jornal locomotiva 40

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A Vila não tão Bela Puxando o assunto, trazendo o debate, levando informação Locomotiva 5 de novembro - sábado - nº 40 - Distribuição Gratuita Moradores da Vila Bela, em especial da Rua Grécia, não saem mais de casa com medo de assaltos. Quase todos os imóveis já foram visitados por ladrões | Pág 3 Menino de 12 anos, com braço fraturado, fica mais de três horas sem atendimento |Pág 7 Irmão de Lula mora em Franco e fala sobre a doença do ex-presidente|Pág 4 PT de Franco pede liberação de áreas para obras da nova estação ferroviária |Pág. 5 Deputado Luiz Fernando Machado (PSDB) tem contas desaprovadas em terceira instância | Pág . 7 Dois jovens caieirenses morrem em trágico acidente |Pág. 6

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05 de Novembro de 2011

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Page 1: Jornal Locomotiva 40

A Vila não tão BelaPuxando o assunto, trazendo o debate, levando informação

Locomotiva5 de novembro - sábado - nº 40 - Distribuição Gratuita

Moradores da Vila Bela, em especial da Rua Grécia, não saem mais de casa com medo de assaltos. Quase todos os imóveis já foram visitados por ladrões | Pág 3

Menino de 12 anos, com braço fraturado, fica mais de três horas sem atendimento | Pág 7

Irmão de Lula mora em Franco e fala sobre a doença do ex-presidente| Pág 4

PT de Franco pede liberação de áreas para obras da nova estação ferroviária | Pág. 5

Deputado Luiz Fernando Machado (PSDB) tem contas desaprovadas em terceira instância | Pág . 7

Dois jovens caieirenses morrem em trágico acidente | Pág . 6

Page 2: Jornal Locomotiva 40

Saúde é coisa séria, segurança e coisa séria, educação é coisa séria e política também deveria ser coisa séria. É claro que, para alguns, ainda é. O fato é que, em muitos

lugares, os poderes Legislativo e Executivo se confun�dem e quem é eleito para fiscalizar acaba atuando apenas como uma espécie de apoio administrativo.As sessões de algumas câmaras municipais são a maior prova disso. Enquanto uns ainda tentam ser isentos para apoiar quando conseguem e para questionar quando devem, outros cumprem papéis nitidamente de defesa e acabam por passar uma imagem triste de falta de respeito com quem por eles é representado.Defender uma ideologia política não é errado. É até bonito assistir quando duas pessoas debatem com conhecimento de causa. Algumas até extra�polam, mas paixão é um sentimento difícil de

controlar. O problema é quando pessoas defendem sem acreditar e depois não conseguem sustentar a própria mentira que inventaram. E pioram as coisas e buscam, não se sabe a que preço, pessoas que testemunhem a favor de sua verdade inven�tada. Porque defender ações para meia dúzia de assessores é fácil, sustentar hipocrisia nem tanto.O prefeito, a Prefeitura, a Câmara não estão sempre errados e isso é óbvio. Ninguém acha que admi�nistrar uma cidade é tarefa fácil. Mas reivindicar é um direito do cidadão que, ainda, tem o direito de procurar um jornal para falar que a rua de casa está com problemas. E o jornal que publica o que o povo fala – e o que os políticos falam (ainda que depois não admitam) – não é necessariamente de oposição. Talvez, se as respostas às perguntas feitas pudessem ser respondidas, os fatos não pareceriam ser tão desproporcionalmente ‘do contra’.

Tentando pegar caronaToninho Lopes, no site da Câmara, antecipa agradecimentos ao governador pela Universidade Federal, dando a entender que é dele a idéia...

O fantástico mundo de bobA Prefeitura continua achando o novo hospital uma maravilha. Propagandeia que em dois meses fez 545 internações, contando com 200 leitos. E complementa que todos os casos de emergências são atendidos diretamente.

No mundo realEnquanto isso sobram denúncias de não atendimento, inclusive de viaturas do Resgate do Corpo de Bombeiros, de crianças, etc. E para quem duvida restam as belas imagens de um hospital público novo e vazio, com uma pergunta que não quer calar: qual é o caminho para lá ser atendido?

