. So men te no ano pas sa do,fo ram re gis tra dos cer ca de 11 mil as sal tos a ca mi -nhões, pro vo can do a mor te de pelo me nos 18 mo -to ris tas e aju dan tes.To dos es ses nú me ros fi ze ram os cus tos com

se gu ran ça pu la rem de 2% para até 15% do fa tu -ra men to das em pre sas, em me nos de duas dé ca -das. O ge ren cia men to de ris cos se tor nou um as -pec to fun da men tal den tro da lo gís ti ca de trans por -te e con ta hoje com re cur sos tec no ló gi cos de pon -ta, como o ras trea men to via sa té li te. Além dis so, asem pre sas pa gam se gu ros ele va dís si mos e nãoraro op tam por con tra tar es col ta para as car gas demaior va lor agre ga do. No se tor fi nan cei ro, a si tua ção não é di fe ren te.

De acor do com o di re tor de Se gu ran ça da Fe bra -ban (Fe de ra ção Bra si lei ra de Ban cos), Ed sonLobo, as ins ti tui ções ban cá rias tam bém têm in ves -ti do bi lhões anual men te com se gu ran ça in ter na eex ter na. “Além do apoio às ações po li ciais, te mosapos ta do na se di men ta ção de uma cul tu ra de se -gu ran ça en tre os nos sos fun cio ná rios. Os ban costêm fei to di ver sos trei na men tos in ter nos paracons cien ti zar o tra ba lha dor de cui da dos que de -vem ser to ma dos no dia-a-dia”, diz Lobo. Dian te de um qua dro tão crí ti co, a Po lí cia Fe -

de ral, em par ce ria com a CNT, a Fe bra ban, a Fe -na seg (Fe de ra ção Na cio nal das Em pre sas de Se -gu ros Pri va dos e de Ca pi ta li za ção), o Ban co doBra sil e a Cai xa Eco nô mi ca Fe de ral, pro mo veu,

CRIME SOBM

10 CNTREVISTA SETEMBRO 2004

Page 11: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

COIBIR ROUBO DE CARGAS POR EULENE HEMETRIO

dos dias 11 a 13 de agos to, em Belo Ho ri zon te, ose mi ná rio “Re pres são ao cri me or ga ni za do: rou bode car gas e va lo res”. Nes te pri mei ro even to, fo ramen fo ca das as re giões Su des te e Cen tro-Oes te. Ou -tros se mi ná rios para tra tar da ques tão já es tão pro -gra ma dos para se rem rea li za dos em bre ve em ou -tras re giões do país.Du ran te o se mi ná rio, o va za men to de in for -

ma ções con fi den ciais so bre o trans por te decar ga de va lor e a im pu ni da de ao re cep ta dorfo ram apon ta dos como os prin ci pais de sa fios ase rem ven ci dos na luta con tra o cri me or ga ni -za do. Tudo isso so ma do à ca rên cia de da doses ta tís ti cos e à pre ca rie da de da le gis la ção, quepre vê no má xi mo três anos de re clu são aoscom pra do res de mer ca do rias rou ba das.O mi nis tro da Jus ti ça, Már cio Tho maz Bas -

tos, apos ta na cons tru ção de um Sis te ma Úni-co de Se gu ran ça Pú bli ca, que pos sa subs ti tuir,com van ta gem, a for ça-ta re fa, a mis são es pe -cial e o ga bi ne te de ge ren cia men to de cri mes,re ten do o que cada uma des sas ins ti tui çõespos sui me lhor. “Nós pre ci sa mos dei xar de serum país de leis e nos tor nar mos um país deins ti tui ções ope ra ti vas, ágeis, há beis e ca pa zesde pro du zir re sul ta dos”, dis se Tho maz Bas tosdu ran te apre sen ta ção no se mi ná rio. “Nós nãote mos um tiro de ca nhão, nós não te mos umpas se de má gi ca para aca bar com o cri me or -ga ni za do. Nem uma me di da só. São mui tasme di das que tem que ser to ma das si mul ta -nea men te, com pa ciên cia, de ter mi na ção ecom meta. O tra ba lho tem que ser um tra ba lhode coo pe ra ção. Nós te mos um Pla no de Se gu -ran ça Pú bli ca com co me ço, meio e fim.” O Mi nis té rio da Jus ti ça, em 2001, criou um

gru po de tra ba lho na Se cre ta ria Na cio nal de Se gu -ran ça Pú bli ca para tra tar esse tipo de cri me. Ogru po fez inú me ros es tu dos e pro pôs a cria ção deum ban co na cio nal de da dos so bre rou bo de car -gas e va lo res. Po rém, com a mu dan ça de go ver -no, o tema fi cou em sus pen so até ago ra. “De fato,o que te mos dis po ní vel é mui to pou co para apoiaruma atua ção mais for te. São al guns da dos, apu ra -

MIRA FORTE

SETEMBRO 2004 CNTREVISTA 11

Page 12: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

RADIOGRAFIA DE UM CRIMEConfira as estatísticas de roubos nas rodovias do país

Evolução do roubo/furto de cargas no Brasil

Panorama nacional

Invasões de depósitos

Região Ocorrências Valores (R$ milhões)

Norte 250 (2,17%) 45 (7,14%)

Nordeste 850 (7,39%) 54 (8,57%)

Centro-Oeste 450 (3,91%) 38 (6,03%)

Sudeste 9.150 (79,57%) 420 (66,67%)

Sul 800 (6,96%) 73 (11,59%)

1999 2000 2001 2002 2003

11.10011.400

11.800

10.500

11.500

Ocorrências

1999

R$ milhões

2000 2001 2002 2003

420

630

Valores subtraídos

1999 2000 2001 2002 2003

39

18

Mortes

500

575550

Motoristas e ajudantes

23

27

21

Ano Ocorrências Valores subtraídos*

2003 103 26,35

2002 88 38,92

2001 120 54,72

2000 99 39,59

1999 74 24,42

Fontes: Fetcesp, NTC, Conpsur, Polícia Federal e Abrati

Aconteceram

200 assaltos a passageiros em ônibus

interestaduais e internacionaisentre janeiro e maio de 2004

12 CNTREVISTA SETEMBRO 2004

dos pela Se cre ta ria Na cio nal de Se gu ran ça Pú bli -ca, e ou tros ob ti dos pela CPI mis ta do Rou bo deCar gas”, dis se o pre si den te da CNT e vice-go ver -na dor de Mi nas Ge rais, Clé sio An dra de.An tes da CPI, con cluí da em 2002, o rou bo

de car gas era apu ra do so men te pe las po lí ciases ta duais e as in ves ti ga ções so friam in ter rup -ções cons tan tes em ra zão de li mi tes ter ri to riaise ju ris di cio nais. A par tir da Lei 10.446/02, su -ge ri da pela co mis são, a PF foi au to ri za da a in -ves ti gar os cri mes com re per cus são in te res ta -dual ou in ter na cio nal.De acor do com o ti tu lar da Di re to ria de

Com ba te ao Cri me Or ga ni za do (DCOR) da PF,Ge tú lio Be zer ra, a gran de di fi cul da de da cor -po ra ção em se tra tan do de rou bo de car gas éa fal ta de uni da de de re pres são. “Nós te moshoje uni da des es pe cia li za das da Po lí cia Ci vilem cada Es ta do, que es tão fa zen do um tra ba -lho qua se que in di vi dua li za do, sem in te gra ção.

UNIÃO Romeu Tuma (esq.), Clesio Andrade, Marcio Thomaz Bastos, Paulo Lacerda,Remolo Aloise e Danilo de Castro durante o seminário promovido pela Polícia Federal

PAULO FONSECA

Page 13: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

57% acontecem com violência

40% das abordagens são a pé

37% das abordagens sãofeitas por bandos de 4 pessoas

Produtos mais visados

• Produtos alimentícios

• Cigarro

• Eletroeletrônicos

• Têxteis e confecções

• Produtos farmacêuticos

• Higiene e limpeza

• Produtos químicos

• Autopeças

• Combustíveis

Características docrime organizado

• Pluralidade de agentes

• Códigos de honra

• Planejamento empresarial

• Cadeia de comando

• Armamento pesado

• Rede de receptação (cargas“encomendadas”)

• Estrutura jurídica

• Infiltração (corrupção oucoação)

Assaltos a passageirosem ônibus interestaduais

* Em

R$ milhões)

Ano Ocorrências Valores subtraídos*

2003 103 26,35

2002 88 38,92

2001 120 54,72

2000 99 39,59

1999 74 24,42

SETEMBRO 2004 CNTREVISTA 13

A s Po lí cias Ci vil e Mi li tar tam -bém par ti ci pa ram das dis -cus sões do se mi ná rio em Belo Ho ri -

zon te. Para o co man dan te ge ral da PM deMi nas Ge rais, co ro nel Só cra tes Ed gar dosAn jos (foto), o even to mos trou a im por tân ciado tra ba lho in te gra do en tre as po lí cias e dis -se que a cor po ra ção es ta rá sem pre pron tapara com par ti lhar in for ma ções e co la bo rarnas ope ra ções. “A Po lí cia Mi li tar acre di taque as ati vi da des in te gra das de sen ca dea -das pe los ór gãos en vol vi dos no sis te ma dese gu ran ça para con ter todo o tipo de de li toé um dos ca mi nhos para ga ran tir a se gu -ran ça do ci da dão seja nos cen tros ur ba nos,na zona ru ral ou nas es tra das.”

De acor do com o de le ga do Már cio Lo ba toRo dri gues, ti tu lar da De le ga cia Es pe cia li za dade Re pres são ao Rou bo de Car gas de Mi nasGe rais, a Po lí cia Ci vil age como po lí cia ju di ciá -ria. “Den tro des se con tex to, te mos fei to aqui loque é o nos so pa pel - o in ves ti ga ti vo -, e nis sote mos o re co nhe ci men to de di ver sos ór gãos,em face da es ta tís ti ca al ta men te fa vo rá vel donos so Es ta do (3% das ocor rên cias da re giãoSu des te). Te mos con se gui do his to ri ca men teuma mé dia de re cu pe ra ção na casa dos 50%do que é rou ba do, aci ma da mé dia na cio nal”,diz Ro dri gues.

Lo ba to apon ta que as di fi cul da des da Po lí -cia Ci vil são as mes mas en con tra das em ou trosór gãos de se gu ran ça: a fal ta de in ves ti men tos.“Acre di ta mos nos sé rios pro pó si tos do go ver -na dor Aé cio Ne ves e do vice-go ver na dor Clé sioAn dra de, no sen ti do de in ves ti rem na se gu ran -ça pú bli ca, não só em equi pa men tos, mastam bém no ho mem, com me lhor qua li fi ca çãopro fis sio nal, aper fei çoa men to e, so bre tu do, va -lo ri za ção, com me lho res ven ci men tos.”

Nós es ta mos nos apre sen tan do ago -ra com uma es tru tu ra nova da Po lí -cia Fe de ral, que per mi te que a gen -te pos sa in ves ti gar rou bo de car gas etrans por te de va lo res, sem pre juí zo

do que os Es ta dos es tão fa zen do. A gen te estáaqui para so mar, para apren der.”Para Be zer ra, o se mi ná rio foi o pri mei ro pas so

para con so li dar essa es tru tu ra, fa zer um in ter câm -bio de in for ma ções e, prin ci pal men te, criar umauni for mi da de de pro ce di men tos. “As qua dri lhasmi gram de um Es ta do para ou tro e se pro te gemnas di vi sas po lí ti cas dos Es ta dos. A Po lí cia Fe de raltem mais de 100 uni da des no Bra sil e po de mosdar essa per secu ção cri mi nal uni for me.”

O di re tor-ge ral da Po lí cia Fe de ral, Pau lo La -cer da, acre di ta que, num cur to pra zo, deve ha -ver uma maior si ner gia en tre os ór gãos que atu-am nes sa área. “Tra di cio nal men te, o po der pú -bli co tem tido um tra ba lho mui to dis per so naárea do com ba te ao cri me. A par tir de se mi ná -rios como este, es tão sen do dis cu ti das es tra té -gias, ma nei ras de se in te grar, e po de rá ha veruma me lho ra nes se sen ti do.”Clé sio An dra de des ta cou que o que se pre ten -

de é apoiar os trans por ta do res, fa zen do par ce riascom a po lí cia no que for pre ci so. Além dis so, jun -tar as for ças po li ciais do Es ta do com a PF paracom ba ter esse cri me. “Es ta mos atô ni tos com a fre -qüên cia e a ou sa dia das qua dri lhas e ne ces si ta -mos, pelo me nos, que seja in ter rom pi do o cons -tan te cres ci men to des te tipo de cri me.” Se gun do o pre si den te da CNT, o trans por te das

ri que zas do país está se rea li zan do sob a som brado medo, “afe tan do toda a so cie da de, cau san doper das ma te riais e de vi das, ele van do de for ma in -su por tá vel os cus tos de trans por te”, em vir tu de daado ção de me di das de fen si vas por par te de em -pre sas e de trans por ta do res au tô no mos. “O ex -traor di ná rio cres ci men to do rou bo de car gas noBra sil está afe tan do a ca pa ci da de eco nô mi ca dotrans por ta dor bra si lei ro e pre ju di can do a sua ma -nu ten ção no mer ca do pro du ti vo.”O pre si den te da se ção de car gas da CNT, Flá vio

POLÍCIAS ESTÃONO COMBATE

Page 14: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

14 CNTREVISTA SETEMBRO 2004

Be nat ti, apre sen tou da dos que mos tram que a re -gião Su des te con cen trou em 2003 79,57% dasocor rên cias de rou bo de car gas, 40% de las den -tro de um raio de 150 km da ca pi tal de São Pau -lo. Em se gun do lu gar, apa re ce o Nor des te, com7,35% das ocor rên cias e, em se gui da, o Sul, com6,96% dos re gis tros. Be nat ti in for mou tam bémque São Pau lo so fre hoje com cons tan tes in va sõesa de pó si tos. So men te no ano pas sa do, 103 ocor -rên cias des se tipo fo ram con ta bi li za das, ge ran doper das de R$ 26,3 mi lhões.O ge ren te de Con tro le de Trá fe go da Pa trus

Trans por tes Ur gen tes (Mi nas Ge rais), Dan ge lo Me -ne zes, in for mou que so men te este ano a em pre saso freu seis as sal tos a ca mi nhões. “Te mos se gu rode toda a car ga (fra cio na da), mas pa ga mos umalto pre ço, pois o clien te não quer di nhei ro, e sima mer ca do ria. Além dis so, os mo to ris tas são mal -tra ta dos, mui tas ve zes te mos o ca mi nhão de pre -da do, e isso aca ba en vol ven do toda a em pre sa.” Se gun do Me ne zes, o nú me ro de ocor rên cias

só não é maior por que a em pre sa in ves te pe sa doem ge ren cia men to de ris cos, in clu si ve com mo ni -to ra men to via sa té li te. “De pois que in ves ti mosnes sa tec no lo gia, nos sos rou bos di mi nuí ram 99%,mas te mos cus tos al tos com isso. O equi pa men topara ras trea men to cus ta R$ 10 mil, e ain da pa ga -mos de R$ 300 a R$ 500 por veí cu lo ao mês, dema nu ten ção.” Para o ge ren te da Pa trus, o au men -to do rou bo de car gas é con se qüên cia, mui tas ve -zes, da si tua ção eco nô mi ca do Bra sil. “Te mos ob -ser va do um au men to enor me de pe que nos fur tos,no mo men to em que a mer ca do ria está sen dodes car re ga da. As pes soas che gam e le vam umaou duas cai xas – e isso o se gu ro não co bre”.O ge ren te diz, ain da, que uma ou tra for ma de

evi tar os as sal tos é uti li zar veí cu los no vos, maiságeis, já que a bai xa ve lo ci da de do ca mi nhão fa -ci li ta a ação das qua dri lhas. “A si tua ção das es -tra das tam bém fa vo re ce mui to para os ban di -dos. Mo to ris tas con tam que, em al gu mas es tra -das do in te rior de Mi nas, eles pre ci sam pa rar ocar ro e en ga tar a pri mei ra mar cha para pas sarem de ter mi na dos bu ra cos.”

LEIDO CONFISCOEM PAUTA

ACNT vai le var ao Con gres so Na -cio nal uma pro pos ta que tem oob je ti vo de au men tar o ri gor pe -

nal para os cri mes de re cep ta ção. A Leido Con fis co, como foi ba ti za da, já é im -plan ta da nos Es ta dos Uni dos e na Ar -gen ti na e con sis te em apreen der todo oes to que do pre su mi do re cep ta dor, e nãoape nas os pro du tos rou ba dos, até que ofato seja es cla re ci do.

Se gun do o pre si den te da se çãode car gas da CNT, Flá vio Be nat ti, oscri mes de rou bo de car gas na Ar gen -ti na caí ram cer ca de 70% após a mo -di fi ca ção do Có di go Pe nal. “Essa pro -pos ta é mui to in te res san te e deve servis ta pela so cie da de com mui tosbons olhos”, diz Be nat ti.

Para o di re tor da Po lí cia Fe de ral, Ge -

tú lio Be zer ra, tem que ha ver rea jus te nale gis la ção. “Só exis te o rou bo de car gapor que têm pes soas que com pram ospro du tos. O cri me de re cep ta ção estácom pen san do, as pe nas são pe que nase não há um es tig ma, como é o casodos tra fi can tes de dro gas.”

A CNT apóia tam bém o pro je to delei 187/97, do de pu ta do fe de ral Má -rio Ne gro mon te (PP-BA), que criaum Sis te ma Na cio nal de Com ba te aoRou bo e Fur to de Veí cu los e Car gas.O de pu ta do pro põe me ca nis mos decoo pe ra ção en tre União e Es ta dos,com par ti ci pa ção obri ga tó ria dos ór -gãos fa zen dá rios, o per di men to dosbens uti li za dos na prá ti ca do cri me ea cria ção de um fun do na cio nal parafi nan ciar o sis te ma.

UNIÃO Clésio Andrade, da CNT, e o ministro Marcio Thomaz Bastos

FOTOS PAULO FONSECA

Page 15: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

SETEMBRO 2004 CNTREVISTA 15

“VAMOS ATUARCOM INTELIGÊNCIA”

Oti tu lar da Di re to ria de Com ba teao Cri me Or ga ni za do, Ge tú lioBe zer ra (ao lado), apos ta na

nova es tru tu ra da PF para re pri mir orou bo de car gas. Leia a se guir.

Re vis ta CNT - As en ti da des detrans por te es ti mam mais de 11 mil asocor rên cias de rou bo de car gas porano, pro vo can do pre juí zos de até R$800 mi lhões. Que me di das a Po lí ciaFe de ral está to man do para re du zir es -ses ín di ces?

Ge tú lio Be zer ra - Es ses da dos es ta -tís ti cos são fru to dos pró prios se to res-alvo, ví ti mas des sa mo da li da de cri mi -no sa. A gen te está ten tan do criar umaes tru tu ra jus ta men te para co brir essade fi ciên cia. Pre ten de mos de sen vol vero ban co de ocor rên cias de rou bo decar gas para que pos sa mos man ter umser vi ço per ma nen te de aná li se des sasin for ma ções. Essa é uma gran de van ta -gem por que cada Es ta do es ta va fa zen -do seu con tro le iso la da men te. O ban code da dos que es ta mos de sen vol ven do,as ope ra ções con jun tas, o in ter câm biode in for ma ções, a pro xi mi da de com osem pre sá rios, tudo isso vai criar mui tafa ci li da de e me lho rar a qua li da de dere pres são. Não va mos atuar em for ça,mas em in te li gên cia.

Re vis ta CNT - Qual é o prin ci palde sa fio da Po lí cia Fe de ral?

Be zer ra - Te mos vá rios, e te mospres sa. Oxa lá a gen te te nha os re cur -

sos. Essa par ce ria com a CNT é mui tofa vo rá vel por que os em pre sá rios es tãomo ti va dos e que rem in ves tir tam bémno sen ti do de criar uma es tru tu ra, umacoi sa útil, de re sul ta dos. Se for fei tauma es tru tu ra sis tê mi ca, or ga ni za da,eu acho que os re sul ta dos vi rão emmé dio e lon go pra zos.

Re vis ta CNT - Qual é a es tru tu raatual da PF para esse tra ba lho e o quefal ta ser con so li da do?

Be zer ra - Exis te a Di vi são de Re -pres são aos Cri mes Con tra o Pa tri mô -nio (DPAT), que tem pro je ções em to -dos os Es ta dos. As uni da des já fo ramcria das e os ti tu la res já fo ram no mea -dos. Ago ra, nós es ta mos fa zen do qua li -fi ca ção de pes soal, ins ta la ções fí si cas,coi sas bu ro crá ti cas in ter nas, nor masde pro ce di men to. E, in de pen den te dis -so, já es ta mos sain do para o cam popara bus car co nhe ci men to e ten taraglu ti nar for ças.

Re vis ta CNT - Como a PF podecon cor rer com a es tru tu ra “mo der na”do cri me or ga ni za do?

Be zer ra - Não tem tan ta es tru tu raas sim, não. Já tem la drão rou ban dola drão. Em Mi nas, por exem plo, hou veo as sal to de uma car ga e, en quan to osla drões con du ziam o ca mi nhão, fo ramas sal ta dos mais na fren te. Isso mos traque não há tan ta so fis ti ca ção. O quere quer é in for ma ção pri vi le gia da, ape -sar de todo o si gi lo nas ope ra ções de

car ga. Isso é preo cu pan te. Você já ou -viu fa lar, por exem plo, em as sal to acar ros-for tes va zios? En tão, isso leva auma hi pó te se de que há va za men tode in for ma ções.

Re vis ta CNT - O se nhor acha que ades ca pi ta li za ção do cri me or ga ni za doou do re cep ta dor é a gran de saí da nocom ba te a esse tipo de cri me?

Be zer ra - Sim. Nes sas in ves ti ga -ções, a gen te tem con di ções de apro -fun dar a in ves ti ga ção fi nan cei ra demodo a des ca pi ta li zar es sas pes soas.Por que elas fi cam na ca deia co man -dan do o cri me e os bens, pas san do aser um ci da dão aci ma de qual quersus pei ta. A gen te tem que ter essa vi -são ca pi ta lis ta. Além de iden ti fi car,des man te lar, ten tar tirá-los de cir cu la -ção, uma preo cu pa ção nos sa é ex pro -priar – ti rar to dos os bens.

Page 16: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

O pre si den te da CNT lem brou tam bém que asse gu ra do ras que ope ram no mer ca do de car gasse re co lhe ram, fi can do ape nas al gu mas pou cascu jos pro du tos, pelo alto ris co, pas sa ram a ser ina -ces sí veis à maior par te dos trans por ta do res. O pre -si den te da CPMI do Rou bo de Car gas, se na dorRo meu Tuma (PFL-SP), acres cen tou que, além docus to ope ra cio nal do se gu ro, mui tas cor re to rasnão acei tam de ter mi na dos pro du tos. Se gun do ele,as qua dri lhas pos suem um sis te ma ope ra cio nal“tão bem or ga ni za do que per mi te que as mer ca -do rias de sa pa re çam ra pi da men te, uma vez queelas já es tão en co men da das”. “Quan to mais as em pre sas pro cu ram me ca nis -

mos de auto-de fe sa, mais a so fis ti ca ção em re la -ção ao de li to au men ta. Quan do che ga uma fis ca -li za ção a uma de ter mi na da em pre sa, ou a um de -ter mi na do de pó si to, exis tem ali até mes mo no tas

ACONTECERAM200 ASSALTOS APASSAGEIROS EMÔNIBUS INTER-ESTADUAIS EINTERNACIONAISENTRE JANEIRO EMAIO DE 2004

frias e uma gama de cor po ju rí di co para de fen deres ses re cep ta do res”, diz Be nat ti.O cri me não se res trin ge so men te às car gas.

Nos úl ti mos anos, au men tou o nú me ro de as sal tose rou bos a pas sa gei ros dos ôni bus in ter mu ni ci paise in te res ta duais. De 2001 até maio de 2004, fo ramre gis tra das 1.979 ocor rên cias, so men te em ro do -vias fe de rais. O pre si den te da Abra ti (As so cia çãoBra si lei ra das Em pre sas de Trans por te Ter res tre dePas sa gei ros), Sér gio Au gus to de Al mei da Bra ga,afir mou no se mi ná rio que, nos cin co pri mei ros me -ses des te ano, fo ram re gis tra das 200 ocor rên ciasde as sal to a pas sa gei ros de ôni bus in te res ta duais ein ter na cio nais, sen do que em 57% das ve zes osban di dos uti li za ram de vio lên cia. Al mei da Bra gades ta ca que as abor da gens acon te cem es pe ci fi ca -men te no ser vi ço re gu lar de trans por te, e não nosôni bus de fre ta men to. l

SISTEMAPARA ALIVIARDRAMA REAL

H á cer ca de 10 anos, Joa quim* fa zia a li nhaRio de Ja nei ro/Belo Ho ri zon te, quan do naBR-040, na su bi da de uma ser ra, teve o

ca mi nhão fe cha do por dois car ros com ho mens ar -ma dos e en ca pu za dos. Em ple na ma dru ga da, osban di dos con fe ri ram a mer ca do ria - que era de car -ga fra cio na da - e le va ram o mo to ris ta para o ca ti vei -ro, onde fi cou por três ho ras. Após da rem su mi ço aoca mi nhão, Joa quim foi co lo ca do no por ta-ma las deum car ro e aban do na do no meio da es tra da. Tem -pos de pois, a car ca ça do ca mi nhão foi en con tra da,mas a mer ca do ria nun ca foi lo ca li za da.

