jornal locomotiva 88 - especial

3
Puxando o assunto, trazendo o debate, levando informação Locomotiva 6 de outubro de 2012 - sábado - nº 88 - distribuição gratuita 6 de outubro de 2012 - sábado - nº 88 - distribuição gratuita Chegou a hora Na reta final das eleições municipais, a campanha ferve em Franco da Rocha: Pinduca, do PSDB, tenta seguir após ter seu registro impugnado, enquanto Kiko, do PT, é atacado em panfletos anônimos. A última pesquisa apontou o candidato do PT na liderança, 12 pontos a frente de seu adversário, com 43% das intenções de voto. Mas ela foi realizada há 20 dias... amanhã é a hora da verdade! PSTU repudia uso de sua sigla para ataques Pág 4 Kiko: “estamos confiantes e orgulhosos do trabalho que fizemos” Pinduca: sua assesoria declarou que não tinha espaço na agenda para conceder entrevista Entrevista Pág 3

Upload: jornal-locomotiva

Post on 08-Mar-2016

226 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

06 de Outubro de 2012

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal Locomotiva 88 - Especial

Puxando o assunto, trazendo o debate, levando informação

Locomotiva6 de outubro de 2012 - sábado - nº 88 - distribuição gratuita6 de outubro de 2012 - sábado - nº 88 - distribuição gratuita

Chegou a horaNa reta final das eleições municipais, a campanha ferve em Franco da Rocha: Pinduca, do PSDB, tenta seguir após ter seu registro impugnado, enquanto Kiko, do PT, é atacado em panfletos anônimos. A última pesquisa apontou o candidato do PT na liderança, 12 pontos a frente de seu adversário, com 43% das intenções de voto. Mas ela foi realizada há 20 dias... amanhã é a hora da verdade!

PSTU repudia uso de sua sigla para ataques Pág 4

Kiko: “estamos confiantes e orgulhosos do trabalho que fizemos”

Pinduca: sua assesoria declarou que não tinha espaço na agenda para conceder entrevista

Entrevista Pág 3

Page 2: Jornal Locomotiva 88 - Especial

Locomotiva: Kiko, amanhã é o dia da eleição. Como você avalia a sua campanha até aqui?

Kiko: A nossa avaliação é extre-

mamente positiva. Acredito que nós, eu, o Nivaldo e os nossos candidatos a vereadores, realizamos uma campanha de propostas, alegre, digna, como nossa Franco da Rocha merece. Percorremos cada bairro da cidade, conversamos com muita gente, e acho que passamos nossa mensagem com sucesso. Ontem, no Parque Municipal, realizamos talvez o maior comício eleitoral que Franco da Rocha já viu desde a proibição dos shows em campanha. Estamos confian-tes e, mais importante, orgulhosos do trabalho que fizemos.

L: Nos últimos dias, a cidade tem

visto uma sequência de panfletos anônimos, tanto nas ruas quanto na internet, com acusações à sua candi-datura e aos seus projetos. Quais as providências que você tomou para rebater esses ataques?

K: Esse tipo de ataque é típico de

uma política antiquada, atrasada, que se vale da mentira para tentar conse-guir provocar o medo na população. É preciso dizer, antes de mais nada, que isso é crime. Crime eleitoral, pois é proibido pela Justiça Eleitoral, e é também um crime comum, porque ataca a reputação das pessoas sem fundamentos. E quem pratica o crime, quem é conivente com o crime, não tem outro nome: é bandido.

Outro dia eu disse em um comício que a única vez na minha vida em que eu havia pisado em uma delegacia tinha sido para buscar um homem decente para ser meu candidato a vice, o Dr. Nivaldo. Pois bem, agora eu tive que entrar pela segunda vez, para lavrar boletins de ocorrência contra as pessoas que estão promovendo esses ataques. A gente para nossa campanha, atrapalha o trabalho dos policiais – que certamente têm coisa

mais importante para fazer – por causa de coisas assim. Mas eu tenho confiança que a população de Franco da Rocha está vacinada contra isso, contra a mentira e o desespero.

L: Vocês conseguiram identificar

os autores dos ataques?K: Não. O que eu pergunto, em

primeiro lugar, é: a quem isso benefi-cia? A quem interessa atacar a minha candidatura? Fizeram um panfleto anônimo e depois um assinado pelo PSTU, que é uma coisa tão ridícula que nem dá para comentar. Só temos dois candidatos na disputa. E aí você vai juntando as peças. Tem um perfil no Facebook que usa o nome da nos-

sa cidade, como se fosse um perfil oficial da cidade, compartilhando e reproduzindo esse conteúdo ao mesmo tempo em que posta men-sagens de apoio da campanha do meu adversário. Até aí, também é anônimo, ficamos de mãos atadas.

