recrutamento, seleÇÃo e gestÃo de talentos · alex moreno da silva danielle delfino da silva...

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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Administração Alex Moreno da Silva Danielle Delfino da Silva Higor Henrique de Figueiredo RECRUTAMENTO, SELEÇÃO E GESTÃO DE TALENTOS - Navas & Cia.Ltda LINS – SP 2008

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Administração

Alex Moreno da Silva

Danielle Delfino da Silva

Higor Henrique de Figueiredo

RECRUTAMENTO, SELEÇÃO E GESTÃO DE TALENTOS - Navas & Cia.Ltda

LINS – SP 2008

ALEX MORENO DA SILVA

DANIELLE DELFINO DA SILVA

HIGOR HENRIQUE DE FIGUEIREDO

RECRUTAMENTO, SELEÇÃO E GESTÃO DE TALENTOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração sob orientação do Prof. Especialista Paulo José Manzoli Godinho e sob a orientação técnica da Profa M.Sc Heloísa Helena Rovery da Silva.

LINS – SP

2008

Silva, Alex Moreno, Silva, Danielle Delfino, Figueiredo, Higor Henrique.

Recrutamento, seleção e gestão de talentos: Navas & Cia.ltda. / Alex Moreno da Silva; Danielle Delfino da Silva; Higor Henrique de Figueiredo. – – Lins, 2008.

82p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Administração, 2008.

Orientadores: Paulo José Manzoli Godinho; Heloisa Helena Rovery da Silva.

1. Recrutamento. 2. Seleção de pessoas. 3. Gestão de Talentos.

CDU 658

ALEX MORENO DA SILVA

DANIELLE DELFINO DA SILVA

HIGOR HENRIQUE DE FIGUEIREDO

RECRUTAMENTO, SELEÇÃO E GESTÃO DE TALENTOS

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharel em Administração.

Aprovada em: _____/______/_____

Banca Examinadora:

Profº Orientador: Especialista Paulo José Manzoli Godinho

Titulação: Especialista em Administração Hospitalar pela União de Associados

de Ensino de Ribeirão Preto.

Assinatura: ________________________________

1º Prof (a): _____________________________________________________

Titulação: ______________________________________________________

______________________________________________________________

Assinatura: _________________________________

2º Prof (a): _____________________________________________________

Titulação: ______________________________________________________

______________________________________________________________

Assinatura: _________________________________

AGRADECIMENTO

Primeiramente a Deus,

Obrigada meu deus por estar comigo, me guardar e me dar força, por estar

presente em minha vida em todos os momentos, por minha vitória até aqui e pelo

caminho que ainda vou percorrer.

Obrigada!

Danielle

A meus Pais, Edna e Jefferson,

Por me ensinarem a ser um ser humano digno, pelo apoio, pelo incentivo, e por

acreditarem na minha capacidade. Pelo amor dedicado a mim, em cada momento da

minha vida, por escrever junto comigo minha historia, e me ensinar a seguir meu

caminho sempre. Amo vocês mais do que a mim mesmo.

Muito obrigada!

Danielle

Aos meus padrastos, Carla e Rubens,

Que são pessoas maravilhosas, que o Deus colocou em minha vida. Sinto-me

lisonjeada, pois tenho “dois pais” e “duas mães”, não sei como agradecer por fazerem

aqueles que eu amo tão feliz, e por estar na minha vida. Amo vocês.

Obrigada!

Danielle

Aos amigos e professores,

A todos os meus amigos, que são pessoas especiais em minha vida, e em

especial a vocês Alex e Higor, por estarem presentes nessa etapa tão importante,

muitos momentos e muitas histórias, os levarei sempre comigo. E a vocês, professores

que depositaram em mim, em cada palavra de ensino, em cada gesto, a oportunidade

do aperfeiçoamento e me proporcionaram as ferramentas para prosseguir com sucesso.

Obrigada!

Danielle

AGRADECIMENTO

Primeiramente a Deus,

Que sempre me deu força para não desistir dos meus sonhos e objetivos, e por

me ajudar a enfrentar as barreiras da vida. Pois, é ao lado dele que vou vivendo e

aprendendo.

Obrigado!

Higor

A meus pais, Nivaldo e Maria José,

A vocês dedico este trabalho como forma de recompensa pelo suor que tiveram

de me proporcionar esses quatro anos de faculdade e vinte e um de amor, carinho e

compreensão.

“Amo vocês”!

Higor

Aos amigos, Alex e Danielle,

Que juntos passamos por experiências difíceis, mas ao mesmo tempo

maravilhosas que ficaram guardadas em minhas lembranças.

Muito obrigado!

Higor

Aos professores,

Que me apoiaram e auxiliaram para a realização desse curso, em especial aos

orientadores Godinho e Eloísa, que com muita dedicação nos ajudaram na realização

desse trabalho.

Muito obrigado!

Higor.

AGRADECIMENTO

Primeiramente aos meus pais, Vera e Nelson,

A manifestação real de Deus ocorre através das pessoas que realmente dão sentido a vida, a condição de existência e força. Primeiramente, dedico a minha família, em especial minha mãe e ao meu pai, sempre presentes, mostrando o caminho e caminhando juntos. Vocês fazem parte do que Deus preparou de melhor para a minha vida, a sua real existência.

Obrigado! Alex.

Aos amigos, Que compartilharam os momentos que a vida proporciona em todas as suas fases. Companheiros eternos de grandes momentos.

Obrigado! Alex.

Aos companheiros de trabalho, Em especial aos meus amigos, Higor e Dani, companheiros deste trabalho, e presentes nesta grande realização.

Obrigado! Alex.

Ao nosso orientador, Agradecemos a você, nosso professor querido Paulo José Manzoli Godinho, pela paciência e dedicação conosco, por ter nos ajudado a chegar até aqui e estar presente nesse momento tão importante em nossas vidas.

Muito obrigado! Alex, Danielle e Higor

RESUMO A formação de equipes com pessoas qualificadas é desafio constante das organizações, e de certa maneira esta formação é estratégica para sustentar o desenvolvimento de uma empresa. O setor de Recursos Humanos é importante para estruturar esta condição, criando a possibilidade de existência de políticas que estimulem a construção de equipes de alto desempenho. O desenvolvimento de ferramentas como o Recrutamento, a Seleção e a Gestão de Talentos dentro de uma organização, são auxiliares e relevantes para criar um ambiente satisfatório, que estimulem o auto - desenvolvimento dos colaboradores. No contexto atual da economia, a procura por talentos, ou mesmo profissionais que se adaptam com facilidade a relativas atividades, tornaram-se vital nas empresas. Nota-se que as pessoas são as forças motrizes no cotidiano das organizações. Para demonstrar a importância destas ferramentas nos procedimentos de gestão de pessoas, e salientar a característica estratégica que atividades relacionadas proporcionam para o desenvolvimento das organizações, o presente trabalho foi realizado na empresa Navas & Cia.ltda. enfatizando os benefícios desses processos num contexto estratégico como possível ferramenta futura de sustentação dos anseios da empresa. O mercado em que a empresa atua, o de material de construção, está em crescimento, o que gera um momento oportuno para a alavancagem da empresa. Equipes motivadas e preparadas fazem a diferença no mercado, a sustentação da organização como um dos melhores atacadistas do país em seu setor e a estrutura desejada para dar condição oportuna de crescimento neste momento, dependem da existência de pessoas desenvolvidas e preparadas. A empresa em estudo está situada na rodovia Lins/Guaimbê, km 1 - 50m, na cidade de Lins, interior de São Paulo.

Palavras–chave: Recrutamento. Seleção de pessoas. Gestão de talentos.

ABSTRACT

The team formation with qualified people is a constant challenge to companies; in a certain way it’s a strategic formation to support the company development. The Human Resources department is important to structure this condition, creating the politics existence possibilities that can stimulate the construction of staff team of high performance. The development of tools as Recruitment, a Selection and the Talents Administration inside a company are assistants and relevants to create a satisfactory environment that stimulate the collaborating self development. In the actual argument about economy the searching for talents, or even for professionals who can easily performance the relate activities turning to be vital for the company. It is noticed that the people are strength movement organizations everyday. To show the important of these tools in the procedure of administration people and to point out the strategic characteristic provide to the company development, the present work it was accomplished a place at Navas & Cia.Ltda Company emphasing the benefits as possible future support tool of the company arguing. It is noticed the building construction market, where this company is placed is increasing, that create a opportune moment great sustentation of the company. The motived and prepared teams do the difference at market, the organization of support as the greatest wholesale in the country in self section and wanted structured to give opportune condition of increasing in this moment. It depends on the existence of development and prepared people. The Company is located on Guaimbe/Lins Road, km 1-50m, Lins City, São Paulo Countryside. Key words: Recruitment. People Selection. Talents Administration.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Troféu excelência atacadista distribuidor 2007................. 14

Figura 2: Foto aérea da empresa de Lins......................................... 15

Figura 3: Ambiente corporativo......................................................... 15

Figura 4: Fotos dos produtos............................................................ 17

Figura 5: Estrutura setor administrativo............................................ 19

Figura 6: Estrutura setor compras.................................................... 20

Figura 7: Estrutura depósito.............................................................. 21

Figura 8: Foto do interior do depósito............................................... 22

Figura 9: Foto do interior do depósito............................................... 22

Figura 10: Estrutura do setor de vendas............................................. 23

Figura 11: Seleção de pessoal como uma comparação X e Y........... 37

Figura 12: As cinco categorias de técnicas de seleção de pessoal.... 38

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Tópicos da descrição de cargos........................................ 26

LISTA DE SIGLAS

PMK - Psicodiagnóstico Miocinético

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..........................................................................................

12

CAPÍTULO I - NAVAS & CIA.LTDA........................................................ 14

1 HISTÓRICO.............................................................................. 14

1.1 Mercado de atuação.................................................................. 15

1.2 Visão.......................................................................................... 16

1.3 Missão........................................................................................ 16

1.4 Produtos..................................................................................... 16

1.5 Recursos humanos.................................................................... 17

1.6 Recrutamento............................................................................. 18

1.7 Seleção...................................................................................... 18

1.8 Cargos e salários....................................................................... 19

1.9 Estrutura organizacional............................................................ 19

1.9.1 Setor administrativo................................................................... 19

1.9.2 Setor de compra......................................................................... 20

1.9.3 Setor depósito............................................................................ 21

1.9.4 Setor vendas..............................................................................

23

CAPÍTULO II - RECRUTAMENTO, SELEÇÃO E GESTÃO DE TALENTOS................................................................................................ 24

2 FORMANDO A EQUIPE............................................................. 24

2.1 Descrição de cargos................................................................... 25

2.1.1 Tópicos da descrição de cargos................................................. 25

2.1.2 Análise de cargo......................................................................... 26

2.2 Habilidades competências - Definição do perfil do candidato.... 28

2.2.1 Habilidades................................................................................ 28

2.2.2 Competência.............................................................................. 29

2.3 Salários...................................................................................... 30

2.4 Recrutamento............................................................................. 32

2.4.1 Recrutamento externo................................................................ 32

2.4.1.1 Vantagens do recrutamento externo........................................... 34

2.4.1.2 Desvantagens do recrutamento externo..................................... 34

2.4.2 Recrutamento interno................................................................. 35

2.4.2.1 Vantagens do recrutamento interno............................................ 35

2.4.2.2 Desvantagens do recrutamento interno...................................... 35

2.5 Seleção........................................................................................ 36

2.5.1 Técnicas de seleção.................................................................... 37

2.6 Gestão de talentos...................................................................... 38

2.6.1 Plano de carreira......................................................................... 39

2.6.1.1 Crescimento vertical.................................................................... 40

2.6.1.2 Crescimento horizontal................................................................ 40

2.6.2 Treinamento................................................................................ 41

2.6.3 Avaliação de desempenho.......................................................... 42

2.7 Líderes........................................................................................

44

CAPÍTULO III - A IMPLANTAÇÃO DAS POLÍTICAS DE RECURSOS HUMANOS NA NAVAS & CIA.LTDA........................................................ 46

3 INTRODUÇÃO 46

3.1 Etapas em desenvolvimento....................................................... 47

3.1.1 Métodos...................................................................................... 47

3.1.2 Pesquisa de clima organizacional............................................... 48

3.1.3 Procedimentos administrativos................................................... 49

3.1.4 Análise e descrição de cargos..................................................... 49

3.1.5 Avaliação de desempenho.......................................................... 51

3.1.6 Plano de carreira......................................................................... 52

3.1.7 Planos de salários....................................................................... 53

3.1.8 Programa de treinamento............................................................ 55

3.2 Manutenção e desenvolvimento de procedimento......................

55

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO............................................................... 57

CONCLUSÃO............................................................................................. 58

REFERÊNCIAS.......................................................................................... 60

APÊNDICES.............................................................................................. 61

ANEXOS.................................................................................................... 64

12

INTRODUÇÃO

O crescimento acelerado da economia e o baixo nível do ensino nacional

estão proporcionando uma espécie de corrida pelo ouro por talentos, e

conseqüentemente, uma preocupação constante das organizações com seu

capital humano. Para se adaptar a tal situação as empresas passaram a

necessitar de processos mais eficazes na busca, inserção e manutenção

desses profissionais em seu quadro de colaboradores, nota-se que, indivíduos

de características específicas às necessidades da organização geralmente

tendem a gerar resultados mais satisfatórios, adaptando-se melhor as

condições existentes na empresa, garantindo continuidade nas atividades

mesmo neste mercado volátil. Organizações que desenvolvem pessoas e

proporcionam ambientes satisfatórios de trabalho, retém com mais facilidade

profissionais acima da média.

Algumas ferramentas comumente usadas para se Recrutar, Selecionar e

Reter profissionais são essenciais no contexto atual da economia, afinal, a

pessoa certa, no lugar certo, na hora certa, sendo desenvolvida e gerando

resultados satisfatórios, é o grande desafio das empresas nesse momento.

As organizações escolhem as pessoas que desejam como funcionários

e as pessoas escolhem as organizações onde pretendem trabalhar e aplicar

seus esforços. Trata-se de uma escolha recíproca que depende de inúmeros

fatores e circunstâncias. Mas para que essa relação seja possível é necessário

que as empresas comuniquem e divulguem as suas oportunidades de trabalho

a fim de que as pessoas saibam como procurá-las e iniciar seu relacionamento.