Direto da tribunaO vereador Pablo, durante a última sessão, afirmou que pediu direito de resposta ao nosso jornal, por afirmações

EDITORIAL

Locomotiva é uma publicação semanal da

Editora Havana Ltda. ME.

Circula em Franco da Rocha, Caieiras, Francis-

co Morato, Mairiporã e região.

E-mail: [email protected]

Impressão: LWC Gráfica e editora

Tiragem: 50 mil exemplares

Editor: Ricardo Barreto Ferreira Filho

Reportagem: Fernanda de Sá e Valéria Fonseca

Projeto gráfico: Feberti

Diagramação: Vinícius Poço de Toledo

Todos os artigos assinados são de responsa-

bilidade de seus autores e não representam,

necessariamente, a opinião do jornal.

Expediente

relativas à qualidade da saúde em Franco da Rocha. Até o presente momento não recebemos nenhum pedido, mas estamos abertos ao debate, já que a imprensa, ao contrário do Legislativo, comporta a crítica. Nada mudaReafirmamos a nota publicada, em que o vereador afirma que a saúde no município é a melhor da região, na mesma linha da propaganda do governo. E alertamos que na pesquisa citada, 40% da população afirma ser a saúde nosso principal problema. O que não quer dizer que os restantes 60% a acham uma maravilha. Orçamentona última sessão os vereadores aprovaram o orçamento da Prefeitura para o próximo ano, último do prefeito Márcio Cecchettini, no valor de R$ 153 milhões de reais.

Suplicyo vereador George destacou a agenda feita com o Senador Eduardo Suplicy, quando tratou da liberação de verba emergencial para a construção de muro de contenção na Av. Israel, além de tratativa sobre o patrimônio da União no entorno da nova estação.

NOS TRILHOS

“Meu nome é Maria do Socorro Rodrigues e moro na Av. Orlando Amoroso, no Jardim Benitente há ape-nas seis meses, mas mesmo assim já sofro com um terre-no baldio na esquina da rua que tenho certeza incomoda muita gente. O lugar é de-posito de lixo, de entulho e ainda é usado para fazer queimadas e até como pasto para cavalos.

O cheiro é péssimo e quando fazem as queima-das, as fuligens voam para minhas roupas brancas no varal.

Não sei de quem é e acho

que nem quero saber! Gos-taria de pedir providências as autoridades para que seja de quem for, feche os muros e proíba a má utilização.

Um dos meus maiores medos é que o lugar pode ser usado como esconderijo. A noite, a sensação de quem tem pessoas ali me deixa com muito medo, pois passo por ali no começo da madrugada para ir pro trabalho e ainda está escuro. Nunca vi, em todos esses meses que moro por aqui, alguém cuidar, lim-par ou mesmo passar por ali com ares de proprietário.

Esta carta é minha

primeira providencia e alerta a quem quer seja dono desse terreno. Penso sim em pro-curar órgãos competentes para providencias mais de-finitivas. É um desrespeito com todos os moradores da rua e com a cidade, já que fazer queimadas em pleno centro da cidade há de algo, no mínimo criminoso.”

Maria do Socorro Rodrigues. Av. Orlando Amoroso – Jd. Benitendi – Franco da Rocha.

Carta do Leitor

Terreno abandonado com lixo e queimadas no Centro

2 5 de novembro - sábado - nº40 Distribuição gratuita Locomotiva

Page 3: Jornal Locomotiva 40

Vila Bela sofre com constantes assaltos

Apesar de ser um dos poucos bairros da cidade que contam com um Posto da Polícia Militar, a Vila Bela so-fre com a falta de segurança que pode ser observada no grande número de furtos e roubos registrados em casa e pequenos comércios.

A rua que mais enfren-ta problemas não é muito distante da estação de trem e do posto policial. Antiga

rua Grécia, hoje Francisco Greco, já teve quase todos os seus imóveis visitados por bandidos. A população, com medo, conta que deixou de sair de casa para evitar que os imóveis fiquem vazios e, dessa forma, facilitem a ação dos ladrões.