Mas você encontra gente da campanha do meu adversário, gen-te da família do prefeito, mantendo esse mesmo conteúdo no ar, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Depois, você encontra um dos coordenadores da campanha dele dizendo que nós teríamos incendiado um caminhão, sem qualquer indício ou evidência disso. Foi por isso que eu fui na delegacia, para lavrar essas ocor-rências. Não tenho compromisso com o crime, com o malfeito, e essas pessoas terão de responder na justiça por seus atos. Chega. Fiz as ocorrências e meus advoga-dos estão reunindo as evidências, vamos tentar comprovar a ligação

NOS TRILHOS

Locomotiva é uma publicação semanal da Editora Havana Ltda. ME.Circula em Franco da Rocha, Caieiras, Francisco Morato, Mairiporã e região.

Expediente

Quem precisa votar?O voto é obrigatório para os maiores de 18 anos e facultativo para os analfabetos, os maiores de 70 anos e os que tenham entre 16 e 18 anos.

O que eu faço se não puder comparecer à votação?Se você estiver fora de sua cidade, justifique sua ausência, no dia da eleição, em qualquer local de votação ou posto de justificativa, entre 8h e 17h. É só ter o título de eleitor e um documento de identificação em mãos e preencher um formulário. Se não for possível fazer a jus-tificativa no dia do pleito, é preciso procurar o seu cartório eleitoral para fazer a justificativa até 60 dias depois das eleições.

Moro e trabalho em uma cidade, mas vou viajar a outra para votar. Posso ter dispensa no dia seguinte à eleição?Não, a Lei não prevê essa dispensa.

EDITORIAL

O PSDB de Franco da Rocha divulgou nesta semana um material de campanha levantando suspeitas contra o noticiário do Locomotiva. Revelou, por exemplo, os pro-prietários da empresa que publica o jornal.

Eles não precisavam se dar ao trabalho: essas informações sempre foram públi-cas, constantes do nosso expediente. Eles sabem disso, tanto que já processaram o jornal, para nos impedir de publicar informações sobre o grande escândalo de corrupção que atingiu a administração Marcio Cecchettini em 2009.

Para quem não se lembra, o Ministério Público e a polícia apreenderam, na pre-feitura, cerca de R$ 70 mil em dinheiro e cheques de fornecedores, encontrados nas gavetas dos principais assessores do

prefeito. Junto com o dinheiro, havia listas que supostamente apontariam pagamen-tos periódicos a vereadores, secretários municipais e outros agentes.

A ação já foi julgada, assegurando a liberdade de imprensa – princípio basilar da democracia. A campanha do candi-dato tucano, atual vice-prefeito, também tentou impedir a circulação do jornal.

A nova é que o processo que cassou a candidatura tucana “seria inválido”, porque a testemunha deu entrevista para o Locomotiva no ano passado. Ora. Nosso compromisso, desde sempre, foi o de falar francamente com o leitor. Não esconde-mos nossas posições e não sonegamos informações.

Boa sorte aos candidatos amanhã.

“A política tem de ser um meio de melhorar a vida da sociedade, não de benefício próprio, não de flerte com o crime”

PSDB exibe caminhão incendiado na cidade

Em entrevista exclusiva, Kiko Celeguim fala sobre os constantes ataques que vem sofrendo, principalmente após a cassação da candidatura de seu adversário, Pinduca

entre essa campanha de difama-ção e quem se beneficiaria dela. É difícil, mas é nosso dever tentar.

L: Os processos movidos contra

a sua candidatura, que poderiam vir a cassar seu registro, mudaram de alguma forma sua estratégia?

K:Não, nem um milímetro.

Vamos lá: primeiro vieram com a história do discurso do ministro Gilberto Carvalho, que teria sido “compra de voto”. É de um absurdo gigantesco dizer que o discurso de apoio de um ministro da República pode ser compra de voto. Tanto que o juiz nem recebeu a ação, rejeitou

logo de cara. Depois vieram com a história de material de constru-ção, que é muito constrangedora. Fizeram vídeos se aproveitando da ingenuidade de gente humilde, induzindo elas a falarem de mim. Aí você vai olhar o processo e não tem nada, não tem substância ne-nhuma, não tem uma única prova! Andei a cidade inteira, inteirinha... você acha que se eu saísse por aí prometendo essas coisas não ia ter uma fila na minha porta? Andaram dizendo até que teve funcionário da prefeitura mandado embora por nossa causa, quando na verdade houve uma decisão judicial. É um festival de mentira e boato.

Mas tem o outro lado: isso tudo começou quando o meu adversário teve seu registro cassado pela Justiça Eleitoral, em uma ação proposta pelo Ministério Público. Também estão ten-tando dizer que foi armação nossa, que a testemunha seria filiada ao PT e tal. Mas me explica: como que armamos

isso? Por acaso a gente obrigou o ca-marada a ir lá e fazer reunião no dia da distribuição do Viva Leite? A gente ficava seguindo ele para tentar gravar alguma coisa comprometedora? Eu tenho mais o que fazer.

