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Ano XVII – Edição 134 – junho 2012 Redução do IPI foi boa para as locadoras? Foi ótima! Dentro do princípio de defender a redução da carga tributária, o Sindloc SP avaliou como ótimas as medidas anunciadas pelo Governo. Veja e pense sobre os motivos abaixo e saiba como aproveitar essa oportunidade para renovar toda a sua frota! Queda do IPI Você vai vender toda a sua frota hoje? Não! O valor do aluguel acordado com seus clientes vai cair? Não! Você que já tem financiamentos contratados: suas parcelas irão subir? Não! Você pretende fazer com que a frota de sua empresa cresça? Se sim, a partir de agora será possível comprar automóveis com IPI reduzido! Quando terminar o prazo do benefício do IPI, você terá tido vantagens por ter comprado automóveis com imposto reduzido? Sim! E se o prazo do benefício do IPI for prorrogado, vai ser bom negócio poder substituir toda a frota pagando menos pelos automóveis? Sim! E se a redução do IPI vier a ser eterna, vai ser um bom negócio para as locadoras? Sim! A partir disso teremos novos patamares de preços, tanto para os novos, quanto para os seminovos. Caso queira substituir automóveis que já estejam locados em seus atuais contratos, adquiridos antes do benefício do IPI, você vai perder com isso? Não! Terá de vendê-los por preço menor, mas poderá compensar ao pagar também menos para comprar o zero km. 1 2 3 4 5 6 7 8

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Ano XVII – Edição 134 – junho 2012

Redução do IPI foi boa para as locadoras?

Foi ótima!Dentro do princípio de defender a redução da carga tributária, o Sindloc SP avaliou como

ótimas as medidas anunciadas pelo Governo. Veja e pense sobre os motivos abaixo e saiba como aproveitar essa oportunidade para renovar toda a sua frota!

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I Você vai vender toda a sua

frota hoje? Não!

O valor do aluguel acordado com seus clientes vai cair?Não!

Você que já tem

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contratados:

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irão subir?Não!

Você pretende fazer

com que a frota de sua

empresa cresça?

Se sim, a partir de

agora será possível

comprar automóveis

com IPI reduzido!Quando terminar o prazo do benefício do IPI, você terá tido vantagens por ter comprado automóveis com imposto reduzido?Sim!

E se o prazo do benefício do IPI for

prorrogado, vai ser

bom negócio poder

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pagando menos pelos automóveis?

Sim!

E se a redução do IPI vier a ser eterna, vai ser

um bom negócio para as locadoras?Sim! A partir disso teremos novos patamares de preços, tanto para os novos, quanto para os seminovos.

Caso queira substituir

automóveis que já estejam

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com isso?

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EDITORIAL

TOME NOTA

Medidas que ajudam o BrasilToda redução de impostos é positi-

va. É a partir deste princípio que o se-tor de locação de veículos deve avaliar e trabalhar a respeito do conjunto de medidas econômicas anunciadas no dia 21 de maio passado, que visam acelerar o crescimento do nosso PIB – Produto Interno Bruto.

O pacote certamente exigirá do nosso setor um planejamento mais cui-dadoso, principalmente em relação à renovação da frota. Ao mesmo tempo que há expectativa de queda de preço dos carros novos, o preço dos semino-

vos também cairá enquanto o benefício tributário estiver em vigor.

Isso significa dizer que a queda de preços dos semi-novos impactará apenas no patrimônio daquelas locado-ras que “realizarem o prejuízo” agora, revendendo neste momento a maior parte de seus carros seminovos.

Os atuais veículos da frota foram adquiridos com a tributação normal e, havendo planejamento por parte de cada locadora, não necessariamente terão que ser reven-didos já. Entendemos que a maior parte das empresas locadoras do estado de São Paulo já tem maturidade

para evitar a perda de receita na hora da renovação da frota, a partir de uma gestão e de um planejamento mais apurado.

Paralelamente, para que o setor possa ampliar sua frota agora, uma maior oferta de crédito será ainda mais fundamental. O pacote do Governo está voltado para que isso efetivamente aconteça, pois estimula a redução na taxa dos financiamentos, à medida que diminuiu o de-pósito compulsório dos bancos. Desta forma, os bancos já ganharam condições excepcionais para colocar mais dinheiro no mercado, estimulando os investimentos da iniciativa privada.

