onde a crise ainda não pegou carona - sindloc sp

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REVISTA SP SINDLOC Ano XIX – Edição 176 - 2015 Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo Montadoras apostam no Brasil e na parceria com locadoras para superar obstáculos de 2015 Conheça os modelos que prometem agitar o mercado automotivo em 2016 Demanda por carros para altos executivos sinaliza oportunidade para o setor Onde a crise ainda não pegou carona

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REVISTA

spsindlocAno XIX – Edição 176 - 2015Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo

Montadoras apostam no Brasil e na parceria com locadoras para superar obstáculos de 2015

Conheça os modelos que prometem agitar o mercado automotivo em 2016

Demanda por carros para altos executivos sinaliza oportunidade para o setor

Onde a crise aindanão pegou carona

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Chegamos ao fim de 2015. E não foi fácil. Mas com o apoio de nosso time de diretores e conselheiros, enfrentamos os desafios deste ano, focados na filosofia de unir e fortalecer o setor. Vivemos um momento de crise, inclusive de confiança. Nunca se roubou tanto nes-

te país. Mas parece existir uma luz no final do túnel. Afinal, empresários, banqueiros, deputados, senadores e tantos outros “representantes” do povo estão indo para a cadeia, como nunca antes aconteceu na historia deste Brasil. Só falta mesmo chegar a quem chefia a quadrilha.

Nosso setor sofreu com o aumento no preço dos automóveis, com as taxas de juros elevadas e com a escassez de crédito. Os problemas também atingiram as montadoras, que devem fechar o ano com queda de 27% nas vendas. Compraram-se menos veículos devido à menor demanda, mas os preços dos novos subiram em patamares não compatíveis com o momento.

Em meio a todas estas turbulências, muitos negócios de locação foram descontinuados, mas também encontramos oportunidades: empresas que venderam frota própria migraram para a locação. Apesar de todo este cenário, nosso setor projeta fechar 2015 em patamares próximos aos do ano passado. Sobrevivemos a tudo, cumprindo a missão de estar atentos a todas as oportunidades e ameaças.

Demos sequência aos eventos de relacionamento para gerar contatos entre empresários e fornecedores. Aperfeiçoamos o processo de negociação de descontos com as montadoras, com canais promocionais para ofertas pontuais. Negociamos parcerias com benefícios para as loca-doras. Atuamos estrategicamente nas questões legislativas, de forma corretiva e preventiva. Também investimos no mapeamento do setor. Hoje já temos mapeadas 3.940 locadoras que administram frota superior a 350 mil veículos no estado de São Paulo.

Também não podemos esquecer que 60% da frota de locação que roda pelos quatro cantos do país pertence a empresários paulistas. Da frota paulista, 2/3 dos veículos circulam no estado de São Paulo. Agora, queremos que o nível de participação se amplie. Estas mais de 3.900 empre-sas geram 200 mil empregos, faturam mais de R$ 5 bilhões e arrecadam tributos da ordem de R$ 2,6 bilhões. Essa dimensão dá ao Sindloc-SP a condição de uma grande locadora paulista com mais de 350 mil carros.

E tudo isso apesar da crise que estamos enfrentando. Como vocês podem ver, também no setor de locação de automóveis, São Paulo é a locomotiva do país. E temos orgulho de contribuir e continuar trabalhando por todo este desenvolvimento do setor.

Então, vamos em frente. Que possamos enfrentar 2016 com muita disposição e trabalho, para que seja um ano melhor.

Desejo a você Boas Festas!

Por um setor mais unido,por um 2016 mais promissor

EladiO Paniagua JuniOrPresidente do Sindloc-SP

A Revista Sindloc SP é uma publicação mensal do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo, distribuída gratuitamente a empresas do setor, indústria automobilística, indústria do turismo, executivos financeiros e jornalistas.

Foto de capa: Istock

Presidente: Eladio Paniagua JuniorVice-presidente: Luiz Carlos de Carvalho Pinto LangDiretoria: Jeronimo Muzetti, José Mario de Souza, Luiz Cabral, Paulo Miguel - Flavio Gerdulo, Luis Godas, Marcelo Fernandes, Paulo Bonilha Jr e Paulo Gaba JrProdução Editorial: Scritta – www.scritta.com.brCoordenação: Leandro LuizeRedação: Bete Hoppe, Denver Pelluchi, Júlia Arbex e Katia SimõesDireção de arte: Ana Vasconcelos - Eco Soluções em Conteúdo - www.ecoeditorial.com.brDiagramação: Graziele Tomé - Eco Soluções em Conteúdo - www.ecoeditorial.com.br

EXPEDIENTE

EdIToRIAl

Revisão: Júlio YamamotoJornalista Responsável: Paulo Piratininga - MTPS 17.095 - [email protected]ão: Gráfica RevelaçãoTiragem: 5 mil exemplaresCirculação: distribuição eletrônica para 7 mil leitores cadastradosEndereço: Praça Ramos de Azevedo, 209 – cj. 22 e 23Telefone: (11) 3123-3131E-mail: [email protected]

É permitida a reprodução total ou parcial das reportagens, desde que citada a fonte.