Outro fator que, segundo o moradores, ajuda a tornar a rua o alvo preferido, é a proximidade com a viaduto

da Vila Bela, que funciona como uma espécie de rota de fuga do bairro.

Uma moradora que não quis ser identificada, com medo de represálias, afirma que já foi vítima de furto por duas vezes em pouco menos de dois anos e que só fez o boletim de ocorrên-cia da primeira vez, assim como a maioria dos mora-dores. “De que ia adiantar?

Na primeira vez a polícia nem se dignou a aparecer aqui. Tentei falar com os policiais aqui do posto, mas eles disseram que es-tavam sem viatura. Guarda Municipal então, nunca vi passar”, completa. “Agora eu me privo de trabalhar fora para não deixar a casa sozinha. Não tenho mais vida social e a única coi-sa que penso é que a gente

não tem a quem recorrer”, conforma-se.

Além das residências, o Posto de Saúde do bairro já foi assaltado, a Escola duas vezes seguidas e os dois mercados da rua também receberam a visita de ban-didos. “Já entraram tantas vezes no mercadinho em frente à escola que acho que já perderam a conta”, desabafa a moradora.

A situação é tão gra-ve que chamou a atenção de um grupo de alunas do curso de serviço social da Faculdade Paulista de Ser-viço Social (FAPSS). Marcia Lima e Micheli Cardoso,

moradoras da cidade, con-vocaram as colegas Camila Scigliano (Jaraguá), Vanessa Fernandes (Francisco Mo-rato) e Maria de Fátima (São Paulo) para a reali-zação de uma tese sobre

Situação da rua vira tese em faculdade paulista

Direito e Cidadania depois de ouvirem uma série de relatos falando sobre a per-da da liberdade de pessoas que vivem presas em suas próprias casas, com medo da violência.

Marcia Lima, Camila Scigliano, Vanessa Fernandes, Micheli Cardoso da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS)

35 de novembro - sábado - nº40 Distribuição gratuitaLocomotiva

Page 4: Jornal Locomotiva 40

Irmão franco-rochense de Lula fala sobre a doença do ex-presidente

Antonio Roberto Ferreira Góes, o Pastor Beto recebeu nesta sexta-feira (4) a reportagem do Jornal Locomotiva para um rápido bate papo sobre seu irmão, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.

Para quem não sabe, Pasto Beto mora em Franco da Rocha há mais de 20 anos e comanda a Igreja do Evangelho Qua-drangular localizada próxima à “Cruz do Raul”. Beto é fruto da relação de Aristides Inácio da Silva, pai de Lula, com Valdomira Ferreira Góes, prima da mãe do ex-presidente.

Lula, que descobriu recentemente um câncer na laringe, tem o apoio de toda a família que se desdobra em orações. Apesar da distância física entre os ir-mãos, a relação entre eles é muito boa. “A última vez que estive com Lula foi a aproximadamente três meses, no velório de nossa irmã Marinete. Ele ainda nem sabia da doença, deve ter sido repentino e a maior parte da família ficou sabendo, como todos, pela imprensa”, explica.

O pastor diz estar orando pela me-lhora do irmão. Considera Lula um homem forte e acredita que para Deus nenhuma doença é grave demais.

Apesar de tímida, Pastor Beto conta

que a relação com o irmão ex-presidente é boa. Ele comenta que Lula é cari-nhoso com todos os irmãos, mas que as distâncias e os compromissos não permitem grandes e frequentes encon-tros. “Devo ir visitá-lo ainda este mês. De acordo com as notícias que tenho ele está bem, então não precisamos ficar aflitos.”, explica.

O grande elo entre eles é o irmão Vavá, Genivaldo Inácio da Silva, que liga para os irmãos distantes e passa as notícias à Lula. “Vavá é com quem mais falo. Ele fala sempre em nome de Lula, nos liga e transmite as novidades. Lula sempre pede pra saber de todos os irmãos. Na última enchente aqui em Franco, pediu a Vavá que me ligasse para saber como estavam as coisas”, relembra.

