jornal locomotiva 56

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Puxando o assunto, trazendo o debate, levando informação Locomotiva 3 de março - sábado - nº56 - Distribuição Gratuita Obras sem conclusão viram rotina em Franco da Rocha Canteiros parados, reformas sobre reformas e execuções constantes tem causado transtornos à população | Págs 4 e 5 Associação trata dependentes químicos e moradores de rua | Pág 6 SPU revoga cessão de área da União ao município | Pág 3 Motoristas surpreendidos com desvio no trânsito | Pág 7

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03 de Março de 2012

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Page 1: Jornal Locomotiva 56

Puxando o assunto, trazendo o debate, levando informação

Locomotiva3 de março - sábado - nº56 - Distribuição Gratuita

Obras sem conclusão viram rotina em Franco da RochaCanteiros parados, reformas sobre reformas e execuções constantes tem causado transtornos à população | Págs 4 e 5

Associação trata dependentesquímicos e moradores de rua | Pág 6

SPU revoga cessão de área da União ao município | Pág 3

Motoristas surpreendidos com desvio no trânsito | Pág 7

Page 2: Jornal Locomotiva 56

Diz o ditado que “quem paga mal, paga duas vezes”, mas a Prefeitu-ra de Franco da Rocha parece não

acreditar nisso. Várias de suas obras foram refeitas e, não raro, mais de uma vez. Cida-de pobre não pode se dar ao luxo de gastar mal, pois o cobertor é curto. Ao efetuar despesas, que parecem sem planejamento correto – leia-se com projetos mal feitos, mal executados ou mal fiscalizados –, a Prefeitura gasta inutilmente preciosos recursos que poderiam ser direcionados a inúmeras áreas carentes de intervenção.Os casos da avenida Hamilton Prado, da avenida Israel e da Praça da Paradinha são os mais novelescos. Nesta semana, quase em frente às Casas Bahia, mais um capítulo foi exibido a quem quisesse

assistir. Descobrimos que se trata de uma nascente a água que corre ali. Ora, com o perdão do trocadilho, essa tal nascente nasceu agora? Quando foi feita a última obra certamente já havia ali o olho d’água. E se é assim, porque não resolveram o problema naquela ocasião? Falta de pla-nejamento. Na avenida Israel, são tantos remendos que o custo desses certamente seria suficiente para reformar a Praça da Paradinha.Os tucanos em geral propagam aos quatro ventos sua suposta habilidade de gastar bem. Se isso é verdade, está na hora de começarem a promover formação interna, porque aqui em Franco da Rocha isso não representa a realidade. Ou a administração municipal não é mais tucana?

Passando a bolaMarcio Cecchettini publicou no Facebook, em tom de desabafo, que o governo federal revogou concessão de área para construção da nova estação. Como sempre, se escondendo atrás dos problemas colocando a culpa nos outros.

Problema jurídicoNa tentativa de politizar a questão, o prefeito demonstra falta de informação, até para um desabafo, conforme você pode verificar na reportagem da página 3.

Memória 1Novamente a prefeitura alega que a obra da estação está parada por conta desse impasse. Mas a CPTM já informou que a obra parou por questões internas da companhia e só fica pronta para a Copa de 2014.

Memória 2Do outro lado da Cavalheiro Ângelo Sestini, alguns imóveis já foram desocupados e nada foi feito até agora. A rua abandonada já começa a dar um visual esquisito para uma das principais do centro da cidade.

Memória 3A desocupação do outro lado da Cavalheiro

EDITORIAL

Locomotiva é uma publicação semanal da

Editora Havana Ltda. ME.

Circula em Franco da Rocha, Caieiras, Francis-

co Morato e Mairiporã.