A diminuição dos juros e da carga tributária são dois clamores do setor produtivo nacional, assim como mais austeridade com os gastos públicos e melhorias na ges-tão do Governo. Quando medidas nesse sentido são anunciadas, devemos comemorá-las.

O Brasil precisa fortalecer o mercado interno, apoiar a iniciativa privada, ampliar a transparência e aprofundar a democracia. Com o corte no IPI, acompanhado de efetiva ampliação na oferta de crédito, as locadoras de veículos do estado de São Paulo certamente poderão contribuir concretamente com o País nessa direção.

Alberto de Camargo Vidigal, presidente.

Divulgação Sindloc SP

Informe Sindloc SP é uma publicação do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo, distribuído gratuitamente a empresas do setor, indústria automobilística, indústria do turismo, executivos financeiros, jornalistas.

Presidente: Alberto de Camargo VidigalVice-Presidente: Eladio Paniagua JuniorDiretor-Financeiro: Luiz Carlos de Carvalho Pinto LangDiretor Secretário: Paulo Miguel Jr.Conselho Fiscal: Eliane Baida, Paulo Gaba Jr. e Paulo Hermas Bonilha Junior.Edição: RAF ComunicaçãoJornalista Responsável: Olivo Pucci (MTb 22.949)Diagramação: Matiz Design ([email protected])Impressão: NeobandTiragem: 5 mil exemplaresEndereço: Praça Ramos de Azevedo, 209 – cj. 22 e 23Telefone: (11) 3123 – 3131e-mail: [email protected]

É permitida a reprodução total ou parcial das reportagens, desde que citada a fonte.

Expediente

Curso: Poder, Autoridade ou Liderança?

O curso do Sindloc SP voltado para a capacitação dos profissionais do setor de locação de automóveis no estado de São Paulo aconteceu no dia 05 de junho, na Capital. Ministrado pelo consultor Carlos Faustino, que tem grande experiência no setor de locação de automóveis e que foi contratado pelo Sindloc SP para prestar consultoria de gestão à entidade, o curso “Po-der, Autoridade ou Liderança” foi realizado no Hotel Braston – Rua Augusta, 467, São Paulo (SP).

O curso reuniu empresários do setor, gerentes, supervisores, encarregados e coordenadores. Houve almoço para todos os participantes e o evento teve inscrições abertas (sem custo) para até dois profissio-nais por empresa associada ao Sindloc SP. Para as lo-cadoras não associadas, o curso teve inscrições a R$ 50 por pessoa.

Na próxima edição, acompanhe a cobertura com-pleta deste curso, no Informe Sindloc SP.

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MONTADORAS

O Fiat Bravo 2013 chega às concessionárias e traz o novo câmbio Dualogic® Plus, que garante o câmbio automático sem perder a eficiência no consumo de combustível e no desempenho do veículo. As novidades são as tecnologias “Creeping”, que aprimora as trocas de marcha proporcio-nando manobras mais confortáveis e seguras; e “Auto-Up Shift Abort”, capaz de identificar o exato momento de uma retomada de velocidade e abortar a troca para uma marcha superior, se necessário.

Nissan apresenta quinta geração do Altima

Previsto para ser lançado nos Estados Unidos no segundo semestre, o novo Sedã Altima 2013 traz o motor 2.5 DOHC de quatro cilindros e 182 cavalos, que melhora o consumo de combustível. Além disso, o sistema de suspensão inde-pendente nas quatro rodas agora conta com o Active Un-dersteer Control, que deixa as respostas ao volante ainda mais diretas. O Altima 2013 ainda vem com tecnologias de segurança, como aviso de objeto no ponto cego do veiculo (BSW), alerta de mudança de faixa (LDW) e detector de ob-jetos (MOD).

Novo câmbio no Fiat Bravo 2013Divulgação

Divulgação

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SãO PAULO

Divulgação ABLA

Números do setor no estado de São Paulo

A ABLA (Associação Brasileira das Locadoras de Au-tomóveis) concluiu o Censo da Indústria do Aluguel de Automóveis, referente ao ano de 2011. O levantamento mostrou que há 216 locadoras na cidade de São Paulo, que juntas disponibilizam uma frota de 126.050 auto-

móveis para aluguel. Ante o Censo anterior, a frota de veículos aumentou, enquanto o número de locadoras na cidade diminuiu. Em 2010, havia 225 locadoras respon-sáveis por uma frota de 115.568 veículos.