Se bas tião* pas sou por si tua ção se me lhan te háde três me ses. No tra je to en tre San ta Lu zia (Gran deSão Pau lo) e Cam buí (sul de Mi nas), tam bém na su -bi da de ser ra, foi abor da do por dois ho mens ar ma -dos. O mo to ris ta foi co lo ca do de bai xo da cama doca mi nhão, os ban di dos con fe ri ram a mer ca do ria -três bo bi nas de aço de 8 to ne la das, cada - e foramaté o re cep ta dor. Ele fi cou preso por 10 ho ras e de -pois foi dei xa do em um pos to de ga so li na.

O pro prie tá rio da Trans fê nix, Do min gos Fran cis -co de Cas tro, diz que os ban di dos, ago ra, es tão sepas san do por mo to ris tas. “Eles usam do cu men tosfal sos e até re gis tram bo le tim de ocor rên cia, masde pois de três dias eles so mem. Já ti ve mos vá rios

ca sos de mo to ris tas que se apre sen tam com do cu -men tos ‘quen tes’ e, de pois do as sal to, nin guémmais con se gue lo ca li zar”, diz o em pre sá rio.

A cria ção de um ban co de da dos in te gra do deocor rên cias so bre rou bo de car gas pode ser o gran -de ins tru men to da po lí cia no com ba te ao cri me or -ga ni za do. O pro gra ma con sis te num ca das tro de in -for ma ções so bre rou bos de car gas por to das as po -lí cias (mi li tar, ci vil, ro do viá ria e fe de ral) e do “mo dusope ran di” das qua dri lhas. O sis te ma gera re la tó rioscom áreas de atua ção dos ban di dos, car gas mais vi -sa das, data, lo cal e his tó ri co da ocor rên cia.

O sis te ma será im plan ta do em to dos os Es ta dospara uni for mi zar os pro ce di men tos e fa ci li tar asações de com ba te. O di re tor-ge ral da PF, Pau lo La -cer da, acre di ta que o ban co de da dos vai pro pi ciares ta tís ti cas mais con fiá veis. “A Po lí cia Fe de ral temuma ex pe riên cia mui to boa na re pres são ao cri meor ga ni za do em vá rias áreas. En tre tan to, em re la çãoao rou bo de car gas, te mos a hu mil da de de di zerque não co nhe ce mos ain da to das as nuan ces dopro ble ma. Num bre ve es pa ço de tem po, po de re -mos di zer que não te mos a mes ma di fi cul da de e es -ta re mos ma pean do to das as qua dri lhas.”

* Os no mes ver da dei ros fo ram omi ti dospor ques tões de se gu ran ça

FLAVIO BENATTIDirigente da CNT alertasobre invasão de depósitos em SP

PAULO LACERDADiretor da PF querimplantar sistemaem todo o Brasil

Page 17: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004
Page 18: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

18 CNTREVISTA SETEMBRO 2004

M i lha res de pes -soas mor rem ouse fe rem em aci -den tes de trân si to

no Bra sil to dos os anos. Só em2003, de acor do com da dosdo Mi nis té rio da Saú de, fo ram32.730 ví ti mas fa tais. Ta ma -nha vio lên cia fez com que osaci den tes de trân si to se tor -nas sem um gra ve pro ble made saú de pú bli ca e uma gran -

de res pon sa bi li da de para a po -pu la ção. A cons cien ti za çãodos mo to ris tas é uma das ma -nei ras para ten tar re ver ter essequa dro e pre ve nir os aci den -tes. Uma das ações é a Se ma -na Na cio nal de Trân si to (SNT),que acon te ce en tre os dias 18e 25 de se tem bro em todo opaís.Com o tema “O Trân si to é

Fei to de Pes soas. Va lo ri ze aVida”, a SNT des te ano teráabran gên cia na cio nal, com

par ti ci pa ção dos ór gãos ofi -ciais e de vá rios se to res da so -cie da de. O sis te ma Sest/Se natterá pro gra ma ções es pe cí fi casem suas di ver sas uni da des es -pa lha das por todo o país.O tema es co lhi do pelo Con -

tran (Con se lho Na cio nal deTrân si to) foi de sen vol vi do emcon jun to pelo De na tran (De -par ta men to Na cio nal de Trân -si to), Mi nis té rio das Ci da des eMi nis té rio da Saú de para o DiaMun dial da Saú de de 2004,

“VAMOS LE VAR ÀPO PU LA ÇÃOQUE É ELAQUEM FAZ OTRÂN SI TO”

TEMPOPARACONSCIENTIZARSEMANA NACIONAL DE TRÂNSITO DESTE ANO DESTACA A VALORIZA ÇÃO DA VIDA COM PARTICIPAÇÃO DO SEST/SENAT

POR CLÁUDIO ANTONIO

DUKE

Page 19: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

SETEMBRO 2004 CNTREVISTA 19

co me mo ra do em 7 de abril. Omote se gue a li nha edu ca ti vadas cam pa nhas dos anos an -te rio res – “Álcool x Trân si to(2001)”, “Ce lu lar. Não Fale noTrân si to (2002)” e “Dê Pre fe -rên cia à Vida (2003)” – comfoco na abor da gem crí ti ca vi -san do à cons tru ção da qua li -da de de vida como exer cí cioda ci da da nia.Em todo o Bra sil, o tema

será tra ba lha do em ati vi da -des como blitzen edu ca ti vas,

Sest/Se nat de Goiâ nia, On di naRis quet ti Zan pie ri. Em Te re si -na, a uni da de do Sest/Se natlo cal tam bém pro mo ve ráações pre ven ti vas. “Te re mosuma se ma na im por tan te, comblit zen edu ca ti vas nas maio resave ni das, in for ma ti vos so bre otrân si to e co man dos mé di cosnas duas prin ci pais saí das daci da de, me din do a pres são,acui da de vi sual e exa mes dedo sa gem de gli ce mia nos mo -to ris tas”, diz a coor de na do ra

vei cu la ção de cam pa nhaspara o trân si to em re des deco mu ni ca ção lo cais e na cio -nal, dis tri bui ção de pan fle tos,além de ati vi da des sin cro ni -za das en tre os ór gãos do Sis-tema Nacional de Trânsito,como ca mi nha das pela pazno trân si to em di ver sas ci da -des do país.“Fa re mos um tra ba lho em

par ce ria com a Po lí ciaRodoviária Fe de ral. Va mospara a rua pro cu rar cons cien -ti zar a po pu la ção atra vés deações vi ven ciais. Le var para apo pu la ção que é ela quem fazo trân si to”, afir ma coor de na -do ra de pro mo ção so cial do

do Sest/Se nat da ca pi talpiauien se, Cauby ra Nery.

Po lí ti ca Na cio nalDu ran te a Se ma na Na cio nal

de Trân si to, o pre si den te LuizIná cio Lula da Sil va irá apre -sen tar o tex to fi nal da Po lí ti caNa cio nal de Trân si to. Ini cia ti vado Mi nis té rio das Ci da des, como De na tran, a PNT foi ela bo ra -da a par tir da rea li za ção de 27se mi ná rios pe las ca pi tais bra si -lei ras, an tes de ser en ca mi -nha da para os in te gran tes doCon tran, com pos to por re pre -sen tan tes dos Mi nis té rios dasCi da des, Trans por tes, De fe sa,Meio Am bien te, Ciên cia e Tec -no lo gia, De sen vol vi men to,Edu ca ção e Saú de. Du ran te o pe río do de de ba -

te, o site do De na tran es te veaber to a su ges tões do pú bli copara a ques tão.A fu tu ra PNT de ter mi na rá o

mo de lo de ci da de que o paíspre ci sa cons truir que te nhamcomo prio ri da de a vida, o con -for to e a se gu ran ça do mo ra -dor. Am bien tes que pos si bi li -tem a con vi vên cia har mo nio saen tre o des lo ca men to não-mo -to ri za do, o trans por te pú bli code qua li da de e o veí cu lo au to -mo tor. A in ten ção é que as su -ges tões pos sam ser im plan ta -das, de ma nei ra gra dual, en tre2004 e 2014. l

Para sa ber mais so bre oseven tos, con sul te o pos to doSest/Se nat mais pró xi mo desua ci da de

LULA IRÁAPRESENTARO TEXTO DAPOLÍTICANACIONALDE TRÂNSITO

TEMPOPARACONSCIENTIZARSEMANA NACIONAL DE TRÂNSITO DESTE ANO DESTACA A VALORIZA ÇÃO DA VIDA COM PARTICIPAÇÃO DO SEST/SENAT

Page 20: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

20 CNTREVISTA SETEMBRO 2004

PERSPECTIVAS

CONJUNTURA

CRESCIMENTO JÁ ENCONTRA

INFRA-ESTRUTURA PRECÁRIA É OBSTÁCULOPARA BONS RESULTADOS DA ECONOMIA

SEUS LIMITESPOR SANDRA CARVALHO

O s nú me ros não dei -xam dú vi das. O Bra silestá cres cen do. Pro -du ção in dus trial, ven -

das no co mér cio, ex por ta ções,ge ra ção de em pre gos são in di -ca do res que ten dem a in di caruma ava lia ção de eco no mia es -tá vel e em evo lu ção. Mas o prin -ci pal mo tor des sa en gre na gemaler ta. Há li mi tes para essecres ci men to mui to mais vi sí veisque es ses mes mos in di ca do res.O trans por te na cio nal não su -por ta su ces si vas al tas na eco no -mia sem uma in fra-es tru tu raade qua da e re no va da. Eis o im -pas se para o go ver no.A in dús tria, por exem plo, se -

gun do pes qui sa do IBGE, re gis -tra alta pelo quar to mês con se cu -

pela re cu pe ra ção da ca pa ci da dede com pra a pra zo do bra si lei ro.Se gun do si nop se de agos to di -vul ga da pelo BNDES, além daex pec ta ti va de que até o fi naldes te ano o Bra sil ex por te maisque em 2003, o cres ci men to in -dus trial é acom pa nha do por au -men tos nas ven das do co mér cioe, mais re cen te men te, pela que -da nos ín di ces de de sem pre go. Se gun do o eco no mis ta An dré

Nas sif, as ex pec ta ti vas so bre oau men to do PIB no ano tam bémtêm sido ava lia das po si ti va men -te. Dian te des se ce ná rio, as pre -vi sões para o fi nal do ano é deum cres ci men to de 3,7% con trauma es ti ma ti va de 3,45% ocor ri -da ao fi nal de 2003. Entretanto,já se fala em outra previsão para

ti vo. Os da dos de ju nho, pu bli ca -dos em agos to, mos tram que apro du ção in dus trial cres ceu0,5% em re la ção a maio. O ín di -ce é re pre sen ta ti vo, pois emmaio a in dús tria bra si lei ra ha viare gis tra do pico his tó ri co de pro -du ção. Além dis so, na com pa ra -ção com ju nho do ano pas sa do,hou ve alta de 13%. Nos pri mei -ros seis me ses des te ano, o ní velde ati vi da de in dus trial apon tacres ci men to de 7,7%, em com -pa ra ção com o mes mo pe río dode 2003, se gun do a pes qui sa. A re cu pe ra ção da in dús tria,

de acor do com o IBGE, vem sen -do es ti mu la da não ape nas peloau men to das ex por ta ções, mastam bém pelo iní cio da ex pan sãodo mer ca do in ter no, mo ti va do

FOTOS PAULO FONSECA

O GRANDEDESAFIO ÉMANTER AALTA NOSPRÓXIMOSANOS, OQUE NÃOACONTECEDESDE OSANOS 80

Page 21: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

SETEMBRO 2004 CNTREVISTA 21

INVESTIR NAPRODUÇÃOÉ FATORESSENCIALPARA AECONOMIACRESCER

o PIB de 2004, com o resultadoobtido no primeiro semestredivulgado no final de agosto,segundo o qual a economia dopaís cresceu 4,2%. De acor docom o eco no mis ta, o cres ci men -to re gis tra do nes te ano é re sul ta -do da pre pa ra ção de um ce ná riofa vo rá vel para 2004, já no fe cha -men to do ano pas sa do.Se o ce ná rio in ter na cio nal não

ofe re cer ris cos e não ocor re remagra van tes como, por exem plo,au men to brus co do pre ço do pe -tró leo – hoje, co ta do pró xi mo aosUS$ 50 –, é bem pro vá vel queem de zem bro o Bra sil fe che oano com sal do po si ti vo na eco no -mia, se gun do ava lia ção de Nas -sif. “Não há dú vi das de que aeco no mia cres ce e de que cres -

ce rá ain da mais até o fi nal doano, mas o gran de de sa fio éman ter a sus ten ta bi li da de docres ci men to para os pró xi mosanos, o que não acon te ce des deo iní cio da dé ca da de 80”, diz oeco no mis ta. Caso con si ga man -ter esse cres ci men to con se cu ti vodu ran te, pelo me nos, cin co anos,con for me Nas sif, o Bra sil se con -so li da como um país de ce ná rioeco nô mi co bom e es tá vel e po -de rá atrair mais in ves ti men tos. Um dos fa to res fun da men tais

para man ter essa sus ten ta bi li da -de são os in ves ti men tos em pro -du ção nos di ver sos se to res, oque já vem ocor ren do, se gun do apes qui sa in dus trial do IBGE, queapon ta que o cres ci men to na in -dús tria é re gis tra do prin ci pal -

men te no se tor de bens de ca pi -tal, ou seja, dos equi pa men tos emá qui nas. “Isso sig ni fi ca que osem pre sá rios es tão in ves tin do empro du ção”, diz a eco no mis ta doIBGE, Isa be la Nu nes. O au men tona pro du ção de má qui nas eequi pa men tos, se gun do Síl vioSa les, tam bém eco no mis ta doIBGE, sig ni fi ca ain da cres ci men -to na ati vi da de agroin dus trial,prin ci pal ati vi da de nas con tasdos ín di ces de ex por ta ções.

Cri se nas águasDian te des se ce ná rio, se gun -

do o eco no mis ta San der Ma ga -lhães La cer da, do de par ta men -to de trans por tes e lo gís ti ca doBNDES, au men tar ex por ta çõesé au men tar o mo vi men to nospor tos bra si lei ros, prin ci palmeio de es coa men to da pro du -ção para o ex te rior. “Isso sig ni fi -ca tam bém cres ci men to para ose tor de trans por te de car gas,tan to no mo dal ro do viá rio quan -to no fer ro viá rio e na ca bo ta -gem”, diz La cer da.Po rém, todo esse cres ci men to

es pe ra do pe los eco no mis taspode ser co lo ca do água abai xo.O mo ti vo é que os pro du tos bra -si lei ros po dem se tor nar me noscom pe ti ti vos em fun ção do pre -ço, uma con se qüên cia da altanos fre tes mo ti va da pe las máscon di ções das ro do vias e pela li -mi ta ção dos por tos bra si lei ros –da fal ta de con têi ne res ao pro ble -ma de es coa men to dos ca mi -nhões nos ter mi nais mo ti va dopela in fra-es tru tu ra pre cá ria.“Quan to maior o cus to em trans -

EM ALTAIndústria cresceu7,7% em 2004

Page 22: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

por te, me nos a eco no mia ten dea cres cer”, diz La cer da. O eco no mis ta Raul Ve lo so, es -

pe cia lis ta em con tas pú bli cas,ex pli ca que o cres ci men to daeco no mia tem for te im pac to nostrans por tes já que o se tor tra ba -lha com a de man da de ri va da.“Ele (o trans por te) é li te ral men teem pur ra do por ou tros se to res.Se eles cres cem, a de man da dotrans por te tam bém cres ce. Porisso, é ne ces sá rio que to dos osmo dais te nham es tru tu ra paraacom pa nhar a am plia ção daeco no mia”, diz Ve lo so.A ava lia ção do eco no mis ta e

tam bém tri bu ta ris ta é qua se umxe que-mate. Se a eco no mia con -ti nuar cres cen do em um rit mofre né ti co nos pró xi mos me sessem que as con di ções de in fra-es tru tu ra do país – leia-se es tra -das, por tos, fer ro vias – a acom -pa nhem, em um cer to mo men toesse cres ci men to fi ca rá com pro -me ti do. “Po de mos che gar emum pon to em que o ônus des sepre juí zo será, in clu si ve, aba ti dono pre ço do pe tró leo. A par tir daí,

é an dar para trás”, diz. Ve lo so. Oes pe cia lis ta faz ques tão de sa -lien tar que a cor re ta apli ca çãodos re cur sos da Cide po de ria ex -cluir esse pro ble ma. “Não bas taape nas gal gar no vos mer ca dos.É pre ci so apli car em in fra-es tru -tu ra para aten dê-los e man ter asus ten ta bi li da de do cres ci men -to”, afir ma o eco no mis ta, querea li zou tra ba lho para a CNT so -bre os re cur sos da Cide.

Ex pec ta ti vasOs trans por ta do res de car ga

vi vem um mo men to de sen ti -men tos an ta gô ni cos em re la çãoàs ex pec ta ti vas de de sen vol vi -men to eco nô mi co do país. Opre si den te do Set cesp (Sin di ca -to das Em pre sas de Trans por tede Car gas de São Pau lo), Uru -ba tan He lou, diz que o mo men -to fa vo rá vel da eco no mia, poren quan to, está ge ran do im pac -to po si ti vo no se tor de trans por -tes em São Pau lo. De acor docom ele, o Es ta do que mais pro -duz no país re gis trou cres ci -men to no se tor de 2,5% nos

seis pri mei ros me ses des te anoem re la ção ao mes mo pe río dodo ano pas sa do. “Te mos fa tu ra -do mais. Mas quan to maior a as -cen são eco nô mi ca, maior podeser a que da se não ti ver mos in -fra-es tru tu ra para aten dê-la. Va -mos per der mer ca dos e aí po de -mos as sis tir a um re tro ces somui to maior”, diz He lou.O pre si den te da Fet cemg (Fe -

de ra ção dos Trans por ta do res deCar ga do Es ta do de Mi nas Ge -rais), Jésu Ig ná cio de Araú jo, dizque os im pac tos do cres ci men toda eco no mia são bas tan te vi sí -veis no Es ta do. Em bo ra ain danão te nha da dos com pa ra ti vosdo pri mei ro se mes tre des te anocom o ano an te rior, ele enu me rafa to res que com pro vam sua afir -ma ção. “Os for ne ce do res debaús de car gas, por exem plo, es -tão acei tan do en co men da comen tre gas mar ca das para ja nei rode 2005. Os for ne ce do res de ca -va los me câ ni cos es tão pe din do,no mí ni mo, 90 dias para en tre ga.A de man da está alta para eles, oque sig ni fi ca que em pre sá rios doramo de trans por tes es tão in ves -tin do”, diz Araú jo.Para o pre si den te da Fet -

cemg, a ex pan são no se tor sedeve, prin ci pal men te, àagroin dús tria e à si de rur gia,mo ti va da pe las ex por ta ções.“Es ta mos re ce ben do esse im -pac to, mas já sa be mos que aeco no mia não deve cres cermui to além do que já foi re gis tra -do, pois não te mos in fra-es tru tu -ra e isso fará com que o cres ci -men to seja li mi ta do.” l

NO EMBALOComércio tambémregistra bonsíndices este ano

“NÃO BASTAGALGARNOVOSMERCADOS,É PRECISOAPLICAREM INFRA-ESTRUTURA”

Page 23: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

NA FILADE ESPERALEI DO TRANSPORTE MULTIMODAL AGUARDA DEFINIÇÕES BÁSICAS

LEGISLAÇÃO

LOGÍSTICA

POR

EUELENE HEMÉTROA pe sar de ser pre vis tacons ti tu cio nal men te hámais de seis anos, a fi -gu ra do Ope ra dor de

Trans por te Mul ti mo dal (OTM), noBra sil, ain da não pas sa de teoria.A pro pos ta que pro me tia agi li da -de, des bu ro cra ti za ção e pre çosmais bai xos na con tra ta ção dosser vi ços de trans por te en troupara o hall das leis que “não pe -gam” no país. As 30 em pre sas re co nhe ci das

hoje como OTM fo ram re gis tra das

pelo De cre to 1563/96, para atua -rem jun to aos paí ses do Mer co -sul, mas na prá ti ca elas nun caope raram pela fal ta de co nhe ci -men to das exi gên cias adua nei rase pela ine xis tên cia de nor mas epro ce di men tos uni for mes en treEs ta dos e paí ses. Além dis so,exis tem 136 em pre sas na fila dees pe ra para re gu la ri za ção do re -gis tro jun to à ANTT (Agên cia Na -cio nal de Trans por tes Ter res tres).Den tre os prin ci pais mo ti vos

que fa zem do OTM pura de ma go -

gia, es tão as ques tões tri bu tá rias ede se gu ros. Os Es ta dos não têmcon sen so so bre as ta ri fas de ICMSa se rem co bra das pela ati vi da de ea Su sep (Su pe rin ten dên cia de Se -gu ros Pri va dos) tam bém não con -se guiu apli car, até hoje, a cir cu larque ela mes ma re gu la men tou em2002, es ta be le cen do apó li ces es -pe cí fi cas para esta ati vi da de.Na ten ta ti va de tor nar rea li da de

a atua ção do OTM, a ANTT estábus can do ago ra uma nova es tra té -gia para ala van car o se tor. A en ti -

PAULO FONSECA

Page 24: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

24 CNTREVISTA SETEMBRO 2004

da de apre sen tou uma mi nu ta aoMi nis té rio dos Trans por tes su ge -rin do que se ex clua a apre sen ta -ção pré via de apó li ce de se gu rospara o re gis tro de OTM, que se tor -nou obri ga tó ria a par tir do De cre to3.411/00. De acor do com o su pe -rin ten den te de Lo gís ti ca e Trans -por te Mul ti mo dal da ANTT, Auryde Mel lo Tei xei ra, essa exi gên ciase ria o gran de im pe di ti vo para ore gis tro das em pre sas.A as ses so ra téc ni ca da Di vi são

In ter na cio nal e Mul ti mo dal daNTC (As so cia ção Na cio nal dosTrans por ta do res de Car ga), Sô niaRo ton do, está con fian te na mu -dan ça. Para ela, à me di da quehou ver o re gis tro do OTM e a con -di ção de fa zer o trans por te mul ti -mo dal, pos si vel men te sur gi rá nomer ca do se gu ra do ras que quei -ram ope rar nes se seg men to. “Nóssó va mos sa ber se a lei do OTM éboa quan do real men te ti ver mostudo acer ta do e for mos co lo cá-laem prá ti ca”, diz Sô nia.A téc ni ca acres cen ta que o

OTM é uma al ter na ti va de ope ra -ção que pode ser bem uti li za da ounão. “Essa mu dan ça pro pos tapela ANTT, no en tan to, é umaaber tu ra para que efe ti va men te sete nha con di ções para dis cu tirtrans por te mul ti mo dal no país.Tudo que te mos hoje nes se sen ti -do vem de fora. O Bra sil é um paísmul ti mo dal por ex ce lên cia, mas,com os anos, a cul tu ra do mo dalin di vi dual pre va le ceu.” Para o su pe rin ten den te da

ANTT, o ob je ti vo é que o OTM or -ga ni ze toda a ca deia lo gís ti ca por -ta-a-por ta por um pre ço pre via -

iria com bi nar as van ta gens decada mo dal uti li za do, oti mi zan do aca deia lo gís ti ca com con se qüen tere du ção de fre tes. Os OTM pos si -bi li ta riam, ain da, um me lhor apro -vei ta men to da in fra-es tru tu ra detrans por tes exis ten te, uma re du -ção do con su mo ener gé ti co com otrans por te e uma sen sí vel me lho riada qua li da de e do ní vel de ser vi çoao clien te fi nal.Tei xei ra ava lia que os prin ci pais

fa to res para evo lu ção da mul ti mo -da li da de no Bra sil es tão re la cio na -dos com ações in fra-es tru tu rais,que de pen dem de in ves ti men tos

men te com bi na do, além de ge ren -ciar os ser vi ços de al fân de ga e bu -ro cra cias in ter na cio nais. “A uti li za -ção do OTM na exe cu ção das ati vi -da des de mo vi men ta ção de car gastraz não só as van ta gens da uti li za -ção de um ope ra dor lo gís ti co, mastam bém a se gu ran ça de que a em -pre sa em bar ca do ra terá um úni cocon tra to de trans por tes, fei to com oOTM, que as su mi rá toda a res pon -sa bi li da de pela exe cu ção do trans -por te”, afir ma Tei xei ra.A uti li za ção de mais de uma

mo da li da de de trans por te na exe -cu ção de uma ope ra ção lo gís ti ca

APÓLICE DE SEGUROPEDE CUIDADOS

Oprin ci pal im pas se en tre as se gu ra do ras eos pre ten den tes a OTM está na res pon -sa bi li da de ci vil do agen cia dor, se gun do o

con sul tor e cor re tor de se gu ros Ale xan dre Pi res.De acor do com ele, ne nhu ma agên cia quer se -gu rar uma ati vi da de que ain da não foi re gu la -men ta da, uma vez que a ANTT (Agên cia Na cio -nal de Trans por tes Ter res tres) so men te pode re -gis trar o OTM após a apre sen ta ção da apó li ce.