E-mail: [email protected]

Impressão: LWC Gráfica e Editora

Tiragem: 50 mil exemplares

Editor: Ricardo Barreto Ferreira Filho

Reportagem: Valéria Fonseca

Projeto gráfico: Feberti

Diagramação: Vinícius Poço de Toledo

Todos os artigos assinados são de responsa-

bilidade de seus autores e não representam,

necessariamente, a opinião do jornal.

Expediente

Ângelo Sestini também foi levada a cabo sem muito cuidado jurídico, e alguns dos comerciantes conseguiram manter sua posse na Justiça.

E o planejamento?Por fim, como é possível iniciar uma obra de tão grande vulto sem nenhum planejamento, sem saber ao menos quem é o dono da área? Vale lembrar que em Francisco Morato e Caieiras as obras também estão paralisadas.

Câmara multimeiosNa sessão de quinta passada, a Câmara Municipal inovou ao mudar o formato. Com novas instalações após reforma, cada vereador dispõe de um microfone, o que agiliza o debate. E apresentou vídeo de um produtor local, mostrando as mazelas da Sabesp em Franco, que faz buracos e não os fecha devidamente, além de deixar vazamentos por toda a cidade. Toninho Lopes, o presidente, garantiu que o vídeo não foi pago com recursos públicos.

Prefeitura deve fiscalizarNão nos parece tão difícil disciplinar a concessionária Sabesp. Basta a Câmara aprovar legislação que a obrigue a requerer à Prefeitura autorização para quebrar e remendar o asfalto. Então poderia fiscalizar.

NOS TRILHOS

Moradores da rua 12 de Outubro, no centro da cidade, estão comentando a solução da Prefeitura para resolver um buraco, aparentemente fundo, que apareceu no local: fincar uma estaca com um saco plás-tico, lembrando uma bandei-ra hasteada. Além de causar

transtorno aos motoristas que trafegam na rua, que é de mão dupla, e a todos que acessam suas garagens desviando da sinalização improvisada, a “so-lução” virou chacota entre os moradores, que aguardam an-siosamente para ver até quando a “estratégia” vai permanecer.

Sinalização de buraco de rua vira chacota

2 3 de março - sábado - nº56 - Distribuição Gratuita Locomotiva

Page 3: Jornal Locomotiva 56

Jurídico pede parecer e cessão de áreada União para Franco da Rocha é adiada

Portaria da Superin-tendência do Patrimônio da União em São Paulo (SPU--SP) revogou, no último dia 28, a cessão provisória para a prefeitura das áreas ocupa-das por comerciantes na rua Cavalheiro Ângelo Sestini.

A SPU havia publicado, no 31 de outubro de 2011, portaria autorizando a ces-são da área, mas três meses depois publicou outra Por-taria, nº 24, revogando a decisão anterior.

Segundo a superinten-dente daSPU, Ana Lúcia dos Anjos, o órgão aten-deu parecer da Consultoria Jurídica da União em São Paulo (CJU-SP), órgão da Advocacia Geral da União, que solicitou uma revisão nas plantas do terreno, que será utilizado pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) para a nova estação ferroviária, para não restar dúvidas so-bre a titularidade da área, ou seja, qual é a porcentagem do imóvel que pertence à União.

Ao contrário do que pre-feitura divulgou, insinuando que o governo federal teria cancelado a cessão para atra-sar o projeto de urbanização, a revogação não é definitiva.

“Sabemos que grande parte da área pertence à União, só precisamos ter certeza se a titularidade é completa ou 90%, por exem-plo. A CJU-SP quer que a gente identifique que parte é da União e que parte pode não ser, de forma mais pre-cisa”, afirmou Ana Lucia.

A super intendente

alega ter procurado a ad-ministração municipal para comunicar sobre os motivos da revogação, mas nem o prefeito nem o vice estavam na prefeitura no dia 26, vés-pera de carnaval. Apenas um procurador a recebeu. “Ofe-reci-me para esclarecer tudo para a prefeitura, mas até o momento a administração não me procurou”, contou Ana Lucia.

