revista sindloc-sp, edição 143 (março/2013)

24
REVISTA Ano XVII – Edição 143 – março 2013 Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo SINDLOC PLATAFORMA DE SEGUROS SOB MEDIDA Portaria estabelece desconto de 50% no IPVA para os carros de locadoras de SP Com foco na profissionalização, o Sindloc-SP promove treinamento sobre leasing e CDC O Sindloc-SP passa a oferecer consultoria e produtos de seguro para os seus associados

Upload: sindloc-sp

Post on 09-Mar-2016

222 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Revista mensal do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo (Sindloc-SP)

TRANSCRIPT

REVISTA

Ano XVII – Edição 143 – março 2013

Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo

Ano XVII – Edição 143 – março 2013

SINDLOCPLATAFORMA DE

SEGUROS SOB MEDIDA

Portaria estabelece desconto de 50% no IPVA para os carros de locadoras de SP

Com foco na profissionalização, o Sindloc-SP promove treinamento sobre leasing e CDC

O Sindloc-SP passa a oferecer consultoria e produtos de seguro para os seus associados

revista s indloc 3

A Revista Sindloc SP é uma publicação do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo, distribuída gratuitamente a empresas do setor, indústria automobilística, indústria do turismo, executivos financeiros e jornalistas.

Com a elevação de 2% para 3,5% da alíquota do IPI, o mercado de locação deveria estar preparado para o aquecimento dos usados e seminovos. Mas o poder público faz questão de lançar jatos de água fria. No início de março, o Banco Central divulgava números descendentes da oferta de crédito para a aquisição de veículos. Na comparação entre janeiro deste ano e dezembro de 2012, a concessão de crédito para pessoas físicas caiu 8,3%, de R$ 8,40 milhões para R$ 7,70 milhões. A queda para pessoas jurídicas foi ainda mais acentuada – de R$ 1,80 milhão para R$ 1,27 milhão, redução de 29,4%.

Juros reduzidos, mais financiamentos, aumento da inadimplência e bancos mais exigentes na acei-tação de crédito. Essa sequência cria um verdadeiro impasse para as locadoras, para as quais incre-mentar sua frota de seminovos torna-se impraticável, e estimular o consumidor a investir no modelo usado é tarefa inglória. Serão necessários muita criatividade e planejamento para desencalhar um es-toque de usados cada dia mais desvalorizado. Segundo o estudo AutoInforme/Molicar, o preço médio dessa categoria de veículos registrou diminuição drástica de 41,3% nos últimos cinco anos.

Essa série de indicadores pode levar o leitor a vislumbrar um cenário nebuloso pela frente. Não, esse discurso não é derrotista. Como veremos nesta edição, estamos incentivando os empresários e execu-tivos do setor a trocar ideias e oportunidades, além de reforçarmos os vínculos com os associados. O trabalho continua, ainda mais intenso. Mas é desalentador constatar a ausência de um planejamento público de longo prazo.

Não somos vítimas do IPI zero tampouco do fevereiro mais curto neste ano, em razão do Carnaval. Os obstáculos são mais sólidos e permanentes. Nos últimos anos, as decisões para estimular a econo-mia passam sempre pela desoneração de um lado da moeda em detrimento do outro. A distribuição dos ovos pelas cestas muda constantemente, mas o número de ovos permanece o mesmo, graças a um modelo imediatista que estimula o consumidor sem educar e reduz tributo como se apenas ele fosse o vilão da vez.

A cada carro novo vendido no país, outros três usados são comercializados. Esse segmento é estra-tégico para melhorar o desempenho das locadoras, que geram empregos e arcam com altos custos de manutenção e mão de obra. Mas, lamentavelmente, há quem ainda tape os olhos para nossa atividade. A nós, resta unirmos esforços e conhecimentos, e estamos nesse caminho. Atenta a esse cenário, a dire-toria do Sindloc-SP está estudando alternativas para auxiliar os associados na venda de seus seminovos.

Alberto de Camargo VidigalPresidente do Sindloc-SP

A hora é dos usados, mas o governo chegou atrasado

ExPEdiEntE

Editorial

Presidente: Alberto de Camargo VidigalVice-Presidente: Eladio Paniagua Juniordiretor Financeiro: Luiz Carlos de Carvalho Pinto Langdiretor Secretário: Paulo Miguel Jr.Consultor de Gestão: Luiz Antonio CabralConselho Fiscal: Eliane Baida, Paulo Gaba Jr. e Paulo Hermas Bonilha JuniorProdução Editorial: Scritta – www.scritta.com.brCoordenação: Eduardo GraboskiRedação: Eduardo Graboski e Kátia Simões diagramação: Cris Tassi - [email protected]ão: Júlio Yamamoto e Leandro Luize

Jornalista Responsável: Paulo Piratininga - MTPS 17.095 - [email protected]ão: Gráfica Revelaçãotiragem: 5 mil exemplaresCirculação: distribuição eletrônica para 7 mil leitores cadastradosEndereço: Praça Ramos de Azevedo, 209 – cjs. 22 e 23telefone: (11) 3123-3131E-mail: [email protected]

É permitida a reprodução total ou parcial das reportagens, desde que citada a fonte.

4 revista s indloc

05 EM BAixAAo contrário do que as montadoras esperavam, março começou com movimento fraco na venda de veículos novos.

07 JURÍdiCOO advogado Marcelo José Araújo fala sobre a tradução juramentada da CNH de estrangeiros que desejam dirigir no Brasil.

13 GEStÃOO consultor do Sebrae-SP, Haroldo Eiji Matsumoto, dá dicas de como criar uma central de atendimento ao cliente em PMEs.

14 EVEntOO Sindloc-SP promove um treinamento exclusivo para os seus associados sobre leasing e CDC, em abril, na sede da Fecomercio.

sumário

SEtORDisposto a oferecer não só consultoria, mas produtos de seguro sob medida para as locadoras, o Sindloc-SP lança uma plataforma de seguros.

MOntAdORASO presidente da Fenabrave, Flavio Meneghetti, revela quais são os desafios do setor e analisa o impacto da parceria com o segmento de locação.

09 18

revista s indloc 5

Ao contrário do que as montadoras esperavam, o mês de março começou com movimento fraco na venda de veículos novos. É o que mostra o balanço da primeira quinzena do mês divulgado pela Fenabrave. No período, foram emplacados 132.911 veículos novos.