Sobre Franco da Rocha, os irmãos conversam pouco, mas Beto sempre comenta “uma coisa ou outra” nos en-contros ocasionais.

A família grande e a fama do irmão, entretanto, não impedem o carinho recíproco.“Eu gosto muito dele e oro muito por ele. Ele é um irmão extre-mamente carinhoso, cuidadoso com todos nós. Está sempre presente, mesmo estando longe”.

Mocidade da Assembleia de Deus promove 30° Congresso de Jovens

A União da Mocidade da Assembleia de Deus de Franco da Rocha (UMA-FRAR) realizou entre os dias 27 e 29 de outubro, seu 30ª Congresso de jovens. O evento ocorreu na sede da Assembleia de Deus – Mi-nistério de Belém, no Jardim Benitendi.

Sob o tema: “Como irei eu?” (Sm 16.2), o congresso reuniu toda juventude local e regional, evangélica ou não, com a finalidade de louvar, adorar, ouvir a pala-vra de Deus, buscar bênçãos

espirituais e anunciar o evangelho aos pecadores.

Segundo Cristiano Moisés da Silva, coordenador seto-rial de jovens, o objetivo é causar impacto na juventude da cidade e consequente-mente trazer mais jovens para ouvir a palavra. “Ora-mos e Deus nos abençoou com esse tema que traz mui-ta reflexão para os jovens. Com tantos compromissos e com tantas conquistas e responsabilidades a pergun-ta de como fazer o trabalho do Senhor é uma constante”,

explica Cristiano que tem 30 anos e está na igreja há 10.

A programação do Con-gresso contou com os preletores oficiais Pr. Sil-vino Jr, (Osasco) Pr. Gerson Filitto (Francisco Morato) e Pr. Jessé Gomes (sede Belenzinho).

A mocidade da Assem-bleia de Deus – Ministério Belém completa em 2011, 30 anos com aproximadamente 500 jovens. A sede é a mais antiga da cidade. Em seus 50 anos conta, hoje, com mais de dois mil membros.

Pastor Beto mora na cidade há 21 anos e tem uma relação boa com seu irmão ilustre

4 5 de novembro - sábado - nº40 Distribuição gratuita Locomotiva

Page 5: Jornal Locomotiva 40

PT de Franco da Rocha pede agilidade na liberação de áreas da União

A SPU (Superintendên-cia de Patrimônio da União) recebeu, na última segunda--feira (31), uma comitiva do PT (Partido dos Trabalhado-res) de Franco da Rocha para uma conversa a fim de ace-lerar a liberação da área que deverá ser usada pela CPTM como parte da nova estação ferroviária. A comitiva foi composta pelos vereadores George Juventino dos Santos e Sebastião Afonso Acioli, o Bebé e pelo presidente do Di-retório Municipal de Franco da Rocha Francisco Daniel Celeguim, o Kiko.

Por se tratar de áreas do Governo Federal, a prefei-tura e a Câmara Municipal cobravam dos parlamenta-res municipais do PT, uma intervenção mais efetiva na liberação das mesmas.

Ao chegar ao conhecimento

As áreas deverão ser usadas pela CPTM nas obras da nova estação ferroviária

do diretório municipal, o presidente Kiko articulou a conversa com a SPU.

“Fui procurado pelos vere-adores e prontamente fomos lá encaminhar o problema. Como assessor do Deputado Federal Vicente Candido e presidente do diretório muni-cipal fizemos as articulações necessárias e estamos sempre prontos para atuar na deman-da da cidade”, explica.

Mas a pressão não é só do PT de Franco da Rocha. Segundo o parecer da respon-sável pela SPU em São Paulo, Evangelina de Almeida Pinho, outros parlamentares também estão cobrando mais agilidade na liberação das áreas federais em Franco da Rocha.

“O senador Eduardo Su-plicy (PT/SP)é um dos que mais nos cobra posicionamen-to sobre a liberação das áreas

em Franco da Rocha. Nesse momento, todo o processo está nas mãos do jurídico da SPU para que seja assinado em até 30 dias. O processo prevê que tais áreas sejam liberadas para a Prefeitura”.