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Pagamento da contribuição sindical pode reforçar atuação do sindicato em defesa da atividade e do desenvolvimento econômico

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A crise não chegou para os altos executivos, e oferta de veículos para esse público pode ser oportunidade para o setor

meRcAdo14

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Nada de servidores caros e um grande aparato de TI. A moda é armazenar dados em nuvem, com mais economia e segurança

TecnoLogIA22

SumáRIo

Ano novo, modelo novo. Conheça os lançamentos que devem movimentar as locadoras em 2016

20 LAnçAmenToS

Empresários e executivos marcam presença em convenção internacional e indicam ensinamentos para o mercado brasileiro

18 SeToR

Roberto Shinyashiki ressalta importância de usar a crise para buscar um diferencial competitivo

12 PIngUe-PongUeMesmo após um ano de incertezas, montadoras preservam aposta no Brasil e focam na aproximação com locadoras

ReTRoSPecTIVA08

COM VENDAS DIRETAS CHEVROLET, A SUA LOCADORA TEM MUITO MAIS BENEFÍCIOS:• MENOR CUSTO DE MANUTENÇÃO • MAIS DE 590 PONTOS DE VENDA NO BRASIL. A CHEVROLET PERTO DE VOCÊ

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Pela primeira vez no ano, o mercado de veículos seminovos e usados sofreu uma leve retração em novembro. Conforme da-dos da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), em comparação com outu-bro, o volume comercializado ficou 1,1% negativo – 1.049.623 veículos, contra 1.061.646 no mês anterior. Já no acumulado dos onze meses de 2015, houve crescimento de 0,2% em rela-ção ao mesmo período de 2014. “Esperamos fechar o ano com um resultado estável, comparado com a performance do ano passado”, afirmou o presidente da Fenauto, Ilídio dos Santos, que voltou a frisar que o cenário econômico não permite uma avaliação de médio prazo dos negócios do setor.

seminoVos

merCado estÁVeL

Os membros da diretoria do Sindloc-SP presentes na úl-tima plenária de 2015 da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), realizada em 7 de dezembro na sede da entidade, tiveram um privilégio. Eles ouviram em primeira mão, do próprio autor, o conteúdo da carta enviada pelo vice-presidente Michel Temer à presidente Dilma Rousseff, que só veio a público uma semana depois e apimentou ainda mais a cena política nacional. Convidado pela entidade, Temer expôs a proposta política do PMDB para os próximos anos, intitu-lada Uma ponte para o futuro, que deverá ser apresentada somente em março, na convenção nacional do partido. Ain-da recebeu do presidente do Conselho Superior de Direito, o jurista Ives Gandra Martins, a comenda Ministro José Ge-raldo Alckmin, pelos trabalhos jurídicos prestados ao país.

Carta

audiÇÃo PriViLeGiada

O carro foi o meio de transporte para viajar preferido por 60,7% dos brasileiros com até 35 anos de idade, se-gundo o Estudo Sondagem do Consumidor - Intenção de Viagem, do Ministério do Turismo, realizado mensal-mente com 2 mil pessoas em sete capitais: Belo Hori-zonte (MG), Brasília (DF), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP), que representam 70% do fluxo turístico do Brasil. A pesqui-sa aponta que os turistas brasileiros vão usar cada vez mais esse meio de transporte em suas próximas via-gens. Em novembro, o automóvel foi a opção escolhida por 37,4% dos entrevistados para rodar pelo país – per-deu apenas para o avião, 44,3% –, um crescimento de 33% em comparação com o mesmo mês de 2014.

turismo

ViaGem de Carro em aLta

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Mesmo com as medidas adotadas no decorrer do ano, como suspensão temporária de contratos, férias coletivas e o Programa de Proteção ao

Emprego (PPE), as montadoras demitiram, de janeiro a novembro de 2014, nada menos que 13,3 mil funcioná-rios. É o maior número de dispensas desde 1998, quan-do, às vésperas da grande desvalorização do real, o se-tor cortou 22 mil postos. Nos últimos dois anos, foram fechadas 25,7 mil vagas nas montadoras de veículos. O número equivale a 80% dos empregos gerados entre 2010 e 2013, anos de produção recorde, com volumes que variam de 3,3 milhões a 3,7 milhões de unidades.

De janeiro a novembro de 2015 foram produzidos 2,287 milhões de veículos, 22,3% a menos na compa-

um ano Com a marca do desafioApesar das barreiras de 2015, montadoras mantêm aposta no Brasil com projetos de longo prazo e parceria com locadoras

RETRoSPECTIVA

ração com o mesmo período de 2014. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Au-tomotores (Anfavea), o setor deve encerrar o ano com uma produção de 2,4 milhões de carros, retornando aos níveis de 2006. Já as vendas não deverão ultrapassar os 2,54 milhões de automóveis, um índice 27,4% inferior ao do ano anterior.

Em encontro recente com jornalistas em São Paulo, Steven Armstrong, presidente da Ford para a América do Sul, reforçou que 2015 não foi um ano muito positivo para a montadora em território sul-americano. De janei-ro a novembro, as vendas caíram 25,2%. Embora a parti-cipação da Ford no mercado brasileiro tenha subido 1,3 ponto percentual e atingido 10,6% – graças à liderança

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em nichos importantes como o de hatches médios –, o saldo final ainda deixou a desejar.

Pelas contas da Ford, o mercado automotivo do país en-colheu 1,5 milhão de veículos desde 2013. A expectativa é encerrar 2015 com até 2,2 milhões de veículos vendidos, ritmo que tende a se manter em 2016. Para driblar o ce-nário, além de cortes de custos severos, a Ford passou a focar em produtos de margens melhores e aposta em seis lançamentos no Brasil, entre eles o novo Ford Edge, que chegará ao país no primeiro semestre.

Stefan Ketter, presidente do Grupo Fiat Chrysler Auto-mobilies (FCA) para a América Latina, afirmou, por sua vez, que o nível de vendas de automóveis no país em 2016 será muito parecido com o deste ano. Segundo ele, esse mercado precisa de definições políticas e econômicas li-geiras. No momento em que elas acontecerem, a retoma-da será muito rápida. De janeiro a setembro deste ano, a participação da Fiat no mercado recuou de 21,5% para 18,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

invEstiMEntO EM lOngO PrazOEleito o carro do ano de 2016, o Jeep Renegade co-

meçou a circular pelas ruas em abril deste ano, sendo um dos maiores investimentos do Grupo FCA no país. “Estamos expandindo a rede Jeep para atingir a meta de 200 concessionárias até o término de 2015”, afirma Sér-gio Ferreira, diretor geral da Chrysler Brasil. “No fim de 2014 eram 45 pontos de venda.” Nos últimos meses, a montadora consolidou-se como a nona maior marca em emplacamento. A expectativa é fechar 2015 com mais de 40 mil unidades vendidas. Em 2014, quando vendia apenas a linha Jeep importada, o volume total foi de 3.300 unidades.