O mercado esperava um início de mês mais animador, já que a partir de abril o IPI deverá sofrer reajustes. Para os modelos 1.0, a alíquota passará de 2% para 3,5% e, para os veículos até 2.0, de 7% para 9% (flex) e de 8% para 10% (gasolina). Entretanto, os consumidores parecem estar mais cautelosos.

No balanço acumulado, a Fenabrave contabiliza 621.370 modelos, incluindo comerciais leves. A expecta-tiva é que as vendas cresçam a partir da última semana do mês, quando os consumidores tomarão consciência de que os valores serão reajustados já a partir do dia 1º.

EM BAIXA Março começou com quase 133 mil carros emplacados

RESSARCIMENTOFazenda de SP devolve R$ 17,8 mi para motoristas vítimas de roubo

Os proprietários de veículos roubados ou furtados em 2012 no estado de São Paulo, incluindo as locadoras, se-rão ressarcidos a partir deste mês. A informação é da Se-cretaria da Fazenda, que calcula o reembolso total em R$ 17.863.979,48. O pagamento refere-se à restituição propor-cional do IPVA. Os motoristas que pagaram a taxa quando ocorreu o crime serão beneficiados.

Ao todo, as ocorrências relacionam 52.616 carros. O pro-prietário de veículo que tiver direito à devolução do IPVA não precisa fazer nenhuma solicitação. O reembolso é auto-mático. Os valores serão disponibilizados no Banco do Brasil durante dois anos. Para consultar valores e outras informa-ções, basta acessar www.fazenda.sp.gov.br.

iNFormaÇÕEs ÚtEis

INflAçãO do carro sobe 1,89% no anoComposta de despesas como abastecimento e manutenção de peças

do veículo, a inflação do carro subiu 0,57% no mês passado, de acordo com aferição da Agência AutoInforme. A alta acumulada neste início de ano, portanto, é de 1,89%.

Os preços dos combustíveis foram os responsáveis por essa aceleração. No período analisado, por exemplo, a gasolina passou de 2,42% para 4,31%, enquanto o etanol subiu de 0,25% em fevereiro e 5,15% nos dois primeiros meses do ano. A segunda maior alta foi a de lona de freio, que ficou 1,31% mais cara. Na sequência vem correia dentada (0,99%).

Assim como em outros produtos, a inflação do carro pode ter reflexo no valor de venda de modelos zero-quilômetro.

6 revista s indloc

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) dispõe, no arti-go 473, sobre as hipóteses em que o empregado pode deixar de comparecer ao trabalho sem prejuízo de seu salário e/ou repouso semanal remunerado. No entanto, cumpre ressaltar que todas as faltas devem estar devidamente justificadas pe-los empregados, de modo que as empresas possam ter ciên-cia do real motivo do afastamento. A falta injustificada acar-reta o desconto do dia em que faltou ao trabalho e do dia de seu repouso semanal remunerado.

Além da Convenção Coletiva de Trabalho da Categoria, a Lei 605/49, que trata da remuneração do repouso sema-nal, também prevê que: “a) os previstos no artigo 473 e seu parágrafo único da Consolidação das Leis do Trabalho; b) a ausência do empregado devidamente justificada, a critério da administração do estabelecimento; c) a paralisação do serviço nos dias em que, por conveniência do empregador, não tenha havido trabalho; d) a ausência do empregado, até três dias consecutivos, em virtude do seu casamento; e) a falta ao serviço com fundamento na lei sobre acidente do trabalho; f) a doença do empregado, devidamente compro-vada”.

Observe-se que a alínea “f” aduz que o afastamento por doença incapacitante, devidamente comprovada por ates-tado médico, também constitui justificativa legal para a au-sência no trabalho. Cabe à empresa remunerar as horas não trabalhadas até os primeiros quinze dias de afastamento do empregado, conforme a Lei 8.213/91, em seu art. 60, §3º.

O que muito se tem notícia é a apresentação de atestados médicos falsos para justificar ausências em casos de doen-ça. As empresas têm diligenciado e, em muitos casos, com-provado rasuras nos atestados ou assinatura de profissional desconhecido na rede médica ou o não comparecimento do empregado no local no dia do atestado.

Comprovados tais fatos, o empregado poderá ser dispen-sado por justa causa, por configurado ato de deslealdade. As-sim, recomenda-se que a empresa analise a correta indicação no atestado médico, do CID da doença ou mesmo da do-

Ausências justificadas por problemas de saúde

tRABAlhiStA

ença diagnosticada, horário de chegada e saída do estabele-cimento médico/hospitalar. Nesses casos, quando o assunto é submetido à apreciação do Judiciário Trabalhista, este tem entendido que atestados médicos assinados por profissionais inabilitados podem motivar a justa causa.

Já no caso de procedimentos médicos eletivos, assim con-siderados os exames e consultas com finalidade diagnóstica ou terapêutica, em horário pré-estabelecido pelo empregado e sem nenhum caráter emergencial, o empregador não está obrigado a abonar a falta – exceto se o empregado compro-var a necessidade da realização do exame/consulta e justificar a impossibilidade de submeter-se ao procedimento fora do horário de trabalho.

Em relação aos empregados que marcam consultas e exa-mes durante o horário de trabalho, sem justo impedimento para fazê-los fora desse horário, parte da doutrina e da ju-risprudência tem entendido que o empregador pode exigir a compensação das horas de ausência. Essa situação é per-mitida sob pena de tais horas serem descontadas do salário, pois não há previsão na lei de pagamento de salário nessas hipóteses. 

Assim, há de se concluir que as justificativas por ausên-cias no trabalho por problemas de saúde só serão válidas se estiverem acompanhadas de atestados médicos legalmente reconhecidos.

coluNa

Vera Lucia dos Santos MenezesAdvogada trabalhista

revista s indloc 7

No fim de março de 2010, o Contran – Conselho Nacional de Trânsito –, por meio da Resolução 345, alterou parte da Resolução 193 referente à exigência de tradução juramentada do documento de habilitação dos estrangeiros para ser consi-derada regular a condução de veículos no Brasil. Atualmente, a questão é regulamentada pela Resolução 360 do Contran, que manteve os mesmos princípios da 345.