Entende-se então que, o processo de Recrutamento e Seleção de

Pessoas vem como facilitador na manutenção e otimização das atividades

executadas, dando suporte a uma estrutura de Gestão de Talentos, que por

ventura é um grande diferencial estratégico das organizações. Este é o papel do recrutamento: divulgar no mercado as oportunidades que a organização pretende oferecer para as pessoas que possuam determinadas características desejadas. O mercado de trabalho é dinâmico e sofre continuas mudanças. As características estruturais e conjunturais do mercado de trabalho influenciam as práticas de recursos humanos das empresas. (CHIAVENATO, 2004, p. 102)

Norteado então pelo objetivo de demonstrar a relevância de tais

procedimentos dentro de um contexto estratégico, esta pesquisa foi

13

desenvolvida ressaltando elementos relevantes para estruturação de um

processo semelhante e suas contribuições como ferramenta estratégica. Logo,

surgiu a seguinte questão: Qual a contribuição que o processo de

Recrutamento, Seleção e Gerenciamento de Talentos oferece ao

desenvolvimento estratégico da empresa?

Para responder a questão levantada sustenta-se a hipótese de que a

valorização dos bens intangíveis - principalmente o valor humano nas

organizações - vem determinando características peculiares e importantes no

mercado, os processos de Recrutamento, Seleção e Gestão de Talentos são

as premissas para se estruturar, de forma sólida e sustentável, para os

desafios existentes.

Sendo assim, o presente trabalho está dividido em três partes, sendo

essas assim estruturadas:

Capítulo I – Relata o histórico da empresa, departamentos, mercado em

que atua entre outros.

Capítulo II – Descreve as diversas ferramentas do processo de

recrutamento, abordando também o processo de Seleção e Gestão de talentos,

procurando demonstrar objetivos, técnicas, vantagens e desvantagens,

auxiliando no aprofundamento do estudo.

Capítulo III – Demonstra a pesquisa realizada na empresa Navas &

Cia.Ltda. correlacionado às técnicas abordadas com a implantação à política

de Recursos Humanos na empresa, utilizando os métodos de estudo de caso e

observação sistêmica.

Finalizando apresentam-se a Proposta de Intervenção e a Conclusão.

14

CAPÍTULO I

NAVAS & CIA.LTDA.

1 HISTÓRICO Navas distribuidora é uma empresa genuinamente Linense, iniciou suas

atividades no ano de 1972, com o seu fundador o empresário Nelson Navas,

inicialmente com uma pequena instalação de apenas 200m² e hoje se encontra

em um prédio de 15.000m² com amplos galpões e um moderno centro

administrativo, além de possuir uma filial em Sorocaba, que foi inaugurada no

ano de 2003. Possui hoje em seu estoque, mais de 6 mil itens, com altíssimo

padrão de qualidade fornecida por empresas como: 3M do Brasil, Irwin, Deca,

Papaiz, Morlan, Brascola, Henkel, entre outras grandes marcas, que

completam o mix de produtos da empresa, fazendo com que ela se torne

referência dentro do seguimento atacadista, sendo considerada uma das 40

maiores deste setor, recebendo o certificado da ANAMACO – Associação

Nacional dos Comerciantes de Material de Construção. Em novembro de 2007,

a empresa foi prestigiada com o troféu Atacadista Distribuidor, que conferiu à

empresa o destaque do segmento, prêmio entregue pela Revista Revenda

Construção, de circulação nacional.

Fonte: Navas & Cia.Ltda. Figura 1: Troféu excelência atacadista distribuidor 2007.

15

As duas unidades da empresa geram empregos diretos e indiretos,

possuindo representantes comerciais - vendedores que atuam na cobertura

dos clientes em todo o território Nacional. Todo ano é realizado um grande

evento com todos os representantes da organização na cidade de Lins, com

palestras e festividades que ajudam na integração da equipe.

Fonte: Navas & Cia.Ltda., 2008 Figura 2: Foto aérea da empresa de Lins.

Fonte: Navas & Cia.Ltda., 2008 Foto 3: Ambiente Corporativo

1.1 Mercado de atuação

A empresa Navas & Cia.Ltda. atua no mercado atacadista de materiais

para construção e elétricos, seu foco comercial é o atendimento prioritário a um

16

nicho de mercado pouco trabalhado por grandes atacadistas: as empresas de

pequeno porte e, eventualmente médio porte. Tem capacidade nacional de

atuação, com participação preponderante em sua área geográfica as regiões

de São Paulo, Mato Grosso e Goiás.

As características peculiares dos segmentos de clientes que a

organização atende identificam a linha de trabalho exercida pela empresa,

como melhor relacionamento com os clientes, atendimento personalizado e

margens maiores de lucros.

1.2 Visão

Exercer liderança no segmento de clientes de pequeno e médio porte,

onde atua de forma segura, focado em diferenciais relevantes a esse objetivo.

1.3 Missão

Ser referência na distribuição de produtos e serviços de primeira

qualidade, gerando empregos com responsabilidade social, aos seus

colaboradores e clientes.

1.4 Produtos

O portifólio de produtos é formado por aproximadamente 6.000 itens,

principalmente os produtos relativos a materiais de construção que

representam cerca de 60% dos itens e, materiais elétricos com participação de

cerca de 30%, o restante complementam o mix de produtos. Atua com produtos

de primeira linha, sempre visando atender da melhor maneira as reais

17

necessidades de seus clientes, tendo como seus principais fornecedores

empresas como: 3M, Amanco, Vulcan, Garden, entre outras.

Justamente por ter atuação nacional, com clientes de necessidades

variadas, a necessidade de ter um grande portifólio de produtos, de variadas

marcas, tornou-se essencial nas operações da empresa.

A exposição e apresentação deste portifólio de produtos são feitas

através de catálogos, visitas de representantes e acesso ao site da empresa

que, inclusive, é atualizado sempre com as novidades dos fornecedores e as

promoções vigentes.

Fonte: Navas & Cia Ltda. Figura 4: Fotos dos produtos

1.5 Recursos humanos

A política de Recursos Humanos tem um padrão não formalizado, por

conseqüência a existência de uma estrutura definida ou padronizada para o

desenvolvimento dos colaboradores é prejudicado. A ação prática atende de

certa forma aos anseios de líderes de setores que, não sendo norteados por

18

uma política definida, proporcionam a não equidade entre as equipes da

organização. Isto é, o comprometimento dos colaboradores é variável de

seção a seção de acordo com seus líderes.

A falta de padronização nos procedimentos é responsável por tal

instabilidade nas ações corporativas, tornando o conhecimento institucional

centralizado nos funcionários, e não armazenados na organização para

utilização futura.

1.6 Recrutamento

É efetuada na maioria das vezes de fontes externas, sendo feito em

primeiro plano a análise de currículos, em segundo plano entrevistas de caráter

técnico conduzido pelo solicitante do candidato. A não existência de uma

política formal de desenvolvimento do público interno para concorrer à vaga,

põe em risco a competitividade dos colaboradores em relação aos candidatos

externos.

Nota-se que, a não contratação do candidato com o perfil mais

adequado à vaga não é admissível e, a desvantagem que o candidato interno

apresenta o descaracteriza a vaga. Esse quadro ocasiona insatisfação,

desmotivando a equipe.

1.7 Seleção

A seleção se baseia na entrevista e nos dados coletados no

recrutamento, a possibilidade de checagem dos pré-requisitos exigidos para o

cargo solicitado é feita sem a padronização de uma descrição de cargos

formalizada. Isto não permite a aplicação de avaliações que assegurem que o

candidato possua realmente as habilidades e competências requeridas para

ocupar o cargo.

19

1.8 Cargos e salários

A política de cargos e salários está norteada de acordo com pesquisas

sobre o nível geral de mercado sem, contudo, considerar o estabelecimento da

equidade interna e das distintas complexidades envolvendo as variações de

cargos de organização para organização, e de setor para setor.

1.9 Estrutura organizacional

A estrutura organizacional está ordenada a princípio pelo Diretor Geral

da organização, que é seu proprietário, o Senhor Norberto Navas. O quadro de

gestão é constituído pelos setores de gerência administrativo e financeiro,

compras, depósito e de vendas.

1.9.1 Setor administrativo

Fonte: Navas & Cia.Ltda. Figura 5: Estrutura setor administrativo

Diretor geral

Gerente administrativo financeiro

Setor de liberação de crédito

Setor financeiro e cobrança

Contas a Pagar/receber

Serviços gerais

Faturamento

Contabilidade e recursos humanos

20

Setor responsável pelas operações administrativas e financeiras,

controla, fiscaliza e responde pelo planejamento da estrutura organizacional.

Atualmente conta com nove funcionários, na qual as principais atribuições são

o controle e análise da inadimplência, os investimentos e a gestão dos recursos

humanos.

Deve-se salientar a importante função de comunicação interna que esse

setor exerce, pois é responsável por distribuir informações relevantes nas

operações dos outros setores da organização.

1.9.2 Setor de compra

Fonte: Navas & Cia.Ltda. Figura 6: Estrutura setor compras

Diretor Geral

Compras

Administração de

Compras

Relacionamento com novos

fornecedores

Gerente de Compra

21

Setor essencial na operação principal da empresa, a venda, sua

atividade esta diretamente relacionada com os resultados da organização.

Atualmente possuem dois funcionários, com funções de análise e aquisição de

mercadorias. O bom relacionamento com os fornecedores tem caráter

estratégico para empresa, pois possibilitam a acessibilidade à informações

sobre novos produtos, a manutenção da credibilidade da organização,

garantindo compras de melhor qualidade, prazo e preço, refletindo diretamente

nas operações de vendas.

1.9.3 Setor de depósito

Fonte: Navas & Cia.Ltda. Figura 7: Estrutura do depósito

Diretor geral

Gerente Depósito

Administração de estoque

Recepção de mercadoria

Atendimento de pedidos

Distribuição

22

É neste setor que ocorre às entradas e saídas de mercadorias, está

diretamente ligado ao setor de compra e venda da organização. Atualmente

possuem vinte funcionários que coordenam as atividades diárias de estoque.

É importante salientar a necessidade desta área estar em harmonia com

as atividades de compra e venda, pois um mau planejamento e organização do

estoque prejudicam diretamente os resultados da organização, causando

excesso de mercadorias com baixo giro, o risco de entrega de mercadorias

divergentes do combinado com o cliente, a inexistência de produtos solicitados,

a danificação dos mesmos, entre outros. Fatos estes, de grande impacto no

cotidiano da empresa.

Fonte: Navas & Cia.Ltda. Figura 8: Foto do interior do depósito

Fonte: Navas & Cia.Ltda. Figura 9: Foto do interior do depósito

23

1.9.4 Setor de vendas

Setor de maior visibilidade e força da empresa, devido à organização ter

abrangência nacional de vendas, distribuindo produtos e serviços para diversos

clientes, os resultados positivos de crescimento dependem muito deste ponto

forte característico da Navas & Cia.Ltda. Conta atualmente com vinte e três

funcionários, SAC (serviço de atendimento ao consumidor, uma pessoa),

marketing (uma pessoa), representantes comerciais (treze pessoas),

televendas (oito pessoas) que atendem pelo número 0800 702 8202. Mantém

também um canal aberto de vendas on-line, disponibilizando inclusive canais

de sugestões para melhorias propostas por clientes.

Fonte: Navas & Cia.Ltda. Figura 10: Estrutura do setor de vendas

Diretor geral

Gerente vendas

Serviço de atendimento ao consumidor

Marketing

Vendas

Representantes autônomos

Vendas de balcão

24

CAPÍTULO II

RECRUTAMENTO, SELEÇÃO E GESTÃO DE TALENTOS

2 FORMANDO A EQUIPE

A escolha de pessoas adequadas é um desafio constante das

organizações e, um processo importante para o funcionamento da empresa

quando levado-se em conta o mundo competitivo e complexo onde se está

inserido. Pessoas bem selecionadas proporcionam grandes benefícios para a

empresa, inclusive, construir e manter efetiva organização humana na

companhia é uma das mais importantes funções gerenciais.

O objetivo é sempre ter a pessoa certa na posição certa. E no momento

certo. A escolha da pessoa adequada sempre deve considerar as

peculiaridades da organização, pois não existe equipe ideal para todas as

situações, o perfil da pessoa deve ser considerado propício à aquela cultura

organizacional. As técnicas modernas de administração sempre recomendam

admitir os melhores e mais adaptados ao bom desempenho de um cargo, o

que se percebe muitas vezes é que, as escolhas dos gestores nem sempre são

relativamente adequadas, e a conseqüência é um desempenho fraco.

Segundo Lacombe (2005) uma equipe ótima não é formada por gênios,

e sim por pessoas competentes para o trabalho que devem executar, que são

motivadas pelo que fazem e se identifiquem com a organização.

Importante salientar que a formação da equipe não acaba nunca, pois o

planejamento da mesma é baseado no planejamento estratégico da empresa, e

quando os planos da organização mudam, mudam-se as necessidades de

pessoal. Essa flexibilidade e eficácia na escolha e manutenção das pessoas

adequadas dependem essencialmente de ferramentas e métodos

organizacionais auxiliares que, são construídos a partir da Descrição de

Cargos.

25

2.1 Descrição de cargos

Segundo Paschoal (2001) cargo é a forma tradicional das organizações

ordenarem e agruparem as tarefas atribuídas às pessoas que a compõem em

um conjunto mais ou menos formal. A forma mais usual de se reunir as

informações necessárias sobre os cargos, é através da Descrição de Cargos,

onde se costumam especificar as tarefas, as responsabilidades, os requisitos,

as condições de trabalho, entre outros detalhes existentes na organização.

A descrição deve ser clara e organizada, pois através dela, definimos as

habilidades e competências do seu ocupante, e as peculiaridades da empresa

em relação a aquela função.