“Estamos confiantes quanto às perspectivas de médio e longo prazo. O Brasil ainda tem uma baixa taxa de moto-rização, de cerca de cinco habitantes por automóvel, en-quanto a proporção é de 1,7 na Europa e 1,2 nos Estados Unidos. Temos enorme potencial para crescer”, comenta Ferreira. Segundo ele, 2016 será um ano de consolida-ção para a marca Jeep. O Polo Jeep, em Goiana (PE), tam-bém entrará em ritmo mais acelerado de produção, com o ingresso dos novos modelos do grupo FCA. “Na área de vendas, teremos volume suficiente para incentivar nos-so programa de vendas diretas, atendendo a importantes demandas do setor”, reforça o executivo.

Na contramão do pessimismo, a Chevrolet anunciou um investimento de R$ 13 bilhões no Brasil, dobrando o mon-tante anunciado no ano passado para o período de 2014 a 2019. De acordo com a montadora, o aporte extra de R$ 6,5 bilhões será destinado ao desenvolvimento de uma nova fa-mília de carros que serão produzidas no país. O investimento no mercado nacional faz parte de um plano global, que pre-vê o destino de US$ 5 bilhões para mercados emergentes, incluindo Brasil, China, Índia e México. Não estão previstas novas fábricas. O dinheiro deve ser usado para o desenvol-vimento de novas tecnologias e equipamentos, incluindo novos motores. A Chevrolet, inclusive, está massificando a divulgação do sistema de assistência ao motorista com cen-tral de atendimento 24 horas.

"Foco em produtos de margens melhores e meta de lançar seis novos carros da marca no Brasil, entre eles o novo Ford Edge"Steven Armstrong, presidente da Ford para a América do Sul

“A Toyota tem um plano de investimento consolidado para o mercado brasileiro e que está sendo concretizado, mesmo com a situação econômica vulnerável que o Brasil vem passando”Ricardo Bastos, diretor adjunto de Relações Públicas da Toyota Brasil

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A Renault também mira novos investimentos no Brasil, com enfoque no segmento de carros populares. Segundo re-portagem do portal iG, a nova solução da montadora virá da Índia por meio do projeto Kwid, desenvolvido especialmente para mercados emergentes. A proposta consiste em um ha-tch de custo baixo e manutenção acessível, com formato se-melhante a um SUV em miniatura e porte que lembra o Up!, cuja altura livre em relação ao solo chega a 18 centímetros., permitindo uma elevação na posição de dirigir.

Quem também está de olho na participação no seg-mento de vendas diretas é a Nissan. “Para nós, o ano foi bastante positivo, conseguimos estabelecer parce-rias com grandes locadoras, o que nos permitiu expor os nossos veículos nesse segmento”, pontua Alexander Ferguson, gerente nacional de vendas diretas da Nissan, que projeta fechar o ano com um crescimento de 15% em vendas diretas. O Brasil continua a ser um mercado importante para a marca. O investimento de R$ 2,6 bi-lhões na construção do Complexo Industrial de Resende, no Rio de Janeiro, inaugurado em 2014 para a fábricação do March e do Versa, é uma prova do pensamento de longo prazo da montadora.

RETRoSPECTIVA

Segundo o executivo da Nissan, todas as previsões indicam um mercado repleto de desafios. As projeções mais recentes apontam para a manutenção do volume de 2015, com viés de queda. Isto é, a indústria terá de se reinventar para atrair mais consumidores para as suas marcas. “Não é a primeira crise que atravessamos e, provavelmente, não será a última”, diz Ferguson. “Mas provamos que temos uma capacidade de reação notá-vel. A hora exige que arregacemos as mangas para fazer as coisas acontecerem. Teremos boas novidades para o próximo ano, quando seremos patrocinadores dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.”

Longe de pôr o pé no freio diante dos resultados re-gistrados em 2015, a Toyota mantém a programação de inauguração de uma nova fábrica de motores da em-presa na cidade de Porto Feliz, no interior de São Paulo, que produzirá os motores 1.3L e 1.5L do compacto Etios. Além disso, a capacidade produtiva do Etios, produzido em Sorocaba, também no interior de São Paulo, saltará das atuais 76 mil para 108 mil unidades. “Para atender ao aumento da produção, estão sendo contratados 500 funcionários para as duas fábricas”, revela Ricardo Bastos, diretor adjunto de Relações Públicas da Toyota Brasil.

Entre janeiro e outubro, a Toyota comercializou 145.997 veículos, queda de 5,9% em relação ao mesmo período de 2014. No entanto, o market share aumentou, saltando de 5,5% de janeiro a outubro de 2014 para 6,8% no mesmo período de 2015. “A Toyota tem um plano de investimento consolidado para o mercado brasileiro e que está sendo concretizado, mesmo com a situação econômica vulnerável que o Brasil está passando. Isso só é possível em razão da estratégia de longo prazo tra-çada pela Toyota Brasil, focada no crescimento susten-tável”, endossa Bastos.