Essa singela exigência da tradução era o entrave para que diversos estrangeiros utilizassem veículos no Brasil, especial-mente locados, pois os aeroportos (mesmo internacionais) não possuem esse profissional à disposição, quanto mais em período integral e habilitado a fazê-lo nos mais diversos idio-mas. Portanto, algo corriqueiro em todo mundo, que é re-servar um carro para locação ainda em seu país de origem, se tornava inviável ao desembarcar e não dispor de profis-sional para realizar a tradução juramentada. Nem é preciso comentar quando o desembarque ocorre em véspera de fim de semana ou feriado.

Além da dificuldade prática e burocrática, instalava-se uma questão jurídica. O estrangeiro regularmente habilita-do em seu país – amparado por convenções e acordos, bem como pela reciprocidade de tratamento (portanto legitima-do a conduzir no Brasil) – que não estivesse de posse da tra-dução poderia ser considerado NÃO HABILITADO? Seria au-tuado em uma infração gravíssima ou infração leve por NÃO PORTAR documento de uso obrigatório?

Detalhe essa segunda autuação somente seria cabível se tal documento fosse de porte obrigatório, e ele não se en-contra relacionado entre eles (somente CNH e CRLV - licen-ciamento). Mesmo assim, tal autuação somente é legítimo quando a pessoa possui o documento e não está com ele. Exemplo: quando o veículo está licenciado, mas o condutor não está de posse dele.

Outro problema, tão complicado quanto este, ocorria quando a autuação por infração era feita à revelia, ou seja, sem abordagem. Com o dever de indicar o real infrator, o pro-prietário tinha negada essa pretensão pela falta do documen-

Estrangeiros e a tradução juramentada da Cnh

tRânSitO

to, recaindo sobre si a responsabilidade da infração se pessoa física, ou agravando o valor da multa se pessoa jurídica, como é o caso das locadoras.

Vem a pergunta: os agentes de trânsito terão de saber falar outras línguas? A resposta vem com a seguinte reflexão. Em qualquer cidade habituada a receber visitantes ou mesmo turistas de outros países, até meninos humildes fazem o pa-pel de guias turísticos, ‘comunicando-se’ em outros idiomas. Com os grandes eventos esportivos que se aproximam (Copa do Mundo e Olimpíadas) e as multinacionais que se instalam no país, falar outro idioma deixou de ser um privilégio das profissões nobres e se tornou obrigação de qualquer pessoa que vive num mundo globalizado. E se as condições pessoais não permitem, cabe ao governo fazê-lo. No caso dos agentes de trânsito, a inclusão da matéria na formação, se ainda não existe, já está atrasada.

Marcelo José AraújoAdvogado e professor de Direito de Trâ[email protected]

8 revista s indloc

iPVa

Alívio para o bolso

São Paulo é o estado que cobra a mais alta alíquota de IPVA: 4% sobre o valor dos veículos de passeio bicombustíveis e movidos a gasolina e 3% sobre os movidos exclusivamente a álcool, eletricidade e gás. Para efeito de comparação, o Para-

Os descontos no IPVA permitidos pela Portaria CAT 54 são vantajosos. Mas é preciso preencher alguns requisitos para ter direito ao benefício

Para provar que pelo menos metade da recei-

ta bruta deriva da locação de veículos, os donos

das locadoras paulistas devem apresentar men-

salmente à Secretaria da Fazenda um CD com

informações sobre o balanço de compra e venda

de veículos. No mês em que não houver esse tipo

de transação, não há necessidade da prestação

de contas. Outro cuidado importante está rela-

cionado ao recadastramento junto à secretaria,

que deve ser feito até o dia 31 de maio de cada

ano. “Se já tiver obtido o

desconto no IPVA nos pri-

meiros meses do ano e não

fizer o recadastramento até

a data limite, o empresário

terá de pagar os outros 50%

de diferença do imposto, já

que perderá o direito ao

beneficio. E, enquanto não

fizer isso, não consegui-

rá licenciar o veículo”, frisa

Eládio Paniagua.

Prestação de contas

ná cobra 1% sobre o valor dos carros movidos a gás natural e 2,5% para os demais; em outros estados, como Minas Gerais, Paraíba e Tocantins, a alíquota é de 2% para os veículos de passeio, independentemente do tipo de combustível.

Essas diferenças de taxas provocam a chamada “guerra fis-cal”, e isso prejudicou muito as locadoras de São Paulo, seja no aspecto financeiro como com autuações. A partir de um trabalho junto às autoridades constituídas, que contou com a participação efetiva do Sindloc-SP, a alíquota do IPVA para locadoras de automóveis foi reduzido de 4% para 2%. Para disciplinar essa medida, o governo paulista criou a Portaria CAT 54, de 2009, dentro da Lei 13.296, a Nova Lei do IPVA (http://www3.fazenda.sp.gov.br/ipvanet/paginas/legislacao.shtm). A portaria estabelece quais procedimentos devem ser adotados para que as locadoras de automóveis do estado de São Paulo tenham acesso ao desconto de 50% nas alíquotas de IPVA.

“Essa redução do IPVA permite uma economia significati-va. Considerando uma frota com 50 carros no valor médio de R$ 30 mil, um IPVA de 4% significa uma despesa total de

R$ 60 mil (R$ 1.200 por automóvel). Com a re-dução de 50% no imposto, os R$ 30 mil reais poupados permitiriam comprar mais um carro zero”, explica Eládio Paniagua, vice-presidente do Sindloc-SP

ExIgêNCIASNão há dúvidas de que essa economia é óti-

ma para a categoria. No entanto, para ter di-reito ao benefício, a locadora precisa preencher alguns requisitos. Primeiro, é necessário se ca-dastrar na Secretaria da Fazenda e comprovar que no mínimo 50% de sua receita bruta men-sal vêm somente da locação de veículo (confira outras exigências no quadro).

revista s indloc 9

mErcado

Plataforma de Seguros facilita a vida das locadoras em São Paulo

Os números são alarmantes. De acordo com levantamen-to da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), o número de veículos roubados saltou de 6.429 em ja-neiro de 2012 para 7.633 no mesmo período deste ano, en-quanto o volume de furtos pulou de 8.296 para 9.550. Uma dificuldade a mais para quem coloca não apenas um, mas centenas de veículos nas ruas todos os dias, como as loca-doras. E os problemas não param por aí. A maior incidência de acidentes de trânsito também é preocupante, assim como

os transtornos causados pelas chuvas em índices acima da média neste início de ano.