2.1.1 Tópicos da descrição de cargos

Em geral, as descrições variam em sua configuração de uma

organização para outra, segundo o modelo que for adotado. Porém, segundo

Paschoal (2001) o formato mínimo deve conter um cabeçalho, com a

identificação, uma descrição sumária ou uma introdução, e a descrição das

tarefas ou funções que competem ao cargo. Seguem tópicos que devem conter

em uma descrição razoavelmente completa: Continua

Tópicos Tópicos Tópicos

1. Denominação do cargo 11. Requisitos 13. Complexidades

2. Código do cargo - Escolaridade básica 14. Liberdade de ação

3. Localização departamental - Formação

complementar

15. Condições de

trabalho

4. Posição na estrutura - Conhecimentos

especiais

- Esforço Físico

- Superior Imediato - Experiência - Riscos de Acidentes

- Subordinados - Idiomas - Condições ambientais

26

Conclusão

- Cargos pares 12. Responsabilidades

por:

5. Objetivo/sumário do cargo - Máquinas

6. Escopo da área - Produtos

7. Funções principais - Ferramentas

8. Funções do titular - Materiais

9. Contatos - Outros bens

patrimoniais

10. Dimensões (pessoas na

equipe,

- Erros

Valores impactados, etc.) - Dinheiro

Fonte: (PASCHOAL, 2001, p.25) Quadro 1: Tópicos da descrição de cargos

2.1.2 Análise de cargo

A Análise de Cargos é ferramenta fundamental para a formulação da

Descrição de Cargos, principalmente quando a função é específica na

organização ou nova no mercado de trabalho. As organizações são constituídas por cargos que precisam ser preenchidos. Análise de cargos é o procedimento pelo qual se determinam as obrigações desses cargos e as características das pessoas que devem ser contratadas para eles. A análise gera informações sobre os requisitos do cargo; essas informações são então utilizadas para desenvolver a descrição de cargo (em que constitui o trabalho) e as especificações do cargo (que tipo de pessoa deve ser contratado para preenchê-lo).O normal é que um supervisor ou especialista de Recursos Humanos faça a análise de cargo, possivelmente utilizando um questionário. As informações coletadas incluem, por exemplo, informações sobre as atividades desempenhadas (como limpar, vender, ensinar ou pintar) e informações sobre questões como as condições físicas do ambiente e o programa de trabalho. (DESSLER, 2003, p.64)

Na prática, os dados para a Análise de Cargos, são coletados de

múltiplos especialistas do assunto – principalmente ocupantes do cargo – e de

variadas maneiras. Nota-se que os dados devem considerar alguns detalhes

referentes às características de cargos iguais ocupados por funcionários que o

27

exercem em departamentos distintos, pois a pressão, restrição, ou outro fator

pode caracterizá-lo de maior ou menor complexidade, alterando dados

importantes para definições como remuneração ou perfil do candidato a ocupá-

lo. As técnicas mais comuns na Análise de cargos de acordo com Dessler

(2003) são:

a) entrevistas: as entrevistas são as formas mais comuns para se

coletar dados, elas podem ser feitas individuais com cada

funcionário, em grupo, com grupos de funcionários do mesmo cargo,

ou com supervisores que conheçam detalhadamente o cargo. Este

método é o mais amplamente utilizado para determinar as atribuições

e responsabilidades de um cargo, e reflete um importante benefício,

o trabalhador pode relatar detalhes de atividades e comportamentos

que de outra maneira não seriam descobertos. A desvantagem, é

que as informações podem ser distorcidas, devido à falsificação ou

mesmo manipulação dos resultados por parte do entrevistado, pois

geralmente esse tipo de trabalho é associado a mudanças na

remuneração, fazendo com que as pessoas exagerem certas

responsabilidades e minimizem outras;

b) questionário: formas das quais os funcionários preenchem um

questionário para descrever suas responsabilidades e atribuições nas

suas atividades. É importante decidir qual a estrutura técnica deste

questionário, e quais perguntas serão incluídas. Em geral o

questionário pode ser como listas de verificação estruturadas, com

centenas de atribuições ou tarefas específicas, onde o funcionário

informa se desempenha cada tarefa, e quando afirmativo o tempo

que despende; ou o questionário pode ser estruturado com perguntas

abertas, possibilitando maior liberdade nas respostas. Normalmente

o melhor questionário costuma ficar entre os dois exemplos;

c) observação: muito útil quando são analisados trabalhos de atividades

físicas observáveis, como porteiro, balconista de caixa, entre outros.

Não é recomendado em trabalhos onde se exigem atividades

mentais não mesuráveis.

A variedade de métodos é muito grande, mas os acima citados

representam os mais utilizados. É importante ressaltar que a união destes

28

métodos, e outros mais característicos com a empresa ou ramo de atuação,

podem aumentar a veracidade e qualidade nas informações coletadas,

auxiliando em uma melhor Descrição de Cargos ou atualização das

informações quando necessárias.

2.2 Habilidades e competências – Definição do perfil do candidato

Após a Descrição de Cargos na organização, é necessário descrever o

perfil do colaborador a ocupá-lo, as habilidades e competências necessárias

para o bom desempenho na função proposta e, que atenda as exigências do

cargo e aos propósitos da organização. Essa definição é importante, pois,

auxilia a empresa na captação de profissionais no mercado externo, na

preparação de candidatos internos e na definição de remuneração. Só é possível recrutar a pessoa certa se soubermos antecipadamente o perfil desejado, isto é, as características pessoais e profissionais. O êxito no processo de recrutamento depende desse perfil bem definido. Para isto é preciso saber o que se espera do candidato, isto é, o que ele vai fazer. Isto é estabelecido nas descrições das funções que têm como um dos objetivos proporcionar informações para facilitar o recrutamento, a seleção, e o reposicionamento das pessoas adequadas para cada função. Além disso, para chegarmos ao perfil ideal é preciso conhecer a cultura da empresa, seus valores, sua ética e suas prioridades, bem como chefe a quem o candidato vai se reportar. Se o candidato for ótimo e não tiver o perfil condizente com os valores, as expectativas e a estratégia da empresa, provavelmente não conseguirão se adaptar a organização. (LACOMBE, 2005, p.66)

A importância de que o perfil do ocupante do cargo esteja de acordo

com as expectativas da empresa têm caráter estratégico no cotidiano da

organização e, reflete diretamente na qualidade de suas operações. A definição

torna-se mais clara e eficiente quando se é definido as habilidades necessárias

do ocupante e as competências exigidas para o cargo. Essas informações

devem constar no documento de Descrição de Cargos, e devem ser

atualizadas sempre que convir aos interesses da empresa.

2.2.1 Habilidades

29

Segundo Wood e Picarelli (2004), de forma sintética, uma habilidade

pode ser definida como a capacidade de realizar uma tarefa ou um conjunto de

tarefas em conformidade com determinados padrões exigidos pela

organização. Isto é, o grau de competência de um sujeito concreto frente a um

objetivo. Pode ser caracterizada pelos seguintes elementos:

a) conhecimentos: constituem um conjunto de conceitos, técnicas,

teorias e metodologias relacionadas ao trabalho. É o saber adquirido,

que pode ser transmitido e aprendido;

b) aptidões pessoais: relacionam-se às características do indivíduo, tais

como capacidade de concentração e coordenação motora;

c) aplicação prática: relaciona-se à mobilização dos conhecimentos

teóricos e das aptidões pessoais, aplicados no trabalho.

Em geral, as habilidades são distintas entre as pessoas e, naturais de

experiências pessoais ou características natas, muitas vezes subjetivas. Por

isso, a definição das habilidades deve ser determinada de acordo com a

realidade de cada organização. Para uma maior exatidão nas informações,

devem-se considerar as seguintes formas para a definição das habilidades de

acordo com Wood e Picarelli (2004):

a) com base na análise das habilidades de um grupo de especialistas

ou profissionais em diferentes momentos da carreira de determinado

cargo, função ou processo de trabalho;

b) com base na análise de um grupo de profissionais com alto

desempenho em determinado cargo, função ou processo de trabalho;

c) com base na análise dos processos atuais e dos processos a serem

criados ou desenvolvidos futuramente, que proverão apoio aos

objetivos estratégicos da organização.

2.2.2 Competências

Segundo Wood e Picarelli (2004), a competência é um agrupamento de

conhecimentos, habilidades e atitudes correlacionados, que afeta uma parte

considerável da atividade de alguém. Relaciona-se com o desempenho, que

30

pode ser medido segundo padrões preestabelecidos, e que pode ser

melhorado por meio de treinamento e desenvolvimento.

Nota-se que as competências devem ser a descrição de parte

considerável da atividade de alguém, e essa descrição deve sempre

correlacionar conhecimentos, atividades e atitudes para melhor retratar o

desempenho e as habilidades que se deseja para determinado cargo.

Importante salientar que as competências devem ser observáveis e

certificáveis.

É imprescindível que sejam identificadas de forma clara às

competências a serem descritas, seguem componentes básicos para

auxiliarem a conceituação e descrição da mesma:

a) habilidades: é o saber fazer; ou seja, é o conhecimento colocado em

prática;

b) atitudes: são relacionadas aos comportamentos do colaborador, a

forma como ele age junto a pares, superiores e subordinados.

Existem competências de caráter essencial que devem estar alinhadas

com a estratégia organizacional desenvolvida, mantendo o foco do trabalho a

ser aplicado na organização, sendo essas de importância relevante nas

atividades relacionadas. Existem fontes adicionais de informações sobre estas

competências que podem ser utilizadas.

De acordo com Wood e Picarelli (2004) são:

a) valor percebido pelos clientes: uma competência essencial deve

permitir à empresa agregar valor de forma consistente e diferenciada

a seus clientes;

b) diferenciação entre concorrentes: uma competência essencial deve

diferenciar a empresa de seus competidores. Precisa ser algo

percebido pelo mercado como específico da marca, do produto ou da

própria empresa;

c) capacidade de expansão: deve abrir as portas do futuro para a

empresa. Não basta que ela seja a base para os produtos e serviços

atuais. É necessário que possa sustentar novos produtos e serviços.

2.3 Salários

31

No instante em que a organização detém ferramentas como uma

Descrição de Cargos detalhada, contendo informações, inclusive, sobre as

habilidades, competências e perfil esperado do ocupante da função, é

visivelmente mais fácil determinar uma remuneração adequada, e justa. O

estudo das características peculiares da organização e a pesquisa de mercado

dependem desta ferramenta, pois, serve como informações norteadoras.

O sucesso na determinação da remuneração é de suma importância

para o bom relacionamento da empresa com seus colaboradores. Segundo

Paschoal (2001) o salário tem sido o principal elemento de ligação entre

organizações e trabalhadores. Evidente que existem outros fatores importantes

nessa relação, porém, o de maior destaque é o salário.

A remuneração pode ser analisada sob dois prismas distintos: o prisma

do empregado e o da organização. Para o empregado significa retribuição,

sustento, padrão de vida, reconhecimento. Para a organização representa

custo e fator influenciador do clima organizacional e da produtividade.

Determinar a remuneração de cada cargo na empresa beneficia

processos iniciais importantes, como o recrutamento de pessoas e a seleção,

pois deixa claras informações determinantes para o candidato se predispor a

trabalhar na organização. E, em um plano mais distinto, é fator importante na

manutenção e retenção de talentos.

Certamente, o salário não deve ser considerado fator motivacional na

empresa, o seu papel é o de constituir a contrapartida pecuniária pelo serviço

prestado. Porém, quando mal administrado tem repercussão imediata na

produtividade. As pessoas costumam dizer que “não trabalham por esporte” e, por mais imediatista que seja essa afirmação, ela mostra que, na nossa cultura e no nosso sistema de relações econômicas, a despeito de existirem outros fatores importantes, eles não são tão determinantes na decisão das pessoas como o salário. Mesmo a minoria, que não depende do salário para viver, faz muita questão de uma remuneração justa, de preferência o mais elevado possível. (PASCHOAL, 2001, p.4)

E justamente por o salário ter sido sempre a questão principal entre

empresas e empregados, a determinação da remuneração quando

equacionada entre a Descrição de Cargos da organização e em uma pesquisa

salarial, pode minimizar sensivelmente as insatisfações e proporcionar a base

para estudos de remunerações por meritocracia e planos de carreiras

32

horizontais e verticais, sempre com o intuito de reter pessoas de alto

desempenho na empresa.

2.4 Recrutamento

Partindo do pressuposto de que a empresa detenha informações claras

e de qualidade sobre os cargos existentes, os pré-requisitos necessários

característicos do perfil do ocupante e a remuneração adequada para

determinada atividade, é possível iniciar um processo de recrutamento de

pessoas dispostas a ocupar as funções propostas.

Segundo Lacombe (2005) o recrutamento abrange um conjunto de

práticas e processos usados para atrair candidatos para as vagas existentes ou

potencias. É uma atividade permanente, sendo apenas intensificadas nas

ocasiões em que existem vagas.

Nota-se que o recrutamento funciona como um processo de

comunicação: a organização divulga e oferece oportunidades de trabalho ao

mercado de Recursos Humanos. É em sua natureza um elo. O Recrutamento – tal como ocorre com o processo de comunicação – é um processo de duas mãos: ele comunica e divulga oportunidades de emprego, ao mesmo tempo em que atrai os candidatos para o processo seletivo. Se o recrutamento apenas comunica e divulga, ele não atinge seus objetivos básicos. O fundamental é que atraia e traga candidatos para serem selecionados. (CHIAVENATO, 2004, p.112)

Sendo então, um conjunto de técnicas e procedimentos que visam atrair

candidatos potencialmente qualificados, e capazes de ocupar cargos da

organização, o recrutamento, do ponto de vista de sua aplicação, pode ser

interno ou externo.

2.4.1 Recrutamento externo

Segundo Chiavenato (2004) o Recrutamento Externo atua diretamente

sobre os candidatos que estão no mercado de Recursos Humanos, portanto,

33

fora da organização. Os métodos de recrutamento externo são variados, alguns

dos mais utilizados são descritos a seguir:

a) anúncios de mídia: os anúncios na mídia consistem em divulgar a

vaga em jornais de grande circulação ou voltados para um público

específico. Em casos especiais, podem ser úteis anúncios em

estações de rádio de grande audiência para cargos menos

qualificados, quando existem muitas vagas;

b) informações em quadro de avisos: as informações em quadros de

avisos são utilizadas por algumas empresas industriais que

consideram proveitosos recrutar candidatos recomendados pelos

seus empregados;

c) indicações: pede-se a pessoas altamente confiáveis e identificadas

com a empresa a indicação de pessoas de sua confiança que

tenham o perfil adequado para a vaga. O assunto fica restrito a um

grupo seleto que colabora no recrutamento do candidato do perfil

adequado. Difere dos casos anteriores, porque não se abre ao

grande público a incumbência de encontrar a pessoa desejada;

d) apresentações espontâneas: são comuns nas grandes empresas,

especialmente quando possuem boa imagem junto ao público.