A leve queda do número de empresas de locação de automóveis na Capital paulista (225 em 2010 e 216 ao final de 2011), relacionada ao aumento da frota, “mos-tra que é preciso atingir um alto nível de competência na gestão do negócio para crescer no mercado”, explica Alberto de Camargo Vidigal, presidente do Sindloc SP. “Temos hoje, na capital e no interior também, um núme-ro menor de empresas do que tínhamos ao final de 2010, mas essas mesmas empresas possuem uma frota maior”, explica. “Isso significa que as locadoras compraram ainda mais carros durante o ano passado, e isso também se verificou no interior do estado de São Paulo”, acrescenta Vidigal.

De fato, apesar da queda na quantidade de pontos de locação de automóveis na Capital, o levantamento mos-trou que o número de veículos das locadoras da cidade é o maior já alcançado na história do setor. “Em 2007, eram 85.116 automóveis; no ano seguinte, já eram 93.628; em 2009 a frota saltou para 106.657; ao final de 2010, a frota bateu em 115.568 automóveis e, agora, chegamos aos 126.050”, completa Vidigal.

Empresários e dirigentes das montadoras e dos bancos acompanharam a apresentação dos números ao vivo.

“O mercado está aquecido, a demanda está boa e os preços da locação vivenciaram uma recuperação nos últimos meses. Falta a questão do crédito para que possamos atender ao crescimento da demanda. Por isso a parceria com os agentes financeiros será ainda mais importante daqui para frente”, explica Luiz Carlos Lang, diretor financeiro do Sindloc SP.

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SãO PAULO

Interior também registra crescimentoConforme divulgado pelo Anuário ABLA 2012, referente ao ano de 2011, o setor de loca-

ção de automóveis também cresceu no interior do estado de São Paulo. O setor fechou o ano passado com 161 locadoras distribuídas pela região, que juntas disponibilizam uma frota de 39.333 automóveis para aluguel.

Ante o Censo anterior, a frota de veículos aumentou, enquanto o número de locadoras nas cidades do interior diminuiu (assim como ocorreu na Capital de SP). Em 2010, havia 179 locadoras atuando no interior do estado, responsáveis por uma frota de 37.308 veículos.

Motivos do aumento de demandaConforme o Sindloc SP, os motivos dos bons números

do setor na Capital e no Interior, que registraram signi-ficativo aumento da frota, também estão relacionados com a atividade econômica em alta durante o ano passa-do, com os setores de infraestrutura demandando cada vez mais serviços, incluindo aí a terceirização de frotas de automóveis. “As locadoras do estado de São Paulo estão voltadas para esse filão, investindo na disseminação do conceito da terceirização e divulgando suas vantagens entre empresas públicas e privadas”, diz Alberto de Ca-margo Vidigal, presidente do Sindloc SP.

Considerando a situação econômica que envolve não só o estado de São Paulo, como todo o país, o diretor

financeiro do Sindloc SP, Luiz Carlos Lang, afirma que as perspectivas para 2012 são favoráveis. “O mercado está aquecido, a demanda está boa e os preços da locação vivenciaram uma recuperação nos últimos meses. Falta a questão do crédito para que possamos atender ao cres-cimento da demanda. Por isso a parceria com os agentes financeiros será ainda mais importante daqui para fren-te”, explica Lang.

“Os números indicam a forte expansão do setor de locação no estado inteiro”, acrescenta Alberto Vidigal. “O turismo de roteiros, que estimula as viagens com au-tomóveis dentro do estado, também contribuirá ainda mais para este crescimento nos próximos anos”, afirma.

Ano 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Gde. São Paulo 66.996 75.324 85.116 93.628 106.657 115.568 126.050

Interior 21.087 23.875 26.501 29.881 32.820 37.308 39.333

Ano 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Gde. São Paulo 312 301 250 246 225 225 216

Interior 151 149 194 192 179 179 161

Tabela 1 - Frota de Veículos

Tabela 2 - Número de Locadoras

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BRASIL

Faturamento e frota

Mediante a conjuntura econômica nacional, os dados que o Anuário ABLA 2012 apresentou são animadores para o Brasil todo. Em 2011, o faturamento foi de R$ 5,67 bilhões, crescendo 11% em relação a 2010. As 2.083 locadoras do País passaram a contar com 445.470 automóveis, 7,51% a mais do que no ano anterior.