Disposta a oferecer não só consultoria, mas produtos de seguro de autos sob medida para o segmento, o Sindloc-SP, em parceria com a Segplus Corretora de Seguros, desenvol-veu sua Plataforma de Seguros, um canal de informações e produtos, que funciona 24 horas por dia. “Após criarmos o Núcleo de Assistência Jurídica, decidimos investir na Plata-forma de Seguros, uma demanda latente do setor, que en-

10 revista s indloc

contrava dificuldades em contratar seguros específicos para a empresa, com coberturas para todas as modalidades que envolvem a atividade”, afirma Paulo Miguel Júnior, da Luan Locadora de Veículos e diretor da entidade.

De acordo com Miguel Júnior, uma das grandes dificul-dades dos empresários do setor era encontrar produtos adequados às necessidades das locadoras e a preço justo. “Por puro desconhecimento, muitos corretores elevavam o preço dos seguros quando percebiam que o carro era de aluguel”, relata. “Com a nova plataforma, será possível traba-lhar com preços abaixo da média de mercado”, acrescenta.

A Plataforma de Seguros tem duas funções básicas: tor-nar o serviço disponível para os associados 24 horas por dia e oferecer produtos a preços especiais. Para tanto, a Segplus disponibilizará em sua central uma linha de telefone 0800,

mErcado

além de cartões e manuais de acesso ao serviço. “Durante sete dias por semana, as locadoras poderão obter informa-ções de como proceder em caso de sinistro e tirar dúvidas”, ressalta Carlos Figueiredo, diretor da corretora. O serviço 0800 deverá entrar em operação até o fim de abril, depen-dendo somente da disponibilidade da Embratel. Quanto ao banco de consultas, o executivo reforça que o acesso será gratuito, respeitando-se o máximo de 20 atendimentos para locadoras associadas e cinco para as empresas apenas sin-dicalizadas. As dúvidas serão solucionadas por profissionais especializados, treinados pela própria SegPlus.

As locadoras poderão contar com um pool de segura-doras que oferecerão produtos específicos para cada perfil de empresa, com valores abaixo das tabelas de mercado. De acordo com Figueiredo, o seguro de um carro do Grupo

A, por exemplo, sai por dez prestações de R$ 114, inferior ao preço negociado por uma locadora individualmente. E o melhor, sem diferenciação entre carro de balcão e carro de contrato. O portfólio de produtos não se restringe aos segu-ros de automóveis e engloba, também, seguro empresarial e de saúde para funcionários.

O projeto levou dois meses para ser implantado e resulta de uma parceria de mais de um ano entre o sindicato e a SegPlus. Para as locadoras associadas, a corretora realizará uma ação comercial de “degustação de serviços”, disponibi-lizando um acionamento de assistência 24 horas em caso de acidente, com cobertura de até 200 km para qualquer placa de propriedade da locadora.

mErcado

Seguro Sob medidaUma das parceiras do Sindloc-SP na Plataforma de Seguros é a Generali, que

concebeu um produto na medida para o perfil das empresas de locação. O se-guro é diferente porque é flexível na contratação da cobertura compreensiva, ou seja, o percentual da tabela de referência pode ser adequado de acordo com as necessidades de cada cliente.

O seguro inclui a possibilidade de contratação apenas das coberturas de terceiros, danos materiais e corporais; flexibilidade nas franquias, inclusive nas coberturas de terceiros; coberturas para danos morais e acidentes pessoais; serviços adicionais de assistência 24 horas e vidros, além de contratação simpli-ficada nos seguros apenas com cobertura de RCF e serviços. De acordo com a Generali, outro diferencial é o preço, que pode ficar ainda mais atrativo de acor-do com o desenho da apólice. “A Segplus pode ajudar as locadoras elaborando uma proposta customizada de acordo com as necessidades e características de cada cliente”, comenta a diretora Cláudia Papa.

revista s indloc 11

Após criarmos o Núcleo de Assistência Jurídica, decidimos investir na Plataforma de Seguros, uma

demanda latente do setor, que encontrava dificuldades em contratar seguros específicos para a empresa”

Paulo Miguel Júnior, diretor do Sindloc-SP.

12 revista s indloc

EVENtos

O Sindloc-SP traz Oscar Schmidt para integração com associados

Um dos maiores ícones do esporte brasileiro foi o convi-dado do Sindloc-SP para o jantar com associados e parceiros realizado no último dia 21, no InterContinental São Paulo. O eterno cestinha do basquete Oscar Schmidt transmitiu aos participantes importantes lições sobre liderança corporativa, motivação, comprometimento e inovação.

O evento fez parte de um ciclo de palestras que a entidade promove regularmente para estreitar o relacionamento entre integrantes do gestor. “É uma oportunidade única para con-gregar os gestores das locadoras, abrindo espaço para novas oportunidades de negócios e para um intenso networking. Além disso, convidaremos sempre um palestrante de reno-me para abordar temas de interesse da nossa atividade, mas

intERnACiOnAlnovas tecnologias na pauta do Car Rental Show 2013

O evento internacional que é referência para o setor de locação de veículos já tem data confi rmada. O Car Rental Show Las Vegas 2013 acontecerá nos dias 15 e 16 de abril, no Rio All-Suite Hotel & Casino, nos Estados Unidos. Centenas de empresários brasileiros devem participar do evento pro-movido pela American Car Rental Association (ACRA), cujos debates estarão centrados no poder das novas ferramentas tecnológicas associadas ao marketing.

Especialistas discutirão como a computação móvel está revolucionando o mercado de locação e as possibilidades de expandir os negócios utilizando sites como Google, Bing e

Yahoo. Também estão previstas palestras sobre gestão, recur-sos humanos e legislação.

A pauta também incluirá estratégias de recrutamento, contratação e motivação de colaboradores nas pequenas em-presas. Paralelamente, os consultores vão discutir os desafi os e as oportunidades do setor, apresentando exemplos de suces-so corporativo e ideias simples que podem gerar receita para as locadoras. Para mais informações e inscrições, basta acessar o site http://www.carrentalshow.com.

principalmente inspirar empresários e executivos com suas histórias de perseverança e superação”, garante o presidente do Sindloc-SP, Alberto de Camargo Vidigal.