Quase sempre, os currículos vão para o cadastro geral de candidatos

para consultas futuras, quando existirem vagas;

e) agências de emprego: quando a empresa não dispõe de pessoal

para recrutamento e seleção, porque seu tamanho não justifica a

existência de uma unidade para isso, ou porque a alta administração

entende que não convêm internalizar esse serviço, uma alternativa é

a utilização de agências de emprego, isto é, empresas

especializadas em recrutar e selecionar candidatos para as vagas

existentes e apresentá-los para decisão final. As agências, em geral,

trabalham com amplo cadastro de candidatos, e as melhores

costumam se especializar em pequeno numero de clientes, a fim de

conhecer bem as empresas a que servem, e assim recrutam e

selecionam considerando não só o perfil do candidato, mas também

a cultura empresarial.

34

2.4.1.1 Vantagens do recrutamento externo

De acordo com Chiavenato (2004), as principais vantagens do

Recrutamento Externo são:

a) introduz sangue novo na organização: talentos, habilidades e

expectativas;

b) enriquece o patrimônio humano, pelo aporte de novos talentos e

habilidades;

c) aumenta o capital intelectual ao incluir novos conhecimentos e

destrezas;

d) renova a cultura organizacional e a enriquece com novas aspirações;

e) incentiva a interação com a organização com mercado de Recursos

Humanos;

f) indicado para enriquecer mais intensa e rapidamente o capital

intelectual.

2.4.1.2 Desvantagens do recrutamento externo

Segundo Chiavenato (2004), as desvantagens do Recrutamento Externo

são:

a) afeta negativamente a motivação dos atuais funcionários da

organização;

b) reduz a fidelidade dos funcionários a oferecer oportunidades a

estranhos;

c) requer aplicação de técnicas seletivas para escolha dos candidatos

externos. Isso significa custos operacionais;

d) exige esquemas de socialização organizacional para os novos

funcionários;

e) é mais custoso, oneroso, demorado e inseguro que o recrutamento

interno.

35

2.4.2 Recrutamento interno

O Recrutamento Interno vem sendo utilizado pelas empresas, como uma

grande ferramenta motivacional. Tendo assim, a empresa, pré-estabelecido

sua política interna e desenvolvido o plano de carreira, os colaboradores vêem

a oportunidade de crescimento dentro da mesma.

Segundo Lacombe (2005), a técnica de recrutamento interno, consiste

em um remanejamento associando a vaga disponível ao colaborador dentro da

empresa potencialmente qualificado. Portanto, valoriza e desenvolve o

potencial de seus colaboradores na organização.

2.4.2.1 Vantagens do recrutamento interno

De acordo com Chiavenato (2004), as vantagens do recrutamento

interno são:

a) aproveitar melhor o potencial humano da organização;

b) motiva e encoraja o desenvolvimento profissional dos atuais

funcionários;

c) incentiva a permanêcia e a fidelidade dos funcionários à organização;

d) ideal para situação de estabilidade e pouca mudança ambiental;

e) não requer socialização organizacional de novos membros;

f) probabilidade de melhor seleção, pois os candidatos são bem

conhecidos;

g) custa financeiramente menos do que fazer recrutamento externo.

2.4.2.2 Desvantagens do recrutamento interno

Segundo Chiavenato (2004), as desvantagens do recrutamento interno

são:

36

a) pode bloquear a entrada de novas idéias, experiências e

expectativas;

b) facilita o conservantismo e favorece a rotina atual;

c) mantém quase inalterado o atual patrimônio humano da organização;

d) ideal para empresas burocrática e mecanísticas;

e) mantém e conserva a cultura organizacional existente;

f) funciona como um sistema fechado de reciclagem contínua.

2.5 Seleção

O processo de seleção vem a ser como um filtro, que permite que

apenas as pessoas mais qualificadas e que se encaixem no perfil da empresa,

ingressem na organização. A seleção abrange o conjunto de práticas e processos usados para escolher, dentre os candidatos disponíveis, aquele que parece ser o mais adequado para a vaga existente. Como mais adequado entende-se aquele que tem melhores de se ajustar à empresa e ao cargo e de conseguir um bom desempenho. A seleção é a segunda etapa do processo que começa com o recrutamento e termina com o definitivo após o período de experiência. (LACOMBE, 2005, p. 79)

Para se realizar uma boa seleção é necessário que exista uma

variedade de candidatos ampla, facilitando assim a escolha do melhor para

vaga oferecida pela empresa. Ainda, segundo Lacombe (2005) uma boa

seleção deve considerar que se deve dar preferência aos candidatos que

possuem habilidades, atitudes e comportamentos requeridos pela empresa e

que são difíceis de serem adquiridos por meio de treinamento, como a

habilidade de lidar com as pessoas e o conhecimento de si próprio, por

exemplo. Em níveis mais altos existem alguns pontos que são de extrema

importância dentro do processo de seleção a serem considerados, entre eles

estão:

a) habilidades para executar: capacidade analítica, idéias, educação e

preparo são partes importantes na formação do líder, mas é também

muito importante sua capacidade para implantar essas idéias, para

fazer as coisas acontecerem;

37

b) projeto de carreira: deve-se escolher considerando não só a posição

que será imediatamente ocupada, mas também as perspectivas de

carreira;

c) orientação para a equipe: pessoas de alto nível e seguras admitem

novas pessoas de bom nível, e medíocres admitem medíocres, é

essencial também saber trabalhar em equipe;

d) pessoas com experiências variadas tendem a ter mais probabilidade

de êxito.

Na realidade, segundo Chiavenato (2004) a maneira mais completa de

se conceituar a seleção é representá-la como uma comparação entre duas

variáveis: de um lado, os requisitos do cargo a ser preenchido (x) e, de outro

lado, o perfil das características dos candidatos que se apresentam para

disputá-lo (y). A Análise e Descrição de Cargos da organização é a estrutura

inicial para possibilitar a variável referente aos requisitos do cargo, e, os

métodos de seleção é o modo de coletar informações dos candidatos para

descrever o perfil de suas características em relação à função.

(x) (y)

versus Fonte: (CHIAVENATO, 2004, p.132) Figura 11: Seleção de pessoal como uma comparação X e Y

2.5.1 Técnicas de Seleção

Especificações do cargo ou Competências desejadas

O que o cargo requer ou

Competências desejadas

Análise e descrição do cargo para saber quais os requisitos que o cargo exige de seu ocupante

ou Definição da competência

Características do candidato

O que o candidato oferece

Técnicas de seleção para saber quais as condições pessoais

para ocupar o cargo ou preencher a competência

desejada

38

Os métodos usados para selecionar os candidatos mais adequados,

como já citados, devem considerar sempre as características necessárias das

pessoas para determinadas funções. No entanto, as formas para identificação

destas características costumam ser complexas e, em geral, específicas de

cada organização e função a ser ocupada. Nota-se, entretanto, que os métodos

mais largamente utilizados se agrupam em cinco categorias: entrevistas de

seleção, prova de conhecimento ou capacidade, teste psicológico, teste de

personalidades e técnicas de simulação. Geralmente, testes mais excêntrico

são variações provenientes destas categorias.

O ideal é quando as técnicas de seleção utilizadas na empresa possuam

em seu conteúdo todas as categorias apresentadas, diminuindo o risco de se

selecionar candidatos menos aptos a determinada função. Para uma melhor

visualização, e exemplificação das técnicas mais difundidas e suas categorias

segue quadro informativo:

Fonte: (CHIAVENATO, 2004, p.139) Figura 12: As cinco categorias de técnicas de seleção de pessoal

2.6 Gestão de talentos

Entrevista de Seleção

Provas de conhecimentos

ou de capacidade

- Entrevista dirigida (com roteiro preestabelecido)

- Entrevista livre (sem roteiro definido)

- Gerais Cultura geral

Línguas

- Específicas Conhecimentos técnicos

Cultura profissional

Teste de

personalidade

- Expressivos PMK

- Projetivos Rorscharch

Teste da árvore

- Inventários de motivação

de interesses

Técnicas de Simulação

- Psicodrama - Dramatização (Role Playing)

39

Partindo do pressuposto de que foram selecionadas as pessoas mais

próximas do ideal possível, necessita-se identificar possíveis talentos,

mantendo-os na organização e, estimulando seu desenvolvimento. O

gerenciamento de pessoas com potenciais é um desafio complexo, e de caráter

estratégico para as empresas, principalmente quando considerado os

movimentos futuros de mercado.

O gerenciamento de talentos é o maior desafio da área de recursos

humanos, e permanecerá no topo das prioridades de líderes mundiais num

futuro próximo. Esta informação foi demonstrada no novo relatório do The

Boston Consulting Group (BCG), consultoria especializada em estratégia e

gestão empresarial, realizado em parceria com a World Federation of

Personnel Management Associations (WFPMA). A pesquisa foi realizada com

4.471 executivos de Recursos Humanos e de outras áreas em 83 países. As

pessoas fazem a diferença no cotidiano da organização, sendo responsáveis

pelo seu sucesso ou não. (GESTÃO..., 2008)

Gerir talentos vai além da gestão do conhecimento, da gestão de líderes

e empreendedores. É preciso haver uma estruturação na organização, com

profissionais treinados e capacitados para capitar tais talentos, uma vez que,

talento pode ser considerado, habilidades, técnicas, comportamento ou atitudes

que são expressas de diversas maneiras, especifica em determinada área ou

em qual área.

Segundo Press e Duarte (2008), Gestão de Talentos é capacidade dos

profissionais de Recursos Humanos e líderes da organização de selecionar,

capacitar, treinar, delegar, empoderar, desenvolver estrategicamente e fidelizar

clientes internos de alto potencial e alto rendimento e, implantar estratégias

para aplicar seus talentos na função atual e remanejar quando necessário.

2.6.1 Plano de carreira

Para dar continuidade à gestão de talentos, é importante desenvolver

dentro da organização um bom plano de carreira, que englobe todo assunto já

abordado. A carreira de um colaborador se desenvolve através dos cargos que

40

ocupa durante sua permanecia na empresa e no mercado de trabalho. Existem

dois grandes aliados desse procedimento, os treinamentos direcionados aos

colaboradores e a avaliação de desempenho.

Segundo Lacombe (2005) cada um é o principal responsável pelo seu

próprio desenvolvimento, quem deseja se desenvolver com certeza terá

oportunidades de fazê-lo, mas quem desejar ser desenvolvido por terceiros não

conseguirá.

No entanto as empresas devem ser facilitadoras e apoiadoras do

desenvolvimento de cada um, e deixar clara esta posição. Se não o fizerem

elas próprias serão prejudicadas, pois as pessoas com alto potencial sairão da

organização.

2.6.1.1 Crescimento vertical

A forma de crescimento de maior repercussão e visibilidade nas

organizações, pois as pessoas se projetam para o topo da cadeia hierárquica,

almejando mais responsabilidades e status. Nesta forma, a empresa deve em

alguns casos tomar a iniciativa na preparação de determinadas funções caso

seja de seu interesse.

A preocupação em identificar profissionais aptos a este tipo de

desenvolvimento deve ser constante e atenciosa, pois determinadas funções

são muito difíceis de captar no mercado, principalmente quando se considera a

cultura da organização.

2.6.1.2 Crescimento horizontal

Esta é uma ferramenta muito eficaz para reter profissionais de qualidade

e de eficiência acima da média que, não desejam ou não competem carreiras

verticais. É um sistema que projeta as pessoas para níveis superiores dentro

de um mesmo cargo, valorizando colaboradores que detêm maior

41

conhecimento técnico sobre sua função, experiência e capacidade de

transmissão de conhecimento.

Nota-se que, a parcela dos funcionários que desejam se aprimorar no

segmento que estão atuando, sem a pretensão de cargos de liderança é muito

grande e valiosa para a organização, são estas pessoas que desenvolvem as

atividades operacionais da empresa, que muitas vezes quando não há

profissionais preparados, torna-se um gargalo dentro da mesma.

2.6.2 Treinamento

De acordo com Dessler (2003) treinamento é o conjunto de métodos

usados para transmitir aos funcionários novos e antigos, as habilidades

necessárias para o desenvolvimento do trabalho. O capital humano de uma

empresa nos dias atuais pode ser considerado uma grande ferramenta

competitiva no mercado, para a empresa alcançar a excelência é necessário

haver o desenvolvimento integrado das pessoas, uma capacitação contínua de

aprendizagem e desenvolvimento dos mesmos dentro de uma organização,

sendo direcionado e centralizado o seu foco através da gestão de, talentos,

plano de carreira, de cargos e salários e, treinamento e desenvolvimento, que

implicarão na mensuração do trabalho dos mesmos.

O treinamento nos permite repassar ou reciclar conhecimentos,

habilidades ou atitudes relacionadas diretamente à execução de tarefas ou à

sua otimização no trabalho, tendo como finalidade ajudar a organização a

alcançar seus objetivos, motivando os colaboradores de todos os setores e

níveis a alcançarem o conhecimento, habilidades e atitudes de cada um, porém

proporcionando uma mudança em conjunto.

Entre tais mudanças pode-se citar:

a) aumento da produtividade;

b) melhoria na qualidade dos resultados;

c) redução de custos, retrabalho;

d) otimização da eficiência;

42

e) elevação do saber;

f) aumento das habilidades;

g) redução do índice de acidentes;

h) melhoria do clima organizacional;

i) aumento da motivação pessoal;

j) redução do absenteísmo.

Vê-se que são inúmeros os benefícios alcançados, porém, é importante

ressaltar que tais só ocorreram havendo um planejamento no programa de

treinamento, calcular as etapas do trabalho a ser desenvolvido, de modo que

se torne uma atividade de ensino segura, considerando desde o ambiente até

os recursos a ser utilizados. Levantamento das necessidades de treinamento. O primeiro passo é determinar se o treinamento é necessário. Alguns chamam essa etapa de “identificação do gap de habilidades”. Os funcionários determinam as habilidades necessárias para cada cargo e as habilidades dos ocupantes atuais e futuros dos cargos. Prepara-se então um treinamento que visa eliminar a diferença (o gap) entre elas. Para identificar as necessidades de treinamento dos funcionários atuais, usa-se normalmente a análise de tarefas – desmembra-se o cargo em subtarefas para ensinar cada uma ao novo funcionário. O levantamento de necessidades para os funcionários atuais é mais complexo: o treinamento é a solução ou o desempenho está baixo porque a pessoas não está motivada? Aqui é necessária uma análise do desempenho. (DESSLER, 2003, p.141)

2.6.3 Avaliação de desempenho

Segundo Dessler (2003), avaliação de desempenho pode ser definida

como a avaliação da relação entre o desempenho atual ou passado de um

funcionário e seus padrões. Este procedimento permite que as organizações

façam a manutenção de todo procedimento citado anteriormente, através dela

obtemos o retorno do desenvolvimento do colaborador, podendo identificar

possíveis deficiências e eliminá-las ou manter um bom nível.