Pi res ex pli ca que o OTM, an tes do re gis -tro, é ape nas um agen cia dor (ati vi da de nãore gu la men ta da), não sen do, obri ga to ria men -te, o trans por ta dor da mer ca do ria – que podeser ter cei ri za do. O mais ade qua do, se gun do ocon sul tor, se ria ha ver um úni co se gu ro para oOTM, o de res pon sa bi li da de ci vil, e ou tro es -pe cí fi co para o mo dal de cada trans por ta dor.“As trans por ta do ras que por ven tu ra fos semcon tra ta das te riam, por for ça de lei, que pos -suir os se gu ros obri ga tó rios para car gas, que

nor mal men te já pos suem”, diz Pi res. O cor re -tor des ta ca que, des sa for ma, deve-se to marcui da do para que não haja du pli ci da de dega ran tias (dois se gu ros ga ran tin do a mes macar ga). Isso afas ta o em bar ca dor, pois re sul taem no vos cus tos para a em pre sa, que já estáso bre car re ga da de im pos tos.

Pi res acre di ta que o ideal para a re gu la -ri za ção do trans por te mul ti mo dal se ria a re -gu la men ta ção da ati vi da de do agen cia dorpara que ele pró prio pu des se res pon der pe -los maus con tra tos rea li za dos. “O agen cia -dor res pon de ria, por exem plo, por con tra tarum ca mi nhão-baú sim ples para trans por tarva ci nas, ao in vés de con tra tar uma em pre -sa de trans por te fri go ri fi ca do. No en tan to,se a con tra ta ção do ser vi ço for ade qua da, ares pon sa bi li da de pela se gu ran ça da car gaestá na res pon sa bi li da de da pró pria trans -por ta do ra”, afir ma o cor re tor.

“COM OSANOS, ACUL TU RA DO MO DAL IN DI VI DUALPRE VA LE CEUNO BRASIL”

Page 25: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

pri va dos e pú bli cos, re gu la men ta -ção, in ves ti men tos em ati vos quevia bi li zem essa prá ti ca e a dis po si -ção dos em bar ca do res em ava liarsis te ma ti ca men te as no vas al ter -na ti vas in ter mo dais emer gen tes –que é uma es pe cia li da de do OTM.“O OTM só atin gi rá o má xi mo doseu po ten cial com uma me lhorofer ta de in fra-es tru tu ra de trans -por tes, além de uma re gu la men ta -ção que per mi ta uma con ti nui da -de ope ra cio nal na mo vi men ta çãode pro du tos uti li zan do mais deuma mo da li da de de trans por te”,diz Tei xei ra.

Le gis la çãoApe sar das es pe ran ças do se -

tor, é bom lem brar que em ou tu brode 2003 foi ins ti tuí do o CTMC )Co -nhe ci men to de Trans por te Mul ti -mo dal de Car gas) como do cu men -to fis cal a ser uti li za do pelo OTM.Ou seja, um clien te que pre ci setrans por tar uma car ga por dois oumais mo dais pode con tar comuma úni ca em pre sa que se res -pon sa bi li za rá pela car ga da ori gemao des ti no, in de pen den te men te donú me ro de mo dais que vie rem aser usa dos. A pro mes sa de que oCTMC da ria ao OTM ra cio na li da dee com pe ti ti vi da de no mer ca do, en -tre tan to, não foi vi sua li za da ain da.O trans por te mul ti mo dal foi ins -

ti tuí do ini cial men te pelo De cre to1.563/95, que dis põe so bre a exe -cu ção do Acor do de Al can ce Par -cial para a fa ci li ta ção do Trans por -te Mul ti mo dal de Mer ca do rias en -tre Bra sil, Ar gen ti na, Pa ra guai eUru guai, e, pos te rior men te, pelaLei 9.611/98, re gu la men ta da pelo

“O OTM SÓATINGIRÁ OMÁXIMO COMUMA MELHOROFERTA DE INFRA-ESTRUTURA”

FRETES POR INTERNET E TELEFONE

O s afre ta men tos já con tam com o quede mais mo der no exis te em tec no lo -gia. Hoje, já é pos sí vel ob ter tra ba lho

pela In ter net e pelo te le fo ne, de qual quer lu gardo país. A Pon to Car go criou um sis te ma emque o ca mi nho nei ro se can di da ta a trans por -tar de ter mi na da car ga pelo te le fo ne. O au tô no -mo faz o agen da men to do fre te e re ce be seupa ga men to em um dos 250 pos tos da pres ta -do ra de ser vi ços Re pon. No lu gar da car ta-fre -te - tipo de um che que que o mo to ris ta re ce -be para tro car por mer ca do rias e com bus tí vel–, ele re ce be um car tão para sa car o di nhei roem pos tos de com bus tí veis ou fi liais da em pre -sa es pa lha das pelo país. Cer ca de 3.500 mo -to ris tas es tão ca das tra dos no sis te ma.

Se gun do o di re tor de ne gó cios da Pon to Car -go, Sér gio Go doy, cál cu los da em pre sa apon tampara uma eco no mia tri bu tá ria de 7% a 11%. Apro du ti vi da de do trans por te tam bém é be ne fi -cia da, atra vés de um pro gra ma de fi de li za çãodos ca mi nho nei ros e do con tro le de to das aseta pas do per cur so, com o ras trea men to do usodo car tão da Re pon e de um sis te ma de an te nas

de rá dio-fre quên cia ins ta la do no ca mi nhão. Na área agrí co la, o Si fre ca (Sis te ma de In -

for ma ções de Fre tes para Car gas Agrí co las)rea li za pes qui sas so bre o trans por te de car -gas, com foco para pro du tos agrí co las e en -via, men sal men te, um in for me para di ver sasem pre sas em todo o país – o le van ta men topode ser aces sa do tam bém pela In ter net.São pes qui sa das apro xi ma da men te 5.500 ro -tas – ro do viá rias, fer ro viá rias, hi dro viá rias eae ro viá rias – de abran gên cia na cio nal.

Para o con sul tor do Ibra log (Ins ti tu to Bra -si lei ro de Lo gís ti ca), Pau lo Hen ri que Ro cha,tan to clien tes como trans por ta do ras e ca mi -nho nei ros es tão en xer gan do o pro ces so defor ma mais com ple ta, va lo ri zan do to das aseta pas. “E a tec no lo gia vem jus ta men te ofe -re cer mais cre di bi li da de, me lho res pre ços ese gu ran ça”, afir ma. Para Go doy, da Pon toCar go, o sis te ma per mi te “or ga ni zar a re la -ção en tre as in dús trias e os ca mi nho nei rosau tô no mos, re du zin do cus tos para os clien -tes e con fe rin do um tra ta men to do ca mi nho -nei ro como em pre sá rio que é”.

De cre to 3.411/00. Nes te úl ti mo éque reza a ne ces si da de de apre -sen tar ao ór gão com pe ten te –ANTT –, en tre ou tros do cu men tos,a apó li ce de se gu ros que cu bra ares pon sa bi li da de ci vil do OTM emre la ção às mer ca do rias sob suacus tó dia, para o de vi do re gis tro econ se qüen te exer cí cio da fun ção.Essa apó li ce de se gu ros foi re -

gu la men ta da pela Su sep (ór gãodo Go ver no Fe de ral), com a Re -so lu ção nº 37/2000, po rém ne -nhu ma se gu ra do ra ha via ofe re ci -do esse pro du to no mer ca do.Após vá rias dis cus sões en tre aANTT, a Su sep e a Fe na seg (Fe -de ra ção Na cio nal das Em pre sasde Se gu ros Pri va dos e de Ca pi ta -li za ção), foi ge ra da uma nova re -so lu ção – CNSP nº 94, de

30/09/02 – que re vo gou a de nº37 e au to ri zou a Su sep a edi taras nor mas ne ces sá rias à re gu la -ção do re fe ri do se gu ro. Hoje, a Cir cu lar 216, de

13/12/02, é a re gu la men ta ção emvi gor so bre o tema. Mas, ape sar deto dos os es for ços para pos si bi li tara co mer cia li za ção do re fe ri do se -gu ro, até o mo men to o mes mo nãofoi dis po ni bi li za do no mer ca do.De acor do com Tei xei ra, a

nova mu dan ça que se su ge re àle gis la ção deve ser pro mo vi dapela Pre si dên cia da Re pú bli ca epelo Con gres so Na cio nal, ca ben -do à ANTT ape nas o pa pel deorien tar, em con jun to com as de -mais agên cias re gu la do ras detrans por te, so bre as ne ces si da -des de ajus tes nas leis. l

Page 26: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

MODERNO E EFICIENTEPORTO DE ITAQUI RECEBE INVESTIMENTOS DE R$ 203 MI PARA SE TORNAR REFERÊNCIA EM EXPORTAÇÕES

POR

EULENE HEMÉTRIOO es coa men to da pro du -ção do Nor des te bra si -lei ro vai ga nhar umgran de re for ço no

trans por te ma rí ti mo a par tir de2005. O por to de Ita qui, si tua dona baía de São Mar cos, em SãoLuís (MA), terá dois no vos ber çospara au men tar a ca pa ci da de demo vi men ta ção de car gas no ter -mi nal. Além dis so, se rão fei tas di -ver sas me lho rias na in fra-es tru tu -ra por tuá ria. Os pro je tos já es tão

no por to do Ita qui são “ex tre ma -men te im por tan tes por que o Bra -sil não está con se guin do es coarseus pro du tos” com efi ciên cia.Além dis so, fri sa, o por to é “umca ta li sa dor de in ves ti men tos quepro mo ve cres ci men to, gera em -pre gos e au men ta as ex por ta çõesbra si lei ras”. Vi san do di na mi zar o co mér cio

da pro du ção agrí co la, Ita qui vaiabri gar tam bém o Ter mi nal deGrãos do Ma ra nhão (Te gram),

em fase fi nal e os in ves ti men tossão es ti ma dos em apro xi ma da -men te R$ 203 mi lhões, oriun dosdos go ver nos fe de ral e es ta dual.O au men to da ca pa ci da de do

por to vai be ne fi ciar, prin ci pal men -te, a mo vi men ta ção de de ri va dosde pe tró leo e pro du tos para o PóloSi de rúr gi co em im plan ta ção emSão Luís. O di re tor-pre si den te daAs so cia ção Bra si lei ra dos Ter mi -nais Por tuá rios (ABTP), Wi lenMan te li, diz que os in ves ti men tos

Page 27: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

SETEMBRO 2004 CNTREVISTA 27

MODERNO E EFICIENTEPORTO DE ITAQUI RECEBE INVESTIMENTOS DE R$ 203 MI PARA SE TORNAR REFERÊNCIA EM EXPORTAÇÕES

que con sis te na ofer ta de es tru tu -ra de ar ma ze na men to (si los) e in -fra-es tru tu ra de trans por te degrãos do Ma ra nhão, Piauí, To can -tins, Mato Gros so e sul do Pará.Para isso, es tão sen do bus ca daspar ce rias pri va das com em pre saslo cais e de abran gên cia na cio nal. O di re tor-ge ral da An taq

(Agên cia Na cio nal de Trans por tesAqua viá rios), Car los Al ber to Nó -bre ga, diz que es tu dos fei tos pelogo ver no fe de ral apon tam o por to

do Ita qui como um dos mais im -por tan tes do país pela sua lo ca li -za ção es tra té gi ca – fica mais pró -xi mo aos Es ta dos Uni dos e bempo si cio na do em re la ção à Eu ro pa.É tam bém um por to de águaspro fun das, com gran de po ten cialde car gas, o que fa ci li ta a mo vi -men ta ção de mi né rio, gra néis,en tre ou tros pro du tos. “Quan does ti ver con cluí da a Fer ro via Nor teSul, em con jun to com a Fer ro viados Ca ra jás, o por to do Ita qui será

um dos pri vi le gia dos para a mo vi -men ta ção de car gas no nor te dopaís”, diz Nó bre ga. Ou tra ca rac te rís ti ca for te do

Ita qui é que o por to pos sui fre tesmais bai xos por ser mais per todos mer ca dos mun diais, por tergran de pro fun di da de, per mi tin doatra car na vios de gran de ca la do,e por pos suir um sis te ma lo gís ti coefi cien te para o trans por te dascar gas. “Ter um gran de ca la do ees tar lo ca li za do numa re gião degran de pro du ção de mi né rios epro du tos agrí co las são duas gran -des van ta gens do Ita qui. Ao fa ci li -tar o aces so ao por to e oti mi zarsua lo gís ti ca, to dos os Es ta dos vi -zi nhos se rão be ne fi cia dos. Alémdis so, a ca pa ci da de de re ce berna vios maio res vai pro vo car a re -du ção de cus tos do trans por te”,diz Man te li, da ABTP. Den tre os prin ci pais pro du tos

es coa dos pelo ter mi nal es tão asoja, o mi né rio de fer ro e seus de -ri va dos. Na im por ta ção, re ce bemdes ta que os de ri va dos de pe tró -leo, fer ti li zan tes e car gas em ge -ral. As prin ci pais ro tas são Eu ro -pa, Ásia (atra vés do Ca nal do Pa -na má) e Amé ri ca do Nor te.Para o vice-pre si den te da CNT,

Me ton Soa res Jú nior, me lho rar aes tru tu ra por tuá ria no Bra sil éfun da men tal. “Hoje, te mos 47por tos no país, mas não po de mosper der tem po com os pe que noster mi nais. Te mos que ele ger seteou oito que se des ta cam e in ves tirne les para que aten dam a to dasas qua li fi ca ções de car ga, demodo a po der acom pa nhar téc ni -ca e pro du ti va men te os por tos in -

PORTO DE ITAQUI/DIVULGAÇÃO

Page 28: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

28 CNTREVISTA SETEMBRO 2004

de Ad mi nis tra ção Por tuá ria), nopri mei ro se mes tre des te ano fo -ram mo vi men ta das em Ita qui 7mi lhões de to ne la das de car gas,3,12% a mais em re la ção aomes mo pe río do do ano pas sa do.Du ran te todo o ano de 2003, opor to mo vi men tou 14,7 mi lhõesde to ne la das de car gas. Já oCom ple xo Por tuá rio de São Luísmo vi men tou, nes te pri mei ro se -mes tre, 35 mi lhões de to ne la das,5,71% a mais em re la ção aomes mo pe río do de 2003. O pre -si den te da Emap, Fer nan do Fia -lho, es ti ma um cres ci men to de10% na mo vi men ta ção de car -gas ain da este ano.Com base nes ses nú me ros,

Ita qui con so li da sua po si çãocomo por to de in te gra ção re gio -nal, sen do o es coa dou ro na tu raldas ca deias pro du ti vas do Cen tro-Oes te bra si lei ro. O por to con taatual men te com sete ber ços emope ra ção, com pro fun di da des en -

tre 9 e 19 me tros. O ter mi nal temca pa ci da de de ar ma ze na gem de210 mil me tros cú bi cos de gra -néis lí qui dos, em 50 tan ques, e27.200 to ne la das de grãos em si -los. O por to tem ain da ar ma zémabri ga do, ar ma zém in flá vel, qua -tro pá tios para ar ma ze na gem de -sa bri ga da, si los ho ri zon tais e ver -ti cais para ar ma ze na gem degrãos, en tre ou tros.Gran de par te da mo vi men ta -

ção do Ita qui é des ti na da ao co -mér cio in ter na cio nal. Na áreade co mér cio in ter no, o por to é oen tre pos to de de ri va dos de pe -tró leo do Nor te e Nor des te dopaís e mo vi men ta fer ti li zan tesdes ti na dos à ca deia pro du ti vado Ma ra nhão e Piauí, comotam bém para uma par te da re -gião Cen tro-Oes te.A ques tão am bien tal tam bém

tem uma gran de aten ção da di re -ção do ter mi nal. O por to ma ra -nhen se con ta com li cen ça am -

ter na cio nais. É im por tan te tergran des por tos que con cen tremas car gas”, afir ma.Se gun do Me ton Soa res, em

dez anos ocor re ram me lho ras naope ra ção dos por tos, prin ci pal -men te de vi do às pri va ti za ções.“Em 1993, nós ope rá va mos ape -nas seis ou sete con têi ne res porhora. Hoje, esse nú me ro pas sa de40.” O di ri gen te da CNT res sal ta,ain da, que é im por tan te que opor to te nha gran des ca la dos paraaten der as ne ces si da des das no -vas em bar ca ções. “Pre ci sa mosde ca nais dra ga dos, ber ços maio -res, equi pa men tos, au to ma ção edes bu ro cra ti za ção, que é o gran -de gar ga lo do se tor, hoje. A es tru -tu ra de um por to en vol ve uma sé -rie de mi nis té rios, de do cu men -tos. É pre ci so evo luir para que osprin ci pais por tos pos sam ofe re certo dos os ti pos de ser vi ço, de ma -nei ra efi cien te.”

Vice-li de ran çaO por to do Ita qui co me ça a

ocu par esse pa pel na eco no miabra si lei ra, des ta que his to ri ca men -te re ser va do a San tos e por tos dosul do país, à me di da que con tri -bui para a ma nu ten ção da pau tade ex por ta ção. No ano pas sa do,por exem plo, o Com ple xo Por tuá -rio de São Luís (Ita qui e ter mi naisda Com pa nhia Vale do Rio Doce eda Alu mar) mo vi men tou 68,5 mi -lhões de to ne la das de car gas, oque o dei xa na se gun da po si çãono ran king bra si lei ro, e atin giu aci fra de US$ 4 bi lhões.De acor do com in for ma ções

da Emap (Em pre sa Ma ra nhen se

“É PRE CI SOEVO LUIRPARA QUEOS POR TOSPOS SAMOFE RE CERSER VI ÇOSEFICIENTES”

Page 29: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

“REPORTO BENEFICIARÁ O SISTEMA PORTUÁRIO”

O pre si den te Luiz Iná cio Lula da Sil vaanun ciou, em agos to, a re gu la men -ta ção para do Re por to (Pro gra ma de

In cen ti vo ao In ves ti men to na In fra-Es tru tu raPor tuá ria), um dos itens do pa co te de re du -ção de im pos tos para es ti mu lar a pro du ção.O pro je to se re fe re a um re gi me es pe cial,com vi gên cia até o fi nal de 2005 (pode serpror ro ga do por mais um ano), que pre vê ade so ne ra ção tri bu tá ria da aqui si ção de má -qui nas e equi pa men tos para a mo der ni za -ção dos por tos na cio nais.

O di re tor-pre si den te da ABTP, Wi lenMan te li, acre di ta que, com o Re por to,todo o sis te ma por tuá rio será be ne fi cia do,pois mes mo os por tos ad mi nis tra dos porem pre sas pri va das são de uso pú bli co.“Esse foi um im por tan te pas so do go ver -no. Há mui tos anos es ta mos plei tean doisso. Mas tem que am pliar o pra zo paradar tem po de amor ti zar os in ves ti men tos.De ve ria até mes mo ser uma me di da per -ma nen te, além de es ten der o be ne fí ciopara os in su mos que são con su mi dos nasope ra ções na vio-por to”, diz Man te li.

O pre si den te da Emap, Fer nan do Fia lho,

acre di ta que a me di da irá ace le rar a mo der -ni za ção do se tor. “É uma efi cien te fer ra men -ta para os pro je tos em an da men to no por todo Ita qui e cer ta men te me lho ra rá a sua com -pe ti ti vi da de e tra rá imen sos be ne fí cios, comoa re du ção dos cus tos ope ra cio nais, a ins ta la -ção de equi pa men tos de úl ti ma ge ra ção e aade qua ção da in fra-es tru tu ra para com por -tar as no vas de man das de car gas exis ten tesna sua hin ter lân dia”, diz Fia lho.

O Re por to, que está sen do mon ta do ape di do do mi nis tro do De sen vol vi men to, daIn dús tria e Co mér cio, Luiz Fer nan do Fur lan,tem como ob je ti vo es ti mu lar a rea li za ção dein ves ti men tos na re cu pe ra ção, mo der ni za -ção e am plia ção da es tru tu ra por tuá ria. Aomes mo tem po, o re gi me vai re du zir o ris code sur gi men to de gar ga los nos por tos quepos sam di fi cul tar a am plia ção sus ten ta da doco mér cio ex te rior do país. Na oca sião doanún cio da me di da, Fur lan dis se que “o pro -ble ma de es tran gu la men to de al guns por tospode ser re sol vi do tem po ra ria men te com atro ca de equi pa men tos”.

Para Man te li, no en tan to, deve ha verre gras cla ras para os in ves ti do res. “A Lei

8630/93 (Lei de Mo der ni za ção dos Por tos)é uma lei boa, não há por que aban do ná-la. Mas é pre ci so dei xar as re gras bem cla -ras para o in ves ti dor. Há uma ne bu lo si da -de enor me quan do fa la mos em po lí ti capor tuá ria no Bra sil, hoje. Isso afas ta os in -ves ti do res, que têm re ceio.”

De acor do com ele, é pre ci so tam bémque a lei seja apli ca da in te gral men te. “Ape -nas 70% dela foi im ple men ta da. Uma dascoi sas que ain da não foi co lo ca do em prá ti -ca, por exem plo, e que é es sen cial, é a rees -tru tu ra ção das Com pa nhias Do cas, pois elasnão es tão aten den do à de man da atual. Osis te ma por tuá rio deve es tar à al tu ra do cres -ci men to da eco no mia.”

O vice-pre si den te da CNT, Me ton Soa -res Jú nior, tam bém ava lia po si ti va men teo Re por to. Se gun do ele, a ini cia ti va “vaitra zer gran des van ta gens para os ter mi -nais pri va dos”, mas res sal ta que o go ver -no tem que sair da pro mes sa e co lo car ame di da para fora o mais rá pi do pos sí vel.Me ton Soa res pre ga, ain da, que é pre ci -so des bu ro cra ti zar a im por ta ção parapro mo ver o de sen vol vi men to.

bien tal e, en tre os pla nos já im -plan ta dos, es tão o Pla no deEmer gên cia In ter no e o Pla no deGe ren cia men to de Re sí duos. Ita -qui pos sui, ain da, um pro gra made co le ta se le ti va e uma es tru tu raor ga ni za cio nal (Coor de na do ria deMeio Am bien te e Se gu ran ça noTra ba lho), com téc ni cos es pe cia li -za dos na área. Além dis so, estáem de sen vol vi men to o Sis te ma deGes tão de Meio Am bien te e Se gu -ran ça no Tra ba lho.

