página sindical do diário de são paulo - força sindical - 29 de maio de 2015

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Trabalho A Força Sindical, as demais Centrais e movimentos sociais realizarão, na próxima terça-feira, 2 de junho, às 10 horas, em frente à sede do Banco Cen- tral, em São Paulo, um protesto contra os juros altos. O ato será realizado no dia em que começa a 4ª reunião do Co- pom (Comitê de Política Monetária) em 2015 para decidir se aumenta, diminui ou mantém a taxa básica de Juros, Selic, que funciona como referência para as demais taxas de juros da economia. O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, enfatiza que juros altos inibem o consumo, a produção e a geração de empregos. “O crescimento do desem- prego muito nos preocupa, e o governo deve subir mais ainda a taxa de juros, que já está em um patamar proibitivo”, alerta. A expectativa é a de que o Copom au- mente os juros mais uma vez, manten- do o ritmo do aperto monetário. Hoje a taxa está em 13,25%, resultado do rea- juste para cima de 0,5 ponto percentual da última reunião do Copom, nos dias 28 e 29 de abril. “O aumento da taxa Selic prejudica a economia, que atravessa um ano de recessão, com queda na produ- ção, no consumo e aumento do desem- prego”, afirma o presidente da Força Sindical. Publieditorial Força Sindical, demais Centrais e movimentos sociais farão ato em frente ao Banco Central Aprovada pela Câmara dos De- putados e pelo Senado Federal, a fórmula 85/95 (quando o tempo de contribuição somado à idade alcan- çar 85 anos para mulheres e 95 para homens) é uma alternativa ao Fator Previdenciário, mecanismo criado em 1999 com o objetivo de reduzir o valor dos benefícios previdenciá- rios no momento de sua concessão, desencorajando as aposentadorias precoces. A aprovação da fórmula 85/95 representa uma vitória da Força Sin- dical, de suas entidades filiadas e das demais Centrais Sindicais – que sempre defenderam a substituição do Fator por outro dispositivo, que não penalizasse os trabalhadores –, e uma derrota para o governo, que insistia na manutenção do Fator. Não poderíamos deixar de co- mentar a destacada atuação do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente nacional do Solidariedade, nosso grande articu- lador no Congresso Nacional, para esta vitória dos trabalhadores. Ago- ra, cabe à presidenta Dilma sancio- nar aquilo que o Congresso aprovou. Mas a nossa luta não acabou! Agora, temos de, daqui até a san- ção presidencial, pressionar e tentar sensibilizar a presidenta a não vetar o que foi aprovado como alternativa ao Fator, impedindo, assim, que os trabalhadores prestes a se aposen- tar ganhem outra “pedalada” do go- verno federal. Vamos ficar atentos e acompa- nhar de perto todos os eventos refe- rentes ao tema. Miguel Torres Presidente da Força Sindical Pela sanção presidencial à fórmula 85/95 OPINIÃO PROTESTO Miguel: “O aumento dos juros provocam queda na produção e no consumo, e provocam a elevação do desemprego” Fotos: Félix Pereira Centrais vão as ruas contra os juros e o desemprego SINDICALIZE-SE PARTICIPE DO SEU SINDICATO! Foto: Arquivo Fequimfar A Força Sindical e as demais Cen- trais, com a assessoria técnica da OIT (Organização Internacional do Trabalho), debateram com as Con- federações patronais, com a Jus- tiça do Trabalho, com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e com o governo federal a interferência do TST (Tribunal Superior do Trabalho) e do MPT nas negociações coleti- vas, em especial no que se refere às demissões de dirigentes sindi- cais – limitação no entendimento, por parte do TST, quanto à estabili- dade desses dirigentes –, além das denúncias já feitas pelas entidades sindicais sobre os interditos proi- bitórios concedidos pela Justiça do Trabalho, que inviabilizam e ferem o direito de greve. “Houve consenso para a criação de uma mesa de entendimento com a assessoria técnica da OIT para se chegar a uma conclusão”, declara Nilton Neco da Silva, secretário de Relações Internacionais da Força Sindical. Sérgio Luiz Leite, Sergi- nho, 1º secretário da Força Sindical, MESA DE ENTENDIMENTO Centrais e OIT debatem liberdade sindical com o governo diz que “a interferência do Ministé- rio Público do Trabalho e do TST nas negociações e acordos coletivos fere a liberdade sindical”, observa Serginho. Neco informa que os próximos passos são: um prazo de sessenta dias para a instalação do grupo que vai negociar com a assistência téc- nica da OIT, e outro prazo, de 180 dias, para que se possa chegar a uma conclusão. Caso não haja um acordo, a OIT tomará uma decisão sobre a reclamação feita pelas Centrais. Neco e Serginho: contra a ingerência do TST e do MST nas negociações A Pesquisa de Emprego e Desempre- go (PED), feita pelo Seade e pelo Diee- se, mostra que a taxa de desemprego na região metropolitana da Grande São Paulo aumentou pelo terceiro mês con- secutivo, ao passar de 11,4%, em março, para os atuais 12,4%. Em abril, o contin- gente de desempregados na região foi estimado em 1.367 milhão de pessoas, 121 mil a mais do que no mês anterior. Preocupados com o aumento do desemprego, Sindicatos, Federações e Confederações associadas à Força Sindical estão mobilizando os trabalha- dores nas bases para intensificar a luta contra os juros altos. “Lutamos, tam- bém, pelo crescimento da economia para gerar mais empregos”, diz João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário- geral da Central.