A avaliação de desempenho normalmente é realizada pelos líderes da

organização, influenciando nas tomadas de decisão, estando esta relacionada

ao desenvolvimento do funcionário na empresa. A realização deste

procedimento nos permite observar mais claramente o resultado do

43

treinamento aplicado, identificar habilidades específicas, trabalhar as

deficiências que possam ter sido encontradas pela avaliação, promover

promoções e aumento salarial, permitir o reforço dos pontos positivos do

desempenho do colaborador enquadrando-o dentro do plano de carreira.

Existem alguns métodos básicos de avaliação entre eles estão:

a) método de escala gráfica: relaciona uma série de aspectos e suas

respectivas escalas de desempenho. São listados os aspectos (como

qualidade e excelência) e uma escala de desempenho (neste caso, de

insatisfatório a excelente) para cada aspecto;

b) método de classificação alternada: usa-se um formulário, para indicar o

melhor funcionário quanto ao aspecto medido e também o que é pior,

alternado entre melhor e pior, até que todos os funcionários tenham

sido colocados;

c) método de comparação entre pares: todos os funcionários a serem

avaliados são comparados com cada um dos demais funcionários em

cada aspecto;

d) método de distribuição forçada: percentuais predeterminados dos

funcionários são classificados em categorias de desempenho,

distribuindo em porcentagem as classificações como alto, médio/alto,

médio, médio/ baixo e baixo. Entre outros.

De acordo com Dessler (2003), uma avaliação geralmente culmina em

uma entrevista de avaliação, na qual o supervisor e o funcionário fazem a

revisão e planos para remediar as deficiências e reforçar o bom desempenho.

A avaliação é uma importante ferramenta que proporciona o feedback para

organização e funcionário, este retorno pode ser positivo ou negativo e dar ou

receber um posicionamento negativo não é uma tarefa fácil. Por isso é

importante uma preparação presunçosa, o funcionário deve ser comunicado

antecipadamente, o entrevistador deve conhecer a descrição de cargos da

empresa, é importante que se tenha privacidade, que o avaliado ao ser

entrevistado sinta-se a vontade, dispondo de um tempo voltado

especificamente para o momento.

Percebe-se então a importância da avaliação de desempenho como

ferramenta de motivação e aperfeiçoamento das pessoas, consideradas

atualmente como o maior patrimônio das organizações. O respeito pelos

44

fatores culturais e peculiares de cada empresa está sempre sendo evidenciado

e respeitado, não se perdendo jamais a abrangência que deve contemplar os

dois clientes diretos da organização nas suas necessidades básicas, sendo

estes os colaboradores sempre buscando a realização profissional e

reconhecimento, e a própria organização que por sua vez, buscará sempre

selecionar e escolher os melhores.

2.7 Líderes

Dentro deste processo a importância do líder é clara e determinante, é o

agente responsável por identificar, selecionar e desenvolver as pessoas da

organização. Segundo Lacombe (2005) são agentes de mudanças e devem ser

capazes de inspirar coragem a seus seguidores, influenciando as pessoas por

meio do poder de que dispõem. Poder este que pode se distinguir em três

tipos:

a) o poder legítimo: que é o conferido pela posição ocupada na

organização. Incluem dois poderes que o completam; o poder de

recompensa e o de punição, instrumento para o exercício do poder

legítimo;

b) o poder referente: é a influência exercida pelo líder em virtude da

afeição e do respeito que as pessoas têm por ele, em função de suas

qualidades como seu caráter, a força de sua personalidade, sua

coragem, sua capacidade de agir e sua ousadia;

c) o poder do saber: é baseado nos conhecimentos que a pessoa tem.

Inclui os conhecimentos técnicos a experiência e o poder de

informação.

Um líder bem-sucedido é o que vê um quadro ainda não atualizado, que

vê hoje coisas que ainda não estão lá, mas estarão no futuro.

Uma característica importante do bom líder é saber comunicar. Ele deve

conseguir passar a mensagem para todos, para que eles entendam qual é o

propósito comum que tem de ser alcançado e para que se motivem para isso.

45

Líderes são agentes de mudanças, desafiam o estabelecido, e isso não

se faz sem risco.

O líder deve ter crença no que faz, ninguém pode seguir alguém que não

acredite no que esta fazendo, deve ver com clareza seus objetivos e se

esforçar para alcançá-los, e o mais importante, avaliar as pessoas e fazer que

elas ocupem os lugares certos nos momentos certos.

E preciso salientar que está função representa para os colaboradores o

que a empresa espera deles, sendo uma espécie de elo da organização com

seus funcionários. Essa comunicação torna-se vital quando o modelo de gestão

se baseia em pessoas, e pretende-se desenvolver talentos, pois, a todo o

momento a harmonia entre os interesses da organização e seu capital humano

é solicitada, a viabilidade de ações para melhoria dos processos internos só

são possíveis devido a essa sintonia.

46

CAPÍTULO III

A IMPLANTAÇÃO DAS POLÍTICAS DE RECURSOS HUMANOS NA NAVAS & CIA.LTDA.

3 INTRODUÇÃO

A distribuidora Navas & Cia.Ltda. é uma empresa genuinamente

Linense, deu início as suas atividades no ano de 1972. Seu fundador, o

empresário Nelson Navas, começou com uma pequena instalação de apenas

200m² e hoje se encontra em um prédio de 15.000m² com amplos galpões e

um moderno centro administrativo, além de possuir uma filial em Sorocaba, que

foi inaugurada no ano de 2003.

Possui hoje em seu estoque, mais de seis mil itens, com altíssimo

padrão de qualidade fornecida por empresas como 3M do Brasil, Irwin, Deca,

Papaiz, Morlan, Brascola, Henkel, entre outras grandes marcas, que

completam o mix de produtos, fazendo com que ela se torne referência dentro

do seguimento atacadista.

A Navas & Cia.Ltda., projetou para 2008 e 2009 um significativo

crescimento de vendas e abrangência de área geográfica que lhe permita uma

participação mais significativa no mercado em que atua.

Entretanto, verificou a necessidade de um desenvolvimento

organizacional que assegurasse a possibilidade de um crescimento saudável,

mantendo o padrão de qualidade e o nível de atendimento aos clientes, que lhe

assegura estar entre os 30 maiores atacadistas do Brasil.

Uma das medidas iniciais foi à instalação da empresa em local mais

apropriado, com maior espaço físico, possibilidade de acesso, organização e

produtividade de sua operação. Entretanto, somente isto não assegurava a

possibilidade de uma mudança com absoluto sucesso, à empresa através de

seu Diretor entendia ser necessária à adequação de seu quadro de

funcionários, assim como o desenvolvimento de uma Política de Recursos

47

Humanos que buscasse o comprometimento dos funcionários complementando

a possibilidade de sucesso do crescimento projetado.

Através da contratação de uma consultoria várias etapas estão em

desenvolvimento e sendo implantadas para que a Navas possua uma política

de pessoal mais eficaz e, elimine fatores que penalizam a operação e dificultam

o processo de mudança.

3.1 Etapas de desenvolvimento

As etapas que estão em processo de desenvolvimento e, relacionam-se

diretamente com o conteúdo proposto para otimização dos setores de

Recrutamento, Seleção e Gestão de Talentos estão em fases de estruturação.

A natureza destas operações é claramente extensa e seu tempo de maturação

é longo, pois a relação que a mesma tem é direta com a cultura organizacional,

e modifica diretamente o cotidiano das pessoas.

Através de métodos e pesquisas foram identificados os processos que

estão com o desenvolvimento mais avançado, e outros que, em fase inicial,

estão sendo construídos.

3.1.1 Métodos e técnicas

Os seguintes métodos e técnicas foram utilizados para a identificação e

análise dos processos:

a) estudo de caso: foi realizado um estudo de caso na empresa Navas

& Cia.Ltda. de Lins, analisando aspectos voltados para uma das

áreas de pesquisa dentro de um conceito de Recursos Humanos, no

caso, o processo de recrutamento, seleção e gestão de talentos.

(Apêndice A - Roteiro de Estudo de Caso).

b) observação sistemática: foram analisadas e observadas as rotinas e

os procedimentos administrativos dentro da área de Recursos

48

Humanos, dando suporte a uma pesquisa referente à estruturação de

processos citados no contexto do estudo de caso. (Apêndice B -

Roteiro de Observação Sistemática).

3.1.2 Pesquisa de clima organizacional

Foi realizada pela consultoria em atuação na empresa no período de

05/01/2008 a 20/01/2008 uma pesquisa de clima organizacional, com amostra

de 85% dos funcionários, onde se procurou reconhecer as principais

satisfações e insatisfações dos mesmos com o objetivo de definir Programas

de Ações que buscassem eliminar ou amenizar os fatores de insatisfação,

priorizar e otimizar os pontos de satisfação apresentados. O instrumento

utilizado para o desenvolvimento da pesquisa foi o questionário estruturado,

com questões fechadas de múltiplas escolhas (anexo D). Depois de realizado o

teste, houve um feedback para os funcionários, justificando os motivos e os

objetivos da pesquisa. Deve-se salientar o esclarecimento do caráter

confidencial das respostas, sem a possibilidade da identificação dos

respondentes, assegurando informações de maior fidelidade possível.

Na tabulação e análise da pesquisa os principais pontos demonstrados

pelos funcionários foram:

a) definição de uma política de aproveitamento interno de pessoal;

b) definição e implementação de um plano de carreira;

c) definição de política de cargos e salários; e

d) avaliação do desempenho e prática da meritocracia.

A partir do diagnóstico efetuado buscou-se o desenvolvimento de

ferramentas que assegurassem a eliminação das insatisfações e permitisse

que os funcionários tivessem perspectiva de crescimento profissional na

empresa.

3.1.3 Procedimentos administrativos

49

Foram desenvolvidos procedimentos administrativos de todas as áreas

da empresa. A finalidade de tal desenvolvimento foi a de fornecer ao

funcionário um padrão de execução da sua função, permitindo-lhe através dos

passos de execução a autonomia no seu cotidiano, onde também lhe

assegurava a possibilidade de alterar a forma de execução desde que

substituída por uma alternativa mais produtiva.

Após o desenvolvimento dos procedimentos os funcionários tiveram

oportunidade de revê-lo e opinarem, de forma que a prática definida se

constituísse na melhor forma de execução, além de tal aspecto através dos

procedimentos foram reconhecidas às funções a serem executadas pelos

funcionários em cada uma das tarefas pertinentes ao seu cargo, possibilitando

a elaboração da Descrição de Cargos.

Etapa esta muito importante para a empresa, pois assegura a

construção de um conhecimento institucional, possibilitando que as

informações, experiências e métodos estejam em um banco de dados

organizacional, podendo ser consultado, alimentado e utilizado pela empresa

de forma a beneficiar processos futuros, centralizando o poder da informação

na organização.

3.1.4 Análise e descrição de cargos

Para o reconhecimento da função de cada funcionário na empresa foi

desenvolvida a Descrição de todos os cargos existentes, tal descrição definiu a

nomenclatura do cargo (sempre que possível de acordo com o Código

Brasileiro de Ocupações) a escolaridade desejada, as habilidades necessárias

para sua execução, as competências profissionais e o escore do cargo.

Segundo Paschoal (2001) cargo é a forma tradicional das organizações

ordenarem e agruparem as tarefas atribuídas às pessoas que a compõem em

um conjunto formal.

Para a realização da Descrição de Cargos foi efetuada uma análise que

segundo Dessler (2003), o procedimento pelo qual se determinam as

obrigações desses cargos e as características das pessoas que devem ser

50

contratadas para eles. A análise gera informações sobre os requisitos do

mesmo. O Código Brasileiro de Ocupações foi utilizado como ferramenta

auxiliar norteadora, garantindo relativo padrão na formulação e adaptação dos

cargos à necessidade da organização.

Depois de desenvolvido a Descrição de Cargos, foi definido o perfil do

ocupante, preocupando-se sempre em destacar as habilidades e competências

esperadas.

Segundo Wood e Picarelli (2004), uma habilidade pode ser definida

como a capacidade de realizar uma tarefa ou um conjunto de tarefas em

conformidade com determinados padrões exigidos pela organização. Isto é, o

grau de competência de um sujeito concreto frente a um objetivo. Dentro do

conjunto de habilidades avaliadas se destacam o conhecimento do ocupante e

as aptidões pessoais.

Ainda de acordo com Wood e Picarelli (2004), a competência é um

agrupamento de conhecimentos, habilidades e atitudes correlacionados, que

afeta uma parte considerável da atividade de alguém.

Aplicação prática: relaciona-se à mobilização dos conhecimentos

teóricos e das aptidões pessoais, aplicados no trabalho.

Dentro das habilidades foram pesquisadas que tipo de práticas e

experiências favorece a execução do cargo, sendo que atenção concentrada,

habilidades manuais, relacionamento, habilidades de comunicação foram as

mais presentes. Nas competências profissionais foram identificadas através

dos procedimentos administrativos quais as tarefas que o funcionário deverá

executar para cumprir com o esperado no seu cargo.

O escore de cargo foi definido baseando-se na complexidade da função,

nível de responsabilidade, habilidades requeridas, escolaridade, entre outros,

visando definir com a maior equidade possível o valor para o cargo.

Através da Descrição e Análise de Cargos é possível definir:

a) os pré-requisitos para contratação de funcionários, permitindo uma

facilidade de Recrutamento e Seleção de Pessoal;

b) a definição de testes a serem aplicados, visando à identificação da

existência de habilidades e competências do candidato;

c) o escore de cargo, que permite o perfeito enquadramento da função

na tabela de Cargos e Salários, o que assegura a equidade interna,

51

evitando a insatisfação sempre presente nas empresas pela

comparação de salários entre os funcionários;

d) a elaboração de modelos de Avaliação de Desempenho a partir dos

itens a serem avaliados e que são pertinentes a função do

funcionário que estará sofrendo a avaliação;

A Análise e Descrição de Cargos na Navas & Cia.Ltda. já foram

integralmente desenvolvidas, estando em fase de aprovação final pela diretoria.