O procedimento executa-do pela SPU para a primeira cessão não foi o normal; a

portaria foi expedida antes do parecer jurídico, quan-do deveria ser o contrário. Nossa reportagem apurou que a expedição da primeira portaria deveu-se a pressão política de deputados da bancada paulista com in-fluência no governo federal para destravar as obras em benefício da população. Como a prefeitura não de-socupou a área no período, a SPU não teve como man-ter a cessão em oposição ao parecer jurídico.

“Somos a favor da cessão da área e sabemos da impor-tância da obra para a cidade, mas o procedimento jurídico é longo e temos de cumprir orientações da CJU-SP para que não haja questionamen-tos no futuro”, completou Ana Lucia.

A expectativa da SPU é que o processo seja concluído em poucas semanas e não deve influenciar no andamento das obras, cuja conclusão está pre-vista para 2014, segundo o governo do Estado.

Entenda o casoO terreno em questão

tem 3.529 metros quadra-dos e havia sido transferido à União por força da Lei Federal 11.483, que em 2007 extinguiu a Rede Ferroviária Federal S. A. (RFFSA) e transferiu seus bens imóveis para a União. Na área, ao lado da nova estação ferroviária, a pre-feitura pretende implantar projeto viário e urbaniza-ção com acessibilidade para a estação.

Superintendência do Patrimônio da União vai verificar titularidade da área é federal antes de concluir processo

33 de março - sábado - nº56 - Distribuição GratuitaLocomotiva

Page 4: Jornal Locomotiva 56

Rua Hamilton Prado é a mais nova vítima das ‘obras sem fim’ na cidade

Uma rotina está se es-tabelecendo em Franco da Rocha. Obras sem fim, obras que começam e não conti-nuam, obras sobre obras já feitas. Foi assim com a ave-nida Israel e com a Praça da Paradinha, e também foi assim na última terça-feira, dia 28, quando comerciantes e a população que transita pela rua Hamilton Prado foram surpreendidos com uma operação da Secretaria

Municipal de Obras, que im-pediu parte do tráfego na via e mostrou como o dinheiro público é mal aplicado no município.

Novamente, uma refor-ma era realizada para sanar problemas no asfalto da rua, que só neste mês recebeu remendos duas vezes. Se-gundo o responsável pela obra no local, que não quis se identificar para a repor-tagem, o trabalho que abriu

canaletas em um grande trecho da rua tinha como ob-jetivo construir um sistema de drenagem que impedisse que a água das chuvas e de possíveis vazamentos nas lo-jas tornasse a ruir o asfalto.

O trabalho contou com sete homens, pelo menos três caminhões e diversas apare-lhagens. Com essa estrutura, a equipe ficou perfurando o local ao longo do dia, em horário comercial.

A assistente administrativa Monique Santos, 23 anos, almoçava em um restauran-te bem em frente ao local da obra. Na opinião dela, o barulho e o transtorno inco-modaram bastante. “Almoço por aqui todos os dias e hoje me arrependi de vir. Está simplesmente insuportável. Será que esse é o melhor ho-rário para o serviço?”.

O Locomotiva procurou a Prefeitura, por meio de sua

assessoria de imprensa, que não havia se posicionado até até o fechamento desta edição.

Reincidência- Não é a pri-meira vez que a Prefeitura de Franco da Rocha faz e refaz obras em um único local. Tanto o Locomotiva como demais veículos da imprensa já noticiaram diversas obras em que a Prefeitura prome-tia resolver o problema em definitivo, mas nada de con-clusão efetiva foi entregue.

Rotina da administração municipal de fazer e refazer reformas causa transtorno constante nos cidadãos

Em menos de um mês, local recebeu equipes para recuperação de asfalto duas vezes

4 3 de março - sábado - nº56 - Distribuição Gratuita Locomotiva

Page 5: Jornal Locomotiva 56

chegou a dar obra como con-cluída, mas sem inauguração.