Se gu ran çaComo ou tros por tos bra si -

lei ros, Ita qui já re ce beu oTer mo de Ap ti dão para De -

cla ra ção de Pro te ção, ouseja, pos sui a ha bi li ta ção daCo mis são Na cio nal dos Por -tos (Con por tos). A ad mi nis -tra ção do por to vem im plan -tan do di ver sas me di das dese gu ran ça para aten der asexi gên cias da IMO (Or ga ni za -ção Ma rí ti ma In ter na cio naldas Na ções Uni das), res pon -sá vel pela apli ca ção do ISPSCode (Có di go In ter na cio nalpara Se gu ran ça de Na vios eIns ta la ções Por tuá rias).“A ade qua ção do por to às

nor mas do ISPS Code sig ni fi caque o mes mo está ha bi li ta do acon ti nuar com as ope ra ções

com na vios in ter na cio nais ega ran tir o cum pri men to dapau ta de ex por ta ções bra si lei -ra”, diz o pre si den te da Emap,Fer nan do Fia lho.Den tre as me di das to ma das

pelo por to, está a im plan ta çãodo sis te ma de con tro le deaces so in for ma ti za do e de mo -ni to ra men to das áreas do por -to, do ca nal de aces so e daárea de fun deio. Já fun cio namequi pa men tos para de tec çãode ar mas e subs tân cias quí mi -cas, apa re lho de raio-x paracon tro le de ba ga gem de pas -sa gei ros e tri pu lan tes e cir cui -to in ter no de TV. l

A EMAPESTIMA UMAALTA DE 10%NO VOLUMEDE CARGASEM 2004 NO PORTO DE ITAQUI

Page 30: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

30 CNTREVISTA SETEMBRO 2004

A s ci da des de Bra sí lia e Goiâ nia po -dem ter a pri mei ra li ga ção fer ro viá riada Amé ri ca La ti na equi pa da comtrem das no vas ge ra ções tec no ló gi -

cas. Pelo me nos, essa é in ten ção dos go ver na -do res Mar co ni Pe ril lo, de Goiás, e Joa quimRo riz, do Dis tri to Fe de ral. En tre os 209 km quese pa ram as duas ca pi tais, o pro je to, iné di to nopaís e que está sen do po pu lar men te cha ma dode “Ex pres so Pe qui” (pe qui é um fru to apre -cia do na re gião), pre vê a ins ta la ção de três es -ta ções de um Trem de Alto De sem pe nho(TAD): duas no en tor no do DF e ou tra na ci da -de goia na de Aná po lis (que fica a 160 km deBra sí lia e a 57 km de Goiâ nia). O maior em pe -ci lho é o cus to, es ti ma do em cer ca de R$ 2,94bi lhões – dos quais 90% se riam gas tos com asobras e 10% com a aqui si ção dos trens. A es tra té gia des sa ini cia ti va, tal vez hoje o

prin ci pal pro je to do se tor fer ro viá rio em an da -men to no Bra sil, é criar no Cen tro-Oes te um

novo pólo de de sen vol vi men to para com pe tircomo ou tros cen tros in dus triais já exis ten tes etrans fe rir o eixo de de sen vol vi men to eco nô mi -co de Rio-São Pau lo para Bra sí lia-Goiâ nia.Os go ver na do res acre di tam na par ti ci pa -

ção da ini cia ti va pri va da na cio nal e in ter na cio -nal, da União e de fi nan cia men tos do BNDESe de ins ti tui ções ex ter nas – como o BID (Ban -co In te ra me ri ca no de De sen vol vi men to) e oBird (Ban co Mun dial). Pe ril lo diz que vai uti li -zar os re cur sos da Cide ar re ca da dos emGoiás, além de co lo car a Celg (Cen trais Elé tri -cas de Goiás) para en trar no con sór cio daobra. O con sór cio es pe ra ain da a re gu la men -ta ção do pro je to de lei da PPP (Par ce ria Pú -bli co-Pri va da) para an ga riar re cur sos comem pre sas e in ves ti do res.Con fian te no êxi to do pro je to, Ro riz clas si -

fi ca o TAD Bra sí lia-Goiâ nia como “a mais im -por tan te obra des de a de ci são de Jus ce li noKu bits chek de cons truir a ca pi tal fe de ral no

CERRADODO FUTUROPROJETO INÉDITO APRESENTA TREM DE NOVA GERAÇÃO ENTRE BRA SÍLIA E GOIÂNIA

DESENVOLVIMENTO

MODAL FERROVIÁRIO

“O CUSTO ESTÁESTIMADO EMR$ 2,94 BILHÕES,90% PARAGASTOS COM ASOBRAS E 10%COM A AQUISIÇÃODOS TRENS”

Page 31: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

SETEMBRO 2004 CNTREVISTA 31

CERRADODO FUTUROPROJETO INÉDITO APRESENTA TREM DE NOVA GERAÇÃO ENTRE BRA SÍLIA E GOIÂNIA

Pla nal to Cen tral” e acre di ta que o in ves ti men -to será re cu pe ra do em oito anos.Nos es tu dos pre li mi na res, foi fei ta uma

aná li se ge ral das ca rac te rís ti cas dos trensde alta ve lo ci da de em fun cio na men to noex te rior (veja qua dro). O mo de lo que seapro xi mou das pre ten sões bra si lei ras foi oTal go es pa nhol, que cir cu la à ve lo ci da demá xi ma de 220 km/h. O se cre tá rio de Pro -je tos Es pe ciais do Dis tri to Fe de ral, José Ge -ral do Ma ciel, diz que em se tem bro fi ca rãopron tas as pes qui sas de pro je ções do nú -me ro de usuá rios do trem can dan go. O go ver no do DF criou em maio a Se cre ta -

ria Ex traor di ná ria de Pro je tos Es pe ciais paracui dar es pe ci fi ca men te da ins ta la ção do TAD,a car go de Ge ral do Ma ciel. O tra ça do do tremestá qua se de fi ni do, fal tan do ape nas o tra je tona par te in ter na de Goiâ nia, que de pen de demais so bre vôos e es tu dos da to po gra fia da re -gião. O se cre tá rio afir ma que a li ga ção fer ro -viá ria terá con di ções téc ni cas para tra ba lharem vá rios es que mas ope ra cio nais, que per -mi ti rão a exis tên cia de um sis te ma de trans -por te de pas sa gei ros e ou tro para mo vi men tarcar gas du ran te a ma dru ga da ou em ho rá riosde pou co mo vi men to.Den tro de três ou qua tro me ses, o gru po

en car re ga do de de sen vol ver a se gun da fasedo pro je to de ve rá es co lher a tec no lo gia maisade qua da, o que in clui a ve lo ci da de pa drãodo tra je to e a bi to la da li nha fér rea. Tam bém está em fase fi nal o es tu do de

de man da, que de ta lha rá o per fil dos pas -sa gei ros que usam trans por te ter res tre eaé reo en tre as duas ci da des. Se gun do ogo ver no do DF, os da dos pre li mi na resmos tram que a de man da de pas sa gei rosde ôni bus, au to mó vel e avião, nos tre chospre vis tos para o TAD (Bra sí lia-Goiâ nia,Bra sí lia-Aná po lis e Aná po lis-Goiâ nia),pode che gar a 10 mil pes soas por dia.Em agos to, fo ram ini cia dos os es tu dos do

pro je to de via bi li da de eco nô mi ca, or ça do emR$ 4,5 mi lhões. O se cre tá rio Ge ral do Ma cieldiz que até o fi nal do ano es ta rá pron ta a do -cu men ta ção ne ces sá ria que irá per mi tir aosgo ver na do res to ma rem a de ci são re la ti va -men te à via bi li da de do em preen di men to. “Apar tir de en tão, de fi ni do o pa pel do se tor pú -bli co e o ta ma nho do in ves ti men to que ca be -rá ao se tor pri va do, se rão pre pa ra dos os do -cu men tos para o iní cio da li ci ta ção. Po rém,in de pen den te men te da con clu são dos es tu -dos téc ni cos, de ve re mos es pe rar a apro va -ção, pelo Con gres so Na cio nal, do pro je to delei que irá dis ci pli nar as PPPs”, diz Ma ciel.A ex pec ta ti va é de que no pri mei ro tri mes -

tre de 2006 as obras pos sam ser ini cia das. Setudo ocor rer con for me o cro no gra ma, em2009 o trem de ve rá es tar em fun cio na men to.

Ace le ra do e cé ti coA idéia do TAD nas ceu em ju nho do ano

pas sa do, em uma reu nião en tre Ro riz e seusse cre tá rios. O ex-che fe da Agên cia de De sen -

O CONSÓRCIOESPERA AINDA AREGULAMENTAÇÃODA PPP PARAANGARIARRECURSOS COMEMPRESAS EINVESTIDORES

Page 32: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

32 CNTREVISTA SETEMBRO 2004

“A IDÉIA DE QUEO TREM SERÁCONSTRUÍDO JÁFARÁ COM QUEEMPRESÁRIOSINVISTAM NO EIXO”

TRENS MODERNOSFLUTUAM NO AR

F ran ça, Ale ma nha e Ja pão es tãocons truin do um sis te ma fer ro viá riode úl ti ma ge ra ção ba sea do em trens

de al tís si ma ve lo ci da de, ca pa zes de trans -por tar 500 pas sa gei ros a até 400 km/h. Háum ano, um pro tó ti po ja po nês rom peu seupró prio re cor de mun dial de ve lo ci da de aoatin gir 560 km/h em um tri lho de tes te. Semnin guém a bor do, o Ma glev MLX01 uti li zoutec no lo gia de le vi ta ção mag né ti ca para su -pe rar os 552 km/h ob ti dos em 1999.

“Ma glevs” são trens que se des lo camsem to car os tri lhos, im pul sio na dos por po -de ro sos ímãs. O MLX01 faz par te de umpro je to fi nan cia do pelo go ver no ja po nês, es -ti ma do em US$ 2 bi lhões, para o de sen vol -vi men to de trens mais rá pi dos.

A pri mei ra via gem co mer cial do mo de loacon te ceu em Xan gai, no fi nal de 2002. Otrem, de tec no lo gia ale mã, per cor reu os 30km do cen tro da ci da de chi ne sa ao ae ro por -to em 8 mi nu tos – mé dia de 400 km/h. AChi na com prou três “Ma glevs” e pa gouUS$ 1 bi lhão para ter aces so à tec no lo gia.

Dos 24 km/h da lo co mo ti va a va por,que ro dou pela pri mei ra vez na In gla ter ra,em 1825, às al tas ve lo ci da des fo ram ne -ces sá rios 139 anos. Em 1964, um tremvia jou os 549 km de Tó quio a Osa ka em 3ho ras, uma re du ção de 5 ho ras so bre omo de lo tra di cio nal. Era o Shin kan sen, otrem-bala ja po nês. Na Fran ça, des de1983 cir cu lam dia ria men te en tre Pa ris eLyon os TGVs. Ale ma nha, Suí ça, Es pa nha,Itá lia e Es ta dos Uni dos tam bém ade ri ramà tec no lo gia

vol vi men to Eco nô mi co e Co mér cio Ex te rior doDis tri to Fe de ral, Ro gé rio Schu mann Ros so,fa zia um re la to so bre o po ten cial eco nô mi codo eixo Bra sí lia-Goiâ nia quan do o go ver na dorsu ge riu a cons tru ção de um trem de alta ve -lo ci da de no tre cho. Foi o pri mei ro pas so até oen con tro com Pe ril lo e o anún cio pú bli co, du -ran te a fei ra agro pe cuá ria de Bra sí lia, que re -sul tou num con vê nio de coo pe ra ção téc ni ca.“A sim ples idéia de que o trem será cons truí -do já fará com que em pre sá rios in vis tam noeixo”, dis se o go ver na dor goia no na oca sião.Fo ram rea li za das duas via gens à Eu ro pa,

com o ob je ti vo de vi si tar sis te mas de alta ve -lo ci da de, fa zer con ta tos em bus ca de par cei -ros para a im plan ta ção do pro je to e co nhe ceros mo de los de PPPs ado ta dos. Na úl ti ma tur -nê, a co mi ti va se reu niu com in ves ti do res ere pre sen tan tes da Itá lia, en tre eles o mi nis troda In fra-Es tru tu ra e Trans por te. Ro riz en tre -gou uma pro pos ta para que os ita lia nos for ne -çam toda a tec no lo gia e pa guem pela rea li za -ção do pro je to exe cu ti vo da li nha.Para o pro fes sor José Alex Sant’Anna, do

mes tra do de trans por tes da UnB, o pro je to doTAD faz o ca mi nho in ver so do de sen vol vi -men to, pois im por ta tec no lo gia pron ta e sógera em pre gos mo men tâ neos. Sant’Anna ar -gu men ta ain da que não há de man da na re -gião nem mes mo para um trem co mum,“quan to mais para um trem de alta ca pa ci da -de ou alta ve lo ci da de”. “Pre ci sa ter um mí ni -mo de via gens/dia para via bi li zar. Esse é opon to. Tem que ter de man da para uma fer ro -via”, diz o pro fes sor.A im plan ta ção do TAD pre ci sa da con -

ces são do go ver no fe de ral, mas o Mi nis té -rio dos Trans por tes, pelo me nos por en -quan to, não pre ten de alo car re cur sos doOr ça men to da União para o em preen di -men to. O di re tor-exe cu ti vo da Va lec En ge -nha ria, Cons tru ções e Fer ro vias S/A, es ta -tal li ga da ao Mi nis té rio dos Trans por tesres pon sá vel por obras no mo dal, e coor de -

Page 33: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

SETEMBRO 2004 CNTREVISTA 33

O CAMINHO DOS TRILHOSSaiba mais sobre o projeto do TAD do Centro-Oeste

Contextualização do eixo Brasília-Goiânia

Avaliação da vocação da região ao longo do eixo para setores dealta tecnologia e tecnologia da informação

Preparação de base cartográfica

Estudo da demanda de passageiros e de carga atual e futura

Identificação de empresas nacionais e internacionais que possam gerar a dinâmica necessária para o desenvolvimento do eixo

Estudo de impacto dos setores de alta tecnologia e TI em itenscomo crescimento econômico, emprego, renda, exportações eimpostos

Conceituação funcional e operacional do TAD

Desenvolvimento do projeto conceitual do TAD: alternativas tecnológicas, traçado, investimentos, operação, manutenção e orçamento preliminar

Estudo de viabilidade econômica e financeira do TAD

“NINGUÉM PODESER CONTRA AINSTALAÇÃO DEUMA TECNOLOGIADE TRANSPORTEMODERNA NO PAÍS”

O que está em andamento sobre o Expresso Pequi

Os modernos modelos detrens que servem de base

para o projeto

TGV (França)

ETR 450 e ETR 500(Itália)

Ave e o Talgo (Espanha)

Ice (Alemanha)

Shinkansen (Japão)

Transrapid (tecnologiaalemã em operação naChina)

Acela (EUA)

Eurostar (Inglaterra eFrança)

A inspiração

Fonte: Governo do Distrito Federal

EM VISITAO governador JoaquimRoriz conhece o modelodo trem italiano

SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO DISTRITO FEDERAL/DIVULGAÇÃO

Page 34: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

34 CNTREVISTA SETEMBRO 2004

na dor do pro gra ma de re vi ta li za ção dasfer ro vias, Ber nar do Fi guei re do, diz que ospon tos crí ti cos da ma lha fer ro viá ria sãoprio ri da des no mo men to. “O es ta be le ci -men to de prio ri da des se jus ti fi ca na me di -da em que exis tem re cur sos es cas sos egran de ca rên cia de in ves ti men tos no aten -di men to às ne ces si da des mais ur gen tes dopaís. Es ses in ves ti men tos en vol vem re cur -sos da or dem de R$ 10 bi lhões, o que ul -tra pas sa mui to a pos si bi li da de or ça men tá -ria da União”, diz Fi guei re do.Fi guei re do res sal ta que “nin guém pode ser

con tra a ins ta la ção de uma tec no lo gia detrans por te mo der na no país”, o que se dis cu -te é a opor tu ni da de do in ves ti men to pú bli cono mo men to “ten do em vis ta a eli mi na çãodos gar ga los de in fra-es tru tu ra fer ro viá ria comob je ti vo de dar sus ten ta bi li da de ao pro ces sode re to ma da do cres ci men to eco nô mi co”.

Ve lo ci da de mé diaNa ex po si ção apre sen ta da no se mi ná rio

“Fer ro via Bra sí lia-Goiâ nia: Ne ces si da de ouUto pia?”, rea li za do em ju nho no DF, o pro fes -sor Dé lio Mo rei ra de Araú jo, da Uni ver si da deCa tó li ca de Goiás, mos trou que uma tec no lo -gia que per mi ta tam bém o trá fe go de trens decar ga in cre men ta ria as van ta gens da li nha doTAD e via bi li za ria o “Ex pres so Pe qui”. Se gun -do Araú jo, para uma li nha de trem de alta ve -lo ci da de (com a mes ma tec no lo gia ado ta dana Eu ro pa e Ja pão) não há vo lu me su fi cien tede pas sa gei ros en tre Bra sí lia e Goiâ nia.Um trem-bala, como TGV fran cês, atin ge

mais de 400 km/h e pre ci sa per cor rer 100km para ace le rar até a ve lo ci da de má xi ma eou tros 100 km para pa rar. Para o tra je toBra sí lia a Goiâ nia, uma li nha di re ta se ria in -viá vel. Como o pro je to pre vê três es ta çõesen tre as duas ci da des, a me lhor op ção é im -plan tar trens com ve lo ci da de má xi ma en tre150 km/h e 200 km/h.De acor do com o se cre tá rio Ge ral do Ma -

VENTO NO CERRADOConfira o mapa do percurso do Expresso Pequi

ciel, a coe xis tên cia do trá fe go de car ga e detrens de pas sa gei ros que via jam em ve lo ci da -des aci ma de 300 km/h não é re co men dá vel.“Por isso, não é um des pro pó si to con si de rara hi pó te se para ve lo ci da des me no res que300 km/h. E no caso da li ga ção Bra sí lia-Goiâ -nia, des de o pri mei ro mo men to, tem-se con -si de ra do a opor tu ni da de de aná li se do trans -por te de pes soas e car ga, o que não quer di -zer que o trans por te de am bos ve nha a ser si -mul tâ neo”, diz Ma ciel.O pro je to pre ten de im plan tar um es que -

ma de ope ra ção que con tem ple três al ter -na ti vas: trem de pas sa gei ro di re to Bra sí lia-Goiâ nia, trem de pas sa gei ro e car ga ex -pres sa Bra sí lia-Goiâ nia pa ran do em al gu -

GOIÂNIA

Anapolis

Trecho diretoBrasília-Goiânia

209 km Trecho 1Brasília-Anápolis

160 km

Trecho 2Anápolis-Goiânia

57 km

CAMINHO MAIS CURTO Região que irá receber a linha do Expresso Pequi

Page 35: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

BR EM COMPASSO DE ESPERA

En tre as crí ti cas con tra o pro je tode ins ta la ção fu tu ra de um TADen tre Bra sí lia e Goiâ nia, a prin ci -

pal é quan to à BR-060, ro do via que in -ter li ga as duas ca pi tais e que tem flu xodiá rio de cer ca de 8.500 veí cu los. As re -cla ma ções so bre o es ta do da via in cluemtrá fe go in ten so de veí cu los par ti cu la res ede car ga, gran de nú me ro de aci den tes etem po da via gem.

Para o eco no mis ta Jú lio Mi ra ga ya,pre si den te do Ins ti tu to Bra si lien se de Es -tu dos da Eco no mia Re gio nal, em vez depro je tar gas tos com o TAD o go ver no doDis tri to Fe de ral “de ve ria apli car re cur sosem obras ime dia tas, como o tér mi no dadu pli ca ção da BR-060”.

As obras da ro do via, que foi con si de -ra da de fi cien te na ava lia ção da Pes qui saCNT 2003 (fi cou em 52º lu gar), ar ras -tam-se há 12 anos. A du pli ca ção da BR-060 foi in ter rom pi da no fi nal de 2000pelo Tri bu nal de Con tas da União (TCU),que de ter mi nou a sus pen são de fi nan cia -men to para a ro do via após cons ta tar su -per fa tu ra men to na obra.

Em no vem bro de 2002, o Con -gres so Na cio nal apro vou de cre to le -gis la ti vo que au to ri za va o go ver nofe de ral a li be rar no va men te re cur -sos do Or ça men to para con clu sãoda du pli ca ção no tre cho que ligaGoiâ nia até a di vi sa com o Dis tri toFe de ral, sob jus ti fi ca ti va de que to -dos os pro ble mas iden ti fi ca dos peloTCU fo ram re sol vi dos.

De acor do com da dos de mar çode 2003 do TCU, 70% das obras dedu pli ca ção es tão pron tos e se riam ne -ces sá rios R$ 70 mi lhões para com -ple tar o res tan te. A úl ti ma re for ma daBR-060, de 1999, pre via a du pli ca -ção de 18,5 km e a re cu pe ra ção deou tros 31,5 km. O prin ci pal tre cho in -ter rom pi do fica en tre Aná po lis e Bra -sí lia, uma das pa ra das do TAD.

O Pla no Plu ria nual 2004-2007pre vê a du pli ca ção do tre cho en treTa gua tin ga e Aná po lis, 126 km., aocus to de R$ 190 mi lhões. Des se to tal,está pre vis to um fi nan cia men to pú bli -co de R$ 148 mi lhões.

BRASILIA

Gama

Santa Maria

Valparaiso

Luziania

1° O trem sairá de uma estação próxima à do metrô noParkshopping, na estrada Parque Indústria e Abastec-imento

2° Segue em direção à saída sudeste de Brasília, passando entre Gama e Santa Maria

3° A primeira parada será entre Valparaíso e Luziânia

4° A terceira parada será em Anápolis

5° A definição do trajeto em Goiânia vai depender deestudos da topografia da região

mas es ta ções in ter me diá rias e trem ape -nas de car ga. “Os es tu dos que es ta mosde sen vol ven do, e que fi ca rão pron tos até ofi nal do ano, nos per mi ti rão ve ri fi car se es -sas hi pó te ses po dem ser con fir ma das.Ape nas para ra cio ci nar: um trem sai ria deBra sí lia di re to (sem pa ra da in ter me diá ria)para Goiâ nia, por exem plo, às 7h10 e, umou tro sai ria mi nu tos de pois de Bra sí liatam bém com des ti no a Goiâ nia, mas compa ra das in ter me diá rias. Quan tas? Ain danão sa be mos, mas os es tu dos in di ca rão ome lhor es que ma ope ra cio nal.”A van ta gem de se trans por tar car ga

jun ta men te com pas sa gei ros se ria opos sí vel au men to da re cei ta ope ra cio -nal. A ex pec ta ti va de Ma ciel é que a in -clu são do trans por te de car gas aju de avia bi li zar o pro je to do TAD. l

O TRÁFEGO DETRENS DE CARGAINCREMENTARIAAS VANTAGENS DALINHA DO TAD EVIABILIZARIA O“EXPRESSO PEQUI”

CAMINHO MAIS CURTO Região que irá receber a linha do Expresso Pequi

MINERVINO JUNIOR / JORNAL DE BRASILIA/FUTURA PRESS

Page 36: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004
Page 37: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004
Page 38: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

38 CNTREVISTA SETEMBRO 2004

FINANCIAMENTO PARA CAMINHÕES AINDA ESTÁ LONGE DA REALIDADE DO AUTÔNOMO

JUROSQUEFAZEMSOFRERJUROSQUEFAZEMSOFRER

Page 39: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

SETEMBRO 2004 CNTREVISTA 39

cau sa de tí tu los pro tes ta dos e che quessem fun do. “To dos os dias, bri ga mos comas ge ren cia do ras de ris co para li be rar ocré di to dos ca mi nho nei ros en di vi da dos,por que se eles não tra ba lha rem não pa ga -rão as con tas”, diz Lo pes. O pro ble ma éque mui tas em pre sas só con tra tam o fre tede quem não tem res tri ções ca das trais.De acor do com Fon se ca, o Bra sil tem 450

mil ca mi nho nei ros au tô no mos e a Ab camsoma cer ca de 100 mil as so cia dos. E, emnome de to dos, des de o go ver no Fer nan doHen ri que Car do so, a di re ção da as so cia çãone go cia um pa co te de in cen ti vos para os au -tô no mos ad qui ri rem ca mi nhões no vos ou se -mi no vos. “Es ta mos can sa dos de ne go ciardes de o go ver no an te rior e tam bém com oatual. No fi nal do ano pas sa do, o pre si den teLula anun ciou o Mo der car ga como um pre -sen te de Na tal, mas foi pre sen te de gre go.Foi pior que o pro gra ma do go ver no an te -rior”, diz Lo pes, se re fe rin do ao Pro gra ma deMo der ni za ção da Fro ta de Ca mi nhões.Anun cia do em de zem bro de 2003, o Mo -

der car ga foi lan ça do ofi cial men te peloBNDES em abril des te ano e não em pla cou.A as ses so ria de im pren sa da ins ti tui ção in for -ma que o pro gra ma está pas san do por umarea va lia ção e não sou be in for mar o nú me rodos fi nan cia men tos rea li za dos. Os ca mi nho -nei ros afir mam que nin guém pe gou di nhei rodo Mo der car ga. “Até ago ra, o au tô no mo nãotem con di ção de com prar nem ca mi nhãonovo, nem usa do. Não acre di to que oBNDES faça isso ain da este ano”, afir ma odi ri gen te da Ab cam.Em ju lho, du ran te en con tro com re pre sen -

tan tes de as so cia ções de ca mi nho nei ros no Pa -lá cio do Pla nal to, o pre si den te Luiz Iná cio Lulada Sil va afir mou que o Mo der car ga ti nha sido“uma de cep ção”. O pre si den te en car re gou o mi -nis tro do De sen vol vi men to, Luiz Fer nan do Fur -lan, de es tu dar uma for ma de o BNDES ofe re cercon di ções me lho res para o pro gra ma.