3.1.5 Avaliação de desempenho

Segundo Dessler (2003), Avaliação de Desempenho pode ser definido

como a avaliação da relação entre o desempenho atual ou passado de um

funcionário e seus padrões de desempenho.

A Avaliação de Desempenho na Navas & Cia.Ltda. foi desenvolvida em

duas etapas, onde em primeiro plano visa à Avaliação de Desempenho no

período de experiência, onde com 45 dias o desempenho do funcionário é

avaliado e opta-se pela sua continuidade na experiência ou sua dispensa, após

90 dias é efetuada uma avaliação final, onde quesitos como relacionamento,

disposição para o aprendizado, absorção de aprendizado, rapidez de

execução, assiduidade e pontualidade, que são ítens relativamente básicos

quando levado-se em conta o pouco tempo de permanência do funcionário na

empresa, é reavaliado, sendo determinantes na efetivação da pessoa.

Em segundo desenvolvimento, a Avaliação de Desempenho, em vias de

implantação, será anual, e desenvolvida seguindo o modelo estrutural e formal,

padrão absoluto, optando-se pela avaliação em 360º graus para gerentes e

supervisores e, os demais funcionários pelo método de Pesquisa de Campo,

onde além da auto-avaliação do colaborador, sua chefia lhe avaliará e, através

do feedback será efetuado o consenso das avaliações. As divergências de

avaliação serão mediadas pelo setor de Recursos Humanos que, buscará a

resolução do conflito.

Os ítens de avaliação foram obtidos da Descrição e Análise de Cargos

contemplando a checagem do real desempenho dos funcionários. O feedback

52

é obrigatório e tem desenvolvimento à parte, pois o superior é obrigado a

discutir com o funcionário e levantar os pontos fortes e fracos de seu

desempenho, programando treinamento para correção dos pontos falhos e

potencializando os pontos fortes que possuem. Além deste aspecto importante,

a Avaliação de Desempenho também influi na política salarial como será

demonstrado.

De acordo com Dessler (2003), as principais vantagens na Avaliação de

Desempenho a serem obtidas são:

a) identificar pontos fortes e fracos dos funcionários;

b) eliminar através de treinamento os pontos fracos;

c) estabelecer um Programa de Treinamento total aproveitável pela

empresa;

d) identificar os funcionários potenciais para o desenvolvimento de

carreira, o que possibilitará a aplicação correta da política de

Recrutamento Interno;

e) possibilitar a concessão da meritocracia, através de aumentos de

méritos para os que apresentem desempenho bom ou ótimo.

f) permitir que o funcionário através da meritocracia, além do pequeno

aumento na remuneração, também se sinta reconhecido pelo bom

desempenho.

3.1.6 Plano de carreira

Contemplando a necessidade e a solicitação dos funcionários na

Pesquisa de Clima Organizacional, foi desenvolvido um Plano de Carreira. As

características decorrentes da elaboração deste Plano de Carreira basearam-

se no estabelecimento dos pré-requisitos para cada cargo, através da

Descrição e Análise de Cargos. Os cargos afins acabam formando o que se

chama uma Família de Cargos, por exemplo, a Família de Cargos Área

Financeira, composta dos seguintes cargos: Gerente Financeiro, Supervisor

Financeiro, Assistente de Contas a Pagar, Assistente de Contas a Receber e

assim por diante. O plano de carreira é facultado para consulta de todos os

53

funcionários, que a partir de seu desempenho pleiteiam sua inclusão no

desenvolvimento de carreiras da própria família ou de família correlata.

A partir da aquiescência de seu superior o funcionário passa a receber o

Programa de Desenvolvimento de Carreira para o cargo escolhido, lhe

proporcionando o desenvolvimento profissional desejado e preparando as

futuras capacidades gerenciais para a empresa. Nota-se que tal perspectiva

cria uma pré-disposição do funcionário em permanecer na empresa, pois

vislumbra a possibilidade de seu crescimento profissional e de status.

Procurando não privilegiar somente as carreiras gerências, o Plano de

Carreira foi desenvolvido em “Y” onde um dos braços visa o crescimento em

carreira gerencial, e outro em carreira técnica, num plano horizontal,

procurando oferecer oportunidades de desenvolvimento para os funcionários

que não detenham pendor gerencial.

Segundo Lacombe (2005), as vantagens da criação do plano de carreira

são:

a) criar a perspectiva do funcionário de seu desenvolvimento

profissional;

b) formalizar o acesso a carreira, criando procedimentos que a tornem

mais transparente e visível;

c) facilitar a definição do Programa de Treinamento, pois com base nas

necessidades da carreira os treinamentos são definidos;

d) preparar o funcionário para participar do Recrutamento e Seleção,

como interno, já que é obrigado a concorrer na seleção com

candidatos externos.

3.1.7 Planos de Salários

Segundo Paschoal (2001), as pessoas costumam dizer que não

trabalham por esporte e, por mais imediatista que seja essa afirmação ela

mostra que, na nossa cultura e no nosso sistema de relações econômicas, a

despeito de existirem outros fatores importantes, eles não são tão

determinantes na decisão das pessoas como o salário.

54

Ainda de acordo com Paschoal (2001), o salário tem sido o principal

elemento de ligação entre organizações e trabalhadores.

Devido a isso, a determinação da remuneração quando equacionada

entre a Descrição de Cargos da organização e em uma pesquisa salarial, pode

minimizar sensivelmente as insatisfações dentro da organização possibilitando

assim o desenvolvimento de plano de salários.

O Plano de Salários que, a princípio, define através dos escores de

cargo as faixas salariais, assegurando a perfeita equidade interna dos salários

a serem pagos, ponto que foi ressaltado como de insatisfação na pesquisa de

clima organizacional, o escore como estabelece o valor do cargo, isto é, 370

pontos, 560 pontos, entre outros, permite que sejam definidos faixas com

salários correspondentes para cada faixa.

Buscando atender as expectativas dos funcionários quanto aos seus

méritos individuais, também foi estruturada a prática da meritocracia, onde

cada faixa é composta de faixa inicial, faixas intermediárias, que são

subdivididas em três níveis e faixa final. Desta forma pela excelência de

desempenho do funcionário é possível conceder-lhe faixas adicionais como

mérito e reconhecimento pelo bom desempenho, servindo como base,

inclusive, para aplicar o plano de carreira horizontal.

Anualmente, através de uma pesquisa salarial, serão revistos os salários

para que a equidade externa também esteja assegurada. A existência de uma

política salarial possibilita as seguintes vantagens:

a) a eliminação da insatisfação de comparação de salários entre os

funcionários pela equidade que é possível manter dentro da política

pelo escores de cargo;

b) a prática do reconhecimento de desempenho, através da concessão

de faixas intermediárias;

c) a prática horizontal que, pela inexistência de vagas em cargos

superiores, onde fica impraticável a elevação vertical - promoção

para outros cargos - pelo menos a prática horizontal de concessão

de aumentos menores, mas em reconhecimento pelo desempenho

do funcionário, o mesmo almeja crescimento técnico em sua função.

Futuramente a empresa deverá programar uma política de salário

variável, baseado em resultados.

55

3.1.8 Programa de treinamento

De acordo com Dessler (2003), treinamento é o conjunto de métodos

usados para transmitir aos funcionários novos e antigos as habilidades

necessárias para o desenvolvimento do trabalho.

Para dar suporte ao Plano de Carreira e de correção dos pontos falhos

apontados na Avaliação de Desempenho, está sendo desenvolvido um

Programa de Treinamento voltado à qualificação dos funcionários. O ponto

positivo deste programa é que os treinamentos sempre visam o

desenvolvimento dos funcionários e não são elaborados ao acaso. Prevê o

programa que todo treinamento tem uma avaliação que identifica o feedback do

aprendizado do funcionário, e para o Plano de Carreira a nota mínima exigida é

de sete, numa escala de zero a dez.

Nota-se também que, a preparação dos colaboradores tem relação

direta com a eficácia do programa de Recrutamento Interno, pois o funcionário,

quando preparado, leva vantagem em relação a candidatos externos, pois

conhece a cultura da empresa, e já está adaptado à organização.

3.2 Manutenção e desenvolvimento de procedimentos

Os processos acima relacionados refletem diretamente na gestão de

possíveis talentos, pois atende parcialmente as necessidades levantadas na

pesquisa de Clima Organizacional. No entanto, a manutenção destas

atividades é essencial, pois são precursoras de uma política de Recursos

Humanos potencializada, que sustente o crescimento projetado.

Alguns projetos estão sendo preparados para implantação, porém, sem

os requisitos anteriormente citados, as dificuldades são eminentes, os

processos de seleção poderão ser falhos, e a retenção de talentos pode ser

prejudicada.

Os instrumentos que estão sendo implantados ainda não admitem a

leitura dos índices de satisfação ou mensuração da resistência existente ao

56

programa pelos colaboradores. Oportunamente, em fevereiro de 2009 poderá

ser aferida com maior precisão a satisfação com relação à proposta, pois,

estará em fase terminal. No entanto, é necessário indicar que no

desenvolvimento dos trabalhos os funcionários são envolvidos, e mostram-se

receptivos ao modelo que está sendo implantado.

Os anexos contidos nesta pesquisa identificam com maior clareza as

informações apresentadas, detalhando alguns procedimentos já implantados e

demonstrando a estrutura proposta para a empresa.

57

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

De acordo com a pesquisa realizada no período de estágio na empresa

Navas & Cia.Ltda., foram analisados os procedimentos empregados pela

empresa na Gestão de Pessoas. Apesar do entendimento da necessidade de

uma Política de Pessoal a ser divulgada, a prática conduzia o corpo diretivo à

ações mais pessoais, que não permitiam a identificação de uma política mais

estruturada e voltada a todos, pela sua baixa visibilidade.

A realização no período de estágio de uma Pesquisa de Clima

Organizacional, onde os funcionários tiveram liberdade da identificação dos

pontos que produziam satisfação e ou insatisfação no seu desempenho,

permitiu um diagnóstico, se não totalmente preciso, muito próximo do que os

funcionários buscavam.

Com base neste diagnóstico e no acompanhamento do desenvolvimento

das Políticas de Recursos Humanos propõe-se:

a) que a empresa implante o sistema de Recrutamento e Seleção, com

ênfase maior no Recrutamento Interno;

b) estabeleça o Plano de Carreira para dar perspectiva aos funcionários

da organização preparando-os também para o Recrutamento Interno;

c) aplique a Avaliação de Desempenho, para a prática da meritocracia e

a melhoria do desempenho na função;

d) inicie o Programa de Treinamento como suporte do desenvolvimento

dos funcionários da empresa.

Identifica-se também como uma necessidade no atual momento da

empresa, o maior e irrestrito comprometimento e participação das lideranças no

processo de implantação, procurando além da credibilidade, repassar

segurança a seus liderados quanto ao processo que se inicia.

Desta forma, atrair, ambientar e adequar, motivar e reter talentos pode

ser a prática que a empresa deseja.

58

CONCLUSÃO

Em nenhum momento anterior à vida das empresas, foi tão necessário

definir e praticar um modelo de gestão eficiente, a versatilidade, criatividade e

iniciativa deixaram de ser um diferencial para tornar-se necessidade absoluta

no dia a dia organizacional. As mudanças impõem modelos de organizações

mais flexíveis, que estejam dispostas a pro agir no mercado que atuam, a

antecipação das tendências e o conseqüente preparo das empresas passaram

a ser o determinante do sucesso empresarial.

Muitos empresários entenderam que o modelo de gestão adequado

deveria simplesmente ser suportado na tecnologia, as inovações tecnológicas

assegurariam a capacidade de a empresa acompanhar as mudanças e

posicionar-se como empresa de vanguarda. Fracassaram. Outros buscam

simplesmente nos modelos organizacionais mais agressivos a ferramenta

essencial para a mudança e a atualização de suas empresas e também não

conseguem grandes resultados.

É importante identificar que uma empresa é composta por dois grandes

sistemas, igualmente importantes, e que merecem atenção dos empresários e

grandes lideres empresariais: O Sistema Tecnológico, onde se repousa a

tecnologia da organização, os processos, as máquinas e equipamentos, entre

outros, e de outro lado o Sistema Humano, onde estão as pessoas que

compõem esta organização. Somente pela soma dos dois fatores é que a

empresa pode manter e interagir com o meio que atua, observando e

absorvendo as mudanças, com eficiência e rapidez necessárias.

Se a atualização do sistema tecnológico passa pela manutenção do

parque tecnológico da empresa, procura por processos eficientes, layout

melhor definido, redução de custos, entre outros; o sistema humano exige

ações que busquem entender, satisfazer e capitalizar as necessidades e

satisfação dos funcionários com o trabalho que executam. Entendendo que

cada vez mais a técnica está no processo e também na automação dos

sistemas, identificar as habilidades das pessoas que compõem ou que

comporão o quadro funcional da empresa é extremamente importante.

Ferramentas tradicionais da área de Recursos Humanos são eficientes para a

59

identificação, potencialização e manutenção dos talentos na empresa. O

Recrutamento baseado nos pré-requisitos ideais do cargo permite a admissão

de funcionários mais habilidosos para o desempenho da função e o interno

além de produzir o mesmo efeito, motiva os de dentro pela oportunidade de

crescimento na organização. Mas não basta o Recrutamento e Seleção, outras

ferramentas são igualmente importantes e imprescindíveis no todo, o Plano de

Carreira dá visibilidade e segurança para os que através de um bom

desempenho desejem crescer, além de permitir a identificação dos esforços

necessários e do foco deste esforço a ser implementado pela empresa e pelo

funcionário. A Avaliação de Desempenho consegue através de sua função,

corrigir falhas e descobrir potenciais, uma boa política salarial conduz à

equidade necessária numa área tão turbulenta como a da remuneração, onde

além da equidade interna a externa também possa ser praticada. Por fim, um

Programa de Treinamento eficiente que mantenha os funcionários atualizados

e os prepare para as novas carreiras completa o quadro.

Os que desconhecem ou não acreditam que a Gestão de Pessoas

possa produzir excelentes resultados na empresa, não aplicam. Aqueles que

entendem ser o ser humano o ponto de alavancagem principal da empresa

nestes momentos de acirrada concorrência, utilizam-na para: contratar bem e

manter o quadro de funcionários motivado, valorizando os talentos de casa e

produzindo uma onda de bem estar em toda a organização, comprometendo-

os. Como reter talentos? Esta é a pergunta? A resposta é simples, acreditando

neles, mantendo-os informados e treinados, satisfeitos e motivados. Difícil?