Mas, como a avenida foi construída ao lado do Ribeirão Eusébio, veio a tem-pestade em janeiro de 2011 e com ela a enchente. Ao

A avenida Israel foi aberta ao trânsito, mas parece inacaba-da. O que era para ser solução virou problema e a promessa de transformar a via reformada em rota para desafogar o trân-sito do Centro e se tornar nova opção de acesso a bairros como o Lago Azul acabou em cons-tantes reformas e consertos.

Na cronologia do caso, uma novela sem fim. Em 2007, o blog da Adiplan Engenharia afirmava que estavam iniciadas as obras na avenida Israel, que dá acesso ao bairro Baltazar Fidelis (Paradinha) e ao Via-duto da Vila Bela. A promessa era dar novo ritmo ao fluxo de veículos da cidade. Em pouco tempo, homens e máquinas eram vistos trabalhando inin-terruptamente para a conclusão da obra na região, que sofria constantemente com a poeira e a lama.

Em 2008, a mídia local afir-mou que a obra estava em fase de entrega. Na ocasião, foram festejadas as guias e sarjetas e a expectativa de que o local receberia asfalto. A Prefeitura

Interminável, obra da avenida Israel deixa a desejar

Reforma parada na Praça da Paradinha Reportagem exibida no

SPTV em novembro do ano passado mostrava que a Praça Domingos Antonio Lopes, na Vila Bela/Baltazar Fidelis (Praça da Paradinha) preci-sava de uma boa reforma. Aos jornalistas, o secretário de Obras, José de Lima César Filho, prometeu deixar a praça nova ainda em 2011. Destruí-da para reforma, assim ficou, com mato crescendo.

Em novembro, o secretá-rio José de Lima César Filho havia afirmado ao SPTV que o dinheiro para reformar a praça viria de um convênio firmado entre a Prefeitura e o Ministério do Turismo. O convênio, porém, foi can-celado sem explicações. A Prefeitura teria deixado de cumprir requisitos e a Caixa Econômica Federal comuni-cou o cancelamento. Segundo

o secretário, a Prefeitura iria assumir integralmente as obras. “Eu acredito que den-tro de, no máximo, um mês nós estaremos reassumindo as obras. Acredito que até o final de 2011, começo de 2012, a gente consegue”, declarou ao telejornal na época.

Em janeiro passado, a equipe do SPTV tentou novo contato com o prefeito Marcio Cec-chettini e o secretário sobre a reforma da praça e sobre a linha de ônibus, que é mais um problema do local, mas não obteve resposta. Enquanto isso, a Prefeitura responsabi-lizou o governo federal pela obra que deixou de execu-tar. E a praça, antes visitada por crianças e que recebia as principais festas do bair-ro, continua com canteiro de obras abandonado e oferecen-do risco aos frequentadores.

visitar a cidade por ocasião dessa calamidade, o senador Eduardo Suplicy destinou emenda de R$ 1,2 milhão para a Defesa Civil. A pre-feitura usou a verba para fazer o muro de gabião às margens

do Ribeirão Eusébio, que não estava previsto inicialmente, assim como o muro de con-tenção de casas que poderiam cair. Se não fosse a enchente, não haveria muro.

Em 2011, o custo de

Praça interditada

Coreto abandonado: telhas que-

bradas, iluminação não funcio-

na, infiltração toma conta

Árvores morrendo com o corte

das raízes

Moradores reclamam de fun-

cionários insuficientes na obra

Pontos de ônibus na praça não

resistiram à tentativa de reforma

Quadro de energia exposto ofe-

rece risco a frequentadores

Situação hoje

O muro de arrimo nas casas está

incompleto

A avenida – cheia de buracos por

conta da má qualidade do asfalto –

recebeu, há menos de um mês,

nova reforma de um trecho que

afundou

Um muro gabião foi entregue, mas

o alambrado de proteção do Ribei-

rão Eusébio foi erguido a uma dis-

tância que não oferece segurança,

e não atende toda a extensão da

avenida

Um matagal deixado torna a vida

dos moradores do entorno da ave-

nida extremamente complicada

Situação hoje

recuperação da avenida che-gou a R$ 1,3 milhão, mas o trabalho estava parado, con-forme exibido no SPTV, que noticiou toda a novela da ave-nida Israel, e chegou a mostrar o trabalho abandonado.