Durante quase duas horas, o ex-atleta lembrou fatos rele-vantes de sua trajetória vencedora na seleção brasileira, em clubes nacionais e do exterior. Com pitadas de humor, Oscar fez analogias para dar ênfase a temas como desafi os, estraté-gias, garra, dedicação e amor. Com mais de 600 apresenta-ções já realizadas em empresas e associações privadas, ele se tornou um dos palestrantes mais requisitados pelo mercado corporativo. Na próxima edição, veja cobertura completa desse evento do Sindloc-SP.

Dez entre dez consumidores certa-mente já tiveram problemas com o ser-viço de atendimento ao cliente (SAC) de alguma empresa. Longas esperas, transferências de um lado para o outro, queda da ligação no meio da conversa etc. Isso sem falar no “gerundismo” usa-do por muitos atendentes, o que já vi-rou motivo de piadas.

Mas tudo isso não signifi ca que im-plantar um SAC seja algo ruim. Ao con-trário. É um serviço imprescindível, pois abre espaço para entender o que o pú-blico quer e funciona como estratégia de marketing, demonstrando preocu-pação em estreitar relacionamento com o consumidor. Porém, é importante to-mar muito cuidado para que o serviço traga benefícios e não armadilhas.

Segundo o consultor do Sebrae-SP, Ha-roldo Eiji Matsumoto, antes de mais nada é preciso que toda a empresa, nos diferen-tes níveis hierárquicos, esteja envolvida no assunto e disposta a solucionar os proble-mas que chegarão por esse novo canal de comunicação. “Cada um deve entender qual é a sua responsabilidade no negócio para resolver as questões imediatamente ou encaminhá-las ao responsável, sem jo-gar o cliente de um lado para o outro nem deixá-lo sem resposta.”

ATENDIMENTO 24 HORASO telefone pode ser o primeiro canal

de comunicação a ser adotado. É possí-vel terceirizar o serviço, com provedo-res que oferecem pacotes especiais para micro e pequenas empresas, ou investir em uma central telefônica própria. Há empresas de tecnologia especializadas

em calcular as demandas e desenvolver projetos customizados.

No caso de optar por assumir o ser-viço, é fundamental contar com uma linha telefônica exclusiva para o SAC. Também é preciso tomar cuidado para que o custo das ligações não pese no bolso da empresa nem do cliente. Uma alternativa é dispor de um número co-mum para ligações locais e de um 0800 para chamadas interurbanas e interesta-duais, segundo o consultor do Sebrae.

Em relação à disponibilidade para atendimento, é importante levar em con-ta o tipo de atividade da empresa. “Uma locadora de veículos tem de considerar que sempre haverá um cliente utilizan-do o seu carro em diferentes horários e regiões. Por isso, o ideal é que o SAC fun-cione 24 horas por dia”, diz Matsumoto.

Isso não signifi ca que a locadora deva ter alguém sempre de plantão para o atendimento. O consultor suge-re uma central telefônica que permita a transferência das ligações para rádios ou outros números de telefones fi xos

Pequenas e médias empresas em linha direta com o consumidor

gEstÃo

revista s indloc 13

ou celulares, que possam ser atendidos fora da empresa e do expediente. “Mas isso deve estar bem claro no contrato de trabalho dos profi ssionais de atendi-mento, pois a atividade pode confi gurar hora extra”, alerta.

Além do telefone, podem ser ado-tados posteriormente e-mails, chats, blogs e redes sociais, desde que a em-presa conte com profi ssionais devida-mente treinados para o atendimento. O funcionamento pode ser somente em horário comercial, mas essa informação deve estar bem clara para o cliente.

Mais do que ouvir reclamações e procurar resolvê-las, quem adota um serviço de atendimento ao cliente tem em mãos uma ótima ferramenta de pesquisa, na opinião de Matsumoto. “A equipe deve emitir relatórios regu-larmente, informando o que está sendo demandado do outro lado da linha, de forma que a empresa identifi que não só problemas específi cos, mas também novas necessidades”, conclui.

sEtor

O Sindloc-SP amplia seu olhar para a qualificação e pro-fissionalização do setor de locação de automóveis. No mês de abril, associados participarão de um treinamento sobre leasing e Crédito Direto ao Consumidor (CDC). A palestra acontecerá na sede da Fecomercio.

O treinamento abordará temas como a diferença entre leasing e CDC, os aspectos contábeis, financeiros e tribu-tários na empresa arrendadora. Além disso, o palestrante orientará os empresários na elaboração dos contratos, ob-

O Sindloc-SP promove treinamento sobre leasing e CdC em abril

O Sindloc-SP é uma das privilegiadas entidades a integrar o Conselho de Turismo do Estado de São Paulo. Criada em 1965 e sempre presidida pelo secretário estadual de Turismo, a entidade é responsável por discutir e fomentar o turismo regional de forma integrada junto a órgãos e entidades governamentais, particulares, de classe e indepen-dentes. Integra representantes das mais diversas organizações setoriais, entre secretarias da própria administração pública, associações, sindicatos e organizações não governamentais.

O sindicato é representado por seu vice-presidente Eladio Paniagua e pelo consultor de gestão Luiz Antonio Ca-bral, e defende os interesses da atividade de locação de veículos ao opinar, sugerir, indicar e propor estratégias para ampliar as oportunidades de negócios entre os setores de locação e turismo.

14 revista s indloc

servando os aspectos jurídicos e os reflexos dessas opera-ções financeiras.

“A abordagem será ampla, mas focada na realidade das locadoras no estado de São Paulo. Os participantes terão a oportunidade de conhecer melhor essas modalidades de fi -nanciamento e aprender a operar essas transações, verifi can-do as vantagens que cada uma pode oferecer. Afi nal, ao optar pela melhor operação, a empresa obtém uma economia bem signifi cativa”, destaca Luiz Carlos Lang, do Sindloc-SP.

A programação também destacará as locadoras que usam a depreciação de frota para gerar crédito do PIS e do Cofins. O assunto tem despertado dúvidas e levado muitas empresas ao erro. Ao término do evento, será disponibiliza-do um simulador de operações para os associados. A ferra-menta analisará caso a caso e apresentará comparativos dos custos finais, mostrando qual a melhor alternativa – leasing ou CDC – para o empresário.