“Estamos expandindo a rede Jeep para atingir a meta de 200 concessionárias até o fim de 2015”Sérgio Ferreira, diretor geral da Chrysler Brasil

“Conseguimos estabelecer parcerias com grandes locadoras, o que nos permitiu expor os nossos veículos nesse segmento”Alexander Ferguson, gerente nacional de vendas diretas da Nissan

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Um dos mais renomados palestrantes do país reforça a importância de trocar crise pelo desafio. Com mais de 7 milhões de livros vendidos em todo o mundo, o médico psiquiatra e escritor Roberto Shinyashiki sempre destacou, em suas palestras para o universo corporativo, a importância de fazer da crise um estímulo. Nesta entrevista especial para a Revista Sindloc-SP, ele reforça essa tese e indica caminhos para que as locadoras aproveitem o momento para se diferenciar no mercado.

mente de CamPeÃoPInGuE-PonGuE

EM uM dE sEus artigOs, O sEnhOr aBOrda as açõEs EM tEMPOs dE CrisE Para Os traBalhadOrEs. Qual a OriEntaçãO Para Os EMPrEsáriOs, sOBrEtudO Para Os PEQuEnOs E MédiOs?Não lembro de um só momento em minha vida em que as pessoas não falavam em crise. Algumas vezes, as pessoas dizem que uma crise é maior do que a outra. Mas sempre dizem que o mundo está em crise, a economia está

Quem: Roberto Shinyashikiidade: 63 anosdestaQue: médico psiquiatra e terapeuta, com MBA e doutorado em administração de ampresas pela FEA/USP e especialização em administração de empresas no Japão, como bolsista da AOTS, palestrante e autor de best-sellers, com mais de 7 milhões de livros vendidos no mundo

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tem o propósito de ajudar a resolver os problemas de seus clientes, ela não só sobrevive como também encontra oportunidades para crescer.

O sEnhOr COnhECE alguM CasO dE EMPrEsáriO BEM-suCEdidO, Mas frustradO PrOfissiOnalMEntE? COMO COnQuistar a fEliCidadE PrOfissiOnal?Sim, conheço muita gente que conduz seus negócios com muita habilidade e sucesso, mas não sente que está realizando sua missão de vida, porque sua vocação verdadeira está em outro lugar. E isso gera frustração. Fazer bem feito não s ignif ica necessariamente fazer o que gosta. Ser bem-sucedido nos negócios não significa necessariamente se sentir realizado profissionalmente. Você pode administrar bem um negócio, mas ter uma vocação contida, em outra área de atuação profissional.

COMO sE PrOgraMar Para sEr uM vEnCEdOr?A qualidade dos resultados que você consegue é fruto da qualidade dos seus pensamentos e das suas crenças. Se você tem uma crença absoluta de que algo não funciona,

em crise, os negócios estão em crise. As turbulências são como o ar que respiramos: sempre estão presentes. São as crises que fazem o mundo evoluir, que fazem a gente exigir o melhor de nós mesmos e crescer.

EntãO nãO tEMOs dE tEMEr a CrisE?A gente não deve se preocupar com as crises. Temos, sim, de aprender sempre e nos tornarmos melhores, para superar os desafios do dia a dia. Lembre-se de que as maiores fortunas e os maiores sucessos foram construídos em momentos de maiores crises no mundo. Troque a palavra crise por desafio e veja como isso faz uma diferença enorme na sua mente, no seu modo de encarar as dificuldades que você enfrenta.

COMO O EMPrEsáriO POdE suPErar Os MOMEntOs dE turBulênCia? é POssívEl sOBrEvivEr E, ainda, CrEsCEr?O empresário, com ou sem crise, tem de continuar procurando os melhores meios de cumprir seu papel no mundo. E isso quer dizer deixar um legado de valor entre seus clientes e na sociedade em que atua. A razão de uma empresa existir tem sempre de ter algo a ver com ajudar as pessoas a resolver seus problemas. O dinheiro não pode ser o objetivo principal de um negócio, porque isso não se sustenta.

issO nãO é uM POuCO sOnhadOr?As pessoas me perguntam se isso não é algo fora da realidade, já que parece que o mundo todo hoje se interessa apenas em fazer dinheiro. E eu costumo dizer que nenhuma empresa quebra quando mantém seus clientes satisfeitos. Se uma empresa quebrou, pode ter certeza de que o problema todo começou com a insatisfação de seus clientes. Em especial em um momento de turbulência, se a empresa

não vai funcionar, porque você não vai achar um meio para fazer funcionar, porque você está fechado para essa possibilidade. Quando, ao contrário, você acredita que pode fazer dar certo, sua mente encontra os meios de viabilizar a ideia. Se programar para ser um vencedor é exatamente isso: tirar forças de suas crenças absolutas negativas, ou destrutivas, e colocar força nas suas crenças absolutas positivas, aquelas que o ajudam a construir o seu sucesso.

O sEgrEdO é fazEr O QuE gOsta?É claro que, quando se faz o que gosta, você soma sucesso com realização profissional, e consegue o que podemos chamar de felicidade profissional. E é isso o que as pessoas mais buscam. Mas não é uma realidade na vida de todo mundo. Porém, mais uma vez, é preciso ajustar o seu mind set, ou o seu conjunto de crenças, para viabilizar o sucesso e a felicidade nos negócios, ou na profissão.

