página sinidical do diário de são paulo - força sindical - 13/03/2015
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Trabalho
quadro acima).Com a decisão do IBGE (Instituto Brasi-
leiro de Geografi a e Estatística) de fazer a revisão do PIB (Produto Interno Bruto), as Centrais Sindicais querem incorporar, no salário mínimo de 2016, o aumento do PIB obtido pela mudança na metodologia de seu cálculo.
‘Se a regra do salário mínimo, fechada por Lula e por Dilma, coloca o PIB como fator de reajuste real dos salários, e, agora, o PIB foi superior ao que sabíamos antes, então é natural que isto chegue também para os trabalhadores”, enfatiza Miguel.
A atual política de valorização do salá-rio mínimo será válida até 2019, con-
forme o Projeto de Lei nº 469/14, aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados. O texto aprovado é de autoria dos deputados Paulo Pereira da Silva (Solidariedade-SP), Antonio Imbassahy (PSDB-BA) e do de-putado licenciado Fernando Francischini (Solidariedade-PR), e estabelece o rea-juste pela variação real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores e pela infl ação acumulada medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior.
O projeto, no entanto, não tocou no rea-juste para aposentados e pensionistas, de-fendido por alguns deputados em plenário. Outra regra que permanece inalterada no texto da lei é o cálculo e a divulgação dos valores no início de cada ano por meio de decreto do Executivo, sem a necessidade de um novo projeto de lei. “Aprovamos um projeto importante, de minha autoria, que garante aumento real para o salário mínimo até o ano de 2019”, disse o deputado Paulo Pereira da Silva, Paulinho. Ele e os demais parlamentares argumentam que, “embora tais índices de correção estejam ainda longe do ideal, já representam um grande passo e devem ser mantidos para preservar o direito fundamental de crescimento da renda em percentuais mínimos”.
“A política de valorização do salário míni-mo é fruto da luta da classe trabalhadora, es-pecialmente da Força Sindical, que deu início à realização das Marchas para Brasília reivin-dicando aumento real para o salário mínimo. À época, pleiteávamos o salário mínimo com valor igual a 100 dólares”, afirma Miguel Tor-res, presidente da Força Sindical.
O presidente da Força Sindical destaca o número de trabalhadores que recebem o mínimo. “São números expressivos. As estimativas indicam que 46,7 milhões de trabalhadores recebem o mínimo, dos quais 21,9 milhões do INSS”, declara (ver
Sindicalistas almejam o fortalecimento do sistema público de emprego
Publieditorial
A política de reajuste do salário mínimo é fruto da luta da classe trabalhadora, especialmente da Força Sindical
O governo, pressionado pelas Centrais e ante a iminência da der-rubada do veto presidencial à cor-reção de 6,5% na tabela do IR, retro-cedeu e apresentou, no dia 10, uma correção escalonada com ajustes que variam de 4,5% a 6,5%, confor-me a faixa de renda (quem ganha menos terá correção maior). A nova tabela passa a vigorar já em abril.
Desta forma, quem terá ganho efetivo com a nova medida serão os trabalhadores com renda mensal até R$ 1.903,98, que passarão a ser isentos (antes a isenção atingia os salários até R$ 1.787,78). Um bom começo, mas ainda longe daquilo que queremos. O governo frisou que buscará uma maneira de com-pensar essa queda na arrecadação.
A política do governo de juros elevados e fazer com que, cada vez mais trabalhadores passas-sem a contribuir com o Leão, levada adiante por anos, penalizou mais os trabalhadores de menor renda, fa-zendo com que quem não recolhia IR passasse a contribuir. Com isto, a defasagem da tabela, acumulada de 1996 até o fi nal de 2014, chegou a 64,28%.
As Centrais não vão se contentar com esse pequeno avanço. Vamos continuar pressionando o gover-no por uma correção que atinja os nossos objetivos, que são repor o tempo e o dinheiro perdido, propor-cionar uma melhor distribuição de renda e aquecer a economia.
E sem que os trabalhadores te-nham como contrapartida a perda de mais direitos.
Miguel TorresPresidente
da Força Sindical
Governo cede e tabela do IR tem pequeno avanço
OPINIÃO
Miguel Torres
da Força Sindical
SALÁRIO MÍNIMO
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“As negociações entre as Centrais e o governo na Mesa Nacional de Ne-gociação avançaram”, segundo Sérgio Luiz Leite, Serginho, 1º secretário da Força Sindical, “na regulamentação
do Artigo 239 da Constituição, que trata do recolhimento do PIS. A ideia é: quem promove maior rotatividade
paga mais, quem faz menor ro-tatividade paga menos”.
Outros avanços foram: o tempo que o trabalhador re-cebe o seguro-desemprego passar a contar como cálculo para a aposentadoria; siste-ma de proteção ao emprego e discussão do contrato de experiência. As Centrais que-rem ainda que as homologa-
ções de trabalhadores com menos de um ano de casa sejam feitos pe-los Sindicatos.
CENTRAIS SINDICAIS
Negociações com o governo avançam
IMPACTO ANUAL DECORRENTE DO AUMENTO DO SALÁRIO MÍNIMO EM R$ 64,00
TIPO
FONTE: Dieese
NÚMERO DE PESSOAS (MIL)
BENEFICIÁRIOS DO INSS (a)EMPREGADOS CONTA-PRÓPRIATRABALHADORES DOMÉSTICOSEMPREGADORESTOTAL
21.98812.8117.8224.003168
46.792
18.293.639.93610.658.752.0006.007.296.0003.330.496.000129.024.000
38.419.207.936
9.860.271.9265.745.067.3283.237.932.5441.795.137.34469.543.936
20.707.953.078
VALOR ADICIONAL DARENDA ANUAL - R$
(B)
ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA ADICIONAL R$
(C)
Política de valorização é aprovada na Câmara
Foto: Agencia Brasil
Foto: EBC
O Projeto de Valorização do Salário Mínimo
é de autoria do deputado
Paulinho da Força