53 de março - sábado - nº56 - Distribuição GratuitaLocomotiva

Page 6: Jornal Locomotiva 56

O poder público em Franco da Rocha dificil-mente apresenta soluções imediatas para dependentes químicos ou moradores de rua. Sofrem as pessoas, as famílias e a sociedade.

A Associação Assistencial Valorizando a Vida – que trata desses casos com ex-celência – surgiu em 2008 atuando em duas frentes. O primeiro núcleo, Comuni-dade Terapêutica Caminho de Luz, recebe, atende, trata e encaminha dependentes químicos. O segundo, Casa de Passagem Caminho de Luz, recebe, alimenta e dá abrigo aos moradores de rua e demais necessitados. O trabalho ganhou a aten-ção de várias universidades da região.

Segundo Ronaldo César de Oliveira, responsável pela Valorizando a Vida, a assis-tência social nos momentos de necessidade pode contri-buir para recuperação.

“Depois de atender pes-soas com dependência química, percebi que a de-manda era grande. Após um

Associação abre caminho de volta para dependentes químicos e moradores de rua

AQUI TEM

grande incentivo, tive forças para por o projeto da asso-ciação em prática”, afirma. O incentivo veio da psicóloga Elaina Aparecida Santos Sil-va, responsável técnica da Valorizando a Vida.

Ronaldo conta que uma experiência pessoal com um morador de rua motivou a ampliação do trabalho de assistência àqueles que estão à margem da sociedade.

“Quando tive a opor-tunidade de ajudar o sr. Osvaldo, que por dois dias eu vi dormindo em frente de um supermercado, per-cebi que poderia fazer mais por pessoas que já nem são notadas pela sociedade. Eu me mantive firme na ideia de que essas pessoas precisam contar com algum lugar e esse lugar precisava ser cria-do”, comenta.

A entidade funciona com estrutura impecável. Os dois núcleos têm todo o leque de profissionais capacita-dos para dar atendimento de ponta e ainda possuem contatos com outras institui-ções, para casos mais graves

Associação Assistencial Valorizando a Vida

Núcleo Casa de Passagem Caminho de Luz:Rua Marechal Gaspar Dutra, 109 – CentroTel.: (11) 4444-0841

Núcleo Comunidade Terapêutica Caminho de Luz:Estrada da Cascata, s/nº – CampinhaTel.: (11) 3421-6446

ou específicos.“O foco, em ambos, é no

regaste do indivíduo. Num dos núcleos, a intenção é oferecer um local onde os mais vulne-ráveis possam ter direito a uma cama quente, banho quente e alimentação de qualidade até que tenham condições de retomar suas vidas e voltar a viver com dignidade. No outro, a proposta é oferecer estrutu-ra técnica para que a pessoa possa, em um programa de três etapas, ser reinserida na sociedade”, explica.

José Serra pode quebrar promessa se eleito prefeito

Com a proximidade das eleições municipais, as alianças partidárias vão se definindo. Em São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab ha-via ensaiado um flerte com o ex-ministro da Educação Fernando Haddad e volta a aparecer ao lado de José Serra, que finalmente expôs o seu desejo de concorrer à Prefeitura. Diz que vai par-ticipar das prévias, coisa mal resolvida dentro do PSDB, que habitualmente “indica” seu candidato sem discussões.