Com o treinamento, o Sindloc-SP cumpre seu papel de oferecer todo suporte e orientação necessários para que o empresário escolha a melhor operação financeira para o seu negócio, aprimorando a sua gestão financeira e contribuin-do para o desenvolvimento da atividade de locação.

Atuação marcante no Conselho Estadual de turismo

16 revista s indloc

O carro 1.0, que compõe boa parte das frotas das locado-ras, por exemplo, passou a recolher uma alíquota de 2% entre os meses de janeiro e março e de 3,5% de abril a julho. “Quem precisa renovar a frota passa por um momento difícil”, decla-ra Gaba. “Os carros novos estão mais caros, e os usados não têm a mesma valorização, provocando um hiato no caixa.” Todavia, o dirigente observa que a volta de boas perspectivas de financiamento tende a anular o efeito negativo do paga-mento integral da alíquota do IPI, equilibrando as contas.

“Mas, como em todos os cenários, as incertezas geram an-siedade”, diz o presidente da ABLA. Ansiedade que se torna ainda mais forte em mercados altamente competitivos como

O mercado de locação tende a crescer em nichos

o de São Paulo, que reúne o maior volume de empresas de locação do país e é, também, o mais dinâmico, pelo próprio perfil da cidade. Para se ter uma ideia, um único contrato de locação negociado na capital paulista pode ser maior do que o total de carros alugados em um estado com frota pequena. “As pessoas costumam dizer que a capital paulista é outro mundo. Eu não discordo”, comenta. “Embora as oportunida-des se multipliquem, a concorrência é acirrada, exigindo não só uma gestão extremamente profissional como também, fle-xibilidade para enfrentar dificuldades, entre elas a restrição de circulação e a inspeção veicular”, complementa.

Outro fator relevante é o IPVA mais caro em São Paulo em comparação com as demais regiões do país, mesmo com a redução da alíquota de 4% para 2%. Os seguros também são mais altos porque a incidência de roubos é elevada. Esse cenário leva Gaba a acreditar que o grande desafio do setor é solucionar o gargalo do custo operacional, principalmente em São Paulo. “Quem espera investir e crescer no mercado de locação tem de somar um alto grau de profissionalismo, porque cada vez mais esse não é um negócio para amadores”, afirma.

Na visão do presidente da ABLA, as grandes oportunida-des de expansão da atividade de locação estão nos nichos, com o investimento em frotas sob medida para públicos es-pecíficos, como portadores de necessidades especiais, clien-tes em busca de veículos blindados, entre outros. “Não dá mais para oferecer mais do mesmo. O caminho está em aliar serviço, flexibilidade, preço competitivo e atendimento seg-mentado”, finaliza.

lÍdEr sEtorial

Para Paulo gaba, presidente do conselho da ABLA, “quem espera investir e crescer no setor tem de somar um alto grau de profissionalismo, porque cada vez mais esse não é um negócio para amadores”

Prestes a encerrar o primeiro trimestre de

2013, o presidente do conselho da Asso-

ciação Brasileira das Locadoras de Auto-

móveis (ABLA), Paulo gaba, não esconde

que este, sem dúvida, é um exercício dife-

rente. E a razão é bastante simples. O se-

tor enfrenta a volta paulatina da cobran-

ça do IPI sobre a venda de veículos, com

a retomada da alíquota cheia a partir de

julho.

revista s indloc 17

tEcNologia

tudo na tela do computadorO Brasil já ocupa a quarta posição no mercado de Tecno-

logia da Informação e Comunicação (TIC), movimentando US$ 233 bilhões no fim de 2012, de acordo com levantamen-to da IDC Brasil. Os valores correspondem a 51% dos gastos de TIC na América Latina. Se levarmos em conta apenas os valores de TI, os números continuam bastante expressivos, com cifras superiores a US$ 100 bilhões. O setor de locação não tem poupado investimentos na área, com gastos médios anuais de US$ 15 bilhões por ano.

Para as locadoras, a TI assegura agilidade no atendimento e controle de gestão da empresa, além de acelerar as tomadas de decisões e reduzir esforços, sobretudo no universo da ter-ceirização de frotas. Alguns empreendimentos no Brasil vão além do software de controle financeiro e gestão, apostando em recursos mais sofisticados, como o coletor de dados.

Esse equipamento é uma espécie de computador móvel, com câmera digital integrada e rádio comunicador. Quan-do o veículo chega à empresa, o recurso proporciona uma devolução expressa, ao permitir a análise das condições do veículo – inclusive avarias ou anormalidades – e identifican-do as condições contratuais diretamente nos servidores da locadora.

Mas, segundo consultores de informática e empresários do setor, para que essa tecnologia chegue principalmente às pequenas e médias locadoras, é importante que o governo

incentive e regulamente juridicamente o desenvolvimento de novos softwares e aplicativos, já que os valores de tais recur-sos digitais são bem mais acessíveis em outros países.

Com a febre dos smartphones e da comunicação mobi-le, outra tendência que deve ganhar corpo são os aplicativos para telefones celulares, que permitirão às locadoras levar a loja até o cliente. Com isso, a gama de produtos de TI ficará completa, atendendo os empresários e os próprios clientes com rapidez, comodidade e segurança.

O Sindloc-SP entende que a tecnologia é imprescindível para a atividade de locação de veículos. Por isso, oferece aos associados condições comerciais diferenciadas por meio de parcerias com reconhecidas empresas de TI.

18 revista s indloc

moNtadoras

Sindloc-SP: Os primeiros três meses do ano registraram o desempenho esperado para o setor?Flavio Meneghetti: Este início de ano foi bastante atípico em comparação aos anteriores por uma série de fato-res. Todos os setores registraram que-da de emplacamentos em fevereiro, em decorrência da menor quantidade de dias úteis e do feriado de Carnaval. Foram apenas 17 dias úteis em feve-reiro, contra 22 dias e janeiro, e isso influenciou no resultado final. Para os

A Fenabrave estima crescimento de 3,31% para 2013

segmentos de automóveis e comer-ciais leves, o mês apresentou queda de 25,05% nos emplacamentos em rela-ção a janeiro. Foram 222.496 unidades em fevereiro contra 296.842 no mês anterior. Também houve retração de 5,65% na comparação entre fevereiro de 2013 e o mesmo período de 2012. Já no acumulado do ano, houve cresci-mento de 6,32% para esses segmentos. Foram emplacados, nos primeiros dois meses do ano, 519.338 automóveis e comerciais leves e, no mesmo período

de 2012, o volume chegou a 488.459 unidades.