POR ROGÉRIO MAURICIO

DUKE

H á 15 me ses, o ca mi nho nei ro au -tô no mo Ro nal do Fa ria Sil va, quetrans por ta mi né rio em Nova Lima(re gião me tro po li ta na de Belo Ho -

ri zon te), paga R$ 5.617 de pres ta ção de seuca mi nhão Volks wa gen, mo de lo 26310. Elecom prou o veí cu lo (com a car ro ce ria) por R$151 mil: deu R$ 26 mil de en tra da e fi nan -ciou o res tan te em 36 me ses pelo ban co dapró pria mon ta do ra. Ao todo, Ro nal do vai pa -gar R$ 228,2 mil. Mas ape nas re cen te men -te o ca mi nho nei ro con se guiu co lo car aspres ta ções em dia. Bas tou um de fei to no ca -mi nhão para a si tua ção se des con tro lar. Ro -nal do diz que, além de o ca mi nhão fi car pa -ra do, teve que pa gar as pe ças e o con ser to,o que re sul tou em seis pres ta ções atra sa das.“Vi rou uma bola de neve”, con ta. Para con -se guir co lo car tudo em dia, ele teve que ven -der o ou tro ca mi nhão que pos suía, um Mer -ce des-Benz 2535. Se gun do o au tô no mo,para ar car com o va lor alto da pres ta ção “oca mi nhão tem que ro dar 24 ho ras dia ria -men te, o que au men ta o des gas te do veí cu -lo e o ris co de de fei to”.Ro nal do Sil va, que é ape nas um dos mi -

lha res de ca mi nho nei ros au tô no mos quepas sam por pro ble mas se me lhan te, re cla -ma das al tas ta xas de ju ros. No caso dele,o fi nan cia men to do ca mi nhão teve taxa de2,87% ao mês.E a luta por me lho res con di ções de fi -

nan cia men tos para a clas se é uma dasban dei ras da Ab cam (As so cia ção Bra si lei -ra dos Ca mi nho nei ros), que li de rou no fi -nal de ju lho a pa ra li sa ção dos ca mi nho nei -ros para cha mar a aten ção do go ver nopara as con di ções pre cá rias das ro do viase rei vin di car a li be ra ção de R$ 8 bi lhõesda Cide para re cu pe ra ção das mes mas.De acor do com o pre si den te da en ti da de,José da Fon se ca Lo pes, os ca mi nho nei rosau tô no mos es tão com di fi cul da des atépara con se guir car ga para trans por tar, porFINANCIAMENTO PARA CAMINHÕES AINDA ESTÁ LONGE DA REALIDADE DO AUTÔNOMO

JUROSQUEFAZEMSOFRERJUROSQUEFAZEMSOFRER

Page 40: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

A prin cí pio, a in ten ção do Mo der car ga erafi nan ciar em um ano a aqui si ção de 20 milca mi nhões para a mo der ni za ção da fro ta na -cio nal. Nas con tas do go ver no, o pro gra mare du zi ria a ida de mé dia dos cer ca de 1,6 mi -lhão de ca mi nhões que ro dam pelo Bra sil de18 para 10 anos. O BNDES des ti nou R$ 2 bi -lhões para o Mo der car ga, sen do R$ 600 mi -lhões para o fi nan cia men to de ca mi nhõesusa dos com até sete anos. Os ca mi nhões no -vos têm pra zo de até 60 me ses, com ca rên -cia de três me ses. Já os usa dos po dem ser fi -nan cia dos em até 36 me ses, tam bém comca rên cia de três me ses para o pa ga men to dapri mei ra pres ta ção. A taxa de ju ros é de 17% ao ano, sen do

4% de spread ban cá rio (lu cro do ban co) eo res tan te de TJLP (taxa de ju ros de lon gopra zo), que re sul ta em 1,37% ao mês. Oper cen tual má xi mo de fi nan cia men to é de70% do va lor do bem ne go cia do. Es sascon di ções es tão em vi gor até o dia 28 demar ço de 2005, mas os ban cos cre den cia -dos pra ti ca men te não ofe re cem o pro du toem suas agên cias.A taxa de ju ros e o per cen tual de fi nan -

cia men to são as prin ci pais re cla ma çõesdos ca mi nho nei ros au tô no mos quan to aoMo der car ga. As rei vin di ca ções da ca te go -ria são que os ju ros do BNDES te riam deser sub si dia dos e que o va lor fi nan cia doche gas se a 100% do bem. A Ab cam tam -bém su ge re a cria ção de pro gra ma de su -ca tea men to de ca mi nhões an ti gos e ou trode ins pe ção vei cu lar.

CDC e con sór cioEn quan to o Mo der car ga não des lan cha, a

op ção de fi nan cia men to ban cá rio que os au -tô no mos têm à dis po si ção é o Cré di to Di re toao Con su mi dor (CDC) pré-fi xa do, que emagos to ope rou com taxa de cer ca de 2% aomês (o que dá 26,82% ao ano), para ca mi -nhões no vos ou até com cin co anos de uso,

en tra da mí ni ma de 20% do va lor do bem epra zo mé dio de 36 me ses. Os ju ros au men -tam pro por cio nal men te ao ano de fa bri ca çãodo ca mi nhão. Quan to mais ve lho o veí cu lo,maior a taxa co bra da. Le van ta men to di vul ga -do no site do Ban co Cen tral na In ter net mos -tra que a taxa do CDC-pré para aqui si ção debens va riou de 1,66% a 5,6% ao mês, en tre4 e 10 de agos to. Es pe ci fi ca men te para ca mi nhões, o Uni -

ban co ope rou em agos to com taxa de 1,95%e pra zo de 48 me ses. No Mer can til do Bra silo fi nan cia men to de ca mi nhão zero teve taxade 1,85% mais IOF (Im pos to so bre Ope ra -ções Fi nan cei ras) para fi nan cia men tos de24 me ses e taxa de 1,93% mais IOF para36 me ses. Para se mi no vos, ano até 1992, ataxa foi de 2,4%. No Ban co Vol vo, a taxa va -riou de 1,8% a 1,95%, en tra da de 10% a30% e pra zo de 18 a 42 me ses. O Daim -lerChrys ler, ban co da Mer ce des-Benz, ope -rou em agos to com ta xas pro mo cio nais paraos ca mi nhões no vos mo de los 710 e 1620:taxa de 1,28% para fi nan cia men to de 12 me -ses, 1,38% para 24 me ses e 1,48% para 36,sen do que au tô no mo pode fi nan ciar, no má -xi mo, 80% do va lor do veí cu lo.A Sca nia não tem ban co pró prio, mas o

FROTA PARADA Juros altos dificultam renovação de veículos de carga

40 CNTREVISTA SETEMBRO 2004

PARA PAGARPEÇA E CONSERTO,RONALDO TEVEQUE ATRASAR

SEIS PRESTAÇÕES

FOTOS PAULO FONSECA

Page 41: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

in te res sa do que não op tar por fi nan ciarum ca mi nhão da mon ta do ra por uma dasvá rias ins ti tui ções fi nan cei ras, pode es co -lher o Con sór cio Sca nia. O pra zo va ria de24 a 100 me ses e a taxa de ad mi nis tra çãova ria de 4% (24 me ses) a 10% (100 me -ses). O Con sór cio Volks wa gen tra ba lhacom pra zos de 90 e 100 me ses e a taxade ad mi nis tra ção é de 15,9%. Já o Con -sór cio Na cio nal Mer ce des-Benz tem gru -pos de 60 a 100 me ses e taxa de 10% a12%. No Con sór cio Vol vo, os no vos gru -pos são de 100 me ses e a taxa de ad mi -nis tra ção de 10,7%.Quem tam bém está en tran do no ramo é

o Ban co do Bra sil, que lan çou em agos to oBB Con sór cio. O pro du to está dis po ní velpara to dos os clien tes do ban co. Para oseg men to de veí cu los (mo tos, car ros e ca -mi nhões), as ta xas de ad mi nis tra ção va -riam en tre 10% e 12%.Nas de mais ad mi nis tra do ras de con sór cio,

a taxa de ad mi nis tra ção va ria até 16%. Deacor do com in for ma ções do Ban co Cen tral,são 44 ad mi nis tra do ras de con sór cio queope ram no país com veí cu los pe sa dos.

Coo pe ra ti vasNa ava lia ção do pre si den te da Ab cam,

as ta xas do CDC tam bém es tão fora da rea -li da de dos ca mi nho nei ros au tô no mos. Joséda Fon se ca Lo pes diz que quem está con -se guin do fi nan ciar ca mi nhão atual men tesão os pro fis sio nais que se agru pam em as -so cia ções e coo pe ra ti vas. “Os ca mi nho nei -ros, prin ci pal men te no Sul do país, se agru -pam e con se guem com prar o ca mi nhãonovo com ta xas me no res.”E um dos alia dos des ses gru pos é o Ban -

co do Bra sil, atra vés do cha ma do BB Coo per -

EM ALTA Indústria de motos percebeubom momento e facilita crédito e compra

LINHA ESPECIALPARA MOTOBOYS

O s mo to boys con tam com umali nha es pe cial de fi nan cia men todo Ban co do Bra sil: o Pro ger

Se tor In for mal. Os in te res sa dos po demfi nan ciar até 70% do va lor da mo to ci cle -ta. O pra zo de pa ga men to é de 36 me -ses (com ca rên cia de 6 me ses) e a taxaé de 6% ao ano mais TJLP (1,24% aomês e 15,9% ao ano).

Se gun do da dos da Abra ci clo (As so -cia ção Bra si lei ra dos Fa bri can tes de Mo -to ci cle tas, Ci clo mo to res, Mo to ne tas, Bi -ci cle tas e Si mi la res), en tre ja nei ro e ju lhodes te ano, foi re gis tra do um cres ci men -to de 1,3% nas ven das – 513.068 mo to -ci cle tas co mer cia li za das, nú me ro quepode che gar até 1 mi lhão no fi nal doano. O mo de lo mais ven di do em ja nei rofoi a Hon da CG Ti tan 125 cc, que ce deuo pos to de fe ve rei ro em dian te para aver são 150 cc. Até ju lho, os dois mo de -los ven de ram 258.644 uni da des(50,4% das mo tos ven di das no país). AsYa ma ha mo de los YBR 125 e a XTZ 125ven de ram 55.288 uni da des (10,8% domer ca do no pe río do).

De acor do com pes qui sa rea li za daem 2002 pela Abra ci clo so bre o per fildos com pra do res, 22% ad qui rem amoto para tra ba lhar. Na oca sião, 26%

com pra ram à vis ta, 53% op ta ram pelocon sór cio e 21% fi nan cia ram.

As ta xas ban cá rias para fi nan cia -men to de moto são maio res que as decom pra de ca mi nhões. A taxa mé dia éde 2,5% ao mês (33,5% ao ano) con tra2% dos veí cu los pe sa dos. Os pra zos depa ga men to são os mes mos (má xi mo de36 me ses), mas a en tra da mí ni ma paraa moto é me nor (10% con tra 20%).

Quan do a op ção é o con sór cio, osca mi nhões têm pra zos maio res (até 100me ses) e ta xas de ad mi nis tra ção me no -res (mé dia de 16% ao ano). Como o va -lor de uma moto é bem me nor que a deum ca mi nhão, os mo to boys nem mes -mo rei vin di cam me lho res con di ções depa ga men to. Até por que eles têm maisop ções – são 184 ad mi nis tra do ras decon sór cio de mo tos e 44 de ca mi nhões.

Uma CG Ti tan 150 cus ta em mé diaR$ 5.475 e pode ser ad qui ri da no Con -sór cio Hon da em 72 pres ta ções de R$101,11 ou 36 de R$ 190,37. A mes mamoto pode ser fi nan cia da pelo Ban coHon da: 20% de en tra da (R$ 1.095) emais 36 pres ta ções de R$ 202,81 (taxade 2,7% ao mês). Os in te res sa dos têmque com pro var ren da três ve zes maiorque o va lor da pres ta ção.

Page 42: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

fat. O ban co faz con vê nios com as so cia çõese coo pe ra ti vas de ca mi nho nei ros e os as so -cia dos das mes mas pas sam a con tar com ali nha de cré di to, que fi nan cia até 90% do va -lor do veí cu lo, com 72 me ses de pra zo e jurode 4% ao ano mais TJLP (que dá 1,08% aomês, ou 13,75% ao ano).A As so cia ção dos Pro prie tá rios de Ca mi -

nhões de Trans por te de As tor ga , no Pa ra ná,é uma das con ve nia das com o BB. Se gun doo pre si den te da as so cia ção, Mar cos Cé sar, ogru po con ta com 140 as so cia dos e boa par -te já se be ne fi ciou do fi nan cia men to.A as so cia ção foi cria da em 1989, quan -

do um ca mi nho nei ro da re gião se aci den -tou e al guns co le gas de pro fis são se uni -ram para pa gar as des pe sas. A par tir daí,to dos co me ça ram a con tri buir men sal -men te para a as so cia ção, que pas sou aem pres tar o di nhei ro sem ju ros para osca mi nho nei ros que pre ci sas sem com prarpe ças ou con ser tar o ca mi nhão. A Coo pe ra ti va dos Trans por ta do res Ro -

do viá rios de Car ga do Es ta do de Mi nasGe rais, que tem cer ca de mil as so cia dos,é ou tra en ti da de que fir mou con vê niocom o Ban co do Bra sil. O pre si den te dacoo pe ra ti va, José Car nei ro, diz que ape -

nas no ano pas sa do 150 coo pe ra doscom pra ram ca mi nhões no vos pelo BBCoo per fat. Para Car nei ro, o go ver no fe de -ral foi in fe liz ao lan çar o Mo der car ga.“No Ban co do Bra sil, que é es ta tal, os ju -ros são de 13% ao ano, en quan to a taxado Mo der car ga é de 17%”, diz. Se gun doo di ri gen te mi nei ro, o pre si den te Lula nãoco nhe ce a rea li da de dos ca mi nho nei ros.“A gran de di fi cul da de é a ins ta bi li da dedo mer ca do. A em pre sa nos paga o fre tede acor do com a ofer ta e a pro cu ra. Exis -tem mais ca mi nhões do que ser vi ço.”O pre si den te do Sin di ca to da União Bra -

si lei ra Ca mi nho nei ros, José Na tan, diz queos ca mi nho nei ros que vão do Nor te do paíspara o Su des te têm di fi cul da des de ar ru -mar fre te para vol tar car re ga dos para o Es -ta do de ori gem. Se gun do Na tan, há ca mi -nho nei ros que che gam a es pe rar mais de20 dias em São Pau lo para con se guir vol tarcom o veí cu lo car re ga do para o Nor te.“Não tem car ga. Fala-se que a eco no miaestá me lho ran do, mas o vo lu me de car ganão au men tou. Quem vive de car re to estápela hora mor te. Até se con se gue fa zer o fi -nan cia men to do ca mi nhão, mas não dápara pa gar”, diz Na tan. l

“O MODERCARGAFOI PRESENTE DEGREGO. FOI PIORQUE O PROGRAMADO GOVERNOANTERIOR”, DIZFONSECA LOPES

coMo fiNANciAr o cAMiNhãoConfira alternativas de linhas de crédito para autônomos

MODECARGA CRéDItO DIREtO AO COnsUMIDOR

COnsóRCIOs

AssOCIAçõEs E COOPERAtIVAs

Taxa 2% ao mês ou 26,82% ao ano

Bens caminhões novos ou atécom 5 anos de uso

Entrada mínima 20% do valor do bem

Prazo médio 36 meses

Prazos de 24 meses a 100 meses

Taxa administração de 4% ao ano a 16% ao ano

Empresas 44

Atuação de 4/2004 até 28/3/2005

Meta financiar 20 mil caminhões, caminhões-tratores, cavalos-mecânicos, reboques,semi-reboques, chassis e carroceriasnovos ou com até 7 anos de uso

Balanço o BNdES não tem um balanço oficial,mas em quatro meses praticamentenenhum caminhão foi financiado

Valor r$ 2 bilhões, sendo r$ 600 milhões disponível para o financiamento de caminhões

usados com até 7 anos

Prazos

Novos até 60 meses, com carência de trêsmeses

Usados até 36 meses, também com carênciade três meses

Percentual até 70% do valor do caminhãofinanciado

Taxa de 17% ao ano + tJLP, o que dá 1,371% juros ao mês

Produto BB Cooperfat

Percentual até 90% do valor do veículofinanciamento

Prazo até 72 meses

Taxa 4% ao ano mais tJLP (1,08%ao mês ou 13,75% ao ano)

• Autônomos: 450 mil caminho-neiros e 1 milhão de motoboys

• Frota: 1,6 milhão de caminhões(até janeiro) e 5,9 milhões demotocicletas (até julho)

• Idade média: 18 anos (ca-minhões) e 10 anos (motos)

• Produção (2003): 78,9 milcaminhões ((12,6 mil exportadose 66,3 mil vendidos) e 954,6mil motos (100,4 mil exportadase 854,2 mil vendidas)

* Até julho deste ano,foram produzidos59,5 mil caminhões e 513.068 motoci-cletas

fontes: Ministério das Cidades, denatran, renavam, Sistema Nacional de Estatística de trânsito, abraciclo, fenabrave, instituições financeiras, BNdES, administradoras de consórcios e Banco Central

radiografiada frota

Page 43: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

SETEMBRO 2004 CNTREVISTA 43

Page 44: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

44 CNTREVISTA SETEMBRO 2004

URGÊNCIAAção própriana BR-365

SOLUÇÃO CASEIRAINFRA-ESTRUTURA

MODAL RODOVIÁRIO

APÓS ESPERA, EMPRESÁRIO BANCA REFORMA DE RODOVIA

POR SANDRA CARVALHO

C an sa do de es pe rar ati tu -des do go ver no, o ci da -dão mais uma vez ten tare sol ver pro ble mas pú -

bli cos por con ta pró pria. De poisde ini cia ti vas re gis tra das no RioGran de do Nor te e no Mato Gros -so, em pre sá rios do Triân gu lo Mi -nei ro (oes te de Mi nas Ge rais) seuni ram para ta par bu ra cos em tre -chos da BR-365 e da BR-452com re cur sos do pró prio bol so. Aini cia ti va sur giu como so lu çãopara reduzir os pre juí zos causa-dos pelas más con di ções das ro -do vias, se gun do Vi cen te de Pau laRe sen de, ge ren te do Gru po Dé -cio, em pre sa do ramo de pos tosde com bus tí veis.O tre cho de 220 km re ce beu

em 30 dias uma ope ra ção tapa-bu ra co. A obra teve cus to de R$60 mil e foi fi nan cia da por em pre -sas da re gião. “To ma mos a ati tu depor que há anos os di re to res deem pre sas e trans por ta do res co -bram do go ver no a ini cia ti va e, háanos, nada é fei to. São ofí cios emais ofí cios en via dos aos ór gãoscom pe ten tes que fi cam ape nasnos pe di dos e, como res pos ta,nas pro mes sas”, afir ma Re sen de.

Na úl ti ma Pes qui sa Ro do viá riaCNT, as ro do vias fi ca ram em 50º(BR-365) e 72º (BR-452), comclas si fi ca ção de fi cien te. “A em -pre sa não faz isso só por ela, mastam bém pela se gu ran ça de to dosaque les que pas sam pelo tre cho”,diz o ge ren te, que gas tou em mé -dia R$ 300 por qui lô me tro na ope -ra ção. “Fi ze mos as con tas, com -pra mos as fal to, pro du zi mos umapar te da mas sa e con tra ta mospes soal para exe cu tar a obra.Tudo fi cou pron to em 30 dias.”

Se gun do Re sen de, o apoio sóchegou no tre cho da BR-365 pró -xi mo a Tu pa cu gua ra, onde pre fei -tu ra e em pre sá rios lo cais abra ça -ram a cau sa.Re sen de diz que o gru po re ce -

beu apoio de po li ciais ro do viá riosda re gião. E, em bo ra um fis cal deou tra área te nha dito aos em pre -sá rios que aque la obra po de ria serile gal. “Não fo mos im pe di dos emne nhum mo men to. O fis cal che -gou a co men tar que o que es tá va -mos fa zen do era proi bi do.”

MANOEL SERAFIM

Page 45: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

SETEMBRO 2004 CNTREVISTA 45

A as ses so ria de im pren sa doDnit (De par ta men to Na cio nal deIn fra-es tru tu ra em Trans por tes),ór gão res pon sá vel por obras emro do vias fe de rais, ati tu des comoas dos em pre sá rios do Triân gu loMi nei ro são ile gais, pois, sem in -for ma ções su fi cien tes so bre as es -pe ci fi ca ções téc ni cas das es tra -das, as obras po dem com pro me -ter mais ain da a ro do via. So men teos su per vi so res do Dnit têm au to -ri za ção para acom pa nhar obras.Ain da se gun do a as ses so ria do

Dnit em Bra sí lia, as obras nas BRs365 e 452 de ve riam ter sido im pe -di das pelo ór gão re gio nal e os em -pre sá rios, no ti fi ca dos so bre a ir re -gu la ri da de da ope ra ção. “Du ran tetodo o tem po em que exe cu ta mosa obra, nin guém nos no ti fi cou denada. Pa re ce que o go ver no nãofaz nada e não quer dei xar quenin guém faça”, diz Re sen de. Apre vi são do Dnit é que as ope ra -ções de ma nu ten ção e pre ser va -ção das duas ro do vias es tão pre -vis tas para acon te ce rem ain daeste ano. Os edi tais de con cor rên -cia já fo ram anun cia dos e o ór gãoaguar da o pro ces so de li ci ta ção.A ile ga li da de do ato dos em -

pre sá rios mi nei ros é pre ce di da deum de ba te de di rei tos e de ve resna re la ção Es ta do-ci da dão. Quan -do a ação de re for mar es tra das,de ver do Es ta do e di rei to do ci da -dão, fi cou à de ri va, as fun ções secon fun di ram. “Não faz sen ti doum em pre sá rio ar car com os pre -juí zos mo ti va dos pela in com pe -tên cia da má qui na pú bli ca”, diz omes tre em ad mi nis tra ção pú bli cae pro fes sor da UFPR (Uni ver si da -

o que mais me es pan ta é a pas si -vi da de com que os em pre sá riosvêem esse ato. E mui tos vêem ain -da como um in ves ti men to”, afir maDias. O cien tis ta po lí ti co su ge reque em pre sas en trem com umaação ju di cial con tra o go ver nopara ten ta rem recuperar o pre juí -zo. “Às ve zes, ao per ce ber que aini cia ti va pri va da ban cou umaope ra ção, o go ver no de mo ra maisain da em aten der às rei vin di ca -ções. Acho que os em pre sá rios,as sim como to dos os ci da dãos,de vem ini ciar uma pos tu ra po lí ti camais os ten si va de co bran ça dasres pon sa bi li da des do go ver no.”