Não, basta acreditar.

60

REFERÊNCIAS

BISCAINO, E. R.; SANTOS, G. C. S. Recrutamento Interno. 2006. Monografia (Graduação em Administração). Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium. Lins

CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: O novo papel de recursos humanos nas organizações, 2.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. ______Construção de Talentos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2002. DESSLER, G. Administração de Recursos Humanos. 2.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003. ESPOSITO, A. P. B.; SURPILLI, L. M. Recrutamento e seleção de pessoal. 2006. Monografia (Pós - Graduação “Lato Sensu” em gestão empresarial com ênfase em marketing e recursos humanos). Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium. Lins GESTÃO de talentos é o maior desafio de recursos humanos. Administradores. com.br, São Paulo, 25 de agosto de 2008, Disponível em: < http://www.administradores.com.br/noticias/gestao_de_talentos_e_o_maior_desafio_de_recursos_humanos/16683/> Acesso em: 29 de agosto. de 2008. LACOMBE, F. Recursos humanos: princípios e tendências, São Paulo: Saraiva. 2005. PASCHOAL, L. Administração de cargos e salários: Manual prático e novas metodologias, 2.ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001. PRESS. M.; DUARTE. D. Gestão de Talentos. Maksuri.com, [S.L, S.D] Disponível em: < http://www.maksuri.com/Artigo%20Gestão%20de%20Talentos.htm> Acesso em: 02 de setembro. de 2008. WOOD, T. Jr. PICARELLI, V. Filho. Remuneração e carreira por habilidades e por competências: preparando a organização para a era das empresas de conhecimento intensivo, 3.ed. São Paulo: Atlas, 2004.

61

APÊNDICES

62

APÊNDICE A – Roteiro de Estudo de Caso

I INTRODUÇÃO

Será realizada uma análise utilizando – se dos métodos estatísticos e

sistêmicos na empresa Navas & Cia.Ltda. no departamento de Recursos

Humanos, segmentando a área de Recrutamento, Seleção e a Gestão de

Talentos.

II RELATO DO TRABALHO REALIZADO REFERENTE AO ASSUNTO

ESTUDADO

a) Levantamento de informações pertinentes ao assunto relatado

(descrição de cargos, rotatividade de indivíduos, e modelo atual de

gestão de pessoas.) através de depoimentos, entrevistas e, análises

de documentos.

b) Descrever métodos do processo de Recrutamento e Seleção

contextualizados ao cotidiano organizacional da empresa citada.

c) Elaboração de conceitos que auxiliem na projeção de estratégias

referentes à gestão talentos.

3 DISCUSSÃO

Confronto entre teoria (referencial teórico dos primeiros capítulos) e a

prática utilizada pela empresa ou entidade.

4 PARECER FINAL SOBRE O CASO E SUGESTÕES SOBRE

MANUTENÇÃO OU MODIFICAÇÕES DE PROCEDIMENTO

63

APÊNDICE B – Roteiro de Observação Sistemática

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Empresa:…………………………………………………………………………………

Localização:.......................................................................................................

Atividade Econômica:............................................................................................

II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

1 Procedimento de Recrutamento e Seleção

2 Análise e Descrição de cargos

3 Estrutura de Recursos Humanos existentes

4 Possíveis manobras para um processo de desenvolvimento de

pessoas

5 Possível implantação de Recrutamento Interno

64

ANEXOS

65

ANEXO A - Programa de Desenvolvimento Humano Navas & Cia.Ltda.

Diagnóstico Inicial

A partir da efetivação e análise da pesquisa de clima organizacional

efetuada no início dos trabalhos, é evidente a existência de um clima não

receptivo quanto aos aspectos de realização e principalmente permanência no

trabalho. Isto é confirmado com a rotatividade existente, onde os índices de

rotatividade espontânea e motivada são significativos.

Admitindo que a área Comercial seja cercada de nuances imprevisíveis,

baseamos a análise apenas na área administrativa, onde coletamos o número

de funcionários, demissões efetivadas, quantas de aspecto motivado (quando a

empresa toma a iniciativa) e quantas de aspecto espontâneo (quando é o

funcionário que motiva a ação), para fins de comparação consideramos que o

público administrativo é como se fosse o público total da empresa e o calculo

da rotatividade foi efetuada pela movimentação da área, os números obtidos

foram os seguintes:

a) mês de Junho: Total do quadro administrativo 26 (vinte e seis),Total

de demissões: 04 (quatro)% em relação ao total: 15,38 Rotatividade

extrapolada para o ano:185,0 %;

b) mês de Julho: Total do quadro administrativo 31 (Trinta e um),Total

de demissões: 03 (três)% em relação ao total: 9,68 Rotatividade

extrapolada para o ano:116,1 %;

c) mês de Agosto: Total do quadro administrativo 30 (Trinta),Total de

demissões: 03 (três)% em relação ao total: 10,0 Rotatividade

extrapolada para o ano:120,0 %;

d) posição do Trimestre -JUNHO – JULHO – AGOSTO: Quadro

Administrativo médio no período: 29 (Vinte e nove), Média das

demissões ocorridas no período: 3,333 (Três trinta e três...). % em

relação à média do total: 11,5 Rotatividades extrapoladas para o ano:

137,9 %.

66

Quando passamos para a análise das demissões motivadas e ou

espontâneas encontramos o seguinte número na média do trimestre analisado:

a) total de demissões no período: 10;

b) demissões motivadas: 04 – 40 % do total;

c) demissões espontâneas: 06 – 60 % do total.

Tal constatação, principalmente na ocorrência da demissão espontânea, é

extremamente perversa para a manutenção da qualidade e produtividade das

áreas, principalmente se julgarmos que funcionários que se desligaram nos

eram eficientes (demissão espontânea) e não desejávamos sua demissão.

Também as demissões motivadas acabam proporcionando o mesmo problema.

Mesmo que admitamos que não o desejássemos como funcionário o seu

substituto passara seguramente por uma fase improdutiva até incorporar

devidamente à atividade, em ambos os casos, é preciso reconhecer que

perdemos produtividade, qualidade, amadurecimento da equipe, além de

algumas ocorrências previstas para os casos, como:

a) tempo dedicado ao Recrutamento, Seleção e escolha final;

b) custo de admissão do funcionário;

c) custo de demissão do funcionário que deixou a empresa;

d) tempo de adaptação do novo funcionário;

e) improdutividade inicial, pela falta de conhecimento da plena atividade

pelo novo funcionário;

f) possíveis erros ocorridos no desenvolvimento da função.

Notamos que apesar do mercado oferecer uma gama relativamente alta

de candidatos, poucos ou raros são os que possuem habilidades para

assumirem com vantagem as funções deixadas pelos antigos funcionários.

Acrescente ao problema que pode parecer simples, mas a operação da

empresa não é tão simples assim. Alguns fatores podem ser destacados:

a) quadro enxuto, pouca disponibilidade para manipulação ou treinamento

de mais longo tempo do novo funcionário;

b) não existe em nossa cidade ou micro-região mão de obra treinada ou

especializada para a função, existem funções similares sem a devida

qualificação necessária;

67

c) nível de salário ou atratividade dentro do mercado, não constituindo

atratividade que leve à procura ou a perpetuação dos funcionários

existentes na empresa;

d) perda constante dos treinamentos promovidos com os funcionários

admitidos e depois demitidos ou que solicitaram demissão;

e) falta de uma política que crie a condição de expectativa dos

funcionários do crescimento profissional e também no fator de

remuneração.

Da mesma forma que as empresas pensam na perpetuação do seu

público externo (seus clientes) temos que pensar na perpetuação de nosso

público interno (nossos funcionários) a eficiência do atendimento ao primeiro e

sua perpetuação depende em muito da eficiência do segundo e por que não

admitir que também sua perpetuação na empresa.

Para isto apresentamos a criação de nosso Plano de Desenvolvimento

de Recursos Humanos onde pretendemos chegar aos seguintes resultados:

Definição dos Cargos

Além de definir o conjunto de responsabilidades de cada funcionário,

estabelece as habilidades e competências necessárias para a sua perfeita

execução, isto facilita desde a admissão do funcionário, porque define o perfil

do candidato, como também o nível salarial a ser pago, decorrente de suas

competências, complexidade de execução, responsabilidade, entre outros.

Com um rol de cargos bem definidos, fica bem mais fácil e precisa a

definição de uma política salarial correta, o mercado pode ser o balizador,

entretanto, muitas vezes não reúne as funções que tenho na empresa ou as

reúne com níveis de complexidade e responsabilidade diferentes e acaba

distorcendo o real valor da função que tenho que remunerar.

As funções definidas pelo rol de cargos e pelos procedimentos

administrativos existentes devem balizar a avaliação de desempenho já que

tenho que medir e criar condições de premiar os bons desempenhos e corrigir

68

os desempenhos não desejáveis para conduzi-los a uma execução mais

perfeita possível.

Na continuidade do processo de desempenho e a fim de

potencializarmos nossos funcionários de bom desempenho, o Plano de

Carreira completaria junto com o Programa de Treinamento o Programa de

Desenvolvimento Humano da empresa.

Recrutamento e Seleção

Como já citado o Recrutamento e Seleção obedecerá a padrões mais

técnicos, onde a escolha do candidato deverá recair principalmente com bases

nos fatores de competências e habilidades requeridas pelo cargo, assim como

a escolaridade desejada e sua formação específica ou não, conforme for o

caso.

Avaliação de Desempenho

Será desenvolvida em duas fases, a primeira para avaliar os funcionários

em experiência, isto é, completado o ciclo de 90 dias na função o funcionário

obrigatoriamente deve passar por uma avaliação de desempenho que indique

sua continuidade ou não na empresa. Observamos que vamos demitir

funcionários após 8, 9,... 12 meses após sua admissão utilizando-nos da

justificativa de não adaptação do mesmo na função para qual foi contratado.

Após tal período e pelo menos uma vez no ano todos os funcionários

devem ser avaliados, onde logo após será provido o feedback e programado o

treinamento para a correção das falhas dos candidatos quando também

deverão ser reconhecidos os que possuem potencial para o desenvolvimento

de carreira.

Os funcionários de bom e/ou ótimo desempenho a critério da empresa

poderão receber faixas intermediárias de salário (pequenos aumentos dentro

69

da própria função) contemplando ia meritocracia que é um dos fatores mais

importantes de motivação dos funcionários.

Plano de Carreira

O Plano de Carreira complemente a política, estabelecendo critérios e

determinando as carreiras de ascensão de cada funcionário. Notar que nesta

fase podemos entender e atender às necessidades dos funcionários, onde sua

carreira pode estar sendo desenvolvida dentro de áreas diversas da que

atualmente ocupa, dependendo para isto de seu potencial própria para a

carreira escolhida.

Programa de Treinamento

O Programa de Treinamento como fase de fechamento de todo o

Programa de Desenvolvimento Humano, será balizado em dois grandes

fatores: o primeiro para atender as correções das falhas indicadas na avaliação

de desempenho e para também prover a carreira dos funcionários que se

destacaram. Num segundo momento como treinamento que promova o

desenvolvimento global dos funcionários, independentemente da formulação de

Plano de Carreira ou não.

Fonte: Navas & Cia.ltda, 2008

70

P. D. H.

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

Nº. 001- PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

POLÍTICAS DE RECURSOS HUMANOS

RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE FUNCIONÁRIOS

OBJETIVO: Definir parâmetros e procedimentos para contratação de

futuros funcionários da empresa, observando as competências e habilidades

definidas pelo cargo que o funcionário irá ocupar.

O RECRUTAMENTO

Modelos de Recrutamento: Interno e Externo

Recrutamento Interno

Em atendimento a Política de Recursos Humanos e o que professa a

missão da empresa, será sempre dada a oportunidade de concorrer a vaga aos

funcionários da empresa que preencherem os pré-requisitos do cargo, estando

apto a assumir com eficácia a vaga oferecida.

São determinados os seguintes procedimentos para a efetivação do

Recrutamento Interno:

a) todas as vagas existentes deverão ser divulgadas, discriminando as

habilidades e competências, afixando em quadro mural ou pela forma

mais fácil que informe a todos os funcionários da empresa.

b) deverá ser estabelecida uma data base para as inscrições dos

funcionários internos que estejam dispostos a concorrer à vaga, desde

71

que obedecido o pré-requisito de competências e habilidades requeridas

pelo cargo;

c) serão considerados candidatos pré-inscritos àqueles que estiverem

participando do Plano de Carreira, primeiramente na função desejada e ou

em funções correlatas que indiquem sua preparação;

d) todos os funcionários internos serão submetidos à testes e poderão

estar concorrendo com candidatos externos que terão a oportunidade de

preencher à vaga;

e) não será dada a preferência absoluta pelo funcionário no

Recrutamento Interno, podendo o mesmo ser desclassificado na aplicação

dos testes seletivos tal como o candidato externo. Em caso de candidatos

com o mesmo nível de desenvolvimento (interno/externo) ou muito

próximo, o interno sempre deverá ser o escolhido.

Recrutamento Externo

A empresa divulgará as vagas existentes na busca de possíveis

candidatos externos ao preenchimento do cargo oferecido.

A inscrição de candidatos externos obedecerá ao mesmo critério definido

para os internos com respeito às competências e habilidades necessárias para

a execução da função, não devendo existir qualquer tipo de privilégio na

escolha por qualquer tipo de candidato.

Como forma de Recrutamento é permitida aos funcionários internos a

indicação de candidatos externos, não estabelecendo, entretanto qualquer

compromisso da empresa na admissão. A escolha será sempre definida pelo

processo seletivo indicado para a função.

Os ex - funcionários da empresa serão aceitos no processo desde que

sua saída não tenha ocorrido por fator desabonador de conduta pessoal ou

profissional e que o ex-funcionário não tenha ou ainda não tenha tido qualquer

tipo de pendência trabalhista com a empresa.

72

Inscrição de Candidatos

Fica terminantemente proibido qualquer tipo de discriminação de

candidatos quanto à raça, côr, crédulo, orientação sexual, estado civil, sexo,

idade, entre outros.