Impostos e empregos

A importância da atividade na economia do País também se reflete em outros aspectos. No ano passado, as locadoras contribuíram com R$ 1,86 bilhão em impostos aos cofres públicos. Ao todo, 277.943 postos diretos e indiretos de trabalho foram gerados e/ou mantidos graças a esta atividade.

Participação nas vendas

A participação das locadoras associadas da ABLA nas vendas do setor automobilístico foi de 8,7% no último ano. O número de usuários passou de 17,7 milhões para 18.6 milhões em todo o Brasil. No último ano, 55% das locações de automóveis foram destinadas para a terceirização (locação de frotas para empresas), 20% para o turismo e lazer e 25% para o turismo de negócios.

Liderança entre as marcas

Após quatro anos seguidos na liderança, a Volkswagen foi superada pela Fiat nas vendas para o setor. A montadora de origem italiana respondeu por 29,7% dos carros comprados pelas locadoras em 2011, enquanto a participação da Volks foi de 27,2%. Na sequência aparecem General Motors (19%), Renault (5,8%) e Ford (3,9%). A frota das locadoras cresceu em 31,1 mil carros no ano pas-sado, para 445,5 mil veículos.

Divulgação ABLA

Paulo Gaba Jr., presidente do Conselho da ABLA e membro do Conselho Fiscal do Sindloc SP, durante apresentação dos números nacionais.

Números do setor no BrasilCresceu o interesse a respeito dos números e proje-

ções do setor de locação de automóveis no Brasil. Os números nacionais referentes ao setor foram divulgados no dia 23 de maio, pela ABLA (Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis). A apresentação aconteceu no Hotel Renaissance (Alameda Santos, 2233, em São Paulo) e trouxe o balanço completo do ano passado.

Dirigentes de todas as montadoras e importadoras de automóveis foram convidados pela ABLA para acompa-nhar ao vivo a divulgação dos novos números. Para Pau-lo Gaba Jr., presidente do conselho nacional da ABLA, a queda nas vendas de automóveis, “também motivada pelo aperto nas condições de crédito, fez crescer neste ano a importância do setor de locação como válvula de escape para a recuperação do mercado”, avalia.

Durante a apresentação dos novos números, líderes do mercado e representantes da indústria automotiva foram informados sobre a nova participação de suas em-presas em vendas para o setor de locação. Veja abaixo

mais informações relevantes para tomadas de decisões estratégicas das locadoras, das montadoras, dos bancos e dos parceiros do setor.

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MONTADORAS

As linhas Hilux e SW4 2012 com motorização a diesel agora contam com um sistema que favorece a redução das emissões de poluentes, por meio da queima completa do combustível antes da sua liberação. Além disso, os veículos trazem o novo motor D-4D 3.0L 16V com intercooler, TVG (Turbo de Geometria Variável) e injeção direta, que geram 171 cv a 3600 rpm de potência máxima.

Série limitada do Sandero

Feita em parceria com a empresa de moda surf Rip Curl, a série limitada Sandero Stepway Rip Curl possui 4.300 uni-dades e estará a venda até outubro deste ano. O veículo foi pensado para clientes com espírito jovem e independente. Vem equipado com motor 1.6 16V Hi-Flex, que desenvolve 112 cv com etanol e 107 cv com gasolina. O modelo está preparado para enfrentar as diversas condições de rodagem encontradas nas ruas e estradas brasileiras, pois possui 18,5 cm de distância do solo.

Emissões mais baixas na Hilux

Divulgação

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LEGISLAçãO

Informe Sindloc SP: Decorridos meses da vigência da nova lei, a proporcionalidade do aviso prévio ainda gera dúvidas entre empresas e trabalhadores? Vera Lúcia dos Santos Menezes: Sem dúvida. E ainda provoca impasses no Judiciário. Creio que ainda haverá muito espaço para a discussão e a análise da aplicação da lei 12.506/2011, havendo, certamente, mais de uma interpretação até que seja devidamente regulamentada.