ExistE uMa lógiCa Para O suCEssO?Procuro mostrar para as pessoas que não basta você trabalhar muito, tem de trabalhar do jeito certo. Não basta ser apenas um excelente gestor, gerente ou supervisor, precisa pensar como um empresário. O mundo de hoje não dá mais espaço para o especialista solitário. As pessoas que crescem e têm sucesso são aquelas que enxergam seu trabalho como um negócio, olham para a empresa como um todo e constroem estratégias da mesma maneira como um empresário deve construir. Quem tem sucesso é quem dá lucro para a empresa em que trabalha ou que obtém lucro nos negócios em que opera. E isso exige uma visão muito mais ampla de sua atuação profissional do que a simples especialização. l

Lembre-se de que as maiores fortunas e os maiores sucessos foram construídos em momentos de maiores crises no mundo

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onde a crise nÃo CheGouCarros ainda são benefícios atraentespara altos executivos e sinalizam oportunidade para as locadoras

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Ao contrário do que ocorre em muitos países, as políticas de recursos humanos das em-

presas não incluem o carro como um benefício aos funcionários, mas mui-tas exceções aplicam-se a altos exe-cutivos. Dados da Corporate Vehicle Observatory 2014 (CVO) revelam que 44% das médias e grandes empresas brasileiras com mais de 100 empre-gados permitem que o carro seja usa-do por eles também fora do horário de trabalho. Para 1% das pequenas e

7% das médias, o uso é permitido me-diante pagamento de taxa. Em 37% das micro e pequenas e 38% das mé-dias e grandes, os veículos são dispo-nibilizados sem ônus, sendo que para apenas 4% e 1%, respectivamente, o empréstimo ocorre dependendo do cargo do profissional.

Nos países da União Europeia, em empresas do mesmo porte, o uso misto do automóvel, ou seja, em ativi-dades profissionais e privadas, é libe-rado em cerca de 48% dos casos, e, em

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"Não podemos assegurar que esse aumento será decorrente da oferta de veículos como ferramenta de incentivo. Trata-se de uma questão cultural, que precisa ser trabalhada com paciência, já que o empresário brasileiro ainda enxerga o carro como um bem e não como uma despesa"

WaltEr KirsChnErDiretor de produto da Arval Brasil

mais de 20% delas, o funcionário pode usar o carro como meio de transpor-te até a sua casa. Esses indicadores apontam um caminho promissor para as locadoras, que podem encontrar nesse nicho de mercado uma nova oportunidade para valorizar suas fro-tas e potencializar negócios.

Walter Kirschner, diretor de produto da Arval Brasil, gestora de frotas em-presariais leves, acredita que há um enorme potencial para crescimento do mercado de terceirização de frotas

no Brasil. “Não podemos assegurar que esse aumento será decorrente da oferta de veículos como ferramenta de incentivo. Trata-se de uma questão cultural, que precisa ser trabalhada com paciência, já que o empresário brasileiro ainda enxerga o carro como um bem e não como uma despesa”, pondera.

Na visão de Carlos Silva, gerente da consultoria global de gestão de negó-cios Hay Group, o benefício, principal-mente a oferta de veículos, serve mais para atrair do que para reter talentos.

Isso porque, no decorrer do tempo, o funcionário vai esquecendo o pacote de benefícios que recebeu e fica difícil comparar se vale ou não a pena per-manecer na empresa. “O funcionário vê o benefício como algo permanente, que não pode ser retirado”, afirma Silva. “As empresas, por sua vez, nem sempre podem mudar o roteiro no meio do per-curso, sob pena de o funcionário reivin-dicar na hora da prestação de contas.”

Embora na Europa e nos Estados Unidos muitas empresas estejam substituindo a oferta de veículos por outro benefício para baixar os custos, no Brasil, segundo Silva, a proposta ainda tem um peso importante. Cerca de 80% das grandes negociações bra-sileiras incluem o carro no pacote de diretores e presidentes. Nos Estados Unidos, apenas 24% oferecem auto-móvel para o número 1 da companhia.

“A atratividade é grande em diver-sos setores, até mesmo no nível ge-rencial”, salienta o consultor. “É um benefício relevante que funciona, em muitos casos, como fator decisório de permanência ou não no cargo”, com-plementa. "Para a empresa, contudo, o peso é substancial se levarmos em conta os custos de manutenção e se-guro”, exemplifica.

Assim, para oferecer o veículo como benefício a seus funcionários, as em-presas, segundo Silva, avaliam o paco-te de remuneração total, fixa e variável, a sua competitividade em relação ao mercado – se é preciso mesmo ofere-cer um benefício desse porte – e anali-sar o orçamento na ponta do lápis para ver se cabe no caixa. Os números têm de ser realmente levados a sério. Afi-nal, diferentemente do passado, quan-do os executivos não davam palpite na escolha do modelo do veículo, hoje são eles que batem o martelo. Cabe ao mercado de locação assimilar essas premissas e planejar um upgrade para seu negócio. l

“É um benefício relevante que funciona, em muitos casos, como fator decisório de permanência ou não no cargo. Para a empresa, contudo, o peso é substancial se levarmos em conta os custos de manutenção e seguro"

CarlOs silvaGerente da consultoria global de gestão de negócios Hay Group

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TRAbAlhISTA

A contribuição sindical cumpre importante papel no fortalecimento do setor e no desenvolvimento econômico e social de São Paulo

em defesa das locadoras

O Sindloc-SP coordena as nego-ciações das convenções cole-tivas de trabalho - CCTs - com

os sindicatos de trabalhadores. Parti-cularmente para o período data-base 2015/2016, foi um processo muito demorado e difícil. “Até o ano passa-do, negociávamos apenas com um sindicato, o Sindelocadesp. Neste ano, além deste, também passamos a ne-gociar CCTs com os sindicatos da ca-tegoria diferenciada dos motoristas, o Seedesp e o Sintratecor”, explica Eladio Paniagua, presidente do Sindloc-SP.

As dificuldades foram ainda maio-res por vivenciarmos um ano de crise. A redução da atividade econômica e o aumento dos tributos significaram perda de receita, ou seja, menos di-nheiro em caixa para as empresas honrarem as despesas com folha de pagamento, entre outras.

No desenvolvimento deste trabalho, o Sindloc-SP tem investido em consul-toria jurídica especializada, com ampla participação de sua diretoria. Também

vem atuando pela maior mobilização das locadoras, suas afiliadas, para ne-gociar esses acordos – considerando as dificuldades e possibilidades do em-presariado, mas sem esquecer do foco de manutenção dos empregos.