O vereador George, líder do PT na Câmara é taxativo em dizer que a bancada traba-lha firme para agilizar o que depende do Governo Federal.

“É nosso interesse que a construção da estação fer-roviária seja finalizada, pois trata-se algo de interesse público. Nossa intenção é remover as dificuldades já que a área é da União”.

Ainda segundo a SPU, com a liberação, a Prefei-tura se torna a detentora das áreas e responsável pela desocupação das lojas ao longo da rua Cavalheiro Ângelo Sestini.

55 de novembro - sábado - nº40 Distribuição gratuitaLocomotiva

Page 6: Jornal Locomotiva 40

de portaria, segurança, lim-peza e jardinagem.

GNP SegurançaRua Hamilton Prado, 305, CentroTelefone 4819-8183

GNP. Segurança e desenvolvimento 24 horas

Jovens morrem em acidente trágico em Caieiras

Esta nova sEção do Locomotiva é dEdicada ao comércio dE Franco da rocha, o mais FortE da rEgião. Em cada Edição, vamos mostrar um produto ou sErviço quE é prEstado aqui, do Lado dE casa.

Na noite de sábado, 29, um grave acidente ti-rou a vida de dois jovens de nossa região. A jornalista Denise Pimentel Spera, de 25 anos, e o professor de informática Bruno Tuon Perim, de 27, morrreram ao ter o carro onde trafegavam atingido por um veículo que vinha na contramão nas proximidades do local

AQUI TEM

conhecido como “Reta da Vovó”, em Caieiras. No veí-culo estava ainda a também jornalista Ligia Maria Ce-leguim Tuon, de 25 anos, prima de Bruno, que ficou bastante ferida.

De acordo com a polí-cia, o manobrista de um estacionamento particular do bairro de Higienópolis, em São Paulo, recebeu o

carro de uma médica que trabalha na Avenida An-gélica, mas, em vez de guardá-lo, acabou “em-prestando” o veículo a dois amigos que queriam vir a Caieiras.

Um dos colegas do manobrista que dirigia o Kia Carens da pediatra teria feito uma conversão proibida neste trecho da

Estrada Velha de Campi-nas, ao tentar ultrapassar uma carreta que momentos antes havia derrapado. Ao fazer o contorno, o Kia te-ria ido para a contramão e colidido, de frente, com o Palio, que seguia no sen-tido correto.

As vítimas foram sepul-tadas no domingo, 30, em Caieiras. O manobrista e

seus dois amigos foram indiciados por apropriação indébita e não por roubo de veículo, já que o auto-móvel foi entregue pela proprietária ao estaciona-mento. Higor Araújo, que estaria dirigindo o veículo, e o motorista do caminhão foram indiciados por ho-micídio culposo (quando não há intenção de matar).

Que Franco da Rocha cresceu todos sabem. Mas, como toda cidade que cresce, crescem também problemas ocasionados pelo aumento significativo de sua popula-ção. E a área de segurança é uma das primeiras a sentir essas alterações.

Visionário, o jovem pau-lista Ronald Araújo – o Melancia – radicado em Franco da Rocha desde os 12 anos de idade, aproveitou sua experiência como guar-da noturno e segurança de lojas comerciais para criar, em 2007, a GNP segurança.

Na época em que foi criada a GNP, empresa genuina-mente franco-rochense, o serviço de monitoramento e segurança era feito ex-clusivamente por empresas que vinham de fora. “Isso impedia a prestação de um serviço eficiente e de pronta resposta pra os alarmes, fora

a falta de conhecimento a respeito da cidade e de suas peculiaridades”, comenta.

“Na GNP, o alarme dispa-ra e a segurança já vai para o local”, explica Ronald. Além disso, o serviço pioneiro de monitoramento de imagens via Internet, antes pouco co-nhecido na cidade, permite que, por meio de câmeras de vigilância, comerciantes e empresários possam, além de coibir a presença de ban-didos, acompanhar, ainda que de longe, a movimen-tação e o trabalho de seus funcionários.