Bu ra co des trui dorOu tra ini cia ti va em pre sa rial

tam bém foi re gis tra da na BR-365,mo ti va da por um úni co bu ra co,de qua se 3 me tros de diâ me tro e60 cm de pro fun di da de. “Cadavez que um mo to ris ta dei xa va oôni bus cair no bu ra co tí nha mosda nos me câ ni cos e no mo tor”, dizo ge ren te de ma nu ten ção da Na -cio nal Ex pres so, Már cio Ale xan dreAn tu nes. O bu ra co pro vo ca va pelome nos uma ocor rên cia de ôni busque bra do por dia para a em pre sade trans por te de pas sa gei ros. “Vá rios ofí cios foram en via -

dos aos ór gãos com pe ten tes enão fo ram aten di dos”, diz o ge -ren te. Dian te da si tua ção, a em -pre sa to mou a de ci são de tam -par a cra te ra por con ta pró pria esem cus tos. “O bu ra co foi, pelome nos, tem po ra ria men te ta pa -do, e es pe ro que fi que até queos ór gãos com pe ten tes to memal gu ma ati tu de.” l

de Fe de ral do Pa ra ná), Her bertAge. O ci da dão pa gar uma ele va -da car ga tri bu tá ria para ter de to -mar ati tu des como a dos em pre -sá rios mi nei ros re ve la uma pos tu -ra, se gun do Age, apo lí ti ca. “O em -pre sá rio paga duas ve zes pelames ma coi sa. Acho que, quan dohá esse tipo de ação, (o em pre sá -rio) de ve ria pe dir de du ção no va -lor dos im pos tos que pa gam.”O cien tis ta po lí ti co José Lu cia -

no Dias, do Ibep (Ins ti tu to Bra si lei -ro de Es tu dos Po lí ti cos), diz que ofato de em pre sá rios fa ze rem o pa -pel do go ver no é um si nal de fa -lên cia da má qui na pú bli ca. “Elespa gam um du plo cus to e não sãores sar ci dos de for ma ne nhu ma. E

“SÃO OFÍCIOSE OFÍCIOSENVIADOSAOS ÓRGÃOSOFICIAISQUE FICAMSÓ NOSPEDIDOS EPROMESSAS”

EMPRESÁRIOSE CIDADÃOSDEVEM TERPOSTURAPOLÍTICAOSTENSIVA DECOBRANÇADO GOVERNO

Page 46: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

46 CNTREVISTA SETEMBRO 2004

A té que se tor ne rea li da deo sis te ma de tele-trans -por te, di fun di do no se ria -do “Jor na da nas Es tre -

las”, a lo gís ti ca in dus trial será umins tru men to es sen cial para bonsre sul ta dos em pre sa riais.As sim, en quan to essa tec no -

lo gia não se tor na dis po ní vel,bus ca-se a “oti mi za ção de re -sul ta dos”, que nada mais é doque se ten tar ob ter a maior pro -du ti vi da de pos sí vel de ser vi ço epro du ção com os re cur sos téc -ni cos e hu ma nos dis po ní veis. Um exem plo des sa es tra té gia

que une lo gís ti ca e oti mi za ção dere sul ta dos é o con cei to de ae ro -por to in dus trial, ado ta do há dé ca -das nos Es ta dos Uni dos e na Eu ro -pa e que, no Bra sil, de ve rá ter seupri mei ro pro je to im plan ta do no Ae -ro por to In ter na cio nal Tan cre do

EM OBRAS Aeroporto de Confins prepara mudanças para se adequar a projeto de terminal ligado à indústria

FUNCIONALAEROPORTO

PROJETO PRETENDE TRANSFORMARCONFINS EM LINHA DE PRODUÇÃO

POR RONALDO ALMEIDA

INVESTIMENTO

MODAL AEROVIÁRIO

FOTOS PAULO FONSECA

Page 47: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

Ne ves, em Con fins (re gião me tro -po li ta na de Belo Ho ri zon te), a par -tir de 2005. No Bra sil, esse sis te -ma co me çou a ser dis cu ti do em2001 pe los Mi nis té rios da In dús -tria e Co mér cio e da Fa zen da, een vol veu ain da a In frae ro (Em pre -sa Bra si lei ra de In fra-es tru tu ra Ae -ro por tuá ria) e o ex tin to mo vi men toPró-Con fins, cria do em Belo Ho ri -zon te por em pre sá rios e o go ver node Mi nas para rea ti var as ati vi da -des do ae ro por to. Es sas ne go cia ções per mi ti ram

a for mu la ção de um con cei to vol -ta do para a rea li da de em pre sa riale tri bu tá ria bra si lei ras, ex pres so naIns tru ção Nor ma ti va 241 da Re -cei ta Fe de ral de 2002. Esta me di -da nor ma ti zou a ins ta la ção, den trode ae ro por tos de gran de por te, deplan tas in dus triais de alta tec no lo -gia, con su mi do ras de in su mos im -por ta dos e que ex por tem os pro -du tos fi nais. A prin ci pal van ta gem:a isen ção de tri bu tos, como o Im -pos to de Im por ta ção, Im pos to so -bre Pro du tos In dus tria li za dos, PISe Co fins, além do ICMS, pois nãohá co mer cia li za ção in ter na. O ob -je ti vo prin ci pal da pro pos ta é au -men tar as ex por ta ções.

Fim da ocio si da deA es co lha do Ae ro por to Tan cre -

do Ne ves como ter mi nal in dus trialune o útil ao ne ces sá rio – im plan -tar um sis te ma que in cre men ta ráa eco no mia mi nei ra e na cio nal e,ao mes mo tem po, dar um bas tano ele va do grau de ocio si da de deum dos mais mo der nos ae ro por tosdo país. Afi nal, os US$ 500 mi -lhões in ves ti dos em Con fins na dé -

ca da de 80 ser vem para aten der aso men te 500 mil dos 5 mi lhões depas sa gei ros/ano de sua ca pa ci da -de. O se tor de car gas pode mo vi -men tar 40 mil to ne la das/ano, masope ra so men te 27 mil to ne la das. O su pe rin ten den te de lo gís ti ca

de car ga da In frae ro, Gus ta voSchild, es ti ma em 35% a re du çãodos cus tos de pro du tos mon ta dosou fa bri ca dos nos ae ro por tos in -dus triais bra si lei ros, o que os tor -na rão bas tan te com pe ti ti vos. “Osae ro por tos in dus triais são uma so -lu ção para no vas uni da des de pro -du ção”, diz Schild.O su pe rin ten den te da In frae ro

acre di ta que até ou tu bro seráaber ta li ci ta ção para em pre sas in -te res sa das em se ins ta la rem noslo tes de 5.000 m2 de uma área de70 mil m2, ini cial men te dis po ni bi -li za da no si tio do ae ro por to – a áreato tal de Con fins para re ce ber in -dús trias é de 1 mi lhão de m2. “No mo men to, a Re cei ta Fe de -

ral aguar da o tér mi no dos tra ba -lhos da In frae ro de con clu são deum pro gra ma para ge ren ciar o sis -te ma in for ma ti za do de ae ro por toin dus trial, a fim de po der au to ri zaro iní cio des sas ati vi da des adua nei -ras em Con fins”, diz a ins pe to ra daRe cei ta Fe de ral no ae ro por to Tan -cre do Ne ves, Elza Ser rão. O con cei to bra si lei ro de ae ro -

por to in dus trial bus ca en vol verem pre sas “lim pas”, de tec no lo giade pon ta e com alto po der de agre -ga ção de va lor, com nas áreas debio tec no lo gia, jóias, mé di co-hos pi -ta lar, ali men tos e far má cia. No se -tor de jóias, o be ne fí cio está napos si bi li da de de se agre gar va lor aum ma te rial que, em gran dequan ti da de, é ex por ta do ile gal -men te e em es ta do bru to – ge mase pe dras pre cio sas, que re tor namcomo jóias “do la ri za das”.A im plan ta ção do ae ro por to

in dus trial coin ci de com a po lí ti caatual dos em pre sá rios re pre sen -

“AEROPORTOINDUSTRIALÉ SOLUÇÃOPARA NOVASUNIDADESPRODUTIVAS”

CAMPANHA PARA SENSIBILIZAR

A té de zem bro, a In frae ro,o DAC, a Se cre ta ria deDe sen vol vi men to Eco -

nô mi co de Mi nas Ge rais e aPre fei tu ra de Belo Ho ri zon teten ta rão sen si bi li zar os usuá riosdos vôos co mer ciais a se des lo -ca rem nos 41 km que li gam ocen tro da ca pi tal mi nei ra ao ae -ro por to de Con fins, per cur so de40 mi nu tos, per to dos 60 mi nu -tos dos des lo ca men tos aé reosBelo Ho ri zon te-Rio, São Pau loou Bra sí lia. Para a Pam pu lha, otem po cai pela me ta de.

“Ago ra só fal ta con quis tar -mos os pas sa gei ros de BeloHo ri zon te para, com res pei to eha bi li da de, sen si bi li zá-lo emuma cam pa nha in te li gen te de

mí dia. Tam bém de ve mos im -ple men tar ações nas áreas dese gu ran ça e aces so a Con fins”,diz o di re tor de ope ra ções daIn frae ro, bri ga dei ro Fre de ri code Quei roz Vei ga.

Para ame ni zar o au men todas des pe sas dos usuá rios, ascor ri das de táxi, hoje, na fai xade R$ 70, po de rão ser re du zi -das em até 50% e as ta ri fas deem bar que se rão re vis tas. Parame lho rar o aces so a Con fins, ogo ver no de Mi nas se pron ti fi coua rea li zar, em 90 dias, obrasemer gen ciais na MG-010, queliga Belo Ho ri zon te e Con fins, aocus to de R$ 3 mi lhões, e ain dapu bli ca rá em bre ve um edi tales pe cí fi co para du pli ca ção da

ro do via, obra que de ve rá sercon cluí da en tre dois e três anos,num va lor es ti ma do de R$ 30mi lhões. Pelo lado das com pa -nhias aé reas, a In frae ro es tu da -rá a re du ção das ta ri fas ae ro por -tuá rias e o go ver no mi nei ro po -de rá re du zir de 25% para 16%a alí quo ta do ICMS so bre oque ro se ne de avia ção, aexem plo do que ocor reu noRio. As em pre sas ale gam au -men to de cus tos para ope rarem Con fins – cada vôo exi gi rácin co mi nu tos a mais de ope -ra ção em re la ção ao Ae ro por -to da Pam pu lha, num gas toope ra cio nal de US$ 6.000/horae US$ 1,8 mi lhão por mês comos 120 vôos diá rios.

Page 48: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

48 CNTREVISTA SETEMBRO 2004

tan tes do se tor de jóias de Mi nasGe rais, um dos maio res pro du to -res mun diais de pe dras pre cio -sas. No en tan to, o pre si den te doAjo mig (Sin di ca to das In dús triasde Joa lhe rias, Ou ri ver sa ria, La pi -da ção de Pe dras Pre cio sas e Re -lo joa rias de Mi nas Ge rais), Rai -mun do Via na, con di cio na a ins ta -la ção de em pre sas do se tor emCon fins: quer in ter na li zar 80%dos pro du tos nos pri mei ros cin coanos e ex por tar 100% em 20anos. E mais: a isen ção dos atu-ais 20% do IPI, com a con tra par -ti da de au men ta rem em cin co ve -zes a ar re ca da ção de IRPJ, Co -fins e PIS. “Que re mos in ter na li zarnos sos pro du tos de for ma es ca lo -na da, pois so men te há cin coanos ini cia mos uma po lí ti ca deagre gar va lor aos nos sos pro du -tos, com pe dras e de signs bra si -lei ros. Por isso, ain da é cedo parain cre men tar mos gran de vo lu mede ex por ta ção”, diz Via na.Den tro des sas con di ções, Via na

ga ran te que 50 in dús trias se ins ta -la rão em Con fins num pra zo de

qua tro me ses, den tre elas uma daItá lia, de olho no gran de mer ca dode jóias bra si lei ro, con su mi dor de40 to ne la das de ouro por ano. “Es -sas in dús trias po de rão mo vi men -tar R$ 500 mi lhões anuais den trode três anos e con su mi rão en tre30% e 40% das 20 to ne la das doouro pro du zi das no Bra sil.”Para a ins pe to ra Elza Ser rão, as

em pre sas que pre ten dem se ins ta -lar em Con fins e co lo car seus pro -du tos no mer ca do na cio nal te rãode se sub me ter à atual le gis la çãobra si lei ra de im por ta ção. Be ne fí -cios tri bu tá rios, so men te sob au to -ri za ção es pe cí fi ca – no caso do IPI,a con cor dân cia terá de sair do Mi -nis té rio da In dús tria e Co mér cio ouda Re cei ta Fe de ral. “A isen ção doIm pos to de Im por ta ção é maiscom pli ca da por que se in se re noâm bi to do Mer co sul. Já a re du çãodo PIS e Co fins so men te será pos -sí vel atra vés de mu dan ças na le -gis la ção e terá de pas sar pelo Con -gres so.”Já o go ver no de Mi nas es pe ra

atrair in ves ti men tos da or dem de

US$ 1 bi lhão por meio das em -pre sas que po dem se ins ta lar noae ro por to de Con fins, com des -ta que nas áreas de bio tec no lo -gia, mi croe le trô ni ca e jóias. Comisso, es pe ra atrair para Con finspas sa gei ros exe cu ti vos des sesseg men tos, que de ve rão se so -mar aos usuá rios dos vôos queusa rão o ae ro por to da Pam pu lhaaté 30 de no vem bro. Ou tra me di da apli ca da para

rea ti var o Ae ro por to Tan cre doNe ves, além dos in cen ti vos parao trans por te de car ga, foi atrans fe rên cia de 120 vôos co -mer ciais diá rios, em mé dia, doAe ro por to da Pam pu lha paraCon fins. Essa de ci são afe ta di re -ta men te 8.500 pas sa gei ros, nú -me ro que deve aju dar a re du ziro dé fi cit de mo vi men ta ção noae ro por to in ter na cio nal.A me di da foi dis cu ti da em

reu nião rea li za da em agos to, noAe ro por to de Con fins, quan dose de fi niu o dia 1º de de zem bropara o iní cio das ope ra ções dosvôos in te res ta duais que hojeusam a Pam pu lha, uni da de quepas sa rá a re ce ber so men te vôosre gio nais e de táxi aé reo.A de ci são de le var os vôos para

Con fins foi to ma da pela In frae ro epelo DAC (De par ta men to de Avia -ção Ci vil) e in te gra acor do com aTam, Va rig, Gol e Vasp. Essa me di -da tam bém al te rou o per fil do Ae -ro por to San tos Du mont, no Rio,que des de 29 de agos to, re ce beso men te vôos da Pon te Aé rea Rio-São Pau lo – os de mais fo ramtrans fe ri dos para o Ae ro por to In ter -na cio nal Tom Jo bim-Ga leão. l

A INDÚSTRIADE JÓIASPODERÁMOVIMENTARR$ 500 MIANUAIS EMTRÊS ANOS

VAZIOMovimento baixofortalece idéias demodificar perfildo aeroporto

Page 49: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

SETEMBRO 2004 CNTREVISTA 49

Page 50: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

50 CNTREVISTA SETEMBRO 2004

Den tro de um mer ca do cada vez maiscom pe ti ti vo, gran de par te das em pre -sas na cio nais de trans por te ro do viá riode pas sa gei ros tem in ves ti do em edu -

ca ção, trei na men to e de sen vol vi men to de seusfun cio ná rios. A Via ção Ita pe mi rim, uma dasmaio res do Bra sil no se tor, apos ta na va lo ri za çãodo ser hu ma no, não ape nas como mão-de-obra,no mo men to em que a qua li da de dei xa de serum di fe ren cial para ser uma ca rac te rís ti ca bá si cade pro du tos e ser vi ços. Mo to ris tas, bi lhe tei ros eme câ ni cos da em pre sa pas sam pe rio di ca men tepor pro gra mas de trei na men to e re ci cla gem, ga -ran tin do um qua dro de fun cio ná rios de qua li da -de, sem pre atua li za dos nas téc ni cas ope ra cio naise de aten di men to ao pú bli co.De acor do com o de par ta men to de re cur -

sos hu ma nos da Ita pe mi rim, a re ci cla gem demo to ris tas é fei ta com cer ca de 2.860 pro fis -sio nais por ano, em 80 mil ho ras de trei na -men to. Os cur sos abor dam es pe cial men te as -pec tos de re la ções hu ma nas, saú de, meioam bien te, prá ti ca ope ra cio nal, Có di go deTrân si to Bra si lei ro, di re ção de fen si va, di re çãoeco nô mi ca e pri mei ros so cor ros.“Com essa vi são de de sen vol vi men to do pro -

fis sio nal em to dos os as pec tos que en vol vemsua ati vi da de, a em pre sa tem con se gui do umde sem pe nho ope ra cio nal sa tis fa tó rio, pro por cio -nan do as sim uma ope ra ção equi li bra da que,alia da a ou tras ações co mer ciais e ad mi nis tra ti -vas, pro je tam a or ga ni za ção para a ex ce lên ciados seus ser vi ços”, afir ma o ge ren te de re cur soshu ma nos da em pre sa, Ro nal son Var gas Men -des. “O re sul ta do é fun da men tal para aten deràs ex pec ta ti vas do mer ca do.”Nes te ano, está sen do de sen vol vi do um

gran de tra ba lho na área de trei na men to naIta pe mi rim, no cam po com por ta men tal e

RECICLAGEMDE VALORES

RECURSOS HUMANOS

NEGÓCIOS

ITAPEMIRIM OFERECE TREINOS PERIÓDICOS PARA SEUS FUNCIONÁRIOS

Page 51: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

SETEMBRO 2004 CNTREVISTA 51

ne bli na e chu va, den tre ou tras. O trei na men -to é item es sen cial dian te do atual qua drodas ro do vias bra si lei ras. Com mais de 80%das es tra das em con di ções pre cá rias, ocons tan te aper fei çoa men to se tor na umpon to obri ga tó rio para quem en fren ta bu ra -cos e má si na li za ção.Tam bém são rea li za das reu niões edu ca ti -

vas com as esposas dos mo to ris tas, en fo can -do as sun tos de in te res se ge ral como eco no -mia do més ti ca, acom pa nha men to do re pou sodo mo to ris ta, saú de, lazer e ou tros. “Pro cu ra -mos sen si bi li zar so bre a ati vi da de e para a ne -ces si da de de des can so e am bien te fa mi liar fa -vo rá vel”, diz Men des.A em pre sa pos sui ain da um ôni bus-es co la

trans for ma do em uni da de de trei na men to am -bu lan te, que per cor re o país re ci clan do seusme câ ni cos.

His tó riaUma das maio res em pre sas bra si lei ras de

trans por te ro do viá rio de pas sa gei ros, a Ita -pe mi rim nas ceu em 1949, como ETA (Em -pre sa de Trans por tes Au tos), em Ca choei rodo Ita pe mi rim (ES). Em 1953, sur ge o nomeque car re ga até hoje, fun da da por Ca mi loCola. Re cém-che ga do da Itá lia, após a 2ªGuerra Mundial, Ca mi lo Cola se tor nou só cioda ETA, que fa zia a li nha Ca choei ro de Ita pe -mi rim-Cas te lo. No ano da mu dan ça, a via -ção con ta va com 16 ôni bus e 70 fun cio ná -rios. Um ano de pois, a fro ta da em pre sache gou a 22 veí cu los, ini cian do o cres ci -men to e a sua con so li da ção no mer ca do.Hoje, a Ita pe mi rim con ta com cer ca de1.300 ôni bus, 5.000 profissionais (entreeles, 3.000 mo to ris tas) e per cor re mais de150 mi lhões de qui lô me tros por ano, le van -do mais de 3 mi lhões de pas sa gei ros porcer ca de 70% de todo o ter ri tó rio na cio nal.Sem pre atua li za da, a em pre sa am plia seus

ser vi ços e hoje ofe re ce aos via jan tes a al ter na ti -va de com prar a pas sa gem pela In ter net. l

mo ti va cio nal, com meta de al can çar a to ta li -da de dos fun cio ná rios em todo país. Paraisso, foi fir ma da par ce ria com pro fis sio naisda área e o tra ba lho vem ob ten do re cep ti vi -da de dos co la bo ra do res da em pre sa. Se gun -do o RH da em pre sa, até o fi nal do mês deagos to, cer ca de 2.545 fun cio ná rios par ti ci -pa ram des se trei na men to, com a in ten ção,se gun do Men des, “de des co bri rem a for çaque tem den tro de si, au men tan do a auto-es ti ma, a con fian ça e a mo ti va ção”. O as pec to pre ven ti vo é tam bém uma das

preo cu pa ções bá si cas, es pe cial men te noque se re fe re à se gu ran ça dos usuá rios e dopes soal. Car ta zes são afi xa dos nas prin ci paisinstalações dos mo to ris tas, en fa ti zan do ospon tos crí ti cos em tre chos co ber tos pe las li -nhas da em pre sa. En car tes são edi ta dos pe -rio di ca men te for ne cen do in for ma ções im -por tan tes so bre pre pa ra ção das via gens,ope ra ção em con di ções des fa vo rá veis como

RECICLAGEMDE VALORESPOR CLÁUDIO ANTONIO

FOTOS PAULO FONSECA

VIAÇÃO ITAPEMIRIMESTADOS ATENDIDOS

21CIDADES

2.000FROTA

1.300 ônibus

PONTOS DE VENDASDE PASSAGENS

960FUNCIONÁRIOS

5.000NA INTERNET

www.itapemirim.com.br

Contatos 0300 789 2002

ITAPEMIRIM OFERECE TREINOS PERIÓDICOS PARA SEUS FUNCIONÁRIOS

Page 52: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

52 CNTREVISTA SETEMBRO 2004

Page 53: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

SETEMBRO 2004 CNTREVISTA 53

O de sen vol vi men to eco nô mi co bra -si lei ro vem au men tan do o con su -mo in dus trial de pro du tos pe ri go -sos e o trans por te de les é uma ati -

vi da de fun da men tal para pos si bi li tar a mo vi -men ta ção des ses ma te riais na ca deia pro du -ti va. A preo cu pa ção em tor no des se tema sejus ti fi ca pois es sas ope ra ções agre gam di ver -sos ris cos ao sis te ma ro do viá rio, como va za -men tos, que po dem pro vo car mor tes, da ni fi -car o pa tri mô nio e os ecos sis te mas, em de -cor rên cia de in cên dios, ex plo sões, con ta mi -na ções, efei tos tó xi cos e até mes mo da nosge né ti cos so bre os se res vi vos.Os aci den tes en vol ven do pro du tos pe ri go -

sos têm sido ob je to de preo cu pa ção ao lon godos úl ti mos anos, tan to por par te do go ver no,como da in dús tria e das co mu ni da des en vol -vi das. A ques tão foi tema da Con fe rên cia In te -ra me ri ca na de Trans por te de Pro du tos Pe ri go -sos (Ci trans ppe), que acon te ceu em São Pau -lo no iní cio de se tem bro, e que tra tou de ma -nei ra ex ten si va o trans por te de pro du tos pe ri -go sos em di fe ren tes paí ses, tan to do pon to devis ta da le gis la ção e nor ma li za ção apli ca daaos di fe ren tes mo dais, como em re la ção àsques tões de se gu ran ça.O ob je ti vo da Ci trans ppe, pro mo vi da e rea -

li za da em uma par ce ria en tre o Ins ti tu to Pa na -

COMO FAZER DO PERIGO UM ALIADOTRANSPORTE DE PRODUTOS DE ALTO RISCO EXIGE CUIDADOS

POR CLAÚDIO ANTONIO

PROTEÇÃO

MEIO AMBIENTE

JONATHAN CAMPOS/GAZETA DO POVO./FUTURA PRESS

Page 54: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

me ri ca no de Car re te ras Bra sil (IPC/BR) e aAs so cia ção In te ra me ri ca na de En ge nha ria Sa -ni tá ria e Am bien tal (Ai dis), é de ba ter ques tõesde le gis la ção, acor dos de coo pe ra ção, se gu -ran ça e pla ne ja men to de emer gên cias, sis te -mas de ges tão no trans por te de pro du tos pe ri -go sos e trans por te no mer ca do glo ba li za do.Em todo o mun do, os pro du tos pe ri go sos

são trans por ta dos em di fe ren tes mo dais (ro -do viá rio, fer ro viá rio, ma rí ti mo, flu vial e atra vésde du tos) e es tão su jei tos não so men te a umasé rie de si tua ções de pe ri go, mas tam bém anor mas pró prias de cada lu gar. Pela gran decom bi na ção de fa to res ad ver sos como o es ta -do da via, tra ça do, ma nu ten ção, vo lu me detrá fe go e si na li za ção, con di ções at mos fé ri cas,es ta do de con ser va ção do veí cu lo e ex pe riên -cia do con du tor, en tre ou tros, a co mu ni ca çãoen tre to dos os en vol vi dos nes se tipo de trans -por te é fun da men tal para evi tar aci den tes comre sul ta dos gra ves. Os pro du tos clas si fi ca doscomo pe ri go sos po dem ter pro prie da des ex -plo si vas, in fla má veis, oxi dan tes, tó xi cas, cor ro -si vas, ra dioa ti vas ou in fec tan tes, rea ções quepro vo cam da nos ao meio am bien te e ris cos in -cal cu lá veis às co mu ni da des.O modo ro do viá rio é res pon sá vel pela

maio ria des se tipo de trans por te no Bra sil,mo vi men tan do prin ci pal men te pro du tos dose tor quí mi co, pe tro quí mi co e de re fi no depe tró leo. O trans por te des ses ma te riais re -pre sen ta cer ca de 90% do to tal do trans por -te ro do viá rio de pro du tos pe ri go sos, sen doque os lí qui dos in fla má veis res pon dem porqua se a me ta de des se trá fe go. Ape sar de a maio ria dos trans por tes des -

ses pro du tos ocor rer sem va za men tos, é pra -ti ca men te im pos sí vel ga ran tir se gu ran ça to taldu ran te as ope ra ções. Por isso, uma le gis la -ção sem pre efi caz é fun da men tal. No Bra sil,a ques tão da se gu ran ça está sen do cons tan -te men te aper fei çoa da, ten do como re fe rên -cias as re co men da ções da ONU e de ou trosre gu la men tos in ter na cio nais so bre o trans -por te de pro du tos pe ri go sos.A ANTT (Agên cia Na cio nal de Trans por tes

Ter res tres), atra vés da Su pe rin ten dên cia deLo gís ti ca e Trans por te Mul ti mo dal e Ge rên ciade Trans por tes Es pe ciais, pro mo veu uma re -vi são na le gis la ção bra si lei ra em fe ve rei rodes te ano. A Re so lu ção 420 tra tou ba si ca -men te de nor ma ti za ção téc ni ca para o essaca te go ria de trans por te.Se gun do a as ses so ria da Su pe rin ten dên -

cia, a nova re so lu ção foi atua li za da após a rea -li za ção de uma con sul ta pú bli ca, ten do comobase a 11ª e a 12ª edi ções da ONU do Re gu -la men to In ter na cio nal de Pro du tos Pe ri go sosado ta do na Eu ro pa – as edi ções da ONU so -bre trans por te de pro du tos pe ri go sos são re vi -sa das a cada dois anos, de vi do à di nâ mi ca deno vas for mu la ções e fa bri ca ção de pro du tos.Após a apro va ção das no vas ins tru ções, aagên cia ini cia a fase de acom pa nha men todes sas exi gên cias, com fis ca li za ção e cons -cien ti za ção dos agen tes en vol vi dos.Em vir tu de do alto ní vel de pe ri cu lo si da -

de de de ter mi na dos pro du tos, pela le gis la -ção vi gen te, todo mo to ris ta que tra ba lhacom trans por te des se tipo de ma te rial temque pas sar por um cur so de trei na men to

PELO MODALRODOVIÁRIO SÃOTRANSPORTADOSCERCA DE 90%DOS PRODUTOSPERIGOSOS

CUIDADOSTransporte de produtosperigosos exige vistoria

OSLAIM BRITO/FUTURA PRESS

Page 55: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

es pe cí fi co para trans por te de pro du tos pe -ri go sos. Caso con trá rio, além de ser mul ta -do, o con du tor terá pon tos em sua car tei rade ha bi li ta ção e ain da cor re rá o ris co de tero veí cu lo apreen di do.