Mas a negociação das CCTs é apenas uma das responsabilidades do Sindloc-SP. Os recursos para que o sindicato defenda os direitos das empresas locadoras nas esferas legal, trabalhista e tributária vêm, em grande parte, da contribuição sindical que as empresas recolhem anualmente, conforme determina a legislação brasilei-ra. O artigo 578 e os artigos seguintes da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) preveem que esta contribuição é compul-sória e devida por todas as empresas que integram determinada categoria.

O recolhimento dessa contribuição é de suma importância para que o sin-dicato continue trabalhando de forma intensa e permanente na defesa dos interesses de suas afiliadas. As loca-doras recebem informações e orienta-ções de qualidade sobre o setor e têm

Para que possamos ampliar ainda mais os projetos em prol do setor de locação de automóveis, é fundamen-tal que a locadora esteja devida e corretamente cadastrada no sindica-to. A empresa que tem em seu con-trato social a locação de automóveis como uma de suas atividades deverá pagar a contribuição sindical até o dia 31 de janeiro de 2016. Mantenha suas informações cadastrais sempre atualizadas. Para qualquer dúvida ou informação, faça contato pelo e-mail [email protected].

Cadastre-se

acesso a seminários, palestras e fóruns de discussão, além de eventos de re-lacionamento. As ações do Sindloc-SP objetivam promover o desenvolvimen-to das empresas, unir o empresariado e, por consequência, contribuir para o fortalecimento do setor. l

Istoc

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Missão internacional leva empresários e executivos a uma imersão pela cultura de locação norte-americana

SEToR

do negócio; a utilização de processos que simplifiquem as operações; a meta de tornar os atendentes verdadeiros “guerrilheiros” na oferta de produtos e serviços adicionais; e o foco na geração de receitas lucrativas.

No contato com empresários norte-americanos, os participantes entende-ram como se dá o relacionamento com as montadoras, os níveis de desconto,

merCado brasiLeiro antenado com o mundo

O slogan "People, process, profit" (pessoas, processos, lucros) em-basou a rica programação do

Auto Car Rental Summit, um dos maio-res encontros mundiais dedicados à locação de automóveis. A edição deste ano, realizada entre 9 e 11 de novem-bro em Miami (EUA), teve como foco a excelência no atendimento, mobilizan-do empresários e altos executivos bra-sileiros. O evento, organizado pela Auto Rental News, teve a chancela institucio-nal da American Car Rental Association (ACRA) e da Associated Canadian Car Rental Operator (ACCRO).

Capitaneada por Julian Gritsch, dire-tor da Euro IT, a comitiva do país contou com 26 integrantes, entre dirigentes setoriais e gestores de 18 locadoras. O Sindloc-SP fez-se representar pelo pre-sidente Eladio Paniagua Junior e pelo vice Luiz Carlos Lang. “Foi uma oportu-nidade para assimilar ensinamentos de

“Uma diária de US$ 50 chega a US$ 90 pela venda orientada de serviços agregados”

luiz CarlOs langVice-presidente do Sindloc-SP

um mercado maduro. Vimos que os pro-cessos utilizados em larga escala pelas locadoras norte-americanas podem ser plenamente incorporados à nossa reali-dade”, acredita Paniagua Junior.

O grupo teve a oportunidade de ou-vir especialistas de todo o mundo. A ampla agenda de palestras abordou uma série de temas, entre os quais o capital humano como espinha dorsal

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“Os processos utilizados em larga escala pelas locadoras norte-americanas podem ser plenamente incorporados à nossa realidade”

EladiO Paniagua Jr Presidente do Sindloc-SP

acesso a linhas de crédito, além das características do processo de compra dos veículos e venda dos seminovos. Também visitaram uma das maiores companhias locais de leilões de semi-novos, onde conferiram detalhes da preparação desses veículos e técnicas de avaliação. Outra lição importante diz respeito à formação de vendas dos atendentes. “Uma diária de US$ 50 chega a US$ 90 pela venda orientada de serviços agregados”, comenta Luiz Carlos Lang.

agilidadE sEM BurOCraCiaA tecnologia e o dinamismo na ope-

ração foram os pontos altos levanta-dos pelos brasileiros. “Nosso problema não está na rodagem de softwares para realizar trabalhos de consulta e compilação de dados. Os processos no exterior, porém, são muito mais ágeis, permitindo a locação de um veículo utilizando apenas o cartão de crédito”, destaca Julian Gritsch. “Situa-ções como roubos ajudam a explicar o porquê de tantos formulários, fichas e análise de perfis. As regras nos Esta-dos Unidos, ao contrário, são claras e bem aplicadas”, acrescenta.

Claudio Schincariol, diretor da Maggi Rent a Car, fala com entusiasmo dos sistemas de leitor óptico. “Na devolução do carro, o leitor identifica os dados ope-racionais do período da locação, encerra o contrato sem interferência manual e o sistema integra automaticamente, ge-rando cobrança no cartão de crédito, se necessário. Tudo fica registrado no perfil do cliente. Essa tecnologia, para ser im-plementada no Brasil, precisa superar questões como a insegurança no país”, comenta o empresário, cuja locadora atua especialmente nas macrorregiões de Campinas e Sorocaba.

Rodrigo Gonçalves, franqueado da Localiza no interior de Minas Gerais, já planeja agregar ao seu negócio as lições extraídas no evento. “Podemos desbu-rocratizar os processos de locação. Te-mos de considerar que atuamos no in-terior, o que facilitaria essa tarefa. Creio ainda que é possível agilizar o atendi-

mento aos consumidores investindo na capacitação do atendente, de maneira a se cercar do máximo de informações possíveis no momento do cadastro e evitar imprevistos futuros”, destaca.