As características técnicas e de habilidades requeridas pelo cargo não

constituem discriminação e poderão ser exercidas livremente pela empresa

para a identificação do candidato potencial à vaga oferecida.

Candidatos que enviaram currículo ou que passaram por processo

seletivo anterior e que possam ser inscritos no atual processo devem ser

contatados para saber de seu interesse.

Limite de Estagiários

Fica definido como limite 20,0%(Vinte por cento) de estagiários em

relação ao total de funcionários da empresa, assim se a empresa possuir 50

funcionários em seu quadro só poderá admitir 10 estagiários.

Número Ideal de Candidatos

Será considerado o número ideal de candidato o total de 05 (cinco)

candidatos para cada vaga existente, e até o limite de 3 (três) por vaga o

recrutamento será considerado válido, abaixo deste limite deverá ser

efetuado um novo Recrutamento.

Quando o número de candidatos superar a 5 (cinco) por vaga, deverá

ser efetuada uma Triagem, com a eliminação do excesso, por critérios mais

técnicos possíveis, evitando o acumulo de candidatos no processo seletivo.Os

critérios e a aplicação da Triagem será considerada em capítulo próprio do

Recrutamento.

73

Da Aplicação da Triagem

A Triagem (considerada como uma seleção primária) serve para eliminar

o excesso de candidatos a serem enviados para o Processo Seletivo, seus

critérios seletivos não incluem a aplicação de testes e devem se restringir a

análise dos currículos apresentados ou Fichas de inscrições preenchidas onde

se verificará se o candidato de tem os pré-requisitos definidos como essenciais

para a execução do cargo. Serão desclassificados todos aqueles que não

apresentarem os pré-requisitos, a partir dos elementares. Na manutenção de

número superior ao desejado a comparação dos currículos/fichas deverá ser

efetuada procurando definir a ascendência maior de candidatos em relação aos

outros. A escolaridade excessiva, isto é, o cargo exige Ensino Fundamental e o

candidato está cursando 3º grau deve ser vista com reserva, pois se pode

considerar que produza desvantagens na manutenção do candidato na função

proposta por tempo maior.

Em caso de absoluto empate nos critérios técnicos, a preferência será

dada sempre ao casado em relação ao solteiro, o casado com filhos em

relação ao casado sem filhos, o de maior idade (respeitando-se limites

necessários pelo cargo/função) em relação ao de menor idade, etc.

Distinguindo a Área de Recrutamento

A área de Recrutamento tem a finalidade de atrair candidatos à empresa

pela necessidade de preencher vagas existentes ou provê-los através do

Recrutamento Interno. Não é de competência do Recrutamento a escolha do

candidato, portanto, nenhum candidato poderá ser julgado apto à admissão

sem que tenha passado pelo processo Seletivo que completa a ação do

Recrutamento e Seleção.

Processo Seletivo

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O processo seletivo visa à escolha do melhor candidato para a vaga

existente, em sentido restrito pode-se entender como um processo comparativo

e excludente, onde se compara as competências e habilidades dos candidatos

através de testes definidos, excluindo-se os de pior desempenho e mantendo

os de melhor para complementação do processo.

O processo seletivo será composto de bateria de testes, indicados para

a checagem das habilidades, entrevistas, testes comportamentais e testes

práticos onde se reconhecera o conhecimento do candidato ao cargo que

concorre.

Os testes serão aplicados visando à identificação do candidato com os

pré-requisitos do cargo, podendo variar de cargo a cargo.

Escolha do Candidato

A escolha do candidato será efetuada pelo requisitante do funcionário,

sempre baseado em 3 (três) ou mínimo de 2(dois) candidatos que serão

oferecidos para sua escolha na entrevista final.

Para avaliação do candidato o requisitante receberá os testes aplicados

e sua classificação em relação aos demais, assim como a entrevista com a

psicóloga, permitindo-lhe o reconhecimento de padrões técnicos e

comportamentais do candidato, restando-lhe a entrevista técnica final e a

avaliação do perfil mais adequado para seu estilo de gerênciamento.

A função do Recursos Humanos, no processo é de indicar candidatos

potenciais, não devendo em nenhuma hipóteses escolher o candidato final, que

é prerrogativa do requisitante do cargo.

Admissão do Funcionário

Após a definição do candidato julgado ideal para o preenchimento da

vaga, o requisitante deverá enviar o candidato para o setor de Recursos

75

Humanos - Admissão de Funcionários, para orientação de documentação

necessária para seu devido registro.

É desejável que o funcionário inicie suas atividades somente após o seu

devido registro, evitando qualquer tipo de pendência trabalhista/jurídica futura

ou intercorrência no período.

Fonte: Navas & Cia.ltda, 2008

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REQUISIÇÃO DE FUNCIONÁRIOS:

Cargo Requisitado: ______________________________________________

Numero do Cargo: _______________________________________________

Pré-Requisitos: __________________________________________________

Competências pessoas: ___________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

Competências Profissionais: _______________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

Vaga nova () Substituição de Funcionário ()

Se substituição: ________________________________________________

Nome do Funcionário substituído: __________________________________

______________________________________________________________

Cargo: _________________________________________________________

Admissão necessária para ____/____/______.

Data _____/_____/_______.

Assinatura do solicitante Aprovação da Gerência

___________________ ___________________ Fonte: Navas & Cia.ltda, 2008

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ANEXO B – Modelo da Avaliação de Desempenho em Período de Experiência

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO EM EXPERIÊNCIA Nome do Funcionário: Setor: Admitido em: / / / Término da Experiência: / / / Nome do avaliador: QUESITOS AVALIAÇÃO GRAUS DE AVALIAÇÃO Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo Relação com Equipe Aceitação de Ordens Atenção Concentrado Absorção de Informação Assiduidade/Pontual Esforço Criatividade/Iniciativa Rapidez Executada no trabalho Observações:_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Data ____/____/_____ __________________________ Assinatura do Avaliador ____________________________ Aprovação da Gerência Fonte: Navas & Cia.ltda, 2008

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ANEXO C – Avaliação de Desempenho

Auto Avaliação ( ) Avaliação do Superior Hierárquico ( ) Nome do Avaliado: _________________________________________ Cargo: ___________________data de admissão ____/_____/_______ Tempo na Função: _______ (ano, meses). Nome do Avaliador: ________________________________________ Cargo_____________ Relação Subordinação/Avaliado____________ ________________________________________________________ Quesitos/Avaliação G r a u de A v a l i a ç ã o Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo 00 a 02 03 a 04 05 a 06 07 a 08 09 a 10 Criatividade/iniciativa Atenção Concentrada Motivação Rapidez desenvolver tarefa Espírito de Equipe Absorção Aprendizado Administração Conflito Liderança Responsabilidade Ausência de Erros Esforço na Execução Exatidão de execução Disponibilidade Compreensão Missão Conhecimento Técnico Coordenação Trabalho Assertividade Assiduidade/Pontual. Outras observações: Data ______/______/_______ __________________ Assinatura do avaliador

Fonte: Navas & Cia.ltda, 2008

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ANEXO D - Pesquisa de clima organizacional Navas Distribuidora DATA__ / __/ __

DEPARTAMENTO: _______________ _

CONHECIMENTO SOBRE SUA EMPRESA/TRABALHO:

1. Qual é o conhecimento que você tem sobre sua empresa (estrutura, mercado que atua, serviços prestados, principais clientes, etc.)

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Médio ( ) Fraco ( ) Muito Fraco ( ) Não sabe

2. Qual é o conhecimento do trabalho que você executa: importância, objetivo do trabalho, a importância para outras pessoas da empresa.

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Médio ( ) Fraco ( ) Muito Fraco ( ) Não sabe

3. Como você recebeu e como recebe as informações sobre a Navas:

( ) Programa de Integração ( ) Colegas de trabalho ( ) E.Mail ( ) Informativo escrito ( ) Quadro de avisos ( ) Outros Se outros. Quais: __________ ___________________________ _

4. O que você acha da qualidade dos serviços que a Navas presta em atendimento a seus fornecedores e clientes.

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Médio ( ) Fraco ( ) Muito Fraco ( ) Não sabe

5. Em sua opinião, fora do ambiente trabalho, qual a imagem que a Navas tem junto ao público em geral.

( ) Ótima ( )Abaixo da Média ( ) Na média ( ) Entre as piores ( ) Não sabe

6. Em sua opinião o seu trabalho exige que grau de responsabilidade na sua execução:

( ) Alto ( ) Médio ( ) Baixo ( ) Muito baixo

7. Qual o seu envolvimento com o trabalho que executa: ( ) me sinto muito envolvido ( ) Somente o necessário ( ) Nada envolvido ( ) Apesar de necessário, não me envolvo

FATORES RELATIVOS Á MOTIVAÇÃO

8. Qual seu grau de motivação para trabalhar na Navas ( ) Muito Grande ( ) Grande ( ) Médio ( ) Baixo ( ) Muito Baixo ( ) Não sabe

9. Quais os itens que mais lhe motivam: ( ) Benefícios ( ) Ambiente de Trabalho ( ) Estabilidade no emprego ( ) Cooperação entre colegas de trabalho ( ) Realização Profissional ( ) Relacionamento com sua chefia

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ASPECTOS DE AMBIENTE DE TRABALHO Classifique o seu local de trabalho em: Ótimo Bom Médio Ruim Não sabe

15. Limpeza ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 16.Iluminação ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 17. Ventilação ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 18. Temperatura ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 19.Bárulho

I ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

20.Esp.Físico ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 21.Equipament. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 22.Sistemas ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

23. Você acha que a empresa se preocupa com as condições de segurança no trabalho.

( ) Sempre ( ) Nunca

( )Quase sempre( ) Não sabe

( )As vezes ( )Raramente

10. Como você sente a motivação do pessoal de seu departamento notrabalho.

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Média ( ) Fraca ( ) Muito Fraca ( ) Não sabe

11. Você acredita que os funcionários do seu departamento estãocomprometidos com o sucesso da Navas: ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) As vezes ( ) Raramente ( )Nunca ( ) Não sabe

ASPECTOS DA COMUNICAÇÃO INTERNA

12. Você recebe informações precisas de como executar suas atividades diárias, mensais, etc. ( ) Sempre ( ) Quase sempre () As vezes ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não sabe

13. Como você classifica as comunicações internas na empresa? ( ) Confiáveis ( ) Muitas vezes confiáveis ( ) As vezes confiáveis

( ) Não são confiáveis

14. É comum acontecer problemas no seu departamento por falta de informação. ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) As vezes ( ) Raramente ( )Nunca

24. Você participa dos treinamentos sobre a segurança no trabalho? ( ) Sempre ( )Quase sempre ( )As vezes ( )Raramente ( ) Nunca ( ) Não sabe

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ASPECTOS DE LIDERANÇA

25. Em caso de suas necessidades como: falta ao serviço, sair cedo, etc, como o seu superior reage:

( ) Se preocupa em saber o motivo ( ) Se importa somente com o trabalho ( ) Oferece alternativas quando possível ( ) Não se manifesta ( ) Outras: Qual(is) _______________ ______________________ _ 26. A maneira como seu superior hierárquico resolve os problemas

humanos no trabalho é: ( ) Ótima ( )Boa ( )Média ( )Fraca ( ) Muito Fraca ( ) Não sabe responder

27. O apoio que você tem, de seu superior hierárquico para resolver os problemas é:

( ) Ótimo ( )Bom ( )Médio ( )Fraco ( ) Muito Fraco ( ) Não sabe responder

28. Você tem liberdade para dar sugestões no seu trabalho? ( ) Sempre ( )Quase sempre ( )As vezes ( )Raramente ( ) Nunca ( ) Não sabe responder

29. Seu superior hierárquico trata os subordinados com igualdade? ( ) Sempre ( )Quase sempre ( )As vezes ( )Raramente ( ) Nunca ( ) Não sabe responder·

30. Como você classifica hierárquico imediato. ( ) Ótimo ( )Bom, ( ) Não sabe responder

o conhecimento profissional de seu superior

( )Médio ( )Fraco ( )Muito Fraco

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO/REMUNERAÇÃO

30. Seu superior hierárquico imediato dá retorno sobre o seu desempenho no trabalho?

( ) Sempre ( ) Nunca

( )Quase sempre ( ) Não sabe

( ) As vezes ( ) Raramente

31. Seu superior hierárquico imediato faz com você avaliações dos seus pontos fortes e fracos.

( ) Sempre ( )Quase sempre ( ) As vezes ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não sabe

32. Você aprova como é avaliado pela sua chefia ( ) Sim ( ) Não ( ) As vezes ( ) Não sabe como é avaliado 33. A forma como você é recompensado (salário+beneficios) na

empresa, atende suas expectativas. ( ) Sim ( ) Parcialmente ( ) Não

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34. Considerando a função que ocupa como você classificaria o seu salário comparado com a mesma função em outras empresas?

( ) + que adequado ( ) adequado ( )na média ( ) pouco adequado ( ) Não sabe

DESENVOLVIMENTO NA EMPRESA. 35. Quando existe uma vaga com chance de melhorar a função e o

salário, a Navas procura preenchê-Ia oferecendo primeiro a seus funcionários?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) As vezes ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não sabe responder

36. A empresa dá oportunidade de crescimento profissional a seus funcionários?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) As vezes ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não sabe responder

37. Você se prepara para poder concorrer às vagas que a empresa oferece?

( ) Sim, sempre ( ) As vezes ( ) Nunca ( ) Não sabe

38. Você já participou de cursos, palestras, treinamentos, oferecidos pela empresa?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( )As vezes ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não sabe

39. Os treinamentos que você participou contribuíram para melhorar o seu trabalho?

( ) Sim ( ) Não ( ) Parcialmente ( ) Não participou

40. Os cursos e treinamentos oferecidos pela Navas são; ( ) Ótimos ( ) Bons ( ) Ruins ( ) Nunca participou

Convênio Médico ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Seguro de vida ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Seguro Funeral ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

41. Você já conversou com sua chefia imediata procurando identificar formas de crescimento na empresa.

( ) Sim várias vezes ( ) Sim poucas vezes ( ) Nunca ( ) Não sabia que podia

42. Você sabe qual a função imediatamente acima de sua e o que precisa saber para se preparar para ela.

( ) Sim ( ) Não ( ) Nunca foi comunicado. ( ) Nunca me interessou

Fonte: Navas & Cia.ltda, 2008

Classifique abaixo os benefícios oferecidos pela Navas: Ótimo Bom Médio Ruim Não sabe