Ação pre ven ti vaPre ve nir a ocor rên cia de in ci den tes du -

ran te o trans por te é mais efe ti vo, eco nô mi coe me nos com ple xo do que apli car re cur sos ees for ços so men te nas me di das cor re ti vas,se gun do a Po lí cia Ro do viá ria Fe de ral. Issore for ça a ne ces si da de da prá ti ca de açõespre ven ti vas di ri gi das para o con tro le de ris -cos de aci den tes.No fi nal do ano pas sa do, a PRF ini ciou

um pla ne ja men to de pa dro ni za ção da suaatua ção no se tor, que foi res pon sá vel peloin cre men to da fis ca li za ção. “A Po lí cia Ro do -viá ria Fe de ral sem pre fis ca li zou es ses pro du -tos, mas cada Es ta do tem uma atua ção di fe -ren cia da. Em ou tu bro de 2003, co me ça mosa pa dro ni zar, fa zen do trei na men to de po li -ciais. Hoje, 176 po li ciais de todo o Bra sil es -tão pre pa ra dos para esse tipo de fis ca li za -ção”, diz o ins pe tor An tô nio Pas sos de Sou -za, da Di vi são de Fis ca li za ção de Trân si to daPRF no Dis tri to Fe de ral (DF). “Con se gui mosdi mi nuir os er ros. Para se ter uma idéia, em2002 emi ti mos cer ca de 25 mil mul tas nes -sa área, nú me ro que de ve rá che gar a 75 milaté o fi nal des te ano, de acor do com as nos -sas pro je ções. Isso tudo por cau sa das sé riesde ope ra ções que pro mo ve mos.”O mo to ris ta de pro du tos quí mi cos con ta

com um ser vi ço ofe re ci do pela Abi quim(As so cia ção Bra si lei ra da In dús tria Quí mi -ca) para si tua ções de emer gên cia. Tra ta-sedo Pró-Quí mi ca, um sis te ma de in for ma -ções e co mu ni ca ções de sen vol vi do pelaas so cia ção, em ope ra ção des de 1989, como ob je ti vo de for ne cer, via te le fo ne, orien ta -ções téc ni cas, além de es ta be le cer con ta tocom o fa bri can te, trans por ta dor e en ti da -

EM 2002, A PRFEMITIU 25 MILMULTAS EM CASOSDE TRANSPORTEDE PRODUTOS DERISCO, NÚMEROQUE CHEGARÁ A75 MIL EM 2004

des pú bli cas e pri va das que de vem seracio na das em ocor rên cias.A cen tral de in for ma ções, que ope ra 24 ho -

ras to dos os dias, re ce beu nes te ano, até o fi nalde ju lho, 10.033 cha ma das, 176 de las em ca -sos emer gen ciais e in ci den tes, sen do que 99de las fo ram no mo dal ro do viá rio. O mo to ris tapode acio nar o Pró-Quí mi ca de qual quer lu gardo país, pelo nú me ro 0800 11 8270. A Abi quimco lo ca à dis po si ção tam bém pu bli ca ções e fi tasde ví deo so bre se gu ran ça no trans por te, ar ma -ze na gem e ma ni pu la ção de pro du tos quí mi cos.En tre es sas pu bli ca ções está o “Ma nual deEmer gên cias”, que lis ta mais de 3.000 pro du tosquí mi cos e for ne ce in for ma ções so bre clas si fi -ca ção de ris co, nú me ro da ONU e prin ci paisações emer gen ciais em caso de aci den tes. l

Page 56: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

56 CNTREVISTA SETEMBRO 2004

MAIS TRANSPORTE

BASTIDORES & NEGÓCIOS

VOLVO NA REPÚBLICA DOMINICANA

O grupo León Jimenes, fabricantede cervejas da RepúblicaDominicana, utilizará 76 caminhõessemipesados Volvo para a suaoperação de distribuição de bebidasem todo o país. Os modelos VolvoVM 17 adquiridos pela empresa serãoutilizados em mais de 200 rotascom pontos de venda das cervejasPresidente e Bohemia, as maisconsumidas na RepúblicaDominicana. A atual frota demais de cem caminhões daempresa é formadaexclusivamente por veículosda Volvo. Os caminhões foramproduzidos em agosto na fábricada Volvo localizada emCuritiba e começam aser entregues este mês.

TRANSPORTANDO COM SEGURANÇA

A Unilever, por meio do programa“Transportando com Segurança”,conseguiu reduzir em 65% onúmero de acidentes ocorridoscom motoristas que prestamserviço para a companhia.Nos últimos 12 meses, essenúmero caiu de 8 para2,8 acidentes a cada 10 milembarques. O sucesso doprojeto permitiu à Unileverser a vencedora do 15º PrêmioVolvo de Segurança no Trânsito,na categoria empresa.A premiação aconteceu em agosto,em Porto Alegre.

DIA DA LOGÍSTICA

A edição 2004 do semináriointernacional “Logismat”, eventointegrado à feira “Movimat”, trouxeuma grande novidade para osegmento e os profissionais relacionadosà logística: a institucionalização do Diada Logística. Resultado de extensapesquisa realizada pelo InstitutoImam com profissionais e leitoresda revista LOG&MAM, a iniciativacontou com o apoio de entidadesrelacionadas ao setor, tais comoABML, Aslog, Fecomércio eNTC&Logística. A data escolhida foi 6de junho, uma referência ao Dia D, 6de junho de 1944, um marco daSegunda Guerra Mundial no qualocorreu a maior operação logísticada história da Humanidade.

CONGRESSO INTERNACIONAL

Especialistas brasileiros eestrangeiros interessadosem apresentar suas recentescontribuições nas áreas decombustíveis e lubrificantesterão um importante espaçoem 2005. A SAE International,fundadora da SAE Brasil(Sociedade de Engenheirosda Mobilidade), organizapela primeira vez no Brasil oFuels & Lubricants2005 – Meeting and Exhibition –,congresso que é realizadoregularmente pela SAE emdiferentes países. O encontroserá promovido pela Seção Riode Janeiro da SAE Brasil entreos dias 11 e 13 de maio, noHotel Sofitel, Rio de Janeiro.

EXPORTADOModelos VolvoVM 17 foramvendidos parafabricante decerveja daRepúblicaDominicana

FOTOS DIVULGAÇÃO

Page 57: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

SETEMBRO 2004 CNTREVISTA 57

MULTI LIFT

Preocupada em oferecer produtose serviços que dêem maisautonomia e independência aosportadores de deficiência, aCavenaghi lançou o Multi Lift,elevador portátil de transferência.Com tecnologia 100% nacional, omais novo lançamento da empresa

facilita a transferência dosportadores de deficiência dedentro para fora de um automóvelou vice-versa. O Multi Lift podeser encontrado na loja daCavenaghi e nas concessionáriasautorizadas Cavenaghi e saipor R$ 3.200, já instalado.

VANDALISMO EM SINALIZAÇÕES

A Hot Line, um dos maioresfabricantes de materiais nestesegmento no Brasil, realizou pesquisapara detectar os principais problemasna área de sinalização viária vertical ehorizontal. Segundo a pesquisa,33% dos entrevistados apontaramcomo principal problema dasinalização viária horizontal(demarcações existentes nopavimento do sistema viário) adeficiência na implementação,desde o desenvolvimento do projetoaté a mão-de-obra disponível paraaplicação. A condição inadequadado pavimento de ruas e estradasé considerada por 19% dospesquisados o maior problemadas demarcações viárias.Já 14% apontaram a qualidadenão-satisfatória do material utilizadocomo principal falha no segmento.O vandalismo, com 28% dasopiniões, é o maior problema dasinalização viária vertical (notada-mente as placas colocadas ao ladoou sob a pista). No total, foram ouvi-dos 54 representantes de instituiçõespúblicas e privadas do setor detrânsito e transporte de todo o país.

KIT DELPHI MARINE

A Delphi Corporation apresentou o kitDelphi Marine XM SKYFi, o primeirorádio satélite (“plug & play”) paraaplicações marítimas, desenvolvidopara ser compatível com o Delphi XMSKYFi, o mais versátil rádio satélite domercado norte-americano. O kitDelphi Marine XM SKYFi permite aousuário utilizar o rádio satélite XM pormeio do receptor SKYFi enquanto oconsumidor atravessa os mares. O kitDelphi Marine oferece hardware einstruções permitindo a instalação dorádio satélite virtualmente em

qualquer barco. Para protegero Delphi Marine XM SKYFi contraespirros de água, o kit possui umacobertura suspensa com tratamentoultra-violeta, que ajuda os usuários avisualizarem a tela enquanto ajudaa proteger o receptor SKYFi. Umadaptador sem fio FM permiteaos usuários utilizar mais de 120canais XM de programaçãoincluindo notícias, esportes,trânsito, tempo e 68 estaçõesde música comerciais através darádio FM existentes nos barcos.

CENTRO DE MANUTENÇÃO

Pelo menos até dezembro, quando aCessna Aircraft Company – fabricanteda qual é representante – inauguramais um centro de manutenção deaeronaves executivas, no Kansas(EUA), o investimento da Táxi AéreoMarília (TAM) no aeroporto de Jundiaíse converterá no maior complexodo gênero no mundo, com ainauguração do Centro deTecnologia em Manutenção deAeronaves Executivas Comandante

Rolim Adolfo. O crescimentoda frota nacional e o aumento dademanda por serviços demanutenção e reparos daaviação executiva, além dasrestrições em Congonhas paraobras de ampliação, levaram aTAM a investir R$ 24 milhões nomaior e mais completo complexode manutenção de aeronavesexecutivas fora dos EstadosUnidos, segundo a empresa.

FACILITADORElevador portátilajuda alocomoção deportadores dedeficiência

Page 58: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

58 CNTREVISTA SETEMBRO 2004

P ro mo ver o en con tro deem pre sá rios, en ti da -des e go ver no, com apresença de feder-

ações, sindicatos, associações eimprensa, para de ba ter so breos prin ci pais pro ble mas e so lu -ções pro pos tas ao cres ci men todo se tor de trans por tes e daeco no mia do país foi o ob je ti vodo 5º Con gres so Na cio nal In ter -mo dal dos Trans por ta do res deCar gas, pro mo vi do pela ABTC(As so cia ção Bra si lei ra de Trans -por ta do res de Car gas). O in tui todo en con tro, ocor ri do em agos -to em Foz do Igua çu, no Pa ra -ná, foi so mar for ças para con ti -nuar co bran do e su ge rin doações de me lho ria para a área.Du ran te o Con gres so da

ABTC tam bém foi en tre gue oprê mio “O Trans por ta dor” àcom pa nhia Itai pu Bi na cio nal e àBR Dis tri bui do ra.De acor do com o pre si den te

da ABTC, New ton Gib son, asdis cus sões do tema re pre sen ta -ram uma for ma de mos trar a es -sen cia li da de do se tor na eco no -mia bra si lei ra. “É o trans por teque move a eco no mia na cio nal.So mos o elo es sen cial en tre a

cons tan te do se mi ná rio. “O quees ta mos ven do é uma aber tu rade mer ca do para a qual pre ci -sa mos de mais in ves ti men tosem in fra-es tru tu ra. Sem es sasações, não te re mos como gal garno vos mer ca dos”, diz o pre si -den te da ABTC.Na sua par ti ci pa ção no se -

mi ná rio, o se cre tá rio na cio nalde Po lí ti ca dos Trans por tes,José Au gus to Va len te, fri sou ares pon sa bi li da de do go ver noem re la ção ao cres ci men to dose tor, prin ci pal men te no mo dal

pro du ção e o con su mo. Semtrans por tes, a eco no mia nãoanda”, dis se du ran te dis cur sono even to. Tam bém fo ram fri sa -dos no en con tro os prin ci paisen tra ves dos trans por tes ma rí ti -mo, fer ro viá rio e aé reo. O Con gres so tam bém dis cu -

tiu o co mér cio ex te rior e a eco -no mia glo ba li za da. Os prin ci paisgar ga los para ex por ta ções, ofor ta le ci men to do Bra sil no Mer -co sul, as ne go cia ções com aAlca e a aber tu ra dos cor re do -res do Pa cí fi co fo ram tema

ACOBRANÇACONTINUAPOR

SANDRA CARVALHO

5ª EDIÇÃO DO CONGRESSO REFORÇA NECESSIDADE DE INVESTIMENTOS NA INFRA-ESTRUTURA

EVENTO ABTC

TRANSPORTE EM DEBATE

ABERTURA Solenidade doCongresso da ABTC

FOTOS ABTC/DIVULGAÇÃO

Page 59: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

ro do viá rio, res pon sá vel por63% de toda a mo vi men ta çãode car gas no Bra sil. Se gun doVa len te, o go ver no fe de ral estáin ves tin do na re cu pe ra ção dases tra das e, até mar ço de 2005,“a in ten ção é res tau rar 7.000km e dar ma nu ten ção em ou -tros 35 mil qui lô me tros”.Para o pre si den te da Fe -

trans par (Fe de ra ção dos Trans -por ta do res de Car gas do Pa ra -ná), Luiz An sel mo Trom bi ni, oen con tro foi uma for ma de co -brar mais uma vez do go ver nofe de ral a apli ca ção dos re cur sosda Cide como man da a lei.“Con se gui mos unir mais for çascom o in tui to de con ti nuar mosplei tean do nos sa cau sa”, diz oan fi trião do even to.

Re gras e fre tesA in fra-es tru tu ra não foi o

úni co tema em de ba te. O Con -gres so da ABTC se di re cio noutam bém à sus ten ta bi li da dedas em pre sas bra si lei ras. Opro je to de lei nº 71/2003 –que des bu ro cra ti za a fa lên ciadas em pre sas – tam bém foidis cu ti do en tre po lí ti cos e em -pre sá rios. “A apro va ção do

ACOBRANÇACONTINUA5ª EDIÇÃO DO CONGRESSO REFORÇA NECESSIDADE DE INVESTIMENTOS NA INFRA-ESTRUTURA

men tos em um se tor que é des -pro vi do de re gras.”

Sest/Se natO tra ba lho so cial de sen vol -

vi do pela CNT teve lu gar noCon gres so da ABTC. Ten docomo car ro-che fe os pos tos doSest/Se nat, o se mi ná rio re for -çou a par ti ci pa ção das en ti da -des de apoio aos tra ba lha do -res do trans por te no cres ci -men to da eco no mia e o com -pro me ti men to do em pre sa ria -do com o so cial. “O tra ba lhodo Sest/Se nat é um exem plode ini cia ti va que visa essecres ci men to, pois cons trói umpaís so cial men te mais jus to”,dis se Gib son du ran te dis cur soso bre o tema. Hoje, as uni da -des de apoio ao tra ba lha dordo trans por te já che gam àmar ca cen te ná ria. l

pro je to, que tra mi ta há 10anos, é uma for ma de ga ran tira re cu pe ra ção das em pre sas,ge ran do em pre gos em vez defe chá-los”, diz Gib son. O pro -je to já pas sou pela Câ ma ra eaguar da vo ta ção no Se na do.A au sên cia de re gras que or -

ga ni zem o se tor de trans por tede car gas tam bém foi tema emFoz do Igua çu. “A fal ta des sasre gras trans for mou o fre te ro do -viá rio co bra do no Bra sil em umdos mais bai xos do mun do, im -pe din do o cres ci men to do se -tor”, afir ma Gib son, para quema fal ta de pers pec ti va dos em -pre sá rios im pe de in ves ti men tosna in te gra ção dos mo dais, re -no va ção de fro tas, ras trea men -to dos veí cu los, se gu ran ça pú -bli ca, ar ma ze na men to de car -gas e for ma ção de mão-de-obra. “Nin guém apor ta in ves ti -

EM DEBATE Autoridades dotransporte namesa de evento

“SOMOS ELOESSENCIALENTRE APRODUÇÃOE CONSUMO.SEM TRANS-PORTE, AECONOMIANÃO ANDA”

Page 60: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

60 CNTREVISTA SETEMBRO 2004

Em ju lho, o vo lu me mo -vi men ta do pe las em -pre sas de car gas su pe -rou a casa dos 38,8 mi -

lhões de to ne la das. Esse nú me rore pre sen ta um acrés ci mo de2,26% so bre em ju nho. O prin ci -pal fa tor que ex pli ca o re sul ta doé o maior nú me ro de dias úteisem com pa ra ção com ju nho (22con tra 20). Com pa ra do com omes mo pe río do de 2003, ocor -reu ele va ção de 4,61%, o quepode in di car uma re cu pe ra çãoda ati vi da de in dus trial, prin ci palin fluên cia nes se mo dal. Só po de re mos con fir mar

esse fato com re sul ta dos as cen -den tes nos pró xi mos me ses.Des ta ca mos os au men tos damo vi men ta ção de car ga den trode São Pau lo (4,6%) e ori gi na -das na que le Es ta do com des ti -no à re gião Sul (13,9%).

En tre ja nei ro e ju nho de2004, a mo vi men ta ção de car -gas no mo dal fer ro viá rio re gis -trou vo lu me su pe rior a 186,6mi lhões de to ne la das úteis.Esse re sul ta do re pre sen ta umcres ci men to de 17,73% so breo pri mei ro se mes tre de 2003(o que equi va le a 43,0 mi lhõesde to ne la das úteis). O bom de -sem pe nho é re fle xo, ain da, dare cu pe ra ção do pre ço de al -gu mas com mo di ties no mer -ca do in ter na cio nal, do es for -ço ex por ta dor em preen di dopelo país no pe río do e dos in -ves ti men tos rea li za dos pe lasem pre sas de trans por te fer ro -viá rio de car gas.Cabe res sal tar que des de o

iní cio do ano a mé dia foi su pe -rior a 30 to ne la das/mês, amaior des de fe ve rei ro de 1996(ano de cria ção do Idet).

A mo vi men ta ção (em bar quemais de sem bar que) de car ganos ae ro por tos no pri mei ro se -mes tre foi de 285.490 to ne la dascon tra 242.488 to ne la das emigual pe río do de 2003. Para o se -tor aqua viá rio de car gas, o acu -mu la do no ano apre sen ta que dade 2,27%, mas ao ob ser var mosju nho de 2004 em com pa ra çãoao mês an te rior ocor reu um au -men to de 8% – com ju nho de2003, o au men to é de 16%. His -to ri ca men te, os me ses de abril ase tem bro são de maior mo vi -men to de car ga des se mo dal,com des ta que para os por tos deSan tos e de São Se bas tião comsig ni fi ca ti vos au men tos na mo vi -men ta ção, re for çan do o apa ren -te cres ci men to da eco no mia.O mo dal ro do viá rio de pas -

sa gei ros (seg men to in te res ta -dual) re gis trou em ju lho apro -

INDÚSTRIA ELEVAVOLUME DE CARGA

IDET

ESTATÍSTICA

MOVIMENTAÇÃO DE JULHO APONTA ALTA DE 2,26%, TENDÊNCIA QUEDEVE SER MANTIDA PARA CONFIRMAR RECUPERAÇÃO DA ECONOMIA

DE SEM PE NHODO MODALFERROVIÁRIOÉ REFLEXODO ES FOR ÇOEX POR TA DORFEITO PELOPAÍS NOPERÍODO

Page 61: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

SETEMBRO 2004 CNTREVISTA 61

xi ma da men te 6,12 mi lhões devia gens (16,89% su pe rior a ju -nho). As fé rias es co la res e omaior nú me ro de dias úteissão os prin ci pais res pon sá veispelo re sul ta do ob ser va do.No seg men to in ter mu ni ci pal

de pas sa gei ros, em ju lho, fo ramre gis tra dos 49,4 mi lhões dedes lo ca men tos. Se com pa ra docom o mes mo pe río do de 2003,hou ve um au men to de 3,5% –com o pe río do ime dia ta men tean te rior, re pre sen ta um cres ci -men to de 6,63%. Tam bém,nes se caso, o maior nú me ro dedias úteis e as fé rias es co la resex pli cam o cres ci men to.No trans por te co le ti vo ur ba -

no (ôni bus), fo ram re gis tra dosapro xi ma da men te de 864,8mi lhões de des lo ca men tos emju lho (39,3 mi lhões por diaútil), to ta li zan do 529,3 mi lhõesde qui lô me tros ro da dos pe lasem pre sas con ces sio ná rias nosmu ni cí pios. O Índice de Pas sa -gei ros Qui lô me tro (IPK) mé diode ju lho de 2004 foi de 1,62,os ci lan do en tre 1,15, na re giãome tro po li ta na do Rio de Ja nei -ro, e 2,24, no Rio Gran de doSul. O IPK es ta be le ce uma re -la ção en tre a de man da portrans por te co le ti vo, nú me ro depas sa gei ros trans por ta dos, e aofer ta, re pre sen ta da pela qui -lo me tra gem per cor ri da ou pro -du ção qui lo mé tri ca.Para mais es cla re ci men -

tos e/ou para down load dasta be las com ple tas do Idet,aces se www.cnt.org.br ouwww.fipe.com. l

DESTINOUF GO MS MT SP PR RS BRASIL

GO 27.479 2.781 4.584 53.360 728 846 577.297

MS 99 156.925 4.060 37.992 44 0 199.499

MT 44 453 13.861 24.989 1.308 10.714 106.983

SP 110.077 120.535 130.401 13.413.195 1.289.334 1.049.063 19.281.235

PR 1.063 1.282 4.020 802.400 2.473.461 66.913 4.468.675

RS 5.511 20.539 54.653 985.624 105.610 1.336.660 3.145.012

BRASIL 308.069 320.394 259.959 18.396.055 4.166.400 2.747.123 38.845.062

ORIGE

M

FONTE: CNT / FIPE-USP

MODAL FERROVIÁRIO DE CARGATONELADAS TRANSPORTADAS • JULHO/2004

DESTINOUF NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL BRASIL

NORTE 26.987 8.023 10.704 391 46.105

NORDESTE 26.987 1.261.404 29.480 296.357 2.258 1.616.486

CENTRO-OESTE 8.023 29.480 89.820 297.883 40.872 466.078

SUDESTE 10.704 296.357 297.883 2.041.793 435.574 3.082.311

SUL 391 2.258 40.872 435.574 429.111 908.206

BRASIL 46.105 1.616.486 466.078 3.082.311 908.206 6.119.186

ORIGE

M

FONTE: CNT / FIPE-USP

MODAL RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS INTERESTADUALPassageiros TRANSPORTADOS • JULHO/2004

Page 62: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004
Page 63: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

SETEMBRO 2004 CNTREVISTA 63

DESTAQUES SEST/SENAT

Gestão de recursos humanos e segurosDia 1º, às 8h30 e reprise às 17h

Trata do mau desempenho e das intervençõesdisciplinares com relação ao uso do poder e desuas conseqüências. Faz uma avaliação doimpacto econômico do valor do seguro sobre ocusto operacional da frota e sobre o valor dofrete e discute o papel da seguradora, dotransportador e do embarcador na negociaçãodo seguro.

Manutenção e garagem no transporte urbano Dia 16, às 8h30 e reprise às 17h

Demonstra a importância da garagem para odesempenho operacional da empresa de trans-porte. Apresenta os conceitos fundamentaispara construção de uma garagem e aimportância do recurso da informática paraaumentar os controles, agilizar os processos ediminuir custos de manutenção.