Maíra Marques, diretora operacio-nal da Mister Car Rent a Car, reforça a acessibilidade dessas tecnologias. “Elas não exigem grandes investi-mentos e sim uma mudança cultural. Inovações como terminais de locação sem interação humana, softwares ex-clusivos para cotação e check-list pelo celular nos ajudam a entender o cami-nho que devemos traçar”, relata. Maíra também realça o aproveitamento de serviços agregados. “Ao embutir no valor da locação outros produtos e ser-viços adicionais, as companhias norte-americanas tornam suas operações altamente lucrativas”, enfatiza.

sinErgia tOtalEladio Paniagua Junior mostrou-se

impressionado com a ampla sintonia entre todos os atores do setor. “As fa-bricantes concedem altos descontos às concessionárias, que por sua vez os repassam às locadoras, formando um vínculo muito interessante. Além disso, as locadoras recebem bônus em torno de US$ 5 mil para cada car-ro vendido após seis meses de uso, o que torna os preços de aquisição ainda mais atraentes.” Outro incentivo está na legislação que permite a revenda do veículo imediatamente depois de sua aquisição, além do crédito rotativo

disponibilizado pelas instituições ban-cárias. “Os leilões também são larga-mente explorados”, complementa.

O tripé comprar bem, alugar bem e vender bem funciona de verdade nos Estados Unidos. “O próprio formato do evento serve de inspiração para os pró-ximos encontros de relacionamento do Sindloc-SP”, observa. “Temos empreen-dedores competentes, consumidores, boa oferta e demanda. Em um futuro muito próximo, podemos adotar boa parte dessas práticas”, conclui. l

No próximo mês de abril, mais um grande evento promete mobilizar o setor, desta vez em Las Vegas. É o International Car Rental Show, que acontecerá entre os dias 17 e 19, e terá como tema central a tec-nologia aplicada à locação de au-tomóveis, também com apoio ins-titucional da ACRA e da ACCRO. O Sindloc-SP consultará os empresá-rios sobre o interesse em participar desse evento e buscará os melho-res preços para bilhetes aéreos e hospedagem, visando a formar um grupo de brasileiros. Igualmente será organizada uma agenda com visitas a locadoras norte-america-nas e outras operações locais.

Nova missão em 2016

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LANÇAMENTOS

Modelos que vão movimentar o mercado de veículos no Brasil

E mbora a crise econômica brasileira impactasse sobrema-neira a indústria automobilística do país, as montadoras acreditam que o cenário vai clarear no médio e longo prazo.

toyotaA oitava geração da hilux virá com motor diesel 2.8 de 177 cv

e torque de 42,8 kgfm (câmbio manual) e 45,9 kgfm (automático), de 6 velocidades. A nova versão terá 5,33 metros de comprimento (ganhou 7 cm), 1,89 m de largura (mais 2 cm) e 1,82 m de altura, e virá de fábrica com ar-condicionado e direção hidráulica com re-gulagem de altura e profundidade. No segundo semestre, a picape deve ganhar motor flex.

hyundaiA marca sul-coreana adotou o câmbio de seis marchas no hB20

2016, reduzindo o consumo de combustível na estrada e o nível de ruído na cabine. O motor é flex de quatro cilindros, com 128 cv (etanol) ou 122 cv (gasolina) de potência, a 6.000 rpm. O novo sistema multimídia blueMedia traz GPS e tela touchscreen de sete polegadas. A Hyundai incorporou ainda ar-condicionado digital, airbag lateral e retrovisores com rebatimento automático.

KiaA fabricante sul-coreana vai produzir, em sua nova fábrica em

Pesquería, no estado mexicano de Nuevo Leon, o modelo rio, com motor 1.6 e visual conservador, que está previsto para desembar-car no Brasil no fim do segundo semestre.

o Que Vem por aí em 2016Para isto, preparam uma série de novidades sob medida para o mercado frotista em 2016. Veja o que reserva o novo ano e as boas opções para que as locadoras impulsionem os negócios. l

CheVroLetOs norte-americanos já viram

e aprovaram com louvor o Cruze 2016. Mas os brasileiros terão de esperar até o fim do próximo ano, provavelmente como linha 2017, para conhecer o novo sedã, que foi comparado pela presidente da companhia a um Mercedes-Benz Classe C, por causa dos itens de segurança e entretenimento. Nos Estados Unidos, o modelo possui central multimídia que integra os celulares aos carros com mais qua-lidade, dez airbags e o inédito motor turbo 1.4 com injeção direta.

VoLKswaGenAs vendas do golf, que será produzido no Brasil, estão previstas para

começar no primeiro trimestre de 2016.. O modelo nacional terá motor 1.4 TSI flex de 150 cv de potência – as versões de entrada terão motori-zação 1.6 aspirada –, suspensão traseira e câmbio simplificado. A mon-tadora alemã confirmou o lançamento da oitava geração do Passat, que sairá da sua fábrica em Emden, na Alemanha, e deve aportar por aqui no início do ano. O sedã chega nas versões Comfortline e Highline, ambas com motor 2.0 turbo, TSI, de 220 cv de potência a 4.500 rpm e torque de 35,7 kgfm, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 6,7 segundos e atingir 246 km/h. Além de mais potente, o carro virá equipado com tecnologia de ponta e sofisticação, para brigar com alguns modelos da BMW, Mercedes-Benz e Audi.

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hondaA décima geração do Civic chega ao

Brasil no segundo semestre com o novo motor 1.5VTEC turbo, de 174 cv, com in-jeção direta e controle eletrônico de sin-cronização e abertura das válvulas. O sedã será 5 cm mais largo e ganhou 3 cm no en-tre-eixos, o que aumentou o espaço inter-no, além do volume maior do porta-malas, que cresceu quase 74 litros.