O mesmo Kassab, que criou um novo partido, o PSD, e no plano federal faz parte da base de apoio do

governo Dilma, afirma que vai se aliar a Serra por conta de antigos acordos. Quando Serra era governador, Kassab tinha muitos planos que não se concretizaram pela der-rota do primeiro na eleição para presidente.

Serra, entretanto, terá problemas. Articula-se no congresso uma CPI para in-vestigar o conteúdo do livro “A Privataria Tucana”, do premiado jornalista Amaury Ribeiro Junior, que trata de supostas irregularidades no processo das privatizações no governo Fernando Henri-que, das quais Serra seria peça chave. Se essa CPI acontecer

antes das eleições, a complica-ção da campanha do tucano é liquida e certa.

Por outro lado, segundo o articulista Josias de Souza, da Folha de São Paulo, Ser-ra deve deixar o PSDB caso eleito. A informação teria sido fornecida por Kassab. A movimentação seria por causa do desejo de Serra ser candidato a presidente em 2014 e imaginar que o partido esteja definindo Aécio como candidato. Ou seja, Serra não terminaria novamente seu mandato de prefeito, se eleito, como da outra vez, ainda que tivesse afirmado, categorica-mente, que o faria.

Ronaldo César Oliveira, responsável pela entidade, entre dois voluntários da ‘Valorizando a Vida’

6 3 de março - sábado - nº56 - Distribuição Gratuita Locomotiva

Page 7: Jornal Locomotiva 56

Desvio surpreende motoristas e causa transtornos

O motorista franco-ro chense foi surpreendido na última terça-feira, dia 28, com trânsito lento, demora e sinalização precária. Um desvio mudou a rota de saída da cidade – para quem tinha como destino Caieiras, Fran-cisco Morato e Jundiaí – e pegou de surpresa o cidadão.

O desvio, no inicio da rua Basílio Fazzi, transfere o fluxo de veículos da Rodo-via Luiz Salomão Chamma para a rota que se inicia na rua Armando Pinto, passa pelas ruas Amador Bueno e Luiz Uvaldo Gonçalves e termina na Rodovia Tancre-do Neves, onde o motorista retoma percurso para as ci-dades vizinhas.

Tudo isso devido a uma obra de recapeamento na al-tura da rotatória de acesso à Franco da Rocha, que impe-diu o trânsito no sentido de quem sai da cidade – funcio-na no sistema “Passa e Para”

permitindo apenas a entrada ao município, sem mprevisão de conclusão. O Locomotiva apurou que a execução da obra é da construtora Hele-no & Fonseca – contratada pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem), res-ponsável pela Rodovia Luiz Salomão Chamma.

O motorista Luiz Clau-dio Teixeira acredita que a mudança de rota o faz per-der tempo. “E enfrento mais trânsito lento no sentido con-trário. Sei que é por causa de obra, mas é um desgaste. Uma alternativa mais rápida seria a solução”, diz.

E não é à toa. O percurso de entrada na cidade, para quem está na Rodovia Tan-credo Neves, em um horário tranquilo como às 15h, leva cerca de 20 minutos.

A empresa Heleno & Fonseca e o DER não se ma-nifestaram até o fechamento desta edição.

Russi não é mais 24 horas em Franco

Desde o dia 5 de feve-reiro, o Supermercado Russi em Franco da Rocha aten-de somente das 6h às 23h. Pioneiro no funcionamen-to ininterrupto na cidade, o supermercado surpreendeu com a mudança, pois muitos clientes estavam habituados a fazer compras nos horários de movimento mais tranquilo.

Um funcionário, que não

quis se identificar, disse que administração não infor-mou sobre os motivos dos proprietários. Aparentemen-te, não há nenhuma nova norma ou exigência que su-gerisse a mudança. Outros estabelecimentos comerciais 24 horas continuam a ofe-recer atendimento.