Sindloc-SP: A volta do IPI já refl ete nos negócios do setor?Meneghetti: Claro, embora a alíquota cheia só comece a vigorar no meio do ano, os refl exos já começaram a apa-recer. Em janeiro, os concessionários ainda tinham estoque de carros sem a incidência do IPI, o que propiciou um mês surpreendentemente bom em termos de vendas. Em fevereiro, com a

Embora o setor automotivo global tenha registrado baixa de 2,03% no acumulado de 2012, em comparação com o mesmo período de 2011, as expectativas são bastante promissoras para este ano. A perspectiva é que o setor cresça algo em torno de 3,31%, acompanhando a evolução do PIB. Em entrevista à revista Sindloc-SP, o presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Flavio Meneghetti, revela quais são os grandes desafios do setor e analisa o impacto da parceria com o segmento de locação para a boa performance do mercado de distribuição de automóveis. Confira:

revista s indloc 19

ENtrEVista

queda dos estoques e até a ausência de carros sem isenção, essa situação não se manteve. Com a volta do IPI, ainda que gradativa, houve reajuste de preço, o que gerou impacto psicológico sobre o con-sumidor. Também tivemos problemas na área de usados, cujas avaliações ainda es-tão instáveis, o que faz com que os clien-tes não estejam oferecendo o seu usado na troca por um carro zero-quilômetro.

Sindloc-SP: Como está o nível de inadimplência? Os percentuais têm peso na performance do setor?Meneghetti: A inadimplência, que chegou a 5,6% em fevereiro, contra 5,9% em janeiro, apesar de apresentar viés de queda, ainda refreia a conces-são de crédito no mercado. A oferta de crédito existe, porém a concessão está bem mais seletiva. O cenário causa in-certezas.

Sindloc-SP: Os níveis de estoque es-tão dentro do limite desejado?Meneghetti: Não. Estamos trabalhan-do com um estoque de 40 dias, o dobro

do ideal. Fora algumas exceções, que dependam de importação, os estoques estão bem acima do desejado.

Sindloc-SP: Quais são os grandes de-safios do setor?Meneghetti: O maior de todos é conseguir conciliar margens cada vez mais comprimidas com o aumento de custos, já que aluguel, mão de obra e combustíveis subiram mais do que a inflação. A gestão eficiente é ainda um gargalo para o segmento.

Sindloc-SP: Uma forma de aprimorar a gestão não passaria por um maior investimento em treinamento da mão de obra?Meneghetti: Com certeza. Há cinco anos, a Fenabrave vem trabalhando forte nesse sentido, com a criação da Universidade Fenabrave, que no ano passado treinou 35 mil alunos. O nú-mero ainda é baixo perto dos 390 mil empregos gerados pelo segmento, mas já é bastante significativo para garantir mais eficiência à atividade.

Sindloc-SP: É possível intensificar ainda mais a parceria entre os seto-res de distribuição e locação de veí-culos?Meneghetti: As locadoras são par-ceiras importantes. Toda vez que a economia cresce, os resultados dessa parceria acompanham a tendência. Temos trabalhado firme com as en-tidades do setor para riscar do mapa as chamadas “locadoras fantasmas”, empresas criadas com o objetivo de comprar veículos e revendê-los, cau-sando grande prejuízo para a cadeia. Nosso objetivo é coibir cada vez mais esses abusos que promovem a con-corrência predatória.

Sindloc-SP: Quais são as expectativas da Fenabrave para 2013?Meneghetti: Para o setor em geral, as previsões de crescimento são de 3,31% para este ano, índice que acompanha a evolução estimada do PIB, que deverá chegar a 3%. Para automóveis e comer-ciais leves, contudo, a expectativa de alta gira em torno de 2,6%.

muNdo

20 revista s indloc

Lançados no século passado, os carros elétricos e híbridos ainda não estão ao alcance da massa, sobretudo das locadoras de au-tomóveis de todo o mundo. Mas muitos países estão de olho nesse nicho, que deve ganhar força nos próximos anos com incentivos fiscais. A China, por exemplo, quer ampliar para 500 mil o número de carros elétricos em circulação até 2015. E nesse período, o país também pretende ampliar a oferta de plug-in para os modelos híbridos.

No Brasil, a realidade é semelhante. Apesar do interesse de motoristas e locadoras em adquirir esses modelos, o alto preço de venda e a rede deficitária de estações de recargas dificultam a popularização do veículo elétrico. Contudo, já estão em circulação alguns poucos carros. Por isso, as vendas de carros elétricos aqui e ao redor do mundo têm ficado aquém das expectativas iniciais, apesar de generosos subsídios por parte dos governos de outros países, como Estados Unidos e França.

O chinês Ray Zhang, presidente e executivo-chefe de uma locadora, está confiante que a adoção de veículos elétricos no país será um sucesso. Ele planeja investir na compra de carros novos para que os seus clientes comecem a se familiarizar com a nova tecnolo-gia. “Ela tem que começar de algum lugar. Alguém deve fazer isso primeiro e esse pode ser o meu diferencial competitivo”, ressalta.

Inicialmente, o empreendedor focará os clientes corporativos firmando contratos de longo prazo para garantir a recuperação do investimento. Alguns clientes já existentes têm manifestado interesse em alugar veículos elétricos para uso de funcionários para viagens. “Além de oferecer um carro diferenciado para os seus colaboradores, a empresa demonstra total preocupação com o meio ambiente, agregando valor à sua marca”, diz Zhang.

Enquanto isso, Portugal já se consolida como o mercado líder na área dos carros elétricos, graças aos incentivos às energias renová-veis, à vontade política e à abertura da população às novas tecnologias. Tomando como exemplo essa realidade, o governo brasileiro retomou os estudos para a elaboração de um marco regulatório para deslanchar o mercado de carros elétricos no país.

Desde o início de 2013, está em análise o incentivo à importação. Isso serviria para criar demanda local e desenvolver a infraes-trutura necessária de abastecimento. Mas a popularização só ocorrerá de fato quando os veículos e suas peças forem produzidos no país. Afinal, o principal desafio é o desenvolvimento de baterias mais baratas e com maior autonomia de quilometragem.