Mas isso é problema da Justiça, como são muitos os problemas des-se time. Primeiro tem aquele grande processo de corrupção, de dinheiro em gaveta, que envolve prefeito, o vice--prefeito e candidato, vereadores. O secretário que foi responsabilizado por esse processo é o coordenador da campanha dele. Tem candidato a vereador na chapa que está condenado, tem candidato que está foragido, tudo por crime comum. O que você pode esperar de gente assim? Aí fico eu, querendo falar da cidade, querendo discutir programa de governo, queren-do analisar esses oito anos de gestão do PSDB, acertos e erros, e meu adversário se recusa a debater. Eles reduziram uma campanha, que deveria ser focada em propostas para uma vida melhor aos franco-rochenses, a essas bobagens.

Espero, se eleito, poder libertar a política de Franco da Rocha desses elos. A política tem de ser um meio de melhorar a vida da sociedade, não de benefício próprio, não de flerte com o crime, com coisa errada. Espero, de coração, se eleito, ser capaz de, além de cumprir o meu programa de governo, melhorar a qualidade da discussão política aqui na cidade. É por isso que me esforcei para manter nossa campanha em alto nível até o final. Se fosse para atacar os adver-sários, não nos faltam elementos. Com a diferença de que esses, sim, são verdadeiros.

A imprensa como alvo

A campanha do candidato Pinduca (PSDB) está circulando pela cidade com os despojos de um de seus caminhões de som. Ele pegou fogo na madrugada de quarta para quinta-feira (4/10). Na carcaça carbonizada, está sendo exibida a faixa “por uma política limpa”.

Alguns membros da coordenação da campa-nha chegaram a responsabilizar, nas redes sociais, o PT pelo acontecido. No entanto, o proprietário do veículo declarou na delegacia que acredita que o fato foi desdobramento de um desentendimento ocorrido no trânsito, naquela tarde. O caso será investigado pela polícia, e não há qualquer evidência de motivação política.

Pinduca encerra sua campanha amanhã, com uma carreata marcada para as 13h30, na avenida Giovani Rinaldi, no Parque Vitória.

Procurada pela reportagem do jornal Locomotiva, a assessoria do candidato Pinduca informou que ele não tinha espaço na agenda para conceder entrevista

Veículo que estava a serviço da campanha pegou fogo nesta semana; teria sido vingança por uma discussão de trânsito

E-mail: [email protected] Endereço: Rua Bazilio Fazzi, 442o andar, sala 8

Impressão: LWC Gráfica e editora

Tiragem: 10 mil exemplares

Redação: Pedro Mikhailov e Thiago Lins

Projeto gráfico: Feberti

ExERçA SUA CiDADANiA!

“Estão tentando dizer que foi armação nossa, que a testemunha seria filiada ao PT. Mas me explica: como que armamos isso? Por acaso a gente obri�gou o camarada a ir lá e fazer reunião no dia da distribuição do Viva Leite?”

Diagramação: Luiz Dimm

Todos os artigos assinados são de responsa-bilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do jornal.

32 06 de outubro de 2012 - sábado - nº88 Distribuição gratuita06 de outubro de 2012 - sábado - nº88 Distribuição gratuita LocomotivaLocomotiva

Page 3: Jornal Locomotiva 88 - Especial

Nesta sexta-feira, 5/10, as ruas de Franco da Rocha amanheceram mais uma vez co-bertas por panfletos de ataque ao candidato do PT à prefeitura, Kiko Celeguim. Só que esses papéis não eram anônimos. Tinham a assinatura do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados), que neste ano não está participando do processo eleitoral na cidade.

Edmilson Costa Santos, presidente municipal do PSTU e candidato a prefei-to de Franco da Rocha pelo partido nas eleições de 2004 e 2008, negou qualquer participação na elaboração e distribuição do material. “Assim que soubemos da circulação desse papel fomos à delegacia fazer a ocorrência. Não temos absoluta-mente nada a ver com isso, não temos sequer condições financeiras de produzir e distribuir uma coisa dessas”, declarou.

O material estava sendo entregue por motocicletas, que atiravam os papéis na rua. “É uma tentativa clara de tentar encobrir a autoria e empurrar nas nossas costas, usando o nome do partido. Não fazemos política assim, nossa prática é ética, limpa, sempre em favor do trabalhador. Isso é crime, coisa de bandido”, completou Edmilson. O caso será apurado pela delegacia local.

Dirigentes do PSTU negam autoria de panfletoMaterial assinado pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados, difamando candidatos, foi jogado pelas ruas de Franco da Rocha

Presidente municipal do PSTU, que já foi candidato a prefeito, acredita que a distribuição dos panfletos “é crime, coisa de bandido”

4 06 de outubro de 2012 - sábado - nº88 Distribuição gratuita Locomotiva