Concorrente do Rus-si, o Supermercado Saito

mantém sua maior loja na cidade aberta na madruga-da. Para Naoto Saito, um dos proprietários, há uma cumplicidade entre a popu-lação e o supermercado na esquina da rua 7 de Setembro com Cel. Domingos Ortiz. “Não podemos deixar de atender clientes tradicionais acostumados a esse horário estendido”, afirma.

Supermercado atende somente das 6h às 23h

Rota permanenteA rua Armando Pinto faz par-

te de um projeto que a torna a rota permanente – para quem está no Centro e tem como desti-no a estrada velha de Campinas.

Desde o final do ano pas-sado, o vereador Bebé (PT) e

o presidente da Câmara Mu-nicipal, Toninho Lopes (PSB), buscam no governo do Estado, através do FUMEFI (Fundo Me-tropolitano de Financiamento e Investimento), providências para pavimentação da rua.

Para liberação dos recur-sos é necessário um projeto e um requerimento do prefeito. Dessa forma, a cidade pode receber investimento de R$ 2 milhões e terá acesso direto do Centro à rodovia.

73 de março - sábado - nº56 - Distribuição GratuitaLocomotiva

Page 8: Jornal Locomotiva 56

Nesta seção, traremos sempre as pessoas, lugares e eveNtos que brilham Na vida social de Nossa cidade e região. SOCIAIS

Aniversariantes

Juliana Celeguim, 4 de março

Raphael Nunes, 4 de março

Evaristo Bernardes, 4 de março

Silvana Laurini, 1º de março

Silmara Pimenta, 1º de março

José Carlos Calado é um franco-rochense de coração. Paulista de Pracinha (cidade da região de Lucélia, nos arredores de Adamantina), não mediu esforços para unir sua paixão pelo trabalho como professor às necessidades de luta por uma situação mais justa para a ca-tegoria. O professor Calado traçou sua trajetória em um trabalho primoroso, que teve início em 1989, quando chegou a Franco da Rocha.“Me formei em Ciências Con-tábeis e cheguei a Franco da Rocha. A princípio, trabalhava com meu tio em São Paulo, mas ao concluir licenciatura em Matemática, assumi aulas e logo me filiei a Apeoesp”, conta. Em um ano, a veia de militan-te sindical de Calado pulsou mais forte. De representante

de escola, pulou para ativista do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).“Em 1990 eu já era militante ativo, fui coordenador por três vezes. Participei de grandes gre-ves, dos famosos enfretamentos na avenida Paulista e muitas outras ações que a categoria propunha em busca de melho-res condições”, explica.Em paralelo ao sindicato, Ca-lado entrou na política – em busca de representatividade dos professores no poder público. Ele foi candidato a vereador três vezes, a vice--prefeito em 2004 e a deputado estadual em 2006. A ideia sem-pre foi agregar os professores para que as lutas ocorressem também na esfera política.Outro caminho percorrido pelo

Professor Calado: luta pela profissão e amor pelo ensino

NOSSA GENTENesta seção vamos registrar as histórias, os “causos”, a vida dos homeNs e mulheres que fizeram e fazem, a cada dia, a Nossa cidade.

professor é o da fé, como minis-tro da Eucaristia, integrante do Conselho Diocesano de Leigos e no comando da Pastoral da Educação da Paróquia Bom Je-sus da Paradinha, na Vila Bela.Toda a trajetória de lutas, con-quistas, brigas e alegrias estão marcadas na expressão serena desse professor adorado pelos alunos da EE Benedito Apa-recido Tavares – escola que coordena. Ele finalizou esse bate papo com um desaba-fo emocionante: “Eu coloco minha profissão como uma das mais gratificantes, mesmo com toda a desvalorização. A alegria de encontrar um ex- aluno formado, bem enca-minhado, sabendo que existiu uma participação ativa de mi-nha vida na dele, me faz sentir uma enorme felicidade”.

Vivian Celeguim, 5 de março

8 3 de março - sábado - nº56 - Distribuição Gratuita Locomotiva