Com equipamentos mo-dernos e tecnologia de ponta, a empresa cresceu e hoje aten-de mais de 80 clientes não só em Franco da Rocha, mas em toda Grande São Paulo e interior e já concorre com as grandes empresas do se-tor. Segundo Ronald, tudo isso é reflexo da qualidade

dos equipamentos oferecidos, nacionais e com garanta, além do cuidado na instalação, na manutenção e no aten-dimento com mão-de-obra qualificada.

Hoje, a GNP oferece oito

vagas de emprego diretas e outras seis indiretas. Mas, para o futuro, o empresário já pensa em investir em um pro-jeto de prestação de serviços para condomínios e grandes empresas, com administração

6 5 de novembro - sábado - nº40 Distribuição gratuita Locomotiva

Page 7: Jornal Locomotiva 40

Descaso na Saúde: Paciente de 12 anos sofre à espera de atendimento

deputado federa l Luiz Fernando Machado (PSDB) teve seu recurso negado em terceira instân-cia pelo Tribunal Superior Eleitoral.O processo que diz respei-to à prestação de contas da campanha eleitoral de 2006. De acordo com a decisão do Ministro Mar-celo Henriques Ribeiro de Oliveira, o conjunto das irregularidades compro-mete, substancialmente as contas e, por este motivo, o recurso foi rejeitado.Em decisão de primei-ra instância, o TRE/SP constatou graves irregu-laridades, com violação

Deputado de Jundiaí tem seu mandato ameaçado

O Jornal Locomotiva foi procurado mais uma vez para ser porta-voz da indignação da população. Desta vez a denúncia é de descaso tanto na Praça da Saúde, como no Hospital Esta-dual Franco da Rocha, também conhecido como ‘hospital novo’.

O estudante Lucas João da Silva, 12 anos, vítima de um acidente no último dia 11 de ou-tubro, na escola Azevedo Soares, foi levado às pressas ao Hospital Estadual de Franco da Rocha. Segundo Maria de Fátima da Silva, mãe de Lucas, o segurança do hospital não permitiu que eles descessem do carro e uma enfermeira (olhando para o paciente ali mesmo no banco do carro) disse que deveriam ser encaminhados pela Praça da Saúde.

“Uma falta de consideração e respeito. Não pediram nem que descêssemos do carro para falar. A enfermeira ainda olhou com cara de pavor o braço do Lucas – como se nunca tivesse visto um acidente como aquele”, lamenta.

Descontente com o atendi-mento e aflita, Fátima conta que

chegou a Praça da Saúde por volta das 17hs. Lucas chorava muito, pois o osso do seu pulso estava visivelmente deslocado. Após um exame de raio X, Fáti-ma conta que foi informada que o Hospital Estadual Franco da Rocha não atende menores de 14 anos e que teria que aguar-dar o encaminhamento a outro hospital da região.

Após três horas de espera, sem qualquer informação a respeito da gravidade do caso, paciente e familiares foram informados que não havia vagas para atendimen-to em nenhum hospital próximo e que deveriam procurar por atendimento na Capital. “Nessa hora entrei em crise de choro. Meu filho chorando de dor, a gente em um pronto-atendi-mento e ninguém que pudesse fazer algo pra resolver.”, explica.

Até esse momento, nem Lu-cas nem seus acompanhantes sabiam exatamente o que havia acontecido com seu braço. Foi quando Fátima, tomada por um ato de desespero, pegou o filho e seguiu para o Hospital do Mandaqui, na Zona Norte de São Paulo.

Lá chegando, Lucas foi aten-dido imediatamente, tendo em vista que o caso era extrema-mente grave.

Lucas foi encaminhado ao centro cirúrgico e teve que im-plantar pinos para reconexão do osso do pulso.

“Não tínhamos ideia de que era caso de cirurgia. Eu nem

lembro quanto tempo a cirurgia levou de tão angustiada que eu estava. Chorei o tempo todo preocupada com meu filho”, desabafa Fátima.