Informe Sindloc SP: Quanto à redução de 07 dias ou 02 horas diárias, estas continuam valendo, mesmo quanto aos acréscimos? Exemplo: 60 dias (60 menos 7 = 53 dias de aviso trabalhado)? Está correto este procedimento?Vera Lúcia dos Santos Menezes: O artigo 488 da CLT não foi revogado pela Lei 12.506/2011 e, por este mo-tivo, considero que, na hipótese de dispensa imotivada, foi mantido o direito do trabalhador em optar por uma das formas previstas no parágrafo único daquele artigo, adaptadas à nova lei. As duas formas previstas são: (1) Redução de 2 horas diárias, durante todo o período de cumprimento do aviso prévio proporcional. No caso do exemplo citado, 60 dias. Forma (2): 07 dias corridos de falta, calculado de forma proporcional ao aviso prévio que será cumprido, sendo de no mínimo 7 dias para cada 30 dias de aviso prévio. No caso do exemplo citado, igual a 14 dias.

Informe Sindloc SP: O empregado tem que cumprir os 53 dias de aviso ou cumpre 23 dias e o restante a empre-sa assume como indenizatório?Vera Lúcia dos Santos Menezes: Não existe restrição na nova lei para que o trabalhador demitido não cumpra o aviso prévio proporcional concedido pelo empregador. Tendo o empregado direito a 60 dias de aviso prévio pro-

Proporcionalidade do Aviso Prévio

Nessa entrevista, a advogada Vera Lúcia dos Santos Menezes, que presta serviços ao Sindloc SP e é responsável pelo contencioso trabalhista do escritório A. Lopes Muniz Advogados Associados, esclarece as principais dúvidas sobre as interpretações da Nota Técnica nº 184/2012 do Ministério do Trabalho e Emprego, e da Lei nº 12.506/2011, que tratam da proporcionalidade do aviso prévio. Confira.

porcional, ele deverá cumpri-lo por igual período, com a redução da jornada diária de 2 horas, ou faltar 14 dias, (no início ou no término do cumprimento do aviso pré-vio), conforme artigo 487 da CLT.

Informe Sindloc SP: Então a empresa poderá optar em conceder aviso prévio indenizado de 60 dias?Vera Lúcia dos Santos Menezes: Sim. A empresa tam-bém poderá dispensá-lo do cumprimento, desde que observado o cômputo do período como tempo de ser-viço e o prazo para o pagamento das verbas rescisórias. Recusando-se o empregado em cumprir o aviso prévio integral, poderá sofrer desconto em rescisão contratual, observando o empregador os limites para desconto, con-forme artigo 462 da CLT.

Informe Sindloc SP: No pedido de demissão vale ou não o acréscimo? O empregado cumprirá os 30 dias ou 60 dias, no caso de acréscimo?Vera Lúcia dos Santos Menezes:  A Nota Técnica 184/2012 considera que o Aviso Prévio proporcional é aplicável exclusivamente em prol do trabalhador, de acor-do com o artigo 1º da Lei 12.506/2011, que o instituiu. No entanto, existem interpretações anteriores à Nota Téc-nica, considerando que também o demissionário deverá conceder o aviso prévio proporcional ao empregador e, na recusa, pagar pelos dias que deveria trabalhar, ou en-tão solicitar à empresa a dispensa do seu cumprimento.

Informe Sindloc SP: Assim como a Nota Técnica, muitos juristas consideram que o trabalhador não deverá cum-prir aviso prévio superior a 30 dias ou, ainda, tampouco ressarci-lo ao empregador? Vera Lúcia dos Santos Menezes: De fato. Por isso, dian-te da manifestação expressa do Ministério do Trabalho, e até a questão ser regulamentada por decreto ou pacifica-da na Justiça do Trabalho, para resguardar a empresa de um passivo trabalhista é recomendável a adoção de uma tese conservadora, que seria exigir o cumprimento de 30 dias de aviso prévio, quando se tratar de trabalhador de-missionário, ainda que possua tempo de serviço superior a um ano, embasado no artigo 1º da Lei 12.506/2011, que prevê o benefício do Aviso Prévio proporcional aos empregados, sem a reciprocidade.