Com isso, os veículos elétricos estarão mais acessíveis em médio prazo, contribuindo com programas ambientais como a inspeção veicular em São Paulo, assunto que está em pauta desde as eleições municipais do ano passado.

Mercado chinês quer ampliar a oferta de carros elétricos e híbridos

revista s indloc 21

Atualmente, o Sindloc-SP representa cerca de 900 locado-ras de veículos no estado. A entidade tem como principal papel criar facilitadores e contribuir com a eliminação de entraves que prejudicam o desenvolvimento da atividade das locadoras de veículos. Durante mais de duas décadas, o Sindloc-SP consolidou seu compromisso com a ética e o res-peito, ampliando conceitos de qualidade e profissionalismo entre as empresas, os parceiros, o mercado e a sociedade.

A entidade oferece todo o assessoramento de gestão e inúmeros benefícios a seus associados, como assesso-ria jurídica sobre todas as questões que envolvem a ativi-dade. Além disso, mantém parceria com fornecedores de produtos e serviços necessários ao negócio de locação em condições diferenciadas e realiza treinamentos e palestras regulares.

Não é à toa que, em toda a sua história, o Sindloc SP já ca-dastrou mais de mil empresas do setor, que juntas disponibi-lizam uma frota de mais de 150 mil automóveis para locação no estado de São Paulo.

Ao mesmo tempo, o Sindloc-SP interage com as autori-

Contate-nos pelo telefone (11) 3123-3131 ou pelo e-mail [email protected]

SindlOC-SPCanal de relacionamento entre os empresários do setor

dades constituídas e quando necessário promove ações que visam a preservar o interesse da atividade de locação de au-tomóveis. Como resultado de todo esse esforço, a entidade representativa amplia a cada dia o número de locadoras de veículos associadas. São empresas que enxergam o valor das ações do Sindloc-SP e se utilizam dos benefícios disponibiliza-dos, acreditando que a união é fundamental no processo de desenvolvimento do setor.

Ao liderar esse importante segmento da economia bra-sileira, o Sindloc-SP tem como objetivo fazer com que essas empresas se profissionalizem cada vez mais e prestem um ser-viço de qualidade, além de difundir a cultura da locação de automóveis e ampliar o mercado.

O incentivo ao contato entre os parceiros de negócios, a atuação diante dos poderes públicos em prol de questões que envolvem o setor e, ao mesmo tempo, a disposição de capacitação e conhecimentos técnicos e de legislação a ser-viço das empresas locadoras do estado demonstram o em-penho da atual Diretoria Executiva para alcançar as metas do Sindloc-SP.

siNdloc-sP

22 revista s indloc

Em uma leitura atenta dos meios de comunicação, seja jornal, rádio ou programa de TV, percebemos a profusão de notícias sobre novatos do mercado como Facebook, Orkut, YouTube ou Twitter.

O mundo empresarial tradicional –, aquele formado de aço e tijolos – perplexo diante de mudanças que mal podem acompanhar, se pergunta para onde vamos. As conversas de corredores mais parecem a anunciação do apocalipse. Se pa-rarmos para analisar esse quadro, veremos que o ser humano não mudou muito nos últimos, digamos, mil anos. Continua-mos com nossas angústias diante da morte, precisando co-mer e viver em pares. O que mudaram foram as ferramentas, o chamado “contexto”.

Não existia o Orkut na década de 80, mas as pessoas en-toavam o bordão “Quem matou Odete Roitman?” – é fácil hoje imaginar uma comunidade no Orkut com esse nome. Pessoas sempre cultuaram marcas e as tomaram como pano de fundo de sua identidade. Falavam bem de produtos ou ex-primiam seu estilo de vida por meio de adesivos de carro ou bordões populares. Com a crescente massificação da internet e da banda larga, veio a denominada web 2.0. Agora, somos nós, reles mortais consumidores, que produzimos o conteú-do que invade o mercado sobre o que sempre quisemos dizer, mas que nunca nos deram chance nem espaço de falá-lo.

Em qualquer modelo econômico, quem detém os meios de produção tem o braço forte na economia. Se antes só veí-culos como TV e jornal detinham os meios para produzir e

veicular a informação, hoje qualquer consumidor pode pro-duzir o próprio programa de TV com uma câmera de celular e veiculá-lo no YouTube.

Percebemos, portanto, que o “novo mundo” não traz re-gras tão diferentes das do “velho mundo”. Nossos costumes mudaram. O paradoxo em que estamos inseridos, contudo, reside no fato de que, ainda que o ser humano não tenha mudado em sua essência, ele segue guiando nossa economia pelos caprichos de sua própria espécie, as transformações baseadas nas novas tecnologias são mais profundas do que saber mexer no Facebook ou “subir” um vídeo no YouTube. A mudança é sóciocultural.

A chave para transformar redes sociais em instrumentos de negócio é entender a essência do ser humano. A lógica do “produzir e comunicar para vender” dá lugar ao “comunicar para engajar, ouvir para produzir e adaptar para vender”. Algo bem complexo para ter mudado apenas nos últimos 10 ou 15 anos e exigir a rápida adaptação das empresas.

O sucesso nas redes sociais não tem tanto a ver com perfis na internet, tem muito mais relação com fazer de forma ver-dadeira e interessada aquilo que o consumidor desde sempre desejou como ser humano: ser ouvido.

Conrado Adolpho

é palestrante, escritor, professor universitário e especialista na

área de marketing e gestão empresarial

O poder das redes sociais para a geração de negócios

artigo

Job: Fiat-varejo-agosto -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: C25606-002-Fiat-ClienteSatisfeito-Sindiloc-21x30_pag001.pdfRegistro: 89204 -- Data: 17:18:49 24/08/2012

Job: Fiat-varejo-agosto -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: C25606-002-Fiat-ClienteSatisfeito-Sindiloc-21x30_pag001.pdfRegistro: 89204 -- Data: 17:18:49 24/08/2012

Job: Fiat-varejo-agosto -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: C25606-002-Fiat-ClienteSatisfeito-Sindiloc-21x30_pag001.pdfRegistro: 89204 -- Data: 17:18:49 24/08/2012