Para Lucas além do deses-pero do acidente, o fato de não ser atendido na cidade por ter menos de 14 anos foi o que mais o indignou. “Quer dizer que não

poderei ser atendido aqui en-quanto não completar 14 anos? Meu braço estava virado para o lado e ardia. Mas ninguém quis saber. Mandaram a gente procu-rar outro lugar. Isso é incrível”, esbraveja o adolescente que, após a cirurgia, seguiu internado por mais oito dias.

Luiz Fernando Machado tem contas desaprovadas em terceira instância

à legislação, qual seja, a Resolução TSE 22.250/06 que dispõe sobre a ar-recadação e a aplicação de recursos nas campa-nhas eleitorais e sobre a prestação de conta, e a Lei 9.504/97 que é a lei eleitoral.Há que se considerar a natureza da irregularidade constatada, que acusa a possibilidade de que recei-tas e gastos tenham sido omitidos. Ainda de acor-do com a decisão, ficou prejudicada a eficaz fis-calização da arrecadação e aplicação de recursos durante a campanha elei-toral do candidato com o

consequente comprome-timento das contas.Para o ministro, a omissão de despesas, bem como o recebimento de doação de campanha em espécie, sem a devida identificação do doador não são falhas meramente formais, como foi alegado pelo deputado, mas vícios que atingem a transparência da prestação de contas e comprome-tem a sua fiscalização e regularidade.Luiz Fernando Machado já foi vereador, presidente da Câmara, vice-prefeito da cidade de Jundiaí e atual-mente é deputado federal pelo PSDB.

Lucas passou por cirurgia e ficou oito dias internado no Mandaqui

75 de novembro - sábado - nº40 Distribuição gratuitaLocomotiva

Page 8: Jornal Locomotiva 40

Nayara Manhani. A musa dos drinks

NOSSA GENTE nEsta sEção vamos rEgistrar as histórias, os “causos”, a vida dos homEns E muLhErEs quE FizEram E FazEm, a cada dia, a nossa cidadE.

nEsta sEção, trarEmos sEmprE as pEssoas, LugarEs E EvEntos quE briLham na vida sociaL dE nossa cidadE E rEgião. SOCIAIS

Diferente de muitas jovens de sua idade, Nayara Manhani, 20 anos, decidiu vi-rar sua vida de ponta cabeça quando resolveu ser aprendiz de bartender. Bartender, para quem não sabe, é o nome dado aos profissionais dos bares que além de prepararem um belo drink ainda fazem malabares e entretêm o público enquanto preparam suas bebidas.

Ela, que garante ser a única mulher bartender da região, trocou seu trabalho fixo pelas incertezas da vida na noite. A ideia nem era ganhar mais com a nova profissão, mas se entregar de corpo e alma a algo que a encantava. “Deixei

meu emprego registrado para investir nessa carreira. Jamais imaginei ganhar mais, mas ganho. Talvez o fato de namo-rar um bartender tenha me influenciado, mas confesso que essa profissão sempre me chamou a atenção”, comenta.

O cotidiano não é dos mais leves. O seu dia a dia – ou noite-a-noite – é cheio de detalhe e horários incertos. “Só temos hora para entrar. Cuidamos de toda a monta-gem e estrutura do bar. Dos copos às frutas. Dormir é quase um privilégio”, ri.

Enquanto espera o início do curso profissionalizante de bartender, Nayara segue

como estagiária em buffets da região e da capital. Em Franco da Rocha, pode ser encontrada no Music Sport Bar, na rua Azevedo Soares.

Sobre o fato de trabalhar em uma profissão masculina, Nayara é enfática; “Quem quer ser bartender tem de arriscar. É apostar em algo que vá te re-alizar”, explica.

Nayara garan-te que correr atrás do sonho valeu a pena. “Você tem que ir atrás de algo que te satis-faça, de algo que goste. O trabalho assim é muito mais prazeroso”, finaliza.

Aniversariantes

Sylvia Beruezzo , 4 de novembro

Jorge Feliciano, 03 de novembro

Cheila Silva, 03 de novembro

Lúcia Moraes, 05 de novembro

Yara Amorim, 31 de outubro

Maíra Silva, 05 de novembro

8 5 de novembro - sábado - nº40 Distribuição gratuita Locomotiva