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Page 1: Página Sindical do Diário de São Paulo - Força Sindical - 29 de maio de 2015

Trabalho

A Força Sindical, as demais Centrais e movimentos sociais realizarão,

na próxima terça-feira, 2 de junho, às 10 horas, em frente à sede do Banco Cen-tral, em São Paulo, um protesto contra os juros altos. O ato será realizado no dia em que começa a 4ª reunião do Co-pom (Comitê de Política Monetária) em 2015 para decidir se aumenta, diminui ou mantém a taxa básica de Juros, Selic, que funciona como referência para as demais taxas de juros da economia.

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, enfatiza que juros altos inibem o consumo, a produção e a geração de empregos. “O crescimento do desem-prego muito nos preocupa, e o governo deve subir mais ainda a taxa de juros, que já está em um patamar proibitivo”, alerta.

A expectativa é a de que o Copom au-mente os juros mais uma vez, manten-do o ritmo do aperto monetário. Hoje a taxa está em 13,25%, resultado do rea-juste para cima de 0,5 ponto percentual da última reunião do Copom, nos dias 28 e 29 de abril. “O aumento da taxa Selic prejudica a economia, que atravessa um ano de recessão, com queda na produ-ção, no consumo e aumento do desem-prego”, afi rma o presidente da Força Sindical.

Publieditorial

Força Sindical, demais Centrais e movimentos sociais farão ato em frente ao Banco Central

Aprovada pela Câmara dos De-putados e pelo Senado Federal, a fórmula 85/95 (quando o tempo de contribuição somado à idade alcan-çar 85 anos para mulheres e 95 para homens) é uma alternativa ao Fator Previdenciário, mecanismo criado em 1999 com o objetivo de reduzir o valor dos benefícios previdenciá-rios no momento de sua concessão, desencorajando as aposentadorias precoces.

A aprovação da fórmula 85/95 representa uma vitória da Força Sin-dical, de suas entidades fi liadas e das demais Centrais Sindicais – que sempre defenderam a substituição do Fator por outro dispositivo, que não penalizasse os trabalhadores –, e uma derrota para o governo, que insistia na manutenção do Fator.

Não poderíamos deixar de co-mentar a destacada atuação do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente nacional do Solidariedade, nosso grande articu-lador no Congresso Nacional, para esta vitória dos trabalhadores. Ago-ra, cabe à presidenta Dilma sancio-nar aquilo que o Congresso aprovou.

Mas a nossa luta não acabou! Agora, temos de, daqui até a san-ção presidencial, pressionar e tentar sensibilizar a presidenta a não vetar o que foi aprovado como alternativa ao Fator, impedindo, assim, que os trabalhadores prestes a se aposen-tar ganhem outra “pedalada” do go-verno federal.

Vamos fi car atentos e acompa-nhar de perto todos os eventos refe-rentes ao tema.

Miguel TorresPresidente

da Força Sindical

Pela sanção presidencial à fórmula 85/95

OPINIÃO

Miguel Torres

PROTESTO

Miguel: “O aumento dos juros provocam queda na produção e no consumo, e provocam a elevação do desemprego”

Fotos: Félix Pereira

Centrais vão as ruas contra os juros e o desemprego

SINDICALIZE-SE

PARTICIPE DO SEU SINDICATO!

Foto: Arquivo FequimfarA Força Sindical e as demais Cen-

trais, com a assessoria técnica da OIT (Organização Internacional do Trabalho), debateram com as Con-federações patronais, com a Jus-tiça do Trabalho, com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e com o governo federal a interferência do TST (Tribunal Superior do Trabalho) e do MPT nas negociações coleti-vas, em especial no que se refere às demissões de dirigentes sindi-cais – limitação no entendimento, por parte do TST, quanto à estabili-dade desses dirigentes –, além das denúncias já feitas pelas entidades sindicais sobre os interditos proi-bitórios concedidos pela Justiça do Trabalho, que inviabilizam e ferem o direito de greve.

“Houve consenso para a criação de uma mesa de entendimento com a assessoria técnica da OIT para se chegar a uma conclusão”, declara Nilton Neco da Silva, secretário de Relações Internacionais da Força Sindical. Sérgio Luiz Leite, Sergi-nho, 1º secretário da Força Sindical,

MESA DE ENTENDIMENTO

Centrais e OIT debatem liberdade sindical com o governo

diz que “a interferência do Ministé-rio Público do Trabalho e do TST nas negociações e acordos coletivos fere a liberdade sindical”, observa Serginho.

Neco informa que os próximos passos são: um prazo de sessenta

dias para a instalação do grupo que vai negociar com a assistência téc-nica da OIT, e outro prazo, de 180 dias, para que se possa chegar a uma conclusão. Caso não haja um acordo, a OIT tomará uma decisão sobre a reclamação feita pelas Centrais.

Neco e Serginho: contra a ingerência do TST e do MST nas negociações

A Pesquisa de Emprego e Desempre-go (PED), feita pelo Seade e pelo Diee-se, mostra que a taxa de desemprego na região metropolitana da Grande São Paulo aumentou pelo terceiro mês con-secutivo, ao passar de 11,4%, em março, para os atuais 12,4%. Em abril, o contin-gente de desempregados na região foi estimado em 1.367 milhão de pessoas, 121 mil a mais do que no mês anterior.

Preocupados com o aumento do desemprego, Sindicatos, Federações e Confederações associadas à Força Sindical estão mobilizando os trabalha-dores nas bases para intensifi car a luta contra os juros altos. “Lutamos, tam-bém, pelo crescimento da economia para gerar mais empregos”, diz João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Central.