PeuGeotEntre as inovações do novo modelo

308, destaque para economia e tecnolo-gia: câmbio automático EAT6 com Modo ECO, que recalcula a transmissão e reduz o consumo de combustível na cidade; siste-ma FlexStart, que dispensa o “tanquinho” para partidas a frio; GSI (Gear Shift Indica-tor), que indica no painel a marcha mais econômica; central multimídia touchscreen com tecnologia MirrorScreen e aplicativo Link MyPeugeot, além de sensores cre-puscular, de chuva e de estacionamento dianteiros e traseiros.

CheryA montadora chinesa adiou para 2016 a

produção nacional do new QQ. O modelo previsto para sair em janeiro da linha de montagem de Jacareí, terá duas versões: a Look, que sai de fábrica com ar-condi-cionado, direção hidráulica, vidros elétricos dianteiros e rádio com entrada USB, e a Act, equipada ainda com vidros elétricos traseiros, sensor de ré, alarme, retroviso-res elétricos e rádio com CD player. Ambas com motor 1.0 de três cilindros e 69 c.v., e câmbio manual de cinco marchas.

renauLtA montadora francesa não con-

firma nenhum modelo inédito para 2016, mas a mídia especializada aposta que a picape “quase-mé-dia” Oroch ganhará uma versão com tração 4x4 e câmbio auto-mático. É esperar para ver. Certo mesmo é a nova motorização do sandero e do logan, que passa a ser 1.0 de três cilindros.

nissanA montadora nega veemente-

mente, mas, segundo especia-listas, o Kicks é a grande aposta da marca japonesa para o Brasil. O compacto SUV estreou como conceito no Salão do Automóvel de São Paulo de 2014 e voltou a ser exibido em 2015, no Salão de Buenos Aires (Argentina).

fordPara 2016, a Ford planeja a

nova geração do crossover Edge, com motor V6 3.5 de 289 cavalos, câmbio automático de seis mar-chas e tecnologia de assistência ao motorista. A montadora também prevê novo motor para o Ecosport, provavelmente o 1.0 EcoBoost de três cilindros e 125 cv.

fiatDepois de um 2015 tímido em novidades, a montadora italiana promete

lançar dois modelos no primeiro semestre: a picape toro, futura concorrente da Renault Oroch, e o subcompacto xh1, rival do Volkswagen Up!. Produzi-da na fábrica de Goiana (PE), a Toro terá a mesma base do Jeep Renegade, conjunto mecânico compartilhado, motores 1.8 flex e 2.0 diesel (esse, com tração 4x4), 4,91 metros de comprimento e capacidade de carga de uma to-nelada com até cinco passageiros. Ainda sem nome definido, o projeto XH1 estreia com o atual motor 1.0 de quatro cilindros, que deverá ser substituído pelo de três cilindros em 2017, sepultando o Uno Vivace e o Palio Fire.

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TECnoloGIA

A tecnologia está revolucionando o gerenciamento de dados em-presariais. Muitas companhias

têm a necessidade de armazenar in-formações, documentos e imagens, e, para isso, ainda utilizam ferramentas que estão instaladas em seus com-putadores, tablets e celulares. Porém, boa parte das organizações brasileiras de médio e grande porte não usa mais esse formato tradicional. Elas migra-ram para a chamada cloud computing, também conhecida como computação nas nuvens ou computação em nuvem.

Essa novidade permite acessar os arquivos de qualquer lugar do mundo por meio da internet, independente-mente da plataforma, dispensando a instalação de programas e aplicativos. Sem dúvida, uma ferramenta que con-

CLoud ComPutinG tendência em 2015

Armazenar dados na “nuvem” é uma realidade irreversível, que reduz custos, é mais segura e simplifica a vida de empresários e funcionários

fere agilidade para as empresas. Todo funcionário com acesso permitido pode utilizar o conteúdo que está na “nuvem”, ou na internet, e desenvolver sua tarefa mesmo quando está fora do escritó-rio, pois o material não fica restrito a equipamentos específicos. Pensando na segurança e confidencialidade dos dados, apenas pessoas autorizadas pela empresa podem acessar as infor-mações armazenadas na nuvem, o que requer login e senha.

Além disso, trata-se de uma opção mais econômica, já que ter o servidor físico próprio implica um custo signifi-cativo com equipamento e a necessida-de de ter uma equipe de Tecnologia da Informação (TI) especializada. Ou seja, a computação em nuvem reduz o gasto com as operações de TI.

De acordo com uma pesquisa recen-te da Microsoft, 33% das pequenas e médias empresas brasileiras já usam a cloud computing. E, desde que come-çaram a usar a ferramenta, essas or-ganizações garantem que tiveram um ganho na eficiência operacional, pro-dutividade, segurança e na rapidez nas decisões estratégicas.

É possível encontrar serviços bons e gratuitos para armazenamento de da-dos on-line, até um limite de volume, que fica a critério de cada fornecedor. Atualmente, 2GB são o menor espaço oferecido no mercado. A partir daí, de-ve-se pagar pelo serviço – mas, em geral, os valores dos pacotes pagos são bastante razoáveis. Alguns dos mais conhecidos no país são o Adrive, Ama-zon Cloud Drive, Dropbox, Google Drive e iCloud. Esses programas permitem que os usuários criem e editem docu-mentos ao mesmo tempo, não importa onde o indivíduo esteja.

Também há serviços que cobram pela nuvem, mas, além de a empresa só pagar pela capacidade que neces-sita, ela pode fechar pacote por tempo de uso determinado. l

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Job: 2015-Fiat-Varejo-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 35487-006-Fiat-ADP-AnNovaStrada2016-Frente-Sindloc-21x28_pag001.pdfRegistro: 169953 -- Data: 09:56:17 30/06/2015