Gestão da qualidade e produtividadeDias 8 a 15, às 11h e reprise às 15h

O curso se destina à média e altagerência e tem por objetivo sistematizarinformações que permitam implantaro processo de gestão pela qualidadee produtividade em empresas detransporte.

TelefonistaDia 30, às 11h e reprise às 15h

Este curso foi concebido com ointuito de aperfeiçoar a ocupaçãoe melhorar a qualidade do serviçoprestado à empresa na área decomunicação telefônica, sistematizandoos conhecimentos da profissão.

DESTAQUES IDAQ

Neste mês, você vai conferir naRede Transporte a volta das “Tele-conferências Sest/Senat” e dasentrevistas do “CNT Responde” e“CNT e o Congresso”.A Rede Transporte também tem um novo horário defuncionamento: de segunda a sábado, das 7h30 às 22h.Informações sobre assinaturas: 0800-782891

Rede Transporte na InternetAlém dos tradicionais pontos deacesso e da TV por assinatura, agoravocê também pode assistir à nossaprogramação ao vivo pela Internet. Ésó acessar www.cnt.org.br, ir ao tópi-co Rede Transporte e clicar emAssista ao Vivo.Para assistir, é necessário ter emseu computador o programa RealPlayer, que pode ser instalado direto

NOVIDADES

PROGRAMAÇÃO • SETEMBRO 2004

da página. É só clicar no link Baixeo Real Player, que aparece abaixoda tela da Web TV.Em caso de dúvida na instalação,entre em contato conosco: 0800-782891.E você também pode assistir pela Astralsat, a TV porassinatura em banda C.

Informe CNTAcompanhe notícias do Brasil e doMundo em tempo real.

Previsão do TempoAcompanhe boletins dos principaisaeroportos do Brasil, com informaçõesde hora em hora das condições detempo. E ainda a previsão do tempopara as capitais do Brasil e para asprincipais rodovias nacionais.

Page 64: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

TELECURSO 2000Ensino FundamentalDas 7h30 às 8hReprise: 18h30 às 19h

Dia Matemática1 Aulas 59 e 602 e 3 Aulas 61 e 626, 7 e 8 Aulas 63 e 649 e 10 Aulas 65 e 6613 e 14 Aulas 67 e 6815 e 16 Aulas 69 e 7017 e 20 Aulas 71 e 7221 e 22 Aulas 73 e 7423 e 24 Aulas 75 e 7627 e 28 Aulas 77 e 7829 e 30 Aulas 79 e 80

Ensino MédioDas 8h às 8h30Reprise: 19h às 19h30

Dia Biologia1 Aulas 37 e 382 e 3 Aulas 39 e 406, 7 e 8 Aulas 41 e 429 e 10 Aulas 43 e 4413 e 14 Aulas 45 e 4615 e 16 Aulas 47 e 4817 e 20 Aulas 49 e 5021 e 22 ExB1 e ExB2

Dia Física23 e 24 Aulas 1 e 227 e 28 Aulas 3 e 429 e 30 Aulas 5 e 6

IDAQDas 8h30 às 10hReprise:17h às 18h30

Dias

1 Gestão de Recursos Humanos eSeguros (3 aulas)Definição e Negociação Tarifária noTransporte Urbano (Aulas 1 a 4)

2 Armazéns: Localização, Dimen-sionamento e Estoques (3 aulas)Definição e Negociação Tarifária noTransporte Urbano (Aulas 5 a 8)

3 Planejamento Estratégico (5aulas)Roteirizadores Automáticos eEletrônica Embarcada (2 aulas)

(Aula 1 a 3)Gestão de Custos e Preços deFretes (Aulas 1 a 4)

27 Melhoria na Produtividade deVeículos no Transporte Urbano(06 aulas)Aula 4 a 6Gestão de Custos e Preços deFretes (08 aulas)Aula 5 a 8

28 Controle da Demanda X Oferta noTransporte Rodoviário(Aulas 1 a 3)Introdução de Novas Tecnologiasno Transporte Urbano(Aulas 1 a 4)

29 Controle da Demanda X Oferta noTransporte Rodoviário(Aulas 4 a 6)Introdução de Novas Tecnologiasno Transporte Urbano(Aulas 5 a 8)

30 Gestão da Manutenção (5 aulas)Roteirizadores Automáticos eEletrônica Embarcada (2 aulas)

AUTO GIROToda terça: 10h às 10h30Reprise: quinta, das 16h às 16h30

FILHOSDas 10 às 10h30Reprise (no mesmo dia, a não ser quando indicado)das 16h às 16h30

1 Filho único2 Segunda mãe (reprise dia 3)3 Dinheiro (reprise dia 6)6 Auto-imagem (reprise dia 7)8 Temas transversais9 Jovem cidadão (reprise dia 10)10 Educação religiosa (reprise dia 13)13 Diabetes infantil (reprise dia 14)15 Educação para portadores de

deficiências16 Férias (reprise dia 17)17 Idades de mãe (reprise dia 20)20 Agora eu sei (reprise dia 21)22 Limites23 Crianças na arte (reprise dia 24)24 Violência (reprise dia 27)27 Computadores (reprise dia 28)29 Onde moro30 DislexiaCNT RESPONDE / CNT E O CONGRESSOÀs terças e quintas, das 10h30 às 11h e das 16h30 às 17h

6 e 7 Planejamento Estratégico (5aulas)Roteirizadores Automáticos eEletrônica Embarcada (2 aulas)Planejamento Estratégico (5aulas)

8 Logística (Aulas 1 a 7)9 Logística (Aulas 8 a 13)

O Uso de Contêineres noTransporte Rodoviário deCarga (12 min)

10 Sistema GPS: Qual, Como ePorquê? (7 aulas)

13 Privatização, Regulamentação eLicitação no Transporte Urbano(3 aulas)Recursos Humanos: Ferramentapara Aumento de Produtividade(4 aulas)

14 Mecanização da Carga e Descar-ga (7 aulas)

15 Financiamento, Renovação eGerenciamento da Frota noTransporte Urbano (5 aulas)Código de Barras, EDI e Internetno Transporte Rodoviário deCarga (Aulas 1 e 2)

16 Manutenção e Garagem noTransporte Urbano (5 aulas)Código de Barras, EDI e Internetno Transporte Rodoviário deCarga (Aulas 3 e 4)

17 Sistema de Informação Gerencialpara Gestão da Qualidade eProdutividade (3 aulas)Empresa de Carga Rodoviária:Fazendo Negócios no Mercosul(4 aulas)

20 Gestão de Recursos Humanos eSeguros (3 aulas)Código de Barras, EDI e Internetno Transporte Rodoviário deCarga (4 aulas)

21 Introdução de Novas Tecnologiasno Transporte Rodoviário(7 aulas)

22 Informática (6 aulas)O Uso de Contêineres no TransporteRodoviário de Carga (12 min)

23 Melhoria na Produtividade deVeículos no Transporte Rodoviário(7 aulas)

24 Melhoria na Produtividade deVeículos no Transporte Urbano

Page 65: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

PROGRAMA DE PALAVRADas 10h30 às 11h e das 16h30 às 17h

1 Se Eu Souber3 Linguagem de Sinais6 Meio-dia e meia8 Preço Baixo10 Eva Furnari13 Para Escrever Bem15 Sair à Francesa17 Cotejar20 Impugnar22 Nhenhenhém24 Literalmente27 Berlinda29 Protocolizar

PEAD SEST/SENATDas 11h às 12hReprise: 15h às 16h

1 Chefia de Oficina (aulas 1 a 5)2 Chefia de Oficina (aula 6)

Arrumador de Carga (aulas 1 a 4)3 Arrumador de Carga (aulas 5 a 7)

Facilitador (aulas 1 a 2)6 e 7 Facilitador (aulas 3 a 7)8 Gestão de Qualidade e Produtivi-

dade (aulas 1 a 5)9 Gestão de Qualidade e Produtivi-

dade (aulas 6 a 10)10 Gestão de Qualidade e Produtivi-

dade (aulas 11 a 15)13 Gestão de Qualidade e Produtivi-

dade (aulas 16 a 20)14 Gestão de Qualidade e Produtivi-

dade (aulas 21 a 25)15 Gestão de Qualidade e Produtivi-

dade (aula 26)Inspetor (aulas 1 a 4)

16 Inspetor (aulas 5 a 7)Motorista de Caminhão Rodoviário- Autônomo (aulas 1 a 2)

17 Motorista de Caminhão Rodoviário- Autônomo (aulas 3 a 7)

20 Motorista de Caminhão Rodoviário- Autônomo (aulas 8 a 12)

21 Motorista de Caminhão Rodoviário- Autônomo (aulas 13 a 14)Relacionamento Interpessoal(aulas 1 a 3)

22 Relacionamento Interpessoal(aulas 4 a 8)

23 Relacionamento Interpessoal(aulas 9 a 13)

24 Relacionamento Interpessoal(aulas 14 a 16)Facilitador (aulas 1 a 2)

27 Facilitador (aulas 3 a 7)28 Motorista de Ônibus Urbano

(aulas 1 a 5)29 Motorista de Ônibus Urbano

(aulas 6 a 10)30 Motorista de Ônibus Urbano (aula

16)Telefonista (aulas 1 a 4)

CANAL SAÚDE NO ASFALTODas 12h às 13hReprise: 22h às 23hCanal Aberto e Bate-papo: 2, 9, 16, 23 e 30TV Pinel: 3, 10, 17 e 24

1 Ligado em Saúde (Artrose)Unidiversidade (Afirmaçãoindígena)Comunidade em Cena(Comunidade Viva)É Com Você Cidadão (Violência)

2 Acervo (Tá Limpo e UmaQuestão De Gênero)

3 Ligado em Saúde (Dor De Ouvido)Check Up (Desnutrição)

6 Ligado em Saúde (Sudorese)Viva Legal (Diabetes E Gravidez)Programa De Palavra (Eufemismo)É Com Você Cidadão (Violência)

7 Canal Saúde (Lula Na Fiocruz)8 Ligado Em Saúde (Jejum)

Unidiversidade (Rádio E Cidadania)Comunidade Em Cena (Mulher NaMídia)É Com Você Cidadão (Violência)

9 Acervo (Sexo Na Classe)10 Ligado Em Saúde (Picada De

Abelha)Check Up (Fitoterapia)

13 Ligado Em Saúde (Atm - Pre-venção)Viva Legal (Participação SocialEm Saúde)Programa De Palavra (Salada)É Com Você Cidadão (Violência)

14 Canal Saúde (Abrasco)15 Ligado Em Saúde (Atm - Cuidados)

Unidiversidade (Prostituição)Comunidade Em Cena (MulherNa Mídia)É Com Você Cidadão (Mídia E Edu-cação)

16 Acervo (Uma Ciência Tupiniquim

17 Ligado Em Saúde (Os Direitos DoPaciente Com Câncer)Check Up (Dor De Amor)

20 Ligado Em Saúde (Estrabismo)Viva Legal (Asma)Programa De Palavra (LinguagemDe Sinais)É Com Você Cidadão

21 Canal Saúde (Medicamentos)22 Ligado Em Saúde (Adaptação Na

Creche)Unidiversidade (Trabalho Infantil)Comunidade Em Cena (MemóriasDo Preventório)É Com Você Cidadão (Mídia EEducação)

23 Acervo (Rio Dos Trabalhadores)24 Ligado Em Saúde (Pênfigo)

Check Up (Diagnóstico PorImagem)

27 Ligado Em Saúde (Câimbra)Viva Legal (Climatério E Menopausa)Programa De Palavra (Meio E Meia)É Com Você Cidadão (Mídia E Edu-cação)

28 Canal Saúde (Preguiça)29 Ligado Em Saúde (Bebês E Os

Dentes)Unidiversidade (Animais Sil-vestres)Comunidade Em Cena (MemóriasDo Preventório)É Com Você Cidadão (Mídia EEducação)

30 Acervo (Mulher E Medicamentos)

VIVA LEGALDas 13h às 13h30

1 Atividade Física e Saúde2 Higiene3 Distúrbios do Sono6 Hipertensão7 Tabagismo8 Alcoolismo9 Acne10 Herpes13 Crescimento14 Vacinação15 Concepção/Contracepção16 Gestação/Pré-Natal17 TPM20 Climatério/Menopausa21 Câncer de Mama22 Papel do homem na Sociedade

Page 66: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

66 CNTREVISTA SETEMBRO 2004

23 Câncer de Próstata24 Calvície27 Disfunção Sexual28 Andropausa29 DST/AIDS30 Casa Segura

ESTAÇÃO SAÚDEDas 13h30 às 14h

1 Drogas2 Alimentação Saudável3 Diabetes6 Verminoses7 Saúde na Coluna8 Alcoolismo9 DST/AIDS10 Hipertensão13 Sono14 Dengue15 Higiene e Saúde16 Saúde Ocular17 Tabagismo20 Saúde Bucal21 Drogas22 Alimentação Saudável23 Diabetes24 Verminoses27 Saúde na coluna28 Alcoolismo29 DST/AIDS30 Hipertensão

PROJETO SOLDADO CIDADÃODas 14h às 15hReprise:19h30 às 20h30

1, 7 e 13 Segurança e Saúde nas Empre-sas de Transporte (48 min)Segurança nos Ambientes deRefeitório e EscritórioSegurança nas Áreas deManutenção e GaragemSegurança nos ArmazénsPrevenção de Acidentes e Quali-dade no Trabalho

2, 8 e 14 Meio Ambiente e Cidadania noTransporte (1h12)O Cidadão e o Meio AmbientePoluição: conceito, causas e con-seqüênciasPoluição Atmosférica e SonoraPoluição das Águas, PoluiçãoVisual e LixoLegislação Específica 1

14 Filatelia15 Esgrima16 Pólo Aquático17 Dança sobre rodas20 Criação de rãs21 Kiwi22 Velejar23 Boxe Feminino24 Pesca27 Marchetaria28 Beisebol29 Judô30 Nautimodelismo

BALAIO BRASILDas 20h30 às 21h30

1 Artesanato Piauí2 Mawaca3 Projeto Jaraguá6 Trem do samba7 Bandas Alagoanas8 Diversidade Brasileira9 Conservatória10 Escola de Circo13 Cultura Capixaba14 Vila Curiaú15 Escola de pesca16 Ilha de Marajó17 Abaetuba20 Festa do Çairé21 São Gonçalo22 Artesanato em Pìrenópolis23 Sesc Pantanal24 Rock em Goiás27 Fandango28 Caminhos de pedra29 Manezinhos 30 Artesanato Piauí

SEXUALIDADE, PRAZER EM CONHECERDas 23h às 23h30

1, 10, 15, 24 e 29 Diferentes, mas nãodesiguais

2, 16 e 30 Transa Legal3 e 17 Pai, eu?6 e 20 Uma questão muito

delicada7 e 21 O melhor é prevenir8 e 22 Minha família é assim...9 e 23 Sem Violência!13 e 27 Espelho, espelho meu14 e 28 Hoje e amanhã

Legislação Específica 23, 9 e 15 Motorista de Caminhão

Rodoviário- Autônomo (36 min) O Transporte de Carga e o Papeldo Motorista de CaminhãoTipos de Carga, Movimentação eConferência de CargaProcedimentos de OperaçãoBásica

6, 10 e 16 Relacionamento Interpessoal(36min) Personalidade HumanaMotivação Comunicação: sua importância,comunicação eficaz, como facili-tar a comunicação

TV ESCOLADas 14h às 15hReprise:19h30 às 20h30

17 Água + Cérebro + Flores + Sol +Vento

20 Jaú + Mata Atlântica + Ecossis-tema + Energia

21 Água, dona da vida + Lixo é luxo+ Saneamento + O ambientesocial

22 Poluição + Horta + Solo, nossosustento + Apresentaçã

23 Aqui e lá + A mulher, a árvore, ochapéu

24 O velho e o novo + espelho daságuas

27 Coração do Pantanal + PaisagemMetropolitana

28 Alemães no Brasil + Viver numaIlha

29 Paisagem Industrial + CidadeHistórica

30 Brasília, sede do Poder + Aldeiaindígena + Negritude

VIVA VIDADas 21h30 às 22h

1 Judô2 Nautimodelismo3 Parto6 Arco e Flecha7 Bocha8 Quiropatia9 Escola de circo10 Saltos Ornamentais13 Aquarismo

Page 67: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

SETEMBRO 2004 CNTREVISTA 67

Avaliando a segurança de rodovias

CHRIS TI NE T. NO DA RI ELUIS AN TO NIO LIN DAU

ARTIGO

Se gun do a Or ga ni za ção Mun dialde Saú de, “de to dos os sis te -mas com os quais as pes soastêm que li dar dia ria men te, osis te ma viá rio é o mais com ple -

xo e pe ri go so”. Vá rios paí ses es tão con se -guin do re du zir as mor tes no trân si to, comoo Rei no Uni do, onde hou ve uma que da de50% na taxa de mor tes en tre as dé ca dasde 60 e 90. Já no caso bra si lei ro, nes semes mo pe río do, hou ve um au men to deapro xi ma da men te 400%.O tra ta men to da se gu ran ça viá ria, no

Bra sil, ain da ca re ce de téc ni cas que per mi -tam a ado ção de so lu ções efi ca zes. As so -lu ções a se rem ado ta das de vem ir além doen fo que tra di cio nal da edu ca ção do trân si -to, que é vol ta da, es sen cial men te, ao tra ta -men to do com po nen te hu ma no. No Rei noUni do, ve ri fi cou-se que 80% da re du ção deaci den tes com ví ti mas po dem ser atri buí -das a me di das re la cio na das aos com po -nen tes viá rio e vei cu lar.Para au xi liar a iden ti fi ca ção de lo cais

pe ri go sos, o La bo ra tó rio de Sis te mas deTrans por tes da Uni ver si da de Fe de ral doRio Gran de do Sul (Las tran/UFRGS) de -sen vol veu um mé to do de ava lia ção da se -gu ran ça de tre chos ro do viá rios. O mé to dopos si bi li ta a atua ção pre ven ti va na me lho -ria da se gu ran ça ro do viá ria. Ou seja, épos sí vel iden ti fi car tre chos des fa vo rá veisdo pon to de vis ta da se gu ran ça viá ria,mes mo que os da dos so bre os aci den tesnão es te jam dis po ní veis.

A ver são atual do mé to do está di re cio -na da a ro do vias pa vi men ta das de pis tasim ples que cor res pon dem a 95% das ro -do vias pa vi men ta das bra si lei ras. O mé to -do afe re um Índice de Se gu ran ça Po ten -cial (ISP), com pos to por ca rac te rís ti cas fí -si cas ro do viá rias que in fluen ciam a ocor -rên cia de aci den tes. A cons tru ção do mé -to do ISP ba seou-se no co nhe ci men to depro fis sio nais que atuam na área ro do viá -ria. Fo ram pes qui sa dos 334 pro fis sio naisque atuam como po li ciais, pro je tis tas ro -do viá rios e es pe cia lis tas em se gu ran çaviá ria. Mui tos des ses es pe cia lis tas atuamno ex te rior, em paí ses com tra di ção empes qui sa na área de se gu ran ça viá ria.Como re sul ta do da apli ca ção do mé to -

do ISP, é pos sí vel não só iden ti fi car os tre -chos mais crí ti cos do pon to de vis ta de se -gu ran ça, como tam bém apon tar aque lasca rac te rís ti cas fí si cas que de ve riam ser al -te ra das de for ma a re du zir a pre dis po si çãodos tre chos à ocor rên cia de aci den tes. Omé to do ISP apre sen ta, como prin ci palino va ção, a in clu são de uma abor da gemob je ti va na iden ti fi ca ção de am bien tespou co se gu ros. Essa for ma de abor da gemestá ali nha da com as ten dên cias in ter na -cio nais de evo lu ção da prá ti ca de Au di to -rias de Se gu ran ça Viá ria.

Chris ti ne Tes se le No da ri é pesquisadorada UFRGS, com doutorado em segurançaviária, e Luis An to nio Lin dau é coordenadordo Lastran e PhD em engenharia do Tráfego

“É POSSÍVEL TERCONHECIMENTO DE TRECHOSDESFAVORÁVEIS DOPONTO DE VISTA DASEGURANÇA VIÁRIA,MESMO QUE OSDADOS SOBRE OSACIDENTES NÃOESTEJAMDISPONÍVEIS”

Page 68: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004
Page 69: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

SETEMBRO 2004 CNTREVISTA 69

Nova contribuição parao transporte público

OTÁVIO VIEIRA DA C. FILHO

OPINIÃO

Os sis te mas de trans por te pú bli cour ba no no país ca mi nham para oco lap so em de cor rên cia da cri seque atin ge o se tor há oito anos.Na ten ta ti va de re ver ter esse qua -

dro, os agen tes se to riais de fen dem que otrans por te pú bli co seja tra ta do como ser vi çoes sen cial, como está na Cons ti tui ção. Para al can çar esse ob je ti vo, de sen vol ve ram

uma li nha de tra ba lho em tor no da de so ne ra çãota ri fá ria. Isso por que a ta ri fa, pres sio na da pe losrea jus tes dos in su mos, por um lado, e pela ex -clu são so cial, por ou tro, tor nou-se in ca paz deaten der tan to a sua fi na li da de so cial como à via -bi li za ção de um trans por te ade qua do ao des lo -ca men to da po pu la ção para ir ao tra ba lho, pro -cu rar em pre go, ir à es co la e aos hos pi tais, en treou tras ne ces si da des. Esse im pas se está no dia-a-dia das ci da des bra si lei ras, onde vi vem 80%da po pu la ção do país. Atual men te, são 527 mu -ni cí pios com mais de 50 mil ha bi tan tes - um pa -râ me tro para a im plan ta ção de trans por te pú bli -co. E, se gun do pes qui sas re cen tes, há 37 mi -lhões de bra si lei ros ex cluí dos des se trans por te.

A pro pos ta de ba ra tea men to das ta ri fas seba seia na ado ção de me di das como a re du -ção de tri bu tos fe de rais, es ta duais e mu ni ci -pais, a ado ção de pre ço es pe cial para o óleodie sel con su mi do pelo se tor, o com ba te aotrans por te clan des ti no nas ci da des, a eli mi -na ção de gra tui da des que não te nham fi na li -da de so cial e a ma nu ten ção ape nas da que lasque te nham fon te de cus teio ex tra-ta ri fá ria ea re vi ta li za ção do vale-trans por te. Com o en ten di men to de que as me di das a

se rem ado ta das pelo po der pú bli co não se riam

su fi cien tes para mu dar a rea li da de do trans -por te ur ba no, o seg men to em pre sa rial estácon tri buin do com o de sen vol vi men to do tra ba -lho téc ni co Sis te ma Re des para a bus ca da ra -cio na li za ção e da me lho ria da qua li da de dosser vi ços, como con tra par ti da às me di das parao ba ra tea men to das ta ri fas. Esse sis te ma foilan ça do no dia 26 de agos to pas sa do, no se -mi ná rio na cio nal “Cons truin do Re des deTrans por te Pú bli co com Qua li da de”, pro mo vi -do pela NTU (As so cia ção Na cio nal das Em -pre sas de Trans por tes Ur ba nos), em Bra sí lia. O Sis te ma Re des é um con jun to de re fe rên -

cias téc ni cas vol ta do para os ope ra do res pú bli -cos e pri va dos e os ges to res de trans por te pú bli -co, abor dan do os fa to res de ter mi nan tes de efi -ciên cia e efi cá cia das re des de trans por te, comoo pla ne ja men to, a im plan ta ção e a ope ra ção. ORe des, es tru tu ra do ini cial men te em cin co gru -pos (as pec tos es tra té gi cos, com po nen tes das re -des, ope ra ção de re des, as pec tos eco nô mi cos efi nan cei ros e as pec tos or ga ni za cio nais), é com -pos to por fi chas téc ni cas or ga ni za das em umco le cio na dor, tam bém dis po ni bi li za das na In ter -net, no site www.ntu.org.br.Nes se mo men to, o seg men to em pre sa rial

man tém a luta pelo ba ra tea men to das ta ri fas e acom ple men ta com a pro pos ta de ra cio na li za çãodas re des de trans por te pú bli co, que deve servis ta como a con tra par ti da in ter na do se tor embus ca da de so ne ra ção dos cus tos e da me lho riada qua li da de dos ser vi ços.

Otá vio Viei ra da Cu nha Fi lho é pre si den teda As so cia ção Na cio nal das Em pre sas deTrans por tes Ur ba nos

“O SEGMENTOEMPRESARIALCONTRIBUI COMO SISTEMA REDESPARA RACIONARE MELHORAR OSSERVIÇOS, COMOCONTRAPARTIDAÀS MEDIDAS PARAREDUZIR ASTARIFAS”

Page 70: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

70 CNTREVISTA SETEMBRO 2004

HUMORDUKE

Page 71: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004
Page 72: Revista CNT Transporte Atual - SET/2004

72 CNTREVISTA SETEMBRO 2004