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LEGISLAçãO

A Sétima Turma do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região negou provimento a recurso apresentado pela Fazenda Nacional e afastou a incidência da contribuição previdenciária sobre os 15 primeiros dias de afastamento para tratamento médico, antes do auxílio-doença e/ou auxílio-acidente. A Fazenda Nacional recorreu ao TRF da 1.ª Região contra decisão de primeira instância em ação ajuizada pela Associação Brasileira de Municípios (ABM). Na apelação, a Fazenda Nacional requeria o afastamento da incidência de contribuição previdenciária sobre os 15 primeiros dias de afastamento para tratamento médico, sob o argumento de que a referida parcela “possui nítido caráter remuneratório” e que “a contribuição previdenci-ária incide sobre quaisquer parcelas pagas ao trabalhador com caráter contraprestativo.” Em seu voto, o relator, desembargador federal Luciano Tolentino, citou jurispru-dência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no sentido de que não incide contribuição previdenciária sobre a remuneração paga pelo empregador ao empregado du-rante os primeiros 15 dias do auxílio-doença, consideran-

Jurisprudência sobre Contribuição Previdenciária

do que tal verba não tem natureza salarial. Dessa forma, negou provimento ao recurso apresentado pela Fazenda Nacional e manteve a sentença de primeira instância em favor da Associação Brasileira de Municípios.

A Fazenda Nacional

recorreu ao TRF da 1.ª

Região contra decisão de

primeira instância em ação

ajuizada pela Associação

Brasileira de Municípios

(ABM).

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IMPOSTOS

O Banco Central do Brasil aprovou cir-cular que promove alteração em regra do recolhimento compulsório sobre recursos a prazo, permitindo que as instituições financeiras utilizem aproximadamente R$ 18 bilhões a mais na realização de novas operações de crédito para financiamento de automóveis e de veículos comerciais leves, montante que representa cerca de 10% do total de crédito concedido ao segmento.

A mudança permite que as institui-ções financeiras deduzam da base do re-colhimento compulsório sobre depósitos a prazo o valor dos financiamentos con-cedidos a partir de 22 de maio de 2012.

Essa medida, além de conferir maior dinamismo a um importante segmento da economia, tem como objetivo criar melhores condições para que as institui-ções financeiras possam adotar políticas de concessão de crédito anticíclicas, sem contudo comprometer os requisitos pru-denciais.

Pacote do IPI: confira as medidasCom o anúncio de redução de IPI para veículos, feito pelo Ministério da Fazenda, o governo

chega à marca de 158 medidas de isenção fiscal desde 2008. Os números constam em rela-tório da Receita Federal. Com a crise se tornando um fenômeno global, o governo brasileiro resolveu tomar medidas de estímulo ao crescimento. Para manter o consumo interno em alta, o Ministério da Fazenda apostou em estímulos fiscais, incluindo isenção total ou parcial de tributos como IPI, PIS e Cofins.

O pacote de incentivo mais recente prevê redução no IPI de 37% para 30% para carros até 1.000 cilindradas. Para as empresas habilitadas no regime automotivo, a alíquota passa de 7% para zero. Também foi determinada a redução das alíquotas do IOF incidentes sobre o crédito para pessoa física e das taxas de juros do Programa de Sustentação do Investimento. As medidas são válidas até 31 de agosto deste ano.

Mais incentivos estão por vir. Um deles é a isenção de IPI, PIS e Cofins para veículos elétricos e híbridos (que utilizam mais de uma fonte de combustível). A proposta ainda deve tramitar por três comissões da Câmara dos Deputados antes de seguir para plenário.

Governo arrecadará maisCom o corte dos tributos, a União vai abrir mão de

uma arrecadação de R$ 2,7 bilhões em três meses. Em contrapartida, os bancos prometeram oferecer mais em-préstimos para a compra de veículos. Esta foi uma deso-neração menor do que a que foi feita em 2009 por conta da crise mundial.

Os Governos Estaduais receberão provavelmente até mais em função dos cortes do IPI, já que arrecada-rão mais ICMS em função do crescimento das vendas de veículos. E, ainda, como forma de driblar os efeitos da medida do Governo Federal, os Estados terão como compensá-las através do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Por ter arrecadação relativa bem menor do que o ICMS, o IPVA neutraliza a queda de arrecadação tributária dos Estados. Com o aumento do comércio dos veículos há o pagamento do IPVA. Sen-do assim, os Estados certamente conseguirão compensar quaisquer perdas.

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Job: Fiatvarejo-maio -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 24172-014-Fiat-NovoPalioTraseira-Laranja-21x30_pag001.pdfRegistro: 79347 -- Data: 16:35:58 25/05/2012